terça-feira, 29 de outubro de 2013

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Daily News

Aliados de Haddad tentam aprovar na Câmara novo IPTU
Estadão—A base aliada do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), na Câmara Municipal porá nesta terça-feira, 29, em segunda votação, o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
A Prefeitura conta com apoio apertado para aprovação do projeto que eleva o imposto em no máximo 20% para residências e 35% para o comércio e indústria em geral em 2014 - o contribuinte paulistano também pagará aumento em 2015 e 2016.
Haddad espera contar com até 30 votos para aprovar a proposta (necessita de 28 favoráveis).
Na conta da administração municipal, os votos virão de: PT, DEM, PTB, PMDB, PP, Pros, PC do B, PRB, PHS e PV, que tem agora com o vereador Ricardo Teixeira, que deixou a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente após decisão judicial que o impede de seguir no cargo.
Em reunião na tarde desta terça-feira, a bancada do PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab, rachou. Pelo menos três vereadores que votaram pelo aumento na semana passada prometem votar contra. São eles: Coronel Camilo, Marta Costa e Edir Salles.
Os vereadores Marco Aurélio Cunha, José Police Neto e David Soares, todos da legenda, já foram contrários à alta. Com a mudança, a gestão municipal tenta segurar os votos dos vereadores Goulart (PSD) e Souza Santos (PSD).

Ouro fecha em baixa com cautela antes de Fed decidir
Estadão|Dow Jones Newswires—Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em queda nesta terça-feira, 29, com os investidores adotando a cautela antes da decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos).
O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, caiu US$ 6,70 (0,5%), fechando a US$ 1.345,50 a onça-troy.
Nesta tarde, o Fomc começa a reunião de dois dias para avaliar a situação da economia e decidir os rumos da política monetária.
Após a falta de consenso entre a administração Barack Obama e o Congresso e a consequente paralisação do governo dos Estados Unidos, cresceu a corrente dos economistas que aposta que não é hora de retirar estímulos como o programa do BC norte-americano, que injeta mensalmente US$ 85 bilhões no mercado com a compra de ativos.
O comunicado com a decisão de política monetária do Fed será divulgado às 16h (horário de Brasília) da quarta-feira, 30, e a expectativa é de que seja semelhante ao da reunião de setembro, com destaque para a cautela e os problemas fiscais dos EUA.
"Apesar de ser possível o ouro entrar em rali se o comunicado do Fed for mais dovish (priorizando o desemprego em vez da inflação), esse rali deve acabar se a demanda física pelo metal na Ásia e na China não for particularmente forte", disse o analista de metais preciosos do Standard Bank, Walter de Wet.

Dólar oscila pouco e cai 0,05% sob influência de rolagem
Estadão|Dow Jones Newswires—Como vem ocorrendo nos últimos dias, o dólar à vista negociado no balcão oscilou nesta terça-feira, 29, em margens estreitas no Brasil, influenciado por fatores internos e externos.
A rolagem pelo Banco Central (BC) de mais 20 mil contratos de swap que vencerão em 1º de novembro, o leilão diário de 10 mil contratos de swap e a expectativa que antecede a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) conduziram os negócios.
Após subir pela manhã, o dólar fechou a R$ 2,1810 no balcão, em leve baixa de 0,05% - na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana sustentava ganhos ante divisas de outros países.
Na máxima do dia, atingiu R$ 2,185 (+0,14%) e, na mínima, marcou R$ 2,176 (-0,27%). No mercado futuro, o dólar para novembro registrava leve alta de 0,07%, a R$ 2,1825.
A tendência do dólar mudou com o leilão diário de swaps do BC (operação equivalente à venda de moeda no mercado futuro). Na operação, o BC vendeu 10 mil contratos, injetando US$ 496,3 milhões no sistema.
No exterior, a divulgação de dados sobre a economia dos EUA, que vieram piores do que o esperado, reforçou a leitura de alguns profissionais de que o Fed deve esperar 2014 para desmontar seu programa de estímulos.
Neste cenário, o dólar atingiu as mínimas da sessão, com investidores à espera do quinto leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de novembro, realizado entre 14h30 e 14h40. Neste caso, o BC vendeu mais 20 mil contratos de swap, em um total de US$ 989,6 milhões.
"O principal fator para o dólar no Brasil não acompanhar o exterior é o 'efeito BC'", comentou um profissional. "A 'ração diária' de moeda (pelos leilões de swap) e a rolagem dos contratos que vencerão, mesmo que não seja integral, têm impacto", acrescentou.

Quanto o Goldman Sachs pode embolsar com o IPO do Twitter
Exame—O Goldman Sachs pode embolsar 20 milhões de dólares com a abertura de capital do Twitter. A informação é do Wall Street Journal. O valor que o Goldman pode receber equivale a mais que o dobro do que cada um dos outros bancos que participam do negócio deve levar.
O Goldman deve ficar com 38,5% da remuneração, segundo o Wall Street Journal, citando pessoas próximas ao assunto. Espera-se que o preço do papel fique entre 17 e 20 dólares, levantando cerca de 1,6 bilhão de dólares para o Twitter.
Os bancos devem ficar com 3,25% do total arrecadado. O Morgan Stanley deve ficar com 18% da remuneração. O JPMorgan Chase com 15% e o Bank of America Merrill Lynch e o Deutsche Bank com 8% cada. A Allen & Co deve levar 7% e a Code Advisors, 0,5%.
O Twitter espera vender 70 milhões de ações. Acredita-se que a rede pode fixar seu preço de entrada na bolsa no começo de novembro.

