Daily News
IPO de nova
empresa do BB impulsionará valor, diz Barclays
Valor 27.11.2012 - Para os analistas, se for
concluída, a operação deve “liberar” o valor intrínseco do negócio de seguros
do BB, mais rentável do que as operações de varejo do banco.
Agência do Banco do Brasil: Barclays afirma ainda
que a criação da nova empresa deve levar outros bancos a considerar iniciativas
semelhantes no futuro
O Banco do Brasil (BB) comunicou ontem ao mercado a
decisão de separar sua unidade de seguros, dando origem a uma nova companhia,
chamada BB Seguridade. De acordo com o comunicado, o banco pretende também
abrir o capital dessa empresa, já em 2013, listando-a no Novo Mercado, segmento
especial de governança corporativa da bolsa brasileira.
Para os analistas do banco de investimentos
britânico Barclays, se for concluída, a operação deve “liberar” o valor
intrínseco do negócio de seguros do BB, mais rentável do que as operações de
varejo do banco. O Barclays recomenda a compra das ações ordinárias (com voto)
do BB, e estabeleceram um preço justo de R$ 44, o qual deve ser atingido em
2013.
Antes de lançar o BB Seguridade, porém, o banco
brasileiro deve revisar alguns pontos específicos nas operações atuais de seu
braço no setor de seguros, na opinião dos analistas. Dentre eles, estão o uso
dos canais de distribuição dos produtos e serviços, a atuação da força de
vendas, além do gerenciamento de riscos e de despesas.
Em relatório, o Barclays afirma ainda que a criação
da nova empresa deve levar outros bancos, como o Itaú Unibanco e o Bradesco, a
considerar iniciativas semelhantes no futuro, “especialmente levando em
consideração as implicações do acordo Basileia III”.
IPO: Os analistas do Barclays estimam que os
estudos envolvendo a reestruturação da área de seguros do BB estão em estágio
avançado. “Os próximos passos devem ser esperados ainda no primeiro semestre de
2013”, diz o relatório. Portanto, a listagem da nova companhia no Novo Mercado
deve ser concluída ano que vem, “se as condições de mercado forem favoráveis”.
Planos: O BB informou que, ao criar a BB
Seguridade, pretende consolidar, sob uma única sociedade, “todas as atividades
do banco nos ramos de seguros, capitalização, previdência complementar aberta e
atividades afins, incluindo quaisquer expansões futuras dessas atividades, no
Brasil ou no exterior”.
Ainda segundo o comunicado, a nova empresa deve
“proporcionar ganhos de escala nessas operações, reduzir custos e despesas no
segmento de seguridade e ampliar a atuação da BB Corretora de Seguros”, que passará
a oferecer produtos de outras empresas nos segmentos em que o BB não possui
acordos de exclusividade com empresas parceiras, dentro e fora dos canais de
distribuição do BB.
Por volta das 15h45, as ações ordinárias (com
direito a voto) do Banco do Brasil subiam 0,69%, negociadas a R$ 22,03. O
Índice Bovespa tinha alta de 0,46%, aos 57,005 pontos.
Ação da B2W
avança 21% com recomendação de compra
Valor 27.11.2012 - As ações ON da B2W decolam nesta
terça-feira, com investidores reagindo ao relatório divulgado pelo Bank of
America Merrill Lynch, que elevou hoje o papel de neutro para compra, poucos
dias depois de ter revisto sua recomendação inicial “undeperform” (abaixo da
média do mercado) para neutra. A instituição também aumentou o preço-alvo de R$
12 para R$ 18, o que representa um potencial de valorização de 50%.
Segundo o relatório do banco de investimentos, após
um longo período de fraco desempenho, a B2W parece estar à beira de uma
reviravolta. Durante o período de performance ruim, o ativo foi alvo de
especulações de fechamento de capital. E sua controladora, a Lojas Americanas,
efetivamente fez recompra das ações no mercado para tentar sustentar a cotação
do ativo.
Às 14h10, o papel marcava alta de 21,34% a R$
14,39, pouco depois de ter registrado máxima de R$ 14,45. Já o Ibovespa ganhava
0,48%, aos 57.009 pontos.
Segundo o Valor apurou, as corretoras que lideram
as compras do ativo no momento são Fator (R$ 2,3 milhões líquidos), Deutsche
(R$ 595 mil) e Credit Suisse (R$ 512 mil). As vendedoras são Novinvest (R$ 825
mil), Ativa (R$ 742 mil) e XP (R$ 701 mil).
Operadores acreditam que a disparada do papel foi
alimentada também por zeragem de posições vendidas. Segundo os dados da
BM&FBovespa, havia 7,277 milhões de ações alugadas ontem, contra 7,015
milhões em 1º de novembro. As fontes lembram que o pico de aluguel do ativo
aconteceu em agosto, com 11 milhões de ações.
Odebrecht e
Ultra investirão R$ 150 milhões em sistema de pedágio
Valor 27.11.2012 - A Odebrecht TransPort e o grupo
Ultra investirão R$ 150 milhões nos próximos três anos para implementar a
infraestrutura de um novo serviço de pagamento eletrônico de pedágio, anunciado
hoje.
Cada uma das companhias terá 50% da ConectCar, como
foi batizada a nova companhia. O sistema entra em operação em 1º de fevereiro
de 2013 em alguns Estados, como o de São Paulo.
Segundo João Curmelato, diretor-superintendente da
ConectCar, a ideia é que no futuro o sistema esteja presente em todo o país.
Ele diz que a ideia do projeto já é estudada há dois
anos. O objetivo dos acionistas é abocanhar o público esporádico das rodovias
que hoje não é cliente dos sistemas eletrônicos. “Menos de 10% da frota usa
esse tipo de serviço hoje”, diz Paulo Cesena, presidente da Odebrecht
TransPort.
A taxa de adesão ao serviço será de R$ 30. Para
clientes do programa de fidelidade dos postos Ipiranga, será de R$ 20. Não
haverá mensalidade e o pagamento é feito por um sistema “pré-pago”; o cliente
insere créditos previamente para depois usá-los. O equipamento pode ser usado
em rodovias e em compras feitas nos postos Ipiranga - para pagamento de
combustível e outros produtos.
Segundo Leocadio Antunes Filho,
diretor-superintendente da Ipiranga, a companhia vê o negócio como uma
oportunidade para oferecer mais serviços aos atuais clientes. Atualmente,
existem cerca de 6.300 postos Ipiranga em todo o país.
Cielo se
alia a Facebook para lojistas usarem rede social
Brasil Econômico 27.11.2012 - O plano é que no
primeiro trimestre de 2013 o aplicativo seja estendido para todo o país. O
objetivo da parceria é de que lojistas usem o mecanismo para premiar clientes
que fizerem o cadastro na loja (check in) e que a recomendarem a amigos.
A Cielo, maior empresa de meios de pagamento
eletrônicos do país, anunciou nesta terça-feira uma parceria com o Facebook que
permitirá a lojistas usarem campanhas de relacionamento com clientes por meio
da maior rede social do mundo.
O projeto, que entra em vigor no dia 6 de dezembro,
com 250 estabelecimentos na Grande São Paulo, permitirá que lojistas façam uma
campanha dirigida por meio da rede social. Clientes previamente cadastrados na
página do estabelecimento no Facebook poderão recomendá-lo a amigos por meio de
seu mural.
O plano é que no primeiro trimestre de 2013 o
aplicativo seja estendido para todo o país.
O objetivo da parceria é de que lojistas usem o
mecanismo para premiar clientes que fizerem o cadastro na loja (check in) e que
a recomendarem a amigos, explicou o presidente da Cielo, Rômulo Dias. Assim, os
lojistas poderão usar a ferramenta para fazer campanhas dirigidas para aumentar
a frequência de clientes e o tíquete médio das transações.
