quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Azul.CA 06.09

Daily News
 
Dall recebe aporte de fundo da Darby
Valor 06.09.2012 - Farhat, da Darby: Dall está preparada para capturar demanda com pré-sal.
Dentro do promissor setor de óleo e gás, a empresa sergipana Dall não está envolvida diretamente com a produção ou exploração, mas presta serviços considerados vitais para a operação das plataformas na costa brasileira. Especializada em fornecer alimentos e acomodações em locais de difícil acesso, a companhia recebeu um aporte de R$ 35 milhões da Darby Overseas, gestora de fundos de "private equity" - que investem na compra de participações em empresas.
Fundada há 15 anos, a Dall é hoje a maior empresa nacional em número de plataformas atendidas, segundo a Darby. A expectativa da companhia é registrar um faturamento de R$ 200 milhões neste ano, depois de um crescimento de 40% em 2011. Com o aporte, a empresa se fortalece na competição com grandes grupos estrangeiros, como o francês Sodexo, que ganhou força nessa área após a compra da gaúcha Puras, há um ano, e assumiu a liderança no segmento.
A companhia pretende usar os recursos para comprar novos equipamentos e modernizar as instalações, incluindo os centros de distribuição de Guamaré (RN) e Macaé (RJ) - este último com capacidade para atender mais de 40 plataformas. "A empresa está bem preparada para capturar o crescimento da demanda esperado com a atividade nas bacias do pré-sal", afirma o diretor executivo da Darby, Eduardo Farhat.
Embora atue na prestação de serviços, a Dall é essencialmente uma empresa de logística, segundo Farhat. "Imagine o trabalho envolvido para se colocar verduras e legumes todos os dias em uma plataforma a quilômetros da costa", afirma. Dos centros de distribuição da empresa saem, em média, 14 toneladas de produtos, que atendem a clientes como Petrobras, CSN e Odebrecht.
Com os investimentos, a Dall espera ter um ganho de escala diante das estruturas de logística existentes, afirma Walney Dal Bosco, presidente e fundador da companhia. "No Norte e Nordeste estamos investindo na infraestrutura para duplicar nossa capacidade de atendimento", diz.
Além das plataformas de petróleo, que respondem hoje por mais da metade das receitas, a Dall é fornecedora de serviços de alimentação e hospedagem em canteiros de grandes projetos de infraestrutura, que em geral também estão em locais distantes dos centros urbanos. É o caso da ferrovia Transnordestina, uma das obras atendidas pela companhia. A expectativa é que a área ganhe cada vez mais importância na composição de receitas da companhia, de acordo com Joel Peito, executivo da Darby que atuou diretamente no negócio.
O aporte na Dall é o quinto do fundo voltado ao setor de infraestrutura da gestora, que tem como cotistas os principais fundos de pensão e o BNDES. Assim como nas demais companhias do portfólio da gestora, o apoio financeiro deve vir acompanhado de melhoras na estrutura de governança da companhia, diz Peito.
Os negócios da Darby são realizados por uma estrutura conhecida como "mezanino", na qual o investimento é realizado com a emissão de debêntures conversíveis em ações. No total, a gestora de investimentos alternativos da americana Franklin Templeton já aplicou R$ 300 milhões e tem planos de realizar mais dois negócios.
 
 
LC Restaurantes inicia atendimento no pré-sal
Valor 06.09.2012 - Especializada em refeições industriais e corporativas, a LC Restaurantes vai estrear na prestação de serviços em alto-mar. A companhia começa a fornecer refeições esta semana para os funcionários de uma plataforma de produção de petróleo da Petrobras no campo de Pargo, na Bacia de Campos. O contrato, de R$ 6 milhões, foi arrematado em concorrência realizada pela petroleira no primeiro semestre.
Para atender a Petrobras, a LC investiu R$ 1 milhão na construção de um centro de distribuição em Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o diretor de Hotelaria Marítima da empresa, Camilo Silva, o objetivo é vencer ainda este ano mais quatro contratos para atender plataformas, da estatal e de petroleiras estrangeiras, e elevar em R$ 18 milhões o faturamento da empresa. Com sede em São Paulo, a LC fatura hoje cerca de R$ 145 milhões por ano.
Se obtiver êxito nas negociações, o executivo espera alcançar uma receita mensal de R$ 1,5 milhão, valor considerado o "break-even" (ponto de equilíbrio) da nova área de investimentos da companhia. O contrato de Pargo garante apenas R$ 500 mil mensais.
A expectativa de Silva é que 25 contratos do tipo estejam em disputa entre o segundo semestre deste ano e o fim de 2013. "Com o pré-sal, a demanda por esse tipo de serviço vai aumentar muito. Futuramente pensamos em instalar bases em Santos e Vitória", conta.
O executivo está há seis meses na empresa. Com 30 anos de atuação no setor de refeições, e passagens pelas multinacionais Sodexo e Accor, ele foi contratado para operar o novo ramo de negócio da LC. "É uma área muito específica, mas muito promissora", disse.
O grande desafio, segundo Silva, será a logística de abastecimento da plataforma. A empresa precisa de 14 contêineres para atender a unidade de produção marítima. Também são necessários contêineres refrigerados, para transportar proteínas e carnes (a -18º Celsius) e leites e laticínios (a 0º Celsius).
"Tudo tem que ser pensado. Não se pode enviar [para a plataforma] bananas quase maduras. Elas têm que ser enviadas quase verdes. E todo o alimento é pré-processado, para não ter risco de acidente", diz Silva. O transporte dos alimentos, da costa até a plataforma, dura em média 18 horas. "Quando o mar está ruim, pode levar até dois dias."
O centro de distribuição em Macaé foi montado em uma área alugada de 1.028 m². A empresa conta com 52 pessoas para atender o contrato da Petrobras, incluindo 8 funcionários baseados no depósito e duas equipes de 22 pessoas na plataforma. "A questão de pessoal é muito crítica. Com o desenvolvimento do pré-sal vai faltar gente. Não é todo mundo que se dispõe a trabalhar em alto-mar", explica.
Este ano, a empresa ganhou outros dois contratos relevantes, com a Petrobras (para o centro de pesquisas da Ilha do Fundão, no Rio) e a SABB Coca-Cola, para a fábrica da engarrafadora localizada na Pavuna, na capital fluminense.
 
 
Dori investe em centro de pesquisa
Valor 06.09.2012 - Carlos Barion, presidente da Dori, levantou R$ 13 milhões junto à Finep, com taxa de juro de 4% a 5% ao ano. A concorrência com as multinacionais do segmento de balas e confeitos impulsionou a brasileira Dori a melhorar seu nível de competitividade. A empresa, com sede em Marília (SP), foi buscar recursos junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para investir em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Levantou R$ 13 milhões em uma operação que será intermediada pela Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP). "Isso mostra que não só as grandes empresas investem para criar um ambiente propício à pesquisa e ao desenvolvimento", diz Carlos Barion, presidente da Dori, que vai pagar taxa de juro de 4% a 5% ao ano. Com faturamento de R$ 455 milhões no ano passado, e previsão de vendas de R$ 530 milhões este ano, a Dori é a maior fabricante nacional de balas, confeitos e amendoins. Barion assina hoje o protocolo de intenções entre a Dori e a Investe SP.
O projeto mais importante será a instalação de um centro de pesquisa e inovação, que irá demandar investimentos de R$ 7 milhões. O centro deve ser aberto em meados de 2013 na Grande São Paulo, entre os quilômetros 40 e 80 da rodovia Presidente Castelo Branco.
O centro servirá para "desafogar" a fábrica em Marília, a 450 km da capital paulista. Quando um produto precisa ser testado, toda uma linha de produção é interrompida para essa operação, que pode durar um dia. Todos os novos produtos serão testados e fabricados nessa unidade, até atingirem escala industrial.
O plano é abrir o centro ao público, que pode ajudar a testar novidades. "Um dos principais motivos de instalarmos o centro na Grande São Paulo, distante da fábrica, é ficar mais perto das universidades e das cadeias de abastecimento", diz Barion.
O aporte de R$ 13 milhões engloba mais quatro projetos. Um deles é o de desenvolvimento de novos produtos a partir de quatro principais matérias primas: açúcar, amendoim, xarope de glicose e cacau. Outros dois projetos estão ligados à produção de amendoim: um é desenvolvido com o Instituto Mauá de Tecnologia e o outro com o Instituto de Agronegócios de Campinas.
Também com o Instituto Mauá está sendo desenvolvido um projeto de fabricação de um contêiner mais leve, fabricado a partir de aparas de plástico da própria Dori, recolhidas por meio de um sistema de logística reversa. "Isso deve gerar uma economia de combustível, porque a carga fica menos pesada, e consequentemente [há] uma redução de gás carbônico na atmosfera", diz Barion.
Fundada há 45 anos, a Dori é uma empresa familiar. Tem três unidades fabris, duas em Marília e uma em Rolândia (PR). Produz 350 itens e exporta a mais de 60 países. Entre as principais marcas estão Yogurt 100, Bolete e Disqueti.
 
 
Avert avalia laboratório desativado
Valor 06.09.2012 - A farmacêutica Avert, criada no ano passado por três dos quatro sócios da Biolab, está negociando a compra do laboratório desativado da Hypermarcas, instalado em Bragança Paulista (SP), apurou o Valor. O negócio gira em torno de R$ 17 milhões.
As negociações entre as duas companhias estão avançadas. Além da fábrica, os equipamentos foram incluídos nessa transação. Procuradas, a Avert e Hypermarcas não comentam o assunto.
A Avert foi constituída em 2011, após a compra dos ativos da companhia Zurita, de Araras, no interior de São Paulo, cujo carro-chefe da produção é a linha Acnase (combate acne). Além desse produto, o laboratório passou a comercializar remédios conhecidos no mercado, como o xarope Broncofenil, Sinustrat (combate a sinusite e resfriado) e o Fatigan Plus, entrando no segmento de medicamentos isentos de prescrição (Mips).
O laboratório de Bragança Paulista era a antiga instalação da farmacêutica Luper, que foi adquirida em 2010 pela Hypermarcas. Com a decisão de concentrar a produção de medicamento em Goiás, a fábrica paulista não estava mais sendo usada. A Hypermarcas tem, atualmente, 75% de sua produção farmacêutica no polo industrial de Anápolis (GO), que recebeu investimentos de R$ 100 milhões para ampliar suas instalações, tornando-se a maior da América Latina em volume. Os outros 25% ficam no Rio de Janeiro, onde fica a unidade da Mantecorp.
Com essa aquisição, a Avert poderá ampliar sua produção a partir do ano que vem. A companhia é o braço farmacêutico popular dos irmãos Cleiton de Castro Marques e Paulo de Castro Marques, e do empresário Dante Alário Júnior. Os três são sócios do laboratório Biolab junto com Fernando de Castro Marques, que é presidente da farmacêutica União Química. Mas Fernando não faz parte da Avert. A Biolab é focada em medicamentos de prescrição médica e dermocosméticos.
Em março deste ano, a farmacêutica Biolab fechou uma aliança comercial com o laboratório italiano Menarini para a comercialização no Brasil de sete medicamentos desenvolvidos e produzidos pela multinacional. Esses produtos da Menarini - quatro deles na área cardiovascular, um anti-inflamatório, um para enxaqueca e outro para combater gota - serão vendidos no país pelas companhias Biolab e Avert. Ambas terão o registro dos medicamentos.
 
 
Aportes no setor já somam R$ 1,7 bi
Valor 06.09.2012 - A incorporadora Rossi prepara um aumento de capital de R$ 500 milhões, com recursos dos acionistas controladores e potenciais investidores, para melhorar a estrutura de capital. O plano, divulgado ontem, é semelhante ao anunciado por outras duas empresas do setor - PDG e Brookfield -, que recentemente também buscaram o apoio de seus sócios. Ao todo, o aporte de recursos nas três construtoras deve somar R$ 1,7 bilhão.
Depois de mais um trimestre de resultados ruins e abaixo do esperado, com nova rodada de revisão de orçamentos, redução de margens, consumo elevado de caixa e queda de lançamentos e vendas, o setor de incorporação viu os níveis de endividamento subirem. As empresas em situação mais complicada têm pelo menos mais dois trimestres de desafios pela frente para que consigam, de fato, um alívio financeiro, segundo analistas.
Considerando os balanços do segundo trimestre, as construtoras aparecem em posição de destaque entre as companhias com pior situação de endividamento medida pelo indicador dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), bastante utilizado como termômetro da saúde financeira das empresas em geral. Outro indicador, de dívida líquida sobre o patrimônio líquido, também piorou na comparação com 2011.
"Quem atrasou a entrega de obras e ainda não está com a execução de projetos em dia tem o recebimento de receitas postergado, o que aumenta consideravelmente o nível de alavancagem", afirma Wesley Bernabe, analista do Banco do Brasil. "Assim, precisam buscar solução, como o que fez a Rossi."
A alavancagem do setor aumentou muito nos últimos anos. A diretora da área de avaliação de empresas da Fitch Ratings, Fernanda Rezende, diz que as companhias apresentaram expansão muito forte logo após a abertura de capital, em 2007, e para apoiar essas taxas de crescimento tiveram de aumentar bastante a alavancagem. "E trata-se de um setor que demanda muito financiamento de longo prazo, inclusive para a produção."
O problema é que o setor passou por um desaquecimento nos últimos trimestres e os custos dos empreendimentos ficaram acima do orçado, com impacto direto no Ebitda. "O que a gente espera ver a agora é que as empresas não continuem a se endividar como nos últimos três anos", afirmou Fernanda. Outro ponto importante é que, dado o longo ciclo do setor, as atitudes que as companhias tomam num curto prazo demoram para refletir nos resultados. "Então, medidas que estão sendo tomadas agora para melhorar a eficiência e as margens vão gerar resultado aos poucos."
A Tecnisa tem a pior relação dívida líquida sobre Ebitda no segundo trimestre dentro do setor, sem considerar a Rossi, que ainda não divulgou o balanço auditado do trimestre de abril a junho. O indicador da Tecnisa passou de 3,3 vezes em junho de 2011 para 306 vezes agora. O indicador de dívida sobre o patrimônio também piorou, mas em menor escala. Passou de 55% para 82,1%.
"Não vamos fazer nenhuma emissão de ações. A posição de liquidez e endividamento da Tecnisa é adequada", diz Thomas Brull, diretor financeiro da Tecnisa. Para ele, a melhor forma de medir a situação financeira da companhia é acompanhar o indicador de endividamento corporativo líquido, que exclui o financiamento da produção, dividido pelo patrimônio. "Nesse caso, nosso número é de 28% quando o limite previsto nas emissões é de 80%", ressalta.
"O endividamento da Tecnisa está alto porque o Ebitda foi muito afetado pela revisão de custos das obras", explica Bernabe, do BB, lembrando que são eventos extraordinários, que podem não se repetir nos outros trimestres. "Os próximos resultados devem ser melhores porque a empresa já decidiu lançar menos [e com mais qualidade] e tem entregas para 2012, o que deve gerar caixa." O projeto Jardim das Perdizes, um dos maiores do setor, também contribui para melhores expectativas para a empresa.
O indicador dívida líquida sobre Ebitda nem sempre é a melhor métrica para analisar o setor, pois não reflete tão bem a geração de caixa quanto em outros segmentos. E o indicador normalmente já é maior em construção, por causa do alto volume de contratos voltados ao financiamento da habitação. De qualquer forma, chama a atenção a evolução dos números.
Vale destacar ainda que várias empresas aparecem com um indicador "fora de curva" da trajetória histórica no segundo trimestre. Isso porque a performance ruim do período derrubou o Ebitda e, como consequência, o indicador de endividamento explodiu.
Independentemente do motivo, a elevação dos indicadores pode levar à renegociação de cláusulas de contratos de dívida, como debêntures, que normalmente limitam a situação financeira da empresa. Sem realizar o aumento de capital, a Rossi, por exemplo, poderia ter de negociar "covenants" de emissões, diz o analista do BB.
A Brookfield e a PDG também tiveram uma piora na situação financeira (veja quadro ao lado).
O aumento de capital preparado pela Brookfield é de R$ 400 milhões. A operação, que será aprovada pelos acionistas no dia 17, visa dar fôlego financeiro à companhia, que tem R$ 1,23 bilhão em empréstimos com vencimento em até um ano contra apenas R$ 548,8 milhões em caixa. Entre abril e junho, a empresa registrou prejuízo de R$ 353 milhões, por conta, principalmente de estouros nos orçamentos das obras.
A captação de R$ 800 milhões da PDG foi concluída na semana passada. A maior parte, ou R$ 483 milhões, resultou de um aporte negociado com a Vinci Partners.
 
