terça-feira, 27 de novembro de 2012

Azul.CA.27.11

Daily News




IPO de nova empresa do BB impulsionará valor, diz Barclays

Valor 27.11.2012 - Para os analistas, se for concluída, a operação deve “liberar” o valor intrínseco do negócio de seguros do BB, mais rentável do que as operações de varejo do banco.

Agência do Banco do Brasil: Barclays afirma ainda que a criação da nova empresa deve levar outros bancos a considerar iniciativas semelhantes no futuro

O Banco do Brasil (BB) comunicou ontem ao mercado a decisão de separar sua unidade de seguros, dando origem a uma nova companhia, chamada BB Seguridade. De acordo com o comunicado, o banco pretende também abrir o capital dessa empresa, já em 2013, listando-a no Novo Mercado, segmento especial de governança corporativa da bolsa brasileira.

Para os analistas do banco de investimentos britânico Barclays, se for concluída, a operação deve “liberar” o valor intrínseco do negócio de seguros do BB, mais rentável do que as operações de varejo do banco. O Barclays recomenda a compra das ações ordinárias (com voto) do BB, e estabeleceram um preço justo de R$ 44, o qual deve ser atingido em 2013.

Antes de lançar o BB Seguridade, porém, o banco brasileiro deve revisar alguns pontos específicos nas operações atuais de seu braço no setor de seguros, na opinião dos analistas. Dentre eles, estão o uso dos canais de distribuição dos produtos e serviços, a atuação da força de vendas, além do gerenciamento de riscos e de despesas.

Em relatório, o Barclays afirma ainda que a criação da nova empresa deve levar outros bancos, como o Itaú Unibanco e o Bradesco, a considerar iniciativas semelhantes no futuro, “especialmente levando em consideração as implicações do acordo Basileia III”.

IPO: Os analistas do Barclays estimam que os estudos envolvendo a reestruturação da área de seguros do BB estão em estágio avançado. “Os próximos passos devem ser esperados ainda no primeiro semestre de 2013”, diz o relatório. Portanto, a listagem da nova companhia no Novo Mercado deve ser concluída ano que vem, “se as condições de mercado forem favoráveis”.

Planos: O BB informou que, ao criar a BB Seguridade, pretende consolidar, sob uma única sociedade, “todas as atividades do banco nos ramos de seguros, capitalização, previdência complementar aberta e atividades afins, incluindo quaisquer expansões futuras dessas atividades, no Brasil ou no exterior”.

Ainda segundo o comunicado, a nova empresa deve “proporcionar ganhos de escala nessas operações, reduzir custos e despesas no segmento de seguridade e ampliar a atuação da BB Corretora de Seguros”, que passará a oferecer produtos de outras empresas nos segmentos em que o BB não possui acordos de exclusividade com empresas parceiras, dentro e fora dos canais de distribuição do BB.

Por volta das 15h45, as ações ordinárias (com direito a voto) do Banco do Brasil subiam 0,69%, negociadas a R$ 22,03. O Índice Bovespa tinha alta de 0,46%, aos 57,005 pontos.

 

Ação da B2W avança 21% com recomendação de compra

Valor 27.11.2012 - As ações ON da B2W decolam nesta terça-feira, com investidores reagindo ao relatório divulgado pelo Bank of America Merrill Lynch, que elevou hoje o papel de neutro para compra, poucos dias depois de ter revisto sua recomendação inicial “undeperform” (abaixo da média do mercado) para neutra. A instituição também aumentou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 18, o que representa um potencial de valorização de 50%.

Segundo o relatório do banco de investimentos, após um longo período de fraco desempenho, a B2W parece estar à beira de uma reviravolta. Durante o período de performance ruim, o ativo foi alvo de especulações de fechamento de capital. E sua controladora, a Lojas Americanas, efetivamente fez recompra das ações no mercado para tentar sustentar a cotação do ativo.

Às 14h10, o papel marcava alta de 21,34% a R$ 14,39, pouco depois de ter registrado máxima de R$ 14,45. Já o Ibovespa ganhava 0,48%, aos 57.009 pontos.

Segundo o Valor apurou, as corretoras que lideram as compras do ativo no momento são Fator (R$ 2,3 milhões líquidos), Deutsche (R$ 595 mil) e Credit Suisse (R$ 512 mil). As vendedoras são Novinvest (R$ 825 mil), Ativa (R$ 742 mil) e XP (R$ 701 mil).

Operadores acreditam que a disparada do papel foi alimentada também por zeragem de posições vendidas. Segundo os dados da BM&FBovespa, havia 7,277 milhões de ações alugadas ontem, contra 7,015 milhões em 1º de novembro. As fontes lembram que o pico de aluguel do ativo aconteceu em agosto, com 11 milhões de ações.

 

Odebrecht e Ultra investirão R$ 150 milhões em sistema de pedágio

Valor 27.11.2012 - A Odebrecht TransPort e o grupo Ultra investirão R$ 150 milhões nos próximos três anos para implementar a infraestrutura de um novo serviço de pagamento eletrônico de pedágio, anunciado hoje.

Cada uma das companhias terá 50% da ConectCar, como foi batizada a nova companhia. O sistema entra em operação em 1º de fevereiro de 2013 em alguns Estados, como o de São Paulo.

Segundo João Curmelato, diretor-superintendente da ConectCar, a ideia é que no futuro o sistema esteja presente em todo o país.

Ele diz que a ideia do projeto já é estudada há dois anos. O objetivo dos acionistas é abocanhar o público esporádico das rodovias que hoje não é cliente dos sistemas eletrônicos. “Menos de 10% da frota usa esse tipo de serviço hoje”, diz Paulo Cesena, presidente da Odebrecht TransPort.

A taxa de adesão ao serviço será de R$ 30. Para clientes do programa de fidelidade dos postos Ipiranga, será de R$ 20. Não haverá mensalidade e o pagamento é feito por um sistema “pré-pago”; o cliente insere créditos previamente para depois usá-los. O equipamento pode ser usado em rodovias e em compras feitas nos postos Ipiranga - para pagamento de combustível e outros produtos.

Segundo Leocadio Antunes Filho, diretor-superintendente da Ipiranga, a companhia vê o negócio como uma oportunidade para oferecer mais serviços aos atuais clientes. Atualmente, existem cerca de 6.300 postos Ipiranga em todo o país.

 

Cielo se alia a Facebook para lojistas usarem rede social

Brasil Econômico 27.11.2012 - O plano é que no primeiro trimestre de 2013 o aplicativo seja estendido para todo o país. O objetivo da parceria é de que lojistas usem o mecanismo para premiar clientes que fizerem o cadastro na loja (check in) e que a recomendarem a amigos.

A Cielo, maior empresa de meios de pagamento eletrônicos do país, anunciou nesta terça-feira uma parceria com o Facebook que permitirá a lojistas usarem campanhas de relacionamento com clientes por meio da maior rede social do mundo.

O projeto, que entra em vigor no dia 6 de dezembro, com 250 estabelecimentos na Grande São Paulo, permitirá que lojistas façam uma campanha dirigida por meio da rede social. Clientes previamente cadastrados na página do estabelecimento no Facebook poderão recomendá-lo a amigos por meio de seu mural.

O plano é que no primeiro trimestre de 2013 o aplicativo seja estendido para todo o país.