"É como um boca a boca digital", disse
Dias a jornalistas. "A recomendação dos amigos é muito mais eficiente do
que campanhas na mídia."
Segundo o presidente do Facebook no Brasil,
Alexandre Hohagen, o portal pretende expandir o conceito pioneiro no Brasil
para outros países.
Inicialmente, o serviço não terá custo para os
lojistas, mas a Cielo faz planos de obter receitas adicionais.
"A gente começa não cobrando. Depois, quando o
serviço estiver consolidado, a gente decide o que fazer", disse o
presidente da empresa de cartões.
Aneel não
descarta intervenção em distribuidoras da Eletrobras
Valor 27.11.2012 - O diretor da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), Julião Coelho, disse há pouco que a condição
financeira favorável das empresas que controlam distribuidoras de energia não
impede a agência de fazer intervenção em concessões que oferecem risco à
qualidade do serviço. Este é o caso, segundo ele, da Eletrobras que detém
participação em distribuidoras deficitárias na região Norte.
“Não é só uma situação econômico-financeira que
justifica uma intervenção, mas também a qualidade [de serviços]”, disse Julião.
“Hoje, elas [distribuidoras da Eletrobras ] têm uma qualidade que deixa a
desejar. Os nossos indicadores mostram isso”, afirmou o diretor ao sair da
reunião da diretoria realizada na sede do órgão regulador.
Há uma 'nova
forma de economia' no mundo, diz ex-presidente do BID
Valor 27.11.2012 - O ex-presidente do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e atual titular da Secretaria-Geral
Ibero-Americana, Enrique Iglesias, alertou nesta terça-feira que a crise
econômica mundial é “mais profunda do que pensávamos”. A declaração foi feita
durante mensagem gravada por ocasião da 18ª Conferência da União Industrial
Argentina (UIA).
“Estamos diante de uma nova forma de economia,”
disse Iglesias, ressaltando que “é momento de se preparar para a incerteza.
Estamos adentrando um período de grande instabilidade”.
Segundo ele, a insegurança econômica se refletirá
de maneira direta no continente. “Isso aumenta a responsabilidade da região. A
América Latina será confrontada por uma grande incógnita: o que acontecerá ao
mundo nos próximos anos”.
“Devemos manter nossas macroeconomias controladas e
fazer as reformas necessárias”, disse Iglesias em um apelo dedicado a
empresários brasileiros e argentinos que participam do encontro.
Para o encerramento do evento estão previstas as
presenças das presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner. A conferência
contará ainda com as presenças do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, além do assessor
para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Mercado de
capitais viverá 'boom', diz diretor do BNDES
Exame 27.11.2012 - Segundo o executivo, as
condições macroeconômicas para o desenvolvimento do mercado de capitais estão
dadas. BNDES: o executivo criticou a visão de que os financiamentos do banco de
fomento aos investimentos "competem" com o mercado e frisou que a
mobilização é importante
O mercado de capitais brasileiro está prestes a
viver um 'boom', afirmou nesta terça-feira o diretor Industrial e de Mercado de
Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio
Ramundo. "Estamos na iminência de ver um boom no mercado de capitais
brasileiro", afirmou Ramundo em palestra durante evento sobre o acesso ao
mercado de capitais promovido pelo Instituto Ibmec no Rio.
Segundo o executivo, as condições macroeconômicas
para o desenvolvimento do mercado de capitais estão dadas. A redução do juro
real e da visão de curto prazo dos investidores seriam o "último
capítulo" da estabilização da economia, iniciada com o controle da
inflação, em 1994.
Na palestra, Ramundo destacou a participação do
BNDES junto a diversas entidades públicas e privadas para facilitar o acesso
das empresas, sobretudo de menor porte, ao mercado de capitais.
O executivo também criticou a visão de que os
financiamentos do banco de fomento aos investimentos "competem" com o
mercado e frisou que a mobilização é importante. Ele classificou o número de
ofertas iniciais de companhias menores no mercado brasileiro como
"ridículo", inferior ao da Polônia.
Portobello
investe R$ 86 milhões em nova fábrica
Brasil Econômico 27.11.2012 - A Portobello tem como
objetivo manter uma taxa de crescimento de vendas de 20% no ano que vem.
A companhia terá um aumento de 20% em seu
faturamento com o empreendimento localizado no município de Tijucas, em Santa
Catarina.
A Portobello, empresa do segmento de revestimentos
cerâmicos, anunciou nesta terça-feira (27/11) investimentos da ordem de R$ 86
milhões para a construção de uma fábrica de porcelanato esmaltado no município
catarinense de Tijucas.
A previsão é que o empreendimento esteja em fase de
produção até junho de 2013, e irá incrementar em 20%, ou R$ 141 milhões, o
faturamento da Portobello.
A capacidade de produção da empresa terá um aumento
de 4,6 milhões de metros quadrados por ano.
"O mercado brasileiro em 2012 foi aquém do que
a gente esperava, mas tivemos uma boa performance, a empresa caminha bem, e
está em condições de dar novos passos", diz Cesar Gomes Junior, presidente
da Portobello, durante a apresentação do projeto.
Citando dados de entidades do setor, a Portobello
espera que o segmento de revestimentos cerâmicos tenha um crescimento de 6% a
7% em 2013.
"Nosso setor deve ser um dos alavancadores do
crescimento do país", ponderou o executivo.
A companhia tem como objetivo manter uma taxa de
crescimento de vendas de 20% no ano que vem.
De janeiro a setembro, a Portobello reportou um
lucro líquido de R$ 45,5 milhões, alta de 179%, e uma receita operacional bruta
de R$ 643,9 milhões, avanço de 17%.
A Portobello já conta com uma produção de
porcelanato esmaltado - o produto "mais nobre" da companhia, segundo
Gomes Junior - que será triplicada com a nova fábrica.
A maior parte dos R$ 86 milhões investidos, de
acordo com o presidente da Portobello, é proveniente do caixa gerado pela
própria companhia.
Os materiais que serão produzidos em Tijucas terão
um tipologia considerada de tamanho grande, de medidas que variam entre 90 por
90 centímetros, ou 60 por 120, e 60 por 180 centímetros.
A espessura dos produtos será de 12 e três
milímetros.
Serão gerados 130 empregos diretos, e 390 indiretos
para a população que habita o estado catarinense.
Abilio Diniz
é impedido de participar de reunião na sede do Casino
Valor 26.11.2012 - O presidente do Conselho de
Administração do Grupo Pão de Açúcar foi impedido de participar de reunião de
planejamento estratégico da companhia, que ocorreu ao meio-dia (horário de
Paris), na sede do Casino, controlador do grupo, em Paris.
O empresário foi até a sede da companhia, mão não
foi recebido pelo sócio francês. O Valor apurou que o Casino entende que esse é
um encontro para validar orientações do planejamento do sócio controlador da
empresa para o período de 2013 a 2015. Portanto, só caberia a participação
nessa reunião do Casino e de membros da diretoria executiva da rede.
Segundo apurou o Valor, o Casino também entende que
não faz sentido permitir a entrada de Abilio numa reunião estratégica sabendo
que o sócio pode ser um concorrente futuro dos franceses, caso Abilio
efetivamente deixe o Pão de Açúcar, numa negociação em andamento hoje.
O sócio controlador já havia informado para Abilio
que ele não poderia participar do encontro. E o empresário respondeu para o
comando do Casino, na semana passada, que iria no encontro porque tem os
direitos garantidos pela legislação brasileira, pelo contrato e pelas regras de
governança do grupo.
