sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Azul.CA.27.01

Daily News

Edital da concessão de aeroportos tem 5 impugnações
Estadão 27.01.2012 - Anac não divulgou quais agentes encaminharam os pedidos, mas disse que a decisão sobre eles sairá na 3ª. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que houve cinco pedidos de impugnação relativos a itens do edital do leilão de concessão dos aeroportos de Brasília (DF), Guarulhos (SP) e Campinas (SP), marcado para 6 de fevereiro. A Anac não revelou, no entanto, quais foram os agentes que encaminharam os pedidos de impugnação nem os pontos que estão sendo questionados. A decisão da agência sobre esses pedidos deverá ser anunciada na próxima terça-feira, conforme estabelece o cronograma do processo de concessão.  Mais cedo, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) informou, por meio de uma nota, que "ainda não existe definição acerca da concessão de outros aeroportos no Brasil além dos já definidos: São Gonçalo do Amarante (RN), já concedido, e os que estão em processo de concessão (Guarulhos, Brasília e Viracopos)" Na mesma nota, a SAC informou ainda que está prevista para o primeiro trimestre a divulgação do plano de outorgas dos aeroportos brasileiros. Esse estudo está em fase de finalização. Por meio dele, esclarece a SAC, "o governo estabelecerá os critérios para definir quais aeroportos ficarão sob o controle da União, os que devem ser administrados por Estados ou Municípios e, por fim, os que poderão ser concedidos à iniciativa privada".


BHG entra no Maranhão com a compra do Grupo Solare
Exame 27.01.2012  - Grupo Solare é responsável pela operação de sete hotéis em São Luís. O BHG assinou um contrato para comprar a administradora de hotéis Grupo Solare. Com a compra, a BHG passará a operar no Maranhão, o segundo maior estado da região Nordeste, assumindo a administração hoteleira de oito hotéis, que totalizam 1.100 quartos à sua carteira. O BHG vai assumir a operação dos empreendimentos a partir de abril de 2012, mantendo a estrutura e base operacional da Solare. A Solare também vai administrar os hotéis adquiridos pela BHG em Belém do Pará durante 2011. Atualmente, o Grupo Solare é responsável pela operação de sete hotéis em São Luís, nas categorias budget (Soft Inn), econômico (Expresso XXI) e midscale (Solare Hotéis e Suítes), totalizando 858 quartos. Além destes, opera o hotel de luxo Gran Solare Lençóis Resort com 242 quartos, na cidade de Barreirinhas, localizado à beira do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.  Com a aquisição, a BHG passará a ter 45 hotéis entre próprios e administrados, com 8.322 quartos, distribuídos em 15 estados mais o Distrito Federal. A rede ainda tem 12 hotéis em desenvolvimento.


Governo central fecha 2011 com superávit primário de R$ 93,5 bilhões
Valor 27.01.2012 - O governo central (União, Previdência e Banco Central) fechou 2011 com superávit primário de R$ 93,5 bilhões, informou há pouco o Tesouro Nacional. O resultado foi equivalente a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB), acima dos 2,09% de 2010. Somente em dezembro, o governo central fez economia para o pagamento de juros equivalente a R$ 2,012 bilhões. O valor foi inferior ao mesmo mês do ano anterior, quando ficou em R$ 14,247 bilhões. Em todo o ano de 2011, a União acumulou R$ 129,617 bilhões em superávit, acima dos R$ 122,183 bilhões anteriores. O déficit previdenciário somou R$ 33,546 bilhões, enquanto as despesas do Banco Central ficaram em R$ 551,6 milhões em igual período. As receitas totais do governo federal somaram R$ 990,406 bilhões ante R$ 919,773 bilhões em 2010. Transferências a governos regionais foram no total de R$ 172,483 bilhões e as despesas totais ficaram em R$ 724,403 bilhões no ano passado.


Consumo de energia elétrica sobe 3,6% em 2011, diz EPE
Valor 27.01.2012 - O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 430,1 mil gigawatts-hora (GWh) de eletricidade na rede, uma alta de 3,6% em relação aos 415,2 mil GWh de 2010. Em dezembro, o consumo de 36,4 mil GWh foi 1,4% maior que os 35,8 GWh de dezembro de 2010. Todas as classes apresentaram crescimento em 2011, com destaque para os setores comercial, com alta de 6,3%, e residencial, com crescimento de 4,6%. A classe industrial apresentou crescimento mais modesto, de 2,3%. Outros setores aumentaram o consumo em 2,4% no ano passado.
Segundo os dados divulgados hoje pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o maior crescimento de consumo em 2011 aconteceu nos sistemas isolados, com alta de 5,3%. A seguir vieram o norte interligado, com aumento de 4,4%; o sul, com alta de 4,2%; e o sudeste/centro-oeste, com crescimento de 4%. O consumo de energia elétrica no nordeste subiu apenas 0,3% no ano passado.


Transpetro diz ter concluído limpeza de óleo em praia do RS
Folha 27.01.2012 - A Transpetro, subsidiária da Petrobras para a área de logística, diz ter concluído nesta madrugada a limpeza da área da praia de Tramandaí (RS) atingida por um vazamento de óleo.
Equipes de contingência vão permanecer no local para recolher resíduos trazidos pela maré. Segundo a empresa, não há mais indícios de óleo no mar.
O vazamento aconteceu ontem de manhã durante uma operação de descarregamento de um navio no terminal de Osório.  A Transpretro estima em 1,2 metros cúbicos o volume de óleo derramado no acidente. As causas serão investigadas por uma comissão interna.
Estava programado para a manhã desta sexta-feira um sobrevoo de técnicos do Ibama para checar a situação do vazamento. A reportagem da Folha entrou em contato, por e-mail, com o órgão e com a Secretaria de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul e aguarda retorno.  O Ibama havia afirmado na manhã desta sexta-feira que se concentra nas medidas dos planos de emergência e que as providências de autuação e aplicação de multas serão tomadas somente após o controle da situação.


Fras-le North America anuncia expansão de unidade industrial do Alabama
Jornal do Commercio 27.01.2012 - A Fras-le, através de comunicado ao mercado, informou que a sua subsidiária Fras-le North America Inc começará a produzir lonas para freio na sua unidade industrial em Prattville, no estado do Alabama. Esta é a primeira vez em que a Fras-le produz esse tipo de material nos Estados Unidos. Serão investidos US$ 11 milhões que permitirão à unidade expandir a sua capacidade de fornecimento de lonas para freio para veículos comerciais à sua base de clientes na América do Norte. A expansão da empresa inclui novos equipamentos para a unidade de Prattville e a contratação de aproximadamente 100 funcionários em 2012 e 2013. Atualmente, a Fras-le fabrica lonas para veículos comerciais no Brasil e na China, para distribuição global. Com estes investimentos na unidade do Alabama, a capacidade produtiva que será liberada no Brasil passará a ser utilizada para atender outras demandas no mercado global. “Esta iniciativa demonstra um compromisso ainda maior com o mercado norte-americano e está alinhado com a visão da Companhia, que é Ser uma empresa global, com faturamento de 1 bilhão de reais até 2013, com sustentabilidade”, afirmou o diretor-presidente e de Relações com Investidores da Fras-le, Daniel Randon.
As pastilhas e lonas para freio da Fras-le estão disponíveis nos mercados de peças originais e pós-venda dos Estados Unidos e em mais de 80 países. Todos os produtos de fricção da empresa são compostos por fórmulas específicas para cada aplicação, fabricados com as matérias-primas da mais alta qualidade e livres de amianto. As aplicações incluem uma grande variedade de veículos comerciais, caminhões, tratores, trailers, ônibus, caminhões basculantes, veículos leves e outros veículos e equipamentos especializados. Na América do Norte, as lonas para freio da Fras-le são distribuídas com exclusividade pelo grupo Meritor Aftermarket.



JBS quer transformar Friboi em grife das carnes
Brasil Economico 27.01.2012 - Wesley Batista, da JBS, quer emplacar a marca Friboi em carne in natura. Reestruturação das marcas e investimentos em marketing são as estratégias para a transformação.  Nos próximos cinco meses, as imagens do ator que interpretou José Batista Sobrinho, fundador da JBS, no primeiro comercial de televisão na história da empresa, poderá ser visto por telespectadores do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás. Com a pulverização da campanha da marca Friboi, lançada por enquanto apenas no estado de São Paulo, a JBS, comandada por Wesley Batista e cuja receita líquida chegou a R$ 44,8 bilhões entre janeiro e setembro de 2011, quer imprimir marca à carne in natura. O trabalho de comunicação dá força a uma estratégia de negócios ambiciosa e que tem como meta tornar a marca Friboi sinônimo de categoria. "Arroz é Tio João, água é Lindoya, açúcar é União, em carne bovina in natura não há essa percepção por parte do público consumidor. Então, vamos criar uma referência, pois temos 40% desse mercado", diz Marcio Gonzalez, diretor de marketing da JBS. Os investimentos de até R$ 100 milhões em marketing, aplicados entre 2011 e 2012, aliados à reestruturação da área comercial e de distribuição, são esforços que devem levar a companhia a atingir suas metas de quadruplicar a capilaridade da marca nos próximos cinco anos.
Hoje, entre todas as marcas vendidas pela JBS, a Friboi é a de maior alcance, pois chega a 101 mil pontos de vendas em todo o Brasil. No total, o país tem cerca de 450 mil estabelecimentos com o perfil para a venda dos produtos da linha. "É pela capilaridade que foi escolhida para ser o alvo da primeira campanha", diz Gonzalez. Também é um dos motivos que levaram a marca a ser escolhida para sobreviver num portfólio extenso. Daqui a três anos, pelo menos é o plano por enquanto, os produtos distribuídos por 54 marcas serão concentrados em apelas duas: Friboi, com perfil mais acessível e concorrente da Seara (da Marfrig), e Swift, a marca premium.
Até o fim deste ano, a linha Friboi deverá receber itens de marcas que serão descontinuadas, como a Anglo. A marca deverá chegar a dezembro com 300 itens ante os atuais 251. Os próximos lançamentos serão feitos já a partir de março, quando a feijoada e a carne em conserva chegarão ao portfólio da marca.
Ação de resultado: Após a primeira campanha veiculada em São Paulo, as vendas da JBS no estado aumentaram 13% em volume em novembro e dezembro. Enquanto isso, no resto do Brasil, o crescimento foi de 1%.
A campanha têm duas etapas. A primeira é a veiculação do filme em horário nobre na televisão por cerca de 45 dias. "Trata-se de uma apresentação", explica Gonzalez.
Depois, a empresa inicia as promoções nos varejos, quando os consumidores poderão trocar selos obtidos na compra de carne por bonecos de personagens do mundo sertanejo, como as duplas Zezé di Camargo & Luciano, Victor & Leo e o cantor Luan Santana.
"Assim, o consumidor pede a marca. É fidelização", complementa o diretor de marketing. Os resultados também puderam ser mensurados por meio de pesquisas de percepção de marcas.
A primeira, realizada pelo instituto TNS, em maio do ano passado, mostrava que a Friboi tinha cerca de 3% de reconhecimento do público, quando questionado que marcas de carne bovina conhecia. Em dezembro, a mesma pesquisa, desta vez coordenada pelo Ibope, apontava reconhecimento de 15% do público, informou o diretor da empresa.


Lobão diz que não haverá mudanças nas diretorias da Petrobras
Valor 27.01.2012 - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu na tarde de hoje que não haverá mudanças nas diretorias da Petrobras em consequência da substituição do presidente José Sérgio Gabrielli por Maria das Graças Forster. “A rigor, não muda nada”, declarou Lobão em entrevista coletiva. “Salvo se algum diretor manifestar desejo de sair”, completou. Gabrielli deixa o cargo para assumir uma secretaria no governo de Jacques Wagner (PT), na Bahia. A entrevista também serviu para Lobão negar que Sérgio Machado perderá o comando da Transpetro, como publicado em alguns jornais. A especulação quase abriu uma crise com o PMDB, uma vez que Machado é apadrinhado do senador Renan Calheiros (AL). O ministro disse ainda que não está definido quem substituirá Maria das Graças na diretoria de Gás e Energia. Em breve, ela levará indicações à presidente Dilma Rousseff e o martelo será batido na próxima reunião do Conselho de Administração da estatal, marcada para 9 de fevereiro. No mesmo encontro, seu nome deve ser referendado pelos conselheiros.


Governo do PR negocia investimento privado superior a R$ 6 bilhões
Valor 27.01.2012 - O governador do Paraná, Beto Richa, disse hoje que vai anunciar nas próximas semanas o maior investimento privado da história do Estado. O pronunciamento foi feito durando o início das obras da fábrica da japonesa Sumitomo. Questionado sobre o assunto, após o termino da cerimônia, ele evitou dar detalhes, mas adiantou que o valor será maior do que R$ 6 bilhões. No momento, o Paraná negocia com diversas empresas interessadas em produzir no Estado. Uma delas é a Klabin, maior fabricante brasileira de papéis para embalagens, que deve decidir sobre a implantação de uma nova fábrica de celulose ainda no primeiro trimestre de 2012, com investimento total estimado em US$ 3,8 bilhões. Outra candidata é a Foxconn, de tecnologia. O secretário de Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros, disse que está definindo uma agenda para viajar para Taiwan e fevereiro para melhorar as condições da proposta para que ela faça investimentos no Estado. Outras empresas que negociam com o governo do Paraná são a montadora de automóveis Volkswagen e a fabricante de bebidas Ambev. Na próxima semana, a Tetra Pak vai anunciar a ampliação da capacidade da unidade que possui em Ponta Grossa. O Valor apurou que o investimento será da ordem de R$ 200 milhões.


Facebook pode iniciar IPO na quarta-feira, diz WSJ
Exame 27.01.2012 - Empresa está avaliada entre US$ 75 e US$ 100 bilhões. A expectativa é de que o IPO renda 10 bilhões de dólares para a companhia. O Facebook pode começar o processo da sua venda inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na próxima quarta-feira, revela uma reportagem do jornal The Wall Street Journal publicada hoje. O primeiro passo será a publicação do prospecto da oferta junto ao regulador americano (Securities and Exchange Commission). Segundo a matéria, o banco Morgan Stanley será escolhido para liderar a coordenação da oferta. A fonte declarou que o cronograma da operação ainda está sendo discutido internamente. O Facebook, que já tem ações negociadas em mercados privados, está avaliado entre 75 e 100 bilhões de dólares. A expectativa é de que o IPO renda 10 bilhões de dólares para a companhia.