O objetivo da parceria é de que lojistas usem o mecanismo para premiar clientes que fizerem o cadastro na loja (check in) e que a recomendarem a amigos, explicou o presidente da Cielo, Rômulo Dias. Assim, os lojistas poderão usar a ferramenta para fazer campanhas dirigidas para aumentar a frequência de clientes e o tíquete médio das transações.

"É como um boca a boca digital", disse Dias a jornalistas. "A recomendação dos amigos é muito mais eficiente do que campanhas na mídia."

Segundo o presidente do Facebook no Brasil, Alexandre Hohagen, o portal pretende expandir o conceito pioneiro no Brasil para outros países.

Inicialmente, o serviço não terá custo para os lojistas, mas a Cielo faz planos de obter receitas adicionais.

"A gente começa não cobrando. Depois, quando o serviço estiver consolidado, a gente decide o que fazer", disse o presidente da empresa de cartões.

 

Aneel não descarta intervenção em distribuidoras da Eletrobras

Valor 27.11.2012 - O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Julião Coelho, disse há pouco que a condição financeira favorável das empresas que controlam distribuidoras de energia não impede a agência de fazer intervenção em concessões que oferecem risco à qualidade do serviço. Este é o caso, segundo ele, da Eletrobras que detém participação em distribuidoras deficitárias na região Norte.

“Não é só uma situação econômico-financeira que justifica uma intervenção, mas também a qualidade [de serviços]”, disse Julião. “Hoje, elas [distribuidoras da Eletrobras ] têm uma qualidade que deixa a desejar. Os nossos indicadores mostram isso”, afirmou o diretor ao sair da reunião da diretoria realizada na sede do órgão regulador.

 

Há uma 'nova forma de economia' no mundo, diz ex-presidente do BID

Valor 27.11.2012 - O ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e atual titular da Secretaria-Geral Ibero-Americana, Enrique Iglesias, alertou nesta terça-feira que a crise econômica mundial é “mais profunda do que pensávamos”. A declaração foi feita durante mensagem gravada por ocasião da 18ª Conferência da União Industrial Argentina (UIA).

“Estamos diante de uma nova forma de economia,” disse Iglesias, ressaltando que “é momento de se preparar para a incerteza. Estamos adentrando um período de grande instabilidade”.

Segundo ele, a insegurança econômica se refletirá de maneira direta no continente. “Isso aumenta a responsabilidade da região. A América Latina será confrontada por uma grande incógnita: o que acontecerá ao mundo nos próximos anos”.

“Devemos manter nossas macroeconomias controladas e fazer as reformas necessárias”, disse Iglesias em um apelo dedicado a empresários brasileiros e argentinos que participam do encontro.

Para o encerramento do evento estão previstas as presenças das presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner. A conferência contará ainda com as presenças do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, além do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

 

Mercado de capitais viverá 'boom', diz diretor do BNDES

Exame 27.11.2012 - Segundo o executivo, as condições macroeconômicas para o desenvolvimento do mercado de capitais estão dadas. BNDES: o executivo criticou a visão de que os financiamentos do banco de fomento aos investimentos "competem" com o mercado e frisou que a mobilização é importante

O mercado de capitais brasileiro está prestes a viver um 'boom', afirmou nesta terça-feira o diretor Industrial e de Mercado de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio Ramundo. "Estamos na iminência de ver um boom no mercado de capitais brasileiro", afirmou Ramundo em palestra durante evento sobre o acesso ao mercado de capitais promovido pelo Instituto Ibmec no Rio.

Segundo o executivo, as condições macroeconômicas para o desenvolvimento do mercado de capitais estão dadas. A redução do juro real e da visão de curto prazo dos investidores seriam o "último capítulo" da estabilização da economia, iniciada com o controle da inflação, em 1994.

Na palestra, Ramundo destacou a participação do BNDES junto a diversas entidades públicas e privadas para facilitar o acesso das empresas, sobretudo de menor porte, ao mercado de capitais.

O executivo também criticou a visão de que os financiamentos do banco de fomento aos investimentos "competem" com o mercado e frisou que a mobilização é importante. Ele classificou o número de ofertas iniciais de companhias menores no mercado brasileiro como "ridículo", inferior ao da Polônia.

 

Portobello investe R$ 86 milhões em nova fábrica

Brasil Econômico 27.11.2012 - A Portobello tem como objetivo manter uma taxa de crescimento de vendas de 20% no ano que vem.

A companhia terá um aumento de 20% em seu faturamento com o empreendimento localizado no município de Tijucas, em Santa Catarina.

A Portobello, empresa do segmento de revestimentos cerâmicos, anunciou nesta terça-feira (27/11) investimentos da ordem de R$ 86 milhões para a construção de uma fábrica de porcelanato esmaltado no município catarinense de Tijucas.

A previsão é que o empreendimento esteja em fase de produção até junho de 2013, e irá incrementar em 20%, ou R$ 141 milhões, o faturamento da Portobello.

A capacidade de produção da empresa terá um aumento de 4,6 milhões de metros quadrados por ano.

"O mercado brasileiro em 2012 foi aquém do que a gente esperava, mas tivemos uma boa performance, a empresa caminha bem, e está em condições de dar novos passos", diz Cesar Gomes Junior, presidente da Portobello, durante a apresentação do projeto.

Citando dados de entidades do setor, a Portobello espera que o segmento de revestimentos cerâmicos tenha um crescimento de 6% a 7% em 2013.

"Nosso setor deve ser um dos alavancadores do crescimento do país", ponderou o executivo.

A companhia tem como objetivo manter uma taxa de crescimento de vendas de 20% no ano que vem.

De janeiro a setembro, a Portobello reportou um lucro líquido de R$ 45,5 milhões, alta de 179%, e uma receita operacional bruta de R$ 643,9 milhões, avanço de 17%.

A Portobello já conta com uma produção de porcelanato esmaltado - o produto "mais nobre" da companhia, segundo Gomes Junior - que será triplicada com a nova fábrica.

A maior parte dos R$ 86 milhões investidos, de acordo com o presidente da Portobello, é proveniente do caixa gerado pela própria companhia.

Os materiais que serão produzidos em Tijucas terão um tipologia considerada de tamanho grande, de medidas que variam entre 90 por 90 centímetros, ou 60 por 120, e 60 por 180 centímetros.

A espessura dos produtos será de 12 e três milímetros.

Serão gerados 130 empregos diretos, e 390 indiretos para a população que habita o estado catarinense.

 

Abilio Diniz é impedido de participar de reunião na sede do Casino

Valor 26.11.2012 - O presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar foi impedido de participar de reunião de planejamento estratégico da companhia, que ocorreu ao meio-dia (horário de Paris), na sede do Casino, controlador do grupo, em Paris.

O empresário foi até a sede da companhia, mão não foi recebido pelo sócio francês. O Valor apurou que o Casino entende que esse é um encontro para validar orientações do planejamento do sócio controlador da empresa para o período de 2013 a 2015. Portanto, só caberia a participação nessa reunião do Casino e de membros da diretoria executiva da rede.

Segundo apurou o Valor, o Casino também entende que não faz sentido permitir a entrada de Abilio numa reunião estratégica sabendo que o sócio pode ser um concorrente futuro dos franceses, caso Abilio efetivamente deixe o Pão de Açúcar, numa negociação em andamento hoje.

