Daily News
Câmara
aprova texto-base da MP que desonera setores da economia
Valor
28.05.2013 - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto-base da
Medida Provisória (MP) 601, que contém medidas do Plano Brasil Maior e estende
os benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento a diversos segmentos
da economia. O texto do relator da MP, senador Armando Monteiro (PTB-PE),
amplia o prazo de prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores
Tributários (Reintegra).
Na
MP original, o regime vigoraria até 3 de dezembro de 2013 (um ano a mais que o
previsto). Monteiro o estendeu até 31 de dezembro de 2017. Ele também colocou
um dispositivo que determina que os recursos obtidos pelas empresas
exportadoras por meio do programa não sejam mais tributados.
O
senador também ampliou os setores beneficiados com a desoneração da folha
salarial. Entre os quase 20 novos segmentos contemplados no relatório estão o
comércio varejista de artigos de óptica e o de produtos farmacêuticos;
atividades de montagem e desmontagem industrial; setor de pescados salgados;
produtos do setor gráfico; segurança privada; agências de publicidade; além do
setor de computadores portáteis (notebooks).
A
medida zera a alíquota de 20% sobre a folha de pagamentos. Em troca, as
empresas pagam um percentual sobre o faturamento bruto, resultando num
desembolso menor para a Previdência Social. Os setores que foram beneficiados
em anúncio feito no início do ano foram "puxados" para o relatório
dessa MP para apressar a tramitação dessas ações no Congresso Nacional.
Câmara
aprova texto-base da MP que desonera setores da economia
Valor
28.05.2013 - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto-base da
Medida Provisória (MP) 601, que contém medidas do Plano Brasil Maior e estende
os benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento a diversos segmentos
da economia. O texto do relator da MP, senador Armando Monteiro (PTB-PE),
amplia o prazo de prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores
Tributários (Reintegra).
Na
MP original, o regime vigoraria até 3 de dezembro de 2013 (um ano a mais que o
previsto). Monteiro o estendeu até 31 de dezembro de 2017. Ele também colocou
um dispositivo que determina que os recursos obtidos pelas empresas
exportadoras por meio do programa não sejam mais tributados.
O
senador também ampliou os setores beneficiados com a desoneração da folha
salarial. Entre os quase 20 novos segmentos contemplados no relatório estão o
comércio varejista de artigos de óptica e o de produtos farmacêuticos;
atividades de montagem e desmontagem industrial; setor de pescados salgados;
produtos do setor gráfico; segurança privada; agências de publicidade; além do
setor de computadores portáteis (notebooks).
A
medida zera a alíquota de 20% sobre a folha de pagamentos. Em troca, as
empresas pagam um percentual sobre o faturamento bruto, resultando num
desembolso menor para a Previdência Social. Os setores que foram beneficiados
em anúncio feito no início do ano foram "puxados" para o relatório
dessa MP para apressar a tramitação dessas ações no Congresso Nacional.
Descontada,
ação da Biosev é recomendada pelo JP Morgan
Valor
28.05.2013 - Os papéis, que estrearam na bolsa em abril, são negociados com
desconto de 42% em relação a concorrente São Martinho.
O
aumento da oferta de cana de açúcar deve melhorar o desempenho operacional da
empresa
O
banco americano JP Morgan iniciou a cobertura das ações da BIosev (BSEV3) pouco
mais de um mês depois da estreia dos papéis na Bovespa. A recomendação é de
alocação acima da média do mercado (overweight), com preço-alvo de 22 reais – o
que representa um potencial de valorização de 59%.
“Acreditamos
que a Biosev oferece uma reviravolta operacional bem cronometrada com o retorno
de rendimentos, além de uma forte safra de cana de açúcar no Brasil”, explicam
Cassio Lucin e Thomas McElwee, que assinam o relatório.
Cassio
e Thomas explicam que o aumento da oferta de cana de açúcar em 2013/2014 deve
melhorar o desempenho operacional da empresa, elevando a utilização da
capacidade e aumentando as margens.
Desconto:
Os analistas afirmam que preferem os papéis da São Martinho (SMTO3) no setor,
mas que, como a Biosev oferece maior crescimento operacional nos próximos dois
anos (embora com mais riscos) com um valuation descontando, o momento é
propício para a entrada. Atualmente, a Biosev é negociada com um desconto de
42% em relação a São Martinho.
IPO
da Azul vai financiar expansão e sanar dívidas
Infomoney
27.05.2013 - Segundo a empresa, os recursos captados na oferta primária serão
usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves
para aumento de frota.
A
Azul, terceira maior companhia aérea do país, pediu registro na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na
sigla em inglês).
A
oferta incluirá um lote primário, de ações novas, e um lote secundário, de
títulos detidos por atuais acionistas. O Santander será o coordenador líder da
operação, que contará com Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs e BB
Investimentos.
A
empresa, que diz ter 29,3 por cento do mercado brasileiro de aviação civil, vai
se listar no Nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa. A oferta
ocorrerá simultaneamente no Brasil e no exterior, com a venda de ações
preferenciais e recibos de ações (ADRs).
Com
IPO, Azul pretende ampliar os negócios, com aumento do número de rotas e
reforço de capital de giro
Segundo
a empresa, os recursos captados na oferta primária serão usados para expansão
de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota, crescimento
do número de rotas e reforço do capital de giro.
Segundo
prospecto preliminar publicado nesta segunda-feira, os recursos também serão
usados para pagar empréstimos contraídos com a companhia Bozano, acionista da
empresa, e para pagar o arrendamento de cinco aeronaves.
A
extensa lista de acionistas vendedores na oferta secundária inclui diversas
classes do fundo Saleb, a Bozano Holdings e os acionistas individuais Regis da
Silva Brito, Miguel Dau e João Carlos Fernandes, entre outros.
Fundada
em 2008 pelo empresário David Neeleman, a Azul completou uma fusão com a Trip no
final de maio do ano passado.
No
documento divulgado nesta segunda-feira, a companhia informa ter fechado 2012
com receita líquida consolidada de 2,7 bilhões de reais ou 4,1 bilhões de reais
em base pro forma, considerando as operações da Trip.
Em
2012, a
empresa teve prejuízo de 170,8 milhões de reais; considerando a Trip, o
prejuízo foi de 383,8 milhões de reais.
O
valor da oferta ainda não foi divulgado, mas é estimado em cerca de 1 bilhão de
reais pelo IFR, serviço da Thomson Reuters.
Banco
do Brasil inicia negociação privada de suas ações
Brasil
Econômico 27.05.2013 - O intuito é suprir o pagamento de parte da remuneração
variável dos membros de sua diretoria executiva por meio de ações.
O
Banco do Brasil informou nesta segunda-feira (27/5) que iniciará, a partir de
hoje, a negociação privada de ações de sua própria emissão, com o intuito de
suprir o pagamento de parte da remuneração variável dos membros de sua
diretoria executiva por meio de ações. A negociação foi aprovada pela Comissão
de Valores Mobiliários.
Argentina
deverá receber energia da AES Uruguaiana
JornaldoCommercio
28.05.2013 - Após retomar as atividades no começo de fevereiro e interrompê-las
novamente ao final de março, a expectativa é de que a termelétrica AES Uruguaiana
volte, em breve, a gerar a energia. No entanto, ao invés de enviar sua produção
para o Brasil, como aconteceu da última vez, o destino da energia da usina será
a vizinha Argentina.
O
presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Reativação e Funcionamento da
Termo AES Uruguaiana, deputado estadual Frederico Antunes (PP), espera para
junho o retorno da operação do complexo. Antunes explica que a térmica ainda
aguarda o tratado definitivo entre os governos brasileiro e argentino, que
ainda está sendo negociado, para voltar a funcionar. Uma das propostas
sugeridas é de que a estrutura abasteça, futuramente, por sete meses a
Argentina (abril a outubro) e por cinco meses (novembro a março) o Brasil.
As
atividades da usina em fevereiro e março deste ano foram sustentadas por um
acordo emergencial, em virtude dos problemas de oferta de energia enfrentados
pelo Brasil. Para operar nesse período, a térmica foi alimentada com Gás
Natural Liquefeito (GNL), um combustível de elevado custo, que chegava à
Argentina por navios e depois era encaminhado para Uruguaiana por gasodutos. Em
fevereiro, o Custo Variável Unitário (CVU) da térmica foi de R$ 881,72 por MWh,
muito superior à média de outras usinas brasileiras.
O
alto custo de operação da termelétrica é uma das preocupações do coordenador do
grupo temático de energia da Fiergs, Carlos Faria. Ele adverte que, por decisão
do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o ônus da geração da usina em fevereiro
e março será repassado apenas aos consumidores da região Sul do País e não a
todos os clientes do sistema interligado nacional.
Segundo
o presidente da Fiergs, Heitor Müller, foi encaminhado um documento à ministra
da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, assinado pelos dirigentes das federações das
indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, tentando reverter a
questão. Müller argumenta que a térmica foi despachada por motivos de segurança
energética, em decorrência de reservatórios de hidrelétricas, localizados fora
da região Sul, estarem com níveis baixos. Se a situação não se modificar, o
custo da geração da usina deverá ser incorporado nos próximos reajustes das
distribuidoras de energia do Sul do País.
Indagada
sobre o assunto, a assessoria de imprensa da AES Uruguaiana relatou que os
encargos da térmica serão repassados a todos os consumidores do sistema
interligado nacional. No entanto, uma fonte que acompanha o assunto afirma que
ainda não há definição sobre o tema, mas a tendência é de que realmente o custo
incida apenas sobre os consumidores da região Sul.
A
usina AES Uruguaiana iniciou as atividades em 2000 e pode alcançar uma
capacidade instalada de 639 MW (cerca de 16% da demanda média de energia do
Estado). Antes de recomeçar a produzir em 2013, o ficou quase quatro anos
inativo em função da interrupção do fornecimento de gás natural por parte da
YPF. O Grupo AES manteve a manutenção e preservação dos equipamentos da
térmica. Aproximadamente R$ 17 milhões foram investidos para que a estrutura
voltasse a gerar energia.
Bndes
anuncia habilitadas para disputar recursos do Inova Energia
Um
total de 117 empresas líderes está habilitado a concorrer aos recursos
disponibilizados pelo Plano de Apoio à Inovação Tecnológica no Setor Elétrico
(Inova Energia), do governo federal, lançado em abril. O programa é uma
parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), da
Agência Brasileira da Inovação (Finep) e da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel).
O
resultado preliminar foi anunciado na sexta-feira pelo Bndes e representa uma
seleção sobre as 373 empresas que se inscreveram para disputar os recursos do
programa. O diretor de Inovação da Finep, João De Negri, comemorou o fato de a
demanda ter atingido cerca de R$ 12 bilhões, superando o volume inicial de
recursos disponibilizado para o programa, de R$ 3 bilhões. Segundo ele, esse
modelo de apoio do governo é feito em
diversos
países, entre os quais os Estados Unidos e na Europa.
“O
resultado foi extremamente exitoso e mostra que o Brasil tem uma enorme demanda
por projetos de inovação. Foram disponibilizados para as empresas em torno de
R$ 3 bilhões e nós recebemos uma demanda quatro vezes superior aos recursos
ofertados. Isso significa que há uma dinâmica de longo prazo do processo
inovador das empresas industriais brasileiras que estão dispostas a tomar
riscos e a apostar no futuro”, disse.