Armadores têm 246 porta-contêineres parados nos portos
Valor 28.01.2012 - Arthut Bezerra, diretor comercial da NYK: "O principal neste momento é reduzir os custos de operação". As condições de mercado lembram um mar agitado, com ondas encrespadas. E a atual situação de turbulência pode se agravar ainda mais, dependendo da evolução do cenário econômico, para um conjunto de grandes empresas de navegação especializadas no transporte de contêineres, cujo negócio depende dos humores do comércio internacional. As companhias do setor enfrentam excesso de capacidade em relação à demanda. Esta realidade deixou ancorados nos portos, no início de janeiro, 246 navios ao redor do mundo, o equivalente a 595 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés), ou 3,9% da capacidade de carga da frota mundial, estimada em 15,4 milhões de TEUs. Em abril, o percentual de frota ociosa pode subir para 5,5%, segundo projeção da alemã Hamburg Süd, maior armador de contêineres na Costa Leste da América do Sul. E não está descartado que a frota de porta-contêineres parada possa chegar a um nível semelhante ao registrado no fim de 2009, quando o mundo ainda sentia os efeitos da crise financeira do ano anterior. Entre outubro e novembro de 2009, 572 navios, ou 11,7% da frota, permaneceram fundeados em portos de diferentes países. O cenário agora também é preocupante e exige ações dos armadores até porque os custos, sobretudo o combustível de navegação (bunker), item que pesa muito nas despesas do setor, continua a pressionar o caixa e afeta a rentabilidade das empresas. Até o dia 10 de janeiro o preço médio do bunker posto em Rotterdã, na Holanda, foi de US$ 674 por tonelada, 91% acima da média de 2009, de US$ 352 por tonelada. Para uma empresa como a Hamburg Süd, que utiliza dois milhões de toneladas de bunker por ano, esta alta representa acréscimo de custos com o combustível de US$ 644 milhões por ano. Armadores adotaram a estratégia de reduzir a velocidade dos navios para consumir menos combustível. Com a sobreoferta de espaço nos navios, os fretes caíram. Dados de mercado apontam que há cerca de três anos o frete de um contêiner de 40 pés com frango exportado do Brasil para a Europa estava cotado entre US$ 2,6 mil e US$ 2,7 mil. Hoje, com sorte, o armador consegue fechar o frete por US$ 2 mil. No caso do mesmo contêiner embarcado para a Ásia, a cotação caiu de aproximados US$ 4 mil para algo em torno de US$ 2,7 mil. Julian Thomas, presidente do Centro Nacional de Navegação (Centronave), associação que reúne os armadores, acredita que poderá haver um reequilíbrio entre oferta e demanda, com recuperação nos valores dos fretes a partir de meados do segundo trimestre. "É uma opinião pessoal", disse Thomas, que também é o principal executivo da Hamburg Süd para o Brasil e Costa Leste da América do Sul. "É preciso reconhecer que a indústria de navegação tem responsabilidade na situação atual [de sobrecapacidade de oferta] uma vez que todo mundo foi construindo navios cada vez maiores", afirmou. Frente a esse contexto, ganha força, desde o fim de 2011, a tendência de consolidação de serviços marítimos. São acordos operacionais em que os armadores racionalizam a frota e dividem entre si a capacidade de carga dos navios. Segundo Thomas, há espaço para esta consolidação também no mercado brasileiro. No fim de dezembro, a Hamburg Süd anunciou que, a partir de meados de janeiro, a empresa passa a fundir com a MSC dois serviços entre o Mediterrâneo e a Costa Leste da América do Sul que até então operavam separados e agora passarão a funcionar como um serviço comum.
Também em dezembro, a francesa CMA CGM, terceiro maior armador do mundo, fechou um acordo de cooperação com a concorrente MSC, segunda do ranking, que inclui rotas da América do Sul, da Ásia com o norte da Europa e da Ásia com o sul da África. "Estamos em um processo de reorganização, de racionalização com a MSC. Não sabemos quantas rotas serão englobadas", disse Marc Bourdon, diretor-geral da CMA CGM no Brasil. A medida integra estratégia da CMA CGM para reduzir custos globais por conta dos resultados negativos ainda derivados da crise de 2008.
"Não temos planos de fechar as linhas com o Brasil", disse o executivo. Segundo ele, a CMA CGM estuda inclusive aumentar o serviço com os Estados Unidos. "Não vamos colocar mais capacidade, mas vamos abrir novos destinos", afirmou Bourdon. Em setembro, antes de anunciar a parceira com a MSC, o armador francês havia anunciado plano para reduzir os custos anuais em US$ 400 milhões, com resultados esperados já em 2012.
O plano da CMA CGM inclui racionalização das linhas e da capacidade, renegociação de taxas de aluguel de navios e medidas para melhorar a eficiência das embarcações no consumo de combustível. Ao anunciar a parceira com a MSC, a CMA CGM disse esperar uma recuperação na demanda em 2012 liderada pelo persistente crescimento da indústria de navegação de contêineres. Esse crescimento, porém, vem desacelerando. A "Alphaliner", uma das principais publicações especializadas no setor, indicou, na primeira edição de janeiro, que a frota de 246 navios parados no início deste mês retirou do mercado capacidade maior do que no mesmo período do ano passado. Agora foram cortados 595 mil TEUs em capacidade, quase 85% a mais do que os 322 mil TEUs que ficaram ociosos no começo de 2011, como resultado da fraca demanda na Europa e nos Estados Unidos. O corte reduziu a capacidade total da frota ativa, que hoje situa-se próxima aos 15 milhões de TEUs. A Alphaliner estima que o crescimento da frota ativa, na comparação anual, situe-se em 6,2%, a menor taxa de crescimento anual desde fevereiro de 2010. Dados da Hamburg Süd indicam que no fim de 2012 a capacidade da frota pode chegar a 16,7 milhões de TEUs. A dinamarquesa Maersk, líder no transporte de contêineres, também está promovendo ações. Lançou, em 2011, um novo conceito de serviço diário para atender o comércio entre a Ásia e o norte da Europa, chamado "Daily Maersk", que oferece partidas diárias e tempo de transporte fixo. A iniciativa é um esforço para racionalizar e tirar o máximo proveito no tráfego entre Ásia e Europa. No terceiro trimestre do ano passado, a Maerk registrou prejuízo de US$ 297 milhões. Os resultados negativos não foram exclusividade da Maersk. De julho a setembro do ano passado, diversas grandes empresas internacionais de navegação de contêineres registraram prejuízo operacional antes de juros e impostos, o chamado EBIT. A Maersk disse, via assessoria, que é importante que todos os armadores consigam manter alta utilização da capacidade para reduzir perdas. No Brasil, há mudanças nos serviços com Europa e Ásia, que tiveram redução da capacidade de cerca de 10%, estimou a empresa. "Por isso, esperamos recuperar os fretes em breve, em especial com o contínuo crescimento das importações. Isso é chave para garantir menores perdas e manter as opções de serviços no mercado", disse a empresa via email. Outro exemplo de consolidação de serviços, anunciado em dezembro, foi a parceria entre seis grandes empresas que concordaram em criar uma das maiores redes de tráfego para contêineres entre a Ásia e a Europa. Fazem parte da rede, chamada de G6 Alliance, a Nippon Yusen Kaisha, Hapag-Lloyd AG, Orient Overseas Container Line, APL, Hyundai Merchant Marine e Mitsui O.S.K. Lines. A parceria vai contar com mais de 90 navios em nove serviços que atenderão mais de 40 portos na Ásia, Europa e Mediterrâneo. "O principal neste momento é reduzir os custos de operação. Várias iniciativas têm sido percebidas principalmente por conta dos altos preços do bunker no mercado internacional", afirmou Arthur Bezerra, diretor comercial da japonesa NYK. Muitos armadores adotaram o chamado "slow steaming", estratégia de reduzir a velocidade das embarcações para consumir menos combustível. Além disso, disse Bezerra, é preciso olhar mais criticamente a racionalização das escalas dos navios nos portos e reduzir custos portuários. Ele afirmou que uma das saídas é tentar uma abordagem mais forte e estreita com os terminais portuários para rever as tarifas. "Nesse aspecto a própria situação dos portos não ajuda, porque os terminais têm dificuldades na questão de acessos. Mas é um exercício que tem sido feito."


Oxcorp
Folha 28.01.2012 - O grupo carioca Oxcorp, de consultoria e gestão empresarial, que atua principalmente no setor de saúde, vai entrar em um novo mercado e construir um estaleiro em Pelotas (RS). O investimento será de R$ 35 milhões e o empreendimento atenderá embarcações de pequeno e médio porte. "Nossa principal atividade será a manutenção dos barcos pesqueiros asiáticos que costumam operar na região das Ilhas Malvinas", afirma Giuseppe Miraglia, sócio da empresa.
O grupo já negocia com a companhia coreana Insung. Empresas japonesas, chinesas e espanholas também operam na região. "São cerca de 2.000 embarcações que precisam de manutenção anual", diz Miraglia. A empresa irá criar uma unidade para cuidar da nova área de atuação. "Mas acho que não teremos muita dificuldade. Nós já fazemos gestão empresarial para diferentes setores."
As obras começaram neste mês e os trabalhos de manutenção de barcos devem ser iniciados em junho. Em dois anos, o grupo passará também a construir embarcações, segundo o empresário.

Grupo Pão de Açúcar pode comprar rede DB, diz jornal
Exame 28.01.2012 - Aquisição da maior varejista do Amazonas seria estratégico para o grupo de Abilio Diniz, que ainda não tem operações na região.  O grupo Pão de Açúcar (GPA) nunca escondeu o interesse de expandir suas operações no país e por isso estaria interessado em comprar a rede DB, maior varejista do Amazonas, segundo reportagem do jornal Valor Econômico, desta sexta-feira. Apesar de a rede negar que esteja à venda, fontes ouvidas pelo Valor afirmaram que a família que controla a DB atualmente tem interesse de se desfazer do negócio. Recentemente, Enéas Pestana, presidente do GPA, chegou a afirmar a jornalistas que o grupo ainda tinha muito espaço para crescer no Brasil e principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. A DB seria interessante para o grupo, uma vez que o GPA ainda não tem operações na região. A varejista do Amazonas possui 20 lojas em operação e disputa mercado com a rede francesa Carrefour.Voltar


Grupo Pão de Açúcar avalia fazer oferta pela rede DB
Valor 28.01.2012 - A rede DB Supermercados tem sido sondada por redes varejistas nos últimos meses, e o Grupo Pão de Açúcar (GPA) chegou a se aproximar do comando da rede para avaliar a hipótese de fazer uma oferta pela companhia. Maior rede de supermercados de Manaus, a varejista do Amazonas tem 20 lojas na região Norte e disputa o mercado local com a rede Carrefour. Segundo pessoas próximas às redes varejistas, o DB tem sido alvo de sondagens de grandes cadeias de supermercados há alguns anos, mas a empresa não teria interesse de se desfazer da operação. Mas desde o ano passado teria crescido o interesse da família Pedrosa, que controla a rede DB, de sair do negócio. Por isso as empresas se aproximaram para uma negociação. Fundada pelo empresário Sidney Pedrosa, o DB Supermercados nega que esteja à venda. A companhia informa que há rumores a respeito do futuro da rede há alguns anos, mas a companhia tem projetos de crescimento com o atual grupo de controladores. O Grupo Pão de Açúcar não se manifestou sobre a informação. Conforme o Valor apurou, os controladores da DB estariam pedindo um valor considerado alto demais pelo mercado. E isso inviabilizaria um avanço nas negociações com a rede. Há uma importância estratégica numa eventual aquisição do GPA de redes no Norte do país. Maior cadeia varejista do Brasil, o GPA não opera na região, que tem crescido de forma acelerada nos últimos anos. A taxa média de crescimento do varejo alimentar no Norte e Nordeste tem sido, pelo menos, o dobro da taxa de expansão do varejo no Sudeste, segundo relato de fontes ligadas a grandes supermercadistas como Walmart e Carrefour. O Valor apurou ainda que desagrada ao Carrefour a entrada do Pão de Açúcar na região Norte. A direção do Carrefour em Manaus já teria conversado sobre o assunto com o comando da DB.  De acordo com fontes próximas às cadeias de varejo, o faturamento do DB está na faixa dos R$ 200 milhões ao ano. Das 20 lojas, 19 estão em Manaus e uma está localizada em Boa Vista (RR). A operação conta hoje com 11 supermercados e 9 hipermercados. Nos últimos anos, o crescimento orgânico da rede tem sido discreto. Há quatro anos a empresa somava 16 pontos de vendas, apenas cinco a menos do número registrado hoje.  Apesar dessa expansão tímida, em comparação a outras redes de mesmo porte, o negócio é considerado interessante - não apenas pela questão da importância geográfica - mas também pela boa gestão da operação. "As lojas são muito boas, têm variedade de produtos e eles trabalham bem os pontos e os preços", conta um fornecedor regional, com operação em Manaus.
Nos últimos meses, há expectativas maiores de que novas aquisições no setor supermercadista ganhem força no mercado novamente. A análise que tem sido feita pelos especialistas é que não se trata de um interesse maior em novos ativos. As grandes líderes desse mercado sempre estão atentas a oportunidades de compra. A questão é que, parte do processo de ajustes nas grandes redes Carrefour e Walmart, que passaram por reestruturações por razões diferentes, já foi feito e isso abre espaço para que as empresas olhem com uma atenção maior a compra de novos ativos.
"Todo mundo diz que está sempre olhando tudo. Mas fica mais difícil comprar algo novo, e integrar uma negócio do zero, quando já se está reorganizando a casa", diz Antonio Coriolano, da RetailConsulting.



Por que C&A, Riachuelo e Pernambucanas dominam o mercado de cartões de lojas?
Exame 28.01.2012 - Redes são as líderes no Brasil, que é o segundo maior mercado de private label no mundo. O Brasil tem em circulação três vezes mais cartões de lojas (o chamado private label) que toda a Europa Ocidental. Na verdade, só perdemos para os Estados Unidos, que possuiu quase o dobro do número de cartões do Brasil. São 206 milhões de cartões no Brasil e mais de 400 milhões nos Estados Unidos. As lojas que tem liderado no Brasil são C&A, Riachuelo e Casas Pernambucanas, segundo dados da Euromonitor de 2010. Classe c, roupas e antiguidade na oferta dos cartões ajudam a explicar o fenômeno. No Brasil, o cartão de loja é até anterior aos cartões de bancos. “Nas décadas de 60 e 70 já havia. Era uma maneira de os varejistas darem crédito ao cliente”, disse Boanerges Ramos Freire, presidente da consultoria em varejo financeiro Boanerges & Cia. A atuação da Riachuelo e da Casas Pernambucanas no segmento remete a essa época. As redes possuíam, em 2010, respectivamente, 9,7 milhões de cartões e 8,8 milhões de cartões. A líder, C&A, soma 11,9 milhões de cartões. Além do tempo no mercado, outro fator que explica o destaque da C&A, Riachuelo e Casas Pernambucanas é o foco na atividade de varejo financeiro. A C&A já teve o banco ibi, comprado pelo Bradesco em 2009. Riachuelo e Casas Pernambucanas contam com financeiras próprias. “O varejo tem sua peculiaridade de operação e exige, muitas vezes, ações mais ágeis e rápidas. Estando tudo dentro de casa, há mais agilidade e flexibilidade”, disse José Antônio Rodrigues, diretor de crédito e risco da Riachuelo.
As três são lojas de departamento, logo, não há, necessariamente, vendedores em cada unidade – mas há representantes dos cartões, que oferecem o produto para a clientela. “Entre 20 e 30 minutos eles conseguem analisar, aprovar e emitir um cartão para você já sair gastando na loja”, disse Boanerges. O segmento de atuação das três empresas, basicamente vestuário, também ajuda, segundo Boanerges, pois é um produto que não é indispensável – e não é caro como eletrodomésticos, por exemplo. “Você já fala com a pessoa em um momento positivo”, disse Boanerges. Clientes: Um fator que levou o Brasil a ter destacada participação no private label é o grande número de consumidores das classes C e D, segundo Álvaro Musa, sócio na consultoria Partner Conhecimento. “Esses consumidores são muito mais ligados aos varejistas do que aos bancos”, disse Musa. Para Boanerges, o cliente se sente mais à vontade com o varejista. “Muito varejista fala a língua do cliente. No banco o mundo é muito diferente, por segurança e mesmo por status”, disse.


Teka
Folha 28.01.2012 - A Teka, fabricante de artigos de cama, mesa e banho, que só vendia seus produtos em multimarcas, vai se lançar no varejo, com uma loja própria.
A primeira unidade no modelo será inaugurada em Blumenau (SC).  A localização foi escolhida com base em critérios logísticos, devido à proximidade às instalações da fábrica da companhia.
A investida no varejo deverá ser, neste ano, um dos novos focos da empresa.  A companhia contratou recentemente uma consultoria para definir novo plano de negócios, que será divulgado em março.


Ritz quer desenvolver retroporto no Guarujá
Valor 28.01.2012 - Paulo Succar, sócio-proprietário da Ritz: a expectativa é que as negociações da área em que o empreendimento será desenvolvido sejam definidas até abrilA Ritz Engenharia pretende desenvolver retroporto em terreno de um milhão de metros quadrados que está negociando no Guarujá (SP), em área próxima à margem esquerda do porto de Santos. A aposta da empresa é estimulada, principalmente, pela demanda crescente por galpões e pátios para armazenagem de contêineres por parte de fornecedoras de produtos e serviços para a cadeia de petróleo e gás, na Baixada Santista, em função dos investimentos do pré-sal.  Os projetos relacionados à exploração da camada pré-sal da Bacia de Santos vêm atraindo expressivo volume de recursos para a região da Baixada Santista. Para desenvolver o retroporto da Ritz, os investimentos podem chegar a R$ 650 milhões. Os desembolsos são estimados em R$ 500 milhões, e a avaliação preliminar do terreno aponta valor de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões. Os proprietários da área entrarão como sócios do projeto do retroporto a ser desenvolvido. O valor final do terreno ainda depende de que parcela da área total poderá ser aproveitada para construção. Sem detalhar a localização exata, o sócio da Ritz, Paulo Succar, afirma que se trata de terreno a cerca de 15 minutos de carro da margem esquerda do porto de Santos. "A expectativa é que as negociações da área sejam definidas até abril", afirma. Há potenciais investidores interessados no projeto, segundo ele, mas a Ritz só vai buscar, formalmente, aportes para desenvolver o retroporto após fechar negócio com os donos da área. Os potenciais interessados são fundos de investimento com capital estrangeiro que já investem no setor de construção no Brasil. "O projeto deverá ter múltiplos investidores. É possível que haja um fundo líder que monte um grupo de fundos", conta Succar. Conforme o executivo, parcelas do projeto poderão ser securitizadas, futuramente, por meio de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). O início das obras deve levar pelo menos dois anos, segundo Succar. Após ser fechada parceria com as duas pontas - proprietários do terreno e futuros sócios investidores -, a Ritz, que será minoritária no projeto, irá atrás dos potenciais ocupantes. A intenção é oferecer galpões no formato de build-to-suit (construção sob medida) para atender aos fornecedores de produtos e serviços para a Petrobras. O projeto terá também pátios para armazenagem de contêineres ou destinados a empresas que não necessitam de espaços cobertos, mas precisam de área para armazenar peças pesadas, como brocas.
Há vários outros investimentos em curso em projetos relacionados à exploração da camada pré-sal na Baixada Santista. É o caso do Complexo Bagres, plataforma logística de serviços na área naval e de offshore que será instalada na Ilha dos Bagres, na área continental de Santos. A São Paulo Empreendimentos Portuários está desenvolvendo o complexo. Os aportes para as obras de infraestrutura, estimados em R$ 1,8 bilhão, serão financiados com capital próprio e de fundos. O Complexo Bagres terá, entre outras atividades, estaleiro de reparos navais, base de apoio logístico às atividades de petróleo e gás, terminal de movimentação de sólidos e retroárea de apoio.  A região da Baixada Santista tem recebido também investimentos em portos e retroportos não relacionados à exploração do pré-sal. Os planos da própria Ritz abrangem a construção, no retroporto, de silos para a armazenagem de grãos, embarcados em larga escala no porto de Santos. De janeiro a novembro, o porto de Santos registrou movimentação recorde de quase 89 milhões de toneladas, com destaque para a exportação de açúcar, soja e milho. Outro investimento na região não ligado a petróleo e gás é o terminal portuário privado multiuso desenvolvido pela Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport). Com investimentos de R$ 2,3 bilhões e previsão de início das operações em 2013, o terminal terá capacidade de movimentação de dois milhões de TEUS (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e dois bilhões de litros de etanol ao ano. O projeto do terminal é uma parceria entre a Odebrecht TransPort, a DP World e a Coimex.