Direcional Engenharia investe R$ 122,9 milhões no Ceará
Brasil Econômico 05.09.2012 - O projeto é destinado para famílias com renda mensal de até R$ 1.600. A empresa vai construir 2.084 casas no âmbito do Programa "Minha Casa, Minha Vida".
A Direcional Engenharia firmou, junto ao Banco do Brasil (BB) e ao Governo do Ceará, contrato para a construção de unidades residenciais na cidade de Sobral, no âmbito do Programa "Minha Casa, Minha Vida". O projeto, denominado "Residencial Orgulho Tropical", é destinado para famílias com renda mensal de até R$ 1.600. O plano contempla a construção de 2.084 unidades residenciais pelo valor global de R$ 122,956 milhões.
 
 
PDG inicia fase de mudanças
Valor 06.09.2012 - As mudanças na PDG Realty, após o início da gestão de Carlos Augusto Piani como presidente da companhia, já começaram. Na segunda-feira, quatro ex-executivos da Agre, empresa adquirida pela em 2010, deixaram de fazer parte dos quadros da PDG - Beto Horst, Ricardo Setton, Astério Safatle e Fernando Albuquerque -, de acordo com fontes. Procurada pelo Valor, a PDG não se pronunciou.
Conforme fonte, o plano de integração das operações não era o esperado por esses profissionais e, portanto, foi combinado que eles deixariam a empresa. A saída teria sido consensual e acordada entre a antiga e a nova administração. Segundo outra fonte, a razão da saída está no não alinhamento no processo de integração, mas a decisão foi dos executivos originados da Agre.
O processo de integração das empresas já adquiridas pela PDG - Agre e Goldfarb - começou há alguns meses, mas está sendo intensificado agora. Na semana passada, Piani disse, em sua primeira teleconferência com o mercado, que os ex-proprietários das empresas adquiridas estão alinhados com a PDG, mas é necessário, em alguns casos, que esse processo melhore. Na ocasião, ele citou que "ninguém é insubstituível". Segundo fonte, a saída dos executivos originados da Agre já estava prevista na gestão anterior da PDG.
Conforme fonte, a PDG demitiu 20 pessoas da área de incorporação. Foram demitidos gerentes, coordenadores e funcionários da área de marketing. Os cortes resultam da intensificação do processo de integração das empresas adquiridas e da redução da meta de lançamentos em 2012. Na conta dos 20 colaboradores, estão incluídos também os quatro executivos que eram da Agre.
Não há novos cortes previstos no curto prazo, de acordo com a fonte. A PDG está conversando com João Nery, um dos seus diretores comerciais e outros executivos ligados aos colaboradores que saíram para definir o futuro desses profissionais. Milton Goldfarb ficará à frente da área de incorporação da PDG.
 
 
Gafisa rola dívida de R$ 150 milhões
Brasil Econômico 05.09.2012 - Operação foi aprovada pelo conselho de administração da empresa.
O conselho de administração da Gafisa aprovou a emissão de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) em favor do Banco Bradesco, com garantia real, no valor de R$ 150 milhões.
Os membros do conselho também aprovam todos os atos a serem praticados pela administração da companhia no que se refere à constituição das seguintes garantias da CCB: hipoteca de unidades de empreendimentos imobiliários comerciais, localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro; e cessão fiduciária dos recebíveis destes mesmos empreendimentos.
 
 
Na Rossi, recurso resolve curto prazo
Valor 06.09.2012 - O mercado avalia que o aumento de capital privado, de até R$ 500 milhões, divulgado pela Rossi Residencial será suficiente para resolver os problemas de curto prazo da companhia. O nível de alavancagem da empresa é considerado elevado, ainda que boa parte da dívida seja vinculada ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), e a companhia reduziu, recentemente, sua meta de lançamentos, em 2012, para a faixa de R$ 2,5 bilhões a R$ 3,2 bilhões, ante a projeção passada de manter os R$ 4,26 bilhões de 2011 ou crescer até 15%.
Esta é a terceira operação de aumento de capital de incorporadora anunciada neste ano. Na semana passada, a PDG Realty concluiu sua operação, e a da Brookfield Incorporações está em curso. Ontem, os papéis da Rossi fecharam cotados a R$ 5,07, com queda de 6,97%.
O preço de R$ 4,50 por ação, proposto pela Rossi, representa desconto de 11,3% sobre a média ponderada por volume de negociação das cotações das ações na BM&FBovespa nos últimos 60 pregões. Em função do tamanho do aumento de capital e do desconto, analistas calculam diluição de quem não subscrever os papéis na operação de cerca de 30%.
A Rossi ainda não divulgou suas informações trimestrais completas, mas apenas dados preliminares. Três semanas depois do balanço preliminar, a divulgação do aumento de capital sem que os resultados auditados tenham saído, suscitou dúvidas, no mercado, se os auditores teriam solicitado a inclusão de ajustes de custo nos demonstrativos do trimestre, além dos já informados. Isso poderia piorar o resultado e estimular o aumento de capital.
A operação foi considerada necessária pelo mercado, mas analistas ressaltam que a rentabilidade futura da companhia será menor. Outro ponto visto como negativo foi o desconto no valor por papel definido na operação.
A administração da Rossi tem conversado com os controladores e potenciais investidores para assegurar a operação. As conversas que a Rossi mantém com investidores para possível capitalização da companhia incluem fundos soberanos. As apostas do mercado são de que as conversas mais próximas foram com o Government of Singapore Investment (GIC). O fundo já investiu em outras empresas ligadas ao setor no país, como Aliansce e Cyrela Commercial Properties (CCP).
A Rossi tem necessidade de capital por conta de seus níveis de endividamento. Sem um aporte de recursos, teria, por exemplo, de renegociar cláusulas de dívida.
 
 
Nova hidrovia reduzirá em R$ 2 bi custo de frete de grãos
Folha 06.09.2012 - Trajeto se estenderá até o porto de Santarém (PA) e ajudará a escoar produção de Mato Grosso, que hoje é levada até Santos (SP)
O governo federal decidiu dar o primeiro passo para a construção de uma hidrovia que escoará, pelo território do Pará, a produção de grãos do norte de Mato Grosso.
A obra irá facilitar a chegada das cargas em mar aberto e, segundo estimativas de especialistas, poderá reduzir os custos com fretes em R$ 2 bilhões anuais.
O Estado de Mato Grosso produziu 40 milhões de toneladas de grãos na safra 2011/2012, o equivalente a 25% do montante nacional.
A hidrovia Tapajós-Teles Pires é um plano da década de 1990. Na próxima semana, haverá uma licitação para definir qual empresa fará os estudos de viabilidade e o projeto da obra.
A partir desse material, o governo poderá partir para a obra física, ainda sem definição de custo e de modelo de operação. Só os estudos devem ficar em R$ 14 milhões.
A obra vai eliminar obstáculos como rochas e trechos arenosos, tornando navegáveis pouco mais de 1.000 km, partindo do rio Teles Pires (MT) e seguindo pelo rio Tapajós até o porto de Santarém (1.443 km de Belém).
Com isso, a produção de grãos em Mato Grosso, cuja principal rota de escoamento é por rodovia e ferrovia até o porto de Santos (SP), ganhará um novo caminho.
A partir de Santarém é possível chegar ao oceano Atlântico pelo rio Amazonas e abastecer tanto o mercado internacional como os consumidores do Nordeste.
A Aprosoja (que reúne produtores de soja e milho de Mato Grosso) calcula que o custo de transporte de uma tonelada de soja cairia de R$ 227 para R$ 60 com a hidrovia. Em um ano, o setor economizaria R$ 2 bilhões.
"A hidrovia será um marco para o Centro-Oeste, um modal de transporte barato e que não polui. O rio Tapajós vai estar para o Brasil como o Mississippi está para os Estados Unidos", afirma Seneri Paludo, diretor-executivo da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso).
Segundo a entidade, a hidrovia atenderá principalmente as regiões oeste e médio-norte de Mato Grosso, que concentram mais da metade da produção agrícola do Estado.
Entraves: A licitação para os estudos será feita pela Codomar (Companhia Docas do Maranhão). A hidrovia, porém, deve ficar sob gestão da Ahimor (Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental)-o que pode ser um entrave à obra.
"Precisaríamos de um aumento no orçamento, porque nossa atual estrutura não tem condições de administrar essa hidrovia", afirma Albertino de Oliveira e Silva, superintendente da Ahimor.
 
 
Operadores de metrô e trem querem corte de 75% na tarifa
Valor 06.09.2012 - Delmo Pinho, subsecretário de Transportes do Rio de Janeiro: "O que nós queremos é uma volta ao passado". Às vésperas do pacote de redução das tarifas de energia elétrica, as empresas que administram os sistemas de metrôs e trens urbanos nas grandes cidades abriram uma nova campanha e pediram ao governo um desconto de 75% em suas contas de luz. O percentual é alto, mas esteve em vigência nos anos 80. "O que queremos é uma volta ao passado", disse o subsecretário estadual de Transportes do Rio, Delmo Pinho.
Números apresentados pelo subsecretário no evento Brasil nos Trilhos, que reuniu autoridades e executivos do setor em Brasília, mostram o peso da energia elétrica nas tarifas praticadas. Em média, 14% do preço pago em cada passagem vai para a conta de luz. Em Recife, para cada bilhete de R$ 1,60 pago pelo usuário, cerca de R$ 0,30 são para a eletricidade.
"Se perdermos a oportunidade de colocar esse assunto agora, no pacote do governo, ficará difícil sermos contemplados depois. Basta uma resolução da (Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)", afirmou Pinho.
De acordo com a ANP Trilhos, que reúne essas empresas, chegam a aproximadamente R$ 425 milhões por ano as despesas das operadoras de metrôs e trens urbanos com energia elétrica. O consumo, segundo a entidade, representa 0,5% do total no país.
Para o presidente da ANP Trilhos, Joubert Flores, a obtenção do desconto nas tarifas de energia pode abrir caminho para a compra de trens mais eficientes. "Uma frota mais moderna pode consumir de 20% a 40% menos eletricidade", disse o executivo. "Hoje todos somos capazes de entender que a desoneração pode trazer ganhos para as empresas, para o sistema e para os usuários."
O presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena, sugeriu atrelar um eventual desconto tarifário a mecanismos de estímulo para a renovação da frota. A empresa detém a concessão da SuperVia, responsável pelo sistema de trens urbanos, no Rio.
Pinho propôs que a economia gerada pela redução das tarifas de energia alimente um fundo do BNDES, a ser criado, para financiar a aquisição de composições mais modernas para as operadoras. Ele apontou a necessidade de 288 novos trens, dentro de um programa de renovação de frota das empresas. Segundo a ANP Trilhos, a energia constitui o segundo principal custo do setor com insumos. Só perde para as despesas com mão de obra.
 
Governo do RJ assina acordo com o Banco Mundial por 60 trens
Exame 05.09.2012 - O Banco Mundial também aprovou empréstimo de U$ 300 milhões para investimento do governo do Rio em saúde, educação e segurança. Trem no Rio de Janeiro: de acordo com o secretário, estão sendo importados mais 60 desses trens até 2014 para renovar toda a frota da SuperVia: Financiamento do Banco Mundial (Bird) no valor de U$ 600 milhões vai permitir a compra de 60 trens para operar no sistema ferroviário estadual fluminense. Acordo com esse objetivo foi assinado hoje (5) pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com a representante do banco, Debora Wetzel, no Palácio Guanabara, sede do governo.
As novas composições vão se juntar às outras 30 compradas pelo governo e que já entraram em circulação no mês passado, totalizando 90 trens adquiridos pelo estado. Equipados com ar condicionado, TVs e letreiros de LED, os novos trens têm capacidade de transportar 1.200 passageiros. Serão disponibilizados mais de 300 mil lugares por dia para os usuários.
O Banco Mundial também aprovou empréstimo de U$ 300 milhões para investimento do governo do Rio em saúde, educação e segurança.
Cabral ressaltou que a SuperVia, concessionária que administra a ferrovia, também comprará 30 trens e reformará outros 73. "O fato é que nós chegaremos com o prometido até 2015, com toda a frota renovada da SuperVia. Nós compraremos e a concessionária também comprará", disse.
Preocupado com a sustentabilidade ambiental, o secretário estadual de Transporte, Júlio Lopes, disse que as novas composições emitem 30% a menos de gases poluentes do que os trens atuais, além de diminuir a poluição sonora. "Esses trens são o que há de mais moderno na indústria ferroviária mundial. É um padrão de primeiro mundo, igual ao que tem na Espanha, Inglaterra e França", contou.
De acordo com o secretário, estão sendo importados mais 60 desses trens até 2014 para renovar toda a frota da SuperVia.
Os novos trens vão contar com bagageiro, câmeras de vigilância interna e sistema de comunicação direta com o centro de controle operacional da SuperVia. A meta é que, até 2016, a SuperVia atenda a mais um milhão de passageiros por dia, com uma frota operacional de 231 trens refrigerados, oferecendo intervalos de três minutos entre os veículos.
 
