terça-feira, 28 de maio de 2013

Azul.CA 28.05

Daily News


Câmara aprova texto-base da MP que desonera setores da economia

Valor 28.05.2013 - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto-base da Medida Provisória (MP) 601, que contém medidas do Plano Brasil Maior e estende os benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento a diversos segmentos da economia. O texto do relator da MP, senador Armando Monteiro (PTB-PE), amplia o prazo de prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Reintegra).
Na MP original, o regime vigoraria até 3 de dezembro de 2013 (um ano a mais que o previsto). Monteiro o estendeu até 31 de dezembro de 2017. Ele também colocou um dispositivo que determina que os recursos obtidos pelas empresas exportadoras por meio do programa não sejam mais tributados.
O senador também ampliou os setores beneficiados com a desoneração da folha salarial. Entre os quase 20 novos segmentos contemplados no relatório estão o comércio varejista de artigos de óptica e o de produtos farmacêuticos; atividades de montagem e desmontagem industrial; setor de pescados salgados; produtos do setor gráfico; segurança privada; agências de publicidade; além do setor de computadores portáteis (notebooks).
A medida zera a alíquota de 20% sobre a folha de pagamentos. Em troca, as empresas pagam um percentual sobre o faturamento bruto, resultando num desembolso menor para a Previdência Social. Os setores que foram beneficiados em anúncio feito no início do ano foram "puxados" para o relatório dessa MP para apressar a tramitação dessas ações no Congresso Nacional.

Câmara aprova texto-base da MP que desonera setores da economia

Valor 28.05.2013 - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto-base da Medida Provisória (MP) 601, que contém medidas do Plano Brasil Maior e estende os benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento a diversos segmentos da economia. O texto do relator da MP, senador Armando Monteiro (PTB-PE), amplia o prazo de prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Reintegra).
Na MP original, o regime vigoraria até 3 de dezembro de 2013 (um ano a mais que o previsto). Monteiro o estendeu até 31 de dezembro de 2017. Ele também colocou um dispositivo que determina que os recursos obtidos pelas empresas exportadoras por meio do programa não sejam mais tributados.
O senador também ampliou os setores beneficiados com a desoneração da folha salarial. Entre os quase 20 novos segmentos contemplados no relatório estão o comércio varejista de artigos de óptica e o de produtos farmacêuticos; atividades de montagem e desmontagem industrial; setor de pescados salgados; produtos do setor gráfico; segurança privada; agências de publicidade; além do setor de computadores portáteis (notebooks).
A medida zera a alíquota de 20% sobre a folha de pagamentos. Em troca, as empresas pagam um percentual sobre o faturamento bruto, resultando num desembolso menor para a Previdência Social. Os setores que foram beneficiados em anúncio feito no início do ano foram "puxados" para o relatório dessa MP para apressar a tramitação dessas ações no Congresso Nacional.

Descontada, ação da Biosev é recomendada pelo JP Morgan

Valor 28.05.2013 - Os papéis, que estrearam na bolsa em abril, são negociados com desconto de 42% em relação a concorrente São Martinho.
O aumento da oferta de cana de açúcar deve melhorar o desempenho operacional da empresa
O banco americano JP Morgan iniciou a cobertura das ações da BIosev (BSEV3) pouco mais de um mês depois da estreia dos papéis na Bovespa. A recomendação é de alocação acima da média do mercado (overweight), com preço-alvo de 22 reais – o que representa um potencial de valorização de 59%.
“Acreditamos que a Biosev oferece uma reviravolta operacional bem cronometrada com o retorno de rendimentos, além de uma forte safra de cana de açúcar no Brasil”, explicam Cassio Lucin e Thomas McElwee, que assinam o relatório.
Cassio e Thomas explicam que o aumento da oferta de cana de açúcar em 2013/2014 deve melhorar o desempenho operacional da empresa, elevando a utilização da capacidade e aumentando as margens.
Desconto: Os analistas afirmam que preferem os papéis da São Martinho (SMTO3) no setor, mas que, como a Biosev oferece maior crescimento operacional nos próximos dois anos (embora com mais riscos) com um valuation descontando, o momento é propício para a entrada. Atualmente, a Biosev é negociada com um desconto de 42% em relação a São Martinho.

IPO da Azul vai financiar expansão e sanar dívidas

Infomoney 27.05.2013 - Segundo a empresa, os recursos captados na oferta primária serão usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota.
A Azul, terceira maior companhia aérea do país, pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
A oferta incluirá um lote primário, de ações novas, e um lote secundário, de títulos detidos por atuais acionistas. O Santander será o coordenador líder da operação, que contará com Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs e BB Investimentos.
A empresa, que diz ter 29,3 por cento do mercado brasileiro de aviação civil, vai se listar no Nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa. A oferta ocorrerá simultaneamente no Brasil e no exterior, com a venda de ações preferenciais e recibos de ações (ADRs).
Com IPO, Azul pretende ampliar os negócios, com aumento do número de rotas e reforço de capital de giro
Segundo a empresa, os recursos captados na oferta primária serão usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota, crescimento do número de rotas e reforço do capital de giro.
Segundo prospecto preliminar publicado nesta segunda-feira, os recursos também serão usados para pagar empréstimos contraídos com a companhia Bozano, acionista da empresa, e para pagar o arrendamento de cinco aeronaves.
A extensa lista de acionistas vendedores na oferta secundária inclui diversas classes do fundo Saleb, a Bozano Holdings e os acionistas individuais Regis da Silva Brito, Miguel Dau e João Carlos Fernandes, entre outros.
Fundada em 2008 pelo empresário David Neeleman, a Azul completou uma fusão com a Trip no final de maio do ano passado.
No documento divulgado nesta segunda-feira, a companhia informa ter fechado 2012 com receita líquida consolidada de 2,7 bilhões de reais ou 4,1 bilhões de reais em base pro forma, considerando as operações da Trip.
Em 2012, a empresa teve prejuízo de 170,8 milhões de reais; considerando a Trip, o prejuízo foi de 383,8 milhões de reais.
O valor da oferta ainda não foi divulgado, mas é estimado em cerca de 1 bilhão de reais pelo IFR, serviço da Thomson Reuters.

Banco do Brasil inicia negociação privada de suas ações

Brasil Econômico 27.05.2013 - O intuito é suprir o pagamento de parte da remuneração variável dos membros de sua diretoria executiva por meio de ações.
O Banco do Brasil informou nesta segunda-feira (27/5) que iniciará, a partir de hoje, a negociação privada de ações de sua própria emissão, com o intuito de suprir o pagamento de parte da remuneração variável dos membros de sua diretoria executiva por meio de ações. A negociação foi aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários.

Argentina deverá receber energia da AES Uruguaiana        

JornaldoCommercio 28.05.2013 - Após retomar as atividades no começo de fevereiro e interrompê-las novamente ao final de março, a expectativa é de que a termelétrica AES Uruguaiana volte, em breve, a gerar a energia. No entanto, ao invés de enviar sua produção para o Brasil, como aconteceu da última vez, o destino da energia da usina será a vizinha Argentina.
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Reativação e Funcionamento da Termo AES Uruguaiana, deputado estadual Frederico Antunes (PP), espera para junho o retorno da operação do complexo. Antunes explica que a térmica ainda aguarda o tratado definitivo entre os governos brasileiro e argentino, que ainda está sendo negociado, para voltar a funcionar. Uma das propostas sugeridas é de que a estrutura abasteça, futuramente, por sete meses a Argentina (abril a outubro) e por cinco meses (novembro a março) o Brasil.
As atividades da usina em fevereiro e março deste ano foram sustentadas por um acordo emergencial, em virtude dos problemas de oferta de energia enfrentados pelo Brasil. Para operar nesse período, a térmica foi alimentada com Gás Natural Liquefeito (GNL), um combustível de elevado custo, que chegava à Argentina por navios e depois era encaminhado para Uruguaiana por gasodutos. Em fevereiro, o Custo Variável Unitário (CVU) da térmica foi de R$ 881,72 por MWh, muito superior à média de outras usinas brasileiras.
O alto custo de operação da termelétrica é uma das preocupações do coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Carlos Faria. Ele adverte que, por decisão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o ônus da geração da usina em fevereiro e março será repassado apenas aos consumidores da região Sul do País e não a todos os clientes do sistema interligado nacional.
Segundo o presidente da Fiergs, Heitor Müller, foi encaminhado um documento à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, assinado pelos dirigentes das federações das indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, tentando reverter a questão. Müller argumenta que a térmica foi despachada por motivos de segurança energética, em decorrência de reservatórios de hidrelétricas, localizados fora da região Sul, estarem com níveis baixos. Se a situação não se modificar, o custo da geração da usina deverá ser incorporado nos próximos reajustes das distribuidoras de energia do Sul do País.
Indagada sobre o assunto, a assessoria de imprensa da AES Uruguaiana relatou que os encargos da térmica serão repassados a todos os consumidores do sistema interligado nacional. No entanto, uma fonte que acompanha o assunto afirma que ainda não há definição sobre o tema, mas a tendência é de que realmente o custo incida apenas sobre os consumidores da região Sul.
A usina AES Uruguaiana iniciou as atividades em 2000 e pode alcançar uma capacidade instalada de 639 MW (cerca de 16% da demanda média de energia do Estado). Antes de recomeçar a produzir em 2013, o ficou quase quatro anos inativo em função da interrupção do fornecimento de gás natural por parte da YPF. O Grupo AES manteve a manutenção e preservação dos equipamentos da térmica. Aproximadamente R$ 17 milhões foram investidos para que a estrutura voltasse a gerar energia.
Bndes anuncia habilitadas para disputar recursos do Inova Energia
Um total de 117 empresas líderes está habilitado a concorrer aos recursos disponibilizados pelo Plano de Apoio à Inovação Tecnológica no Setor Elétrico (Inova Energia), do governo federal, lançado em abril. O programa é uma parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), da Agência Brasileira da Inovação (Finep) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O resultado preliminar foi anunciado na sexta-feira pelo Bndes e representa uma seleção sobre as 373 empresas que se inscreveram para disputar os recursos do programa. O diretor de Inovação da Finep, João De Negri, comemorou o fato de a demanda ter atingido cerca de R$ 12 bilhões, superando o volume inicial de recursos disponibilizado para o programa, de R$ 3 bilhões. Segundo ele, esse modelo de apoio do governo é feito em
diversos países, entre os quais os Estados Unidos e na Europa.
“O resultado foi extremamente exitoso e mostra que o Brasil tem uma enorme demanda por projetos de inovação. Foram disponibilizados para as empresas em torno de R$ 3 bilhões e nós recebemos uma demanda quatro vezes superior aos recursos ofertados. Isso significa que há uma dinâmica de longo prazo do processo inovador das empresas industriais brasileiras que estão dispostas a tomar riscos e a apostar no futuro”, disse.
De Negri destacou que projetos de inovação costumam amadurecer entre cinco e 10 anos, o que reforça a percepção de que as empresas estão pensando no longo prazo e que “as atividades de longo prazo da economia brasileira estão aquecidas”.
Após a filtragem das propostas que não se enquadravam às regras e objetivos do programa, a demanda das empresas habilitadas atingiu R$ 7,8 bilhões. O diretor da Finep esclareceu, porém, que isso não significa que não sejam bons projetos. “Esses projetos são bons, podem ser financiados com critérios do governo federal, em nova linha de financiamento do Inova Energia, em uma segunda fase.”
As empresas cujos projetos foram homologados na primeira etapa apresentarão agora seus planos de negócios detalhados à equipe formada por técnicos do Bndes, Finep e Aneel. As três instituições indicarão os instrumentos financeiros de incentivo mais adequados a cada projeto, que englobam crédito, apoio não reembolsável, subvenção e participação acionária.