"Mercado discute quem vai comprar Gafisa", diz analista
Brasil Econômico 28.01.2012 - O pessimismo do mercado em relação às ações da incorporadora é resultado dos problemas da compra da Tenda.  O analista Leandro Ruschel vê tendência de queda das ações da Gafisa, a despeito de pregão positivo na quinta-feira, e diz que investidores não deixam o preço baixar mais porque aguardam sua venda.  Após um ano pesado para as ações do setor de construção civil, boa parte das construtoras e incorporadoras deu sinal de recuperação já no início de 2012, enquanto os papéis da Gafisa (GFSA3) acumulavam perdas mesmo nos pregões em que todos os seus pares registravam alta.  O pessimismo do mercado em relação às ações da incorporadora é resultado dos problemas da compra da Tenda, construtora popular que teve de desistir de empreendimentos - já comercializados - para tentar diminuir os prejuízos. "A Gafisa vem de uma tendência de baixa mais longa e nas últimas semanas montou congestão num movimento lateral", afirma o analista técnico Leandro Ruschel, sócio da Leandro & Stormer, que adianta rumores de que o mercado aguarda a venda da Gafisa. "Ficou claro que a compra da Tenda foi uma operação desastrosa e o papel só não perde mais valor porque o que hoje se discute no mercado é quem vai comprar a Gafisa", revela. Na sessão de quinta-feira (26/1) o ativo, que chegou a recuar 8,5% em novembro por resultados negativos do terceiro trimestre, tomou fôlego e avançou 4,71%, para R$ 4,45.  "O papel está seguindo a movimentação positiva no setor, mas não se enquadrou em uma tendência de alta. Ainda não vi, no longo prazo, uma tendência de alta", avalia o grafista. De acordo com Ruschel, o suporte do papel (patamar que, se perdido, aponta para uma chance de queda em sequência) está em R$ 4,10, e a resistência (ponto que, se superado, indica a possibilidade de continuidade de movimento de alta da ação) é de R$ 4,70. "Há uma chance do papel buscar os R$ 4,70, mas não há reversão clara. Para o longo prazo a tendência é de baixa. No curtíssimo prazo até é possível que ele tente os R$ 4,70, pois já montou dois topos nesse patamar em 3 e 10 de janeiro", avalia Ruschel, que acredita que o melhor a ser feito, no momento, é se manter de fora das negociações desse papel.


Pioneiro da Barra
Revista Isto é Dinheiro 28.01.2012 - Um dos primeiros grandes empreendimentos da Barra da Tijuca, o CasaShopping, do empresário Luiz Paulo Marcolini, dobrará de tamanho e se tornará um complexo com hotel e centro de convenções. Para o projeto, o maior centro de compras de produtos para casas da América Latina receberá R$ 150 milhões. Cerca de 30% vêm de aporte do BNDES e o restante, de investimento próprio.


Droga Raia reforça marca própria de cosméticos Pluii
Valor 28.01.2012 - Lançada em novembro, a Pluii, marca própria da rede de farmácias Droga Raia, chega no primeiro semestre deste ano às 369 lojas da rede Drogasil. Os itens de higiene e beleza estrearam no fim do ano passado nas 407 unidades Droga Raia e também na loja virtual da varejista, depois de dois anos de pesquisas.  O portfólio de Pluii - inspirado em "pluie", chuva em francês - inclui produtos para cabelo, sabonetes e hidratantes, com seis fragrâncias. A fabricação é terceirizada, mas a empresa desenvolveu a comunicação visual, embalagens e fórmulas. Os produtos têm textura leve, com foco no uso diário e não em tratamento. A Droga Raia já vende a marca própria Needs, de itens básicos como algodão, água oxigenada e álcool gel. Os planos para Pluii são mais ousados. "À medida que crescermos em volume, vamos lançar novas apresentações", afirma o diretor de relações com investidores da varejista, Eugênio de Zagottis. Ele coordena uma equipe de seis pessoas que trabalham sobre a nova marca.Mais rentáveis do que os medicamentos, os itens de higiene e beleza ganham importância nos negócios das farmácias. De janeiro a julho de 2011, geraram R$ 3,5 bilhões para as redes, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Na Droga Raia, eles respondem por cerca de 30% da receita. De janeiro a setembro, somaram R$ 478 milhões. "A categoria transforma a relação do cliente com a loja, que cada vez mais enxerga na farmácia um canal de conveniência", considera Zagottis.
O executivo não gosta de chamar Pluii de marca própria, que considera um conceito desgastado. "Não estamos falando de um produto que é cópia, posicionado lado a lado com o original, com a intenção de canibalizar suas vendas". O preço é de produto premium. Por um xampu o cliente paga R$ 14,99, ou seja, mais do que o triplo dos concorrentes. Como filho do dono, Pluii tem móvel próprio e posição privilegiada dentro da drogaria.


Restrição à venda de ações da Globex termina em julho
Valor 27.01.2012 - Além de uma definição sobre a relação entre Casino e Abilio Diniz em junho, depois que a rede francesa assumir o controle do Pão de Açúcar, logo no mês seguinte um outro evento que envolve o grupo deverá concentrar as expectativas dos investidores. Em julho acaba a restrição à venda de ações da Globex acordada entre os controladores quando foi fechado o negócio entre Pão de Açúcar e Casas Bahia. Em julho de 2010, a Globex, adquirida pelo Pão de Açúcar no ano anterior, incorporou as ações da Nova Casas Bahia, formada por Casas Bahia, Ponto Frio e Extra. A empresa continuou aberta, mas com uma situação sui generis. O Pão de Açúcar concentra 52,35% das ações ordinárias (com direito a voto). Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, ficou com 25,15% dos papéis; e outros 21,85% estão com seu filho, Michel Klein. Sobram para a livre negociação no mercado apenas 0,6% das ações. Como a liquidez dos papéis praticamente não existe, não se pode afirmar, na visão de analistas, que a Globex tem hoje exatamente um valor de mercado. O fato de a empresa permanecer listada na bolsa com esse percentual mínimo em circulação foi interpretado pelos investidores como uma forma de dar liquidez rápida para que os Klein possam sair do negócio. Embora, passado esse período de restrição, também o Pão de Açúcar possa optar pela venda. Mantendo a empresa aberta, bastaria organizar uma oferta subsequente de ações, por exemplo. Isso, a depender do percentual a ser vendido - o acordo firmado pelos acionistas também prevê que qualquer venda de ações da Globex de titularidade dos sócios de Casa Bahia que exceda 3% do capital social apenas poderá ser realizada por meio de oferta pública ou em bloco. Apesar da expectativa de que em particular a família Klein venda ações da companhia, o que, enfim daria liquidez aos papéis, analistas são quase unânimes em afirmar que antes de qualquer mudança na Globex é preciso que haja uma definição sobre a convivência de Abilio Diniz e Casino. Há quem acredite que um desfecho para o tema poderá ser a divisão do grupo Pão de Açúcar. Casino ficaria com os supermercados, que é o foco de seus negócios, e Abilio ficaria com o varejo eletrônico, concentrando-se em Globex. Nessa hipótese ficaria, inclusive, livre para negociar com o Carrefour, rede com a qual iniciou conversas ano passado, o que levou a desentendimentos com os franceses. Quem aposta em uma medida pós-solução no bloco de controle do Pão de Açúcar avalia que, como essas ações têm maior liquidez, podem ser usadas em uma operação de conversão com os papéis da varejista eletrônica. Nessa operação, os Klein receberiam ações do Pão de Açúcar, que aumentaria sua fatia em Globex, e os Klein poderiam vender suas novas ações no mercado.
Apesar de, diante da falta de papéis livre para a negociação, investidores não conseguirem se posicionar aguardando um desfecho para o evento, já identificam alguns sinais de que daqui para a frente o mercado passará, cada vez mais, a ter dados que facilitam uma melhor precificação da dos papéis da Globex, o que facilitaria se a empresa viesse a ofertar ações em bolsa. Em divulgação recente das receitas de 2011, o Pão de Açúcar destacou que a Globex foi importante para que o grupo conseguisse entregar resultados previstos para o ano. A Globex vendeu R$ 24,2 bilhões, com alta de 142,2% em relação a 2010. A parte alimentar, ligada a supermercados, faturou R$ 28,4 bilhões, com expansão de 8,8%. Enquanto o Pão de Açúcar vale R$ 18,6 bilhões na bolsa, a Globex está avaliada em R$ 5,6 bilhões. No próximo anúncio do plano trienal do grupo, serão divulgadas expectativas para os negócios da Globex, que incluem também o segmento de vendas on-line. O mercado avalia que essas estimativas serão mais detalhadas agora do que nas gestões anteriores. Mais dados deverão ajudar os analistas na hora de avaliar o valor de negócio. Procurados, Pão de Açúcar e Globex informaram que não comentam especulações.


Impsa vai investir até R$ 150 mi em fábrica de aerogeradores
DCI 27.01.2012 - Água DoceSão Paulo - A argentina Impsa fechou um acordo com o governo do Rio Grande do Sul para instalar naquele estado mais uma fábrica de aerogeradores. O investimento previsto na nova planta industrial, que será erguida na Região Sul, está estimado entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões e a produção dos equipamentos deverá ser iniciada no ano que vem. A planta fornecerá os mesmos equipamentos que a Impsa já fabrica em Suape, em Pernambuco, e atenderá a demanda nacional com um projeto da Eletrobras /Eletrosul comercializado no leilão A-3 de agosto de 2011; ainda, exportará para o Uruguai e até mesmo para a Argentina. De acordo com o vice-presidente da companhia no Brasil, José Luiz Menghini, essa fábrica atende a demanda do Cone Sul e elevará a capacidade da empresa em cerca de 200 megawatts (MW) ao ano. Outra vantagem que a nova planta trará à empresa é a de reduzir os custos com logística, pois os projetos que utilizam os equipamentos da Impsa no sul do Brasil recebiam a produção de Pernambuco.
O avanço da economia brasileira vem exigindo um aumento dos investimentos em geração de energia, tanto de fontes tradicionais, como a hidroelétrica, como daquela proveniente de fontes renováveis. Desde 2009, os leilões já contrataram 7,2 gigawatts (GW) de energia eólica, o que deve resultar em um aporte de R$ 28 bilhões até 2014, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).


Briga entre Google e Buscapé chega à SDE
Valor 27.01.2012 - A Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça recebeu 200 páginas em manifestações do Google e do Buscapé no processo em que vai decidir se há discriminação nas buscas feitas pelo Google no setor de atuação do Buscapé. O caso promete ser uma das investigações antitruste mais importantes no Brasil envolvendo tecnologia e informação. De um lado, o Buscapé diz que passou a ser discriminado pelo Google, desde outubro passado, quando o site de buscas lançou o Google Shopping. De outro, o Google nega qualquer discriminação, dizendo que o seu sistema de buscas não privilegia empresas, mas sim, segue o interesse dos usuários. No documento enviado à SDE, o Buscapé alega que o Google tem dado prioridade ao Google Shopping, em detrimento dos demais comparadores de preços nacionais, o que pode lhe dar o domínio completo do mercado. Isso estaria acontecendo, segundo a petição de 98 páginas que o Valor teve acesso, através de uma "arquitetura de informação diferenciada" dos demais sites. Essa "arquitetura" inclui "layout", imagem, preços e números de lojas. "O Google Shopping tem sido, com relativa frequência, o comparador mais bem posicionado no resultado de busca orgânica do Google Busca", completa o documento. [Entende-se como 'busca orgânica' o processo que leva os internautas a fazer pesquisas na web por meio de listagens dos motores de busca, baseados em uma palavra-chave, ao contrário de links patrocinados, que trazem publicidade junto aos resultados da pesquisa]. O Buscapé enviou ainda cópias de e-mails em que funcionários do Google teriam admitido que o fato de os produtos do Google Shopping aparecerem com foto seria uma "funcionalidade exclusiva" desse site. "É evidente que essas práticas são discriminatórias", disse o advogado Tércio Sampaio Ferraz Junior, que defende a E-Commerce Media, detentora dos sites comparadores de preço Buscapé e Bondfaro. "Há discriminação na busca", completou. Ele pediu à SDE que baixe medida preventiva determinando isonomia na aparição dos comparadores de preço brasileiros na primeira página do Google Busca.  Mas, para o Google, é impossível regular as buscas feitas na internet. "Se cada um dos bilhões de sites rastreados tivessem o direito de exigir que fossem exibidos de certa forma ou com certos itens de interface com o usuário, as ferramentas de busca paralisariam pela necessidade de atender a tantos pedidos", diz a petição de cem páginas feita pelo Google. "Nenhuma autoridade antitruste do mundo tentou regulamentar a exibição de resultados de shopping ou de qualquer outro tipo de resultados de busca, incluídos os de notícias, imagens, vídeos e mapas", continuou o documento. O Google informou às autoridades antitruste que o seu sistema de buscas é feito para atender o interesse dos usuários. Assim, se o usuário busca uma geladeira, por exemplo, o que aparece são vários desses produtos. Mas, se o usuário escreve "comparador de preços" ao lado de "geladeira", aí sim aparecem com maior destaque os serviços prestados por sites como o Buscapé.  A mensagem do Google para as autoridades é a de que o Buscapé estaria querendo aparecer em primeiro lugar entre os produtos mais procurados pelos usuários na internet. Isso estaria contra a política do site de buscas. "O Google não permite que nenhum site obtenha melhor posição no ranking de seus resultados de busca mediante tipo de pagamento, seja o site uma entidade comercial ou um cliente do Google", informou o site ao Ministério da Justiça. "Nenhum anunciante pode melhorar a sua posição dentro da classificação de resultados do Google mediante pagamentos."
No documento, o Google informou ainda que a melhor maneira de aparecer nas primeiras posições dos resultados de busca é "criar o melhor conteúdo possível para o seu público-alvo": "Nosso objetivo é o de ajudar os usuários a encontrar comerciantes que ofereçam excelentes experiências com compras." A SDE vai ouvir outras empresas do setor antes de chegar a uma conclusão. A secretaria deve fazer um parecer sobre o assunto, no qual pode aceitar a reclamação do Buscapé e determinar alterações no sistema de buscas ou pedir o arquivamento do processo. Em ambos os casos, o parecer será enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que vai dar a decisão final sobre o assunto.