De
Negri destacou que projetos de inovação costumam amadurecer entre cinco e 10
anos, o que reforça a percepção de que as empresas estão pensando no longo
prazo e que “as atividades de longo prazo da economia brasileira estão
aquecidas”.
Após
a filtragem das propostas que não se enquadravam às regras e objetivos do
programa, a demanda das empresas habilitadas atingiu R$ 7,8 bilhões. O diretor
da Finep esclareceu, porém, que isso não significa que não sejam bons projetos.
“Esses projetos são bons, podem ser financiados com critérios do governo
federal, em nova linha de financiamento do Inova Energia, em uma segunda fase.”
As
empresas cujos projetos foram homologados na primeira etapa apresentarão agora
seus planos de negócios detalhados à equipe formada por técnicos do Bndes,
Finep e Aneel. As três instituições indicarão os instrumentos financeiros de
incentivo mais adequados a cada projeto, que englobam crédito, apoio não
reembolsável, subvenção e participação acionária.
Eike
adia oferta de aquisição da CCX para 12 de julho
Valor
27.05.2013 - O empresário Eike Batista adiou a oferta pública de aquisição
(OPA) das ações disponíveis no mercado da CCX, empresa de carvão de seu grupo,
para 12 de julho. A expectativa inicial era de que o leilão ocorresse já no mês
que vem.
Em
janeiro, o bilionário informou que pretendia tirar a empresa da bolsa, cerca de
um ano após abrir seu capital. A companhia é a menor dentre as empresas abertas
do grupo EBX e enfrenta dificuldades por causa da queda nos preços do insumo, causada
por uma sobreoferta vinda da Austrália.
De
acordo com o edital enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na
sexta-feira, estão disponíveis cerca de R$ 280,7 milhões em ações da CCX no
mercado. Os papéis serão comprados a, no máximo, R$ 4,31 cada. Em sua oferta
pública inicial, eles foram vendidos a R$ 8,50 a unidade.
As
ações serão trocadas por papéis de outras empresas do grupo, como a MMX, a LLX,
a OSX e a MPX. As relações de troca, porém, ainda não foram divulgadas nessa
versão do edital. O período de 36 dias dentro dos quais os investidores poderão
aderir à OPA deve se iniciar em 5 de junho.
Desconfiança
sobre os negócios de Eike lança dúvida sobre carvão gaúcho
Zero
Hora 27.05.2013 - Eike Batista, 56 anos, um dos principais empresários do país,
é supersticioso. Adotou o sol dos incas – símbolo da força e do otimismo – como
logotipo de seu conglomerado e tem por hábito concluir as siglas que batizam
seus empreendimentos com a letra X. A presença do símbolo matemático da multiplicação
serviria para dar sorte e impulsionar o lucro nos negócios. Por um tempo foi
exatamente o que ocorreu: investidores injetaram US$ 26 bilhões nas empresas do
grupo de 2005 a
2013, e o brasileiro chegou a figurar como sétimo homem mais rico do planeta no
ranking da revista Forbes.
– Não
sei se vou passar ele pela direita ou pela esquerda. Mas eu vou passar – disse
Eike há dois anos, quando perguntado se pretendia alcançar algum dia o primeiro
lugar no ranking dos homens mais ricos do mundo, ocupado então pelo mexicano Carlos
Slim.
O
que parecia uma meta alcançável – afinal, o magnata brasileiro estava em sétimo
na lista – transformou-se no sonho de uma noite de verão. Hoje, se Eike quiser chegar
ao topo vai precisar multiplicar sua fortuna em quase sete vezes. O declínio,
no entanto, não é só uma perda pessoal. Representa o mau desempenho do
empresário nos negócios, um infortúnio, portanto, para os investidores. A crise
que começou em junho passado na petroleira OGX, empresa com maior valor de
mercado do Grupo EBX, acabou contaminando o desempenho de outras companhias. Em
grande parte devido à estrutura de interdependência, na qual uma empresa é
cliente da outra, mas também porque os investidores não parecem mais acreditar
nas promessas de Eike.
– Ele
prometeu demais e não conseguiu entregar. Para um empreendedor, não basta ser
bom em projetos, precisa saber executar – resume Frederico Vontobel, da Vokin Investimentos,
escritório que não recomenda para clientes os papéis de nenhuma das empresas de
Eike.
Mesmo
empresas que não estão diretamente ligadas à petroleira – e portanto fora do
epicentro da crise – sofrem com a desconfiança do mercado. É o caso da MPX,
companhia de energia e gás responsável por iniciativas do empresário no Rio
Grande do Sul. As ações tiveram queda de 35% em um ano, apesar de o cronograma
de atividades estar em dia.
Dúvidas
sobre carvão gaúcho
– A
MPX segue trabalhando com perspectivas de consolidar os projetos das duas
usinas termelétricas em Candiota – afirma Cesar de Faria, diretor presidente da
Copelmi, responsável por operar a mina do Seival que
abastecerá
as duas usinas e parceira da MPX no empreendimento.
A
empresa de Eike já tem licença dos órgãos ambientais para execução das obras.
Precisa vencer o próximo leilão de energia, previsto para 29 de agosto. Caso
saia vencedora, a iniciativa representará um investimento de, ao menos, R$ 6,5
bilhões no Estado, gerando um aumento de 1,3 mil MW em capacidade instalada.
Uma das iniciativas para resgatar a confiança nos negócios de Eike foi o
aumento da participação de sócios no capital das empresas, caso da E.ON na MPX,
vista com bons olhos por especialistas. Em abril deste ano, a companhia alemã
ampliou de 11,7% para 36,1% sua participação na empresa. Considerados especialistas
em carvão, os europeus seriam uma garantia do interesse de Eike no mineral
gaúcho.
– Os
dois projetos estão avançados. Fazemos reuniões semanais com a empresa para chegarmos
ao leilão de energia da forma mais competitiva possível – afirma Rui Dick,
gerente-executivo da Secretaria da Infraestrutura do Estado.
Todos
esses contatos são feitos com executivos da empresa. O próprio Eike, até onde
se sabe, jamais pisou em solo gaúcho para tratar de interesses que representam
cerca de um terço do valor da fortuna estimada em US$ 10,6 bilhões.
Efeito
dominó: O modelo de interdependência adotado por Eike Batista é tido por
especialistas como arriscado. Como uma empresa é cliente da outra, uma crise em
qualquer das unidades pode interferir no desempenho das demais. O tombo da OGX
na bolsa acabou arrastando outras ações do grupo EBX
1.
Projeto mais ambicioso do grupo, a OGX tem dificuldades de cumprir as metas de
produção. A desconfiança dos investidores fez o preço das ações despencar.
3.
Efeito semelhante ocorre com a LLX, empresa de logística do grupo. Idealizada
para viabilizar o transporte de petróleo da OGX, o desempenho da empresa foi
diretamente afetado pela diminuição de demanda. Atrasos no porto de Açu, da
LLX, comprometem o escoamento da produção de ferro da mineradora MMX.
Desafio:
teste seus conhecimentos e faça um quiz sobre a vida e os negócios de Eike
Batista
Mesmo
relutante, Eike Batista tem agido em diferentes frentes para tentar recuperar a
saúde financeira e a credibilidade nos negócios. Entre as gigantes do Grupo
EBX, o primeiro passo foi dado com a empresa de energia MPX, que vendeu parte
do capital à alemã E.ON. Para reduzir o endividamento e continuar investindo, outras
empresas também estão à procura de novos sócios. O desempenho ruim no primeiro
trimestre do ano comprovou que o empresário subestimou o poder corrosivo da desconfiança
sobre seus negócios. Um acordo firmado em março com o banco de investimentos
BTG Pactual, de André Esteves, garantiu uma linha de crédito de US$1 bilhão a
Eike, além de um acordo de consultoria financeira para as empresas do grupo.
– O
mercado está bastante cético. Recuperar a confiança é mais difícil do que
conquistá-la – afirma Carlos Müller, da Geral Corretora.
A
procura por parceiros inclui mesmo as empresas que tiveram um bom desempenho
recentemente. É o caso do time de vôlei masculino RJX, que, apesar de
conquistar o título de campeão brasileiro na última temporada, busca
alternativas para não ter de reduzir custos. Vale até fechar o capital de
empresas. O empresário já indicou que pretende comprar todas as ações da
mineradora de carvão CCX nos próximos meses.
– No
ano passado, chegou a ser anunciado o fechamento da LLX, mas Eike desistiu da
operação – lembra Valter Bianchi, da Fundamenta, administradora de
investimentos.
A
estratégia adotada por Eike também inclui o famoso "desinvestimento" –
quando se vende ou se passa adiante um ativo. É o caso do navio Pink Fleet.
Como a proposta de passeios turísticos pela Baía de Guanabara não deu certo,
Eike pretende doá-lo à Marinha. Um dos jatinhos privados da AVX também entrou
na lista de ofertas e está à venda em um site americano. O valor pedido pela aeronave
não foi divulgado.
Cemig
analisa aquisições em geração, transmissão e distribuição
Valor
27.05.2013 - A Cemig está avaliando aquisições de ativos nas áreas de geração,
transmissão e distribuição que, segundo a diretoria, vão colocar a empresa em ‘outro
patamar’. Um desses negócios poderá ser anunciado ainda em junho, segundo Fernando
Henrique Schüffner Neto, diretor de novos negócios da companhia.
As
declarações foram feitas durante encontro anual com investidores da empresa,
que acontece em conjunto com a reunião da Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em Uberlândia,
Minas Gerais.
O
presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que a companhia fez
aquisições de cerca de R$ 2 bilhões nos últimos três anos. “Nos próximos três
anos, teremos de fazer bem mais e vamos fazer”, disse.
O
executivo comentou ainda que o objetivo da empresa é voltar ao patamar de lucro
antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em
inglês) que tinha até agosto do ano passado, um mês antes de o governo federal
ter anunciado seu plano de redução das tarifas de energia elétrica.
Morais
lembrou que, ao longo das discussões sobre a Medida Provisória nº 579, a empresa perdeu quase R$
10 bilhões em valor de mercado. Ele definiu a MP como “um pequeno tropeço, uma
pequena adversidade”.
A
Cemig não aderiu às novas regras do governo, no caso das geradoras, e, por isso,
se a posição do governo se mantiver, a companhia perderá o direito a três
hidrelétricas - São Simão, Jaguara e Miranda.
Retomada
de térmicas anima setor de carvão
Diário
do Nordeste 27.05.2013 - A retomada da contratação das termelétricas reanimou a
indústria de carvão. A Tractebel, a maior geradora privada do País, e a MPX, do
empresário Eike Batista, são algumas das empresas que estudam incluir projetos no
leilão de energia nova A-5 deste ano, que contratará a demanda das distribuidoras
em 2018. O leilão também poderá culminar em novos investimentos na expansão da
capacidade de produção de carvão mineral.
Justificativa
para o uso de térmicas movidas a carvão mineral, segundo afirma o governo, é
pelo abastecimento de energia hoje comprometido Foto: Divulgação
É
o caso da estatal gaúcha Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Fornecedora
de 3,3 milhões de toneladas por ano de carvão para a térmica Candiota (RS), da
Eletrobrás CGTEE, a companhia avalia investir R$ 200 milhões para ampliar em
quase 2 milhões de toneladas ao ano sua produção, caso feche novos contratos
para os projetos do leilão. O presidente da CRM, Elifas Simas, revelou que
negocia o fornecimento de carvão a um empreendimento da Tractebel e outros dois
da MPX, no Rio Grande do Sul. Os dois projetos da MPX somam 1,320 mil MW de
capacidade instalada, e a CRM negocia para se tornar "fornecedora
backup" de carvão para as térmicas. Já o projeto da Tractebel é de uma
usina de 350 MW, e a estatal seria a fornecedora principal. A CRM também foi
procurada pela CTSul para discutir o suprimento a uma usina de 650 MW em
Cachoeira do Sul (RS).