 
Alstom e francesa SNCF planejam disputar TAV
Valor 06.09.2012 - A multinacional Alstom, fabricante de máquinas e equipamentos, firmou uma parceria com a estatal francesa de operação ferroviária Société Nationale des Chemins de fer Français (SNCF) para estudar e eventualmente disputar em conjunto o projeto brasileiro do trem de alta velocidade (TAV), o trem-bala.
O novo presidente da Alstom no Brasil, Marcos Cardoso Costa, disse ontem ao Valor que a sociedade ainda deve receber mais parceiros para entrar na eventual disputa pelo projeto.
Mesmo dando início à formação do consórcio, a Alstom não deve ser a líder e, por isso, não deve realizar grandes aportes na sociedade em formação. "Preferimos destinar nosso capital à melhoria de nossos produtos", disse o presidente, que assumiu o comando da filial brasileira há menos de uma semana.
Costa ainda opinou sobre o novo modelo do edital, em elaboração pelo governo federal. Segundo ele, o projeto está se tornando mais atrativo para a iniciativa privada em comparação com os anteriores, pelo fato de a União assumir riscos financeiros. Mesmo assim, Costa diz que o TAV ainda é considerado um projeto caro.
Nova parceira da Alstom, a SNCF opera o trem de alta velocidade da França, o chamado TGV (Train à Grande Vitesse, na sigla em francês).
De acordo com as últimas sinalizações do governo, a primeira licitação do TAV, que definirá a futura operadora e a tecnologia a ser empregada, sairá no primeiro semestre de 2013. Haverá cláusulas - como tempo de operação no país de origem, histórico de acidentes e número de passageiros transportados - para garantir uma "tecnologia de ponta" no Brasil. Isso poderá dificultar a participação da China, que teve um acidente com 43 mortos em julho de 2011. O governo contratará o projeto executivo do TAV dividindo-o em trechos e assumirá os riscos de demanda.
Ontem, a Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF) informou que formará um consórcio, com a também espanhola Renfe, para disputar a primeira fase do leilão. À agência Reuters, o presidente da CAF, Paulo Fontenele, afirmou que pretende trazer empresas brasileiras para a sociedade.
 
 
Espanholas CAF e Renfe disputarão trem-bala Campinas-SP-Rio
Reuters 05.09.2012 - A Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles (CAF) formará um consórcio com a também espanhola Renfe para disputar a primeira fase do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, afirmou nesta quarta-feira à Reuters o presidente da CAF Brasil, Paulo Fontenele.
"Nós estamos trabalhando, nossos estudos estão prontos. Estamos montando um consórcio a partir da Espanha", disse o executivo, por telefone.
De acordo com ele, todo o material rodante a ser utilizado, caso o consórcio seja o vencedor no certame previsto para 29 de maio de 2013, será fornecido pela CAF, que já possui uma fábrica de vagões em Hortolândia, interior de São Paulo.
"Queremos fabricar (os trens) em Hortolândia e já estamos estudando a ampliação da fábrica", comentou Fontenele.
Segundo o presidente da CAF Brasil, o consórcio deverá ter parceiros brasileiros. "Estamos vendo como podemos trazer empresas brasileiras para trabalhar com a gente."
Para Fontenele, as novas regras do leilão do trem-bala, divulgadas em agosto, mostraram grande melhora em relação às anteriores.
"O risco da construção civil foi eliminado, porque o governo assumiu o risco... Estamos vendo (o leilão) com muita serenidade."
A taxa interna de retorno do projeto deve ser de 6,32 por cento ao ano, segundo a minuta do edital divulgada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 23 de agosto. O documento foi colocado em audiência pública e ficará disponível até 24 de setembro para receber contribuições.
A minuta do edital estabelece ainda tarifa-teto de 0,49 real por quilômetro percorrido, a ser cobrada na classe econômica no trajeto de 412 quilômetros entre as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O critério para escolha do vencedor do leilão será o da melhor relação entre o valor de outorga oferecido pelo investidor e o menor custo de investimento que esse operador exigir para a construção da infraestrutura da ferrovia.
A construção dessa infraestrutura mais pesada caberá ao segundo concessionário, que será definido em leilão previsto para o início de 2014.
 
 
Trem expresso SP-Jundiaí vai fazer trajeto em 15 minutos
Exame 05.09.2012 - Trem da CPTM: trajeto São Paulo-Jundiaí deverá cair de 1h20 para até 15 minutos, promete governo. Governo lança na próxima semana edital de licitação. Obras devem durar 27 meses e preveem trajeto sendo feito em 15 minutos em horários de pico
O governo do Estado promete lançar nos próximos dias o edital de licitação do projeto do trem expresso que ligará a capital paulista à cidade de Jundiaí, no interior. O projeto prevê uma nova estação na Água Branca, zona oeste da capital. A parada deve criar vias ao redor da Rua Guaicurus e haverá desapropriações.
A Estação Água Branca terá conexão com a futura Linha 6-Laranja da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e com as já existentes Linhas 7-Rubi e 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O projeto prevê também duas novas ruas, uma de cada lado dos trilhos, com ligação até a Avenida Santa Maria. O quarteirão formado pelas Ruas Crasso e Tibério, ambas perpendiculares à Guaicurus, será transformado em ponto de acesso da estação. No lado oposto, a desapropriação será concentrada em parte de um terreno ocupado atualmente pela indústria de vidros Saint-Gobain.
Enquanto isso, a nova parada em Jundiaí está prevista para ficar perto da estação já existente, da Linha 7-Rubi. No local, haverá um estacionamento. Com essa opção, a ideia é tirar até 40% dos carros que fazem o trajeto São Paulo-Jundiaí. O expresso tem investimento previsto em R$ 160 milhões e o prazo para execução das obras é de 27 meses. Como se trata de um projeto funcional, ainda há a possibilidade de mudanças.
Linha: Nos horários de pico, essa linha fará o percurso em apenas 15 minutos. O tempo máximo será de 25 minutos. Atualmente, pela linha 7-Rubi, a viagem demora por volta de 1h20. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 
 
Aeroporto de Guarulhos terá novo terminal de passageiros
DCI 05.09.2012 - O Terminal 3 atenderá 12 milhões de passageiros por ano e contará com um hotel cinco estrelas. Além disso, as obras deverão empregar cerca de 600 profissionais....
O espaço terá capacidade para atender cerca de 12 milhões de pessoas por ano
A Concessionária  Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A., empresa que venceu o processo de licitação para administrar o Aeroporto de Guarulhos, pelo período de 20 anos, anunciou ontem os novos projetos de ampliação e reforma pelos quais o local passará. O objetivo é  melhorar o atendimento ao público, e, principalmente, o trânsito aéreo durante a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.
Entre os projetos divulgados pelo presidente da entidade, Antônio Miguel Marques, está a construção de um novo terminal de passageiros, o Terminal 3 (T3), que deve ser entregue antes do início da Copa do Mundo.
O espaço terá capacidade para atender cerca de 12 milhões de pessoas por ano e contará com um hotel cinco estrelas, composto por 50 quartos; um shopping center, com lojas de marcas nacionais, internacionais e restaurantes; uma esteira de locomoção entre os terminais 1 e 2 e o T3, além do sistema automatizado que permitirá check-in e despacho de bagagem fora do balcão.
 
 
Empresa sul-africana dá início a obra em Guarulhos
OGlobo 05.09.2012 - Aeroporto ganhará um 3º terminal e hotel 5 estrelas até a Copa. A empresa sul-africana ACSA, que venceu o leilão para administrar o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior da América Latina, anunciou nesta quarta-feira o início das obras de ampliação e reforma, que incluem a construção de um terceiro terminal de passageiros, com hotel cinco estrelas e capacidade para receber 12 milhões de pessoas/ano, e de um edifício-garagem, com cinco pavimentos e 3.300 vagas. A promessa é concluir a primeira fase das obras, que prevê ainda o alargamento de uma das pistas para suportar aviões como o gigante A380, até o primeiro trimestre de 2014, três meses antes do início da Copa do Mundo.
Com investimentos previstos de R$ 3,5 bilhões até o fim da concessão, em 2031, o plano de expansão do aeroporto até 2014 vai custar R$ 2,6 bilhões e permitir ampliar a capacidade anual de transporte de passageiros dos atuais 30 milhões para 44 milhões. Até 2031, serão 60 milhões. Para suportar os desembolsos iniciais, o presidente da concessionária, Antonio Miguel Marques, disse que a meta é triplicar o faturamento do aeroporto, estimado em R$ 1,2 bilhão em 2012, nos próximos cinco anos. A ideia é inverter a composição de receita, hoje ainda administrada pela estatal Infraero, que se tornou sócia, com 49%. A concessionária prevê que 70% da receita venham dos pontos comerciais e 30%, das tarifas aeroportuárias.
— Nosso plano de negócios segue o conceito dos aeroportos asiáticos. Com isso, esperamos triplicar as receitas em cinco anos — disse Marques.
Monotrilho: Licitação ainda este ano.
Pelos planos da nova concessionária, que até fevereiro será monitorada pela Infraero, os terminais existentes (1, 2 e 4) terão novas funções, passando por reformas e modernização para atender a padrões internacionais e dar mais conforto aos passageiros. Os terminais 1 e 4 serão exclusivos para voos domésticos; o 2 será misto: domésticos e internacionais de menor distância; o 3, a ser construído, será exclusivamente para voos internacionais de longa distância e aviões de grande porte. Após 2014, as obras prosseguem com a expansão do terminal 3 e a construção de outros dois hotéis (3 e 4 estrelas) nas proximidades do aeroporto, além da transferência do terminal de cargas para uma área mais ampla. Também estão previstas a ampliação dos acessos viários e internos (monotrilho) aos terminais e uma estação de trem. A licitação desta está prevista para ocorrer ainda este ano, o que permitiria sua implantação até a 2014, antes da Copa.
TCU não impediria leilão do Galeão
Enquanto isso, com relação aos aeroportos do Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte), o Tribunal de Contas da União (TCU) considera possível que um grande operador aeroportuário assuma os terminais pelo modelo tradicional de concessão. Segundo um interlocutor, o TCU não colocará empecilhos caso o Executivo adote o mesmo modelo usado em Guarulhos, Brasília e Viracopos para transferir Galeão e Confins à iniciativa privada, adotando regras mais rígidas no edital para atrair um gestor de grande porte. Ou seja, exigir que apenas participem da disputa empresas com experiência em mais de 30 milhões de passageiros por ano. A justificativa é que essa exigência não limitaria a concorrência, já que há no mercado global pelo menos meia dúzia de operadores com essa característica.
— O TCU não vai se opor. Basta apenas que o governo dê uma boa justificativa técnica, mostrando por que a qualificação dos interessados é um item indispensável — disse uma fonte.
Na concessão de Guarulhos, Viracopos e Brasília, em fevereiro, foi exigida experiência mínima no gerenciamento de cinco milhões de passageiros por ano. Isso abriu espaço para a entrega dos aeroportos a concessionários com pouca experiência — muito abaixo da Infraero, a terceira maior do mundo, responsável por um volume de 180 milhões de usuários por ano.
Para evitar que isso se repita, a presidente Dilma Rousseff determinou aos assessores a elaboração de um modelo alternativo, mantendo a Infraero como majoritária num esquema de parceria com um grande sócio privado. Mas essa proposta enfrenta dificuldades, já que os investidores potenciais querem ter plena autonomia.
Por isso, a tendência é que o governo desista de um modelo alternativo e adote a concessão tradicional para Galeão e Confins. Embora Dilma ainda não tenha “jogado a toalha”, dizem fontes. Ela determinou que outras empresas sejam sondadas, depois do resultado desanimador da missão enviada à Europa para encontrar um sócio para a Infraero. A alemã Fraport, a francesa ADP e a holandesa Schiphol não demonstraram interesse.
Ainda falta a Changi, que administra o Aeroporto de Cingapura, ser sondada. Mas consultores do mercado veem pouca chance de êxito. A possibilidade de Aena (Madri) e ADC (Houston) serem contatadas não foi confirmada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC).
 
 
Oi deixa de pagar fornecedores por um mês
Estadão 06.09.2012 - Decisão preocupa credores da operadora, que argumentou, em carta, que medida é resultado da atualização do sistema SAP.
A Oi decidiu que não pagará nenhuma conta neste mês. Ela distribuiu uma carta na semana passada informando que, por conta da instalação de uma nova versão do sistema de gestão empresarial SAP, "não realizará pagamentos aos seus fornecedores durante o mês de setembro".
Todos os pagamentos deste mês foram adiados para 10 de outubro. A partir do próximo mês, a empresa pagará fornecedores somente no dia 10, ou no dia útil posterior.
A situação preocupa os fornecedores, pois muitos deles dependem do pagamento da Oi para honrar seus próprios compromissos. Mesmo grandes empresas podem receber um impacto negativo substancial por causa da decisão da Oi. Somente uma delas tem uma conta de cerca de R$ 160 milhões a receber da operadora em setembro.
Nesta quarta, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) enviou uma carta ao presidente da Oi, Francisco Valim, pedindo que a suspensão dos pagamentos seja revista. "A decisão coloca em risco a saúde financeira dos fornecedores", argumentou a Abinee, na sua carta à Oi. A associação também defende que a concentração dos pagamentos no dia 10 de cada mês seja feita de forma escalonada, para não prejudicar os compromissos já agendados.
"Parece uma medida para fazer o caixa ficar mais polpudo", afirmou uma fonte da indústria, que pediu para não ser identificada. A Oi fecha neste mês o balanço do terceiro trimestre e, na visão dessa fonte, a suspensão do pagamento poderia dar um reforço no caixa da empresa, para melhorar os números do período.
Gestão. Uma fonte da Oi, porém, nega que a medida tenha algum motivo além da mudança no SAP. "Já era uma medida prevista", disse. A Oi passou recentemente por uma reestruturação societária, em que o número de empresas no grupo foi reduzido. A empresa tinha um sistema de gestão SAP rodando na Brasil Telecom e outro na Oi e, neste mês, resolveu consolidá-los.
Um sistema de gestão empresarial como o ERP é formado por vários módulos, como finanças, contabilidade, recursos humanos, vendas e compras. "É estranho o SAP não funcionar para pagar, mas funcionar para receber", disse uma fonte da indústria. "Essa suspensão de pagamentos vai repercutir muito negativamente no mercado, na imagem da companhia."
Em seu comunicado, a Oi afirma: "Estamos nos preparando para a entrada de uma nova versão do SAP/R3 (ECC-6), que irá garantir segurança, agilidade, integração e redução de custos". O adiamento dos pagamentos de setembro seria "para que os processos sejam adequados e sistemas parametrizados com qualidade".
Nesta quarta-feira, as ações preferenciais da Oi fecharam em queda de 1,18% na Bovespa, cotadas a R$ 7,56, enquanto os papéis ordinários perderam 0,56%, ficando em R$ 8,90. O comportamento foi na contramão do mercado, já que o índice Bovespa subiu 1,12% na sessão passada.
 
