quinta-feira, 8 de março de 2012

Azul.CA.08.03

Daily News


Brasil Foods investe R$ 30 mi em fábrica de queijos em Goiás
Exame 07.03.2012 - A nova unidade será voltada principalmente a atender as regiões Norte e Nordeste do país. A partir da primeira quinzena deste mês, quando a fábrica entrará em operação, a produção de queijos da companhia terá incremento de 1.000 toneladas por mês. A Brasil Foods anunciou nesta quarta-feira a inauguração de uma fábrica de queijos em Itumbiara, Goiás, com investimentos de 30 milhões de reais.
Voltada principalmente a atender as regiões Norte e Nordeste do país, a nova unidade produzirá, além de queijo, manteiga, aromatizados, leite em pó, creme e leite UHT. A empresa já possui uma unidade de lácteos em Goiás. A partir da primeira quinzena deste mês, quando a fábrica entrará em operação, a produção de queijos da companhia terá incremento de 1.000 toneladas por mês.

A companhia já opera uma fábrica de queijos em Terenos, no Mato Grosso do Sul, com produção de cerca de 400 toneladas por mês.


BNDES aprova R$ 389 mi para cinco parques eólicos no Nordeste
Folha 07.03.2012 - O BNDES aprovou financiamento de R$ 389 milhões para a instalação de cinco parques eólicos no Nordeste --quatro no Rio Grande do Norte e um na Bahia.

Juntos, eles terão capacidade instalada de 138 MW. Os empreendimentos são controlados pela Neoenergia (associação da Previ, Banco do Brasil e Iberdrola) e pela espanhola Iberdrola Renováveis do Brasil. O valor do empréstimo do banco estatal cobre também o investimento necessário para os sistemas de transmissão de energia dos parques eólicos.

Os projetos foram vencedores do Leilão de Fontes Alternativas de 2010 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O BNDES financiará 67,8% dos empreendimentos, cujo investimento total previsto é de R$ 573,6 milhões. A estimativa é que as obras vão gerar 1,8 mil empregos diretos e indiretos.

Segundo o banco, os investimentos no setor de energia eólica no país somaram R$ 5,1 bilhões em 2011. Desse total, R$ 3,4 bilhões foram financiados pelo BNDES.

Os 38 novos projetos de parques eólicos lançados no ano passado vão assegurar uma expansão de 1.160 MW na oferta de energia à matriz energética brasileira, cifra que corresponde a cerca de 10% da capacidade total da hidrelétrica de Belo Monte.



Retomada da Usiminas só no longo a prazo, dizem analistas
Brasil Econômico 07.03.2012 - Estoque de aço da Usiminas é visto como o mais caro da América Latina pela equipe do Barclays.  Usiminas pagará R$ 81,7 milhões em proventos 10:36
Resultado negativo no quarto trimestre veio em linha com a expectativa do mercado. Perspectivas para os próximos anos são melhores.  A Usiminas anunciou nesta quarta-feira (7/3) lucro líquido de R$ 77 milhões no quarto trimestre de 2011, com declínio de 72,5% no confronto com igual período do ano anterior. "Entendemos que o cenário para a Usiminas continuará bastante desafiador no curto prazo, contudo, a continuidade e maturação dos investimentos no segmento de mineração e o movimento de redução de custos apresentado pela nova direção representam pontos positivos que devem se traduzir em bons resultados apenas no médio/longo prazo", destaca Marco Aurélio Barbosa, analista-chefe da Coinvalores.

Diante desse cenário, a corretora colocou em revisão os papéis da Usiminas (USIM5), com recomendação de "manter." Um pouco mais otimista, a equipe da Concordia manteve a recomendação de "compra", mesmo avaliando o resultado como fraco e abaixo das estimativas.

"Acreditamos que as perspectivas são melhores para a Usiminas nos próximos anos aliado a nossa crença que o novo grupo controlador irá acelerar o ganho de competitividade da companhia", afirmam Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas, analistas da Concordia, que avalia o preço-alvo para os papéis da empresa em R$ 14,83.

Também no patamar negativo, em 2011, o lucro da companhia foi contabilizado em R$ 404 milhões, baixa de 74% em ritmo anual. Com base nesse cenário, a equipe da Planner acredita que a Usiminas continuará em desvantagem em relação à outras siderúrgicas, como Gerdau e CSN.

"Nossa visão é que a recuperação da lucratividade da Usiminas, para níveis adequados, ainda levará algum tempo, considerando que além do sucesso de medidas internas, de redução de custos e despesas, a empresa precisa contar com a sustentação de um mercado mais forte para produtos siderúrgicos", informou a Planner por meio de relatório.

Também com visão negativa, o Barclays Capital recomenda reduzir a exposição aos papéis da empresa.

"Continuamos a ver a Usiminas como o estoque de aço mais caro da América Latina e, possivelmente, entre aços globais. Nós acreditamos que a recuperação da rentabilidade deve ser lenta, e esperamos ganhos ainda deprimidos no primeiro semestre de 2012 ", apontam Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari. Durante o pregão desta quarta-feira os papéis preferenciais da Usiminas (USIM5) apresentam variação negativa de 3,37%, cotados a R$ 11,74.



Fogo de Chão inaugura em Orlando no dia 15
Brasil Econômico 07.03.2012 - A churrascaria, que abre no dia 15, fica na famosa avenida International Drive.  A rede brasileira de churrascarias Fogo de Chão tempera para a próxima semana a inauguração de sua mais nova casa nos EUA.  O resturante foi construído em Orlando, terra dos parques da Disney e, por isso, uma das cidades americanas mais visitadas por turistas domésticos e internacionais.

A churrascaria, que abre no dia 15, fica na famosa avenida International Drive, no coração do corredor viário que abriga alguns dos mais assediados hotéis da metrópole.

A filial da Fogo de Chão em Orlando tem capacidade para 400 comensais sentados, além de cinco salões privativos e semi-privativos para grupos fechados. Entre as novidades, a casa tem o primeiro pátio ao ar livre da rede. Com a inauguração, a multinacional brasileira do churrasco faz sua estreia no estado da Flórida e passa a somar 18 unidades nos Estados Unidos. No Brasil, a rede nascida em Porto Alegre (RS) tem outros sete endereços.




Willis e Credicorp firmam parceria estratégica
Brasil Econômico 07.03.2012 - O investimento realizado é equivalente a menos de 1% do capital atual da Credicorp.  A parceria visa a expansão da Credicorp no mercado de finanças e negócios no Peru.
A corretora de seguros Willis e a Credicorp, grupo peruano de serviços financeiros, firmaram uma parceria pela qual o Grupo Crédito, subsidiária da Credicorp, adquiriu 49,9% das ações da Willis Peru.

Sem detalhar dados da transação, as companhias explicaram que o investimento realizado é o equivalente a menos de 1% do capital atual da Credicorp.

A parceria visa a expansão da Credicorp no mercado de finanças e negócios no Peru, em especial no segmento de seguros.  De acordo com comunicado das companhias, a Willis Peru vai continuar provendo serviços de seguros de forma independente e transparente, além de orientações a gerenciamento de riscos, a todos os seus clientes no país.  "Atualmente, aspectos como conveniência, disponibilidade, lealdade do canal e serviços de pós-venda estão se tornando cada vez mais importantes. Hoje, não é mais apenas o produto que conta, mas como, quando e onde é entregue ao cliente", afirmou Sarah Turvill, presidente da Willis Internacional, em comunicado.


Governo adia publicação do edital do trem-bala
Estadão 07.03.2012 - Segundo ministra do Planejamento, medida foi tomada por precaução; data passou de março para 15 de junho, mas a realização do leilão foi mantida até 31 de novembro deste ano

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, explicou hoje que a mudança na data da publicação do edital e do contrato do trem-bala (de março para 15 de junho) foi tomada por precaução. "Preferimos o que pode parecer uma perda de tempo agora para não termos problemas no futuro", disse Miriam, ao final da cerimônia de divulgação do balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Apesar disso, foi mantida a data de realização do leilão até 31 de novembro deste ano. A aprovação pelo Conselho Nacional de Desestatização da nova modelagem terá de ser realizada até o fim deste mês.

"Estamos discutindo todos os detalhes para que não ocorra um problema de gestão no futuro", acrescentou. O Trem de Alta Velocidade (TAV) ligará as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Os investimentos previstos para o período de 2011 a 2014 são de R$ 33,2 bilhões. A ministra também afirmou que cobrou, no ano passado, representantes de empresas estatais de energia para que fizessem mais investimentos. Ela afirmou que houve uma mudança na lógica do governo. "A lógica antiga era não fazer investimento. No ano passado, chamei as estatais de energia para dizer: ''E aí? Estou vendo qual sua execução (de investimentos)''", afirmou. Miriam disse também que representantes do governo em conselhos de estatais estão sendo orientados a cobrar a execução de projetos.



Produção de motos recua 10,5% em fevereiro, diz Abraciclo
Valor 07.03.2012 - A produção nacional de motocicletas recuou 10,5% em fevereiro, em relação a igual período de 2011, informou hoje a Abraciclo, entidade que abriga os fabricantes de veículos duas rodas instalados no Brasil.

No total, 153,11 mil motos foram produzidas no mês passado, volume que ficou 13,5% abaixo do total de janeiro (176,98 mil unidades). Nos dois primeiros meses do ano, 330,09 mil motos foram fabricadas no polo industrial de Manaus, o que representa um recuo de 6,1% na comparação anual.

De acordo com o balanço, as vendas de motos no atacado – da indústria para a concessionária – cederam 9,8% em fevereiro, em relação a igual período de 2011, totalizando 149,02 mil unidades. Na comparação com janeiro, a queda foi de 3,7%.

A entidade atribui o resultado negativo ao Carnaval – que diminuiu o número de dias úteis de venda e produção – e às restrições nas concessões de crédito pelos bancos.

Conforme a associação, o setor mostra baixa mesmo quando se compara as vendas por dia útil do mês passado (7,84 mil unidades) com o volume diário do mesmo período do ano passado (8,26 mil unidades), indicando que o desempenho não se deve apenas ao feriado de Carnaval.

“Acreditamos que esta baixa seja uma resposta do mercado a maior dificuldade do consumidor em conseguir liberação de crédito”, diz, em nota, Roberto Akiyama, presidente da Abraciclo.

O balanço da entidade mostra ainda uma recuperação das exportações de motos, que subiram 76,1% na comparação com o volume de um ano antes, para 8,73 mil unidades em fevereiro.



Telefônica chega à Bahia com telefonia fixa
Valor 07.03.2012 - A Telefônica lançou o serviço de voz, Vivo Fixo, e o pacote de telefonia fixa, internet e Wi-Fi, Vivo Box, na Bahia. As ofertas estarão disponíveis na capital, Salvador, e em mais 12 cidades.

A oferta faz parte do plano de expansão da companhia, iniciado após a compra da participação da Portugal Telecom na Vivo, em 2010.  O Vivo Fixo e o Vivo Box já foram lançados nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Curitiba e Joinville.

A companhia fará a mudança definitiva de suas marcas a partir do dia 15. Com isso, a Vivo passará a dar nome a todos os produtos da companhia. A marca Telefônica será usada apenas em comunicações institucionais do grupo.



Governo busca comprador para grupo Rede
Valor 07.03.2012 - O governo está se esforçando para encontrar um comprador para a Rede Energia, que é dona da Celpa, entre outras distribuidoras no Sudeste e Norte do país. O controlador do grupo, Jorge Queiróz, contratou o banco Rothschild para encontrar candidato e agora é uma questão de tempo para que a distribuidora do Pará troque de mãos. Não vai ser fácil. A solução tem que sair em dois meses, pois a concessão pode ser cassada.  Ontem, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu enviar uma intimação à Celpa que poderá resultar na abertura de processo administrativo de inadimplência. É o primeiro passo para que seja declarada a caducidade da concessão. O relator do processo, o diretor André Pepitone, disse que não está descartada a intervenção da Aneel na administração da empresa, a exemplo do que já ocorreu na Companhia Energética do Maranhão (Cemar). A Celpa acumula dívidas da ordem de R$ 2 bilhões e registra péssimos índices de qualidade. A partir do envio da intimação, a distribuidora terá 60 dias para apresentar novo plano de ação que eleve a qualidade do serviço, o que é quase impossível considerando o tamanho dos problemas que levaram ao pedido de recuperação judicial.

Ao ler seu voto, André Pepitone afirmou que a alternativa que resta para a distribuidora é buscar uma empresa interessada em injetar recursos. Pelos cálculos da Anell, são necessários R$ 1,7 bilhão para recuperar a distribuidora. "A Celpa precisa se capitalizar. Precisa arrumar um parceiro", afirmou. Pepitone admite que outra solução poderia partir de um dos acionistas do grupo. "Para a Eletrobras ser parceira, depende de uma decisão de governo. Ela já é acionista e poderia aumentar sua participação", disse o diretor, ressaltando que a decisão não cabe ao regulador.

O Valor apurou que a Brookfield Energia está analisando alguns ativos do grupo Rede. Procurada, a empresa informou que não comenta o assunto. Outro potencial interessado é a Equatorial Energia, que é dona da Cemar. A lista de interessados na Celpa ou no grupo inteiro não é grande. A chinesa State Grid, por exemplo, desistiu depois de estudar os números. A própria CPFL, que andou conversando com o grupo e teria saído das negociações, poderia ficar com as distribuidoras que atendem o interior de São Paulo, parte de Minas e Pará e ainda a Enersul. A Celtins e a Cemat teriam mais facilidade de encontrar um comprador no mercado. Já a Celpa poderia interessar à Equatorial Energia, sob certas condições, apurou o Valor, talvez em associação com a Eletrobras. A possibilidade de a estatal se associar a um parceiro privado sugere que não haverá uma solução "chapa branca".  A holding federal tem desde 1997 participação na Celpa, resultado de uma negociação para possibilitar a privatização da estatal. Foram pagos R$ 70 milhões entre abril e outubro daquele ano. Considerando todas as participações no grupo e na Celpa, a fatia do governo na problemática distribuidora chega a quase 60%. As mais antigas são da Eletrobras e BNDES, ambas oriundas da privatização, já que o banco subscreveu debêntures e financiou o comprador na época da privatização, em 2007.  Se contabilizadas as participações acionárias diretas e indiretas, a Eletrobras tem 34,24% na Celpa, enquanto o FI-FGTS tem 15,34% e o BNDESPar tem 9,73% da distribuidora (15,86% na holding).  A operação do FI FGTS foi a mais recente e polêmica investida na holding controladora do grupo e, consequentemente, com menor liquidez. Apesar de não se manifestar sobre o assunto, tanto o BNDES, quanto MME, Aneel e Eletrobras vinham acompanhando atentamente a situação da Celpa antes dela entrar com o pedido de recuperação judicial na semana passada. O banco tem sido um participante ativo, via Luciano Coutinho.  Na sexta-feira anterior ao pedido de recuperação judicial, o governo chegou a pedir que o empresário Jorge Queiróz não tomasse a medida até a sexta seguinte. Mas não foi atendido já que o grupo Rede alegou risco de insolvência.  Ontem, na reunião da diretoria da Aneel, a Celpa teve rejeitado, por unanimidade, o seu pedido de revisão tarifária de caráter extraordinário. O diretor-geral, Nelson Hubner, disse que a recuperação financeira da Celpa somente poderá ser viabilizada se forem feitos novos aportes de recursos. Ele ressaltou a importância de o prazo fixado pela agência coincidir com o período estabelecido pela Justiça, para que a companhia execute o seu plano de recuperação financeira simultaneamente ao de melhoria da qualidade do serviço.

"Não resolver essa questão financeira pode caminhar, muito rápido, para um processo de caducidade [da concessão], que é muito ruim para todos, mas esse pode ser um caminho natural que vejo", afirmou Hubner.



Potencial de reservas da OGX gera nova polêmica
Valor 07.03.2012 - As companhias brasileiras de petróleo que estão em fase pré-operacional continuam provocando ruídos no mercado. A demissão de quase 90 funcionários pela HRT O&G foi interpretada por investidores como um sinal de que a empresa estava, de fato, superavaliando reservas e prazos de produção, principalmente na Amazônia. E a OGX, controlada pelo grupo EBX, de Eike Batista, se envolveu em nova polêmica sobre seu  potencial de reservas.  A OGX encomendou à consultoria DeGolier and MacNaughton (D&M) um estudo sobre a capacidade de um de seus poços localizados na Bacia de Campos, mas não divulgou os resultados ao mercado. Pior que isso, a informação foi repassada por outra empresa do grupo, a OSX, de construção naval, em apresentação a investidores para emissão de bônus perpétuo.

Quem acompanhou a apresentação da OSX - foram poucos investidores, apenas no Brasil - foi informado de que a consultoria estima que os recursos no poço de Waikiki são de 212 milhões de barris no cenário provável  (chamado tecnicamente de 2C) ou de 302 milhões de barris na melhor estimativa (3C). Esses números apontam para uma capacidade em Waikiki de 50 milhões de barris a menos do que as estimativas de mercado. A informação vazou para alguns outros investidores na semana passada, o que acabou provocando quedas nos papéis da OGX. Desde que os resultados surgiram até ontem, a baixa é de 7%. Os números causaram ruídos porque estimativas anteriores sugeriam a existência de maior quantidade de petróleo recuperável nas concessões da OGX. No início da sua campanha exploratória, a OGX estimava a possibilidade de ter de 2,6 bilhões a 5,4 bilhões de barris recuperáveis, sendo a maior parte nos prospectos denominados Waimea (que já está produzindo em teste de longa duração) e Waikiki, que forma um complexo com Inga e Pero.

Nos relatórios da D&M para a OGX, não existe a segregação de poços, apenas resultados referentes às bacias. No caso de Campos, apontam 700 milhões de barris no cenário provável. A partir desses dados, analistas estimavam que desses 700 milhões, Waikiki deveria responder por 260 milhões.

Procurada pelo Valor, a OGX informou que o trabalho da D&M sobre Waikiki foi realizado apenas para apoiar a obtenção de financiamento da OSX, cuja plataforma OSX3 vai explorar o poço. A OGX diz que novas  divulgações serão feitas quando for declarada a comercialidade. Esclarece ainda que esse trabalho da D&M, diferentemente do realizado em anos anteriores, não abrangeu todo o portfólio da empresa - rumores de que esse tipo de estudo teria sido novamente encomendado também circularam.

Segundo relatório do Itaú BBA, a OGX disse que não divulgou os dados porque eles vieram em linha com as expectativas e informar o resultado de uma parte específica da bacia poderia gerar confusão. Para os analistas do banco, independentemente do número apontado pela D&M, a OGX poderia ter sido mais transparente.

Para Ricardo Almeida, professor do Insper, os investidores que estavam na apresentação da OSX tiveram uma informação privilegiada, relevante e que teria impacto nas cotações de OGX. "Ainda mais valiosa quando se trata de uma empresa em início de operação", diz.



Brado transportará commodities em contêiner
Valor 07.03.2012 - Demeterco, presidente da Brado: contêineres vazios nos portos do país favorecem novo modelo de movimentação de soja e açúcar que pode dobrar faturamento da controlada da ALL já neste ano. Aproveitando o momento de pouca exportação de manufaturados - e, por consequência, a ociosidade nos navios -, a Brado Logística inicia neste semestre um projeto pioneiro que, segundo especialistas, pode ser uma tendência no Brasil para os próximos anos: o transporte de commodities por contêineres. A subsidiária da América Latina Logística (ALL) está investindo R$ 50 milhões para entrar no mercado de movimentação de soja, açúcar e algodão. Os executivos estão animados e esperam que o novo mercado dobre o faturamento da empresa já neste ano.

Embora já haja movimentação de café por contêineres, grande parte das commodities é transportada tradicionalmente em vagões abertos ou por rodovia (e depois exportado nos navios graneleiros). O transporte de soja em larga escala nesse modelo é completamente novo no país.

Dois motivos impulsionam essa tendência. Paulo Fleury, diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), explica que historicamente não havia espaço para as commodities em contêineres por acreditar-se que elas não teriam margem para compensar os custos maiores desse tipo de transporte. Desde que foi criado, o contêiner é usado em maior parte para movimentar produtos de maior valor agregado. "O cenário já poderia ter mudado nos últimos anos, quando as commodities passaram por uma enorme valorização", diz.

O segundo motivo é a recente diminuição de exportação de manufaturados no país, notada por Fleury há cerca de seis meses. "Os contêineres chegam ao país vindos de países asiáticos e precisam voltar, muitas vezes, vazios. Então colocar commodity dentro deles tem custo muito reduzido".

Otimista, a Brado traçou metas ambiciosas para o projeto (já presente nos planos desde sua criação, em 2010). Segundo José Luis Demeterco, presidente da empresa, o plano é que o transporte de commodity represente, já neste ano, 50% das cargas movimentadas e 50% do faturamento - hoje com R$ 183,5 milhões de receita bruta anual. "Em outras palavras, nosso objetivo é dobrar a movimentação de cargas em 2012 graças às commodities", diz. "Em soja, são 60 milhões de toneladas produzidas no Brasil. Se conseguirmos transportar apenas um milhão de toneladas, encheremos 40 mil contêineres", completa. Hoje, a Brado transporta basicamente carga refrigerada e produtos manufaturados.

Segundo Demeterco, a maior vantagem do contêiner é o custo do frete marítimo - que pode ser 15% menor em relação ao frete tradicional, principalmente devido à ociosidade atual no navio que parte da costa brasileira. O custo também é menor em relação à movimentação no porto - o contêiner é mais fácil de ser movimentado, e portanto mais barato. Demeterco aponta ainda outras vantagens para esse modelo. Para entrar no mercado, a Brado investiu os R$ 50 milhões, basicamente em material rodante e em um novo terminal no interior de São Paulo. Foram comprados 400 vagões e quatro locomotivas. Dependendo do resultado, a empresa pode triplicar o investimento no projeto em 2013.

O terminal dedicado à Brado será inaugurado nesta semana e ficará entre Araraquara e Américo Brasiliense (SP). Segundo informações da empresa, foram investidos R$ 10 milhões no espaço que tem 242 mil metros quadrados e capacidade para operar, inicialmente, 2 mil contêineres mensais e 50 mil ao longo do período de cinco anos. Ao todo, incluindo outros projetos, o investimento da Brado será próximo de R$ 200 milhões em 2012. A maior parte desse valor, cerca de 80%, será destinada à compra de locomotivas e vagões. A companhia espera chegar a 120 mil contêineres transportados até o fim do ano - crescimento de 48% em relação aos números atuais.



Com custos menores, Minerva prevê melhora nas margens
Brasil Econômico 06.03.2012 -  "Após vários anos investindo, devemos focar apenas na manutenção de nossas plantas", diz Fernando Galletti de Queiroz .

O frigorífico Minerva espera trabalhar com margens mais favoráveis no ano de 2012, prevendo maior oferta de gado no mercado interno e demanda ainda elevada.

Essa previsão é uma continuidade do cenário já visto no quarto trimestre de 2011. Com os preços do boi gordo estáveis, o frigorífico viu um aumento em seu desempenho.

As vendas líquidas da empresa cresceram 26,2%, para R$ 1,09 bilhão.

"Neste ano focamos em atender os pequenos varejistas", diz Fernando Galletti de Queiroz, presidente do Minerva. "Tivemos dois novos centros de distribuição em 2011, um deles no Nordeste".

O Minerva é o terceiro maior frigorífico bovino do país, contando com 10 unidades de abate, uma fábrica de processamento e onze centros de distribuição.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, indicador de desempenho operacional da companhia) atingiu R$ 116 milhões no quarto trimestre, um crescimento de 37% em relaçãoao observado um ano antes. No trimestre, o preço do boi gordo ficou em R$ 102,6 a arroba (cerca de 15 kg), praticamente estável em relação ao trimestre anterior. Em doze meses, o preço médio da arroba teve recuo de 3,4%. "No ano de 2011, o preço da arroba ficou estável, mas em patamar alto, com baixa volatilidade", diz Queiroz.

Ele aponta que a tendência dos preços neste ano será de baixa, com um aumento da oferta de bezerros, e tendência de maior abate de fêmeas.

"Observaremos para os próximos anos uma forte oferta de animais para abate", diz. A projeção do frigorífico é de uma queda entre 5% e 10% no preço da arroba neste ano. Com a forte demanda da economia doméstica, a empresa não acredita que essa queda será repassada ao consumidor final. "O ano de 2012 terá margens melhores", resume. A margem Ebitda (indicador de eficiência operacional da companhia) teve avanço de 0,8 ponto percentual no quarto trimestre, a 10,7%. A empresa também obteve uma redução em seu nível de endividamento. A dívida líquida da empresa ficou praticamente no mesmo nível do trimestre anterior, a R$ 1,267 bilhão. Assim, a alavancagem da empresa (indicador que mede a dívida líquida em relação ao Ebitda) recuou de 4 vezes no quarto trimestre de 2010 para 3,65 vezes no mesmo período de 2011.

Dentre as empresas do setor com capital aberto, o Minerva é o menos alavancado. A JBS e a Marfrig registraram, no terceiro trimestre (dado mais recente), um nível de alavancagem de 4 vezes.

Para gerar caixa e segurar o endividamento reduzido, a empresa pretende manter uma postura mais prudente neste ano. "Após vários anos investindo, devemos focar apenas na manutenção de nossas plantas em 2012", afirma. Os investimentos da empresa deverão ser focados apenas em manutenção das fábricas, o que somará entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões por trimestre. Em 2011, a companhia investiu R$ 71,4 milhões em manutenção e R$ 89,4 milhões em expansão. A empresa afirmou que vê espaço para elevar os ganhos sem ampliação. Em 2011, o uso da capacidade instalada do Minerva foi, em média, de 74,3%. No trimestre, o lucro líquido do Minerva somou R$ 15,1 milhões. O resultado mostra uma queda de 45% em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao efeito contábil de operações de hedge (espécie de seguro contra variações de preços) feitas pela companhia.



Odontologia é o único setor com superavit na indústria médica
Folha 07.03.2012 - O segmento de odontologia foi o único superavitário na indústria médico-hospitalar no ano passado, de acordo com dados da Abimo (associação do setor).

As vendas brasileiras foram superiores às compras em US$ 6,3 milhões. O valor do superavit do segmento, porém, representou apenas 25% do obtido em 2010.

"A queda ocorreu devido à valorização do real. A tendência é que esse segmento continue a ser superavitário", diz Paulo Henrique Fraccaro, diretor da entidade.

Alemanha, Estados Unidos, Venezuela e Argentina foram os três principais mercados compradores, com 18,3%, 7,7%, 5,9% e 5,2% do total, respectivamente.

A balança comercial do setor médico-hospitalar brasileiro, porém, foi negativa em US$ 3,4 bilhões, sendo que as exportações foram de cerca de US$ 707,1 milhões.
O segmento voltado para laboratórios foi o que apresentou maior deficit, de US$ 972,6 milhões.
Dos produtos brasileiros vendidos para o exterior em 2011, 94,9% foram fabricados no Sul e no Sudeste.
Essa concentração deverá se manter nos próximos três anos, segundo a associação.

"Os incentivos oferecidos em outras regiões não são suficientes para atrair as empresas que já produzem aqui, pois a mudança é muito complexa", afirma Fraccaro.