O sócio controlador já havia informado para Abilio que ele não poderia participar do encontro. E o empresário respondeu para o comando do Casino, na semana passada, que iria no encontro porque tem os direitos garantidos pela legislação brasileira, pelo contrato e pelas regras de governança do grupo.

Eneas Pestana, presidente do GPA, e Antonio Ramatis Rodrigues, presidente de Via Varejo, estiveram no encontro, que já terminou.

Nenhum membro do conselho do GPA esteve na reunião. Abilio participou das reuniões em outros anos quando era membro do conselho de Casino, função que ele não ocupa mais.

 

Laudo mostra que Amil vale muito menos do que foi ofertado em OPA

Infomoney 26.11.2012 - Valor fica abaixo do preço inicial de R$ 30,75 e bem inferior ao fechamento desta sexta-feira de R$ 30,77 - diferença de 12,02% a 16,02%. A Amil (AMIL3) divulgou o laudo de avaliação para a OPA (Oferta Pública de Aquisição) que será realizada para a UnitedHealth para cancelamento de registro da companhia e preparado pelo Goldman Sachs. O valor ficou entre R$ 25,84 e R$ 27,07, bem abaixo do preço inicial da oferta de R$ 30,75 e inferior ao fechamento da ação desta sexta-feira (23) de R$ 30,77 - o que configura um diferença negativa de 12,02% a 16,02%.

O preço médio das ações da Amil foi ponderado pelo volume diário negociado na Bovespa entre os 12 meses anteriores ao anúncio da operação em 8 de outubro de 2012 - período entre 5 de outubro de 2011 e 5 de outubro de 2012.

Laudo da OPA da Amil fica entre R$ 25,84 a R$ 27,07, abaixo do preço inicial da oferta

O Goldman Sachs utilizou em sua metodologia o fluxo de caixa descontado baseado em um custo médio ponderado de capital nominal em reais de 12,4% e taxa de crescimento nominal em reais na perpetuidade entre 3,5% e 4%.

A UnitedHealth anunciou a compra da Amil em outubro, atribuindo à maior empresa de medicina de grupo do Brasil um valor de cerca de R$ 10 bilhões, ao indicar pagamento de R$ 30,75 por ação.

O grupo esperava lançar a OPA (oferta pública de aquisição) de ações da Amil no primeiro trimestre de 2013, sendo que a Mind Solutions pode inclusive comprar papéis fora dessa operação.

No final de outubro, a UHG pagou cerca de R$ 6,49 bilhões para os acionistas controladores por 85,5% do acionista controlador direto da Amil, equivalente a cerca de 58,9% ações do capital total e votante da Amil.

Volume é o maior da bolsa nessa sexta

Nessa sexta, o volume movimentado por AMIL3 foi o maior da bolsa: R$ 475 milhões, contra uma média de R$ 26 milhões nos últimos 200 pregões - já distorcido pelo forte movimento de compra quando anunciada a OPA.

Quem movimentou as ações da Amil foi o BTG Pactual, responsável por cerca de 99% das compras e 84% das vendas de papéis AMIL3 nessa sexta. Em apenas uma negociação, às 16h37 (horário de Brasília), movimentou-se quase 10 milhões de ações - praticamente R$ 300 milhões.

 

Exército Brasileiro assina contrato com Consórcio Tepro

IN 26.11.2012 - O Exército Brasileiro assinou contrato com o consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas pela Embraer Defesa e Segurança, para implementação da primeira fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). O valor do negócio é de R$ 839 milhões.

Esta fase inicial do Sisfron contemplará o monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros de fronteira terrestre na faixa que acompanha a divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia, área que está sob a responsabilidade do Comando Militar do Oeste. Serão instalados subsistemas do Sisfron que estarão ligados à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados (MS), ao quartel-general do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS), e ao Comando Central do Exército, em Brasília (DF). Na sua totalidade, o Sisfron compreende a vigilância e proteção das fronteiras terrestres do País em uma faixa de 16.886 quilômetros que separa o Brasil de 11 países vizinhos e se estende por dez estados e 27% do território nacional.

“Estamos capacitados a fornecer soluções integradas eficientes e de conteúdo nacional”, disse Marcus Tollendal, Presidente da Savis. “A nossa visão é entregar o Sisfron ao Exército Brasileiro para, posteriormente, exportar este modelo gerando empregos de alto valor agregado no País”.

A Savis, empresa da Embraer Defesa e Segurança, foi criada para atuar na gestão integrada de projetos de monitoramento e controle de fronteiras, estruturas estratégicas e recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. Seu objetivo é fazer frente às necessidades brasileiras no setor de defesa e segurança estimulando o desenvolvimento tecnológico nacional, inclusive para posterior exportação, fortalecendo assim a indústria nacional e a balança comercial brasileira. A OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A é uma empresa brasileira de base tecnológica, especializada em sensoriamento remoto e radares de vigilância aérea e terrestre, com centros tecnológicos e comerciais em Campinas (SP) e São José dos Campos (SP).

 

Consórcio da Embraer fecha contrato de R$839 mi com Exército

Reuters 26.11.2012 - Um consórcio de empresas controladas pela área de defesa e segurança da Embraer assinou contrato de 839 milhões de reais com o Exército brasileiro para a primeira etapa do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) do Brasil.

O contrato foi assinado pelo consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento. A primeira fase do Sisfron contemplará o monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros de fronteira terrestre na faixa que acompanha a divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia.

Segundo a Embraer, no total, o Sisfron compreende a vigilância e proteção de fronteiras terrestres em uma faixa de 16.886 quilômetros que separa o Brasil de 11 países vizinhos e se estende por 10 estados e 27 por cento do território nacional.

"A nossa visão é entregar o Sisfron ao Exército brasileiro para, posteriormente, exportar este modelo", afirmou em comunicado o presidente da Savis, Marcus Tollendal.

As ações da Embraer se desvalorizavam no início das negociações nesta segunda-feira e, às 10h28, caíam 1,46 por cento, a 14,17 reais, enquanto o Ibovespa tinha queda de 0,79 por cento.

Mais cedo, o jornal O Estado de S.Paulo publicou entrevista com o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, afirmando que a empresa anunciaria o contrato nesta segunda-feira. No texto, o executivo afirmou ainda que a companhia tem planos para entrar em construção de navios.

 

Banco do Brasil quer IPO de empresa de seguros em 2013

Reuters 26.11.2012 - O Banco do Brasil pretende consolidar em uma nova empresa todas as suas operações de seguros, com objetivo de listá-la em bolsa no ano que vem, como resultado de um processo de reorganização societária iniciado há cerca de cinco anos.

O banco federal anunciou nesta segunda-feira, em fato relevante, que pretende constituir a BB Seguridade para reunir os negócios de seguros, capitalização, previdência complementar aberta e atividades afins no Brasil ou no exterior.

A criação da BB Seguridade, ainda em fase de estudos, prevê que a realização, pela nova companhia, de uma oferta pública primária e secundária de ações em 2013, com listagem no Novo Mercado da Bovespa.

"A presente comunicação não deve ser considerada como anúncio de oferta (de ações) e a realização da mesma dependerá de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional", disse o BB.