 
TV conectada à internet
Folha 06.09.2012 - Brasileiros, chineses e indianos estão mais interessados nas possibilidades oferecidas pela TV conectada à internet que ingleses e alemães, segundo pesquisa da GfK.
Apenas 28% dos entrevistados pela empresa em 13 países afirmaram achar mais interessantes os programas de TV com os quais se pode interagir. No Brasil, foram 42%.
Americanos e ingleses também não têm interesse em adquirir uma TV com acesso à rede. Enquanto 64% dos chineses disseram que querem comprar uma, 26% dos ingleses e 29% dos americanos afirmaram o mesmo.
 
 
 
Mann+Hummel diversifica e vai atuar no tratamento de água
Brasil Econômico 05.09.2012 - Multinacional, que atende ao setor automotivo, compra empresa no Brasil e quer diminuir dependência do setor.
A Mann+Hummel, tradicional fabricante de sistemas de filtragem para a indústria automotiva, está de olho em outros mercados no Brasil. A empresa alemã concluiu a aquisição da Fluid Brasil que tem operação forte em tratamentos industriais de águas.
Segundo o vice-presidente mundial da companhia, Manfred Wolf, a compra da empresa fará do Brasil um dos mercados propulsores na estratégia de diversificar os negócios da Mann+Hummel no mundo.
"Nosso faturamento é muito estruturado nos negócios automotivos. Queremos diminuir a dependência da empresa do setor e entrar em novos segmentos. O Brasil é parte fundamental dentro dessa estratégia, pois tem um potencial de mercado grande e por isso voltamos os nossos olhos e esforços para essa área de tratamento de água", disse o executivo sem informar o valor do investimento na compra da companhia brasileira.
No segmento de tratamento de água, a Mann+Hummel começou a operar com a compra de uma empresa em Cingapura há dois anos. Segundo Wolf, a escolha por aquele país se deve ao fato de lá ser um dos locais onde há expertise no segmento de tratamento de água.
"Esse é um mercado que faturou no ano passado no mundo € 10 bilhões. Hoje, ainda é pequeno a nossa participação no segmento, mas a ideia é que, em 2018, 1/3 de nossas receitas sejam provenientes de sistemas de tratamento de água", disse o executivo.
A meta da companhia é dividir as operações em fornecimento de componentes de filtração diretamente para montadoras, fornecimento para mercado de reposição e outros segmentos, em que entraria o sistemas de tratamento de águas industriais. Hoje, 50% do faturamento vem da venda direta para montadoras, 36% para o mercado de reposição e 16% outros negócios.
Em 2011, a Mann+Hummel faturou € 2,5 bilhões no mundo, o Brasil foi responsável por 8% dos negócios mundiais, com € 200 milhões. A Europa é hoje o maior mercado da companhia com mais de 60% das receitas; a região das Américas representa 24%; e a Ásia outros 16%.
"Em 2018, estimamos uma receita de € 3,4 bilhões com a participação menor da Europa. O nosso foco é a região das Américas, China e o Leste Europeu. Além disso, podemos crescer por aquisições e acompanhar o mercado.".
O Brasil, segundo o executivo, é o maior mercado nas Américas, responsável por 40% do faturamento da companhia na região. Por aqui, a Mann+Hummel fornece para todas as montadoras instaladas e é líder de vendas de sistemas de filtragem no mercado de reposição.
O crescimento no país no segmento automotivo está muito ligado ao aumento das vendas de veículos. No entanto, a companhia vem negociando com algumas montadoras para o fornecimento de componentes para automóveis e caminhões que serão fabricados no Brasil.
"Temos contrato já fechado com a Hyundai, em Piracicaba. Vamos atender a essa demanda com a nossa fábrica de Indaiatuba. Outras que estão no radar, são as chinesas que já declararam a produção local", disse o presidente da subsidiária brasileira, Markus Wolf.
A Mann+Hummel tem no Brasil três fábricas. A de Indaiatuba, no interior de São Paulo é a maior da companhia no país. De lá saem os produtos para boa parte dos clientes brasileiros. A empresa mantém ainda duas unidades menores, uma em Manaus para atender a Motos Honda e uma em Contagem que tem a operação vinculada à Fiat.
Por ora, não há projetos para investimentos em novas fábricas no país. Mas, segundo Manfred Wolf, VP mundial, a empresa avalia a instalação de uma unidade em Pernambuco para atender a segunda fábrica da Fiat no país. "Não é cultura da empresa deter unidades menores para abastecer um cliente. Entretanto, somos flexíveis e podemos avaliar cada projeto."
 
 
CNTE critica nova ação de governadores no STF contra piso salarial para professores
Agência Brasil 05.09.2012 - A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores com formação de nível médio e carga horária de 40horas semanais...
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, disse nesta quarta-feira (5) que foi surpreendido pela decisão de governadores de seis estados de entrar com uma nova ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra a lei que cria o piso nacional para professores da rede pública. A ação foi impetrada na última terça-feira (4) no Supremo Tribunal Federal (STF) e questiona o Artigo 5° da lei, que trata do cálculo do reajuste do piso.
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre 2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.
“A lei agora está sub judice. Estamos no limbo, porque tem um projeto na Câmara que trata dessa questão, um grupo de trabalho que está prestes a apresentar resultados, uma câmara de negociação no Ministério da Educação e os governadores dão mostra de que não querem negociar”, disse.
A ADI é assinada pelos governadores de Mato Grosso do Sul, Goiás, do Piauí, Rio Grande do Sul, de Roraima e Santa Catarina. O relator do processo no STF será o ministro Joaquim Barbosa.
Segundo Leão, se o STF acatar o pedido dos governadores e derrubar o artigo que regulamenta o reajuste, cada estado poderá definir um cálculo para corrigir o piso, o que representará perdas para os professores. “Os governadores estão criando um problema para eles. Não existindo mais o balizador do reajuste, cada estado vai fazer a sua luta, vai ter muito mais greve”.
A CNTE defende o cumprimento da lei e também é contrária à proposta que tramita na Câmara dos Deputados e que altera o cálculo do reajuste. Defendida pelos estados, o projeto prevê a correção com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que, na prática, resultaria em reajustes menores.
 
 
Cai financiamento às usinas no BNDES
Valor 06.09.2012 - O perfil de financiamento para siderurgia do BNDES, tradicional fonte de crédito para o setor, mudou de 2011 para cá, em função do novo cenário da indústria de aço no mundo. A deflagração da crise que travou a economia dos países desenvolvidos gerou 526 milhões de toneladas de excedentes de aço no mercado global levando as empresas a suspender projetos de investimento em ampliação de produção. Em um ambiente de concorrência agressiva, as usinas passaram a focar os negócios em agregação de valor a produtos finais via laminação para competir com os importados.
A nova estratégia das siderúrgicas brasileiras foi revelada por José Guilherme Cardoso, chefe do Departamento de Indústria de Base do BNDES e Pedro Landim, gerente do departamento. Cardoso. Cardoso disse ao Valor que o setor siderúrgico está saindo de um grande ciclo de investimento em expansão de aço bruto que ocorreu no período 2005 a 2010 e entrando numa nova etapa da cadeia, que é a ampliação da capacidade de laminação, que requer investimentos menores. Para o executivo, esta escolha explica o encolhimento dos recursos liberados pelo banco ao setor a partir de 2011 e em 2012. De janeiro a agosto deste ano, as liberações para a siderurgia somaram R$ 200 milhões, de um total de R$ 1,7 bilhão dirigidos para a área de insumos básicos. No mesmo período do ano passado, os valores destinados as usinas somaram R$ 975 milhões, de um total de R$ 3,1 bilhões à indústria de base. O maior quinhão, nos dois períodos, duas tranches acima de R$ 1 bilhão, foram para o setor de mineração. Para cimento foram R$ 538 mi em 2012 e 399 mi, em 2011.
As siderúrgicas viveram anos dourados entre 2005 e 2010. No período fizeram grandes investimentos de ampliação de capacidade. "Em cinco anos, o parque siderúrgico avançou de 35 milhões de toneladas/ano de aço bruto para 48 milhões de toneladas. Uma adição de 13 milhões de toneladas", informa Cardoso.
De 2007 até agosto de 2012, o BNDES desembolsou para o setor de insumos básicos, que inclui mineração, siderurgia e cimento, R$ 27,3 bilhões, o que dá uma média de R$ 4,5 bilhões por ano. Deste total, boa parte foi canalizado para a indústria do aço.
Entre os projetos de nova capacidade de maior destaque, apoiado pelo BNDES, está o da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), do grupo alemão ThyssenKrupp em sociedade com a Vale. O banco liberou uma linha de R$ 2,3 bilhões para a construção do parque siderúrgico de Santa Cruz, no Rio, com produção prevista de 5 milhões de toneladas de placas para exportação. O investimento total alcançou € 5 bilhões ou US$ 7 bilhões (correspondente, pela cotação atual do dólar americano, a R$ 14 bilhões). A CSA, hoje, está à venda.
No caso de uma troca de controle da companhia, os alemães terão que pedir a anuência do BNDES para transferir o empréstimo para o novo controlador, alertou Cardoso.
Com o mundo siderúrgico de cabeça para baixo e operando a uma ociosidade de 30%, as usinas do país estão voltadas para investimentos pontuais de laminação. "Essa nova etapa demanda investimentos menores. É natural que tenha havido queda do valor investido", afirmou Pedro Landim. A Gerdau está investindo num laminador de tiras a quente na Açominas, a Usiminas também acabou de instalar um laminador no site de Cubatão e a Votorantim Siderurgia tem financiamento do banco para novo laminador, na Sitrel, de Três Lagoas (MS).
O avanço da produção de laminados no país ante janeiro a julho de 2011 é de 3,3%, passando de uma capacidade de 14,9 milhões de toneladas para 15,5 milhões de toneladas, segundo o BNDES.
 
 
BB vai cortar 30% de taxas do parcelamento de fatura de cartão
Folha 06.09.2012 - Depois de uma outra rodada de redução de juros, o Banco do Brasil vai oferecer taxas cerca de 30% menores no pagamento parcelado de faturas dos cartões Ourocard, segundo o vice-presidente (negócios de varejo do BB), Alexandre Abreu.
Com o corte, as taxas para o parcelamento do cartão no banco caem do patamar entre 2,88% e 5,70% ao mês, para o intervalo entre 1,94% e 3,94% ao mês.
O pagamento parcelado é usado por clientes que não dispõem de recursos para pagamento integral da fatura na data do vencimento.
As taxas vão valer para as faturas que vencem a partir de 17 de setembro e já constarão das novas cobranças emitidas, segundo o vice-presidente do banco.
O parcelamento das faturas alcançou volume de R$ 500 milhões contratados no período de abril, mês em que as taxas de juros começaram a cair, a agosto deste ano.
Esse montante corresponde a um crescimento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado.
"Já reduzimos recentemente as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito em até 79%", diz Abreu.
"A taxa máxima hoje é de 5,7% e era de 13,5%. As faturas já estão chegando com a taxa nova do rotativo", diz. Segundo Abreu, são as menores taxas de cartão de crédito, dentre as praticadas pelos grandes bancos de varejo.
 
 
Grupo Rede x Jorge Queiroz de Moraes
Sonia Racy 06.09.2012 - A Aneel pretende usar o protocolo do Banco Central na intervenção do Grupo Rede.
Vai reverter operações que Jorge Queiroz de Moraes, dono do grupo, fez com várias partes relacionadas ao processo.
 
 
 
Mercado não espera por detalhes do programa
Valor 06.09.2012 -  Se na reunião passada do BCE havia uma quase unanimidade na expectativa de manutenção da taxa de juros de referência da zona do euro em 0,75%, a situação mudou completamente para o encontro de hoje. Segundo pesquisa do Valor Data com 11 instituições estrangeiras, 9 acreditam agora em uma redução de 25 pontos-básicos, sendo que uma crê ainda que a taxa de depósitos se torne negativa nesta mesma proporção pela primeira vez (-0,25%).
Foram consultados Bank of America Merrill Lynch (NY), BNP Paribas (Londres), Deutsche Bank (Londres), HSBC (Londres), J.P. Morgan (Londres), Morgan Stanley (Londres), Nomura (Londres), UBS (Londres/Zurique), Credit Suisse (Londres), Jefferies &CO (NY) e Bank of Ireland (Dublin). As duas únicas casas que não acreditam em corte de juros agora são J.P. e Bank of Ireland. Entretanto, ambas veem um corte na próxima reunião, em 18 de outubro.
No mês passado todos os olhos estavam voltados para a possibilidade de que o BCE anunciasse novas ações não convencionais, como outra rodada de LTRO (operações de refinanciamento de longo prazo), retomada do programa de compras de ativos soberanos (SMP) ou permissão para que os fundos de resgate (ESFS/ESM) pudessem atuar no mercado primário de títulos soberanos. Mario Draghi, após a reunião, reafirmou a disposição do BCE para amparar a união monetária, reafirmando o mote "o euro é irreversível".
De mais concreto ficou a indicação da inclinação do BCE pela compra de títulos soberanos na ponta curta da curva, sem que tenha havido especificações a respeito, como prazos, volumes e países elegíveis, embora seja claro que Espanha e Itália continuem pagando um preço alto pelos respectivos financiamentos no mercado e, portanto, parecem ser os beneficiários mais óbvios neste estágio da crise.
Seria natural, diante da ansiedade por novas medidas, que o detalhamento das compras de papéis com maturidade curta fosse o alvo das esperanças para esta reunião. Mas não é. Ao menos na visão das casas consultadas. De maneira geral, todas esperam poucos detalhes sobre os moldes do programa, sendo o Deutsche Bank a única exceção, aguardando esclarecimento de prazos e volumes.
Das instituições pesquisadas, 86% colocam como necessidade vital para a operacionalização do programa o pedido formal de ajuda dos países (Espanha e Itália, especialmente), o que implicaria condicionalidades. Isso antes, não depois do anúncio formal do programa pelo BCE. Apenas o J.P. vê como primeiro alvo de compras os títulos portugueses, já que o país está fazendo a lição de casa sob a mão forte da troica e, por isso, mereceria a prioridade.
Em relação a uma nova rodada de LTRO agora, não houve menção pelas casas na pesquisa. O assunto perdeu força desde o último discurso de Draghi. Sobre a possibilidade de mais uma flexibilização dos colaterais aceitos pelo BCE, apenas quatro instituições apostam nisso: Nomura, Credit Suisse, BofA e Deutsche Bank.
De maneira geral, chama atenção na pesquisa o fato de os economistas estarem mais céticos em relação a ações mais contundentes do BCE do que faz parecer a reação do mercado financeiro. Talvez a questão da coordenação de expectativas pelo BCE esteja mais em foco agora. Lembrando que a política monetária não pode fazer pela região do euro o que a fiscal - leia--se os próprios países - não faz.
Embates no terreno político precisam avançar e abrir espaço para mais ousadia do BCE no combate à crise. O mês de setembro - com sua agenda carregada de encontros e eventos envolvendo autoridades europeias - tem tudo para ser um divisor de águas de curto prazo no cenário europeu.
 