Segundo
Simas, o carvão que abastecerá as novas usinas virá da mina a céu aberto de
Candiota, a maior jazida brasileira. O presidente da Empresa de Pesquisa (EPE),
Maurício Tolmasquim, afirmou que o carvão desse tipo de mina é o mais
competitivo para geração de energia pelo baixo custo. A fase III de usina
Candiota, que entrou em operação comercial em 2011, tem custo de geração de R$
54,99/MWh, um dos mais baixos entre as térmicas em operação no setor elétrico
brasileiro.
Carvão
x Matriz limpa: Para Tolmasquim, o fato de o Brasil ter retomado a contratação
das térmicas não significa que o País não terá matriz limpa.
"As
fontes renováveis representam entre 80% e 90% da matriz", disse. Segundo
ele, se o governo tivesse de escolher entre uma usina a gás natural e uma a
carvão, escolheria o projeto a gás pelo baixo custo e impacto ambiental menor.
Energia
limpa adiada: A justificativa para o uso do carvão vem do abastecimento de
eletricidade, que está comprometido e fez o governo federal, por ora, abrir mão
da expansão da matriz energética com base apenas em fontes limpas.
A
tendência ficou clara quando a EPE excluiu as usinas eólicas do leilão de
energia nova, que contratará a demanda das distribuidoras em 2018 (A-5),
marcado para agosto. Isso foi significativo porque o leilão A-5 aponta a
direção da expansão da matriz no País.
"Esse
é o momento de equilibrarmos a matriz e darmos mais espaço para as
térmicas", afirmou Tolmasquim.
Eólicas
apostam no mercado livre: Rio. Com o espaço reduzido nos leilões do governo, a
indústria da energia eólica pode encontrar na autoprodução e no mercado livre oportunidades
para desenvolver projetos. A expressiva queda do preço de geração eólica a
partir de 2009 chamou a atenção das grandes indústrias, que buscam reduzir as
despesas com energia.
O
que se observa hoje é um setor mais otimista. Ao transformar a energia barata
das hidrelétricas amortizadas da Cesp, da Copel, da Eletrobrás e da Cemig em
cotas e repassá-las às distribuidoras, o governo diminuiu a oferta para os
consumidores livres. "O número de "players" no mercado livre foi
reduzido", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da
Renova Energia, Pedro Pileggi. A Renova é o veículo de investimentos em
energias renováveis da Light, controlada pela Cemig. Segundo o executivo, esse
movimento provocou uma mudança estrutural no mercado.
Financiamento:
Mas o grande desafio para os projetos eólicos é equacionar o financiamento. O
BNDES exige contratos de venda de energia de longo prazo, em torno de 16 anos.
Isso contraria a lógica das grandes indústrias, que preferem contratos de menor
prazo. Para superar o entrave, a presidente da Associação Brasileira de Energia
Eólica (Abeeólica), Élbia Melo, diz que os produtores independentes estão
buscando acordos de venda de energia para os grupos de maior porte, para
viabilizar o financiamento.
YPF
perde caso sobre interrupção de exportações de gás ao Brasil
Folha
27.05.2013 - A estatal de energia da Argentina, YPF, perdeu um caso de
arbitragem internacional bilionário por ter suspendido as exportações de gás
natural para o Brasil, disse a empresa nesta segunda-feira (27) em um
comunicado à bolsa de Buenos Aires.
A
YPF suspendeu as exportações de gás para o Brasil desde 2004 e rescindiu os
contratos com a AES Uruguaiana (AESU) e com a operadora de gasoduto
Transportadora de Gas del Mercosur (TGM) em 2009.
A
Câmara de Comércio Internacional, um painel de arbitragem com sede em Paris,
decidiu em favor das empresas, que haviam entrado com uma ação contra a YPF,
juntamente com a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), por
cerca de 1,4 bilhão de euros (US$ 1,8 bilhão), disse uma fonte da indústria.
Naquela
época, a YPF era controlada pela espanhola Repsol, mas há um ano foi
expropriada pelo governo argentino.
"Esta
decisão é somente sobre a responsabilidade das partes, deixando de fora a
determinação dos danos que poderiam existir e que podem ser objeto de um novo
processo de arbitragem perante o mesmo tribunal", disse a empresa em um
comunicado à bolsa.
Exportações
suspensas: A Argentina suspendeu suas exportações de gás natural para o Brasil
e Chile em 2004, quando a produção do combustível começou a cair.
A
TGM, que opera um gasoduto argentino até a fronteira com o Brasil, tem entre
seus acionistas para a argentina Tecpetrol, a francesa Total, a malaia Petronas
e a norte-americana CMS Energy.
A
AESU pertence ao grupo brasileiro AES, enquanto que 51% do capital da Sulgás
são controlados pelo Estado do Rio Grande do Sul e o restante é de propriedade
da Petrobras.
A
decisão desfavorável à YPF vem em um momento em que a empresa está à procura de
parceiros para financiar um plano estratégico ambicioso para US$ 7 bilhões
anuais até 2017 para elevar sua reduzida produção de petróleo.
Bancos
partem para disputa de fortunas e de gestores
Brasil
Econômico 27.05.2013 - Cenário macroeconômico mais desafiador e falta de
profissionais especializados fazem bancos acirrarem disputa não só por
milionários.
"Não
é possível fazer um bom negócio com uma pessoa ruim." A máxima do
megainvestidor Warren Buffet ilustra bem a dificuldade que as áreas de ‘ private
bankings' e ‘wealth management' têm tido, nos últimos meses, em elaborar novas
estratégias para atender e atrair clientes milionários, em um mercado com tão
poucos profissionais especializados e cenário macroeconômico desafiador.
A
expectativa é de que o crescimento dessa área seja menor do que no ano passado
e o primeiro trimestre começou fraco, com crescimento de apenas 1,5%. Não é à
toa, que uma dança das cadeiras tenha se configurado no segmento no início do
ano.
"O
troca-troca desses executivos aconteceu por questões pontuais. Mas existe
pressão pela velocidade com que se obtém os resultados", afirma Luis
Felipe Granato, gerente da Michael Page especialista em finanças. "Além
disso, os bancos estrangeiros trouxeram novo formato de salários com incentivo
de longo prazo. Isso significa que a remuneração passa a ser atrelada a ações
das instituições, como forma de retenção."
O
medo é que o concorrente ofereça melhores condições (como bônus) e o profissional
- escasso - troque de mesa. "Estamos prestes a ver uma guerra
salarial", Granato. O mais recente movimento ilustra bem a situção quando
o UBS foi aos quadros do HSBC buscar a executiva Sylvia Coutinho que deixou o
cargo em que era responsável pelas áreas de varejo e gestão de fortunas para a
América Latina no banco inglês para assumir a presidência do banco suíço no
Brasil.
A
dança das cadeiras nas áreas de private neste ano começou no Itaú, com a saída
de Celso Scaramuzza, que levou Flávio Souza assumir o seu lugar; seguiu pelo JP
Morgan, com Cláudio Berquó, que acumulou a função de Celso Portásio; passando
pelo BNP Paribas com a aposentadoria de Hiram Maisonnave que, fez com que o seu
braço direito, Mauro Rached, ficasse à frente da área. Chegando ao último
movimento com a saída de Sylvia Coutinho do HSBC.
Segundo
João Albino Winkelmann, diretor do Bradesco Private, o mercado está muito mais
competitivo e os bancos estão disputando de forma mais acirrada os mesmos
clientes. "Isto é positivo para o cliente e para a indústria, que vai se
sofisticando, aprimorando, investindo cada vez mais na formação da sua equipe.
O preparo técnico e a capacitação do 'banker' é percebido como diferencial relevante",
afirma.
Foi
pensando exatamente em dar mais subsídios para os clientes que o HSBC
transferiu o diretor de research, Alexandre Gartner, para o private. Outro
movimento que, em breve será anunciado, é o de Rui Forcada, sênior banker que
estava há anos nos Estados Unidos e, a partir de julho, será diretor em
Curitiba. "Queremos aumentar a representatividade desse negócio e a
lucratividade em quase três vezes", diz Gabriel Porzecanski, diretor de
private banking do HSBC.
A
expectativa é que o crescimento da indústria seja de 15% neste ano. Apesar de
ser um bom número, é mais fraco do que os 22% observados em 2012."A
convergência de juros é um dos fatores e as perspectivas de atividade menos
aquecida em fusões e aquisições, que foi a principal origem de liquidez no ano
passado, também deverão influenciar um crescimento menos robusto. Mesmo assim,
o Brasil ainda continuará a ser um dos mercados de wealth e private que mais
crescem no mundo", complementa Winkelmann, que viu os recursos sob gestão
da área crescer 27% em 2012.
Segundo
dados da Anbima, no primeiro trimestre, o total de ativos sob gestão em todo o
mercado cresceu 1,56% para R$ 535,4 bilhões. Maria Eugênia Lopez, diretora do
Private Banking do Santander, diz que os recursos em circulação encolheram
porque a economia não mostra crescimento. "O PIB ainda não reagiu e os
eventos de liquidez foram raríssimos e quase não houve pagamento de
dividendos", acrescenta. "O alto retorno com liquidez e baixo risco
acabaram. O cliente, se quiser retornos superiores, acima do CDI, precisa abrir
mão da liquidez,alongar portfolio, correr mais risco. Nesta hora o profissional
mais preparado fará a diferença."
Maria
Eugênia afirma que a palavra de ordem no Santander é fidelizar. "Não
existe glamour trazer conta corrente e resolver problemas com cartão de
crédito, mas isso faz com que o cliente veja o banco como parceiro. Taxa de
retorno alta é consequência." Já Porzecanski conta que a aposta do HSBC -
além de fortalecer equipe - é oferecer um leque de serviços que o banco oferece
em Nova York, Miami, Genebra, Zurique, Londres, Hong Kong e Cingapura.
Dilma
impõe tolerância zero para atraso em obras
Valor
27.05.2013 - O governo fechou o cerco às concessionárias de rodovias que
assumiram, em 2008, a
responsabilidade de ampliar e cuidar de sete trechos de estradas federais. A
partir de agora, a ordem do Ministério dos Transportes é adotar tolerância zero
com os atrasos de obras nessas concessões - que somam 3,1 mil km e foram
realizadas durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em
entrevista ao Valor, o ministro dos Transportes, César Borges, afirmou que as
multas frequentemente impostas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) não se mostraram eficientes para impedir os atrasos nas obras e que, de
agora em diante, a ordem é instaurar processos administrativos contra as
empresas. Essa ação já está em curso. Procurada pelo Valor, a ANTT confirmou
que acaba de abrir processos contra as concessionárias Autopista Litoral Sul
(BR-101 SC), Autopista Planalto Sul (BR-116 PR/SC), Autopista Fernão Dias
(BR-381 MG/SP), Autopista Régis Bittencourt (BR-116 SP/PR), ViaBahia (BR-116
BA) e Transbrasiliana (BR-153 SP). Apenas uma rodovia - BR-101 RJ, da Autopista
Fluminense - não foi notificada pela agência.
