quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Azul.CA 28.12

Daily News


CCR deve entrar no setor de aeroportos
Folha 28.12.2011 - A CCR, operadora de concessões rodoviárias, deve mudar seu estatuto social para incluir a atuação no setor de aeroportos. A empresa também deve adquirir as participações das construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa em aeroportos na América Latina e no Caribe. As duas construtoras integram o quadro de acionistas da CCR. As medidas foram recomendadas pelo conselho de administração da CCR e serão votadas em assembleia de acionistas convocada para o dia 16 de janeiro.

Viver anuncia a criação da Reusing Construções
Folha 28.12.2011 - A Viver Incorporadora e Construtora anunciou nesta quarta-feira (28) a criação da uma empresa subsidiária, a Reusing Construções. A nova empresa une os negócios de construção da Viver com a Reusing Engenharia e Construções. A Viver tem participação de 50% do capital votante e total da Reusing Construções. "A combinação das atividades das duas empresas reforça a estratégia da Viver de verticalização através do fortalecimento da sua área de construção e assegura a capacidade de execução de projetos na região Sul do país", afirma a Viver em nota.
Fundada em 2002, a Reusing atua nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul na construção de empreendimentos nos segmentos residencial e comercial, para os mais variados perfis de renda, e possui mais de 120 funcionários. A Viver será responsável pela gestão financeira da Reusing Construções enquanto a Reusing contribuirá com a adição de capacidade de construção. As obras desenvolvidas pela Reusing Construções serão controladas no ambiente do sistema corporativo da Viver.

Planos da Eletrobras para 2012 demandam R$ 13 bi
Valor 28.12.2011 - A Eletrobras investirá R$ 13,29 bilhões em 2012, dos quais US$ 2 bilhões (equivalentes a R$ 3,9 bilhões) serão captados no mercado internacional por meio de bônus ou no mercado interno. O valor é 44% superior aos R$ 9 bilhões investidos no ano passado, recorde, como observou ontem o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto. Também não inclui potenciais aquisições no exterior, que viriam de orçamento à parte, provavelmente com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Desse total, a empresa vai contar com R$ 8,9 bilhões de fontes diversas, incluindo R$ 4,1 bilhões do BNDES, do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste  (FNE), e o equivalente a R$ 900 milhões do Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do alemão KFW. O montante do KFW refere-se à parte de um financiamento global de 1,19 bilhão para uso na usina nuclear de Angra 3.  Outros R$ 4 bilhões que completam o orçamento de investimentos virão de recursos próprios. Este ano a empresa conseguiu captar US$ 1,75 bilhão em uma operação, em plena crise, quando a demanda por pelos seus papéis chegou a US$ 5 bilhões. Esse apetite por papéis de empresas com grau de investimento, caso da Eletrobras, traz otimismo para as necessidades de captação de 2012, disse o diretor financeiro, Armando Casado.  Do total previsto, R$ 6,8 bilhões são para geração, R$ 3,87 bilhões para transmissão e R$ 1,9 bilhão para distribuição e o resto para pesquisa e infraestrutura.
A estatal fecha 2011 com aumento de 571,24 megawatts (MW) em sua capacidade de geração considerando a participação das suas controladas em projetos como Dardanelos e a fase C da usina Candiota. Para 2012, a projeção é de ampliar 1.466 MW com o início da operação de Jirau e Santo Antônio (rio Madeira), Simplício, Serro Chato e outras.
Costa Neto antecipou ontem que a estatal deve anunciar ainda nesta semana a aquisição de 51% da Centrais Elétricas de Goiás S.A. (Celg), a problemática distribuidora estadual de energia de Goiás, pela Eletrobras. Sem entrar em detalhes, inclusive o preço, o executivo explicou que os R$ 3,5 bilhões que o governo federal vai emprestar a Goiás para uso na quitação das dívidas da distribuidora com Itaipu e fundos setoriais como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), Reserva Geral de Reversão (RGR) e Proinfa.
O aporte de R$ 3,5 bilhões pelo governo estadual será feito com empréstimo do BNDES e Caixa Econômica Federal para o Tesouro estadual. Armando Casado explicou que as garantias serão dadas por meio de recursos do Fundo de Participação dos Estados aos quais Goiás tem direito.  A operação envolve os ministérios da Fazenda e Minas e Energia, além da Eletrobras, a quem a Celg ainda deve cerca de R$ 80 milhões. Com dívidas quitadas, a Celg terá direito a reajuste de 16% na tarifa. O executivo  negou que a Celg seja o sexto "mico" da coleção de distribuidoras controladas pela estatal. "O que posso dizer de antemão é que tudo está se encaminhando para uma situação de ganha-ganha. O acordo prevê pagamento  de parte da dívida com o empréstimo do governo federal para o estadual", disse.

Negociações para compra de 51% da Celg deverão ser concluídas ainda este ano
Agência Brasil 27.12.2011 - A negociação entre os governos federal e de Goiás para o saneamento da companhia distribuidora de energia elétrica de Goiás (Celg) deverá ser concluída ainda este ano, a previsão é do presidente da Eletrobras, José da Costa. O protocolo de intenções assinado este mês pela Eletrobras dá à estatal participação em 51% do capital da Celg.
Está se caminhando para uma negociação em que todos ganham. Vai ganhar, acima de tudo, o povo de Goiás, que terá uma empresa remodelada, com condições de fazer um investimento pesado, à altura do estado de Goiás, disse hoje (27) o presidente da Eletrobras. Não vai ser um mau negócio, completou em resposta às críticas do mercado de que a estatal estaria adquirindo um mico do setor.
José da Costa informou que a negociação em curso considera a não renovação da concessão da Celg até 2015. A operação vai tornar a companhia adimplente, com reajuste tarifário imediato de 16%. A dívida da Celg com o setor elétrico nacional alcança R$ 3,3 bilhões.

Consumo de energia elétrica acumula alta de 3,8% até novembro
MonitorMercantil 28.12.2011 - O consumo de eletricidade na rede elétrica do sistema brasileiro ficou, em novembro, 3,4% acima do registrado no mesmo mês do ano passado, somando 36.202 gigawatts-hora (GWh). O consumo acumula 393.740 GWh nos onze meses do ano, um avanço de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo informações da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica relativa ao mês de novembro, divulgada nesta quarta-feira pela Empresa de Pesquisa Energética - EPE.  O órgão de planejamento e pesquisa energética do governo avalia que a faixa de expansão do consumo de energia elétrica será alcançada caso seja mantida a dinâmica em dezembro. Com isso, o consumo deve ficar próximo dos 431 mil gigawatts-hora (GWh).  De acordo com a EPE, a evolução do consumo observou uma dinâmica que vem ocorrendo nos últimos três meses, com crescimento significativo no setor de comércio e serviços, uma expansão regular do consumo residencial e um aumento modesto no setor industrial.  Mantendo essa dinâmica no último mês do ano - e não há nenhum indicativo que aponte para uma mudança substancial nesse quadro -, o consumo de energia elétrica na rede deverá fechar 2011 com um crescimento global entre 3,6% e 3,8%.

RN desiste de cobrar ICMS sobre venda on-line
Folha 28.12.2011 - O Rio Grande do Norte não vai mais cobrar ICMS sobre produtos vendidos pela internet por empresas de outros Estados.  O secretário de Tributação do RN, José Airton da Silva, e os de outros 17 Estados haviam assinado em abril um protocolo que determina a divisão do imposto entre os Estados de origem e de destino das mercadorias vendidas on-line.  "Desistimos de cobrar [o ICMS] após a consultoria jurídica do Estado afirmar, na sexta-feira, que não seria legal", disse Silva.
O governo do RN diz que deixou de arrecadar R$ 40 milhões em 2010 por causa das vendas virtuais. Apesar de ser signatário do protocolo, o Estado ainda não havia implementado a medida.
Outros governos também nunca conseguiram cobrar o imposto. O Piauí, por exemplo, foi barrado no Tribunal de Justiça e no STF.  Goiás desistiu da medida após a B2W (controladora da Americanas.com e do Submarino) conseguir uma liminar impedindo a cobrança. Alagoas, porém, ainda pretende publicar uma minuta para iniciar a arrecadação.  Maranhão e Sergipe cobram o ICMS desde julho e outubro, respectivamente.  As empresas pontocom reclamam do protocolo por considerar que ele gera dupla cobrança de tributo.  Pela lei, apenas Estados que têm centros de distribuição das lojas eletrônicas (normalmente São Paulo e Rio) podem arrecadar nessa situação.  Uma ação para suspender o protocolo corre no STF.

M.Dias Branco paga R$ 87,5 milhões em proventos
Brasil Econômico 28.12.2011 - O pagamento aos acionistas acontecerá em 27 de abril de 2012.
A M.Dias Branco Indústria e Comércio de Alimentos aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio, no valor bruto de R$ 87,5 milhões.  De acordo com a companhia, a posição acionária que servirá de base para os créditos será a do encerramento do pregão desta quarta-feira. O montante individual bruto será de R$ 0,77126487 por ação, sujeito à incidência do imposto de renda retido na fonte, à alíquota de 15%.  A partir de 29 de dezembro, as ações passarão a ser negociadas ex-juros sobre capital próprio.  O pagamento aos acionistas acontecerá em 27 de abril de 2012.

Brasil exporta US$ 438 milhões em produtos exóticos da pecuária
Valor 28.12.2011 - Com pouco valor agregado no mercado brasileiro, pâncreas, rabo de bovinos e suínos, miúdos em geral além de outros itens exóticos são altamente demandados nos mercados asiáticos e geraram ao Brasil uma receita com exportação de aproximadamente US$ 438 milhões em 2011, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os principais mercados importadores são Angola, Cingapura, Cuba, Hong Kong, Japão, Nova Zelândia, Venezuela e Vietnã. Hong Kong fica no topo da lista, com quase 50% das importações. Em 2011, o Brasil arrecadou cerca de US$ 233 milhões com exportações para aquele país. Os principais itens da pauta são: rabos de bovinos; miudezas de bovinos, suínos, patos e gansos e pâncreas de bovinos, que são muito usados na preparação de produtos farmacêuticos. A Embrapa estuda a utilização dos diversos subprodutos bovinos para a indústria farmacêutica e de perfumaria. A insulina para diabéticos, por exemplo, é extraída a partir do pâncreas do animal. A partir da pelagem do boi são fabricados pincéis, escovas de cabelo, de roupa e de limpeza todos extraídos da cauda. No Brasil, grande parte desses miúdos são processados e transformados em farinha para ração animal.

BB assume o Banco Postal na segunda-feira
Estadão 28.12.2011 - As mais de 6 mil agências dos Correios que hoje levam a logomarca do Bradesco em 5.273 municípios serão substituídas pelo símbolo e pelas cores do Banco do Brasil
O Banco do Brasil assume na próxima segunda-feira o Banco Postal, que durante dez anos foi operado pelo Bradesco. As mais de 6 mil agências dos Correios que hoje levam a logomarca do Bradesco em 5.273 municípios serão substituídas pelo símbolo e pelas cores do Banco do Brasil, vencedor da licitação do Banco Postal, realizada em maio. As contas abertas ao longo dessa década por meio da parceria com o Bradesco continuarão em poder do banco privado, mas para continuar usando os serviços bancários via Banco Postal, os atuais clientes terão de abrir uma conta no Banco do Brasil, disse à Agência Estado o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro. "Tem que abrir uma conta no Banco do Brasil para continuar usando o Banco Postal", enfatizou.
Quem não tomar essa providência, perderá o direito de usufruir do Banco Postal e só conseguirá sacar dinheiro, fazer depósitos, tirar extratos, entre outras transações bancárias, se o Bradesco tiver uma estrutura própria no município onde o consumidor reside. Para os Correios, a mudança do banco parceiro ocorre justamente no momento em que a empresa está dando os primeiros passos para a ampliação da sua área de atuação e a expectativa de diversificação dos negócios, inclusive no segmento financeiro, com destaque para o microcrédito e o cartão pré-pago.
O Banco do Brasil desembolsará R$ 3,35 bilhões para operar o Banco Postal. Além disso, assim que os Correios solucionarem o imbróglio das licitações das franquias postais, o Banco do Brasil terá de pagar R$ 200 milhões para implantar o serviço nas agências franqueadas. O novo contrato terá vigência de cinco anos e seis meses, podendo haver uma renovação, mediante novo depósito, com valor referente ao uso da rede das agências e do lance do leilão, atualizado pela taxa Selic.