Concorrência com Tigre e Amanco afugenta gigante do PVC
Relatório Reservado—Está para nascer uma empresa capaz de vazar o duopólio Tigre e Amanco, responsáveis por mais de 80% das vendas de tubos e conexões de PVC no Brasil. Que o diga a belga Aliaxis - uma das maiores fabricantes mundiais do setor, com presença em mais de 50 países. O grupo, que chegou por aqui há cinco anos disposto a bater de frente com a dupla dinâmica, parece ter jogado a toalha. A Nicoll, controlada pelos belgas, estaria se preparando para deixar o mercado brasileiro. Procurada, a empresa negou a saída do país. No entanto, segundo uma fonte vinculada à Nicoll, a despedida deve ocorrer no fim do ano. Caso ela se confirme, será a crônica de uma partida anunciada. No ano passado, a Nicoll decidiu suspender a produção de tubos e conexões em São José dos Pinhais (PR), passando exclusivamente a comercializar produtos importados da Europa.
Em 2008, por meio da Nicoll, a Aliaxis desembolsou R$ 80 milhões na compra da Provinil, fabricante de tubos e conexões que pertencia à Companhia Providência. Desde então, teria investido mais de R$ 100 milhões na modernização da fábrica do Paraná, sem o retorno esperado. Sob a gestão dos belgas, a empresa não conseguiu romper o teto de 7% de market share. Problemas logísticos e dificuldades para aumentar a rede de distribuição - Tigre e Amanco têm notória primazia sobre o varejo - também foram fatores determinantes para o encerramento da produção no Brasil. O fechamento da fábrica paranaense já denunciava uma drástica mudança de estratégia da Aliaxis no Brasil. Naquele momento, os belgas abriram mão da pretensão de disputar mercado com Tigre e Amanco, na tentativa de trocar escala por maior rentabilidade. Ao que tudo indica, o tubo entupiu de vez.

Cteep não deve participar de leilão da linha de Belo Monte
Reuters—A transmissora de energia Cteep não decidiu se participará do leilão da linha de transmissão principal da hidrelétrica Belo Monte, que deve ocorrer no início de 2014, e condiciona a participação em novos projetos ao recebimento de indenização por ativos antigos renovados.
"A decisão não está tomada não, mas, em princípio, sem receber a indenização, será muito difícil a participação", disse o diretor de Empreendimentos da empresa, Luiz Roberto de Azevedo, em teleconferência sobre resultados nesta terça-feira.
A Cteep aguarda a decisão sobre indenização que tem a receber por ativos de transmissão existentes até maio de 2000 - chamados de Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) - e renovados no final do ano passado.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) encerrou em outubro audiência pública sobre a metodologia de cálculo da indenização e o diretor da Cteep disse esperar que a resolução formal saia em até 1 mês, numa perspectiva otimista.
Após a publicação da metodologia, ainda deve levar "meses para decidir como e quando pagar" as indenizações, segundo executivos da Cteep. "Esse é um processo muito detalhado", acrescentou o diretor Financeiro da Cteep, Reynaldo Passanezi Filho, que assumirá a presidência da companhia em novembro.
A Cteep já garantiu o recebimento de indenização pelos ativos de transmissão renovados e existentes após maio de 2000, de cerca de 2,8 bilhões de reais, conforme divulgado na época.
A empresa só aceitou renovar a concessão de seus ativos segundo as regras determinadas, no fim de 2012, após o governo federal voltar atrás e definir que ativos antigos, existentes até maio de 2000 também poderiam receber indenização por investimentos não amortizados.
Desde o início desse ano, a empresa têm optado por não participar de leilões de novos projetos até que tenha definição sobre a indenização adicional a receber.
LINHA DO MADEIRA
A linha de transmissão da energia das usinas do Madeira, de responsabilidade da IE Madeira, subsidiária da Cteep, está pronta desde agosto e em operação há cerca de 10 dias, segundo o diretor de Operações da Cteep, Celso Cerchiari.
A Cteep já está recebendo receita pela operação da linha desde agosto, quando disponibilizou o empreendimento para testes. A expectativa é que a linha entre definitivamente em operação comercial em novembro, considerando o cronograma estimado para os ensaios e testes.
A linha de transmissão, que liga Porto Velho (RO) a Araraquara (SP), ficou pronta com atraso, atribuído pelos empreendedores à demora com licenciamento ambiental.
Diante do atraso, a IE Madeira já recebeu uma penalidade. "Hoje, o que temos, é um desconto dos primeiros quatro meses equivalente a uma RAP (Receita Anual Permitida) e meia, por conta desse atraso", disse Cerchiari.
Segundo o executivo, a empresa buscará recuperar a RAP perdida durante o prazo do contrato de concessão, entrando com recurso, após a manifestação da Aneel sobre o tema.
A Cteep tem 51 por cento da IE Maeida, enquanto Furnas e Chesf, subsidiárias da Eletrobras, tem 24,5 por cento, cada.
A ação da Cteep, que reportou prejuízo no terceiro trimestre na noite de segunda-feira, caíam 4,4 por cento, às 12h30, a 31,98 reais. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 1,03 por cento.

