terça-feira, 31 de julho de 2012

Azul.CA 31.07

Daily News

 

Xstrata aumentará produção de cobre na Austrália

Reuters 31.07.2012 - A mineradora global Xstrata vai aumentar a produção de cobre na Austrália em 140 mil toneladas nos próximos cinco anos em uma nova mina, disse nesta terça-feira a companhia.
A produção virá da mina de Mount Margaret, da própria Xstrata, que a comprou no ano passado por 175 milhões de dólares australianos. O processamento para exportação será em um projeto maior da companhia, o Ernest Henry, também na Austrália. Além do cobre, a Xstrata prevê que a Mount Margaret renderá 560 mil toneladas de minério de ferro e 83 mil onças de ouro ao longo desses cinco anos.
Ao contrário de muitas concorrentes, como Vale, Rio Tinto e BHP Billiton, que contam com o minério de ferro para uma maior parte da receita, a Xstrata tem poucos ativos relacionados à commodity.


Fragrâncias singulares para ambiente impulsionam os negócios da Avatim

Valor 31.07.2012 - Uma mistura de cravo e canela que, não por coincidência, recebeu o nome de Gabriela. O perfume ganhou fama não só em Ilhéus, cidade baiana onde a personagem de Jorge Amado ganhou vida, mas em todo o Brasil. Gabriela é apenas uma dentre as dezenas de essências desenvolvidos pela Avatim (que significa cheiros da terra, em tupi guarani), empresa especializada em perfume de interiores, aberta em 2002, por Mônica Burgos. A expectativa é faturar R$ 21 milhões este ano, 40% além do que em 2011. São mais de 670 pontos de venda em todo o país, 580 distribuidores, 14 franqueadas, quatro próprias e cinco em fase de abertura.
Nascida na Bahia, advogada de formação, Mônica decidiu entrar no ramo de perfumes após conhecer um comerciante de essências, nos anos 90. "Naquela época, havia dificuldade em encontrar perfumes próprios para ambientes. Foi quando me indicaram um comerciante de Teresópolis, no Rio, que fabricava aromatizantes de forma artesanal."
Com a ajuda de um amigo que virou sócio, César Fávero, e da irmã bioquímica, Mônica passou a criar as próprias fórmulas. A Avatim nasceu com oferta de 20 aromas para ambientes que, pouco tempo depois, também eram encontrados em forma de água para passar roupa.
Instalada em uma fazenda de cacau, em uma reserva ambiental particular de Mata Atlântica com 150 mil m2 entre Ilhéus e Itabuna, a Avatim faz 16 linhas de produtos, entre perfumes para interiores, difusores de ambientes, água perfumada para roupas, sachês, sais e gel espumante para banho, sabonetes, óleos, hidratantes e velas. No total são 37 diferentes fragrâncias, entre misturas muito brasileiras como a dupla cravo e canela, cascas e folhas, pitanga, alecrim e marruá.
A primeira loja abriu as portas em 2008, em Vitória (ES). Depois veio a loja-piloto de Salvador e atualmente são mais de 10 endereços em cidades como Brasília, Cuiabá, Feira de Santana, Itabuna, Rio de Janeiro, Uberlândia e São Paulo. "Em Ilhéus, a Avatim fica parede com parede com o Bar Vesúvio, eternizado na literatura de Jorge Amado, o que atrai a clientela, principalmente de turistas estrangeiros", diz. "Tornou-se uma das lojas de maior retorno da marca."
Paralelamente, a indústria desenvolve, dentro do conceito de marketing sensorial, perfumes exclusivos para mais de 800 clientes especializados, como o Hotel Copacabana Palace, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Odebrecht, a Peugeot e a Petrobras.
Com média de crescimento acima de 40% ao ano, a empresa da Bahia quer ter 50 unidades franqueadas até 2013.

Lucro líquido da Ambev cresce 5,4% no 2o tri

Reuters 31.07.2012 - A Ambev teve lucro líquido de 1,93 bilhão de reais no segundo trimestre, alta de 5,4 por cento sobre o mesmo período do ano anterior, informou a empresa nesta terça-feira, acrescentando que pode rever investimentos no Brasil em 2012 após aumento de impostos sobre o setor. No acumulado de semestre, o lucro líquido somou 4,28 bilhões de reais, avanço de 9,1 por cento na comparação anual.
A receita líquida da Ambev cresceu 17,4 por cento no segundo trimestre, para 6,8 bilhões de reais. Na primeira metade do ano, esse dado totalizou de 14 bilhões de reais, alta de 13,6 por cento.
A venda total em volume avançou teve alta anual de 3,3 por cento no segundo trimestre, enquanto o custo de produtos vendidos por hectolitro passou de 55,8 reais no segundo trimestre de 2011 para 61,5 reais no trimestre passado, um aumento de 10,2 por cento.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saltou 14,3 por cento, para 2,95 bilhões de reais, no segundo trimestre sobre um ano antes. A margem no período, porém, recuou, de 44,4 para 43,2 por cento.
"Com relação às nossas perspectivas para o Brasil, continuamos acreditando que o crescimento de volume no ano deverá ser maior do que no ano passado, e continuaremos buscando um maior equilíbrio entre preço e volumes do que o observado em 2011", afirmou a empresa no balanço.
A companhia informou ainda que "devido ao aumento nos impostos federais no Brasil a partir de outubro de 2012, a magnitude dos nossos investimentos no país em 2012, que estavam inicialmente planejados para ser de até 2,5 bilhões de reais, poderá ser revista".
Em maio, o governo reajustou os valores de cerveja, refrigerante, água e isotônicos sobre os quais incide a cobrança dos tributos federais PIS, Pasep, Cofins e IPI. Essa nova tabela entra em vigor a partir de 1o de outubro.

