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Gigantes da tecnologia chinesas vão investir US$ 540 mi no BrasilFolha 31.10.2011 - Com o olho no crescente mercado de equipamentos eletrônicos brasileiro, gigantes da tecnologia chinesas fecharam nesta segunda-feira cinco planos de cooperação com parceiros locais durante uma visita a São Paulo patrocinada pela prefeitura de Shenzhen, importante polo tecnológico e financeiro chinês, num total de US$ 540 milhões.
O presidente da ZTE na América do Sul, Yuan Lie, assinou um acordo com o importador local Zero-X para atingir receitas de US$ 150 milhões com a venda de celulares nos próximos três anos. Segundo Lie, a empresa deve faturar US$ 350 milhões no Brasil em 2011.
A ZTE já anunciou US$ 300 milhões de investimento em seu parque industrial e em centros de distribuição e de pesquisa e desenvolvimento, também produzirá tablets no país, em Hortolândia, no interior paulista.
"Podemos oferecer as mesmas soluções e serviços que antes eram vendidos por empresas ocidentais a um preço mais competitivo, mantendo a mesma performance", disse Lie.
A fornecedora de serviços de telecomunicações Huawei assinou dois protocolos com as importadoras Nisalux e AXT para aumentar suas vendas locais, atingindo receita de R$ 120 milhões nos próximos 12 meses. "Eles serão a nossa força de vendas para clientes como TIM e Vivo", disse James Taylor, vice-presidente de vendas da Huawei na América do Sul.
Segundo Taylor, a empresa também produzirá tablets. "Até o primeiro trimestre de 2012 já estaremos fabricando tablets. Não podemos esperar mais", disse ele. No começo do ano, a Huawei anunciou US$ 300 milhões em investimentos em uma fábrica em Campinas.
De acordo com Marcio Paschoal, diretor da Nisalux, uma das novidades da Huawei serão os aparelhos dual chips (que comportam dois chips), com preços entre R$ 179 e R$ 349. "Hoje, esses produtos só estão à venda no mercado informal", disse ele.
Outro acordo foi assinado com a fabricante de equipamentos de radiotransmissão Hytera e o importador Trunk Net. A previsão é que as vendas dos equipamentos, particularmente voltados para a comunicação de empresas de segurança e da polícia, atinjam receita de US$ 50 milhões. "Já temos acordos costurados para isso no próximo ano", disse Chen Qinzhou, presidente da Hytera.
Já a fabricante de aparelhos celulares Sangfei vai investir US$ 50 milhões na fábrica da Philips da zona franca de Manaus (AM). Desde 2007, a chinesa, que pertence à gigante estatal CEC (China Eletronics Corporation), tem o direito de licenciamento para produzir aparelhos da Philips.
O presidente da ZTE na América do Sul, Yuan Lie, assinou um acordo com o importador local Zero-X para atingir receitas de US$ 150 milhões com a venda de celulares nos próximos três anos. Segundo Lie, a empresa deve faturar US$ 350 milhões no Brasil em 2011.
A ZTE já anunciou US$ 300 milhões de investimento em seu parque industrial e em centros de distribuição e de pesquisa e desenvolvimento, também produzirá tablets no país, em Hortolândia, no interior paulista.
"Podemos oferecer as mesmas soluções e serviços que antes eram vendidos por empresas ocidentais a um preço mais competitivo, mantendo a mesma performance", disse Lie.
A fornecedora de serviços de telecomunicações Huawei assinou dois protocolos com as importadoras Nisalux e AXT para aumentar suas vendas locais, atingindo receita de R$ 120 milhões nos próximos 12 meses. "Eles serão a nossa força de vendas para clientes como TIM e Vivo", disse James Taylor, vice-presidente de vendas da Huawei na América do Sul.
Segundo Taylor, a empresa também produzirá tablets. "Até o primeiro trimestre de 2012 já estaremos fabricando tablets. Não podemos esperar mais", disse ele. No começo do ano, a Huawei anunciou US$ 300 milhões em investimentos em uma fábrica em Campinas.
De acordo com Marcio Paschoal, diretor da Nisalux, uma das novidades da Huawei serão os aparelhos dual chips (que comportam dois chips), com preços entre R$ 179 e R$ 349. "Hoje, esses produtos só estão à venda no mercado informal", disse ele.
Outro acordo foi assinado com a fabricante de equipamentos de radiotransmissão Hytera e o importador Trunk Net. A previsão é que as vendas dos equipamentos, particularmente voltados para a comunicação de empresas de segurança e da polícia, atinjam receita de US$ 50 milhões. "Já temos acordos costurados para isso no próximo ano", disse Chen Qinzhou, presidente da Hytera.
Já a fabricante de aparelhos celulares Sangfei vai investir US$ 50 milhões na fábrica da Philips da zona franca de Manaus (AM). Desde 2007, a chinesa, que pertence à gigante estatal CEC (China Eletronics Corporation), tem o direito de licenciamento para produzir aparelhos da Philips.
Miolo cria holding e planeja abrir capitalValor 31.10.2011 - Concluída a reestruturação, Adriano Miolo ocupa a superintendência do grupo: meta é faturar R$ 500 milhões em 2020. A Miolo, com sede em Bento Gonçalves, concluiu um amplo processo de reestruturação societária iniciado em 2009 que tem como meta colocar a vinícola entre as três maiores do setor na América do Sul e prepará-la para a abertura de capital até 2020. A operação incluiu o ingresso das famílias Randon e Benedetti, oficializado na sexta-feira, como sócias da nova holding Miolo Wines, uma sociedade anônima de capital fechado que passa a controlar cinco empresas. O projeto de expansão do grupo será financiado pela holding, que recebeu um aporte dos sócios, cujo valor não foi informado, e pela geração de caixa da operação. A família Miolo, que fundou a empresa em 1990, segue como acionista majoritária do grupo, que agora controla as vinícolas Miolo, Seival e Almadén, no Rio Grande do Sul, mais a Ouro Verde, na Bahia, além da comercializadora Miolo Wine Group. Os percentuais precisos de cada sócio não são revelados, mas os Randon e os Benedetti dividem a participação restante em partes iguais por intermédio das holdings familiares Dramd e Lovara, respectivamente. Na reestruturação societária da Miolo foi criado um conselho de administração com cinco integrantes presidido por Darcy Miolo e formado pelos irmão Paulo e Antônio Miolo (pai e tios de Adriano, respectivamente), além de Raul Randon e João Benedetti. Também foi criado um comitê consultivo com um representante de cada família. Na diretoria executiva, Adriano ocupa a superintendência e a área técnica. Seu irmão Alexandre comanda a área comercial. O diretor administrativo e financeiro ainda será contratado. Concluída a reestruturação, a Miolo Wines vai agora investir na expansão da capacidade produtiva e dos canais de comercialização nos mercados interno e externo. O orçamento ainda não está pronto, mas o plano para o período 2011-2020 prevê a ampliação da produção de vinhos e espumantes de 12 milhões para 20 milhões de litros. A área de videiras próprias deve avançar de 1,2 mil para 2 mil hectares e o faturamento, de R$ 120 milhões para R$ 500 milhões. Segundo o superintendente do novo grupo, Adriano Miolo, as três famílias já tocam projetos em comum há cerca de dez anos. Em 2000, João Benedetti, dono da indústria de móveis Bentec e da pequena vinícola Lovara, associou-se à Miolo para comprar a Ouro Verde, que permitiu o início das operações da Miolo no Vale do São Francisco, onde são produzidos os vinhos e espumantes da marca Terranova. Em 2002 foi a vez do empresário Raul Anselmo Randon, fundador do grupo Randon, que produz implementos rodoviários, ferroviários e autopeças, se associar aos Miolo para a produção do vinho RAR. O produto é elaborado a partir de uvas cultivadas pelo próprio Randon no município de Vacaria, no nordeste do Rio Grande do Sul, com tiragens limitadas a 50 mil garrafas por ano.
Mas o ensaio mais importante para a formação da nova sociedade começou em 2009, quando as três famílias se uniram para comprar a Almadén, de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, que pertencia à Pernod Ricard Brasil. O controle da empresa foi dividido em partes iguais e abriu para a Miolo as portas do mercado de vinhos finos de preços mais acessíveis.
Segundo Adriano Miolo, a partir de agora o grupo, que já é o maior produtor de vinhos finos do país, também vai brigar pela liderança no segmento de espumantes, no qual atualmente ocupa o terceiro lugar, atrás da Salton e da Chandon. Em 2011, 38% das quase 11 milhões de garrafas produzidas pela Miolo serão de espumantes; e 62%, de vinhos. Em 2020 a relação estará próxima do "meio a meio", diz o superintendente. Parte da produção anual de vinho também é estocada em barricas ou destilada para produção de brandy. Os planos preveem uma presença mais forte no exterior. Em 2011 as exportações não devem passar de 4% do faturamento do grupo, mas até 2020 a meta é chegar a 30%. A Miolo também produz vinhos em parceria com as vinícolas Via Wines, no Chile, e Bodegas Septima (do grupo espanhol Codorniú), na Argentina, que respondem por 7% do faturamento.
Mas o ensaio mais importante para a formação da nova sociedade começou em 2009, quando as três famílias se uniram para comprar a Almadén, de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, que pertencia à Pernod Ricard Brasil. O controle da empresa foi dividido em partes iguais e abriu para a Miolo as portas do mercado de vinhos finos de preços mais acessíveis.
Segundo Adriano Miolo, a partir de agora o grupo, que já é o maior produtor de vinhos finos do país, também vai brigar pela liderança no segmento de espumantes, no qual atualmente ocupa o terceiro lugar, atrás da Salton e da Chandon. Em 2011, 38% das quase 11 milhões de garrafas produzidas pela Miolo serão de espumantes; e 62%, de vinhos. Em 2020 a relação estará próxima do "meio a meio", diz o superintendente. Parte da produção anual de vinho também é estocada em barricas ou destilada para produção de brandy. Os planos preveem uma presença mais forte no exterior. Em 2011 as exportações não devem passar de 4% do faturamento do grupo, mas até 2020 a meta é chegar a 30%. A Miolo também produz vinhos em parceria com as vinícolas Via Wines, no Chile, e Bodegas Septima (do grupo espanhol Codorniú), na Argentina, que respondem por 7% do faturamento.
Siderúrgica "perdeu" dinheiro com UsiminasValor 31.10.2011 - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reconheceu uma perda com o investimento que vem fazendo em ações da rival Usiminas. Até setembro, houve uma desvalorização de R$ 446,9 milhões, segundo dados do balanço divulgado na quinta-feira, comparado a um ganho de R$ 206,9 milhões nos nove meses do ano passado. No fechamento do balanço, a CSN tinha 11,29% das ordinárias (ON) e 15,15% das preferenciais (PN) da Usiminas. A conta também inclui uma fatia de 9,39% da siderúrgica de Volta Redonda (RJ) na beneficiadora de aços planos Panatlântica, de Gravataí (RS). A empresa de Benjamin Steinbruch vem comprando ações da Usiminas, numa estratégia para ganhar força dentro da empresa - o que incluiu também propostas de aquisição das participações dos sócios Votorantim e Camargo Corrêa, que fazem parte do bloco de controle da siderúrgica mineira.
Os papéis ON, com direito a voto, da Usiminas foram sustentados pela movimentação da CSN, mas os preferenciais (PNA), sem voto, vêm em queda livre: até 30 de setembro, caíam 44,7%, enquanto as ON mantinham a cabeça fora d'água com 1,2%. No balanço, a empresa classifica essas ações como "instrumentos financeiros disponíveis para venda" e registra a variação líquida negativa no valor de mercado no patrimônio líquido. Como isso, o resultado abrangente nos nove meses - uma novidade das Normas Internacionais de Contabilidade, adotadas a partir deste ano no Brasil - ficou em R$ 1,89 bilhão, comparado aos R$ 2,85 bilhões do lucro líquido consolidado, o número "oficial". Nessa conta, foram subtraídos do lucro a desvalorização das ações e o ganho da venda da participação na australiana Riversdale. O resultado abrangente mostra as mudanças no patrimônio, com exceção de dos investimentos dos sócios e distribuição de lucro. Segundo o professor Claudio Zorzo, a conta é importante para os investidores, pois atualiza o capital próprio, com as variações futuras de receitas e despesas que já estão registradas no ativo ou no passivo, mas ainda não chegaram ao resultado do exercício.
Os papéis ON, com direito a voto, da Usiminas foram sustentados pela movimentação da CSN, mas os preferenciais (PNA), sem voto, vêm em queda livre: até 30 de setembro, caíam 44,7%, enquanto as ON mantinham a cabeça fora d'água com 1,2%. No balanço, a empresa classifica essas ações como "instrumentos financeiros disponíveis para venda" e registra a variação líquida negativa no valor de mercado no patrimônio líquido. Como isso, o resultado abrangente nos nove meses - uma novidade das Normas Internacionais de Contabilidade, adotadas a partir deste ano no Brasil - ficou em R$ 1,89 bilhão, comparado aos R$ 2,85 bilhões do lucro líquido consolidado, o número "oficial". Nessa conta, foram subtraídos do lucro a desvalorização das ações e o ganho da venda da participação na australiana Riversdale. O resultado abrangente mostra as mudanças no patrimônio, com exceção de dos investimentos dos sócios e distribuição de lucro. Segundo o professor Claudio Zorzo, a conta é importante para os investidores, pois atualiza o capital próprio, com as variações futuras de receitas e despesas que já estão registradas no ativo ou no passivo, mas ainda não chegaram ao resultado do exercício.
BRZ planeja aumentar investimentos em R$ 650 milhõesValor 31.10.2011 - A gestora brasileira de fundos BRZ planeja aumentar em pelo menos R$ 650 milhões os investimentos de dois fundos, disse o diretor-geral Allan Hadid.
A empresa, que administra R$ 3,6 bilhões, planeja abrir um segundo fundo de private-equity de pelo menos R$ 500 milhões para investir em portos, rodovias, armazenagem e transporte de cargas, disse Hadid em entrevista. Sediada em São Paulo, a BRZ também está em conversas para abrir um fundo dedicado à securitização, de pelo menos R$ 150 milhões, disse.
Os fundos irão encontrar demanda por ativos de infraestrutura e de proteção contra a inflação. Os preços do consumo na maior economia da América Latina aumentaram 7,12% em 12 meses, acima do centro da meta do Banco Central – de 4,5%.
“Meu investidor está preocupado com a inflação”, disse Hadid sobre os planos da BRZ. Ele disse que espera que os preços do consumo caiam 5,6% no próximo ano. O fundo da BRZ voltado a ativos em securitização tem como objetivo um retorno de 9%.
A BRZ tem um fundo de private-equity voltado a infraestrutura com investimentos em companhias como a Brado Logística, controlada da América Latina Logística. O fundo, que começou a operar em 2006, almeja retorno do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 9,5%, de acordo com seu estatuto. A GP, maior companhia de private-equity da América Latina, tem 65% de participação na BRZ.
A empresa, que administra R$ 3,6 bilhões, planeja abrir um segundo fundo de private-equity de pelo menos R$ 500 milhões para investir em portos, rodovias, armazenagem e transporte de cargas, disse Hadid em entrevista. Sediada em São Paulo, a BRZ também está em conversas para abrir um fundo dedicado à securitização, de pelo menos R$ 150 milhões, disse.
Os fundos irão encontrar demanda por ativos de infraestrutura e de proteção contra a inflação. Os preços do consumo na maior economia da América Latina aumentaram 7,12% em 12 meses, acima do centro da meta do Banco Central – de 4,5%.
“Meu investidor está preocupado com a inflação”, disse Hadid sobre os planos da BRZ. Ele disse que espera que os preços do consumo caiam 5,6% no próximo ano. O fundo da BRZ voltado a ativos em securitização tem como objetivo um retorno de 9%.
A BRZ tem um fundo de private-equity voltado a infraestrutura com investimentos em companhias como a Brado Logística, controlada da América Latina Logística. O fundo, que começou a operar em 2006, almeja retorno do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 9,5%, de acordo com seu estatuto. A GP, maior companhia de private-equity da América Latina, tem 65% de participação na BRZ.