Eike adia oferta de aquisição da CCX para 12 de julho

Valor 27.05.2013 - O empresário Eike Batista adiou a oferta pública de aquisição (OPA) das ações disponíveis no mercado da CCX, empresa de carvão de seu grupo, para 12 de julho. A expectativa inicial era de que o leilão ocorresse já no mês que vem.
Em janeiro, o bilionário informou que pretendia tirar a empresa da bolsa, cerca de um ano após abrir seu capital. A companhia é a menor dentre as empresas abertas do grupo EBX e enfrenta dificuldades por causa da queda nos preços do insumo, causada por uma sobreoferta vinda da Austrália.
De acordo com o edital enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira, estão disponíveis cerca de R$ 280,7 milhões em ações da CCX no mercado. Os papéis serão comprados a, no máximo, R$ 4,31 cada. Em sua oferta pública inicial, eles foram vendidos a R$ 8,50 a unidade.
As ações serão trocadas por papéis de outras empresas do grupo, como a MMX, a LLX, a OSX e a MPX. As relações de troca, porém, ainda não foram divulgadas nessa versão do edital. O período de 36 dias dentro dos quais os investidores poderão aderir à OPA deve se iniciar em 5 de junho.

Desconfiança sobre os negócios de Eike lança dúvida sobre carvão gaúcho       

Zero Hora 27.05.2013 - Eike Batista, 56 anos, um dos principais empresários do país, é supersticioso. Adotou o sol dos incas – símbolo da força e do otimismo – como logotipo de seu conglomerado e tem por hábito concluir as siglas que batizam seus empreendimentos com a letra X. A presença do símbolo matemático da multiplicação serviria para dar sorte e impulsionar o lucro nos negócios. Por um tempo foi exatamente o que ocorreu: investidores injetaram US$ 26 bilhões nas empresas do grupo de 2005 a 2013, e o brasileiro chegou a figurar como sétimo homem mais rico do planeta no ranking da revista Forbes.
– Não sei se vou passar ele pela direita ou pela esquerda. Mas eu vou passar – disse Eike há dois anos, quando perguntado se pretendia alcançar algum dia o primeiro lugar no ranking dos homens mais ricos do mundo, ocupado então pelo mexicano Carlos Slim.
O que parecia uma meta alcançável – afinal, o magnata brasileiro estava em sétimo na lista – transformou-se no sonho de uma noite de verão. Hoje, se Eike quiser chegar ao topo vai precisar multiplicar sua fortuna em quase sete vezes. O declínio, no entanto, não é só uma perda pessoal. Representa o mau desempenho do empresário nos negócios, um infortúnio, portanto, para os investidores. A crise que começou em junho passado na petroleira OGX, empresa com maior valor de mercado do Grupo EBX, acabou contaminando o desempenho de outras companhias. Em grande parte devido à estrutura de interdependência, na qual uma empresa é cliente da outra, mas também porque os investidores não parecem mais acreditar nas promessas de Eike.
– Ele prometeu demais e não conseguiu entregar. Para um empreendedor, não basta ser bom em projetos, precisa saber executar – resume Frederico Vontobel, da Vokin Investimentos, escritório que não recomenda para clientes os papéis de nenhuma das empresas de Eike.
Mesmo empresas que não estão diretamente ligadas à petroleira – e portanto fora do epicentro da crise – sofrem com a desconfiança do mercado. É o caso da MPX, companhia de energia e gás responsável por iniciativas do empresário no Rio Grande do Sul. As ações tiveram queda de 35% em um ano, apesar de o cronograma de atividades estar em dia.
Dúvidas sobre carvão gaúcho
– A MPX segue trabalhando com perspectivas de consolidar os projetos das duas usinas termelétricas em Candiota – afirma Cesar de Faria, diretor presidente da Copelmi, responsável por operar a mina do Seival que
abastecerá as duas usinas e parceira da MPX no empreendimento.
A empresa de Eike já tem licença dos órgãos ambientais para execução das obras. Precisa vencer o próximo leilão de energia, previsto para 29 de agosto. Caso saia vencedora, a iniciativa representará um investimento de, ao menos, R$ 6,5 bilhões no Estado, gerando um aumento de 1,3 mil MW em capacidade instalada. Uma das iniciativas para resgatar a confiança nos negócios de Eike foi o aumento da participação de sócios no capital das empresas, caso da E.ON na MPX, vista com bons olhos por especialistas. Em abril deste ano, a companhia alemã ampliou de 11,7% para 36,1% sua participação na empresa. Considerados especialistas em carvão, os europeus seriam uma garantia do interesse de Eike no mineral gaúcho.
– Os dois projetos estão avançados. Fazemos reuniões semanais com a empresa para chegarmos ao leilão de energia da forma mais competitiva possível – afirma Rui Dick, gerente-executivo da Secretaria da Infraestrutura do Estado.
Todos esses contatos são feitos com executivos da empresa. O próprio Eike, até onde se sabe, jamais pisou em solo gaúcho para tratar de interesses que representam cerca de um terço do valor da fortuna estimada em US$ 10,6 bilhões.
Efeito dominó: O modelo de interdependência adotado por Eike Batista é tido por especialistas como arriscado. Como uma empresa é cliente da outra, uma crise em qualquer das unidades pode interferir no desempenho das demais. O tombo da OGX na bolsa acabou arrastando outras ações do grupo EBX
1. Projeto mais ambicioso do grupo, a OGX tem dificuldades de cumprir as metas de produção. A desconfiança dos investidores fez o preço das ações despencar.
2. A empresa de indústria naval OSX foi criada para ter a OGX como principal cliente. A perspectiva de uma produção mais modesta da petroleira tem impacto direto na demanda do estaleiro.
3. Efeito semelhante ocorre com a LLX, empresa de logística do grupo. Idealizada para viabilizar o transporte de petróleo da OGX, o desempenho da empresa foi diretamente afetado pela diminuição de demanda. Atrasos no porto de Açu, da LLX, comprometem o escoamento da produção de ferro da mineradora MMX.
4. A mineradora MMX contrata energia da MPX. Mas com a logística para venda prejudicada – principalmente pelos atrasos no porto de Açu –, é obrigada a reduzir a produção.
5. A geradora de energia MPX compra gás da OGX, mas a exploração e a distribuição dependem de capital.
Desafio: teste seus conhecimentos e faça um quiz sobre a vida e os negócios de Eike Batista
Mesmo relutante, Eike Batista tem agido em diferentes frentes para tentar recuperar a saúde financeira e a credibilidade nos negócios. Entre as gigantes do Grupo EBX, o primeiro passo foi dado com a empresa de energia MPX, que vendeu parte do capital à alemã E.ON. Para reduzir o endividamento e continuar investindo, outras empresas também estão à procura de novos sócios. O desempenho ruim no primeiro trimestre do ano comprovou que o empresário subestimou o poder corrosivo da desconfiança sobre seus negócios. Um acordo firmado em março com o banco de investimentos BTG Pactual, de André Esteves, garantiu uma linha de crédito de US$1 bilhão a Eike, além de um acordo de consultoria financeira para as empresas do grupo.
– O mercado está bastante cético. Recuperar a confiança é mais difícil do que conquistá-la – afirma Carlos Müller, da Geral Corretora.
A procura por parceiros inclui mesmo as empresas que tiveram um bom desempenho recentemente. É o caso do time de vôlei masculino RJX, que, apesar de conquistar o título de campeão brasileiro na última temporada, busca alternativas para não ter de reduzir custos. Vale até fechar o capital de empresas. O empresário já indicou que pretende comprar todas as ações da mineradora de carvão CCX nos próximos meses.
– No ano passado, chegou a ser anunciado o fechamento da LLX, mas Eike desistiu da operação – lembra Valter Bianchi, da Fundamenta, administradora de investimentos.
A estratégia adotada por Eike também inclui o famoso "desinvestimento" – quando se vende ou se passa adiante um ativo. É o caso do navio Pink Fleet. Como a proposta de passeios turísticos pela Baía de Guanabara não deu certo, Eike pretende doá-lo à Marinha. Um dos jatinhos privados da AVX também entrou na lista de ofertas e está à venda em um site americano. O valor pedido pela aeronave não foi divulgado.

Cemig analisa aquisições em geração, transmissão e distribuição

Valor 27.05.2013 - A Cemig está avaliando aquisições de ativos nas áreas de geração, transmissão e distribuição que, segundo a diretoria, vão colocar a empresa em ‘outro patamar’. Um desses negócios poderá ser anunciado ainda em junho, segundo Fernando Henrique Schüffner Neto, diretor de novos negócios da companhia.
As declarações foram feitas durante encontro anual com investidores da empresa, que acontece em conjunto com a reunião da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em Uberlândia, Minas Gerais.
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que a companhia fez aquisições de cerca de R$ 2 bilhões nos últimos três anos. “Nos próximos três anos, teremos de fazer bem mais e vamos fazer”, disse.
O executivo comentou ainda que o objetivo da empresa é voltar ao patamar de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) que tinha até agosto do ano passado, um mês antes de o governo federal ter anunciado seu plano de redução das tarifas de energia elétrica.
Morais lembrou que, ao longo das discussões sobre a Medida Provisória nº 579, a empresa perdeu quase R$ 10 bilhões em valor de mercado. Ele definiu a MP como “um pequeno tropeço, uma pequena adversidade”.
A Cemig não aderiu às novas regras do governo, no caso das geradoras, e, por isso, se a posição do governo se mantiver, a companhia perderá o direito a três hidrelétricas - São Simão, Jaguara e Miranda.