Mitsubishi compra 20% da Los Grobo Ceagro
Valor 27.01.2012 - A Los Grobo Ceagro do Brasil, braço principal do grupo agrícola Los Grobo, de origem argentina, anunciou ontem a venda de uma participação de 20% de seu capital social para a Mitsubishi Corporation, conglomerado japonês com operações em diversos setores da economia e faturamento anual total superior a US$ 220 bilhões. O negócio, cujo valor não foi revelado, foi fechado por meio da subscrição de ações ordinárias emitidas a partir de um aumento de capital aprovado na terça-feira em assembleia geral extraordinária dos acionistas da empresa brasileira, que no ano-safra passado (2010/11) faturou R$ 610 milhões. "Trata-se de um investidor 100% estratégico, com foco complementar ao nosso e que poderá colaborar para a ampliação das exportações da empresa no futuro", disse Antonio Frias Oliva Neto, principal executivo da área financeira (CFO) do Grupo Los Grobo e novo vice-presidente executivo da Ceagro. Em entrevista ao Valor, Oliva Neto explicou que, enquanto a Los Grobo Ceagro tem uma plataforma de operações integrada do campo aos portos, a Mitsubishi tem grande experiência e relevância dos portos em diante. No ano passado, por exemplo, a divisão agrícola da gigante japonesa exportou mais de 10 milhões de toneladas de grãos originados em Brasil, EUA, Argentina e Austrália para mercados na Ásia, como o próprio Japão e a China. Oliva Neto pontuou que a nova sócia não entra no capital da Ceagro por uma "necessidade" da empresa, mas pela "oportunidade" derivada de uma relação comercial que já existia. Além de o faturamento da Los Grobo Ceagro ter aumentado mais de R$ 200 milhões em relação à temporada 2009/10, para os R$ 610 milhões já citados, Oliva Neto confirmou que o Ebitda da empresa foi de R$ 25 milhões e que o lucro líquido atingiu R$ 5,6 milhões em 2010/11. O Ebitda ainda foi afetado por custos relacionados à entrada da companhia em outras fronteiras fora do chamado "Mapito" e à montagem de filiais em Mato Grosso, fatores que não exercerão a mesma pressão nesta temporada (2011/12), que começou em julho do ano passado e vai terminar em junho próximo. Fundada em 1994 pelo paranaense Paulo Fachin para atuar na distribuição de insumos agrícolas na confluência das regiões de Cerrado do Maranhão, Piauí e Tocantins - o "Mapito" -, a então Ceagro Agronegócios passou ao controle dos Grupo Los Grobo no início da década passada. Foi quando o foco foi ampliado para o plantio de grãos e sua expansão foi acelerada. Em 2010, negócios em Goiás, Minas Gerais e Bahia ganharam força, daí o forte aumento do faturamento observado em 2010/11. "Para o Grupo Los Grobo [que fatura mais de US$ 1 bilhão por ano-safra], o crescimento está no Brasil", diz Oliva Neto. A entrada da Mitsubishi no capital da Los Grobo Ceagro neste momento terá pouco reflexo nos planos da empresa para 2011/12. A empresa está com produção própria de soja em pouco menos de 60 mil hectares arrendados, com milho em cerca de 3 mil. Além disso, como informou o CEO Paulo Fachin em novembro, a originação de soja da empresa, que inclui grãos de terceiros, deverá superar 700 mil toneladas. Para o plantio de 2011/12, negociou US$ 125 milhões em defensivos.


Decisão sobre Neoenergia depende só do Planalto
Valor 27.01.2012 - A decisão sobre o aumento da participação da companhia espanhola Iberdrola no capital da Neoenergia depende, neste momento, apenas do Palácio do Planalto. As negociações envolvendo a redução da participação da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB), quanto a venda da fatia do próprio BB, além da entrada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no capital da empresa, já foram concluídas. Falta, agora, a aprovação do governo. "A parte técnica da negociação está finalizada, mas a decisão do governo ainda não foi tomada", disse ao Valor um assessor graduado. "Neste momento, está tudo parado." A Neoenergia controla as distribuidoras de energia Cosern (que atua no Rio Grande do Norte), Celpe (Pernambuco) e Coelba (Bahia) e um parque gerador de mais de 1.500 MW. Hoje, a Iberdrola detém 39% do capital da empresa. A intenção dos espanhóis é aumentar sua participação acionária para pelo menos 60%, o que lhe daria o direito de controlar a companhia. A Previ possui atualmente 49,01% do capital da Neoenergia e a participação do Banco do Brasil chega a 11,99%. As negociações entre os diversos grupos empresariais e que já duram um ano, preveem a saída do BB da companhia, a redução da fatia da Previ para 25% e a entrada do BNDES, principal credor da Neoenergia. O BNDESPar, braço de investimento do banco estatal de fomento, não só ingressaria na companhia como passaria a ser um sócio estratégico, com 15% das ações, ganhando, além disso, o direito de veto sobre algumas decisões.
As estimativas de analistas é que, para ter 60% da Neoenergia, a Iberdrola teria que desembolsar pelo menos R$ 5 bilhões. Fontes envolvidas nas conversas consultadas pelo Valor não confirmam esse valor.
As negociações foram difíceis porque, no início, os espanhóis ofereceram valores considerados muito baixos pelos brasileiros, baseados na suposição de que tanto a Previ quanto o BB tinham pressa em fechar o negócio. Nas últimas semanas, a proposta melhorou e chegou-se a um ponto considerado satisfatório pelas partes envolvidas nas tratativas. Já houve entendimento também quanto aos termos do futuro acordo de acionistas que balizará a relação entre os sócios. O governo brasileiro, porém, não tem pressa e já deixou isso claro para os espanhóis. Causou irritação em Brasília a circulação de informações de que o Palácio do Planalto já havia aprovado a reestruturação acionária da Neoenergia. Para fontes oficiais, os espanhóis estariam interessados em criar um "fato consumado", constrangendo as autoridades brasileiras. O governo, contou uma fonte, avalia o negócio "como um todo", ou seja, da perspectiva os seus impactos sobre o futuro do setor elétrico. Ademais, a presidente da República Dilma Rousseff, que foi ministra das Minas e Energia no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanha o tema pessoalmente e tem suas próprias opiniões.


Minoritários querem vaga na Petrobras
Valor 27.01.2012 - Josué Gomes da Silva, controlador da Coteminas e filho de ex-vice-presidente: indicação para o conselho questionada por estrangeiros por não terem sido consultados previamente na decisão. Os acionistas minoritários estrangeiros da Petrobras estão preocupados em garantir que indicarão, a partir de sua própria vontade, um nome para o conselho de administração da empresa na assembleia geral deste ano. Há oito dias, um grupo de dez grandes investidores institucionais europeus e americanos enviaram uma carta de alerta a Guido Mantega, presidente do conselho de administração da companhia e ministro da Fazenda. O grupo foi liderado pelo fundo global baseado em Londres F&C Management, que administra US$ 177 bilhões em ativos. O documento conta com a assinatura, entre outros, da Railpen Investments e do State Board of Administration of Florida (SBAFLA). O motivo da carta foi a indicação e posterior eleição para o conselho de administração do empresário Josué Gomes da Silva, controlador da Coteminas e filho do ex-vice-presidente da República José Alencar, falecido em março do ano passado. Seu nome foi sugerido pelo restante do conselho da companhia sem consulta prévia aos minoritários, embora a vaga fosse dos acionistas.
O dono da Coteminas foi indicado para o cargo após a renúncia em outubro de Fabio Barbosa, que havia sido indicado para o conselho da Petrobras pelos minoritários da empresa em votação em separado - sem o voto do controlador. Para cobrir a vaga aberta, o conselho da estatal, sem ouvir os acionistas de mercado, indicou Gomes da Silva. A decisão foi validada em assembleia somente em dezembro de 2011, quando ele foi eleito pelos acionistas, sem o voto do controlador. A carta dos fundos de pensão e gestores de recursos estrangeiros a Mantega é dura. Nela os acionistas afirmam que foram "induzidos a erro" na votação de dezembro, sobre a indicação do filho do ex-presidente da República. Isso porque teriam aprovado o nome sem todas as informações a respeito do empresário, em especial os possíveis vínculos políticos por conta do pai - que fora vice-presidente de Lula, no governo anterior. A explicação foi dada ao Valor por Karina Litvack, chefe de governança e sustentabilidade do F&C.
Contudo, não há nenhuma queixa ou crítica à capacidade profissional, intelectual e ética de Gomes da Silva. A reclamação deve-se, principalmente, ao procedimento da Petrobras.
Procurado, o executivo não respondeu à solicitação até o fechamento desta edição. Na carta, os fundos liderados pela F&C Management afirmam esperar que o executivo fique no posto apenas até a assembleia geral ordinária - que deve ocorrer entre março e abril. A expectativa desses fundos é que nessa próxima assembleia geral eles indiquem por escolha própria um nome para compor o conselho - e não sigam nenhuma sugestão da administração da empresa. "Em linha com a boa governança, o conselho deveria ter dado aos acionistas minoritários a oportunidade de apresentar indicados para substituir o Sr. Fabio Barbosa, em vez de nomear um representante do acionista controlador", afirma a carta que também ressalta que Gomes da Silva não é um membro eleito de fato pelos minoritários, já que a indicação de seu nome partiu da administração e não da livre espontânea vontade dos acionistas do mercado. Consultada, a Petrobras afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a companhia apenas seguiu a Lei das Sociedades por Ações ao fazer a indicação. A companhia baseou sua posição no artigo 150 da legislação, que atribui ao conselho de administração a responsabilidade de indicar um nome em caso de renúncia de algum membro. Além disso, a estatal confirma que a posição de Gomes da Silva é apenas até a assembleia anual. Os acionistas gostariam de, além de serem previamente consultados, terem recebido mais esclarecimentos sobre o empresário selecionado. O artigo 144 da mesma Lei das S.As. aponta que os minoritários, quando utilizam o voto em separado, são aqueles que podem eleger e destituir o membro do conselho indicado por eles. Além disso, no artigo 239, dedicado às companhias de economia mista, a lei garante que a minoria dos investidores tenha direito a eleger um membro no conselho de administração mesmo que eles não alcancem os percentuais necessários para votação em separado. "Nos últimos anos, a atuação do governo brasileiro sobre a Petrobras vem aumentando, o que nos preocupa", afirmou Karina, do F&C, ao Valor. "É muito fácil para quem está no Brasil saber todo o contexto do Sr. Gomes da Silva. Mas, para nós que estamos distante, a questão não é tão simples", disse ela. "A fim de salvaguardar a confiança dos investidores na Petrobras - e até mesmo no mercado brasileiro de modo mais geral - acreditamos que é vital que a companhia seja governada e operada com vista a maximizar a longo prazo o valor para o acionista, o que, por sua vez, exige que as decisões empresariais e de gestão não estejam sujeitas à interferência política de nenhum tipo", completa a carta dos estrangeiros. Esses investidores estão, desde já, se articulando com minoritários brasileiros em busca de um nome a ser indicado previamente à assembleia anual. Por enquanto, ainda não há consenso em torno de uma sugestão. Para utilizar os benefício da votação em separado prevista na legislação, os minoritários precisam ter 15% das ações ordinárias ou 10% do capital social em preferenciais da empresa. A Petrobras é a maior e mais líquida ação do mercado de capitais brasileiro. A companhia tem valor de mercado de R$ 350 bilhões. Na prática, para ter direito ao voto em separado previsto em lei, é preciso reunir um grupo dono de R$ 30 bilhões ou R$ 32 bilhões aplicados na empresa. Após a megacapitalização de R$ 120 bilhões realizada em 2010 para tornar viável a exploração do pré-sal, o governo controla direta e indiretamente 63% do capital votante da Petrobras, segundo a posição de dezembro no site da companhia. Das ações ordinárias, ainda conforme a empresa, 21,5% eram negociadas na forma de recibos americanos de ações (ADRs nível 3), no fim do ano passado. Do capital total, entre ordinárias e preferenciais 24,4% estavam com estrangeiros na forma de ADRs.


Galp Energia: Produção petrolífera e vendas de gás contrariam quebra no retalho
JornaldeNegóciosdePortugal 28.01.2012 - A petrolífera portuguesa publicou os dados operacionais do último trimestre de 2011, em que dá conta de um crescimento da actividade de exploração petrolífera e das vendas de gás natural, ao mesmo tempo que sofre o impacto do abrandamento em Portugal. A Galp Energia conseguiu um aumento da produção petrolífera no quarto trimestre do ano passado face aos três meses anteriores. A produção média “working interest” (bruta) cresceu 7,5% para 21,6 milhões de barris de petróleo equivalente, apesar do declínio homólogo de 8,9% na produção “net entitlement” (líquida de custos com direitos de exploração pagos ao Estado Angolano) para 13,0 milhões de barris.  Um valor de produção líquida dos custos de exploração que representa um cresicmento de 6,5%, no último trimestre do ano passado face aos três meses que terminaram em Setembro e que reflecte a política de investimento perseguida pela Galp Energia nos primeiros nove meses do ano passado.
"No segmento de Exploração e Produção, o investimento foi principalmente canalizado para o Brasil, que absorveu 153 milhões de euros, dos quais cera de 70% para o bloco BM-S-11. Em Angola, o investimento de 41 milhões de euros foi alocado principalmente às actividades de desenvolvimento do bloco 14", lê-se nos resultados dos primeiros nove meses de 2011.
O crescimento na área de Exploração e Produção coincide e contraria a deterioração das vendas de produtos refinados e combustíveis, que se verificou na unidade de Refinação e Distribuição, mais afectada pela crise em Portugal e em Espanha. Vendas directas reflectem abrandamento da economia na Peninsula Ibérica As vendas a clientes directos a declinarem 5,3% no quarto trimestre de 2011 face ao mesmo período do anterior, saldando-se noso 2,6 milhões de toneladas. As vendas de produtos refinados a caíram 1,1% para 4,2 milhões de toneladas no mesmo período. Ainda na nesta unidade, as exportações cresceram 47,6% face quarto trimestre do ano anterior, mas ainda terão um peso reduzido nos resultados da petrolífera ao situarem-se nos 0,8 milhões de toneladas. Apesar do abrandamento da na distribuição de produtos refinados, o crude processado cresceu 16,6% para 20,973 milhares de barris. Ao nível dos indicadores económicos, a Galp Energia dá conta de um crescimento do preço médio do "brent" de 86,5 dólares no último trimestre de 2010 para 109,3 dólares no mesmo período de 2011. Já a margem "cracking" de Roterdão declinou para o valor negativo de 0,4 dólares. Vendas de gás natural crescem suportadas por actividade no "trading". Ao nível da venda de gás natural e electricidade, a Galp Energia viu as vendas totais de gás crescer 5,6%, face ao período homólogo, para 1,414 milhões de metros cúbicos, segundo os dados previsionais divulgados hoje. Um crescimento amplamente justificado pelo crescimento dos segmento de 61,1% no segmento “trading” para 314 milhões de metros cúbicos, enquanto o segmento industrial viu as vendas de gás natural crescer 7,9% para 506 milhões de metros cúbicos. No segmento eléctrico das vendas de gás natural, a Galp sofreu um abrandamento de 16,7% para 387 milhões de metros cúbicos, enquanto as vendas de electricidade à rede progrediram 14,2% para 334 giga watts hora.


Eastman Chemical comprará Solutia por US$3,38 bi
Estadão 27.01.2012 - A Eastman Chemical anunciou nesta sexta-feira que comprará a Solutia por 3,38 bilhões de dólares em dinheiro e ações para expandir a presença na Ásia-Pacífico.
A companhia pagará 27,65 dólares por cada ação da Solutia, um prêmio de 40 por cento em relação ao fechamento de quinta-feira. Incluindo dívida, o negócio é avaliado em 4,7 bilhões de dólares. A Eastman Chemical foi formada em 1994, quando a Eastman Kodak separou seus negócios com produtos químicos para reduzir dívida. Enquanto a Eastman Chemical cresceu de forma constante, a Kodak pediu proteção contra falência este mês.


Chevron deve sofrer acusação criminal por vazamento em Campos
Folha 28.01.2012 - Um promotor público pretende entrar com uma ação criminal contra a petroleira norte-americana Chevron e seus funcionários no país em questão de semanas, adicionando a ameaça de prisão à ação civil que tramita na Justiça e que pede 20 bilhões de reais de indenização pelo vazamento de petróleo ocorrido em novembro.  A ação civil impetrada no tribunal federal em Campos (RJ) provavelmente incluirá um pedido para o indiciamento criminal de George Buck, presidente-executivo da unidade brasileira da Chevron, e de outros funcionários da empresa, disseram à Reuters três membros do governo brasileiro envolvidos no caso.  Funcionários da Transocean, maior operadora global de plataformas de petróleo e fornecedora da unidade usada na perfuração que causou o vazamento, também deverão ser indiciados criminalmente, afirmaram as fontes, que pediram anonimato porque o pedido do promotor ainda não foi apresentado a um juiz.  Ficará a cargo de um juiz decidir se serão aceitos os indiciamentos. Os movimentos contra a Chevron deixam claros alguns riscos que envolvem as empresas de energia em sua busca por uma fatia da riqueza petroleira do Brasil. O governo brasileiro recentemente alterou a legislação do setor, elevando o controle sobre a área. As mudanças atrasaram investimentos.  Buck e a Chevron agiram "de maneira leviana e irresponsável", disse à Reuters um dos funcionários do governo, que participou da investigação do vazamento de aproximadamente 2.400 barris de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos. Ele disse ser improvável que pessoas indiciadas criminalmente acabem sendo detidas ou que fiquem proibidas de deixar o Brasil. Mas se o caso avançar, e novas evidências surgirem, isso poderia ocorrer, ele acrescentou.  "A Chevron acredita que as acusações não possuem mérito", afirmou o porta-voz da empresa, Kurt Glaubitz, em comunicado.  "A Chevron tem confiança de que uma vez que todos os fatos sejam totalmente examinados, eles demonstrarão que a empresa respondeu de forma apropriada e responsável ao incidente", acrescentou.  O porta-voz da Transocean, R. Thaddeus Vayda, não quis comentar.  Promotores no Brasil, que estão aumentando o uso de ações agressivas para estimular acordos antecipados, estão se movendo bem mais rápido que seus colegas nos Estados Unidos.  O vazamento de óleo da BP nos EUA, em 2010, mais de 1.000 vezes maior que o da Chevron, ainda não gerou qualquer acusação criminal.  No Brasil, acusações em casos como esses podem durar 10 anos até que todos os recursos sejam esgotados. Isso levaria empresas como a Chevron e a Transocean a elevados gastos durante anos com a defesa, afirmou o advogado Paulo Augusto Silva Novaes, do escritório Benjo, Garcia, Souto & Novaes, do Rio.
Problema no poço: O incidente com a Chevron começou no dia 7 de novembro do ano passado, enquanto a empresa perfurava um novo poço no mesmo bloco onde já produz petróleo no campo de Frade.  Uma forte pressão surgiu no poço quando o equipamento de perfuração atingiu o reservatório de óleo. Um equipamento de segurança, conhecido como BOP ("blow-out preventer"), foi acionado e fechou o fluxo, mas o óleo vazou por uma rachadura na parede do poço até o leito marinho, chegando depois à superfície.  A polícia e os promotores dizem que a Chevron conhecia as condições de solo e pressão do local e deveria ter adotado ações para prevenir problemas.  A Chevron nega que tenha subestimado riscos e afirma que autoridades brasileiras aprovaram os planos de perfuração.  "A pressão foi estimada utilizando complexos modelos e informações obtidas nos 50 poços previamente perfurados no projeto Frade", afirmou Glaubitz, da Chevron, no comunicado.  "No entanto, não é incomum que se encontre condições de pressão durante operações de perfuração diferentes daquelas anteriormente verificadas".  A empresa disse que agiu rapidamente e de forma correta para estancar o vazamento em quatro dias e que sua atuação estava de acordo com as melhores práticas da indústria.
Processos longos: Apesar de promotores no Brasil terem independência para acusarem civil e criminalmente empresas e seus empregados por danos ambientais, esses casos raramente terminam em condenações.  Por exemplo, a Petrobras, parceira da Chevron no projeto Frade, ainda está apelando de multa de mais de 100 milhões de reais de um acidente com uma plataforma em 2001 e de um grande derramamento de óleo no Rio em 2000.  A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) suspendeu as licenças para novas perfurações da Chevron em Frade. A agência e o Ibama já multaram a companhia em mais de 50 milhões de dólares devido ao vazamento.