Eneas Pestana, presidente do GPA, e Antonio Ramatis
Rodrigues, presidente de Via Varejo, estiveram no encontro, que já terminou.
Nenhum membro do conselho do GPA esteve na reunião.
Abilio participou das reuniões em outros anos quando era membro do conselho de
Casino, função que ele não ocupa mais.
Laudo mostra
que Amil vale muito menos do que foi ofertado em OPA
Infomoney 26.11.2012 - Valor fica abaixo do preço
inicial de R$ 30,75 e bem inferior ao fechamento desta sexta-feira de R$ 30,77
- diferença de 12,02% a 16,02%. A Amil (AMIL3) divulgou o laudo de avaliação
para a OPA (Oferta Pública de Aquisição) que será realizada para a UnitedHealth
para cancelamento de registro da companhia e preparado pelo Goldman Sachs. O
valor ficou entre R$ 25,84 e R$ 27,07, bem abaixo do preço inicial da oferta de
R$ 30,75 e inferior ao fechamento da ação desta sexta-feira (23) de R$ 30,77 -
o que configura um diferença negativa de 12,02% a 16,02%.
O preço médio das ações da Amil foi ponderado pelo
volume diário negociado na Bovespa entre os 12 meses anteriores ao anúncio da
operação em 8 de outubro de 2012 - período entre 5 de outubro de 2011 e 5 de
outubro de 2012.
Laudo da OPA da Amil fica entre R$ 25,84 a R$ 27,07,
abaixo do preço inicial da oferta
O Goldman Sachs utilizou em sua metodologia o fluxo
de caixa descontado baseado em um custo médio ponderado de capital nominal em
reais de 12,4% e taxa de crescimento nominal em reais na perpetuidade entre
3,5% e 4%.
A UnitedHealth anunciou a compra da Amil em
outubro, atribuindo à maior empresa de medicina de grupo do Brasil um valor de
cerca de R$ 10 bilhões, ao indicar pagamento de R$ 30,75 por ação.
O grupo esperava lançar a OPA (oferta pública de
aquisição) de ações da Amil no primeiro trimestre de 2013, sendo que a Mind
Solutions pode inclusive comprar papéis fora dessa operação.
No final de outubro, a UHG pagou cerca de R$ 6,49
bilhões para os acionistas controladores por 85,5% do acionista controlador
direto da Amil, equivalente a cerca de 58,9% ações do capital total e votante
da Amil.
Volume é o maior da bolsa nessa sexta
Nessa sexta, o volume movimentado por AMIL3 foi o
maior da bolsa: R$ 475 milhões, contra uma média de R$ 26 milhões nos últimos
200 pregões - já distorcido pelo forte movimento de compra quando anunciada a
OPA.
Quem movimentou as ações da Amil foi o BTG Pactual,
responsável por cerca de 99% das compras e 84% das vendas de papéis AMIL3 nessa
sexta. Em apenas uma negociação, às 16h37 (horário de Brasília), movimentou-se
quase 10 milhões de ações - praticamente R$ 300 milhões.
Exército
Brasileiro assina contrato com Consórcio Tepro
IN 26.11.2012 - O Exército Brasileiro assinou
contrato com o consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas S/A e
OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas pela Embraer
Defesa e Segurança, para implementação da primeira fase do Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). O valor do negócio é de R$ 839 milhões.
Esta fase inicial do Sisfron contemplará o
monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros de fronteira terrestre na
faixa que acompanha a divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a
Bolívia, área que está sob a responsabilidade do Comando Militar do Oeste.
Serão instalados subsistemas do Sisfron que estarão ligados à 4ª Brigada de
Cavalaria Mecanizada, em Dourados (MS), ao quartel-general do Comando Militar
do Oeste, em Campo Grande (MS), e ao Comando Central do Exército, em Brasília
(DF). Na sua totalidade, o Sisfron compreende a vigilância e proteção das
fronteiras terrestres do País em uma faixa de 16.886 quilômetros que separa o
Brasil de 11 países vizinhos e se estende por dez estados e 27% do território
nacional.
“Estamos capacitados a fornecer soluções integradas
eficientes e de conteúdo nacional”, disse Marcus Tollendal, Presidente da
Savis. “A nossa visão é entregar o Sisfron ao Exército Brasileiro para,
posteriormente, exportar este modelo gerando empregos de alto valor agregado no
País”.
A Savis, empresa da Embraer Defesa e Segurança, foi
criada para atuar na gestão integrada de projetos de monitoramento e controle
de fronteiras, estruturas estratégicas e recursos naturais, de acordo com as
diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. Seu objetivo é fazer frente às
necessidades brasileiras no setor de defesa e segurança estimulando o
desenvolvimento tecnológico nacional, inclusive para posterior exportação,
fortalecendo assim a indústria nacional e a balança comercial brasileira. A
OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A é uma empresa brasileira de base
tecnológica, especializada em sensoriamento remoto e radares de vigilância
aérea e terrestre, com centros tecnológicos e comerciais em Campinas (SP) e São
José dos Campos (SP).
Consórcio da
Embraer fecha contrato de R$839 mi com Exército
Reuters 26.11.2012 - Um consórcio de empresas
controladas pela área de defesa e segurança da Embraer assinou contrato de 839
milhões de reais com o Exército brasileiro para a primeira etapa do Sistema
Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) do Brasil.
O contrato foi assinado pelo consórcio Tepro,
formado por Savis Tecnologia e Sistemas e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento.
A primeira fase do Sisfron contemplará o monitoramento de aproximadamente 650
quilômetros de fronteira terrestre na faixa que acompanha a divisa do Mato
Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia.
Segundo a Embraer, no total, o Sisfron compreende a
vigilância e proteção de fronteiras terrestres em uma faixa de 16.886
quilômetros que separa o Brasil de 11 países vizinhos e se estende por 10
estados e 27 por cento do território nacional.
"A nossa visão é entregar o Sisfron ao
Exército brasileiro para, posteriormente, exportar este modelo", afirmou
em comunicado o presidente da Savis, Marcus Tollendal.
As ações da Embraer se desvalorizavam no início das
negociações nesta segunda-feira e, às 10h28, caíam 1,46 por cento, a 14,17
reais, enquanto o Ibovespa tinha queda de 0,79 por cento.
Mais cedo, o jornal O Estado de S.Paulo publicou
entrevista com o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar,
afirmando que a empresa anunciaria o contrato nesta segunda-feira. No texto, o
executivo afirmou ainda que a companhia tem planos para entrar em construção de
navios.
Banco do
Brasil quer IPO de empresa de seguros em 2013
Reuters 26.11.2012 - O Banco do Brasil pretende
consolidar em uma nova empresa todas as suas operações de seguros, com objetivo
de listá-la em bolsa no ano que vem, como resultado de um processo de
reorganização societária iniciado há cerca de cinco anos.
O banco federal anunciou nesta segunda-feira, em
fato relevante, que pretende constituir a BB Seguridade para reunir os negócios
de seguros, capitalização, previdência complementar aberta e atividades afins
no Brasil ou no exterior.
A criação da BB Seguridade, ainda em fase de
estudos, prevê que a realização, pela nova companhia, de uma oferta pública
primária e secundária de ações em 2013, com listagem no Novo Mercado da
Bovespa.
"A presente comunicação não deve ser
considerada como anúncio de oferta (de ações) e a realização da mesma dependerá
de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e
internacional", disse o BB.