Retomada de térmicas anima setor de carvão       

Diário do Nordeste 27.05.2013 - A retomada da contratação das termelétricas reanimou a indústria de carvão. A Tractebel, a maior geradora privada do País, e a MPX, do empresário Eike Batista, são algumas das empresas que estudam incluir projetos no leilão de energia nova A-5 deste ano, que contratará a demanda das distribuidoras em 2018. O leilão também poderá culminar em novos investimentos na expansão da capacidade de produção de carvão mineral.
Justificativa para o uso de térmicas movidas a carvão mineral, segundo afirma o governo, é pelo abastecimento de energia hoje comprometido Foto: Divulgação
É o caso da estatal gaúcha Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Fornecedora de 3,3 milhões de toneladas por ano de carvão para a térmica Candiota (RS), da Eletrobrás CGTEE, a companhia avalia investir R$ 200 milhões para ampliar em quase 2 milhões de toneladas ao ano sua produção, caso feche novos contratos para os projetos do leilão. O presidente da CRM, Elifas Simas, revelou que negocia o fornecimento de carvão a um empreendimento da Tractebel e outros dois da MPX, no Rio Grande do Sul. Os dois projetos da MPX somam 1,320 mil MW de capacidade instalada, e a CRM negocia para se tornar "fornecedora backup" de carvão para as térmicas. Já o projeto da Tractebel é de uma usina de 350 MW, e a estatal seria a fornecedora principal. A CRM também foi procurada pela CTSul para discutir o suprimento a uma usina de 650 MW em Cachoeira do Sul (RS).
Segundo Simas, o carvão que abastecerá as novas usinas virá da mina a céu aberto de Candiota, a maior jazida brasileira. O presidente da Empresa de Pesquisa (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o carvão desse tipo de mina é o mais competitivo para geração de energia pelo baixo custo. A fase III de usina Candiota, que entrou em operação comercial em 2011, tem custo de geração de R$ 54,99/MWh, um dos mais baixos entre as térmicas em operação no setor elétrico brasileiro.
Carvão x Matriz limpa: Para Tolmasquim, o fato de o Brasil ter retomado a contratação das térmicas não significa que o País não terá matriz limpa.
"As fontes renováveis representam entre 80% e 90% da matriz", disse. Segundo ele, se o governo tivesse de escolher entre uma usina a gás natural e uma a carvão, escolheria o projeto a gás pelo baixo custo e impacto ambiental menor.
Energia limpa adiada: A justificativa para o uso do carvão vem do abastecimento de eletricidade, que está comprometido e fez o governo federal, por ora, abrir mão da expansão da matriz energética com base apenas em fontes limpas.
A tendência ficou clara quando a EPE excluiu as usinas eólicas do leilão de energia nova, que contratará a demanda das distribuidoras em 2018 (A-5), marcado para agosto. Isso foi significativo porque o leilão A-5 aponta a direção da expansão da matriz no País.
"Esse é o momento de equilibrarmos a matriz e darmos mais espaço para as térmicas", afirmou Tolmasquim.
Eólicas apostam no mercado livre: Rio. Com o espaço reduzido nos leilões do governo, a indústria da energia eólica pode encontrar na autoprodução e no mercado livre oportunidades para desenvolver projetos. A expressiva queda do preço de geração eólica a partir de 2009 chamou a atenção das grandes indústrias, que buscam reduzir as despesas com energia.
O que se observa hoje é um setor mais otimista. Ao transformar a energia barata das hidrelétricas amortizadas da Cesp, da Copel, da Eletrobrás e da Cemig em cotas e repassá-las às distribuidoras, o governo diminuiu a oferta para os consumidores livres. "O número de "players" no mercado livre foi reduzido", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da Renova Energia, Pedro Pileggi. A Renova é o veículo de investimentos em energias renováveis da Light, controlada pela Cemig. Segundo o executivo, esse movimento provocou uma mudança estrutural no mercado.
Financiamento: Mas o grande desafio para os projetos eólicos é equacionar o financiamento. O BNDES exige contratos de venda de energia de longo prazo, em torno de 16 anos. Isso contraria a lógica das grandes indústrias, que preferem contratos de menor prazo. Para superar o entrave, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Melo, diz que os produtores independentes estão buscando acordos de venda de energia para os grupos de maior porte, para viabilizar o financiamento.

YPF perde caso sobre interrupção de exportações de gás ao Brasil

Folha 27.05.2013 - A estatal de energia da Argentina, YPF, perdeu um caso de arbitragem internacional bilionário por ter suspendido as exportações de gás natural para o Brasil, disse a empresa nesta segunda-feira (27) em um comunicado à bolsa de Buenos Aires.
A YPF suspendeu as exportações de gás para o Brasil desde 2004 e rescindiu os contratos com a AES Uruguaiana (AESU) e com a operadora de gasoduto Transportadora de Gas del Mercosur (TGM) em 2009.
A Câmara de Comércio Internacional, um painel de arbitragem com sede em Paris, decidiu em favor das empresas, que haviam entrado com uma ação contra a YPF, juntamente com a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), por cerca de 1,4 bilhão de euros (US$ 1,8 bilhão), disse uma fonte da indústria.
Naquela época, a YPF era controlada pela espanhola Repsol, mas há um ano foi expropriada pelo governo argentino.
"Esta decisão é somente sobre a responsabilidade das partes, deixando de fora a determinação dos danos que poderiam existir e que podem ser objeto de um novo processo de arbitragem perante o mesmo tribunal", disse a empresa em um comunicado à bolsa.
Exportações suspensas: A Argentina suspendeu suas exportações de gás natural para o Brasil e Chile em 2004, quando a produção do combustível começou a cair.
A TGM, que opera um gasoduto argentino até a fronteira com o Brasil, tem entre seus acionistas para a argentina Tecpetrol, a francesa Total, a malaia Petronas e a norte-americana CMS Energy.
A AESU pertence ao grupo brasileiro AES, enquanto que 51% do capital da Sulgás são controlados pelo Estado do Rio Grande do Sul e o restante é de propriedade da Petrobras.
A decisão desfavorável à YPF vem em um momento em que a empresa está à procura de parceiros para financiar um plano estratégico ambicioso para US$ 7 bilhões anuais até 2017 para elevar sua reduzida produção de petróleo.

Bancos partem para disputa de fortunas e de gestores

Brasil Econômico 27.05.2013 - Cenário macroeconômico mais desafiador e falta de profissionais especializados fazem bancos acirrarem disputa não só por milionários.
"Não é possível fazer um bom negócio com uma pessoa ruim." A máxima do megainvestidor Warren Buffet ilustra bem a dificuldade que as áreas de ‘ private bankings' e ‘wealth management' têm tido, nos últimos meses, em elaborar novas estratégias para atender e atrair clientes milionários, em um mercado com tão poucos profissionais especializados e cenário macroeconômico desafiador.
A expectativa é de que o crescimento dessa área seja menor do que no ano passado e o primeiro trimestre começou fraco, com crescimento de apenas 1,5%. Não é à toa, que uma dança das cadeiras tenha se configurado no segmento no início do ano.
"O troca-troca desses executivos aconteceu por questões pontuais. Mas existe pressão pela velocidade com que se obtém os resultados", afirma Luis Felipe Granato, gerente da Michael Page especialista em finanças. "Além disso, os bancos estrangeiros trouxeram novo formato de salários com incentivo de longo prazo. Isso significa que a remuneração passa a ser atrelada a ações das instituições, como forma de retenção."
O medo é que o concorrente ofereça melhores condições (como bônus) e o profissional - escasso - troque de mesa. "Estamos prestes a ver uma guerra salarial", Granato. O mais recente movimento ilustra bem a situção quando o UBS foi aos quadros do HSBC buscar a executiva Sylvia Coutinho que deixou o cargo em que era responsável pelas áreas de varejo e gestão de fortunas para a América Latina no banco inglês para assumir a presidência do banco suíço no Brasil.
A dança das cadeiras nas áreas de private neste ano começou no Itaú, com a saída de Celso Scaramuzza, que levou Flávio Souza assumir o seu lugar; seguiu pelo JP Morgan, com Cláudio Berquó, que acumulou a função de Celso Portásio; passando pelo BNP Paribas com a aposentadoria de Hiram Maisonnave que, fez com que o seu braço direito, Mauro Rached, ficasse à frente da área. Chegando ao último movimento com a saída de Sylvia Coutinho do HSBC.
Segundo João Albino Winkelmann, diretor do Bradesco Private, o mercado está muito mais competitivo e os bancos estão disputando de forma mais acirrada os mesmos clientes. "Isto é positivo para o cliente e para a indústria, que vai se sofisticando, aprimorando, investindo cada vez mais na formação da sua equipe. O preparo técnico e a capacitação do 'banker' é percebido como diferencial relevante", afirma.
Foi pensando exatamente em dar mais subsídios para os clientes que o HSBC transferiu o diretor de research, Alexandre Gartner, para o private. Outro movimento que, em breve será anunciado, é o de Rui Forcada, sênior banker que estava há anos nos Estados Unidos e, a partir de julho, será diretor em Curitiba. "Queremos aumentar a representatividade desse negócio e a lucratividade em quase três vezes", diz Gabriel Porzecanski, diretor de private banking do HSBC.
A expectativa é que o crescimento da indústria seja de 15% neste ano. Apesar de ser um bom número, é mais fraco do que os 22% observados em 2012."A convergência de juros é um dos fatores e as perspectivas de atividade menos aquecida em fusões e aquisições, que foi a principal origem de liquidez no ano passado, também deverão influenciar um crescimento menos robusto. Mesmo assim, o Brasil ainda continuará a ser um dos mercados de wealth e private que mais crescem no mundo", complementa Winkelmann, que viu os recursos sob gestão da área crescer 27% em 2012.
Segundo dados da Anbima, no primeiro trimestre, o total de ativos sob gestão em todo o mercado cresceu 1,56% para R$ 535,4 bilhões. Maria Eugênia Lopez, diretora do Private Banking do Santander, diz que os recursos em circulação encolheram porque a economia não mostra crescimento. "O PIB ainda não reagiu e os eventos de liquidez foram raríssimos e quase não houve pagamento de dividendos", acrescenta. "O alto retorno com liquidez e baixo risco acabaram. O cliente, se quiser retornos superiores, acima do CDI, precisa abrir mão da liquidez,alongar portfolio, correr mais risco. Nesta hora o profissional mais preparado fará a diferença."
Maria Eugênia afirma que a palavra de ordem no Santander é fidelizar. "Não existe glamour trazer conta corrente e resolver problemas com cartão de crédito, mas isso faz com que o cliente veja o banco como parceiro. Taxa de retorno alta é consequência." Já Porzecanski conta que a aposta do HSBC - além de fortalecer equipe - é oferecer um leque de serviços que o banco oferece em Nova York, Miami, Genebra, Zurique, Londres, Hong Kong e Cingapura.