 
Governo argentino põe estatal no mercado de telefonia celular
Valor 06.09.2012 - O governo da Argentina interveio no mercado de telefonia celular no país. Uma estatal criada em 2006, a Arsat, irá assumir a ampliação da frequência de telefonia 3G, cuja licitação foi cancelada.
Em termos práticos, a estatal ficará com 20% do mercado argentino. Com base na divisão de participação atual, a Movistar, controlada pela espanhola Telefónica, deve ficar com 29%; a Personal, cujo maior acionista é a Telecom Italia, terá 27%; a mexicana Claro, com 23%; o 1% restante é da Nextel.
Segundo o ministro do Planejamento, Julio De Vido, dentro de 15 dias a Arsat irá apresentar um plano de negócios determinando em que casos a estatal prestará diretamente o serviço ao consumidor e em que fatias de mercado irá se associar com operadores privados. "A Arsat vai ser um fator de equilíbrio no setor. Ainda vamos definir a participação de terceiros, mas o critério será manter toda a rentabilidade dentro da Argentina", disse.
Segundo o ministro "pequenas e médias empresas" poderão atuar no interior argentino, em áreas com menor base de clientes. O lote atribuído à Arsat é nacional, cobrindo todas as 23 Províncias.
O leilão de ampliação da 3G seria neste mês e representaria um aumento de 25% da capacidade atual. As frequências assumidas pela Arsat faziam parte da cláusula de desinvestimento imposta pelo órgão regulador argentino à Movistar. A empresa teve que devolver o lote, em razão da compra da Telecom Italia pela Telefónica. Todo o lote iria para um único arrematante e concorriam Personal, Nextel, a vietnamita Viettel e os grupos locais Roggio e Vila-Manzano.
A Personal foi descartada pois o governo ainda vê risco monopólico com a entrada da espanhola no capital da Telecom Italia. Das restantes, só a Claro estaria em condições patrimoniais e financeiras de assumir a operação. "Não temos nada contra as grandes operadoras privadas de telefonia, mas não queremos substituir um monopólio por outro", disse De Vido.
O setor de telefonia celular não tem regulação de preços no país. A Arsat poderá jogar nesse mercado um papel semelhante ao exercido pela estatal YPF, que pauta os preços dos combustíveis. A Arsat foi criada em 2006 para operar um sistema de satélites espaciais. Posteriormente, tornou-se operadora do programa do governo para subsidiar a TV digital gratuita. É mantida com aportes do governo.
Segundo De Vido, a empresa instalou 10 mil km de fibra ótica nos últimos dois anos. Em termos orçamentários, a empresa vinha passando por corte de verbas. No primeiro quadrimestre deste ano, o repasse de subsídios foi 78% menor, atingindo US$ 58 milhões.
 

domingo, 2 de setembro de 2012

Azul.CA 02.09

Daily News
 
GPA dispensa dois vice-presidentes e uma executiva pede demissão
Valor 31.08.2012 - O Valor apurou que dois executivos da diretoria executiva do Grupo Pão de Açúcar foram dispensados - Hugo Bethlem e Caio Mattar - e um terceiro membro da diretora, a executiva Sylvia Leão, pediu demissão da empresa. Bethlem trabalhava na varejista desde 2001 e Mattar, desde 1993. Rumores sobre essa mudança estavam sendo comentados pelo mercado há cerca de duas semanas. O sócio francês Casino assumiu o controle do Grupo Pão de Açúcar no dia 22 de junho. A empresa deve comunicar o mercado sobre o fato ainda hoje
A dispensa aconteceu em função de “um programa de reorganização administrativa”, segundo o Valor apurou. Caio Mattar ocupava até então a função de vice-presidente de negócios especializados e presidente do conselho de administração de Nova Pontocom (operação de comércio eletrônico da rede). Hugo Bethlem era vice-presidente de relações corporativas.
Além disso, Sylvia Leão, vice-presidente de gestão de gente, pediu demissão. O Valor apurou que a saída dela aconteceu por “razões pessoais”.
Controlador do GPA, o Casino já havia informado que ele não faria alterações no “management” da empresa porque eventuais mudanças, ainda segundo o Casino, caberiam ao presidente da rede, Enéas Pestana, afirmou em junho, em entrevista ao Valor, Jean-Charles Naouri, presidente do Casino. Dias atrás, quando começaram a surgir rumores sobre a saída de pelos menos três executivos da empresa, fontes ligadas à companhia informavam que isso seria efeito da mudança de controle da rede.
Com a medida, a área de Caio Mattar terá alterações. Alexandre Vasconcellos, que ficava abaixo de Mattar, passa a ser o principal executivo da área (ele já era CEO do GPA Mall & Properties).
O negócio de drogarias e postos de combustível, também abaixo da divisão de Mattar, vai para a unidade de negócios de varejo, de responsabilidade de José Roberto Tambasco, vice-presidente de negócios do varejo.
Para a presidência do conselho de administração de Nova Pontocom, que pertencia à Mattar, será indicado Ramatis Rodrigues, vice-presidente de estratégia comercial, marketing, cadeia de suprimentos e tecnologia da informação.
A diretoria executiva de relações corporativas, que pertencia à Hugo Bethlem, será assumida por Vitor Faga, que já está à frente da área de relações com investidores.
A área de gestão de gente ficará interinamente sob a responsabilidade de Pestana, presidente do grupo, até que contratem novo executivo.
 
 
BMG tem prejuízo contábil de R$ 279 mi no 1º semestre
Estadão 31.08.2012 - O Banco BMG registrou um prejuízo contábil de R$ 279,2 milhões no primeiro semestre, revertendo um lucro líquido contábil de R$ 21,7 milhões em igual período do ano passado. A maior parte do prejuízo esteve concentrado no segundo trimestre, quando o resultado do banco foi negativo em R$ 210 milhões. No primeiro trimestre, o BMG havia registrado prejuízo de R$ 69,2 milhões. O banco também informou prejuízo ajustado de R$ 157,4 milhões no primeiro semestre.
A carteira de crédito total diminuiu 3,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, para R$ 27,8 bilhões - um aumento de 9% em relação ao final do segundo trimestre do ano passado. A carteira de crédito geradora de receita, composta majoritariamente por empréstimos consignados, cresceu 11,2% no segundo trimestre frente ao primeiro trimestre, atingindo R$ 14,8 bilhões. Esse número é 56% superior ao montante do final do segundo trimestre de 2011. A carteira de crédito consignado caiu 0,2% para R$ 10,8 bilhões na comparação trimestral e 1,8% em relação ao segundo trimestre de 2011.
As captações caíram 1,6% no segundo trimestre ante o trimestre anterior, para R$ 29,7 bilhões, e subiram 18,95% frente igual período do ano passado. As provisões para devedores duvidosos subiram para 2,9% no segundo trimestre, de 2,6% no primeiro trimestre.
O patrimônio líquido do banco totalizou R$ 3,2 bilhões no final do primeiro semestre, ante R$ 2,1 bilhões no ano anterior. O aumento reflete o aporte de capital realizado pelos acionistas do BMG no montante de R$ 1,1 bilhão no segundo semestre de 2011, todo ele sendo Capital Nível I, após a celebração de joint venture com o Itaú Unibanco em 9 de julho. O Itaú Unibanco é controlador da parceria, com 70% de participação. No segundo semestre de 2012, os acionistas farão um aumento de capital no montante de R$ 300 milhões em Capital Nível I para capitalizar a joint venture.
O índice da Basileia do BMG chegou ao final do primeiro semestre em 13,1%, levemente abaixo do nível do primeiro semestre de 2011, de 13,4%. O porcentual está acima dos 11% mínimos exigidos pelo Banco Central.
 
 
Crédito do BNDES inibe IPOs, diz presidente da Amec
Isto é Dinheiro 31.08.2012 - A atuação estatal no financiamento das empresas impede que um maior número de companhias busque recursos via abertura de capital na bolsa de valores. A opinião é do presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Mauro Cunha. Segundo ele, estimular um maior número de organizações a acessarem o mercado de capitais via uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) é o grande desafio do segmento. "Esse número não cresce, pois as empresas instaladas no Brasil não precisam abrir capital", disse, explicando que o governo as financia por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "As companhias não precisam ter o trabalho e todo o custo envolvido na abertura de capital se há uma alternativa de financiamento".
Segundo o superintendente de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, Geraldo Soares, atualmente, o número de empresas com capital aberto no mercado brasileiro não chega a 400. Ele diz ainda que o mercado tem cerca de 600 mil investidores pessoas físicas, sendo que, na verdade, apenas perto de 180 mil operam na prática. "É um mercado muito pequeno", disse, ao moderar o debate de abertura do segundo dia do Congresso da Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento de Mercado de Capitais (Apimec).
No debate, Cunha criticou o que chama de "ativismo" do governo que, na sua opinião, inibe o mercado de capitais, que ainda de acordo com suas palavras seria visto como um "centro de jogatina e gente rica" por Brasília. Prova disso, segundo ele, é a incidência de alta tributação sobre o mercado de capitais, como a taxação sobre o ganho de capital (dividendos).
A estrategista da Fator Corretora Lika Takahashi acrescentou que a mão pesada do governo não é uma exclusividade do Brasil e que parte disso ocorreu por causa da crise financeira global.
Para o diretor de renda variável da Bradesco Asset Management (Bram), Herculano Anibal Alves, as perspectivas para o futuro são positivas e as empresas devem passar a buscar mais o mercado de capitais para financiar o seu crescimento. "Além de algumas companhias não conseguirem crédito via BNDES, a melhora no cenário externo deve trazer novas empresas para a bolsa", justificou.
Também há a necessidade, na opinião de Alves e de outros especialistas que participam do evento da Apimec, de fomentar o mercado interno de investidores para reduzir a dependência do capital externo, como a isenção para investidores que aplicam menos de R$ 20 mil via fundos de ações, como ocorre no investimento direto em ações. E o momento atual é, conforme eles, propício em meio à queda dos juros e, consequentemente, menor rentabilidade dos ativos de renda fixa, que já está fazendo com que investidores pessoas físicas e institucionais (fundos de pensão, seguradoras etc) diversifiquem suas apostas em troca de um melhor retorno.
O diretor de investimentos da Fundação Cesp, Jorge Simino, destacou que o comportamento do investidor pessoa física só será mudado com educação financeira. "Ainda estamos atrasados neste quesito. Os órgãos que gravitam no mercado de capitais precisam se debruçar mais neste tema", avaliou ele. Os executivos também chamaram a atenção para a cultura de curto prazo aplicada no Brasil. Rafael Maisonnave, diretor da Tarpon Investimentos, acredita que a reversão disso se dará no longo prazo.
 
 
Banco de investimento da Caixa ainda espera aprovação do conselho
Estadão 31.08.2012 - Intenção do banco é entrar no mercado de capitais, segmento que deve se desenvolver com mais força nos próximos anos. A Caixa Econômica Federal se prepara para abrir um banco de investimento. De olho no mercado de capitais que deve ganhar mais relevância em tempos de juro baixo, a decisão de criar a subsidiária já foi tomada pela direção da casa mas, atualmente, ainda aguarda aprovação pelo conselho de administração. O tema passa por trâmites burocráticos, como a entrega de documentos e a solicitação de abertura no Banco Central. 
A informação foi publicada nesta quinta-feira pelo jornal Valor Econômico e a assessoria de imprensa da Caixa confirmou a decisão. Em entrevista ao jornal, o presidente do banco, Jorge Hereda, disse que a intenção é entrar no mercado de capitais, segmento que deve se desenvolver com mais força nos próximos anos. Para a criação da subsidiária, Hereda afirma que a instituição precisará de mais dinheiro e o banco já discute o tema com o Tesouro Nacional. Ontem, um decreto presidencial autorizou o aumento de capital da estatal em R$ 1,5 bilhão "por meio de transferência de ações ordinárias da Petrobrás ou da Telecomunicações Brasileiras (Telebrás) excedentes à manutenção do controle acionário da União, a critério da Secretaria do Tesouro Nacional". A assessoria de imprensa, porém, explica que a operação não tem relação com o banco de investimento.Voltar
Andrade Gutierrez, Foz do Brasil e OAS disputam projeto em PE
Valor 31.08.2012 - A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) abriu ontem as três propostas das empresas interessadas na Parceria Público-Privada (PPP) voltada aos serviços de esgotamento sanitário em 15 municípios pernambucanos, sendo um deles Goiana, na Mata Norte, e outros 14 na região metropolitana do Recife. Andrade Gutierrez concorre com a parceria entre Foz do Brasil (do grupo Odebrecht) e a construtora pernambucana Lidermac e com a união de OAS e Águas de Barcelona (Agbar).
Segundo o presidente da Compesa, Roberto Tavares, a participação separada de Andrade Gutierrez e Foz do Brasil surpreendeu, tendo em vista que as empresas foram responsáveis por apresentar juntas o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Tavares afirmou que o nome do vencedor deve ser anunciado dentro de 60 dias.
A PPP deve receber investimentos de R$ 4,5 bilhões, dos quais aproximadamente 70% dos recursos de responsabilidade do setor privado e 30%, do poder público. A previsão é que as obras sejam iniciadas em janeiro de 2013, com prazo de execução de 12 anos. O contrato terá vigência de 35 anos.
Tavares ainda revelou que, na segunda-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, lança edital para a licitação da primeira etapa da Adutora do Agreste, no valor de R$ 1,1 bilhão.
"O complexo de adutoras terá 1.300 quilômetros e vai atender 68 municípios e 80 povoados ao longo do trajeto, pegando água da transposição do rio São Francisco, que deve estar pronta em 2015. Serão produzidos 4 mil litros de água por segundo para 2 milhões de pernambucanos", comentou o presidente da Compesa.
O empreendimento terá investimento total de R$ 2,5 bilhões. O montante compõe o volume de R$ 4 bilhões de aportes projetados pela Compesa, que pertence ao governo de Pernambuco, ao longo dos próximos quatro anos.
 