É
uma medida dura e que tem o aval da presidente Dilma Rousseff. Ao receber a
notificação, o concessionário tem dez dias para justificar as causas do atraso
e apresentar um termo de ajustamento de conduta. Se os argumentos não
convencerem, o processo pode levar à caducidade do contrato e à relicitação do
trecho. "Minha posição é de inflexibilidade com o descumprimento dos
contratos. Agora, ou executa ou abriremos processo administrativo", diz
Borges.
A
primeira notificação foi enviada à Autopista Litoral Sul, do grupo Arteris. "A
empresa tem seus argumentos, que agora poderá relatar formalmente. Mas, no
fundo, as alegações não me parecem procedentes", diz o ministro. César
Borges afirma ainda que o governo vai bancar obras em rodovias concedidas na
década de 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, para evitar
aumento no preço dos pedágios. Sobre as ferrovias da estatal Valec, adianta que
uma nova licitação de trilhos será lançada nos próximos dias e que um
empréstimo de até 40 mil toneladas de barras de aço está em vias de ser
viabilizado por meio de um acordo com a Transnordestina.
Grupo
Amazonas cria sandália para concorrer no mercado chinês
IstoéDinheiro
27.05.2013 - Empresa vai exportar produto manufaturado ao principal concorrente
das empresas brasileiras do setor calçadista.
Um
dos maiores obstáculos ao fabricantes nacionais de calçados é a forte
concorrência dos produtos chineses, que chegam ao Brasil com preços altamente
competitivos. Pois o Grupo Amazonas, de Franca, no interior de São paulo,
resolveu competir com os chineses de uma forma diferente: na própria China. A
empresa decidiu comercializar sua recém-criada marca Amazon Sandals para os
consumidores chineses.
"Muitos
falam sobre essa questão de o Brasil não exportar produtos de valor agregado. O
que percebemos, porém, é que os chineses buscam marcas diferenciadas, pois
preço e quantidade eles já têm”, afirma Ariano Novaes, responsável pelo
marketing da companhia. A estratégia é apresentar as sandálias na China como um
produto sustentável. Isso porque a Amazon Sandals é produzida com material
biodegradável e que se decompõe com cinco anos de uso. O investimento no
projeto não é revelado.
O
produto está sendo comercializado na China desde o final de abril. Novaes
afirma que a chegada à China faz parte de um processo de internacionalização
que também inclui a inauguração de lojas na Austrália e no Bali até o final do
ano.
Sandálias
da Copa: Além dos planos internacionais, o Grupo Amazonas conseguiu
licenciamento para homologar a sandália como produto oficial da Copa das
Confederações e da Copa do Mundo 2014. Com a autorização, a empresa vai
comercializar cinco milhões de pares durante os torneios, o que representa em
faturamento cerca de R$ 80 milhões. A empresa comercializa as “flip flops” em
17 países e estima que a nova marca ajude a elevar o faturamento da empresa em
22% neste ano.
Cade
aprova aquisição de 50% da Itambé pela Vigor
Folha
27.05.2013 - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a
aquisição de 50% da Itambé pela Vigor Alimentos, segundo informações
disponíveis no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27).
Em
fevereiro, a Vigor informou que havia fechado acordo para aquisição de 50% da
Itambé, com o compromisso de investir R$ 410 milhões na empresa adquirida.
A
Itambé, com sede em Belo Horizonte, possui cinco fábricas --quatro delas
localizadas em Minas Gerais e uma em Goiás--, que processam cerca de 3 milhões
de litros de leite por dia.
A
Vigor é controlada pela holding J&F, que também possui o frigorífico JBS.
Receita
abaixo do custo: A venda de 50% da Itambé para a Vigor foi a alternativa que a
empresa de Belo Horizonte encontrou para superar a crise financeira em que se
encontrava e que é reflexo da baixa rentabilidade que os produtores de leite
enfrentam no país.
Segundo
o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a receita média
está cerca de 10% abaixo do custo total nos Estados de Goiás, Minas Gerais,
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Com esse problema,
muitas empresas do setor encontram-se com alto endividamento, como é o caso da
Itambé. Outra dificuldade enfrentada pelo setor é a baixa produtividade.
Com
margens pequenas, os produtores não conseguem investir em modernização e no
rebanho. Assim, embora o Brasil seja o terceiro maior produtor de leite do
mundo, é o 11º em produtividade.
Por
ano, a média de produção por vaca é de 1,69 tonelada de leite. Nos EUA, o
campeão, esse índice é de 9,66.
Endividamento
dos brasileiros bate novo recorde no 1º trimestre
Estadão
27.05.2013 - Em março, dívidas correspondiam a 43,99% da renda anual; segundo o
BC, parte do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito
habitacional.
O
endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional bateu novo
recorde ao final do primeiro trimestre de 2013. Segundo o Banco Central, as
dívidas das famílias correspondiam, em março, a 43,99% da renda anual. Em
fevereiro, recorde anterior, o índice estava em 43,79%. No fim do primeiro
trimestre de 2012, era de 42,37%.
Segundo
o BC, parte do aumento do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito
habitacional. Se forem excluídas as dívidas com a compra de imóveis, o
endividamento fica em 30,48% da renda em março, ante 30,54% em fevereiro. Em
março do ano passado, estava em 31,17%. Na última sexta-feira, ao divulgar os
dados sobre o crédito em abril, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio
Maciel, afirmou que muitas famílias estão substituindo o pagamento do aluguel
(que não entra na estatística da instituição sobre dívidas) pelo financiamento
habitacional, um endividamento de longo prazo, com juros mais baixos e que
significa aumento de patrimônio.
O
BC também divulgou números sobre o comprometimento de renda dos brasileiros,
que considera dados mensais de renda e prestações pagas aos bancos. As
prestações correspondiam, no terceiro mês do ano, a 21,66% da renda mensal dos
trabalhadores, ante 21,84% em fevereiro (dado revisado). Também houve queda em
relação a março de 2012, quando o comprometimento estava em 22,91% da renda. Se
forem retirados da conta os financiamentos habitacionais, o comprometimento da
renda mensal fica em 20,06% em março de 2013, ante 20,24% em fevereiro.
Desoneração
da folha não evita demissões
Estadão
27.05.2013 - Setores beneficiados, como autopeças e calçados, cortaram vagas;
para outros, menos tributos e mercado ajudaram a abrir postos.
Em
abril de 2012, quando anunciou a desoneração da folha de pagamentos de 15
setores-chave da economia nacional para preservar empregos, o governo federal
calculou uma renúncia fiscal de R$ 7,2 bilhões. Nos primeiros quatro meses de
2013, com o benefício já estendido a outros setores, R$ 2,8 bilhões deixaram de
entrar nos cofres públicos por conta da medida.
Para
os desonerados em 2012, a
medida foi benéfica, mas ainda é insuficiente. Setores ouvidos pelo Broadcast,
serviço em tempo real da Agência Estado, apontam que as contratações também
foram impulsionadas pela retomada do mercado no período, mas há casos mais
críticos, em que as demissões persistem.
O
elogio dos setores à medida é unânime, a divergência está na amplitude de seu
efeito. A alta de cerca de 1,5% nos empregos do setor de móveis em 2012 não
pode ser creditada à desoneração da folha, segundo Lipel Custódio, diretor da
Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel).
Apenas
cerca de 35% das empresas foram beneficiadas pela medida. "Foi muito em
função do mercado e não da desoneração. É um fluxo natural", explica
Custódio. A maioria das empresas do setor moveleiro (60%) se enquadra no
sistema do Simples Nacional, por serem de pequeno porte e, portanto, não são
beneficiadas pela medida. Há também grandes empresas (5%), para quem a
substituição da contribuição foi prejudicial, informa o diretor da Abimóvel.
A
desoneração começou a valer para o setor de móveis em julho passado. Em abril,
o governo anunciou a desoneração em um prazo de 90 dias para os setores de
indústria têxtil, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus,
naval, bens de capital - mecânico, aéreo, hotéis e "design house".
Desde o início de 2012, a
medida já abarcava os setores de confecções, couro e calçados, tecnologia da
informação e call center.
Posteriormente,
o governo anunciou novas desonerações, que hoje somam mais de 40 setores, mas algumas
só passaram a valer em 2013. Os setores são desonerados do pagamento da contribuição
patronal de 20% sobre a folha de pagamento e passam, com o benefício, a
contribuir com 1% ou 2% do faturamento, dependendo do caso.
Competitividade.
Só no primeiro trimestre deste ano, o setor de elétrica e eletrônicos abriu
mais de 3 mil postos de trabalho. "Provavelmente parte veio da desoneração
da folha, porém nem tudo. Alguns setores tem contratado porque estão caminhando
bem", comenta o gerente do departamento de economia da Associação Brasileira
de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Luiz Cézar Rochel. Em igual período
de 2011, o setor contratou 1.210 pessoas.
Segundo
Rochel, a desoneração ajudou a aumentar a competitividade, mas não foi
suficiente para superar outras questões importantes do chamado Custo Brasil. "Mas
teve um aspecto financeiro muito positivo, que foi a redução do custo
trabalhista. O que as empresas avaliam é que o ganho de competitividade não foi
suficiente".
Na
indústria de autopeças, a desoneração não evitou o corte de 11 mil postos entre
março de 2012 e março deste ano. O número, do Relatório de Pesquisa Conjuntural
do Sindipeças, representa corte de 4,8% nas vagas formais. O acumulado do
primeiro trimestre de 2013 mostra um recuo de 1,93%. O setor emprega hoje 214
mil pessoas.
Desempenho
parecido teve a indústria de calçados. Em 2012, o número de trabalhadores do
setor caiu 2%, de 337 mil em 2011 para 330 mil. Foi o segundo ano seguido de
queda no número de vagas no setor. O presidente da Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados, Heitor Klein, diz que a desoneração foi favorável às
empresas, mas insuficiente para enfrentar problemas de competitividade.
Apesar
do cenário de baixo crescimento e inflação alta, os principais sindicatos vão
pedir aumento real nas negociações salariais do segundo semestre, que concentra
a data-base de categorias importantes como bancários, metalúrgicos e
petroleiros. A disposição para greves é firme, mas há sindicatos confiantes no
ganho real sem paralisação. As centrais sindicais trabalham para encerrar o
primeiro semestre com bons acordos para garantir negociações positivas no resto
do ano.
A
expectativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) é que o cenário seja parecido ao de 2012, quando 94,6%
das categorias obtiveram ganho real. "O porcentual deve continuar na faixa
de 1% a 3% de ganho real", diz o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Não
creio que tenha algo que justifique mudança desta performance. A inflação não
fugiu do controle e a economia não apresenta crescimento espetacular, nem recessão."
Para
o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o desemprego em
baixa deve reforçar a tendência de greve. "Onde não tem acordo, a
tendência é que acirre as greves". Ele ressalta que no início do ano
várias categorias fecharam acordo após paralisações e cita os metalúrgicos de
Gravataí (RS), a construção civil da baixada santista e a da capital paulista.
Ele
pondera que a inflação em alta dificulta a busca por ganho real. "Está
mais difícil, mas a orientação é que as categorias busquem o aumento para
fortalecer o mercado interno".