Metal longa vidaValor 31.10.2011 - Ricardo Suplicy Goes, gerente do ICZ: "Hoje precisamos pensar os custos de forma global e não apenas a fase inicial". Qual a solução mais indicada no orçamento de uma grande obra? Pagar um pouco a mais e ficar livre de problemas de corrosão nos próximos 50 anos ou economizar nos custos iniciais, mas em dez anos gastar em manutenção quase o preço da obra? Técnica aplicada com sucesso na Europa, Ásia e Estados Unidos, a galvanização - revestimento do aço ou do ferro com zinco para combate à corrosão - busca despertar no Brasil a devida atenção entre órgãos públicos, engenheiros e arquitetos. O tema foi amplamente discutido nos dias 25 e 26 de outubro em São Paulo, durante o Congresso Brasileiro de Galvanização (GalvaBrasil 2011), promovido pelo Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ).
Estudos internacionais mostram que os gastos na manutenção de obras e produtos com corrosão representam 4% do PIB das nações industrializadas, percentual que pode ser maior em países emergentes, principalmente naqueles que não contam com legislação específica a respeito.
Em 2010, a produção brasileira de aço bruto alcançou 32,8 milhões de toneladas, um crescimento de 23,8% em relação a 2009. Segundo o ICZ, apenas 8,5% desse total recebe algum tratamento anticorrosivo. Desses, 75% levam pintura com tintas especiais e 25% são galvanizados por meio de imersão em cubas de zinco quente.
Não está contabilizada a produção de aço inox - revestimento anticorrosivo que utiliza cromo em vez do zinco -, um concorrente do aço galvanizado, mas com preço final bem superior e aplicação recomendada para casos específicos, como em plataformas marítimas.
"Hoje, precisamos pensar os custos de forma global, projetando todo o ciclo de vida de um projeto e não apenas a fase inicial", diz Ricardo Suplicy Goes, gerente-executivo do ICZ. "Infelizmente, alguns empresários e governos consideram o menor preço na hora do orçamento e se esquecem que a repintura e a manutenção vão futuramente encarecer as obras e onerar os cofres públicos", afirma.
O que se observa no Brasil, onde as estatísticas sobre o processo são escassas, é que o uso da galvanização é mais intenso em concessionárias de serviços públicos e operadoras de telefonia móvel, que possuem responsabilidades a longo prazo sobre a manutenção de equipamentos. Onde a construtora tem responsabilidade média de cinco anos, o uso da galvanização é menor.
O tratamento anticorrosivo com galvanização é recomendado sobretudo em regiões litorâneas por causa do clima. Uma peça galvanizada, que em São Paulo teria vida útil de 73 anos, não resistiria a 41 anos em Ubatuba, no litoral.
O mercado brasileiro de galvanizadores possui dois grupos distintos. No campo dos peso-pesados, estão siderúrgicas como Votorantim Metais, Gerdau, Arcelor Mittal e Usiminas, que produzem aços galvanizados planos e não planos e que contam com fornos e cubas em suas próprias instalações. E há aquelas que possuem plantas específicas para galvanização, sendo que cerca de 90% estão concentradas próximas a regiões industriais nos Estados do Sul e do Sudeste.
Segundo dados do ICZ, a produção atual é de 600 mil toneladas de materiais galvanizados (vergalhões, perfis metálicos, placas e postes), com crescimento previsto de 15% para o próximo ano. Segundo Eduardo Silvino Gomes, vice-presidente do ICZ, a capacidade atual deve crescer 50% até 2015 em função dos investimentos do setor, estimados em até R$ 100 milhões na construção de novas plantas.
Outros investimentos estão previstos por parte dos grandes grupos, caso da Arcelor Mittal, em São Francisco do Sul (SC), e da Usiminas, que em março inaugurou uma nova planta de aços galvanizados, em Ipatinga (MG), voltada para atender a indústria automobilística, que ao lado do setor de construção civil responde pela maior parte da produção.
O valor anunciado do investimento foi de R$ 914 milhões. Com a inauguração de novas plantas, Gomes espera uma redução na importação de chapas de aço plano galvanizado, fenômeno que ocorreu a partir do segundo semestre de 2009 e em 2010, face o crescimento acima das expectativas da produção automobilística e da indústria de linha branca, que culminou em pedidos para a China.
Os megaeventos esportivos programados para os próximos anos no Brasil animam os empresários do setor. Segundo Gomes, as obras para a Copa do Mundo de 2014 devem exigir 1,5 milhão de toneladas de aço enquanto que para os Jogos Olímpicos do Rio a expectativa é de que haja demanda de 3,5 milhões de toneladas.
Nos próximos meses, a galvanizadora chilena bbosch, líder no Chile com 60% do mercado de galvanizados, deverá inaugurar a sua segunda unidade no Brasil, na cidade de Farroupilha (RS), onde foram investidos US$ 16 milhões. A única filial da bbosch no Brasil está em Jundiaí (SP), onde possui uma cuba (recipiente onde a peça recebe o banho de zinco) com 13 metros de comprimento, considerada entre as maiores do mundo, com capacidade para 450 toneladas de zinco. Até 2016, estão previstas duas novas plantas no país, segundo Luis Gallegos, diretor regional.
No primeiro semestre, a galvanizadora pernambucana Galvanisa inaugurou, em Carpina (PE), uma nova cuba, fruto de investimentos de R$ 10 milhões.
A história da galvanização a fogo teve início em 1741, quando o químico francês Melouin descobriu as propriedades anticorrosivas do zinco. Com o passar dos anos, desenvolveu-se o método de imersão do aço em tanques de zinco a uma temperatura de 450º C, popularizando a técnica denominada galvanização por imersão a quente, usada no setor até hoje. Uma das principais vantagens, além da durabilidade, é o curto tempo de preparo da peça.
Em uma galvanizadora, o primeiro passo é promover o desengraxe para a retirada de óleos e graxas; em seguida, há a aplicação de solução decapante para a remoção dos óxidos metálicos; depois, é feito o enxague e a secagem e posteriormente é aplicado um banho de sais para reduzir a tensão superficial entre o aço e o zinco. Finalmente, a peça é mergulhada no tanque de zinco e imediatamente retirada para secagem. Tudo isso não exige mais do que uma hora.
Inaugurado em 2008, o prédio da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, recebeu vergalhões galvanizados em sua estrutura de concreto branco por ordem de seu projetista, o arquiteto português Álvaro Siza. O projeto rendeu-lhe o Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza.
Estudos internacionais mostram que os gastos na manutenção de obras e produtos com corrosão representam 4% do PIB das nações industrializadas, percentual que pode ser maior em países emergentes, principalmente naqueles que não contam com legislação específica a respeito.
Em 2010, a produção brasileira de aço bruto alcançou 32,8 milhões de toneladas, um crescimento de 23,8% em relação a 2009. Segundo o ICZ, apenas 8,5% desse total recebe algum tratamento anticorrosivo. Desses, 75% levam pintura com tintas especiais e 25% são galvanizados por meio de imersão em cubas de zinco quente.
Não está contabilizada a produção de aço inox - revestimento anticorrosivo que utiliza cromo em vez do zinco -, um concorrente do aço galvanizado, mas com preço final bem superior e aplicação recomendada para casos específicos, como em plataformas marítimas.
"Hoje, precisamos pensar os custos de forma global, projetando todo o ciclo de vida de um projeto e não apenas a fase inicial", diz Ricardo Suplicy Goes, gerente-executivo do ICZ. "Infelizmente, alguns empresários e governos consideram o menor preço na hora do orçamento e se esquecem que a repintura e a manutenção vão futuramente encarecer as obras e onerar os cofres públicos", afirma.
O que se observa no Brasil, onde as estatísticas sobre o processo são escassas, é que o uso da galvanização é mais intenso em concessionárias de serviços públicos e operadoras de telefonia móvel, que possuem responsabilidades a longo prazo sobre a manutenção de equipamentos. Onde a construtora tem responsabilidade média de cinco anos, o uso da galvanização é menor.
O tratamento anticorrosivo com galvanização é recomendado sobretudo em regiões litorâneas por causa do clima. Uma peça galvanizada, que em São Paulo teria vida útil de 73 anos, não resistiria a 41 anos em Ubatuba, no litoral.
O mercado brasileiro de galvanizadores possui dois grupos distintos. No campo dos peso-pesados, estão siderúrgicas como Votorantim Metais, Gerdau, Arcelor Mittal e Usiminas, que produzem aços galvanizados planos e não planos e que contam com fornos e cubas em suas próprias instalações. E há aquelas que possuem plantas específicas para galvanização, sendo que cerca de 90% estão concentradas próximas a regiões industriais nos Estados do Sul e do Sudeste.
Segundo dados do ICZ, a produção atual é de 600 mil toneladas de materiais galvanizados (vergalhões, perfis metálicos, placas e postes), com crescimento previsto de 15% para o próximo ano. Segundo Eduardo Silvino Gomes, vice-presidente do ICZ, a capacidade atual deve crescer 50% até 2015 em função dos investimentos do setor, estimados em até R$ 100 milhões na construção de novas plantas.
Outros investimentos estão previstos por parte dos grandes grupos, caso da Arcelor Mittal, em São Francisco do Sul (SC), e da Usiminas, que em março inaugurou uma nova planta de aços galvanizados, em Ipatinga (MG), voltada para atender a indústria automobilística, que ao lado do setor de construção civil responde pela maior parte da produção.
O valor anunciado do investimento foi de R$ 914 milhões. Com a inauguração de novas plantas, Gomes espera uma redução na importação de chapas de aço plano galvanizado, fenômeno que ocorreu a partir do segundo semestre de 2009 e em 2010, face o crescimento acima das expectativas da produção automobilística e da indústria de linha branca, que culminou em pedidos para a China.
Os megaeventos esportivos programados para os próximos anos no Brasil animam os empresários do setor. Segundo Gomes, as obras para a Copa do Mundo de 2014 devem exigir 1,5 milhão de toneladas de aço enquanto que para os Jogos Olímpicos do Rio a expectativa é de que haja demanda de 3,5 milhões de toneladas.
Nos próximos meses, a galvanizadora chilena bbosch, líder no Chile com 60% do mercado de galvanizados, deverá inaugurar a sua segunda unidade no Brasil, na cidade de Farroupilha (RS), onde foram investidos US$ 16 milhões. A única filial da bbosch no Brasil está em Jundiaí (SP), onde possui uma cuba (recipiente onde a peça recebe o banho de zinco) com 13 metros de comprimento, considerada entre as maiores do mundo, com capacidade para 450 toneladas de zinco. Até 2016, estão previstas duas novas plantas no país, segundo Luis Gallegos, diretor regional.
No primeiro semestre, a galvanizadora pernambucana Galvanisa inaugurou, em Carpina (PE), uma nova cuba, fruto de investimentos de R$ 10 milhões.
A história da galvanização a fogo teve início em 1741, quando o químico francês Melouin descobriu as propriedades anticorrosivas do zinco. Com o passar dos anos, desenvolveu-se o método de imersão do aço em tanques de zinco a uma temperatura de 450º C, popularizando a técnica denominada galvanização por imersão a quente, usada no setor até hoje. Uma das principais vantagens, além da durabilidade, é o curto tempo de preparo da peça.
Em uma galvanizadora, o primeiro passo é promover o desengraxe para a retirada de óleos e graxas; em seguida, há a aplicação de solução decapante para a remoção dos óxidos metálicos; depois, é feito o enxague e a secagem e posteriormente é aplicado um banho de sais para reduzir a tensão superficial entre o aço e o zinco. Finalmente, a peça é mergulhada no tanque de zinco e imediatamente retirada para secagem. Tudo isso não exige mais do que uma hora.
Inaugurado em 2008, o prédio da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, recebeu vergalhões galvanizados em sua estrutura de concreto branco por ordem de seu projetista, o arquiteto português Álvaro Siza. O projeto rendeu-lhe o Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza.
Makro investirá até 35% a mais em marcas própriasDCI 31.10.2011 - Por oferecer maior rentabilidade, os produtos de marca própria vão ganhar ainda mais atenção do Makro, que lidera o setor atacadista brasileiro. A empresa, cujo faturamento foi estimado em R$ 5,254 bilhões no ano passado, dos quais 8,5% foram de vendas de produtos de marca própria, vai investir 35% a mais no desenvolvimento desses produtos nos próximos dois anos.
Sem abrir cifras referentes ao assunto, o diretor de Marketing do Makro, Gustavo Delamanha, explica que a meta é de incremento de 12% da participação das marcas próprias nas vendas da companhia. Hoje são cinco as bandeiras voltadas a food service e suprimentos para pequeno e médio varejo: Aro, M&K, Baldaracci, Q-Biz e MK-Tech. O carro-chefe desse grupo é a Aro, cuja logomarca no ano passado passou por reestilização.
"Em dois anos vamos expandir essa participação e reforçar a mudança de visual", garantiu Delamanha. Atualmente, o Makro tem 76 lojas instaladas em 24 estados, e no Distrito Federal.
Sem abrir cifras referentes ao assunto, o diretor de Marketing do Makro, Gustavo Delamanha, explica que a meta é de incremento de 12% da participação das marcas próprias nas vendas da companhia. Hoje são cinco as bandeiras voltadas a food service e suprimentos para pequeno e médio varejo: Aro, M&K, Baldaracci, Q-Biz e MK-Tech. O carro-chefe desse grupo é a Aro, cuja logomarca no ano passado passou por reestilização.
"Em dois anos vamos expandir essa participação e reforçar a mudança de visual", garantiu Delamanha. Atualmente, o Makro tem 76 lojas instaladas em 24 estados, e no Distrito Federal.
BTG quer comprar Big BenValor 31.10.2011 - A BR Pharma, braço de varejo farmacêutico do banco BTG, deve fazer proposta pela rede paraense Big Ben nos próximos dias. Segundo apurou o Valor, a BR Pharma sondava as duas maiores redes de farmácias do Pará, a Big Ben e a Extrafarma. Mas se decidiu pela primeira, líder em número de lojas (cerca de 180) e vendas (R$ 800 milhões). Juntas, as duas redes detêm cerca de 65% do varejo paraense de remédios e são controladas por famílias: os Lazera, na Extrafarma, e os Aguilera, na Big Ben.
Cosméticos feitos só para os hóspedesValor 31.10.2011 - Há 22 anos no mercado, a Realgem's do Brasil, com sede no município de Colombo, no Paraná, responde por 70% da produção de cosméticos destinados à hotelaria (chamados de amenities) no país. A empresa tem mais de 3.000 clientes distribuídos em países como Brasil, Uruguai e África do Sul. Entre eles, estão as redes Atlântica, Slaviero, Clube Med e Accor, além de 38 das 48 pousadas e hotéis que integram o Roteiro do Charme. Entre os carros-chefe da marca, está a linha Terra Brasilis Riqueza Natural, com produtos que utilizam ingredientes tipicamente brasileiros. Os sabonetes, de 20 e 40 gramas, por exemplo, têm estratos de maracujá e pitanga. Os xampus são feitos à base de guaraná e o sabonete líquido, de graviola.
"Aromas típicos doa biodiversidade do Brasil para turista nenhum botar defeito", brinca Mauro de Oliveira, sócio da Realgem's, empresa fundada pela família em 1984, mas que só em decidiu trabalhar no nicho das amenities no ano de 1989. A primeira rede hoteleira a apostar nas linhas da Realgem's foi a paranaense De Ville, que manteve-se cliente da indústria até os dias de hoje.
"No final dos anos 1980, poucos fabricantes atuavam na área, entre eles, a Gessy Lever. Todos ofereciam o produto standard", lembra Oliveira. "Nós chegamos com a proposta de fabricar sabonetes, xampus, condicionadores, hidratantes e filtros solar à base de ativos naturais, sem sal, em três conceitos básicos: econômico, luxo e super luxo", diz ele, acrescentando que a ideia é atender ao perfil de cada tipo de meio de hospedagem. O pioneirismo sempre foi um traço da marca, segundo o empreendedor. A indústria foi a primeira a colocar no mercado os sabonetes redondos com embalagem plissada, a lançar formulações com teste de biodegradabilidade comprovada e também a exibir em seus produtos o selo da agricultura familiar, ajudando as famílias que trabalham na colheita de guaraná, cupuaçu e castanha da Amazônia. Disposta a fazer de sua linha de amenities um canal de divulgação da cultura brasileira, a Realgem's desenvolve projetos sob medida para a cadeia hoteleira. A empresa personaliza as embalagens para seus clientes ora com base na fauna e na flora da região amazônica, ora com os traços consagrados do arquiteto brasileiro Oscar Niemayer. "Para o hotel Crowne Plaza de Belém (no Pará), apostamos nos ativos da Amazônia para decorar as embalagens, com textos em inglês e português", conta Mauro de Oliveira. As linhas personalizadas são muito bem aceitas no mercado em que a Realgem's trabalha e respondem por 70% da produção da indústria paranaense, que mantém mais de 20 mil produtos em linha, fabrica cerca de 4 milhões de sabonetes por mês, 1,5 milhão de unidades de cosméticos e lança três novos produtos a cada quatro semanas. "O ritmo é acelerado, pois a cada mês somamos entre 30 e 50 novos clientes", diz Oliveira, observando que nos últimos três anos a empresa cresceu 20% ao ano. A meta é crescer ainda mais. Para tanto, a Realgem's firmou parceria com a Ox Cosméticos, sendo sua licenciada no segmento de amenities, com produtos presentes nas redes DeVille, Nobile e Costa do Sauípe. Em breve, lançará no mercado uma linha assinada pelo estilista Alexandre Herchcovitch. Com design e formulação diferenciados, a novidade será direcionada a hotéis de alto luxo, configurando-se com a primeira no gênero no setor no mercado nacional.