Dilma impõe tolerância zero para atraso em obras

Valor 27.05.2013 - O governo fechou o cerco às concessionárias de rodovias que assumiram, em 2008, a responsabilidade de ampliar e cuidar de sete trechos de estradas federais. A partir de agora, a ordem do Ministério dos Transportes é adotar tolerância zero com os atrasos de obras nessas concessões - que somam 3,1 mil km e foram realizadas durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao Valor, o ministro dos Transportes, César Borges, afirmou que as multas frequentemente impostas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não se mostraram eficientes para impedir os atrasos nas obras e que, de agora em diante, a ordem é instaurar processos administrativos contra as empresas. Essa ação já está em curso. Procurada pelo Valor, a ANTT confirmou que acaba de abrir processos contra as concessionárias Autopista Litoral Sul (BR-101 SC), Autopista Planalto Sul (BR-116 PR/SC), Autopista Fernão Dias (BR-381 MG/SP), Autopista Régis Bittencourt (BR-116 SP/PR), ViaBahia (BR-116 BA) e Transbrasiliana (BR-153 SP). Apenas uma rodovia - BR-101 RJ, da Autopista Fluminense - não foi notificada pela agência.
É uma medida dura e que tem o aval da presidente Dilma Rousseff. Ao receber a notificação, o concessionário tem dez dias para justificar as causas do atraso e apresentar um termo de ajustamento de conduta. Se os argumentos não convencerem, o processo pode levar à caducidade do contrato e à relicitação do trecho. "Minha posição é de inflexibilidade com o descumprimento dos contratos. Agora, ou executa ou abriremos processo administrativo", diz Borges.
A primeira notificação foi enviada à Autopista Litoral Sul, do grupo Arteris. "A empresa tem seus argumentos, que agora poderá relatar formalmente. Mas, no fundo, as alegações não me parecem procedentes", diz o ministro. César Borges afirma ainda que o governo vai bancar obras em rodovias concedidas na década de 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, para evitar aumento no preço dos pedágios. Sobre as ferrovias da estatal Valec, adianta que uma nova licitação de trilhos será lançada nos próximos dias e que um empréstimo de até 40 mil toneladas de barras de aço está em vias de ser viabilizado por meio de um acordo com a Transnordestina.

Grupo Amazonas cria sandália para concorrer no mercado chinês

IstoéDinheiro 27.05.2013 - Empresa vai exportar produto manufaturado ao principal concorrente das empresas brasileiras do setor calçadista.
Um dos maiores obstáculos ao fabricantes nacionais de calçados é a forte concorrência dos produtos chineses, que chegam ao Brasil com preços altamente competitivos. Pois o  Grupo Amazonas, de Franca, no interior de São paulo, resolveu competir com os chineses de uma forma diferente: na própria China. A empresa decidiu comercializar sua recém-criada marca Amazon Sandals para os consumidores chineses.
"Muitos falam sobre essa questão de o Brasil não exportar produtos de valor agregado. O que percebemos, porém, é que os chineses buscam marcas diferenciadas, pois preço e quantidade eles já têm”, afirma Ariano Novaes, responsável pelo marketing da companhia. A estratégia é apresentar as sandálias na China como um produto sustentável. Isso porque a Amazon Sandals é produzida com material biodegradável e que se decompõe com cinco anos de uso.  O investimento no projeto não é revelado.
O produto está sendo comercializado na China desde o final de abril.  Novaes afirma que a chegada à China faz parte de um processo de internacionalização que também inclui a inauguração de lojas na Austrália e no Bali até o final do ano.
Sandálias da Copa: Além dos planos internacionais, o Grupo Amazonas conseguiu licenciamento para homologar a sandália como produto oficial da Copa das Confederações e da Copa do Mundo 2014. Com a autorização, a empresa vai comercializar cinco milhões de pares durante os torneios, o que representa em faturamento cerca de R$ 80 milhões. A empresa comercializa as “flip flops” em 17 países e estima que a nova marca ajude a elevar o faturamento da empresa em 22% neste ano.

Cade aprova aquisição de 50% da Itambé pela Vigor

Folha 27.05.2013 - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição de 50% da Itambé pela Vigor Alimentos, segundo informações disponíveis no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27).
Em fevereiro, a Vigor informou que havia fechado acordo para aquisição de 50% da Itambé, com o compromisso de investir R$ 410 milhões na empresa adquirida.
A Itambé, com sede em Belo Horizonte, possui cinco fábricas --quatro delas localizadas em Minas Gerais e uma em Goiás--, que processam cerca de 3 milhões de litros de leite por dia.
A Vigor é controlada pela holding J&F, que também possui o frigorífico JBS.
Receita abaixo do custo: A venda de 50% da Itambé para a Vigor foi a alternativa que a empresa de Belo Horizonte encontrou para superar a crise financeira em que se encontrava e que é reflexo da baixa rentabilidade que os produtores de leite enfrentam no país.
Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a receita média está cerca de 10% abaixo do custo total nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Com esse problema, muitas empresas do setor encontram-se com alto endividamento, como é o caso da Itambé. Outra dificuldade enfrentada pelo setor é a baixa produtividade.
Com margens pequenas, os produtores não conseguem investir em modernização e no rebanho. Assim, embora o Brasil seja o terceiro maior produtor de leite do mundo, é o 11º em produtividade.
Por ano, a média de produção por vaca é de 1,69 tonelada de leite. Nos EUA, o campeão, esse índice é de 9,66.

Endividamento dos brasileiros bate novo recorde no 1º trimestre

Estadão 27.05.2013 - Em março, dívidas correspondiam a 43,99% da renda anual; segundo o BC, parte do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito habitacional.
O endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional bateu novo recorde ao final do primeiro trimestre de 2013. Segundo o Banco Central, as dívidas das famílias correspondiam, em março, a 43,99% da renda anual. Em fevereiro, recorde anterior, o índice estava em 43,79%. No fim do primeiro trimestre de 2012, era de 42,37%.
Segundo o BC, parte do aumento do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito habitacional. Se forem excluídas as dívidas com a compra de imóveis, o endividamento fica em 30,48% da renda em março, ante 30,54% em fevereiro. Em março do ano passado, estava em 31,17%. Na última sexta-feira, ao divulgar os dados sobre o crédito em abril, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que muitas famílias estão substituindo o pagamento do aluguel (que não entra na estatística da instituição sobre dívidas) pelo financiamento habitacional, um endividamento de longo prazo, com juros mais baixos e que significa aumento de patrimônio.
O BC também divulgou números sobre o comprometimento de renda dos brasileiros, que considera dados mensais de renda e prestações pagas aos bancos. As prestações correspondiam, no terceiro mês do ano, a 21,66% da renda mensal dos trabalhadores, ante 21,84% em fevereiro (dado revisado). Também houve queda em relação a março de 2012, quando o comprometimento estava em 22,91% da renda. Se forem retirados da conta os financiamentos habitacionais, o comprometimento da renda mensal fica em 20,06% em março de 2013, ante 20,24% em fevereiro.

Desoneração da folha não evita demissões

Estadão 27.05.2013 - Setores beneficiados, como autopeças e calçados, cortaram vagas; para outros, menos tributos e mercado ajudaram a abrir postos.
Em abril de 2012, quando anunciou a desoneração da folha de pagamentos de 15 setores-chave da economia nacional para preservar empregos, o governo federal calculou uma renúncia fiscal de R$ 7,2 bilhões. Nos primeiros quatro meses de 2013, com o benefício já estendido a outros setores, R$ 2,8 bilhões deixaram de entrar nos cofres públicos por conta da medida.
Para os desonerados em 2012, a medida foi benéfica, mas ainda é insuficiente. Setores ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apontam que as contratações também foram impulsionadas pela retomada do mercado no período, mas há casos mais críticos, em que as demissões persistem.
O elogio dos setores à medida é unânime, a divergência está na amplitude de seu efeito. A alta de cerca de 1,5% nos empregos do setor de móveis em 2012 não pode ser creditada à desoneração da folha, segundo Lipel Custódio, diretor da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel).
Apenas cerca de 35% das empresas foram beneficiadas pela medida. "Foi muito em função do mercado e não da desoneração. É um fluxo natural", explica Custódio. A maioria das empresas do setor moveleiro (60%) se enquadra no sistema do Simples Nacional, por serem de pequeno porte e, portanto, não são beneficiadas pela medida. Há também grandes empresas (5%), para quem a substituição da contribuição foi prejudicial, informa o diretor da Abimóvel.
A desoneração começou a valer para o setor de móveis em julho passado. Em abril, o governo anunciou a desoneração em um prazo de 90 dias para os setores de indústria têxtil, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, naval, bens de capital - mecânico, aéreo, hotéis e "design house". Desde o início de 2012, a medida já abarcava os setores de confecções, couro e calçados, tecnologia da informação e call center.
Posteriormente, o governo anunciou novas desonerações, que hoje somam mais de 40 setores, mas algumas só passaram a valer em 2013. Os setores são desonerados do pagamento da contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento e passam, com o benefício, a contribuir com 1% ou 2% do faturamento, dependendo do caso.
Competitividade. Só no primeiro trimestre deste ano, o setor de elétrica e eletrônicos abriu mais de 3 mil postos de trabalho. "Provavelmente parte veio da desoneração da folha, porém nem tudo. Alguns setores tem contratado porque estão caminhando bem", comenta o gerente do departamento de economia da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Luiz Cézar Rochel. Em igual período de 2011, o setor contratou 1.210 pessoas.
Segundo Rochel, a desoneração ajudou a aumentar a competitividade, mas não foi suficiente para superar outras questões importantes do chamado Custo Brasil. "Mas teve um aspecto financeiro muito positivo, que foi a redução do custo trabalhista. O que as empresas avaliam é que o ganho de competitividade não foi suficiente".
Na indústria de autopeças, a desoneração não evitou o corte de 11 mil postos entre março de 2012 e março deste ano. O número, do Relatório de Pesquisa Conjuntural do Sindipeças, representa corte de 4,8% nas vagas formais. O acumulado do primeiro trimestre de 2013 mostra um recuo de 1,93%. O setor emprega hoje 214 mil pessoas.
Desempenho parecido teve a indústria de calçados. Em 2012, o número de trabalhadores do setor caiu 2%, de 337 mil em 2011 para 330 mil. Foi o segundo ano seguido de queda no número de vagas no setor. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Heitor Klein, diz que a desoneração foi favorável às empresas, mas insuficiente para enfrentar problemas de competitividade.
Apesar do cenário de baixo crescimento e inflação alta, os principais sindicatos vão pedir aumento real nas negociações salariais do segundo semestre, que concentra a data-base de categorias importantes como bancários, metalúrgicos e petroleiros. A disposição para greves é firme, mas há sindicatos confiantes no ganho real sem paralisação. As centrais sindicais trabalham para encerrar o primeiro semestre com bons acordos para garantir negociações positivas no resto do ano.
A expectativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é que o cenário seja parecido ao de 2012, quando 94,6% das categorias obtiveram ganho real. "O porcentual deve continuar na faixa de 1% a 3% de ganho real", diz o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Não creio que tenha algo que justifique mudança desta performance. A inflação não fugiu do controle e a economia não apresenta crescimento espetacular, nem recessão."
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o desemprego em baixa deve reforçar a tendência de greve. "Onde não tem acordo, a tendência é que acirre as greves". Ele ressalta que no início do ano várias categorias fecharam acordo após paralisações e cita os metalúrgicos de Gravataí (RS), a construção civil da baixada santista e a da capital paulista.
Ele pondera que a inflação em alta dificulta a busca por ganho real. "Está mais difícil, mas a orientação é que as categorias busquem o aumento para fortalecer o mercado interno".
"Não podemos deixar de lutar para repor a inflação e buscar aumento real para todas as categorias", concorda o presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos Lima. Para ele, é importante avaliar os últimos períodos do mercado e não só a conjuntura atual.
"A indústria, o comércio, os bancos nesses últimos anos ganharam muito dinheiro e tiveram incentivos com o governo desonerando a folha de pagamento e reduzindo imposto", lembra. Adi acredita em menos greves neste ano. "Não haverá necessidade, mas se houver os trabalhadores vão pressionar".

