quinta-feira, 29 de março de 2012

Azul.CA 29.03

Daily News

O Boticário fatura R$ 5,5 bi, supera o McDonald’s e vira maior franquia do País
Estadão 29.03.2012 - Empresa vem apostando numa maior variedade de produtos e na entrada em cidades de menor porte para abrir 250 unidades neste ano. Uma decisão tomada há quatro anos está se refletindo nos resultados atuais da marca O Boticário, que se tornou no ano passado a maior rede de franquias do País em faturamento (R$ 5,5 bilhões), superando o McDonald’s. A rede consolidou a dianteira em número de lojas, fechando 2011 com 3.260 unidades, das quais 795 foram abertas entre 2008 e 2011. E a promessa para este ano é pisar ainda mais fundo no acelerador.
Há quatro anos, com cerca de 2,5 mil lojas, os executivos do Boticário se perguntavam se o mercado comportaria uma expansão em larga escala em pontos de venda - na época, a empresa considerou a venda de porta em porta, adotada posteriormente para uma segunda marca, a Eudora. Para permitir o crescimento com franquias, foi preciso revisar o conceito das lojas, com investimento na diversificação do mix de produtos para garantir que o cliente visitasse as unidades com mais frequência. A meta dessa reformulação foi ganhar território: hoje, a empresa está presente em 1,6 mil municípios brasileiros e vê chances de sua capilaridade aumentar ainda mais, segundo Andrea Motta, diretora de marketing e vendas do Boticário. "O objetivo é estarmos presentes em cidades a partir de 30 mil habitantes", diz a executiva. "E acompanhamos sempre o mercado para identificar onde é possível introduzir uma segunda loja." Aceleração. Com essa mentalidade, a companhia, em vez de reduzir, conseguiu aumentar as inaugurações nos últimos anos. Em 2010, foram abertas 180 novas unidades; em 2011, o número chegou a 240. Até dezembro deste ano, serão pelo menos mais 250 inaugurações, o que elevará a quantidade de pontos de venda para mais de 3,5 mil.
Se a companhia mantiver esse ritmo de crescimento, a marca de 4 mil lojas, já incluída no plano estratégico, poderá ser atingida até o fim de 2014.
Outra medida para atrair mais clientes às lojas foi "turbinar" o lançamento de produtos. Em 2011, foram 430 novidades, quantidade que deverá ser mantida este ano. Para a linha de perfumaria, que ainda representa cerca de 60% do faturamento da rede, foram desenvolvidas marcas temporárias, que são vendidas por um curto espaço de tempo.
Segundo consultores de varejo, é uma tendência mundial: a estratégia de "fast fashion", antes restrita ao vestuário, também funciona para atrair a clientela em outros segmentos da moda.
Apesar do domínio dos perfumes, linhas de maquiagem e de cuidados para o corpo também ganharam musculatura no negócio. Para atrair uma clientela maior, a empresa desenvolveu duas linhas distintas: a MakeB, que concorre com as marcas internacionais, e a Intense, destinada à classe C, com produtos vendidos a cerca de R$ 10.
A linha NativaSpa, dedicada a tratamentos para o corpo e os cabelos, também está sendo ampliada. Existe um projeto-piloto com quatro lojas próprias para a marca, vista como um potencial flanco de expansão da rede caso O Boticário venha a atingir um ponto de estrangulamento no futuro. No entanto, segundo Andrea Motta, o projeto entrou em fase de revisão. "Não é uma operação azeitada, com a qual podemos garantir rentabilidade aos franqueados", explica a executiva. Enquanto estuda o real potencial da empreitada, a tendência é que o projeto fique em "compasso de espera". Não há inaugurações previstas para 2012.
Fatores externos: Fatores conjunturais também motivaram a recente expansão do Boticário. Entre eles estão o aumento da renda e a emergência do consumo de perfumes no País.
Segundo a consultoria Euromonitor, o Brasil se tornou líder mundial no segmento em 2010, movimentando US$ 6 bilhões. A consultoria aponta ainda que a participação das marcas premium internacionais no País é pífia - cerca de 7% do total - e as líderes Natura e Boticário concentram sozinhas uma fatia de 60% das vendas.
Especialistas em franquias notam também que as concorrentes diretas do Boticário não se profissionalizaram na mesma velocidade. Redes como L’Acqua di Fiori e Água de Cheiro, que chegaram a incomodar a empresa paranaense nos anos 80, hoje contabilizam cerca de um terço do número de lojas e menos de um quinto do faturamento da marca líder em franquia de perfumaria, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Para Paulo Ancona Lopez, consultor do segmento de franquias, o Boticário soube mudar de direcionamento na hora certa: "Eles pagaram a marca forte que tinham e saíram da inércia, mudaram o conceito e se adaptaram para crescer em cidades menores", diz o especialista. "Os lançamentos trazem atratividade. O cliente que antes ia à loja para comprar o produto que estava acostumado agora tem motivo para voltar mais vezes."

Hotéis não têm capacidade para conferência Rio+20
Brasil Econômico 29.03.2012 -  O Itamaraty já reservou metade dos quartos disponíveis em hotéis quatro e cinco estrelas com esta finalidade
"Nenhuma rede hoteleira do mundo tem capacidade de hospedar todos os participantes de um evento deste porte", justificou Laudemar Aguiar, secretário do Comitê Nacional de Organização da Rio+20. A rede hoteleira do Rio de Janeiro não tem capacidade de absorver todos os participantes da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada entre os dias 20 e 22 de junho, no Rio de Janeiro. Esta é a opinião do secretário do Comitê Nacional de Organização da Rio+20, ministro Laudemar Aguiar. Para o secretário, porém, esta situação é normal e haverá a busca por hospedagens alternativas. "Nenhuma rede hoteleira do mundo tem capacidade de hospedar todos os participantes de um evento deste porte", afirmou. Apenas para as discussões oficiais, no RioCentro, espera-se que 50 mil pessoas sejam credenciadas. Entretanto, de acordo com Aguiar, não há preocupação quanto à hospedagem das delegações, pois o Itamaraty já reservou metade dos quartos disponíveis em hotéis quatro e cinco estrelas com esta finalidade. Segundo ele, 84 países já solicitaram hospedagem para chefes de Estado ou de Governo e suas comitivas. A expectativa é que esse número passe de 100. Além disso, mais de 100 já pediram autorização para discursar durante a Conferência. "Eles pediram autorização, mas não significa que venham. Mas, de qualquer forma, isto é um bom indicativo", disse. Aguiar falou que o governo brasileiro está investigando e conversando com a Associação Brasileira de Hotéis (ABIH) sobre denúncias de aumento abusivo nas tarifas hoteleiras no Rio, durante o período da Rio+20. Mas considerou natural que haja algum aumento no período de eventos deste porte. O secretário ressaltou que será estimulado o uso de transporte público durante a Conferência, com a venda antecipada de vale transporte eletrônico. Ele disse ainda que haverá esquemas especiais para passagem dos comboios das delegações.

H&M quer abrir 275 lojas em 2012 (nenhuma no Brasil)
Plano de expansão da segunda maior varejista do mundo ainda não inclui o mercado brasileiro. Loja da H&M nos EUA: mais 275 em todo o mundo neste ano. A sueca  Hennes & Mauritz (H&M), segunda maior varejista do mundo, pretende abrir 275 lojas neste ano, nenhuma, no entanto, no Brasil. Apesar de já ter afirmado que o mercado brasileiro tem potencial para ser explorado, os planos de desembarcar por aqui vão ficar para depois.
No ano passado, até novembro, a rede abriu 266 lojas em diferentes países. A H&M opera em 44 mercados de todo o mundo.
A intenção de crescer entre 10% e 15%, neste ano, está relacionada com o bom desempenho que a varejista obteve no primeiro trimestre fiscal do ano, que começou em dezembro do ano passado e terminou em fevereiro deste ano.  No período, a H&M somou lucro de 411,6 milhões de dólares, com vendas 13% maiores na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
"O ano começou bem com um aumento forte nas vendas no primeiro trimestre. Nossas coleções foram bem recebidas e resultou em uma maior participação de mercado no varejo de moda global", afirmou Karl-Johan Persson, CEO da H&M, em nota. Segundo ele, existem vários projetos em andamento dentro do grupo. Um deles é a abertura de lojas com outras bandeiras que pertencem à H&M, como a COS. 

Coca-Cola prevê investimento de R$ 14 bilhões no Brasil até 2016
Newtrade 29.03.2012 - Coca-cola anunciou nesta quinta-feira (29/03) a inauguração de três novas fábricas no Brasil. A mutinacional do setor de bebidas prevê investir R$ 14 bilhões no Brasil até 2016. Uma fábrica será inaugurada em Belo Horizonte (MG) e outra em São Gonçalo (RJ). Uma terceira unidade produtiva, ainda sem local definido, também será construída.
Atualmente, a Coca-Cola mantém 47 fábricas no País, 38 delas voltadas á produção de refrigerantes. Segundo Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da empresa, em condições normais o investimento anunciado seria feito até 2020, no entanto, com a realização no Brasil da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas dois anos depois, o investimento foi antecipado.
O novo alvo da empresa é o público da classe D. “As classes A e B consomem quanto querem. A C é um bom público, mas já está comprando. Temos agora que conquistar os consumidores que estão chegando ao mercado”, justifica Simões. Para fazer isso, a estratégia é manter os preços nos níveis mais baixos possíveis. No ano passado, enquanto o mercado de refrigerantes caiu 0,5%¨, as vendas da Coca-Cola cresceram 1%.

Casino tira Abilio Diniz de seu Conselho de Administração
Valor 29.03.2012 - Por causa de “conflitos em curso”, o Conselho de Administração da varejista francesa Casino decidiu não reconduzir o empresário Abilio Diniz para a função de conselheiro. A medida foi tomada hoje em reunião entre membros do órgão na sede da rede francesa hoje e não tem efeitos no Grupo Pão de Açúcar ou na Wilkes Participações, holding controladora do GPA.
Dos 15 conselheiros que estiveram na reunião hoje, 13 votaram pela não condução de Diniz e de Philippe Houzé, presidente da Galeria Lafayette. Os dois empresários tiveram desentendimentos recentes com o Casino, grupo comandado por Jean-Charles Naouri.
Diniz e Houzé se abstiveram da votação. O tema já estava na pauta do encontro dos conselheiros. No caso da Galeria Lafayette, que partilha o controle do mercado Monoprix com o Casino, existem desgastes na relação entre as partes desde que o Casino entendeu que o preço proposto pela Lafayette para vender a sua fatia ao Casino estava acima do desejado.
O Valor apurou que a decisão envolvendo a saída de Diniz do cargo tem relação com a existência de um processo de artitragem que envolve Diniz e o Casino. A rede francesa deu entrada em um processo de arbitragem contra a família Diniz no ano passado para assegurar os diretos da rede francesa, que irá assumir o controle do GPA em junho deste ano.
No dia 11 de maio, uma assembleia geral dos acionistas deve referendar a decisão de afastar Diniz e Houzé.

Schincariol tem prejuízo de R$ 78,1 milhões em 2011
Newtrade 29.03.2012 - No ano em que foi comprada pelo grupo japonês Kirin, a cervejaria Schincariol registrou prejuízo de 78,1 milhões de reais. Um ano antes, a companhia havia somado lucro de quase 50 milhões de reais. De acordo o balanço financeiro, divulgado pela cervejaria, nesta quinta-feira,, as perdas refletem o incremento nos custos das matérias-primas e no forte investimentos em marketing  feito pela Schin no período.
A receita líquida da companhia cresceu 10% na comparação com 2010, totalizando 3,2 bilhões de reais.
Para 2012, mesmo com a troca de comando, os investimentos vão continuar na marca Devassa Bem Loura, com foco na expansão da marca nas regiões Norte e Nordeste do país.