Faculdades ameaçam vetar aluno com crédito estudantil
Exame 28.12.2011 - Universidades privadas cobram R$ 500 mi do governo referentes ao Fies. Representantes do setor dizem que verba das mensalidades não é paga pela União e cogitam cortar vagas. Os alunos que contam com o Fies -o principal programa de financiamento universitário do país- para ingressar ou continuar na faculdade correm o risco de ficar fora do ensino superior em 2012.
No Fies, o aluno beneficiado tem a mensalidade parcial ou totalmente custeada pelo governo durante o curso. Porém, segundo representantes das universidades privadas, o repasse do valor das mensalidades não está sendo feito pela União.
O valor reivindicado é de ao menos R$ 500 milhões e, por esse motivo, o setor ameaça reduzir e até mesmo cancelar as vagas para novos beneficiários em 2012.
Neste ano, R$ 1,1 bilhão foram liberados pela União. As instituições, no entanto, afirmam que mesmo assim falta a quantia referente a matrículas de 2010 e 2011.
"Temos gastos com os alunos, mas não estamos recebendo. Os docentes estão trabalhando, a estrutura está sendo usada. A situação é grave", afirma Amábile Pacios, presidente da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares).  Em janeiro, uma reunião do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular poderá estabelecer recomendação às escolas para que não recebam novos beneficiados até o problema ser resolvido.  O fórum contempla todas as instituições do setor. Se a recomendação for aprovada, caberá a cada escola decidir se vai segui-la. A entrada no Fies é voluntária.
Além da Fenep, o Semesp (sindicato das universidades privadas de SP) também confirma a falta de repasses.
Organização: Em 2010, 224 mil estudantes eram beneficiários do fundo de financiamento federal. Enquanto parte deles deixou o programa (formandos, por exemplo), 150 mil novos alunos ingressaram.
As universidades privadas podem ter acesso ao repasse das mensalidades -enviado pela União- de forma direta ou então utilizar a verba para abater tributos.
As escolas afirmam que o repasse deveria ser mensal.  "As instituições estão recorrendo a bancos. Aí, começam a ter de pagar juros e vão se complicando", diz a presidente da Fenep.
O setor privado ainda não sabe exatamente o tamanho dos créditos a receber da União. O valor anunciado é uma estimativa com base em consultas às universidades.
Se desistirem do programa, as instituições deixarão de ter alunos cujo pagamento atrasa. Porém, pode haver queda nas matrículas, pois muitos estudantes só entram na escola com a possibilidade da obtenção do benefício.  Segundo a presidente da Fenep, o problema começou em 2010, quando o Fies foi ampliado e a administração da verba migrou da Caixa para o FNDE (órgão do Ministério da Educação).  "Eles nos disseram nas reuniões que nem sabem quanto precisam pagar. Parece um problema de organização", diz Pacios.

Regime especial de tributação para investimento em portos é prorrogado
Valor 28.12.2011 - O governo prorrogou a suspensão e a isenção de impostos federais para investimentos nos portos até o fim de 2015. Às vésperas do Natal, os terminais portuários ganharam um presente que lhes garante desonerações tributárias de até 30% nas compras de máquinas, equipamentos e outros bens utilizados na movimentação de cargas nos portos. A medida foi assegurada pela Medida Provisória 556, de 23 de dezembro de 2011, que prorrogou o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária ( Reporto) por mais quatro anos, até 31 de dezembro de 2015. O Reporto, um regime tributário especial para investimento nos portos, venceria no dia 31 de dezembro deste ano. "O governo se mostrou sensível em relação à necessidade de renovar o Reporto", disse Sérgio Salomão, presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec). A Abratec foi uma das entidades envolvidas nas discussões com o governo para renovar o Reporto, regime que suspende e isenta tributos federais como imposto de importação, Imposto sobre Produtos Industrializados  (IPI) e as contribuições PIS/Pasep e Cofins. Salomão disse que por deliberação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) também existe desoneração de ICMS em Estados portuários. No total, seis entidades ligadas aos setores de logística portuária e ao comércio exterior formaram uma espécie de movimento empresarial pela renovação do Reporto. Salomão afirmou que a prorrogação foi aprovada por unanimidade pelo conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), instância responsável pela análise do tema. Aprovado na Camex, o assunto seguiu para a Presidência da República, que o incluiu na MP 556, disse Salomão. Também podem se beneficiar do regime empresas de dragagem, recintos alfandegados de zona secundária e centros de treinamento profissional incluídos na Lei dos Portos (8.630, de 1993).
Essa foi a terceira renovação do Reporto, instituído pela primeira vez em 2004 e que, em 2007, foi prorrogado para valer até 2011. Salomão disse que, desde agosto de 2004 até dezembro de 2011, as empresas ligadas à Abratec investiram US$ 484 milhões na compra de máquinas e de equipamentos para uso nos terminais valendo-se deste regime tributário. "Se não houvesse o Reporto, o custo do investimento seria 30% maior", disse Salomão. Na compra de um portainer, equipamento utilizado para carregar e descarregar contêineres nos navios, com valor de US$ 10 milhões, o Reporto pode representar para o terminal uma economia de US$ 3 milhões, nos cálculos da Abratec. Segundo a entidade, somente é enquadrada no Reporto a importação de bem sem similar nacional que garanta condições de preço, qualidade e prazo de entrega.

Assembleia aprova capitalização de R$ 2,28 bilhões da Americel
Valor 28.12.2011 - Os acionistas da Americel, uma das empresas da operadora de telefonia móvel Claro, aprovaram em assembleia realizada ontem a capitalização de R$ 2,283 bilhões mediante a emissão de novas ações. As ações serão compradas pelos próprios acionistas da empresa, que poderão exercer o direito de preferência na subscrição desses papéis até o dia 30 de janeiro.
Após esse período, os acionistas ainda poderão comprar as sobras caso tenham manifestado interesse nas ações remanescentes do exercício de preferência. No total, serão emitidas mais de 35 bilhões de novas ações, sendo a maior parte delas 34,95 bilhões - de ações ordinárias (com direito a voto).

Setor público cumpre 99% da meta de superávit de 2011 até novembro
Valor 28.12.2011 - Um mês antes do término de 2011, o setor público já tinha cumprido 99% da meta de superávit primário fixada para todo o ano (R$ 127,9 bilhões). Em novembro, especificamente, o setor público registrou superávit primário de R$ 8,2 bilhões, quase o dobro dos R$ 4,1 bilhões de igual mês de 2010. Na comparação dos onze primeiros meses de cada ano, o superávit subiu de R$ 90,8 bilhões para R$ 126,7 bilhões.O resultado primário medido em períodos móveis de 12 meses, que era de R$ 133,5 bilhões até outubro, subiu para R$ 137,6  bilhões, passando de 3,17% para 3,34% do Produto Interno Bruto (PIB). Os números, divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central, referem-se ao conjunto de receitas e despesas não financeiras, conceito que exclui emissões de dívida e gastos com juros. O universo considerado inclui União, Estados, municípios e respectivas empresas estatais, com exceção dos bancos públicos, da Petrobras e da Eletrobras.
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) contribuiu com R$ 90,5 bilhões para o resultado acumulado até agora em 2011, dos quais R$ 4,8 bilhões em novembro. Houve aumento sobre 2010, ano que o superávit nesse segmento chegou a R$ 1,6 bilhão em novembro e a R$ 63,3 bilhões no acumulado até aquele mês.
No âmbito dos Estados, o resultado primário aumentou, saindo de R$ 1,79 bilhão em novembro de 2010 para R$ 2,35 bilhões em novembro deste ano. No acumulado do ano, o superávit subiu de R$ 21,07 bilhões entre janeiro e novembro de 2010 para R$ 30,89 bilhões em igual intervalo de 2011.
As administrações municipais, por sua vez, registraram superávit de R$ 265 milhões em novembro deste ano, ante R$ 583 milhões em novembro do ano passado. No acumulado do ano até novembro, o resultado positivo recuou de R$  3,48 bilhões em 2010 para R$ 2,57 bilhões neste ano. As empresas estatais consideradas na conta foram superavitárias em R$ 773 milhões no mês, resultado superior ao de novembro de 2010, quando houve saldo positivo de R$ 134 milhões . No acumulado deste ano o resultado foi superavitário em R$ 2,77 bilhões, ante R$ 2,96 bilhões em igual período de 2010.

Governo prorroga mais uma vez o prazo para pagamento do IOF
Folha 28.12.2011 - O prazo para pagamento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários incidente sobre as operações com derivativos foi prorrogado para o dia 31 de janeiro de 2012.  A portaria com as regras foi publicada ontem, no "Diário Oficial da União".
A cobrança de 11% é retroativa ao dia 16 de setembro e, a partir de 31 de janeiro, será feita sempre no último dia útil do mês subsequente. Esta é a terceira vez que acontece a prorrogação do prazo de cobrança do IOF.  Segundo a Folha apurou, houve um problema no software da Cetip (empresa de liquidação e custódia de ativos no mercado financeiro) e, por isso, foi realizada a primeira prorrogação.  O problema foi resolvido, mas, para que não ocorra nenhum erro de recolhimento por causa do prazo apertado, ele foi novamente estendido.

FGTS prevê R$ 36 bi para habitação e infraestrutura urbana em 2012
Folha 28.12.2011 - Recursos devem financiar 800 mil casas populares; R$ 4 bilhões estão previstos para financiar o transporte urbano ligado à Copa do Mundo de 2014. O Diário Oficial da União trouxe hoje o orçamento dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2012. Estão previstos R$ 36 bilhões do fundo para investimentos em habitação e projetos de infraestrutura urbana. O documento prevê, entre outros itens, o financiamento de 800 mil casas populares e reserva R$ 4 bilhões para financiar o transporte urbano ligado à Copa do Mundo de 2014.  Segundo circular assinada pelo vice-presidente de governo e loterias da Caixa Econômica Federal - que é a gestora dos recursos -, Fabio Cleto, está previsto o crédito de R$ 5 bilhões para o transporte urbano em 2012. Dos projetos beneficiados com os recursos dos trabalhadores, R$ 4 bilhões irão especificamente para o financiamento de projetos ligados à realização da Copa do Mundo de 2014. O FGTS financia projetos de transporte urbano desde 2008. Na área de habitação, o FGTS prevê a construção de 800 mil casas, sendo 600 mil para famílias com renda bruta mensal de até R$ 3,1 mil e outras 200 mil unidades habitacionais para famílias com renda bruta de até R$ 5 mil. O documento cita que serão destinados R$ 3 bilhões para "produção ou aquisição de imóveis novos, passíveis de enquadramento nas definições legais estabelecidas" do programa Minha Casa, Minha Vida e do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), sendo que 80% do crédito será voltado a municípios em regiões metropolitanas, capitais ou que tenham população superior a 100 mil habitantes.
O orçamento do Fundo prevê ainda R$ 5 bilhões em crédito para projetos de saneamento básico, sendo que R$ 4,2 bilhões serão destinados para iniciativas do setor público e o restante do segmento privado.









quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Azul.CA 22.12

Daily News



Grupo Romi faz aquisição na Itália

Valor 22.12.2011 -  A Indústrias Romi S.A. informou que fez oferta para adquirir 100% das ações da empresa Burkhardt + Weber Fertigungssysteme GmbH, controlada pelo grupo italiano Riello Sistemi. O valor do negócio  é de 20,5 milhões de euros, que serão pagos com caixa da própria Romi. A aquisição deverá ser concluída no início de 2012.

“Essa aquisição vai complementar os negócios da Romi na divisão de máquinas-ferramenta, que responde por cerca de 65% do nosso faturamento”, afirmou ao Valor Livaldo Aguiar dos Santos, CEO da Romi. Em 2010, o faturamento da companhia ficou em R$ 675 milhões.

A Bur.khardt + Weber desenvolve e fabrica grandes centros de usinagem e máquinas para aplicações em diversos segmentos da indústria, como a naval, veículos comerciais, tratores, motores elétricos, caixas de câmbio, entre outros. “O principal intuito com essa aquisição é complementação estratégica. Vamos agregar aos produtos do Brasil conhecimento tecnológico que essa empresa carrega”, afirmou o executivo. Fundada em 1930, a Indústrias Romi é líder no Brasil em máquinas e equipamentos. Segundo Santos, o grupo atua em três setores: máquina-ferramenta, máquina para plásticos e fundidos e usinados..Com nove fábricas no Brasil, a compra da Burkhardt + Weber agrega a terceira fábrica da companhia na Itália.