"Aromas típicos doa biodiversidade do Brasil para turista nenhum botar defeito", brinca Mauro de Oliveira, sócio da Realgem's, empresa fundada pela família em 1984, mas que só em decidiu trabalhar no nicho das amenities no ano de 1989. A primeira rede hoteleira a apostar nas linhas da Realgem's foi a paranaense De Ville, que manteve-se cliente da indústria até os dias de hoje.
"No final dos anos 1980, poucos fabricantes atuavam na área, entre eles, a Gessy Lever. Todos ofereciam o produto standard", lembra Oliveira. "Nós chegamos com a proposta de fabricar sabonetes, xampus, condicionadores, hidratantes e filtros solar à base de ativos naturais, sem sal, em três conceitos básicos: econômico, luxo e super luxo", diz ele, acrescentando que a ideia é atender ao perfil de cada tipo de meio de hospedagem. O pioneirismo sempre foi um traço da marca, segundo o empreendedor. A indústria foi a primeira a colocar no mercado os sabonetes redondos com embalagem plissada, a lançar formulações com teste de biodegradabilidade comprovada e também a exibir em seus produtos o selo da agricultura familiar, ajudando as famílias que trabalham na colheita de guaraná, cupuaçu e castanha da Amazônia. Disposta a fazer de sua linha de amenities um canal de divulgação da cultura brasileira, a Realgem's desenvolve projetos sob medida para a cadeia hoteleira. A empresa personaliza as embalagens para seus clientes ora com base na fauna e na flora da região amazônica, ora com os traços consagrados do arquiteto brasileiro Oscar Niemayer. "Para o hotel Crowne Plaza de Belém (no Pará), apostamos nos ativos da Amazônia para decorar as embalagens, com textos em inglês e português", conta Mauro de Oliveira. As linhas personalizadas são muito bem aceitas no mercado em que a Realgem's trabalha e respondem por 70% da produção da indústria paranaense, que mantém mais de 20 mil produtos em linha, fabrica cerca de 4 milhões de sabonetes por mês, 1,5 milhão de unidades de cosméticos e lança três novos produtos a cada quatro semanas. "O ritmo é acelerado, pois a cada mês somamos entre 30 e 50 novos clientes", diz Oliveira, observando que nos últimos três anos a empresa cresceu 20% ao ano. A meta é crescer ainda mais. Para tanto, a Realgem's firmou parceria com a Ox Cosméticos, sendo sua licenciada no segmento de amenities, com produtos presentes nas redes DeVille, Nobile e Costa do Sauípe. Em breve, lançará no mercado uma linha assinada pelo estilista Alexandre Herchcovitch. Com design e formulação diferenciados, a novidade será direcionada a hotéis de alto luxo, configurando-se com a primeira no gênero no setor no mercado nacional.
Vendas de papéis da Kablin ficam estáveis no terceiro triExame 31.10.2011 - O resultado de vendas totais em 434 mil toneladas de papéis mostra estabilidade nos negócios da companhia. A Klabin também comercializou 688 mil toneladas de madeira para terceiros entre julho e setembro, o equivalente a uma alta de 3% em relação ao segundo trimestre deste ano. A Klabin encerrou o terceiro trimestre com vendas totais de 434 mil toneladas de papéis. O resultado mostra estabilidade nos negócios da companhia, que havia registrado vendas de 435 mil toneladas no segundo trimestre deste ano e 436 mil toneladas no terceiro trimestre do ano passado.
De acordo com o balanço divulgado pela companhia hoje, as vendas para o mercado interno somaram 308 mil toneladas, estável ante o terceiro trimestre do ano passado e 7% superior ao registrado no segundo trimestre deste ano. O resultado foi puxado pelos mercados de cartões e kraftliner (produto usado na fabricação de caixas de papelão ondulado). As exportações somaram 126 mil toneladas no trimestre, retração de 1% sobre o terceiro trimestre de 2010. A companhia também comercializou 688 mil toneladas de madeira para terceiros entre julho e setembro, o equivalente a uma alta de 3% em relação ao segundo trimestre deste ano, e 16% menor do que a reportada no terceiro trimestre do ano passado. Somados os resultados da área de papel e da unidade de negócio florestal, a Klabin obteve receita líquida de R$ 990,623 milhões no trimestre, com leve alta de 1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre, a expansão do indicador ficou em 5%.
De acordo com o balanço divulgado pela companhia hoje, as vendas para o mercado interno somaram 308 mil toneladas, estável ante o terceiro trimestre do ano passado e 7% superior ao registrado no segundo trimestre deste ano. O resultado foi puxado pelos mercados de cartões e kraftliner (produto usado na fabricação de caixas de papelão ondulado). As exportações somaram 126 mil toneladas no trimestre, retração de 1% sobre o terceiro trimestre de 2010. A companhia também comercializou 688 mil toneladas de madeira para terceiros entre julho e setembro, o equivalente a uma alta de 3% em relação ao segundo trimestre deste ano, e 16% menor do que a reportada no terceiro trimestre do ano passado. Somados os resultados da área de papel e da unidade de negócio florestal, a Klabin obteve receita líquida de R$ 990,623 milhões no trimestre, com leve alta de 1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre, a expansão do indicador ficou em 5%.
Vendas da Suzano crescem 17,2% no terceiro trimestreJCRJ 31.10.2011 - As vendas da Suzano Papel e Celulose aumentaram 17,2% no terceiro trimestre, em relação a igual período de 2010, para 790,9 mil toneladas. Na comparação dos dois intervalos, o volume vendido de celulose de mercado subiu 11,7%, para 435 mil toneladas, enquanto as vendas de papel cresceram 24,6%, para 356 mil toneladas.
A geração de caixa, medida pelo Ebitda, somou R$ 261,3 milhões no terceiro trimestre, com margem de 21,2% em relação à receita líquida do período, 1,3 p.p. e 14,0 p.p. inferior à margem do trimestre anterior e de igual período do ano passado, respectivamente.Voltar
A geração de caixa, medida pelo Ebitda, somou R$ 261,3 milhões no terceiro trimestre, com margem de 21,2% em relação à receita líquida do período, 1,3 p.p. e 14,0 p.p. inferior à margem do trimestre anterior e de igual período do ano passado, respectivamente.Voltar
Vendas de papelão ondulado recuam 4,6% em setembro, aponta ABPO
Valor 31.10.2011 - As vendas domésticas de papelão ondulado mostraram queda de 4,6% em setembro, na comparação com agosto, de acordo com balanço consolidado divulgado hoje pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). No mês passado, conforme a entidade, foram expedidas pela indústria 269,835 mil toneladas de papelão, praticamente em linha com a prévia divulgada no início de outubro. Frente ao volume vendido em setembro de 2010, contudo, houve alta de 1,08%. No acumulado dos nove meses do ano, as vendas internas da indústria alcançaram 2,397 milhões de toneladas, com incremento de 1,35%. Para o ano, a entidade trabalha com expectativa de crescimento de até 3,5% nas expedições de papelão, abaixo da expansão de até 5% prevista originalmente pela indústria.
Valor 31.10.2011 - As vendas domésticas de papelão ondulado mostraram queda de 4,6% em setembro, na comparação com agosto, de acordo com balanço consolidado divulgado hoje pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). No mês passado, conforme a entidade, foram expedidas pela indústria 269,835 mil toneladas de papelão, praticamente em linha com a prévia divulgada no início de outubro. Frente ao volume vendido em setembro de 2010, contudo, houve alta de 1,08%. No acumulado dos nove meses do ano, as vendas internas da indústria alcançaram 2,397 milhões de toneladas, com incremento de 1,35%. Para o ano, a entidade trabalha com expectativa de crescimento de até 3,5% nas expedições de papelão, abaixo da expansão de até 5% prevista originalmente pela indústria.
Grupo JHS/FRevista Isto é Dinheiro 28.10.2011 - O Grupo JHS/F, prepara um megalançamento imobiliário com direito a aeroporto privativo para aviação executiva, em Araçariguama, na região de Sorocaba (SP).
Superluxo: O Grupo JHS/F, sob o comando do jovem presidente José Auriemo Neto, prepara um megalançamento imobiliário, com direito a aeroporto privativo para aviação executiva, em Araçariguama, na região de Sorocaba (P). Com uma área de 8 milhões de m², terá, além do aeroporto executivo, condomínio residencial de altíssimo padrão, campo de golfe, clube hípico e hotel. O projeto está em aprovação na Aeronáutica e na Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Superluxo: O Grupo JHS/F, sob o comando do jovem presidente José Auriemo Neto, prepara um megalançamento imobiliário, com direito a aeroporto privativo para aviação executiva, em Araçariguama, na região de Sorocaba (P). Com uma área de 8 milhões de m², terá, além do aeroporto executivo, condomínio residencial de altíssimo padrão, campo de golfe, clube hípico e hotel. O projeto está em aprovação na Aeronáutica e na Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
HRT vende fatia em blocos no Solimões por US$ 1 bilhãoBrasil Econômico 31.10.2011 - A HRT ficará com participação de 55% dos 21 blocos na bacia do Solimões, cobrindo uma área de 48,5 mil quilômetros quadrados.
Empresa russa TNK-BP pagará US$ 1 bilhão ao longo de dois anos por 45% dos blocos da HRT no Solimões. A HRT vendeu os direitos de participação de 45% sobre 21 blocos que detém na bacia do Solimões para a empresa russa TNK-BP, em contrato no valor de US$ 1 bilhão, pagamento que será feito ao longo de dois anos. A companhia recomprou em maio a fatia de 45% dos blocos, que estava nas mãos da Petra Energia. Essa transferência ainda deverá ser aprovada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para a conclusão do negócio com a empresa russa. A HRT terá ainda direito a pagamentos adicionais pela TNK-Brasil que incluem o reembolso de custos passados e pagamentos futuros, US$ 0,73 para cada barril acima da reserva de 500 milhões de barris de óleo equivalente. A empresa estima que esses ganhos possam chegar a US$ 5 bilhões, por dez anos.
A TNK-Brasil terá a opção de adquirir 10% adicionais dos direitos de concessão da HRT nos blocos do Solimões.
Empresa russa TNK-BP pagará US$ 1 bilhão ao longo de dois anos por 45% dos blocos da HRT no Solimões. A HRT vendeu os direitos de participação de 45% sobre 21 blocos que detém na bacia do Solimões para a empresa russa TNK-BP, em contrato no valor de US$ 1 bilhão, pagamento que será feito ao longo de dois anos. A companhia recomprou em maio a fatia de 45% dos blocos, que estava nas mãos da Petra Energia. Essa transferência ainda deverá ser aprovada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para a conclusão do negócio com a empresa russa. A HRT terá ainda direito a pagamentos adicionais pela TNK-Brasil que incluem o reembolso de custos passados e pagamentos futuros, US$ 0,73 para cada barril acima da reserva de 500 milhões de barris de óleo equivalente. A empresa estima que esses ganhos possam chegar a US$ 5 bilhões, por dez anos.
A TNK-Brasil terá a opção de adquirir 10% adicionais dos direitos de concessão da HRT nos blocos do Solimões.
Pepsi busca um rumo no BrasilBondeEconomia 31.10.2011 - Em uma propaganda da PepsiCo da década de 30, nos Estados Unidos, um locutor dizia: "It goes fast because everybody likes Pepsi" - algo como "Acaba logo porque todo mundo gosta de Pepsi". Oitenta anos depois, no Brasil, a empresa se valeu do mesmo argumento para explicar uma promoção polêmica. "Esperávamos vender seis vezes mais, mas conseguimos ir bem além disso", diz Andrea Alvares, presidente da divisão de bebidas da PepsiCo Brasil, sobre a promoção "Pepsi em dobro", realizada no início de setembro. Por mais que a empresa tenha tentado ficar com o lado bom da história, o episódio acabou refletindo a falta de rumo das operações da companhia no País. O caso da promoção e também o do Toddynho chegaram até Indra Nooyi, presidente mundial da companhia. Os executivos daqui admitem o baque e prometem pôr em prática até o fim do ano um plano de recuperação da imagem da companhia, que ainda está sendo elaborado. "A Indra começou a cobrar uma revolução na PepsiCo do Brasil", disse um ex-executivo. Descontente, a principal executiva da multinacional passou a cobrar respostas da subsidiária brasileira a ordens dadas anos atrás, como a venda da Coqueiro, fechada somente neste mês. A executiva também quer que a Pepsi seja menos dependente da venda de refrigerantes - que não cresce mais nos países desenvolvidos e, neste ano, também tem apresentado retração no Brasil. Para tanto, uma das estratégias é adquirir empresas de alimentos nos segmentos em que a Pepsi atua mundialmente. No momento, a companhia disputa a fabricante de biscoitos Mabel, ao lado de Bunge e Bimbo. Um dos gargalos que impedem a evolução da Pepsi no País é a estrutura dividida em duas áreas: alimentos e bebidas. Por isso, uma das medidas ordenadas por Indra teria sido a criação de uma diretoria de assuntos corporativos. "Grandes empresas não podem ficar sem uma diretoria de assuntos corporativos", diz Patrícia Epperlein, sócia-presidente da consultoria Mariaca.
Para o cargo, foi escolhido Marcos Freire, que esteve à frente da área de comunicação da Roche Farmacêutica e ocupou a direção de comunicação corporativa da Unilever por nove anos. Freire é um dos poucos na empresa que respondem pelas duas divisões da companhia no País.
A área de alimentos é chefiada desde o início do ano pelo venezuelano Roberto Ríos, responsável por 13 fábricas da empresa, que produzem, por exemplo, salgadinhos e achocolatado.
Do outro lado está a divisão de bebidas, chefiada por Andrea, no cargo desde o começo de 2011. A executiva tem sob seu comando apenas uma fábrica própria, em Manaus, onde é feito o concentrado do refrigerante Pepsi. Produção, embalagem e distribuição de refrigerantes ficam a cargo da Ambev, parceira da empresa americana desde 1997. "Na época em que foi feito o acordo, a Ambev sequer existia. O contrato - que expira em seis anos - foi assinado com a Brahma", explica o ex-executivo.
É aí que está outro calcanhar de aquiles da empresa. "Com a Ambev, a Pepsico tem praticamente três presidentes. Mas ninguém realmente controla o negócio", diz um grande varejista. "Se algo acontece, uma divisão joga a responsabilidade para outra e ninguém assume nada", afirma.
Aval. Segundo um publicitário que já trabalhou para a empresa, a PepsiCo não tem autonomia para tomar decisões sem o aval da Ambev nem mesmo em campanhas de marketing. "Mas o foco da Ambev é cerveja. Refrigerantes, para eles, são um negócio residual." Andrea discorda: "Somos uma empresa só na hora de resolver questões. A parceria acelera nosso crescimento".
A Ambev ajudou a PepsiCo a nacionalizar sua distribuição, até então concentrada principalmente na Região Sul do País, onde a Pepsi começou em 1953 - ela veio da Argentina, onde era forte, para o Rio Grande do Sul. Hoje, as bebidas são 40% das vendas da subsidiária. Além dos refrigerantes, a área engloba o isotônico Gatorade. Embora seja uma bebida, a água de coco Kero Coco fica na divisão de alimentos. A parceria trouxe avanços, mas não bastou para melhorar a posição de mercado da PepsiCo - as marcas da companhia nunca tiveram mais que 7% das vendas, conforme dados Nielsen fornecidos por fabricantes. Em setembro, turbinada pela promoção "Pepsi em dobro", a participação saltou de 4,7% em agosto para 6,1%. Por isso, a companhia avalia que, apesar da falta de produtos e da repercussão negativa, a promoção foi um sucesso. "Atingimos 3 milhões de consumidores e contamos somente 5 mil frustrados", diz Andrea.