Redes de fast-food investem em lançamentos
Newtrade 29.03.2012 -Em 2011, a alimentação fora do lar (food service) cresceu 15% e movimentou R$208 bilhões no país segundo dados da ABIA – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Do total, 12% corresponderam as redes de fast-food, no total de R$ 25 Bilhões. De olho nos resultados, as redes deste segmento estão investindo cada vez mais na expansão dos negócios. A rede Giraffas está investindo R$12 milhões em nova campanha estrelada pela cantora Ivete Sangalo. Trata-se de um novo prato chamado brasileirão. Já o Habib’s está investindo R$15 milhões em um novo sanduiche, nomeado de Vingador.  A expectativa é vender milhão de unidades até o final de maio, quando o lanche deixará de ser produzido.

Nordestão investe R$ 10 milhões em 1° atacarejo
Newtrade 29.03.2012 - Amanhã (dia 29/3) será inaugurada a primeira unidade no formato atacarejo do grupo Nordestão, que investe R$ 10 milhões e cria 250 empregos direitos com a promessa de preços competitivos. Essa será a oitava loja da rede que ganha o nome de Superfácil Atacado.
A unidade está localizada em Emaús, às margens da BR-101, em Parnamirim/RN, e possui uma área construída de 16 mil metros quadrados, dos quais 5 mil metros de área de vendas. São 6 mil itens de alto giro, conforme informou o diretor-presidente Manoel Etelvino de Medeiros.
Diferente do concorrente Maxxi, do grupo Walmart, que inaugurou uma loja em Parnamirim em 2011 e aceita o cartão Hiper, as compras no Superfácil poderão ser pagas com dinheiro, cartão de débito e com o Supercard Nordestão.

Kroton mira aquisições "seletivas" em 2012, diz presidente
Exame 29.03.2012 - Empresa quer crescimento orgânico "estruturado", disse nesta quinta-feira o presidente-executivo do grupo educacional, Rodrigo Galindo. A empresa encerrou o quarto trimestre com caixa mais aplicações financeiras de R$ 138,5 milhões, segundo apresentação a analistas. A Kroton prevê fazer novas aquisições pontuais neste ano, conciliando este plano ao seu objetivo de crescimento orgânico "estruturado", disse nesta quinta-feira o presidente-executivo do grupo educacional, Rodrigo Galindo. A continuação da estratégia de aquisições segue a compra, no final do ano passado, da Unopar por 1,3 bilhão de reais, no maior acordo do setor no país, ainda em processo de integração. Além da Unopar, no ano passado, a Kroton fez quatro aquisições de unidades de ensino superior de pequeno porte em São Luís (MA), Imperatriz (MA), Ponta Grossa (PR) e Sorriso (MT). "Temos novas aquisições previstas para 2012... mas serão aquisições bastante seletivas", disse Galindo em teleconferência com analistas, indicando que as compras podem ser de menor porte. Ele acrescentou que a companhia tem caixa suficiente para levar este plano adiante. A empresa encerrou o quarto trimestre com caixa mais aplicações financeiras de 138,5 milhões de reais, segundo apresentação a analistas, após captação de 1,5 bilhão de reais em três operações no mercado -follow-on em junho passado, emissão de debêntures em janeiro deste ano, e aumento de capital homologado em março.
Além disso, a Kroton deve melhorar seu caixa neste ano a partir de suas operações com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do governo federal, do ingresso da Unopar no grupo e pelo aumento da margem Ebitda e do lucro líquido. "Com isso, entendemos que a geração de caixa para 2012 tem boas perspectivas", disse o executivo.
Na avaliação de Galindo, a companhia apresentou resultados consistentes no ano passado, inclusive superando ligeiramente sua meta de elevação da geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), que avançou 66,3 por cento, a 105 milhões de reais, frente à previsão de 100 milhões de reais.
Já a margem Ebitda cresceu para 14,7 por cento, ante 9,8 por cento no ano anterior. Para 2012, a meta já anunciada é de elevar a margem a 17 por cento, disse Galindo.
A companhia informou na quarta-feira que encerrou o quarto trimestre de 2011 com lucro líquido de 1,5 milhão de reais, revertendo prejuízo de 7,3 milhões um ano antes .
Às 13h31, as units da Kroton exibiam alta de 2,8 por cento, cotadas a 26,06 reais. No mesmo horário, o Ibovespa mostrava queda de 1,41 por cento.

Budweiser já encosta na Heineken no Brasil – mas a que preço?
Exame 29.03.2012 - Em seis meses, Bud conquista 11,5% do mercado premium; o problema é que nem todos acreditam que a cerveja está, mesmo, nele.
O burburinho em torno do lançamento da Budweiser no Brasil foi grande. Passados seis meses - e contabilizados milhões de reais investidos em marketing - a Ambev tem motivos para comemorar. Segundo dados da Nielsen de fevereiro , a cerveja já encostou na rival Heineken, abocanhando 11,5% de participação no segmento premium, contra 12,3% da concorrente holandesa.
Quando considerado o volume total comercializado no país, os dois rótulos detêm, respectivamente, 0,4% e 0,5% do mercado. Para se ter uma ideia, o percentual da Stella Artois é de 0,2%. Assim como a Budweiser, ela também faz parte do portfólio premium da Ambev. A diferença é que a cerveja belga está no país há quase sete anos.
Para Adalberto Viviani, diretor da consultoria especializada em bebidas Conceptnet, a evolução da Budweiser não chega a surpreender. Enquanto a Stella tem um apelo mais adulto e ligado à gastronomia, a Budweiser chega para conquistar o mesmo público da Heineken: jovens das classes A e B que não contavam com uma marca voltada para seu estilo de vida. "A ascensão da classe C puxa o movimento. Quanto mais pessoas passarem a consumir as cervejas que esses consumidores compravam, mais eles buscarão exclusividade", diz.
Outro motivo para rápida assimilação da marca seria sua capacidade de engarrafar o “american way of life”. Em Hollywood, a cerveja já apareceu em 80 blockbusters desde 2001. De “Batman Begins” ao “Gran Torino” de Clint Eastwood, o rótulo vermelho e branco já deu pinta em filmes como “As Panteras”, “Homem Aranha”, “Velozes e Furiosos” e “Vanilla Sky”.
"Temos uma referência dada pela indústria cultural que é muito forte”, afirma Viviani. “Com isso, a Bud tem a oportunidade de ser uma Nike no universo das cervejas." Não por acaso, a AB InBev, dona da Ambev e maior cervejaria do mundo, escolheu a Budweiser para representar sua marca global da bebida. A chegada no Brasil vai ao encontro dos planos de expansão para a cerveja, que deverá ganhar outra fábrica no país ainda este ano.
Premium, mas nem tanto: Há quem acredite, contudo, que a rápida evolução da marca pode esconder uma reviravolta na estratégia adotada pela Ambev para popularizar o rótulo por aqui. Nos Estados Unidos, onde é produzida desde 1876, a cerveja é considerada uma lager de ingredientes comuns, voltada para o consumo de massa. Suas vendas, inclusive, caíram pelo 23º ano consecutivo, colocando-a atrás de Bud Light e Coors Light entre as concorrentes com maior participação de mercado. Se a Budweiser parece não aplacar a sede dos americanos como outrora, a história muda de figura para além das fronteiras do Tio Sam. Alavancada pela demanda na China, Rússia e Canadá, a cerveja cresceu 20% no exterior. Sua associação aos "valores americanos" e à "celebração do otimismo", como enfatiza a empresa em apresentação institucional, acabou reposicionando-a aos olhos - e bolsos - dos consumidores.
Ancorada em atributos como esses, a bebida aterrissou no Brasil com um preço mais salgado. "A Bud é um ícone, considerada a marca de cerveja mais valiosa do mundo. Isso dá sustento para falarmos que se trata de uma bebida premium", diz Manoel Rangel, diretor de marketing da Budweiser.
Como regra geral, os especialistas afirmam que ser pelo menos 20% mais cara que a média do mercado é o que colocaria a cerveja no mesmo ringue da Heineken. Na prática, não é o que acontece em algumas redes varejistas do país, onde ela é vendida a valores mais próximos ao das populares Skol e Brahma. Em novembro, o blog Primeiro Lugar, de EXAME.com, já mostrava que a cerveja estava, em alguns casos, mais barata que a Skol.  Em quatro supermercados pesquisados pela reportagem (Zona Sul, Pão de Açúcar, Sonda e Mercadorama), a lata de 350 ml da Budweiser variou de 1,79 a 2,08 reais. Em relação à Heineken, os preços foram de 1,99 a 2,50 reais. Para a Brahma, a faixa foi de 1,59 a 1,79 real. A Ambev nega ter ganho escala com a redução dos preços. "A estratégia sempre foi a mesma desde o lançamento: posicionar a cerveja em um patamar 30% superior à média", diz Rangel. Em nota, a Heineken, limitou-se a saudar a chegada de uma nova entrante no mercado, afirmando que as marcas não seriam concorrentes diretas por não estarem presentes no mesmo segmento.
Nos palcos e estádios: Se para os institutos de pesquisa, as cervejas seguem competindo em um único campo de batalha, suas armas para conquistar novos consumidores tampouco parecem distintas. A Heineken patrocina o campeonato europeu de futebol (Uefa), as Olimpíadas de Londres e diversos festivais de música pelo mundo. No ano passado, a cerveja marcou presença no Rock in Rio e no SWU. Em 2012, estará nos estandes de bebidas do Lollapalooza, com a apresentação de bandas como Foo Fighters e Arctic Monkeys.
A dobradinha entre música e esporte também está entre as cartadas da Budweiser. A cerveja contratou o lutador Anderson Silva como garoto propaganda e injetou dinheiro para aparecer em campeonatos de MMA e em shows internacionais. Só em 2011, foram nomes como Rihanna, Pearl Jam e Red Hot Chilli Peppers (estima-se que o gasto com publicidade tenha ficado entre 70 e 100 milhões de reais no Brasil).
O poder de fogo das empresas, contudo, guarda lá suas diferenças. A seu favor, a Budweiser conta com a proximidade da Copa do Mundo, da qual é patrocinadora oficial até 2022. Nos próximos meses, o consumidor começará a ver as primeiras ações da marca ligadas ao futebol - esporte de maior apelo no país.
Segundo analistas, o gigantismo da Ambev também vitamina a exposição da bebida. Dominando 69,5% do mercado, a empresa maneja um portfólio variado em termos de preço e tipos de envase. A capilaridade junto aos varejistas abriria caminho para reforçar a presença da Budweiser.
Por outro lado, a distribuição das cervejas da Heineken é feita pela Coca-Cola. É verdade que o refrigerante consegue chegar às mesas mais longínquas. Por outro lado, a marca não contaria com a possibilidade de construir uma operação voltada unicamente para si.
Enquanto a disputa ganha força nos palcos, estádios e prateleiras, é o mercado premium quem sai fortalecido. Segundo a Euromonitor, o segmento movimentou 11,9 bilhões de reais em 2011, cerca de 8% do volume vendido no país. Em quatro anos, o percentual deverá pular para 12%.

BM&F Bovespa demorou para avisar o mercado sobre a condenação
Estadão 29.03.2012 - Bolsa levou quase duas semanas para comunicar ao mercado que havia sido condenada em ação bilionária.
Bovespa é condenada em processo de R$ 8,4 bilhões. O mercado financeiro mostrou o incômodo com a condenação à BM&F Bovespa com uma queda de 2,67% em suas ações no índice Bovespa. Entre agentes de mercado e acionistas o desconforto foi ampliado pela comunicação tardia da bolsa sobre um fato que poderia se considerado relevante para as decisões de compra e venda dos papéis da empresa. A condenação ocorreu no dia 13 de março, com publicação oficial no dia 15, mas o aviso ao mercado ocorreu apenas na noite de 27 de março.
O processo de 1999, referente ao socorro do banco Marka, consta do documento de abertura de capital da BM&F Bovespa como um risco 'remoto' para bolsa. Mas na opinião de advogados especializados, o risco se tornou palpável com a condenação e deveria ter sido comunicado ao mercado imediatamente após a sentença.
"A possibilidade remota de condenação deixou de existir a partir da condenação. Informar o mercado sobre isso é uma obrigação ética, moral e de transparência", diz o advogado Welinton Balderrama dos Reis, que representa sócios da BM&F. O aviso tardio ao mercado poderia criar condições para que acionistas com informação privilegiada se beneficiassem com a negociação do papel antes que o mercado como um todo tomasse conhecimento da condenação. Entre os dias 14 de março e 27 de março, as ações ordinárias da BM&F Bovespa caíram 5,14%, enquanto o Índice Bovespa recuou 3,43%.
Questionada pela redação do Estadão.com.br, a BM&F Bovespa disse que o tema não configura fato relevante, pois as sentenças foram proferidas em primeira instância e estão sujeitas a recurso. Além disso, a bolsa continua avaliando que "as chances de perda nos processos em questão são remotas", segundo opinião dos advogados da companhia.
"Desse modo, a BM&FBOVESPA, embora não tivesse obrigação de fazer tal divulgação, decidiu, após o conhecimento e análise das decisões, publicar o Comunicado ao Mercado de forma espontânea", diz a bolsa em sua resposta. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não comenta casos específicos que possam atentar contra a regulação de mercado, mas destaca que o mercado deve observar a Instrução 358 sobre fatos relevantes. No artigo 2º dessa Instrução consta que pode ser considerado relevante qualquer ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos seus negócios que possa influir na cotação das ações ou na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter os papéis.  O inciso XXII desse artigo inclui 'propositura de ação judicial que possa vir a afetar a situação econômico-financeira da companhia'.