Braskem e Banrisul captam US$ 750 milhões
Valor 28.01.2012 - Em outro dia bastante positivo para as empresas brasileiras no mercado internacional, mais duas companhias fecharam captações no exterior. A Braskem captou US$ 250 milhões com a reabertura de uma emissão de títulos em dólares com vencimento em 2021. Já o Banrisul definiu o preço de seu lançamento de US$ 500 milhões com prazo de 10 anos, com rendimento ao investidor de 7,5% ao ano. O segmento de captações externas continua aquecido para as empresas brasileiras e, dependendo das condições de mercado, pode ser anunciada em breve uma operação grande da Petrobras, em dólares. Especula-se que o valor poderia atingir US$ 4 bilhões, segundo fontes de mercado. Mas as mudanças no comando da Petrobras podem atrasar a operação.
A Braskem optou por uma reabertura - quando apenas lança mais papéis de uma emissão realizada no passado, mais fácil e rápida que uma nova transação -, para lançar notas seniores por meio da subsidiária Braskem Finance. O retorno para o investidor ficou em 5,75% ao ano, mesma taxa do cupom, e vencimento em 2021. A abertura dessa operação foi em abril do ano passado, quando a petroquímica captou US$ 750 milhões com a mesma taxa. O custo ficou cerca de 10 pontos básicos acima da taxa dos papéis negociados no secundário, abaixo de operações de outros emissores ao redor do mundo e do preço inicial estipulado para essa emissão (5,85% ao ano). Isso mostra o bom momento para as empresas brasileiras e a estratégia acertada para essa captação, diz André Silva, diretor do Deutsche Bank, um dos bancos líderes do negócio, ao lado de Citigroup e Santander.  A demanda pelos papéis chegou a US$ 2 bilhões, em poucas horas. A Fitch Ratings atribuiu nota 'BBB-' à operação. No início da semana, a Odebrecht também aproveitou a mesma janela de oportunidade para captar US$ 300 milhões, com a reabertura do seu bônus com vencimento em 2023. A taxa ficou em 5,95% ao ano, abaixo da captação anterior, de 6% ao ano, com garantia da Construtora Norberto Odebrecht.
Já o Banrisul pagou retorno ao investidor de 7,5% ao ano, com uma captação de US$ 500 milhões com prazo de 10 anos, na sua primeira captação no exterior. A operação foi coordenada pelos bancos Credit Suisse e Deutsche Bank, com uma demanda equivalente a 6 vezes o volume ofertado. Os recursos serão utilizados na base de capital do banco (Nível 2). Desde o início do ano, o país já atraiu US$ 6 bilhões em 9 emissões de bônus e 1 empréstimo sindicalizado (BicBanco). O bom desempenho dos primeiros negócios e a menor aversão ao risco abriu espaço nesta semana para operações de maior risco, como foi o caso da emissão da JBS, finalizada ontem. O grupo Virgolino Oliveira e a Cimento Tupy também estão no mercado com operações de bônus externos. Ainda é esperada a captação da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), subsidiária da Cemig. Especula-se também que a Natura poderia testar o mercado de títulos em reais, o que seria a primeira na moeda brasileira desde meados do ano passado.


Braskem fecha captação externa de US$ 250 milhões
Valor 28.01.2012 - A Braskem concluiu a captação de US$ 250 milhões com a reabertura de uma emissão de títulos em dólares com vencimento em 2021. O retorno para o investidor (yield) ficou em 5,75% ao ano, mesma taxa do cupom. A Braskem optou por uma reabertura — quando apenas lança mais papéis de uma emissão realizada no passado, mais fácil e rápido que uma nova transação —, para emitir notas seniores por meio da subsidiária Braskem Finance. A abertura dessa operação foi em abril do ano passado, quando a petroquímica captou US$ 750 milhões com a mesma taxa.
O custo ficou cerca de 10 pontos básicos acima da taxa dos papéis negociados no secundário, abaixo, portanto, de operações de outros emissores ao redor do mundo. O preço ficou abaixo também da taxa estipulada no início da operação (5,85% ao ano). Isso mostra o bom momento para as empresas brasileiras e a estratégia acertada para essa captação, diz André Silva, diretor do Deutsche Bank, um dos bancos líderes do negócio, ao lado de Citigroup e Santander. Os bancos de investimentos optaram por abrir o negócio com um “guidance” inicial de 5,85% ao ano, 20 pontos básicos acima do preço no secundário. Em apenas uma hora, a demanda pelos papéis atingiu US$ 1,4 bilhão, permitindo uma redução da taxa para 5,8% ao ano, seguida por outra revisão, para o preço final, de 5,75% ao ano. A demanda pelos papéis chegou a US$ 2 bilhões. “O banco pagou uma das menores concessões (prêmio sobre a taxa do secundário)”, diz Silva, do Deutsche Bank. “A estratégia funcionou bem”, completa.
A Fitch Ratings atribuiu nota "BBB-" à operação. No início da semana, a Odebrecht também aproveitou a mesma janela de oportunidade para captar US$ 300 milhões, com a reabertura do seu bônus com vencimento em 2023. A taxa ficou em 5,95% ao ano, abaixo da captação anterior, de 6% ao ano, com garantia da Construtora Norberto Odebrecht.


BHG entra no Maranhão com a compra do Grupo Solare
A Brazil Hospitality Group (BHG), braço de investimentos em hotéis do fundo de private equity GP Investments, anunciou ontem a assinatura de um contrato para a compra do Grupo Solare, administrador de oito hotéis na Região Nordeste do país. O investimento, porém, não foi divulgado. Com o negócio, a BHG passa a ter 45 hotéis no país e 8,3 mil apartamentos, pois agregou 1,1 mil quartos com a aquisição da Solare. "A Solare traz muita sinergia para a BHG. Além disso, ela passa a ser o nosso braço operacional nas regiões Norte e Nordeste", afirmou ao Valor o presidente da BHG, Peter van Voorst Vader. O Grupo Solare também vai administrar os quatro hotéis que a BHG comprou em Belém (Pará), no ano passado. A aquisição da BHG marca a sua entrada no Maranhão, pois o Grupo Solare administra sete hotéis em São Luís, com as bandeiras Soft Inn, Expresso XXI e Solare Hotéis e Suítes. A administradora tem ainda a gestão do Gran Solare Lençóis Resorts, à beira do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. A BHG assumirá a administração desses empreendimentos a partir de 1º de abril. A BHG tem, ainda, 12 hotéis em desenvolvimento, com 2,3 mil quartos no total, que deverão entrar em operação em 2014. Com isso, a oferta da empresa aumentará para 10,7 mil apartamentos daqui a três anos. Em sua última divulgação de resultados, referentes ao terceiro trimestre de 2011, a BHG reportou receita líquida de R$ 122,8 milhões.


Ideiasnet encolhe portfólio e quer mostrar resultado
Valor 28.01.2012 - Haddad: novos investimentos vão se concentrar em áreas com maior potencialPrimeira empresa de tecnologia com ações negociadas na bolsa brasileira, a Ideiasnet passou o último ano em um processo de "limpeza" no portfólio e mudança de foco. Com a reestruturação promovida pela nova administração, que assumiu a companhia no fim de 2010, o objetivo agora é começar a mostrar resultados e vencer a desconfiança do mercado. A Ideiasnet investe na compra de participações na área de TI, e tem como principais acionistas o Grupo Lorentzen, ex-sócio da produtora de papel e celulose Aracruz, e a EBX, do empresário Eike Batista. Como todo negócio ligado ao homem mais rico do Brasil, o investimento na Ideiasnet, em maio de 2008, fez barulho, mas desde então as ações da companhia caíram quase 60%. A empresa sustenta que o valor de mercado na bolsa hoje é inferior à soma das participações detidas, um sinal de que haveria uma distorção na avaliação. Mesmo com a desvalorização, os sócios mantiveram o apoio à companhia, ao participar da última rodada de capitalização, em novembro passado, no valor de R$ 18 milhões. Os recursos do aumento de capital se somaram ao da venda de participações. Desde a chegada da nova equipe, liderada pelo libanês Samy Haddad, um experiente executivo do setor, com passagens pelo Vale do Silício e fundos com foco em tecnologia, foram cinco saídas de investimentos e uma venda parcial. Apesar de alguns bons resultados obtidos em empresas como a locadora virtual NetMovies, no qual a Ideiasnet obteve 1,5 vez o valor investido, até o terceiro trimestre do ano passado a taxa interna de retorno obtida pela companhia era zero. Em busca de resultados melhores, a estratégia para os atuais e novos investimentos é concentrar o portfólio nas áreas em que a empresa vê maior potencial. Para Haddad, as melhores oportunidades estão hoje nas companhias que oferecem serviços para comércio eletrônico, aplicativos e soluções móveis (mobile), servidores em nuvem (cloud computing), além de fornecedores de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês). O trabalho de arrumação da casa ainda não está completo. A empresa já anunciou a intenção de se desfazer da Softcorp, que presta serviços de suporte tecnológico corporativo. Mas o negócio mais aguardado é a venda da Officer, maior companhia do portfólio da Ideiasnet. Com um faturamento que deve superar a casa de R$ 1 bilhão em 2011, a distribuidora de produtos de informática há anos vem sendo preparada para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Ontem, a companhia anunciou um acordo para distribuir os softwares da Totvs. Segundo Haddad, o formato da operação que propiciará a saída da Ideiasnet ainda não foi definido, mas deve ser anunciado "em breve". O executivo é cauteloso com as palavras, pois sabe que a empresa já deixou de cumprir promessas feitas ao mercado. As constantes mudanças societárias e reestruturações fazem parte da rotina da empresa, sobrevivente do estouro da bolha de tecnologia no início da década passada. "Queremos agora fazer o caminho contrário, ou seja, apresentar resultados antes de prometer", ressalta. Os executivos já começaram a apresentar a nova cara da empresa em encontros com investidores. "Procuramos mostrar que a Ideiasnet é hoje um dos poucos veículos com liquidez e portfólio diversificado na área de tecnologia no Brasil", diz. Do encontro com mais de 30 fundos no exterior, pelo menos seis deles demonstraram interesse em investir na empresa, diretamente ou por meio de coinvestimentos, segundo Haddad. "Estamos agora estruturando a melhor forma para a companhia para receber esse capital", afirma. O primeiro fruto dessas conversas foi colhido no fim do ano passado, com o anúncio da aquisição de 5,1% do capital da companhia pelo grupo de investimento americano Liberty Media. Outra notícia aguardada é a do balanço de 2011, que deve voltar ao azul depois do prejuízo registrado nos dois anos anteriores. Até setembro, porém, a empresa ainda estava no vermelho, com um resultado negativo de R$ 922 mil, antes da receita com a venda de participações. Em meio à faxina do portfólio, a Ideiasnet anunciou apenas um novo investimento durante o ano passado, com um aporte de R$ 5 milhões na Ciashop, que presta serviços para sites de comércio eletrônico. O negócio se encaixa na nova linha de atuação, que busca oportunidades em companhias em estágio inicial, mas que já tenham passado da fase "Powerpoint.com", afirma Everson Lopes, diretor de desenvolvimento de portfólio, que antes da Ideiasnet buscava oportunidades de investimento pelo site Buscapé. Desta forma, a empresa espera se diferenciar dos fundos estrangeiros de capital de risco com foco em tecnologia que começam a chegar ao país.


CloudFlare faz dinheiro como 'baby sitter' de site
Bloomberg Businessweek 28.01.2012 - Matthew Prince é um sujeito incansável. Depois de se formar em direito e criar uma empresa para combater "spammers", como são chamadas as pessoas que enviam e-mails publicitários não solicitados, ele decidiu matricular-se na Harvard Business School (HBS), em 2007. Quando estava no segundo ano, viu-se em uma viagem de estudos ao Vale do Silício, ouvindo a apresentação de um empresário que não parecia ser dos mais inteligentes. Uma colega de classe, Michelle Zatlyn, virou-se para ele. "Se esse cara consegue financiamento, nós também conseguimos", ela disse. A ideia de negócios deles - um serviço de segurança na internet que cuida dos sites dos clientes e pode proteger a todos eles quando um é atacado - tornou-se a CloudFlare, que ganhou o Desafio da HBS de Plano de Negócios de 2009 e seguiu adiante para levantar US$ 20 milhões de empresas de capital de risco, como a New Enterprise Associates. A CloudFlare está longe de ter se tornado um nome familiar, mas seus serviços - que foram ampliados para incluir aumento da velocidade e programas analíticos, entre outras ferramentas para administradores de sites - são usados por centenas de milhares de sites, de blogs sobre comida até o site do Metallica. Cerca de 25% dos internautas mundiais passam pelos servidores da CloudFlare a cada mês, segundo a empresa, e as receitas vem subindo 40% ao mês. A empresa prepara-se para sair de seu mercado segmentado, de atendimento a pequenas empresas, e expandir-se para grandes clientes comerciais, também alvo de concorrentes de maior porte, como Akamai e Symantec. Os mercados de segurança na internet e da chamada "otimização de sites", que incluem vários serviços voltados a tornar os sites mais eficientes e seguros, "explodiram", diz Paul A. Palumbo, fundador da AccuStream Research. "Há oportunidades para uma empresa iniciante conquistar negócios significativos, de US$ 20 milhões a US$ 100 milhões, nos próximos cinco anos." O atrativo inicial da CloudFlare era um tipo de serviço de contribuição coletiva dos administradores de sites contra os riscos. Se um hacker ou algum código perigoso atacasse um dos sites protegidos pela CloudFlare, seu software conseguia impedir que o atacante se direcionasse para o resto da rede. A ideia não era inteiramente nova, mas o custo era adequado: grátis para a maioria dos sites e com preços a partir de US$ 20 mensais por funções adicionais. A empresa começou a atrair clientes pequenos, relutantes em pagar as alternativas mais caras de concorrentes como a Akamai.
A CloudFlare foi adicionando continuamente ferramentas específicas destinadas a seu mercado-alvo, de donos de sites. Para reduzir o tempo que uma página leva para ser carregada, a CloudFlare administra o que se chama de rede de distribuição de conteúdo, o serviço no qual a Akamai é especializada. A CloudFlare aluga espaço em 14 centros de dados por todo o mundo (e espera estar em 30 até o fim do ano); quando um fã do Metallica no Japão quer acessar o site da banda, por exemplo, sua solicitação vai para os servidores da CloudFlare em Tóquio e não aos que estão nos Estados Unidos, o que reduz o tempo de resposta. A CloudFlare também prevê que página o usuário pode querer ver em seguida e a começa a carregá-la antecipadamente. Também pode agrupar os arquivos que formam um site, de forma que os servidores não tenham de reunir as informações com muita frequência. O resultado, de acordo com a empresa, é que os sites que usam os serviços da CloudFlare são carregados com o dobro da velocidade e usam 60% menos de largura de banda que a média. Além disso, a distribuição global da empresa permite que a CloudFlare mantenha um site rodando mesmo se os servidores do site falharem ou forem derrubados por algum hacker. "Estão nos dando orçamentos entre US$ 10 mil a centenas de milhares de dólares por mês para ter o que a CloudFlare oferece", diz Igor Soshkin, executivo-chefe da Shopping Cart Elite, uma empresa iniciante de Staten Island, que usa a CloudFlare. Cerca de 1 mil sites tornam-se clientes da CloudFlare a cada dia, segundo a empresa. A CloudFlare começará a ir atrás dos "peixes grandes" em fevereiro, quando pretende lançar um serviço de US$ 200 por mês, que oferece proteção contra grandes ataques de "negação de serviço", como os que grupos de hackers como o Anonymous vêm usando para derrubar muitos sites, inclusive o da MasterCard. A empresa testa um serviço com várias funções para empresas da lista "Fortune 500", que custaria, em média, US$ 2 mil por mês e daria aos administradores do site mais opções de personalização e acesso a suporte técnico. "Eles certamente tomarão uma parte dos negócios que a Akamai pode estar buscando", diz o analista Carl Brooks, da Tier1 Research. A Akamai não quis comentar o assunto. Michael Osterman, presidente da Osterman Research, diz acredita que alguma grande empresa do setor de segurança, como a McAfee ou a Trend Micro, comprará a empresa "em um futuro muito próximo". A McAfee e a Trend Micro também não quiseram se pronunciar. Prince diz não ter interesse em vender a companhia e planeja uma oferta pública inicial de ações para a CloudFlare. "Não temos um único vendedor em nosso pessoal", diz Prince, para quem o boca a boca é a melhor propaganda da CloudFlare. Recentemente, ele informou no Twitter que estava em férias na Costa Rica e dois bloggers locais foram a Tamarindo para conversar com ele. "O interesse vem até nós", diz.