Padilha gastou 10 milhões com propaganda que precisou ser corrigida

Veja 27.05.2013 - A direção do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que a falta de uma bandeira pode ser um obstáculo para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se tornar um candidato viável ao governo de São Paulo em 2014. Pressionado pelo partido para criar uma marca forte no ministério que o projete na disputa, o ministro autorizou o gasto de 10 milhões de reais com uma campanha publicitária que apresenta a pasta como fiscal dos planos de saúde. Só o que ninguém parecia saber é que essa atribuição já tem dono: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – que possui um canal próprio para denúncias.
Mesmo assim, a campanha estreou no dia 5 de maio. Na propaganda, ator global Milton Gonçalves aparece pedindo ao cidadão que ligue para o Disque 136 em casos de descumprimentos de prazos dos planos de saúde. O telefone informado na campanha, porém, é da Ouvidoria do SUS, que controla a qualidade dos serviços públicos de saúde – portanto, sem relação direta com planos privados. A propaganda foi ao ar antes que o Disque 136 estivesse adequado para receber as reclamações.
Segundo relatos, os atendentes chegavam a orientar o cidadão a procurar a prefeitura de sua cidade, porque aquele telefone era destinado apenas a assuntos relacionados ao SUS. Somente após três dias no ar, foi feito um redirecionamento para a central 0800 da ANS – e o Disque 136 passou a ser um intermediário dispensável entre a ANS e o cidadão. “Você será redirecionado para a ANS, órgão responsável por regular e fiscalizar os planos de saúde”, diz a gravação do SUS.
Em nota, o ministério afirmou que “a melhoria do acesso e qualidade do atendimento dos planos de saúde é um dos dezesseis objetivos estratégicos do Ministério da Saúde aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde”. A ANS afirmou não ver problemas na campanha do ministério. “Ressaltamos que em nenhum momento a autonomia da Agência sofreu interferência”, informou.

Farmacêutica Valeant compra Bausch & Lomb por U$8,7 bi

Brasil Econômico 27.05.2013 - A Bausch & Lomb é especializada na fabricação de lentes de contato e de produtos usados na sua manutenção.
A empresa canadense financiará parte da operação com uma emissão de ações no valor de US$ 1,5 a 2 bilhões.
O grupo farmacêutico canadense Valeant anunciou nesta segunda-feira (27/05) um acordo para a compra da fabricante americana de produtos oftalmológicos Bausch & Lomb por US$ 8,7 bilhões.
Graças a este acordo, a Valeant irá pagar cerca de US$ 4,5 bilhões ao principal acionista da Bausch & Lomb, o fundo de investimento Warburg Pincus, e US$ 4,2 bilhões para abater as dívidas do grupo, informou em um comunicado.
A Bausch & Lomb é especializada na fabricação de lentes de contato e de produtos usados na sua manutenção.
A Valeant, especializada em produtos dermatológicos, espera que a operação a possibilite economizar 800 milhões de dólares por ano a partir do final de 2014.
Trata-se da maior compra realizada até o momento pela Valeant, que adquiriu o grupo canadense Biovail por 3,2 bilhões de dólares em 2010.
A empresa canadense financiará a operação em parte com uma emissão de ações de US$ 1,5 a 2 bilhões de dólares. O restante será financiado pelo banco Goldman Sachs.
O acordo entrará em vigor no terceiro trimestre.

Renan cumpre acordo com partidos e deixa MPs caducarem

Valor 28.05.2013 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai cumprir o acordo firmado com os partidos da Casa de não colocar em votação medidas provisórias (MPs) que tenham menos de sete dias de validade. Renan vai deixar caducar duas MPs que estão em votação na Câmara nesta terça-feira, mas que chegariam ao Senado fora do prazo estabelecido.
O senador foi flagrado por jornalistas em ligação com a secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lyra, afirmando que não vai ler as MPs 601 e MP 605. “Não, não vou ler. Não vou ler nenhuma das duas [MPs]. Nenhuma”, disse. Questionado sobre a decisão, Renan Calheiros foi incisivo: “A questão não é política, é matemática”.
A partir da leitura em plenário, as MPs podem ser colocadas em votação. Dessa forma, mesmo que as duas propostas sejam aprovadas ainda hoje pela Câmara, não vão ser apreciadas pelo Senado e as medidas provisórias perderão a validade.
A MP 601 estende o Regime Especial de Reintegração de Valores (Reintegra) até 2017 e amplia o número de setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos. A MP 605 prevê medidas do governo para garantir a redução da tarifa da conta de luz.
A decisão de não apreciar medidas provisórias que cheguem à Casa com menos de sete dias para serem analisadas foi anunciada por Renan Calheiros durante a votação da MP dos Portos, quando os senadores tiveram pouco mais de 12 horas para aprovar a matéria.

IPO da Azul vai financiar expansão e sanar dívidas

Infomoney 27.05.2013 - Segundo a empresa, os recursos captados na oferta primária serão usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota
A Azul, terceira maior companhia aérea do país, pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
A oferta incluirá um lote primário, de ações novas, e um lote secundário, de títulos detidos por atuais acionistas. O Santander será o coordenador líder da operação, que contará com Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs e BB Investimentos.
A empresa, que diz ter 29,3 por cento do mercado brasileiro de aviação civil, vai se listar no Nível 2 de governança corporativa da BM&FBovespa. A oferta ocorrerá simultaneamente no Brasil e no exterior, com a venda de ações preferenciais e recibos de ações (ADRs).
Com IPO, Azul pretende ampliar os negócios, com aumento do número de rotas e reforço de capital de giro
Segundo a empresa, os recursos captados na oferta primária serão usados para expansão de seus negócios, incluindo investimentos em aeronaves para aumento de frota, crescimento do número de rotas e reforço do capital de giro.
Segundo prospecto preliminar publicado nesta segunda-feira, os recursos também serão usados para pagar empréstimos contraídos com a companhia Bozano, acionista da empresa, e para pagar o arrendamento de cinco aeronaves.
A extensa lista de acionistas vendedores na oferta secundária inclui diversas classes do fundo Saleb, a Bozano Holdings e os acionistas individuais Regis da Silva Brito, Miguel Dau e João Carlos Fernandes, entre outros.
Fundada em 2008 pelo empresário David Neeleman, a Azul completou uma fusão com a Trip no final de maio do ano passado.
No documento divulgado nesta segunda-feira, a companhia informa ter fechado 2012 com receita líquida consolidada de 2,7 bilhões de reais ou 4,1 bilhões de reais em base pro forma, considerando as operações da Trip.
Em 2012, a empresa teve prejuízo de 170,8 milhões de reais; considerando a Trip, o prejuízo foi de 383,8 milhões de reais.
O valor da oferta ainda não foi divulgado, mas é estimado em cerca de 1 bilhão de reais pelo IFR, serviço da Thomson Reuters.

Banco do Brasil inicia negociação privada de suas ações

Brasil Econômico 27.05.2013 - O intuito é suprir o pagamento de parte da remuneração variável dos membros de sua diretoria executiva por meio de ações.
O Banco do Brasil informou nesta segunda-feira (27/5) que iniciará, a partir de hoje, a negociação privada de ações de sua própria emissão, com o intuito de suprir o pagamento de parte da remuneração variável dos membros de sua diretoria executiva por meio de ações. A negociação foi aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários.

Eike adia oferta de aquisição da CCX para 12 de julho

Valor 27.05.2013 - O empresário Eike Batista adiou a oferta pública de aquisição (OPA) das ações disponíveis no mercado da CCX, empresa de carvão de seu grupo, para 12 de julho. A expectativa inicial era de que o leilão ocorresse já no mês que vem.
Em janeiro, o bilionário informou que pretendia tirar a empresa da bolsa, cerca de um ano após abrir seu capital. A companhia é a menor dentre as empresas abertas do grupo EBX e enfrenta dificuldades por causa da queda nos preços do insumo, causada por uma sobreoferta vinda da Austrália.
De acordo com o edital enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira, estão disponíveis cerca de R$ 280,7 milhões em ações da CCX no mercado. Os papéis serão comprados a, no máximo, R$ 4,31 cada. Em sua oferta pública inicial, eles foram vendidos a R$ 8,50 a unidade.
As ações serão trocadas por papéis de outras empresas do grupo, como a MMX, a LLX, a OSX e a MPX. As relações de troca, porém, ainda não foram divulgadas nessa versão do edital. O período de 36 dias dentro dos quais os investidores poderão aderir à OPA deve se iniciar em 5 de junho.