Avianca-Taca planeja investir US$ 4 bi em aviões para o Brasil
Valor 29.03.2012 - A holding Avianca-Taca planeja investir perto de US$ 4 bilhões para adquirir 50 aeronaves para a Avianca Brasil nos próximos dois a cinco anos, informou hoje a Dow Jones.
“Nós estamos analisando a aquisição de cerca de 50 aeronaves para o Brasil para renovar nossa frota”, afirmou o acionista majoritário da Avianca-Taca, Germam Efromovich, que participa de uma feira de aviação em Santiago (Chile). De acordo com ele, ainda não há uma decisão sobre a escolha da fabricante, que será baseada em qualidade e preço. Efromovich também comentou informações de que a Avianca estaria planejando listar ações em Nova York. Segundo ele, não há nenhuma pressa da companhia em listar ações fora da Colômbia.
“Há um plano de lançar ADR’s, mas estamos esperando uma janela [de oportunidade], porque o mundo está supostamente em crise”, afirmou. Sobre a Latam, fusão entre a LAN e a TAM, o executivo disse que “uma competição profissional com a LAN é sempre positiva”.

Barclays: Aumento no preço dos cigarros deve impulsionar Souza Cruz
Valor 29.03.2012 - O aumento de 24% no preço dos cigarros, anunciado ontem pela Souza Cruz, é mais do que suficiente para compensar a ampliação da alíquota de IPI que incide sobre o produto, avalia o Barclays. Esse aumento da rentabilidade, associado a boa perspectiva para bons pagadores de dividendos em meio à queda da taxa de juros, levou o banco a aumentar o preço-alvo dos papéis da empresa nos próximos 12 meses, de R$ 24 para R$ 30 —  potencial de valorização de 7% em relação à cotação de fechamento de ontem, R$ 27,97.
A partir de 1º de maio, a alíquota média de IPI incidente sobre os cigarros vai aumentar em 41%. Nas contas do Barclays, o incremento nos preços necessário para compensar o efeito tributário e manter o mesmo nível de rentabilidade da Souza Cruz seria de 19%. “Portanto, ao aumentar os preços em 24%, a empresa está expandindo seu preço em mais 5 pontos percentuais, o que deve conferir uma alavancagem operacional em 2012”, escreveu o analista Gabriel Vaz de Lima, em relatório. A expectativa do analista é que, com o novo preço, as receitas cresçam 14% e o lucro por ação aumente em 15%.
A trajetória de queda da taxa Selic é outro fator favorável ao papel. Além de reduzir o custo do capital da empresa, com o menor retorno da renda fixa, a atratividade de papéis que pagam bons dividendos aumenta.
Na avaliação do Barclays, é isso que explica a valorização de 21,3% das ações no ano, acima da alta de 14,7% do Ibovespa.

Securitizadora Gaia Florestal recebe registro de companhia aberta
Valor 29.03.2012 - A securitizadora Gaia Florestal recebeu na quarta-feira registro de companhia aberta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa foi criada pela Gaia para realizar emissões de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). Em vez de antecipar receitas de contratos de soja ou de boi, a companhia pretende antecipar receitas futuras de áreas plantadas para a produção de itens como madeira e celulose.
Conforme reportagem do Valor, a expectativa é estruturar até R$ 1 bilhão em operações neste ano. O modelo de securitização de recebíveis na área florestal é inédito no país.

Hypermarcas anuncia joint venture farmacêutica Bionovis
Reuters 23.03.2012 - A Hypermarcas anunciou nesta sexta-feira que firmou parceria com os laboratórios Aché, EMS e União Química Farmacêutica, dando origem à joint venture Bionovis, com investimento estimado em 500 milhões de reais em cinco anos. A empresa de bens de consumo terá 25 por cento do empreendimento, que terá como principais objetivos pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e comercialização de produtos biotecnológicos, segundo fato relevante. O acordo prevê a obrigação de não concorrência entre as empresas envolvidas no negócio.
"A companhia, através da Bionovis, busca fomentar o desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional, incentivar a inovação de medicamentos, colaborando com os poderes públicos para implementar soluções e políticas de saúde pública", afirmou a Hypermarcas no comunicado.

São Martinho planeja elevar capacidade em 68%
Atualmente a São Martinho possui 32,18% do capital da usina Santa Cruz . A São Martinho planeja passar de uma capacidade de moagem atual de 14,5 milhões para 24,3 milhões até a safra 2016/17.
O valor significa uma alta de 68% na capacidade de produção, e para contribuir para esse aumento a São Martinho planeja se tornar detentora de 100% do capital da usina Santa Cruz, no interior paulista.
Atualmente a São Martinho possui 32,18% do capital da usina, que foi comprado em outubro de acionistas minoritários. Segundo Felipe Vicchiato, gerente de relações com investidores, a capacidade total da Santa Cruz é de 4 milhões, porém a empresa dispõe apenas 1,3 milhão desse total. Ele participou do programa "Fique por Dentro", promovido pela corretora Souza Barros. Além dessa compra, outras duas unidades deverão ser expandidas para garantir o aumento de capacidade. No mesmo sentido, a São Martinho deve expandir de 1,7 milhão para 4 milhões a produção da usina Boa Vista, localizada em Goiás.
Já a usina São Martinho, unidade da empresa localizada no interior de São Paulo, ampliará em 41,7% sua capacidade, passando dos atuais 11,5 milhões para 16,3 milhões no período 2016/17. Também está nos planos da companhia a compra de novas unidades, o que deve ampliar em mais 3,3 milhões sua capacidade total de moagem.
Já com relação ao preço do etanol, o gerente foi enfático: "se a gasolina subir o etanol vai acompanhar o mesmo caminho."

Negociações para vender o iG entram em fase final
Valor 29.03.2012 - Estão em fase final as negociações da Oi para vender o portal de internet iG. A previsão, segundo uma fonte próxima à operadora, é que o negócio não seja fechado até a semana que vem. Quatro empresas estão na disputa, com propostas em separado, de acordo com essa fonte. São elas o Yahoo; o grupo de mídia RBS; o grupo Ongoing, que controla 6,7% do capital da Portugal Telecom e detém quatro jornais no Brasil; e o fundo de investimento Infinity. As propostas em análise preveem a aquisição de todas as operações do iG, tanto o negócio de conteúdo - portal, blogs etc - como os serviços digitais, que incluem hospedagem de sites, antivírus e cópias de segurança, entre outros. No fim do ano passado, chegou-se a cogitar a venda em separado dos dois blocos. Na época, a venda estaria avaliada em R$ 150 milhões, mas só incluiria o conteúdo.
O iG entrou no ar no ano 2000, como um provedor de internet gratuito. Os investidores iniciais foram os grupos GP e Opportunity. Em 2004, a empresa foi adquirida pela Brasil Telecom, que já tinha outros dois negócios de internet, o BrTurbo, também um provedor de acesso, e o prêmio iBest. A operadora fundiu os três negócios, em um processo que durou dois anos. O iG passou para o controle da Oi depois que a companhia comprou a Brasil Telecom, sob uma operação iniciada em 2008.
O iG entrou em uma fase de forte investimento no fim de 2009, sob os esforços da Oi para transformar o portal em chamariz para seus serviços de internet em banda larga. O cenário mudou mais recentemente, depois de a Oi iniciar um processo de redução de custos para reduzir o endividamento e voltar a crescer em seus negócios centrais: telefonia fixa e móvel. Procurada pelo Valor, a Oi informou, por meio de sua assessoria, que não comenta o assunto.

Logística ocupa terceira posição em patrimônio
Valor 29.03.2012 - A logística já aparece em terceiro lugar em participação patrimonial nos fundos imobiliários, com 6,4% no bolo. Só perde em rentabilidade para os setores de hotelaria e escritórios, e está atraindo o interesse dos gestores. O raciocínio é que a demanda por empreendimentos de qualidade se manterá por algum tempo, levando em conta que boa parte das construções no país é formada por imóveis antigos.
A Kinea no fim do ano passado adquiriu da GWI o galpão alugado para a Foxconn no condomínio logístico Global Jundiaí. A RB Capital lançou em 2009 o Capital Renda 1, que tem sete ativos logísticos e, segundo Frederico Paglia, associado da empresa, tem resultados melhores em valorização da cota do que em rendimentos (fechou fevereiro com 2,94% em doze meses). A Coinvalores acaba de colocar o Industrial do Brasil, cisão de 40% do fundo fechado Andrômeda, cujo ativo é o Perini Business Park, centro de indústrias em Joinville com inquilinos ocupando de 100 a 80 mil m2. A Rio Bravo deve sair com um condomínio logístico em breve e a Brazilian Mortgage também tem um fundo "no forno" voltado ao segmento de logística e indústria, com perfil de gestão ativa.
Segundo Vitor Bidetti, diretor da Brazilian Mortgage, estão disponíveis no mercado opções de investimentos em outros segmentos mais específicos. Um deles é o educacional. A gestora tem duas iniciativas nessa área: os fundos Anhanguera Educacional, proprietário de imóvel em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, alugado pelo grupo de mesmo nome, e Campus Faria Lima, ocupado pelo Insper, cujos rendimentos nos 12 meses findos em fevereiro foram, respectivamente, 8,36% e 7,69%.
O interesse nesses segmentos colabora com a descentralização regional dos ativos, mais difícil no caso de escritórios comerciais. "No eixo Rio-São Paulo a vacância é mais controlada", explica Diniz, da Rio Bravo. A gestora opera um fundo fechado em Porto Alegre e chegou a avaliar imóveis em Recife, mas desistiu ao concluir que o número de possíveis locatários era muito pequeno.
A diversificação regional atingiu também os investidores. Segundo Diniz, o fundo Rio Bravo Renda Corporativa, em sua última emissão, atraiu interessados em Recife, Santa Cataria e Brasília, além do eixo Rio-São Paulo - e deixou de fora pelo menos um cliente em Manaus. "São mais de 1,6 mil cotistas. Os fundos ficaram mais pulverizados", aponta o executivo.
O grupo Tiner, responsável pelo lançamento do Europar, primeiro fundo negociado em bolsa no Brasil, agora acena com inovações em outro sentido. Estuda a possibilidade de lançar um fundo híbrido de desenvolvimento e terrenos para venda futura, inclusive no exterior.
Também avalia o segmento de áreas de estocagem individual (self storage), um mercado que conta com mais de 46 mil unidades em funcionamento nos EUA e apenas 60 no Brasil. "Mais para frente, o negócio pode se tornar um cliente de fundos", diz o diretor Fabiano Cordaro.
"É notória a qualidade e a criatividade de operações", observa o gerente de produtos imobiliários da BM&F Bovespa, Paulo Cirulli. Mas, que quanto mais complicado, mais difícil explicar ao investidor o funcionamento do produto. "A sofisticação e a mescla de instrumentos, com fundos mistos, somando CRIs, aluguel, incorporação ou cotas de outros fundos, vai dar mais trabalho para lançar e mostrar para o investidor o que ele está comprando", diz Fernando Silva Teles, sócio diretor da Coinvalores.
A representatividade dos fundos de CRIs já está próxima da que é registrada para o segmento logístico-industrial. A atratividade em parte está relacionada à segurança transmitida por seu perfil próximo à renda fixa. A adesão é menor no caso de fundos de fundos, cuja participação no mercado ainda é está limitada a 1,5%.