 
Americana Skechers dá os primeiros passos no Brasil
Brasil Econômico 31.08.2012 - Americana Skechers está presente em mais de 120 países. Empresa, cujo carro-chefe são os tênis, vai abrir unidades próprias no Rio e em São Paulo.
A Skechers, uma das marca de calçados mais vendidas no segmento de tênis nos Estados Unidos escolheu o Rio de Janeiro para dar seus primeiros passos no mercado brasileiro. O primeiro ponto de vendas será um quiosque, que começa a funcionar amanhã, no Barra Shopping.
Em seguida, logo no começo de setembro, será a vez da abertura da primeira Pop Up Store da marca no Brasil, no Shopping Iguatemi Alphaville, em São Paulo.
A Skechers foi fundada em 1992 em Manhattan Beach, na Califórnia (EUA) e está presente em mais de 120 países. No Brasil, seus produtos são encontrados para venda em multimarcas e lojas especializadas há sete anos mas somente agora a empresa decidiu abrir unidades próprias em nosso país. A linha de produtos inclui desde de tênis para os segmentos de alta performance e fitness, até calçados de moda casual, feminina e masculina, além de botas e modelos infantis, um dos mais procurados pelos consumidores.
"Programamos as inaugurações dos dois espaços para acontecerem quase juntas como parte da estratégia da Skechers de reforçar seu nome e sua imagem no mercado brasileiro. Nossa intenção com a abertura da loja em São Paulo e do quiosque no Rio de Janeiro é o de posicionar a marca, além de oferecer um maior mix de produtos ao consumidor nas duas cidades", afirma Andrew Schmitt, Country Manager da Skechers Brasil.
Para cada estado onde a empresa começa a marcar território, uma estratégia diferente foi escolhida. No caso do Rio de Janeiro, diz Andrew, o foco está no fato de o morador da cidade ter maior preocupação com aspectos de saúde e qualidade de vida, além de ser bastante interessado em novidades.
No quiosque na Barra da Tijuca, os destaques serão os calçados de corrida, de olho no estilo de vida dos cariocas, além dos calçados infantis. Já em São Paulo, as noas tendências em calçados serão o foco da nova loja que não vai deixar de lado os corredores de rua paulistanos.
A abertura de novos pontos de venda exclusivos da Skechers já está nos planos da companhia. No entanto, a decisão sobre novas áreas e cidades para mais lojas no país dependerá dos resultados que das duas primeiras unidades.
A intenção é monitorar o desempenho de cada uma delas para depois então abrir novos pontos de venda, afirma o executivo da Skechers.
A empresa não revela quanto investiu nas novas unidades e as projeções para as futuras filiais. O Brasil vai entrar na conta da empresa com as novas lojas para que a Skechers atinja o objetivo de, em três anos, obter metade de seu faturamento global - hoje de US$ 1,6 bilhão - conquistados com a venda dos tênis de corrida.
 
 
Flowserve inaugura fábrica no Rio de Janeiro
MonitorMercantil 31.08.2012 - A Flowserve, que fornece de bombas, válvulas, selos mecânicos, sistemas de selagem e serviços para as áreas de petróleo, gás e química em vários países, investiu US$ 40 milhões para inaugurar sua segunda fábrica na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A nova unidade vai gerar mais de 350 empregos diretos. A construção, que tem 15 mil metros quadrados de área construída, foi uma das ações mais significativas da Flowserve no mundo e o maior investimento já feito na América Latina.
A fábrica, localizada em Campo Grande, importante área industrial do Rio de Janeiro, será especializada na produção de bombas, além de uma bancada de testes com mais de 6 megawatts (MW) de potência disponíveis, com possibilidade de expansão, e ainda suporte para fabricação de peças, serviços pós-venda e treinamentos em diversos setores. Além disso, a capacidade atual de fabricação será elevada em três vezes com a unidade.
- A nova fábrica amplia as possibilidades de atuação da Flowserve no setor de bombas e confirma a confiança da companhia no desenvolvimento do Brasil. A expectativa é preparar o país para novos produtos e aumentar o market share. As bombas fabricadas na nova unidade do Rio de Janeiro irão abastecer vários mercados da América Latina - disse Marcelo Alves, gerente-geral da Flowserve no Brasil. A companhia, com mais de 70 anos de atuação no país, tem mais de 20 mil bombas instaladas em todas as refinarias, plataformas, estações de tratamento, plantas químicas e petroquímicas e na indústria em geral do Brasil. A empresa conta ainda com 500 funcionários em todas as operações no país.
- Temos o objetivo de aumentar ainda mais nossa participação no mercado e nossa presença no mercado de offshore. Por todo potencial que o país apresenta e com os investimentos públicos e privados para os próximos anos, a Flowserve considera o Brasil uma das regiões de maior crescimento no mundo e uma de suas prioridades - disse Alves.
 
 
Laboratório Blau compra fabricante na Colômbia
Valor 31.08.2012 - O laboratório nacional Blau anunciou a compra de 50,98% da farmacêutica colombiana Sumimed. A operação foi realizada por meio de compra de ações e aumento de capital da empresa, que passa a se chamar Blau Farmacêutica Colômbia S/A. Com essa aquisição, a companhia brasileira dá início a seu processo de internacionalização. A empresa pretende fechar outra aquisição ainda este ano.
O valor do negócio não foi divulgado. A empresa informou que a transação foi realizada com recursos próprios. "Escolhemos a Colômbia por ser o terceiro país mais importante na América do Sul, politicamente democrático, economicamente estável e estar em franco crescimento. O fato de a Colômbia ser muito similar ao Brasil na parte fiscal, tributária e societária também foi levado em conta", afirmou Marcelo Hahn, fundador e CEO da Blau, por meio de um comunicado.
A empresa colombiana já era um importante cliente internacional da companhia. Esse laboratório trabalha com um portfólio, que vai desde antibióticos até produtos biotecnológicos. Com atuação nas áreas de preservativos, farmacêutica, hospitalar e bioctenologia, a Blau pretende encerrar este ano com faturamento superior a R$ 250 milhões.
 
 
Remédio em casa
Folha 31.08.2012 - A proposta da ANS de que as operadoras de planos de saúde venham a oferecer medicação domiciliar a beneficiários portadores de doenças crônicas não foi bem vista pelo setor.
Para José Cechin, presidente da Fenasaúde (que representa as operadoras), não há evidências de que a oferta de remédios surta efeito.
Uma pesquisa dos EUA, divulgada pelo Iess (Instituto de Estudos de Saúde Complementar), aponta avanço apenas de preços dos prêmios e do uso de medicamentos.
"Não se verifica relação entre a oferta de medicamentos na rede privada e a diminuição de internações ou melhora de saúde do paciente", diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Iess.
José Cláudio Ribeiro Oliveira, da Unimed do Brasil, afirma que a ANS quer transferir para as operadoras responsabilidades do SUS.
Paulo Arthur Góes, do Procon de SP, afirma que "é também responsabilidade do setor privado, cujo objetivo é a qualidade de vida, o que inclui acesso a remédios".
 
 
Vivendi desmente a venda de ativos
MonitorMercantil 30.08.2012 - A Vivendi não corre contra o tempo para vender ativos nem tem planos para se dividir em duas, garantiu nesta quinta-feira a companhia francesa de mídia e telecomunicações, ao anunciar 500 milhões de euros de cortes de custos para compensar a maior concorrência contra a SFR, operadora francesa de telefonia celular.
As vendas em queda da SFR, alvo de uma guerra de preços que a concorrente Iliad travou, levou à queda de 13% no lucro do conglomerado no primeiro semestre, em linha com as previsões.
A desvalorização de suas ações obrigou a Vivendi a contratar consultores para rever seus negócios e estudar a venda da produtora de videogames Activision Blizzard e da operadora brasileira de telecomunicações GVT.
"Sentimos a necessidade de agir às claras com nossos acionistas, mas não estamos em 2002, nem temos que vender ou fazer nada imediatamente", disse o presidente-executivo, Philippe Capron, em referência à concordata da companhia há dez anos que levou à venda em massa de ativos para cortar dívida.
A companhia francesa disse que os cortes de custo se darão por demissões voluntárias e economias em todos os setores, como marketing e tecnologia da informação. Capron acrescentou que poderá haver outros cortes de custo além dos 500 milhões de euros, mas não deu detalhes.
Resultado: A Vivendi, que controla a GVT no Brasil, obteve lucro líquido 44% menor no segundo trimestre do ano, para 463 milhões de euros, ante 824 milhões de euros no mesmo período de 2011. O recuo se deveu, segundo a empresa, à queda da lucratividade da unidade francesa SFR, ao aumento de impostos e ao adiamento da contabilidade das vendas do videogame Activision Blizzard.
O lucro ajustado antes de juros e impostos da companhia recuou 21% no segundo trimestre, para 1,32 bilhão de euros, do lucro ajustado de 1,66 bilhão de euros..
A receita geral recuou 1,5% no segundo trimestre, para 6,97 bilhões de euros, de 7,07 bilhões no mesmo período do ano passado. A receita da SFR, que representou 42% da receita da companhia em 2011, recuou 7,5% no segundo trimestre, para 2,83 bilhões de euros.
GVT: A receita da GVT atingiu 853 milhões de euros no primeiro semestre de 2012, um aumento de 25,1% em relação ao mesmo período do ano passado (31,4% em moeda constante). As receitas de serviços de banda larga aumentaram 16,7% (22,4% em moeda constante) e as receitas de serviços de voz aumentou 26,2% (32,4% em moeda constante) em relação ao primeiro semestre de 2011.
Como resultado dos esforços comerciais e de expansão da rede geográfica, as linhas em serviço (LIS) da alcançou mais de 7,414 milhões, um aumento de 41,1% ano-a-ano. Quanto LIS total da banda larga, o perfil do cliente na base com velocidade igual ou superior a 15 Mbps atingiu 40,7%, em comparação com 24% para a primeira metade de 2011. GVT expandiu sua cobertura para 11 cidades adicionais durante a primeira metade do ano e encerrou o segundo trimestre em 130 cidades.
O Ebitda da GVT somou 346 milhões, um aumento de 21,4% em relação ao primeiro semestre de 2011 (27,3% em moeda constante), com margem Ebitda de 40,6%. Excluindo os custos relacionados com o serviço de televisão por assinatura, telecomunicações a margem Ebitda atingiu 43,1%, o que representa um aumento de 0,9 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Por meio de seu serviço de televisão por assinatura híbrida, combinando transmissão de canais via satélite e serviços interativos via IPTV (Internet Protocol TV), a GVT já adquiriu cerca de 203 mil assinantes em 30 de junho de 2012. Durante o segundo trimestre de 2012, a GVT obteve uma quota de mercado de 11% líquida acrescenta de todo o mercado de televisão por assinatura brasileira (levando em conta que os mercados da GVT seus serviços apenas em suas áreas de implantação de rede).
 
 
Aneel decide que Equatorial não tem condições para assumir a Celpa
Valor 31.08.2012 - O conselheiro da Aneel Romeu Rufino disse que a empresa Equatorial Energia SA informou à agência que está com dificuldades de assumir as operações da Companhia Elétrica do Pará (Celpa).
A proposta fazia parte do plano de transição da Celpa, que apresenta sérias dificuldades financeiras.
A Aneel decidiu, portanto, que a Equatorial não tem condições operar a Celpa. A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da Aneel, que, em instantes, vai definir a eventual intervenção nas operações do grupo Rede, que, além da Celpa, controla outras oito distribuidoras de energia no país.
 
 
Aneel vai decretar intervenção em 8 distribuidoras do grupo Rede
Valor 31.08.2012 - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciará, hoje à tarde, intervenção em oito distribuidoras do grupo Rede Energia. Essas distribuidoras atendem a 4,9 milhões de unidades consumidoras, em 578 municípios, e são controladas pelo grupo do empresário Jorge Queiroz.
A intervenção, permitida por uma medida provisória publicada ontem no “Diário Oficial da União”, abrangerá as seguintes concessionárias: Cemat (MT), Celtins (TO), Enersul (MS), Nacional (SP), Bragantina (SP), Caiuá (SP), Vale Paranapanema (SP) e Força e Luz do Oeste (PR). A medida não afeta a Celpa, distribuidora do Pará, que pertence ao mesmo grupo e está em processo de recuperação judicial.
 
 
Produção da Petrobrás pode cair este ano
Estadão 31.08.2012 - Resultados de julho acenderam o sinal vermelho entre especialistas, que já falam na primeira queda na produção de petróleo do País desde 2004. O baixo volume de petróleo produzido pela Petrobrás em julho acendeu o alerta vermelho para o resultado do ano. Entre analistas financeiros, cresce a percepção de que a produção ficará abaixo do número registrado em 2011. Caso isso ocorra, será a primeira vez desde 2004 que a produção da Petrobrás no Brasil apresentará queda anual. Naquele ano, a produção média foi de 1,493 milhão de barris de óleo por dia, ante 1,540 milhão de barris diários em 2003.  A Petrobrás divulgou na noite de quarta-feira a produção de 1,940 milhão de barris diários de petróleo no Brasil em julho. Foi o pior resultado mensal desde outubro de 2010, quando foi produzido 1,938 milhão de barris por dia (bpd).
A reação foi imediata. Em relatório elaborado ainda na noite de quarta, os analistas Marcus Sequeira e Luiz Fonseca, do Deutsche Bank, questionaram se 2012 seria um novo 2004. "Se a produção permanecer no patamar de 2 milhões de barris por dia até dezembro, a Petrobrás apresentará queda da produção neste ano (ao contrário de nossa estimativa de produção estável), a primeira desde 2004."
A produção média da Petrobrás em 2011 ficou em 2,022 milhões de barris por dia e, até julho deste ano, a produção está em 2,007 milhões de bpd em 2012. Por isso, apenas uma aceleração expressiva em relação aos níveis de julho possibilitará à Petrobrás não amargar a primeira queda da produção em oito anos.
A equipe do Deutsche lembra que dois FPSOs (navios-plataforma) entrarão em operação no segundo semestre, mas o efeito no resultado de 2012 será pequeno. Juntos, os equipamentos Cidade de Anchieta e Cidade de Itajaí terão capacidade para processar 180 mil barris por dia.
O analista do Banco Geração Futuro, Lucas Brendler, destaca que a produção da Petrobrás tem caído de forma consistente em 2012. Em janeiro, a produção nacional de petróleo da Petrobrás alcançou 2,110 milhões de barris por dia e desde então o indicador apresentou cinco quedas na comparação com o mês anterior - a exceção foi em maio.
Parada programada. A redução da produção em julho, de acordo com a Petrobrás, foi provocada pela parada programada para manutenção na plataforma P-8, no campo de Marimbá (bacia de Campos). Os números de 2012 também refletem a interrupção da produção no campo de Frade (bacia de Campos), ainda sem data para retornar.
O analista do Geração Futuro mantém a projeção de que a produção em 2012 terá leve alta em relação ao ano passado, alcançando 2,027 milhões de barris por dia, mas destaca que a possibilidade de uma queda se torna cada vez mais factível. O analista de petróleo da SLW Corretora, Erick Scott, diz que a direção da Petrobrás sinalizou que a produção em 2012 e 2013 ficaria estável em relação a 2011. A companhia, no entanto, costuma trabalhar com uma margem de erro e, nesse cenário, uma queda da produção já havia sido sinalizada. "O resultado da Petrobrás tem vindo sempre abaixo do esperado. Por isso, se cumprida a projeção da própria companhia, podemos imaginar na melhor condição uma estabilidade em relação ao ano passado."Voltar
 
 
Triunfo confirma emissão de licença ambiental para Viracopos
Valor 31.08.2012 - A Triunfo Participações e Investimentos (TPI) divulgou hoje, por meio de comunicado, que o governo do Estado de São Paulo emitiu licença ambiental de instalação à concessionária Aeroportos Brasil Viracopos. A licença permite a sociedade, formada por TPI, UTC Participações, Egis Airport Operation e Infraero, iniciar os investimentos previstos no contrato de concessão. A sociedade será responsável pelos serviços de ampliação, manutenção e operação do aeroporto pelos próximos 30 anos, conforme contrato assinado em 14 de junho de 2012.
 