Qualicorp compra Grupo Afinidade

Valor 22.12.2011 - A corretora de planos de saúde Qualicorp, que teve 70% do seu capital vendido para o fundo Carlyle no ano passado, anunciou há pouco a aquisição do Grupo Afinidade, que atua nas áreas de corretagem e consultoria de planos de saúde. A empresa conta com uma carteira de 30 mil associados e tem presença, principalmente, no Distrito Federal. O valor da negociação não foi divulgado. A última aquisição da Qualicorp foi em julho, quando adquiriu 80% da corretora Praxi Solutions por R$ 24 milhões. Os recursos para aquisições são provenientes da oferta inicial de ações da Qualicorp, que levantou mais de R$ 1 bilhão.





Energisa adquire quatro termelétricas por R$ 140 mi

Brasil Econômico 22.12.2011 - A Energisa espera realizar investimentos da ordem de R$ 350 milhões na implementação das expansões, até meados de 2014

A Energisa firmou com a Tonon Bioenergia quatro contratos de compra de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) por R$ 140 milhões.

Os contratos contemplam um portfólio de ativos e projetos com capacidade instalada de 170 megawatt (MW) em usinas termelétricas movidas a biomassa de cana-de-açúcar.

Pelo acordo, será adquirido 85% do capital social de duas usinas termelétricas operacionais movidas a biomassa de cana-de-acúcar, totalizando 60 MW neste momento e 90 MW após expansão.

Além disso, a empresa terá 100% do direito de implementar e explorar comercialmente outras duas usinas termelétricas movidas a biomassa de cana-de-açúcar, que totalizarão 80 MW quando se tornarem operacionais.

As usinas termelétricas estão localizadas nos Municípios Bocaina (SP) e Maracaju (MS).

Segundo comunicado da companhia, a concretização das aquisições das SPEs se dará após a implementação das condições precedentes previstas nos contratos e das autorizações dos órgãos reguladores.

A Energisa espera realizar investimentos da ordem de R$ 350 milhões na implementação das expansões, até meados de 2014, quando a geração anual exportada pelas quatro usinas termelétricas deverá alcançar aproximadamente 81 MWmédios.





Suzano desembarca na China com braço de biotecnologia

Brasil Econômico 22.12.2011 - Maciel, da Suzano: resultados impressionantes dentro de quatro ou cinco anos. A britânica Futuragene de bioenergia e biocombustível, comprada pela Suzano em 2010, abre laboratório em Xangai.

Sem alarde, no início de dezembro, a Futuragene, braço de biotecnologia da Suzano Papel e Celulose, desembarcou em Xangai, na China, disposta a investir em um laboratório de pesquisas no melhoramento de espécies florestais destinado a atender a demanda crescente daquele país por fibras e fontes de energia renovável. É o primeiro grande passo da Futuragene, empresa de origem inglesa adquirida pela Suzano em julho de 2010, voltada para pesquisas de melhoramento da produtividade de plantações florestais para bioenergia e biocombustíveis.

No Brasil, o investimento é principalmente em eucalipto; na China, visa o melhoramento da poplar, uma espécie local usada para fornecimento de energia para fornos de ferro gusa. "É o início de um negócio inovador que faz parte de nossa estratégia de crescimento de base florestal", disse o presidente da Suzano, Antônio Maciel ao Brasil Econômico.

Este ano, a Suzano investiu US$ 20 milhões na Futuragene, além dos US$ 100 milhões para a compra. Mas Maciel acredita que a empresa ainda vai dar muito o que falar e destaca a participação no conselho da empresa de três nomes externos que se destacam na área: o neurocientista Miguel Nicolelis, considerado um dos 20 pesquisadores mais influentes do mundo; o especialista em gestão e planejamento José Paulo Silveira; e Allan Gould,especialista em agrobiotecnologia, ex-vice-presidente de pesquisa da unidade de Agrosciences da Dow.

"O futuro está na melhoria de produtividade de base florestal e podemos unir nosso conhecimento da planta com o dos pesquisadores de novos genes", diz. "Haverá resultados impressionantes daqui a quatro ou cinco anos", afirma Maciel. Além do Brasil e da China, a Futuragene tem laboratórios em Israel e Estados Unidos

Energia renovável: O conhecimento de melhores variedades de eucaliptos faz parte dos planos da Suzano e já levaram a empresa a investir no negócio de energia renovável.

A Suzano será a primeira empresa no Brasil a atuar na produção de pellets de madeira para exportação. Formados por partículas de madeira moída, desidratada e prensada, os pellets têm elevado valor energético e podem substituir o carvão como fonte de energia nos países europeus. "Desenvolvemos uma floresta energética, resultado de quatro anos de pesquisa, que é completamente diferente da que faz celulose", afirma Maciel.

"Nosso plano é produzir, entre 2014 e 2015, 3 milhões de toneladas de pellets por ano, em 90 milhões de hectares plantados no Maranhão." Segundo Maciel, o mercado europeu absorveria totalmente essa produção.

A Suzano mantém os planos de investimento no aumento da capacidade de produção de celulose. Para a primeira fase de ampliação, que consiste em uma unidade de produção em Imperatriz (MA), de 1,5 milhões de toneladas, já foram comprados os equipamentos e a previsão é o início das operações em novembro de 2013.

O financiamento previsto, de R$ 3,5 bilhões em 2011 e R$ 4 bilhões em 2012, já está equacionado, segundo Maciel. A outra fábrica de celulose, prevista para o Piauí, teve sua inauguração adiada para 2016.





OGX Maranhão obtém licença para produzir gás natural

Brasil Econômico 22.12.2011 - Na UPGN será realizado o tratamento para remover os líquidos existentes, filtrar e aquecer o gás produzido

A licença atesta a viabilidade ambiental do empreendimento, que fornecerá gás natural para o Complexo Termelétrico MPX Parnaíba.

A OGX Petróleo e Gás Participações informou nesta quinta-feira (22/12) que a OGX Maranhão obteve da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA) a licença prévia para a produção de gás natural nos campos Gavião Real e Gavião Azul, na Bacia do Parnaíba.  Com o projeto detalhado e o contrato de construção firmado, a OGX Maranhão segue com a execução da implementação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) na região. Na UPGN será realizado o tratamento para remover os líquidos existentes, filtrar e aquecer o gás produzido.  A licença atesta a viabilidade ambiental do empreendimento, que fornecerá gás natural para o Complexo Termelétrico MPX Parnaíba.

Atualmente, a capacidade total contratada do complexo já alcança 1,5 gigawatt (GW).





Sem oferta de ações, Inbrands captará R$ 250 milhões em debêntures

Valor 22.12.2011 - Frustrada a tentativa de estrear na bolsa neste ano, devido às condições adversas do mercado, a Inbrands anunciou há pouco que vai acessar o mercado de dívida com uma emissão de R$ 250 milhões em debêntures.

A holding de moda do fundo de investimento Pactual Capital Partners (PCP) planejava captar R$ 500 milhões com a oferta pública inicial de ações. Os recursos seriam usados para aquisições de outras grifes de luxo.

Dona das grifes Ellus, VR Menswear, VR Kids, Alexandre Herchcovitch e 2nd Floor, há um mês a companhia aumentou sua participação de 10% para 100%  na Cia de Marcas, empresa dona da Salinas, Richards e Bintang, antecipando em um ano e meio o exercício de um direito já previsto. A operação envolveu R$ 135 milhões, mas não houve desembolso de caixa, pois o pagamento foi feito em ações.

Nesta semana, a companhia adquiriu a grife Mandi, empresa onde tinha uma fatia de 0,05% do capital. A operação movimentou R$ 40 milhões, sendo metade em dinheiro e metade em ações.  





Itaipava acusa Ambev de interferência em contrato de patrocínio

Valor 22.12.2011 - A cervejaria Petrópolis, dona das marcas Itaipava e Crystal, registrou boletim de ocorrência acusando a Ambev de tentar inviabilizar seu contrato de patrocínio do Campeonato Carioca de Futebol dos anos de 2012 a 2014. Segundo a denúncia, a Ambev teria se disposto a restituir à agência de marketing esportivo Sportplus o valor de R$ 5,4 milhões, referente à multa de rescisão do contrato. Em seguida, a Ambev assumiria o patrocínio do evento. O boletim foi registrado, na 14ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, pela empresa Leyroz de Caxias, representante da Itaipava na região.

A Petrópolis informa ainda que agências de publicidade do Guarujá, no litoral de São Paulo, também estão sendo procuradas pela Ambev para romper contratos já assinados. 

Procurada pela reportagem, a Ambev informou que não comentará o caso.





Do mix ao presidente, mudou tudo no Assaí

Brasil Econômico 22.12.2011 - Como novo formato, lojas passam a fazer papel de centro de distribuição, diz Gomes. Rede de atacarejo aumenta capacidade de estoques das lojas e altera sortimento.  Só de olhar as compras dentro do carrinho, Belmiro Gomes, diretor-geral do Assaí, rede de atacarejo do grupo Pão de Açúcar, já sabe de que tipo de cliente se trata. "Aquele ali tem um bar que produz diversos lanches", aponta enquanto caminha pela loja.

E depois explica de onde tirou sua conclusão: "pela quantidade de papel higiênico sabemos que se trata de um estabelecimento aberto ao público. A quantidade de frios revela que ele faz sanduíches, além das caixas de leite, usadas para sucos e vitaminas", diz.

Antes de assumir o Assaí, há pouco mais de um ano, Gomes trabalhou por 20 no Atacadão, do Carrefour. Foi fisgado pelo concorrente e chegou ao Assaí em 2010 como diretor comercial com a missão de reavaliar o modelo.

Seis meses depois, assumiu a cadeira do então diretor-geral, Mauricio Cerrutti que, apesar de ter conseguido elevar as vendas da companhia, errou na expansão em um momento delicado, no qual o paulista Assaí estava tentando ganhar novos mercados.

Cerrutti concentrou mais da metade das inaugurações de 2010 no quarto trimestre, o que comprometeu a geração de caixa da empresa. Soma-se a isto, um sortimento que não estava adequado para o novo perfil de cliente encontrado fora de São Paulo.

O plano: Para colocar a rede nos eixos, o jeito foi segurar a expansão em 2011 - no período foram abertas apenas duas unidades, ante 17 em 2010 - enquanto um novo formato de lojas era desenvolvido. E Gomes parece ter encontrado a fórmula. Com uma média de 5 mil metros quadrados, o dobro do formato antigo, as novas lojas vão fazer papel de verdadeiros centros de distribuição. Também pensando em ampliar a capacidade de estocagem, o pé-direto subirá de 3,7 para 7,5 metros. Com mais espaço, apenas 38% das mercadorias precisarão passar por um dos três depósitos da rede antes de chegarem às lojas, contra os atuais 80%. A medida traz agilidade no abastecimento e economia para a rede.

"Vamos ficar mais eficientes e conseguiremos vender mais. Por consequência, compraremos maiores volumes da indústria, com melhores negociações", diz Gomes. Do total de 59 lojas, 51 passaram por algum tipo de reforma na tentativa de deixá-las mais próximas do novo formato.

A extinção das padarias, no interior das unidades, também garantiu mais espaço. Na unidade do bairro Barra Funda, na zona oeste da capital paulista, a venda de pães deu lugar a uma câmera fria. Mas de nada adiantariam estas mudanças sem um sortimento adequado. Em São Paulo, o público do Assaí é o cliente transformador, ou seja, donos de lanchonetes e restaurantes. Fora da capital, as lojas são frequentadas por pequenos comerciantes.

Para atendê-los, a área de doces e higiene pessoal sofreram alterações. A quantidade de itens à venda nas lojas foi reduzida de 9 mil para 7 mil.

Retomada: Estão programadas 60 novas lojas para os próximos três anos. "Isto não significa uma média de 20 aberturas por ano. Vamos aumentar o ritmo ano a ano", diz Gomes.





Procon de São Paulo autua Tam e Gol em até R$ 6 milhões

Brasil Econômico 22.12.2011 - As empresas responderão a processos administrativos e têm 15 dias para apresentar defesa. As multas variam entre R$ 400 e R$ 6 milhões.