Mais de 40% dos brasileiros já se conectam com velocidade acima de 2 Mbps

Tela Viva 30.07.2012 - O número de internautas residenciais brasileiros ativos com conexões de mais de 2 Mbps chegou a 16,8 milhões em junho deste ano, o equivalente a 40,5% de todos os usuários ativos de Internet em domicílios, estimados em 41,5 milhões pelo Ibope Nielsen Online. O número de usuários com mais de 2 Mbps praticamente dobrou, cresceu 91% em relação a junho do ano passado, quando somava 8,8 milhões de pessoas. O grupo dos que usam mais de 8 Mbps já é de 5,2 milhões de pessoas, ou 12,6% do total de usuários residenciais ativos. Os dados são do levantamento NetSpeed Report, que considera um universo de 64,9 milhões de pessoas que moram em residências que têm acesso à Internet no Brasil e ainda um número total de pessoas com acesso à Internet no País em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) de 82,4 milhões no primeiro trimestre de 2012.
Banda não tão larga: Levando em conta apenas os usuários ativos com Internet em suas residências (41,5 milhões de pessoas) o estudo indica ainda que diminuiu a quantidade de usuários em conexões de menor capacidade, mas o montante ainda é elevado: 24,3 milhões (58,6%) ainda navegam a velocidades até 2 Mbps e os acessos com velocidade de até 512 kbps, que em países desenvolvidos nem são considerados banda larga, ainda são 6,1 milhões (14,7%). Em junho de 2011, o número dos que usavam até 512 kbps era de 10 milhões, uma redução anual de 39%, e conexões ativas com até 2 Mbps eram de 27,7 milhões, queda de 12,2%.
Ainda de acordo com o NetSpeed Report, os usuários de mais de 2 Mbps são os que ficam mais tempo na frente do computador e os que abrem mais páginas na internet.

Provedores de Internet iniciam conversa com a NeoTV para a compra de programação

Tela Viva 30.07.2012 - A Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) já iniciou um contato com a associação NeoTV para a aquisição de programação, agora que os pequenos provedores poderão prestar serviço de TV por assinatura. Segundo o presidente da associação, Wardner Maia, ainda não existe nenhum contrato formal com a associação, mas o caminho para os pequenos conseguirem a programação – que é o maior custo de uma empresa de TV por assinatura – certamente passa por um consórcio, seja entre eles ou com uma associação que já tem esse objetivo.
Para Maia, ainda são poucos os pequenos provedores que obtiveram a licença do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), mas esse número deve crescer “exponencialmente” assim que surgirem os primeiros casos de sucesso. O superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Anatel, Marconi Maya, estima que a agência já tenha concedido cerca de dez outorgas de SeAC aos pequenos provedores. Entre eles, está o provedor Via Real, de Conselheiro Lafayte (MG), cujo serviço de TV por assinatura deve entrar em operação até o final do ano.
“O SeAC nos permite entrar no jogo dos combos do qual nós não participamos hoje e justifica o investimento em uma rede de fibra”, afirma Marcelo Siena, que é representante dos pequenos provedores no Conselho Consultivo da Anatel. Segundo Marconi Maia, da Anatel, hoje existe oferta combinada de TV e banda larga basicamente onde existem as empresas de cabo, algo em torno de 400 municípios. O superintendente explicou que a expansão da área de abrangência do serviço não exige que o provedor apresente um novo projeto técnico para a Anatel. Basta que ele licencie a estação e recolha as taxas do Fistel. Isso é importante, já que na regulamentação do SeAC o provedor pode optar por prestar o serviço em uma área restrita a um ou dois bairros de um município.
O presidente da Anatel, João Rezende, lembrou que a entrada dessas empresas no segmento de TV por assinatura exige que elas cumpram todas as regras da Lei 12.485, que criou o SeAC, entre elas o carregamento de canais obrigatórios. Segundo ele, o segmento de TV por assinatura está crescendo muito impulsionado pelas operadoras de DTH, “mas queremos que isso seja puxado por cabo, porque o cabo leva banda larga junto”. As declarações foram dadas no 4º Encontro Nacional da Abrint.

Claro entrega plano de investimento de R$ 5,8 bi até 2013

Estadão 30.07.2012 - Presidente da operadora prevê que a companhia estará liberada para vender chips antes do Dia dos Pais, uma das principais datas do comércio. Com as vendas de chips suspensas em três Estados, a Claro colocou na mesa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um plano de investimento de R$ 5,8 bilhões até o final de 2013. Além dos R$ 3,5 bilhões já anunciados para 2012, a companhia orçou mais R$ 2,3 bilhões para o ano que vem. Em entrevista exclusiva à Agência Estado, o presidente da operadora, Carlos Zenteno, revelou que a Claro vai antecipar investimentos no País para atender às exigências de qualidade do órgão regulador.
"Vamos ter que adiantar investimentos. (...) É muito importante ressaltar que nesse valor não está incluído todo o investimento em 4G que faremos", afirmou. A Claro foi suspensa pela Anatel de comercializar chips em São Paulo, Sergipe e Santa Catarina. Na última sexta-feira, Zenteno foi chamado a Brasília para participar de mais uma rodada de negociações com a agência reguladora do setor. Com 310 páginas, o plano de ação apresentado pela Claro à Anatel já está em sua quarta versão. Mas, desta vez, o presidente deixou Brasília bem mais otimista.
"Esperamos ter boas notícias nos próximos dias", previu. E completou: "Não tivemos nenhum comentário adicional. (...) Entendemos que esse plano já é o final, não deve ter mais mudanças", afirmou. Sem novos questionamentos pela Anatel, Zenteno acredita que a companhia estará liberada para vender chips antes do Dia dos Pais, uma das principais datas do comércio.
Outra estratégia da companhia para demonstrar o interesse na melhoria do serviço foi detalhar para Anatel o investimento na construção de um cabo de fibra óptica que irá do Rio de Janeiro até Miami, passando por Fortaleza, para funcionar em 2013. Orçado em R$ 988 milhões, o cabo, segundo o executivo, deixa a companhia mais preparada para atender ao crescimento de demanda esperado para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 no Brasil.
Por conta desses eventos, Zenteno acredita que a Anatel optou por cobranças mais amplas ao analisar o plano de ações da operadora. Tanto que foi preciso elaborar um documento detalhando todo o investimento mensal que será feito em cada Estado brasileiro até 2013. "É um relatório extenso. Tem Estado por Estado e cada investimento que faremos mensalmente", afirmou.
Com essa estratégia, observou, a Anatel quer evitar problemas de comunicações durante os grandes eventos internacionais no país, em especial na Copa das Confederações, já marcada para o ano que vem. O presidente adiantou que o documento contém ainda o compromisso da empresa de ter indicadores de qualidade por Estado. Os dados, segundo ele, devem ser disponibilizados ao público pelo órgão regulador.
Perdas: Zenteno admite que as perdas serão grandes com a suspensão das vendas, especialmente no mercado paulista. "A suspensão incluiu o principal mercado do país. O perfil de consumo de São Paulo é o mais elevado", disse. Zenteno lamentou o critério de punição da Anatel para a Claro, que se baseou apenas na qualidade do atendimento de call center. Segundo ele, a operadora atingiu todos os indicadores de desempenho de rede exigido pela Anatel nos últimos meses.
"Nós fomos bastante afetados com os critérios (escolhidos pela Anatel). Não foi um problema com a qualidade da rede", afirmou. Para Zenteno, a entrada em operação de um novo call center inteligente em setembro vai melhorar muito a qualidade do atendimento prestado pela Claro aos clientes. O novo call center vai consumir R$ 15 milhões em investimentos.