"Essa medida atrai apenas as estrangeiras que ainda pretendem vir ao Brasil."




Fusões alteram configuração do varejo farmacêutico
Exame 06.03.2012 - Primeira pesquisa que contabiliza os grupos, não só as redes individualmente, aponta Grupo Raia/Drogasil na liderança do mercado brasileiro . A Abrafarma possui 29 associados e representa mais de 3.768 lojas. Levantamento obtido com exclusividade pelo site de VEJA mostra que as fusões e as aquisições que ocorreram entre redes de varejo farmacêutico no Brasil movimentaram o setor em 2011. O Grupo Raia/Drogasil, união da Droga Raia e da Drogasil – respectivamente 4º e 5º colocados em faturamento e 2º e 3º em número de lojas –, ultrapassou a líder Pague Menos, do Ceará, quando contabilizados os grupos econômicos. É a primeira vez que a pesquisa – realizada anualmente pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) a pedido da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) – contabiliza não só as redes individualmente, mas também os grupos aos quais pertencem.

Pague Menos – A cearense Pague Menos segue em primeiro lugar no ranking individual tanto em faturamento quanto em número de lojas pelo segundo ano consecutivo, mas cai para 3º e 4º lugares, respectivamente, quando consideradas as recentes movimentações das empresas de medicamentos.

DSP/Pacheco – Também à frente da rede Pague Menos no ranking de grupos farmacêuticos, a DSP/Pacheco assume a segunda posição na listagem por faturamento e número de lojas. A empresa, formada em agosto, reúne as maiores redes dos estados mais ricos e populosos do país: a Drogaria São Paulo, no estado de São Paulo, e a Drogaria Pacheco, no Rio de Janeiro.

Já a rede BrazilFarma (composta por Mais Econômica, Big Ben, Rosário e Santana), pertencente ao BTG Pactual, alcança o terceiro lugar na lista dos maiores grupos. No ranking individual, Mais Econômica (9ª colocada), Big Ben (11ª), Rosário (12ª) e Santana (13ª) estão bastante atrás da drogaria cearense. Bom ano – As vendas nas farmácias e drogarias voltaram a crescer em 2011, segundo a Abrafarma. As 29 grandes redes associadas à entidade comercializaram mais de 20 bilhões de reais no ano passado, com alta de 20,4% ante 2010. Puxaram o crescimento os medicamentos genéricos (26,91%) e os não medicamentos (28,61%). A Abrafarma possui 29 associados e representa mais de 3.768 lojas em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal e cerca de 36% das vendas de medicamento no país.



Lucro da Lojas Americanas cresce para R$ 180 mi
Exame 06.03.2012 - O resultado ficou em linha com a média das previsões de quatro analistas, de R$ 179,5 milhões. No fechado de 2011, a varejista registrou lucro líquido de R$ 340 milhões. A Lojas Americanas teve lucro líquido de 180,2 milhões de reais no quarto trimestre, crescimento de 13,5 por cento sobre um ano antes. O resultado ficou em linha com a média das previsões de quatro analistas, de 179,5 milhões de reais, segundo pesquisa da Reuters.

No fechado do ano, a varejista registrou lucro líquido de 340 milhões de reais, avanço de 10 por cento sobre 2010. A receita líquida de vendas e serviços avançou 6,7 por cento, para 3,143 bilhões de reais no último trimestre de 2011, acima das estimativas, que previam 2,998 bilhões de reais.

No acumulado do ano, a receita líquida foi de 10,2 bilhões de reais, avanço de 8,7 por cento na comparação anual. Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 3,6 por cento no quarto trimestre, fechando o período em 565,4 milhões de reais.
A margem Ebitda, enquanto isso, foi de 18 por cento, queda ante os 19,9 por cento vistos um ano antes.




Lucro líquido da CCP cresce cinco vezes em cinco anos
Valor 07.03.2012 - A Cyrela Commercial Properties (CCP) obteve, em 2011, lucro líquido de R$ 113,73 milhões, 21,1% acima do registrado em 2010. Segundo o diretor-presidente da CCP, Roberto Perroni, o lucro líquido da empresa cresceu cinco vezes em cinco anos. ACCP foi criada em abril de 2007 a partir da cisão dos ativos de renda da Cyrela Brazil Realty. Para a comparação, foi calculado o resultado pro-forma do primeiro trimestre de 2007. Em 2011, a receita líquida aumentou 27,7%, para R$ 309,30 milhões. Nos últimos anos, a receita da CCP foi impulsionada, principalmente, pelos reajustes de aluguel acima da inflação nas renovações e revisionais de contrato. "Em 2011, houve revisionais em que o valor de locação teve reajuste acima de 40%", diz Perroni, acrescentando que, em escritórios, isso pode ocorrer, novamente, em 2012.

Desde 2008, a CCP não tem nenhuma entrega de projetos de escritórios comerciais. A maioria dos imóveis de escritório em desenvolvimento será entregue em 2013, o que contribuirá para o aumento da receita. Conforme o diretor financeiro e de relações com investidores da CCP, Dani Ajbeszyc, a demanda por escritórios deve continuar bastante pressionada em São Paulo e no Rio de Janeiro nos próximos dois a três anos.  O segmento de escritórios seguirá como o principal negócio, mas sua participação na receita bruta deve cair de 68% para 48%, com aumento da parcela de shopping centers e galpões no total. No segmento de escritórios, a preferência da companhia é pelas melhores áreas de São Paulo e do Rio, existem entre 50 e 100 cidades em que poderiam ser desenvolvidos shoppings pela CCP. O potencial para desenvolvimento de galpões também chama a atenção da empresa, ainda que a companhia considere que a concorrência deve crescer no segmento.

A administração de projetos pertencentes às joint-ventures de que faz parte também engrossa a receita da companhia. No quarto trimestre de 2011, a CCP apresentou resultados inferiores aos do intervalo equivalente de 2010. O lucro líquido caiu 33%, para R$ 30,47 milhões, a receita líquida teve queda de 3,9%, para R$ 121,96 milhões, enquanto a geração de caixa medida pelo Ebitda apresentou retração de 22,6%, para R$ 51,35 milhões.




Estapar ganha sócios e vai investir
Valor 07.03.2012 - Helio Francisco Alves Cerqueira, fundador da Estapar: R$ 220 milhões para aquisições e crescimento orgânico em 2012. Três anos após receber aporte do BTG Pactual, a rede de estacionamentos Estapar tem dois novos sócios. As gestoras de fundos BR Investimentos e Templeton, da Califórnia, adquiriram, juntas, 20% do capital da Estapar. Com a venda dessa fatia, o BTG ficou com cerca de 40% e os fundadores com outros 40% da maior rede de estacionamentos do país. "Com os novos sócios, nós e o BTG fizemos uma diluição mais ou menos parecida", disse Helio Francisco Alves Cerqueira, fundador da Estapar ao lado de seu irmão, Helio Cerqueira Jr. Até a chegada dos dois novos sócios, o BTG e os irmãos Cerqueira detinham, cada um, 50% da companhia. "A Estapar se encaixa perfeitamente com a filosofia dos nossos investimentos. Não buscamos investimentos de capital intensivo, são negócios menores e margens maiores. Hoje, temos no Brasil uma expansão no setor de serviços por conta de uma classe média emergente" disse o economista Paulo Guedes, fundador da BR Investimentos, que ontem estava nos Estados Unidos captando recursos para seus fundos. "O mundo parou para conserto depois dos abusos de crédito. Com isso, os juros desabaram e há uma enxurrada de crédito em busca de bons negócios", observou Guedes. Com os aportes dos novos sócios, cujos valores não foram revelados, a Estapar ganhou fôlego para investir neste ano R$ 220 milhões - recursos que serão destinados para aquisições e crescimento orgânico. Trata-se do maior investimento já realizado pela empresa desde a sua fundação em 1981. No ano passado, por exemplo, a empresa investiu R$ 60 milhões. Do montante total, entre 30% e 35% serão usados para aquisições de garagens. De 10% a 15% dos recursos serão revertidos para crescimento orgânico. O restante será usado para a compra de empresas administradoras de estacionamento em praças em que a Estapar não atua ou tem pequena presença como o Norte e o Nordeste do país.

No começo do ano, a Estapar adquiriu o estacionamento e também as lojas do Brascan Open Mall - empreendimento com mais de 1,2 mil vagas de garagem e 3 mil m2 de área bruta locável (ABL) e localizado no Itaim, bairro nobre de São Paulo. "Como não somos administradores de shopping provavelmente vamos trocar ativos. Ou seja, vender o mall e comprar garagem. Mas ainda estamos definindo como vamos fazer isso", explicou Cerqueira.

Desde a entrada do BTG Pactual em 2009, a Estapar praticamente triplicou de tamanho. Entre 2008 e 2011, o faturamento aumentou de R$ 141 milhões para R$ 384 milhões. Para este ano, a companhia prevê que a receita bruta tenha outro grande salto e atinja quase R$ 600 milhões.

O economista da BR Investimentos aposta no crescimento do setor e já vislumbra, inclusive, algumas sinergias possíveis. "Os fundos de pensão, que investem em nossos fundos, têm entre seus ativos muitos estacionamentos e no futuro pode haver uma sinergia com a Estapar, por exemplo", explicou Guedes. Com os sócios financeiros, a Estapar disparou na liderança do setor de estacionamentos, que é bastante pulverizado. Apenas na cidade de São Paulo, há 900 mil vagas de garagens, segundo o Sindepark, sindicato que reúne empresas paulistas de estacionamento. No país, a Estapar é dona de 200 mil vagas e a segunda colocada do setor, a Multipark, administra 75 mil vagas.




Vale contestará tributos na Justiça; autos somam R$ 30 bilhões
Exame 06.03.2012 - A empresa disse que apresentará os recursos cabíveis para a defesa de seus interesses. A Vale informou na noite desta terça-feira que contestará na Justiça cobranças de tributos sobre lucros de controladas e coligadas no exterior, em processos que poderiam chegar a cerca de 30 bilhões de reais, de acordo com comunicado da empresa. A companhia informou que vem buscando discutir a cobrança de imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSLL) efetuada pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e que apresentará os recursos cabíveis na Justiça para evitar o pagamento. Sobre uma autuação relativa aos anos de 2003-2006 e 2007, a Vale informou "que foi publicada nesta data decisão do Tribunal Regional Federal da 1a Região suspendendo os efeitos da liminar obtida pela Vale", em processo cuja cobrança de tributos é de 9,8 bilhões de reais, mais multa e juros. Mas a empresa disse que apresentará os recursos cabíveis para a defesa de seus interesses. "A Vale afirma que não teve decisões definitivas que impliquem em pagamento ou desembolso financeiro imediato", acrescentou em comunicado. A maior produtora de minério de ferro do mundo ressaltou ainda que não avalia como provável a perda dos processos que discutem esta matéria e reafirmou que "por isso não constituiu provisão em suas demonstrações financeiras". A Vale revelou que se defende administrativamente em quatro autos de infração instaurados pela SRF nos últimos anos. Entre 1996 e 2002, os valores cobrados, incluindo multa e juros, somam 3,09 bilhões de reais; entre 2003 e 2006, o montante é de 10,84 bilhões de reais; em 2007, a soma é de 13,2 bilhões de reais; e em 2008, o valor cobrado é de 2,49 bilhões de reais. A Vale informou em fevereiro que elevou ainda mais a expectativa de perdas possíveis em processos administrativos e judiciais, tendo exposto em seu último balanço financeiro um valor de 44,3 bilhões de reais para "contigências possíveis" . A companhia disse ainda que os períodos a partir de 2009 são passíveis de novos autos de infração pela Receita Federal, cuja posição é baseada no Artigo 74 da Medida Provisória (MP) 2.158-34 de 2001, que possibilita a cobrança de tais tributos sobre os lucros de controladas e coligadas no exterior. "Na esfera judicial, a Vale entrou com mandado de segurança em 2003 questionando a aplicabilidade do artigo 74. Ante a decisão desfavorável do Tribunal Regional Federal da 2a Região... a empresa apresentou novos recursos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal", onde aguarda obtenção de efeito suspensivo até decisão definitiva do mérito, explicou a mineradora, que divulgou comunicado para esclarecer uma série de informações que chamou de "conflitantes".

Segundo a Vale, o STJ anteriormente já decidiu favoravelmente aos contribuintes no que diz respeito à impossibilidade de tributação de lucros no exterior tomando por base a equivalência patrimonial.

A Vale lembrou ainda que para discussão de qualquer débito tributário na esfera judicial há necessidade de apresentação de garantia pelo contribuinte, e que isso "não representa perda ou derrota judicial", sendo uma etapa para o início da discussão judicial das cobranças. "Com relação ao objeto da autuação relativa a 1996-2002, informamos em 5 de março de 2012 que a Vale recebeu cobrança no valor de R$ 1,6 bilhão, e apresentará os recursos cabíveis, oferecendo garantias necessárias para discussão dos débitos no Judiciário." A Vale afirmou ainda que processos administrativos e judiciais têm curso dinâmico, com possibilidade de decisões desfavoráveis, mas que "havendo decisão ou fato que afete de forma material o desempenho da Vale, divulgaremos imediatamente ao mercado".




Lucro da Usiminas despenca para R$ 77 milhões no quarto tri
Exame 06.03.2012 - Resultado foi inferior ao de 2010, de R$ 280 milhões. A empresa apurou geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 218 milhões. A Usiminas encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de 77 milhões de reais, contra resultado positivo um ano antes de 280 milhões, informou a companhia nesta quarta-feira.

A empresa apurou geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 218 milhões de reais, queda de 34,3 por cento sobre o obtido no mesmo período de 2010. A margem, enquanto isso, passou de 10,8 para 7,7 por cento.




Odebrecht contesta leilão do aeroporto de Viracopos
Estadão 07.03.2012 - Recurso da empresa, que faz parte do consórcio Novas Rotas, 2º colocado na disputa, questiona capacidade gerencial do consórcio vencedor. O consórcio Novas Rotas, formado por Odebrecht e Changi, de Cingapura, entrou com recurso administrativo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) contra o vencedor da concessão do Aeroporto de Viracopos, em Campinas. O grupo liderado por Triunfo Participações  (TPI), UTC Participações e a francesa Egis Airport arrematou, no início de fevereiro, o terminal do interior de São Paulo por R$ 3,82 bilhões, com ágio de 159,75%.

Anac abre prazo para recurso contra vencedores de leilão. O consórcio da Odebrecht ficou em segundo lugar, com uma proposta de R$ 2,524 bilhões - ágio de 71%. Segundo fontes do setor, o recurso do Novas Rotas questiona a capacidade gerencial da operadora Egis e condição financeira da TPI, que também foi colocada em xeque pelo mercado no dia seguinte ao leilão. Na ocasião, a agência de classificação de risco Fitch colocou em observação os ratings da empresa por causa do seu elevado endividamento em relação ao fluxo de caixa. Em 2012, as ações da empresa caíram 5,32%.

Segundo fontes, o governo também teria ficado preocupado com o consórcio vencedor de Viracopos e de Brasília. No caso do aeroporto de Campinas, no entanto, a preocupação maior seria com o tamanho da operadora francesa, que administra dois aeroportos internacionais no Chipre, em Larnaca e Paphos. Já a TPI conta com um histórico de perda de concessão.

A empresa venceu o leilão feito pelo governo do Estado de São Paulo em 2008, mas não conseguiu entregar todas as garantias exigidas pelo edital. Na ocasião, uma das justificativas foi a crise mundial, que reduziu a liquidez do mercado bancário. Sem as garantias, o consórcio perdeu a concessão para o segundo colocado, que era a Ecorodovias, concessionária que administra as Rodovias Imigrantes e Anchieta, em São Paulo.

Processo: Com o recurso administrativo da Novas Rotas, a Anac deverá intimar o grupo vencedor para responder os questionamentos. Segundo advogados consultados, o processo deve ser rápido, em torno de uma semana. Se a Anac rejeitar o recurso, o consórcio liderado por TPI e UTC entra na fase de cumprimento das obrigações previstas no edital para assinatura do contrato. Nesse caso, restará ao grupo da Odebrecht a possibilidade de questionar o resultado na Justiça.  Se a Anac aceitar o recurso, o consórcio Novas Rotas será declarado vencedor pela proposta dada no leilão (de R$ 2,524 bilhões) e terá de passar pelo trâmite de habilitação, como os demais consórcios. Com a decisão, o valor que o governo federal receberá de outorga cairia para R$ 23,2 bilhões.

No caso do aeroporto de Brasília, o segundo colocado, formado pelas espanholas OHL e Aena, decidiu não entrar com nenhum questionamento na agência reguladora contra os vencedores Infravix (Engevix) e a argentina Corporación America. Esse consórcio também venceu o aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Em relação ao aeroporto de Guarulhos, a segunda colocada, liderada por Ecorodovias, não vinha demonstrando interesse em recorrer do resultado do leilão de fevereiro. Mas o Estado não conseguiu confirmar se o grupo entrou ou não com recurso administrativo na Anac.




Vale contestará tributos na Justiça; autos somam R$ 30 bilhões
Exame 06.03.2012 - A empresa disse que apresentará os recursos cabíveis para a defesa de seus interesses. A Vale informou na noite desta terça-feira que contestará na Justiça cobranças de tributos sobre lucros de controladas e coligadas no exterior, em processos que poderiam chegar a cerca de 30 bilhões de reais, de acordo com comunicado da empresa. A companhia informou que vem buscando discutir a cobrança de imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSLL) efetuada pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e que apresentará os recursos cabíveis na Justiça para evitar o pagamento. Sobre uma autuação relativa aos anos de 2003-2006 e 2007, a Vale informou "que foi publicada nesta data decisão do Tribunal Regional Federal da 1a Região suspendendo os efeitos da liminar obtida pela Vale", em processo cuja cobrança de tributos é de 9,8 bilhões de reais, mais multa e juros.

Mas a empresa disse que apresentará os recursos cabíveis para a defesa de seus interesses. "A Vale afirma que não teve decisões definitivas que impliquem em pagamento ou desembolso financeiro imediato", acrescentou em comunicado. A maior produtora de minério de ferro do mundo ressaltou ainda que não avalia como provável a perda dos processos que discutem esta matéria e reafirmou que "por isso não constituiu provisão em suas demonstrações financeiras". A Vale revelou que se defende administrativamente em quatro autos de infração instaurados pela SRF nos últimos anos. Entre 1996 e 2002, os valores cobrados, incluindo multa e juros, somam 3,09 bilhões de reais; entre 2003 e 2006, o montante é de 10,84 bilhões de reais; em 2007, a soma é de 13,2 bilhões de reais; e em 2008, o valor cobrado é de 2,49 bilhões de reais.

A Vale informou em fevereiro que elevou ainda mais a expectativa de perdas possíveis em processos administrativos e judiciais, tendo exposto em seu último balanço financeiro um valor de 44,3 bilhões de reais para "contigências possíveis" . A companhia disse ainda que os períodos a partir de 2009 são passíveis de novos autos de infração pela Receita Federal, cuja posição é baseada no Artigo 74 da Medida Provisória (MP) 2.158-34 de 2001, que possibilita a cobrança de tais tributos sobre os lucros de controladas e coligadas no exterior. "Na esfera judicial, a Vale entrou com mandado de segurança em 2003 questionando a aplicabilidade do artigo 74. Ante a decisão desfavorável do Tribunal Regional Federal da 2a Região... a empresa apresentou novos recursos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal", onde aguarda obtenção de efeito suspensivo até decisão definitiva do mérito, explicou a mineradora, que divulgou comunicado para esclarecer uma série de informações que chamou de "conflitantes". Segundo a Vale, o STJ anteriormente já decidiu favoravelmente aos contribuintes no que diz respeito à impossibilidade de tributação de lucros no exterior tomando por base a equivalência patrimonial. A Vale lembrou ainda que para discussão de qualquer débito tributário na esfera judicial há necessidade de apresentação de garantia pelo contribuinte, e que isso "não representa perda ou derrota judicial", sendo uma etapa para o início da discussão judicial das cobranças. "Com relação ao objeto da autuação relativa a 1996-2002, informamos em 5 de março de 2012 que a Vale recebeu cobrança no valor de R$ 1,6 bilhão, e apresentará os recursos cabíveis, oferecendo garantias necessárias para discussão dos débitos no Judiciário." A Vale afirmou ainda que processos administrativos e judiciais têm curso dinâmico, com possibilidade de decisões desfavoráveis, mas que "havendo decisão ou fato que afete de forma material o desempenho da Vale, divulgaremos imediatamente ao mercado".




Empresa estrangeira é o pior competidor de private equity
Folha 07.03.2012 - "Estamos vendo cada vez mais competidores estratégicos em busca de aquisições. Para os financeiros nunca perdemos nenhum negócio", diz Juan Carlos Felix, diretor do Carlyle no Brasil, ao comentar que as negociações ficaram mais acirradas com a entrada de novos fundos de private equity (participação em empresas) no país.

"Temos mais medo dos estratégicos que querem entrar no Brasil do que dos outros de private equity", afirma. Empresas estrangeiras que já atuam nos setores cobiçados pelos fundos vêm agora ampliar seus mercados. Passaram, então, a competir por oportunidades de aquisição.

"Eles geralmente têm mais apetite para comprar", diz.  O fundo tem US$ 1 bilhão para investir em dez companhias no Brasil. Após anunciar a quarta aquisição, da Ri Happy, na semana passada, o Carlyle tem outras empresas em negociação, com plano de fechar mais um negócio até o final de 2012.  "Os anos 1980 foram a década de ouro para o private equity nos Estados Unidos. Isso é o que ocorre agora no Brasil, onde as empresas crescem cerca de 30%, como não acontece lá há muito tempo."  Devem entrar em operação neste ano outros fundos do Carlyle, no Peru e na África do Sul para, assim como no Brasil, procurar chegar antes dos concorrentes.

"Para cada empresa que compramos, olhamos 150 e em cada três 'due dilligences' [auditoria em dados da empresa à venda], ficamos com 50%"  "Queremos que as pessoas que trabalham conosco, muitas delas entre 25 e 30 anos, saiam da bolha da Faria Lima e aprendam com esse trabalho social".




Brasil deve adotar controle de capital rigoroso, diz Fitch
Estadão 07.03.2012 - Alta do real afeta a competitividade do País, num momento de lento crescimento da demanda externa.  A agência de classificação de risco Fitch Ratings divulgou um comunicado no qual avalia que o Brasil provavelmente continuará adotando medidas para conter a apreciação do real, que pode prejudicar a competitividade das exportações brasileiras em um momento em que o lento crescimento da demanda externa afeta negativamente a balança comercial e o balanço de pagamentos.

"Acreditamos que o tema dominante da aversão ao risco nos mercados desenvolvidos e o impacto das injeções de liquidez dos bancos centrais da Europa, dos EUA e do Japão provavelmente vão estimular o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil e outras economias latino-americanas em crescimento. Diante da pressão cambial contínua, os governos desses países podem ser forçados a estudar respostas que não excluem controles de capital mais rigorosos do que os anunciados até o momento", afirmou a Fitch.

Segundo a agência, "embora o real tenha sofrido uma depreciação significativa após atingir o pico de R$ 1,54 ante o dólar em julho, a valorização de 10% da moeda desde o início de 2012 está forçando o governo a apertar novamente os controles sobre o fluxo de capital especulativo".

De acordo com a Fitch, conforme as exportações, a produção industrial e o Produto Interno Bruto (PIB) perdem força, o Banco Central pode optar por continuar relaxando a política monetária cortando ainda mais a taxa de juros. A agência diz ainda que a o rating do Brasil, atualmente em BBB, está bem amparado pelas reservas internacionais do País, pela posição líquida de credor soberano e pela relativa estabilidade fiscal brasileira. "Por isso, continuamos considerando o perfil de crédito do Brasil amplamente consistente com o de outros parceiros que possuem a nota BBB, apesar dos sinais clarões de fraqueza no horizonte de curto prazo."



'É o nascimento de uma outra entidade'
Valor 07.03.2012 - "Somente o tempo dirá o que será dessa nova Unica", diz Eduardo Carvalho.Gestada dentro da Copersucar em 1997, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) é resultado de uma espécie de fusão de outras duas entidades canavieiras. Uma representava o tradicional setor açucareiro - Associação das Indústrias de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (AIAA) - e outra, as então recém-chegadas destilarias autônomas surgidas na era do Proalcool - Sociedade dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Sopral).

Naquele momento, conta Eduardo Carvalho, o primeiro executivo do mercado a presidir a Unica, o Proalcool já tinha declinado e as destilarias já incorporavam o açúcar ao seu portfólio. Com a dissolução da União Soviética, Cuba, sem subsídios, desaparecia do mapa global de açúcar, e o Brasil começava a emergir como exportador hegemônico da commodity.

Os interesses dos dois grupos, portanto, passaram a convergir, lembra Carvalho, e a Unica foi criada para representar politicamente essa nova classe. "A função principal da Unica é de representação política. É um setor que precisa de política pública. É da natureza da atividade", diz.

Ele conta que a entidade só conseguiu ganhar essa força política depois que as contribuições para campanhas passaram a ser centralizadas na Unica, e não mais feitas diretamente pelas usinas. "Não sabíamos quem e como o setor apoiava politicamente. Essa mudança deu resultados nas eleições presidenciais para 2002", recorda.  Nesse período, a entidade se convenceu de que era preciso ser atuante para viabilizar o carro-flex-fuel, obteve redução de ICMS para o etanol em São Paulo e entrou na briga contra os subsídios europeus ao açúcar na Organização Internacional do Comércio.

Em fevereiro de 2007, os americanos deixaram claro suas metas ambiciosas de etanol de milho, e aguçou o interesse de companhias por um etanol ainda mais competitivo, o de cana do Brasil.

O setor sucroalcooleiro no Brasil saiu do patamar de moagem de 300 milhões de toneladas para mais de 500 milhões, conta Carvalho. "E os antigos usineiros passaram a ter como seus companheiros empresas como Shell, BP, Petrobras, Bunge, ADM, Cargill, Louis Dreyfus...". A reunião de ontem do conselho da Unica, na visão de Carvalho, foi o marco do "enterro" de uma entidade para o nascimento de outra. "O que será dessa nova associação? Temos que esperar para ver", resigna-se.





Companhias iniciam oferta de serviços em TVs conectadas à web
Valor 07.03.2012 - Romeo Busarello, diretor de ambientes digitais e relacionamento da Tecnisa: custo baixo favoreceu aposta na área.Quando se começou a falar em aparelhos de TV com conexão à internet, a expectativa era de que o consumidor, ao assistir a um programa de TV, poderia selecionar os produtos exibidos e comprá-los com um clique no controle remoto. Não foi o que aconteceu. As TVs conectadas estão disponíveis no Brasil desde 2010, mas ainda parece distante o dia em que será possível comprar, via TV, o vestido da mocinha da novela.