Fiscais do Procon-SP visitam aeroporto de Congonhas e verificam irregularidades no atendimento pessoal e pela internet da Gol e da Tam. Multas variam entre R$ 400 e R$ 6 milhões. Durante fiscalização realizada no aeroporto de Congonhas, nesta quinta-feira (22/12), para verificar se os direitos dos consumidores estão sendo respeitados no caso de atraso e cancelamento de voos, equipes da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, autuaram Tam e Gol por irregularidades.

As empresas responderão a processos administrativos e têm 15 dias para apresentar defesa. As multas variam entre R$ 400 e R$ 6 milhões.

Para o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também deveria autuar para acabar com os abusos contra o consumidor.

"Mais uma vez as empresas deixaram de atender o direito mais básico do consumidor que é o da informação. Vamos abrir processo e multá-las, mas esperamos que a Anac, cumprindo seu papel como agência reguladora, também fiscalize e tome medidas".

Os fiscais entraram nos sites das duas empresas ao mesmo tempo em que verificavam as informações no check in e embarque.

Para a fiscalização, o Procon-SP verificou o cumprimento do disposto no Código de Defesa do Consumidor e da Resolução nº 196/2011, da Anac, em vigor desde 29 de outubro, que determina que as companhias aéreas disponibilizem atendimento gratuito por telefone, internet e pessoalmente.

O atendimento pessoal aplica-se às empresas que tenham mais de 500 mil passageiros por aeroporto ao ano e a estrutura de atendimento no local deve estar disponível duas horas antes de cada decolagem e duas horas após cada pouso.





Membro do conselho fiscal do Marfrig pede demissão

Exame 22.12.2011 - Estefan George Haddad deixa empresa para assumir diretoria da BDO RCS. Um dos membros do Conselho Fiscal do frigorífico Marfrig (MRFG3) pediu demissão nesta quinta-feira. Estefan George Haddad deixou a empresa para assumir um cargo de diretoria na auditoria BDO RCS, disse o frigorífico em uma nota enviada para EXAME.com.

As ações sobem 3,3%, negociadas a 8,78 reais. No ano, os papéis acumulam uma desvalorização de 43%. A empresa, que anunciou recentemente uma troca de ativos com a Brasil Foods, negociou ontem com a JSL a transferência da gestão de suas operações logísticas.





Amil é impedida de aumentar em 70,3% plano de saúde

A decisão judicial, mantida pela 2ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou que a operadora reajuste a mensalidade em 23,3%

Exame 22.12.2011 - A Amil foi impedida de aumentar em 70,3% o plano de saúde de uma cliente que completou 59 anos. Decisão judicial, mantida pela 2ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou que a operadora reajuste a mensalidade em 23,3%, o que corresponde à média dos três índices anteriores de aumento por faixa etária. A Amil informou que vai cumprir a decisão.

 A decisão beneficia somente a cliente que ingressou com a ação, a cineasta Sandra Werneck, diretora de filmes como Cazuza e Amores Possíveis. Mas para o advogado Cândido Carneiro, que a defendeu, a medida abre precedente para outros consumidores que se sentirem lesados por aumentos considerados abusivos.

"A estratégia das operadoras é burlar o Estatuto do Idoso, que proíbe o reajuste contratual quando o cliente completa 60 anos. É uma cláusula abusiva porque cria um desequilíbrio na relação contratual. É uma estratégia moralmente contestável", afirmou Carneiro. "Os planos ganham em escala porque são poucos os que contestam a cláusula de reajuste automático aos 59 anos".

Sandra Werneck foi surpreendida em maio de 2010 com o boleto de cobrança da Amil - o valor havia saltado de R$ 1.840 para R$ 3.107. "Achei um abuso cobrarem um reajuste tão alto na última faixa etária. Eles fazem uma manobra para que o cliente passe o resto da vida pagando uma fortuna pelo plano", afirmou a cineasta, que decidiu processar a operadora.

Na ação, os advogados da Amil afirmaram que o reajuste em razão da faixa etária era legal, uma vez que estava "previsto no contrato de forma clara". A juíza Denise Araújo Capiberibe, do 6º Juizado Especial Cível, não concordou. "É de fácil percepção que o aumento estabelecido quando o contratante atinge 59 anos é extremamente excessivo, na medida em que os demais aumentos não representam sequer a sua metade", escreveu a juíza.

Em outro trecho ela afirma que entende "como válido" o reajuste aos 59 anos. Mas ressalta que esse aumento "não poderá ser excessivo, desproporcional e injustificado, como ocorreu no presente caso, pois não restou comprovado nos autos a existência de alguma causa que legitimasse o desequilíbrio financeiro-econômico do contrato a justificar porcentual tão elevado de reajuste". A decisão foi mantida na segunda instância. A Amil foi condenada ainda a devolver parte das parcelas que a cineasta já havia quitado. Em nota a operadora informou que "cumpre as decisões judiciais". "Contudo, ressalta que o referido reajuste foi aplicado em estrita obediência às normas reguladoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)".





Kodak vende divisão de gelatina à Rousselot

Valor 22.12.2011 - A Eastman Kodak anunciou hoje um acordo para vender sua divisão de gelatina (que usava para fazer filmes fotográficos), numa tentativa de levantar caixa com a venda de ativos não estratégicos. A Rousselot, empresa do grupo Vion Food, vai comprar a unidade por um valor não relevado, informou a Kodak em um comunicado ao mercado.

O negócio, que será concluído em 30 dias, prevê a transferência de 95 funcionários e uma fábrica para a Rousselot – que produz gelatina para diversas aplicações.

Segundo a Kodak, a unidade Eastman Gel já vinha conduzindo sua transição do setor fotográfico para outros mercados, expandindo suas vendas para áreas como as indústrias farmacêutica e de alimentos.

Paralelamente, o conselho de administração da Kodak elegeu hoje a executiva Laura Quatela, 54 anos, como copresidente da empresa. Atual conselheira-geral, Laura vai compartilhar o comando com Philip Faraci, presidente desde 2007. Ambos vão se reportar ao presidente do conselho de administração e executivo-chefe da companhia, Antonio Pérez.

Fundada há 131 anos, a Kodak tem enfrentado dificuldades desde a popularização da fotografia digital – segmento que a empresa nunca conseguiu liderar, embora tenha sido decisiva para sua criação. Para fazer caixa, a companhia está tentando vender patentes e ativos não essenciais. Mas, se não tiver êxito, poderá entrar em recuperação judicial nos próximos meses.





Dimed distribuirá R$ 6,2 milhões em juros sobre capital próprio

Brasil Econômico 22.12.2011 - A Distribuidora de Medicamentos (Dimed) aprovou nesta quarta-feira (21/12) o pagamento de juros sobre o capital próprio, no valor de R$ 6,2 milhões.

O montante corresponde a R$ 1,4776 para as ações preferenciais e R$ 1,3433 para as ordinárias. A distribuição será efetuada em duas parcelas, a primeira no 30 de março de 2012 e a próxima em 30 de abril do mesmo ano.





São Marcos é despejada de sede no Ipiranga

Folha 22.12.2011 - Medida ocorreu porque universidade tem dívida de R$ 3 milhões referente a atrasos no pagamento de aluguel. Campus abriga cerca de 2.000 estudantes, que devem ser transferidos para unidade no ABC, a 6 km de distância . Fundada há 41 anos, a Universidade São Marcos foi despejada ontem de seu tradicional campus no Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Os cerca de 2.000 estudantes da unidade ainda não foram comunicados oficialmente e há dúvidas para onde eles serão deslocados. Há a possibilidade de ser oferecida a eles a transferência para o campus ABC da universidade, a 6 km dos prédios do Ipiranga, e que ainda precisa ser reformado.

Quase 20 caminhões já retiraram da unidade o mobiliário e documentações, inclusive as de estudantes. O despejo aconteceu porque a universidade tem dívida de R$ 3 milhões em aluguéis atrasados com a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

A entidade é dona dos três prédios que compõem o campus e deixou de receber os pagamentos por cinco anos, diz o advogado da congregação, Carlos Henrique Braga.

Além da dívida com os aluguéis, a escola também enfrenta dívidas trabalhistas.

Por isso, a Justiça do Trabalho nomeou em setembro o interventor Carlos Roberto Galli para administrar a universidade e tentar colocar os pagamentos em dia.

Acusações: A medida causou tensão dentro da instituição. Segundo o reitor Ernani de Paula, o interventor não pagou intencionalmente a dívida. "Ele faz parte de uma quadrilha que quer vender a universidade e, para isso, tenta deixar a situação insustentável."

O interventor rebate a crítica. Segundo ele, a congregação e a universidade fizeram acordo no ano passado para que os aluguéis atrasados fossem pagos em parcelas.

Segundo Galli, o reitor deixou de pagá-las antes que a intervenção começasse, o que levou à ordem de despejo. Agora, a congregação diz que só aceita o pagamento da dívida à vista, mas a Justiça do Trabalho afirma que a universidade não tem condições de arcar com todo o valor.

O despejo foi determinado pela 1ª Vara Cível do Ipiranga no dia 25 de novembro. Ele só foi cumprido ontem porque era preciso esperar o fim do ano letivo. A Justiça Trabalhista disse que entrará em contato com o Ministério da Educação para saber como deverá proceder agora.





Mills faz acordo com cliente para pagamento de dívida

Brasil Econômico 22.12.2011 - O cliente pagou em dezembro R$ 200 mil e o restante será pago no segundo semestre de 2012. A Mills Estruturas e Serviços de Engenharia informou nesta quinta-feira (22/12) que entrou em acordo com um cliente para pagamento de dívida.

O cliente, segundo comunicado, é da divisão Rental e o valor da dívida é de R$ 3,3 milhões, que foi provisionada como devedores duvidosos (PDD) no terceiro trimestre deste ano.

Em meio ao acordo, o cliente pagou em dezembro R$ 200 mil, que resultará na reversão da PDD neste valor no quarto trimestre de 2011.  Já o valor restante remanescente será pago em parcelas a partir do segundo trimestre de 2012.





Obras da Arena Palestra e Itaquerão estão 22% concluídas

Estadão 22.12.2011 - Palmeiras e Corinthians aceleram obra para que entrega esteja dentro do prazo estabelecido. Se os projetos do Itaquerão e da Arena Palestra não podem ser comparados, pois foram concebidos e estão sendo executados de maneiras bem distintas, uma coisa os une: a pressa em conclui-los. Tanto o estádio do Corinthians como o do Palmeiras já atingiram cerca de 22% da construção total. O Itaquerão já entrou na fase em que visualmente já é possível identificar o esqueleto do que será o estádio da Copa de 2014. Segundo a empreiteira Odebrecht, cerca de 2.315 estacas já foram cravadas. Até janeiro, a estimativa é que todas as 3.200 já estejam colocadas na estrutura. As vigas jacaré, que sustentarão os assentos da arquibancadas já começaram a ser colocadas. Há 925 funcionários no canteiro de obras corintiano. No caso da arena palmeirense, o percentual é referente apenas ao estádio, que ainda está em fase de demolição. A obra como um todo, que engloba também a construção de dois prédios na sede social do clube, já atingiu 33,3% do total e a primeira fase, que é a construção dos edifícios, está prestes a ser encerrada. Em fevereiro, todas as obras dentro da sede social do clube ficarão prontas. O edifício das quadras e o de uso múltiplo, que somam 25 mil metros quadrados de área construída, já estão em fase de acabamento, com a instalação das fachadas e com o início da operação dos elevadores. Depois de entregues ao Palmeiras, caberá ao clube mobiliá-los e designar como serão utilizados. A previsão é que no máximo até abril a diretoria e o presidente já estejam trabalhando no novo prédio administrativo. A empresa AEG será responsável pela gestão do local, graças a um contrato de 10 anos e renovável por mais 20. Ela vai ficar responsável por organizar e promover eventos na arena. A Traffic vai negociar os camarotes e espaços comerciais. O Palmeiras fica com 100% da arrecadação da bilheteria.

“Uma das principais diferenças da Arena para o estádio do Corinthians é que tivemos que derrubar tudo e antes, tivemos que ficar dois anos brigando na prefeitura para conseguir liberação para fazer a obra. Não tivemos apoio público em momento algum”, afirma Rogério Dezembro, diretor de novos negócios da WTorre.