A BB Seguridade terá 100 por cento da BB Seguros
--que engloba as participações acionárias do Banco do Brasil na BB Mapfre SH1
(seguros de pessoas), BB Mapfre SH2 (seguros de patrimônio), BrasilPrev
(previdência) e Brasilcap (capitalização). Em todas essas empresas, a BB
Seguros possui quase 50 por cento do capital votante e entre 50 e 74,9 por
cento do capital total.
Abaixo da BB Seguridade ficará a BB Cor
Participações, nova holding a ser formada que deterá participação acionária no
capital da BB Corretora e, eventualmente, no de outras sociedades que atuem no
mercado como corretoras na comercialização de seguros, previdência aberta,
capitalização e planos de saúde e odontológicos.
O processo de reorganização dos negócios de seguros
do BB começou em agosto de 2008 e envolve uma série de parcerias. Entre os
sócios do BB estão, além da Mapfre, o Principal Financial Group do Brasil e a
Icatu.
As ações do BB subiam 2,05 por cento às 10h42, para
a 21,95 reais, enquanto o Ibovespa perdia 0,92 por cento.
Impasse no
FPE levará Estados ao caos financeiro, diz Everardo Maciel
Valor 26.11.2012 - O ex-secretário da Receita
Federal Everardo Maciel cobrou mais empenho da União na resolução do impasse em
torno da distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), sob risco de
as finanças estaduais entrarem em colapso. Após participar de reunião do
Conselho de Assuntos Jurídicos e Legislativos, na Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), Maciel disse que o método de rateio do FPE precisa
ser aprovado até o fim do ano.
“O Poder Executivo está se omitindo de questões
federativas, quando na verdade deveria tomar a liderança nesse debate. O
problema não é só de Estados e municípios, é da federação”, afirmou.
Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou
inconstitucionais os critérios atuais de distribuição dos recursos do FPE.
Assim, é preciso que o Congresso aprove até o fim deste ano novos métodos de
rateio desses recursos, sob pena de suspensão da distribuição do dinheiro do
fundo. Na opinião de Maciel, caso essa situação ocorra haverá “um caos
financeiro” nos Estados.
Maciel, relator da comissão do Senado criada para
formular propostas de mudanças no pacto federativo, propõe “transição suave em
relação ao que existe hoje”. Para tanto, seriam mantidos os valores atuais de
distribuição dos recursos do fundo, com correção monetária. O crescimento
adicional de receita real nos próximos anos seria repartido proporcionalmente à
população de cada Estado e inversamente proporcional ao PIB per capita,
“privilegiando a desconcentração de renda”.
Sobre outro assunto que preocupa os Estados, a
unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Maciel
preferiu não comentar se é realizável o prazo apresentado pelo ministro da
Fazenda, Guido Mantega, para que o Senado aprove resolução que unifica a alíquota
do imposto em 4%. Mantega afirmou na última sexta-feira que a expectativa é que
até abril do próximo ano seja alcançada uma resolução para a guerra fiscal.
Segundo Maciel, que também é sócio-presidente da
Logos Consultoria Fiscal e membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp,
“os ventos políticos podem mudar”, o que não permite uma avaliação mais precisa
do tempo que será necessário para aprovar a proposta do governo.
Impasse no
FPE levará Estados ao caos financeiro, diz Everardo Maciel
Valor 26.11.2012 - O ex-secretário da Receita
Federal Everardo Maciel cobrou mais empenho da União na resolução do impasse em
torno da distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), sob risco de
as finanças estaduais entrarem em colapso. Após participar de reunião do
Conselho de Assuntos Jurídicos e Legislativos, na Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), Maciel disse que o método de rateio do FPE precisa
ser aprovado até o fim do ano.
“O Poder Executivo está se omitindo de questões federativas,
quando na verdade deveria tomar a liderança nesse debate. O problema não é só
de Estados e municípios, é da federação”, afirmou.
Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou
inconstitucionais os critérios atuais de distribuição dos recursos do FPE.
Assim, é preciso que o Congresso aprove até o fim deste ano novos métodos de
rateio desses recursos, sob pena de suspensão da distribuição do dinheiro do
fundo. Na opinião de Maciel, caso essa situação ocorra haverá “um caos
financeiro” nos Estados.
Maciel, relator da comissão do Senado criada para
formular propostas de mudanças no pacto federativo, propõe “transição suave em
relação ao que existe hoje”. Para tanto, seriam mantidos os valores atuais de
distribuição dos recursos do fundo, com correção monetária. O crescimento
adicional de receita real nos próximos anos seria repartido proporcionalmente à
população de cada Estado e inversamente proporcional ao PIB per capita,
“privilegiando a desconcentração de renda”.
Sobre outro assunto que preocupa os Estados, a
unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Maciel
preferiu não comentar se é realizável o prazo apresentado pelo ministro da
Fazenda, Guido Mantega, para que o Senado aprove resolução que unifica a
alíquota do imposto em 4%. Mantega afirmou na última sexta-feira que a
expectativa é que até abril do próximo ano seja alcançada uma resolução para a
guerra fiscal.
Segundo Maciel, que também é sócio-presidente da
Logos Consultoria Fiscal e membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp,
“os ventos políticos podem mudar”, o que não permite uma avaliação mais precisa
do tempo que será necessário para aprovar a proposta do governo.
Sabesp pode
repassar tarifa de concessão às contas, segundo Barclays
Valor 26.11.2012 - A Sabesp pode repassar uma
tarifa de R$ 350 milhões que paga anualmente ao governo e à prefeitura do
Estado de São Paulo, equivalente a 7,5% da receita bruta obtida na cidade, às
contas de água a partir de fevereiro de 2013, indicou a Agência Reguladora de
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), em reunião com
investidores do Barclays na sexta-feira (23).
A decisão não cabe à agência, mas às autoridades
políticas de São Paulo, que, segundo o banco inglês, já estudam a
possibilidade. A taxa foi acordada no contrato de concessão firmado em 2010 e
deve representar 7% das despesas operacionais da Sabesp neste ano.
O repasse da tarifa de concessão ao consumidor
significaria R$ 14 a mais no preço-alvo da ação, segundo os cálculos dos
analistas Francisco Navarrete, Tatiane Shibata e Giovanna Siracusa. O preço do
papel na bolsa no fechamento de sexta-feira era de R$ 90,30. O valor de mercado
da empresa, por sua vez, aumentaria em 16%, aponta o Barclays.
Reajuste: A receita requerida pela Sabesp na
revisão tarifária foi confirmada em R$ 10 bilhões pela Arsesp. Se o reajuste
valer por todo o ano que vem, a receita deve aumentar 22% em relação a este,
estima o Barclays.
Para o banco, a confirmação é positiva, mas traz um
risco de redução em suas estimativas para 2013, já que o reajuste ficou abaixo
do esperado. Caso a Sabesp aplique inicialmente um aumento de 1,94% na taxa de
reajuste, para atingir o máximo de R$ 10 bilhões em receitas a partir de
setembro de 2013, data para o fim da implementação de tarifas, a perda
potencial de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é
calculada em R$ 700 milhões em 2013, sobre as atuais estimativas, equivalente a
2,3% do valor de mercado projetado para a companhia.
O banco mantém a recomendação de desempenho acima
da média do mercado para o investimento nas ações (“overweight”), com
preço-alvo de R$ 140, alta potencial de 55% sobre o preço atual no mercado. Na
sexta-feira, a ação da Sabesp subiu 9,3% na bolsa. Hoje, o papel avança mais
1%, para R$ 91,40.
Petrobras
confirma retomada de produção em outubro
Reuters 26.11.2012 - A produção de petróleo da
Petrobras no Brasil em outubro subiu 5,3 por cento em relação a setembro, para
1,94 milhão de barris por dia (bpd), recuperando-se parcialmente do volume mais
baixo em quatro anos, afirmou a estatal em comunicado divulgado nesta
segunda-feira.