Telecom Italia continuará italiana, diz presidente da Telefónica
Reuters—O presidente da Telefónica, Cesar Alierta, ofereceu nesta terça-feira garantias sobre o futuro da Telecom Italia, enquanto a espanhola amplia participação na rival italiana.
A Telefónica fechou acordo em setembro para ampliar gradualmente o controle da Telco, holding que controla a Telecom Italia, levantando resistência de alguns políticos italianos e sindicatos preocupados com a segurança nacional, a perda de empregos e o ritmo dos investimentos em tecnologia.
Após um encontro com o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, nesta terça-feira, Alierta disse a jornalistas: "a Telecom Italia continuará sendo uma empresa italiana e a Telefónica irá garantir os empregos."
Alierta disse ainda que seu grupo garantirá a continuidade dos investimentos em fibra óptica e redes de internet móvel de quarta geração (4G) da Telecom Italia, que tem uma dívida de aproximadamente 29 bilhões de euros (40 bilhões de dólares) e enfrenta uma profunda recessão em seu mercado doméstico.
A Telco, detida pela Telefónica e um consórcio de três grupos financeiros italianos, detém 22,4 por cento da Telecom Italia, mas controla de fato a companhia porque indica a maioria de seus conselheiros.
O novo presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, indicado após o acordo da Telco ser anunciado, está revisando a estratégia da empresa e apresentará um novo plano de negócios numa reunião de Conselho no dia 7 de novembro.
Mais cedo nesta terça-feira, o ministro italiano da Indústria, Flavio Zanonato, disse que a Itália pretendia proteger a segurança dos dados que trafegam pela rede de telefonia fixa da Telecom Italia e que não era contrário a investimentos estrangeiros no país.
Depois do acordo envolvendo a Telco, a Itália disse que poderia ampliar seus poderes para vetar mudanças estratégicas nos setores de energia, transportes e telecomunicações. Também disse que tomaria medidas para reduzir o teto que dispararia uma oferta pública de aquisição de ações obrigatória em caso de tomada de controle, o que poderia complicar as ambições da Telefónica na Itália.
Alierta disse que não discutiu com Letta novos limites para a tomada de controle ou um plano de separação do negócio de telefonia fixa, a maior infraestrutura de telecomunicações da Itália, que emprega cerca de 20 mil pessoas.

Problemas na transmissão paralisam Nasdaq por 40 minutos
Estadão|Dow Jones Newswires—O Nasdaq OMX Group teve problemas na transmissão dos valores dos principais índices do mercado de ações, incluindo o Nasdaq 100 e o Nasdaq Composite , o que levou os operadores a congelarem as negociações.
Por quase uma hora, os índices ficaram paralisados e os negócios foram retomados por volta das 14h45 (de Brasília).
Representantes do Nasdaq OMX ainda não se manifestaram sobre os problemas.
"Parece ser um problema com a divulgação dos índices de preços", disse Steve Sosnick, operador sênior da Interactive Brokers Hill.

Bolsas da Europa fecham em alta com balanços positivos
Estadão|Dow Jones Newswires—As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 29, impulsionadas por balanços positivos e pela expectativa de manutenção da política de estímulos do Federal Reserve após a reunião que termina amanhã. O índice Stoxx 600 subiu 0,40%, para 320,77 pontos.
Nesta terça-feira, a direção do Fed começa a reunião de dois dias para avaliar a situação da economia e decidir os rumos da política monetária.
Após a falta de consenso entre a administração Barack Obama e o Congresso e a consequente paralisação do governo dos Estados Unidos, cresceu a corrente dos economistas que aposta que não é hora de retirar estímulos como o programa do BC norte-americano, que injeta mensalmente US$ 85 bilhões no mercado com a compra de ativos.
"Os mercados não esperam que o Fed reduza estímulos antes do primeiro trimestre de 2014", disse Thomas Vhiegle, da corretora Mandarine Gestion.
Os investidores também reagiram positivamente a novos balanços, especialmente o da petroleira britânica BP.
O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, liderou os ganhos e subiu 2,27%, fechando na máxima intraday aos 19.256,90 pontos, com a ajuda da forte performance das ações do setor bancário: Intesa Sanpaolo (+3,53%), Monte dei Paschi (+2,03%), Unicredit (+5,01%) e Banco Popolare (+4,62%).
O índice DAX da Bolsa de Frankfurt ganhou 0,48% e fechou a 9.022,04 pontos, após atingir a máxima recorde intraday de 9.022,21 pontos pouco antes do fechamento do pregão. A Infineon foi destaque de alta, avançando 2,5%, seguida do Commerzbank (+1,9%).
O índice FTSE avançou 0,73% e encerrou a sessão a 6.774,73 pontos. O avanço foi liderado pelas ações da BP (+5,62%), cujo lucro líquido caiu 34% no terceiro trimestre. A empresa, porém, anunciou uma série de medidas que agradou os investidores.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve alta de 0,62% e fechou a 4.278,09 pontos. Os bancos foram destaque positivo, com Société Générale (+1,7%), BNP Paribas (+1,5%) e Crédit Agricole (+1,4%). A Michelin recuou 3,7%, liderando as perdas do índice após reportar vendas trimestrais decepcionantes em balanço divulgado ontem.
Em Madri, o índice IBEX-35 ganhou 1,31% e fechou a 9.863,90 pontos. Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, subiu 0,63%, fechando a 6.235,14 pontos.

Pesquisa indica vitória de Bachelet em 1º turno no Chile
Estadão|Associated Press—A ex-presidente chilena Michelle Bachelet venceria as eleições em primeiro turno se elas acontecessem agora, segundo uma pesquisa de intenção de votos do instituto CEP.
Bachelet, de centro-esquerda, lidera com 47% das intenções de voto, 33 pontos porcentuais à frente da segunda colocada, a conservadora Evelyn Matthei.
Na edição anterior da pesquisa, Bachelet aparecia com 44% das intenções de voto, enquanto sua principal concorrente figurava com 12%.
Além de a intenção de voto na ex-presidente ser maior do que a intenção de voto em todos os demais candidatos juntos, uma distribuição proporcional dos votos dos indecisos garantiria a Bachelet uma suficiente para que ela vença em primeiro turno, segundo a pesquisa CEP.
O instituto entrevistou 1.437 chilenos aptos a votar nas eleições de 17 de novembro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