Panamericano diz que possui ‘plenas condições’ de honrar CDBs

Exame 22.12.2011 - Banco atribui pedido de suspensão de pagamento de quatro dos certificados por causa de prazos de vencimento "absooultamente atípicos". O banco possui “plenas condições de honrar esses papéis”, segundo o comunicado. O Banco Panamericano SA disse que obteve liminar para suspender o pagamento de quatro Certificados de Depósito Bancário emitidos a partir de 2005 devido a taxas de remuneração e prazos de vencimento “absolutamente atípicos”, segundo comunicado enviado hoje à Comissão de Valores Mobiliários. O banco possui “plenas condições de honrar esses papéis”, segundo o comunicado. Ontem, o Valor Econômico disse que o Panamericano obteve uma liminar para bloquear o pagamento e a negociação de quatro CDBs emitidos pelo banco, que soma R$ 21 milhões.



Bradesco anuncia recompra de até 15 milhões de ações

Exame 22.12.2011 - Banco irá adquirir metade em papéis ordinários e o restante em preferenciais. Bradesco: 2º maior banco brasileiro adiou captação no exterior por "volatilidade" do mercado.

O Banco Bradesco (BBDC3; BBDC4) anunciou nesta quarta-feira a renovação do seu programa de recompra de ações, mostra um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com o documento, o Conselho de Administração aprovou o uso das reservas de lucros para a aquisição de até 15 milhões de ações em até seis meses. As compras serão divididas igualmente entre papéis ordinários e preferenciais. O banco ressaltou ainda que adquiriu entre 20 de junho e 20 de dezembro 4,466 milhões de ações preferenciais e 2,487 milhões de ordinárias. Os papéis permanecerão em tesouraria e o cancelamento deles será anunciado ao mercado.





Promotoria quer mudar contratação em redes de fast food

Folha 22.12.2011 - Objetivo é acabar com a jornada de trabalho móvel e variável, permitida hoje pela convenção coletiva do setor. Empresas de fast food em São Paulo, como a rede McDonald's, terão de rever suas políticas salariais e a jornada de trabalho dos seus funcionários. O entendimento foi do Ministério Público do Trabalho do Estado, que emitiu parecer dizendo que lanchonetes não podem contratar para jornada de trabalho móvel e variável, como ocorre hoje. Essa jornada permite que os contratantes estabeleçam horários de trabalho variáveis, de acordo com seu interesse, como em momentos de pico, por exemplo.  Assim, o trabalhador só é pago pelos horários em que está efetivamente exercendo uma atividade e não tem uma noção prévia de quanto receberá no final do mês.  Tal regime achata o salário, que chega muitas vezes a menos de um salário mínimo por mês -R$ 545-, o que contraria a Constituição e eleva a rotatividade no setor.

O Ministério Público enviou notificação no mês passado aos sindicatos dos trabalhadores e patronal -Sindifast (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Rápidas) e Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bases e Similares). As entidades representam empresários e funcionários de redes como McDonald's, Subway e Burger King.  A convenção coletiva do setor, acordada por ambas as partes, deu chancela ao regime da jornada móvel. O Ministério Público propôs um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Caso aceitem o acordo, as lanchonetes terão de eliminar cláusulas contratuais que autorizem a jornada móvel.  "Se os sindicatos não quiserem regularizar a situação, devo entrar com a ação civil. O que a gente quer é acabar com a jornada, permitida pela convenção coletiva", afirmou Bernardo Leôncio Moura Coelho, procurador do Trabalho responsável pelo caso. O representante do Sinhores, Sérgio Martins Machado, informou ainda não ter recebido a notificação, mas disse que o sindicato irá cumprir o que for determinado.  O Sindifast se disse disposta a negociar um acordo. A Folha entrou em contato com algumas das empresas que podem ser atingidas pelo parecer do ministério.  A rede McDonald's não quis se manifestar. Subway e Burger King afirmaram não praticar jornada móvel.  Para o jurista Arnaldo Süssekind, a jornada móvel e variável é uma "fraude à lei". "Esquecem que a doutrina trabalhista toda enuncia que o tempo à disposição do empregador é tempo de serviço e tem de ser computado para efeito de salário", disse.





Gás natural caro e escasso inibe projetos no Brasil

Valor 22.12.2011 - Segundo Slezynger, da Abiquim, o Brasil corre o risco de perder a hegemonia latino-americana na petroquímica. A escassez de gás natural e os altos preços da matéria-prima disponível no país têm afugentado investimentos químicos e petroquímicos no Brasil. A Unigel, uma das maiores empresas químicas de capital nacional, deverá investir cerca de US$ 400 milhões no México em uma unidade de metacrilato (acrílico). "Essa decisão já foi tomada há alguns meses", disse ao Valor Henri Armand Slezynger, principal executivo da companhia e presidente do conselho diretor da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química). O projeto da Unigel prevê a construção de uma fábrica com capacidade para 150 mil toneladas por ano. Essa unidade poderia ser erguida ao lado do polo químico do grupo na Bahia. Mas as discussões entre setor químico e governo ainda não amadureceram, levando a Unigel a optar por levar adiante seu projeto para o México, onde a disponibilidade da matéria-prima é abundante e os preços competitivos. Segundo Slezynger, outras empresas do setor frearam projeto e até desativaram fábricas pela escassez da matéria-prima como fonte de energia. Ele citou o exemplo da Novelis, companhia de alumínio ligada à indiana Hindalco, que no fim do ano de 2010 anunciou a desativação da fundição de Aratu, na Bahia.

Slezynger afirmou que a Abiquim mantém constantes conversações com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) sobre preços da matéria-prima. As cotações do gás natural no Brasil estão em cerca de US$ 13 (por milhão de btu - unidade térmica britânica), enquanto nos Estados Unidos ficam abaixo de US$ 4 (por milhão de btu). "O Brasil não está competitivo. Os custos de muitas empresas estão comprometidos por conta dos altos preços pagos pela energia." Segundo ele, a Abiquim entregou um estudo para o governo federal para melhorar a competitividade dos preços da matéria-prima no Brasil. "O consumo total de gás natural das indústrias petroquímicas é de cerca de 5% no país. Mas os preços estão impraticáveis." Para Slezynger, o Brasil corre o risco de perder a hegemonia latino-americana na petroquímica. "Os EUA estão explorando o 'shale gas' [gás de xisto], muito competitivo, e a Argentina anunciou reservas de gás", afirmou. Muitas empresas também estão perdendo competitividade com os produtos importados, segundo o dirigente da Abiquim. Em recente entrevista ao Valor, Carlos Fadigas, principal executivo da Braskem, petroquímica do grupo Odebrecht, disse que a escassez da matéria-prima não chega a preocupar, mas a competitividade por conta dos preços sim. A Braskem tem projetos em estudos de unidades de eteno e polietileno (PE) em países onde o gás natural é abundante, casos do México, Peru e Venezuela. No México, o projeto está mais avançado, com investimentos da ordem de US$ 3,1 bilhões, em parceria com a Idesa, para construir três fábricas de PE. No Peru, a petroquímica assinou um memorando de entendimentos com a Petroperu, no qual deverá avaliar a construção de três unidades para a mesma finalidade. Atualmente, a nafta é a principal matriz petroquímica do Brasil. Ela é a base para a produção de 77% de todo o eteno produzido hoje no país, segundo dados da consultoria Maxiquim. O gás natural responde por 13%, com produção localizada na unidade da Braskem no Rio de Janeiro, a RioPol; e 5% de etanol - na fábrica de polietileno verde da Braskem no Rio Grande do Sul. Já o uso da nafta para a produção de propeno está mais equilibrada: 50% para a matéria-prima nas unidades da Braskem e 50% nas refinarias da Petrobras. O gás de refinaria responde pela outra metade. Segundo Slezynger, a própria Petrobras afirmou não ter volume suficiente de gás natural disponível para os próximos anos, o que gera insegura no setor. Em novembro, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, informou que a empresa não tem gás para disponibilizar ao mercado e que os contratos já assinados estão 100% garantidos, mas não haverá novos contratos. O argumento é que a Petrobras não sabe o gás que será injetado no pré-sal. Parte dessa matéria-prima produzida pela estatal é associada à produção de petróleo. Por isso, sem saber qual a proporção de gás que será necessária para injetar no campo produtor de petróleo, ela não tem como identificar a quantidade de gás disponível ao mercado. Ontem, a empresa informou que a produção de gás natural em seus campos no país atingiu em novembro 57,6 milhões de metros cúbicos, aumento de 4,2% em relação ao mesmo mês de 2010. Em relação a outubro, a alta foi de 1,3%.





Rede Energia ganha com expectativa de que presidente venda fatia

Exame 22.12.2011 - A taxa dos US$ 496,6 milhões em títulos perpétuos denominados em dólar da Rede Energia despencou 334 pontos-base nos últimos 30 dias.

A Rede Energia SA vem registrando ganhos no mercado de dívida com seu presidente do conselho e acionista controlador, Jorge Queiroz de Moraes Jr., tentando vender toda ou parte de sua participação.

A taxa dos US$ 496,6 milhões em títulos perpétuos denominados em dólar da Rede Energia despencou 334 pontos-base nos últimos 30 dias, para 13,31 por cento ontem, mais que qualquer outro título corporativo brasileiro na divisa americana, com exceção dos papéis da Lupatech SA, segundo dados da Bloomberg. O custo de captação para empresas latino- americanas com a mesma nota de crédito CCC da Rede Energia caiu 28 pontos-base, ou 0,28 ponto percentual, para 12,09 por cento no mesmo período, segundo dados do Credit Suisse Group AG. A empresa está em busca de um “sócio estratégico” para comprar uma participação minoritária ou controladora, disse Queiroz ontem em entrevista por telefone de São Paulo. Investidores apostam que a saída de Queiroz, de 66 anos, vai permitir que a nova administração eleve a posição de caixa da Rede Energia para poder pagar o serviço de sua dívida e aproveitar o crescimento do consumo de eletricidade no País. Em setembro, a empresa de capital fechado tinha R$ 78 milhões em caixa e equivalentes, contra R$ 497 milhões em dívidas de curto prazo, segundo a Fitch Ratings. “Os rumores são a única razão” para a queda nas taxas, disse Jansen Moura, analista de títulos da BCP Securities, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “Os números da companhia são terríveis. Ela passa por um período bem apertado de liquidez. A única forma para a Rede não dar calote no médio prazo é encontrar um comprador.”

Dívida líquida: O jornal Valor Econômico disse em 7 de dezembro que Queiroz pretende vender sua participação na companhia. Os títulos da empresa pagam 8,68 pontos percentuais a mais do que a dívida pública com vencimento em 2041, comparado a 11,88 pontos percentuais há um mês, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Queiroz disse não saber as razões para a disparada nos títulos da Rede Energia e acredita que possa ser por causa da perspectiva de capitalização da companhia. Ele disse também que a Rede Energia contratou o Banco Bradesco SA para assessorar uma possível venda. Queiroz negou-se a fazer comentários sobre a especulação de que uma nova administração poderia melhorar a posição de caixa da empresa.