A produção de setembro no país, de 1,843 milhões de
bpd, havia sido a menor desde abril de 2008. A estatal disse que paradas para
manutenção mais longas que o programado afetaram a extração no mês anterior.
Apesar da retomada, a produção no mês de outubro
ficou abaixo do volume registrado no mesmo mês de 2011, de 2 milhões de bpd.
O volume de produção em outubro havia sido
antecipado no início de novembro pelo diretor de Exploração e Produção, José
Formigli.
O aumento de produção no Brasil em outubro ante
setembro ocorreu mesmo com a parada programada para manutenção das plataformas
P-7, P-43 e do FPSO Cidade de Vitória, disse a estatal no comunicado.
"Ele resultou, principalmente, do retorno à
operação de outras unidades que estavam em manutenção em setembro e à entrada
em produção do FPSO Cidade de Anchieta, na área denominada Parque das Baleias,
no pré-sal da Bacia de Campos no Estado do Espírito Santo."
A estatal espera fechar o ano com produção média
perto de 2 milhões de barris por dia.
Gás: A produção de gás natural dos campos
brasileiros, sem liquefeito, alcançou 62,425 milhões de metros cúbicos por dia,
volume 3,5 por cento acima do produzido em setembro.
A produção total de petróleo e gás natural da
companhia, no Brasil e no exterior, atingiu a média de 2,581 milhões de barris
de óleo equivalente por dia, 4,4 por cento a mais que no mês anterior.
Em outubro de 2011, a produção da estatal havia sido
maior, atingindo 2,616 milhões de barris de óleo equivalente.
Fibria
investirá até R$ 1,25 bilhão em 2013
Valor 26.11.2012 - Maior produtora mundial de
celulose branqueada de eucalipto, a Fibria vai ampliar seus investimentos em
2013 para até R$ 1,25 bilhão ante R$ 1,15 bilhão em 2012 (considerando-se a
aquisição de 6% no capital da americana Ensyn), mas manterá o foco na gestão do
endividamento e na reconquista da classificação “grau de investimento”, de
acordo com o presidente da companhia, Marcelo Castelli.
O orçamento, disse o executivo ao Valor, não
contempla uma decisão, já no próximo ano, sobre a implantação da segunda linha
na fábrica de Três Lagoas (MS), que originalmente entraria em operação em
outubro de 2014.
“Hoje, nosso foco é reduzir o custo da dívida e
recuperar o grau de investimento”, disse Castelli. O maior investimento,
explicou, deve-se à destinação de mais recursos para as florestas de Aracruz,
com vistas a aumentar a produtividade destes ativos. “Nosso plano base não
considera uma decisão sobre o projeto Horizonte 2 no ano que vem”, reiterou. A
expansão da fábrica sul-mato-grossense segue nos planos da companhia, que já
firmou contratos de compra de madeira para entrega futura e de arrendamento de
terra. Contudo, o projeto somente será levado ao conselho de administração
quando as condições de mercado forem mais favoráveis.
Uma das variáveis consideradas pela Fibria na
decisão é o volume adicional de celulose que chegará ao mercado nos próximos
meses e que vai pressionar as cotações da matéria-prima. Neste mês, entrou em
operação a primeira unidade fabril da Eldorado Celulose e Papel, com capacidade
para 1,5 milhão de toneladas anuais. Em um ano, a nova fábrica da Suzano Papel
e Celulose, no Maranhão e com capacidade idêntica à da Eldorado, começará a
produzir. E pouco antes, a da Stora Enso e da Arauco em Montes del Plata, no
Uruguai, já terá entrado em operação.
Para Castelli, por causa disso, os próximos três
anos serão desafiadores para a indústria, com destaque para 2014. “Serão três
anos difíceis, que merecem ser acompanhados”, afirmou. No segundo semestre, os
preços da celulose mostraram uma leve reação a partir de outubro, após o
anúncio de aumento de US$ 30 por tonelada para a cotação da matéria-prima
vendida na Europa. Com o reajuste, o preço de referência naquele mercado foi a
US$ 780 por tonelada, porém pesquisas de preços realizadas por consultorias
independentes mostram que o aumento não foi integralmente implementado.
A expectativa, de acordo com Henri Philippe Van Keer,
diretor comercial da Fibria, é a de que o cenário mais favorável aos negócios
com celulose perdure até o primeiro trimestre do próximo ano. Após esse
período, a oferta adicional da matéria-prima e condições de mercado papeleiro
menos positivo na China e na Europa pesarão sobre os preços. “O preço médio no
ano deve ficar US$ 10 por tonelada mais baixo do que a média de 2012”, afirmou
o executivo. “Mas essa é uma projeção conservadora, porque China e Estados
Unidos podem trazer uma dinâmica melhor ao mercado no próximo ano”, ponderou.
Esse cenário de “estresse” desenhado para a
indústria nos próximos três anos, na avaliação de Castelli, poderá servir de
gatilho para uma nova rodada de consolidação entre os produtores de celulose –
a própria Fibria nasceu da fusão entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e
Aracruz, em um momento crítico para a última companhia em razão de perdas
bilionárias com derivativos cambiais. “Haverá um cenário de stress que vai
acelerar decisões que já deveriam ter sido tomadas”, analisou, sem entrar em
detalhes sobre as possíveis combinações no setor.
Sob o aspecto gestão da dívida, uma das medidas que
podem ser anunciadas pela companhia nos próximos meses, é a recompra de bônus
com vencimentos em 2020 e 2021. Segundo Guilherme Cavalcanti, diretor de
finanças e relações com investidores da Fibria, essas são dívidas caras e a
empresa poderá usar os recursos provenientes da venda do projeto Losango, com
cerca de cem mil hectares no Rio Grande do Sul, à chilena CMPC, por R$ 615
milhões.
Ainda neste ano, a Fibria deve receber uma parcela
de R$ 480 milhões referente ao negócio, porém não haverá tempo hábil para a
abertura da recompra de bônus – com vencimentos em 2020 e 2021, as operações
totalizam US$ 1,2 bilhão e US$ 750 milhões.
Uma das consequências esperadas pela companhia a
partir dessas iniciativas é a conquista da nota “grau de investimento”, que, no
passado, foram concedidas pelas agências de classificação de risco tanto à
Aracruz quanto à VCP. Na avaliação da empresa, é mais provável, porém, que essa
classificação seja concedida em 2014.
A direção da Fibria participa hoje de encontro com
analistas na Bolsa de Nova York, como parte do II Fibria Day.
J. Macêdo
tem novo diretor de relações com investidores
Valor 26.11.2012 - A J. Macêdo, dona das marcas de
farinha Dona Benta e Sol, elegeu o economista Luiz Conrado dos Santos Carvalho
Sundfeld para ocupar o cargo de diretor de relações com investidores, segundo
comunicado publicado hoje.
O mandato, iniciado no dia 21, se estende até 30 de
abril de 2013. Desde 1º de setembro, o posto era ocupado interinamente por
Enrique Ricardo Ussher, diretor-presidente, devido à renúncia de Patrícia Diniz
de Paiva, em 31 de agosto.
OGX, de Eike
Batista, é a empresa brasileira com maior prejuízo no 3º tri
Estadão 26.11.2012 - Companhia amargou prejuízo de
R$ 343,3 milhões no período; aérea Gol aparece em segundo lugar, com perda R$
309,3 milhões, segundo a consultoria Economatica. A petrolífera OGX, do
empresário Eike Batista, é a empresa brasileira que teve o maior prejuízo no período de julho a
setembro de 2012: R$ 343,331 milhões. Em segundo lugar, vem a Gol, com perdas
de R$ 309,352 milhões, seguida pela Celpa, Amil, Fibria, Panamericano, Viver,
Paranapanema, Cobrasma e Usiminas.Os dados foram divulgados nesta
segunda-feira, 26, pela consultoria Economatica, que analisou os resultados de
327 empresas de capital aberto brasileiras no terceiro trimestre.