 
À espera de carga, navios perdem a vez em fila do porto de Paranaguá
Folha 31.08.2012 - Embarcações aguardam um mês pelo lugar, mas desistem de atracar por falta de mercadoria. Greves de servidores e de caminhoneiros acentuaram problema logístico no transporte de grãos ao terminal. Navios no porto de Paranaguá (PR); carga de grãos atrasada faz embarcações abrirem mão da vez após espera de um mês. Navios em busca de soja e milho brasileiros, que vêm lotando o porto de Paranaguá (PR) para embarcar grãos, estão deixando de atracar no local devido à falta de carga nos armazéns. De acordo com operadores portuários e produtores rurais, está faltando soja e milho para dar conta da demanda dos exportadores.
O problema ocorre em razão da quebra da safra de grãos dos EUA: como não há cereal suficiente lá, os importadores vêm para o Brasil em busca do produto.
Os navios, que aguardam em média um mês na fila para carregar, estão abrindo mão da vez de embarcar por não haver carga disponível.
"O problema é o transporte. Os grãos não estão chegando no porto, tanto por ferrovia como por rodovias", afirma Sérgio Mendes, da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).
Segundo Mendes, a situação piorou depois da greve de caminhoneiros e de servidores federais.
"É uma questão estrutural, que se agravou com a sucessão de greves", diz. "Você pensa que [a carga] vai chegar no dia tal, mas não chega. E o navio lá, esperando."
Na última semana, 21 navios em Paranaguá abriram mão da vez por não encontrar a carga pronta. Alguns esperavam por mais de 30 dias.
"Em 20 anos, eu nunca tinha visto algo parecido", afirma o superintendente do porto de Paranaguá, Luiz Henrique Dividino.
O problema também ocorre, em menor escala, nos portos de Santos e São Francisco do Sul (SC), onde alguns navios embarcam apenas parte da carga e voltam ao fim da fila para completar o resto depois.
"Eles preferem ficar aqui na fila, onde sabem que vão captar a carga, do que ficar boiando em algum lugar do mundo, onde o produto simplesmente não existe", afirma Dividino.
A expectativa é que a "corrida" dos exportadores só desacelere no final do ano, com a nova safra de grãos. Até lá, as exportações de milho -produto que está mais em falta no mercado internacional- devem bater recorde histórico neste ano, segundo a Anec. Serão 14 milhões de toneladas, quase 50% a mais do que no ano passado.Voltar
 
 
Suspensão de licença mineral dura até novo código, diz Lobão
Valor 31.08.2012 - Ministro Edison Lobão: "Já há um número excessivo de concessões de pesquisa e de lavra circulando por aí".
Apesar da intensa pressão das mineradoras, que ameaçam até mesmo ir à Justiça para conseguir a liberação de licenças de pesquisa e de lavra, o governo está decidido a reter a maior parte dos pedidos para exploração e produção em novas jazidas até a entrada em vigência do futuro código de mineração. Essa determinação foi confirmada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em entrevista ao Valor.
Lobão reconheceu que, de fato, o governo decidiu segurar a liberação de licenças. Os únicos minérios que não tiveram as autorizações barradas pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), órgão responsável pela emissão dos documentos, são os chamados "minérios agregados", produtos como areia, brita, cascalho e água mineral, insumos básicos que são utilizados na construção civil. O resto está praticamente parado.
"Estamos, sim, segurando as autorizações. Já há um número excessivo de concessões de pesquisa e de lavra circulando por aí, disse o ministro. "Então, não há que se dizer que [a retenção de novas autorizações] irá prejudicar as exportações ou a produção nacional. Basta que [as empresas] cumpram os alvarás já expedidos e que estão sem ser explorados, sendo apenas usados para especulação", ressaltou Lobão.
A retenção das autorizações tem um propósito claro. Pelo novo código de mineração, o governo passará a leiloar o direito da exploração mineral, provocando a concorrência entre empresas interessadas naquela lavra. Pelo modelo atual, essa disputa não existe, porque o direito de exploração é dado à empresa que apresentar primeiro o seu pedido.
Outra medida importante e já sacramentada, segundo Lobão, é o estabelecimento de um prazo para a concessão do direito de exploração. "Hoje esse prazo não existe. A empresa obtém um alvará de lavra e, a partir daí, não tem mais data nem para começar, nem para terminar. Isso vai mudar", disse o ministro. "O prazo de concessão será de 30 anos, podendo ser renovado por mais 20 anos, e esse prazo valerá para todos os minérios", antecipou.
O governo também decidiu estabelecer um tempo limite para o início da produção. As mineradoras receberão uma licença de pesquisa com prazo de sete anos, não podendo ser renovado, como acontece atualmente. "A empresa terá esse prazo máximo para começar a lavra. Não poderá mais ficar empurrando isso com a barriga pelo resto da vida."
Até o início deste mês, conforme revelou o Valor, havia no DNPM mais de 5 mil alvarás de pesquisa e 55 portarias de lavra pendentes de liberação. As empresas criticam a postura do governo e afirmam que a paralisação terá reflexos na economia e nas exportações. A preocupação das mineradoras concentra-se, basicamente, no que o governo fará com os pedidos de autorização de pesquisa e lavra que já foram protocolados no DNPM, mas que não tiveram seus processos concluídos pela autarquia.
Quanto a esse ponto, o governo sinaliza não ter dúvidas: todas as autorizações não concluídas perderão a validade, para que suas jazidas sejam leiloadas, com base nas novas regras do marco da mineração. "O direito de uma empresa sobre a mina só se configura quando o processo se completa, e isso só ocorre com a expedição do alvará de pesquisa", disse Lobão. "Como o DNPM não expediu o alvará, o processo começou, mas não se concluiu. Portanto, não há do que reclamar."
O ministro confirmou a informação de que a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), como é conhecido o royalty cobrado das mineradoras para a exploração mineral, terá o teto de sua alíquota elevado para até 6%. Hoje, a CFEM parte de uma alíquota de 0,2% (pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres) para até 3% (minério de alumínio, manganês, sal-gema e potássio). Na média, o recolhimento fica em torno de 2%, faixa que é aplicada para os minérios de ferro, fertilizantes e carvão. "Vamos elevar essa média de 2% para 4%", afirmou Lobão.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, a decisão do governo de converter as autorizações de mineração em leilões de concessão segue uma tendência mundial em andamento em outros países, como a Colômbia e a Austrália, que têm realizado mudanças da mesma natureza.
A aprovação do código da mineração está atrasada em relação ao cronograma original. As linhas gerais do novo marco foram apresentadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. A missão de levá-lo adiante ficou com a presidente Dilma Rousseff, que previa o envio do texto ao Congresso Nacional no ano passado. Um adiamento alterou o cronograma para este ano. Agora, Lobão disse que o assunto entrará na pauta, como prioridade, logo após a solução a ser dada para as concessões do setor elétrico. Ele prevê que o texto seja encaminhado ao Congresso, finalmente, até dezembro. "Esse assunto tem sido examinado intensivamente no Palácio do Planalto. Já fizemos cerca de dez reuniões sobre a proposta, e sempre se melhora o trabalho. Estamos apenas aguardando agora essa questão das concessões [de infraestrutura]. Concluída essa etapa, o Palácio vai se concentrar nesse assunto."
Três projetos de lei foram elaborados. Os dois primeiros tratam do sistema de licitações e do aumento dos royalties. O último transforma o DNPM em agência reguladora. Ontem à noite, o ministério anunciou a saída - por razões pessoais - do secretário de Geologia e Mineração, Cláudio Scliar, um dos principais responsáveis pelo desenho do novo código. Ele será substituído pelo secretário-adjunto, Carlos Nogueira. A exoneração de Scliar, a pedido, e a nomeação de Nogueira saem nos próximos dias.
 
 
Consumidor doméstico amplia campo de eólicas
Valor 31.08.2012 - Dante Bonorandi: “Incremento de projetos nas carteiras de energia eólica”.
O crescimento do mercado de energia eólica no país e a nova resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que permite a microgeração por consumidores domésticos, estão movimentando os negócios de pequenos e médios fornecedores do setor. No Ceará, um dos Estados com grande potencial de força gerada pelos ventos, empresas como Mercurius, Satrix e Transfortech expandem a atuação para outros Estados, investem na produção de equipamentos mais potentes e na ampliação da cartela de serviços. A Satrix, com 30 funcionários, faturou R$ 2 milhões em 2011 e planeja chegar a R$ 8 milhões até o final do ano.
Com sede em Fortaleza, a Mercurius Engenharia se especializou na construção de parques eólicos. Faz obras civis, acessos e vias dentro das usinas. Em 2011, faturou R$ 80 milhões e a previsão é faturar R$ 100 milhões em 2012. "Vamos ter um incremento de projetos nas carteiras de energia eólica e de incorporações", diz o diretor Dante Bonorandi, que já entregou 18 obras em todo o país.
Para captar mais clientes no mercado de energia renovável, Bonorandi reforçou os contatos diretos com fornecedores e participa de eventos e feiras do setor. Em 2012, espera investir cerca de 5% do faturamento na compra de equipamentos, capacitação técnica dos funcionários, consultorias e na expansão da área de TI (tecnologia da informação). O valor é quase o dobro do que foi aplicado em 2011.
O empreendedor paulista José Aparecido Cardoso abriu no ano passado uma prestadora de serviços em Maracanaú (CE), de olho no crescimento dos parques eólicos do Estado. Uma das tarefas da Transfortech é realizar a troca do óleo lubrificante das caixas de engrenagem dos aerogeradores, em uma altura de quase 100 metros. Tem clientes como CPFL Renováveis, GE e Alstom.
Fazendas e pousadas, que podem usar energia do vento, movimentam fornecedores de menor porte
A empresa de 22 funcionários faturou R$ 945 mil em 2011 e planeja fechar 2012 com R$ 2,5 milhões no caixa. A receita do empresário para conquistar grandes contas é executar serviços dentro dos prazos e horários estabelecidos, além de manter funcionários com experiência no setor. "Montamos uma unidade em João Câmara (RN), com investimentos de R$ 400 mil, para atender os parques de energia eólica da região, que reúnem cerca de 2,4 mil aerogeradores". Este ano, a empresa ainda fez parcerias com duas companhias de geradores eólicos para oferecer especialistas em torres, troca de pás e motores. Segundo Cardoso, os investimentos no negócio são, geralmente, alimentados com recursos próprios. "Somente agora estamos tentando fazer algum tipo de empréstimo, mas é sempre muito difícil. As exigências são grandes e temos de dar garantias para obter o financiamento". Nos próximos meses, a Transfortech deve implantar novos escritórios em municípios cearenses como Aracati e Camocim, no Sul e Norte do Estado, para diminuir o tempo de atendimento aos clientes.
Segundo José Roberto Martins, sócio do Trench, Rossi e Watanabe Advogados e responsável por negócios da área de energia, as empresas de tamanho reduzido do setor também terão oportunidades na área de microgeração. "O Brasil está buscando tecnologia para a fabricação de aerogeradores de pequeno porte, com qualidade e custos competitivos".
Em abril, a Aneel publicou a resolução normativa 482, que incentiva a microgeração de até 100 quilowatt (kW) e a minigeração de 100 kW a 1 MW de energia eólica. Agora o consumidor já pode utilizar geradores eólicos em casa. A iniciativa deve viabilizar mais investimentos em pequenos geradores, em pousadas e fazendas, dizem os especialistas. "Os consumidores que liberarem energia no sistema de distribuição ainda podem compensar o montante extra no valor faturado pela distribuidora", explica Martins.
De olho nesse novo nicho, depois de um investimento de R$ 12 milhões, a Satrix, instalada em Eusébio, município da região metropolitana de Fortaleza, passou a entregar aerogeradores de pequeno porte, de até 50 kw, indicados para pequenas fábricas. são pouco mais de 30 equipamentos em funcionamento no Estado.
O empresário pernambucano Marcelo Tavares de Melo, um dos sócios da empresa de 30 funcionários, já pensa em expandir as vendas para Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, além de Alagoas e Maranhão. Uma torre eólica de pequeno porte, com 1,2 kW de potência, pode custar R$ 26 mil com a instalação. A Satrix faturou R$ 2 milhões em 2011 e pretende alcançar R$ 8 milhões em 2012. "Vamos iniciar a produção de novos modelos, com maior poder de geração, e chegar aos mercados da Bahia e Sergipe em 2013". A empresa também opera com financiamento dos produtos por meio do cartão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo Rob Grant, CEO global da empresa australiana de energia renovável Pacific Hydro, 80% dos fornecedores que trabalham para a empresa com desenvolvimento de projetos são pequenos e médios negócios. Fornecem torres, consultoria ambiental, análises topográficas, estudos arqueológicos, linhas de transmissão e serviços de manutenção. "Estamos em busca de inovações tecnológicas e logísticas, além de softwares e serviços de TI". Antes de escolher os parceiros, a companhia analisa o conhecimento dos sócios no setor e planos de crescimento.
 