Ordens. Em Purchase, no Estado americano de Nova York, Indra também teve de aceitar, recentemente, o pedido de demissão de Donna Hrinak, que desde 2008 era vice-presidente de assuntos governamentais da companhia para Brasil e Argentina. "Ela deixou a empresa pois não conseguia implementar seus projetos devido à estrutura caótica, com dois presidentes mais a Ambev", disse um amigo da ex-embaixadora americana no Brasil.
Para o cargo, foi escolhido Marcos Freire, que esteve à frente da área de comunicação da Roche Farmacêutica e ocupou a direção de comunicação corporativa da Unilever por nove anos. Freire é um dos poucos na empresa que respondem pelas duas divisões da companhia no País.
A área de alimentos é chefiada desde o início do ano pelo venezuelano Roberto Ríos, responsável por 13 fábricas da empresa, que produzem, por exemplo, salgadinhos e achocolatado.
Do outro lado está a divisão de bebidas, chefiada por Andrea, no cargo desde o começo de 2011. A executiva tem sob seu comando apenas uma fábrica própria, em Manaus, onde é feito o concentrado do refrigerante Pepsi. Produção, embalagem e distribuição de refrigerantes ficam a cargo da Ambev, parceira da empresa americana desde 1997. "Na época em que foi feito o acordo, a Ambev sequer existia. O contrato - que expira em seis anos - foi assinado com a Brahma", explica o ex-executivo.
É aí que está outro calcanhar de aquiles da empresa. "Com a Ambev, a Pepsico tem praticamente três presidentes. Mas ninguém realmente controla o negócio", diz um grande varejista. "Se algo acontece, uma divisão joga a responsabilidade para outra e ninguém assume nada", afirma.
Aval. Segundo um publicitário que já trabalhou para a empresa, a PepsiCo não tem autonomia para tomar decisões sem o aval da Ambev nem mesmo em campanhas de marketing. "Mas o foco da Ambev é cerveja. Refrigerantes, para eles, são um negócio residual." Andrea discorda: "Somos uma empresa só na hora de resolver questões. A parceria acelera nosso crescimento".
A Ambev ajudou a PepsiCo a nacionalizar sua distribuição, até então concentrada principalmente na Região Sul do País, onde a Pepsi começou em 1953 - ela veio da Argentina, onde era forte, para o Rio Grande do Sul. Hoje, as bebidas são 40% das vendas da subsidiária. Além dos refrigerantes, a área engloba o isotônico Gatorade. Embora seja uma bebida, a água de coco Kero Coco fica na divisão de alimentos. A parceria trouxe avanços, mas não bastou para melhorar a posição de mercado da PepsiCo - as marcas da companhia nunca tiveram mais que 7% das vendas, conforme dados Nielsen fornecidos por fabricantes. Em setembro, turbinada pela promoção "Pepsi em dobro", a participação saltou de 4,7% em agosto para 6,1%. Por isso, a companhia avalia que, apesar da falta de produtos e da repercussão negativa, a promoção foi um sucesso. "Atingimos 3 milhões de consumidores e contamos somente 5 mil frustrados", diz Andrea.
Ordens. Em Purchase, no Estado americano de Nova York, Indra também teve de aceitar, recentemente, o pedido de demissão de Donna Hrinak, que desde 2008 era vice-presidente de assuntos governamentais da companhia para Brasil e Argentina. "Ela deixou a empresa pois não conseguia implementar seus projetos devido à estrutura caótica, com dois presidentes mais a Ambev", disse um amigo da ex-embaixadora americana no Brasil.
Bunge, Bimbo e Pepsi disputam Mabel.Estadão 24.10.2011 - Não é a primeira vez, mas agora é para valer. Pelo menos é o que garantem fontes ligadas à fabricante de biscoitos Mabel. Dentro de algumas semanas, a companhia deve anunciar sua venda. As interessadas são as americanas Bunge e PepsiCo e a mexicana Bimbo. Há dez anos, a Mabel esteve perto de ser adquirida, mas as conversas, na época, não avançaram.
A Bunge, segundo o Estado apurou, é a candidata com mais chances de concluir a aquisição da companhia, cujo controle é do deputado federal por Goiás, Sandro Mabel, que tem 60% das ações. O restante está nas mãos do Grupo Icatu.
A fabricante da margarina Delícia e do óleo Salada nega interesse. Mas a Bunge vem se esforçando para aumentar sua participação no varejo, elevando o número de produtos em seu portfólio. Em maio, por exemplo, lançou uma linha de molhos e extratos de tomate com a marca Primor.
A Mabel, além de ter produtos bem aceitos popularmente, é dona de cinco fábricas em Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Santa Catarina. “Com essas localizações, a Mabel é uma ótima aquisição para qualquer pretendente”, diz um concorrente. A PepsiCo, que vendeu há dez dias a linha de pescados Coqueiro para a Camil, não fez comentários. A Bimbo, que em 2008 comprou a gaúcha Nutrella, também não se pronunciou. A empresa inaugurou sua sétima fábrica no País em agosto.
A Bunge, segundo o Estado apurou, é a candidata com mais chances de concluir a aquisição da companhia, cujo controle é do deputado federal por Goiás, Sandro Mabel, que tem 60% das ações. O restante está nas mãos do Grupo Icatu.
A fabricante da margarina Delícia e do óleo Salada nega interesse. Mas a Bunge vem se esforçando para aumentar sua participação no varejo, elevando o número de produtos em seu portfólio. Em maio, por exemplo, lançou uma linha de molhos e extratos de tomate com a marca Primor.
A Mabel, além de ter produtos bem aceitos popularmente, é dona de cinco fábricas em Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Santa Catarina. “Com essas localizações, a Mabel é uma ótima aquisição para qualquer pretendente”, diz um concorrente. A PepsiCo, que vendeu há dez dias a linha de pescados Coqueiro para a Camil, não fez comentários. A Bimbo, que em 2008 comprou a gaúcha Nutrella, também não se pronunciou. A empresa inaugurou sua sétima fábrica no País em agosto.
Petrobras projeta investir US$ 2,5 bi na produção de biodieselMonitor Mercantil 28.10.2011 - Brasil pode se tornar líder mundial no consumo do combustível. A Petrobras prevê investimentos de US$ 2,5 bilhões na produção de biodiesel e etanol até 2015. "A expectativa é que até o final de 2011 sejam consumidos mais de 2,5 bilhões de litros somente no Brasil, colocando o país como líder mundial no consumo do biodiesel", informou o diretor de Biodiesel da Petrobras Biocombustível, Alberto Fontes.
A informação foi dada quando ao executivo destacava as tendências para o desenvolvimento do setor e traçou um panorama com a atual situação do país na área de biocombustíveis, em palestra que integrou a programação do 21º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica, em Natal (RN).
Fontes ressaltou a qualidade da matriz energética brasileira, fundamentada em energias limpas. No biodiesel, o país possui atualmente 60 unidades que produzem aproximadamente 2,35 bilhões de litros por ano. No segmento de etanol, o país conta com 423 usinas e uma produção de cerca de 27 bilhões de litros por ano. "O Brasil tem uma grande vocação para a produção de biocombustíveis e energias renováveis como um todo em razão das suas condições ambientais privilegiadas", comentou.
Fontes disse ainda que uma tendência nesta área são os investimentos para o desenvolvimento de tecnologias que buscam a consolidação de rotas de segunda geração com foco na produção de biocombustíveis a partir de resíduos como o bagaço de cana. A previsão é de investimentos da ordem de US$ 2,5 bilhões na produção de biodiesel e etanol entre 2011 e 2015 dentro no Plano de Negócios da Petrobras, que também prevê US$ 300 milhões para a pesquisa e desenvolvimento no setor. O 21º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica, reuniu pesquisadores e estudantes da área de Engenharia, no Centro de Convenções em Natal.
A informação foi dada quando ao executivo destacava as tendências para o desenvolvimento do setor e traçou um panorama com a atual situação do país na área de biocombustíveis, em palestra que integrou a programação do 21º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica, em Natal (RN).
Fontes ressaltou a qualidade da matriz energética brasileira, fundamentada em energias limpas. No biodiesel, o país possui atualmente 60 unidades que produzem aproximadamente 2,35 bilhões de litros por ano. No segmento de etanol, o país conta com 423 usinas e uma produção de cerca de 27 bilhões de litros por ano. "O Brasil tem uma grande vocação para a produção de biocombustíveis e energias renováveis como um todo em razão das suas condições ambientais privilegiadas", comentou.
Fontes disse ainda que uma tendência nesta área são os investimentos para o desenvolvimento de tecnologias que buscam a consolidação de rotas de segunda geração com foco na produção de biocombustíveis a partir de resíduos como o bagaço de cana. A previsão é de investimentos da ordem de US$ 2,5 bilhões na produção de biodiesel e etanol entre 2011 e 2015 dentro no Plano de Negócios da Petrobras, que também prevê US$ 300 milhões para a pesquisa e desenvolvimento no setor. O 21º Congresso Internacional de Engenharia Mecânica, reuniu pesquisadores e estudantes da área de Engenharia, no Centro de Convenções em Natal.
Refis melhorou as contas da CespValor 31.10.2011 - A Cesp usou o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) para reduzir em R$ 135 milhões o prejuízo do segundo trimestre. O valor, contabilizado como "resultado não operacional" no informativo trimestral da estatal, fez com que o prejuízo líquido caísse de R$ 278 milhões para R$ 143 milhões.O ganho contábil é resultado do chamado de "ajuste ao valor presente" dos débitos da empresa com a Receita Federal. Esse cálculo reduz o valor da dívida, levando em conta o alongamento do prazo (em mais de cem anos, dependendo do caso) e o fato de o pagamento estar atrelado a uma parcela mínima do faturamento, de 1,5% a 3%.A Cesp, que deve ir a leilão dia 6 de dezembro, divulgou hoje uma nota comunicando sua adesão ao Refis, que ocorreu em 28 de abril. O motivo do comunicado tardio é uma norma da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a instrução 346, de 29 de setembro, que obriga as companhias abertas que aderiram ao Refis a informarem o mercado da decisão. Cerca de 40 empresas abertas estão no programa.A instrução 346 também estabelece a forma de se contabilizar os números do Refis nos balanços e não admite que o ajuste a valor presente altere o resultado, como ocorreu nos casos da Cesp e do grupo gaúcho Eberle, ambos com o respaldo da auditoria Arthur Andersen.A Eberle refez o balanço de 1999, transformando o prejuízo em lucro, e terá que republicá-lo. Já a Cesp usou o cálculo apenas no balancete do segundo trimestre e, segundo a CVM, não será necessária uma correção.
Empresas de seguros de veículos e de saúde terão consolidaçãoDCI 31.10.2011 - Apesar do momento positivo de todo o setor de seguros, que tem apresentado crescimento de dois dígitos nos últimos anos, os segmentos de saúde e de automóveis devem ser os primeiros a sofrer um movimento de consolidação nos próximos anos, segundo especialistas.
As mudanças na regulação, como as regras da Solvência II, juntamente com a alta sinistralidade e a briga nos preços vão provocar este movimento. "A exigência de maior capital vai exigir melhor estrutura das seguradoras. Além disso, há a disputa com preços agressivos, que também demanda uma grande escala e pode ocasionar a consolidação", afirma João Augusto Salles, economista da consultoria de investimentos Lopes Filho. De qualquer maneira, o mercado aposta em bons resultados para a Porto Seguro e a SulAmérica, duas companhias que têm forte atuação nestes dois segmentos. Na última sexta-feira, as ações ON da Porto Seguro tiveram alta de 0,95%, com preço de R$ 18,94. Já a SulAmérica fechou em queda de 0,27%, cotada a R$ 14,46. Na semana anterior, 21/10, os papéis da Porto Seguro fecharam em alta de 1,63%, com valor de R$ 18, e a SulAmérica ficou em alta de R$ 1,23, com preço de R$ 13,98. Salles acredita no momento favorável para compra. "Mas minha aposta é na Porto Seguro". Ele lembra que o setor de seguros de veículos sofreu no primeiro semestre com os elevados índices de sinistros, em torno de 50%, mas aposta em uma melhora em 2012.
As mudanças na regulação, como as regras da Solvência II, juntamente com a alta sinistralidade e a briga nos preços vão provocar este movimento. "A exigência de maior capital vai exigir melhor estrutura das seguradoras. Além disso, há a disputa com preços agressivos, que também demanda uma grande escala e pode ocasionar a consolidação", afirma João Augusto Salles, economista da consultoria de investimentos Lopes Filho. De qualquer maneira, o mercado aposta em bons resultados para a Porto Seguro e a SulAmérica, duas companhias que têm forte atuação nestes dois segmentos. Na última sexta-feira, as ações ON da Porto Seguro tiveram alta de 0,95%, com preço de R$ 18,94. Já a SulAmérica fechou em queda de 0,27%, cotada a R$ 14,46. Na semana anterior, 21/10, os papéis da Porto Seguro fecharam em alta de 1,63%, com valor de R$ 18, e a SulAmérica ficou em alta de R$ 1,23, com preço de R$ 13,98. Salles acredita no momento favorável para compra. "Mas minha aposta é na Porto Seguro". Ele lembra que o setor de seguros de veículos sofreu no primeiro semestre com os elevados índices de sinistros, em torno de 50%, mas aposta em uma melhora em 2012.
Randon fecha a compra da FolleValor 31.10.2011 - O grupo Randon, com sede em Caxias do Sul (RS), anuncia hoje à tarde a aquisição da Folle, empresa familiar que produz carrocerias frigorificadas em Chapecó (SC). O negócio, antecipado pelo Valor na semana passada, será formalizado às 17 horas, na sede do governo de Santa Catarina, em Florianópolis, num evento com a participação do governador Raimundo Colombo.
Fabricante de reboques e semirreboques rodoviários, vagões ferroviários, autopeças e veículos especiais, a Randon vai anunciar, além do valor da aquisição, um plano de investimentos na expansão da nova controlada. O grupo já produziu carrocerias frigorificadas durante a década de 1990 numa joint venture com a Carrier, mas o negócio foi desfeito. Pela Randon participarão da solenidade o presidente do grupo, David Randon, o diretor vice-presidente de operações Erino Tonon e o diretor executivo da divisão de implementos, Norberto Fabris. Pela Folle estarão o presidente Nilso Folle e o filho dele, Nilson Folle Júnior.
Fabricante de reboques e semirreboques rodoviários, vagões ferroviários, autopeças e veículos especiais, a Randon vai anunciar, além do valor da aquisição, um plano de investimentos na expansão da nova controlada. O grupo já produziu carrocerias frigorificadas durante a década de 1990 numa joint venture com a Carrier, mas o negócio foi desfeito. Pela Randon participarão da solenidade o presidente do grupo, David Randon, o diretor vice-presidente de operações Erino Tonon e o diretor executivo da divisão de implementos, Norberto Fabris. Pela Folle estarão o presidente Nilso Folle e o filho dele, Nilson Folle Júnior.
"A hora de crescer não é agora", diz MaggiValor 31.10.2011 - Até poucos anos atrás, Blairo Maggi ostentava o título de maior produtor mundial de soja, mas perdeu o posto com o rápido avanço dos grupos estrangeiros sobre as terras brasileiras, como o do grupo argentino El Tejar. Mesmo assim, Maggi não parece disposto a brigar para retomar a posição - não agora. "Sempre estamos prontos para expandir, mas nesse momento ficou difícil porque o preço das terras está muito alto. A hora de crescer não é agora", afirma. O grupo Amaggi deve repetir nesse ano a área plantada de 2011, de 207 mil hectares. Para Maggi, as oportunidades de expansão estão hoje fora do Brasil, em países da África e da América do Sul, como Colômbia e Argentina. "A reputação do agricultor brasileiro lá fora é muito boa. Fizemos uma agricultura diferenciada aqui", afirma o senador (PR-MT), que deve plantar cerca de 7 mil hectares na Argentina neste ano. "Embora o governo vizinho fique com um terço de tudo que exportamos, é mais vantajoso do que transportar a soja de Mato Grosso até o porto de Santos".
O empresário disse ainda que não pretende abrir o capital de sua empresa, seguindo os passos de grupos como SLC e Vanguarda. "São estruturas interessantes, e já consideramos essa possibilidade no passado. Mas temos um volume de produção grande, uma trading e uma capacidade de captação de recursos muito boa - que é o que as empresas buscam quando fazem uma abertura".