O setor com o maior lucro consolidado no período é
o de bancos. Juntas, as 25 instituições do setor atingiram lucro líquido
consolidado de R$ 11,297 bilhões, ou 8,24% menos do que no mesmo período do ano
passado, quando lucraram R$ 12,312 bilhões.
Já o segundo setor mais lucrativo é o de petróleo e
gás. No terceiro trimestre, o setor obteve ganho de R$ 5,356 bilhões, inferior
em 15,4% ante o mesmo período de 2011, quando as seis empresas do segmento
lucraram R$ 6,331 bilhões.
A empresa com o maior lucro individual no terceiro
trimestre de 2012, por sua vez, é a Petrobrás, com R$ 5,566 bilhões - ou 12,2%
menor do que de julho a setembro do ano passado. Entre os dez maiores lucros,
quatro são do setor bancário (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander),
dois do setor de energia elétrica (Eletrobras e Cemig), um de alimentos e
bebidas (Ambev), um de mineração (Vale) e um de telecomunicações (Telefônica
Brasil).
O setor de energia elétrica, com 37 empresas, tem a
terceira colocação entre os maiores lucros consolidados, com R$ 4,516 bilhões,
ou recuo de 21,38% em relação a julho a setembro de 2011, quando as mesmas
empresas tiveram lucro de R$ 5,744 bilhões.
Já o setor de alimentos e bebidas é o setor com o
quarto maior lucro líquido, com R$ 3,535 bilhões no terceiro trimestre de 2012,
alta de 111,8% ante o mesmo período do ano passado.
O lucro líquido consolidado das 327 empresas de
capital aberto brasileiras foi de 37,859 bilhões, o que representa uma queda de
8,6% ante os R$ 41,422 bilhões verificados no mesmo período de 2011.
A mesma análise, feita porém retirando a Vale da
amostra, mostra que, no terceiro trimestre de 2012, 326 companhias abertas
lucraram R$ 34,531 bilhões no total - superior em 2,99% ao igual intervalo do
ano passado. De julho a setembro deste ano, a mineradora teve lucro de R$ 3,328
bilhões, inferior em 57,8% em relação ao mesmo período de 2011.
Dos 22 setores analisados, 11 tiveram crescimento
do lucro, dez queda e um ficou estável (minerais não metálicos). O setor de
papel e celulose, com cinco empresas, registrou no terceiro trimestre de 2012
lucro de R$ 85 milhões, contra prejuízo no mesmo intervalo do ano anterior de
R$ 1,785 bilhão, enquanto o setor químico saiu de um prejuízo de R$ 877 milhões
no terceiro trimestre de 2011 para um lucro de R$ 202 milhões de julho a
setembro deste ano.
Eduardo
Campos busca nomes para sua sucessão em PE
Folha 26.11.2012 - Presidenciável do PSB, governador
analisa até ceder a cabeça de chapa na disputa pelo comando do Estado. Reeleito
em 2010, ele não poderá se candidatar ao mesmo cargo; hoje, não cogita disputar
o Senado.
Ao mesmo tempo em que avalia a possibilidade de
disputar a Presidência em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos
(PSB), busca alternativas para a própria sucessão no Estado.
Reeleito em 2010, ele não poderá se candidatar ao
cargo na próxima eleição. Seu palanque no Estado deverá ser montado com base na
estrutura política que conseguir construir nacionalmente.
Campos não cogita hoje disputar o Senado. Mas
precisa formalizar uma aliança nacional para sustentar uma campanha
presidencial.
A dificuldade do governador, que controla uma
coligação de 14 partidos em Pernambuco, será atrair siglas de médio porte, que
hoje integram a base do Planalto.
A vaga no comando do Executivo estadual tende a
abrir espaços para os acordos políticos. E em nome da viabilidade eleitoral de
Campos, o PSB pode ceder a cabeça de chapa a um eventual aliado.
Na lista dos possíveis candidatos não socialistas,
o nome do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) é o que surge com mais força.
Eleito em 2010 com o apoio de Eduardo Campos,
Monteiro Neto pode ser o elo para uma eventual coligação nacional entre o PSB e
o PTB.
O senador tenta viabilizar sua candidatura a
governador desde 2002. Neste ano, cogitou disputar a Prefeitura de Recife, mas
apoiou Geraldo Julio (PSB), vitorioso escolhido por Campos.
Geraldo nunca havia disputado uma eleição. Foi
escolhido a partir de uma lista de quatro nomes do núcleo duro do governo,
elaborada pelo próprio governador.
Perfil técnoco: Integrante da mesma lista, o
secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, filiado ao PSB, é apontado no meio
político como o favorito de Campos para ocupar o seu lugar.
Homem de confiança do governador, Alencar tem
perfil técnico, mas também nunca disputou uma eleição. Para analistas políticos
ouvidos pela Folha, isso não seria decisivo em um cenário de alta aprovação do
governo e atrofiamento da oposição local.
O PT, que se opôs a Campos na eleição em Recife,
viu seus dois principais nomes no Estado, o senador Humberto Costa e o deputado
João Paulo, serem derrotados de uma só vez em outubro, na chapa petista à
prefeitura.
O PSDB, coligado aos socialistas em vários Estados,
trata Campos como um possível parceiro nacional. Uma eventual composição de
Campos com o senador Aécio Neves pela Presidência já é citada por tucanos como
o prefeito eleito de Manaus, Arthur Virgílio. Antigo desafeto, o senador Jarbas
Vasconcelos (PMDB-PE), também se aliou ao PSB.
Como terceira opção dos socialistas para a sucessão
estadual, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB),
corre contra as dificuldades políticas que enfrenta no cargo.
Após ter seu nome envolvido em denúncias de
irregularidades, ele ainda não conseguiu promover uma agenda positiva no
ministério.
Sua administração luta agora contra a maior seca
das últimas décadas no Nordeste, enquanto a principal vitrine da pasta, a
transposição das águas do rio São Francisco, permanece quase parada.
Cosan quer
ser reconhecida como grupo de infraestrutura e energia
Valor 26.11.2012 - Conhecida internacionalmente
como uma empresa voltada para o agronegócio - a maior produtora de açúcar e
álcool do país, o grupo Cosan quer se consolidar como uma companhia voltada
para infraestrutura e energia.
Marcos Lutz, presidente-executivo da Cosan, afirmou
que muitos analistas ainda acreditam que a companhia está associada ao
agronegócio. Ele ressaltou que a companhia está há alguns meses trabalhando
para mudar essa cultura. "Parte do mercado não entende o movimento tomado
pelo grupo", explicou.
No ano passado, a companhia precisou fazer uma
campanha para explicar a joint venture entre Cosan e Shell, que resultou na
criação da Raízen, negócio de combustíveis e açúcar e álcool do grupo.
A empresa deu passos importantes nos últimos meses
- o último deles foi a compra, por R$ 3,4 bilhões, do controle da Comgás, maior
distribuidora de gás canalizado do país.
"Temos grandes ambições de crescimento",
disse Lutz. "Todo o foco da gestão da companhia está em volta dos três
temas: crescimento em todos os negócios, alocação de capital e disciplina
financeira.”
ALL: Focada na diversificação do seu negócio, o
grupo Cosan deu um passo ambicioso no início deste ano ao fazer uma oferta para
entrar no bloco de controle da ALL (América Latina Logística).