Marca branca" de TV paga é questão comercial, diz Anatel 

Teletime 30.07.2012 - Pequenos provedores de Internet estão sendo procurados por algumas companhias de DTH para que, através de uma parceria, possam acelerar a sua entrada no mercado de TV por assinatura e se livrar do alto custo de programação.
Para as empresas de DTH esse tipo de acordo acelera a formação rápida de uma base de clientes, uma vez que o provedor já tem um relacionamento com seus clientes de banda larga. Além disso, toda a parte de call center, instalação e manutenção ficaria a cargo do provedor. Para o provedor, a grande vantagem é a de não ter de negociar a compra de conteúdo, negócio em que ele não tem nenhuma experiência. Além disso, livra o pequeno provedor de negociar capacidade satelital para receber a programação, o que também tem custo elevado. No mercado, esse tipo de operação vem sendo chamado de “marca branca”.
Do ponto de vista regulatório, a Anatel não se opõe. O superintendente de comunicação de massa, Marconi Maya, afirma que trata-se de um acordo comercial e, por isso, não precisa ser regulamentado. Ele alerta, entretanto, que nesse caso o cliente pertence à operadora de DTH, que deve ter a licença do SeAC. O provedor seria como um revendedor do serviço.
O modelo já foi adotado no passado pela Telefônica com a DTHi, que resultou no serviço Você TV e permitiu que a tele entrasse no mercado antes de ter sua operação própria de DTH. Agora, a mesma DTHi começa a procurar os provedores com o objetivo de retomar esse modelo. Uma das empresas procuradas foi a Unotel, que tem como acionistas provedores de banda larga. A Unotel chegou a assinar um contrato temporário com a DTHi no começo de março, mas um mês depois resolver recuar.
O diretor financeiro da Unotel, Marcio Faria, explica que se tratava de um contrato tripartite entre a Unotel a DTHi e depois, individualmente, entre cada provedor interessado e a Unotel. Segundo ele, uma operação de DTH só se sustenta com no mínimo 500 mil assinantes, daí o interesse da DTHi em procurar os provedores.
O contrato foi rescindido, contudo, porque segundo Faria, porque a Unotel queria ter a governança da operação. O grande problema desse tipo de parceira, explica ele, é que o cliente é da empresa de DTH e, por isso, em uma troca de parceiro, o provedor pode se ver sem cliente nenhum de TV por assinatura. Segundo ele, além da DTHi outras empresas como a GVT e a Algar Telecom têm interesse em explorar esse modelo.

Confirme Online cresce 80% no 1º semestre

Ecomercenews 30.07.2012 - O Confirme Online, empresa de tecnologia que oferece soluções em banco de dados, cresceu quase 80% em números de acessos no primeiro semestre de 2012, em comparação ao mesmo período nos dois últimos anos. Os números consolidados acabam de ser divulgados pela organização que é uma das maiores com capital nacional.
No primeiro semestre de 2010 a empresa negociou 53 milhões de acessos em sua base de dados. Em 2011 esse número subiu para 73 milhões de acessos. Já em 2012 os acessos somaram 73 milhões, um recorde. Os valores contemplam os meses de janeiro a junho e não contabilizam os arquivos enviados por serem sigilosos, conforme contrato estabelecido com os clientes. “Desde 2010 percebemos que a mudança nos hábitos dos clientes mexeu com as estruturas do Confirme Online. De forma rápida e atenta ao mercado nos adaptamos. O resultado desta mudança está no crescimento da empresa que viu suas demandas e faturamento crescerem de forma fantástica, em pouco tempo”, diz o CEO Mauro Melo.
Ele destaca ainda que o alto desempenho poderia ser ainda maior, mas a empresa adotou uma estratégia comercial diferenciada no mercado. “Trabalhamos apenas com as vendas passivas, ou seja, ainda não há trabalhos de marketing ativo. Afinal, nossa preocupação não é somente aumentar o numero de clientes, mas oferecer qualidade nos serviços prestados. Nossas parcerias vão além de contratos, queremos não somente oferecer consultas, mas apresentar soluções que venham a dar qualidade nas informações obtidas”, comenta.
Investimentos: Para se preparar para vendas cada vez mais complexas e demoradas, a empresa ampliou o treinamento da equipe de vendas. “Além disso, investimos em infraestrutura, equipamentos, softwares e na equipe de TI. Nossos clientes perceberam essas mudanças e investimentos. O resultado mais positivo deste processo foi a conquista e a fidelização de antigos e novos clientes”, afirma Rafael Ferreira, coordenador de marketing.
Para manter os clientes bem informados, a empresa tem investido maciçamente em comunicação. “Estamos atentos a todas as mudanças no mercado, participando das redes sociais, ampliando nossa equipe de comunicação, ficando de vez bem próximos aos nossos clientes”, conta Mauro Melo.
O CEO afirma ainda que a projeção é de crescimento contínuo para o próximo semestre. “O Brasil apresenta a cada dia um potencial enorme de consumidores que estão saindo da classe D para C. Esses consumidores precisam de segurança. Não trabalhamos somente para os bancos, financeiras, cartões, Call Center etc…Trabalhamos principalmente como filtro para um consumidor moderno que se apresenta e sai do anonimato para o mercado de consumo”, comenta.