CVM amplia poder de fiscalização da BM&FBovespa
Estadão 28.01.2012 - Um dos objetivos do convênio é evitar a sobreposição de esforços na fiscalização do mercado pelas instituições. A BM&FBovespa ganhou maior poder para fiscalizar a divulgação de informações ao mercado pelas companhias abertas. Em convênio assinado em dezembro, e em vigor desde o primeiro dia do ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) formalizou a cooperação que já ocorria entre as instituições na supervisão das empresas desde 2008 e ampliou o campo de trabalho da Bolsa. Entre as novas atribuições da BM&FBovespa estarão o acompanhamento cotidiano da atualização do formulário de referência - que detalha desde a composição de diretoria até a remuneração de executivos das empresas - e de sete itens das demonstrações financeiras exigidos no artigo 25 da Instrução 480/09 da CVM. É o caso dos relatórios da administração e do parecer de auditores independentes. A diretoria de regulação da Bolsa será a responsável pelo trabalho. Além de acompanhar os dados catalogados nos sistemas de informação EmpresasNet (formulários como ITR) e IPE (comunicados ao mercado e fatos relevantes), os 32 analistas da área lerão com lupa informações veiculadas pelos executivos na grande imprensa. Em caso de desrespeito às normas, a BM&FBovespa terá a prerrogativa de cobrar esclarecimentos das empresas. A CVM só entrará no circuito caso a companhia alertada não se retrate no prazo dado pela Bolsa. Um dos objetivos do convênio é evitar a sobreposição de esforços na fiscalização do mercado. O suporte da CVM dá mais autoridade à ação da Bolsa junto às empresas, avalia o diretor de regulação da BM&FBovespa, Carlos Rebello. Segundo ele, a grande maioria já regulariza sua situação antes de chegar à autarquia, mas o convênio deve melhorar ainda mais essa estatística, além de dar mais transparência para o investidor. "É importante que as empresas saibam que há um auxiliar do ''xerife'' do mercado fiscalizando seu cotidiano. Se houver informação vencida vamos notificar a empresa e a CVM", disse Rebello.
O Superintendente de Relações com Empresas (SEP) da CVM, Fernando Soares Vieira, lembra que a Bolsa já vinha fiscalizando o arquivamento das propostas da administração para as assembleias de acionistas das companhias listadas. O convênio prevê a criação de um plano de trabalho conjunto e reuniões semestrais. O plano não foi detalhado, mas estabelecerá prazos de atuação na atividade fiscalizadora da Bolsa, além do tipo de apoio que será prestado pela CVM, como treinamentos, consultoria e mesmo atuação direta quando as companhias não prestarem contas à BM&FBovespa. As instituições estudam a publicação de um balanço mensal dessas ações.


Anac cede a apelo de seguradoras e muda regra em leilão de aeroportos
Valor 26.01.2012 - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) alterou nesta quinta-feira as exigências feitas às seguradoras e resseguradoras previstas no leilão de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. Boa parte das empresas do segmento se queixou que a cláusula definida pela agência restringia, significativamente, a participação das empresas interessadas no seguro-garantia das obras. Com as mudanças propostas pela comissão de licitação, o edital ainda estabelece como requisito a classificação de seguradoras e resseguradoras de “primeira linha”. Porém, incluiu na cláusula a possibilidade de contratação do seguro-garantia com empresas do setor “autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), entidade vinculada ao Ministério da Fazenda”.
O “Aviso de Alteração” foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União. No entanto, o conteúdo do Comunicado Relevante nº 7 foi divulgado há pouco no site da Anac.

Randon prevê receita de R$ 4,2 bilhões em 2012
Brasil Econômico 26.01.2012 - Investimentos da Randon somarão R$ 400 milhões em 2012. A Randon Implementos e Participações, controladora de dez empresas, anunciou nesta quinta-feira (26/1) suas estimativas para o ano de 2012.  A companhia prevê receita líquida consolidada de R$ 4,2 bilhões no período, enquanto a receita bruta total deverá ficar em R$ 6,1 bilhões.Os investimentos, por sua vez, somarão R$ 400 milhões em 2012. Além disso, as exportações e importações deverão totalizar US$ 330 milhões e US$ 150 milhões, respectivamente.Uma de suas controladas, a Fras-le, também anunciou suas metas para este ano.A receita líquida consolidada deverá alcançar R$ 680 milhões em 2012, ao passo que a receita bruta total poderá ser de R$ 928 milhões.
Já os investimentos vão totalizar R$ 70 milhões. Por fim, as exportações poderão atingir US$ 128 milhões e as importações US$ 32 milhões.


Citibank Hall, administrado pela T4F, fecha as portas
Valor 25.01.2012 - A casa de espetáculos paulista Citibank Hall (antigo Palace), gerida pela Time For Fun (T4F), vai fechar as portas em março.
Desde 2008, o contrato de locação do Citibank Hall está vencido. A dona do imóvel, a Associação Brasileira de Educação e Assistência, queria a liberação da área para a construção de um prédio no local. A T4F discutia em juízo a possibilidade de renovar esse contrato, mas reconhecia, no prospecto de sua oferta preliminar de ações, que a chance de perda era provável, o que prejudicaria suas receitas.
Por meio da assessoria de imprensa, a T4F informa que está, com os proprietários do terreno, avaliando a possibilidade de construir uma nova casa de shows no possível novo empreendimento comercial que se estudafazer no local, porque "todos entendem a importância histórica do local para a cidade de São Paulo". O Palace foi inaugurado em 1983.
Ainda conforme a empresa, a parceria com o Citibank continua valendo para as demais casas - Credicard Hall, em São Paulo, e Citibank Hall, no Rio de Janeiro.
Ontem, BTG Pactual divulgou relatório em que recomenda a compra das ações da T4F.
O analista Carlos Sequeira afirma que a ação está barata e que 2012 promete ser um ano forte para seus negócios. Ele destacou que a companhia deverá promover shows de Roger Waters e Cirque du Soleil. O preço-alvo para os papéis é de R$ 23 em 12 meses. Ontem, a ação caiu 0,5%, para R$ 12,66.


Vale perde disputa sobre cobrança de R$ 9,8 bi em imposto de renda
Valor 25.01.2012 - A Vale informou há pouco, por meio de fato relevante, que teve decisões desfavoráveis, na esfera administrativa, em processos ligados à cobrança de Imposto de Renda sobre lucros no exterior, cujo montante é de R$ 9,8 bilhões, acrescidos de juros e multa. A mineradora informou que apresentará os recursos necessários nas instâncias administrativas e judiciais superiores, “com o objetivo de suspender a exigibilidade dos valores envolvidos, até que o julgamento do mérito apresentado pela Vale ocorra”. A companhia não disse, no entanto, se pretende fazer uma provisão desse valor no seu balanço para o caso de perda na disputa.
Conforme o Valor publicou em 11 de janeiro, em meados do ano passado a mineradora elevou de R$ 9,6 bilhões para R$ 40,7 bilhões a estimativa de perdas “possíveis” em processos judiciais e administrativos, para os quais não existe provisão. Nas notas explicativas do balanço, a companhia disse que a mudança na classificação de perda “remota” para “possível” refletia “a mudança do prognóstico de autuações pela autoridade fazendária brasileira” a respeito da incidência de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) no ganho de controladas e coligadas no exterior, prevista no artigo 74 da Medida Provisória 2.158. A autuação de R$ 9,8 bilhões citada pela companhia no comunicado de hoje é apenas uma das sofridas pela empresa nessa disputa. Existem ao menos outras três cobranças ligadas ao mesmo tema, mas que correm em processos diferentes, conforme informações do Formulário de Referência da companhia. Isso explica porque o valor de perdas “possíveis” divulgado em notas explicativa supera a marca de R$ 40 bilhões. Quando há uma disputa sobre o pagamento de um valor, a regra contábil prevê três classificações. A perda deve ser considerada “provável” quando a chance de haver um desembolso para pagar o montante é maior do que a probabilidade de ele não ocorrer.
Nesse caso, se a empresa consegue estimar o valor que espera ter que honrar, ela é obrigada a fazer uma provisão, registrando uma despesa no seu balanço (mesmo que não tenha que desembolsar caixa até que o caso seja efetivamente julgado). Se a avaliação é a oposta — de que o risco de ter que pagar é menor que a probabilidade de não precisar assumir o compromisso —, a empresa classifica a perda como “possível” e é obrigada apenas a divulgar o valor da disputa em notas explicativas, sem provisão.
A terceira classificação é a de perda “remota”. Nesses casos, a companhia sequer precisa divulgar a natureza da disputa ou o valor que é questionado.


Produção de níquel da Anglo American sobe 125%
Exame 26.01.2012 - A empresa reportou, contudo, queda na produção de platina e diamante. A Anglo American é a quarta maior produtor mundial de minério de ferro. A mineradora Anglo American afirmou que sua produção de minério de ferro, cobre e níquel subiu no quarto trimestre, após a companhia concluir três grandes projetos, um deles no Brasil, no ano passado. A empresa reportou, contudo, queda na produção de platina e diamante. A produção de níquel avançou 125%, para 9.900 toneladas, à medida que a produção em Barro Alto, no Brasil, continuou a aumentar. A companhia concluiu o projeto em março do ano passado e agora está trabalhando para finalizar seu projeto de minério de ferro Minas Rio no segundo semestre de 2013.
A produção de minério de ferro subiu 5% no quarto trimestre, para 12,4 milhões de toneladas, na comparação com o mesmo período do ano passado. A produção de cobre aumentou 10%, para 170 mil toneladas, com a entrada em operação da capacidade adicional de produção na mina Los Bronces, no Chile. A companhia concluiu o projeto em novembro do ano passado e iniciou em dezembro as operações da mina de minério de ferro Kolomela, na África do Sul, com capacidade para 9 milhões de toneladas por ano. A produção de minério de ferro representou cerca de 42% do lucro operacional antes de itens especiais da companhia no primeiro semestre, enquanto a divisão de cobre contribuiu por 24% do lucro. A produção de carvão térmico na África do Sul e na Colômbia aumentou 5% no quarto trimestre, em bases anuais, para 8,6 milhões de toneladas. A produção de carvão metalúrgico na Austrália subiu 4%, em bases anuais, para 4,06 milhões de toneladas, enquanto a produção de carvão térmico no país recuou 10%, para 3,36 milhões de toneladas. A produção de carvão térmico e a produção total de carvão na Austrália representaram 9% e 8%, respectivamente, do lucro operacional antes de itens especiais da companhia no primeiro semestre. A Anglo Platinum Ltd., subsidiária da mineradora, registrou queda de 19% da produção de platina refinada, para 710 mil onças-troy, devido a um número maior de paradas de segurança. A produção de diamante da De Beers S.A. caiu 24%, para 6,49 milhões de quilates. A Anglo está em um processo para aumentar sua participação na mineradora de pedras preciosas para 85%, de 45%. A produção de platina e diamantes contribuíram com 9% e 8% do lucro operacional antes de itens especiais no primeiro semestre.


Abercrombie & Fitch estuda chegada ao Brasil
Folha 25.01.2012 - Moda entre adolescentes brasileiros, a grife americana de roupas casuais Abercrombie & Fitch estuda a abertura de loja no país. A marca, que hoje é vendida pela brasileira Mandi & Co., pode entrar com a bandeira Abercrombie ou com outra etiqueta do grupo, a Hollister, estimam especialistas. Atual licenciada, a Mandi está em compasso de espera para o possível desembarque da marca de suas lojas. "A gente precisa, antes de tomar qualquer decisão, saber qual é a escolha deles. A gente não pode fazer um trabalho com a marca deles sem saber o real interesse no Brasil", diz Tico Sahyoun, diretor da Mandi. Data e local ainda não são conhecidos pelo mercado. "Não dá para prever. Há muitos quesitos para entrar: quem seriam os parceiros, os pontos. Existe interesse deles, sim, mas não só deles. Todas as marcas internacionais procuram um canal para entrar no Brasil", diz Sahyoun.
Com as difíceis situações da Europa e dos EUA, o Brasil é "rota obrigatória" de grandes grifes atualmente, segundo Douglas Carvalho Júnior, da Target Advisor, que assessorou importantes transações no mercado de moda no ano passado. "Eles devem procurar novos polos de consumo. Começou com Armani, Gucci, Chanel. Na Índia e China, as maiores já estão. Resta o Brasil." Procurada há uma semana, a sede da marca nos EUA preferiu não comentar. "Mas, para entrar no Brasil, é preciso trazer preços competitivos. Senão, acabam fechando".


Roche lança oferta hostil de US$ 5,7 bilhões pela Illumina
Valor 25.01.2012 - A farmacêutica suíça Roche informou hoje que lançou uma oferta hostil, de aproximadamente US$ 5,7 bilhões em dinheiro, para aquisição da totalidade das ações da americana Illumina, que tem posição de destaque na área de sequenciamento genético.
Em comunicado, a Roche informa que a oferta de US$ 44,50 por ação embute um prêmio de 64% sobre o preço do papel da Illumina em 21 de dezembro, um dia antes de rumores sobre a transação terem circulado no mercado e impulsionado significativamente as cotações. “A proposta também representa um múltiplo de 30,1 vezes em relação aos ganhos em 2012 projetados para a Illumina por analistas”, informa. Conforme a Roche, a união das habilidades de sua divisão de diagnósticos e da Illumina, “líder no fornecimento de sistemas integrados para o sequenciamento de DNA”, reforça ainda mais sua presença no mercado de drogas de tratamento de câncer. O laboratório informa ainda que tentou, de várias maneiras, conduzir tratativas com a Illumina a fim de iniciar uma negociação, porém não conseguiu que a empresa participasse do processo.


Amil vai investir R$ 450 mi em 2012 e espera crescimento de 10%
Estadão 25.01.2012 - Construção do Hospital das Américas, no Rio, é uma das prioridades da empresa neste ano.  A Amil vai investir R$ 450 milhões em 2012 na expansão de sua rede de hospitais e no pagamento de aquisições realizadas recentemente, disse nesta quarta-feira o presidente do Conselho da Amil Participações (Amilpar), Edson Bueno. Ele recebeu nesta quarta-feira, 25, no Rio, o troféu "O Equilibrista", do Ibef-Rio, como executivo do ano de 2011. Sem descartar novas aquisições, Bueno disse que a operadora de planos de saúde trabalha com uma previsão de crescimento orgânico de 10% este ano. A empresa divulgará seu balanço de 2011 em março. Entre os projetos prioritários da Amil está a construção do Hospital das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O grupo já investiu mais de R$ 100 milhões na unidade e aportará outros R$ 100 milhões este ano, quando fica pronto o bloco de consultórios. A unidade terá em torno de 400 leitos e espaço para atender o público de alta renda, uma das maiores demandas do Rio.
Para Edson Bueno, um dos maiores desafios da Amil é se estabelecer de forma competitiva no segmento de planos para a baixa renda (classe D/E), o que será uma prioridade nos próximos três anos. "Nosso preço ainda está 20% acima da Intermédica, a maior concorrente. É um mercado que tem especificidades e requer redução de custos", disse Bueno.
Em termos regionais, o foco do grupo será a expansão no interior de Campinas, nas capitais do Nordeste e em Minas Gerais. Em Minas, onde o grupo chegou em 2010, a meta é dobrar o número de vidas para 40 mil este ano. De acordo com o diretor financeiro da Amilpar, Gilberto Costa, não há planos de novas captações privadas no momento. O grupo tem em caixa R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 600 milhões livres. O montante seria suficiente para tocar os investimentos já previstos para 2012, mas não para bancar novas compras no setor de saúde. "Não vejo espaço para novas aquisições, mas se houver podemos fazer uma nova captação", disse Costa.
Debêntures: A Amilpar utilizará metade dos R$ 300 milhões captados via emissão de debêntures no fim de 2011 para quitar uma dívida de debêntures detidas pelo Bradesco e com vencimento em março. Os outros R$ 150 milhões vão compor o pagamento das aquisições da operadora de planos de saúde premium Lyncx, em 2011, e do hospital carioca de alto padrão Samaritano, realizada em 2010. Além desses papéis, que vencem em três anos, a Amil tem em aberto uma emissão de debêntures de R$ 900 milhões realizada em 2010, com vencimento diferido em cinco anos.