Endividamento: A Rede Energia teve dívida líquida entre 3,3 e 3,4 vezes o lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações -- uma medida de fluxo de caixa conhecida como Ebitda -- no terceiro trimestre, disse Mauricio Aquino Halewicz, do departamento de relações com investidores da companhia, em entrevista por telefone ontem de São Paulo. A controladora, que recebe recursos das nove subsidiárias de distribuição, não tem geração própria de caixa. “Uma possível transação de fusão ou aquisição com um parceiro mais forte ou mesmo estrangeiro poderia tratar de riscos de crédito chave da Rede Energia”, escreveram Felipe Leal, Diego Moreno e Alessandro Arlant, analistas do Bank of America, em relatório a clientes em 7 de dezembro. A venda da fatia de Queiroz “poderia ser um desdobramento positivo para os detentores de títulos” da Rede Energia, escreveram eles. Os analistas do Bank of America negaram-se a fazer comentários quando contatados pela Bloomberg News. A Rede Energia, cujas subsidiárias fornecem eletricidade para 4,7 milhões de pessoas, precisa de mais investimentos para aproveitar a demanda de energia, que cresceu pelo 23º mês consecutivo em outubro, disse Juan Cruz, analista de dívida corporativa do Barclays Plc. Apesar de o governo brasileiro deter participação indireta na Rede Energia por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, a empresa não recebe investimento como a Centrais Elétricas Brasileiras SA, disse ele. “Controle familiar”;Um assessor de imprensa do BNDES no Rio de Janeiro, que pediu para não ter o nome revelado em obediência à política interna, se recusou a fazer comentários para esta reportagem. O BNDES detém 16 por cento do capital total da Rede Energia, enquanto Queiroz é dono de 54 por cento. “O fato de a Rede Energia ter controle familiar significa que não é tão forte quanto, por exemplo, um ativo da Eletrobras, que é diretamente ligado ao governo”, disse Cruz em entrevista por telefone de Nova York. “É preciso um patrocinador com capital para colocar dinheiro em uma empresa como esta, que é intensiva em capital, mas tem a compensação de gerar receita ao longo dos anos. A Rede Energia tem esses investimentos em distribuidoras e sobrevive por meio dos dividendos.” Em 11 de novembro, a Fitch rebaixou a nota de crédito da Rede Energia de B- para CCC, sete níveis abaixo do grau de investimento, citando o aumento na dívida de curto prazo e a baixa liquidez. A nota CCC está quarto níveis acima do calote. “Eles têm uma dívida que cria custos financeiros bem pesados”, disseram Renata Pinho e Mauro Storino, analistas da Fitch, em entrevista por telefone de São Paulo em 14 de dezembro. “Olhando para o Ebitda e o custo da dívida nos últimos cinco períodos, o custo da dívida está aumentando em proporção maior.”





Chinesa Three Gorges garante fatia de 21% da EDP por 2,69 bi de euros

Valor 22.12.2011 - A chinesa Three Gorges Corporation venceu a disputa pela fatia de 21,35% do capital da empresa de energia EDP detida pelo governo de Portugal, com uma oferta de 2,69 bilhões de euros. O valor proposto, conforme comunicado encaminhado pela holding estatal Parpública à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de Portugal (CMVM), embute prêmio de 53,6% em relação ao preço de mercado ontem. “O Conselho de Ministros, de acordo com informação transmitida à Parpública, procedeu hoje à seleção da China Three Gorges Corporation para efetuar a aquisição da totalidade das 780.633.782 ações representativas de 21,35% do capital social da EDP”, informa o comunicado. Na semana passada, a imprensa portuguesa havia noticiado que as propostas pela fatia do Estado português na companhia elétrica teriam ficado entre 2,3 bilhões de euros e 2,7 bilhões de euros.  A diferença entre a menor e a maior proposta teria alcançado 20%. As outras propostas foram apresentadas pela Eletrobras, pela Cemig e pela alemã E.ON. Além do preço, o governo português levaria em conta o plano de negócios apresentado e o compromisso de investimentos no país e na companhia. De acordo com o Jornal de Negócios, de Portugal, a operação vai reduzir a participação do Estado português na companhia elétrica a 4%. Essa fatia, explica a publicação, não pode ser vendida neste momento por estar vinculada a obrigações. A expectativa é de que esse papéis sejam negociados somente em 2013.





Rio negocia criação de três novos distritos industriais

Folha 22.12.2011 - O governo do Rio de Janeiro negocia a desapropriação de 4 milhões de metros quadrados, ao lado do aeroporto internacional de Cabo Frio e perto do porto de Arraial do Cabo, para montar um distrito industrial de logística do petróleo. A ideia é criar mais três novos distritos industriais. Há conversas com a chinesa JAC, as alemãs BMW e Volkswagen e, na semana passada, outra montadora europeia entrou na lista, mas seu nome não foi divulgado. A produtora de tablets Foxconn também poderá se instalar no Estado.





Desemprego cai para 5,2% em novembro e é o menor desde 2002, diz IBGE

JCRJ 22.12.2011 - A taxa de desocupação em novembro foi estimada em 5,2%, a menor desde o início da série, em março de 2002, segundo informou nesta quinta-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE). Em relação ao apurado em outubro, houve queda de 0,6 ponto percentual. Já na comparação com novembro de 2010 (5,7%), o índice recuou 0,5 ponto percentual.

A população desocupada (1,3 milhão de pessoas) caiu 9,6% no confronto com outubro. Quando comparado com novembro do ano passado, recuou 7,9%. A população ocupada (22,8 milhões) apresentou crescimento de 0,7% frente ao mês de outubro. No confronto com novembro de 2010, houve aumento de 1,9%, o que representou elevação de 431 mil ocupados no intervalo de 12 meses. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não registrou variação na comparação com outubro. Na comparação anual, houve uma elevação de 6,8%, o que representou um adicional de 708 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano. O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.623,40, o valor mais alto para o mês de novembro desde 2002) não variou em comparação com outubro. Frente a novembro do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 0,7%. A massa de rendimento real habitual (R$ 37,4 bilhões) aumentou 0,6% em relação a outubro. Em comparação com novembro de 2010, a massa cresceu 2,2%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 37,2 bilhões), estimada em outubro de 2011, subiu 0,8% no mês e 1,7% no ano. A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.





Mantega diz que missão em 2012 é reduzir custo financeiro e aumentar consumo

Agência Brasil 22.12.2011 - Uma das missões da equipe econômica em 2012 é reduzir o custo financeiro no Brasil e permitir maior crescimento do consumo, disse hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o crédito para a população ainda é alto, embora a taxa real de juros, que desconta a inflação, esteve abaixo de 4,5% ao ano. O ministro não quis antecipar, no entanto, se a alteração no custo financeiro significa redução ainda maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).  “Em relação ao crédito, o que temos a reclamar é o custo financeiro elevado. Então, é uma missão, para o próximo ano, reduzir o custo do crédito. Quando baixarem as taxas, o consumo irá crescer mais, com prestações menores, e permitirá à população a aquisição de novos bens ”, destacou o ministro.

Em relação à crise global, ele informou que o cenário favorece o crédito e os juros. Isso porque, na avaliação de Mantega, com um crescimento menor no mundo e a redução de pressões inflacionárias, será possível praticar taxas reduzidas no mercado financeiro. “Na crise, os juros costumam ser menores. Essa é a tendência e favorece a queda dos juros”, informou.

Sobre o crescimento da economia em 2011, Guido Mantega, avaliou que a crise econômica global reduziu “um pouco o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil , de 0,5% ponto percentual a 1% ponto percentual. Assim, a economia brasileira deverá crescer até 3,5% neste ano, pouco mais do que estima o Banco Central (3%). No ano que vem, o Ministério da Fazenda espera um crescimento entre 4% e 5%. “Mesmo porque nós já administramos uma parte dos impactos da crise. A previsão do Banco Central é mais precisa no que diz respeito à inflação. Eles [BC] são menos precisos em relação ao crescimento. Nós usamos variáveis diferentes.”, disse. Segundo Mantega, a preocupação do BC tem mais a ver com o cenário de inflação, e o Ministério da Fazenda destaca o crescimento da economia em um cenário que terá que ser utilizado ao estabelecer parâmetros para as contas públicas, para o Orçamento da União. “Sou mais o cenário nosso. Calculamos 4% se a situação internacional ficar complicada. Mesmo assim, com a esperança que os europeus consigam resolver os seus problemas”, destacou.





Vulcan rejeita oferta de US$ 5 bi da Martin Marietta

Folha 22.12.2011 - A Vulcan Materials rejeitou a proposta de aquisição feita pela Martin Marietta Materials, de US$ 5 bilhões, e afirmou que a oferta subavaliava a companhia, além de questionar os benefícios de potenciais sinergias reivindicados por seu concorrente.  A Vulcan Materials, produtora de areia, brita e outros materiais de construção, afirmou que o prêmio oferecido era significativamente mais baixo quando comparado com as transações anteriores na indústria de material de construção.  A Martin Marietta ofereceu 0,5 ação para cada uma da Vulcan, a fim de criar o maior produtor de materiais de construção do mundo. A ofertante alegou que o negócio poderia trazer cortes de custos de US$ 250 milhões ao ano.  Entretanto, a Vulcan afirmou que um possível acordo estava sujeito a incertezas antitruste sobre a concretização do negócio.

Ambas as empresas têm visto seus lucros diminuírem desde 2007, quando o mercado imobiliário nos Estados Unidos entrou em colapso.





Alupar e Furnas investirão R$ 800 mi em dez parques eólicos no Ceará

Valor 21.12.2011 - O consórcio formado por Furnas e Alupar Investimento pretende construir dez parques de geração eólica no município de Aracati, no Ceará, o que representa um investimento da ordem de R$ 800 milhões. Ontem, o consórcio vendeu 204 megawatt (MW) de energia eólica para entrega a partir de janeiro de 2016, em leilão de geração promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O preço vencedor foi equivalente a R$ 110 por MW/h, um deságio de cerca de 5% sobre o inicial. “Estamos investindo mais de R$ 1 bilhão em geração eólica e temos todo interesse em avaliar novas oportunidades”, afirmou a diretora de Plajamento, Gestão de Negócios e de Participações de Furnas, Olga Simbalista, em comunicado. O investimento faz parte da estratégia das empresas de diversificar suas fontes de geração de energia renovável.

No empreendimento, serão utilizados aerogeradores fabricados pela alemã Fuhrländer. Os equipamentos têm potência de 2,5 MW e 141 metros de altura, segundo a Alupar, os mais altos no Brasil.





Marfrig negocia venda de ativos logísticos à JSL por R$ 150 milhões

Valor 21.12.2011 - Em linha com sua estratégia de desinvestimento em logística, a Marfrig anunciou há pouco, em comunicado enviado à Comissão Mobiliária de Valores (CVM), que está negociando com a JSL a transferência de suas operações logísticas, incluindo todas as etapas de transporte e armazenagem dos seus produtos no Brasil.

A operação inclui a aquisição, por R$ 150 milhões, de ativos logísticos da Marfrig ligados à operação de produtos refrigerados. Com acordo, a JSL passará a prestar, por um período de 10 anos, serviços de gestão administrativa, gestão de logística, gestão de transportes e gestão da operação de armazéns e frete para a Marfrig em todo território brasileiro. Conforme o comunicado, a celebração dos contratos definitiva está sujeita à autorização dos acionistas e à conclusão, até 30 de janeiro de 2012, das negociações entre as duas companhias. O acordo prevê ainda que os acordos atuais com fornecedores, colaboradores e prestadores de serviços deverão ser mantidos.



Marfrig negocia transferência de logística para a JSL

Exame 21.12.2011 - JSL pode comprar alguns ativos logísticos pelo valor de 150 milhões de reais. Marfrig: empresas acordaram que os contratos não deverão afetar os acordos atuais com seus fornecedores, colaboradores e prestadores de serviços. A Marfrig negocia com a JSL a transferência da gestão de suas operações logísticas, incluindo todas as etapas de transporte e armazenagem dos seus produtos no Brasil.

Segundo o acordo, a JSL vai comprar da Marfrig alguns ativos logísticos, próprios para a operação de produtos refrigerados, pelo valor de 150 milhões de reais. A compra está sujeita a celebração do contrato de gestão. Com o acordo, a JSL passará a prestar, por um período de 10 anos, serviços de gestão administrativa, gestão de logística, gestão de transportes, operação dos centros de distribuição e gestão da operação de armazéns e frete para a Marfrig em todo território brasileiro. A expectativa da JSL com o negócio é expandir seus serviços na cadeia frigorifica. A empresa acredita que, com a parceria, a Marfrig terá a possibilidade de melhorar sua rede de distribuição e, assim, tem acesso a um maior número de clientes. A celebração dos contratos definitivos está sujeita à conclusão da negociação entre a Marfrig e a JSL, até 30 de janeiro de 2012. As empresas acordaram que os contratos definitivos não deverão afetar os acordos atuais com seus fornecedores, colaboradores e prestadores de serviços.





Red Bull dá asas a projeto de fábrica em Manaus

Brasil Econômico 21.12.2011 - O investimento de R$ 509 milhões prevê a implantação da primeira indústria da marca fora da Europa.  O grupo acaba de obter sinal verde do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) para o projeto de uma indústria de bebidas não-alcoólicas em Manaus.