Várias empresas, no entanto, começam a usar essa mídia para ofertar produtos e serviços. A Tecnisa vai colocar no ar nos próximos dias um aplicativo para as TVs conectadas da Samsung. Por meio dessa aplicação, os consumidores poderão pesquisar imóveis, ver mapas, plantas e ilustrações e obter o contato com o corretor, que ficará disponível das 8 horas à meia-noite. Para os clientes da incorporadora, o aplicativo permitirá acompanhar o andamento das obras de imóveis adquiridos na planta.  Romeo Busarello, diretor de ambientes digitais e relacionamento da Tecnisa, diz que dois fatores pesaram na decisão de investir na tecnologia. Um deles é que boa parte dos consumidores pesquisa imóveis na internet à noite, em casa. Outra razão é o custo: o aplicativo, desenvolvido pela Pontomobi, pertencente ao grupo RBS, custou R$ 40 mil. "É um valor baixo para uma ferramenta de marketing que fica na casa do consumidor. Se custasse R$ 1 milhão, pensaria se investiria agora ou futuramente", diz Busarello. Segmento alcançou 20% do mercado total de televisores no país em 2011 e pode chegar a 35% neste ano. O Banco do Brasil (BB) também apostou no segmento de aplicativos para TVs conectadas. Desde setembro, o banco fechou acordo com a LG Electronics para oferecer o aplicativo, que possibilita realizar operações como transferências, resgate de aplicações e obtenção de senha para saque sem cartão em agências. "Tudo que o cliente realiza na web ele pode fazer na TV digital", afirma Pedro Acácio Bergamasco, gerente executivo da unidade gestão de canais do BB. O aplicativo tem atualmente 15 mil usuários. Até abril, o Banco do Brasil pretende lançar uma versão para TVs da Samsung.

Para companhias como a Tecnisa e o Banco do Brasil, os aplicativos para TVs conectadas são um segmento de mídia ainda pequeno, mas que tende a ganhar espaço à medida que cresce a adoção de TVs com conexão à internet no país. Segundo informações da GfK Retail and Technologies, de janeiro a outubro as vendas dessas TVs haviam aumentado 517%, chegando a 1,3 milhão de unidades. Os fabricantes estimam que as vendas em 2011 somaram 2 milhões de unidades, representando 20% das vendas totais de televisores no país. A expectativa dos fabricantes para este ano é que as vendas de TVs conectadas dobrem, para 4 milhões de unidades, alcançando uma participação de 35%. Por conta desse cenário, a procura das empresas por aplicativos cresceu significativamente nos últimos meses. A Samsung, que no ano passado vendeu no país 300 mil TVs conectadas e prevê chegar a 1 milhão de unidades neste ano, viu multiplicar-se o número de aplicativos para suas TVs. Em 12 meses, esse volume passou de 50 para 350 aplicações, diz Rafael Cintra, gerente sênior de TVs, áudio e vídeo da Samsung. No mundo, a empresa possui 500 aplicativos do tipo.

Cintra observa que os primeiros aplicativos foram lançados por grupos de mídia e de internet, mas a entrada de empresas de outros setores está se tornando mais comum. "Há muitas companhias interessadas em desenvolver aplicativos para prestar serviços ou se aproximar dos consumidores."

O UOL está entre os grupos que entraram no segmento de aplicativos para TVs conectadas em 2010. Atualmente, o portal dispõe de aplicações para TVs conectadas da Sony, Semp Toshiba e LG Electronics. No caso da LG, o aplicativo do UOL é patrocinado pelo Bradesco, diz Julio Cesar Gomes Duran, diretor de concepção interface de produtos do UOL. A companhia planeja fechar acordos com mais fabricantes neste ano.

"Atualmente, também estamos desenvolvendo novos formatos para atrair anunciantes aos aplicativos", diz o executivo. Duran afirma que empresas anunciantes ainda consideram os aplicativos para TV conectada um produto segmentado. Pelo fato de o número de usuários de celulares e de computadores com acesso à internet ser maior, a preferência dos anunciantes recai sobre essas mídias, mais conhecidas. O UOL não divulga o número de usuários dos aplicativos para TV. Duran diz apenas que os conteúdos de vídeo são os mais acessados e superaram as expectativas do UOL e dos fabricantes.

Milton Neto, gerente-geral de TVs conectadas da LG, também vê uma demanda aquecida das empresas por aplicativos. "Existe bastante interesse das companhias em aproveitar essa plataforma para realizar ações de marketing ou prestar serviços", afirma.

De acordo com o executivo, a LG conta com 500 aplicativos, sendo que 100 foram desenvolvidos por empresas brasileiras. No ano passado, a fabricante dispunha de 100 aplicativos no mundo. "Este vai ser um ano muito importante para o setor de smart TV. A expectativa é que o mercado amadureça e invista mais nessa plataforma", afirma Neto. A LG não divulga número de vendas; informa apenas que do total de vendas de TVs no ano passado, 40% foram de TVs conectadas e aparelhos 3D. Para este ano, a expectativa é que esse percentual chegue a 50%.

Luciano Bottura, gerente da linha Bravia, da Sony, observa que o país já é o quinto maior do mundo em número de TVs conectadas. À medida que a tecnologia se torna mais comum, cresce o interesse dos usuários por conteúdo. "O consumidor está aprendendo a acessar conteúdos por internet na TV e o nível de exigência aumenta", afirma Bottura. A Sony tem atualmente 40 aplicativos para TVs conectadas. Em fevereiro, a fabricante fechou parceria com a locadora on-line NetMovies, para oferecer um serviço de vídeo sob demanda por assinatura.



Safra recorde e preços altos impulsionaram o agronegócio brasileiro
JB 06.03.2012 - Uma boa safra associada a preços elevados no mercado mundial foram os fatores que impulsionaram o forte desempenho da agropecuária brasileira em 2011, avaliou o diretor técnico da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Antonio Pinazza. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresceu 3,9% no ano passado, e foi o que mais contribuiu para a expansão de 2,7% da economia brasileira. “Esse resultado foi fruto de uma combinação muito feliz, que é muito difícil de acontecer na agricultura. Nós tivemos uma safra recorde, combinada com uma conjuntura de preços extremamente elevados do ponto de vista histórico”, ressaltou Pinazza. Segundo o diretor, normalmente, as boas safras levam à redução dos preços dos alimentos, mas, no ano passado, houve quebra da safra de cereais em grandes produtores europeus, o que elevou os preços desses produtos. “Você teve uma seca muito grande no Leste Europeu e, a partir dali, os preços entraram em alta”, comentou.

Este ano, entretanto, Pinazza prevê que o setor não terá um desempenho tão bom. “Certamente, a agricultura vai dar outra boa contribuição, mas não terá aquela mesma força que teve no ano passado”. De acordo com ele, provavelmente o país não conseguirá alcançar os mesmos patamares de produção verificados no ano passado.


Carlyle e Paulus querem captar R$ 1,7 bilhão em IPO da CVC
Brasil Econômico 06.03.2012 -  O empresário Guilherme Paulus informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comenta rumores de mercado.

Sócios querem retomar oferta de ações, cancelada em fevereiro, e avaliam que companhia vale o mesmo que TAM ou MMX.

O fundo de private equity americano Carlyle e o empresário Guilherme Paulus, fundador da operadora de turismo CVC, pretendem captar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão na operação de oferta pública inicial de ações  (IPO, na sigla em inglês), prevista para ocorrer entre o final de junho e o terceiro trimestre de 2012.

Para fazer o IPO a partir de junho, a CVC precisa solicitar novamente o pedido de registro de oferta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o regulador do mercado de capitais, a partir de meados de abril a maio.

Segundo apurou o Brasil Econômico, a operadora deve vender entre 20% e 30% do capital social. Se a operação sair na faixa de captação, a oferta indicará que o preço de mercado da CVC é de aproximadamente R$ 6 bilhões. Com esse valor, a CVC será listada num grupo restrito de empresas que incluem a empresa de energia Eletropaulo, a companhia aérea TAM, a MMX Mineração, do empresário Eike Batista, companhias que são grandes players do mercado onde atuam. Com esse valor, a CVC seria mais cara do que outros gigantes, como RaiaDrogasil, MDias Branco e Alpargatas (controlada pelo grupo Camargo Corrêa), que têm valor de mercado entre R$ 5,5 bilhões e R$ 5,7 bilhões.

A CVC, dona de aproximadamente 75% do mercado brasileiro de agências de viagem, chegou a fazer o pedido de registro de oferta à autarquia em agosto do ano passado, adiou a oferta e, no prazo limite para retomá-la, no dia 28 de fevereiro, comunicou desistência em razão das condições pouco propícias da bolsa para emissão de ações.

Segundo pessoas próximas aos acionistas, o Carlyle e a família Paulus decidiram adiar a oferta na tentativa de obter um preço maior na venda, sem ter que se desfazer de um lote maior de ações da companhia.

"A empresa entendeu que deve capturar maior valor mais para frente e não quis queimar uma boa história com mercado ruim", diz uma fonte.

"A decisão de levar uma empresa para fazer o IPO deve ter a combinação da companhia estar pronta, ter uma janela de oportunidade no mercado de capitais e, em alguns casos, aquisições em processo de acontecer."

Se a CVC decidir fazer o IPO no terceiro trimestre, poderá divulgar resultados do balanço referentes ao primeiro semestre do ano. Procurado, o executivo Fernando Borges, chefe do Carlyle no Brasil, diz que não comenta valorização de ativos. O empresário Guilherme Paulus informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comenta rumores de mercado.

A operação na BM&FBovespa deve ser apenas secundária, ou seja, o dinheiro da captação vai para o bolso dos acionistas e não para o caixa da empresa. Carlyle e Paulus estão redefinindo o percentual que cada um colocará no mercado. A expectativa de quem acompanha a estruturação da operação de perto é que a venda será proporcional à atual participação de cada sócio no negócio. Hoje, o Carlyle detém 64% da CVC, enquanto Paulus é dono de 36%. O fundo de private equity não vê problemas em deixar de ser controlador. Paulus já faz planos para investir os recursos da captação em novos hotéis. Hoje, ele é dono de três empreendimentos:  (Iguassu Resort, no Paraná, Serrano Resort Convenções & Spa, no Rio Grande do Sul, e Marupiara Hotel, em Pernambuco. E ainda arrenda outros seis.

A operadora quase dobrou de tamanho desde que o Carlyle se tornou sócio de Paulus, em 2009. A empresa faturou R$ 3,8 bilhões no ano passado, com 700 agências.



Fabricante de móveis gaúcha abrirá capital na Bovespa
Folha 06.03.2012 - A fabricante gaúcha de móveis Unicasa pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O ingresso da companhia pode marcar a primeira entrada de uma representante do setor em Bolsa de valores no Brasil. A operação, que consiste na venda de ações novas (oferta primária) e de papéis detidos pelos atuais sócios (secundária), será coordenada pelo BTG Pactual, em parceria com Itaú BBA e Santander. Dona das marcas de móveis Dell Anno, Favorita, New e Telasul, dedicadas respectivamente às classes A, B, C e D, a Unicasa foi criada em 1985, com sede em Bento Gonçalves (RS) e se apresenta como a líder no setor de móveis planejados no Brasil. No prospecto preliminar da oferta encaminhado à CVM, a companhia informa que tem 886 pontos de venda, incluindo 13 países além do Brasil, como Paraguai, Uruguai, Angola, Costa Rica, Chile, Colômbia, México, Argentina, Emirados Árabes e República Dominicana.

O documento informa também que a empresa teve em 2011 receita líquida de vendas de R$ 294,68 milhões (2,2% maior do que no ano anterior), lucro operacional medido pelo Ebitda de R$ 80,4 milhões (alta de 10,32%) e lucro líquido de R$ 57,79 milhões (crescimento 8,87%).  A companhia, que pretende se listar no Novo Mercado, tem como principal sócio Alexandre Grendene Bartelle (73,67% das ações), também o maior acionista da

fabricante de calçados Grendene, que tem ações negociadas na Bolsa desde 2004. A empresa passa por um processo de reposicionamento de marcas, que incorre inclusive no fechamento de algumas lojas. Por outro lado, com base no resultado de estudo de uma consultoria, a Unicasa afirmou ver potencial de abertura de 566 novas lojas no Brasil, incluindo todas suas marcas.

No entanto, o prospecto informa que os recursos obtidos com a oferta primária também serão usados para pagamento de dividendos aos atuais acionistas.

Momento: O anúncio chega num momento em que o mercado doméstico de ofertas tenta retomar fôlego. A última aconteceu há oito meses, da Abril Educação, em julho, precificada abaixo do esperado.

Neste ano, as duas companhias que pretendiam captar recursos com uma oferta inicial de ações, a CVC e a Brazil Travel, ambas do setor de turismo, desistiram dos planos devido às condições adversas do mercado.

Na semana passada, porém, o BTG Pactual protocolou seu pedido de registro para oferta inicial, numa das operações mais aguardadas dos últimos anos. Na véspera, a fabricante de celulose Eldorado pediu registro de companhia aberta, mas não para oferta de ações.



Losango nunca esteve à venda, diz CEO do HSBC
Exame 06.03.2012 - Segundo o executivo, Losango é estratégica para o HSBC. HSBC: sem vontade de vender a financeira Losango.

A Losango nunca esteve à venda, afirmou Conrado Engel, CEO do HSBC Bank Brasil, nesta terça-feira, em coletiva com a imprensa.

Segundo o executivo, as notícias que circularam na mídia no ano passado não passam de especulações e a financeira é estratégica para os negócios do banco no país.

"Temos clientes importantes com a Losango. Grandes players do mercado. Não temos interesse em vender esse braço de negócio", afirmou o executivo.

No ano passado, a financeira do grupo manteve-se líder no mercado, com 24% de participação, no segmento de Crédito Direto ao Consumidor (CDC).



HSBC lucra R$ 1,35 bilhão com operações brasileiras
Exame 06.03.2012 - Ganhos do banco cresceram 7% no país; carteira de crédito aumentou 15%. HSBC: Brasil responde por boa parte dos lucros na América Latina.

O lucro do HSBC no Brasil cresceu 7% em 2011 na comparação com o ano anterior, totalizando 1,35 bilhão de reais, pelas normas internacionais de contabilidade (IFRS).

De acordo com o banco, o lucro do ano passado foi impactado em 107 milhões de reais, devido à redução de alguns projetos globais.

O Brasil é a quarta maior operação do banco no mundo e representa mais da metade do lucro na América Latina.

"Trata-se de uma boa posição e não temos como melhorar isso, pois não dá para competir com a China", afirmou Conrado Engel, CEO do HSBC Bank Brasil, em coletiva com a imprensa, nesta terça-feira. Força do crédito O resultado positivo alcançado pelo banco no mercado brasileiro foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito que, no ano passado, foi de 15% na comparação com 2010. Segundo Engel, todos os segmentos em que o HSBC trabalha no Brasil são importantes. "No varejo, estamos cada vez mais focados na abertura de contas premium. Nossos negócios no país são focados em relacionamentos", disse o executivo. No ano passado, o banco interrompeu o financiamento de carros em concessionárias. "Hoje, financiamos carros apenas nas agências e dos nossos clientes", disse Engel.

Neste ano, o banco estima elevar a carteira de crédito no país entre 15% e 17%.



BP compra participação de 40% em quatro blocos da Petrobras
Exame 06.03.2012 -Serão dois blocos da bacia de Barreirinhas e mais dois na do Ceará. A petroleira britânica acelerou seus projetos de diversificação desde a explosão de sua plataforma petroleira Deepwater Horizon no Golfo do México. A petroleira britânica BP anunciou nesta terça-feira que recebeu autorização para comprar uma participação de 40% em quatro blocos de exploração e produção operados pela Petrobras em duas bacias do nordeste brasileiro, sem informar o montante da operação. A BP limitou-se a indicar em um comunicado difundido em Londres que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) deu luz verde a esta participação em dois blocos da bacia de Barreirinhas e em mais dois na do Ceará, que juntos cobrem uma superfície total de 2.113 km2 em águas profundas da chamada margem equatorial do Brasil.

"Estes quatro novos blocos proporcionam novas oportunidades de exploração fascinantes, que se agregam à importante posição que já temos no Brasil", declarou o conselheiro delegado da BP, Bob Dudley.

A BP já comprou no ano passado dez blocos de exploração nas bacias de Campos e Camail-Almada do grupo americano Devon Energy, dentro de uma transação mais ampla assinada em março de 2010 e avaliada globalmente em 7 bilhões de dólares. A petroleira britânica acelerou seus projetos de diversificação desde a explosão, em abril de 2010, de sua plataforma petroleira Deepwater Horizon em águas americanas do Golfo do México, que provocou a pior maré negra da história dos Estados Unidos.



Eutelsat vence leilão de espaço para lançamento de satélite
JCRJ 06.03.2012 - A empresa Eutelsat foi a vencedora do leilão pela quarta posição orbital para lançamento de satélites, realizado nesta terça-feira (6) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A empresa venceu com uma proposta de R$ 14,2 milhões, com um ágio de 254,85% em relação ao lance mínimo estipulado pela agência.

A posição orbital já tinha sido leiloada em agosto do ano passado, mas a vencedora, a empresa HNS Americas Comunicações, do Grupo Hughes, desistiu do negócio. Na ocasião, a empresa apresentou proposta de R$ 35,2 milhões.

No leilão de agosto, foram licitadas três posições orbitais para o lançamento de satélites. Segundo a Anatel, a licitação vai possibilitar o aumento da capacidade de transmissão via satélite do país, para atender às atuais demandas no setor e a outras que vão surgir com grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.



Embratel conclui compra de participação na Net
JCRJ 06.03.2012 - A Embratel Participações (Embrapar) anunciou nesta terça-feira (6) que adquiriu o controle indireto da Net Serviços de Comunicação. A operação aconteceu com a conclusão da compra de 1.077.520 ações ordinárias de emissão da GB Empreendimentos e Participações, controladora direta da Net. As ações adquiridas representam 5,5% do capital votante da GB e eram objeto de opção de compra outorgada pela Globopar.

A Embrapar passou a deter, em conjunto com sua controlada, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), 10.612.011 ações ordinárias de emissão da GB, correspondentes a 54,5% do capital votante da GB e 38.916.293 preferenciais, correspondentes a 100% das preferenciais da GB. Com isso, a Embrapar e Embratel passaram a deter, direta e indiretamente, por intermédio da GB, 92,2% do capital total da Net. O valor total da operação foi de R$ 6,43 milhões. “Com a aquisição do controle acionário da Net, a Embrapar visa incrementar as suas atividades e as de suas controladas no mercado brasileiro de telecomunicações”, afirmou a companhia em nota. A Embrapar informou ainda que pretende lançar uma oferta pública unificada para a aquisição de todas as ações ordinárias e preferenciais de emissão da NET, incluindo as ações subjacentes às American Depositary Shares e ações negociadas na LATIBEX, o Mercado de Valores Latinoamericanos.

A companhia informou ainda que tem a intenção de iniciar estudos visando examinar a conveniência de se promover uma reestruturação societária envolvendo a GB, NET e suas controladas.



LLX anuncia novo CFO
JCRJ 06.03.2012 - A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, informou nesta terça-feira (6) ao mercado que Eugênio Figueiredo, executivo da EBX Holding, é o novo CFO da companhia. Leonardo Gadelha, que até então vinha desempenhando esta função, assume o cargo de CFO da CCX, empresa que implementará o projeto integrado de mineração de carvão na Colômbia.

Eugenio Figueiredo possui 12 anos de experiência nas áreas financeira e desenvolvimento de negócios e atualmente é executivo da EBX Holding, responsável pela gerência de Project Finance. Iniciou sua carreira no Grupo EBX há 6 anos na MMX e, desde 2008, integrava a equipe de Corporate Finance da EBX Holding.

Nesse período, participou das operações de abertura de capital das empresas do Grupo EBX, operações de fusão e aquisição conduzidas pelo grupo e desenvolvimento de novos projetos. Antes de ingressar no Grupo EBX, trabalhou por 6 anos na área de desenvolvimento de negócios da Vale. Eugenio é Bacharel em Economia pela UFRJ, com MBA em Finanças pelo IBMEC.

Leonardo Gadelha é formado em Engenharia de Produção Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e obteve o título de Chartered Financial Analyst pelo CFA Institute em 2003. Ele foi CFO da Log-In Logística Intermodal S/A por cerca de 2 anos, onde comandou o processo de abertura de capital da companhia. Anteriormente, trabalhou por 5 anos na Vale comandando a área de governança corporativa e também na área de fusões e aquisições, onde participou nas operações da Caemi e INCO. Antes da Vale, trabalhou no banco JP Morgan na área de mercado de capitais.



TCU manterá fiscalização de aeroportos concedidos à iniciativa privada
JCRJ 06.03.2012 - Mesmo em um "segundo plano", o Tribunal de Contas da União (TCU) manterá a fiscalização dos aeroportos que passaram para a administração da iniciativa privada por meio de concessões. A informação é do presidente do órgão, Benjamim Zymler, que considera as análises das concessões um processo contínuo e "absolutamente natural", por ser prerrogativa do tribunal.

Ele destacou que as novas concessões merecerão um acompanhamento permanente. "Estamos confiantes de que os órgãos concessores farão uma boa fiscalização, mas ficaremos em segundo plano analisando o andamento das obras aeroportuárias". Zymler disse que essa tarefa do TCU não é restrita apenas aos contratos de administração dos aeroportos, mas abrange todas as licitações realizadas pelo governo federal, como construções de hidrelétricas, ferrovias e rodovias. Ele também espera que os recursos obtidos pelo Executivo com as licitações dos aeroportos se revertam em benfeitorias nos aeroportos considerados deficitários.

Benjamin Zymler esteve no Congresso acompanhando o ministro do TCU José Múcio Monteiro para discutir com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o relatório prévio sobre as contas do governo de 2011, que serão votados pelo tribunal em 23 de maio. José Múcio foi designado para relatar a prestação de contas do Executivo.

O parecer será montado com base em análises do desempenho da economia no período, da arrecadação da Receita Federal, da execução das despesas, das ações setoriais de governo e das demonstrações contábeis da União. Além desses tópicos, o TCU decidiu incluir a sustentabilidade do crescimento no relatório prévio que será votado em maio e entregue à Sarney.

O relator ressaltou que a intenção do tribunal é estabelecer uma parceria com o Executivo e o Congresso na execução do trabalho. José Múcio Monteiro disse que não cabe adotar apenas uma postura "crítica" mas, sim, de troca de informações.



Bramo investirá US$ 300 milhões no ES
MonitorMercantil 06.03.2012 - O governo do Espírito Santo assinou, no último dia 5, acordo com a Brasil Montadora de Veículos (Bramo) para a construção de uma fábrica de veículos, que terá investimentos de US$ 300 milhões. O acordo, que está sujeito à aprovação pelo governo federal do novo regime automotivo que flexibiliza regras de índices de nacionalização de componentes para novos investidores, prevê a instalação de uma fábrica para montagem de veículos das marcas chinesas Changan e Haima e da sul-coreana Ssangyong.

O mercado brasileiro já conta com marcas chinesas como JAC, Chery, Lifan e Hafei e sul-coreanas Hyundai e Kia e o novo empreendimento se somará a uma série de novas fábricas no quarto maior mercado de veículos do mundo.  A produção inicial da Brasil Montadora será de 10 mil unidades por ano a partir de 2014, podendo chegar a 50 mil veículos por ano na última fase. A empresa utiliza tecnologia sul-coreana e chinesa na montagem de veículos e na produção de motores, informou o governo do Estado.

A fábrica, que produzirá automóveis e utilitários esportivos, tem entrada parcial de operação prevista para meados de 2013, devendo a chegar à sua plena capacidade em dezembro de 2015.

Nossos investimentos reúnem recursos próprios, de nosso grupo empresarial em Portugal, e também de investidores internacionais - disse o empresário Abdul Ibraimo.

Segundo ele, o novo projeto poderá “competir de igual para igual com os Haima frente aos (veículos) nacionais e aqueles provenientes dos acordos do Mercosul e do México, nosso projeto de fábrica se mostra muito viável”.

Em 2011, a marca Ssangyong registrou vendas de 4.984 veículos no Brasil, uma participação equivalente a 0,64% do mercado, segundo dados da associação de distribuidores de veículos, Fenabrave.



Embratel paga R$ 6,4 mi à Globopar para assumir controle da Net
Folha 06.03.2012- A Embratel informou nesta terça-feira o pagamento de R$ 6,439 milhões à Globopar por 5,5% do capital votante da GB Empreendimentos e Participações, controladora direta da empresa de TV paga Net.

Com a aquisição, a Embratel passou a ter 54,5% do capital votante e 100% das ações preferenciais da GB.

"Em conseqüência da aquisição, a Embrapar e Embratel passaram a deter, direta e indiretamente, por intermédio da GB, 92,2% do capital total da Net", informou a Embratel.

A empresa é controlada pela mexicana América Móvil, do bilionário Carlos Slim, através da Telmex. A companhia mexicana controla também operadora móvel Claro.

"Com a aquisição do controle acionário da Net, a Embrapar visa incrementar as suas atividades e as de suas controladas no mercado brasileiro de telecomunicações", disse a empresa, acrescentando que pretende lançar uma oferta pública unificada para compra de todas as ações ordinárias e preferenciais de emissão da Net.



ALL tem prejuízo de R$ 32,5 milhões no quarto trimestre
Brasil Econômico 06.03.2012 - Teve destaque o transporte de commodities agrícolas, com crescimento de 10,2%. A América Latina Logística (ALL) obteve prejuízo de R$ 32,5 milhões no quarto trimestre de 2011, frente a uma perda de R$ 38,5 milhões no mesmo período do ano anterior.  O volume transportado nas ferrovias da ALL aumentou, passando de 10,3 milhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) para 11,1 milhões de TKU.

Teve destaque o transporte de commodities agrícolas, com crescimento de 10,2%, somando 8,2 bilhões TKU.

Boa parte do aumento veio do transporte de grãos. A soja transportada no trimestre somou 3,1 bilhões de TKU, frente a 288 milhões de TKU um ano antes.

Além disso, mesmo com a queda no volume exportado de açúcar em 2011, a empresa ganhou participação de mercado, e sua fatia cresceu. No quarto trimestre, o volume de açúcar transportado pela ALL avançou 12,8%, para 1,6 bilhão de TKU. Já o transporte de produtos industriais aumentou apenas 0,9% no trimestre.

Com isso, a receita líquida da empresa cresceu 11,1%, para R$ 442,6 milhões.

As despesas financeiras da companhia expandiram 0,6%, para R$ 245,3 milhões, o que, segundo a empresa, refletiu os juros maiores no país.

Os investimentos em expansão da operação brasileira aumentaram 18,4% no trimestre, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, e os investimentos em manutenção subiram 7,6%.

No total, os gastos com investimentos somaram R$ 199,5 milhões. No ano, o lucro da empresa cresceu 2,1%, para R$ 244,9 milhões.



Para discutir IR, Vale dá R$ 1,6 bi em garantias para discutir dívida de IR
Folha 06.03.2012 - A Vale informou que vai oferecer garantias de R$ 1,6 bilhão em bens para discutir na Justiça dívida cobrada pela Receita que envolve a cobrança de IR sobre lucro no exterior de controladas e coligadas. A empresa informou que recebeu cobrança referente a parte do auto de infração, mas reafirmou que não reconhece essa dívida.