Suíça Novartis anuncia queda no lucro no 4ºtri e faz alerta para 2012
Estadão 25.01.2012 - Lucro da farmacêutica despencou 46%; margem de lucro operacional principal deverá ficar levemente abaixo da atingida no ano passado.
A farmacêutica suíça Novartis anunciou que teve queda no lucro líquido no quarto trimestre do ano passado e fez um alerta sobre as perspectivas de ganhos em 2012. O lucro da empresa despencou 46%, para US$ 1,18 bilhão, de US$ 2,17 bilhões no mesmo período de 2010, abaixo das previsões de US$ 1,76 bilhão. Às 10h (de Brasília), as ações da Novartis caíam 3,27% na Bolsa de Zurique. As vendas líquidas da companhia, no entanto, superaram as estimativas com uma alta de 4,1%, para US$ 14,78 bilhões, impulsionada pela inclusão total da empresa de cuidados com a vista Alcon. Os analistas esperavam vendas totais de US$ 14,63 bilhões. A Novartis registrou no quarto trimestre despesas líquidas de US$ 1,5 bilhão. A companhia afirmou que as vendas neste ano medidas em câmbio constante deverão ficar em linha com 2011, mas a margem de lucro operacional principal deverá ficar levemente abaixo da atingida no ano passado, apesar das recentes reestruturações e de lucrativos lançamentos de novos medicamentos.


Abbott anuncia eliminação de 1.900 vagas
Valor 25.01.2012 - O laboratório farmacêutico americano Abbott informou hoje, durante o anúncio de divulgação de resultados, que deverá eliminar nos próximos cinco anos cerca de 1.900 vagas, sobretudo, das áreas de comercialização e de produção do grupo. Essas demissões representam cerca de 2% de sua força total de trabalho no mundo, de 90 mil trabalhadores, e 6% somente nos Estados Unidos. As demissões deverão gerar uma economia de cerca de US$ 300 milhões anuais nos próximos anos. A companhia atribuiu essas demissões à atual realidade de pressão de preços de medicamentos e à lei de reforma do sistema de saúde americano, associado aos novos desafios regulatórios ambientais impostos pela agência reguladora americana, a FDA.


Grupo MalbaWäcken
Folha 25.01.2012 - O grupo MalbaWäcken, de Goiás, investirá cerca de R$ 113 milhões (60 milhões de francos suíços) para construir um hotel na Suíça, na cidade de Interlaken.
O projeto, que terá 87 quartos, já foi aprovado pelo conselho da cidade e as obras começam neste ano. "A ideia é fazer um espaço para vender para os próprios brasileiros", afirma a sócia-fundadora da companhia, Malba Walcken.
O grupo, que focava suas operações no setor imobiliário, acaba de entrar no mercado de hotelaria com a inauguração de um resort em Caldas Novas (GO).
O empreendimento de 478 apartamentos foi construído com aporte de R$ 100 milhões, sendo que 80% do investimento foi feito pelo grupo e o restante, por meio de parcerias, segundo Walcken."Ainda devemos construir outro hotel e um parque temático no mesmo terreno, em Caldas Novas. "O grupo diz estudar a possibilidade de vender o novo hotel para investidores de outros países. "Não era a nossa intenção inicial, mas estamos analisando as propostas recebidas", afirma a executiva.


Justiça anula licença e Votorantim tenta viabilizar projeto em MG
Valor 25.01.2012 - A Justiça anulou a licença prévia ambiental concedida a um projeto de exploração de zinco da Votorantim no noroeste de Minas Gerais, mas a empresa informou que vai tomar as “medidas cabíveis” para tornar o empreendimento viável. Em sua decisão, a juíza Mônika Alves considerou que os estudos apresentados pelo grupo são insuficientes para demonstrar a viabilidade ambiental do projeto, principalmente em razão dos impactos decorrentes do rebaixamento do lençol freático.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o projeto, conduzido no município de Vazante, não poderia receber a licença sem a realização de estudos técnicos mais aprofundados.
Em nota, a Votorantim diz que cumpriu todos os requisitos legais e realizou os estudos de impacto ambiental requeridos ao empreendimento, batizado de Projeto Extremo Norte. A empresa acrescenta que identificou todas as ações necessárias para minimizar ou eliminar possíveis impactos ambientais.


Ministério regulamenta IR menor em debêntures de aeroportos
Exame 25.01.2012 - As alíquotas atuais, para pessoa física ou jurídica, variam de 15 a 22,5 por cento. Secretaria de Aviação Civil (SAC) publicou na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União uma portaria que regulamenta os requisitos mínimos para que projetos de investimento em infraestrutura aeroportuária possam emitir debêntures com redução de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos.
Segundo a Secretaria, o benefício fiscal vale para os concessionários do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), cuja concessão foi leiloada no ano passado, e para os futuros concessionários dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF), que irão a leilão em 6 de fevereiro.
Na sexta-feira passada, duas fontes do governo haviam antecipado à Reuters que o governo estava na reta final para regulamentar o desconto do IR sobre o rendimento de debêntures emitidas por projetos estratégicos na área de infraestrutura. O benefício consta de Medida Provisória editada no final do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2010, e prevê redução para zero da alíquota do IR sobre o rendimento dessas debêntures cobrado de pessoas físicas. No caso de pessoas jurídicas, a alíquota cai para 15 por cento. As alíquotas atuais, para pessoa física ou jurídica, variam de 15 a 22,5 por cento. Além da Secretaria de Aviação Civil, também os outros ministérios ligados ao setor de infraestrutura terão de publicar portarias semelhantes. De acordo com a portaria da Secretaria de Aviação Civil, entre as medidas anunciadas, as pessoas jurídicas deverão criar Sociedades de Propósito Específico (SPEs) para explorar "infraestrutura aeroportuária mediante regime de concessão federal comum ou patrocinada" e devem requerer a aprovação da Secretaria de Aviação Civil para implementação de projetos considerados prioritários.
Entre os projetos a ser beneficiados estariam os de implantação, ampliação, manutenção, recuperação ou modernização de infraestrutura aeroportuária. A portaria entra em vigor já a partir desta quarta-feira.


Ouro Verde fecha contrato na área de cana
Valor 25.01.2012 - A empresa de logística Ouro Verde, de Curitiba (PR), que atua em locação de veículos, equipamentos e serviços, foi contratada pela Usina Santa Luzia, de Nova Alvorada do Sul (MS). A unidade faz parte da ETH Bioenergia e tem capacidade para moer mais de cinco milhões de toneladas de cana por ano. O contrato prevê o serviço de transporte de cana picada para as safras de 2012 a 2016 e pode ser prorrogado até 2018, quando ela deverá moer 6,5 milhões de toneladas por ano.
Para cumprir o contrato, a Ouro Verde informou que deve contratar cerca de 350 pessoas e investir aproximadamente R$ 35 milhões em equipamentos de transporte e de apoio.
A empresa paranaense já presta serviços de transporte de cana para a ETH Bioenergia nas usinas de Alcídia e Conquista do Pontal, ambas na região do Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo, e na usina de Eldorado, no município de Rio Brilhante (MS). Também faz locação de equipamentos em todas as nove usinas da ETH localizadas em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.


Virgolino de Oliveira pode captar US$ 200 milhões, diz S&P
Exame 25.01.2012 - Os papéis podem ser emitidos após uma série de encontros com investidores que a empresa está fazendo. A produtora de acúcar e etanol Virgolino de Oliveira SA pode captar pode captar US$ 200 milhões. A Virgolino de Oliveira SA, produtora de açúcar e etanol, pode captar US$ 200 milhões com a venda de títulos no mercado internacional, de acordo com a Standard & Poor’s.
Os papéis podem ser emitidos após uma série de encontros com investidores que a empresa está fazendo, prevista para terminar no dia 1 de fevereiro, segundo uma pessoa familiarizada com o plano.
O Banco BTG Pactual SA, o Credit Suisse Group AG e o Itaú Unibanco Holding SA estão coordenando as reuniões, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada por que os termos não estão fechados.


JBS aumenta captação no exterior para US$ 700 mi
Estadão 25.01.2012 - A empresa de alimentos JBS informou hoje, em comunicado ao mercado, que a oferta de títulos de dívida (notas) a serem emitidos no exterior pela sua subsidiária norte-americana JBS USA e JBS USA Finance foi precificada com um cupom (juro nominal) de 8,25% e com taxa efetiva de retorno (yield) de 8,5%. O montante total das notas, de vencimento em oito anos, fechou em US$ 700 milhões, US$ 300 milhões acima da previsão inicial da companhia, de US$ 400 milhões. Na nota, a JBS afirma que o aumento do valor das notas ocorreu por causa da forte demanda pelos papéis, que superou US$ 3,7 bilhões, em "um claro sinal de confiança de mercado." O grupo JBS foi o primeiro do Brasil sem rating "grau de investimento" ("investment grade") a conseguir captar no exterior nos últimos meses.
A empresa ainda esclarece que, com esta emissão, encerra o processo de rebalanceamento de sua dívida iniciado em maio do ano passado e reafirma que os recursos da emissão das notas serão utilizados para liquidação de débitos de mais curto prazo e que possuem custo financeiro mais elevado.
Conforme já divulgado no início do processo, o rebalanceamento de dívida resultará em uma redução de custos de US$ 200 milhões aproximadamente por ano, incluindo as captações realizadas em 2011. "Além disso, os recursos irão melhorar o perfil do endividamento da companhia e reduzir seu custo médio, trazendo um valor maior a seus acionistas", disse a empresa. A última vez que a JBS acessou o mercado externo foi em maio do ano passado, vendendo US$ 650 milhões em notas de 10 anos com yield de 7,25%.


JBS emite US$ 700 mi a uma taxa de 8,5%
Exame 25.01.2012 - Frigorífico ampliou a venda em US$ 300 milhões por forte demanda. As ações do JBS apresentam uma desvalorização de 1% em 2012. O JBS (JBSS3) vendeu 700 milhões de dólares em títulos de oito anos, mostra um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira. A emissão foi ampliada em 300 milhões de dólares devido à forte demanda dos investidores, disse a empresas. O juro ficou em 8,5% ao ano. Com esta emissão, o frigorífico explica que completa o processo de rebalanceamento da dívida iniciado em maio do ano passado. Os recursos serão utilizados para o pagamento de títulos com vencimento mais curto e com um custo financeiro mais elevado. As ações do JBS apresentam uma desvalorização de 1% em 2012. “O rebalanceamento da dívida da JBS SA resultará em uma redução de custos de US$ 200 milhões aproximadamente por ano, incluindo as captações realizadas em 2011. Além disso, os recursos irão melhorar o perfil do endividamento da companhia e reduzir seu custo médio, trazendo um valor maior a seus acionistas”, mostra a nota assinada por Jeremiah O´Callaghan, Diretor de Relações com Investidores da empresa.


Lojas Americanas aprova emissão de R$ 500 milhões
Exame 25.01.2012 - Recursos serão utilizados para o reforço de caixa e alongamento do perfil da dívida. As ações da empresa acumulam uma valorização de 8,47% em janeiro e de 4,82% em doze meses. O Conselho de Administração da Lojas Americanas (LAME4) aprovou a emissão de 500 milhões de reais em debêntures com prazo de cinco anos, mostra um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na quinta-feira. Segundo o comunicado, os recursos serão utilizados para o reforço de caixa da companhia e alongamento do perfil da dívida. Os bancos e assessores jurídicos da operação ainda não foram definidos pela diretoria. As ações da empresa acumulam uma valorização de 8,47% em janeiro e de 4,82% em doze meses.


Hypermarcas anuncia contratação de Nicolas Fischer, ex-Nivea
Valor 25.01.2012 - A Hypermarcas, anunciou minutos atrás mudanças na área de comando da empresa. O executivo Nicolas Fischer foi contratado para a presidência da divisão consumo da companhia. Fischer era, até então, presidente da Nívea Beiersorf no Brasil, cargo ocupado por ele nos últimos seis anos. Fischer chega à empresa em fevereiro. Na empresa desde a sua formação, o executivo Nelson Mello, que ocupava o cargo no segmento de consumo até então, passará a desempenhar a função de relações institucionais na Hypermarcas. Essa era uma mudança que estava sendo planejada pela companhia há alguns meses, como apurou o Valor. Mello passou a ocupar a função na área de consumo num período de mudanças na estrutura de comando da companhia, quando era necessário definir um profissional experiente para liderar esse departamento. Ele passou então a ocupar essa função em agosto de 2011. No entanto, a companhia já analisava a possibilidade de dar a Mello uma função relacionada à área de relações institucionais do grupo. Esse cargo não existia na Hypermarcas. Em nota ao mercado, a companhia informa que a contratação de Fischer pela Hypermarcas é um novo passo no processo de reestruturação organizacional iniciado em agosto de 2011, quando a Hypermarcas passou a operar em duas divisões de negócio: farma e consumo.


Salton inicia exportação para a China
MonitorMercantil 25.01.2012 - A Vinícola Salton começou a exportar para a China. O primeiro contêiner chegará ao país no final deste mês e leva ao mercado asiático vinhos das linhas Volpi e Premium. Único rótulo nacional a receber uma medalha no Hong Kong International Wine Challenge 2011, que elege os melhores vinhos de acordo com mercado asiático, o Salton Talento conquistou a medalha de bronze ao concorrer com 750 expositores.  O projeto da vinícola é, marcando presença no mercado chinês, consiga que os produtos passem a figurar em importantes restaurantes e redes varejistas especializadas, aumentando as exportações. Área onde a procura por vinhos mais cresce no mundo, a China tem visto o potencial de consumo de sua população aumentar proporcionalmente ao PIB da nação nos últimos anos.
Para o coordenador de exportação da Salton, Vagner Montemaggiore, a receptividade da população a rótulos estrangeiros de qualidade, somada a um mercado de luxo que se fortalece a cada dia, é o que possibilita a entrada dos produtos da empresa brasileira pela primeira vez no país. "A China é um dos nossos principais mercados alvos para os próximos anos. Através de ações de promoção e participação em feiras, conseguimos entender melhor o mercado local e o perfil do consumidor asiático, estabelecendo importantes contatos comerciais", explica Vagner.


ANP dá autorização para OGX exportar petróleo
Valor 26.01.2012 - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a OGX Petróleo e Gás, empresa do conglomerado de energia de Eike Batista, a fazer exportação de petróleo. A decisão foi publicada hoje no “Diário Oficial da União”. Eike estima que as exportações da OGX poderão chegar a US$ 40 bilhões em 2015, podendo chegar a US$ 60 bilhões até 2020.
Neste mês, a MPX, que centraliza as empresas de energia do grupo empresarial de Eike Batista, firmou compromisso com a alemã E.ON para constituição de uma joint venture, que dará origem à maior companhia privada de energia do Brasil. A MPX e E.ON terão, cada uma, 50% de participação na joint venture. A MPX levantará ainda R$ 1 bilhão, por meio de um aumento de capital em que a E.ON participará com investimento de R$ 850 milhões. Com a operação, a alemã passará a deter participação de 10% na MPX. A expectativa é a de que a transação seja concluída antes do encerramento do segundo trimestre.


Sara Lee assume controle da fabricante de máquina de café Senseo
Valor 26.01.2012 - A Sara Lee, proprietária da Café do Ponto no Brasil, fechou nesta quinta-feira um acordo para adquirir os 50% restantes da fabricante de máquina de café Senseo, parte que pertence à Phillips na joint venture formada em 2001. A transação foi fechada em 170 milhões de euros. Com isso, a Sara Lee, que já detinha a outra metade do negócio, assume o controle total da joint venture. Pelos termos do acordo, durante os próximos nove anos, a Phillips vai continuar a desenhar, produzir e distribuir as máquinas da Senseo, que já vendeu mais de 33 milhões de cafeteiras.
“Possuir 100% da Senseo, nossa marca de café mais global, é um grande passo para a ‘CoffeCo’ enquanto nos preparamos para a separação em duas companhias”, disse Michiel Herkemij, CEO da Sara Lee Coffee and Tea. Em dezembro do ano passado, a Sara Lee comprou a CoffeeCompany, maior rede de cafés da Holanda. Em janeiro, a companhia anunciou que está dividindo as operações entre mercado internacional de cafés e refeições para os Estados Unidos. “Esta aquisição e parceria nos permitiu a estreitar as relações com a Phillips e investir na inovação da tecnologia para cafés, além de montar uma expansão estratégica agressiva”, disse em comunicado Jan Bennink, presidente executivo do conselho da Sara Lee. A Sara Lee vende cerca de US$ 9 bilhões ao ano e possui mais de 20 mil funcionários ao redor do mundo. No Brasil, a empresa possui as marcas de café Pilão, Caboclo, Café do Ponto, Damasco, Maracaná, Bom Taí, Pacheco, Palheta, Seleto, Moka e Jaraguá, e atua também com achocolatados, cappuccinos e filtros.