Dell completa transação para fechar capital
Reuters—A Dell irá deixar a Nasdaq após o fechamento do pregão desta terça-feira, enquanto seu fundador, Michael Dell, e a empresa de private equity Silver Lake completam seu controverso plano de compra da fabricante de PCs em dificuldades.
O fechamento de capital da empresa, que sofreu oposição de grandes acionistas como Carl Icahn, que pediu um preço maior de compra, põe fim a décadas de negociação das ações da Dell em bolsa.
Assim como seus concorrentes, a Dell foi prejudicada com a velocidade do declínio das vendas de PCs globalmente nos últimos anos, enquanto consumidores passaram a gastar mais dinheiro com smartphones cada vez mais poderosos e tablets ultrafinos.
A companhia, que era a maior fabricante de PCs do mundo na última década, viu suas ações caírem de um pico de mais de 50 dólares durante seu período de maior popularidade, em 2000. A operação de compra foi aprovada a um preço de 13,75 dólares por ação, além de um adicional de 0,13 dólar em dividendos especiais.
Michael Dell, que fundou a empresa com seu colega de dormitório em 1984 e a transformou em um modelo de administração de produção de computadores e de cadeia de fornecimento, está agora tentando transformá-la em uma fornecedora de serviços de computação para empresas. É uma guinada tão grande que ele acredita ser melhor realizá-la longe do escrutínio das bolsas.
"Hoje, a Dell entra em um emocionante novo capítulo como uma empresa de capital fechado", disse o presidente da companhia, Michael Dell. "Nossos 110 mil funcionários no mundo todo estão 100 por cento focados em nossos clientes e executando de forma agressiva nossa estratégia de longo prazo para o benefício deles."

Real se recupera do tombo, mas previsões não são animadoras
Deutsche Welle—Moedas de países emergentes, como o real, sofreram uma desvalorização significativa em relação ao dólar nos últimos meses. O real se recuperou um pouco desde então, mas as previsões de economistas não só para a moeda, como para toda a economia brasileira, são pessimistas.
Especialistas no assunto disseram à DW Brasil que o real, hoje cotado a 2,18 por dólar, depois de ter atingido 2,45 em agosto, deve ficar entre 2,20 e 2,30 nos próximos meses. A partir daí deve haver uma deterioração gradual, segundo eles.
"Mais para o final de 2014, a preferência do governo seria deixar o real enfraquecer um pouco mais, ou seja, ele deve ficar por volta de 2,40 por dólar", diz o economista da ING para a América Latina, Gustavo Rangel. Segundo ele, o governo ainda se preocupa muito com a competitividade da indústria local. "O Banco Central continua mantendo os juros altos, e o foco deles é controlar a inflação e também limitar perdas adicionais do real."
A moeda brasileira, que no início do ano manteve por um bom tempo uma cotação de 2 reais por dólar, entrou em queda livre a partir de maio, quando o Banco Central dos EUA, o Federal Reserve, anunciou que poderia deixar de injetar um estímulo adicional de 85 bilhões de dólares por mês na economia americana após ela mostrar sinais de melhora.
Essa ameaça de menos capital assustou os mercados, e não demorou muito para que investidores mais conservadores colocassem o pé no freio. Muitos deles optaram por tirar dinheiro investido na economia brasileira.
Mesmo com a ameaça de então já posta de lado pelo governo americano – ao menos por enquanto –, o susto deixou alguns investidores receosos em investir em países de economias emergentes, como o Brasil.
"Foi só um susto, e agora o real tem um pouco mais de tempo para se recuperar. No entanto, a expectativa é que o Banco Central americano tome uma decisão quanto a esse assunto já em dezembro ou em março do ano que vem", diz o economista Peter Kinsella, estrategista de câmbio do Commerzbank.
Governo brasileiro toma boas medidas
Os especialistas concordam que o governo brasileiro tem tomado boas medidas, tanto no que diz respeito à inflação quanto ao câmbio. Na reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central elevou a taxa Selic de 9% para 9,5% ao ano, dando continuidade a um aumento progressivo desde abril deste ano.
Além disso, em recente discurso no Fundo Monetário Internacional, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o governo deve continuar com o programa de atuação diária no mercado cambial – que tem um potencial de até 60 bilhões de dólares – até o fim de 2013.
"Essas intervenções têm ajudado a evitar uma maior volatilidade da moeda", afirma Kinsella, explicando que, daqui em diante, o real não deve sofrer nenhum movimento drástico. "Eu não me surpreenderia se o real ficasse por volta de 2,15 por dólar até maio de 2014."
Rangel diz que o anúncio de intervenções diárias no câmbio, assim como o aumento contínuo e agressivo dos juros, foram notícias bem recebidas pelo mercado. "Havia um certo receio dos investidores de que o atual governo não fosse deixar o Banco Central elevar os juros na medida necessária, mas Tombini mostrou que vai continuar fazendo o que for necessário para reduzir a inflação e deixá-la dentro da meta estipulada."
A situação se complica daqui pra frente
O riscos, porém, vêm de fora, alertam os especialistas. Até recentemente, Brasil e outras economias emergentes desfrutaram de ganhos relativamente fáceis, mas, a partir de agora, a situação se complica um pouco, afirma Kinsella.
"Está mais difícil para as economias emergentes crescerem. Os países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos e os europeus, já estão mostrando mais sinais de crescimento, e isso significa que parte do capital até recentemente investido nos países emergentes deve retornar para as economias dos países desenvolvidos", avalia Kinsella. "É bem provável que os próximos dois anos sejam difíceis para o real e para a economia brasileira como um todo."
Por exemplo, no começo de outubro, a agência Moody's reduziu a perspectiva do rating soberano brasileiro de "positivo" para "estável". Os analistas da Moody's explicaram que a decisão se deve à queda no nível de investimentos e ao fraco desempenho da economia, bem como ao crescimento da dívida pública em relação ao PIB.
Rangel disse que não há mesmo motivos para otimismo, mas ele vê "um certo exagero" nas expectativas negativas do mercado em relação ao Brasil. "O país de fato não está crescendo e nem vai crescer no nível que poderia, mas também não é tão ruim quanto muita gente estava esperando."
A estagnação econômica é um problema que não atinge só o Brasil. "O crescimento do PIB de outros países emergentes, como a China, por exemplo, também tem sofrido recentemente desaceleração", diz Kinsella. "Depois de anos de crescimento, esses países estão agora tendo mais dificuldades para continuar crescendo a partir desses novos níveis que eles já atingiram. Por isso, precisam de mudanças estruturais mais rígidas, como por exemplo, reformas trabalhistas e fiscais, principalmente no Brasil."