Minerva tem lucro 44% menor no quarto trimestre
Brasil Econômico 06.02.2012 - A geração de caixa medida pelo Ebtida foi contabilizado em R$ 116,4 milhões no quarto trimestre.

O Minerva apresentou lucro líquido de R$ 15,1 milhões no quarto trimestre de 2011, com queda de 44% quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano, no entanto, a companhia viu seu lucro aumentar 100%, saindo de R$ 20,8 milhões em 2010 para R$ 41,7 milhões em 2011.

Já a receita líquida teve crescimento de 26,2% entre outubro e dezembro de 2011, ante os mesmos meses do ano anterior, somando R$ 1,09 bilhão.

A geração de caixa medida pelo Ebtida foi contabilizada em R$ 116,4 milhões no quarto trimestre, mostrando incremento de 36,8%, em ritmo anual.

A arroba média do boi caiu de preço no quarto trimestre de 2012 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, a companhia acredita em uma tendência de queda também no primeiro trimestre deste ano.

No quarto trimestre de 2011, o volume total de gado abatido no Brasil cresceu 5,0% em relação ao terceiro trimestre de 2011 e teve aumento de 4,6% em relação ao mesmo período de 2010.



JBS busca visão estratégica com Meirelles
Folha 06.05.2012 - Ex-presidente do Banco Central será presidente de conselho do grupo J&F, que controla a empresa de alimentos. Holding também tem empresas de celulose, higiene e limpeza, banco e confinamento de boi no país e nos EUA. Presidente do Banco Central de janeiro de 2003 a janeiro de 2011, Henrique Meirelles, 66, terá como principal desafio na presidência do conselho consultivo do grupo J&F trazer uma visão unificada e estratégica para os negócios da família Batista. O conselho foi criado para abrigar Meirelles, que deverá trabalhar em conjunto com Joesley Batista, presidente executivo da J&F. Joesley é o caçula de José Batista Sobrinho, fundador do frigorífico JBS, e até o ano passado ocupava a presidência da empresa de alimentos.

Segundo fonte próxima à empresa, Meirelles vai ter no grupo J&F papel parecido com o desempenhado por Fábio Barbosa, ex-presidente do Banco Real, na editora Abril -Barbosa assumiu em setembro do ano passado a presidência da Abril S.A.

Negócios: A JBS, maior processadora de carne bovina do mundo, é o maior e mais conhecido negócio da holding.

Com faturamento de aproximadamente de R$ 70 bilhões por ano,a J&F tem outros negócios milionários.

Um deles é o projeto Eldorado, de papel e celulose -o maior em desenvolvimento hoje no Brasil, com investimentos estimados em R$ 6,2 bilhões.

Na semana passada, a Eldorado anunciou um outro nome de peso para a presidência: José Carlos Grubisich, que deixou o grupo Odebrecht -no qual presidiu a ETH, de açúcar e álcool, e a petroquímica Braskem.

A J&F também é controladora da Flora, empresa de higiene e limpeza dona das marcas Albany e Minuano.

Fora do Brasil, controla a maior empresa de confinamento de gado dos Estados Unidos, a Oklahoma.

O grupo também está presente no setor de confinamento de bovinos no Brasil, com a Floresta Agropecuária, que possui sete fazendas na região central do país.

No setor financeiro, atua por meio do banco Original.

Henrique Meirelles ocupou a presidência do Banco Central durante os oito anos do governo Lula, tendo assumido pouco depois de ser eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás, seu Estado natal.

Antes, em 1996, foi nomeado presidente mundial do BankBoston, onde fez carreira como executivo. Em 2011, Meirelles filiou-se ao PSD.



McDonald's acelera investimentos
Valor 06.03.2012 - Arcos Dorados: juro menor abre espaço para crescer no Brasil.

A Arcos Dorados, operadora de lanchonetes da rede McDonald's na América Latina e Caribe, planeja abrir no mínimo 50 lojas no Brasil em 2012 - foram 41 pontos no ano passado. Os investimentos devem crescer em relação à previsão inicial, disse ontem ao Valor o presidente da Arcos Dorados, Woods Staton.

"O investimento estimado em novas lojas e reformas era de US$ 150 milhões [de 2011 a 2013], mas vai passar dessa soma. Estamos tratando dessa questão", disse. Foi aprovado um plano geral de investimentos entre US$ 340 milhões e US$ 350 milhões para 2012. Foram US$ 319,9 milhões em 2011.

"Redução nos juros e controle inflacionário vão abrir espaço para crescermos mais no país em 2012", disse Staton. "A conta que fazemos é considerar uma inflação de 5,5% em 2012 e um aumento de salário [mínimo] de 14%, e essa diferença deve se traduzir em consumo, com brasileiros comprando mais nossos produtos", afirmou o executivo, depois de apresentar resultados do quarto trimestre de 2011.

Segundo relatórios de bancos e corretoras, o desempenho da companhia esteve em linha ou levemente abaixo do esperado. Pressões inflacionárias no Brasil e na Argentina afetaram a margem da operação, escreveu a analista Juliana Rozenbaum, do Itaú BBA. Uma "leve desaceleração no consumo no país" no quarto trimestre foi sentida pela companhia.

"Não é uma desaceleração importante", explica o presidente da Arcos Dorados, ao comentar as observações dos analistas.

As vendas da companhia no conceito "mesmas lojas" (abertas há mais de 12 meses) no país cresceram 6,3% no quarto trimestre de 2011, ritmo de expansão abaixo da alta de 9,3% apurada no ano. "O importante é que atingimos as metas que programamos para o Brasil", disse ele.

No país, as vendas brutas da companhia cresceram 19% no ano passado, em relação a 2010 - a mesma taxa de crescimento verificada no lucro operacional. A receita atingiu US$ 1,9 bilhão, acima dos US$ 1,6 bilhão regsitrados em 2010. O lucro operacional passou de US$ 208,1 milhões para US$ 247 milhões.

Ao se somar a receita da operadora Arcos Dorados na América Latina e Caribe à do McDonald's nos Estados Unidos, Europa, Ásia/Pacífico, Oriente Médio e África, a cadeia de restaurantes faturou US$ 30,6 bilhões em 2011, versus US$ 27 bilhões no ano anterior. O Brasil respondeu por 6,2% das vendas globais em 2011, acima da taxa de 5,9% verificada no ano anterior.

Em 2010, a participação do Brasil nas vendas da Arcos Dorados foi de 50% - no ano passado, essa fatia chegou a 53%.

De acordo com o executivo, a companhia planeja implantar o sistema "Made for you" para todas as unidades do McDonald's no Brasil até o fim do ano. Eram 662 lojas ao fim de 2011. Até então, a companhia não havia informado uma meta tão agressiva. Em dezembro de 2011, 350 restaurantes operavam no país dentro desse conceito, criado pela empresa nos anos 1990. Nele, os restaurantes operam em "tempo real". O sanduíche só começa a ser feito a partir do momento que o pedido é feito na frente do caixa. Com isso, perdas são reduzidas e as despesas tendem a cair.

O modelo sofreu críticas de analistas nos EUA, porque afetaria o tempo de espera dos clientes. "É um bom modelo porque reduz muito custos", rebate Staton.

O executivo ainda informou que está afastada a hipótese de abertura de capital da Arcos Dorados no Brasil. Isso chegou a ser comentado no mercado no ano passado. "Razões técnicas atrapalham [a sede da empresa teria que ser transferida da Argentina para o país]. Mas uma abertura de capital no Brasil seria algo lindo", diz ele, ao informar que não comenta rumores sobre uma possível mudança nessa decisão.



Minerva prevê aumento da oferta de boi
Folha 06.03.2012 - Presidente do terceiro maior frigorífico do país, Fernando Queiroz afirma que novo ciclo resultará em queda de preço.

Emergentes do Oriente, do norte da África e do Leste Europeu estão entre os países que deverão importar mais. O Brasil está perto de voltar ao período mais próspero da pecuária. A avaliação é de Fernando Galletti de Queiroz, presidente do frigorífico Minerva, o terceiro maior do país em capacidade de abate de bovinos.  Para ele, a aguardada reversão do ciclo pecuário já começou, resultando em aumento da oferta de animais para abate e queda nos preços da arroba do boi gordo.  "Estamos entrando em um ciclo muito favorável para o Brasil", afirmou Queiroz.  Em 2007, os pecuaristas iniciaram o ciclo de retenção de matrizes, necessário para aumentar o rebanho bovino, que foi reduzido nos últimos anos por conta do abate das fêmeas entre 2005 e 2006.  O menor número de bois para o abate também valorizou o preço do bezerro, incentivando ainda mais os produtores a manter as vacas.  Agora, com o mercado de cria menos rentável e o aumento da oferta de bovinos, os pecuaristas começam a se desfazer das fêmeas menos produtivas, contribuindo para o aumento da oferta.

A redução nos custos com aquisição de matéria-prima ajudou a empresa a gerar fluxo de caixa operacional positivo no quarto trimestre de 2011, após dois trimestres de resultados negativos, afirmou Queiroz.

"Isso mostra a inflexão na curva do ciclo pecuário. Há uma tendência de queda no preço do boi. Os negócios no mercado futuro indicam valores inferiores aos do ano passado", disse.

Ontem, a arroba do boi gordo valia R$ 97 em São Paulo, segundo a AgraFNP. Na BM&F, o contrato de maio apontava o preço de R$ 93.

Caminho livre: Mais importante do que a maior oferta de matéria-prima é a falta de concorrência para o Brasil no cenário internacional neste ano, afirma o presidente do Minerva.

Ao contrário do Brasil, os EUA assistem a uma redução do seu rebanho, enquanto a Argentina permanece com restrições às exportações e a Austrália deve continuar com a oferta estável.

"O Brasil está ocupando espaço de outros países que não têm condições de suprir a demanda", afirma.

Entre os países que mais devem importar a carne brasileira, Queiroz destaca emergentes do Oriente Médio, do norte da África e do Leste Europeu.

Mas, no ano passado, o mercado interno foi o grande destaque das operações da empresa, que aumentou em 54% as vendas no país.

O faturamento total, incluindo as exportações, que subiram 2% em 2011, ficou em R$ 4,26 bilhões, alta de 19% em relação a 2010.

Apresentado ao mercado financeiro como a opção mais conservadora e previsível do setor, no qual compete com os gigantes JBS e Marfrig, o Minerva dobrou o seu lucro líquido, que ficou em R$ 41,7 milhões, ante R$ 20,8 milhões em 2010.  A dívida líquida ficou estável em R$ 1,2 bilhão. "Mantemos a dívida, enquanto o mercado questiona algumas estratégias de consolidação. Acreditamos que a nossa está correta", afirma.



Empresa de entretenimento de Eike Batista mira o mercado carioca
JB 05.03.2012 - Após adquirir os direitos do Ultimate Fighting Championshp (UFC) no Brasil, o bilionário Eike Batista volta os seus olhos para o Rio de Janeiro. A IMX, braço esportivo e de entretenimento do grupo EBX, pretende organizar na cidade cerca de 80% dos mais de 50 eventos que irá promover este ano. Entre eles estão a já tradicional Travessia dos Fortes, em Copacabana, o Rio International Triatlon, o Desafio de Ciclismo do Corcovado, e o II Mundial 4x4 de futevôlei. Será produzido um programa especial para mostrar como é a modalidade nascida nas areias cariocas para a Europa e o Oriente Médio, vistos como mercados potenciais pela companhia. “O futevôlei é um esporte genuinamente carioca e um orgulho para os seus moradores, em toda praia podemos ver grupos jogando uma partida. Queremos mostrar ao mundo como é essa modalidade e a importância que ela tem para a cidade do Rio de Janeiro”, afirma Alan Adler, diretor-executivo da IMX.

Um dos símbolos do Rio no exterior, o Maracanã - que passa por reformas para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 - também está na mira da IMX. Embora detalhes sobre a licitação para a concessão da administração do estádio à iniciativa privada ainda não tenham sido divulgados, a empresa já anunciou que irá participar do processo.

Eike Batista vê no mercado de entretenimento boa oportunidade de negócioO objetivo é transformar a arena em um grande complexo de entretenimento, que, além dos jogos de futebol, sediaria espetáculos musicais e poderia abrigar um shopping center e um centro gastronômico. Para tanto, seria formado um consórcio com a participação de empresas de construção civil. A união com um clube de futebol específico está descartada.

"A arena do Maracanã é fantástica se você agregar outras coisas para que as famílias possam passar o dia", disse Eike, que ainda frisou o potencial econômico da classe média no país. “Temos hoje mais de 100 milhões de brasileiros na classe média com renda disponível para gastar em eventos esportivos, que fazem parte do DNA do brasileiro".

No ano passado, o São Paulo lucrou com shows de artistas como Iron Maiden, Justin Bieber, Shakira e U2 realizados no Morumbi. Já o Engenhão, administrado pelo Botafogo, recebeu duas vezes o ex-Beatle Paul McCartney. O grupo cogita ainda investir na construção de novos estádios para explorá-los da mesma maneira que pretende fazer caso vença a licitação do Maracanã. Os rumores de que a IMX estaria interessada em investir no Carnaval carioca foram negados.

Décimo mais rico do mundo: Levantamento divulgado pela Bloomberg nesta segunda-feira aponta o empresário Eike Batista como o décimo homem mais rico do mundo. Segundo a agência, o patrimônio do brasileiro - estimado em em US$ 29,8 bilhões - foi o que mais cresceu (32%) entre o dos bilionários que ocupam as primeiras posições na lista. O mexicano Carlos Slim, dono da América Móvel, e o co-fundador da Microsoft, Bill Gates, lideram o ranking.



Grupo Abril inaugura hoje banca virtual
Folha 06.03.2012 - Novo site vai comercializar jornais, revistas e livros para computadores ou tablets. O Grupo Abril inaugura hoje uma banca virtual para comercializar conteúdo digital de revistas, jornais e livros de diversas editoras. No Iba (www.iba.com.br) é possível adquirir exemplares avulsos ou fazer assinaturas para as versões digital e impressa.

O conteúdo baixado pode ser acessado no computador ou em tablets. E estará disponível para ser lido em até seis aparelhos.

Nos tablets, a plataforma contempla inicialmente apenas o iPad, mas a partir de abril também estará em aparelhos que funcionam com o sistema Android. A plataforma não contempla smarthphones.

O Iba vai permitir aos editores de jornais vender seus conteúdos para o iPad sem as amarras da loja da Apple. Além de reter 30% do valor de venda de assinaturas ou exemplares avulsos, a Apple retém informações sobre os leitores. "Vamos compartilhar as informações dos usuários com os editores", diz Ricardo Garrido, diretor de operações do Iba.

Garrido explica que a remuneração não é fixa e consiste em uma comissão que vai variar conforme o porte das editoras ou dos títulos. "O Iba e a Apple não são canais de venda comparáveis."

Garrido diz que a iniciativa surgiu do interesse da Editora Abril em encontrar uma plataforma para vender conteúdo digital que atendesse às suas necessidades.

Lançamento: O projeto nasce com 6.000 títulos de livros digitais de 170 editoras, entre elas Record, Sextante e Cia das Letras, 25 revistas da Abril e diversos jornais, incluindo a Folha e o "Valor".

Como promoção de lançamento, de hoje até 16 de abril, quem se cadastrar no site poderá baixar gratuitamente cinco revistas e dez livros, além de um jornal por dia.

O lançamento também contempla campanha publicitária com comerciais na TV paga e no cinema e anúncios impressos e on-line em revistas, jornais e mídia exterior.



CPFL Renováveis abrirá o capital
Exame 06.03.2012 - A CPFL Renováveis vai abrir seu capital na Bovespa. A companhia vem negociando com bancos de investimento a formação do consórcio de coordenadores da oferta de ações. Segundo o Faria Lima apurou, os bancos devem ser escolhidos no fim da semana.  A CPFL Renováveis nasceu após a fusão de CPFL Energia e ERSA, no ano passado. Em fevereiro, a companhia anunciou a compra dos quatro parques de energia eólica da Bons Ventos, por um bilhão de reais.



IPO do BTG recebe aval do mercado com queda em títulos
Exame 06.03.2012 - Empresa vai vender ações novas e já existentes em uma oferta pública enquanto Esteves, mais jovem bilionário brasileiro, tenta expandir as atividades do banco no país.
Os custos de captação do Banco BTG Pactual SA estão caindo a níveis recordes. O banco do bilionário André Esteves prepara sua abertura de capital, depois de fazer aquisições de US $ 1,5 bilhão nos últimos cinco meses. As taxas dos títulos do BTG em dólar com vencimento em 2016 caíram 48 pontos-base desde que foram emitidos em junho, para 4,57 por cento, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A taxa média para os títulos de bancos da América Latina caiu 30 pontos-base no mesmo período, para 5,29 por cento, segundo dados do Credit Suisse Group AG. Títulos do Itaú Unibanco Holding SA, maior banco do País em valor de mercado, com vencimento em 2020 pagam taxa de 5,19 por cento. O BTG vai vender ações novas e já existentes em uma oferta pública enquanto Esteves, mais jovem bilionário brasileiro, tenta expandir as atividades do banco no país. O banco de mais rápido crescimento em ativos entre os 11 maiores do Brasil reduziu a desvantagem em relação ao concorrente mais próximo, a subsidiária brasileira do Citigroup Inc., de R$ 10,2 bilhões para R$ 2,8 bilhões nos 12 meses até setembro de 2011, de acordo com dados do Banco Central. “É uma história de sucesso e enquanto se mantiver como uma história de sucesso, as pessoas vão continuar a acompanhar”, disse Klaus Spielkamp, operador de renda fixa da Bulltick Capital Markets, em entrevista por telefone de Miami. “Eu não me preocuparia com o crescimento através de aquisições. Todas fizeram sentido. Eles buscam novas oportunidades de negócios e essa é uma boa idéia.” Continuar expandindo: Os títulos do BTG pagam 261 pontos-base a mais do que os papéis do governo com vencimento em 2017, comparado a uma diferença de 271 pontos há um mês, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A nota de crédito do banco, Baa3 na escala da Moody’s Investors Service, é a menor na escala de grau de investimento e está um nível dabixo da classificação do País. Na escala da Fitch, a classificação BBB- do banco é dois níveis menor que a das notas do Itaú e do Banco Bradesco SA, que é o segundo maior do País por valor de mercado.

O BTG protocolou na Comissão de Valores Mobiliários em 1º de março um pedido para fazer uma oferta de ações ordinárias e preferenciais que serão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. O banco, que não revelou quantas ações pretende vender nem quando, disse que planeja usar os recursos da abertura de capital para continuar expandindo seus negócios e melhorar sua estrutura de financiamento.

Em nota enviada por e-mail, o BTG não quis fazer comentários. Esteves, 43 anos, tornou-se bilionário quando vendeu o Banco Pactual SA para o UBS AG em 2006. Ele recomprou o banco por US$ 2,5 bilhões em 2009 e uniu a operação à instituição que havia fundado em 2008, formando o BTG Pactual. No ano passado, o banco comprou participações em empreendimentos como farmácias, hospitais e operadoras de estacionamento para aproveitar a expansão da economia. Compra da Celfin: No mês passado, o BTG acertou a compra da corretora chilena Celfin Capital SA por US$ 245 milhões em dinheiro e 2,4 por cento de ações do BTG. Foi a quinta aquisição desde outubro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Para Brigitte Posch, gestora de carteira de mercados emergentes da Pacific Investment Management Co., que supervisiona mais de US$ 1 trilhão em ativos em todo o mundo, a venda de ações pode impulsionar ganhos adicionais para os títulos do BTG.

“Ações aumentam a capacidade, a facilidade de levantar capital, se necessário, e assim permitem a potencial valorização dos bônus”, Brigitte disse em resposta por e-mail.

Em fevereiro de 2011, o BTG anunciou que pagaria R$ 450 milhões por 51 por cento do capital votante do Banco Panamericano SA, resgatado em novembro de 2010 após acusações de fraude contábil. O investimento no Panamericano, sediado em São Paulo, criou para Esteves uma parceria com a Caixa Econômica Federal, líder em financiamento imobiliário no Brasil.

‘Escala diferente’: Maria Rita Gonçalves, analista da Fitch, disse que ainda que as aquisições ajudem o BTG a estreitar sua diferença em relação à concorrência, o banco ainda não tem a diversificação dos concorrentes de grande porte. “Estamos falando de uma escala diferente”, disse Maria Rita em entrevista por telefone de São Paulo. “Os bancos maiores são muito diversificados, com bases de varejo, e isso faz uma enorme diferença em termos de custo de financiamento. O BTG está tentando diminuir essa diferença tornando seu negócio mais diversificado em termos de diferentes fontes de receita.”

A abertura de capital do BTG deve se beneficiar da disparada na demanda por ativos de mercados emergentes, disse Fausto Gouveia, que ajuda a administrar R$ 380 milhões em ações de títulos na Legan Administração de Recursos. O Ibovespa acumula uma alta de 18 por cento desde o início do ano, depois de fechar 2011 com uma baixa de 18 por cento.

“O momento é favorável para um IPO como esse”, disse Gouveia em entrevista por telefone de São Paulo. “O mercado conhece e confia na administração de André Esteves. O IPO é parte de uma estratégia de crescimento.”



Maersk fecha três contratos com Petrobras por US$ 285 milhões
Valor 06.03.2012 - A Maersk  Supply Service, unidade do conglometado industrial dinamarquês A.P. Moller-Maersk A/S , recebeu três contratos de serviços da Petrobras, com duração de quatro anos cada. O valor total do negócio é de 1,6 bilhão de coroas dinamarquesas, ou US$ 285 milhões.

Três navios da Maersk Supply Service - Maersk Leader, Maersk Lancer e Maersk Launcher - vão fornecer serviços de manuseamento de âncoras em águas ultraprofundas para a estatal brasileira.

"O Brasil é um mercado de crescimento importante estrategicamente para a Maersk Supply Service e esses contratos reforçam nosso relacionamento com um dos líderes da indústria em produção e exploração em água profunda", comentou o executivo-chefe da Maersk Supply Services, Carsten Plougmann Andersen.

Atualmente, a companhia possui 11 navios operando offshore no Brasil para a Petrobras e outros cinco para companhias petrolíferas internacionais.

Os novos contratos valem a partir de dezembro deste ano.



TCU abre 3 investigações para monitorar aeroportos leiloados
Folha 06.03.2012 - Há receio de que vencedores em Guarulhos, Campinas e Brasília não cumpram seus contratos. A investigação mais importante é sobre o preparo da Anac para fiscalizar as unidades que foram concedidas.  Pátio de aeronaves do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), uma das três unidades que foram concedidas à iniciativa privada

Desconfiado de que os vencedores das licitações dos aeroportos federais podem não cumprir seus contratos, o TCU (Tribunal de Contas da União) abriu três investigações na área.

A mais importante é a que prevê o monitoramento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Segundo fonte do órgão, a intenção é verificar se a agência está preparada para a fiscalização dos aeroportos concedidos à iniciativa privada.  Conforme a Folha mostrou em fevereiro, a agência não tem ainda "expertise" e pessoal suficiente para a fiscalização das empresas privadas que vão controlar os aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF).  A preocupação do TCU aumentou com o resultado do leilão, que teve ágios altos. Em Brasília, a proposta mínima era de R$ 582 milhões e o vencedor ofereceu R$ 4,5 bilhões. Em Campinas, o menor valor era R$ R$ 1,5 bilhão e o aeroporto foi arrematado por R$ 3,8 bilhões.  Para o aeroporto de Guarulhos, a proposta ficou em R$ 16,2 bilhões, R$ 12,8 bilhões acima do lance inicial.

O Tribunal estudou os valores e chegou à conclusão que, no caso de Guarulhos, apenas 10% do ágio oferecido como outorga poderá ser coberto com receitas aeroportuárias. Isso se o aeroporto for usado em sua capacidade máxima durante todo o tempo dos 20 anos da concessão.  Para manter a unidade funcionando, fazer as obras e pagar valor de outorga -cerca de R$ 800 milhões ao ano-, o vencedor do leilão terá que aumentar muito as receitas comerciais obtidas com aluguel de lojas, publicidade e estacionamentos, entre outras fontes.  A intenção do TCU é evitar que o aeroporto "vire apenas um shopping center", nas palavras de fonte no órgão. Mas, para isso, será necessário que a Anac tenha capacidade de fiscalizar com rigor os contratos com os concessionários.  Isso porque o modelo adotado no edital foi o de exigir dos concessionários não apenas que façam obras específicas, mas que mantenham ao longo de todo o período de concessão um nível de serviço adequado. E esse nível de serviço terá que ser medido com qualidade.

Além de fiscalizar a Anac, o TCU também pretende fazer um acompanhamento do plano de outorgas, em elaboração pela Secretaria Nacional de Aviação Civil.

É nesse plano que será definido um planejamento geral do sistema de aviação civil. O fato de o plano não estar pronto antes do leilão foi motivo de uma ressalva do TCU ao aprovar a concessão dos aeroportos.

Fundo: A outra apuração do órgão é sobre a regulamentação do Fundo Nacional de Aviação Civil. É para esse fundo que irão os recursos das concessões dos aeroportos.

Mas, sem um regulamento apropriado, a desconfiança é que possa acontecer com o fundo da aviação o mesmo que aconteceu com o fundo das telecomunicações, em que o dinheiro vem servindo para alimentar o superavit primário do governo e é pouco usado no desenvolvimento do setor.



Sócios argentinos querem mudar imagem
Valor 06.03.2012 - Insatisfeita com a imagem difundida no Brasil, após ter arrematado a concessão dos aeroportos de São Gonçalo do Amarante e de Brasília, a operadora Corporación América sugere que "vejam como começou e como terminou a nossa história" de renegociações contratuais com o governo argentino. "Fomos uma das poucas empresas de serviços públicos cujo contrato a comissão de renegociação criada pelo presidente Néstor Kirchner acabou aprovando", afirmou ao Valor o diretor da companhia para negócios na América Latina, Ezequiel Barrenechea. "Os contratos anteriores eram obsoletos e não acompanhavam mais a situação do país", acrescentou o executivo, em referência à crise de 2001. Em outros casos, lembrados pelo próprio Barrenechea, a renegociação não foi bem-sucedida e as empresas foram reestatizadas. Isso ocorreu com o Correo Argentino (que havia ficado nas mãos do empresário local Franco Macri, pai de Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires e arquirrival político do casal Kirchner) e com a Aguas Argentinas (então controlada pela francesa Suez e hoje rebatizada como AySA). Em seu país de origem, a Corporación América controla a Aeropuertos Argentina 2000 (AA2000), que ganhou a licitação de 33 aeroportos concedidos em bloco, em 1998, na reta final da "era Menem". Quatro anos depois, a Auditoría General de la Nación (órgão fiscalizador do Poder Executivo) denunciou que a AA2000 descumpria suas obrigações contratuais e acumulava dívidas de US$ 104 milhões, devido ao atraso no pagamento dos royalties. "O governo Kirchner formou uma comissão de renegociação na qual estavam a AA2000 e mais nove ou dez empresas de eletricidade, águas, trens. De todos os contratos renegociados, com cláusulas modificadas, um dos poucos firmados foi conosco", afirmou Ezequiel Barrenechea.