G2C sucede a Net Brasil na representação e comercialização de conteúdos Globosat

Tela Viva 30.07.2012 - A Globosat anuncia na próxima terça-feira, dia 31, que todos os seus conteúdos passarão a ser representados e comercializados pela G2C - Globosat Comercialização de Conteúdos S.A. A nova empresa sucede a Net Brasil com a mesma equipe de profissionais, tendo Fernando Ramos como diretor executivo.
A G2C fica responsável pela comercialização de todos os conteúdos da Globosat para o mercado por assinatura nos seus diversos tipos de tecnologias e plataformas de distribuição. Entre as empresas atendidas pela G2C, além dos distribuidores de TV por assinatura, estão outras empresas que atendam o consumidor com produtos audiovisuais tais como TV móvel, smart TVs, plataformas web e mídia digital exterior (out of home).
O portfólio representado pela G2C é composto por todos os canais e joint ventures da Globosat: GNT, SporTV, SporTV2, SporTV3, Multishow, Viva, Telecine Premium, Telecine Action, Telecine Touch, Telecine Fun, Telecine Pipoca, Telecine Cult, Universal Channel, Syfy, Studio Universal, Globo News, Canal Brasil, Megapix, Futura, Gloob, Premiere FC, PFC, BBB, Combate, Sexy Hot, For Man, Playboy TV, Venus, Private, Sextreme, Globosat HD, Bis, OFF e plataformas de conteúdo on demand (Muu, Philos, Telecine Play, Telecine ON e PremiereFC.com).

Espanhola Agritecno desembarca no Brasil

Valor 31.07.2012 - Miguelangelo Basso, diretor da Aspebio/Agritecno: demanda por fertilizantes especiais deve aumentar no Brasil.A Agritecno, empresa espanhola que atua no segmento de aminoácidos e micronutrientes para o setor agrícola, desembarcou no Brasil por meio de uma joint venture com a Aspebio Brasil Comércio e Importação de Agroquímicos. A nova companhia aportou no país com perspectivas positivas de crescimento na comercialização de fertilizantes especiais que otimizam a nutrição das plantas. A meta é aumentar em dez vezes o faturamento com as vendas no Brasil em cinco anos.
A Aspebio atua como uma subsidiária da Agritecno, que está presente em cerca de 40 países e pertence ao também espanhol grupo Dadelos, fabricante e distribuidor de matérias-primas para as indústrias alimentícia e animal e de formuladores de fertilizantes. Considerada uma companhia de médio porte no segmento, a Agritecno fatura cerca de € 30 milhões por ano, de acordo com Miguelangelo Barros Basso, diretor de vendas e operacional da Aspebio/Agritecno.
Basso conta que a empresa espanhola foi criada há nove anos de olho em fertilizantes de alta concentração "complexados" com aminoácidos, que são produzidos a partir de cereais. O processo de "complexar" os produtos consiste em evitar a perda de nutrientes por parte da planta. Os dez produtos de solo e foliares comercializados no Brasil ainda são importados.
O diretor da Aspebio/Agritecno expõe que a meta é vender neste primeiro ano no Brasil cerca de R$ 5 milhões, com volume de 200 mil litros dos produtos - 2% das exportações totais da Agritecno, de 10 milhões de litros. As operações começaram oficialmente em dezembro de 2011, embora o processo de registro de produtos tenha começado há três anos. O plano é crescer 900% daqui a cinco anos e atingir R$ 50 milhões em vendas no país.
Basso acredita que a demanda por estes produtos tende a aumentar, já que, na sua avaliação, somente com o uso de fertilizantes especiais e com manejo especializado de pragas e doenças é possível ter grandes saltos na produtividade agrícola. A estratégia também permite o cultivo de duas a três safras de ciclo curto por ano.
O mercado de fertilizantes especiais e outros produtos de nutrição cresceu a uma taxa de 10% nos últimos dez anos no Brasil, segundo Gilberto Pozzan, diretor de fertilizantes foliares da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). A associação deve fazer um levantamento mais preciso sobre o mercado, que chegou a ser estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões ao ano somente o segmento de micronutrientes.
Pozzan explica que, além dos micronutrientes, os extratos vegetais e os aminoácidos contribuem para uma melhor defesa vegetal e para o equilíbrio da nutrição da planta, como vitaminas. Ele lembra que o segmento tem atraído investimentos de fundos e empresas de defensivos.

Integração de ativos da BRF pela Marfrig na etapa final

Valor 31.07.2012 - David Palfenier, CEO da Seara Brasil: empresa teria de investir “centenas de milhões de reais” para fazer frente à demanda se não fosse a troca de ativos.
Quase dois meses após assumir as primeiras unidades previstas no acordo de troca de ativos com a BRF - Brasil Foods, a Marfrig começou a capturar um potencial até então represado de sua principal divisão no país, a Seara Brasil, num processo que pode agregar até R$ 1,7 bilhão por ano ao seu faturamento. À espera da nova capacidade produtiva desde o fim do ano passado, quando o acordo com a BRF foi anunciado, a empresa já atingiu a capacidade máxima de produção de pizzas e presuntos.
"Estava no limite da minha capacidade de produção há vários meses", disse ao Valor o CEO da Seara Brasil, David Palfenier. Segundo ele, a empresa teria de investir "centenas de milhões de reais" para fazer frente à demanda pelos produtos da marca Seara não fosse a troca de ativos, que já entrou em sua etapa final.
Depois de receber três fábricas em junho e outras cinco no início deste mês, a Seara Brasil assume amanhã as duas últimas fábricas previstas no acordo. As dez unidades integram o conjunto de ativos - que incluem ainda oito centros de distribuição e 13 marcas - que a BRF precisou vender para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizasse sua criação, fruto da incorporação da Sadia pela Perdigão, em 2009. "Você sempre espera uma grande falha numa operação dessa magnitude, mas as fábricas estão entrando muito bem, ainda que uma máquina ou outra precise de ajuste", afirmou o executivo.
Um dos casos mais emblemáticos para a Seara é a produção de pizza. Fabricada por terceiros até então, a empresa agora produz 900 toneladas de pizza por mês, capacidade máxima da fábrica de Lajes (SC). "Nós já produzimos mais do que a BRF fazia quando assumimos a fábrica", revela o executivo. Antes da incorporação da unidade catarinense, a Seara comprava cerca de 100 toneladas por mês. A troca de ativos permitiu que a Seara mantivesse a produção da marca Rezende, que pertencia à BRF, em torno de 200 toneladas por mês, e ampliasse a produção com a marca Seara para 700 toneladas.
Palfenier destaca, ainda, os bons resultados da produção de presunto, que também já opera com capacidade máxima em Carambeí (PR), onde a Seara assumiu as operações julho. "O mercado de presunto absorve toda nossa produção", diz ele. A unidade de Carambeí tem capacidade para produzir cerca de 26 mil toneladas de presunto por ano. No caso do presunto, o acordo com a BRF prevê, ainda, a instalação de uma nova linha de produção, com capacidade para 30 mil toneladas, em local a ser definido.
Com as fábricas que serão assumidas amanhã, a Seara Brasil mais que dobrará de capacidade, passando das 34,3 mil toneladas anteriores à incorporação dos novos ativos para 72,3 mil toneladas. A Seara elevará sua capacidade diária de abate de frangos de 2,5 milhões para 3 milhões, e a de suínos de 11,2 mil toneladas para 13,7 mil toneladas. "Entendemos que os ativos da BRF podem acrescer R$ 1,7 bilhão ao faturamento", diz o executivo.
Em 2011, a Seara Foods, divisão que inclui a Seara Brasil, registrou receita líquida de R$ 14,2 bilhões. A Seara Brasil é responsável por 60% desse faturamento. Ao todo, a Marfrig apurou uma receita líquida de R$ 21,8 bilhões no ano passado. Se conseguir atingir as melhores expectativa, a companhia ampliará sua fatia no mercado de industrializados de carne de 9% para 21%.
Além de ganhar musculatura, a empresa fortalecerá sua estratégia de crescimento em alimentos processados, de maior valor agregado. Segundo Palfenier, os ativos comprados da BRF ampliam a participação dos processados no faturamento da empresa, passando de 52% para 63%. "É um segmento menos sujeito às oscilações da commodities e que traz margens melhores", afirma.
Os novos ativos também auxiliarão na recuperação de impostos. Isso porque 95% do volume produzido na estrutura da BRF é destinado ao mercado interno. Com isso, a empresa poderá monetizar os créditos tributários gerados nas exportações, uma das dificuldades da Marfrig no primeiro trimestre deste ano. "No mínimo, vamos deixar de acumular crédito fiscal", diz Palfenier. Entre janeiro e março, a Marfrig ampliou em R$ 145 milhões o montante de impostos a recuperar, para R$ 2,3 bilhões.
Além do fortalecimento da própria marca Seara, que "será a grande beneficiada", a companhia pretende ampliar o raio de atuação das 13 marcas até então geridas pela BRF - amanhã, a Marfrig também assumirá a gestão das marcas Texas, Tekitos, Patitas, Escolha Saudável, Light Ellegant, Fiesta, Freski, Doriana e Delicata. "Algumas marcas vão ganhar uma dimensão bem maior do que na BRF", afirma Palfenier, citando as marcas Escolha Saudável, Rezende, Confiança e Fiesta.
Com a transferência de todas as marcas e fábricas previstas, a restará o oitavo e último centro de distribuição, que deve passar às mãos da Marfrig em novembro.