Taxas de juros no país sobem pelo quarto mês seguido em setembro—BC
Reuters—A taxa de juros e o spread bancário com recursos livres subiram em setembro ante agosto em meio ao maior aperto da política monetária para combater a inflação, com a inadimplência ficando estável e expansão moderada do crédito.
Segundo informou o Banco Central nesta terça-feira, que a taxa média de juros no segmento de recursos livres encerrou setembro em 28,4 por cento, acima dos 28,0 por cento verificados em agosto. No crédito total, que incluem também o crédito direcionado, os juros ficaram em 19,5 por cento no mês passado, 0,2 ponto percentual a mais do que em agosto. Em ambos os casos, esse foi o quarto mês seguido de alta
O BC também informou o spread bancário --diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada do consumidor final-- ficou em 17,8 pontos percentuais no mês passado, ante 17,6 pontos em agosto. Levando em conta os recursos totais, o spread ficou estável em 11,3 pontos percentuais no mês passado.
As taxas de juros têm sido influenciadas pelo atual ciclo de aperto monetário para o combate à inflação. No mês passado, o BC voltou a elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, a 9,5 por cento, indicando ainda continuidade dessa contração e que levará a taxa básica de juros de volta ao patamar de dois dígitos.
Em setembro, a inadimplência ficou estável em 5,1 por cento no segmento de recursos livres, informou ainda o BC, enquanto que os atrasos acima de 90 dias nos pagamentos ficaram, levando em conta os recursos totais do mercado de crédito, em 3,3 por cento frente, ligeiramente acima dos 3,2 por cento verificados em agosto.
O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 0,8 por cento em setembro ante agosto, chegando a 2,598 trilhões de reais, ou 55,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Reajuste de combustível já foi autorizado por conselho da Petrobras
Valor—Sérgio Quintella, integrante do conselho de administração da Petrobras, afirmou hoje que o reajuste dos preços dos combustíveis já foi autorizado pelo conselho de administração da companhia.
Questionado sobre o mecanismo de reajustes de preços dos combustíveis que a diretoria da estatal vai apresentar aos conselheiros no dia 22 de novembro, Quintella afirmou que será apresentado um mecanismo “inteligente”, que evite oscilações para baixo e para cima.
Segundo ele, a fórmula a ser apresentada deverá amortecer flutuações como a do câmbio.
Questionado se o modelo vai ajustar e equilibrar defasagens passadas, o conselheiro limitou-se a dizer que essa era uma boa pergunta.
Quintella também evitou informar se o modelo pode ser comparado ao praticado em outros países, como a Colômbia. Perguntado se seria um modelo “jabuticaba” — que só existe no Brasil —, ele riu e não descartou a hipótese.

OGX encerra negociação sem acordo com credores de US$3,6 bi
Reuters—A petroleira OGX concluiu conversas com detentores de 3,6 bilhões de dólares em bônus da empresa com vencimento em 2018 e 2022 sem obter um acordo para reestruturar a dívida após meses de negociações, disse a empresa em um comunicado na madrugada desta terça-feira.
A OGX, controlada pelo empresário Eike Batista, se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial a partir desta terça-feira, disseram três fontes com conhecimento da situação à Reuters na segunda-feira.
Representantes da assessoria de imprensa e da área de relações com investidores da OGX não estavam imediatamente disponíveis para comentários.
Uma das fontes disse na segunda-feira que a OGX planeja excluir do pedido de recuperação judicial sua unidade de gás natural OGX Maranhão, que atualmente negocia venda de uma participação para a empresa de energia Eneva. A Eneva era anteriormente conhecida como MPX e também foi fundada por Eike Batista.
A OGX, que possui dívida total de 5 bilhões de dólares, não quis comentar na segunda-feira a possibilidade de entrar com pedido de recuperação judicial.
Se confirmado, o processo de recuperação judicial da OGX será o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters. A decisão ocorre enquanto se aproxima do fim o prazo de 30 dias que a OGX tem para não ser declarada inadimplente, após não ter honrado o pagamento de cerca de 44 milhões de juros sobre bônus no exterior no começo de outubro.
O pedido não seria só um indicativo do tamanho da queda de Eike, mas também forneceria um duro teste à lei de recuperação judicial do Brasil, aprovada há oito anos, sobre se ela oferece a proteção adequada aos credores.
As ações da OGX terminaram a segunda-feira estáveis na Bovespa, cotadas a 0,29 real.

Bolsa de Buenos Aires suspende negociação de ações do grupo Clarín
Valor—A Bolsa de Valores de Buenos Aires suspendeu a negociação dos papéis do grupo de mídia Clarín, o principal conglomerado de informações da Argentina, que deverá ser desfeito em função da decisão desta terça-feira, 29, da Suprema Corte do país, que declarou constitucional a lei de meios de 2009.
O grupo é cotado em bolsa desde 2006, fatura cerca de US$ 2 bilhões ao ano e é controlado por Ernestina Herrera de Noble, José Aranda, Lúcio Pagliari e o CEO Hector Magnetto, que rompeu com o governo da presidente Cristina Kirchner em 2008. Juntos, possuem 71% do capital.
Ainda não foi divulgada o teor completo da sentença, que determinará de que forma o grupo irá se desfazer de seu patrimônio. Segundo o comunicado da bolsa, a suspensão é temporária.