"Não
podemos deixar de lutar para repor a inflação e buscar aumento real para todas
as categorias", concorda o presidente da Central Única dos Trabalhadores
de São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos Lima. Para ele, é importante avaliar os últimos
períodos do mercado e não só a conjuntura atual.
"A
indústria, o comércio, os bancos nesses últimos anos ganharam muito dinheiro e
tiveram incentivos com o governo desonerando a folha de pagamento e reduzindo imposto",
lembra. Adi acredita em menos greves neste ano. "Não haverá necessidade,
mas se houver os trabalhadores vão pressionar".
Padilha
gastou 10 milhões com propaganda que precisou ser corrigida
Veja
27.05.2013 - A direção do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
avaliam que a falta de uma bandeira pode ser um obstáculo para o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, se tornar um candidato viável ao governo de São Paulo
em 2014. Pressionado pelo partido para criar uma marca forte no ministério que
o projete na disputa, o ministro autorizou o gasto de 10 milhões de reais com
uma campanha publicitária que apresenta a pasta como fiscal dos planos de
saúde. Só o que ninguém parecia saber é que essa atribuição já tem dono: a
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – que possui um canal próprio para
denúncias.
Mesmo
assim, a campanha estreou no dia 5 de maio. Na propaganda, ator global Milton
Gonçalves aparece pedindo ao cidadão que ligue para o Disque 136 em casos de
descumprimentos de prazos dos planos de saúde. O telefone informado na
campanha, porém, é da Ouvidoria do SUS, que controla a qualidade dos serviços
públicos de saúde – portanto, sem relação direta com planos privados. A
propaganda foi ao ar antes que o Disque 136 estivesse adequado para receber as
reclamações.
Segundo
relatos, os atendentes chegavam a orientar o cidadão a procurar a prefeitura de
sua cidade, porque aquele telefone era destinado apenas a assuntos relacionados
ao SUS. Somente após três dias no ar, foi feito um redirecionamento para a
central 0800 da ANS – e o Disque 136 passou a ser um intermediário dispensável
entre a ANS e o cidadão. “Você será redirecionado para a ANS, órgão responsável
por regular e fiscalizar os planos de saúde”, diz a gravação do SUS.
Em
nota, o ministério afirmou que “a melhoria do acesso e qualidade do atendimento
dos planos de saúde é um dos dezesseis objetivos estratégicos do Ministério da
Saúde aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde”. A ANS afirmou não ver problemas
na campanha do ministério. “Ressaltamos que em nenhum momento a autonomia da
Agência sofreu interferência”, informou.
Farmacêutica
Valeant compra Bausch & Lomb por U$8,7 bi
Brasil
Econômico 27.05.2013 - A Bausch & Lomb é especializada na fabricação de
lentes de contato e de produtos usados na sua manutenção.
A
empresa canadense financiará parte da operação com uma emissão de ações no
valor de US$ 1,5 a
2 bilhões.
O
grupo farmacêutico canadense Valeant anunciou nesta segunda-feira (27/05) um
acordo para a compra da fabricante americana de produtos oftalmológicos Bausch &
Lomb por US$ 8,7 bilhões.
Graças
a este acordo, a Valeant irá pagar cerca de US$ 4,5 bilhões ao principal
acionista da Bausch & Lomb, o fundo de investimento Warburg Pincus, e US$
4,2 bilhões para abater as dívidas do grupo, informou em um comunicado.
A
Bausch & Lomb é especializada na fabricação de lentes de contato e de
produtos usados na sua manutenção.
A
Valeant, especializada em produtos dermatológicos, espera que a operação a
possibilite economizar 800 milhões de dólares por ano a partir do final de
2014.
Trata-se
da maior compra realizada até o momento pela Valeant, que adquiriu o grupo
canadense Biovail por 3,2 bilhões de dólares em 2010.
A
empresa canadense financiará a operação em parte com uma emissão de ações de
US$ 1,5 a
2 bilhões de dólares. O restante será financiado pelo banco Goldman Sachs.
O
acordo entrará em vigor no terceiro trimestre.
Renan
cumpre acordo com partidos e deixa MPs caducarem
Valor
28.05.2013 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai cumprir o
acordo firmado com os partidos da Casa de não colocar em votação medidas
provisórias (MPs) que tenham menos de sete dias de validade. Renan vai deixar
caducar duas MPs que estão em votação na Câmara nesta terça-feira, mas que
chegariam ao Senado fora do prazo estabelecido.
O
senador foi flagrado por jornalistas em ligação com a secretária-geral da Mesa
do Senado, Cláudia Lyra, afirmando que não vai ler as MPs 601 e MP 605. “Não,
não vou ler. Não vou ler nenhuma das duas [MPs]. Nenhuma”, disse. Questionado
sobre a decisão, Renan Calheiros foi incisivo: “A questão não é política, é matemática”.
A
partir da leitura em plenário, as MPs podem ser colocadas em votação. Dessa
forma, mesmo que as duas propostas sejam aprovadas ainda hoje pela Câmara, não
vão ser apreciadas pelo Senado e as medidas provisórias perderão a validade.
A
MP 601 estende o Regime Especial de Reintegração de Valores (Reintegra) até
2017 e amplia o número de setores beneficiados pela desoneração da folha de
pagamentos. A MP 605 prevê medidas do governo para garantir a redução da tarifa
da conta de luz.
A
decisão de não apreciar medidas provisórias que cheguem à Casa com menos de
sete dias para serem analisadas foi anunciada por Renan Calheiros durante a
votação da MP dos Portos, quando os senadores tiveram pouco mais de 12 horas
para aprovar a matéria.
IPO
da Azul vai financiar expansão e sanar dívidas
Infomoney
27.05.2013 - Segundo a empresa, os recursos captados na oferta primária serão
usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves
para aumento de frota
A
Azul, terceira maior companhia aérea do país, pediu registro na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na
sigla em inglês).
A
oferta incluirá um lote primário, de ações novas, e um lote secundário, de
títulos detidos por atuais acionistas. O Santander será o coordenador líder da
operação, que contará com Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs e BB
Investimentos.
A
empresa, que diz ter 29,3 por cento do mercado brasileiro de aviação civil, vai
se listar no Nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa. A oferta
ocorrerá simultaneamente no Brasil e no exterior, com a venda de ações
preferenciais e recibos de ações (ADRs).
Com
IPO, Azul pretende ampliar os negócios, com aumento do número de rotas e
reforço de capital de giro
Segundo
a empresa, os recursos captados na oferta primária serão usados para expansão
de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota, crescimento
do número de rotas e reforço do capital de giro.
Segundo
prospecto preliminar publicado nesta segunda-feira, os recursos também serão
usados para pagar empréstimos contraídos com a companhia Bozano, acionista da
empresa, e para pagar o arrendamento de cinco aeronaves.
A
extensa lista de acionistas vendedores na oferta secundária inclui diversas
classes do fundo Saleb, a Bozano Holdings e os acionistas individuais Regis da
Silva Brito, Miguel Dau e João Carlos Fernandes, entre outros.
Fundada
em 2008 pelo empresário David Neeleman, a Azul completou uma fusão com a Trip
no final de maio do ano passado.
No
documento divulgado nesta segunda-feira, a companhia informa ter fechado 2012
com receita líquida consolidada de 2,7 bilhões de reais ou 4,1 bilhões de reais
em base pro forma, considerando as operações da Trip.
Em
2012, a empresa teve prejuízo de 170,8 milhões de reais; considerando a Trip, o
prejuízo foi de 383,8 milhões de reais.
O
valor da oferta ainda não foi divulgado, mas é estimado em cerca de 1 bilhão de
reais pelo IFR, serviço da Thomson Reuters.
Banco
do Brasil inicia negociação privada de suas ações
Brasil
Econômico 27.05.2013 - O intuito é suprir o pagamento de parte da remuneração
variável dos membros de sua diretoria executiva por meio de ações.
O
Banco do Brasil informou nesta segunda-feira (27/5) que iniciará, a partir de
hoje, a negociação privada de ações de sua própria emissão, com o intuito de
suprir o pagamento de parte da remuneração variável dos membros de sua
diretoria executiva por meio de ações. A negociação foi aprovada pela Comissão
de Valores Mobiliários.
Eike
adia oferta de aquisição da CCX para 12 de julho
Valor
27.05.2013 - O empresário Eike Batista adiou a oferta pública de aquisição
(OPA) das ações disponíveis no mercado da CCX, empresa de carvão de seu grupo,
para 12 de julho. A expectativa inicial era de que o leilão ocorresse já no mês
que vem.
Em
janeiro, o bilionário informou que pretendia tirar a empresa da bolsa, cerca de
um ano após abrir seu capital. A companhia é a menor dentre as empresas abertas
do grupo EBX e enfrenta dificuldades por causa da queda nos preços do insumo, causada
por uma sobreoferta vinda da Austrália.
De
acordo com o edital enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na
sexta-feira, estão disponíveis cerca de R$ 280,7 milhões em ações da CCX no
mercado. Os papéis serão comprados a, no máximo, R$ 4,31 cada. Em sua oferta
pública inicial, eles foram vendidos a R$ 8,50 a unidade.
As
ações serão trocadas por papéis de outras empresas do grupo, como a MMX, a LLX,
a OSX e a MPX. As relações de troca, porém, ainda não foram divulgadas nessa
versão do edital. O período de 36 dias dentro dos quais os investidores poderão
aderir à OPA deve se iniciar em 5 de junho.
Desconfiança
sobre os negócios de Eike lança dúvida sobre carvão gaúcho
Zero
Hora 27.05.2013 - Eike Batista, 56 anos, um dos principais empresários do país,
é supersticioso. Adotou o sol dos incas – símbolo da força e do otimismo – como
logotipo de seu conglomerado e tem por hábito concluir as siglas que batizam seus
empreendimentos com a letra X. A presença do símbolo matemático da multiplicação
serviria para dar sorte e impulsionar o lucro nos negócios. Por um tempo foi
exatamente o que ocorreu: investidores injetaram US$ 26 bilhões nas empresas do
grupo de 2005 a 2013, e o brasileiro chegou a figurar como sétimo homem mais
rico do planeta no ranking da revista Forbes.
– Não
sei se vou passar ele pela direita ou pela esquerda. Mas eu vou passar – disse
Eike há dois anos, quando perguntado se pretendia alcançar algum dia o primeiro
lugar no ranking dos homens mais ricos do mundo, ocupado então pelo mexicano
Carlos Slim.
O
que parecia uma meta alcançável – afinal, o magnata brasileiro estava em sétimo
na lista – transformou-se no sonho de uma noite de verão. Hoje, se Eike quiser chegar
ao topo vai precisar multiplicar sua fortuna em quase sete vezes. O declínio,
no entanto, não é só uma perda pessoal. Representa o mau desempenho do
empresário nos negócios, um infortúnio, portanto, para os investidores. A crise
que começou em junho passado na petroleira OGX, empresa com maior valor de
mercado do Grupo EBX, acabou contaminando o desempenho de outras companhias. Em
grande parte devido à estrutura de interdependência, na qual uma empresa é cliente
da outra, mas também porque os investidores não parecem mais acreditar nas
promessas de Eike.
– Ele
prometeu demais e não conseguiu entregar. Para um empreendedor, não basta ser
bom em projetos, precisa saber executar – resume Frederico Vontobel, da Vokin Investimentos,
escritório que não recomenda para clientes os papéis de nenhuma das empresas de
Eike.