Desconfiança sobre os negócios de Eike lança dúvida sobre carvão gaúcho       

Zero Hora 27.05.2013 - Eike Batista, 56 anos, um dos principais empresários do país, é supersticioso. Adotou o sol dos incas – símbolo da força e do otimismo – como logotipo de seu conglomerado e tem por hábito concluir as siglas que batizam seus empreendimentos com a letra X. A presença do símbolo matemático da multiplicação serviria para dar sorte e impulsionar o lucro nos negócios. Por um tempo foi exatamente o que ocorreu: investidores injetaram US$ 26 bilhões nas empresas do grupo de 2005 a 2013, e o brasileiro chegou a figurar como sétimo homem mais rico do planeta no ranking da revista Forbes.
– Não sei se vou passar ele pela direita ou pela esquerda. Mas eu vou passar – disse Eike há dois anos, quando perguntado se pretendia alcançar algum dia o primeiro lugar no ranking dos homens mais ricos do mundo, ocupado então pelo mexicano Carlos Slim.
O que parecia uma meta alcançável – afinal, o magnata brasileiro estava em sétimo na lista – transformou-se no sonho de uma noite de verão. Hoje, se Eike quiser chegar ao topo vai precisar multiplicar sua fortuna em quase sete vezes. O declínio, no entanto, não é só uma perda pessoal. Representa o mau desempenho do empresário nos negócios, um infortúnio, portanto, para os investidores. A crise que começou em junho passado na petroleira OGX, empresa com maior valor de mercado do Grupo EBX, acabou contaminando o desempenho de outras companhias. Em grande parte devido à estrutura de interdependência, na qual uma empresa é cliente da outra, mas também porque os investidores não parecem mais acreditar nas promessas de Eike.
– Ele prometeu demais e não conseguiu entregar. Para um empreendedor, não basta ser bom em projetos, precisa saber executar – resume Frederico Vontobel, da Vokin Investimentos, escritório que não recomenda para clientes os papéis de nenhuma das empresas de Eike.
Mesmo empresas que não estão diretamente ligadas à petroleira – e portanto fora do epicentro da crise – sofrem com a desconfiança do mercado. É o caso da MPX, companhia de energia e gás responsável por iniciativas do empresário no Rio Grande do Sul. As ações tiveram queda de 35% em um ano, apesar de o cronograma de atividades estar em dia.
Dúvidas sobre carvão gaúcho
– A MPX segue trabalhando com perspectivas de consolidar os projetos das duas usinas termelétricas em Candiota – afirma Cesar de Faria, diretor presidente da Copelmi, responsável por operar a mina do Seival que abastecerá as duas usinas e parceira da MPX no empreendimento.
A empresa de Eike já tem licença dos órgãos ambientais para execução das obras. Precisa vencer o próximo leilão de energia, previsto para 29 de agosto. Caso saia vencedora, a iniciativa representará um investimento de, ao menos, R$ 6,5 bilhões no Estado, gerando um aumento de 1,3 mil MW em capacidade instalada. Uma das iniciativas para resgatar a confiança nos negócios de Eike foi o aumento da participação de sócios no capital das empresas, caso da E.ON na MPX, vista com bons olhos por especialistas. Em abril deste ano, a companhia alemã ampliou de 11,7% para 36,1% sua participação na empresa. Considerados especialistas em carvão, os europeus seriam uma garantia do interesse de Eike no mineral gaúcho.
– Os dois projetos estão avançados. Fazemos reuniões semanais com a empresa para chegarmos ao leilão de energia da forma mais competitiva possível – afirma Rui Dick, gerente-executivo da Secretaria da Infraestrutura do Estado.
Todos esses contatos são feitos com executivos da empresa. O próprio Eike, até onde se sabe, jamais pisou em solo gaúcho para tratar de interesses que representam cerca de um terço do valor da fortuna estimada em US$ 10,6 bilhões.
Efeito dominó: O modelo de interdependência adotado por Eike Batista é tido por especialistas como arriscado. Como uma empresa é cliente da outra, uma crise em qualquer das unidades pode interferir no desempenho das demais. O tombo da OGX na bolsa acabou arrastando outras ações do grupo EBX
1. Projeto mais ambicioso do grupo, a OGX tem dificuldades de cumprir as metas de produção. A desconfiança dos investidores fez o preço das ações despencar.
2. A empresa de indústria naval OSX foi criada para ter a OGX como principal cliente. A perspectiva de uma produção mais modesta da petroleira tem impacto direto na demanda do estaleiro.
3. Efeito semelhante ocorre com a LLX, empresa de logística do grupo. Idealizada para viabilizar o transporte de petróleo da OGX, o desempenho da empresa foi diretamente afetado pela diminuição de demanda. Atrasos no porto de Açu, da LLX, comprometem o escoamento da produção de ferro da mineradora MMX.
4. A mineradora MMX contrata energia da MPX. Mas com a logística para venda prejudicada – principalmente pelos atrasos no porto de Açu –, é obrigada a reduzir a produção.
5. A geradora de energia MPX compra gás da OGX, mas a exploração e a distribuição dependem de capital.
Desafio: teste seus conhecimentos e faça um quiz sobre a vida e os negócios de Eike Batista
Mesmo relutante, Eike Batista tem agido em diferentes frentes para tentar recuperar a saúde financeira e a credibilidade nos negócios. Entre as gigantes do Grupo EBX, o primeiro passo foi dado com a empresa de energia MPX, que vendeu parte do capital à alemã E.ON. Para reduzir o endividamento e continuar investindo, outras empresas também estão à procura de novos sócios. O desempenho ruim no primeiro trimestre do ano comprovou que o empresário subestimou o poder corrosivo da desconfiança sobre seus negócios. Um acordo firmado em março com o banco de investimentos BTG Pactual, de André Esteves, garantiu uma linha de crédito de US$1 bilhão a Eike, além de um acordo de consultoria financeira para as empresas do grupo.
– O mercado está bastante cético. Recuperar a confiança é mais difícil do que conquistá-la – afirma Carlos Müller, da Geral Corretora.
A procura por parceiros inclui mesmo as empresas que tiveram um bom desempenho recentemente. É o caso do time de vôlei masculino RJX, que, apesar de conquistar o título de campeão brasileiro na última temporada, busca alternativas para não ter de reduzir custos. Vale até fechar o capital de empresas. O empresário já indicou que pretende comprar todas as ações da mineradora de carvão CCX nos próximos meses.
– No ano passado, chegou a ser anunciado o fechamento da LLX, mas Eike desistiu da operação – lembra Valter Bianchi, da Fundamenta, administradora de investimentos.
A estratégia adotada por Eike também inclui o famoso "desinvestimento" – quando se vende ou se passa adiante um ativo. É o caso do navio Pink Fleet. Como a proposta de passeios turísticos pela Baía de Guanabara não deu certo, Eike pretende doá-lo à Marinha. Um dos jatinhos privados da AVX também entrou na lista de ofertas e está à venda em um site americano. O valor pedido pela aeronave não foi divulgado.

Cemig analisa aquisições em geração, transmissão e distribuição

Valor 27.05.2013 - A Cemig está avaliando aquisições de ativos nas áreas de geração, transmissão e distribuição que, segundo a diretoria, vão colocar a empresa em ‘outro patamar’. Um desses negócios poderá ser anunciado ainda em junho, segundo Fernando Henrique Schüffner Neto, diretor de novos negócios da companhia.
As declarações foram feitas durante encontro anual com investidores da empresa, que acontece em conjunto com a reunião da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em Uberlândia, Minas Gerais.
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, afirmou que a companhia fez aquisições de cerca de R$ 2 bilhões nos últimos três anos. “Nos próximos três anos, teremos de fazer bem mais e vamos fazer”, disse.
O executivo comentou ainda que o objetivo da empresa é voltar ao patamar de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) que tinha até agosto do ano passado, um mês antes de o governo federal ter anunciado seu plano de redução das tarifas de energia elétrica.
Morais lembrou que, ao longo das discussões sobre a Medida Provisória nº 579, a empresa perdeu quase R$ 10 bilhões em valor de mercado. Ele definiu a MP como “um pequeno tropeço, uma pequena adversidade”.
A Cemig não aderiu às novas regras do governo, no caso das geradoras, e, por isso, se a posição do governo se mantiver, a companhia perderá o direito a três hidrelétricas - São Simão, Jaguara e Miranda.

Retomada de térmicas anima setor de carvão       

Diário do Nordeste 27.05.2013 - A retomada da contratação das termelétricas reanimou a indústria de carvão. A Tractebel, a maior geradora privada do País, e a MPX, do empresário Eike Batista, são algumas das empresas que estudam incluir projetos no leilão de energia nova A-5 deste ano, que contratará a demanda das distribuidoras em 2018. O leilão também poderá culminar em novos investimentos na expansão da capacidade de produção de carvão mineral.
Justificativa para o uso de térmicas movidas a carvão mineral, segundo afirma o governo, é pelo abastecimento de energia hoje comprometido Foto: Divulgação
É o caso da estatal gaúcha Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Fornecedora de 3,3 milhões de toneladas por ano de carvão para a térmica Candiota (RS), da Eletrobrás CGTEE, a companhia avalia investir R$ 200 milhões para ampliar em quase 2 milhões de toneladas ao ano sua produção, caso feche novos contratos para os projetos do leilão. O presidente da CRM, Elifas Simas, revelou que negocia o fornecimento de carvão a um empreendimento da Tractebel e outros dois da MPX, no Rio Grande do Sul. Os dois projetos da MPX somam 1,320 mil MW de capacidade instalada, e a CRM negocia para se tornar "fornecedora backup" de carvão para as térmicas. Já o projeto da Tractebel é de uma usina de 350 MW, e a estatal seria a fornecedora principal. A CRM também foi procurada pela CTSul para discutir o suprimento a uma usina de 650 MW em Cachoeira do Sul (RS).
Segundo Simas, o carvão que abastecerá as novas usinas virá da mina a céu aberto de Candiota, a maior jazida brasileira. O presidente da Empresa de Pesquisa (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o carvão desse tipo de mina é o mais competitivo para geração de energia pelo baixo custo. A fase III de usina Candiota, que entrou em operação comercial em 2011, tem custo de geração de R$ 54,99/MWh, um dos mais baixos entre as térmicas em operação no setor elétrico brasileiro.
Carvão x Matriz limpa: Para Tolmasquim, o fato de o Brasil ter retomado a contratação das térmicas não significa que o País não terá matriz limpa.
"As fontes renováveis representam entre 80% e 90% da matriz", disse. Segundo ele, se o governo tivesse de escolher entre uma usina a gás natural e uma a carvão, escolheria o projeto a gás pelo baixo custo e impacto ambiental menor.
Energia limpa adiada: A justificativa para o uso do carvão vem do abastecimento de eletricidade, que está comprometido e fez o governo federal, por ora, abrir mão da expansão da matriz energética com base apenas em fontes limpas.
A tendência ficou clara quando a EPE excluiu as usinas eólicas do leilão de energia nova, que contratará a demanda das distribuidoras em 2018 (A-5), marcado para agosto. Isso foi significativo porque o leilão A-5 aponta a direção da expansão da matriz no País.
"Esse é o momento de equilibrarmos a matriz e darmos mais espaço para as térmicas", afirmou Tolmasquim.
Eólicas apostam no mercado livre: Rio. Com o espaço reduzido nos leilões do governo, a indústria da energia eólica pode encontrar na autoprodução e no mercado livre oportunidades para desenvolver projetos. A expressiva queda do preço de geração eólica a partir de 2009 chamou a atenção das grandes indústrias, que buscam reduzir as despesas com energia.
O que se observa hoje é um setor mais otimista. Ao transformar a energia barata das hidrelétricas amortizadas da Cesp, da Copel, da Eletrobrás e da Cemig em cotas e repassá-las às distribuidoras, o governo diminuiu a oferta para os consumidores livres. "O número de "players" no mercado livre foi reduzido", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da Renova Energia, Pedro Pileggi. A Renova é o veículo de investimentos em energias renováveis da Light, controlada pela Cemig. Segundo o executivo, esse movimento provocou uma mudança estrutural no mercado.
Financiamento: Mas o grande desafio para os projetos eólicos é equacionar o financiamento. O BNDES exige contratos de venda de energia de longo prazo, em torno de 16 anos. Isso contraria a lógica das grandes indústrias, que preferem contratos de menor prazo. Para superar o entrave, a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Melo, diz que os produtores independentes estão buscando acordos de venda de energia para os grupos de maior porte, para viabilizar o financiamento.