Depois de São Gonçalo do Amarante, a Corporación América repetiu a dobradinha com a Engevix e venceu o leilão pelo aeroporto de Brasília, com 50% de participação de cada empresa no consórcio. A assinatura do contrato de concessão está prevista para a primeira semana de maio.

Barrenechea diz que Brasília tem vocação para tornar-se um "hub" de voos internacionais para distribuir os passageiros para destinos brasileiros. A operação deverá ser a maior da Corporación América nos sete países onde atua, incluindo agora o Brasil.

O executivo lembra que no Uruguai, onde detém a concessão dos aeroportos de Montevidéu e de Punta del Este, a Corporación América também foi recebida com desconfiança. "Suspeitavam que sucatearíamos Montevidéu para privilegiar o Aeroparque (aeroporto central de Buenos Aires)", afirma. Em dezembro de 2009, pelo contrário, o grupo inaugurou um novo terminal de passageiros que é referência em matéria de arquitetura. Em oito anos de concessão, o movimento duplicou, passando de 827 mil para 1,654 milhão de passageiros e transformando a capital uruguaia em centro de conexões para o Cone Sul. A capacidade do novo terminal é de quatro milhões de passageiros. O grupo argentino também opera os aeroportos equatorianos de Guayaquil (com um projeto vanguardista) e de Galápagos (com certificação ecológica), além de cinco aeroportos no interior do Peru, de um terminal regional na Itália e do principal aeroporto da Armênia. Está fortemente interessado na privatização dos aeroportos espanhóis.



Inframérica adianta projeto para terminar aeroporto antes da Copa
Valor 06.03.2012 - Gérson Almada, presidente da Infravix: projeto não é destaque de modernidade, mas atende necessidades da região.

Enquanto os vencedores do último leilão de aeroportos se empenham para entregar as documentações necessárias e homologar o resultado da disputa, a primeira concessão do governo Dilma Rousseff no setor já começa a ganhar forma - cerca de três meses após a assinatura do contrato. O projeto conceitual do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, nas proximidades de Natal (RN), foi apresentado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pela concessionária Inframérica - que espera inaugurar o aeroporto antes da Copa do Mundo de 2014.

A sociedade, formada pela argentina Corporación América e pela brasileira Infravix (do grupo Engevix), já observa o interesse de grandes empresas em aproveitar a nova infraestrutura da região.

O contrato de concessão permite o início das operações até novembro de 2014, mas a Inframérica espera cumprir o objetivo antes disso - a meta é inaugurar oficialmente o aeroporto em abril. A intenção da concessionária é aproveitar a demanda existente no Mundial de futebol, já que Natal é uma das cidades-sede. "A cidade deve receber quatro jogos, e teremos um aumento significativo de demanda por conta disso. Mesmo que não houvesse a Copa, aproveitaríamos a demanda que sobe muito no meio do ano, que é a época de férias", afirma Gérson Almada, presidente da Infravix.

A ordem de serviço foi emitida pela Anac em 18 de janeiro e abriu-se um prazo de seis meses para a apresentação do projeto básico de engenharia. O grupo privado tem pressa e pode entregá-lo até o fim deste mês. Enquanto isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia o financiamento às obras. O empréstimo deve bancar 70% dos investimentos, segundo a Inframérica. A carta consulta foi protocolada em dezembro e respostas a questionamentos do banco foram acrescentadas na semana passada.

O empreendimento deverá ser erguido em duas etapas. Ao fim da primeira, que tornará o aeroporto operacional, o investimento aplicado será de R$ 404 milhões. As obras visam atender a uma capacidade de 6,2 milhões de passageiros por ano - demanda que existirá, segundo estimativas da Infraero, apenas no ano de 2024.
O aporte dos sócios do consórcio para essa fase será de R$ 84 milhões, dos quais R$ 32,5 milhões foram integralizados em 2011 - o restante será desembolsado até o primeiro trimestre de 2014. Na segunda fase, os investimentos devem atender à previsão de demanda de 11 milhões de passageiros por ano. O investimento é de aproximadamente R$ 250 milhões, demanda esperada para 2038. Ao fim dessa fase, os investimentos totalizarão os R$ 650 milhões previstos ao longo dos 28 anos de concessão.

Segundo Almada, a ideia é fazer com que o projeto da capital federal se torne um hubby nacional - embora ele também possa vir a ser um centro de conexões internacional, mas que opere voos da América do Sul.

De acordo com Wilson Vieira, vice-presidente da Infravix, uma das principais características do projeto é a chamada reversibilidade de terminais. Quando os voos internacionais responderem pela maior parte da demanda, a área doméstica poderá ser usada. Outro trunfo do terminal é o desembarque e o embarque em dois andares diferentes - algo que hoje só se pode observar em poucos aeroportos no Brasil.

O terminal de passageiros prevê 45 balcões de check-in, dez quiosques de auto-atendimento, cinco esteiras de restituição de bagagem e pátio de aeronaves com oito pontes de embarque (fingers). Haverá mais dez posições remotas para o estacionamento dos aviões. Além desses dois andares, outros dois pisos intermediários serão configurados para abrigar áreas técnicas e escritórios, somando 40 mil metros quadrados de construção. Almada admite, no entanto, que o aeroporto não será um destaque. "Não é algo luxuoso. Seria pretensão nossa dizer que é um dos mais modernos. Mas ele atende à necessidade da região", comenta. No aspecto arquitetônico, Almada diz que o projeto contempla as características do Estado - será usado, por exemplo, granito de jazidas locais. Uma cobertura metálica vazada promete garantir sombra e ventilação ao edifício.
O estacionamento terá 1,5 mil vagas iniciais e será ampliado em etapas, conforme a evolução da demanda. A pista de pouso será a primeira no país que nasce apta para receber o A-380, superjumbo da Airbus que é considerado o maior avião de passageiros do planeta. Com 3 mil metros de comprimento e 60 metros de largura, a pista de pouso e decolagem está sendo construída pelo Exército - sob responsabilidade da Infraero. De acordo com o presidente da estatal, Gustavo do Vale, está tudo em dia. "Vamos entregá-la até novembro de 2013."

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Benito Gama, espera a atração de mais investimentos com o aeroporto. Prefeitura e governo do Estado, segundo ele, já se mexem para providenciar o acesso viário, o fornecimento de energia e o estrutura de saneamento necessários. Uma prioridade das autoridades locais é agilizar a implantação da zona de processamento de exportação (ZPE) de Macaíba, com indústrias dos setores farmacêutico e de tecnologia, por exemplo. "Os investidores estão nos procurando para acelerar o projeto", diz Gama.

Há um obstáculo importante, no entanto, que ainda precisa ser contornado. Até hoje, 14 anos depois do início do processo de desapropriação do sítio aeroportuário, o título de posse definitiva não foi emitido pelo governo estadual. "Dos mais de 150 antigos proprietários das terras, apenas cinco não concordaram com o valor da desapropriação e a questão foi judicializada", diz o procurador-geral do Estado, Miguel Josino. O assunto foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou as indenizações com base nos valores da época, não atuais (valorizados pela exploração imobiliária).

Só um dos desapropriados pedia R$ 74 milhões. A perícia final, segundo o procurador, apontou valor de R$ 8 milhões para todos os processos. Desembolsando os recursos, o caminho fica livre para a posse definitiva. Apesar das restrições financeiras do governo, Josino espera solucionar logo a última pendência. "Queremos e vamos resolver esse assunto até o meio do ano", diz o procurador.



Importadora das marcas Ssangyong, Changan e Haima planeja fábrica no ES
Estadão 05.03.2012 - Unidade deve ser construída na cidade de Linhares, com investimento de US$ 300 milhões. A partir de 2014, veículos das marcas chinesas Changan e Haima e da coreana Ssangyong podem começar a ser fabricados no Brasil. Ontem, o presidente da Brasil Montadora de Veículos, que já importa e vende as marcas no País, Abdul Ibraimo, assinou um protocolo de intenção com o governo do Espírito Santo para erguer uma fábrica na cidade de Linhares, no norte do Estado. O investimento é de US$ 300 milhões.

"É um projeto que poderia ter saído antes. Ele depende agora da flexibilização do índice de nacionalização do novo regime automotivo, que deve ser anunciado em breve. Mas tenho fé que vai dar certo", afirma o executivo. Ele conta que já conversou com o governo a respeito,

No primeiro ano de produção, os veículos virão desmontados da Coreia e da China (CKD) e o índice de conteúdo de peças e componentes nacionais dos veículos será de 15%, com perspectiva de aumentar gradativamente, chegando a 60% no quarto ano.

A previsão é de serem fabricados seis modelos, dois de cada marca. Da Ssangyong, seriam produzidos os utilitários-esportivos Korando e Korando Sports; da Changan, dois modelos de utilitários MiniStar; e dois modelos de carros de passeio (H2 e H3) da Haima.

Ibraimo conta que 20% do investimento virá de recursos do grupo português Tricos, do qual a Brasil Montadora de Veículos faz parte. O grupo Tricos tem negócios imobiliários em Portugal e atua na importação de veículos em Moçambique. No ano passado, faturou US$ 1,2 bilhão. No Brasil, onde atua desde 2001 com a importação de modelos da marca Ssangyong, teve receita de R$ 700 milhões em 2011.

A maior parte do investimento (80%) virá dos agentes financiadores da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene): ou do Banco do Nordeste ou do BNDES. É que o projeto será estabelecido em Linhares, município que pertence à área de atuação da Sudene. Ibraimo não detalha as condições de crédito dos bancos estatais, como prazos ou taxas de juros.

Porto: Ibraimo diz que vários fatores foram considerados na decisão de estabelecer a fábrica em Linhares, que fica a 150 quilômetros de Vitória. Em primeiro lugar, a importadora já tem um escritório em Vitória e as importações são feitas por meio do porto da cidade. Além disso, Linhares tem localização estratégica porque permite acesso fácil ao Nordeste e ao Sul do País, já que a empresa tem planos de fazer do Brasil uma base de exportação de veículos para o Mercosul.

"Também recebemos incentivos do governo, como o terreno adquirido por um preço irrisório, serviços de terraplenagem e infraestrutura", conta Ibraimo. O prédio, diz, começará a ser erguido dentro dois a três meses.

A expectativa é produzir 10 mil veículos a partir de 2014 e gerar 1,1 mil empregos diretos e 3,5 mil indiretos. Segundo o executivo, a decisão de escolher três marcas diferentes foi tomada para tornar o investimento mais competitivo e reduzir custos. Várias etapas de produção poderão ser compartilhadas, como a pintura dos veículos, por exemplo.

Hoje, a participação das marcas Ssangyong e Changan é insignificante no mercado brasileiro de importados. Em 12 meses até janeiro, somou 425 unidades, segundo a Abeiva.



Arauco e Unilin criam joint venture no Brasil
Valor 06.03.2012 - A chilena Arauco e a belga Unilin, que ainda não contava com operações no Brasil, anunciam hoje a criação de uma joint venture que vai atuar no mercado brasileiro de pisos laminados de madeira, com as marcas Floorest e Quick-Step. Os valores envolvidos no acordo, que engloba investimentos na fábrica de laminados da Arauco no município de Piên, no Paraná, não foram divulgados. Cada empresa terá 50% do negócio. Pelo acordo, a Arauco vai fornecer, desde sua fábrica paranaense, placas de HDF (de alta densidade) para a joint venture, Já a Unilin aportará tecnologia de pisos laminados - revestimento e proteção - e desenvolverá produtos e somará conhecimento de mercado.

Segundo o diretor de assuntos corporativos da Arauco Brasil, Fernando Lorenz, um diretor industrial da Unilin virá ao país avaliar a unidade fabril de Piên e definir os investimentos necessários à produção de um portfólio completo de pisos para a parceria. "A Arauco não tinha como forte a atuação no mercado de pisos", afirmou. "Essa aliança permite que a Arauco forneça seu conhecimento em florestas e equipamentos e a Unilin, sua experiência de líder na Europa."

A joint venture, cujo nome ainda não foi definido, será comandada por Luis Dominguez Saéz, diretor da Unilin. Conforme Lorenz, ainda não é possível falar em expectativa de vendas, mas a meta é ser líder do mercado nacional. "Nossa filosofia é olhar primeiro para o mercado brasileiro, buscar a liderança, e depois poderemos avaliar exportações".

Ele informou que a Arauco avaliou que uma parceria com a Unilin, uma das maiores detentoras de patentes na área de pisos do mundo, poderia ser benéfica para ambas e o acordo foi firmado na sexta-feira - o anúncio oficial será feito hoje durante a feira Expo Revestir, em São Paulo.

No Paraná, a Arauco está investindo mais de R$ 270 milhões na unidade de Jaguariaíva - são três fábricas ao todo no país -, para ampliar de 315 mil para 815 mil metros cúbicos de painéis derivados de madeira (MDF) a partir de maio deste ano. Ela prevê ainda a implantação de nova linha, com capacidade para 280 mil metros cúbicos anuais de MDF revestido.
No fim de 2011, a Arauco se uniu à Klabin na compra da Florestal Vale do Corisco, dona de 107 mil hectares de terras no Paraná. O negócio, efetivado via Centaurus Holdings (51% da Klabin e 49% da Arauco) foi de US$ 473,5 milhões.

Sediada em Santiago, a Arauco tem mais de 1 milhão de hectares de florestas plantadas em diferentes países e 374 mil hectares de florestas nativas. Além de painéis de madeira, é produtora de celulose. A Unilin pertence à Mohawk Industries, que tem 17 fábricas na Europa, EUA, Rússia e Malásia. Em 2010 faturou € 900 milhões.



Santander britânico, de olho em IPO, nomeia novos chefes
Estadão 06.03.2012 - O Santander, maior banco da zona do euro, nomeou novos chefes para as áreas financeira e de varejo na unidade no Reino Unido, aumentando o quadro executivo e a estrutura antes de uma planejada separação da matriz e abertura de capital do negócio britânico.

O Santander espanhol quer separar e listar o negócio britânico no ano que vem e pode até adiantar o processo para o fim deste ano se as condições do mercado melhorarem.

O processo foi adiado pelas mudanças nas regulamentações do Reino Unido para a área de varejo bancário, pela crise da dívida na zona do euro e pelo atraso na integração de centenas de agências compradas do RBS.

O negócio do Reino Unido, liderado por Ana Botin desde novembro de 2010, nomeou Stephen Jones nesta terça-feira como vice-presidente executivo. Justo Gomez, diretor financeiro, vai se reportar a Jones.

O Santander tirou Jones do rival Barclays em setembro do ano passado para liderar estratégia e regulação. Ele havia sido chefe de relações com investidores e foi previamente executivo sênior no segmento de mercado de capitais no Barclays.  O Santander também promoveu Pateman para liderar o segmento de varejo no Reino Unido; ele era chefe do segmento empresarial e de negócios.



Parceria da Abbott
Valor 06.03.2012 - A farmacêutica Abbott e a belga Galapagos anunciaram acordo de colaboração global para desenvolver e comercializar um inibidor de JAK1, de nova geração, para uso oral, em fase 2 de desenvolvimento. A droga é voltada para tratamento de várias doenças autoimunes. A JAK1 faz parte de uma família de enzimas que desempenham papel chave no mecanismo de ação de determinadas citosinas envolvidas no desenvolvimento de doenças autoimunes. O composto, chamado nesta fase de desenvolvimento de GLPG0634, é um inibidor altamente seletivo, que a Galapagos desenvolve para o tratamento de artrite reumatoide e outras doenças autoimunes.



A relação entre o prêmio de controle e o valor justo
Valor 06.03.2012 - Por que algumas operações de troca de controle societário ou de aquisição de participação no bloco dos acionistas majoritários são realizadas por cifras superiores ao valor de mercado e até mesmo ao preço justo da ação? Qual a razão desse prêmio pelo controle? Em novembro último, o grupo ítalo-argentino Ternium informou a sua entrada no bloco de controle da siderúrgica Usiminas, pagando R$ 36 por ação, enquanto as ações ordinárias (USIM3) eram cotadas a R$ 19. O preço-alvo definido pelos analistas de mercado recolhido pela Bloomberg era ainda menor (R$ 14).

A Cosan, empresa do segmento de energia, anunciou a aquisição de uma participação de 5,67% do capital total e de 49% das ações do acordo de acionistas da empresa de logística ALL. O preço sugerido de R$ 23 por ação embutia um prêmio de 109% sobre a cotação de fechamento do pregão anterior ao anúncio e de 54,6% sobre o preço-alvo indicado pelos analistas.

No fim de 2010, a Telefónica adquiriu a participação da Portugal Telecom na Vivo por € 62,05 por ação. Considerando o câmbio da época, equivalia a cerca de R$ 150 por ação. A ação ordinária da Vivo era negociada na ocasião por cerca de R$ 100. O preço de mercado estava errado? Os analistas estavam sendo muito conservadores em suas projeções? Não necessariamente. A grande lição dessas operações é que as empresas não possuem um preço justo único e universal. Ele pode variar dependendo de quem está adquirindo a companhia. E não necessariamente o preço de mercado acompanhará o valor pago pelo adquirente. As seguintes variáveis podem afetar o valor justo da companhia:

1) Sinergias:

a) Redução de custos - Uma das sinergias mais óbvias é a redução de custos promovida pelo adquirente com a aquisição da companhia. Por exemplo, a Telefónica, com a aquisição da Vivo, pôde reduzir custos administrativos como contabilidade e contas a pagar por intermédio da união com a empresa de telefonia fixa Telesp. As estimativas de custos e despesas dos analistas, antes da troca de controle, não levavam em conta esse corte de custos. Com despesas mais altas, não é novidade que o preço-alvo do mercado fosse menor.

b) Oferta de produtos mais rentáveis - Outra vantagem é que, reunindo os serviços de telefonia móvel e fixa, a Telefónica pode oferecer a seus um pacote de produtos mais diversificados. O aumento da gama de produtos tende a aumentar a base de clientes e, com isso, a rentabilidade. Essa variável também não era captada pelos analistas.

c) Custo de captação - O adquirente pode ter um melhor perfil de crédito, o que pode reduzir o custo de captação da empresa, reduzindo as despesas financeiras no médio prazo. Com menores dispêndios, o fluxo de caixa é maior, impulsionando o valor da companhia. O analista tende a estimar as despesas financeiras com base no custo de captação atual. Logo, são projeções mais conservadoras.

d) Verticalização das atividades - A Cosan é cliente da ALL no transporte de açúcar e etanol. A verticalização das atividades traz um retorno adicional à Cosan. O preço da ação de ALL para o minoritário não considera esse ganho.

e) Aumento da capacidade produtiva - Investimentos em novas fábricas trazem sempre riscos, como atrasos na entrega. A aquisição de unidades já existentes reduz riscos. Assim, a compra pode ter um valor adicional para a adquirente.

2) Bloquear a entrada de novos concorrentes: A aquisição da empresa pode impedir que novos concorrentes ingressem no mercado, acirrando a competição. Por isso, o comprador pode acabar pagando um prêmio a fim de evitar um cenário mais competitivo.

Além de prêmios sobre o valor de mercado para a aquisição do controle societário, é comum o controlador original buscar ser o único acionista da companhia mediante o cancelamento de registo de empresa aberta, pagando um prêmio sobre o valor de mercado para aquisição das ações dos minoritários. São os casos do Itaú Unibanco e da Tenaris, que pretendem fechar o capital da Redecard e da Confab, pagando um valor superior ao de mercado. As razões citadas acima também podem ser válidas para explicar o porquê de o controlador decidir fechar o capital da subsidiária, pagando um prêmio sobre a cotação de mercado da ação.



Carlyle e Paulus querem captar R$ 1,7 bilhão em IPO da CVC
Brasil Econômico 06.03.2012 -  O empresário Guilherme Paulus informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comenta rumores de mercado.

Sócios querem retomar oferta de ações, cancelada em fevereiro, e avaliam que companhia vale o mesmo que TAM ou MMX.

O fundo de private equity americano Carlyle e o empresário Guilherme Paulus, fundador da operadora de turismo CVC, pretendem captar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão na operação de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), prevista para ocorrer entre o final de junho e o terceiro trimestre de 2012.

Para fazer o IPO a partir de junho, a CVC precisa solicitar novamente o pedido de registro de oferta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o regulador do mercado de capitais, a partir de meados de abril a maio.

Segundo apurou o Brasil Econômico, a operadora deve vender entre 20% e 30% do capital social. Se a operação sair na faixa de captação, a oferta indicará que o preço de mercado da CVC é de aproximadamente R$ 6 bilhões. Com esse valor, a CVC será listada num grupo restrito de empresas que incluem a empresa de energia Eletropaulo, a companhia aérea TAM, a MMX Mineração, do empresário Eike Batista, companhias que são grandes players do mercado onde atuam. Com esse valor, a CVC seria mais cara do que outros gigantes, como RaiaDrogasil, MDias Branco e Alpargatas (controlada pelo grupo Camargo Corrêa), que têm valor de mercado entre R$ 5,5 bilhões e R$ 5,7 bilhões.

A CVC, dona de aproximadamente 75% do mercado brasileiro de agências de viagem, chegou a fazer o pedido de registro de oferta à autarquia em agosto do ano passado, adiou a oferta e, no prazo limite para retomá-la, no dia 28 de fevereiro, comunicou desistência em razão das condições pouco propícias da bolsa para emissão de ações.

Segundo pessoas próximas aos acionistas, o Carlyle e a família Paulus decidiram adiar a oferta na tentativa de obter um preço maior na venda, sem ter que se desfazer de um lote maior de ações da companhia.

"A empresa entendeu que deve capturar maior valor mais para frente e não quis queimar uma boa história com mercado ruim", diz uma fonte.

"A decisão de levar uma empresa para fazer o IPO deve ter a combinação da companhia estar pronta, ter uma janela de oportunidade no mercado de capitais e, em alguns casos, aquisições em processo de acontecer."

Se a CVC decidir fazer o IPO no terceiro trimestre, poderá divulgar resultados do balanço referentes ao primeiro semestre do ano. Procurado, o executivo Fernando Borges, chefe do Carlyle no Brasil, diz que não comenta valorização de ativos. O empresário Guilherme Paulus informou, por meio da assessoria de imprensa, que não comenta rumores de mercado.

A operação na BM&FBovespa deve ser apenas secundária, ou seja, o dinheiro da captação vai para o bolso dos acionistas e não para o caixa da empresa. Carlyle e Paulus estão redefinindo o percentual que cada um colocará no mercado. A expectativa de quem acompanha a estruturação da operação de perto é que a venda será proporcional à atual participação de cada sócio no negócio. Hoje, o Carlyle detém 64% da CVC, enquanto Paulus é dono de 36%. O fundo de private equity não vê problemas em deixar de ser controlador. Paulus já faz planos para investir os recursos da captação em novos hotéis. Hoje, ele é dono de três empreendimentos: (Iguassu Resort, no Paraná, Serrano Resort Convenções & Spa, no Rio Grande do Sul, e Marupiara Hotel, em Pernambuco. E ainda arrenda outros seis.

A operadora quase dobrou de tamanho desde que o Carlyle se tornou sócio de Paulus, em 2009. A empresa faturou R$ 3,8 bilhões no ano passado, com 700 agências.



Fabricante de móveis gaúcha abrirá capital na Bovespa
Folha 06.03.2012 - A fabricante gaúcha de móveis Unicasa pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O ingresso da companhia pode marcar a primeira entrada de uma representante do setor em Bolsa de valores no Brasil.

A operação, que consiste na venda de ações novas (oferta primária) e de papéis detidos pelos atuais sócios (secundária), será coordenada pelo BTG Pactual, em parceria com Itaú BBA e Santander.

Dona das marcas de móveis Dell Anno, Favorita, New e Telasul, dedicadas respectivamente às classes A, B, C e D, a Unicasa foi criada em 1985, com sede em Bento Gonçalves (RS) e se apresenta como a líder no setor de móveis planejados no Brasil. No prospecto preliminar da oferta encaminhado à CVM, a companhia informa que tem 886 pontos de venda, incluindo 13 países além do Brasil, como Paraguai, Uruguai, Angola, Costa Rica, Chile, Colômbia, México, Argentina, Emirados Árabes e República Dominicana.

O documento informa também que a empresa teve em 2011 receita líquida de vendas de R$ 294,68 milhões (2,2% maior do que no ano anterior), lucro operacional medido pelo Ebitda de R$ 80,4 milhões (alta de 10,32%) e lucro líquido de R$ 57,79 milhões (crescimento 8,87%).  A companhia, que pretende se listar no Novo Mercado, tem como principal sócio Alexandre Grendene Bartelle (73,67% das ações), também o maior acionista da fabricante de calçados Grendene, que tem ações negociadas na Bolsa desde 2004. A empresa passa por um processo de reposicionamento de marcas, que incorre inclusive no fechamento de algumas lojas. Por outro lado, com base no resultado de estudo de uma consultoria, a Unicasa afirmou ver potencial de abertura de 566 novas lojas no Brasil, incluindo todas suas marcas.

No entanto, o prospecto informa que os recursos obtidos com a oferta primária também serão usados para pagamento de dividendos aos atuais acionistas.

Momento: O anúncio chega num momento em que o mercado doméstico de ofertas tenta retomar fôlego. A última aconteceu há oito meses, da Abril Educação, em julho, precificada abaixo do esperado.

Neste ano, as duas companhias que pretendiam captar recursos com uma oferta inicial de ações, a CVC e a Brazil Travel, ambas do setor de turismo, desistiram dos planos devido às condições adversas do mercado.

Na semana passada, porém, o BTG Pactual protocolou seu pedido de registro para oferta inicial, numa das operações mais aguardadas dos últimos anos. Na véspera, a fabricante de celulose Eldorado pediu registro de companhia aberta, mas não para oferta de ações.



Losango nunca esteve à venda, diz CEO do HSBC
Exame 06.03.2012 - Segundo o executivo, Losango é estratégica para o HSBC. HSBC: sem vontade de vender a financeira Losango.

A Losango nunca esteve à venda, afirmou Conrado Engel, CEO do HSBC Bank Brasil, nesta terça-feira, em coletiva com a imprensa.

Segundo o executivo, as notícias que circularam na mídia no ano passado não passam de especulações e a financeira é estratégica para os negócios do banco no país.

"Temos clientes importantes com a Losango. Grandes players do mercado. Não temos interesse em vender esse braço de negócio", afirmou o executivo.

No ano passado, a financeira do grupo manteve-se líder no mercado, com 24% de participação, no segmento de Crédito Direto ao Consumidor (CDC).



HSBC lucra R$ 1,35 bilhão com operações brasileiras
Exame 06.03.2012 - Ganhos do banco cresceram 7% no país; carteira de crédito aumentou 15%. HSBC: Brasil responde por boa parte dos lucros na América Latina.

O lucro do HSBC no Brasil cresceu 7% em 2011 na comparação com o ano anterior, totalizando 1,35 bilhão de reais, pelas normas internacionais de contabilidade (IFRS).

De acordo com o banco, o lucro do ano passado foi impactado em 107 milhões de reais, devido à redução de alguns projetos globais.

O Brasil é a quarta maior operação do banco no mundo e representa mais da metade do lucro na América Latina.

"Trata-se de uma boa posição e não temos como melhorar isso, pois não dá para competir com a China", afirmou Conrado Engel, CEO do HSBC Bank Brasil, em coletiva com a imprensa, nesta terça-feira.