Com maior sinistralidade, ganhos da SulAmérica caem 86,8%

Brasil Economico 31.07.2012 - Menezes: "principais motores de crescimento do mercado continuam se mostrando potencialmente favoráveis".
Seguradora registrou aumento de 13,9% nos prêmios, mas elevação das despesas assistenciais e menor contribuição do resultado financeiro afetaram o lucro.
Com um aumento de 18,6% no segmento de seguro saúde e odontológico, os prêmios de seguros da SulAmérica avançaram 13,9% no segundo trimestre de 2012, atingindo R$ 2,592 bilhões.
Os segmentos de automóveis, ramos elementares e pessoas tiveram expansões de 5,6%, 1,6% e 4,6%, respectivamente, nos prêmios.
Por sua vez, o índice de sinistralidade (razão entre a despesa assistencial e receita de contraprestações) aumentou 2,6 pontos percentuais, passando de 78,7% para 81,3%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2012, a alta foi de 5,6 p.p.
"Este é um trimestre em que o comportamento da sinistralidade habitualmente reflete os efeitos da sazonalidade, especialmente no seguro saúde, mas que foi de certa forma agravado pelo ambiente competitivo no segmento de automóveis, também impactado pelo aumento na frequência de roubos e furtos de veículos", explicou Thomaz Cabral de Menezes, diretor presidente da SulAmérica, nas demonstrações financeiras da empresa.
O número de beneficiários de saúde e odontológico aumentou 9%, para 2,5 milhões, enquanto as vidas seguradas aumentaram 5,4%, para 2,366 milhões. Já a frota segurada caiu 2,8%, para 1,452 milhão.
Lucro líquido: O lucro líquido da SulAmérica registrou redução de 86,8%, passando de R$ 27,6 milhões no segundo trimestre de 2011 para R$ 3,6 milhões neste ano.
Além dos ganhos terem sido afetados pelo aumento da sinistralidade, "a redução da taxa básica de juros implicou numa menor contribuição do resultado financeiro, com impacto negativo em nosso lucro no período", explicou Menezes.
O resultado financeiro registrou redução de 26,9%, caindo de R$ 147,6 milhões para R$ 107,9 milhões.
Perspectivas: No entanto, a empresa ressalta que, apesar da revisão para baixo das estimativas para a economia brasileira e das incertezas que rondam a economia global, continua confiante no potencial de desenvolvimento do mercado segurador no Brasil.
"Os principais motores de crescimento do mercado continuam se mostrando potencialmente favoráveis e nos motivam a continuarmos com a implementação do nosso plano estratégico", notou Thomaz Cabral de Menezes.

Preços ao produtor brasileiro sobem 1,13% em junho-IBGE

Reuters 31.07.2012 - O índice de preços ao produtor subiu 1,13 por cento em junho, após alta de 1,69 por cento em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
O IBGE revisou o dado de maio depois de anunciar anteriormente alta de 1,65 por cento.
Em junho de 2011, o índice havia registrado recuo de 0,65 por cento, e no acumulado em 12 meses os preços apresentaram alta de 6,66 por cento no mês passado.
O índice mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.