Grupo EBX anuncia troca de seu diretor financeiro
Estadão 25.01.2012 - O Grupo EBX informou hoje a substituição do diretor financeiro da holding do empresário Eike Batista. Leonardo Moretzsohn, que até então respondia como CFO da EBX Holding, foi indicado para dirigir a CCX, nova empresa do grupo que será responsável pela implementação do projeto integrado de mineração de carvão na Colômbia. Ex-Vale, Moretzsohn agora será o CEO da nova empresa será originada a partir de uma fração da MPX prevista numa parceria anunciada entre a mineradora de Eike e o grupo alemão E.ON. O novo diretor financeiro do Grupo EBX é Nicolau Chacur, contratado pela holding por sua experiência no mercado financeiro, tendo desenvolvido grande parte de sua carreira no Itaú Unibanco. Segundo a EBX, Chacur foi diretor executivo do Unibanco até a fusão com o Itaú, em 2008, quando transferiu-se para o Banco Itaú BBA, de onde saiu em 2011. "Ao longo de seus vinte e dois anos de vida profissional, Chacur acompanhou de perto o crescimento do grupo EBX, tendo participado de diversas operações financeiras para estruturação dos empreendimentos do Grupo", informou a nota da EBX divulgada hoje. Chacur é bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo e diplomado pelo Institut d´Études Politiques de Paris. Ele substitui Moretzsohn, que é economista formado pela Universidade de Brasília e já havia passado pela MMX Minas-Rio antes de assumir a diretoria financeira da Anglo Ferrous Brazil, em 2007. Há dois anos ele retornou ao Grupo EBX como CFO da holding.


Petrobras pode anunciar captação de até US$ 4 bilhões no exterior
Valor 26.01.2012 - O segmento de captações externas continua aquecido para as empresas brasileiras. Dependendo das condições de mercado, pode ser anunciada ainda nesta quinta-feira uma operação grande da Petrobras, em dólares. Especula-se que o montante pode atingir US$ 4 bilhões, segundo fontes de mercado. No fim do ano passado, a Petrobras captou 1,85 bilhão de euros e 700 milhões de libras e agora busca nova emissão na moeda americana. No início do ano passado, a empresa emitiu US$ 6 bilhões. Outra empresa que prepara emissão é a Natura, que poderia reabrir o mercado de captações em reais. Além dessas, o Banrisul pretende fechar o preço da sua operação de dez anos em dólares entre hoje e amanhã. O Grupo Virgolino de Oliveira, com emissão de US$ 200 milhões, e a Cimento Tupy também estão no mercado. Ontem, a JBS ampliou sua captação de oito anos para US$ 700 milhões devido à forte demanda pelos papéis.


Leonardo Moretzsohn será presidente da CCX
Valor 25.01.2012 - Leonardo Moretzsohn será o presidente da CCX, empresa do Grupo EBX que vai implementar um projeto de mineração de carvão na Colômbia. Moretzsohn era diretor financeiro da EBX e vai comandar agora a companhia que nascerá da cisão da MPX, operação que será concluída após o cumprimento de condições estabelecidas na parceria da MPX com a alemã E.ON. Leonardo Moretzsohn trabalhou na Vale do Rio Doce por 24 anos, durante os quais desempenhou diversas funções, incluindo o cargo de diretor financeiro da Vale em Toronto, diretor de controles internos, gerente-geral de finanças corporativas e de desenvolvimento de novos negócios. Também foi membro dos conselhos de administração da Samarco, Siderar, Valesul e PT Inco e foi presidente do conselho de curadores da Valia, fundo de pensão da Vale. Em outubro de 2007 ingressou na MMX Minas-Rio, de onde saiu para exercer a função de diretor financeiro da Anglo Ferrous Brazil até abril de 2009. Em maio de 2009 voltou à EBX, ocupando desde então o cargo de diretor financeiro. O novo diretor financeiro do Grupo EBX será Nicolau Chacur, que fez carreira no Grupo Itaú Unibanco.


Para reduzir custos, Vale muda estratégia e vai vender quatro supercargueiros próprios
Jornal do Commercio 26.01.2012 - A Vale vai vender quatro dos 19 navios que compõem sua frota própria, segundo informou uma fonte do mercado ao Jornal do Commercio. A operação está dentro da estratégia da companhia de se desfazer de ativos não competitivos para reduzir custos e focar na produção de minério de ferro – sua principal atividade. Os rumores a respeito de mudanças no planejamento naval de uma das maiores mineradoras do mundo tiveram início depois que a companhia começou a enfrentar dificuldades em aportar seus Valemax – embarcações com capacidade para transporte de 400 milhões de toneladas da commodity – nos portos chineses, maiores demandantes do insumo no mercado global.  Analistas ponderam ainda, que a mudança na economia internacional, a partir do recrudescimento da crise nos países desenvolvidos, e o cenário de crescimento menor para a China este ano, também motivam a Vale a rever o tamanho de sua frota.  Em 2008 a companhia, então presidida por Roger Agnelli, decidiu encomendar as embarcações, a um custo total de US$ 2,35 bilhões (R$ 4,15 bilhões), com objetivo de baratear seus custos de distribuição do produto para o mercado asiático.  Além dos 19 navios próprios, a Vale encomendou, ainda, 16 embarcações com as mesmas dimensões, com operação exclusiva para a empresa em contratos de longo prazo assinados com armadores parceiros. Todos os 35 navios deveriam ser entregues até 2013 (a companhia recebeu, até agora, cinco unidades, entre afretados e próprios). Na época, o sistema de fretes internacional estava sobrecarregado devido à demanda superaquecida por minério de ferro, quando a mineradora chegou a perder prazos de entregas por falta de embarcações que fizessem o transporte Brasil - China. A decisão pretendia, ainda, aumentar a competitividade do minério brasileiro em relação ao australiano, grande concorrente mundial, distribuído pelas companhias Rio Tinto e BHP Billiton. Um navio saído de território nacional demora aproximadamente 45 dias para chegar à China, enquanto outro oriundo da Austrália leva um terço do tempo, 15 dias.
“As embarcações foram compradas em outro momento, quando o setor crescia de forma constante. Mesmo depois da crise de 2008, se falava muito mais em recuperação do que se fala hoje, com a nova instabilidade econômica”, explicou o analista da BB Investimentos, Victor Penna. Segundo ele, a reviravolta nas perspectivas de crescimento global, e a certeza de que a China crescerá menos, torna a quantidade de navios que a companhia opera superior às suas necessidades. “O investimento é alto, e o que a Vale está buscando é uma estratégia melhor de retorno sobre o capital investido. Diante de demanda e preços de minério de ferro menores, essa foi a melhor ação que a mineradora poderia ter tomado”, diz, defendendo a venda ou afretamento de embarcações ociosas da companhia como uma boa saída.
Bloqueio chines: Além da conjuntura econômica desfavorável, a Vale está com dificuldades em atracar seus mega navios na China. O governo, armadores locais e até grandes siderúrgicas do país temem que uma frota com a capacidade de transporte como a da mineradora possa derrubar ainda mais o mercado de fretes, que sofreu muito com a última crise.  A título de comparação, o frete Brasil-China está na faixa de US$ 27 por tonelada atualmente, contra mais de US$ 100 por tonelada antes da crise de 2008. O frete Austrália-China fica na faixa de US$ 12 por tonelada hoje, frente à US$ 40 por tonelada em 2008. Segundo Penna, o embargo chinês é explicado pelo medo do governo de que o volume elevado da commodity acabe dando à Vale o controle do mercado local. Apenas em 29 de dezembro do ano passado o primeiro Valemax da mineradora pôde aportar na China, no porto de Dalian, com atrasos de mais de seis meses.
Centros de distribuição: Para não ficar à mercê dos mandos e desmandos chineses em seus portos, e da demanda por minério de ferro, que pode variar sazonalmente, a Vale está construindo dois centros de distribuição da commodity, um na Ásia (Malásia), outro no Oriente Médio (Omã) que receberão os volumes transportados pelos supercargueiros. A partir de lá, o minério vindo do Brasil será encaminhado para os destinos finais em navios menores. Também fará parte da estrutura o porto de Tubarão, em Vitória (ES), que está sendo adaptado.  “Por meio dessas unidades, a Vale poderá acumular os volumes de minério que ela desejar, e aproveitar as melhores oportunidades de mercado, já que estará próxima aos consumidores”, explica Penna, do BB Investimentos. A maior aposta será na Malásia, em complexo que inclui terminal portuário e pátio de estocagem, projeto que demanda investimento de US$ 1,4 bilhão (R$ 2,5 bilhões). Lá, a Vale poderá manter, a partir de 2014, até 30 milhões de toneladas de minério de ferro, cerca de 10% de sua produção anual. Outro centro fica em Omã, para atender os mercados da África, Oriente Médio e Índia. No local a empresa já investiu US$ 300 milhões (R$ 530 milhões), onde já havia um porto adaptado as suas operações, reduzindo as necessidades por aportes.


Lucro da Noble Corporation sobe 28,6% no 4º tri, para US$ 127 milhões
Valor 26.01.2012 - A Noble Corporation – empresa que presta serviços de perfuração de poços de petróleo – reportou lucro de US$ 127 milhões no quarto trimestre, superando em 28,6% o resultado do mesmo período de 2010. No acumulado do ano, contudo, a companhia, prejudicada por queda nas receitas e aumento de custos e despesas, registrou queda de 52% no lucro líquido, que somou US$ 370,89 milhões no exercício. Ao comentar os resultados, David W. Williams, presidente do grupo, diz que a melhora na atividade da indústria petroleira permitiu à empresa recolocar em atividade diversas plataformas nos últimos três meses de 2011. Ele acrescenta que a carteira de encomendas da empresa teve um aumento de aproximadamente US$ 1 bilhão ao longo do ano, em valores líquidos que excluem os cancelamentos de pedidos. “Alguns desses contratos nos permitiram entrar ou expandir a nossa presença em regiões como Austrália, Mar Mediterrâneo e Arábia Saudita, dando apoio a nossa estratégia de ampliar a diversificação geográfica”, afirma o executivo no balanço. A Noble fechou o ano passado com cerca de 68% dos dias de perfuração disponíveis comprometidos para 2012. Segundo a empresa, a atividade de perfuração em águas profundas no Golfo do México segue robusta, já que operadoras estão iniciando campanhas exploratórias à medida que obtêm as licenças das autoridades reguladoras. Para 2012, a Noble diz que manterá o foco na expansão de sua frota de sondas e na execução de diversas ações estratégicas, o que inclui o crescimento em mercados vitais e a melhora da eficiência das operações.


Três grupos estão fora da disputa pela montagem de Angra 3
Folha 26.01.2012 - Dos cinco participantes -- quatro consórcios e uma empresa individual -- da licitação para a montagem dos equipamentos eletromecânicos da Usina Nuclear Angra 3, incluindo o gerador de vapor por fonte nuclear, apenas dois foram habilitados. Os serviços estão orçados em R$ 1,93 bilhão.  A Eletrobras Eletronuclear anunciou nesta quarta-feira que seguem concorrendo os consórcios UMA -- formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht, Camargo Correa e UTC Engenharia -- e Angra 3, integrado por Queiroz Galvão, EBE e Techint.  Os consórcios Construcap-Orteng e Itaorna, além da empresa Skanska Brasil não foram habilitados.  A próxima etapa do processo está prevista para o dia 27 de fevereiro, com a divulgação das linhas metodológicas de execução dos serviços. A última fase será a apresentação de preços. A expectativa é que o grupo vencedor inicie a montagem dos equipamentos em maio.  Atualmente, há cerca de 4.200 operários trabalhando no canteiro de obras da terceira unidade da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (litoral sul do estado do Rio), onde também estão instaladas as usinas termonucleares Angra 1 e 2.  A entrada em operação de Angra 3, com 1.405 megawatts de potência instalada, está prevista para 2015.


Participação da BNDESPar no capital da Duratex não deve passar de 1,5%
Valor 25.01.2012 - A possível entrada da BNDESPar no capital da Duratex, por mio da compra de debêntures conversíveis em ações, tem caráter apenas de investimento, segundo Flavio Donatelli, diretor financeiro e de relações com investidores da fabricante de painéis de madeira e louças sanitárias. A participação do banco de fomento no capital da empresa será pequena e pode chegar, no máximo, a 1,5% do total. Na segunda-feira, a Duratex anunciou a emissão de R$ 99,9 milhões em debêntures conversíveis em ações. A BNDESPar subscreverá, pelo menos, 59% desse valor, parcela relativa à Itaúsa e à família Setubal, os controladores da Duratex, que cederão seu direito de subscrição ao banco de fomento. Os demais acionistas da companhia também terão direito de participar da emissão, na proporção de suas participações. As sobras que não forem subscritas pelos minoritários ficarão com a BNDESPar. O preço para conversão das ações será de R$ 12,87. Ontem, os papéis encerraram o pregão com recuo de 2%, cotados a R$ 9,50. Pelo preço proposto, em um cenário em que não haja interesse dos minoritários e a BNDESPar subscreva a totalidade das debêntures, o banco de fomento alcançaria fatia perto de 1,4% no capital da companhia com aconversão. Além das debêntures, a Duratex anunciou a liberação de um financiamento de R$ 178,9 milhões por parte do BNDES. Os recursos serão utilizados na construção da unidade de produção de painéis de madeira do tipo MDF, de maior valor agregado, em Itapetininga (SP). "O BNDES não quer participar só do financiamento, mas dos resultados. O que é positivo, já que indica que eles confiam na empresa", afirmou Donatelli.
A unidade em construção, com capacidade de produção de 530 mil metros cúbicos anuais, consumirá investimentos de R$ 480 milhões e será concluída até o fim do ano. A fábrica faz parte de um plano de investimentos de R$ 1,2 bilhão, anunciado em abril de 2011, que inclui uma outra unidade para produção de MDF, em local ainda não definido. A Duratex não apresenta problemas de endividamento. Em setembro, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa era de 1,1 vez e a empresa contava com R$ 710,9 milhões em caixa.


Foxconn recebe isenção para produzir tablets no Brasil
Folha 25.01.2012 - A taiwanesa Foxconn, que fabrica os iPads da Apple, recebeu do governo federal os benefícios fiscais para produzir tablets no Brasil. Segundo a portaria interministerial 34 publicada nesta quarta-feira no "Diário Oficial da União", a empresa terá direito aos benefícios previstos no decreto 5.906 de setembro de 2006. A determinação prevê isenção ou redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS e Cofins para empresas que invistam em atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos de tecnologia. Segundo a portaria de hoje, a regra valerá para tablets com telas sensíveis ao toque, sem teclado e com peso inferior a 750 gramas. Também estão incluídos na medida os acessórios, cabos, fontes de alimentação e manuais de operação que são relativos aos tablets. A expectativa é que a Foxconn comece a produzir os aparelhos --principalmente os iPads, da Apple-- na fábrica em Jundiaí, interior paulista. Entre 2010 e 2011, a Foxconn investiu R$ 300 milhões para a construção de sua terceira fábrica no município, destinada aos aparelhos da Apple, em uma planta prevista para 1.400 funcionários. Apesar dos constantes comentários do ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, sobre o início da fabricação para o fim de 2011, a empresa ainda não produziu nenhum iPad.


Luxottica tem recorde de vendas em 2011
Exame 26.01.2012 - Dona da marca de óculos Ray-Ban somou mais de 6 bilhões de euros em vendas no ano passado no mundo.
Luxottica: vendas 10% maiores em 2011.A Luxottica, conhecida mundialmente por fabricar as armações de óculos Ray-Ban, registrou recorde de vendas em 2011. No período, a companhia somou 6,2 bilhões de euros em vendas, alta de quase 10% na comparação com o ano anterior. De acordo com balanço divulgado pela companhia, nesta terça-feira, 2011 foi um ano particularmente importante na história da Luxottica. "Firmamos as bases para o crescimento permanente e duradouro no futuro. Essa tendência é apoiada por nossos resultados do início do ano até o momento em 2012, tanto em termos de vendas líquidas quanto de portfólio de pedidos", afirmou Andrea Guerra, CEO empresa, em nota.  No último trimestre do ano, as vendas da Luxottica somaram mais de 1,5 bilhão de euros, alta de 12% na comparação com 2010. Os resultados da Luxottica foram melhores no quarto trimestre de 2011, principalmente nos Estados Unidos e Canadá, países importantes e estratégicos para empresa, onde as vendas cresceram 25% no ano. No final do ano passado, a Luxottica anunciou a compra da Tecnol, no Brasil. A operação foi fechada por 110 milhões de euros e concluída em dezembro do ano passado.