CAB se fortalece e quer nova chance a IPO
Valor 29.03.2012 - Besse, presidente: "Queremos que a empresa tenha um tamanho grande para ir ao mercado de capitais, diretamente no Novo Mercado, e não no Bovespa Mais".Passado pouco mais de um ano, a Companhia de Águas do Brasil (CAB ambiental), empresa do grupo Galvão que opera concessões e parcerias público-privadas (PPP's) em água e esgoto no país, tenta se recuperar do baque do cancelamento do processo de oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês). A empresa está num ritmo acelerado e embalada pela entrada do novo sócio. Em janeiro, o BNDESPar, braço de participações do BNDES, pagou R$ 120 milhões por um terço da companhia. Depois de um ano desanimador, a CAB está vendo uma série de projetos se concretizarem neste primeiro trimestre de 2012.
Até o momento, a empresa conquistou três concessões de água e esgoto em Tubarão (SC), Itapoá (SC) e Cuiabá (MT), que demandarão investimentos aproximados de R$ 1,2 bilhão. Além disso, a CAB estabeleceu uma PPP com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) para ampliação do sistema produtor de água do Agreste Alagoano, com aporte previsto de R$ 175 milhões.
Dessa forma, a companhia é responsável hoje por 14 concessões municipais e três PPPs - uma municipal e duas regionais. A população atendida já corresponde a 6,5 milhões.
Os projetos da companhia ainda devem ganhar reforço com um acordo a ser firmado com o International Finance Corporation (IFC, braço financeiro do Banco Mundial). A instituição deve garantir um financiamento de até R$ 130 milhões à empresa. Segundo garante, as negociações com o banco estão na reta final.
Apesar das novidades, a CAB reforça que permanece focada nas áreas de água e esgoto, com parcerias apenas com o setor público. A ideia é manter o plano de negócios. "Nosso objetivo é desenvolver contratos de concessão e PPP's, sempre em projetos de longo prazo e com capital intensivo", afirma Yves Besse, presidente da CAB Ambiental.
A companhia está sendo preparada para ganhar corpo e ter uma estrutura mais forte para retomar o processo de entrada no mercado de capitais. O primeiro passo foi contar com um parceiro financeiro - o BNDES - e o segundo será complementá-lo, a partir do acordo com o IFC.
"Queremos que a empresa tenha um tamanho grande para ir ao mercado de capitais, diretamente no Novo Mercado, e não no Bovespa Mais", diz Besse. "O mercado não gosta de captações menores que R$ 500 milhões. Queremos atingir pelo menos esse valor para começarmos a ficar atrativos", acrescentou o executivo.
O plano de negócios da CAB para o período 2012/2016 abrange investimentos da ordem de R$ 1 bilhão e, com a estrutura atual de capital e já incluindo o empréstimo do IFC, a empresa tem como sustentar os aportes até 2014. Isso quer dizer que, até lá, o processo de abertura na Bovespa precisa estar engatilhado. "Gostaria de estar pronto para ir a mercado a partir de 2013", ressalta o presidente.
O interesse de fundos de investimento pela empresa, no qual se destacam os asiáticos, são bem vistos por Besse, mas ele ainda prefere sua participação na CAB via mercado de capitais. "Queremos que esses parceiros nos conheçam. No IPO, o mercado não nos conhecia e nem nós conhecíamos o mercado. Houve uma certa precipitação", admite.
Em 2011, o faturamento da companhia ficou em torno de R$ 214 milhões e a expectativa é de que o valor cresça para R$ 250 milhões, em 2012.
A empresa já manifestou interesse em projetos em Pernambuco e no Ceará, e outro em Santo André, no ABC paulista, além dos quatro garantidos neste ano.
Segundo Besse, a CAB ainda acompanha de perto um modelo de PPP em Atibaia para coleta e tratamento de esgoto e duas PPPs da Sabesp - uma para produção de água em São Lourenço e outra para esgotamento sanitário no litoral norte de São Paulo (Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilha Bela).
O executivo da CAB também chama atenção para o interesse considerado "emblemático" do Rio Grande do Sul, dada a rejeição do Estado pelas parcerias com o setor privado.
A companhia de saneamento Corsan lançou uma manifestação de interesse em PPP de esgotamento sanitário para diversos municípios do Rio Grande do Sul e a CAB Ambiental pretende participar do processo.

Câmara aprova projeto da Lei Geral da Copa
Brasil Econômico 29.03.2012 - Aprovado o texto principal, os deputados iniciam a votação dos cinco destaques que visam a alterar o texto aprovado
Quase a totalidade dos deputados presentes apoiou a proposta. Os deputados do PSOL foram únicos que votaram contra a matéria.
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto da Lei Geral da Copa, ressalvados os cinco destaques que visam a modificar o texto apresentado pelo relator da matéria, deputado Vicente Cândido (PT-SP). A aprovação se deu em votação simbólica. Quase a totalidade dos deputados presentes apoiou a proposta. Os deputados do PSOL foram únicos que votaram contra a matéria. A Lei Geral da Copa disciplina os direitos comerciais da Federação Internacional de Futebol (Fifa) na realização da Copa do Mundo de 2014 e estabelece privilégios temporários à entidade e seus associados durante o evento esportivo. Aprovado o texto principal, os deputados iniciam a votação dos cinco destaques que visam a alterar o texto aprovado. Desses, dois terão votação nominal. Entre os destaques apresentados, o mais polêmico é o que retira do texto a possibilidade da venda e do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol durante a Copa do Mundo de 2014.

Brasil e Uruguai fecham acordo por comércio em moeda local
Os bancos centrais do Brasil e do Uruguai concluíram as negociações para a adoção do SML (Sistema de Pagamentos em Moeda Local), que já é usado com a Argentina.
A informação foi confirmada pelo BC brasileiro, que já finalizou o desenvolvimento do sistema operacional. Com a medida, as empresas que compram e vendem para o país vizinho poderão executar os pagamentos em real ou peso uruguaio.
Para entrar em vigor, o projeto depende da aprovação do Congresso brasileiro. Duas comissões da Câmara dos Deputados já aprovaram a ideia, que ainda será analisada pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, o projeto ainda passará pelo Senado. As operações com SML entre Brasil e Argentina começaram em outubro de 2008. Até o momento, apenas pequenas e médias empresas têm se utilizado do processo. "Com o Uruguai, isso também deve ocorrer, pois tudo que é novo leva tempo para amadurecer. Mas sem dúvida é algo positivo", diz o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Para o deputado Júnior Coimbra (PMDB), relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação, a medida incentiva o comércio e diminui custos dos exportadores.
"Devemos aprová-la nos próximos dias."

Comissão da Anac confirma leilão de Viracopos
Exame 29.03.2012 - A Agência Nacional de Aviação Civil decidiu manter a habilitação do consórcio vencedor do leilão do aeroporto, liderado pela Triunfo Participações.  A Comissão Especial de licitação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu manter a habilitação do consórcio vencedor do leilão do aeroporto de Viracopos (SP), liderado pela Triunfo Participações, informou o Diário Oficial da União desta segunda-feira.
A decisão, que confirma o resultado o leilão realizado em fevereiro, ainda precisa ser ratificada pela diretoria da agência, o que ocorrerá até sexta-feira.
O resultado do leilão do terminal de Viracopos, em Campinas (SP), foi contestado por dois recursos, um do consórcio liderado pela Odebrecht, derrotado na disputa, e outro pela empresa ES Engenharia.
A Triunfo venceu a licitação por Viracopos em parceria com a UTC Participações e a francesa Egis Airport Operation. O consórcio, chamado de Aeroportos Brasil, ofereceu 3,8 bilhões de reais pelo aeroporto, com ágio de 160 por cento ante o preço mínimo estabelecido pelo edital.

Justiça aceita denúncia de fraude na licitação do metrô
Exame 29.03.2012 - Na última quarta-feira (21), o MP-SP acusou formalmente 14 representantes de empresas que integram o consórcio vencedor da licitação para a construção da Linha 5.
A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia de prática de cartel na licitação para construção da Linha 5 – Lilás, do metrô paulista. A decisão é do juiz Marcos Fleury Silveira de Alvarenga, da 12ª Vara Criminal Central de São Paulo. Com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) aceita, a Justiça transformou em réus executivos de 12 empreiteiras acusadas de fraudar a licitação.
Na última quarta-feira (21), o MP-SP acusou formalmente 14 representantes de empresas que integram o consórcio vencedor da licitação para a construção da Linha 5. A denúncia, formulada pelo promotor de Justiça Marcelo Batlouni Mendroni, atribui ao grupo a prática de cartel, que é a união de grupos econômicos concorrentes com objetivo de dominar determinados mercados, considerado crime contra a ordem econômica.
Foram denunciados Anuaar Benedito Caram, Flávio Augusto Ometto Frias, Jorge Arnaldo Curi Yazbec Júnior e Eduardo Maghidman, das constutoras Andrade Gutierrez S/A e Camargo Corrêa S/A, vencedoras do lote 3; Severino Junqueira Reis de Andrade, da Mendes Junior Trading Engenharia S/A, vencedora do lote 4; Adelmo Ernesto di Gregório, Dante Prati Favero, Mário Pereira e Ricardo Bellon Júnior, do consórcio Heleno & Fonseca Construtécnica S/A e Tiisa (Triunfo Iesa Infra-Estrutura S/A), vencedor do lote 5; Roberto Scofield Lauar e Domingos Malzoni, do consórcio formado por Carioca Christiani-Nielsen Engenharia S/A e Cetenco Engenharia S/A, vencedor do lote 6. Também foram denunciados Carlos Armando Guedes Pascoal, do consórcio integrado pelas construtoras Norberto Odebrecht Brasil S/A, OAS Ltda e Queiroz Galvão S/A, vencedor do lote 7; Adhemar Rodrigues Alves e Marcelo Scott Franco de Camargo, do consórcio CR Almeida S/A Engenharia de Obras e Consbem Construção e Comércio, que venceu o lote 8. A denúncia aponta que a atuação do cartel causou, em apenas quatro dos lotes licitados, prejuízo de R$ 232 milhões aos cofres públicos. Todos foram denunciados por crime contra a ordem econômica e por crime contra a administração pública.
Segundo o MP, os 14 envolvidos dividiram entre as empresas os contratos de seis trechos (de 3 a 8) da Linha 5, direcionando a licitação da obra. De acordo com a denúncia, todos sabiam antecipadamente quais as empresa que venceriam cada trecho em licitação porque os preços ofertados já estavam combinados entre eles.
O MP sustenta que as demais empresas que participavam do cartel faziam propostas com preços superiores ou simplesmente, não ofereciam lances. “Assim agindo, os denunciados, representando as empresas, apresentaram propostas nos demais trechos pro forma, em sistema de rodízio, dividindo entre si os contratos de realização das obras dos trechos 3 a 8 da Linha 5 do Metrô, e, consequentemente, repartiram, conforme o interesse conjunto, os contratos das obras entre si”, segundo consta na denúncia aceita pela Justiça.
Todas as 12 empresas envolvidas foram procuradas pela Agência Brasil. A Andrade Gutierrez informou que não foi notificada e, por isso, não teve acesso ao teor da denúncia. A Camargo Corrêa informou, por meio de nota, que apresentará às instâncias legais os esclarecimentos “de que as acusações são absolutamente infundadas”.
A Tiisa afirmou, também em nota, que agiu com plena lisura na concorrência para as obras “pautando a sua atuação de forma eficiente, transparente e responsável”. As demais empreiteiras não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

Por US$ 5,1 bi, Sinopec faz acordo para comprar 30% da Galp no Brasil
Estadão 29.03.2012 - A China Petrochemical Corp. (Sinopec Group) disse que completou um acordo para comprar 30% dos ativos da Galp Energia SGPS SA no Brasil.
Segundo os termos do acordo, avaliado em US$ 5,16 bilhões, a companhia chinesa obterá 21.300 barris de petróleo equivalente por dia até 2015, volume que será elevado para 112.500 barris por dia até 2024.