Fundos imobiliários crescem 57%, para R$ 5,36 bilhões

Valor 31.07.2012 - Retorno médio das cotas de fundos imobiliários é de 0,75% ao mês. Juros em queda leva investidor a buscar segurança em outros portos; há mais R$ 1,2 bi na fila da CVM.
A busca por investimentos seguros, com perspectivas de ganhos no curto prazo está favorecendo fundos de investimento imobiliários, conhecidos como FIIs.
Entre janeiro e julho deste ano as emissões de novas cotas foi de R$ 5,36 bilhões, um crescimento de 57% em relação a igual período do ano anterior, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Além dos 39 fundos que concluíram captação entre janeiro e julho deste ano, outros 11 estão em análise pela CVM, totalizam mais R$ 1,21 bilhão.
A queda da taxa básica de juros (Selic) a patamares historicamente baixos, aliada à estabilidade monetária e à melhor distribuição de renda propiciou esse cenário, acredita Rodrigo Machado, diretor de produtos imobiliários financeiros da XP Investimentos.
"Esses elementos foram se consolidando ao longo dos últimos anos. Então é natural que o investidor busque diversificar suas carteiras."
Especialistas acreditam que a perspectiva positiva observada até aqui deve ser mantida, pelo menos, até o final desse ano.
E não só em termos de volume captado: os fundos devem passar a emitir, em uma única operação, volumes maiores comparados aos dos últimos anos; e também devem se sofisticar e atrair gestores cada vez mais qualificados para avaliar o melhor momento de ingresso em um determinado ativo.
O consultor Sérgio Belleza, especialista em fundos imobiliários, diz que o segmento tem recebido investidores diferentes. "Dependendo do fundo, as cotas são vendidas em minutos. Por isso que, em períodos de abundância de oferta, os investidores precisam redobrar a atenção com a qualidade dos gestores."
A XP Investimentos, por exemplo, estruturou seis fundos, cujo volume levantado foi de R$ 800 milhões. Outros dois estão em fase de captação - TRX Edifícios Corporativos Fundo de Investimento Imobiliário FII e XP Gaia Lote I FII.
Outra característica marcante desse mercado é a predominância de pequenos investidores. "A participação da pessoa física nas operações realizadas por nós recentemente foi de 95%", destaca Machado, da XP Investimentos.
O principal atrativo é a isenção de Imposto de Renda (IR) sobre o rendimento pago ao cotista. Contudo, este precisa ser classificado como investidor de varejo e deter menos de 10% das cotas do fundo. O veículo, por sua vez, precisa reunir ao menos 50 cotistas e ser negociado na BM&FBovespa.
Somente os veículos listados na bolsa brasileira têm quase R$ 13 bilhões em valor de mercado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), pouco menos da metade do valor de mercado das administradoras de shoppings com capital aberto, segundo Michel Gutnik Steinberg, diretor da Plural Securitização.
"A maioria dos fundos lançados nos últimos meses tem cotas negociadas no mercado secundário. Isso é positivo, uma vez que o investidor tem a possibilidade de vender as cotas adquiridas no lançamento da operação."
No primeiro semestre deste ano, o volume transacionado com cotas de fundos imobiliários no mercado secundário foi de R$ 1,07 bilhão, de acordo com a UqBar, enquanto no mesmo período de 2011, o volume havia sido de R$ 374,5 milhões.
A rentabilidade dos fundos imobiliários também atrai pequenos aplicadores, à caça de alternativas rentáveis e seguras.
"Os investidores têm buscado retorno mais atrativo do que o entregue pelo CDBs e pelos fundos DI. Sendo assim, estão migrando para instrumentos com rentabilidade maior, e os fundos imobiliários são um deles", diz o diretor da Plural Securitização. Belleza completa que o retorno médio das cotas de fundos imobiliários é de 0,75%.

UBS perde US$ 357 milhões com IPO do Facebook

Brasil Econômico 31.07.2012 - UBS reportou um lucro líquido de 425 milhões de francos suíços, comparado a 1 bilhão de francos no mesmo período do ano passado.
"Vamos adotar medidas legais contra a Nasdaq, pelos erros durante a oferta e suas falhas substanciais em cumprir suas obrigações", afirmou o banco suíço.
A instituição financeira suíça UBS reportou uma perda de 349 milhões de francos suíços (US$ 357 milhões) relacionada à sua participação na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do Facebook.
No dia da estreia das ações da rede social na Nasdaq, em maio, problemas técnicos acarretaram um atraso de mais de 30 minutos no início das vendas.
Como formador de mercado das ações, o banco recebeu pedidos de compra de seus clientes, incluindo os do segmento de gestão de fortunas.
"Por causa de múltiplas falhas operacionais da Nasdaq, as compras do UBS durante o pre-market não foram confirmadas por várias horas após o início das negociações", afirma o banco.
Para garantir os pedidos, o sistema do banco enviou múltiplas ordens à bolsa americana. Eventualmente, a Nasdaq processou todos esses pedidos, expondo o UBS a muito mais ações do que seus clientes haviam demandado.
"Vamos adotar medidas legais contra a Nasdaq, pelos erros durante a oferta e suas falhas substanciais em cumprir suas obrigações", afirmou o banco suíço.
Vale destacar que as ações do Facebook acumulam queda de 39,5% desde a abertura de capital.
O problema impactou os resultados do banco no trimestre. O UBS reportou um lucro líquido de 425 milhões de francos suíços (US$ 434 milhões), comparado a 1 bilhão de francos (US$ 1,02 bilhão) um ano antes.
O banco destacou também a maior volatilidade dos mercados e cautela entre seus clientes durante o segundo trimestre. Sua divisão de banco de investimentos registrou prejuízo operacional de 130 milhões de francos (US$ 132,7 milhões) no segundo trimestre.
Em relação às novas regras regulatórias, o banco afirmou que concluiu sua meta de redução de ativos para este ano.
O índice de capital nível 1 (Tier 1, medida de capital próprio do banco versus os ativos ponderados pelo risco de crédito, que define a saúde financeira do banco do ponto de vista do regulador) alcançou 8,8%, frente a 7,5% um ano antes. No próximo ano, será exigido um índice nível 1 de 9% dos bancos europeus.