A austríaca Red Bull está dando asas aos planos de construir sua primeira fábrica no Brasil e nas Américas: o grupo acaba de obter sinal verde do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) para o projeto de uma indústria de bebidas não-alcoólicas em Manaus (AM). Aprovado em reunião do conselho nesta semana, o investimento de R$ 509 milhões prevê a implantação, no polo industrial de Manaus, da primeira indústria da marca fora da Europa. Hoje, o energético é fabricado na Áustria e na Suíça. As duas fábricas europeias concentram o envase das mais de 4,5 bilhões anuais de latas que abastecem 140 países.

No Brasil, as vendas somam 190 milhões de unidades por ano, importadas na sua totalidade.

Com o aval do Codam, agora a implantação da unidade da Red Bull em Manaus depende da inclusão de bebidas energéticas e isotônicos no Processo Produtivo Básico (PPB) de bebidas.

Já aprovada em consulta prévia na Suframa, a alteração aguarda aval do Ministério do Desenvolvimento.A empresa espera que a aprovação saia nas próximas semanas.







Produção total da Petrobras cresce 2,69% em novembro

Valor 21.12.2011 - A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras, considerando Brasil e exterior, alcançou 2.677.056 barris de óleo equivalente (BOE) por dia no mês de novembro. O volume é 2,69% superior ao total extraído no mês passado. Já na comparação com novembro de 2010, o aumento na produção foi de 2,16%.

De acordo com a estatal, a expansão foi motivada pelo retorno à produção de plataformas que estavam em paradas programadas na Bacia de Campos e pela entrada em operação de novos poços nas plataformas P-57  (Jubarte), P-56 (Marlim Sul), FPSO-Angra dos Reis (Lula). Também colaborou com o aumento da produção o início dos testes de longa duração (TLD) de Carioca Nordeste, em meados de outubro. Já a produção exclusiva de petróleo dos campos nacionais chegou a 2.060.695 barris por dia, uma elevação de 2,96% em relação a outubro e de 1,46% na comparação com novembro do ano passado. Faltando um mês para o término do ano, a companhia fica mais distante da meta de produção doméstica prevista para este ano, de 2,1 milhões de barris por dia. Ontem, o diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, reconheceu que a produção em campos nacionais será "um pouquinho mais baixa que o previsto" em 2011.

No mês de novembro, a produção de gás natural dos campos nacionais atingiu 57,6 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 4,2% em relação ao mesmo mês de 2010 e 1,3% acima do volume realizado no mês passado.





BNDES projeta destinar R$ 922 bi ao setor de infraestrutura até 2015

Valor 21.12.2011 - Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura: "O risco para 2012 é continuarmos no imobilismo".

Até 2015, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fala em R$ 922 bilhões em investimentos para o setor de infraestrutura. Para 2012, quando o mercado doméstico terá grande importância por causa da instabilidade externa, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib) crê que a indústria de infraestrutura será a arma propulsora da economia, do emprego e da renda. "O setor tem condições de ser a plataforma para a expansão dos investimentos", aponta o último boletim de análise da associação, lançado nesta semana.

Esses recursos não viriam só dos orçamentos públicos. As próximas concessões na área podem atrair R$ 90,2 bilhões em investimentos - não estão inclusos aportes previstos em leilões de petróleo e gás, telecomunicações e geração de energia. "Trata-se de quantia pequena diante dos gargalos existentes, das oportunidades disponíveis e do potencial de investimento privado na infraestrutura brasileira", considera a Abdib. Para a associação, os governos federal e estaduais precisam aproveitar melhor o potencial da iniciativa privada. "Além de permitir que os recursos públicos melhorem os serviços em áreas sociais, as concessões permitem capturar a capacidade investidora e financiadora das empresas privadas e aumentar o total de obras construídas paralelamente."

A crença dos especialistas é que o país não avança na velocidade necessária. Segundo a Abdib, dos R$ 922 bilhões previstos até 2015, R$ 424 bilhões serão destinados ao segmento de petróleo e gás. Para Maurício Girardello, sócio da PWC Brasil, o setor de infraestrutura corre para cobrir o saldo devedor.

Já para Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o problema do setor é o risco regulatório. "O dinheiro vai entrar: temos demanda reprimida e mercado consumidor", avalia. "A lentidão acontece por falta de políticas públicas", ressalta Pires. "Em 2011, o governo esteve imobilizado, com as decisões centralizadas pela presidente Dilma. O risco para 2012 é continuarmos nesse imobilismo."

A centralização leva o setor a ter poucos interlocutores no governo, diz Pires, e a falta de decisão política gera incertezas. "Criam-se situações como a da hidrelétrica do Rio Madeira, na qual a Odebrecht tem duas turbinas prontas e não há linha de transmissão para levar a energia para o Sul do país."

"As obras de infraestrutura são lentas, por isso devem ser projetadas antes de se chegar ao ponto de estrangulamento em que chegamos", diz Stefânia Grezzana, analista da consultoria Tendências. No setor de petróleo e gás, por exemplo, a Abdib reclama do atraso na realização de novos leilões de blocos de exploração e produção, que já atinge concessionárias e produtoras de bens e serviços.

Para Girardello, o caso dos aeroportos é emblema do imobilismo. "A questão já não é mais se vai dar tempo de fazer as obras necessárias para a Copa, mas de saber o que vai dar para fazer até lá", afirma. "O modelo recém divulgado para as privatizações de Guarulhos, Viracopos e Brasília prevê investimentos de R$ 2,8 bilhões nos três aeroportos, exige participação de 45% a 49% da Infraero e obriga, indiretamente, a participação de ao menos um sócio estrangeiro no consórcio que disputar a licitação.





EDP do Brasil vende de 57,2 MW no Leilão A-5

MonitorMercantil 21.12.2011 - A EDP - Energias do Brasil, informou que sua subsidiaria EDP Renováveis Brasil vendeu 57,2 MW médios de energia nova no Leilão A-5, realizado nesta terça-feira, por meio de quatro projetos de geração eólica: Baixa do Feijão I, II, III e IV, localizados no estado do Rio Grande do Norte. Em conjunto, os projetos somam capacidade instalada de 120 MW e possuem fator de capacidade médio de 48%. O fator de capacidade foi estimado com base em 2 anos de medição através de estudos internos e externos. A venda de energia no mercado regulado se deu pelo prazo de 20 anos, com inicio em janeiro de 2016, ao perco de R$ 97/MWh.  Os empreendimentos já possuem terrenos arrendados e pontos de conexão definidos a aproximadamente 13 km dos parques. O investimento total nos projetos está entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões. A estrutura de financiamento dos projetoscontempla uma alavancagem estimada de 60%.





Shopping centers devem atingir meta e crescer 12% em 2011

Folha 21.12.2011 - Mesmo com a crise econômica, o setor de shopping centers deve atingir sua meta para 2011 e crescer 12% neste ano, de acordo com a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). Até outubro passado, o aumento era de 11%. "A indústria de shopping consegue se manter como exceção durante a crise, porque engloba muitos segmentos e um compensa o outro", diz o presidente da entidade, Luiz Fernando Veiga. Nos últimos meses, as vendas de eletrodomésticos, móveis, roupas de cama e eletroeletrônicos têm alavancado os resultados do setor.

Em 2010, o faturamento cresceu 17% ante 2009.

Nos próximos dois anos, 62,3% dos 69 shopping centers que serão inaugurados no Brasil estarão localizados em cidades do interior. "O custo do terreno nas capitais é dez vezes maior que no interior", afirma Veiga.





Grupo Fleury reorganiza marcas de laboratórios

Valor 21.12.2011 - O Fleury vai extinguir a bandeira Campana - laboratório de medicina diagnóstica adquirido em 2008. A partir de fevereiro, as oito unidades do Campana serão transformadas em a+ Medicina Diagnóstica. Trata-se da marca criada em abril pelo Fleury e que reúne 14 laboratórios adquiridos pelo grupo nos últimos nove anos.

Com isso, a rede de laboratórios da bandeira a+ Medicina Diagnóstica passa a contar com 21 unidades em São Paulo e mais de 100 pontos no Brasil. "Decidimos unir o Campana porque ele é focado no público C e a marca a+ atende as classes B e C", explicou Omar Hauache, presidente do Fleury.  As seis megaunidades do Campana previstas para serem inauguradas no primeiro semestre do próximo ano também farão parte do grupo a+, que até então não contava com grandes unidades laboratoriais.  A rede a+ Medicina Diagnóstica reúne os laboratórios Criesp, Lego, URP, Biesp e Di (São Paulo), Qualitech (Bahia), Champagnat (Paraná), Paulo Loureiro (Pernambuco), Helion Póvoa, Daflon, Maiolino e Centro de Mastologia (Rio) e Faillace (Rio Grande do Sul), além do Campana (São Paulo).  Com isso, ficam preservadas as marcas Fleury, Weinmann (RS), Lab's (Rio) e Diagnosson (Bahia). "Essas marcas são muito fortes em suas respectivas praças. Por isso, mantivemos", diz Hauache.  A rede a+ representa um pouco menos de 40% da receita bruta do Fleury, que somou R$ 862 milhões nos nove primeiros meses do ano. Os outros 60% vêm do próprio Fleury. A companhia investiu R$ 20 milhões para o desenvolvimento da nova marca.  Na segunda-feira, o Fleury anunciou também que assumiu os laboratórios das três unidades do Hospital São Luiz, adquirido pela rede carioca D'Or em setembro de 2010. Três meses depois, o Fleury comprou o laboratório Lab's, que pertencia à rede D'Or, por R$ 1,2 bilhão. Desse valor, 50% foram pagos em dinheiro e a outra parte, em troca de ações.  Com a aquisição do Lab's, o Fleury hoje está presente em 21 hospitais e conta com um total de 191 unidades laboratoriais.





Caesar Park

Folha 21.12.2011 - A operadora Hotelera Posadas, detentora das marcas Caesar Park e Caesar Business, assina hoje contrato para a construção de um empreendimento de três estrelas em Vinhedo (SP). O novo hotel, que será inaugurado no primeiro semestre de 2014, terá 110 apartamentos. Será a segunda unidade da bandeira econômica da companhia no Brasil. Há duas semanas, foi anunciada a construção de um hotel em Belo Horizonte (MG).

Até 2016, a companhia abrirá 13 hotéis de três estrelas no Brasil. Outros países da América do Sul, como Argentina, Chile e Peru, também receberão unidades da bandeira One Hotels.

No total, serão 21 empreendimentos no continente. "É um modelo que deu certo no México", afirma o diretor-geral da operadora, Francisco Gutiérrez.





Emperra a venda da Losango pelo HSBC

Valor 21.12.2011 - A venda da financeira Losango, que pertence ao HSBC, está emperrada e com grandes chances de não acontecer. O Valor ouviu de duas pessoas que acompanham o processo que são pequenas as chances de a venda sair, embora não tenha sido completamente descartada ainda.  A razão, como na maioria das aquisições que fracassam, é uma falta de acordo em relação ao preço do negócio. Segundo um executivo que avaliou a Losango, o HSBC estaria pedindo valor alto demais porque pagou um preço também salgado oito anos atrás quando adquiriu a financeira das mãos do Lloyds Bank. O desembolso foi de US$ 815 milhões. Segundo o raciocínio do executivo, se vender por um valor inferior ao pago, o HSBC terá que registrar uma perda e esse seria um efeito indesejado. Outro executivo diz que o problema de fato é preço e explica que não se está conseguindo chegar a um contrato que contente os compradores em relação à cobertura de perdas decorrentes de operações de crédito feitas ainda na gestão HSBC. "Está difícil", disse. Consultada, a assessoria de imprensa do HSBC disse que "a Losango não está a venda. Faz parte da estratégia do banco de pessoa jurídica de relacionamento com lojistas e grandes varejistas."  Os principais bancos de varejo do país analisaram o negócio, entre eles, Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Roberto Setubal, do Itaú, já afirmou que não está olhando o negócio. Na semana passada, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, disse que não havia nada firme, mas não descartou. Em outubro de 2003, a compra da Losango foi saudada como um grande passo do banco inglês para expandir suas operações no país. Afinal, era uma aquisição de peso depois de seis anos da chegada do HSBC ao mercado brasileiro, com a compra do Bamerindus. A transação foi fechada por Michael Geoghegan pouco antes de deixar a presidência da subsidiária brasileira. Depois da Losango, nunca mais o HSBC conseguiu fazer consolidações no mercado local, frustrando expectativas. Oito anos depois, o que era um trunfo transformou-se em uma operação indesejada pelo banco. A Losango entrou na lista de uma série de ativos que o novo presidente mundial do HSBC, Stuart Gulliver - que substituiu o próprio Geoghegan no cargo - resolveu vender para ajustar o foco e melhorar os resultados. Aqui no Brasil, o HSBC também desativou sua operação de financiamento de veículos. Quase toda a equipe foi contratada pelo PanAmericano.