Caixa da OGX acaba em semanas se petroleira não conseguir dinheiro novo
Reuters—A endividada petroleira OGX, do empresário Eike Batista, ficará sem recursos na última semana de dezembro se não conseguir levantar dinheiro novo, conforme informações do plano de reestruturação aos detentores de bônus que fracassou.
O documento, disponibilizado no site de Relações com Investidores da OGX nesta terça-feira, informou ainda que a empresa precisa de 250 milhões de dólares para suas necessidades de liquidez até abril de 2014, seja via nova dívida ou aumento de capital.
A empresa tinha 82 milhões de dólares em disponibilidades no fim de setembro e seus assessores financeiros na negociação com os credores externos --Blackstone e Lazard-- estimam desembolsos de 89 milhões de dólares apenas a fornecedores até o fim do ano, considerando somente pagamentos críticos a prestadores de serviço no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.
A expectativa é que Tubarão Martelo inicie produção em meados de novembro, com vendas do petróleo do campo em janeiro.
O valor atribuído à toda OGX, pelo plano, é de 2,7 bilhões de dólares --principalmente composto pelo valor presente líquido de Tubarão Martelo (1,4 bilhão de dólares) e do campo Atlanta (1,1 bilhão de dólares).
Num cenário sem a venda de ativos de gás da OGX no Maranhão e sem a conclusão de um investimento da malaia Petronas na petroleira de Eike, os detentores de bônus perdoariam parte relevante da dívida e converteriam o saldo em ações da OGX, ficando com entre 42 e 57 por cento de participação na companhia.
O percentual da empresa que ficaria nas mãos dos credores externos dependeria do acerto da OGX com a empresa de construção naval OSX, também de Eike, relacionado às plataformas construídas para a petroleira. A OSX ficaria com entre 14 e 30 por cento da OGX.
Mais cedo nesta terça, a OGX informou que concluiu conversas com detentores de 3,6 bilhões de dólares em bônus da empresa com vencimento em 2018 e 2022 sem obter um acordo para reestruturar a dívida.
A OGX se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial ainda nesta semana, disseram três fontes com conhecimento da situação à Reuters na segunda-feira.
Uma das fontes disse que a OGX planeja excluir do pedido de recuperação judicial sua unidade de gás natural OGX Maranhão, que atualmente negocia venda de uma participação para a empresa de energia Eneva --anteriormente conhecida como MPX e também foi fundada por Eike.
A OGX, que possui dívida total de 5 bilhões de dólares, não quis comentar na segunda-feira a possibilidade de entrar com pedido de recuperação judicial.
Se confirmado, o processo de recuperação judicial da OGX será o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters.
A decisão ocorre enquanto se aproxima do fim o prazo de 30 dias que a OGX tem para não ser declarada inadimplente, após não ter honrado o pagamento de cerca de 44 milhões de juros sobre bônus no exterior no começo de outubro.

Fifa adia segundo período de venda de ingressos para a Copa
Valor—A Fifa mudou do dia 5 de novembro, terça-feira, para a segunda-feira seguinte, dia 11, o início da segunda fase de vendas dos ingressos da Copa do Mundo.
A mudança nas datas ocorre uma dia após publicação no "Diário Oficial da União", do acordo entre a Caixa e o Ministério do Esporte para o monitoramento e auditoria do sorteio da primeira parte dos ingressos para a Copa, que acontece hoje.
Segundo comunicado da Fifa, publicado no site da entidade nesta terça-feira, a mudança foi feita "a fim de assegurar o envolvimento das autoridades brasileiras na supervisão dos procedimentos de atribuição de ingressos após o primeiro período de vendas, de acordo com a Lei Geral da Copa, a Fifa teve de adiar o sorteio, que só começará hoje (terça-feira, 29 de outubro de 2013)."
Ainda de acordo com o texto da entidade, "devido a esse atraso, será impossível informar todos os solicitantes de mais de 6,2 milhões de ingressos quanto ao resultado do sorteio dentro do prazo previamente comunicado, de 4 de novembro de 2013. Assim, a Fifa decidiu postergar o início do próximo período de venda da data original de 5 de novembro para a data de 11 de novembro de 2013, a partir das 9h (horário de Brasília)."
"Como no próximo período as vendas ocorrerão por ordem de pedido, é essencial para nós que todos os solicitantes de ingressos da primeira fase tenham sido informados do andamento da sua solicitação antes do reinício das vendas", explica Thierry Weil.
"Não podemos correr o risco de que um torcedor não saiba do resultado da sua solicitação antes da colocação das entradas restantes à venda. Obviamente, a nossa prioridade é garantir que cada solicitante tenha a mesma chance de sucesso."
O segundo período da primeira fase de venda acabará no dia 28 de novembro, às 9h (horário de Brasília).
Sorteio
O sorteio eletrônico ocorre em Manchester, na presença de representantes da Caixa Econômica Federal e do Ministério do Esporte, além de um tabelião. Na parte inicial do sorteio, todos os pedidos feitos por solicitantes com direito a acesso prioritário de acordo com a Lei Geral da Copa -ou seja, pessoas idosas, estudantes e beneficiários do Bolsa Família- serão sorteados com vistas aos mais de 300 mil ingressos da categoria 4 reservados a essas pessoas.
Em seguida, serão distribuídos os demais ingressos da categoria 4 e os outros ingressos de todas as outras categorias, jogo a jogo. O sorteio dos carnês de seleções específicas ocorrerá a seguir. A loteria, com até 1.000 procedimentos individuais, pode levar mais de 24 horas.
Até 10 de novembro de 2013, todos os solicitantes saberão por e-mail ou mensagem de texto se tiveram ou não a sua solicitação efetivada. Cerca de um milhão de ingressos estão disponíveis nos dois períodos da primeira fase de venda. Assim que o sorteio for concluído, a Fifa anunciará quantos ingressos ainda estarão disponíveis para venda entre 11 e 28 de novembro.
"Sabemos que vamos ser obrigados a decepcionar uma multidão de torcedores fervorosos, mas mesmo se tivéssemos três vezes mais ingressos ainda ficaríamos muito aquém de satisfazer os desejos de todos", acrescenta Thierry Weil. "Gostaríamos apenas de incentivar os torcedores a tentarem novamente nos outros períodos de venda."
O site da Fifa é a única plataforma de venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2014. Segundo a entidade, "qualquer ingresso de qualquer tipo que esteja sendo oferecido por outras empresas, ou em outras plataformas, não faz parte nem tem relação com o programa oficial de venda de ingressos".
Caixa
Após o Procon pedir mais transparência no sorteio de ingressos na Copa, a Caixa Econômica fez acordo com o Ministério do Esporte para auditar o processo de escolha dos torcedores.
O sorteio deverá acontecer nos casos em que houver uma demanda maior que a oferta por ingressos. Até dia 10 de outubro, mais de 700 mil pessoas pleitearam entradas para a abertura e final da Copa - mais de dez vezes a capacidade dos estádios.
O acordo entre a Caixa e o Ministério do Esporte foi publicado no "Diário Oficial da União". A Lei Geral da Copa já previa o "acompanhamento" dos sorteios por parte de órgão federal.
A parceria prevê a "integração de esforços entre os partícipes, visando a uma ação conjunta para a auditagem do processo de sorteio de seleção aleatória dos contemplados à aquisição dos ingressos para a Copa".
A auditagem, contudo, só valerá para os ingressos da categoria 4, destinada a brasileiros estudantes, idosos ou beneficiados pelo Bolsa Família. Serão pelo menos 300 mil ingressos nessa categoria.
Em nota, o Ministério do Esporte e a Caixa afirmaram que a auditoria acontecerá em razão da Lei Geral da Copa.
"O acordo de cooperação assinado pelo Ministério do Esporte com a Caixa Econômica Federal cumpre a determinação estabelecida no º 4o do Art. 26 da Lei Geral da Copa (Lei 12.663/2012), que trata do acompanhamento de órgão federal competente durante o sorteio de ingressos. O sorteio e a comercialização dos ingressos é de responsabilidade da FIFA", diz o Ministério do Esporte.
O Departamento de Imprensa da FIFA afirmou, em nota, que representantes do governo estarão presentes no sorteio.