Força do crédito O resultado positivo alcançado pelo banco no mercado brasileiro foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito que, no ano passado, foi de 15% na comparação com 2010.

Segundo Engel, todos os segmentos em que o HSBC trabalha no Brasil são importantes. "No varejo, estamos cada vez mais focados na abertura de contas premium. Nossos negócios no país são focados em relacionamentos", disse o executivo. No ano passado, o banco interrompeu o financiamento de carros em concessionárias. "Hoje, financiamos carros apenas nas agências e dos nossos clientes", disse Engel.

Neste ano, o banco estima elevar a carteira de crédito no país entre 15% e 17%.



BP compra participação de 40% em quatro blocos da Petrobras
Exame 06.03.2012 -Serão dois blocos da bacia de Barreirinhas e mais dois na do Ceará. A petroleira britânica acelerou seus projetos de diversificação desde a explosão de sua plataforma petroleira Deepwater Horizon no Golfo do México. A petroleira britânica BP anunciou nesta terça-feira que recebeu autorização para comprar uma participação de 40% em quatro blocos de exploração e produção operados pela Petrobras em duas bacias do nordeste brasileiro, sem informar o montante da operação. A BP limitou-se a indicar em um comunicado difundido em Londres que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) deu luz verde a esta participação em dois blocos da bacia de Barreirinhas e em mais dois na do Ceará, que juntos cobrem uma superfície total de 2.113 km2 em águas profundas da chamada margem equatorial do Brasil.

"Estes quatro novos blocos proporcionam novas oportunidades de exploração fascinantes, que se agregam à importante posição que já temos no Brasil", declarou o conselheiro delegado da BP, Bob Dudley.

A BP já comprou no ano passado dez blocos de exploração nas bacias de Campos e Camail-Almada do grupo americano Devon Energy, dentro de uma transação mais ampla assinada em março de 2010 e avaliada globalmente em 7 bilhões de dólares. A petroleira britânica acelerou seus projetos de diversificação desde a explosão, em abril de 2010, de sua plataforma petroleira Deepwater Horizon em águas americanas do Golfo do México, que provocou a pior maré negra da história dos Estados Unidos.



Eutelsat vence leilão de espaço para lançamento de satélite
JCRJ 06.03.2012 - A empresa Eutelsat foi a vencedora do leilão pela quarta posição orbital para lançamento de satélites, realizado nesta terça-feira (6) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A empresa venceu com uma proposta de R$ 14,2 milhões, com um ágio de 254,85% em relação ao lance mínimo estipulado pela agência.

A posição orbital já tinha sido leiloada em agosto do ano passado, mas a vencedora, a empresa HNS Americas Comunicações, do Grupo Hughes, desistiu do negócio. Na ocasião, a empresa apresentou proposta de R$ 35,2 milhões.

No leilão de agosto, foram licitadas três posições orbitais para o lançamento de satélites. Segundo a Anatel, a licitação vai possibilitar o aumento da capacidade de transmissão via satélite do país, para atender às atuais demandas no setor e a outras que vão surgir com grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.



Embratel conclui compra de participação na Net
JCRJ 06.03.2012 - A Embratel Participações (Embrapar) anunciou nesta terça-feira (6) que adquiriu o controle indireto da Net Serviços de Comunicação. A operação aconteceu com a conclusão da compra de 1.077.520 ações ordinárias de emissão da GB Empreendimentos e Participações, controladora direta da Net. As ações adquiridas representam 5,5% do capital votante da GB e eram objeto de opção de compra outorgada pela Globopar.

A Embrapar passou a deter, em conjunto com sua controlada, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), 10.612.011 ações ordinárias de emissão da GB, correspondentes a 54,5% do capital votante da GB e 38.916.293 preferenciais, correspondentes a 100% das preferenciais da GB. Com isso, a Embrapar e Embratel passaram a deter, direta e indiretamente, por intermédio da GB, 92,2% do capital total da Net. O valor total da operação foi de R$ 6,43 milhões. “Com a aquisição do controle acionário da Net, a Embrapar visa incrementar as suas atividades e as de suas controladas no mercado brasileiro de telecomunicações”, afirmou a companhia em nota. A Embrapar informou ainda que pretende lançar uma oferta pública unificada para a aquisição de todas as ações ordinárias e preferenciais de emissão da NET, incluindo as ações subjacentes às American Depositary Shares e ações negociadas na LATIBEX, o Mercado de Valores Latinoamericanos.

A companhia informou ainda que tem a intenção de iniciar estudos visando examinar a conveniência de se promover uma reestruturação societária envolvendo a GB, NET e suas controladas.



LLX anuncia novo CFO
JCRJ 06.03.2012 - A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, informou nesta terça-feira (6) ao mercado que Eugênio Figueiredo, executivo da EBX Holding, é o novo CFO da companhia. Leonardo Gadelha, que até então vinha desempenhando esta função, assume o cargo de CFO da CCX, empresa que implementará o projeto integrado de mineração de carvão na Colômbia.

Eugenio Figueiredo possui 12 anos de experiência nas áreas financeira e desenvolvimento de negócios e atualmente é executivo da EBX Holding, responsável pela gerência de Project Finance. Iniciou sua carreira no Grupo EBX há 6 anos na MMX e, desde 2008, integrava a equipe de Corporate Finance da EBX Holding.

Nesse período, participou das operações de abertura de capital das empresas do Grupo EBX, operações de fusão e aquisição conduzidas pelo grupo e desenvolvimento de novos projetos. Antes de ingressar no Grupo EBX, trabalhou por 6 anos na área de desenvolvimento de negócios da Vale. Eugenio é Bacharel em Economia pela UFRJ, com MBA em Finanças pelo IBMEC.

Leonardo Gadelha é formado em Engenharia de Produção Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e obteve o título de Chartered Financial Analyst pelo CFA Institute em 2003. Ele foi CFO da Log-In Logística Intermodal S/A por cerca de 2 anos, onde comandou o processo de abertura de capital da companhia. Anteriormente, trabalhou por 5 anos na Vale comandando a área de governança corporativa e também na área de fusões e aquisições, onde participou nas operações da Caemi e INCO. Antes da Vale, trabalhou no banco JP Morgan na área de mercado de capitais.



TCU manterá fiscalização de aeroportos concedidos à iniciativa privada
JCRJ 06.03.2012 - Mesmo em um "segundo plano", o Tribunal de Contas da União (TCU) manterá a fiscalização dos aeroportos que passaram para a administração da iniciativa privada por meio de concessões. A informação é do presidente do órgão, Benjamim Zymler, que considera as análises das concessões um processo contínuo e "absolutamente natural", por ser prerrogativa do tribunal.

Ele destacou que as novas concessões merecerão um acompanhamento permanente. "Estamos confiantes de que os órgãos concessores farão uma boa fiscalização, mas ficaremos em segundo plano analisando o andamento das obras aeroportuárias". Zymler disse que essa tarefa do TCU não é restrita apenas aos contratos de administração dos aeroportos, mas abrange todas as licitações realizadas pelo governo federal, como construções de hidrelétricas, ferrovias e rodovias. Ele também espera que os recursos obtidos pelo Executivo com as licitações dos aeroportos se revertam em benfeitorias nos aeroportos considerados deficitários.

Benjamin Zymler esteve no Congresso acompanhando o ministro do TCU José Múcio Monteiro para discutir com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o relatório prévio sobre as contas do governo de 2011, que serão votados pelo tribunal em 23 de maio. José Múcio foi designado para relatar a prestação de contas do Executivo.

O parecer será montado com base em análises do desempenho da economia no período, da arrecadação da Receita Federal, da execução das despesas, das ações setoriais de governo e das demonstrações contábeis da União. Além desses tópicos, o TCU decidiu incluir a sustentabilidade do crescimento no relatório prévio que será votado em maio e entregue à Sarney.

O relator ressaltou que a intenção do tribunal é estabelecer uma parceria com o Executivo e o Congresso na execução do trabalho. José Múcio Monteiro disse que não cabe adotar apenas uma postura "crítica" mas, sim, de troca de informações.



Bramo investirá US$ 300 milhões no ES
MonitorMercantil 06.03.2012 - O governo do Espírito Santo assinou, no último dia 5, acordo com a Brasil Montadora de Veículos (Bramo) para a construção de uma fábrica de veículos, que terá investimentos de US$ 300 milhões. O acordo, que está sujeito à aprovação pelo governo federal do novo regime automotivo que flexibiliza regras de índices de nacionalização de componentes para novos investidores, prevê a instalação de uma fábrica para montagem de veículos das marcas chinesas Changan e Haima e da sul-coreana Ssangyong.

O mercado brasileiro já conta com marcas chinesas como JAC, Chery, Lifan e Hafei e sul-coreanas Hyundai e Kia e o novo empreendimento se somará a uma série de novas fábricas no quarto maior mercado de veículos do mundo.  A produção inicial da Brasil Montadora será de 10 mil unidades por ano a partir de 2014, podendo chegar a 50 mil veículos por ano na última fase. A empresa utiliza tecnologia sul-coreana e chinesa na montagem de veículos e na produção de motores, informou o governo do Estado.

A fábrica, que produzirá automóveis e utilitários esportivos, tem entrada parcial de operação prevista para meados de 2013, devendo a chegar à sua plena capacidade em dezembro de 2015.

Nossos investimentos reúnem recursos próprios, de nosso grupo empresarial em Portugal, e também de investidores internacionais - disse o empresário Abdul Ibraimo.

Segundo ele, o novo projeto poderá “competir de igual para igual com os Haima frente aos (veículos) nacionais e aqueles provenientes dos acordos do Mercosul e do México, nosso projeto de fábrica se mostra muito viável”.

Em 2011, a marca Ssangyong registrou vendas de 4.984 veículos no Brasil, uma participação equivalente a 0,64% do mercado, segundo dados da associação de distribuidores de veículos, Fenabrave.



Embratel paga R$ 6,4 mi à Globopar para assumir controle da Net
Folha 06.03.2012- A Embratel informou nesta terça-feira o pagamento de R$ 6,439 milhões à Globopar por 5,5% do capital votante da GB Empreendimentos e Participações, controladora direta da empresa de TV paga Net.

Com a aquisição, a Embratel passou a ter 54,5% do capital votante e 100% das ações preferenciais da GB.

"Em conseqüência da aquisição, a Embrapar e Embratel passaram a deter, direta e indiretamente, por intermédio da GB, 92,2% do capital total da Net", informou a Embratel.

A empresa é controlada pela mexicana América Móvil, do bilionário Carlos Slim, através da Telmex. A companhia mexicana controla também operadora móvel Claro.

"Com a aquisição do controle acionário da Net, a Embrapar visa incrementar as suas atividades e as de suas controladas no mercado brasileiro de telecomunicações", disse a empresa, acrescentando que pretende lançar uma oferta pública unificada para compra de todas as ações ordinárias e preferenciais de emissão da Net.



Investimento direto pode ter 'pedágio'
Valor 01.03.2012 - Aumentaram e muito as preocupações do governo com a valorização do real frente ao dólar e estão em estudos novas medidas cambiais. Após taxar o mercado de derivativos em julho do ano passado, onde identificava forte especulação de fundos de hedge, a área econômica agora coloca o foco nas empresas multinacionais, que estariam aplicando no país parte relevante de seus caixas ou, ainda, tomando empréstimos a juros muito baixos no mercado internacional para investir no Brasil à taxa Selic, de 10,5% ao ano.

Em geral, essas são operações travestidas de investimento estrangeiro direto (IED), mas que acabam indo desaguar nas aplicações financeiras. Estariam fora da mira do governo, segundo garantiram fontes oficiais, tanto restrições a aplicações de estrangeiros em bolsas de valores quanto os investimentos diretos legítimos.

Uma forma de barrar essas operações (que entram no país como IED, mas não se transformam em projetos produtivos) seria por meio da cobrança de um "pedágio" das empresas enquanto os recursos estiverem parados em aplicações financeiras. Ou, ainda, só permitir o ingresso do investimento gradativamente, à medida que ele for executado, segundo sugerem fontes oficiais.

Voltou também à mesa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a proposta de começar a usar o Fundo Soberano para comprar dólares que entram no país, numa ação conjunta com o Banco Central. Reforçado com moeda estrangeira, o fundo poderia até comprar empresas no exterior, hoje bem mais baratas. Embora o fundo disponha de algo próximo a RS 20 bilhões em caixa, não há limite para sua ação na área cambial. O Tesouro está autorizado a emitir títulos para prover o fundo soberano de recursos.

"O senso de urgência com esse assunto é grande", indicou outra fonte do governo. Não é possível, na avaliação do Ministério da Fazenda, ficar assistindo à crescente entrada de moeda estrangeira no país, com todo o custo fiscal de sua esterilização, sem fazer nada. O cronograma de iniciativas do governo começou com a compra de dólares no mercado à vista e por swaps, pelo Banco Central, mas além de insuficientes, na visão de economistas do governo, essas ações trazem custos fiscais.

O saldo das operações compromissadas cresceu R$ 112 bilhões entre dezembro e janeiro e chegou a R$ 424,5 bilhões, em grande parte por causa da esterilização das reservas cambiais. Essas operações colocam no mercado títulos da dívida da carteira do BC para enxugar a liquidez, com compromisso de recomprá-los na data contratada. Em geral, são papéis com prazo muito curto, concentrados em até dois meses. A acumulação de reservas, portanto, aumenta a dívida bruta federal, que passou de 54,3% do PIB em dezembro para 55,1% do PIB em janeiro.



Globo tenta manter controle na TV paga
Folha 01.03.2012 - Grupo pressiona reguladores na implementação da nova lei do setor para preservar influência na Net e na Globosat. Legislação veta domínio nas duas empresas; regra obriga Globo a ficar fora do controle da Net . A nova lei de TV paga, aprovada em agosto de 2011, restringe a atuação de uma mesma empresa nos segmentos de distribuição de pacotes, de um lado, e programação de canais, de outro. O princípio, formulado para barrar o domínio do mercado por poucas empresas, está sob risco agora, quando se trava uma disputa para sua implementação.

As Organizações Globo tentam manter um grau de influência na Net -a distribuidora cujo controle passou para as mãos do bilionário mexicano Carlos Slim- e ao mesmo tempo credenciar-se como programadora independente, via Globosat. No acordo de acionistas em que transferiu o controle da Net para a Embratel, de Slim, a Globo manteve o direito de indicar representantes para o conselho da distribuidora de TV paga, que domina 38% do mercado hoje. Para a Anatel, a agência reguladora das teles, o arranjo não configura saída total da Globo do controle da Net. A agência exigiu a apresentação de um novo acordo de acionistas, no prazo de um ano, prevendo a retirada da Globo do controle da Net. Sem desvencilhar-se completamente da Net, a Globo não poderia ter a Globosat classificada como programadora independente pela Ancine -agência federal que zela pela cota de conteúdo nacional na TV paga, uma outra inovação da lei.

Cotas para nacionais: A regra diz que todo pacote de programação a ser distribuído no país a partir de abril -prazo para que a lei entre em vigor- terá de incluir um canal produzido por empresas nacionais a cada três.

Caso seja considerada programadora independente, a Globosat (que reúne canais como GNT e Multishow) poderia oferecer 11 canais nacionais; 12 é o máximo previsto pela lei.

Se for considerada uma empresa coligada da Net, a Globosat só poderia oferecer oito canais nacionais.

As Organizações Globo, segundo a Folha apurou, pressionam a Anatel para que adote regras mais flexíveis, baseadas na Lei das S.A., pela qual a presença da Globo na Net não configuraria ingerência no controle.

A Ancine decidiu adotar a Lei das S.A. na sua regulamentação, que está sob consulta pública até este mês.



Busscar na mira da Marcopolo
Valor 01.03.2012 - A Marcopolo afirmou ontem que Joinville, no norte de Santa Catarina, é o local preferido para a implementação da joint venture recentemente constituída com a Twice, controladora da Caio Induscar e destinada à produção de componentes para o mercado interno e de carrocerias de ônibus para exportações. A cidade também é sede da Busscar, que entrou com pedido de recuperação judicial em dezembro e possui ativos que interessam à Marcopolo. Conforme o diretor de relações com investidores, Carlos Zignani, a Marcopolo tem interesse em disputar os ativos da unidade catarinense da Busscar, em um eventual leilão promovido pela Justiça, para evitar que eles acabem nas mãos de concorrentes. Segundo ele, se a "oportunidade" surgir, a própria Marcopolo ou a joint venture poderão entrar na disputa.

Com dívidas superiores a R$ 600 milhões, sendo cerca de R$ 110 milhões com obrigações trabalhistas, conforme noticiado em janeiro pelo Valor, a Busscar está com a produção praticamente parada há dois anos. Em 2000, porém, chegou a fabricar 5,4 mil ônibus, segundo estatísticas da Fabus, a associação que reúne as indústrias do setor no país. Na época, a Marcopolo produziu 8,3 mil unidades, número que pulou para 31,5 mil no ano passado, incluindo as unidades no Brasil e no exterior. A nova joint venture deve operar a partir do segundo semestre e o aporte inicial dos sócios será de R$ 10 milhões divididos em partes iguais no primeiro ano. Conforme Zignani, Joinville dispõe de uma boa cadeia de fornecedores e de mão de obra qualificada graças à própria operação da Busscar.



Suíços questionam Vale por operações bilionárias no país com isenção fiscal
Estadão 01.03.2012 - Mineração. Autoridades do Cantão de Vaud, onde a mineradora brasileira tem um escritório desde 2006, dizem que empresa não cumpriu cláusulas de um acordo e que tem usado o país como destino dos lucros de suas operações mundiais. Autoridades suíças acusam a Vale de estar usando um acordo de isenção fiscal fechado em 2006, com a abertura de um escritório na Suíça, para transformar o país em destino dos seus lucros mundiais. Com isso, a empresa estaria driblando o pagamento de impostos. Em entrevista ao Estado, o integrante da Comissão de Finanças do Cantão de Vaud, Jean Michel Favez, revelou que a fúria de um grupo de partidos políticos é motivada pelo fato de que a Vale, na ocasião do acordo, indicou que seus lucros provenientes das atividades na Suíça não passariam de US$ 50 milhões e que criaria empregos na região, além de ajudar uma universidade local. "Por isso, os benefícios foram dados. Hoje, descobrimos que o escritório registrou lucros de mais de US$ 5 bilhões e não criou os empregos predeterminados", declarou.

A comissão de Finanças do Parlamento de Vaud já abriu investigações contra a Vale, enquanto o Fisco suíço decidiu abrir um processo para questionar a exoneração da carga tributária que a empresa tem. A polêmica já chegou ao Parlamento Nacional Suíço, que ontem recebeu uma queixa de um grupo de deputados sobre o comportamento da mineradora e um pedido de revisão nas leis. "Isso é escandaloso", declarou o deputado Pierre Zwahlen, que no dia 6 de março apresenta outra moção pedindo uma revisão dos benefícios para a Vale.

Procurada, a Vale disse em nota, que não faria comentários em relação ao processo legal em andamento. "Porém, afirmamos que a empresa sempre cumpriu totalmente as condições legais e econômicas exigidas por decisões cantonais e federais em matéria de redução de impostos para a promoção econômica e aquelas acordadas entre as partes quando da decisão da Vale de se estabelecer na Suíça."

Benefícios. A mineradora brasileira abriu seu escritório na cidade de Saint Prex, no Cantão de Vaud, em 2006. A região é conhecida por dar amplos benefícios fiscais a empresas que queiram se instalar na região. Além da Vale, companhias como a British Tobacco e dezenas de outras estão presentes.

Favez, porém, indica que a Vale violou os acordos fechados naquele momento. Segundo os partidos, a isenção de 80% dos impostos federais e de 100% dos impostos locais foram concedidos a partir de duas condições. "A primeira era de que a Vale criaria empregos locais, o que nunca ocorreu no volume estabelecido", disse Favez.

Ele também indicou que outro ponto do acordo era de que a isenção estava baseada na previsão de que os benefícios registrados pelo escritório suíço da Vale seriam de cerca de US$ 40 milhões em 2006. "O problema é que se descobriu que, para o ano de 2006, a Vale registrou como lucros de seu escritório mais de US$ 5,6 bilhões", disse.

Nicolas Rochat, presidente do Partido Socialista, vai além em sua acusação. "Até hoje não entendi qual a relação do escritório da Vale na Suíça e suas atividades no país", disse. "O que a empresa fez foi transformar sua sede na Suíça numa espécie de sede mundial da companhia, repatriando todos os lucros que obtém em todo o mundo, deixando de pagar o que precisaria pagar a fiscos locais", disse.

Apenas as atividades no Brasil não estariam contabilizadas na repatriação dos lucros para a Suíça. A Vale é hoje a segunda maior mineradora do mundo, presente em 38 países e empregando 126 mil pessoas.

No dia 17 de janeiro de 2011, a Corte de Direito Administrativo de Vaud aceitou o processo aberto pelas instâncias federais suíças pedindo o fim da isenção total para a empresa. Para as autoridades federais, a Vale violou cláusulas do acordo de 2006, o que exigiria que a isenção passasse de 100% para 80% ou 60%.

Para o Poder Executivo de Vaud, porém, não é correto dizer que a Vale jamais pagou impostos. Em um comunicado emitido nesta semana, o governo do cantão saiu em defesa da companhia brasileira. Mas não da detalhes nem do acordo e do diálogo com a Vale. "Precisamos rever que tipo de empresas queremos ter em nossa região", completou Rochat.



Mineração e teles figuram entre setores mais atrativos
Valor 01.03.2012 - Os setores mais atrativos da bolsa brasileira hoje são mineração, telecomunicações, mídia e tecnologia, além de bens de capital. A avaliação faz parte de um relatório denominado "Em Busca de Valor", assinado pelos analistas Marcelo Audi e João Noronha, da Santander Corretora. Enquanto esses são os mais interessantes, as ações ligadas aos segmentos de agronegócios, siderurgia, petróleo, gás, petroquímico e imóveis para aluguel aparecem entre os menos atraentes para o investidor no momento.

O levantamento realizado pelos dois analistas se baseia numa análise de valor relativo - isto é, o estudo de uma ação ou setor em relação à amostra da corretora. O relatório deixa claro que a análise não avalia o valor absoluto de cada papel. "Indiscutivelmente, podem existir momentos extremos no mercado em que as ações/setores sejam mais ou menos atrativas. Essa verificação teria que provir da análise do valor individual de cada ação/setor, o que está fora do escopo de nossa abordagem relativa", ressalta o texto do relatório.

Para as ações cobertas pela equipe de análise do Santander (excluindo-se as instituições financeiras), a corretora avaliou 11 parâmetros relacionados a retorno, alavancagem financeira, fluxo de caixa e crescimento. Para compor a amostra de papéis, das 114 ações brasileiras avaliadas pela corretora, foram excluídas aquelas com volume médio diário inferior a R$ 3 milhões na bolsa e as instituições financeiras. Com isso, a amostra resultou em 78 papéis analisados. Sob o ponto de vista desse tipo de análise de valor, quanto menor a pontuação obtida, mais atrativa está a ação ou setor.

Na área de mineração, as ações preferenciais (PN, sem direito a voto) classe A da Vale são as que se destacam, enquanto na parte de telecomunicações são os papéis ordinários (ON, com direito a voto) da TIM e as preferenciais da Telefônica Brasil.  Interessante notar que, apesar de o setor de energia e saneamento aparecer apenas na quinta posição entre os mais atrativos da bolsa hoje, há quatro ações de elétricas entre as mais interessantes: Copel PNB, AES Tietê PN, Eletrobrás PNB e Cesp PNB. O mesmo acontece com o segmento de transportes, no qual as ONs da Embraer se sobressaem, assim como as da MRV e Tecnisa entre as construtoras. Já no segmento de bens de capital, destaque para as preferenciais da Randon - a empresa atua nos segmentos de carrocerias de caminhões, implementos agrícolas, rodoviários, ferroviários, veículos especiais e autopeças. Entre os papéis menos atrativos neste momento, segundo os critérios de valor relativo da Santander Corretora, quatro deles são de empresas ligadas ao grupo EBX: MPX Energia, que atua na geração de energia elétrica e exploração de carvão; OGX, da área de exploração e produção de petróleo e gás natural; LLX, que atua no segmento de logística; e MMX, de mineração.

No setor de siderurgia, os destaques negativos ficam com Usiminas PNA e CSN ON. Embora o segmento de alimentos e bebidas não apareça entre os menos atrativos no levantamento, duas ações figuram entre as menos interessantes nesse momento: Marfrig ON e JBS ON. O mesmo ocorre com transporte, no qual TAM PN se destaca negativamente, de acordo com o relatório do banco espanhol.

Já na área de celulose, as preferenciais classe A da Suzano estão entre as menos atrativas e, no segmento de agronegócios, as ordinárias da Cosan. Na categoria "imóvel para aluguel", as menos interessantes são as empresas de shopping centers BR Malls ON e Multiplan ON. Quando analisadas também as instituições financeiras, esse setor ficou em quinto lugar. Em termos de ações, de uma amostra de 86 nomes, as empresas do setor financeiro com melhor classificação foram BM&F Bovespa ON, Banco do Brasil ON, Redecard e Cielo.



Comércio em estações deixa trem-bala atrativo
Valor 01.03.2012 - O novo edital preparado para o trem-bala transformou a exploração imobiliária do projeto em um fator decisivo para garantir a sua viabilidade. O modelo proposto prevê que a exploração comercial das estações do trem-bala, como a oferta de hotéis, apartamentos e lojas, entre outros, fique nas mãos do consórcio de empreiteiras que construirá a infraestrutura do projeto.

Como a projeção dessa receita comercial é alta, e supera de longe o faturamento previsto com a venda de passagens pelo operador do trem, o governo acredita que as construtoras terão possibilidade de cobrar um valor mais "baixo" para assumir as obras do projeto. Trata-se de uma mudança crucial no edital, uma vez que o consórcio construtor, responsável por mais de 70% dos custos do trem-bala, terá uma relação comercial com o consórcio operador do trem: ele alugará a infraestrutura que construir para esse operador e cobrará um pagamento fixo por isso. A ideia é que, com a receita dos imóveis, o peso desse aluguel pode diminuir: quanto mais as empreiteiras enxergarem potencial de faturamento com exploração comercial das estações e seus entornos, mais dispostas estarão para oferecer um valor competitivo no arrendamento da infraestrutura. Baseado nesse modelo, o critério para escolher o consórcio que construirá o trem-bala ligando Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas se apoiará naquele que oferecer o menor preço para executar a obra.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) acabou de iniciar os estudos para medir qual é o potencial de exploração imobiliária ao longo dos 511 quilômetros do traçado do trem. A previsão é de que, nos próximos meses, reuniões sejam marcadas com as prefeituras envolvidas para detalhar as áreas com potencial de exploração. A ideia é que, quando esse levantamento estiver pronto, cada empreiteira interessada no trem-bala possa conhecer, antes de decidir pela entrada no leilão, qual o valor estimado para o arrendamento da infraestrutura e, principalmente, qual é o potencial imobiliário aferido pelo governo.