YPF perde caso sobre interrupção de exportações de gás ao Brasil

Folha 27.05.2013 - A estatal de energia da Argentina, YPF, perdeu um caso de arbitragem internacional bilionário por ter suspendido as exportações de gás natural para o Brasil, disse a empresa nesta segunda-feira (27) em um comunicado à bolsa de Buenos Aires.
A YPF suspendeu as exportações de gás para o Brasil desde 2004 e rescindiu os contratos com a AES Uruguaiana (AESU) e com a operadora de gasoduto Transportadora de Gas del Mercosur (TGM) em 2009.
A Câmara de Comércio Internacional, um painel de arbitragem com sede em Paris, decidiu em favor das empresas, que haviam entrado com uma ação contra a YPF, juntamente com a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás), por cerca de 1,4 bilhão de euros (US$ 1,8 bilhão), disse uma fonte da indústria.
Naquela época, a YPF era controlada pela espanhola Repsol, mas há um ano foi expropriada pelo governo argentino.
"Esta decisão é somente sobre a responsabilidade das partes, deixando de fora a determinação dos danos que poderiam existir e que podem ser objeto de um novo processo de arbitragem perante o mesmo tribunal", disse a empresa em um comunicado à bolsa.
Exportações suspensas: A Argentina suspendeu suas exportações de gás natural para o Brasil e Chile em 2004, quando a produção do combustível começou a cair.
A TGM, que opera um gasoduto argentino até a fronteira com o Brasil, tem entre seus acionistas para a argentina Tecpetrol, a francesa Total, a malaia Petronas e a norte-americana CMS Energy.
A AESU pertence ao grupo brasileiro AES, enquanto que 51% do capital da Sulgás são controlados pelo Estado do Rio Grande do Sul e o restante é de propriedade da Petrobras.
A decisão desfavorável à YPF vem em um momento em que a empresa está à procura de parceiros para financiar um plano estratégico ambicioso para US$ 7 bilhões anuais até 2017 para elevar sua reduzida produção de petróleo.

Bancos partem para disputa de fortunas e de gestores

Brasil Econômico 27.05.2013 - Cenário macroeconômico mais desafiador e falta de profissionais especializados fazem bancos acirrarem disputa não só por milionários.
"Não é possível fazer um bom negócio com uma pessoa ruim." A máxima do megainvestidor Warren Buffet ilustra bem a dificuldade que as áreas de ‘ private bankings' e ‘wealth management' têm tido, nos últimos meses, em elaborar novas estratégias para atender e atrair clientes milionários, em um mercado com tão poucos profissionais especializados e cenário macroeconômico desafiador.
A expectativa é de que o crescimento dessa área seja menor do que no ano passado e o primeiro trimestre começou fraco, com crescimento de apenas 1,5%. Não é à toa, que uma dança das cadeiras tenha se configurado no segmento no início do ano.
"O troca-troca desses executivos aconteceu por questões pontuais. Mas existe pressão pela velocidade com que se obtém os resultados", afirma Luis Felipe Granato, gerente da Michael Page especialista em finanças. "Além disso, os bancos estrangeiros trouxeram novo formato de salários com incentivo de longo prazo. Isso significa que a remuneração passa a ser atrelada a ações das instituições, como forma de retenção."
O medo é que o concorrente ofereça melhores condições (como bônus) e o profissional - escasso - troque de mesa. "Estamos prestes a ver uma guerra salarial", Granato. O mais recente movimento ilustra bem a situção quando o UBS foi aos quadros do HSBC buscar a executiva Sylvia Coutinho que deixou o cargo em que era responsável pelas áreas de varejo e gestão de fortunas para a América Latina no banco inglês para assumir a
presidência do banco suíço no Brasil.
A dança das cadeiras nas áreas de private neste ano começou no Itaú, com a saída de Celso Scaramuzza, que levou Flávio Souza assumir o seu lugar; seguiu pelo JP Morgan, com Cláudio Berquó, que acumulou a função de Celso Portásio; passando pelo BNP Paribas com a aposentadoria de Hiram Maisonnave que, fez com que o seu braço direito, Mauro Rached, ficasse à frente da área. Chegando ao último movimento com a saída de Sylvia Coutinho do HSBC.
Segundo João Albino Winkelmann, diretor do Bradesco Private, o mercado está muito mais competitivo e os bancos estão disputando de forma mais acirrada os mesmos clientes. "Isto é positivo para o cliente e para a indústria, que vai se sofisticando, aprimorando, investindo cada vez mais na formação da sua equipe. O preparo técnico e a capacitação do 'banker' é percebido como diferencial relevante", afirma.
Foi pensando exatamente em dar mais subsídios para os clientes que o HSBC transferiu o diretor de research, Alexandre Gartner, para o private. Outro movimento que, em breve será anunciado, é o de Rui Forcada, sênior banker que estava há anos nos Estados Unidos e, a partir de julho, será diretor em Curitiba. "Queremos aumentar a representatividade desse negócio e a lucratividade em quase três vezes", diz Gabriel Porzecanski, diretor de private banking do HSBC.
A expectativa é que o crescimento da indústria seja de 15% neste ano. Apesar de ser um bom número, é mais fraco do que os 22% observados em 2012."A convergência de juros é um dos fatores e as perspectivas de atividade menos aquecida em fusões e aquisições, que foi a principal origem de liquidez no ano passado, também deverão influenciar um crescimento menos robusto. Mesmo assim, o Brasil ainda continuará a ser um dos mercados de wealth e private que mais crescem no mundo", complementa Winkelmann, que viu os recursos sob gestão da área crescer 27% em 2012.
Segundo dados da Anbima, no primeiro trimestre, o total de ativos sob gestão em todo o mercado cresceu 1,56% para R$ 535,4 bilhões. Maria Eugênia Lopez, diretora do Private Banking do Santander, diz que os recursos em circulação encolheram porque a economia não mostra crescimento. "O PIB ainda não reagiu e os eventos de liquidez foram raríssimos e quase não houve pagamento de dividendos", acrescenta. "O alto retorno com liquidez e baixo risco acabaram. O cliente, se quiser retornos superiores, acima do CDI, precisa abrir mão da liquidez,alongar portfolio, correr mais risco. Nesta hora o profissional mais preparado fará a diferença."
Maria Eugênia afirma que a palavra de ordem no Santander é fidelizar. "Não existe glamour trazer conta corrente e resolver problemas com cartão de crédito, mas isso faz com que o cliente veja o banco como parceiro. Taxa de retorno alta é consequência." Já Porzecanski conta que a aposta do HSBC - além de fortalecer equipe - é oferecer um leque de serviços que o banco oferece em Nova York, Miami, Genebra, Zurique, Londres, Hong Kong e Cingapura.

Dilma impõe tolerância zero para atraso em obras

Valor 27.05.2013 - O governo fechou o cerco às concessionárias de rodovias que assumiram, em 2008, a responsabilidade de ampliar e cuidar de sete trechos de estradas federais. A partir de agora, a ordem do Ministério dos Transportes é adotar tolerância zero com os atrasos de obras nessas concessões - que somam 3,1 mil km e foram realizadas durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao Valor, o ministro dos Transportes, César Borges, afirmou que as multas frequentemente impostas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não se mostraram eficientes para impedir os atrasos nas obras e que, de agora em diante, a ordem é instaurar processos administrativos contra as empresas. Essa ação já está em curso. Procurada pelo Valor, a ANTT confirmou que acaba de abrir processos contra as concessionárias Autopista Litoral Sul (BR-101 SC), Autopista Planalto Sul (BR-116 PR/SC), Autopista Fernão Dias (BR-381 MG/SP), Autopista Régis Bittencourt (BR-116 SP/PR), ViaBahia (BR-116 BA) e Transbrasiliana (BR-153 SP). Apenas uma rodovia - BR-101 RJ, da Autopista Fluminense - não foi notificada pela agência.
É uma medida dura e que tem o aval da presidente Dilma Rousseff. Ao receber a notificação, o concessionário tem dez dias para justificar as causas do atraso e apresentar um termo de ajustamento de conduta. Se os argumentos não convencerem, o processo pode levar à caducidade do contrato e à relicitação do trecho. "Minha posição é de inflexibilidade com o descumprimento dos contratos. Agora, ou executa ou abriremos processo administrativo", diz Borges.
A primeira notificação foi enviada à Autopista Litoral Sul, do grupo Arteris. "A empresa tem seus argumentos, que agora poderá relatar formalmente. Mas, no fundo, as alegações não me parecem procedentes", diz o ministro.
César Borges afirma ainda que o governo vai bancar obras em rodovias concedidas na década de 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, para evitar aumento no preço dos pedágios. Sobre as ferrovias da estatal Valec, adianta que uma nova licitação de trilhos será lançada nos próximos dias e que um empréstimo de até 40 mil toneladas de barras de aço está em vias de ser viabilizado por meio de um acordo com a  Transnordestina.

Grupo Amazonas cria sandália para concorrer no mercado chinês

IstoéDinheiro 27.05.2013 - Empresa vai exportar produto manufaturado ao principal concorrente das empresas brasileiras do setor calçadista.
Um dos maiores obstáculos ao fabricantes nacionais de calçados é a forte concorrência dos produtos chineses, que chegam ao Brasil com preços altamente competitivos. Pois o  Grupo Amazonas, de Franca, no interior de São paulo, resolveu competir com os chineses de uma forma diferente: na própria China. A empresa decidiu comercializar sua recém-criada marca Amazon Sandals para os consumidores chineses.
"Muitos falam sobre essa questão de o Brasil não exportar produtos de valor agregado. O que percebemos, porém, é que os chineses buscam marcas diferenciadas, pois preço e quantidade eles já têm”, afirma Ariano Novaes, responsável pelo marketing da companhia. A estratégia é apresentar as sandálias na China como um produto sustentável. Isso porque a Amazon Sandals é produzida com material biodegradável e que se decompõe com cinco anos de uso.  O investimento no projeto não é revelado.
O produto está sendo comercializado na China desde o final de abril.  Novaes afirma que a chegada à China faz parte de um processo de internacionalização que também inclui a inauguração de lojas na Austrália e no Bali até o final do ano.
Sandálias da Copa: Além dos planos internacionais, o Grupo Amazonas conseguiu licenciamento para homologar a sandália como produto oficial da Copa das Confederações e da Copa do Mundo 2014. Com a autorização, a empresa vai comercializar cinco milhões de pares durante os torneios, o que representa em faturamento cerca de R$ 80 milhões. A empresa comercializa as “flip flops” em 17 países e estima que a nova marca ajude a elevar o faturamento da empresa em 22% neste ano.