Liderança com a cara do Oeste

Jornal Notícias do Oeste 28.07.2012 - O desafio de inovar e a busca pelo sucesso nos negócios particulares e coletivos estimulam jovens a estar na linha de frente do setor.
A agricultura é um setor que sempre esteve ligado à produção e suprimento de alimentos, em especial à família dos envolvidos. Por razões históricas e sociais, quem sempre esteve à frente da atividade foram os patriarcas da família, com maior participação do pai.
Desta forma, criou-se um cenário que os responsáveis ou gestores de uma propriedade rural quase que necessariamente tem que ser o homem mais velho da família e na presença do pai, sob as diretrizes deste. Mas isto se configurou até o momento em que o campo passou a ser um ambiente de negócios e o foco nos resultados sendo mais importante que a hierarquia familiar.
Com estas transformações sociais, muitos filhos passaram a estudar e regressar às propriedades rurais, a fim de continuarem os negócios dos pais. Fato este que da década de 1960 até 2000 não era comum, gerando uma grande evasão de jovens do campo. Nestes novos tempos, exemplos de novos profissionais conduzindo empreendimentos agrícolas têm sido possível encontrar. Para entender melhor o perfil destes novos gestores ou líderes empresariais, o Noticias do Oeste buscou alguns empresários que são responsáveis por empreendimentos no campo e na cidade.
No campo, a presença jovem está sendo comum na realidade local, mas na maioria dos casos, como membros de uma equipe de trabalho coordenada pelos pais. No meio urbano, diversos empreendimentos ou negócios de profissionais liberais estão sendo conduzidos por pessoas relativamente jovens, na faixa de até 30 anos.
Na busca por bons exemplos no agronegócio, alguns gestores que estão à frente dos negócios não quiseram dar seu depoimento ou aparecer nesta reportagem. No entanto, encontramos um inédito exemplo, o qual foi apresentado há algum tempo pela revista Globo Rural, sendo inclusive matéria de capa.
Dhone Dognani, descendente de italianos, cuja família tem origem em Piraju/SP, coordena os negócios na Bahia, sendo atualmente duas fazendas. Com 27 anos, está há quatro anos como responsável pelos empreendimentos, cuja atividade principal é a produção de café.
Além deste importante papel, também é um novo líder regional. Em Junho deste ano assumiu a presidência da Abacafé, a Associação dos Produtores de Café do Oeste da Bahia. Também faz parte das diretorias do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães e do Conselho de Segurança de LEM, além de estar envolvido com mais entidades da cidade.
Tamanho dinamismo e envolvimento se devem ao desejo de contribuir com a comunidade local, bem como estimular os jovens a se envolverem para dar continuidade aos trabalhos das entidades, ressalta Dhone. A satisfação em fazer algo pelo bem comum é maior do que os desafios de cuidar dos negócios particulares e estar envolvido com causas sociais.
Por outro lado, a consequência é uma agenda cheia, pois a gestão da empresa necessita de muita dedicação. No entanto, uma equipe de confiança ajuda muito na condução dos trabalhos de modo a atingir os resultados esperados. Para ele, os mais ocupados são os que mais têm tempo. Quem não tem tempo disponível é organizado, ao ponto de conseguir atender muitas atividades e na região temos vários exemplos destes.
Segundo Dognani, para se obter sucesso no que faz, é fundamental possuir habilidades na área da negociação e argumentação. Com isso é possível conciliar interesses e programar uma rotina de trabalhos, a fim de atender as diferentes demandas, sejam do próprio negócio ou os das entidades.
Estar na liderança do setor cafeeiro com grande peso econômico na região, é um desafio. Mas pelo momento que a Abacafé vivencia, especialmente com uma nova fase se aproximando pela Indicação Geográfica do Café do Oeste da Bahia, aliando a união dos envolvidos na entidade, torna-se mais fácil ser um gestor dos negócios particulares e poder se dedicar aos negócios coletivos junto às entidades locais, complementa Dhone.

Novo banco de BB e Bradesco mira público fora do sistema financeiro

Valor 31.07.2012 - Ronaldo Varela, da Alelo: ideia é complementar a oferta de produtos e serviços dos controladores para as classes C e D.
Começa a ganhar contornos concretos um novo banco, negócio conjunto de Bradesco e Banco do Brasil, para gerenciar operações de crédito ao consumo e oferta de produtos para as classes emergentes. Ainda sem nome conhecido, a instituição está sendo estruturada sob a Alelo (antiga CBSS, que administra os cartões Visa Vale), cujo principal negócio hoje são cartões pré-pagos de alimentação e refeição. A Alelo deve ganhar peso com a Elo, a bandeira nacional de cartões criada pelos dois grandes bancos há dois anos.
Fica evidente que a intenção, ao criar um banco, é passar a dar crédito. Mas não está claro como a estratégia do novo banco se encaixará na linha de produtos e serviços dos seus dois controladores. A ideia, segundo Ronaldo Varela, diretor-executivo comercial, de novos negócios e produtos da Alelo, não é competir com os acionistas, mas sim complementar a oferta para as classes C e D.
O novo banco será comandado por Osvaldo Cervi, que veio da área de mercados de capitais do Banco do Brasil. Ele também substitui Newton Neiva na presidência da Alelo e passa a acumular os dois cargos. Neiva foi convidado para o conselho de administração, mas ainda não respondeu à oferta.
O banco vai abarcar a Ibi Promotora e sua carteira de ativos (cartões, crédito pessoal e crédito consignado), que a Alelo comprou do Bradesco por R$ 419 milhões em março do ano passado.
"A carteira de ativos e as 144 lojas do Ibi vão migrar para a gestão da Alelo, mas para isso precisamos constituir um banco. Para estruturar essa instituição, o que inclui criar processos, plano de negócios e pedir as licenças do Banco Central, trouxemos o Osvaldo Cervi do Banco do Brasil", conta Varela.
Os bancos brasileiros ainda não conseguiram encontrar um modelo lucrativo para acessar os milhões de brasileiros que estão chegando ao mercado consumidor e não possuem conta em banco. O modelo usado até agora, o de parceria com redes de varejo, não tem se revelado muito acertado, como mostrou reportagem do Valor de 25 de julho. Desde 2004, foram cerca de R$ 3,8 bilhões investidos pelos maiores grupos financeiros do país, em especial o Itaú e o Bradesco, nesse tipo de associação, mas a maioria ainda não deu retorno e os indicadores de inadimplência estão crescendo.
"É uma terra para se desbravar. É uma população que não tem relacionamento bancário e as instituições financeiras precisam descobrir como incluí-la", diz Boanerges Ramos Freire, consultor de varejo financeiro. Segundo ele, um meio de fazer isso é por meio de cartão pré-pago, que seria uma porta de entrada para um público que vai chegar ao mundo do crédito de forma consistente nos próximos anos. "Tem que ser um produto de baixo custo e linguagem simples", diz, ressaltando que esse é um segmento de margens menores.
Varela não quis entrar em detalhes de como será a atuação do novo banco porque a instituição ainda está sendo estruturada. Mas, considerando-se que o foco são pessoas das classes C e D, faz sentido que fique sob a Alelo, que foi eleita para ser o braço de pré-pagos da Elo.
A Alelo nasceu em 2003 com o nome de Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS) para emitir o voucher de alimentação e refeição Visa Vale, já sob o comando de Newton Neiva. Depois que a Visa vendeu sua participação de 10% no negócio para Bradesco e Banco do Brasil, em 2010, os banco ficaram com participações de 50,1% e 49,99%, respectivamente.
Em 2010, a empresa começou de fato a se transformar em uma empresa típica de pré-pagos ao lançar o cartão de viagem em três moedas: dólar, euro e libra. No mês que vem é a vez do cartão presente, em três versões: com a bandeira Visa, Elo ou sem bandeira, este último para ser usado em lojas específicas.