As duas fontes de faturamento do consórcio construtor, arrendamento da malha e exploração comercial das estações, valerão durante os 40 anos da concessão. No caso do arrendamento, será estabelecido um valor fixo a ser pago anualmente pelo operador do trem. Caso a venda de passagens do trem-bala não alcance o volume projetado e o grupo operador não tenha dinheiro suficiente para bancar o custo de arrendamento, a União vai se comprometer em pagar a diferença. "Se isso ocorrer, o governo assume a dívida", diz uma fonte do alto escalão do governo.

Ontem, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, esteve com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, para apresentar a nova proposta do trem-bala. Não houve uma posição decisiva por parte de Dilma. A previsão da ANTT, até agora, é de que a minuta do edital seja divulgada neste mês, para depois ser iniciada a fase de audiências públicas. O leilão ocorreria em novembro.

Apesar de detalhes da proposta ainda serem desconhecidos, o que já se sabe até aqui já agrada fabricantes de trens, como a francesa Alstom. "A princípio, esse novo modelo é interessante. Faz todo sentido dividir o projeto em duas etapas, com a escolha do operador e da tecnologia, para só depois tratar das obras civis", comenta Philippe Delleur, presidente da Alstom no Brasil. "Nós temos dialogado regularmente com o governo, de forma muito positiva e consultiva. Agora é hora de aguardar e ver o que será apresentado."

Em entrevista ao Valor na semana passada, Paulo Passos disse que o governo está convicto da viabilidade do projeto e que o leilão para escolha do operador do trem sairá no fim deste ano, dois anos após a primeira tentativa de licitar a obra. Além dos franceses, o governo sinalizou o interesse por parte de alemães, canadenses, coreanos e japoneses.



A estratégia da Atrapalo para o Brasil
Valor 01.03.2012 - A agência espanhola de turismo on-line Atrapalo entrou no segundo ano de operação no Brasil com um plano de negócios de faturar por aqui US$ 300 milhões em cinco anos, quase o mesmo que os US$ 350 milhões que a operação global projeta faturar neste ano. Em 2012, a receita no país deve ficar em US$ 13 milhões.
O portal oferece nove produtos: passagem aérea (35% do faturamento), hotel (25%), pacote (voo + hotel), viagem com guia, carro, restaurante, atividades (aula de esgrima, por exemplo), vale-presente e ingressos. Em março começará a vender cruzeiros.  A Atrapalo também terá o conteúdo do site no celular. Por enquanto, apenas o localizador de restaurantes funciona, diz Silvia Fagundes, gerente no Brasil, e apenas para aparelhos da Apple. Segundo ela, está em desenvolvimento um aplicativo para o sistema Android.

A executiva diz que o nome do portal Atrapalo (em espanhol, lê-se Atrápalo), algo como "agarre-o", não intimida o internauta: "Quando decidimos abrir no Brasil fizemos estudos e vimos que não seria um problema, considerando que se escreve como se fala".

A empresa não cobra taxa do internauta pela reserva, mas recebe comissão nas vendas de atividades e um valor fixo dos clientes que comparecem aos restaurantes e espetáculos reservados pelo site. Por isso, parte importante da receita depende do compromisso do consumidor. Em agosto, o índice de ausências em restaurantes era de 40%, e em teatro, de 50%. Em janeiro de 2012, ficou em 18% e 20%.

O site conta com 4 milhões de usuários registrados na Espanha e 350 mil no Brasil. A meta, diz Silvia, é alcançar 1 milhão de usuários no Brasil ainda este ano. O site foi criado em 2000. Em 2007, o fundo de capital de risco Tiger Global Management entrou no negócio.



Para estas empresas, classe C sempre foi o foco
Valor 01.03.2012 - Carla Renata Sarni, criadora da Sorridents, projeta faturar R$ 180 milhões em 2012. Enquanto muitas companhias investem hoje em estratégias para atrair as classes emergentes, outras empresas que abriram suas portas nos anos 1990 já de olho nesse público colhem os frutos de um negócio promissor. É o caso da rede de franquias de clínicas odontológicas Sorridents, da fabricante de alimentos e bebidas General Brands e do instituto Beleza Natural, especializado em cabelos crespos e ondulados. Em 2011, elas faturaram entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. A Sorridents nasceu em 1995, na zona leste de São Paulo. A dentista Carla Renata Sarni, fundadora e presidente da rede, conta que criou a empresa com o intuito de atender as classes C e D. Ela enxergou um buraco no mercado, pois essas pessoas tinham a mesma necessidade de tratar dos dentes que as classes altas, mas não achavam serviços acessíveis. Para Carla, o segredo é o tripé "preço justo, qualidade e pagamento facilitado".

A Sorridents consegue oferecer a seus clientes tratamentos completos a preços menores, ganhando na escala. A empresa fechou o ano passado com 130 pontos em funcionamento, acima de sua meta. O plano é terminar este ano com 200 e atingir 500 unidades em 2016. Neste mês, ela chega à capital de Minas Gerais, que será seu 16º Estado.

A rede projeta faturar R$ 180 milhões neste ano, um crescimento de 21,6% sobre 2010. Para Carla, houve não só uma mudança econômica como comportamental na classe C nos últimos anos. "As pessoas começaram a valorizar mais os cuidados com a saúde. O pai não quer que o filho perca os dentes como ele perdeu", diz. Além dos tratamentos de urgência, a classe C passou a fazer prevenção.

O Beleza Natural foi criado em 1994 no Rio e espera chegar, neste ano, à marca de 1 milhão de atendimentos, com seus tratamentos para cabelos crespos e ondulados. A receita da empresa vem dos serviços em seus salões e da venda dos produtos da marca própria. São doze salões, no Rio, no Espírito Santo e na Bahia. A empresa estuda os mercados de São Paulo e Minas Gerais. Segundo Rogério Assis, vice-presidente do Beleza Natural, a meta é crescer 25% neste ano, alcançando faturamento de R$ 140 milhões.

A General Brands, fabricante de refresco em pó, néctar de frutas, goma de mascar e gelatina, foi criada em 1997. Isael Pinto, seu fundador, já vislumbrava o crescimento das classes D e E. A companhia cresce 18% ao ano e faturou R$ 200 milhões em 2011. Mantendo-se fiel a seu público-alvo, a empresa investe para diversificar seu portfólio: comprou uma fábrica de chocolates em Campo Grande (MS) e iniciará nos próximos meses a venda de tabletes, granulados e bombons com a marca Camp, a mesma de seus refrescos em pó.



Hering desacelera, mas amplia rentabilidade
Valor 01.03.2012 - Oldani, diretor financeiro da Hering: "Imaginávamos que daria para fazer mais". Avaliada no patamar histórico de R$ 7,5 bilhões na bolsa, a Hering apresentou algumas sintomas de desaceleração no seu balanço do quarto trimestre e anual. Os números sinalizam para um horizonte de crescimento mais modesto para a empresa nos próximos anos, com espaço para melhoria nos seus níveis de rentabilidade.

A Hering registrou lucro líquido de R$ 105,2 milhões no quarto trimestre, em alta de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida, na mesma comparação, avançou 23,45%, para R$ 407,8 milhões.
No conceito mesmas lojas, as vendas cresceram 8,2%, desempenho que ficou abaixo da expectativa da própria companhia. "Já considerando que houve uma desaceleração da economia como um todo, imaginávamos que daria para fazer mais", diz o diretor financeiro da empresa, Frederico Oldani.

Segundo o executivo, daqui para frente será difícil a Hering manter o ritmo de expansão que vinha registrando nos últimos anos - bastante acima do mercado de vestuário. Pelo critério de vendas, a Henring estava apresentando avanços anuais da ordem de 40%. No comparativo entre 2011 e 2010, as vendas aumentaram 33,4%. "Apesar de mais baixo, é um desempenho ainda muito expressivo", comentou Oldoni.

No quarto trimestre, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ficou em R$ 133, 8 milhões, em alta de 30% em relação a um ano antes.

Na esteira do que estava entregando ao mercado trimestre após trimestre, a fabricante de roupas com sede em Blumenau (SC) conseguiu ampliar sua margem Ebitda. De outubro a dezembro, o índice subiu 1,7 ponto percentual, para 32,8% e, no ano, 1,9 ponto percentual, para 29,1%.

A favor da companhia, contribuiu o modelo de negócio baseado em franquia, em que não são necessários muitos gastos em estrutura para ampliar as receitas. Isso compensou parte da pressão de custos com a alta do preço do algodão, especialmente na primeira metade do ano. Ciente de que crescerá numa pisada mais lenta, a Hering tem boas perspectivas para o ano. A empresa tem como meta atingir 507 lojas na rede Hering Store, com 75 inaugurações até dezembro.

Em paralelo, a companhia dará início à expansão da rede Hering Kids, com a abertura de 20 lojas no ano. Os resultados das cinco lojas-pilotos da marca, segundo Oldani, surpreenderam positivamente a companhia. "As vendas por metro quadrado foram superiores à da própria Hering Store", apontou o executivo.

Apesar da aposta na marca infantil, a tradicional Hering Store, que atingiu 432 lojas em 2011, deve permanecer como a principal fonte de crescimento da Hering pelo menos pelos próximos três anos. "Ainda há muito espaço para crescer", disse o executivo, citando um estudo que mostrou um potencial de 604 lojas da marca há dois anos atrás. "De lá pra cá, a economia evoluiu muito e esse número hoje precisa ser atualizado para cima", disse.

Além da Hering Store e da Hering Kids, a Hering é dona das lojas da PUC e Dzarm. As quatro marcas apresentaram crescimento de vendas de dois dígitos no ano, quando o lucro líquido da companhia alcançou R$ 297,3 milhões, em alta de 40,2% em relação a 2010. Em 2011, a receita líquida da Henring ficou em R$ 1,35 bilhão, com alta de 33,6% em relação a 2010.



Bristol negocia terreno de fábrica em São Paulo
Valor 01.03.2012 - A farmacêutica americana Bristol-Myers Squibb já deu um destino para sua fábrica desativada no bairro de Santo Amaro, na capital paulista. A empresa está negociando o terreno com uma incorporadora imobiliária para a construção de imóveis residenciais. A consultoria americana Cushman& Wakefield é a intermediadora nesse negócio imobiliário, apurou o Valor.

No ano passado, a companhia já tinha se desfeito, por meio de leilão, dos equipamentos de seu laboratório na capital paulista. A farmacêutica transferiu seu escritório para um novo prédio próximo à sua antiga fábrica.

Ao Valor, o presidente da multinacional no Brasil, Stephen Merrick, confirmou que a companhia está vendendo o terreno onde ficavam as instalações da companhia, mas não detalhou o negócio.

No fim de 2010, a Bristol-Myers Squibb anunciou um amplo plano de reestruturação global, com o fechamento de cerca de 15 fábricas espalhadas pelo mundo, incluindo a de São Paulo, única unidade produtora da farmacêutica no país. A farmacêutica, que comercializa produtos conhecidos no mercado, como o antigripal Naldecon e o antigases Luftal, está focando suas pesquisas em medicamentos biológicos. Merrick, que está à frente da subsidiária brasileira desde 2010, está conduzindo o processo de consolidação da Bristol nesse segmento no mercado nacional, em linha com a estratégia global da companhia. Entre as principais áreas de pesquisa da multinacional americana estão oncologia, doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, distúrbios psiquiátricos e Alzheimer.

Os medicamentos da farmacêutica comercializados no país são todos importados. Mesmo com a fábrica desativada, a empresa mantém seus planos de expansão para o Brasil, considerado importante mercado pelo grupo, informou Merrick. Procurada, a Cushman não retornou os pedidos de entrevista.



Forno de Minas investe em waffle
Valor 01.03.2012 - Mendonça investe R$ 6 milhões no produto, que deve responder por 10% das vendas.
Por mais que o pão de queijo mineiro seja uma iguaria apreciada dentro e fora do país, a fabricante Forno de Minas quer depender cada vez menos do seu carro-chefe. Em 2011, o produto respondeu por 80% das vendas, que somaram R$ 110 milhões. A expectativa é que, neste ano, a representatividade do pão de queijo caia para 60% do faturamento, previsto em R$ 160 milhões. Parte desse movimento será impulsionado pelo waffle da marca, que ganha distribuição nacional no varejo a partir deste mês.

A família Mendonça, dona do Forno de Minas, está investindo R$ 6 milhões na novidade, tão popular nos Estados Unidos quanto o pão de queijo é no Brasil. "O waffle é o nosso maior lançamento depois do pão de queijo", diz Hélder Mendonça, presidente da empresa, que também traz no portfólio empanadas, tortinhas, folhados e pão de batata, tudo com fabricação própria.

Ao longo dos próximos oito meses, a Forno de Minas pretende instalar pontos de degustação em 500 supermercados de São Paulo, Rio e Minas Gerais. Para acompanhar a massa prensada de origem belga, as promotoras vão sugerir geleias, calda de chocolate, doce de leite e requeijão. "É um produto de forte apelo junto ao público jovem e tão versátil quanto o pão de queijo", diz Mendonça, que vai oferecer a novidade em versões tradicional e light integral, em pacotes congelados de 222 gramas com seis unidades cada um, ao preço sugerido de R$ 4,99. O produto pré-assado precisa ser aquecido no forno por cinco minutos.

A empresa já começou a oferecer o waffle ao "food service", com venda direta para lanchonetes e cafeterias. "Hoje o food service representa cerca de 20% das vendas, mas a nossa meta é que até o fim de 2014 essa participação esteja equilibrada com o varejo [com 50%]", diz Mendonça. Segundo o empresário, no "food service" não há a mesma queda de braço observada no varejo. "É um segmento bem mais pulverizado e que oferece uma margem 10% maior que a das redes de supermercados", afirma.

O lançamento do waffle faz parte do investimento de R$ 40 milhões, que será concluído este ano e foi iniciado na segunda metade de 2009, quando a família retomou o comando da Forno de Minas. A empresa, fundada pela mãe de Hélder, Maria Dalva, foi vendida em 1999 para a General Mills, dona da Häagen-Dazs, mas os fundadores a recompraram da multinacional americana dez anos depois. Nesse período, continuaram com o Laticínio Condessa, que fornece leite e derivados para a Forno de Minas e concorrentes.

Desde que reassumiu o comando, a meta da família tem sido depender menos do pão de queijo, para ganhar escala e atrair consumidores que fogem do tradicional. Mas isso não significa virar as costas para a sua principal guloseima. O pão de queijo, que no ano passado começou a ser exportado para Portugal e Estados Unidos, receberá este ano uma versão pré-assada, que exige menos tempo de forno (cinco minutos, contra meia hora da congelada). Uma das primeiras medidas que os Mendonça tomaram quando voltaram a ocupar a cadeira da diretoria foi reativar a fábrica (que estava fechada há dois meses) e tirar da gaveta a receita original do pão de queijo. "Quando vendemos a empresa, a receita do pão de queijo levava 20% de queijo", lembra Mendonça. "Quando retomamos, o percentual estava em 2%".



Rothschild fará laudo para oferta da Redecard
Valor 01.03.2012 - O Rothschild & Sons foi o banco escolhido pelos acionistas da Redecard para elaborar o laudo de avaliação do preço da ação da empresa de cartões, a ser feito com base em seu valor econômico. O documento servirá de referência para a oferta pública de aquisição (OPA) de ações para o fechamento de capital da credenciadora.

Fontes que compareceram ontem à assembleia disseram que a escolha ocorreu sem percalços e sem manifestações oficiais por parte dos acionistas presentes. Um grande número de investidores se absteve do voto e, dentre os votantes, o nome do Rothschild foi aprovado com ampla maioria.

As outras duas instituições financeiras concorrentes, recomendadas pelo conselho de administração da Redecard, eram o Credit Suisse e o Bank of America Merrill Lynch (BofA). Ambos têm uma cobertura sistemática das ações da Redecard, sendo o preço-alvo definido pelo BofA para os próximos 12 meses de R$ 34,5 por ação, e o do Credit Suisse, de R$ 35. O Itaú Unibanco, controlador da Redecard, propôs o pagamento máximo de R$ 35 por ação para fechar o capital da credenciadora.

Os acionistas ouvidos pelo Valor se dividiram em relação à aprovação. A maioria preferiu a escolha do Rothschild, uma vez que a avaliação das divisões de análise das outras duas instituições apontam preço próximo ao oferecido pelo controlador.

O Rothschild promete também ser mais rápido na entrega do laudo de avaliação. No edital de convocação, o prazo proposto pelo Rothschild para apresentar a primeira minuta do laudo é de duas semanas, ao passo que o BofA pedia 20 dias corridos e o Credit, 30 dias. Entre as três propostas, não havia diferença quanto ao preço a ser cobrado pela elaboração do laudo. Todos os bancos exigiram R$ 2 milhões pela prestação do serviço.

Após a divulgação do laudo de avaliação, a discussão em relação ao preço a ser oferecido pelo fechamento de capital da Redecard deve ganhar contornos mais tensos. A maioria dos analistas de mercado aprovou o valor oferecido pelo Itaú e recomendou adesão à oferta. Mas, entre os investidores, há quem acredite que o preço justo dos papéis possa girar em torno dos R$ 50.

A percepção do mercado, por ora, é de que a oferta do Itaú não chegará a esse preço. No entanto, cresce o coro dos investidores que acreditam que o controlador possa oferecer um prêmio sobre os R$ 35 inicialmente propostos para levar adiante o fechamento de capital da subsidiária. "Não me surpreenderia se a oferta chegar nos R$ 40", afirmou o gestor de um fundo com grande posição em Redecard.

Para fechar o capital da empresa, o Itaú precisa que acionistas representantes de pelo menos dois terços das ações em circulação aceitem o preço e vendam seus papéis. Se minoritários representantes de pelo menos 10% dos papéis em circulação da companhia não concordarem com o laudo elaborado pelo Rothschild, podem convocar uma assembleia de acionistas para deliberar sobre a elaboração de uma nova avaliação.

Na ata da assembleia divulgada pela Redecard, a empresa não informou o percentual de acionistas que compareceram à reunião. O Valor apurou que investidores representantes de cerca de 80% das ações em circulação estavam presentes. O percentual mínimo exigido pela regulação do Novo Mercado é de 20%.



BR Pharma fará oferta e CVC adia operação
Valor 01.03.2012 - A holding de farmácias Brazil Pharma prepara uma nova oferta de ações, nove meses após a sua estreia na bolsa. Já a operadora de turismo CVC deverá abrir o capital apenas no segundo semestre, apurou o Valor. Ainda não há no mercado informações sobre o tamanho da operação da Brazil Pharma. A empresa, que é controlada pelo BTG Pactual, não concedeu entrevista. Em junho do ano passado, a companhia captou R$ 414 milhões em uma oferta primária. Até dezembro, já havia utilizado 70% dos recursos nas aquisições das redes de drogarias Estrela Galdino, da Bahia, e Big Ben, espalhada pela região Norte.Neste ano, a Brazil Pharma comprou a Sant'ana, maior rede de Salvador, por R$ 347 milhões. O negócio a transformou na terceira maior varejista de farmácias no país, em número de pontos próprios e faturamento bruto.

Também em fevereiro, a empresa realizou uma captação de R$ 250 milhões em debêntures.

No caso da CVC, oficialmente, a empresa informa que protocolou em 28 de fevereiro o pedido de desistência da oferta por conta das condições do mercado de capitais. No entanto, a companhia apenas cumpriu uma formalidade e deverá retomar a operação no segundo semestre. A distribuição estava em análise desde agosto do ano passado e, por conta do término dos prazos de praxe da autarquia, se a CVC não tivesse desistido, o pedido teria sido indeferido. A empresa retirou a oferta de análise, portanto, por conta do esgotamento do prazo regulamentar para a operação.

A CVC pretendia realizar uma oferta secundária em que venderiam parte de seus papéis o controlador Guilherme Paulus e o fundo americano de investimentos em participações Carlyle.

Como a empresa não tem necessidade de recursos, uma vez que a geração de caixa dá conta de sustentar as suas operações, a decisão dos acionistas foi esperar por uma janela mais favorável para a venda.

Apesar de as condições de mercado atuais estarem melhores do que as verificadas quando a CVC solicitou a análise da operação, em agosto, até o momento nenhuma nova companhia conseguiu fechar uma oferta inicial. Os bancos deverão tentar reabrir o mercado com operações de empresas já listadas. Uma candidata a puxar a fila é a também novata Qualicorp, que confirmou que pretende fazer oferta.



BR Brokers compra 65% da Miranda Imobiliária
Exame 01.03.2012 - Operação tem valor estimado em R$ 6,6 milhões. Na aquisição, será pago um valor inicial de R$ 3 milhões, com restante sendo dividido em três parcelas anuais variáveisA Brasil Brokers assinou contrato de aquisição de 65 por cento da Miranda Imobiliária por um valor estimado de 6,6 milhões de reais.

Desse valor, será pago um valor inicial de 3 milhões de reais, com restante sendo dividido em três parcelas anuais variáveis, calculadas em função dos resultados futuros.

"A Miranda possui seis lojas no Distrito Federal e atua exclusivamente no mercado secundário", afirmou a BR Brokers na noite de terça-feira.

A BR Brokers convocará uma assembleia geral extraordinária (AGE) para deliberar sobre a compra.



Rumos da Gafisa seguem incertos
Valor 01.03.2012 - O anúncio da Gafisa de que não aceitou a proposta de compra de ativos feita pela Equity International (EI), do investidor Sam Zell, e pela GP Investimentos, reforçou as dúvidas do mercado em relação aos rumos da companhia. Os questionamentos ganham força num momento em que a Gafisa precisa equacionar os problemas herdados da Tenda e reduzir seu nível de alavancagem. As expectativas se dividem entre os que avaliam como provável a companhia receber novas ofertas e os que acreditam que a empresa vá preferir o caminho de vender terrenos e empreendimentos para fazer caixa.

Ontem, a Gafisa divulgou, em fato relevante, considerar que a proposta feita por EI e GP, em 2 de fevereiro, "subavalia significativamente os ativos e negócios envolvidos e implica substanciais custos de transação e altos riscos de execução". Procuradas pela reportagem, Gafisa, EI e GP informaram, pelas respectivas assessorias de imprensa, que não iriam se manifestar. Não foram divulgados valor da proposta nem ativos envolvidos.

Segundo fonte, a avaliação do conselho de administração da companhia foi que a proposta "não criaria valor para os acionistas" e, por isso, a opção foi por nem convocar uma assembleia para discuti-la.

A decisão leva a companhia de volta à etapa anterior à proposta, sem razões que façam os preços das ações reagirem no curto prazo, ainda mais quando se considera a perspectiva de resultados ruins no quarto trimestre de 2011. Há quem diga até que 2012 será "um ano perdido para a ação da Gafisa". Os papéis da companhia fecharam ontem em queda de 7%, cotados a R$ 4,78, perdendo parte da forte valorização registrada entre o anúncio da oferta e o anteontem. A maior parte das instituições financeiras que acompanham a empresa recomenda a manutenção dos papéis. Dados da Bloomberg apontam que a recomendação feita por 11 casas é de manutenção das ações. Outras seis indicam compra e uma, venda. O preço-alvo médio é de R$ 7,27.

Embora a companhia não tenha divulgado quais ativos estavam em negociação, os rumores do mercado davam conta de que estavam na mesa Gafisa e Tenda - ficando de fora apenas Alphaville - e que o preço a ser pago pelas duas divisões seria de R$ 1 bilhão. Com esse valor em caixa, Alphaville e a dívida líquida da divisão considerada a joia da coroa, a estimativa para a ação da nova Gafisa seria de R$ 6. Não haveria riscos para os acionistas, mas o ganho em relação ao preço atual (de R$ 4,78) seria pequeno, segundo um profissional do mercado. A aposta teria sido, então, que o retorno futuro do grupo, mantidas todas as divisões e após equacionados os problemas, traria ganhos maiores, com a cotação podendo alcançar R$ 7 ou R$ 8 por papel.

Justamente pelo entendimento que os investidores queriam pagar pouco pelos ativos, parte do mercado não estranhou que o negócio não tenha saído. Mas houve também quem tenha se surpreendido. "Era uma ótima chance de a Gafisa resolver seus problemas", diz um executivo do setor.

Ontem, comentava-se que a Gafisa ou parte dela pode interessar a outros compradores, como fundos de participações. "Com frequência, bancos de investimentos nos ligam para conversar sobre Gafisa", conta outro executivo. Até uma nova negociação com Sam Zell e GP foi citada, no mercado, como possibilidade. Independentemente de quem seja o candidato potencial, resta saber se o valor atenderá às expectativas da Gafisa ou se, novamente, o entendimento será que não vale à pena. Esse tipo de decisão fica ainda mais difícil quando se considera que, segundo fonte, não estaria havendo consenso no próprio conselho da companhia sobre os rumos a serem buscados. Do lado de quem espera que a prioridade da Gafisa será arrumar a casa, a perspectiva é que a companhia opte por, mais uma vez, diminuir de tamanho na tentativa de resolver seus problemas. Em novembro, a empresa reduziu sua meta de lançamentos para 2011, com cortes que atingiram, principalmente, projetos da Tenda. A venda de terrenos, de empreendimentos ou parte de projetos também é esperada. A estratégia anunciada, em novembro, de concentrar os lançamentos com a marca Gafisa nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro já previa que áreas do banco de terrenos que se destinariam a projetos fora desses Estados poderiam ser vendidas.



BNDES aprova financiamento inicial para BG Group
Estadão 01.03.2012 - A companhia de gás natural BG Group disse que recebeu aprovação inicial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um financiamento de longo prazo de US$ 1,8 bilhão, destinado a pagar parte de suas operações na camada pré-sal da Bacia de Santos.

O financiamento, que está sujeito a aprovações e conclusão do acordo final, será alocado para a participação do BG Group na gestão de compras local e custos de construção para oito instalações flutuantes de produção, armazenagem e descarregamento que serão controlados pela companhia e empresas parceiras na Bacia de Santos.

Navios com capacidade 150 mil barris de petróleo por dia são parte da primeira fase mais ampla do programa na Bacia de Santos que terá uma capacidade de 2,3 milhões de petróleo equivalente por dia até 2017.

O BG Group espera fechar um acordo no segundo trimestre de 2012 sobre os termos do financiamento com prazo de 14 anos com o BNDES.



Turismo e lazer superam alimentos nas franquias
DCI 01.03.2012 - O recente aumento de renda da população brasileira acaba de mudar um ramo de negócios dominado por médias e pequenas empresas no País. Pela primeira vez no setor de franquias, a área de alimentação (fast-food) deixa a liderança do crescimento do setor, ultrapassada pelas agências de turismo e redes de hotéis.

A expansão do mercado de franquias, que no ano passado atingiu R$ 88,8 bilhões, foi de 16,9% frente ao ano anterior. Mas o crescimento foi de 85,8% para as empresas envolvidas no turismo, sobre 2010. Um fato surpreendente para o setor, segundo Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). "Em 2011 só a TAM Viagens inaugurou 115 unidades no Brasil, o que sustentou o crescimento desse segmento no franchising. Além disso foram abertos mais hotéis, sendo oito novos espaços da rede francesa Accor e 11 novas operações da bandeira Hostel Che Lagarto", explica. Ainda com base em dados da associação, outra empresa que fez a diferença foi a Flytour, de viagens e intercâmbio. "O Brasil é considerado o melhor país para se fazer intercâmbio, por isso houve esse crescimento significativo", comenta Camargo. O especialista destaca ainda a recuperação das classes A e B , "que voltaram a consumir e viajar".