Por que o Tesouro Direto deixa a previdência no chinelo
Exame—Ainda que os planos de previdência pareçam o caminho mais natural para muitas pessoas que pensam onde investir para a aposentadoria, cada vez mais consultores financeiros têm sugerido o Tesouro Direto como a melhor opção de investimento para este fim. A preferência pelos títulos do governo, mais especificamente pelas NTN-Bs, é explicada por diversas razões.
Confira a seguir algumas delas e entenda por que esse pode ser o investimento ideal para quem não gosta de correr muitos riscos e quer ter uma boa renda quando a hora de pendurar as chuteiras chegar.
O título do Tesouro permite sempre um rendimento acima da inflação
O Tesouro Nacional possui títulos com diferentes formas de remuneração. Dentre eles, o mais indicado para a aposentadoria é a Nota do Tesouro Nacional série B, ou NTN-B, que paga ao investidor uma taxa de juro pré-fixada mais a variação da inflação (medida pelo IPCA) durante o período do investimento.
Como o título promete um pagamento acima da inflação, ele sempre dará ao investidor um ganho real, proteção fundamental para quem investe para a aposentadoria já que em um prazo de 20 ou 30 anos, a alta da inflação é totalmente imprevisível.
Ainda que planos de previdência também invistam em títulos públicos, seus custos são maiores
Os fundos de previdência investem em NTN-Bs e outros títulos públicos, por isso, teoricamente, também contariam com a vantagem da proteção contra a inflação. Mas seus custos são altos. “A maioria dos fundos de previdência tem boa parte ou quase a totalidade de sua carteira composta por NTN-Bs. Justamente por isso, o que se cobra de taxa de administração é muito elevado”, afirma Fernando Meibak, sócio da consultoria Moneyplan.
No investimento no Tesouro é cobrada uma taxa de custódia, de 0,3% ao ano, e pode ou não ser cobrada uma taxa de administração pela corretora por meio da qual você compra o título. Como existem corretoras que isentam a taxa, o investidor tem a opção de pagar apenas 0,3% ao ano (veja o ranking das taxas cobradas por corretora).
Já os planos de previdência, na melhor das hipóteses, cobram taxas de 1% ao ano. Sendo que, em alguns casos, as taxas chegam a superar os 3% e alguns planos ainda descontam de cada aporte uma taxa de carregamento, que fica entre 1% e 4% do valor investido. Esses custos parecem pequenos à primeira vista, mas têm um efeito devastador sobre os rendimentos no longo prazo.
Além disso, por mais que a maioria dos fundos de previdência invista em NTN-Bs, eles podem investir em outras aplicações de renda fixa e até 49% da carteira em renda variável. A estratégia pode ser interessante já que no longo prazo investimentos arriscados podem trazer mais retorno, mas para quem é mais conservador essa pode não ser a melhor opção, já que o investidor corre o risco de não ter um ganho sempre acima da inflação como com os títulos do governo.
No Tesouro você conhece seu rendimento, enquanto nos planos de previdência não se sabe qual será a performance
Uma das maiores vantagens dos títulos públicos é o fato de o investidor ter a garantia de que receberá o retorno contratado no início do investimento, caso ele fique com o título até seu vencimento. “A NTN-B vai render aquilo: IPCA mais juros. Na previdência não se sabe qual será a performance ao longo do tempo porque seu desempenho é influenciado por uma série de motivos”, explica Fernando Meibak.
Mesmo que o plano de previdência invista apenas nos títulos do Tesouro, como os participantes do fundo podem querer sacar seus recursos, o gestor pode precisar vender os títulos antes do seu vencimento para pagar os investidores.
Uma NTN-B que prometa 5% de juro ao ano mais IPCA só vai pagar isso se o título não for vendido até o vencimento. Mas caso seu detentor deseje se desfazer dela antes do vencimento, estará sujeito a aceitar o que o mercado estiver disposto a oferecer pelo título. Nesse caso, o título pode acabar sendo vendido por um valor menor que o preço de compra, por causa do efeito da chamada marcação a mercado (entenda como a marcação a mercado afeta o rendimento dos títulos).
Ou seja, enquanto no investimento direto em uma NTN-B ter ou não prejuízo só depende de você, nos planos isso dependerá dos outros participantes. Isso ficou bem evidente recentemente. Como as NTN-Bs com prazos mais longos estão com preços em queda, muitos investidores quiseram resgatar as cotas de fundos que vinham tendo retorno negativo, obrigando gestores a venderem os títulos em um momento péssimo.
“O mercado exige que o fundo precifique sua carteira todo dia e como muitos clientes não entendem o processo de marcação a mercado eles ficam ansiosos para sair do fundo a cada oscilação. Nos planos, a pessoa fica sujeita às mudanças de humor dos outros cotistas”, diz Tatiana Engelmann, CFP®, planejadora financeira certificada pelo IBCPF.