Lucro da Controlar sobe 72%
Valor 29.03.2012 - Enquanto seu contrato de concessão com a Prefeitura de São Paulo é investigado, a Controlar - empresa de inspeção veicular que atua na capital paulista e que tem a CCR como principal acionista (45% de participação) - registrou receita líquida de R$ 178 milhões ao final do exercício de 2011, 15% a mais que no ano anterior. O resultado líquido foi de R$ 26 milhões considerando todo o ano, o que significa um crescimento de 72,2% em relação ao ano anterior. Há duas semanas, o Ministério Público do Estado instaurou investigação para apurar se houve crime na manutenção do contrato celebrado em 1996, entre a Prefeitura e a empresa. No ano passado, o mesmo órgão chegou a pedir bloqueio de bens dos envolvidos - o que foi negado pela Justiça.

Biotecnologia é foco para investidores
Valor 29.03.2012 - José Fernando Perez, da Recepta Biopha: investimentos de R$ 40 milhões.Entre os dez medicamentos com maior faturamento no mundo em 2010, cinco são biotecnológicos. O primeiro dos biológicos vem em quarto lugar na lista, o anti-inflamatório Enbrel, com faturamento de US$ 7,3 bilhões. Em 2016, entre os dez mais vendidos, sete deverão ser biotecnológicos, três deles ocupando os primeiros lugares e somando US$ 25,2 bilhões. A biotecnologia é a aplicação de técnicas biológicas em organismos vivos, ou suas partes, para obter um produto, processo ou serviço. Inclui tecnologias de manipulação genética que resultem na produção de proteínas com aplicações terapêuticas. Hoje, enquanto no mundo há cerca de 1,2 mil remédios de síntese química, não chegam a 50 os chamados biotecnológicos.
Em 2010, as vendas globais da indústria farmacêutica atingiram US$ 707 bilhões, 18,4% deles em produtos biotecnológicos. Nesse ritmo, acredita-se que em 2016 eles passarão a representar 21% das vendas. Nos EUA, o registro de novos biológicos já representa 44% em 2010, contra 35% em 2002.
Na área de saúde, os investimentos demonstram que a biotecnologia se transformou em sua maior aposta de longo prazo, levando países a implementar políticas industriais ativas na busca pela aproximação da fronteira tecnológica", destacam os autores de três estudos sobre o Complexo Industrial da Saúde realizados para o BNDES. Os números são desses estudos que se baseiam em dados da EvaluatePharma e IMS Health.
Os biosimilares, como estão sendo chamados os "genéricos" biotecnológicos - área que na farmoquímica o país se saiu muito bem -, deve ser o primeiro passo para essa nova tecnologia, especialmente para países no estágio do Brasil. Além de firmar um lugar que perdeu lá atrás na corrida pela síntese química, o país já enfrenta gastos cada vez maiores na área de fármacos biotecnológicos. Levantamento do Ministério da Saúde citado pelo BNDES mostra que de 2003 a 2008 o gasto do SUS com medicamento de alto custo passou de R$ 513 milhões para R$ 2,3 bilhões. Enquanto 41% dos gastos foram com medicamentos biológicos, eles respondem por apenas 2% em volume, "revelando um grupo de altíssimo valor agregado".
Pelo menos oito grandes laboratórios nacionais, associados em duas "big pharmas", já estão a caminho dos biosimilares com a participação do BNDES. "A ideia é juntar as farmas brasileiras para formar uma super-indústria. É um fundo de pesquisa para o desenvolvimento, e o que sair de lá vai ser explorado pelos laboratórios integrantes", diz Gonçalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e superintendente do Hospital Sírio-Libanês. "A biotecnologia ainda está na fronteira do conhecimento. O Brasil tem que se preparar e está caminhando para isso", afirma Vecina.
A biotecnologia vai permitir um estreitamento maior entre os centros de pesquisa e a indústria. "Agora vamos além de testar novas drogas", diz Luiz Fernando Lima Reis, do Instituto Sírio-Libanês de Pesquisa. "Já participamos de três áreas: da seleção de pacientes, com marcadores; dos ensaios clínicos e do desenvolvimento de métodos para acompanhar a resposta do tratamento", explica o diretor.
O laboratório Cristália, que como outros nacionais ganhou impulso na esteira dos genéricos, iniciou já em 2006 uma planta para pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia. "Somos a empresa privada nacional pioneira nessa área, e já em julho ou agosto próximo inauguramos a planta de produção", diz Roberto Debom, diretor de parcerias público-privadas e biotecnologia da Cristália. Cerca de R$ 100 milhões já foram investidos nas ampliações e pesquisa e três vezes mais devem ser aplicados nos próximos anos, estima o diretor. Segundo ele, já há várias moléculas de biotecnológicos que aguardam a transposição industrial nas novas instalações. "O país não tem como fugir da biotecnologia se quiser avançar", diz Debom. "Temos que entrar de cabeça nesse negócio", destaca.
As pesquisas das drogas biológicas, pelas perspectivas que trazem na área do câncer, significam também investimento de grande valor. Para receber a designação de Droga Órfão do FDA americano, a Recepta Biopharma - do físico José Fernando Perez - investiu R$ 40 milhões e atraiu como investidores dois grandes empresários: Emilio Odebrecht, do Grupo Odebrecht, e o pecuarista Avelino Mineiro.

Casamento por interesse garante resultados
Valor 29.03.2012 - Os investidores de private equity e venture capital buscam companhias prontas para multiplicar as receitas, querem atuar na gestão e influenciar nos planos de expansão das empresas. "Trata-se de capital inteligente, incrementado com experiência executiva. O investidor é um sócio que realmente fará a diferença", explica Maria Luísa Campos Machado Leão, diretora da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O novo sócio, portanto, vai cobrar resultados e trabalhar para que a empresa cresça.
Robert Binder, diretor da Antera - gestora do fundo de capital semente Criatec, cujo volume de aportes soma R$ 100 milhões (80% de recursos vindos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e 20% do Banco do Nordeste - BNB) - deixa claro que investidor não é banqueiro. Foge do perfil de quem empresta dinheiro e não está interessado em empreender com meta de abrir uma franquia, ampliar a padaria ou reforçar o fluxo de caixa. "Este dinheiro só está disponível para quem tem um negócio com possibilidade de ganho expressivo. É assim que funciona o capital de risco", ressalta.
No caso do Criatec, o objetivo do fundo de capital semente é investir em empresas que estão em início de operação (incluindo os negócios em estágio zero), com perfil inovador e que projetem um elevado retorno. Os investimentos do BNDES seguem a lógica da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em 2008 pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cuja estratégia é investir e inovar para ampliar a competitividade nas cadeias produtivas. Agora, com o nome de Brasil Maior, a política continua sua aposta na inovação para reestruturar a indústria nacional. "Nos últimos quatro anos, investimos em 36 empresas com faturamento anual de até R$ 5 milhões", destaca Binder.
Segundo Sidney Chameh, sócio da DGF Investimentos e ex-presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), para atrair o investidor, o empreendedor precisa ter em mente que terá um sócio exigente, fruto de um "casamento" por interesse. A relação é composta por um investidor que, ao final do contrato, quer o seu dinheiro de volta - devidamente multiplicado - e por um empreendedor com um negócio original e inovador, capaz de ganhar mercado rapidamente e ampliar o faturamento da empresa.
O alcance das metas exigirá também mudança de postura do empreendedor. Acostumado a mandar sozinho, ele terá de submeter suas decisões a um conselho executivo, terá de ouvir seu sócio e precisará ainda aceitar interferências e sugestões. O empreendedor também precisa estar preparado para vender a empresa e partir para um novo negócio, caso surja uma proposta de compra irrecusável e que inclua a venda de 100% das ações.
"Para saber se é candidato à busca de um investidor, o empreendedor tem de montar um plano de trabalho detalhado, conhecer profundamente o mercado, os produtos e estabelecer uma visão de futuro. Esse processo é, antes de tudo, um exercício de autoconhecimento - do empreendedor e do negócio", afirma Mario Bandeira, sócio da consultoria BF5.

Aggreko compra Poit por R$ 400 mi
Valor 27.03.2012 - Paoli, diretor da britânica Aggreko na América do Sul, explica que compra da companhia brasileira vai complementar seu portfólio em momento de forte demanda.O mercado brasileiro de aluguel de geradores de energia elétrica está entrando em uma fase de consolidação. Ontem, a britânica Aggreko anunciou acordo de compra de 100% da brasileira Poit Energia por R$ 404 milhões. O negócio poderá chegar a R$ 464 milhões dependendo do cumprimento de metas estabelecidas no acordo. O negócio combinado das duas companhias, nas operações do Brasil e da América do Sul, vai resultar em um parque com 2,8 mil geradores com potência total de 1,3 mil megawatts (MW), capacidade semelhante à da usina nuclear de Angra 2, no Rio.
A aquisição da Poit, empresa com sede em São Paulo fundada pelo empresário Wilson Poit, se insere na estratégia de expansão da Aggreko em mercados emergentes como o Brasil, disse o diretor da companhia britânica para a América do Sul, Diógenes Paoli Neto. Juntas as duas empresas faturaram, no ano passado, R$ 555 milhões no Brasil e em outros países da América do Sul nos quais operam. Desse total, R$ 423 milhões corresponderam à Aggreko e R$ 132 milhões à Poit. As sinergias resultantes da união serão importantes para cumprir a meta de levar a empresa a faturar quase US$ 1 bilhão por ano até 2017 na América do Sul.
Segundo Paoli, como resultado da aquisição também haverá complementação do portfólio de produtos uma vez que a Poit tem um número maior de equipamentos de menor potência (70% dos geradores da empresa situa-se abaixo de 500 kVA) enquanto a Aggreko tem 70% de seus geradores acima dessa faixa. Entre os clientes, estão empresas de setores como petróleo e gás, mineração, concessionárias de energia e a indústria de entretenimento. Paoli afirmou que o contrato de compra-venda deve ser assinado em abril. As duas empresas devem operar separadamente até o fim do ano para, em 2013, serem unidas sob a marca Aggreko. Na transação, a Aggreko Brasil Locações e Energia está comprando a Companhia Brasileira de Locações, holding que controla o grupo Poit Energia, disse Paoli. No mundo, a Aggreko faturou US$ 2,2 bilhões em 2011.
"Pagamos o valor que acreditamos que a empresa vale", disse Paoli. Nos últimos anos, a Poit Energia teve forte valorização. Em 2008, o fundo BRZ Investimentos comprou 35% da Poit por R$ 40 milhões. Essa fatia valorizou-se mais de três vezes com a venda para a Aggreko. Wilson Poit, que detinha 65% da Poit, vai ocupar a presidência do conselho de administração da empresa. "Minha principal função será a integração das equipes [das duas empresas]", disse Poit. No total, a Aggreko e a Poit terão juntas 1,3 mil funcionários e uma rede com 36 centros de serviços espalhadas pelo Brasil e por outros cinco países da América do Sul (Chile, Argentina, Peru, Colômbia e Venezuela). Só a Poit tem 18 filiais entre Brasil e América do Sul e 500 empregados. Paoli afirmou que não estão previstas demissões como resultado da incorporação da Poit, já que a empresa vai precisar de recursos humanos em função das perspectivas de crescimento no Brasil com grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 que devem utilizar geradores para locação. Ele disse que mesmo depois desses grandes eventos o mercado tende a continuar aquecido, pois novos projetos industriais e de infraestrutura requerem aluguel de geradores de energia na fase de construção. A América do Sul é uma das regiões em que os negócios da Aggreko cresceram mais rapidamente nos últimos três anos.