A BB Seguridade terá 100 por cento da BB Seguros --que engloba as participações acionárias do Banco do Brasil na BB Mapfre SH1 (seguros de pessoas), BB Mapfre SH2 (seguros de patrimônio), BrasilPrev (previdência) e Brasilcap (capitalização). Em todas essas empresas, a BB Seguros possui quase 50 por cento do capital votante e entre 50 e 74,9 por cento do capital total.

Abaixo da BB Seguridade ficará a BB Cor Participações, nova holding a ser formada que deterá participação acionária no capital da BB Corretora e, eventualmente, no de outras sociedades que atuem no mercado como corretoras na comercialização de seguros, previdência aberta, capitalização e planos de saúde e odontológicos.

O processo de reorganização dos negócios de seguros do BB começou em agosto de 2008 e envolve uma série de parcerias. Entre os sócios do BB estão, além da Mapfre, o Principal Financial Group do Brasil e a Icatu.

As ações do BB subiam 2,05 por cento às 10h42, para a 21,95 reais, enquanto o Ibovespa perdia 0,92 por cento.

 

Impasse no FPE levará Estados ao caos financeiro, diz Everardo Maciel

Valor 26.11.2012 - O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel cobrou mais empenho da União na resolução do impasse em torno da distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), sob risco de as finanças estaduais entrarem em colapso. Após participar de reunião do Conselho de Assuntos Jurídicos e Legislativos, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Maciel disse que o método de rateio do FPE precisa ser aprovado até o fim do ano.

“O Poder Executivo está se omitindo de questões federativas, quando na verdade deveria tomar a liderança nesse debate. O problema não é só de Estados e municípios, é da federação”, afirmou.

Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais os critérios atuais de distribuição dos recursos do FPE. Assim, é preciso que o Congresso aprove até o fim deste ano novos métodos de rateio desses recursos, sob pena de suspensão da distribuição do dinheiro do fundo. Na opinião de Maciel, caso essa situação ocorra haverá “um caos financeiro” nos Estados.

Maciel, relator da comissão do Senado criada para formular propostas de mudanças no pacto federativo, propõe “transição suave em relação ao que existe hoje”. Para tanto, seriam mantidos os valores atuais de distribuição dos recursos do fundo, com correção monetária. O crescimento adicional de receita real nos próximos anos seria repartido proporcionalmente à população de cada Estado e inversamente proporcional ao PIB per capita, “privilegiando a desconcentração de renda”.

Sobre outro assunto que preocupa os Estados, a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Maciel preferiu não comentar se é realizável o prazo apresentado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que o Senado aprove resolução que unifica a alíquota do imposto em 4%. Mantega afirmou na última sexta-feira que a expectativa é que até abril do próximo ano seja alcançada uma resolução para a guerra fiscal.

Segundo Maciel, que também é sócio-presidente da Logos Consultoria Fiscal e membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp, “os ventos políticos podem mudar”, o que não permite uma avaliação mais precisa do tempo que será necessário para aprovar a proposta do governo.

 

Impasse no FPE levará Estados ao caos financeiro, diz Everardo Maciel

Valor 26.11.2012 - O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel cobrou mais empenho da União na resolução do impasse em torno da distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), sob risco de as finanças estaduais entrarem em colapso. Após participar de reunião do Conselho de Assuntos Jurídicos e Legislativos, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Maciel disse que o método de rateio do FPE precisa ser aprovado até o fim do ano.

“O Poder Executivo está se omitindo de questões federativas, quando na verdade deveria tomar a liderança nesse debate. O problema não é só de Estados e municípios, é da federação”, afirmou.

Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais os critérios atuais de distribuição dos recursos do FPE. Assim, é preciso que o Congresso aprove até o fim deste ano novos métodos de rateio desses recursos, sob pena de suspensão da distribuição do dinheiro do fundo. Na opinião de Maciel, caso essa situação ocorra haverá “um caos financeiro” nos Estados.

Maciel, relator da comissão do Senado criada para formular propostas de mudanças no pacto federativo, propõe “transição suave em relação ao que existe hoje”. Para tanto, seriam mantidos os valores atuais de distribuição dos recursos do fundo, com correção monetária. O crescimento adicional de receita real nos próximos anos seria repartido proporcionalmente à população de cada Estado e inversamente proporcional ao PIB per capita, “privilegiando a desconcentração de renda”.

Sobre outro assunto que preocupa os Estados, a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Maciel preferiu não comentar se é realizável o prazo apresentado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que o Senado aprove resolução que unifica a alíquota do imposto em 4%. Mantega afirmou na última sexta-feira que a expectativa é que até abril do próximo ano seja alcançada uma resolução para a guerra fiscal.

Segundo Maciel, que também é sócio-presidente da Logos Consultoria Fiscal e membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp, “os ventos políticos podem mudar”, o que não permite uma avaliação mais precisa do tempo que será necessário para aprovar a proposta do governo.

 

Sabesp pode repassar tarifa de concessão às contas, segundo Barclays

Valor 26.11.2012 - A Sabesp pode repassar uma tarifa de R$ 350 milhões que paga anualmente ao governo e à prefeitura do Estado de São Paulo, equivalente a 7,5% da receita bruta obtida na cidade, às contas de água a partir de fevereiro de 2013, indicou a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), em reunião com investidores do Barclays na sexta-feira (23).

A decisão não cabe à agência, mas às autoridades políticas de São Paulo, que, segundo o banco inglês, já estudam a possibilidade. A taxa foi acordada no contrato de concessão firmado em 2010 e deve representar 7% das despesas operacionais da Sabesp neste ano.

O repasse da tarifa de concessão ao consumidor significaria R$ 14 a mais no preço-alvo da ação, segundo os cálculos dos analistas Francisco Navarrete, Tatiane Shibata e Giovanna Siracusa. O preço do papel na bolsa no fechamento de sexta-feira era de R$ 90,30. O valor de mercado da empresa, por sua vez, aumentaria em 16%, aponta o Barclays.

Reajuste: A receita requerida pela Sabesp na revisão tarifária foi confirmada em R$ 10 bilhões pela Arsesp. Se o reajuste valer por todo o ano que vem, a receita deve aumentar 22% em relação a este, estima o Barclays.

Para o banco, a confirmação é positiva, mas traz um risco de redução em suas estimativas para 2013, já que o reajuste ficou abaixo do esperado. Caso a Sabesp aplique inicialmente um aumento de 1,94% na taxa de reajuste, para atingir o máximo de R$ 10 bilhões em receitas a partir de setembro de 2013, data para o fim da implementação de tarifas, a perda potencial de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é calculada em R$ 700 milhões em 2013, sobre as atuais estimativas, equivalente a 2,3% do valor de mercado projetado para a companhia.

O banco mantém a recomendação de desempenho acima da média do mercado para o investimento nas ações (“overweight”), com preço-alvo de R$ 140, alta potencial de 55% sobre o preço atual no mercado. Na sexta-feira, a ação da Sabesp subiu 9,3% na bolsa. Hoje, o papel avança mais 1%, para R$ 91,40.

 

Petrobras confirma retomada de produção em outubro

Reuters 26.11.2012 - A produção de petróleo da Petrobras no Brasil em outubro subiu 5,3 por cento em relação a setembro, para 1,94 milhão de barris por dia (bpd), recuperando-se parcialmente do volume mais baixo em quatro anos, afirmou a estatal em comunicado divulgado nesta segunda-feira.