O negócio, contudo, não evoluiu. "Esperamos
divulgar até o fim do ano alguma evolução no sentido de aprovar o
negócio", disse Marcos Lutz. A Cosan está realizando hoje o evento Cosan
Day, no qual apresenta ao mercado os rumos que a companhia está tomando. No
início do ano, a Cosan fez uma oferta para entrar no bloco de controle da ALL,
sem ser o controlador da companhia ferroviária. O negócio, para ser concluído,
depende da aprovação de todos os acionistas. Essa negociação ainda está em
curso.
PF prende 33
por venda de dados sigilosos e crime contra finanças
Valor 26.11.2012 - A Polícia Federal prendeu nesta
segunda-feira 33 pessoas acusadas de participar de duas organizações
criminosas, uma especializada na venda de informações sigilosas e outra voltada
à prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, com atuação em seis
Estados.
A chamada Operação Durkheim também envolveu 87
mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Distrito Federal, Rio de
Janeiro, Goiás, Pará e Pernambuco. Sessenta e sete pessoas serão indiciadas.
Segundo a Polícia Federal, as investigações
começaram em setembro de 2009 com o suicídio de um policial federal em
Campinas, quando foi identificado o possível uso de informações obtidas em
operações policiais para extorquir políticos suspeitos de envolvimento em
fraudes em licitações.
O inquérito chegou a duas organizações criminosas
que atuavam de forma independente mas tinham como elo uma pessoa investigada.
Um dos grupos tinha como atividade principal a
remessa de dinheiro ao exterior, usando atividades de câmbio sem autorização do
Banco Central, de acordo com informações divulgadas esta manhã pela PF.
As evidências também apontaram para uma grande rede
de espionagem ilegal, formada por pessoas com acesso a bancos de dados
sigilosos, entre eles funcionários de empresas de telefonia, bancos e
servidores públicos.
Eles foram identificados como vendedores de
informações sigilosas que se apresentam ao mercado como detetives particulares.
Entre as vítimas está um banco, uma emissora de televisão, além de políticos e
desembargadores.
Cerca de 400 policiais federais participam da
operação. Os mandados de prisão foram
expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Segundo a PF, a operação foi batizada de Durkheim,
intelectual francês, um dos pais fundadores da sociologia, autor do livro “O
Suicídio”, em alusão aos fatos que deram início à operação.
Fabricante
de refrigerante informa percentual de impostos sobre a bebida na embalagem
Infomoney 26.11.2012 - Projeto que prevê que valor
dos tributos sobre produtos esteja na nota fiscal foi aprovado no início do
mês. A fabricante de refrigerantes mineira Frutty passou a informar nos rótulos
de suas embalagens o percentual de tributos cobrados sobre a bebida. A
informação de que 46,78% do preço é destinada a impostos e contribuições tem
como objetivo conscientizar os consumidores.
A medida foi tomada após o governo revogar o
subsídio de 50% do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) concedido aos
refrigerantes que contêm suco de fruta natural. O diretor da empresa, Rogério
Vilela, informou que o subsídio existe desde a década de 80 e que os
consumidores precisavam saber porquais motivos o valor do produto iria
praticamente dobrar.
Medida visa informar o consumidor sobre o quando é
cobrado de tributos sobre o produto
Pesquisa: A Frutty realizou uma pesquisa com os
seus consumidores para contabilizar quanto deles sabiam de quanto era a carga
tributária dos refrigerantes. Segundo Vilela, nenhum dos entrevistados soube
informar o valor dos impostos cobrados.
Nota fiscal: Na última terça-feira (13), foi
aprovado o projeto de lei 1472/07, do Senado, que determina que os comerciantes
coloquem na nota fiscal o valor dos tributos incidentes sobre os produtos e
serviços vendidos.
A Proteste – Associação de Consumidores enviou um
Ofício para a Presidente Dilma Rousseff enfatizando a importância da medida e
pedindo urgência da sanção presidencial.
CVM
facilitará investimento em fundos internacionais
Brasil Econômico 26.11.2012 - Mercado questiona
regra que exige de pessoas físicas aplicação de R$ 1 milhão; mudança deve sair
em 2013.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está
bastante inclinada a aceitar sugestões para ampliar o acesso a aplicações em
fundos internacionais (aqueles formados somente por ativos de outros países).
Hoje, pessoas físicas interessadas nesse tipo de
investimento precisam aplicar no mínimo R$ 1 milhão, segundo rege a Instrução
409.
O mercado acredita que a norma impede a
diversificação e a administração de riscos das carteiras, que são uma
alternativa para quem quer fugir da burocracia ao aplicar diretamente no
exterior, o que é permitido aos brasileiros desde 2006.
A proposta é de que a limitação seja baseada no
volume disponível para aplicar, que deve estar acima de R$ 1 milhão. Essa regra
já é usada para operações com BDRs (Brazilian Depositary Receipts), recibos de
ações americanas negociados na bolsa brasileira.
Outra possibilidade em estudo é permitir o acesso a
esses fundos de investidores que se declarem "qualificados" - com R$
300 mil aplicados. Fontes próximas às discussões dizem que as sugestões foram
bem recebidas pela CVM e a previsão é de que uma delas ou um mix entre as duas
seja adotada em 2013.
"As regras são uma barreira muito alta, mesmo
para clientes do private bank", diz Luiz Sorge, diretor da BNP Paribas
Asset Management. "O investimento mínimo não é saudável, porque pode
promover uma concentração da carteira do cliente e ir contra as normas de
suitability."
O termo em inglês significa a prática de indicar
aos clientes os produtos mais adequados a seu perfil de investidor.
Os fundos internacionais podem ser de prateleira
(onde qualquer cliente pode aplicar) ou exclusivos (sob medida para apenas um
aplicador). Normalmente, eles investem em outros fundos no exterior,
especializados em determinado mercado-alvo e torna a administração mais barata.
"Quando falamos em investimento no exterior,
parece que estamos oferecendo algo mais arriscado, e não é isso
necessariamente. Se pegarmos o histórico de volatilidade do S&P 500 dos
últimos 12 meses, em reais, está menor do que o do Ibovespa", diz Sorge.
O pleito para as mudanças está sendo feito pela
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais
(Anbima), que não quis comentar o teor das conversas para não comprometer o
trato com a CVM.
Já a autarquia afirmou, em nota, que analisa o
pedido da associação sobre as regras de qualificação do investidor, que podem
ser alteradas, caso sejam julgadas pertinentes. A última reunião sobre o tema
foi em 19 de outubro, com a presença de representantes de ambas as partes.
Giuliano De Marchi, diretor para o Brasil da
AllianceBernstein Administradora de Carteiras, explica que a flexibilização dos
critérios é um processo gradual.
"A escolha por começar pelos clientes de alta
renda se justifica pelo fato de eles serem, teoricamente, mais educados
financeiramente. Não podemos supor que uma pessoa que aplica na poupança passe
a investir em fundos com ativos da China da noite para o dia. Precisa de tempo
para haver essa migração", afirma o executivo.
O interesse em diversificar o portfólio se dá em um
momento em que os juros reais estão no patamar mais baixo dos últimos 12 meses,
o câmbio está mais valorizado se comparado com o início da crise financeira e a
performance da bolsa local sofre com os humores do mercado externo.
"Daqui a um tempo, vai ser normal a pessoa
investir não só nas blue chips, mas também em ativos americanos",
acrescenta.
Carlos Takahashi, presidente da gestora da BB DTVM,
diz que as mudanças são saudáveis. "Vai contribuir para a pulverização e,
consequentemente, redução dos riscos. Se isso for aprovado, o BB vai querer
surfar nessa onda de fundos internacionais", afirma.