Uma pesquisa da consultoria NetQuant, divulgada em maio na revista EXAME, mostrou que nos últimos cinco anos (contados até aquele mês), enquanto as NTN-Bs renderam 125%, os planos de previdência de renda fixa tiveram rentabilidade de 54% e os planos de previdência multimercados, de 50%. Ainda de acordo com o levantamento, que analisou 536 planos, um quarto deles perdeu da inflação no período.
Imposto de renda pago no Tesouro pode ser menor
Muitas instituições vendem os planos de previdência exaltando a vantagem do benefício fiscal dos planos da modalidade PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que permite que as contribuições feitas durante o ano sejam deduzidas do rendimento tributável do imposto de renda, até o limite de 12% da renda. Ocorre que, apesar da dedução no imposto de renda do ano seguinte, o investidor precisará pagar o IR de qualquer forma quando resgatar seu investimento lá na frente.
“É uma postergação do imposto para quando o investidor sacar os benefícios no futuro, e isso é muito discutível”, afirma Meibak. Segundo ele, esse abatimento só será uma vantagem em relação ao Tesouro se o participante investir o valor economizado com o imposto, já que ao longo de 10 anos essa economia poderia trazer um rendimento razoável.
Outro argumento a favor da previdência seria o fato de no Tesouro a tributação mínima do imposto de renda ser de 15% (em prazos superiores a dois anos) enquanto nos planos o investidor poder chegar à alíquota mínima de 10% se mantiver o investimento por mais de dez anos e se for usada a tabela de tributação regressiva do imposto, na qual a alíquota é reduzida quanto maior o prazo do investimento.
Por esse motivo, à primeira vista os planos podem parecer mais vantajosos em termos fiscais, mas há um detalhe que faz toda a diferença. Enquanto no Tesouro o IR de 15% recai sobre o rendimento apenas, nos planos de previdência ele incide sobre o valor total investido. “Uma coisa é tributar 15% sobre o ganho e outra 10% sobre tudo o que se saca. Até se fosse uma tributação de 40% sobre o ganho no Tesouro ainda assim seria mais vantajoso, porque só incide sobre o rendimento”, explica Meibak.
Taxas da NTN-B estão muito atrativas
Outro ponto a favor das NTN-Bs é a remuneração que elas estão oferecendo neste momento. “A NTN-B tem sido muito recomendada por causa da garantia de juro real independentemente do que acontece com inflação. E o nível de juro real oferecido, de quase 6%, é muito interessante e não existe nenhum país”, afirma Tatiana.
Atualmente, a NTN-B Principal (que não paga juros semestralmente, apenas no vencimento) com vencimento em 2035 está sendo vendida com uma taxa de juro anual de 5,81%. “Com esse nível de juro real faz muito sentido ter esse titulo se o cliente tiver um horizonte de investimento longo, lembrando que caso ele se desfaça do título antes do vencimento, ele pode perder dinheiro”, comenta a CFP®.
Pese também na sua decisão
Ainda que o Tesouro Direto ofereça muitas vantagens, se você já investe em um plano de previdência, resgatar os recursos pode não ser vantajoso por causa dos custos que você terá para fazer o saque. Esses custos podem variar muito de acordo com a modalidade do plano (PGBL, VGBL) o tipo de tributação de imposto de renda escolhido (regressivo ou progressivo), o período do investimento e a renda investida.
Em matéria anteriormente publicada, EXAME.com mostrou como mensurar quanto você pagará ao resgatar os recursos do seu plano de previdência e como avaliar em quais casos vale a pena fazer isso. 
Caso você perceba que a penalização será grande, talvez seja interessante manter os investimentos no plano, mas passar a destinar os novos aportes ao Tesouro Direto.
Tatiana Engelmann ainda alerta para outra questão: o benefício dos planos de previdência em relação ao planejamento sucessório. Enquanto no Tesouro Direto, em caso de falecimento do investidor, os herdeiros precisarão pagar o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD) para receber os recursos, os planos de previdência do tipo VGBL são transmitidos aos beneficiários sem necessidade de inventário e de pagamento do ITCMD.
No entanto, como em muitos estados o ITCMD é de 4% e pode ser isento até um determinado limite (em São Paulo o limite é de 48 mil reais), a isenção desse imposto no VGBL pode não ser o suficiente para compensar todas as outras desvantagens dos planos apresentadas acima, como os maiores custos. Fora isso, a maior facilidade do planejamento sucessório pode não ser uma vantagem tão grande para alguém que não está pensando prioritariamente nos seus herdeiros, mas sim em qual investimento garantirá uma maior rentabilidade.