A produção de setembro no país, de 1,843 milhões de bpd, havia sido a menor desde abril de 2008. A estatal disse que paradas para manutenção mais longas que o programado afetaram a extração no mês anterior.

Apesar da retomada, a produção no mês de outubro ficou abaixo do volume registrado no mesmo mês de 2011, de 2 milhões de bpd.

O volume de produção em outubro havia sido antecipado no início de novembro pelo diretor de Exploração e Produção, José Formigli.

O aumento de produção no Brasil em outubro ante setembro ocorreu mesmo com a parada programada para manutenção das plataformas P-7, P-43 e do FPSO Cidade de Vitória, disse a estatal no comunicado.

"Ele resultou, principalmente, do retorno à operação de outras unidades que estavam em manutenção em setembro e à entrada em produção do FPSO Cidade de Anchieta, na área denominada Parque das Baleias, no pré-sal da Bacia de Campos no Estado do Espírito Santo."

A estatal espera fechar o ano com produção média perto de 2 milhões de barris por dia.

Gás: A produção de gás natural dos campos brasileiros, sem liquefeito, alcançou 62,425 milhões de metros cúbicos por dia, volume 3,5 por cento acima do produzido em setembro.

A produção total de petróleo e gás natural da companhia, no Brasil e no exterior, atingiu a média de 2,581 milhões de barris de óleo equivalente por dia, 4,4 por cento a mais que no mês anterior.

Em outubro de 2011, a produção da estatal havia sido maior, atingindo 2,616 milhões de barris de óleo equivalente.

 

Fibria investirá até R$ 1,25 bilhão em 2013

Valor 26.11.2012 - Maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, a Fibria vai ampliar seus investimentos em 2013 para até R$ 1,25 bilhão ante R$ 1,15 bilhão em 2012 (considerando-se a aquisição de 6% no capital da americana Ensyn), mas manterá o foco na gestão do endividamento e na reconquista da classificação “grau de investimento”, de acordo com o presidente da companhia, Marcelo Castelli.

O orçamento, disse o executivo ao Valor, não contempla uma decisão, já no próximo ano, sobre a implantação da segunda linha na fábrica de Três Lagoas (MS), que originalmente entraria em operação em outubro de 2014.

“Hoje, nosso foco é reduzir o custo da dívida e recuperar o grau de investimento”, disse Castelli. O maior investimento, explicou, deve-se à destinação de mais recursos para as florestas de Aracruz, com vistas a aumentar a produtividade destes ativos. “Nosso plano base não considera uma decisão sobre o projeto Horizonte 2 no ano que vem”, reiterou. A expansão da fábrica sul-mato-grossense segue nos planos da companhia, que já firmou contratos de compra de madeira para entrega futura e de arrendamento de terra. Contudo, o projeto somente será levado ao conselho de administração quando as condições de mercado forem mais favoráveis.

Uma das variáveis consideradas pela Fibria na decisão é o volume adicional de celulose que chegará ao mercado nos próximos meses e que vai pressionar as cotações da matéria-prima. Neste mês, entrou em operação a primeira unidade fabril da Eldorado Celulose e Papel, com capacidade para 1,5 milhão de toneladas anuais. Em um ano, a nova fábrica da Suzano Papel e Celulose, no Maranhão e com capacidade idêntica à da Eldorado, começará a produzir. E pouco antes, a da Stora Enso e da Arauco em Montes del Plata, no Uruguai, já terá entrado em operação.

Para Castelli, por causa disso, os próximos três anos serão desafiadores para a indústria, com destaque para 2014. “Serão três anos difíceis, que merecem ser acompanhados”, afirmou. No segundo semestre, os preços da celulose mostraram uma leve reação a partir de outubro, após o anúncio de aumento de US$ 30 por tonelada para a cotação da matéria-prima vendida na Europa. Com o reajuste, o preço de referência naquele mercado foi a US$ 780 por tonelada, porém pesquisas de preços realizadas por consultorias independentes mostram que o aumento não foi integralmente implementado.

A expectativa, de acordo com Henri Philippe Van Keer, diretor comercial da Fibria, é a de que o cenário mais favorável aos negócios com celulose perdure até o primeiro trimestre do próximo ano. Após esse período, a oferta adicional da matéria-prima e condições de mercado papeleiro menos positivo na China e na Europa pesarão sobre os preços. “O preço médio no ano deve ficar US$ 10 por tonelada mais baixo do que a média de 2012”, afirmou o executivo. “Mas essa é uma projeção conservadora, porque China e Estados Unidos podem trazer uma dinâmica melhor ao mercado no próximo ano”, ponderou.

Esse cenário de “estresse” desenhado para a indústria nos próximos três anos, na avaliação de Castelli, poderá servir de gatilho para uma nova rodada de consolidação entre os produtores de celulose – a própria Fibria nasceu da fusão entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz, em um momento crítico para a última companhia em razão de perdas bilionárias com derivativos cambiais. “Haverá um cenário de stress que vai acelerar decisões que já deveriam ter sido tomadas”, analisou, sem entrar em detalhes sobre as possíveis combinações no setor.

Sob o aspecto gestão da dívida, uma das medidas que podem ser anunciadas pela companhia nos próximos meses, é a recompra de bônus com vencimentos em 2020 e 2021. Segundo Guilherme Cavalcanti, diretor de finanças e relações com investidores da Fibria, essas são dívidas caras e a empresa poderá usar os recursos provenientes da venda do projeto Losango, com cerca de cem mil hectares no Rio Grande do Sul, à chilena CMPC, por R$ 615 milhões.

Ainda neste ano, a Fibria deve receber uma parcela de R$ 480 milhões referente ao negócio, porém não haverá tempo hábil para a abertura da recompra de bônus – com vencimentos em 2020 e 2021, as operações totalizam US$ 1,2 bilhão e US$ 750 milhões.

Uma das consequências esperadas pela companhia a partir dessas iniciativas é a conquista da nota “grau de investimento”, que, no passado, foram concedidas pelas agências de classificação de risco tanto à Aracruz quanto à VCP. Na avaliação da empresa, é mais provável, porém, que essa classificação seja concedida em 2014.

A direção da Fibria participa hoje de encontro com analistas na Bolsa de Nova York, como parte do II Fibria Day.

 

J. Macêdo tem novo diretor de relações com investidores

Valor 26.11.2012 - A J. Macêdo, dona das marcas de farinha Dona Benta e Sol, elegeu o economista Luiz Conrado dos Santos Carvalho Sundfeld para ocupar o cargo de diretor de relações com investidores, segundo comunicado publicado hoje.

O mandato, iniciado no dia 21, se estende até 30 de abril de 2013. Desde 1º de setembro, o posto era ocupado interinamente por Enrique Ricardo Ussher, diretor-presidente, devido à renúncia de Patrícia Diniz de Paiva, em 31 de agosto.

 

OGX, de Eike Batista, é a empresa brasileira com maior prejuízo no 3º tri

Estadão 26.11.2012 - Companhia amargou prejuízo de R$ 343,3 milhões no período; aérea Gol aparece em segundo lugar, com perda R$ 309,3 milhões, segundo a consultoria Economatica. A petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, é a empresa brasileira que teve  o maior prejuízo no período de julho a setembro de 2012: R$ 343,331 milhões. Em segundo lugar, vem a Gol, com perdas de R$ 309,352 milhões, seguida pela Celpa, Amil, Fibria, Panamericano, Viver, Paranapanema, Cobrasma e Usiminas.Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 26, pela consultoria Economatica, que analisou os resultados de 327 empresas de capital aberto brasileiras no terceiro trimestre.