Margem bruta da Cyrela cai em 2011 com maior custo de obras
Valor 27.03.2012 - A margem bruta da Cyrela Brazil Realty caiu, no ano passado, devido a sobrecustos referentes a empreendimentos imobiliários lançados em 2007 e 2008, segundo o vice-presidente financeiro da Cyrela, José Florencio Rodrigues. A Cyrela teve margem bruta de 28,3% em 2011, ante 31,4% em 2010. A meta de margem bruta para 2012 foi mantida no patamar de 30% a 34%. Para a margem Ebitda, a projeção é de 19%. No quarto trimestre do ano passado, a margem bruta foi de 29,1%, superior à de 24,5% do intervalo equivalente de 2010 e ao indicador de 28,6% do terceiro trimestre de 2011. Os estouros de orçamento das obras mais antigas tiveram impacto na margem trimestral. Isso ainda deve correr por mais dois ou três trimestres, de acordo com Rodrigues, em proporção cada vez menor.
A margem a apropriar era de 33,8% no fim do quarto trimestre. Do total do indicador, 86% se refere à safra mais nova de projetos e 14% é o que resta a reconhecer dos projetos de margens mais baixas. Conforme Rodrigues, os projetos lançados a partir de 2010 têm margem de 36% e o restante, de 24%. Não houve surpresas em relação a orçamentos no quarto trimestre, segundo o executivo. O impacto nas margens deveu-se a situações foram identificadas anteriormente e reconhecidas no balanço devido ao avanço de vendas e evolução física da obras. “Nos projetos novos, a probabalidade de haver estouros semelhantes aos das obras das safras 2007 e 2008 é praticamente nula”, disse Rodrigues. No ano passado, a receita líquida da companhia cresceu 25,3%, para R$ 6,127 bilhões. No quarto trimestre, a expansão foi de 42,8%, para R$ 1,984 bilhão. Segundo Rodrigues, a empresa deu início, no ano passado, ao reconhecimento de 66 projetos lançados. Isso possibilitou a  apropriação de receita de R$ 691,3 milhões no quarto trimestre.
A Cyrela tem expectativa de apresentar geração operacional de caixa neste ano. No ano passado, a companhia entregou 23,9 mil unidades. A previsão para 2012 é que entre 25 mil e 30 mil unidades fiquem prontas. Em 2011, repasses e quitações ficaram acima de 17 mil unidades. A companhia tem repasses previstos para 2012 de 15 mil a 18 mil unidades . Desse total, três quartos se referem a imóveis da Living, braço de baixa renda da Cyrela, e um quarto, à faixa de médio e alto padrão. Segundo o presidente da companhia, Elie Horn, a Cyrela tem concentrado esforços na venda de estoques, com estratégias específicas por produtos e preservação da lucratividade. No ano passado, a empresa vendeu R$ 650 milhões de estoques prontos. Horn informou que a política da empresa “não é fazer grandes nem pequenos descontos, mas flexibilizar um pouquinho”. O foco para reforçar a venda de estoques tem sido no trabalho dos corretores. No último fim de semana, foi realizado feirão de imóveis da Living, em Belém, como estratégia de marketing.
Em relação às vendas do primeiro trimestre, Rodrigues afirmou que os consumidores estão mais seletivos, mas que a “resposta é boa”. “Vemos aceleração de lançamentos no segundo trimestre, em linha com o programado”, afirmou o vice-presidente financeiro. Conforme Horn, o mercado se mantém “sólido”, e os preços dos imóveis continuarão em alta em 2012. “Os preços devem subir pelo menos no nível da inflação do setor”, diz Rodrigues. Segundo ele, a manutenção da velocidade de vendas atual, de 50%, é “bastante adequada”.
O presidente da Cyrela destacou também que a companhia trabalha “ativamente para reduzir custos e despesas”. Atualmente, 81% das obras da Cyrela são executadas pela companhia própria ou pelas joint ventures. A intenção da companhia é que, nas novas obras, essa parcela chegue a 95%. A média de atrasos de obras vem caindo mês a mês, de acordo com Rodrigues. No fim do ano, esses atrasos devem estar próximos de zero, e a perspectiva é que não haja atrasos em 2013. O executivo citou que atrasos geram distratos e custos de imagem. Cada vez que ocorre um atraso, a equipe de engenharia envolvida e a diretoria corporativa têm redutor da métrica de desempenho da obra. No fim do ano passado, o banco de terrenos da Cyrela correspondia a 12,6 milhões de metros quadrados de área útil comercializável, com Valor Global de Vendas (VGV) potencial total de R$ 48,9 bilhões. A participação da Cyrela era de 86,1%. No quarto trimestre, a empresa comprou nove terrenos, com VGV potencial de R$ 1,5 bilhão. Os investimentos de caixa em terrenos, no trimestre, foram de cerca de R$ 80 milhões, em linha com os períodos anteriores. Distratos de terrenos onde a Cyrela avaliou que lançamentos não seriam viáveis por questões ambientais ou dificuldades de aprovação de projetos contribuíram para a companhia registrar R$ 36,2 milhões de despesas não operacionais no quarto trimestre. O indicador refletiu também custos com processos jurídicos para os quais não havia contingenciamento e doações para o Instituto Cyrela. Essa foi uma das razões para a queda de 17% do lucro líquido da Cyrela, em 2011, para R$ 498 milhões. No quarto trimestre, houve aumento de 119,6% no lucro líquido.

Credicard espera faturar R$ 200 mi com novo site de e-commerce
Folha 27.03.2012 - A Credicard anunciou nesta terça-feira que fechou uma parceria com a Comprafacil.com para criação de um portal de comercio eletrônico.
Segundo a administradora de cartões de credito controlada pelo Citibank, o portal, batizado de Shopping Credicard, permitirá a compra de mais de 50 mil produtos, incluindo artigos esportivos, cosméticos e têxteis. Inicialmente, o acesso às compras será restrito a portadores dos cartões Credicard, Diners Club e do Citibank, que terão 10% de desconto em todas as compras.
Até o final do semestre, o canal será acessível para cartões de outras bandeiras.  A expectativa da Credicard é de um faturamento de R$ 200 milhões no primeiro ano do acordo, oriunda de um percentual sobre as vendas e comercialização de espaços de mídia no portal.

Redecard garante que não vai esconder relatório sobre valor da empresa
Exame 27.03.2012 - A Redecard (RDCD3) garantiu em comunicado enviado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que não vai esconder o laudo de avaliação
que deve determinar o preço da empresa. A companhia está em meio a um processo de Oferta Pública de Aquisição (OPA), no qual seu controlador, o Itaú Unibanco,
pretender pagar, no máximo, 35 reais por ação, além dos dividendos devidos.  Embora Roberto Setubal, presidente do banco, garanta que o valor oferecido é justo para os acionistas, há controversas no mercado. Logo na época em que o anúncio da intenção de tirar a empresa de cartões da bolsa foi feito, o HSBC publicou um relatório no qual tecia motivos para explicar por que cada ação da Redecard poderia valer 41 reais.
Mais recentemente, foi a vez do Santander divulgar uma análise explicando que minoritários queriam ao menos 45 reais por papel.
Para que não restem dúvidas sobre o valor de cada ação, a empresa passa por uma avaliação feita com lupa. A Rothschild foi contratada para elaborar um laudo de avaliação sobre o preço real da Redecard.
Segundo matéria do jornal Valor Econômico, o laudo de avaliação deve ficar pronto em duas semanas. O jornal apontou a hipótese desse relatório não se tornar público, conforme apostam analistas do Morgan Stanley.
O comunicado enviado para a CVM foi justamente uma explicação sobre essa hipótese. Como parte dos esforços para tranquilizar o mercado sobre seu preço real, a Redecard anunciou também que contratou o Citigroup e a assessoria BR Partners para emitir um “fairness opinion”, ou uma segunda opinião sem peso oficial, para o Conselho de Administração da empresa, dando sua visão do negócio.

Benetton fecha capital e tenta reconquistar jovens
Valor 27.03.2012 - Alessandro Benetton, filho do fundador, assumirá o controle da empresa com o desafio que competir com Zara e H&M.No centro de Milão, Gaia Mancini, 17, sai da loja principal da Benetton. Mas ela não está fazendo compras para si mesma, estava lá dando uma olhada porque os produtos atraem sua companheira de compras, sua mãe. "Eu prefiro a Zara ", diz ela, apontando para a varejista espanhola, duas portas à frente, com a entrada congestionada por uma multidão de clientes. A loja de três andares da Benetton está quase vazia. Depois de 25 anos de presença na Bolsa de Valores de Milão, a família capitaneada pelo fundador, Luciano Benetton, 76, e seus três irmãos, deverá fechar um negócio destinado a fechar o capital do grupo - a compra da parcela de 25% das ações que ainda não detém, por € 210 milhões. Eles acreditam ser essa a única maneira de operar a reviravolta necessária para fazê-la voltar ao sucesso. A compra, ao que parece, transcorrerá sem problemas, com as ações a € 4,60, além de um ágio de 6% sobre a média da cotação das ações nos últimos 12 meses. O futuro do grupo depois do fechamento do capital, porém, não envolve o mesmo grau de certeza. A Edizione, empresa da família que tem participações em estradas, aeroportos, bancos e na mídia, diz que fechar o capital da Benetton lhe dará "flexibilidade no médio ao longo prazo para tomar as providências necessárias para enfrentar os desafios das mudanças do ambiente competitivo". Analistas acreditam que essa é a última oportunidade da Benetton de reverter o arrefecimento de seu sucesso antes de ter de estudar a possibilidade de uma cisão do grupo. A Benetton foi fundada em 1965 por Luciano e seus irmãos Giuliana, Gilberto e Carlo, na pequena cidade de Ponzano Veneto, Nordeste da Itália. A iniciativa ocorreu quando identificaram a existência de um mercado para blusões de boa qualidade e cores vivas, comercializados a preços acessíveis. Sua primeira loja fora da Itália foi inaugurada em Paris em 1969 e foi invadida por estudantes. Em 1993, a empresa contava com 7 mil lojas em 120 países, entre os quais Estados Unidos, Rússia e Japão, e era conhecida por campanhas publicitárias de choque.
Nos últimos dez anos, ela ficou para trás em relação a marcas mais recentes e ágeis, sintetizadas pela Zara e pela Bershka, da Inditex, e pela sueca H&M. Enquanto a receita da Benetton permaneceu estável, em cerca de € 2 bilhões, na década encerrada em 2010, a da Inditex quintuplicou, para € 12,5 bilhões. No período, a capitalização de mercado da Benetton encolheu de € 4 bilhões para € 800 milhões.
Um modelo de negócios obsoleto, com 75% de sua receita vinculada a franquias, comprometeu suas vendas, dizem analistas. O modelo de franquias tirou a agilidade da empresa para captar as mudanças do gosto do consumidor, colocando-a em desvantagem em relação a concorrentes puxados pela demanda, como a Zara. A empresa, além disso, não conseguiu promover uma expansão convincente fora da Europa. Cerca de 50% de suas vendas são na Itália, uma fragilidade que se tornou aguda desde que a crise comprometeu as compras de varejo no país. O principal centro de distribuição da Benetton na Itália operava a 30% de sua capacidade em novembro passado. Marco Baccaglio, analista da Cheuvreux, estima que, se fracionada, a divisão operacional da Benetton, em relação a suas divisões de venda de varejo e de atacado, valerá cerca de € 550 milhões, pouco mais do que metade do valor que ele atribui à metade da carteira de imóveis da divisão. O grupo detém € 550 milhões de dívida líquida e um valor do empreendimento equivalente a seis vezes seus lucros antes de juros e impostos, o que sugere sobrecarga de sua capacidade de pagar as dívidas. Especialistas no setor argumentam que o fechamento do capital será o impulso de que a Benetton precisa. Eles acreditam o cancelamento do registro das ações em bolsa reflete a decisão dos membros da família fundadora de passar o controle estratégico da empresa a Alessandro Benetton, 48, filho mais velho de Luciano, que fundou sua própria empresa de compra de participações antes de ingressar no grupo familiar, em 2007.
A exemplo de muitas empresas de controle familiar que tentam fazer a transição para a segunda geração, a Benetton enfrentou dificuldades em delegar o controle a diretores externos e mudou o primeiro escalão de direção quatro vezes em quatro anos. Os especialistas dizem que entregar o controle estratégico a Alessandro Benetton, que disse que pretende atuar como o "regente de uma orquestra", é a melhor aposta para encurtar a distância entre a geração dos fundadores e a direção externa, preparar a empresa para competir com concorrentes mais recentes e aplacar as tensões familiares.
Alessandro Benetton pretende investir na rede de lojas, uma iniciativa que, segundo os analistas, é decisiva, após anos de abandono. Sob sua égide, o grupo já gerou novas campanhas de marketing digital, que, segundo os conhecedores do setor, aumentaram a frequência às suas lojas. Mesmo assim, o maior desafio com que Alessandro Benetton se defronta, dizem analistas e assessores da empresa, é o grau pelo qual ele está disposto em fazer a ruptura com o passado e repensar seu modelo para o atacado, a fragilidade de seus negócios nos Estados Unidos, onde a empresa tem 50 lojas, e sua estratégia vacilante para a Ásia.
Embora as vendas na Índia se mostrem sólidas, elas não conseguiram deslanchar na China, ao contrário de algumas das muitas marcas italianas famosas. Resta conferir se Alessandro Benetton, que "reverencia" o pai, segundo pessoa próxima à família, terá a obstinação suficiente para promover as mudanças arrojadas de produtos e estratégia necessárias para revitalizar a marca. Se não tiver, os bancos dizem que os pontos fortes de Alessandro Benetton podem se revelar como sendo sua experiência em compras de participações e seu MBA em Harvard, o que mostraria ser uma vantagem no caso de um desmembramento do grupo.