Ele acrescenta que, em algum momento, também a
regra de que fundos multimercados podem investir apenas 20% em ativos no
exterior deve mudar. "É uma evolução natural."
UBS recebe
multa de £ 29,7 milhões
Brasil Econômico 26.11.2012 - O UBS recebeu uma
redução de 30% do valor da multa porque aceitou rapidamente um acordo com a
FSA.
Kweku Adoboli, de 32 anos, foi condenado por um
tribunal de Londres a sete anos de prisão por ter provocado perdas de US$ 2,3
bilhões ao UBS.
A Autoridade Britânica dos Mercados Financeiros
(FSA) anunciou nesta segunda-feira uma multa de £ 29,7 milhões (US$ 47,5
milhões) ao banco suíço UBS por não ter detectado as enormes perdas provocadas
pelo ex-corretor Kweku Adoboli.
Na terça-feira da semana passada (20/11), Kweku
Adoboli, de 32 anos, foi condenado por um tribunal de Londres a sete anos de
prisão por ter provocado perdas de US$ 2,3 bilhões ao UBS.
"As insuficiências nos sistemas e nos
controles revelaram graves fragilidades nos procedimentos do grupo, seus
sistemas de gestão e seus controles internos", afirma a FSA em um
comunicado.
O UBS recebeu uma redução de 30% do valor da multa
porque aceitou rapidamente um acordo com a FSA. Em caso contrário, a multa
seria de £ 42,4 milhões.
Venda de aço
plano sobe 8,1% em outubro ante 2011
Valor 26.11.2012 - A venda de aço plano pela rede
de distribuição alcançou em outubro 401,2 mil toneladas, o que significou um
aumento de 8,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, divulgou nesta
segunda-feira (26) o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na
comparação com o mês imediatamente anterior, o incremento foi de 13,4%. Já as
compras dos distribuidores durante o mês passado nas siderúrgicas subiram
13,8%, para 388,8 mil toneladas. Em relação a setembro, houve um crescimento de
14,1%.
Com esse desempenho, o giro de estoques da rede
caiu de 2,7 meses em setembro para 2,3 meses em outubro, de acordo com
levantamento realizado pelo Inda. Esse é o menor índice desde março de 2010. Em
volume, os estoques caíram 1,3% em outubro em relação a setembro, para 936,9
mil toneladas. Ante outubro de 2011, o estoque caiu 8% em volume. Já a
importação de aço plano comum, segundo o Inda, fechou outubro em 108,2 mil
toneladas, recuo de 38,8% ante setembro e de 8% ante outubro de 2011.
No acumulado de janeiro a outubro, as vendas
aumentaram 1,4%, se comparadas a igual período de 2011, totalizando 3,65
milhões de toneladas. As compras no período somaram 3,59 milhões de toneladas,
acumulando um aumento de 5,1% frente a 2011. No mesmo período deste ano, houve
redução de 8,2% das importações em relação a igual período de 2011, para 1,456
milhão de toneladas. Para novembro, a projeção do Inda é de queda de 7% das
vendas da cadeia em relação ao mês anterior. Em relação às compras, a
expectativa é de estabilidade.
BG
continuará a investir no país
Valor 26.11.2012 - Gould, presidente do conselho da
BG: "O dinheiro da venda da Comgás [R$ 3,4 bilhões] será todo reinvestido
no Brasil".
A britânica BG Group vai reinvestir no Brasil os R$
3,4 bilhões (US$ 1,7 bilhão) obtidos com a venda da participação societária do
grupo na Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) para a Cosan. "O dinheiro
da venda da Comgás será todo reinvestido no Brasil", disse Andrew Gould,
presidente do conselho de administração da BG. A empresa é uma das principais
parceiras da Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos. Gould assumiu o cargo em
maio e tem como desafio de curto prazo encontrar o substituto para o presidente-executivo
da companhia, Frank Chapman, que se aposenta em 2013.
A venda para a Cosan dos 60% que a BG tinha na
Comgás se insere em decisão estratégica global do grupo britânico de sair de
ativos nas áreas de transmissão e distribuição de gás, bem como de geração
elétrica. O movimento busca concentrar investimentos na exploração e produção
de petróleo e gás, em especial no Brasil e na Austrália, países onde a BG
concentra esforços. "Se todas as transações que anunciamos tiverem sido
concluídas, teremos atingido nossa meta de [obter] US$ 7,6 bilhões até meados
de 2013", disse Gould. Ele esteve no Brasil na semana passada para
reuniões com a diretoria da BG Brasil e da Petrobras e manteve encontros com
autoridades do governo, em Brasília.
Os US$ 7,6 bilhões serão usados, em grande parte,
nos projetos do Brasil e da Austrália. Na Austrália, a empresa investe em gás
de carvão para liquefação e foca na exportação. No Brasil, os investimentos
estão voltados para a produção de petróleo. A empresa tem como meta produzir no
Brasil 600 mil barris de óleo equivalente por dia (BOE) em 2020, quando planeja
tornar-se a segunda maior produtora de petróleo do Brasil, atrás da Petrobras.
Para atingir essa meta, a BG anunciou investimentos de US$ 30 bilhões até o fim
da década, sendo que mais de US$ 5 bilhões já foram investidos. Em 2011, a
receita do grupo BG foi de US$ 21 bilhões e o lucro líquido chegou a US$ 4,2
bilhões.
O crescimento da BG no Brasil também passa por
analisar novas oportunidades. "Se houver nova rodada [de licitação] para
exploração offshore, tenho certeza de que a BG teria interesse de
participar", disse Gould. O investimento exigido em exploração e produção
será garantido, em parte, com as vendas de ativos. Gould citou como exemplos de
desinvestimento, além da Comgás, a venda do negócio de geração elétrica nas
Filipinas, os ativos de transmissão e distribuição na Índia e um terminal de
regaseificação no Chile. A BG também fechou acordo para vender sua participação
na Gas Argentino, controladora da distribuidora de gás MetroGas. O programa de
desinvestimento foi concluído, segundo Gould, com a venda de parte do projeto
de gás natural em Queensland, na Austrália, para a chinesa CNOOC.
Mesmo com a venda da Comgás, existe possibilidade
de a BG Brasil vir a fornecer gás natural do campo de Lula, na Bacia de Santos,
para a distribuidora paulista de gás. Em nota, a BG afirmou: "A BG vem
mantendo constantes entendimentos com a Comgás - bem como com outras
distribuidoras - sobre a possibilidade de fornecimento de gás natural. Existem
ainda incertezas quanto ao volume de gás natural oriundo de Lula que estará
efetivamente disponível para comercialização. Esta incerteza advém do fato de
que ainda estão em estágio inicial os testes para definição da quantidade de
gás que será necessária para reinjeção no campo, visando otimizar a produção de
petróleo. Esta informação é fundamental para que as partes possam progredir nos
entendimentos."
O campo de Lula é uma das cinco áreas nas quais a
BG tem participação no pré-sal da Bacia de Santos. As outras são Iracema,
Sapinhoá, Iara e Carioca. Gould disse que a empresa não tem planos de vender
ativos no pré-sal. Em 2011, surgiram rumores de que a BG iria vender ativos de
exploração. Em resposta à pergunta se a hipótese de venda no pré-sal chegou a
ser considerada, Gould afirmou: "Creio que nós talvez tenhamos testado o
mercado, mas ninguém chegaria próximo do que nós achávamos que era o valor dos
ativos. Portanto, nós retiramos [a ideia] do mercado. E no momento não há
nenhum plano para vender qualquer dos ativos do pré-sal."