Apesar disso, a alimentação fora de casa ainda é considerada a "menina dos olhos" do setor de franquias, com destaque para exemplos como o da rede Subway: abriu 140 unidades ano passado. Para Camargo, mesmo com o crescimento estrondoso do turismo, os mercados de alimentos e vestuário serão as franquias de maior destaque neste ano. Vale lembrar que os shoppings serão fator determinante neste cenário, pois oferecerão novos espaços para as lojas franqueadas.



Cosan adquire Comma Oil de olho no mercado europeu
Exame 01.03.2012 - Empresa quer entrar no mercado europeu de lubrificantes e especialidades.
A aquisição, por meio de acordo com a Esso Petroleum, terá um valor inferior a US$ 100 milhões. A Cosan informou nesta quinta-feira que comprou a Comma Oil and Chemicals para entrar no mercado europeu de lubrificantes e especialidades. A aquisição, por meio de acordo com a Esso Petroleum, terá um valor inferior a 100 milhões de dólares, já incluídos potenciais ajustes, de acordo com a Cosan.



Dívida externa de bancos dobra em 2 anos
Folha 01.03.2012 - Especialistas colocam Brasil entre os emergentes mais vulneráveis em caso de mudança no ambiente internacional  Instituições têm dívida em moeda estrangeira de R$ 313 bi; recurso captado no exterior é destinado ao crédito. O robusto volume de recursos que o Brasil atraiu do exterior em anos recentes começa a ser visto como risco para o crescimento do país caso mudanças no contexto internacional levem a uma freada brusca desses fluxos. Uma preocupação que vem sendo citada por analistas de fora é o salto nas dívidas contraídas pelo setor bancário no mercado internacional. O passivo (dívida) externo dos bancos dobrou entre o fim de 2009 e setembro de 2011, saltando para o equivalente a R$ 313 bilhões. Parte desses recursos captados a taxas de juros baixas no exterior tem sido usada para atender a demanda por crédito de consumidores e empresas brasileiras. "A emissão de dívidas fora tem sido uma fonte de recursos usada pelos bancos para ajudar a sustentar a expansão de crédito no Brasil", diz Richard Hamilton, chefe de análise da América Latina da consultoria BMI (Business Monitor International). Em relatório recente, o banco Morgan Stanley incluiu o Brasil em um grupo de países emergentes mais vulneráveis a uma mudança no contexto externo.

O interesse do investidor de fora pelo Brasil tem feito a economia do país como um todo -não só o setor bancário- acumular passivos em moeda estrangeira.

Uma medida disso é a evolução do balanço entre o estoque de ativos e passivos em moeda estrangeira (chamado de posição líquida de investimentos) do país.

A posição historicamente devedora do Brasil disparou em anos recentes e atingiu US$ 746 bilhões no fim do ano passado, quase o triplo do valor de 2001.

"Essa posição de devedor líquido do Brasil cresceu muito e é provavelmente o maior risco econômico para o país", afirma Hamilton.

Na conta de ativos, entram investimentos de empresas brasileiras no exterior e reservas acumuladas pelo BC.

Já entre os passivos estão dívidas contraídas fora e investimentos de grupos estrangeiros no país.

Hamilton ressalta que o saldo negativo do país tem aumentado apesar do avanço das reservas do BC.

Para evitar IOF: O relatório do Morgan Stanley diz que um dos problemas que tornam o Brasil vulnerável é que "parcela não desprezível dos fluxos de portfólio entra disfarçada de IED (Investimento Estrangeiro Direto) para evitar IOF [Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros]".

O banco faz eco a suspeitas ventiladas em 2011 de que parte do dinheiro que entrou no país como investimento direto tinha como destino o mercado financeiro. O objetivo seria pagar menos tributo.
Os recursos que entram no país como IED são considerados mais estáveis. Já os investimentos no mercado financeiro podem deixar o país rapidamente.



IRB estuda vender fatias em shoppings
Valor 02.03.2012 - O IRB-Brasil Re, a maior resseguradora do país, deve vender novas participações no controle de diversos shopping centers que estão em sua carteira de ativos. Iguatemi e Multiplan têm interesse em fazer uma oferta por alguns dos lotes de imóveis do instituto. O IRB se desfaz do controle desses negócios por meio de leilão público.
Esse processo começou no final do ano passado e deve ganhar força. Em dezembro, a empresa se desfez de sua parcela no controle dos shoppings Iguatemi São Paulo e Iguatemi Campinas.

O IRB confirma a informação e esclarece que "as participações estão sendo reavaliadas por conta de um reposicionamento na aplicação dos ativos do instituto". Neste ano, podem ser vendidas algumas participações em shopping centers, a depender das condições de mercado, informa a empresa.

Há interesse da Iguatemi Empresa de Shopping Centers em dois empreendimentos: o Praia de Belas (em Porto Alegre), onde o IRB tem 20% do negócio; e o Esplanada Shopping, em Sorocaba (SP), com 15% das cotas nas mãos da resseguradora, conforme apurou o Valor. São empreendimentos em que o Iguatemi já tem fatias importantes - 37,8% do Praia de Belas e 38% do Esplanada. Com a compra, passaria a ser o controlador.

O Iguatemi não informa quais empreendimentos podem ser adquiridos, mas confirma que existe interesse em dois ativos. "Eles [IRB] devem liquidar participações e há alguns negócios possíveis", disse Cristina Betts, vice presidente financeira do Iguatemi. Segundo fontes do setor de shoppings, a Multiplan também tem interesse em ampliar a sua participação no Park Shopping, localizado em Brasília, caso ele seja oferecido ao mercado. O IRB tem 20% do empreendimento e a Multiplan, 59,6%. Procurada, a companhia informa que tem acompanhado pelo mercado as decisões do instituto em relação a sua carteira de imóveis.
Entre os empreendimentos que estão no portfólio do instituto está também o Amazonas Shopping. O IRB tem o controle de 34,79% das lojas âncoras, 11,91% das lojas satélites e 10,94% da segunda fase da expansão. O BR Malls é dono de 17,9% desse shopping. O IRB já se desfez de duas posições em sua carteira em dezembro de 2011, com a venda, para o grupo Iguatemi, de 7% das cotas do shopping Iguatemi São Paulo e de 5% do Iguatemi Campinas. A operação de venda foi feita por meio de leilão público na BM&F Bovespa. Pelas duas aquisições, a empresa pagou R$ 142 milhões, sendo R$ 107 milhões pelo shopping de São Paulo e R$ 35 milhões pelo de Campinas.

De acordo com o relatório de atividades do IRB relativo a 2010, os onze shoppings da empresa (na época, não tinham se desfeito do Iguatemi São Paulo e Campinas) respondiam por 8% do portfólio de investimentos da companhia, que somava R$ 4,8 bilhões. Nessa soma, estão incluídos investimentos em renda fixa, variável e em imóveis. Essa porcentagem de 8% equivale a R$ 384 milhões.

Segundo dados do relatório, esses shoppings somaram receita de aluguel para o IRB de R$ 48, 4 milhões em 2010 (foram R$ 42 milhões em 2009). Essa soma é proporcional à participação do IRB no controle de cada empreendimento. Neste ano, de janeiro a junho, a receita somou R$ 22,7 milhões (a soma atingiu R$ 19,9 milhões até junho de 2010)

As movimentações em torno da compra e venda de participações em shoppings devem continuar a crescer ao longo de 2012, como já deixaram claro as principais companhias desse mercado.

Na análise das empresas, a escalada de preços desses ativos, verificada em 2009 e 2010, atinge patamares considerados mais razoáveis. Dias atrás, o presidente da BR Malls, Carlos Medeiros, disse para analistas que a disputa pelos imóveis deve continua em 2012, mas o volume de movimentações não deve ser tão mais elevado em comparação a 2011.



Lojas Americanas lucra R$ 180 milhões no 4º trimestre
Brasil Econômico 02.03.2012 - Receita líquida de vendas e serviços foi contabilizada em R$ 3,143 bilhões no quarto trimestre.
A Lojas Americanas obteve lucro líquido de R$ 180,2 milhões no quarto trimestre de 2011, incremento de 13,5% no confronto com o mesmo período do ano anterior.
Em 2011, o salto do lucro foi de 10%, em ritmo anual, saindo de R$ 309,6 milhões para R$ 340,4 milhões.

A receita líquida de vendas e serviços foi contabilizada em R$ 3,143 bilhões entre outubro e dezembro de 2011, mostrando alta de 6,7% sobre os mesmos meses do ano anterior. No ano, a receita expandiu 8,7%.

Já a geração de caixa medida pelo Ebitda sofreu declínio de 3,6% nos três últimos meses do ano passado, somando R$ 565,4 milhões. Em 2011, no entanto, o avanço foi de 6,9%, para R$ 1,448 bilhão.

B2W: Em relação ao balanço da subsidiária da Lojas Americanas, a B2W anunciou perda líquida de R$ 31,5 milhões no quarto trimestre de 2011, contra prejuízo de R$ 17,0 milhões apurado em igual época do na anterior.

No ano, a companhia, que inclui as operações do Submarino.com, Americanas.com e Shoptime, obteve prejuízo de R$ 100 milhões, frente a um lucro obtido de R$ 22,7 milhões em 2010.

O Ebtida caiu 54,9% nos últimos três meses, na variação anual, totalizando R$ 70,6 milhões.



Eixo Brasil-Colômbia atrai mais empresas
Valor 02.03.2012 - "É mais fácil replicar as tecnologias que desenvolvemos no Brasil para as outros lugares, pois aqui há profissionais e tecnologia de ponta", diz Hamburguer.

Centenária na Colômbia, a fabricante de chocolates Casa Luker recebe neste mês representantes de distribuidoras brasileiras que terão a função de implementar a marca no Brasil. A empresa quer ir conquistando território para em dois anos construir sua primeira fábrica internacional, e o território brasileiro foi o escolhido.
O desembarque de empresas colombianas no mercado nacional não é isolado. Fortalecida economicamente, a Colômbia passou a ter um setor privado com bom potencial de internacionalização, que tem colocado o Brasil no centro de seus planos. Nos últimos cinco anos, os investimentos diretos da Colômbia no Brasil totalizaram US$ 607 milhões, montante que fez com que o país andino fosse o quarto maior investidor sul americano no país, segundo dados do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O país fica atrás do Chile, Uruguai e do Peru.

A importância do eixo Brasil-Colômbia tem sido sacramentada também pelo interesse do setor privado brasileiro no vizinho. No ano passado, o ingresso de investimentos brasileiros na Colômbia aumentou 450%, em relação a 2010, para US$ 213 milhões. Nos últimos cinco anos, somou cerca de US$ 440 milhões. O mercado colombiano foi o terceiro principal destino de investimentos nacionais na América do Sul, após Argentina e Uruguai.

"A Colômbia vem se fortalecendo. É um dos destaques do continente. Após um longo período de instabilidade, a economia está se estabelecendo, igual ao que aconteceu com o Brasil há dez anos", afirma o chefe do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, Rubens Gama.

Hoje, no Brasil, há apenas quatro grandes grupos colombianos: a ISA, do setor de energia; a Carvajal, dona da Listel e do Guia Mais; a Interbolsa, do setor financeiro e a Corona, do setor de decoração. Segundo o chefe do setor comercial da Embaixada do Brasil na Colômbia, Marcelo Martinez, mais de dez empresas colombianas contataram a embaixada no ano passado, com interesse montar filiais ou escritórios no Brasil.

Até 2009, a extração de petróleo e gás natural e a fabricação de tubos e acessórios plásticos para construção representavam mais de 80% do destino dos investimentos colombianos. Hoje, os setores mais visados são o de autopeças e o de alimentos. "Essas empresas querem encontrar parcerias no Brasil e chegam com o mesmo discurso: aproveitar o tamanho do mercado brasileiro. O país é relativamente fechado em termos comerciais e vale mais a pena se estabelecer no Brasil", diz Martinez.

Com receita de US$ 350 milhões em 2011, a Casa Luker planeja fornecer produtos intermediários do chocolate, competindo com grandes empresas como Garoto e Harald. A ideia é fornecer o cacau fino, um mix de partes do cacau, matéria-prima de maior valor agregado. "Acreditamos que o Brasil está em uma fase com alto potencial para demanda desse tipo de insumo", disse a diretora de vendas internacionais da Casa Luker, Maria Carolina Angulo. A empresa tem capacidade de produzir 1,2 mil toneladas por mês de chocolate e há a necessidade de expansão. O Brasil pode se tornar plataforma de exportações para Europa e África.

A Carvajal foi a primeira grande empresa colombiana a experimentar o mercado brasileiro. A companhia chegou em 1984 e atua em diversos negócios, sendo que a unidade mais importante é a de informação. Da receita global de US$ 400 milhões em 2011 dessa unidade, quase 40% vem das operações brasileiras.

O grupo tem receita total de US$ 2 bilhões e atua em 17 países. A subsidiária se tornou o principal mercado de desenvolvimento de produtos na área de informação. "É mais fácil replicar as tecnologias que desenvolvemos no país para as outras subsidiárias, pois no Brasil temos profissionais e tecnologia de ponta", disse o presidente da área de informação da Carvajal, Eric Hamburguer.

O perfil das brasileiras que se interessam pela Colômbia também está mudando. Segundo a Embaixada do Brasil no país, há cinco anos havia apenas duas empresas brasileiras no vizinho. Hoje há 31 e neste ano deve chegar a 40. Com uma população de 45 milhões de habitantes (no censo, em 2005), o país começou a investir em infraestrutura, o que atraiu gigantes como a Odebrecht, a Votorantim e a Gerdau. Recursos naturais, como o carvão, também são foco das brasileiras. Mas, atualmente, empresas de área como informática e consumo diversificam os investimentos brasileiros no vizinho.

Acompanhando esse movimento, a brasileira de tecnologia da informação Stefanini adquiriu, em 2011, a Informática & Tecnología para crescer de modo mais rápido no país, onde está presente desde 2006. "Não queríamos esperar. O país tem muito potencial", disse o presidente da Stefanini, Marco Stefanini.

Também no ano passado, a Natura iniciou a produção de sabonetes na Colômbia, que se tornará a fonte de abastecimento dos mercados vizinhos, como Peru e México. "Temos uma proposta de valor boa na Colômbia", afirmou o vice-presidente de negócios e internacionalização da Natura, José Vicente Marino. Lembrando que a fábrica da empresa no país não é própria.

Além da proximidade geográfica e economias semelhantes, o eixo Brasil-Colômbia tem mais potencial diante do cenário internacional. Com a desaceleração dos EUA e Europa, as relações dos países da América Latina ganham destaque.



América Latina sustenta faturamento da Nivea
Valor 02.03.2012 - O grupo alemão Beiersdorf, detentor da marca Nivea, registrou lucro líquido de € 250 milhões em 2011, valor 21,4% menor do que o obtido um ano antes. As vendas líquidas aumentaram 1,1% na mesma comparação, para € 5,6 bilhões. As vendas da divisão de consumo cresceram 11,6% na América Latina, com destaque para Argentina, Brasil e a região andina. Na América do Norte, houve recuo de 3%. A Beiersdorf não detalha o desempenho no Brasil, seu segundo maior mercado global. Conforme o relatório anual, os resultados estão dentro do esperado pela companhia, que se diz otimista em relação ao futuro. "Estamos com um bom progresso no realinhamento de nossas estruturas e processos corporativos como parte do plano de aumentar a regionalização do nosso negócio de consumo", disse o CEO da companhia, Thomas Quaas. Os resultados foram impactados por gastos com essa reestruturação, principalmente na China. A estratégia da empresa é se concentrar no segmento de cuidados com a pele. A divisão de consumo é responsável por 83% das vendas. O restante é referente à unidade de curativos da empresa. Os resultados apontam uma desaceleração nas vendas da companhia, que apresentou crescimento de 7,8% em 2010. O desempenho segue uma tendência do mercado de beleza. As empresas de venda direta Avon e Natura também tiveram receitas mais magras no ano passado do que as do ano anterior.



Grupo Mondi quer projeto com a Suzano
Valor 02.03.2012 - Mondi estuda compra de 50% de projeto da Suzano
O grupo anglo-sul-africano Mondi, produtor de papéis e embalagens com ações negociadas nas bolsas de Johannesburgo e Londres, estuda a compra de 50% do projeto de celulose da Suzano no Maranhão. A indústria, que está sendo erguida no município de Imperatriz, receberá investimento de US$ 2,9 bilhões, dos quais US$ 2,3 bilhões em máquinas e equipamentos.

As negociações estão em fase preliminar, mas embora tenha ficado "assustado" com o investimento, o Mondi tem interesse na fábrica. A Suzano procura um sócio na área de celulose, mantendo o controle do negócio, com o objetivo de reduzir o endividamento.



Lucro da Estácio cai 89% no trimestre
Valor 02.03.2012 - O lucro líquido da Estácio, grupo de ensino carioca, despencou 89% e fechou o último trimestre do ano em R$ 2,4 milhões. No acumulado de 2011, o lucro líquido da companhia também sofreu queda, ficando em R$ 70,2 milhões - uma redução de 13% quando comparado ao resultado verificado em 2010.
O desempenho negativo na última linha do balanço é explicada pela Estácio por vários fatores: aumento de 36,5% na dedução do Imposto de Renda (R$ 13 milhões), contribuição social negativa de R$ 1,4 milhão, resultado financeiro negativo de R$ 2,8 milhões e também pelo aumento de 30% na depreciação e amortização, que atingiu R$ 12,6 milhões no quarto trimestre. Além disso, o resultado foi impactado pela venda da operação do grupo carioca no Paraguai, o que representou uma perda contábil de R$ 2,2 milhões.

Já o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 24% e somou R$ 27 milhões no último trimestre. A Estácio voltou a destacar neste balanço que não segrega "itens recorrentes" em uma provocação à concorrente Anhanguera, que enfrentou questionamentos do mercado em seus últimos balanços por conta dessa prática.

A receita líquida, entre setembro e dezembro de 2011, avançou 16,6% e somou R$ 252,5 milhões. A empresa, cujo maior acionista é o GP, terminou o ano com 240 mil alunos, alta de 14% em relação a 2010. Excluindo as aquisições das faculdades Atual, FAL e Fatern, o aumento foi de 9,5%. A maior taxa de crescimento foi verificada na operação de ensino a distância.



Carlyle fecha compra da Ri Happy
Exame 02.03.2012 - O fundo americano Carlyle fechou ontem a compra da Ri Happy, maior rede de varejo de brinquedos do país. O negócio deve ser anunciado nas próximas horas.
O Carlyle comprou 85% das ações da Ri Happy. A empresa foi avaliada em 500 milhões de reais.

As negociações entre Carlyle e Ri Happy foram antecipadas pelos repórteres Thiago Bronzatto e João Werner Grando, de EXAME, no dia 4 de janeiro.

Essa é a quinta aquisição do Carlyle no Brasil.



BNDES e empresas criam o 'superlaboratório' nacional
Valor 02.03.2012 - Os laboratórios nacionais Aché, EMS, União Química e a companhia Hypermarcas vão anunciar, no início da próxima semana, a criação da BioBrasil, a propagandeada "superfarmacêutica brasileira", com apoio financeiro do BNDESPar, braço de participações do BNDES. As quatro empresas vão formar uma joint venture para a criação do laboratório, que será voltado a medicamentos biológicos (desenvolvidos a partir de células vivas), apurou o Valor.

A BioBrasil terá um aporte de capital de R$ 400 milhões, dos quais metade será financiada pelo BNDES e o restante, pelas quatro companhias. A superfarmacêutica terá laboratório próprio, construído a partir do zero ("greenfield"). Os Estados do Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina estão na disputa para abrigar a nova farmacêutica. O executivo Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos, que representa as indústrias de genéricos, está cotado para presidir a nova companhia, que deverá entrar em operação nos primeiros meses de 2013, quando tiver sua primeira patente de medicamento registrada.

A participação do BNDESPar como sócio está em discussão e sua fatia ficaria entre 20% e 25%. Fontes próximas à operação afirmaram que o banco negocia se entra como acionista neste momento ou nos próximos meses, quando o laboratório já estiver em operação. No projeto atual, o BNDESPar poderia apenas financiar e cada empresa ficaria com 25%. O BNDES não comenta o assunto.

A criação de uma superfarmacêutica já era planejada na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. O governo pretende reduzir o déficit da balança da saúde, hoje em torno de US$ 11 bilhões, e quer criar um laboratório capaz de competir com as multinacionais em inovação. O projeto inicial desenhado pelo governo previa a participação de oito laboratórios nacionais. Além dos quatro que vão compor a BioBrasil, foram convidadas as empresas Eurofarma, Libbs, Cristália e Biolab, que decidiram ficar fora do projeto. Procurados, os porta-vozes dos laboratórios não foram encontrados para comentar a informação.



DSP oferece US$ 2,6 bi por empresa oncológica
Exame 02.03.2012 - A DSP é a filial farmacêutica da empresa química Sumitomo Chemical. A Boston Biomedical é uma empresa privada fundada em novembro de 2006 especializada em tratamentos contra as células-tronco do câncer. O grupo farmacêutico japonês Dainippon Sumitomo Pharma (DSP) anunciou que pretende comprar, por mais de 2,6 bilhões de dólares, em várias etapas, a americana Boston Biomedical, especializada na luta contra o câncer. A DSP, filial farmacêutica da empresa química Sumitomo Chemical, vai pagar 200 milhões de dólares no momento da assinatura da transação, outros 540 milhões quando a Boston Biomedical tiver cumprido os objetivos de pesquisa e até US$ 1,89 bilhão em função da evolução das vendas, segundo comunicados divulgados pelas duas empresas.
A Boston Biomedical é uma empresa privada fundada em novembro de 2006 especializada em tratamentos contra as células-tronco do câncer, unidades suspeitas de representar a origem do crescimento de tumores e de metástases, que até o momento eram resistentes aos tratamentos oncológicos convencionais.



Bradesco Dental ajuda OdontoPrev
Valor 02.03.2012 - Zanetti, presidente da OdontoPrev, quer explorar canais de venda do banco.Os ganhos de eficiência a partir da integração com a Bradesco Dental, em 2009, apareceram no balanço da OdontoPrev, operadora de plano odontológico. Além de registrar aumento da margem Ebitda (antes de juros, impostos, amortização e depreciação), a companhia voltou a apresentar índice de sinistralidade abaixo de 50%.

No quarto trimestre do ano, a empresa registrou lucro líquido de R$ 35,58 milhões, em alta de 13,1% no comparativo anual. A receita líquida totalizou R$ 224,11 milhões, 20% acima do registrado pela empresa um ano antes. Excluindo despesas com fusões e aquisições, o Ebitda cresceu 31,3%, para R$ 58,93 milhões.

A margem Ebitda subiu 2,3 pontos percentuais, para 26,3%, um recorde entre os quartos trimestre desde a estreia da companhia na bolsa, em 2006. A melhora de eficiência operacional segundo o diretor de relação com investidores José Roberto Pacheco, ocorreu a partir de redução de despesas administrativas e dos ganhos de escala geradas pela associação com o Bradesco.

Mais frutos da parceria com a instituição financeira são aposta da OdontoPrev para este ano. "Ainda há canais de venda do banco que não foram explorados por nós", comentou o presidente da companhia, Randal Luiz Zanetti. Dentre os canais ainda não trabalhados pela empresa, está distribuição via cartão de crédito, postos de atendimento e meios eletrônicos.

O índice de sinistralidade, que tinha ficado em 51,4% no terceiro trimestre, recuou 4,3 pontos percentuais, para 47,1%. O indicador, no entanto, ficou 0,6 ponto percentual acima do registrado no quarto trimestre do ano anterior. O fenômeno, segundo Pacheco, ocorreu porque o reajuste do tíquete médio (4%) ficou abaixo da inflação, enquanto o reajuste dos honorários de rede credenciada ficou em linha com a variação geral dos níveis de preço da economia.

Em linha com expectativa do mercado, a OdontoPrev alcançou 5,53 milhões de beneficiários no ano passado, com incremento de 555 mil novas vidas sobre 2010.

Evitando dar projeções numéricas, os executivos são otimistas quanto às perspectivas para o setor e para a empresa neste ano, quando o foca da OdontoPrev será na a geração de valor. "Estamos mais preocupados com a qualidade do crescimento do que com o crescimento em volume", comentou Zanetti.

Em 2011 a OdontoPrev teve receita líquida de R$ 835,26 milhões em alta de 19,7%. O Ebitda ajustado (exclui despesas com fusões e aquisições) aumentou 35,4%, atingindo R$ 208,3 milhões. Com impacto negativo na linha do imposto de renda, o lucro líquido recuou 33,6%, para R$ 145,31 milhões.

Com as ações próximas ao seu pico histórico, a OdontoPrev é avaliada no mercado a R$ 5,3 bilhões. Ontem, o conselho de administração da companhia aprovou o pagamento de dividendos complementares no valor de R$ 72 milhões, elevando a remuneração total aos acionistas relativa ao exercício fiscal de 2011 a R$ 160 milhões, ou cerca de 115% do lucro anual passível de distribuição.



Seguradoras usam criatividade e preço mais baixo para atrair clientes
Folha 02.03.2012 - Seguradoras criam cada vez mais produtos diferentes para atingir o gosto de clientes, em especial das classes C e D, pouco acostumados a contratar seguros.

Há desde seguros de vida com assistência a animais de estimação, com direito a consultas veterinárias e transporte dos bichos, a produtos com consertos de eletroeletrônicos acoplados.
Os preços surpreendem. Por R$ 3,50 mensais, é possível segurar a vida, ter auxílio-funeral e um título de capitalização. A cobertura é simples, ressalta Marco Antonio Rossi, presidente do Grupo Bradesco Seguros.

Embora tenha se reduzido, há ainda reserva em se pensar em seguro de vida e morte. O aumento da renda nas classes C e D impulsionou a criatividade na elaboração do "pacote" do seguro.

Líder no mercado, o Bradesco Seguros fechou 2011 com mais de 40 milhões de clientes, incluindo previdência complementar aberta e capitalização, e uma alta de 11,2% ante 2010. Cerca de 18 milhões de apólices são abaixo de R$ 20 ao mês. Pelo menos uma família é segurada pelo grupo em cada cidade do país.  "Quando os primeiros sonhos são atingidos, as pessoas buscam a proteção desses sonhos, da vida, do carro e da casa", afirma Rossi.  No Grupo BB Mapfre, cerca de 40% dos 25 milhões de clientes são das classes C e D.  "Essas pessoas querem seguros de vida e de saúde, mas só 15% têm", diz Bento Zanzini, diretor do grupo.



Pilgrim's, da JBS, capta US$ 200 milhões
Folha 02.03.2012 - A Pilgrim's Pride, produtora americana de frango controlada pela JBS, captou US$ 200 milhões em oferta de ações para fortalecer suas finanças após o prejuízo de US$ 495,7 milhões em 2011. No Brasil, as ações da JBS subiram 10%.






























































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