Credit Suisse compra área de private bank do HSBC no Japão

Exame 21.12.2011 - O presidente-executivo, Stuart Gulliver, quer reduzir custos anuais em 3,5 bilhões de dólares e definir o foco do banco na Ásia.

O HSBC, maior banco da Europa, está abandonando o mercado de private banking no Japão, vendendo negócios na área que atende a clientes abastados ao Credit Suisse, que está ampliando sua presença no segundo maior mercado de milionários do mundo. A venda é parte da estratégia definida em maio pelo HSBC. O presidente-executivo, Stuart Gulliver, quer reduzir custos anuais em 3,5 bilhões de dólares e definir o foco do banco na Ásia por meio da saída de países ou negócios onde a instituição carece de escala. O HSBC informou que os ativos brutos que estão sendo vendidos valiam 2,7 bilhões de dólares no final de outubro, mas não divulgou o preço final da venda ao Credit Suisse. "Eles provavelmente não veem muito potencial de crescimento no mercado japonês, então vão focar recursos em outros países na região da Ásia-Pacífico", disse Daniel So, estrategista da Sun Hung Kai Financial, em Hong Kong. A riqueza combinada da Ásia cresceu 12 por cento no ano passado, para 10,8 trilhões de dólares, superando a Europa e se aproximando da América do Norte, onde a riqueza cresceu 9 por cento, para 11,6 trilhões. Mais da metade dos milionários do mundo ainda pode ser encontrada nos Estados Unidos, Japão e Alemanha. O HSBC vai vender seus negócios de private banking no Japão que atendem clientes com mais de 200 milhões de ienes (2,57 milhões de dólares) em ativos financeiros, informou um representante do banco no Japão, que pediu para não ser identificado. Mas o banco continuará com o HSBC Premier, serviço de private banking para clientes que têm mais de 10 milhões de ienes em ativos.





SLC adquire área na Bahia por R$ 67 milhões

Brasil Econômico 21.12.2011 - A estimativa é que a área total potencial para plantio seja de 14.410 hectares. A SLC Agrícola anunciou nesta quarta-feira (21/12) que adquiriu uma área de 19.880 hectares no município de Formosa do Rio Preto, Estado da Bahia, por R$ 67 milhões.

De acordo com a companhia, do valor total negociado, 65% foi pago à vista e o resto foi indexado à saca de soja e tem pagamentos previstos para abril de 2012, 2013 e 2014.

A SLC destacou que a área adquirida vai ser incorporada à Fazenda Parceiro, e encontra-se hoje em estado bruto.A estimativa é que a área total potencial para plantio na parte comprada seja de 14.410 hectares, dos quais 7.660 serão entregues já licenciados e abertos pelo vendedor, sendo 4.000 entregues até maio de 2012 e 3.660 até maio de 2013.





Fusões e aquisições dão ritmo ao crescimento do varejo brasileiro

Newtrade 20.12.2011 - Apresentado ontem, 20 de dezembro, o Ranking IBEVAR das 100 maiores empresas do varejo brasileiro, mostra que o aquecimento da econômica e do mercado de consumo ocorrido nos últimos anos influenciou as empresas a aliarem forças para faturar mais. A prova disso é que o estudo, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR) e Felisoni Consultores Associados, mostra que as fusões e aquisições dentro do varejo brasileiro influenciaram o posicionamento das empresas no ranking. Em sua 2ª edição, o estudo busca dar um panorama do varejo de bens no país que faturou 934.943 bilhões de reais, em 2010. Em 2009, o estudo foi realizado com 80 empresas que faturaram um total de 841.449 bilhões de reais. O recorte feito pelo ranking representa 52% do consumo das famílias brasileiras e compreende alimentação, manutenção do lar, vestuário, higiene e cuidados pessoais, compra e reforma de casa, compra e manutenção de veículos e fumo.  Nas primeiras 5 posições do ranking estão, respectivamente, o Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart Brasil, Lojas Americanas e Makro. Apesar das grandes empresas varejistas manterem os cinco primeiros lugares do estudo, o cenário vai se modificando ao longo da classificação.  Na décima posição, ocupada pelas Lojas Renner em 2009, ficou com a fusão da Drogasil e Drogaraia.

Entre os 10 colocados Magazine Luiza e Máquina de Vendas adquiriram negócios no decorrer de 2010. Em menor escala, as fusões entre negócios menores também acontecem no ranking. A CDS – Companhia Sulamericana de Distribuição é uma fusão entre as duas principais redes de supermercado de Maringá (PR), São Francisco e Cidade Canção, que fez com que ela ficasse posicionada entre as 100 maiores empresas do varejo. “Hoje essas redes médias estão mais formais o que as torna mais interessantes para as grandes redes”, afirma Eduardo Salles Terra, vice-presidente do IBEVAR.





Inbrands firma acordo para adquirir grife Mandi por R$40 mi

Valor 21.12.2011 - Do valor a ser pago, que exclui a dívida líquida da Mandi, metade será paga em dinheiro e os 20 milhões de reais restantes por meio de aumento de capital da Inbrands.

Com 33 lojas, a Mandi é controlada pelo empresário Alexandre Brett, do grupo BR Labels, que detém as marcas VR, VR Kids e Calvin Klein Jeans. A Inbrands anunciou nesta quarta-feira que firmou acordo para adquirir a grife Mandi, por 40 milhões de reais, passando a deter os direitos sobre as marcas Mandi, LOS DOS e Mandi&Co e de exploração da marca Juicy Couture. Do valor a ser pago, que exclui a dívida líquida da Mandi, metade será paga em dinheiro e os 20 milhões de reais restantes por meio de aumento de capital da Inbrands, com a emissão de 2.862.528 novas ações ordinárias. Com 33 lojas, a Mandi é controlada pelo empresário Alexandre Brett, do grupo BR Labels, que detém as marcas VR, VR Kids e Calvin Klein Jeans no Brasil. No final de novembro, a Inbrands -dona das marcas Ellus, Richards e Alexandre Herchcovitch- anunciou a compra da Companhia das Marcas, dona da marca Richards e acionista controladora das marcas Salinas e Bintang, por 135 milhões de reais.





Magazine Luiza descarta aquisições e prioriza integração em 2012

Exame 21.12.2011 - O objetivo gora é levar as lojas para o processo de maturação, disse o diretor superintendente da varejista, Marcelo Silva.

O Magazine Luiza planeja concentrar as atenções em 2012 na conclusão da integração e no processo de maturação das redes adquiridas -Maia e Baú. A varejista descarta realizar novas aquisições no ano que vem. "Com as 124 lojas (inauguradas em 2011) antecipamos em dois anos o plano de expansão da companhia. Agora é levar as lojas para o processo de maturação", disse o diretor superintendente da varejista, Marcelo Silva, em encontro com analistas e investidores nesta terça-feira. Segundo ele, as redes adquiridas estarão maduras e poderão alcançar patamar de faturamento equivalente ao das lojas Magazine Luiza em 2013, quando a companhia espera registrar margem Ebitda -sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação- entre 6 e 7 por cento.

"Vamos concentrar em absorção e rentabilidade. Não está prevista nenhuma aquisição em 2012, apesar do assédio natural que temos sofrido desde a aquisição de Maia e Baú", afirmou Silva. Embora a aquisição da Lojas do Baú tenha acontecido depois da compra da Lojas Maia -em junho de 2011 e julho de 2010, respectivamente-, a integração das unidades antes detidas pelo Grupo Silvio Santos acontecerá mais cedo, no primeiro trimestre 2012. Já a rede nordestina Maia será integrada até o terceiro trimestre do ano que vem.

Ao longo deste ano, a varejista abriu 124 lojas, totalizando 728 unidades no país. Silva acrescentou que, para 2012, a empresa considera aumentar a presença no segmento de shopping centers, tendo inclusive algumas lojas contratadas para inauguração.





Cepal prevê desaceleração econômica regional devido à crise mundial

Agência Brasil 21.12.2011 - Após atingir, em 2011, as menores taxas de pobreza e indigência de seus últimos 20 anos graças ao crescimento da renda média domiciliar e a políticas de redução das desigualdades sociais, a América Latina e o Caribe deverão sofrer os impactos da crise econômica internacional. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o crescimento da região em 2012 será menor que em anos anteriores devido aos efeitos da crise que afeta algumas das principais economias mundiais, como os Estados Unidos e a União Europeia.   A dimensão dos desafios que os países latino-americanos e caribenhos irão enfrentar a partir do ano que vem faz parte de um relatório que a Cepal divulgará hoje (21) À tarde. Intitulado Balanço Preliminar das Economias da América Latina e Caribe, o documento é um dos mais importantes produzidos pela comissão. Além de analisar a evolução anual das economias regionais, o relatório projeta o crescimento de cada país para o ano seguinte e os desafios que esperam cada um deles. O estudo será apresentado à imprensa pela secretária executiva da comissão, Alicia Bárcena, na sede da entidade, em Santiago, no Chile.





Apresentadora da RedeTV! é afastada após cobrar salário atrasado

Folha 21.12.2011 - A apresentadora Rita Lisauskas, do "RedeTV! News", foi afastada ontem após reclamar publicamente do atraso dos salários na emissora. Há funcionários que estão sem receber desde outubro.  Procurada, a emissora ainda não se pronunciou sobre o caso. Se o fizer, sua versão será incluída neste parágrafo. A resposta habitual para as questões sobre o atraso nos pagamentos tem sido "a RedeTV! não se pronuncia sobre assuntos internos".  "Queria só entender como tem empresário que consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir, sabendo que há centenas de profissionais sem salário há no mínimo 2 meses bem na semana do Natal. E o pior: como tem assessor de imprensa (ou seja, coleguinha) que se digna a desmentir o óbvio com a seguinte pérola: 'É mentira desses funcionários, pois os salários estão em dia.' Aos colegas que pensarem em me enviar mensagem pedindo para que me cale nem percam seu precioso tempo. Sou profissional, tenho dignidade, mas não tenho estômago.'  O desabafo de Lisauskas foi feito no facebook. À noite, outra apresentadora já a substituía.





Estoque total de crédito cresce 1,9% em novembro; juro médio recua

Valor 21.12.2011 - O estoque de crédito do sistema financeiro cresceu 1,9% em novembro sobre outubro, atingindo R$ 1,984 trilhão considerando recursos livres e direcionados, informou o Banco Central nesta quarta-feira. O volume corresponde a 48,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 47,5% do PIB em outubro.

"O crédito do sistema financeiro nacional apresentou, em novembro, expansão mais acentuada que no mês anterior, refletindo, em particular, o retorno à normalidade após a greve bancária encerrada em 17 de outubro", explicou o BC em nota. O segmento de crédito livre (sem destinação obrigatória) correspondeu a R$ 1,275 bilhão, com aumento de 1,4% em novembro, enquanto as operações direcionadas (empréstimos do BNDES e financiamentos habitacionais com recursos da poupança, por exemplo) alcançaram R$ 709 bilhões, com crescimento mais expressivo, de 2,9%. As concessões acumuladas no mês e a média diária dessas concessões, considerando pessoas físicas e jurídicas, aumentaram 7,3% no mês passado.

O BC informou também que o juro médio nas operações referenciais caiu de 39,5% ao ano em outubro para 38,5% em novembro, puxada por um alívio na taxa para as pessoas físicas, que recuou 2,4 pontos e chegou a 44,7%. No caso das empresas, houve estabilidade em 29,8% ao ano. O spread bancário - diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos clientes - teve queda de 0,7 ponto, para 28,2 pontos percentuais.

A inadimplência nas operações com atraso superior a 90 dias subiu 0,1 ponto, para 5,6%, refletindo o aumento de 0,2 ponto no índice relativo às famílias (que alcançou 7,3%). Para as pessoas jurídicas, a taxa manteve-se em 4,0%. Enquanto a inadimplência é medida sobre o estoque, a taxa de juros e o spread são medidos em relação às concessões de crédito novo no mês.