Mesmo
empresas que não estão diretamente ligadas à petroleira – e portanto fora do
epicentro da crise – sofrem com a desconfiança do mercado. É o caso da MPX,
companhia de energia e gás responsável por iniciativas do empresário no Rio
Grande do Sul. As ações tiveram queda de 35% em um ano, apesar de o cronograma
de atividades estar em dia.
Dúvidas
sobre carvão gaúcho
– A
MPX segue trabalhando com perspectivas de consolidar os projetos das duas
usinas termelétricas em Candiota – afirma Cesar de Faria, diretor presidente da
Copelmi, responsável por operar a mina do Seival que abastecerá as duas usinas e
parceira da MPX no empreendimento.
A
empresa de Eike já tem licença dos órgãos ambientais para execução das obras.
Precisa vencer o próximo leilão de energia, previsto para 29 de agosto. Caso
saia vencedora, a iniciativa representará um investimento de, ao menos, R$ 6,5
bilhões no Estado, gerando um aumento de 1,3 mil MW em capacidade instalada.
Uma das iniciativas para resgatar a confiança nos negócios de Eike foi o
aumento da participação de sócios no capital das empresas, caso da E.ON na MPX,
vista com bons olhos por especialistas. Em abril deste ano, a companhia alemã
ampliou de 11,7% para 36,1% sua participação na empresa. Considerados
especialistas em carvão, os europeus seriam uma garantia do interesse de Eike
no mineral gaúcho.
– Os
dois projetos estão avançados. Fazemos reuniões semanais com a empresa para chegarmos
ao leilão de energia da forma mais competitiva possível – afirma Rui Dick,
gerente-executivo da Secretaria da Infraestrutura do Estado.
Todos
esses contatos são feitos com executivos da empresa. O próprio Eike, até onde
se sabe, jamais pisou em solo gaúcho para tratar de interesses que representam
cerca de um terço do valor da fortuna estimada em US$ 10,6 bilhões.
Efeito
dominó: O modelo de interdependência adotado por Eike Batista é tido por
especialistas como arriscado. Como uma empresa é cliente da outra, uma crise em
qualquer das unidades pode interferir no desempenho das demais. O tombo da OGX
na bolsa acabou arrastando outras ações do grupo EBX
1.
Projeto mais ambicioso do grupo, a OGX tem dificuldades de cumprir as metas de
produção. A desconfiança dos investidores fez o preço das ações despencar.
2.
A empresa de indústria naval OSX foi criada para ter a OGX como principal
cliente. A perspectiva de uma produção mais modesta da petroleira tem impacto
direto na demanda do estaleiro.
3.
Efeito semelhante ocorre com a LLX, empresa de logística do grupo. Idealizada
para viabilizar o transporte de petróleo da OGX, o desempenho da empresa foi
diretamente afetado pela diminuição de demanda. Atrasos no porto de Açu, da
LLX, comprometem o escoamento da produção de ferro da mineradora MMX.
4.
A mineradora MMX contrata energia da MPX. Mas com a logística para venda
prejudicada – principalmente pelos atrasos no porto de Açu –, é obrigada a
reduzir a produção.
5.
A geradora de energia MPX compra gás da OGX, mas a exploração e a distribuição
dependem de capital.
Desafio:
teste seus conhecimentos e faça um quiz sobre a vida e os negócios de Eike
Batista
Mesmo
relutante, Eike Batista tem agido em diferentes frentes para tentar recuperar a
saúde financeira e a credibilidade nos negócios. Entre as gigantes do Grupo
EBX, o primeiro passo foi dado com a empresa de energia MPX, que vendeu parte
do capital à alemã E.ON. Para reduzir o endividamento e continuar investindo, outras
empresas também estão à procura de novos sócios. O desempenho ruim no primeiro
trimestre do ano comprovou que o empresário subestimou o poder corrosivo da
desconfiança sobre seus negócios. Um acordo firmado em março com o banco de
investimentos BTG Pactual, de André Esteves, garantiu uma linha de crédito de
US$1 bilhão a Eike, além de um acordo de consultoria financeira para as
empresas do grupo.
– O
mercado está bastante cético. Recuperar a confiança é mais difícil do que
conquistá-la – afirma Carlos Müller, da Geral Corretora.
A
procura por parceiros inclui mesmo as empresas que tiveram um bom desempenho
recentemente. É o caso do time de vôlei masculino RJX, que, apesar de
conquistar o título de campeão brasileiro na última temporada, busca
alternativas para não ter de reduzir custos. Vale até fechar o capital de
empresas. O empresário já indicou que pretende comprar todas as ações da
mineradora de carvão CCX nos próximos meses.
– No
ano passado, chegou a ser anunciado o fechamento da LLX, mas Eike desistiu da
operação – lembra Valter Bianchi, da Fundamenta, administradora de
investimentos.
A
estratégia adotada por Eike também inclui o famoso "desinvestimento" –
quando se vende ou se passa adiante um ativo. É o caso do navio Pink Fleet.
Como a proposta de passeios turísticos pela Baía de Guanabara não deu certo,
Eike pretende doá-lo à Marinha. Um dos jatinhos privados da AVX também entrou
na lista de ofertas e está à venda em um site americano. O valor pedido pela aeronave
não foi divulgado.
Cemig
analisa aquisições em geração, transmissão e distribuição
Valor
27.05.2013 - A Cemig está avaliando aquisições de ativos nas áreas de geração,
transmissão e distribuição que, segundo a diretoria, vão colocar a empresa em ‘outro
patamar’. Um desses negócios poderá ser anunciado ainda em junho, segundo Fernando
Henrique Schüffner Neto, diretor de novos negócios da companhia.
As
declarações foram feitas durante encontro anual com investidores da empresa,
que acontece em conjunto com a reunião da Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em Uberlândia,
Minas Gerais.
O
presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que a companhia fez
aquisições de cerca de R$ 2 bilhões nos últimos três anos. “Nos próximos três
anos, teremos de fazer bem mais e vamos fazer”, disse.
O
executivo comentou ainda que o objetivo da empresa é voltar ao patamar de lucro
antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em
inglês) que tinha até agosto do ano passado, um mês antes de o governo federal
ter anunciado seu plano de redução das tarifas de energia elétrica.
Morais
lembrou que, ao longo das discussões sobre a Medida Provisória nº 579, a
empresa perdeu quase R$ 10 bilhões em valor de mercado. Ele definiu a MP como “um
pequeno tropeço, uma pequena adversidade”.
A
Cemig não aderiu às novas regras do governo, no caso das geradoras, e, por
isso, se a posição do governo se mantiver, a companhia perderá o direito a três
hidrelétricas - São Simão, Jaguara e Miranda.
Retomada
de térmicas anima setor de carvão
Diário
do Nordeste 27.05.2013 - A retomada da contratação das termelétricas reanimou a
indústria de carvão. A Tractebel, a maior geradora privada do País, e a MPX, do
empresário Eike Batista, são algumas das empresas que estudam incluir projetos no
leilão de energia nova A-5 deste ano, que contratará a demanda das distribuidoras
em 2018. O leilão também poderá culminar em novos investimentos na expansão da
capacidade de produção de carvão mineral.
Justificativa
para o uso de térmicas movidas a carvão mineral, segundo afirma o governo, é
pelo abastecimento de energia hoje comprometido Foto: Divulgação
É
o caso da estatal gaúcha Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Fornecedora
de 3,3 milhões de toneladas por ano de carvão para a térmica Candiota (RS), da
Eletrobrás CGTEE, a companhia avalia investir R$ 200 milhões para ampliar em
quase 2 milhões de toneladas ao ano sua produção, caso feche novos contratos
para os projetos do leilão. O presidente da CRM, Elifas Simas, revelou que
negocia o fornecimento de carvão a um empreendimento da Tractebel e outros dois
da MPX, no Rio Grande do Sul. Os dois projetos da MPX somam 1,320 mil MW de
capacidade instalada, e a CRM negocia para se tornar "fornecedora
backup" de carvão para as térmicas. Já o projeto da Tractebel é de uma
usina de 350 MW, e a estatal seria a fornecedora principal. A CRM também foi
procurada pela CTSul para discutir o suprimento a uma usina de 650 MW em
Cachoeira do Sul (RS).
Segundo
Simas, o carvão que abastecerá as novas usinas virá da mina a céu aberto de
Candiota, a maior jazida brasileira. O presidente da Empresa de Pesquisa (EPE),
Maurício Tolmasquim, afirmou que o carvão desse tipo de mina é o mais competitivo
para geração de energia pelo baixo custo. A fase III de usina Candiota, que
entrou em operação comercial em 2011, tem custo de geração de R$ 54,99/MWh, um
dos mais baixos entre as térmicas em operação no setor elétrico brasileiro.
Carvão
x Matriz limpa: Para Tolmasquim, o fato de o Brasil ter retomado a contratação
das térmicas não significa que o País não terá matriz limpa.
"As
fontes renováveis representam entre 80% e 90% da matriz", disse. Segundo
ele, se o governo tivesse de escolher entre uma usina a gás natural e uma a
carvão, escolheria o projeto a gás pelo baixo custo e impacto ambiental menor.
Energia
limpa adiada: A justificativa para o uso do carvão vem do abastecimento de
eletricidade, que está comprometido e fez o governo federal, por ora, abrir mão
da expansão da matriz energética com base apenas em fontes limpas.
A
tendência ficou clara quando a EPE excluiu as usinas eólicas do leilão de
energia nova, que contratará a demanda das distribuidoras em 2018 (A-5),
marcado para agosto. Isso foi significativo porque o leilão A-5 aponta a
direção da expansão da matriz no País.
"Esse
é o momento de equilibrarmos a matriz e darmos mais espaço para as
térmicas", afirmou Tolmasquim.
Eólicas
apostam no mercado livre: Rio. Com o espaço reduzido nos leilões do governo, a
indústria da energia eólica pode encontrar na autoprodução e no mercado livre oportunidades
para desenvolver projetos. A expressiva queda do preço de geração eólica a
partir de 2009 chamou a atenção das grandes indústrias, que buscam reduzir as
despesas com energia.
O
que se observa hoje é um setor mais otimista. Ao transformar a energia barata
das hidrelétricas amortizadas da Cesp, da Copel, da Eletrobrás e da Cemig em
cotas e repassá-las às distribuidoras, o governo diminuiu a oferta para os
consumidores livres. "O número de "players" no mercado livre foi
reduzido", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da
Renova Energia, Pedro Pileggi. A Renova é o veículo de investimentos em
energias renováveis da Light, controlada pela Cemig. Segundo o executivo, esse
movimento provocou uma mudança estrutural no mercado.
Financiamento:
Mas o grande desafio para os projetos eólicos é equacionar o financiamento. O
BNDES exige contratos de venda de energia de longo prazo, em torno de 16 anos.
Isso contraria a lógica das grandes indústrias, que preferem contratos de menor
prazo. Para superar o entrave, a presidente da Associação Brasileira de Energia
Eólica (Abeeólica), Élbia Melo, diz que os produtores independentes estão buscando
acordos de venda de energia para os grupos de maior porte, para viabilizar o
financiamento.
YPF
perde caso sobre interrupção de exportações de gás ao Brasil
Folha
27.05.2013 - A estatal de energia da Argentina, YPF, perdeu um caso de
arbitragem internacional bilionário por ter suspendido as exportações de gás
natural para o Brasil, disse a empresa nesta segunda-feira (27) em um
comunicado à bolsa de Buenos Aires.