Maggi não descarta, porém, montar um fundo para "captar recursos, comprar terras e colocar para funcionar", um modelo de negócio em alta nos últimos anos. Ele pondera, porém, que as propriedades atuais não entrariam nesse fundo. "Seria uma outra empresa, um novo negócio, com nossa expertise e capital de fora. Mas pegar os ativos da família e transformar em uma coisa de todo mundo, não".
A despeito de seus próprios planos, ele se diz preocupado com a concentração de terras na mão de fundos de investimento e grandes grupos estrangeiros, "que podem sair do mercado de um dia para o outro". "O médio e o pequeno produtor estão sendo expulsos do campo, e isso é ruim para o país. Pela segurança alimentar e econômica, o governo deveria olhar mais para o agricultor individual", defende o megaprodutor.
O empresário disse ainda que não pretende abrir o capital de sua empresa, seguindo os passos de grupos como SLC e Vanguarda. "São estruturas interessantes, e já consideramos essa possibilidade no passado. Mas temos um volume de produção grande, uma trading e uma capacidade de captação de recursos muito boa - que é o que as empresas buscam quando fazem uma abertura".
Maggi não descarta, porém, montar um fundo para "captar recursos, comprar terras e colocar para funcionar", um modelo de negócio em alta nos últimos anos. Ele pondera, porém, que as propriedades atuais não entrariam nesse fundo. "Seria uma outra empresa, um novo negócio, com nossa expertise e capital de fora. Mas pegar os ativos da família e transformar em uma coisa de todo mundo, não".
A despeito de seus próprios planos, ele se diz preocupado com a concentração de terras na mão de fundos de investimento e grandes grupos estrangeiros, "que podem sair do mercado de um dia para o outro". "O médio e o pequeno produtor estão sendo expulsos do campo, e isso é ruim para o país. Pela segurança alimentar e econômica, o governo deveria olhar mais para o agricultor individual", defende o megaprodutor.
Caixa planeja ter novo fundo para aportes na área Valor 31.10.2011 - Diante das dificuldades do setor de saneamento para o cumprimento de duas prioridades - universalização dos serviços de abastecimento de água e o esgotamento sanitário no país -, a Caixa planeja o primeiro Fundo de Investimentos em Participações (FIP) que prevê a entrada dos recursos do FGTS para investimento em empresas públicas de saneamento. Também o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer estimular o acesso das empresas do setor ao mercado de capitais para a captação de recursos. Já a Corporação Financeira Internacional (IFC, sigla em inglês), braço do Banco Mundial para o setor privado, propõe um modelo de contrato onde empresas de engenharia assumam 100% do risco para aumentar a eficiência das companhias.
O Fundo de Investimentos em Participações prevê a compra de participação acionária nas companhias de água e esgoto desde que seja traçado um programa de melhoria da gestão e garantida a participação do fundo no controle da empresa. Segundo o superintendente nacional de saneamento e infraestrutura da Caixa, Rogério de Paula Tavares, o FIP FGTS Saneamento ainda está em fase de estudos, pois é preciso mapear previamente ativos e passivos em todas as áreas da empresa. A dificuldade do plano deve-se às negociações com as empresas, considerando que haveria limitação do controlador, pois o FIP FGTS Saneamento também terá participação na gestão. O BNDES, por meio da sua holding BNDES Participações (BNDESPar), estuda estruturar operações nas empresas de saneamento por meio dos FIPs, também conhecidos como fundos de private equity. A BNDESPar faria investimento direto nas companhias do setor por meio de aquisições de ações. "Na operação, o FIP será seletivo. A intenção é buscar empresas com atributos especiais para receber recursos", afirma o chefe do departamento de saneamento ambiental do BNDES, Luiz Inácio Senos Dantas. Com o passar do tempo, o objetivo é levar a companhia para a realização de uma oferta pública. Seria uma maneira de aproximar o setor de saneamento do mercado de capitais, explica Dantas. Nos últimos dois anos, o BNDES, juntamente com oito companhias estaduais e municipais, estruturou 10 emissões de debêntures simples, alavancando R$ 3 bilhões. "Queremos usar diferentes instrumentos do mercado no setor", diz Dantas. A Corporação Financeira Internacional está financiando a elaboração de regras para parceria entre as companhias de saneamento e empresas de engenharia, especializadas em eficiência energética e serviços de saneamento. No modelo de contrato proposto pelo IFC, o risco é 100% da companhia de engenharia. "Atualmente, 60% das companhias têm dificuldades para contratar empresas de engenharia especializadas em programas de redução de perdas de água física e até perda comercial. A contratação demanda investimentos ou até endividamento", explica o consultor Fernando Marcato, do GO Associados. A consultoria, dirigida pelo ex-presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, é responsável pela elaboração das normas contratuais do manual financiado pela Corporação Financeira Internacional.
O Fundo de Investimentos em Participações prevê a compra de participação acionária nas companhias de água e esgoto desde que seja traçado um programa de melhoria da gestão e garantida a participação do fundo no controle da empresa. Segundo o superintendente nacional de saneamento e infraestrutura da Caixa, Rogério de Paula Tavares, o FIP FGTS Saneamento ainda está em fase de estudos, pois é preciso mapear previamente ativos e passivos em todas as áreas da empresa. A dificuldade do plano deve-se às negociações com as empresas, considerando que haveria limitação do controlador, pois o FIP FGTS Saneamento também terá participação na gestão. O BNDES, por meio da sua holding BNDES Participações (BNDESPar), estuda estruturar operações nas empresas de saneamento por meio dos FIPs, também conhecidos como fundos de private equity. A BNDESPar faria investimento direto nas companhias do setor por meio de aquisições de ações. "Na operação, o FIP será seletivo. A intenção é buscar empresas com atributos especiais para receber recursos", afirma o chefe do departamento de saneamento ambiental do BNDES, Luiz Inácio Senos Dantas. Com o passar do tempo, o objetivo é levar a companhia para a realização de uma oferta pública. Seria uma maneira de aproximar o setor de saneamento do mercado de capitais, explica Dantas. Nos últimos dois anos, o BNDES, juntamente com oito companhias estaduais e municipais, estruturou 10 emissões de debêntures simples, alavancando R$ 3 bilhões. "Queremos usar diferentes instrumentos do mercado no setor", diz Dantas. A Corporação Financeira Internacional está financiando a elaboração de regras para parceria entre as companhias de saneamento e empresas de engenharia, especializadas em eficiência energética e serviços de saneamento. No modelo de contrato proposto pelo IFC, o risco é 100% da companhia de engenharia. "Atualmente, 60% das companhias têm dificuldades para contratar empresas de engenharia especializadas em programas de redução de perdas de água física e até perda comercial. A contratação demanda investimentos ou até endividamento", explica o consultor Fernando Marcato, do GO Associados. A consultoria, dirigida pelo ex-presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, é responsável pela elaboração das normas contratuais do manual financiado pela Corporação Financeira Internacional.
Os 'sem-teto' virtuais ganham mais espaçoValor 31.10.2011 - Guilherme Stocco, vice-presidente do BuscaPé e presidente do Lomadee: mercado cresceu com aumento da audiência e dos serviços de pagamento móvel.
O mercado brasileiro de comércio eletrônico, que cresce a uma taxa média de 35% ao ano, depara-se com a elevação de uma faixa de negócios já amadurecida no exterior, mas que no país tomou um novo fôlego recentemente. São os chamados "marketplace", sites que se dedicam à venda de conteúdo, serviços ou produtos oferecidos por pessoas que não têm sua própria loja virtual - diferenciando-se, portanto, dos shoppings virtuais. Esses sites costumam ser divididos por nichos e um dos segmentos que mais cresce é o de "marketplace" de conteúdo.
Uma das primeiras companhias de internet a investir nesse conceito no Brasil foi o BuscaPé, controlado pelo grupo sul-africano Naspers. Há dois anos, o BuscaPé criou a empresa Lomadee, voltada para promover a integração entre produtores de conteúdo e empresas de comércio eletrônico. O Lomadee reúne atualmente 70 mil blogs e sites de distribuição de conteúdo e cem grupos de comércio eletrônico, incluindo Apple Store Brasil, Livraria Saraiva, Walmart, Carrefour e Polishop.
Os produtores de conteúdo se cadastram no site da Lomadee e têm acesso a uma série de softwares que lhes permitem inserir e administrar anúncios em seus sites, para torná-los rentáveis. Esses editores podem escolher os anúncios que desejam incluir nos seus sites, ou permitir a publicação de anúncios com base nos temas discutidos. Os donos dos sites recebem um percentual por clique e por venda convertida a partir dos anúncios em suas páginas. "O avanço das tecnologias de pagamento digital e da audiência na internet brasileira proporcionaram o surgimento do mercado de 'marketplaces' no país", diz Guilherme Stocco, vice-presidente de desenvolvimento de negócios do BuscaPé e presidente do Lomadee. A figura do "marketplace" intermedeia as operações de venda de anúncios e proporciona para as companhias de varejo e os produtores de conteúdo a possibilidade de negociar com uma única empresa, em vez de firmar uma série de contratos. Outro grupo que estreou nesse segmento foi o Yahoo Brasil. Neste mês, a empresa lançou no Brasil o Yahoo Rede de Contribuidores, serviço que já oferecia nos Estados Unidos desde 2010, quando adquiriu a Associated Content. No mundo, essa rede do Yahoo tem 400 mil produtores de conteúdo cadastrados. "Em um ano, o número de associados mais que dobrou", afirma André Isay, diretor geral do Yahoo Brasil. Os editores e blogueiros oferecem textos e vídeos já prontos ou produzem conteúdo sob encomenda e recebem pelo material. As matérias escritas são compartilhadas nos sites do grupo Yahoo e podem ser distribuídas também para outras 16 mil páginas que a companhia hospeda no mundo. Para Isay, a experiência permite aos produtores de conteúdo multiplicar a audiência e ao Yahoo oferecer mais conteúdos regionalizados.
A oferta de conteúdos também é alvo de empresas de menor porte. É o caso da GetNinjas, uma iniciante fundada há quatro meses, com investimento do fundo Monashees. A empresa foi criada com investimento pouco acima de R$ 1 milhão e conta com uma equipe de 50 pessoas. O site foi lançado há uma semana e tem aproximadamente 500 profissionais cadastrados, que ofertam conteúdo nas áreas de artes visuais, finanças, culinária, moda e estilo, fotografia, jogos, música e outros.
"A oferta de serviços na internet é um segmento que cresce de forma exponencial no Brasil", diz Eduardo L'Hotelier, executivo-chefe do GetNinjas. O site funciona como o Mercado Livre. Os internautas cadastrados oferecem serviços com preço definido. Tanto o prestador de serviços quanto o cliente podem anunciar o que oferecem ou procuram com o respectivo preço. A oferta de serviços é feita na web, mas a empresa também desenvolve aplicativos para o iPhone, da Apple, e o sistema operacional Android, do Google. A oferta de conteúdo por multidões de profissionais em um site único é uma tendência relativamente nova no Brasil e, assim como os serviços de cupons de descontos, contribui para a estruturação do mercado de comércio eletrônico no país, que há até dois anos contava apenas com shoppings e lojas virtuais e poucos serviços de comparação de preços.
Internacionalmente, os "marketplaces" que congregam pessoas para a oferta de serviços e produtos são conhecidos como "crowdsourcing". O termo surgiu na década de 1990 nos Estados Unidos para designar as multidões de desenvolvedores de software que se uniam para criar programas e sistemas operacionais a partir da plataforma Linux - sistema de código aberto e distribuído gratuitamente. Mais tarde, o termo passou a ser adotado em outros segmentos da internet que reúnem grande número de profissionais. O Google adotou o crowdsourcing para atrair voluntários ao redor do mundo interessados em desenvolver o sistema operacional para celulares Android. Outro exemplo desse conceito é o site Wikipedia, que permite a usuários escrever, editar e vincular páginas da web ao site de verbetes.
No passado, o crowdsourcing era usado para trabalhos voluntários, mas com o passar dos anos, o modelo passou a ser usado por empresas de internet para garantir uma farta oferta de prestadores de serviços. A Amazon, por exemplo, mantém nos Estados Unidos o Mechanical Turk, um site que oferta em torno de 200 mil tarefas para usuários, como copiar dados de uma imagem digitalizada de cartões de visita e avaliar perguntas inseridas no site da Amazon.
O mercado brasileiro de comércio eletrônico, que cresce a uma taxa média de 35% ao ano, depara-se com a elevação de uma faixa de negócios já amadurecida no exterior, mas que no país tomou um novo fôlego recentemente. São os chamados "marketplace", sites que se dedicam à venda de conteúdo, serviços ou produtos oferecidos por pessoas que não têm sua própria loja virtual - diferenciando-se, portanto, dos shoppings virtuais. Esses sites costumam ser divididos por nichos e um dos segmentos que mais cresce é o de "marketplace" de conteúdo.
Uma das primeiras companhias de internet a investir nesse conceito no Brasil foi o BuscaPé, controlado pelo grupo sul-africano Naspers. Há dois anos, o BuscaPé criou a empresa Lomadee, voltada para promover a integração entre produtores de conteúdo e empresas de comércio eletrônico. O Lomadee reúne atualmente 70 mil blogs e sites de distribuição de conteúdo e cem grupos de comércio eletrônico, incluindo Apple Store Brasil, Livraria Saraiva, Walmart, Carrefour e Polishop.
Os produtores de conteúdo se cadastram no site da Lomadee e têm acesso a uma série de softwares que lhes permitem inserir e administrar anúncios em seus sites, para torná-los rentáveis. Esses editores podem escolher os anúncios que desejam incluir nos seus sites, ou permitir a publicação de anúncios com base nos temas discutidos. Os donos dos sites recebem um percentual por clique e por venda convertida a partir dos anúncios em suas páginas. "O avanço das tecnologias de pagamento digital e da audiência na internet brasileira proporcionaram o surgimento do mercado de 'marketplaces' no país", diz Guilherme Stocco, vice-presidente de desenvolvimento de negócios do BuscaPé e presidente do Lomadee. A figura do "marketplace" intermedeia as operações de venda de anúncios e proporciona para as companhias de varejo e os produtores de conteúdo a possibilidade de negociar com uma única empresa, em vez de firmar uma série de contratos. Outro grupo que estreou nesse segmento foi o Yahoo Brasil. Neste mês, a empresa lançou no Brasil o Yahoo Rede de Contribuidores, serviço que já oferecia nos Estados Unidos desde 2010, quando adquiriu a Associated Content. No mundo, essa rede do Yahoo tem 400 mil produtores de conteúdo cadastrados. "Em um ano, o número de associados mais que dobrou", afirma André Isay, diretor geral do Yahoo Brasil. Os editores e blogueiros oferecem textos e vídeos já prontos ou produzem conteúdo sob encomenda e recebem pelo material. As matérias escritas são compartilhadas nos sites do grupo Yahoo e podem ser distribuídas também para outras 16 mil páginas que a companhia hospeda no mundo. Para Isay, a experiência permite aos produtores de conteúdo multiplicar a audiência e ao Yahoo oferecer mais conteúdos regionalizados.
A oferta de conteúdos também é alvo de empresas de menor porte. É o caso da GetNinjas, uma iniciante fundada há quatro meses, com investimento do fundo Monashees. A empresa foi criada com investimento pouco acima de R$ 1 milhão e conta com uma equipe de 50 pessoas. O site foi lançado há uma semana e tem aproximadamente 500 profissionais cadastrados, que ofertam conteúdo nas áreas de artes visuais, finanças, culinária, moda e estilo, fotografia, jogos, música e outros.
"A oferta de serviços na internet é um segmento que cresce de forma exponencial no Brasil", diz Eduardo L'Hotelier, executivo-chefe do GetNinjas. O site funciona como o Mercado Livre. Os internautas cadastrados oferecem serviços com preço definido. Tanto o prestador de serviços quanto o cliente podem anunciar o que oferecem ou procuram com o respectivo preço. A oferta de serviços é feita na web, mas a empresa também desenvolve aplicativos para o iPhone, da Apple, e o sistema operacional Android, do Google. A oferta de conteúdo por multidões de profissionais em um site único é uma tendência relativamente nova no Brasil e, assim como os serviços de cupons de descontos, contribui para a estruturação do mercado de comércio eletrônico no país, que há até dois anos contava apenas com shoppings e lojas virtuais e poucos serviços de comparação de preços.