 
Hypermarcas lucra mais com remédios
Valor 31.08.2012 - Bergamo (à esq.), CEO, e Violland, da divisão farmacêutica: "O mercado começou a entender a nossa estratégia".
Conhecida como uma "máquina de compras", a Hypermarcas vai dar um tempo. Desde o início de 2002, quando entrou efetivamente em operação, a companhia fez 28 aquisições para se tornar a gigante que é hoje, com faturamento de R$ 4,2 bilhões. Dez anos depois, a Hypermarcas decidiu ajustar o foco. A empresa quer ser uma das maiores do setor farmacêutico do país e de consumo, nos segmentos de beleza e higiene pessoal.
Há cinco anos, quando decidiu entrar no setor farmacêutico, a companhia fez cinco aquisições, que somaram R$ 5,9 bilhões, e está concentrando em Anápolis (GO) 75% de sua produção de medicamentos. Esse complexo industrial recebeu investimentos de R$ 100 milhões e se tornou o maior laboratório da América Latina em capacidade instalada.
O processo de realinhamento do grupo teve um penoso percurso. Em meio a um cenário macroeconômico adverso em 2011, a companhia viu suas ações saírem do céu para o inferno, com desvalorização de 62,06% no ano passado. Neste ano, a situação começou a se inverter. No acumulado do ano até ontem, os papéis registravam alta de 59,18%, de acordo com levantamento do Valor Data. Ontem, os papéis da companhia fecharam cotados a R$ 15,53. Para dar uma guinada na companhia, a Hypermarcas decidiu se desfazer no ano passado de três importantes ativos - Assolam (esponja de aço e produtos de limpeza), Assim (produtos de limpeza) e Etti (atomatados), que deram início às operações do grupo. A empresa criou duas divisões de negócios - farmacêutica e consumo. Com o ajuste do portfólio e divisões definidas, a companhia começou a preparar seu plano de expansão para os próximos cinco anos. A meta é crescer organicamente, deixando um pouco de lado o DNA consolidador.
Em 2011, quando encerrou com faturamento bruto de R$ 4,2 bilhões, a divisão de consumo representava 50,7% da receita do grupo, e fármacos ficou com 49,3%. Neste primeiro semestre, houve uma inversão. O setor farmacêutico ficou com 56,7% e consumo 43,3%. A expectativa é de que haja um equilíbrio entre as duas divisões de negócios, mas a área farmacêutica, que tem margens mais atraentes, responde por cerca de dois terços do lucro bruto da companhia, que neste primeiro semestre ficou em R$ 1,15 bilhão.
"Hoje ninguém conseguiria criar uma empresa nos mesmos moldes da Hypermarcas", afirmou ao Valor Claudio Bergamo, CEO da companhia.
A decisão de entrar no segmento farmacêutico começou em 2007, quando o grupo comprou o laboratório DM. Com essa aquisição, tornou-se dona de conhecidos medicamentos isentos de prescrição (Mips) ou OTC (na sigla em inglês), como Atroveran, Biotônico Fontoura, Doril, Engov e Eplocler, com forte apelo popular e linha de frente de qualquer farmácia. No ano seguinte, abocanhou o laboratório Farmasa, entrando no segmento de remédios de prescrição, com importantes marcas como Rinosoro e Tamarine. Em 2009, deu uma grande tacada, com a compra da Neo Química, desbancando multinacionais que estavam no páreo. No ano seguinte, adquiriu a Luper, mas compra da Mantecorp, no fim de 2010, consolidou o portfólio da companhia como líder em medicamentos isentos de prescrição, similar e a terceira maior em genérico, além de fazer sua estreia na área de dermocosméticos.
A expansão no setor farmacêutico foi batizada de projeto Magnum, que incluiu a consolidação das fábricas de medicamentos em Anápolis (GO). No Rio de Janeiro, onde a companhia mantém a unidade da Mantecorp, ficam os 25% restantes da produção.
Para dar prosseguimento ao seu processo de expansão nesse segmento, a Hypermarcas foi ao mercado e contratou o executivo Luiz Eduardo Violland, ex-presidente da Nycomed (adquirida pela japonesa Takeda). Violland chegou à companhia em outubro do ano passado para assumir a divisão farmacêutica do grupo. "Nosso mercado não depende de financiamento. Nosso setor cresce com a maior renda da população", afirmou Violland.
E como a maioria dos produtos farmacêuticos da Hypermarcas está fora do balcão, a estratégia da companhia é atacar em todas as frentes. Uma equipe de 500 pessoas é responsável para visitar o varejo farmacêutico, desde grandes redes, como as independentes, explicou Violland. No caso dos medicamentos com prescrição, a visita aos médicos também se intensificou. "Nosso foco é na execução."
Neste ano, o grupo anunciou participação na joint venture da superfarmacêutica nacional BioNovis, que tem como sócios Aché , EMS e União Química, cada um com 25% de participação. Os investimentos serão de R$ 500 milhões, dos quais R$ 300 milhões em dívida e o restante dividido entre os sócios. A nova empresa vai investir em biológicos e biossimilares.
Com histórico consolidador, a Hypermarcas sofreu um forte revés no ano passado. Suas ações derreteram, chegando a valer menos que em 2008, quando abriu o capital, e a gestão da companhia foi questionada. Analistas criticaram as inúmeras aquisições - no setor farmacêutico a companhia inflacionou os ativos por conta do seu apetite - e o mercado dava como certa a saída de Claudio Bergamo do grupo. Neste ano, o humor do mercado mudou em relação à empresa. "O mercado começou a entender a nossa estratégia", afirmou Bergamo.
Passado o período turbulento, o apetite por aquisições dará lugar à estratégia de expansão orgânica. Bergamo não fala em metas de crescimento, mas disse que a companhia busca encerrar 2012 com Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) acima de R$ 850 milhões. O capex (investimento) para 2012 está previsto em R$ 200 milhões. Em 2013, a projeção é de R$ 150 milhões e, em 2014, ficará entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Os aportes de marketing ficam em 19% da receita líquida anual.
Com o desinvestimento nos três ativos, R$ 445 milhões entraram no caixa do grupo. O endividamento da empresa está em três vezes o Ebtida do último trimestre anualizado. A companhia trabalha para reduzir seu endividamento para ficar entre 2 a 2,5 vezes o Ebtida. A empresa informou que sua posição de caixa está em R$ 2,3 bilhões e que o perfil de sua dívida é majoritariamente de longo prazo.
Para a divisão de consumo, que responde por beleza e higiene pessoal, o grupo criou o projeto Matrix, que começou a ser executado este ano e deverá ser concluído em 2013. O projeto prevê consolidar as unidades da área em uma única fábrica em Senador Canedo (GO).Voltar
 
 
O noivo da vez
Isto é Dinheiro 24.08.2012 - Maior empresa independente de publicidade digital do País, a paulista iThink está sendo assediada por grandes grupos internacionais do setor.
Maior empresa independente de publicidade digital do País, a paulista iThink está sendo assediada por grandes grupos internacionais do setor. Segundo o CEO Marcelo Trípoli, a iThink recebeu sete propostas de companhias estrangeiras nos dois últimos anos. “Como a única das grandes que não está ligada a grupos, somos a noiva da vez”, diz Trípoli, que descartou propostas de aquisição pura e simples do controle. “Estamos abertos a associações com parceiros que adicionem valor ao nosso negócio.” O interesse de fora faz sentido: com um mercado estimado em R$ 3,4 bilhões, em 2011, a publicidade digital brasileira vem crescendo a taxas de dois dígitos, nos últimos anos – no primeiro trimestre de 2012, o faturamento aumentou 12%, de acordo com o Interactive Advertising Bureau. “A propaganda digital já representa mais de 10% da receita publicitária no País”, diz Trípoli, que tem entre seus clientes nomes como Vivo, Santander e Nestlé. A ideia é que essa fatia chegue a pelo menos 30%, até o final da década, a exemplo do que ocorre nos EUA.
 
 
Cacau Show acelera o passo
Isto é Dinheiro 24.08.2012 - A marca de chocolates Cacau Show, que levou 22 anos para chegar a mil lojas franqueadas, quer duplicar de tamanho nos próximo três. Segundo o CEO Alexandre Costa, a expectativa é que, em 2015, a rede também dobre suas receitas, que ficaram em R$ 550 milhões em 2011.
 
 
Dados do IBGE apontam que população do país cresce rumo ao interior
Folha 31.08.2012 - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira os dados de população dos municípios brasileiros --em relação à última medição, em 2010, o Brasil ganhou 3.191.087 novos habitantes, passando a uma população total estimada em 193.946.886 pessoas na data de referência, 1º de julho de 2012.
Os dados mostram que as cidades que mais cresceram no período das três últimas medições (2000-2012) foram aquelas com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. Segundo o instituto, esse dado revela "que o dinamismo populacional do Brasil continua seguindo novas rotas, particularmente rumo ao interior".
Não houve mudança na lista dos 15 municípios mais populosos em relação a 2010. As maiores cidades são São Paulo (11,37 milhões de habitantes), Rio (6,39 milhões), Salvador (2,71 milhões), Brasília (2,64 milhões) e Fortaleza (2,5 milhões). Juntos, eles somam 40,75 milhões de habitantes, representando 21,02% da população.
Quando consideradas as regiões metropolitanas, São Paulo mantém-se líder (19,95 milhões de habitantes), seguida do Rio (11,84 milhões), mas Belo Horizonte, com 5,5 milhões de pessoas na região metropolitana, e Porto Alegre (3,99 milhões) assumem as posições seguintes.
Excluindo as capitais, os municípios mais populosos são Guarulhos (1,24 milhão), Campinas (1,09 milhão), São Gonçalo (1,01 milhão), Duque de Caxias (867,06 mil), Nova Iguaçu (801,74 mil) e São Bernardo do Campo (774,88 mil). Com exceção das capitais, os 15 municípios mais populosos somam 11,47 milhões de habitantes, representando 5,92% do total da população do Brasil em 2012.
Já os municípios com população abaixo de 100 mil pessoas tiveram baixas taxas de crescimento -- muitos deles próximos de zero. Borá (SP) e Serra da Saudade (MG), com 807 habitantes cada uma, são as cidades menos habitadas do país, e as duas únicas que possuem menos de mil moradores.
As estimativas populacionais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União na distribuição do dinheiro do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Estados: São Paulo continua sendo o Estado mais populoso, com 41,9 milhões de habitantes (21,6% da população brasileira), seguida por Minas Gerais, com 19,85 milhões (10,23%), e Rio de Janeiro, com 16,23 milhões (8,36%). O Estado de Roraima é o menos populoso, com 469,52 mil habitantes (0,24%), seguido do Amapá, com 698,60 mil (0,36%), e Acre, com 758,78 mil (0,39%).
 
 
Com o pré-sal, seguros para navio crescem no país
Folha 31.08.2012 - A evolução do segmento de seguros para cobertura de risco de embarcações especializadas em pré-sal vai atrair empresas e práticas da Noruega, segundo a FenSeg (federação de seguros).
"O país é especializado na área. Algumas frotas brasileiras já têm embarcações na condição norueguesa de seguros, em que as coberturas são mais amplas", diz Carlos Polízio, executivo da FenSeg.
A Liberty Seguros, que acaba de entrar no mercado de seguros de navios no Brasil, fechou acordo com a norueguesa Norwegian Hull Club.
A Liberty informa que já emitiu apólice que cobre US$ 200 milhões em riscos para três navios que operam na Bacia de Campos.
"O padrão norueguês tem contrato sucinto e serviços como treinamento de tripulação e executivos. Permite que o próprio segurado realize a apuração do dano em caso de acidente. Este tipo de flexibilidade dará maior velocidade aos processos", diz Pablo Barahona, presidente da Liberty Seguros.
"Com o pré-sal, as frotas vão crescer, com embarcações para fazer a logística. Nosso objetivo é conquistar 700 apólices nos próximos três anos", afirma o executivo Maurício Giuntini.
O volume de prêmios emitidos no segmento cresceu de R$ 15,9 milhões no primeiro semestre de 2011 para quase R$ 17 milhões no período neste ano, segundo Polízio.
No grupo segurador Banco do Brasil Mapfre, a área de cobertura de cascos cresceu 475% de janeiro de 2011 a julho deste ano, segundo Wady Cury, diretor-geral de grandes riscos do grupo.
R$ 16,7 milhões foi o prêmio arrecadado de janeiro a junho de 2012 e R$ 15,9 milhões foi o valor de janeiro a junho de 2011.
 
 
Haddad encosta em Serra no 2º lugar
Estadão 31.08.2012 - Segundo pesquisa Ibope, tucano tem 20% das intenções, tecnicamente ao lado de petista, que tem 16%; Russomanno lidera, com 31%
O candidato José Serra (PSDB) caiu de 26% para 20% em duas semanas e está empatado tecnicamente com o petista Fernando Haddad na segunda colocação da corrida pela Prefeitura de São Paulo, de acordo com a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. O líder, Celso Russomanno (PRB), subiu cinco pontos nesse período e chegou a 31%.
Impulsionado pelo início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, Haddad cresceu de 9% para 16% desde a pesquisa anterior, feita entre 13 e 15 de agosto. Como a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos, Serra pode ter de 17% a 23% e Haddad, de 13% a 19% - daí o empate técnico. O candidato do PT tem usado a TV para promover sua ligação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.
Já Serra perdeu a posição de líder e agora vê ameaçadas suas chances de chegar ao segundo turno. Se a eleição fosse hoje, o tucano teria votação equivalente à que Geraldo Alckmin (PSDB) alcançou em 2008, quando disputou a eleição pela Prefeitura e terminou em terceiro lugar, atrás de Gilberto Kassab (então no DEM) e Marta Suplicy (PT).
Russomanno já havia chegado ao patamar de 31% na véspera do horário eleitoral, segundo pesquisa Datafolha de 20 de agosto. Seu resultado no Ibope de agora, portanto, não pode ser atribuído ao início da propaganda eleitoral. O representante do PRB tem direito a apenas 7% do tempo de exposição de todos os candidatos a prefeito em São Paulo - Serra e Haddad têm quase quatro vezes mais.
Em um eventual segundo turno entre Russomanno e Serra, o primeiro venceria por 51% a 27%. Este cenário foi o único avaliado pelo Ibope, já que os dois concorrentes estavam empatados na pesquisa anterior e tinham 17 pontos de vantagem em relação a Haddad.
Na pesquisa espontânea, aquela em que os entrevistados manifestam sua intenção de voto antes de ler os nomes dos candidatos, Russomanno tem 24%, Serra, 16%, e Haddad, 12%.
O candidato do PSDB é o líder no quesito rejeição - 34% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum. Russomanno tem 8% e Haddad, 13%.
Avaliações. O Ibope também avaliou a opinião dos eleitores sobre as administrações da presidente Dilma, do governador Alckmin e do prefeito Kassab. A gestão do prefeito foi considerada ruim ou péssima por 48% e boa ou ótima por 17%. No caso do governo estadual, a avaliação positiva (soma de ótimo e bom) foi de 40%, e a negativa, de 17%. Dilma, por sua vez, foi avaliada positivamente por 53% e negativamente por 12%.