Novatas vão ao mercado antes mesmo da graduação

Valor 31.07.2012 - Paulo Garchet, da Geovexel, especializada em gerenciamento de risco: "Fechamos uma parceria na área de monitoração ambiental de plantas industriais".
Empresas ainda instaladas em incubadoras de negócios em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco investem em pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e na compra de máquinas. Apesar de se "graduarem" a partir de 2013, já colecionam os primeiros clientes. Nos laboratórios das companhias, as novidades incluem sistemas de apoio para obras complexas de engenharia e softwares para a avaliação de produtos e embalagens. O objetivo de alguns negócios, a maioria com menos de cinco funcionários, é faturar até R$ 20 milhões no primeiro ano fora das incubadoras.
Há 18 meses na Incubadora da Coppe, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Geovoxel, especializada em gerenciamento do risco para obras de engenharia, espera ser graduada em dezembro de 2013. Entrar no parque carioca estava nos planos da companhia desde o início do empreendimento, segundo o diretor Paulo Garchet. Mas não foi fácil ingressar no edifício da Ilha do Fundão.
Uma das maiores dificuldades da Citisystems para começar foi encontrar mão de obra qualificada
A empresa participou de um edital de seleção em 2010, com 15 concorrentes. Do total, nove negócios foram credenciados para participar de um processo seletivo para cinco vagas. No final, somente quatro companhias ganharam a residência. "Nosso principal ativo é a geomática, uma ciência ainda carente no Brasil", diz Garchet.
A área estuda ciclos de informações, desde a estrutura, dados e transmissão até o processamento de registros, utilizando recursos de matemática e a geoestatística. Segundo Garchet, o Canadá é o país com as maiores aplicações no campo. "Por isso, já temos dois sócios canadenses".
Para colocar o nome no mercado, a Geovoxel criou um sistema de monitoração, baseado na internet e capaz de ampliar a colaboração de funcionários de empresas diferentes, que atuam em projetos de engenharia complexos. Usa gráficos e mapas, e também emite alertas via e-mail e celular.
Segundo o executivo, o software já foi selecionado para projetos de infraestrutura e logística, voltados para a monitoração geotécnica (comportamento do solo). A lista de clientes inclui corporações como a OAS, Serveng, Multiplan e LLX. "Recentemente, fechamos uma parceria na área de monitoração ambiental de plantas industriais".
Em 2012, a estimativa de investimentos é de R$ 450 mil. Mais da metade dos recursos já foi aplicada no primeiro semestre. "Os aportes são para ações de marketing e a atualização tecnológica da plataforma, que vai ganhar mais flexibilidade de customização para setores como mineração, petróleo e gás".
A empresa tem cinco funcionários e a meta é faturar R$ 1,7 milhão em 2014, primeiro ano de atividades depois da graduação. Para atingir esse faturamento, Paulo Garchet também pretende expandir a base de clientes nas áreas de engenharia civil e no governo.
Também residente na Coppe, a Forebrain deve concluir a incubação em 2015. Antes de se hospedar no local, a empresa de seis funcionários montou um projeto de trabalho e os sócios fizeram cursos de empreendedorismo para criar um plano de negócios. Com atuação na área de métricas para a avaliação de produtos e embalagens, já laçou clientes para testes, como a L'Oréal, e companhias do mercado digital. "Vamos investir R$ 300 mil em 2012", garante o sócio Billy Nascimento. O aporte vai ser usado para engordar o capital de giro e em iniciativas de pesquisa e desenvolvimento de soluções.
Em Recife, a Ubee, da Incubadora C.A.I.S. do Porto, do Porto Digital, deve ser graduada em oito meses. Em 2011, criou um sistema que analisa o comportamento e o perfil de compras de consumidores por meio de aplicativos de celular. "Após a graduação, em 2013, pretendemos faturar cerca de R$ 20 milhões ao ano", diz o CEO André Ferraz, que mira a expansão internacional. "Nosso modelo de negócios é de receita recorrente e os custos são baixos, o que possibilita uma alta margem de lucro".
No interior de São Paulo, a Contim só deve sair da Incubadora Tecnológica de Sorocaba (Intes) em dois anos, mas já tem um cliente de peso. "Fechamos um contrato de venda de 13 estações de simulação para a Vale ", revela o sócio Thiago Contim. A empresa desenvolve simuladores de realidade virtual para treinamento no setor ferroviário, em parceria com o Laboratório de Automação e Controle da Universidade de São Paulo (USP) e a Faculdade de Tecnologia (Fatec), de Sorocaba. As unidades consistem em réplicas de cabine de locomotivas, com um sistema em 3D para a exibição de imagens. O maquinista opera o simulador e é avaliado em situações determinadas pelos instrutores. "É possível reduzir os custos e o tempo de treinamento, além de diminuir o risco de acidentes no aprendizado".
A empresa de dois funcionários vai investir R$ 60 mil em 2012 na compra de máquinas e no desenvolvimento de equipamentos de precisão para laboratórios. Também planeja investir em uma equipe de vendas e articular parcerias com universidades. "O faturamento esperado após a graduação é de R$ 200 mil".
Companheira da Contim na incubadora sorocabana, a Citisystems trabalha com softwares de automação industrial e está hospedada no complexo há 18 meses. "Vamos ser graduados no início de 2013", afirma o diretor de projetos Cristiano Silveira. Para se destacar da concorrência, decidiu explorar programas para a supervisão e controle de máquinas curvadoras de tubos, de olho no mercado metal-mecânico. "Só temos concorrentes que desenvolvem soluções similares na Alemanha", afirma.
Os sistemas prometem gerar um receituário de produção a partir do projeto de uma peça, com redução de perdas de material. "Depois de desenhar a ferramenta, basta clicar em um botão para produzi-la", diz. Uma das maiores dificuldades de Silveira para tirar a ideia do papel foi encontrar mão de obra qualificada.
"Tudo ficou na mão dos sócios. O trabalho exige conhecimentos em tecnologia da informação e em engenharia e é difícil achar pessoal especializado", diz. Para driblar o problema, promove treinamentos na empresa. O faturamento esperado depois da graduação é de R$ 1 milhão.