A
YPF suspendeu as exportações de gás para o Brasil desde 2004 e rescindiu os
contratos com a AES Uruguaiana (AESU) e com a operadora de gasoduto
Transportadora de Gas del Mercosur (TGM) em 2009.
A
Câmara de Comércio Internacional, um painel de arbitragem com sede em Paris,
decidiu em favor das empresas, que haviam entrado com uma ação contra a YPF,
juntamente com a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), por
cerca de 1,4 bilhão de euros (US$ 1,8 bilhão), disse uma fonte da indústria.
Naquela
época, a YPF era controlada pela espanhola Repsol, mas há um ano foi
expropriada pelo governo argentino.
"Esta
decisão é somente sobre a responsabilidade das partes, deixando de fora a
determinação dos danos que poderiam existir e que podem ser objeto de um novo
processo de arbitragem perante o mesmo tribunal", disse a empresa em um
comunicado à bolsa.
Exportações
suspensas: A Argentina suspendeu suas exportações de gás natural para o Brasil
e Chile em 2004, quando a produção do combustível começou a cair.
A
TGM, que opera um gasoduto argentino até a fronteira com o Brasil, tem entre
seus acionistas para a argentina Tecpetrol, a francesa Total, a malaia Petronas
e a norte-americana CMS Energy.
A
AESU pertence ao grupo brasileiro AES, enquanto que 51% do capital da Sulgás
são controlados pelo Estado do Rio Grande do Sul e o restante é de propriedade
da Petrobras.
A
decisão desfavorável à YPF vem em um momento em que a empresa está à procura de
parceiros para financiar um plano estratégico ambicioso para US$ 7 bilhões
anuais até 2017 para elevar sua reduzida produção de petróleo.
Bancos
partem para disputa de fortunas e de gestores
Brasil
Econômico 27.05.2013 - Cenário macroeconômico mais desafiador e falta de
profissionais especializados fazem bancos acirrarem disputa não só por
milionários.
"Não
é possível fazer um bom negócio com uma pessoa ruim." A máxima do
megainvestidor Warren Buffet ilustra bem a dificuldade que as áreas de ‘ private
bankings' e ‘wealth management' têm tido, nos últimos meses, em elaborar novas
estratégias para atender e atrair clientes milionários, em um mercado com tão
poucos profissionais especializados e cenário macroeconômico desafiador.
A
expectativa é de que o crescimento dessa área seja menor do que no ano passado
e o primeiro trimestre começou fraco, com crescimento de apenas 1,5%. Não é à
toa, que uma dança das cadeiras tenha se configurado no segmento no início do
ano.
"O
troca-troca desses executivos aconteceu por questões pontuais. Mas existe
pressão pela velocidade com que se obtém os resultados", afirma Luis
Felipe Granato, gerente da Michael Page especialista em finanças. "Além
disso, os bancos estrangeiros trouxeram novo formato de salários com incentivo
de longo prazo. Isso significa que a remuneração passa a ser atrelada a ações
das instituições, como forma de retenção."
O
medo é que o concorrente ofereça melhores condições (como bônus) e o
profissional - escasso - troque de mesa. "Estamos prestes a ver uma guerra
salarial", Granato. O mais recente movimento ilustra bem a situção quando
o UBS foi aos quadros do HSBC buscar a executiva Sylvia Coutinho que deixou o
cargo em que era responsável pelas áreas de varejo e gestão de fortunas para a
América Latina no banco inglês para assumir a
presidência
do banco suíço no Brasil.
A
dança das cadeiras nas áreas de private neste ano começou no Itaú, com a saída
de Celso Scaramuzza, que levou Flávio Souza assumir o seu lugar; seguiu pelo JP
Morgan, com Cláudio Berquó, que acumulou a função de Celso Portásio; passando
pelo BNP Paribas com a aposentadoria de Hiram Maisonnave que, fez com que o seu
braço direito, Mauro Rached, ficasse à frente da área. Chegando ao último
movimento com a saída de Sylvia Coutinho do HSBC.
Segundo
João Albino Winkelmann, diretor do Bradesco Private, o mercado está muito mais
competitivo e os bancos estão disputando de forma mais acirrada os mesmos
clientes. "Isto é positivo para o cliente e para a indústria, que vai se
sofisticando, aprimorando, investindo cada vez mais na formação da sua equipe.
O preparo técnico e a capacitação do 'banker' é percebido como diferencial relevante",
afirma.
Foi
pensando exatamente em dar mais subsídios para os clientes que o HSBC
transferiu o diretor de research, Alexandre Gartner, para o private. Outro movimento
que, em breve será anunciado, é o de Rui Forcada, sênior banker que estava há
anos nos Estados Unidos e, a partir de julho, será diretor em Curitiba. "Queremos
aumentar a representatividade desse negócio e a lucratividade em quase três
vezes", diz Gabriel Porzecanski, diretor de private banking do HSBC.
A
expectativa é que o crescimento da indústria seja de 15% neste ano. Apesar de
ser um bom número, é mais fraco do que os 22% observados em 2012."A
convergência de juros é um dos fatores e as perspectivas de atividade menos
aquecida em fusões e aquisições, que foi a principal origem de liquidez no ano
passado, também deverão influenciar um crescimento menos robusto. Mesmo assim,
o Brasil ainda continuará a ser um dos mercados de wealth e private que mais
crescem no mundo", complementa Winkelmann, que viu os recursos sob gestão
da área crescer 27% em 2012.
Segundo
dados da Anbima, no primeiro trimestre, o total de ativos sob gestão em todo o
mercado cresceu 1,56% para R$ 535,4 bilhões. Maria Eugênia Lopez, diretora do
Private Banking do Santander, diz que os recursos em circulação encolheram
porque a economia não mostra crescimento. "O PIB ainda não reagiu e os
eventos de liquidez foram raríssimos e quase não houve pagamento de
dividendos", acrescenta. "O alto retorno com liquidez e baixo risco
acabaram. O cliente, se quiser retornos superiores, acima do CDI, precisa abrir
mão da liquidez,alongar portfolio, correr mais risco. Nesta hora o profissional
mais preparado fará a diferença."
Maria
Eugênia afirma que a palavra de ordem no Santander é fidelizar. "Não
existe glamour trazer conta corrente e resolver problemas com cartão de
crédito, mas isso faz com que o cliente veja o banco como parceiro. Taxa de
retorno alta é consequência." Já Porzecanski conta que a aposta do HSBC -
além de fortalecer equipe - é oferecer um leque de serviços que o banco oferece
em Nova York, Miami, Genebra, Zurique, Londres, Hong Kong e Cingapura.
Dilma
impõe tolerância zero para atraso em obras
Valor
27.05.2013 - O governo fechou o cerco às concessionárias de rodovias que
assumiram, em 2008, a responsabilidade de ampliar e cuidar de sete trechos de
estradas federais. A partir de agora, a ordem do Ministério dos Transportes é
adotar tolerância zero com os atrasos de obras nessas concessões - que somam
3,1 mil km e foram realizadas durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Em
entrevista ao Valor, o ministro dos Transportes, César Borges, afirmou que as
multas frequentemente impostas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) não se mostraram eficientes para impedir os atrasos nas obras e que, de
agora em diante, a ordem é instaurar processos administrativos contra as
empresas. Essa ação já está em curso. Procurada pelo Valor, a ANTT confirmou
que acaba de abrir processos contra as concessionárias Autopista Litoral Sul
(BR-101 SC), Autopista Planalto Sul (BR-116 PR/SC), Autopista Fernão Dias
(BR-381 MG/SP), Autopista Régis Bittencourt (BR-116 SP/PR), ViaBahia (BR-116
BA) e Transbrasiliana (BR-153 SP). Apenas uma rodovia - BR-101 RJ, da Autopista
Fluminense - não foi notificada pela agência.
É
uma medida dura e que tem o aval da presidente Dilma Rousseff. Ao receber a
notificação, o concessionário tem dez dias para justificar as causas do atraso
e apresentar um termo de ajustamento de conduta. Se os argumentos não
convencerem, o processo pode levar à caducidade do contrato e à relicitação do
trecho. "Minha posição é de inflexibilidade com o descumprimento dos
contratos. Agora, ou executa ou abriremos processo administrativo", diz
Borges.
A
primeira notificação foi enviada à Autopista Litoral Sul, do grupo Arteris. "A
empresa tem seus argumentos, que agora poderá relatar formalmente. Mas, no
fundo, as alegações não me parecem procedentes", diz o ministro.
César
Borges afirma ainda que o governo vai bancar obras em rodovias concedidas na
década de 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, para evitar
aumento no preço dos pedágios. Sobre as ferrovias da estatal Valec, adianta que
uma nova licitação de trilhos será lançada nos próximos dias e que um
empréstimo de até 40 mil toneladas de barras de aço está em vias de ser
viabilizado por meio de um acordo com a Transnordestina.
Grupo
Amazonas cria sandália para concorrer no mercado chinês
IstoéDinheiro
27.05.2013 - Empresa vai exportar produto manufaturado ao principal concorrente
das empresas brasileiras do setor calçadista.
Um
dos maiores obstáculos ao fabricantes nacionais de calçados é a forte
concorrência dos produtos chineses, que chegam ao Brasil com preços altamente
competitivos. Pois o Grupo Amazonas, de Franca, no interior de São paulo,
resolveu competir com os chineses de uma forma diferente: na própria China. A
empresa decidiu comercializar sua recém-criada marca Amazon Sandals para os
consumidores chineses.
"Muitos
falam sobre essa questão de o Brasil não exportar produtos de valor agregado. O
que percebemos, porém, é que os chineses buscam marcas diferenciadas, pois preço
e quantidade eles já têm”, afirma Ariano Novaes, responsável pelo marketing da
companhia. A estratégia é apresentar as sandálias na China como um produto sustentável.
Isso porque a Amazon Sandals é produzida com material biodegradável e que se
decompõe com cinco anos de uso. O investimento no projeto não é revelado.
O
produto está sendo comercializado na China desde o final de abril. Novaes
afirma que a chegada à China faz parte de um processo de internacionalização
que também inclui a inauguração de lojas na Austrália e no Bali até o final do
ano.
Sandálias
da Copa: Além dos planos internacionais, o Grupo Amazonas conseguiu
licenciamento para homologar a sandália como produto oficial da Copa das
Confederações e da Copa do Mundo 2014. Com a autorização, a empresa vai
comercializar cinco milhões de pares durante os torneios, o que representa em
faturamento cerca de R$ 80 milhões. A empresa comercializa as “flip flops” em
17 países e estima que a nova marca ajude a elevar o faturamento da empresa em
22% neste ano.
Cade
aprova aquisição de 50% da Itambé pela Vigor
Folha
27.05.2013 - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a
aquisição de 50% da Itambé pela Vigor Alimentos, segundo informações
disponíveis no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27).
Em
fevereiro, a Vigor informou que havia fechado acordo para aquisição de 50% da
Itambé, com o compromisso de investir R$ 410 milhões na empresa adquirida.
A
Itambé, com sede em Belo Horizonte, possui cinco fábricas --quatro delas
localizadas em Minas Gerais e uma em Goiás--, que processam cerca de 3 milhões
de litros de leite por dia.
A
Vigor é controlada pela holding J&F, que também possui o frigorífico JBS.
Receita
abaixo do custo: A venda de 50% da Itambé para a Vigor foi a alternativa que a
empresa de Belo Horizonte encontrou para superar a crise financeira em que se
encontrava e que é reflexo da baixa rentabilidade que os produtores de leite
enfrentam no país.