O setor com o maior lucro consolidado no período é o de bancos. Juntas, as 25 instituições do setor atingiram lucro líquido consolidado de R$ 11,297 bilhões, ou 8,24% menos do que no mesmo período do ano passado, quando lucraram R$ 12,312 bilhões.

Já o segundo setor mais lucrativo é o de petróleo e gás. No terceiro trimestre, o setor obteve ganho de R$ 5,356 bilhões, inferior em 15,4% ante o mesmo período de 2011, quando as seis empresas do segmento lucraram R$ 6,331 bilhões.

A empresa com o maior lucro individual no terceiro trimestre de 2012, por sua vez, é a Petrobrás, com R$ 5,566 bilhões - ou 12,2% menor do que de julho a setembro do ano passado. Entre os dez maiores lucros, quatro são do setor bancário (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander), dois do setor de energia elétrica (Eletrobras e Cemig), um de alimentos e bebidas (Ambev), um de mineração (Vale) e um de telecomunicações (Telefônica Brasil).

O setor de energia elétrica, com 37 empresas, tem a terceira colocação entre os maiores lucros consolidados, com R$ 4,516 bilhões, ou recuo de 21,38% em relação a julho a setembro de 2011, quando as mesmas empresas tiveram lucro de R$ 5,744 bilhões.

Já o setor de alimentos e bebidas é o setor com o quarto maior lucro líquido, com R$ 3,535 bilhões no terceiro trimestre de 2012, alta de 111,8% ante o mesmo período do ano passado.

O lucro líquido consolidado das 327 empresas de capital aberto brasileiras foi de 37,859 bilhões, o que representa uma queda de 8,6% ante os R$ 41,422 bilhões verificados no mesmo período de 2011.

A mesma análise, feita porém retirando a Vale da amostra, mostra que, no terceiro trimestre de 2012, 326 companhias abertas lucraram R$ 34,531 bilhões no total - superior em 2,99% ao igual intervalo do ano passado. De julho a setembro deste ano, a mineradora teve lucro de R$ 3,328 bilhões, inferior em 57,8% em relação ao mesmo período de 2011.

Dos 22 setores analisados, 11 tiveram crescimento do lucro, dez queda e um ficou estável (minerais não metálicos). O setor de papel e celulose, com cinco empresas, registrou no terceiro trimestre de 2012 lucro de R$ 85 milhões, contra prejuízo no mesmo intervalo do ano anterior de R$ 1,785 bilhão, enquanto o setor químico saiu de um prejuízo de R$ 877 milhões no terceiro trimestre de 2011 para um lucro de R$ 202 milhões de julho a setembro deste ano.

 

Eduardo Campos busca nomes para sua sucessão em PE

Folha 26.11.2012 - Presidenciável do PSB, governador analisa até ceder a cabeça de chapa na disputa pelo comando do Estado. Reeleito em 2010, ele não poderá se candidatar ao mesmo cargo; hoje, não cogita disputar o Senado.

Ao mesmo tempo em que avalia a possibilidade de disputar a Presidência em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), busca alternativas para a própria sucessão no Estado.

Reeleito em 2010, ele não poderá se candidatar ao cargo na próxima eleição. Seu palanque no Estado deverá ser montado com base na estrutura política que conseguir construir nacionalmente.

Campos não cogita hoje disputar o Senado. Mas precisa formalizar uma aliança nacional para sustentar uma campanha presidencial.

A dificuldade do governador, que controla uma coligação de 14 partidos em Pernambuco, será atrair siglas de médio porte, que hoje integram a base do Planalto.

A vaga no comando do Executivo estadual tende a abrir espaços para os acordos políticos. E em nome da viabilidade eleitoral de Campos, o PSB pode ceder a cabeça de chapa a um eventual aliado.

Na lista dos possíveis candidatos não socialistas, o nome do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) é o que surge com mais força.

Eleito em 2010 com o apoio de Eduardo Campos, Monteiro Neto pode ser o elo para uma eventual coligação nacional entre o PSB e o PTB.

O senador tenta viabilizar sua candidatura a governador desde 2002. Neste ano, cogitou disputar a Prefeitura de Recife, mas apoiou Geraldo Julio (PSB), vitorioso escolhido por Campos.

Geraldo nunca havia disputado uma eleição. Foi escolhido a partir de uma lista de quatro nomes do núcleo duro do governo, elaborada pelo próprio governador.

Perfil técnoco: Integrante da mesma lista, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, filiado ao PSB, é apontado no meio político como o favorito de Campos para ocupar o seu lugar.

Homem de confiança do governador, Alencar tem perfil técnico, mas também nunca disputou uma eleição. Para analistas políticos ouvidos pela Folha, isso não seria decisivo em um cenário de alta aprovação do governo e atrofiamento da oposição local.

O PT, que se opôs a Campos na eleição em Recife, viu seus dois principais nomes no Estado, o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo, serem derrotados de uma só vez em outubro, na chapa petista à prefeitura.

O PSDB, coligado aos socialistas em vários Estados, trata Campos como um possível parceiro nacional. Uma eventual composição de Campos com o senador Aécio Neves pela Presidência já é citada por tucanos como o prefeito eleito de Manaus, Arthur Virgílio. Antigo desafeto, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), também se aliou ao PSB.

Como terceira opção dos socialistas para a sucessão estadual, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), corre contra as dificuldades políticas que enfrenta no cargo.

Após ter seu nome envolvido em denúncias de irregularidades, ele ainda não conseguiu promover uma agenda positiva no ministério.

Sua administração luta agora contra a maior seca das últimas décadas no Nordeste, enquanto a principal vitrine da pasta, a transposição das águas do rio São Francisco, permanece quase parada.

 

Cosan quer ser reconhecida como grupo de infraestrutura e energia

Valor 26.11.2012 - Conhecida internacionalmente como uma empresa voltada para o agronegócio - a maior produtora de açúcar e álcool do país, o grupo Cosan quer se consolidar como uma companhia voltada para infraestrutura e energia.

Marcos Lutz, presidente-executivo da Cosan, afirmou que muitos analistas ainda acreditam que a companhia está associada ao agronegócio. Ele ressaltou que a companhia está há alguns meses trabalhando para mudar essa cultura. "Parte do mercado não entende o movimento tomado pelo grupo", explicou.

No ano passado, a companhia precisou fazer uma campanha para explicar a joint venture entre Cosan e Shell, que resultou na criação da Raízen, negócio de combustíveis e açúcar e álcool do grupo.

A empresa deu passos importantes nos últimos meses - o último deles foi a compra, por R$ 3,4 bilhões, do controle da Comgás, maior distribuidora de gás canalizado do país.

"Temos grandes ambições de crescimento", disse Lutz. "Todo o foco da gestão da companhia está em volta dos três temas: crescimento em todos os negócios, alocação de capital e disciplina financeira.”

ALL: Focada na diversificação do seu negócio, o grupo Cosan deu um passo ambicioso no início deste ano ao fazer uma oferta para entrar no bloco de controle da ALL (América Latina Logística).