CSN projeta alta de 10,9% nas vendas de minério de ferro em 2012
Valor 27.03.2012 - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) projeta alta de 10,9% nas vendas de produtos acabados de minério de ferro em 2012, para 32,5 milhões de toneladas, de acordo com estimativas fornecidas pela companhia em teleconferência com analistas para comentar o desempenho da companhia em 2011. No ano passado, o volume de minério de ferro vendido alcançou o recorde de 29,3 milhões de toneladas, considerando-se participação de 100% na Namisa. A CSN espera ainda que os volumes comercializados de minério alcancem 40,8 milhões de toneladas em 2013 e 47,8 milhões de toneladas no ano seguinte, segundo o diretor de mineração da siderúrgica, Daniel Santos. Em termos de receitas, a CSN prevê atingir R$ 6,993 bilhões com a venda de minério neste ano, ante R$ R$ 5,942 bilhões em 2011. Em 2013, esse montante deve subir a R$ 8,087 bilhões, chegando a R$ 8,902 bilhões em 2014, na esteira do aumento dos volumes comercializados e do preço médio praticado.
Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do segmento de mineração, que em 2011 somou R$ 3,768 bilhões, deve passar a R$ 4,718 bilhões em 2012, R$ 5,217 bilhões  em 2013 e R$ 5,678 bilhões em 2014, sempre considerando-se 100% da Namisa. A parcela da CSN nesse indicador deve ser de 85% em 2012, 84,5% em 2013 e 85,9% em 2014.

Lucro da Raia Drogasil mais que dobra no 4º trimestre
Brasil Econômico 27.03.2012 - Neste ano, a companhia terá dois novos Centros de Distribuição em operação, no Paraná e em Goiás.
A empresa encerrou o ano com 776 lojas, após a abertura de 99 unidades durante 2011.  O lucro líquido ajustado da Raia Drogasil mais do que dobrou no quarto trimestre de 2011, ao somar R$ 43,3 milhões. No mesmo período de 2010, o ganho foi de R$ 21,1 milhões.  Segundo comunicado da empresa, os indicadores do último trimestre de 2011 marcam o primeiro demonstrativo combinado de desempenho econômico-operacional da companhia, criada em novembro de 2011 pela união da Droga Raia e Drogasil. No ano passado, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 151,4 milhões, o que representa um incremento de 66,8% sobre 2010.
As vendas experimentaram uma "tendência de recuperação" ao longo do ano e, no quarto trimestre, a Raia Drogasil registrou um crescimento de 20,4% na receita combinada, sendo 12,9% nas mesmas lojas (desconsiderando as inaugurações ocorridas no período) e 8,1% em lojas maduras (em operação há mais de três anos). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 76,2 milhões entre outubro e dezembro de 2011, valor 43,2% superior ao verificado em igual período do ano anterior.  Em 2011, o Ebitda ajustado foi de R$ 271,5 milhões, crescimento de 22,8% frente ao ano anterior. A Raia Drogasil encerrou o ano com 776 lojas, após a abertura de 99 unidades durante 2011 - 60 com a bandeira Droga Raia e 39 sob a marca Drogasil. "A solidez econômico financeira e a expertise operacional da empresa asseguram potencial de investimentos capaz de suportar uma expansão vigorosa e sustentável de suas redes de lojas", disse Claudio Roberto Ely, presidente da Raia Drogasil, em comunicado. Neste ano, a companhia terá dois novos Centros de Distribuição em operação, no Paraná e em Goiás.

JHSF vai lançar mais de R$ 1,5 bilhão em 2012
Valor 27.03.2012 - Os lançamentos imobiliários da JHSF Participações deverão somar mais de R$ 1,5 bilhão em 2012. Ontem, a companhia reiterou sua meta de lançar R$ 2 bilhões no biênio 2011 e 2012. No ano passado, a companhia lançou R$ 462,7 milhões e, no primeiro trimestre deste ano, R$ 209 milhões. O banco de terrenos da JHSF corresponde a lançamentos de R$ 11 bilhões. No ano passado, os lançamentos e resultados da companhia foram concentrados no quarto trimestre. No último trimestre de 2011, o lucro líquido atribuído aos controladores, de R$ 49,07 milhões, correspondeu a 22,4% do total do ano. Em 2010, o último trimestre respondeu por 75% do lucro líquido do ano.  O lucro líquido da JHSF caiu 68,5% no quarto trimestre do ano passado ante os três últimos meses de 2010, para R$ 50,16 milhões. A receita líquida teve queda de 27%, para R$ 245,81 milhões, no período, e a geração de caixa medida pelo Ebitda caiu 57,8%, para R$ 79,48 milhões. No ano, o lucro líquido subiu 3,4%, para R$ 220,77 milhões. A receita líquida cresceu 19,2%, para R$ 909,43 milhões, e o Ebitda aumentou 13,7%, para R$ 311,28 milhões.  As vendas totais de incorporações da companhia chegaram a R$ 3,48 bilhões. A receita bruta de incorporações cresceu 20%, para R$ 827,9 milhões. O avanço das obras contribuiu para a melhora da receita e, consequentemente, do lucro. Houve impacto positivo no lucro de R$ 22,3 milhões da venda do empreendimento residencial Parque Ponta Negra, em Manaus. A comparação dos lucros dois dos dois anos foi influenciada também por R$ 72,9 milhões decorrentes das vendas das torres Metropolitan e Platinum em 2010.
A receita bruta do segmento de renda - shopping centers e locações comerciais - aumentou 18,1% no ano passado, ante o resultado pro-forma de 2011 (que exclui a venda das propriedades comerciais), para R$ 57,9 milhões. As vendas reportadas pelos lojistas dos shoppings da companhia cresceram 20% em 2011 na comparação com 2010.
Em 2011, a companhia registrou margem bruta consolidada de 43,1%, acima dos 39,5% de 2010. No quarto trimestre, a margem bruta foi de 45,8%, ante o indicador de 44,6% no último trimestre de 2010. A JHSF ressalta que tem se dedicado ao controle de prazos e orçamentos e que está confiante de que as margens atuais são sustentáveis.

Lucro da Triunfo sobe 113% no quarto trimestre
Brasil Econômico 27.03.2012 - Os resultados da companhia no quarto trimestre foram impulsionados principalmente pelo aumento do fluxo de veículos nas rodovias.
O lucro líquido do quarto trimestre de 2011 atingiu R$ 28,9 milhões, contra R$ 13,6 milhões do mesmo período em 2010.
A Triunfo Participações e Investimentos (TPI), que atua nos setores rodoviário, de logística portuária e de geração de energia elétrica, anunciou nesta segunda-feira (26/3) seus resultados referentes aos quarto trimestre de 2011 e ao ano passado.  O lucro líquido do quarto trimestre de 2011 foi de R$ 28,9 milhões, valor 113% acima do verificado no mesmo período em 2010, quando o lucro foi de R$ 13,6 milhões. No ano de 2011, o lucro líquido chegou a R$ 22,5 milhões, uma queda de 34,2% em relação ao ano anterior.
A receita líquida no quarto trimestre foi de R$ 238 milhões, um aumento de 37,5% perante a igual intervalo de 2010. O crescimento do ano foi de 30,7%, atingindo R$ 787 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado atingiu R$ 117 milhões no último trimestre de 2011, um aumento de 38,7%. No ano, o Ebitda ajustado foi de R$ 352 milhões, o que representa uma alta de 13,3% ante 2010. Os resultados da companhia no quarto trimestre foram impulsionados, principalmente, pelo aumento do fluxo de veículos nas rodovias, pela expansão das operações com carga própria da Portonave, bem como elevação da receita de importação e maior movimentação no terminal portuário. Na área de cabotagem, o início de operação da Maestra também contribuiu para o aumento da receita. Já os custos operacionais subiram 38,4% no quarto trimestre, refletindo o início de operação de cabotagem, que adicionou R$ 13 milhões em custos, somada ao crescimento da operação com carga própria na Iceport e da retomada de operação da câmara frigorificada. Além disso, o resultado financeiro de 2011 foi impactado pela recente alta do dólar, uma vez que a dívida da Portonave junto a GE está atrelada à moeda americana. A dívida possui um hedge natural, uma vez que a parcela de sua receita está também atrelada ao dólar.

Camera e DuPont fecham acordo para biodiesel
Valor 27.03.2012 - A produção inicial de 15 mil toneladas será suficiente para fabricar 700 milhões de litros de biodiesel; Camera comprou a tecnologia de fabricação da DuPont.A Camera Agricultura, Alimentos e Energia fechou um acordo comercial com a DuPont do Brasil e, até janeiro de 2013, deve começar a produzir metilato de sódio, catalisador necessário para a produção de biodiesel. A produção local garantirá a autossuficiência da empresa em relação ao insumo, atualmente importado da Alemanha, e o excedente será vendido para outras usinas da região. De acordo com o gerente da unidade de negócios de biodiesel e coprodutos da empresa, João Artur Manjabosco, a Camera comprou a tecnologia de fabricação da DuPont, que também será a fornecedora da matéria-prima básica - o sódio metálico, ao qual é adicionado etanol para a produção do insumo. "Os riscos, os investimentos e as receitas da operação serão 100% da Camera", afirmou o executivo. O metilato de sódio importado custa cerca de R$ 2,7 mil a tonelada, incluindo frete e impostos. Com a produção própria, além da receita das vendas para terceiros, a Camera terá redução de custos e ganhará competitividade nos leilões de biodiesel, explicou Manjabosco. "Estamos verticalizando nossa produção". A nova linha deverá ser instalada no complexo portuário e de produção de óleo e farelo da empresa em Estrela, a 100 quilômetros de Porto Alegre. A capacidade inicial será de 15 mil toneladas por ano, mas a unidade poderá ser ampliada para 30 mil toneladas anuais, em linha com as perspectivas de aumento gradual da mistura de biodiesel no diesel mineral de 5% para 10% até 2020. O investimento será de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões na primeira fase e deve chegar a R$ 20 milhões na segunda etapa. A única fábrica de metilato de sódio atualmente em funcionamento no país foi colocada em operação pela Basf no fim de 2011 em Guaratinguetá (SP), com capacidade de 60 mil toneladas por ano. Antes disso, em 2010, a JBS fechou um acordo com a própria DuPont para fabricar o insumo em Pirapozinho (SP), mas em julho de 2011 decidiu desativar a planta que também tinha capacidade para produzir 60 mil toneladas anuais.  Conforme Manjabosco, a produção inicial de 15 mil toneladas de metilato de sódio será suficiente para fabricar 700 milhões de litros de biodiesel. A Camera tem capacidade instalada de 363 milhões de litros por ano nas suas duas usinas, em Ijuí e Rosário do Sul, enquanto todo o setor nos três Estados do Sul é responsável por um terço da produção nacional, que deve oscilar entre 2,7 bilhões de 2,8 bilhões de litros em 2012, com alta de 7% sobre 2011, explicou o executivo. Em 2011, a empresa produziu 110 milhões de litros. Deste total, 92,7 milhões foram comercializados nos leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP), enquanto o restante refere-se aos leilões de estoques e vendas diretas. Nos dois últimos pregões da ANP, para entrega no primeiro e no segundo trimestre deste ano, o volume vendido já alcançou 75,6 milhões de litros e com a perspectiva de entrada em operação da usina de Rosário, ainda desativada, a Camera projeta para 2012 uma produção até duas vezes superior à do ano passado.
Segundo Manjabosco, a venda de biodiesel respondeu por 14% da receita líquida em 2011, que cresceu 75% sobre 2010 e alcançou R$ 1,93 bilhão. A comercialização de soja teve a maior participação (34%), seguida pelos farelos (22%). Os demais produtos, como fertilizantes, óleo refinado, trigo, químicos, óleo degomado e milho, ficaram com fatias individuais inferiores a 10%.
O investimento na produção de metilato de sódio está dentro do programa de investimentos de R$ 200 milhões para o período 2011-2015, anunciado no fim de 2010, quando a empresa vendeu 17% do capital para a gestora de fundos de investimentos CRP Companhia de Participações. Desde então, a Camera comprou em janeiro de 2011, por R$ 60 milhões, a planta de Estrela da Granóleo. Depois, em outubro, arrematou a usina de biodiesel de Rosário do Sul e uma fábrica de óleo e farelo de soja em São Luiz Gonzaga, ambas da Vanguarda Agro, por R$ 50 milhões.