Internacionalmente, os "marketplaces" que congregam pessoas para a oferta de serviços e produtos são conhecidos como "crowdsourcing". O termo surgiu na década de 1990 nos Estados Unidos para designar as multidões de desenvolvedores de software que se uniam para criar programas e sistemas operacionais a partir da plataforma Linux - sistema de código aberto e distribuído gratuitamente. Mais tarde, o termo passou a ser adotado em outros segmentos da internet que reúnem grande número de profissionais. O Google adotou o crowdsourcing para atrair voluntários ao redor do mundo interessados em desenvolver o sistema operacional para celulares Android. Outro exemplo desse conceito é o site Wikipedia, que permite a usuários escrever, editar e vincular páginas da web ao site de verbetes.
No passado, o crowdsourcing era usado para trabalhos voluntários, mas com o passar dos anos, o modelo passou a ser usado por empresas de internet para garantir uma farta oferta de prestadores de serviços. A Amazon, por exemplo, mantém nos Estados Unidos o Mechanical Turk, um site que oferta em torno de 200 mil tarefas para usuários, como copiar dados de uma imagem digitalizada de cartões de visita e avaliar perguntas inseridas no site da Amazon.
Vanguarda Agro terá fundo de terras Valor 31.10.2011 - Otaviano Pivetta quer chegar a 500 mil hectares em cinco anos: "Ainda temos muito espaço para crescer no Brasil". A Vanguarda Agro, empresa formada recentemente após a incorporação da Vanguarda do Brasil pela Brasil Ecodiesel, já se organiza para viabilizar um ambicioso plano de expansão. De acordo com Otaviano Pivetta, maior acionista individual da companhia, o objetivo é plantar 500 mil hectares de soja, milho e algodão em até cinco anos. Em 2011, estima Pivetta, o grupo deverá cultivar cerca de 280 mil hectares. O objetivo, sinaliza o empresário, é adquirir novas terras em áreas de pastagens em Mato Grosso e em novas fronteiras agrícolas do Norte e Nordeste, como Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Para isso, a Vanguarda Agro terá de atrair novos investidores. "A empresa não tem caixa para comprar novas terras. Por isso, vamos criar um fundo de terras até o ano que vem e abrir 49% para investidores de fora", revela. De acordo com ele, as terras já pertencentes à empresa deverão ser alocadas para o fundo, que vai permanecer na estrutura da Vanguarda Agro. Pivetta conta que seu principal papel na nova companhia é prospectar novos negócios. E, para ele, o mercado de terras agrícolas está inflacionado e requer cautela na hora de investir. No Estado de Mato Grosso, nas áreas consolidadas - onde o solo já está preparado para a agricultura - o preço de aquisição de terra pode oscilar de 300 sacas e 400 sacas por hectare. "Qualquer investidor quer um retorno real de 4% a 5% ao ano. Na média, isso representa 15 sacas por hectare ao ano só para remunerar esse agente, o que é complicado do ponto de vista do equilibrio financeiro", afirma.
Por outro lado, Pivetta estima que só Mato Grosso ainda dispõe de mais de 5 milhões de hectares em pastagens degradadas que podem ser ocupados com a agricultura - atualmente, o Estado planta algo próximo de 10 milhões de hectares. "Ainda temos muito espaço para crescer no Brasil", entusiasma-se. Até por isso, afirma, o grupo não tem qualquer intenção de investir em terras fora do país.
O produtor reforçou que o foco da Vanguarda Agro daqui para frente será a produção agrícola. E que o biodiesel - principal atividade da Brasil Ecodiesel - ficou em segundo plano devido às margens de lucro apertadas. Na semana passada, o grupo vendeu à Camera Alimentos suas duas plantas de biodiesel no Rio Grande do Sul, que estavam desativadas. Segundo ele, as cinco unidades restantes, localizadas nas regiões Norte e Nordeste, também podem vir a ser negociadas "se, eventualmente, surgir um bom negócio". Pivetta, um ex-caminhoneiro gaúcho que migrou para Mato Grosso no início dos anos 1980, tornou-se um dos maiores produtores rurais do país na última década. "Fui sozinho de 50 hectares para 120 mil hectares", lembra. Em 2004, decidiu formalizar seu negócio, que passou a se chamar Vanguarda do Brasil. Em 2007, negociou a venda de 10% da empresa para o UBS Pactual, com vistas a uma abertura de capital, abortada durante a crise de 2008. Em setembro, a Vanguarda foi incorporada pela Brasil Ecodiesel, controlada pelos fundos do investidor espanhol Enrique Bañuelos e pelo empresário brasileiro Silvio Tini, que travaram uma batalha por discordarem sobre o negócio de R$ 1,1 bilhão. Pivetta (27%) e Bañuelos (22%) ficaram como maiores acionistas da Vanguarda Agro. Hélio Seibel, dono da Leo Madeiras, sócio da Leroy Merlin e um dos maiores acionistas da Duratex, detém 8% e Silvio Tini, 7%. Outros 36% estão em circulação no mercado. Até quinta-feira, a Vanguarda tinha um valor de mercado de R$ 1,46 bilhão e um faturamento estimado próximo de R$ 1,5 bilhão.
O produtor diz que está à vontade no novo papel, de acionista e conselheiro. "É um mundo novo, ainda estou me situando, mas estou muito entusiasmado e tranquilo com a governança que se estabeleceu na nova estrutura de capital. Me preparei para isso, para levar minha empresa ao mercado e perenizar meu legado", afirma Pivetta. Ele garante que o clima entre os principais investidores é de "harmonia" e que as disputas entre Tini e Bañuelos "se ocorreram, ficaram para trás". Ele diz que se encontra quinzenalmente com Bañuelos, a quem chama de "craque", geralmente em São Paulo, e que a parceria entre eles terá vida longa. "Meu acerto com ele é de longo prazo. Ele acredita no negócio", afirma.
Por outro lado, Pivetta estima que só Mato Grosso ainda dispõe de mais de 5 milhões de hectares em pastagens degradadas que podem ser ocupados com a agricultura - atualmente, o Estado planta algo próximo de 10 milhões de hectares. "Ainda temos muito espaço para crescer no Brasil", entusiasma-se. Até por isso, afirma, o grupo não tem qualquer intenção de investir em terras fora do país.
O produtor reforçou que o foco da Vanguarda Agro daqui para frente será a produção agrícola. E que o biodiesel - principal atividade da Brasil Ecodiesel - ficou em segundo plano devido às margens de lucro apertadas. Na semana passada, o grupo vendeu à Camera Alimentos suas duas plantas de biodiesel no Rio Grande do Sul, que estavam desativadas. Segundo ele, as cinco unidades restantes, localizadas nas regiões Norte e Nordeste, também podem vir a ser negociadas "se, eventualmente, surgir um bom negócio". Pivetta, um ex-caminhoneiro gaúcho que migrou para Mato Grosso no início dos anos 1980, tornou-se um dos maiores produtores rurais do país na última década. "Fui sozinho de 50 hectares para 120 mil hectares", lembra. Em 2004, decidiu formalizar seu negócio, que passou a se chamar Vanguarda do Brasil. Em 2007, negociou a venda de 10% da empresa para o UBS Pactual, com vistas a uma abertura de capital, abortada durante a crise de 2008. Em setembro, a Vanguarda foi incorporada pela Brasil Ecodiesel, controlada pelos fundos do investidor espanhol Enrique Bañuelos e pelo empresário brasileiro Silvio Tini, que travaram uma batalha por discordarem sobre o negócio de R$ 1,1 bilhão. Pivetta (27%) e Bañuelos (22%) ficaram como maiores acionistas da Vanguarda Agro. Hélio Seibel, dono da Leo Madeiras, sócio da Leroy Merlin e um dos maiores acionistas da Duratex, detém 8% e Silvio Tini, 7%. Outros 36% estão em circulação no mercado. Até quinta-feira, a Vanguarda tinha um valor de mercado de R$ 1,46 bilhão e um faturamento estimado próximo de R$ 1,5 bilhão.
O produtor diz que está à vontade no novo papel, de acionista e conselheiro. "É um mundo novo, ainda estou me situando, mas estou muito entusiasmado e tranquilo com a governança que se estabeleceu na nova estrutura de capital. Me preparei para isso, para levar minha empresa ao mercado e perenizar meu legado", afirma Pivetta. Ele garante que o clima entre os principais investidores é de "harmonia" e que as disputas entre Tini e Bañuelos "se ocorreram, ficaram para trás". Ele diz que se encontra quinzenalmente com Bañuelos, a quem chama de "craque", geralmente em São Paulo, e que a parceria entre eles terá vida longa. "Meu acerto com ele é de longo prazo. Ele acredita no negócio", afirma.
Brasil tem a ponte aérea mais cara do mundoValor 31.10.2011 - Criado em 1959, no Brasil, para estimular a concorrência no voo mais movimentado e nobre do país, entre São Paulo e o Rio de Janeiro, o termo ponte aérea fez escola e passou a ser sinônimo de voos domésticos com alta densidade de tráfego. Passados 52 anos de seu lançamento, a rota entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont é a que tem a passagem mais cara do mundo.
A conclusão é de um levantamento feito pelo Valor, com dados do Centre for Aviation (Capa), um instituto de pesquisas recomendado pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Foi considerado um ranking das 50 rotas aéreas com maior oferta de assentos no mundo, elaborado pelo Capa entre 29 de agosto e 4 de setembro.
Como os voos domésticos de maior densidade de tráfego são frequentados principalmente por homens de negócios, foi simulada, no dia 25 de outubro, uma compra de passagem de ida e volta no mesmo dia (segunda-feira, 7 de novembro). O critério foi comum a todos os voos, com decolagem nas primeiras horas do dia e o retorno a partir das 18 horas, sempre levando em conta o menor preço nesses horários. Não foram incluídas as taxas de embarque. Foram escolhidas dez da 50 rotas com maior oferta de assentos do mundo. O critério de escolha seguiu a relevância da rota em termos de posição no ranking de oferta e as principais ligações de cada continente. Isso porque algumas das rotas com maior capacidade são de um mesmo país. Foram consultados, ainda, especialistas do setor aéreo, que concordaram com os critérios do levantamento. A pesquisa de preços foi feita em sites de duas empresas aéreas diferentes, em cada rota. O voo de ida e volta entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont tem preço médio de R$ 979,90. A rota Dubai-Doha, nos Emirados Árabes, vem em segundo lugar, com dois bilhetes a R$ 924,16. A frequência entre Tóquio e Sapporo, no Japão, tem o terceiro maior preço, de R$ 586,62. As passagens mais baratas são do voo Los Angeles-San Francisco, a R$ 169,41. "Você até pode ter 10 empresas competindo numa mesma rota, mas se apenas duas têm de 80% a 90% da oferta, fica difícil as outras oito, com menos de 20% da oferta, forçarem o preço da passagem para baixo", afirma o professor de transporte aéreo da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Respício Espírito Santo.
Relatório anual do transporte aéreo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que TAM e Gol responderam, juntas, por 90,5% da demanda na ponte aérea, em 2010. A Avianca tem 9,3%. A TAM ficou com 47,5% do fluxo de passageiros e a Gol com 43%. A taxa média de ocupação dos aviões da TAM nessa rota foi de 65%. Na Gol, de 57%. "Congonhas é um aeroporto com pouca capacidade para o tamanho da demanda na ponte aérea. Em outras partes do mundo, os aeroportos são proporcionalmente maiores", diz o especialista do setor aéreo da consultoria Bain & Company, André Castellini. Como alternativa para a limitada capacidade de Congonhas, Castellini lembra do terceiro aeroporto de São Paulo. Segundo ele, sem esse terminal os preços só devem subir, o que vai tornar a ponte aérea "ainda mais elitizada". O projeto do terceiro aeroporto está em estudo desde meados de 2007 pelas construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, mas depende do aval do governo federal para sair do papel. "Quando houve competição na ponte aérea, os preços das passagens caíram. Essa flexibilidade aconteceu apenas em dois momentos da história", afirma o diretor de comunicação e marca da Azul, Gianfranco Beting, autor de livros sobre a história da aviação e de artigos sobre a origem da ponte aérea em revistas e sites especializados do setor aéreo. Segundo ele, só houve competição e preços mais baixos na ponte aérea no início de sua criação, com a concorrência entre quatro empresas, e entre 1999 e 2001, quando seis companhias disputavam a rota mais rentável da aviação brasileira. "É público o interesse da Azul de entrar na ponte aérea, mas isso só é viável economicamente com mais horários para as novas empresas em Congonhas e em horas de movimento", diz Beting. O executivo discorda dos critérios de distribuição de horários de pouso e decolagem (slots, no jargão do setor aéreo) em Congonhas. O último leilão de slots em Congonhas aconteceu em 3 de fevereiro de 2010. A Anac fez um leilão de 355 slots, sendo que 80% deles foram concedidos às empresas que já atuavam no aeroporto, TAM, Gol e Webjet. Azul, Webjet e NHT participaram pela primeira vez. "Deveria ser o contrário, 80% para as novas companhias e 20% para as que já operam", diz Beting.
A oferta total na ponte aérea brasileira, no ano passado, foi a maior entre as principais rotas brasileiras, de 5,7 milhões de assentos, segundo o relatório da Anac. É mais do que a capacidade somada da segunda e terceira ligações desse ranking, entre Congonhas e Brasília (2,8 milhões) e Cumbica Salvador (2,6 milhões). Só a Gol opera durante a semana 31 voos em cada sentido da ponte aérea, ou uma decolagem a cada 30 minutos nos horários de pico.
A conclusão é de um levantamento feito pelo Valor, com dados do Centre for Aviation (Capa), um instituto de pesquisas recomendado pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Foi considerado um ranking das 50 rotas aéreas com maior oferta de assentos no mundo, elaborado pelo Capa entre 29 de agosto e 4 de setembro.
Como os voos domésticos de maior densidade de tráfego são frequentados principalmente por homens de negócios, foi simulada, no dia 25 de outubro, uma compra de passagem de ida e volta no mesmo dia (segunda-feira, 7 de novembro). O critério foi comum a todos os voos, com decolagem nas primeiras horas do dia e o retorno a partir das 18 horas, sempre levando em conta o menor preço nesses horários. Não foram incluídas as taxas de embarque. Foram escolhidas dez da 50 rotas com maior oferta de assentos do mundo. O critério de escolha seguiu a relevância da rota em termos de posição no ranking de oferta e as principais ligações de cada continente. Isso porque algumas das rotas com maior capacidade são de um mesmo país. Foram consultados, ainda, especialistas do setor aéreo, que concordaram com os critérios do levantamento. A pesquisa de preços foi feita em sites de duas empresas aéreas diferentes, em cada rota. O voo de ida e volta entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont tem preço médio de R$ 979,90. A rota Dubai-Doha, nos Emirados Árabes, vem em segundo lugar, com dois bilhetes a R$ 924,16. A frequência entre Tóquio e Sapporo, no Japão, tem o terceiro maior preço, de R$ 586,62. As passagens mais baratas são do voo Los Angeles-San Francisco, a R$ 169,41. "Você até pode ter 10 empresas competindo numa mesma rota, mas se apenas duas têm de 80% a 90% da oferta, fica difícil as outras oito, com menos de 20% da oferta, forçarem o preço da passagem para baixo", afirma o professor de transporte aéreo da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Respício Espírito Santo.
Relatório anual do transporte aéreo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que TAM e Gol responderam, juntas, por 90,5% da demanda na ponte aérea, em 2010. A Avianca tem 9,3%. A TAM ficou com 47,5% do fluxo de passageiros e a Gol com 43%. A taxa média de ocupação dos aviões da TAM nessa rota foi de 65%. Na Gol, de 57%. "Congonhas é um aeroporto com pouca capacidade para o tamanho da demanda na ponte aérea. Em outras partes do mundo, os aeroportos são proporcionalmente maiores", diz o especialista do setor aéreo da consultoria Bain & Company, André Castellini. Como alternativa para a limitada capacidade de Congonhas, Castellini lembra do terceiro aeroporto de São Paulo. Segundo ele, sem esse terminal os preços só devem subir, o que vai tornar a ponte aérea "ainda mais elitizada". O projeto do terceiro aeroporto está em estudo desde meados de 2007 pelas construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, mas depende do aval do governo federal para sair do papel. "Quando houve competição na ponte aérea, os preços das passagens caíram. Essa flexibilidade aconteceu apenas em dois momentos da história", afirma o diretor de comunicação e marca da Azul, Gianfranco Beting, autor de livros sobre a história da aviação e de artigos sobre a origem da ponte aérea em revistas e sites especializados do setor aéreo. Segundo ele, só houve competição e preços mais baixos na ponte aérea no início de sua criação, com a concorrência entre quatro empresas, e entre 1999 e 2001, quando seis companhias disputavam a rota mais rentável da aviação brasileira. "É público o interesse da Azul de entrar na ponte aérea, mas isso só é viável economicamente com mais horários para as novas empresas em Congonhas e em horas de movimento", diz Beting. O executivo discorda dos critérios de distribuição de horários de pouso e decolagem (slots, no jargão do setor aéreo) em Congonhas. O último leilão de slots em Congonhas aconteceu em 3 de fevereiro de 2010. A Anac fez um leilão de 355 slots, sendo que 80% deles foram concedidos às empresas que já atuavam no aeroporto, TAM, Gol e Webjet. Azul, Webjet e NHT participaram pela primeira vez. "Deveria ser o contrário, 80% para as novas companhias e 20% para as que já operam", diz Beting.