Segundo
o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a receita média
está cerca de 10% abaixo do custo total nos Estados de Goiás, Minas Gerais,
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Com
esse problema, muitas empresas do setor encontram-se com alto endividamento, como
é o caso da Itambé.
Outra
dificuldade enfrentada pelo setor é a baixa produtividade.
Com
margens pequenas, os produtores não conseguem investir em modernização e no
rebanho. Assim, embora o Brasil seja o terceiro maior produtor de leite do
mundo, é o 11º em produtividade.
Por
ano, a média de produção por vaca é de 1,69 tonelada de leite. Nos EUA, o
campeão, esse índice é de 9,66.
Endividamento
dos brasileiros bate novo recorde no 1º trimestre
Estadão
27.05.2013 - Em março, dívidas correspondiam a 43,99% da renda anual; segundo o
BC, parte do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito
habitacional.
O
endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional bateu novo
recorde ao final do primeiro trimestre de 2013. Segundo o Banco Central, as
dívidas das famílias correspondiam, em março, a 43,99% da renda anual. Em
fevereiro, recorde anterior, o índice estava em 43,79%. No fim do primeiro
trimestre de 2012, era de 42,37%.
Segundo
o BC, parte do aumento do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito
habitacional. Se forem excluídas as dívidas com a compra de imóveis, o
endividamento fica em 30,48% da renda em março, ante 30,54% em fevereiro. Em
março do ano passado, estava em 31,17%. Na última sexta-feira, ao divulgar os
dados sobre o crédito em abril, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio
Maciel, afirmou que muitas famílias estão substituindo o pagamento do aluguel
(que não entra na estatística da instituição sobre dívidas) pelo financiamento
habitacional, um endividamento de longo prazo, com juros mais baixos e que
significa aumento de patrimônio.
O
BC também divulgou números sobre o comprometimento de renda dos brasileiros,
que considera dados mensais de renda e prestações pagas aos bancos. As
prestações correspondiam, no terceiro mês do ano, a 21,66% da renda mensal dos
trabalhadores, ante 21,84% em fevereiro (dado revisado). Também houve queda em
relação a março de 2012, quando o comprometimento estava em 22,91% da renda. Se
forem retirados da conta os financiamentos habitacionais, o comprometimento da
renda mensal fica em 20,06% em março de 2013, ante 20,24% em fevereiro.
Desoneração
da folha não evita demissões
Estadão
27.05.2013 - Setores beneficiados, como autopeças e calçados, cortaram vagas;
para outros, menos tributos e mercado ajudaram a abrir postos.
Em
abril de 2012, quando anunciou a desoneração da folha de pagamentos de 15
setores-chave da economia nacional para preservar empregos, o governo federal
calculou uma renúncia fiscal de R$ 7,2 bilhões. Nos primeiros quatro meses de
2013, com o benefício já estendido a outros setores, R$ 2,8 bilhões deixaram de
entrar nos cofres públicos por conta da medida.
Para
os desonerados em 2012, a medida foi benéfica, mas ainda é insuficiente.
Setores ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado,
apontam que as contratações também foram impulsionadas pela retomada do mercado
no período, mas há casos mais críticos, em que as demissões persistem.
O
elogio dos setores à medida é unânime, a divergência está na amplitude de seu
efeito. A alta de cerca de 1,5% nos empregos do setor de móveis em 2012 não
pode ser creditada à desoneração da folha, segundo Lipel Custódio, diretor da
Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel).
Apenas
cerca de 35% das empresas foram beneficiadas pela medida. "Foi muito em
função do mercado e não da desoneração. É um fluxo natural", explica
Custódio. A maioria das empresas do setor moveleiro (60%) se enquadra no
sistema do Simples Nacional, por serem de pequeno porte e, portanto, não são
beneficiadas pela medida. Há também grandes empresas (5%), para quem a
substituição da contribuição foi prejudicial, informa o diretor da Abimóvel.
A
desoneração começou a valer para o setor de móveis em julho passado. Em abril,
o governo anunciou a desoneração em um prazo de 90 dias para os setores de
indústria têxtil, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, naval,
bens de capital - mecânico, aéreo, hotéis e "design house". Desde o
início de 2012, a medida já abarcava os setores de confecções, couro e
calçados, tecnologia da informação e call center.
Posteriormente,
o governo anunciou novas desonerações, que hoje somam mais de 40 setores, mas algumas
só passaram a valer em 2013. Os setores são desonerados do pagamento da contribuição
patronal de 20% sobre a folha de pagamento e passam, com o benefício, a
contribuir com 1% ou 2% do faturamento, dependendo do caso.
Competitividade.
Só no primeiro trimestre deste ano, o setor de elétrica e eletrônicos abriu
mais de 3 mil postos de trabalho. "Provavelmente parte veio da desoneração
da folha, porém nem tudo. Alguns setores tem contratado porque estão caminhando
bem", comenta o gerente do departamento de economia da Associação Brasileira
de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Luiz Cézar Rochel. Em igual
período de 2011, o setor contratou 1.210 pessoas.
Segundo
Rochel, a desoneração ajudou a aumentar a competitividade, mas não foi
suficiente para superar outras questões importantes do chamado Custo Brasil. "Mas
teve um aspecto financeiro muito positivo, que foi a redução do custo
trabalhista. O que as empresas avaliam é que o ganho de competitividade não foi
suficiente".
Na
indústria de autopeças, a desoneração não evitou o corte de 11 mil postos entre
março de 2012 e março deste ano. O número, do Relatório de Pesquisa Conjuntural
do Sindipeças, representa corte de 4,8% nas vagas formais. O acumulado do
primeiro trimestre de 2013 mostra um recuo de 1,93%. O setor emprega hoje 214
mil pessoas.
Desempenho
parecido teve a indústria de calçados. Em 2012, o número de trabalhadores do
setor caiu 2%, de 337 mil em 2011 para 330 mil. Foi o segundo ano seguido de
queda no número de vagas no setor. O presidente da Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados, Heitor Klein, diz que a desoneração foi favorável às
empresas, mas insuficiente para enfrentar problemas de competitividade.
Apesar
do cenário de baixo crescimento e inflação alta, os principais sindicatos vão
pedir aumento real nas negociações salariais do segundo semestre, que concentra
a data-base de categorias importantes como bancários, metalúrgicos e
petroleiros. A disposição para greves é firme, mas há sindicatos confiantes no
ganho real sem paralisação. As centrais sindicais trabalham para encerrar o
primeiro semestre com bons acordos para garantir negociações positivas no resto
do ano.
A
expectativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) é que o cenário seja parecido ao de 2012, quando 94,6% das categorias
obtiveram ganho real. "O porcentual deve continuar na faixa de 1% a 3% de
ganho real", diz o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Não creio
que tenha algo que justifique mudança desta performance. A inflação não fugiu
do controle e a economia não apresenta crescimento espetacular, nem recessão."
Para
o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o desemprego em
baixa deve reforçar a tendência de greve. "Onde não tem acordo, a
tendência é que acirre as greves". Ele ressalta que no início do ano
várias categorias fecharam acordo após paralisações e cita os metalúrgicos de
Gravataí (RS), a construção civil da baixada santista e a da capital paulista.
Ele
pondera que a inflação em alta dificulta a busca por ganho real. "Está
mais difícil, mas a orientação é que as categorias busquem o aumento para
fortalecer o mercado interno".
"Não
podemos deixar de lutar para repor a inflação e buscar aumento real para todas
as categorias", concorda o presidente da Central Única dos Trabalhadores
de São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos Lima. Para ele, é importante avaliar os últimos
períodos do mercado e não só a conjuntura atual.
"A
indústria, o comércio, os bancos nesses últimos anos ganharam muito dinheiro e
tiveram incentivos com o governo desonerando a folha de pagamento e reduzindo imposto",
lembra. Adi acredita em menos greves neste ano. "Não haverá necessidade,
mas se houver os trabalhadores vão pressionar".
Padilha
gastou 10 milhões com propaganda que precisou ser corrigida
Veja
27.05.2013 - A direção do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
avaliam que a falta de uma bandeira pode ser um obstáculo para o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, se tornar um candidato viável ao governo de São Paulo
em 2014. Pressionado pelo partido para criar uma marca forte no ministério que
o projete na disputa, o ministro autorizou o gasto de 10 milhões de reais com
uma campanha publicitária que apresenta a pasta como fiscal dos planos de
saúde. Só o que ninguém parecia saber é que essa atribuição já tem dono: a
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – que possui um canal próprio para denúncias.
Mesmo
assim, a campanha estreou no dia 5 de maio. Na propaganda, ator global Milton
Gonçalves aparece pedindo ao cidadão que ligue para o Disque 136 em casos de
descumprimentos de prazos dos planos de saúde. O telefone informado na
campanha, porém, é da Ouvidoria do SUS, que controla a qualidade dos serviços
públicos de saúde – portanto, sem relação direta com planos privados. A
propaganda foi ao ar antes que o Disque 136 estivesse adequado para receber as
reclamações.
Segundo
relatos, os atendentes chegavam a orientar o cidadão a procurar a prefeitura de
sua cidade, porque aquele telefone era destinado apenas a assuntos relacionados
ao SUS. Somente após três dias no ar, foi feito um redirecionamento para a
central 0800 da ANS – e o Disque 136 passou a ser um intermediário dispensável
entre a ANS e o cidadão. “Você será redirecionado para a ANS, órgão responsável
por regular e fiscalizar os planos de saúde”, diz a gravação do SUS.
Em
nota, o ministério afirmou que “a melhoria do acesso e qualidade do atendimento
dos planos de saúde é um dos dezesseis objetivos estratégicos do Ministério da
Saúde aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde”. A ANS afirmou não ver problemas
na campanha do ministério. “Ressaltamos que em nenhum momento a autonomia da
Agência sofreu interferência”, informou.
Farmacêutica
Valeant compra Bausch & Lomb por U$8,7 bi
Brasil
Econômico 27.05.2013 - A Bausch & Lomb é especializada na fabricação de
lentes de contato e de produtos usados na sua manutenção.
A
empresa canadense financiará parte da operação com uma emissão de ações no
valor de US$ 1,5 a 2 bilhões.
O
grupo farmacêutico canadense Valeant anunciou nesta segunda-feira (27/05) um
acordo para a compra da fabricante americana de produtos oftalmológicos Bausch &
Lomb por US$ 8,7 bilhões.
Graças
a este acordo, a Valeant irá pagar cerca de US$ 4,5 bilhões ao principal
acionista da Bausch & Lomb, o fundo de investimento Warburg Pincus, e US$
4,2 bilhões para abater as dívidas do grupo, informou em um comunicado.
A
Bausch & Lomb é especializada na fabricação de lentes de contato e de
produtos usados na sua manutenção.
A
Valeant, especializada em produtos dermatológicos, espera que a operação a
possibilite economizar 800 milhões de dólares por ano a partir do final de
2014.
Trata-se
da maior compra realizada até o momento pela Valeant, que adquiriu o grupo
canadense Biovail por 3,2 bilhões de dólares em 2010.
A
empresa canadense financiará a operação em parte com uma emissão de ações de
US$ 1,5 a 2 bilhões de dólares. O restante será financiado pelo banco Goldman Sachs.
O
acordo entrará em vigor no terceiro trimestre.