Cade aprova aquisição de 50% da Itambé pela Vigor

Folha 27.05.2013 - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição de 50% da Itambé pela Vigor Alimentos, segundo informações disponíveis no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27).
Em fevereiro, a Vigor informou que havia fechado acordo para aquisição de 50% da Itambé, com o compromisso de investir R$ 410 milhões na empresa adquirida.
A Itambé, com sede em Belo Horizonte, possui cinco fábricas --quatro delas localizadas em Minas Gerais e uma em Goiás--, que processam cerca de 3 milhões de litros de leite por dia.
A Vigor é controlada pela holding J&F, que também possui o frigorífico JBS.
Receita abaixo do custo: A venda de 50% da Itambé para a Vigor foi a alternativa que a empresa de Belo Horizonte encontrou para superar a crise financeira em que se encontrava e que é reflexo da baixa rentabilidade que os produtores de leite enfrentam no país.
Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a receita média está cerca de 10% abaixo do custo total nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Com esse problema, muitas empresas do setor encontram-se com alto endividamento, como é o caso da Itambé.
Outra dificuldade enfrentada pelo setor é a baixa produtividade.
Com margens pequenas, os produtores não conseguem investir em modernização e no rebanho. Assim, embora o Brasil seja o terceiro maior produtor de leite do mundo, é o 11º em produtividade.
Por ano, a média de produção por vaca é de 1,69 tonelada de leite. Nos EUA, o campeão, esse índice é de 9,66.

Endividamento dos brasileiros bate novo recorde no 1º trimestre

Estadão 27.05.2013 - Em março, dívidas correspondiam a 43,99% da renda anual; segundo o BC, parte do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito habitacional.
O endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional bateu novo recorde ao final do primeiro trimestre de 2013. Segundo o Banco Central, as dívidas das famílias correspondiam, em março, a 43,99% da renda anual. Em fevereiro, recorde anterior, o índice estava em 43,79%. No fim do primeiro trimestre de 2012, era de 42,37%.
Segundo o BC, parte do aumento do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito habitacional. Se forem excluídas as dívidas com a compra de imóveis, o endividamento fica em 30,48% da renda em março, ante 30,54% em fevereiro. Em março do ano passado, estava em 31,17%. Na última sexta-feira, ao divulgar os dados sobre o crédito em abril, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que muitas famílias estão substituindo o pagamento do aluguel (que não entra na estatística da instituição sobre dívidas) pelo financiamento habitacional, um endividamento de longo prazo, com juros mais baixos e que significa aumento de patrimônio.
O BC também divulgou números sobre o comprometimento de renda dos brasileiros, que considera dados mensais de renda e prestações pagas aos bancos. As prestações correspondiam, no terceiro mês do ano, a 21,66% da renda mensal dos trabalhadores, ante 21,84% em fevereiro (dado revisado). Também houve queda em relação a março de 2012, quando o comprometimento estava em 22,91% da renda. Se forem retirados da conta os financiamentos habitacionais, o comprometimento da renda mensal fica em 20,06% em março de 2013, ante 20,24% em fevereiro.

Desoneração da folha não evita demissões

Estadão 27.05.2013 - Setores beneficiados, como autopeças e calçados, cortaram vagas; para outros, menos tributos e mercado ajudaram a abrir postos.
Em abril de 2012, quando anunciou a desoneração da folha de pagamentos de 15 setores-chave da economia nacional para preservar empregos, o governo federal calculou uma renúncia fiscal de R$ 7,2 bilhões. Nos primeiros quatro meses de 2013, com o benefício já estendido a outros setores, R$ 2,8 bilhões deixaram de entrar nos cofres públicos por conta da medida.
Para os desonerados em 2012, a medida foi benéfica, mas ainda é insuficiente. Setores ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apontam que as contratações também foram impulsionadas pela retomada do mercado no período, mas há casos mais críticos, em que as demissões persistem.
O elogio dos setores à medida é unânime, a divergência está na amplitude de seu efeito. A alta de cerca de 1,5% nos empregos do setor de móveis em 2012 não pode ser creditada à desoneração da folha, segundo Lipel Custódio, diretor da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel).
Apenas cerca de 35% das empresas foram beneficiadas pela medida. "Foi muito em função do mercado e não da desoneração. É um fluxo natural", explica Custódio. A maioria das empresas do setor moveleiro (60%) se enquadra no sistema do Simples Nacional, por serem de pequeno porte e, portanto, não são beneficiadas pela medida. Há também grandes empresas (5%), para quem a substituição da contribuição foi prejudicial, informa o diretor da Abimóvel.
A desoneração começou a valer para o setor de móveis em julho passado. Em abril, o governo anunciou a desoneração em um prazo de 90 dias para os setores de indústria têxtil, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, naval, bens de capital - mecânico, aéreo, hotéis e "design house". Desde o início de 2012, a medida já abarcava os setores de confecções, couro e calçados, tecnologia da informação e call center.
Posteriormente, o governo anunciou novas desonerações, que hoje somam mais de 40 setores, mas algumas só passaram a valer em 2013. Os setores são desonerados do pagamento da contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento e passam, com o benefício, a contribuir com 1% ou 2% do faturamento, dependendo do caso.
Competitividade. Só no primeiro trimestre deste ano, o setor de elétrica e eletrônicos abriu mais de 3 mil postos de trabalho. "Provavelmente parte veio da desoneração da folha, porém nem tudo. Alguns setores tem contratado porque estão caminhando bem", comenta o gerente do departamento de economia da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Luiz Cézar Rochel. Em igual período de 2011, o setor contratou 1.210 pessoas.
Segundo Rochel, a desoneração ajudou a aumentar a competitividade, mas não foi suficiente para superar outras questões importantes do chamado Custo Brasil. "Mas teve um aspecto financeiro muito positivo, que foi a redução do custo trabalhista. O que as empresas avaliam é que o ganho de competitividade não foi suficiente".
Na indústria de autopeças, a desoneração não evitou o corte de 11 mil postos entre março de 2012 e março deste ano. O número, do Relatório de Pesquisa Conjuntural do Sindipeças, representa corte de 4,8% nas vagas formais. O acumulado do primeiro trimestre de 2013 mostra um recuo de 1,93%. O setor emprega hoje 214 mil pessoas.
Desempenho parecido teve a indústria de calçados. Em 2012, o número de trabalhadores do setor caiu 2%, de 337 mil em 2011 para 330 mil. Foi o segundo ano seguido de queda no número de vagas no setor. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Heitor Klein, diz que a desoneração foi favorável às empresas, mas insuficiente para enfrentar problemas de competitividade.
Apesar do cenário de baixo crescimento e inflação alta, os principais sindicatos vão pedir aumento real nas negociações salariais do segundo semestre, que concentra a data-base de categorias importantes como bancários, metalúrgicos e petroleiros. A disposição para greves é firme, mas há sindicatos confiantes no ganho real sem paralisação. As centrais sindicais trabalham para encerrar o primeiro semestre com bons acordos para garantir negociações positivas no resto do ano.
A expectativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é que o cenário seja parecido ao de 2012, quando 94,6% das categorias obtiveram ganho real. "O porcentual deve continuar na faixa de 1% a 3% de ganho real", diz o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Não creio que tenha algo que justifique mudança desta performance. A inflação não fugiu do controle e a economia não apresenta crescimento espetacular, nem recessão."
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o desemprego em baixa deve reforçar a tendência de greve. "Onde não tem acordo, a tendência é que acirre as greves". Ele ressalta que no início do ano várias categorias fecharam acordo após paralisações e cita os metalúrgicos de Gravataí (RS), a construção civil da baixada santista e a da capital paulista.
Ele pondera que a inflação em alta dificulta a busca por ganho real. "Está mais difícil, mas a orientação é que as categorias busquem o aumento para fortalecer o mercado interno".
"Não podemos deixar de lutar para repor a inflação e buscar aumento real para todas as categorias", concorda o presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos Lima. Para ele, é importante avaliar os últimos períodos do mercado e não só a conjuntura atual.
"A indústria, o comércio, os bancos nesses últimos anos ganharam muito dinheiro e tiveram incentivos com o governo desonerando a folha de pagamento e reduzindo imposto", lembra. Adi acredita em menos greves neste ano. "Não haverá necessidade, mas se houver os trabalhadores vão pressionar".

Padilha gastou 10 milhões com propaganda que precisou ser corrigida

Veja 27.05.2013 - A direção do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que a falta de uma bandeira pode ser um obstáculo para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se tornar um candidato viável ao governo de São Paulo em 2014. Pressionado pelo partido para criar uma marca forte no ministério que o projete na disputa, o ministro autorizou o gasto de 10 milhões de reais com uma campanha publicitária que apresenta a pasta como fiscal dos planos de saúde. Só o que ninguém parecia saber é que essa atribuição já tem dono: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – que possui um canal próprio para denúncias.
Mesmo assim, a campanha estreou no dia 5 de maio. Na propaganda, ator global Milton Gonçalves aparece pedindo ao cidadão que ligue para o Disque 136 em casos de descumprimentos de prazos dos planos de saúde. O telefone informado na campanha, porém, é da Ouvidoria do SUS, que controla a qualidade dos serviços públicos de saúde – portanto, sem relação direta com planos privados. A propaganda foi ao ar antes que o Disque 136 estivesse adequado para receber as reclamações.
Segundo relatos, os atendentes chegavam a orientar o cidadão a procurar a prefeitura de sua cidade, porque aquele telefone era destinado apenas a assuntos relacionados ao SUS. Somente após três dias no ar, foi feito um redirecionamento para a central 0800 da ANS – e o Disque 136 passou a ser um intermediário dispensável entre a ANS e o cidadão. “Você será redirecionado para a ANS, órgão responsável por regular e fiscalizar os planos de saúde”, diz a gravação do SUS.
Em nota, o ministério afirmou que “a melhoria do acesso e qualidade do atendimento dos planos de saúde é um dos dezesseis objetivos estratégicos do Ministério da Saúde aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde”. A ANS afirmou não ver problemas na campanha do ministério. “Ressaltamos que em nenhum momento a autonomia da Agência sofreu interferência”, informou.

Farmacêutica Valeant compra Bausch & Lomb por U$8,7 bi

Brasil Econômico 27.05.2013 - A Bausch & Lomb é especializada na fabricação de lentes de contato e de produtos usados na sua manutenção.
A empresa canadense financiará parte da operação com uma emissão de ações no valor de US$ 1,5 a 2 bilhões.
O grupo farmacêutico canadense Valeant anunciou nesta segunda-feira (27/05) um acordo para a compra da fabricante americana de produtos oftalmológicos Bausch & Lomb por US$ 8,7 bilhões.
Graças a este acordo, a Valeant irá pagar cerca de US$ 4,5 bilhões ao principal acionista da Bausch & Lomb, o fundo de investimento Warburg Pincus, e US$ 4,2 bilhões para abater as dívidas do grupo, informou em um comunicado.
A Bausch & Lomb é especializada na fabricação de lentes de contato e de produtos usados na sua manutenção.
A Valeant, especializada em produtos dermatológicos, espera que a operação a possibilite economizar 800 milhões de dólares por ano a partir do final de 2014.
Trata-se da maior compra realizada até o momento pela Valeant, que adquiriu o grupo canadense Biovail por 3,2 bilhões de dólares em 2010.
A empresa canadense financiará a operação em parte com uma emissão de ações de US$ 1,5 a 2 bilhões de dólares. O restante será financiado pelo banco Goldman Sachs.
O acordo entrará em vigor no terceiro trimestre.