A oferta total na ponte aérea brasileira, no ano passado, foi a maior entre as principais rotas brasileiras, de 5,7 milhões de assentos, segundo o relatório da Anac. É mais do que a capacidade somada da segunda e terceira ligações desse ranking, entre Congonhas e Brasília (2,8 milhões) e Cumbica Salvador (2,6 milhões). Só a Gol opera durante a semana 31 voos em cada sentido da ponte aérea, ou uma decolagem a cada 30 minutos nos horários de pico.
Plano de outorgas definirá novas concessõesValor 31.10.2011 - Pista de decolagem do aeroporto de Brasília, com um avião comercial e um executivo: jatinhos deverão ser deslocados para outros aeroportos na Copa.
O governo só vai fazer novas concessões de aeroportos à iniciativa privada, incluindo o Galeão (no Rio de Janeiro) e Confins (Belo Horizonte), depois de elaborar um plano de outorgas para o setor. O plano já começou a ser desenhado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) e deverá ser um de seus principais trabalhos em 2012. "Queremos fazer um planejamento estrutural. Não podemos continuar tomando decisões com base em dificuldades de curtíssimo prazo", disse o ministro-chefe da SAC, Wagner Bittencourt.
Segundo ele, esse plano definirá a rede de aeroportos a ser mantida pela Infraero, os terminais que também poderão entrar na lista das concessões e aqueles que ficarão sob responsabilidade dos Estados. Quanto ao projeto do novo aeroporto de São Paulo, um empreendimento planejado pela Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez no município de Caieiras, Bittencourt é taxativo: ele é "incompatível" com o tráfego aéreo em outros cinco terminais na mesma área de influência - Guarulhos, Viracopos, Congonhas, Campo de Marte e Jundiaí. "Ao entrar no meio deles, o novo aeroporto tiraria capacidade dos demais aeroportos. Torna-se um investimento que não gera retorno para o sistema como um todo."
Preocupado com a chegada de jatos executivos para a Copa do Mundo de futebol de 2014, o ministro antecipou que haverá um plano de obras, incluindo investimentos em pátios de aeronaves, para permitir a aeroportos "próximos das grandes cidades" receber essa demanda. Bittencourt, no entanto, descarta estender o horário de funcionamento de Congonhas ou ampliar o limite de movimentos (pousos e decolagens) por hora, reduzido desde o acidente com o A320 da TAM, em 2007.
Construção de um aeroporto em Caieiras não é compatível com os outros cinco que já existem na região " Ele entra também em uma discussão espinhosa: a desativação do Campo de Marte como aeroporto para a aviação geral, que se converteria na estação de São Paulo para o Trem de Alta Velocidade (TAV), segundo o projeto leiloado recentemente, sem sucesso. A nova tentativa de licitar o trem-bala será em 2012, mantendo esse projeto. É um assunto que assusta o pessoal da aviação, e Bittencourt não hesita em tomar partido: "Não existe isso. Não tem nada de desativação do Campo de Marte para o trem-bala."
Valor: Algumas empresas interessadas nas concessões dos aeroportos têm dúvidas a respeito da possibilidade de a demanda de passageiros atingir, nas próximas décadas, números tão altos como os 50 milhões de passageiros por ano estimados pelo governo para Guarulhos. O que o sr. tem a dizer?
Wagner Bittencourt: O número de 50 milhões de passageiros por ano é a capacidade que o aeroporto de Guarulhos terá. Essa capacidade foi definida com a participação do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Uma das premissas é que, com os investimentos que vamos fazer, os aeroportos poderão receber voos com distanciamento de três milhas náuticas no futuro, em vez de cinco milhas náuticas, que é o distanciamento hoje entre as aeronaves. Isso ocorrerá por causa de investimentos em pistas, saídas rápidas e aumento das posições de estacionamento nos pátios de aeronaves. Outra questão é a demanda.
Valor: Os números da demanda não estão exagerados?
Bittencourt: Cada um tem a sua estimativa. Nós fizemos a nossa e acreditamos que as premissas usadas são perfeitamente possíveis e adequadas. Com capacidade e produtividade maiores, esses aeroportos poderão receber muito mais passageiros. Isso abre espaço, inclusive, para uma política pública que incentive a entrada de novos concorrentes no mercado de companhias aéreas. O cenário futuro é de melhor infraestrutura, melhor atendimento ao passageiro e maior concorrência.
Ministro Wagner Bittencourt: "Queremos fazer um planejamento estrutural de longo prazo, coisa para 30 anos".
Valor: Como funcionará a redução da distância para três milhas náuticas nos pousos?
Bittencourt: Se aproximarmos mais os aviões haverá maior capacidade de pouso nos aeroportos. Mas, para isso, é preciso uma pista boa e saídas rápidas. Hoje, o avião vai até o fim da pista e dá toda a volta. Se ele tiver capacidade de sair antes, não vai atrapalhar o pouso de quem vem atrás. Mas precisa também ter onde estacionar.
Valor: Isso valerá para outros aeroportos do país ou somente para os três que o governo está concedendo à iniciativa privada?
Bittencourt: Estamos trabalhando com essa perspectiva para os três aeroportos. As obras necessárias para permitir a redução do distanciamento estará no plano de investimentos dos futuros concessionários.
Valor: O distanciamento menor implicará restrições ao pouso de aeronaves menores, como jatos executivos, nos grandes aeroportos?
Bittencourt: Esse é um problema. Se um avião pequeno fica em uma distância menor de um avião grande, pode pegar turbulência. Vamos ter que otimizar isso, com planejamento para o uso de duas pistas, quem pousa onde. Isso tudo foi calculado pelo Decea, pela Infraero, pela Anac e por especialistas de consultorias. É um projeto que tem, por trás, um grande trabalho de avaliação técnica e que permitirá o aumento da capacidade para mais de 50 milhões de passageiros tanto em São Paulo quanto em Brasília. Viracopos, como tem espaço e ficará com quatro pistas, chegará a quase 90 milhões de passageiros por ano.
Valor: Isso é comparável a qual aeroporto no exterior?
O governo priorizou Guarulhos, Viracopos e Brasília porque são os três aeroportos mais críticos"
Bittencourt: É equivalente ao aeroporto de Houston [nos Estados Unidos], que é o maior do mundo, hoje.
Valor: A Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez insistem no projeto de um terceiro aeroporto em São Paulo. Essa ampliação da capacidade dos aeroportos já existentes sepulta as discussões sobre esse empreendimento em Caieiras?
Bittencourt: Para autorizarmos um aeroporto, precisamos de avaliações técnicas, antes de mais nada. A posição do Decea é que esse aeroporto não é compatível com os outros cinco aeroportos que já existem na região - Guarulhos, Viracopos, Congonhas, Campo de Marte e o de Jundiaí. Ao entrar no meio deles, o novo aeroporto tiraria capacidade dos demais aeroportos. Torna-se um investimento que não gera retorno para o sistema como um todo. Não é um posicionamento da Secretaria de Aviação Civil, que nem sequer tem competência para isso, mas sim um posicionamento técnico do Decea.
Valor: Há quem diga que o governo não falará sobre o novo aeroporto de São Paulo agora, para não atrapalhar as concessões de Guarulhos e de Viracopos, mas entrará no assunto mais à frente.
Bittencourt: Não é isso, é uma questão técnica. Com as concessões, o aeroporto de Guarulhos será ampliado e atingirá sua capacidade máxima por volta de 2020. Até lá, é quem atenderá a demanda de São Paulo. Depois, quem vai segurar a demanda é Viracopos, que terá um aumento progressivo de capacidade até alcançar 90 milhões de passageiros por ano, em 2034. Nesse momento, teremos que arrumar um outro aeroporto. Estamos estudando alternativas. Mas o inteligente é construir um novo aeroporto onde você agregue, em vez de retirar capacidade.
Valor: O governo considera a hipótese de estender o horário de funcionamento de Congonhas ou de liberar mais movimentos por hora?
Bittencourt: Não vamos aumentar a capacidade de Congonhas. O tamanho do aeroporto já está definido e assim vai ficar.
Valor: Mesmo provisoriamente, durante a Copa do Mundo, para a aviação executiva?
Bittencourt: Não vai se fazer nada disso. Vamos atender São Paulo, para a Copa do Mundo, com a ampliação de Guarulhos e Viracopos. Os concessionários terão metas a cumprir para atender a demanda.
Valor: E como lidar com o possível fechamento do Campo de Marte, mais à frente, para dar lugar à estação do trem-bala em São Paulo?
Bittencourt: Não tem nada disso, de o trem-bala desativar o Campo de Marte.
Valor: Mas está no projeto do trem-bala...
Bittencourt: Não existe isso. Não tem nada de desativação do Campo de Marte para o trem-bala.
Valor: Como será atendida a aviação executiva durante a Copa?
Bittencourt: Estamos discutindo, não só por causa da Copa, que terá momentos de pico, locais para onde esses aviões possam ser direcionados para que não impactem demais os aeroportos comerciais. Estamos identificando esses locais, alguns já estão pré-definidos, mas precisamos fazer estudos adicionais. Evidentemente eles terão que estar perto das cidades-sede. Alguns terão que receber obras de pátios de aeronaves, o que é rápido de fazer. Se a aviação comercial tem cerca de 500 aeronaves no Brasil hoje, a aviação geral possui 12 mil. É a segunda maior frota do mundo, só perde para a dos Estados Unidos, com 200 mil.
Valor: Para a Copa, a ideia é dar um aproveitamento melhor para aeroportos como o Campo de Marte e Jacarepaguá ou usar horários ociosos dos grandes aeroportos comerciais?
Bittencourt: Não queremos poluir os grandes aeroportos, a não ser que possamos acomodar a demanda em alguns horários. Mas o volume que teremos nos dias de pico deve ser tão grande que o problema não é só pousar, mas ter pátio para estacionar as aeronaves. É por isso que estamos olhando alguns aeroportos, perto das grandes cidades, para prepará-los para a Copa. A prioridade para os grandes aeroportos são as aeronaves comerciais.
Valor: O Galeão é um aeroporto muito degradado. Por que não colocá-lo logo na fila dos aeroportos para concessão em 2012?
Bittencourt: O governo priorizou Guarulhos, Viracopos e Brasília porque são os três aeroportos mais críticos. A demanda estava chegando ao limite da capacidade, ou já tinha passado esse limite no caso de Guarulhos, e precisávamos de uma decisão rápida para os investimentos relacionados às nossas obrigações com a Copa do Mundo. Hoje, o Galeão tem capacidade para atender a demanda. Há problemas, evidentemente, mas a Infraero está investindo para concluir o terminal 2 até maio de 2013. A reforma do terminal 1 ficará pronta em dezembro de 2013. É um aeroporto de 40 anos. Um apartamento dessa idade, que nunca passou por reformas hidráulicas e elétricas, apresenta problemas. Nesse caso, reformamos o piso, o teto e agora vamos mexer na parte hidráulica, como os banheiros, e na parte elétrica, inclusive o ar-condicionado. Escadas rolantes e elevadores já foram comprados, mas levam um tempo para serem montadas.
Valor: Mas o governo já tem uma posição sobre a concessão do Galeão ao setor privado?
Bittencourt: Estamos discutindo no governo um plano de outorgas para saber como vamos atender o crescimento da aviação comercial, que aeroportos poderão ser concedidos, quais deverão atender a aviação geral. Queremos fazer um planejamento estrutural de longo prazo, coisa para 30 anos. Não podemos continuar tomando decisões com base em dificuldades de curtíssimo prazo. O plano de outorgas, que estamos discutindo e que está bem adiantado, faz parte disso.
Valor: Parecia já haver uma definição de que, depois dos três primeiros aeroportos, também o Galeão e Confins passariam para a iniciativa privada. Pelo que o sr. informa, a definição só virá depois do plano de outorgas?
Bittencourt: É isso. Vamos definir com o que o governo e a Infraero querem ficar e o que poderá ser privado ou de Estados e de municípios. Não faltam interessados em investir em aeroportos no Brasil. As expectativas para o crescimento do país, mesmo que ele diminua um pouco nos próximos anos, são muito boas.
Valor: O aprofundamento da crise internacional, nas últimas semanas, pode diminuir o interesse de investidores estrangeiros nos três primeiros leilões?
Bittencourt: O país talvez cresça menos que o seu potencial, mas vai crescer. E a elasticidade da aviação civil em relação ao PIB é de 2,5. Ou seja, o setor crescerá durante muito tempo. Mais gente começará a usar avião porque a concorrência vai aumentar com a ampliação dos aeroportos e com a maior capacidade de distribuir hotrans (horários para pousos e decolagens). O avião não é mais um meio elitista de transporte, é um meio de transporte de massa.
Valor: O governo já tem um plano para a aviação regional?
Bittencourt: A primeira coisa de que a aviação regional precisa é infraestrutura de qualidade. Recebemos um estudo da Abetar (associação de empresas de transporte aéreo regional), pelo qual as companhias dizem, partindo só da premissa do turismo, que querem voar para 174 aeroportos no Brasil. Hoje temos voos regulares para 130 aeroportos. Em 1999, eram 180. Para isso, a Abetar definiu uma série de municípios que requerem investimentos, como pistas, pátios de aeronaves, terminais, sinalização, bombeiros. Esse investimento seria de R$ 2,4 bilhões até 2014. Vamos identificar, com os Estados, outras lógicas que não são apenas a do turismo, mas a do desenvolvimento econômico.
Valor: E o governo vai desembolsar recursos para os aeroportos regionais?
Bittencourt: Com a criação da Secretaria de Aviação Civil, foi criado também o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). Ele servirá para investir em aeroportos regionais. Já temos o Profaa, que foi para dentro do FNAC, com cerca de R$ 180 milhões por ano. Existem outras fontes governamentais que podemos transferir para dentro do fundo e talvez possam dar alguma coisa mais ou menos desse tamanho. E a modelagem das concessões prevê contribuições ao sistema, tanto as fixas quanto as variáveis, que serão destinadas a fortalecer o fundo.
Valor: Discussões anteriores sobre a aviação regional acabavam resvalando em subsídios para a implantação de rotas consideradas pouco viáveis sem esses estímulos. Isso está na pauta?
Bittencourt: Podemos discutir isso, mas temos que fazer antes o que dá mais resultado. Se não investirmos em infraestrutura, não aumentaremos a competitividade das empresas aéreas. A maior participação do governo deve ser essa. E o que as companhias querem é isso mesmo: ter uma pista adequada e bem sinalizada, pousar à noite sem risco, colocar seus passageiros em um bom terminal. Obviamente, estamos pensando em outras
medidas para elevar a competitividade como um todo, não só a da aviação regional, mas elas ainda estão em estágio embrionário.
O governo só vai fazer novas concessões de aeroportos à iniciativa privada, incluindo o Galeão (no Rio de Janeiro) e Confins (Belo Horizonte), depois de elaborar um plano de outorgas para o setor. O plano já começou a ser desenhado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) e deverá ser um de seus principais trabalhos em 2012. "Queremos fazer um planejamento estrutural. Não podemos continuar tomando decisões com base em dificuldades de curtíssimo prazo", disse o ministro-chefe da SAC, Wagner Bittencourt.
Segundo ele, esse plano definirá a rede de aeroportos a ser mantida pela Infraero, os terminais que também poderão entrar na lista das concessões e aqueles que ficarão sob responsabilidade dos Estados. Quanto ao projeto do novo aeroporto de São Paulo, um empreendimento planejado pela Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez no município de Caieiras, Bittencourt é taxativo: ele é "incompatível" com o tráfego aéreo em outros cinco terminais na mesma área de influência - Guarulhos, Viracopos, Congonhas, Campo de Marte e Jundiaí. "Ao entrar no meio deles, o novo aeroporto tiraria capacidade dos demais aeroportos. Torna-se um investimento que não gera retorno para o sistema como um todo."