O negócio, contudo, não evoluiu. "Esperamos divulgar até o fim do ano alguma evolução no sentido de aprovar o negócio", disse Marcos Lutz. A Cosan está realizando hoje o evento Cosan Day, no qual apresenta ao mercado os rumos que a companhia está tomando. No início do ano, a Cosan fez uma oferta para entrar no bloco de controle da ALL, sem ser o controlador da companhia ferroviária. O negócio, para ser concluído, depende da aprovação de todos os acionistas. Essa negociação ainda está em curso.

 

PF prende 33 por venda de dados sigilosos e crime contra finanças

Valor 26.11.2012 - A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira 33 pessoas acusadas de participar de duas organizações criminosas, uma especializada na venda de informações sigilosas e outra voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, com atuação em seis Estados.

A chamada Operação Durkheim também envolveu 87 mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Pernambuco. Sessenta e sete pessoas serão indiciadas.

Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram em setembro de 2009 com o suicídio de um policial federal em Campinas, quando foi identificado o possível uso de informações obtidas em operações policiais para extorquir políticos suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.

O inquérito chegou a duas organizações criminosas que atuavam de forma independente mas tinham como elo uma pessoa investigada.

Um dos grupos tinha como atividade principal a remessa de dinheiro ao exterior, usando atividades de câmbio sem autorização do Banco Central, de acordo com informações divulgadas esta manhã pela PF.

As evidências também apontaram para uma grande rede de espionagem ilegal, formada por pessoas com acesso a bancos de dados sigilosos, entre eles funcionários de empresas de telefonia, bancos e servidores públicos.

Eles foram identificados como vendedores de informações sigilosas que se apresentam ao mercado como detetives particulares. Entre as vítimas está um banco, uma emissora de televisão, além de políticos e desembargadores.

Cerca de 400 policiais federais participam da operação. Os  mandados de prisão foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Segundo a PF, a operação foi batizada de Durkheim, intelectual francês, um dos pais fundadores da sociologia, autor do livro “O Suicídio”, em alusão aos fatos que deram início à operação.

 

Fabricante de refrigerante informa percentual de impostos sobre a bebida na embalagem

Infomoney 26.11.2012 - Projeto que prevê que valor dos tributos sobre produtos esteja na nota fiscal foi aprovado no início do mês. A fabricante de refrigerantes mineira Frutty passou a informar nos rótulos de suas embalagens o percentual de tributos cobrados sobre a bebida. A informação de que 46,78% do preço é destinada a impostos e contribuições tem como objetivo conscientizar os consumidores.

A medida foi tomada após o governo revogar o subsídio de 50% do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) concedido aos refrigerantes que contêm suco de fruta natural. O diretor da empresa, Rogério Vilela, informou que o subsídio existe desde a década de 80 e que os consumidores precisavam saber porquais motivos o valor do produto iria praticamente dobrar.

Medida visa informar o consumidor sobre o quando é cobrado de tributos sobre o produto

Pesquisa: A Frutty realizou uma pesquisa com os seus consumidores para contabilizar quanto deles sabiam de quanto era a carga tributária dos refrigerantes. Segundo Vilela, nenhum dos entrevistados soube informar o valor dos impostos cobrados.

Nota fiscal: Na última terça-feira (13), foi aprovado o projeto de lei 1472/07, do Senado, que determina que os comerciantes coloquem na nota fiscal o valor dos tributos incidentes sobre os produtos e serviços vendidos.

A Proteste – Associação de Consumidores enviou um Ofício para a Presidente Dilma Rousseff enfatizando a importância da medida e pedindo urgência da sanção presidencial.

 

CVM facilitará investimento em fundos internacionais

Brasil Econômico 26.11.2012 - Mercado questiona regra que exige de pessoas físicas aplicação de R$ 1 milhão; mudança deve sair em 2013.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está bastante inclinada a aceitar sugestões para ampliar o acesso a aplicações em fundos internacionais (aqueles formados somente por ativos de outros países).

Hoje, pessoas físicas interessadas nesse tipo de investimento precisam aplicar no mínimo R$ 1 milhão, segundo rege a Instrução 409.

O mercado acredita que a norma impede a diversificação e a administração de riscos das carteiras, que são uma alternativa para quem quer fugir da burocracia ao aplicar diretamente no exterior, o que é permitido aos brasileiros desde 2006.

A proposta é de que a limitação seja baseada no volume disponível para aplicar, que deve estar acima de R$ 1 milhão. Essa regra já é usada para operações com BDRs (Brazilian Depositary Receipts), recibos de ações americanas negociados na bolsa brasileira.

Outra possibilidade em estudo é permitir o acesso a esses fundos de investidores que se declarem "qualificados" - com R$ 300 mil aplicados. Fontes próximas às discussões dizem que as sugestões foram bem recebidas pela CVM e a previsão é de que uma delas ou um mix entre as duas seja adotada em 2013.

"As regras são uma barreira muito alta, mesmo para clientes do private bank", diz Luiz Sorge, diretor da BNP Paribas Asset Management. "O investimento mínimo não é saudável, porque pode promover uma concentração da carteira do cliente e ir contra as normas de suitability."

O termo em inglês significa a prática de indicar aos clientes os produtos mais adequados a seu perfil de investidor.

Os fundos internacionais podem ser de prateleira (onde qualquer cliente pode aplicar) ou exclusivos (sob medida para apenas um aplicador). Normalmente, eles investem em outros fundos no exterior, especializados em determinado mercado-alvo e torna a administração mais barata.

"Quando falamos em investimento no exterior, parece que estamos oferecendo algo mais arriscado, e não é isso necessariamente. Se pegarmos o histórico de volatilidade do S&P 500 dos últimos 12 meses, em reais, está menor do que o do Ibovespa", diz Sorge.

O pleito para as mudanças está sendo feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que não quis comentar o teor das conversas para não comprometer o trato com a CVM.

Já a autarquia afirmou, em nota, que analisa o pedido da associação sobre as regras de qualificação do investidor, que podem ser alteradas, caso sejam julgadas pertinentes. A última reunião sobre o tema foi em 19 de outubro, com a presença de representantes de ambas as partes.

Giuliano De Marchi, diretor para o Brasil da AllianceBernstein Administradora de Carteiras, explica que a flexibilização dos critérios é um processo gradual.

"A escolha por começar pelos clientes de alta renda se justifica pelo fato de eles serem, teoricamente, mais educados financeiramente. Não podemos supor que uma pessoa que aplica na poupança passe a investir em fundos com ativos da China da noite para o dia. Precisa de tempo para haver essa migração", afirma o executivo.

O interesse em diversificar o portfólio se dá em um momento em que os juros reais estão no patamar mais baixo dos últimos 12 meses, o câmbio está mais valorizado se comparado com o início da crise financeira e a performance da bolsa local sofre com os humores do mercado externo.

"Daqui a um tempo, vai ser normal a pessoa investir não só nas blue chips, mas também em ativos americanos", acrescenta.

Carlos Takahashi, presidente da gestora da BB DTVM, diz que as mudanças são saudáveis. "Vai contribuir para a pulverização e, consequentemente, redução dos riscos. Se isso for aprovado, o BB vai querer surfar nessa onda de fundos internacionais", afirma.