Preocupado com a chegada de jatos executivos para a Copa do Mundo de futebol de 2014, o ministro antecipou que haverá um plano de obras, incluindo investimentos em pátios de aeronaves, para permitir a aeroportos "próximos das grandes cidades" receber essa demanda. Bittencourt, no entanto, descarta estender o horário de funcionamento de Congonhas ou ampliar o limite de movimentos (pousos e decolagens) por hora, reduzido desde o acidente com o A320 da TAM, em 2007.
Construção de um aeroporto em Caieiras não é compatível com os outros cinco que já existem na região " Ele entra também em uma discussão espinhosa: a desativação do Campo de Marte como aeroporto para a aviação geral, que se converteria na estação de São Paulo para o Trem de Alta Velocidade (TAV), segundo o projeto leiloado recentemente, sem sucesso. A nova tentativa de licitar o trem-bala será em 2012, mantendo esse projeto. É um assunto que assusta o pessoal da aviação, e Bittencourt não hesita em tomar partido: "Não existe isso. Não tem nada de desativação do Campo de Marte para o trem-bala."
Valor: Algumas empresas interessadas nas concessões dos aeroportos têm dúvidas a respeito da possibilidade de a demanda de passageiros atingir, nas próximas décadas, números tão altos como os 50 milhões de passageiros por ano estimados pelo governo para Guarulhos. O que o sr. tem a dizer?
Wagner Bittencourt: O número de 50 milhões de passageiros por ano é a capacidade que o aeroporto de Guarulhos terá. Essa capacidade foi definida com a participação do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Uma das premissas é que, com os investimentos que vamos fazer, os aeroportos poderão receber voos com distanciamento de três milhas náuticas no futuro, em vez de cinco milhas náuticas, que é o distanciamento hoje entre as aeronaves. Isso ocorrerá por causa de investimentos em pistas, saídas rápidas e aumento das posições de estacionamento nos pátios de aeronaves. Outra questão é a demanda.
Valor: Os números da demanda não estão exagerados?
Bittencourt: Cada um tem a sua estimativa. Nós fizemos a nossa e acreditamos que as premissas usadas são perfeitamente possíveis e adequadas. Com capacidade e produtividade maiores, esses aeroportos poderão receber muito mais passageiros. Isso abre espaço, inclusive, para uma política pública que incentive a entrada de novos concorrentes no mercado de companhias aéreas. O cenário futuro é de melhor infraestrutura, melhor atendimento ao passageiro e maior concorrência.
Ministro Wagner Bittencourt: "Queremos fazer um planejamento estrutural de longo prazo, coisa para 30 anos".
Valor: Como funcionará a redução da distância para três milhas náuticas nos pousos?
Bittencourt: Se aproximarmos mais os aviões haverá maior capacidade de pouso nos aeroportos. Mas, para isso, é preciso uma pista boa e saídas rápidas. Hoje, o avião vai até o fim da pista e dá toda a volta. Se ele tiver capacidade de sair antes, não vai atrapalhar o pouso de quem vem atrás. Mas precisa também ter onde estacionar.
Valor: Isso valerá para outros aeroportos do país ou somente para os três que o governo está concedendo à iniciativa privada?
Bittencourt: Estamos trabalhando com essa perspectiva para os três aeroportos. As obras necessárias para permitir a redução do distanciamento estará no plano de investimentos dos futuros concessionários.
Valor: O distanciamento menor implicará restrições ao pouso de aeronaves menores, como jatos executivos, nos grandes aeroportos?
Bittencourt: Esse é um problema. Se um avião pequeno fica em uma distância menor de um avião grande, pode pegar turbulência. Vamos ter que otimizar isso, com planejamento para o uso de duas pistas, quem pousa onde. Isso tudo foi calculado pelo Decea, pela Infraero, pela Anac e por especialistas de consultorias. É um projeto que tem, por trás, um grande trabalho de avaliação técnica e que permitirá o aumento da capacidade para mais de 50 milhões de passageiros tanto em São Paulo quanto em Brasília. Viracopos, como tem espaço e ficará com quatro pistas, chegará a quase 90 milhões de passageiros por ano.
Valor: Isso é comparável a qual aeroporto no exterior?
O governo priorizou Guarulhos, Viracopos e Brasília porque são os três aeroportos mais críticos"
Bittencourt: É equivalente ao aeroporto de Houston [nos Estados Unidos], que é o maior do mundo, hoje.
Valor: A Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez insistem no projeto de um terceiro aeroporto em São Paulo. Essa ampliação da capacidade dos aeroportos já existentes sepulta as discussões sobre esse empreendimento em Caieiras?
Bittencourt: Para autorizarmos um aeroporto, precisamos de avaliações técnicas, antes de mais nada. A posição do Decea é que esse aeroporto não é compatível com os outros cinco aeroportos que já existem na região - Guarulhos, Viracopos, Congonhas, Campo de Marte e o de Jundiaí. Ao entrar no meio deles, o novo aeroporto tiraria capacidade dos demais aeroportos. Torna-se um investimento que não gera retorno para o sistema como um todo. Não é um posicionamento da Secretaria de Aviação Civil, que nem sequer tem competência para isso, mas sim um posicionamento técnico do Decea.
Valor: Há quem diga que o governo não falará sobre o novo aeroporto de São Paulo agora, para não atrapalhar as concessões de Guarulhos e de Viracopos, mas entrará no assunto mais à frente.
Bittencourt: Não é isso, é uma questão técnica. Com as concessões, o aeroporto de Guarulhos será ampliado e atingirá sua capacidade máxima por volta de 2020. Até lá, é quem atenderá a demanda de São Paulo. Depois, quem vai segurar a demanda é Viracopos, que terá um aumento progressivo de capacidade até alcançar 90 milhões de passageiros por ano, em 2034. Nesse momento, teremos que arrumar um outro aeroporto. Estamos estudando alternativas. Mas o inteligente é construir um novo aeroporto onde você agregue, em vez de retirar capacidade.
Valor: O governo considera a hipótese de estender o horário de funcionamento de Congonhas ou de liberar mais movimentos por hora?
Bittencourt: Não vamos aumentar a capacidade de Congonhas. O tamanho do aeroporto já está definido e assim vai ficar.
Valor: Mesmo provisoriamente, durante a Copa do Mundo, para a aviação executiva?
Bittencourt: Não vai se fazer nada disso. Vamos atender São Paulo, para a Copa do Mundo, com a ampliação de Guarulhos e Viracopos. Os concessionários terão metas a cumprir para atender a demanda.
Valor: E como lidar com o possível fechamento do Campo de Marte, mais à frente, para dar lugar à estação do trem-bala em São Paulo?
Bittencourt: Não tem nada disso, de o trem-bala desativar o Campo de Marte.
Valor: Mas está no projeto do trem-bala...
Bittencourt: Não existe isso. Não tem nada de desativação do Campo de Marte para o trem-bala.
Valor: Como será atendida a aviação executiva durante a Copa?
Bittencourt: Estamos discutindo, não só por causa da Copa, que terá momentos de pico, locais para onde esses aviões possam ser direcionados para que não impactem demais os aeroportos comerciais. Estamos identificando esses locais, alguns já estão pré-definidos, mas precisamos fazer estudos adicionais. Evidentemente eles terão que estar perto das cidades-sede. Alguns terão que receber obras de pátios de aeronaves, o que é rápido de fazer. Se a aviação comercial tem cerca de 500 aeronaves no Brasil hoje, a aviação geral possui 12 mil. É a segunda maior frota do mundo, só perde para a dos Estados Unidos, com 200 mil.
Valor: Para a Copa, a ideia é dar um aproveitamento melhor para aeroportos como o Campo de Marte e Jacarepaguá ou usar horários ociosos dos grandes aeroportos comerciais?
Bittencourt: Não queremos poluir os grandes aeroportos, a não ser que possamos acomodar a demanda em alguns horários. Mas o volume que teremos nos dias de pico deve ser tão grande que o problema não é só pousar, mas ter pátio para estacionar as aeronaves. É por isso que estamos olhando alguns aeroportos, perto das grandes cidades, para prepará-los para a Copa. A prioridade para os grandes aeroportos são as aeronaves comerciais.
Valor: O Galeão é um aeroporto muito degradado. Por que não colocá-lo logo na fila dos aeroportos para concessão em 2012?
Bittencourt: O governo priorizou Guarulhos, Viracopos e Brasília porque são os três aeroportos mais críticos. A demanda estava chegando ao limite da capacidade, ou já tinha passado esse limite no caso de Guarulhos, e precisávamos de uma decisão rápida para os investimentos relacionados às nossas obrigações com a Copa do Mundo. Hoje, o Galeão tem capacidade para atender a demanda. Há problemas, evidentemente, mas a Infraero está investindo para concluir o terminal 2 até maio de 2013. A reforma do terminal 1 ficará pronta em dezembro de 2013. É um aeroporto de 40 anos. Um apartamento dessa idade, que nunca passou por reformas hidráulicas e elétricas, apresenta problemas. Nesse caso, reformamos o piso, o teto e agora vamos mexer na parte hidráulica, como os banheiros, e na parte elétrica, inclusive o ar-condicionado. Escadas rolantes e elevadores já foram comprados, mas levam um tempo para serem montadas.
Valor: Mas o governo já tem uma posição sobre a concessão do Galeão ao setor privado?
Bittencourt: Estamos discutindo no governo um plano de outorgas para saber como vamos atender o crescimento da aviação comercial, que aeroportos poderão ser concedidos, quais deverão atender a aviação geral. Queremos fazer um planejamento estrutural de longo prazo, coisa para 30 anos. Não podemos continuar tomando decisões com base em dificuldades de curtíssimo prazo. O plano de outorgas, que estamos discutindo e que está bem adiantado, faz parte disso.
Valor: Parecia já haver uma definição de que, depois dos três primeiros aeroportos, também o Galeão e Confins passariam para a iniciativa privada. Pelo que o sr. informa, a definição só virá depois do plano de outorgas?
Bittencourt: É isso. Vamos definir com o que o governo e a Infraero querem ficar e o que poderá ser privado ou de Estados e de municípios. Não faltam interessados em investir em aeroportos no Brasil. As expectativas para o crescimento do país, mesmo que ele diminua um pouco nos próximos anos, são muito boas.
Valor: O aprofundamento da crise internacional, nas últimas semanas, pode diminuir o interesse de investidores estrangeiros nos três primeiros leilões?
Bittencourt: O país talvez cresça menos que o seu potencial, mas vai crescer. E a elasticidade da aviação civil em relação ao PIB é de 2,5. Ou seja, o setor crescerá durante muito tempo. Mais gente começará a usar avião porque a concorrência vai aumentar com a ampliação dos aeroportos e com a maior capacidade de distribuir hotrans (horários para pousos e decolagens). O avião não é mais um meio elitista de transporte, é um meio de transporte de massa.
Valor: O governo já tem um plano para a aviação regional?
Bittencourt: A primeira coisa de que a aviação regional precisa é infraestrutura de qualidade. Recebemos um estudo da Abetar (associação de empresas de transporte aéreo regional), pelo qual as companhias dizem, partindo só da premissa do turismo, que querem voar para 174 aeroportos no Brasil. Hoje temos voos regulares para 130 aeroportos. Em 1999, eram 180. Para isso, a Abetar definiu uma série de municípios que requerem investimentos, como pistas, pátios de aeronaves, terminais, sinalização, bombeiros. Esse investimento seria de R$ 2,4 bilhões até 2014. Vamos identificar, com os Estados, outras lógicas que não são apenas a do turismo, mas a do desenvolvimento econômico.
Valor: E o governo vai desembolsar recursos para os aeroportos regionais?
Bittencourt: Com a criação da Secretaria de Aviação Civil, foi criado também o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). Ele servirá para investir em aeroportos regionais. Já temos o Profaa, que foi para dentro do FNAC, com cerca de R$ 180 milhões por ano. Existem outras fontes governamentais que podemos transferir para dentro do fundo e talvez possam dar alguma coisa mais ou menos desse tamanho. E a modelagem das concessões prevê contribuições ao sistema, tanto as fixas quanto as variáveis, que serão destinadas a fortalecer o fundo.
Valor: Discussões anteriores sobre a aviação regional acabavam resvalando em subsídios para a implantação de rotas consideradas pouco viáveis sem esses estímulos. Isso está na pauta?
Bittencourt: Podemos discutir isso, mas temos que fazer antes o que dá mais resultado. Se não investirmos em infraestrutura, não aumentaremos a competitividade das empresas aéreas. A maior participação do governo deve ser essa. E o que as companhias querem é isso mesmo: ter uma pista adequada e bem sinalizada, pousar à noite sem risco, colocar seus passageiros em um bom terminal. Obviamente, estamos pensando em outras
medidas para elevar a competitividade como um todo, não só a da aviação regional, mas elas ainda estão em estágio embrionário.
UBS prevê expansão mundial lenta ainda em 2013Brasil Economico 31.10.2011 - Para UBS, o principal risco continuará sendo o estresse financeiro oriundo da Europa.
Banco suíço espera um crescimento de 3,4% da economia em 2013. Para a instituição, os próximos dois anos serão de PIB fraco.
Primeiro dos grandes bancos a divulgar estimativa para 2013, o UBS projeta um desenvolvimento desigual entre os países.
"Em geral, esperamos uma baixa expansão da economia global nos próximos dois anos", afirma relatório da entidade, elaborado por Larry Hatheway.
Para 2012, o banco estima que a economia global cresça 3,1%. A instituição financeira tem uma expectativa de que a Zona do Euro entrará novamente em recessão, o chamado "duplo mergulho", durante a primeira metade de 2012.
No ano que vem, a Europa continuará dando o viés de baixa nas projeções. "O principal risco negativo continua sendo o estresse financeiro emanando da Europa", diz relatório elaborado por Larry Hatheway.
Para o banco, os anúncios realizados na semana passada pelos líderes da Zona do Euro aliviam parte desse risco, no curto prazo. O banco aponta que, com a crise, as economias avançadas deverão encontrar um cenário de "excesso de capacidade". Com a queda na produção e o mercado de trabalho pouco dinâmico na Europa, a inflação deverá ser baixa.
O economista vê outros riscos vindos da Europa, e afirma que investidores deverão estar atentos a sinais de governos enfraquecidos, pressões populistas e políticas ineficazes.
Enquanto a economia europeia deve segurar a expansão mundial, os Estados Unidos continuarão em retomada
"A economia americana estará mais forte, mantendo sua recente tendência de modesta reaceleração".
Na semana passada, foi divulgado que o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos avançou 2,5% no segundo trimestre, após uma expansão de 1,5%% no trimestre anterior.
Para as economias emergentes, o banco estima que devem continuar em desaceleração no ano que vem, mas a região ainda deve ter desempenho acima da média.
Banco suíço espera um crescimento de 3,4% da economia em 2013. Para a instituição, os próximos dois anos serão de PIB fraco.
Primeiro dos grandes bancos a divulgar estimativa para 2013, o UBS projeta um desenvolvimento desigual entre os países.
"Em geral, esperamos uma baixa expansão da economia global nos próximos dois anos", afirma relatório da entidade, elaborado por Larry Hatheway.
Para 2012, o banco estima que a economia global cresça 3,1%. A instituição financeira tem uma expectativa de que a Zona do Euro entrará novamente em recessão, o chamado "duplo mergulho", durante a primeira metade de 2012.
No ano que vem, a Europa continuará dando o viés de baixa nas projeções. "O principal risco negativo continua sendo o estresse financeiro emanando da Europa", diz relatório elaborado por Larry Hatheway.
Para o banco, os anúncios realizados na semana passada pelos líderes da Zona do Euro aliviam parte desse risco, no curto prazo. O banco aponta que, com a crise, as economias avançadas deverão encontrar um cenário de "excesso de capacidade". Com a queda na produção e o mercado de trabalho pouco dinâmico na Europa, a inflação deverá ser baixa.
O economista vê outros riscos vindos da Europa, e afirma que investidores deverão estar atentos a sinais de governos enfraquecidos, pressões populistas e políticas ineficazes.
Enquanto a economia europeia deve segurar a expansão mundial, os Estados Unidos continuarão em retomada
"A economia americana estará mais forte, mantendo sua recente tendência de modesta reaceleração".
Na semana passada, foi divulgado que o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos avançou 2,5% no segundo trimestre, após uma expansão de 1,5%% no trimestre anterior.
Para as economias emergentes, o banco estima que devem continuar em desaceleração no ano que vem, mas a região ainda deve ter desempenho acima da média.