Ele acrescenta que, em algum momento, também a regra de que fundos multimercados podem investir apenas 20% em ativos no exterior deve mudar. "É uma evolução natural."

 

UBS recebe multa de £ 29,7 milhões

Brasil Econômico 26.11.2012 - O UBS recebeu uma redução de 30% do valor da multa porque aceitou rapidamente um acordo com a FSA.

Kweku Adoboli, de 32 anos, foi condenado por um tribunal de Londres a sete anos de prisão por ter provocado perdas de US$ 2,3 bilhões ao UBS.

A Autoridade Britânica dos Mercados Financeiros (FSA) anunciou nesta segunda-feira uma multa de £ 29,7 milhões (US$ 47,5 milhões) ao banco suíço UBS por não ter detectado as enormes perdas provocadas pelo ex-corretor Kweku Adoboli.

Na terça-feira da semana passada (20/11), Kweku Adoboli, de 32 anos, foi condenado por um tribunal de Londres a sete anos de prisão por ter provocado perdas de US$ 2,3 bilhões ao UBS.

"As insuficiências nos sistemas e nos controles revelaram graves fragilidades nos procedimentos do grupo, seus sistemas de gestão e seus controles internos", afirma a FSA em um comunicado.

O UBS recebeu uma redução de 30% do valor da multa porque aceitou rapidamente um acordo com a FSA. Em caso contrário, a multa seria de £ 42,4 milhões.

 

Venda de aço plano sobe 8,1% em outubro ante 2011

Valor 26.11.2012 - A venda de aço plano pela rede de distribuição alcançou em outubro 401,2 mil toneladas, o que significou um aumento de 8,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, divulgou nesta segunda-feira (26) o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação com o mês imediatamente anterior, o incremento foi de 13,4%. Já as compras dos distribuidores durante o mês passado nas siderúrgicas subiram 13,8%, para 388,8 mil toneladas. Em relação a setembro, houve um crescimento de 14,1%.

Com esse desempenho, o giro de estoques da rede caiu de 2,7 meses em setembro para 2,3 meses em outubro, de acordo com levantamento realizado pelo Inda. Esse é o menor índice desde março de 2010. Em volume, os estoques caíram 1,3% em outubro em relação a setembro, para 936,9 mil toneladas. Ante outubro de 2011, o estoque caiu 8% em volume. Já a importação de aço plano comum, segundo o Inda, fechou outubro em 108,2 mil toneladas, recuo de 38,8% ante setembro e de 8% ante outubro de 2011.

No acumulado de janeiro a outubro, as vendas aumentaram 1,4%, se comparadas a igual período de 2011, totalizando 3,65 milhões de toneladas. As compras no período somaram 3,59 milhões de toneladas, acumulando um aumento de 5,1% frente a 2011. No mesmo período deste ano, houve redução de 8,2% das importações em relação a igual período de 2011, para 1,456 milhão de toneladas. Para novembro, a projeção do Inda é de queda de 7% das vendas da cadeia em relação ao mês anterior. Em relação às compras, a expectativa é de estabilidade.

 

BG continuará a investir no país

Valor 26.11.2012 - Gould, presidente do conselho da BG: "O dinheiro da venda da Comgás [R$ 3,4 bilhões] será todo reinvestido no Brasil".

A britânica BG Group vai reinvestir no Brasil os R$ 3,4 bilhões (US$ 1,7 bilhão) obtidos com a venda da participação societária do grupo na Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) para a Cosan. "O dinheiro da venda da Comgás será todo reinvestido no Brasil", disse Andrew Gould, presidente do conselho de administração da BG. A empresa é uma das principais parceiras da Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos. Gould assumiu o cargo em maio e tem como desafio de curto prazo encontrar o substituto para o presidente-executivo da companhia, Frank Chapman, que se aposenta em 2013.

A venda para a Cosan dos 60% que a BG tinha na Comgás se insere em decisão estratégica global do grupo britânico de sair de ativos nas áreas de transmissão e distribuição de gás, bem como de geração elétrica. O movimento busca concentrar investimentos na exploração e produção de petróleo e gás, em especial no Brasil e na Austrália, países onde a BG concentra esforços. "Se todas as transações que anunciamos tiverem sido concluídas, teremos atingido nossa meta de [obter] US$ 7,6 bilhões até meados de 2013", disse Gould. Ele esteve no Brasil na semana passada para reuniões com a diretoria da BG Brasil e da Petrobras e manteve encontros com autoridades do governo, em Brasília.

Os US$ 7,6 bilhões serão usados, em grande parte, nos projetos do Brasil e da Austrália. Na Austrália, a empresa investe em gás de carvão para liquefação e foca na exportação. No Brasil, os investimentos estão voltados para a produção de petróleo. A empresa tem como meta produzir no Brasil 600 mil barris de óleo equivalente por dia (BOE) em 2020, quando planeja tornar-se a segunda maior produtora de petróleo do Brasil, atrás da Petrobras. Para atingir essa meta, a BG anunciou investimentos de US$ 30 bilhões até o fim da década, sendo que mais de US$ 5 bilhões já foram investidos. Em 2011, a receita do grupo BG foi de US$ 21 bilhões e o lucro líquido chegou a US$ 4,2 bilhões.

O crescimento da BG no Brasil também passa por analisar novas oportunidades. "Se houver nova rodada [de licitação] para exploração offshore, tenho certeza de que a BG teria interesse de participar", disse Gould. O investimento exigido em exploração e produção será garantido, em parte, com as vendas de ativos. Gould citou como exemplos de desinvestimento, além da Comgás, a venda do negócio de geração elétrica nas Filipinas, os ativos de transmissão e distribuição na Índia e um terminal de regaseificação no Chile. A BG também fechou acordo para vender sua participação na Gas Argentino, controladora da distribuidora de gás MetroGas. O programa de desinvestimento foi concluído, segundo Gould, com a venda de parte do projeto de gás natural em Queensland, na Austrália, para a chinesa CNOOC.

Mesmo com a venda da Comgás, existe possibilidade de a BG Brasil vir a fornecer gás natural do campo de Lula, na Bacia de Santos, para a distribuidora paulista de gás. Em nota, a BG afirmou: "A BG vem mantendo constantes entendimentos com a Comgás - bem como com outras distribuidoras - sobre a possibilidade de fornecimento de gás natural. Existem ainda incertezas quanto ao volume de gás natural oriundo de Lula que estará efetivamente disponível para comercialização. Esta incerteza advém do fato de que ainda estão em estágio inicial os testes para definição da quantidade de gás que será necessária para reinjeção no campo, visando otimizar a produção de petróleo. Esta informação é fundamental para que as partes possam progredir nos entendimentos."

O campo de Lula é uma das cinco áreas nas quais a BG tem participação no pré-sal da Bacia de Santos. As outras são Iracema, Sapinhoá, Iara e Carioca. Gould disse que a empresa não tem planos de vender ativos no pré-sal. Em 2011, surgiram rumores de que a BG iria vender ativos de exploração. Em resposta à pergunta se a hipótese de venda no pré-sal chegou a ser considerada, Gould afirmou: "Creio que nós talvez tenhamos testado o mercado, mas ninguém chegaria próximo do que nós achávamos que era o valor dos ativos. Portanto, nós retiramos [a ideia] do mercado. E no momento não há nenhum plano para vender qualquer dos ativos do pré-sal."