Opções de executivos derrubam PDG
Valor 27.03.2012 - Pouco antes do balanço do quarto trimestre, movimentações com ações feitas por executivos da PDG no mercado em fevereiro estão dando o que falar entre os investidores. Discussões sobre o tema puxaram uma queda de quase 14% nas cotações desde que os negócios se tornaram públicos. Nesse mesmo período, o Índice Bovespa subiu 0,45%.
As operações que desagradaram os investidores foram divulgadas no dia 12 à noite, em formulário enviado mensalmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Administradores da PDG fizeram derivativos (contratos de opções) para proteger de uma possível queda as ações que recebem como parte de sua remuneração. Embora a mensagem não tenha sido bem recebida isoladamente - já que o objetivo dos programa de remuneração com ações é justamente fazer o executivo correr o mesmo risco do mercado -, o que mais incomodou foram os preço e os prazos dos contratos.
Ao longo de 2011, diversas opções foram feitas e não causaram o mesmo mal-estar. Os derivativos fechados em fevereiro protegem os administradores caso o preço da ação fique abaixo de R$ 7,80 a R$ 8,20, e vencem em abril e agosto deste ano. Além disso, há contratos em que o executivo perde se a ação for acima de R$ 10 em 2014.
A leitura dos investidores foi que, na prática, o potencial de curto prazo da ação está limitado a R$ 8,20 e no longo prazo, a R$ 10 - valores considerados baixos, já que a cotação em bolsa estava em R$ 7,55 antes dessa divulgação e ontem fechou o dia a R$ 6,51. Na interpretação dos investidores, os diretores, que trabalham na empresa e portanto possuem informações privilegiadas acerca do negócio, estão tentando se proteger de uma desvalorização - algo que, em tese, eles têm mais condições de prever do que os acionistas de bolsa.
O Valor apurou que as operações feitas pelos diretores da companhia protegeram um terço das ações que eles têm a exercer no âmbito do plano. Os outros dois terços continuam expostos à movimentação natural das cotações. A empresa não divulga nos formulários da CVM os nomes dos diretores que fizeram as operações. Mas é possível afirmar que não foram os principais executivos: o diretor-presidente, Zeca Grabowsky, ou o vice-presidente, Michel Wurman. Ambos fazem parte também do conselho de administração, e o formulário não mostra nenhuma negociação de conselheiros.
Os programas de remuneração com ações da PDG são a valores próximos à cotação de mercado, diferentemente de boa parte de companhias do setor, que estabelecem preços reduzidos para as ações. Essa pode ser uma explicação para que derivativos sejam até costumeiramente usados pelos executivos da PDG - em janeiro e em outros meses de 2011, eles também fecharam opções, porém a valores menores e prazos mais curtos. No passado, além de serem apenas para os meses seguintes, as opções limitavam cobertura para quedas abaixo de preços entre R$ 9,33 e R$ 10,50. Esses valores eram próximos da média dos preços-alvo projetados para as ações, de R$ 10,27, segundo a Bloomberg. A expectativa da divulgação do balanço e as recentes negociações das ações têm funcionado como combustível para diversos rumores referentes à companhia, como o de que os resultados do quarto trimestre poderão trazer baixas referentes à aquisição da da Agre em 2010 pela PDG.
Procurada pela reportagem, a PDG não concedeu entrevista.

Indústria de guloseimas busca EUA e África
Valor 27.03.2012 - Os fabricantes de chocolates, balas, chicletes e amendoins estão dispostos a fazer suas exportações crescerem para o continente africano e os Estados Unidos. A iniciativa é uma resposta às barreiras impostas pela Argentina, a maior importadora de doces brasileiros que, desde o ano passado, está condicionando a compra de produtos nacionais à venda de algum item argentino ao Brasil. Hoje, a Argentina responde por 16% das exportações brasileiras do setor que somaram US$ 335,8 milhões em 2011. EUA e África representam, respectivamente, 12% e 13%.
"Temos que redirecionar nossas vendas, já que o problema persiste na Argentina", diz Rafael do Prado Ribeiro, gestor de exportação da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Conforme publicou o Valor em 11 de outubro, há fabricantes brasileiros importando até palitos de pirulito da Argentina, para obter o certificado de livre circulação no país.
"As únicas empresas que não enfrentam restrição são as multinacionais que têm operação aqui e na Argentina", diz Ribeiro. São exemplos a Arcor e a Nestlé. Segundo o executivo, o governo brasileiro tenta negociar com o argentino as barreiras, que envolvem outras categorias de produtos nacionais.
Em 2011, as vendas de guloseimas brasileiras no exterior cresceram 11%, para US$ 335,8 milhões. Em volume, foram 128 mil toneladas, o que representa um recuo de 3,6% em relação ao ano anterior.
Os fabricantes brasileiros - especialmente de balas - passaram a ser vítimas de pirataria dos seus produtos na África, como mostrou o Valor em 27 de setembro. O pirulito Facepop da Dori, por exemplo, era sendo copiado no Congo e vendido a um valor 50% menor que o do original. "Precisamos de uma presença mais constante na África, já que daqui não é possível controlar a pirataria", diz Ribeiro. Segundo ele, qualquer irregularidade será tratada diretamente com os governos de cada país. "Vamos processar os falsificadores", diz. A China, segundo o Ribeiro, é uma das principais fornecedoras de balas duras piratas.
Nos Estados Unidos, onde a Hershey e a Mars dominam em chocolates, a intenção é fortalecer a presença dos fabricantes de balas e gomas de mascar. "Vamos fazer promoções em pontos de venda e estreitar a parcerias com distribuidores locais", diz ele. No ano passado, os associados da Abicab participaram da Sweets & Snacks em Chicago, umas das principais feiras internacionais do setor.

Lopes mira aquisições para crescer em imóveis usados
Exame 27.03.2012 - Empresa tem planos de intensificar as compras nesse segmento em 2012
A Lopes Brasil espera avançar no mercado de imóveis secundários, com planos de intensificar as aquisições nesse segmento em 2012, após ter mais de 20 por cento da receita líquida do ano passado proveniente das vendas de usados. "Planejamos crescer nos usados em 2012", disse o vice-presidente financeiro da Lopes, Marcello Leone, em teleconferência com jornalistas nesta quarta-feira. "(Os imóveis) usados são o grande mercado para crescimento... ainda temos um enorme caminho a percorrer e uma enorme oportunidade de crescimento". Segundo ele, a empresa deve manter o foco em aquisições nas regiões Sul e Sudeste do país, além do Distrito Federal. "Esperamos pelo menos repetir a performance dos anos anteriores em aquisições", afirmou o executivo, acrescentando que o plano de crescer no segmento secundário também contempla a abertura de novas lojas no país. Desde julho de 2010, a Lopes adquiriu 18 empresas, sendo oito no ano passado e três nos primeiros meses deste ano. Os movimentos mais recentes envolveram justamente companhias voltadas ao mercado de usados. Nesta quarta-feira, o maior grupo imobiliário do país divulgou um aumento de 20 por cento na receita líquida do quarto trimestre e de 28 por cento na de 2011, atingindo 130,3 milhões e 432,4 milhões de reais, respectivamente. A receita foi impulsionada pelo salto de 16 por cento nas vendas contratadas tanto nos últimos três meses de 2011, quando totalizaram 5,5 bilhões de reais, quanto no ano como um todo, para 18,2 bilhões, sendo que o mercado secundário representou quase 22 por cento das vendas, levando a Lopes a ocupar a liderança do segmento no país.
De acordo com Leone, a concentração de 39 por cento dos lançamentos do ano no quarto trimestre contribuiu para o resultado positivo. "Grande parte do crescimento veio no quarto trimestre, por questões sazonais... muitas vendas ainda ficarão para 2012", disse. A Lopes fechou o quarto trimestre com lucro líquido, atribuível a acionistas da controladora, 32 por cento maior, a 56,7 milhões de reais, enquanto no fechado de 2011 o lucro foi 31 por cento maior, somando 142,6 milhões de reais. De outubro a dezembro, a companhia apurou geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), de 55,3 milhões de reais, alta de 17 por cento ano a ano, com a margem caindo de 43,8 para 42,5 por cento. Sem considerar a participação dos acionistas minoritários, o lucro líquido no ano passado foi de 150,6 milhões de reais, alta de 14 por cento ante 2010. Em 2011 como um todo o Ebitda cresceu 10 por cento, a 165,1 milhões, e a margem ficou em 38,2 por cento. Em contrapartida, a Lopes registrou um aumento de 11 por cento nas despesas operacionais entre o terceiro e o quarto trimestres, para 75 milhões de reais, impactadas principalmente por custos de empresas adquiridas. Para 2012, a companhia estabeleceu a meta de 260 milhões de reais em despesas operacionais. A unidade de crédito imobiliário da empresa, a CrediPronto!, financiou 1,3 bilhão de reais ao longo de 2011, mais que o dobro do volume apurado no ano anterior.

Grupo português pode comprar iG, diz jornal
Exame 27.03.2012 - Segundo maior acionista da Portugal Telecom, sócia da Oi no Brasil, estaria negociando a compra do portal de notícias brasileiro. O grupo português Ongoing, segundo maior acionista da Portugal Telecom (PT), estaria negociando a compra do portal de notícias brasileiro iG, infirmou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, desta terça-feira. De acordo com o jornal, a operação pode ainda ser anunciada nesta semana. O grupo português é dono do jornal Brasil Econômico no país. A PT é sócia da Oi no Brasil, que por sua vez controla o portal de notícias online.
Desde o ano passado, rumores de que o iG está à venda circulam no mercado. Além do grupo português, as companhias UOL e Yahoo também estariam interessadas em fechar operação.

Schroder reduz participação no Pão de Açúcar
Brasil Econômico 27.03.2012- O fundo americano Schroder Investment Management North America reduziu sua participação na Companhia Brasileira de Distribuição (CBD).
Conforme comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo passou a deter menos de 5% das ações preferenciais em circulação da CBD, empresa que controla o Pão de Açúcar.

Furnas distribui R$ 184,7 milhões em royalties pelo uso da água na produção de energia
Agênca Brasil 27.03.2012 - Nos últimos dez anos, de acordo Furnas, a empresa repassou a estados e municípios R$ 1,4 bilhão em royalties da água...
Um total de R$ 184,7 milhões foi distribuído no ano passado a estados e municípios, por Furnas, subsidiária da Eletrobras, como royalties pelo uso da água na produção de energia elétrica. O diretor financeiro da estatal, Nilmar Foletto, disse nesta segunda-feira (26), à "Agência Brasil", que assim como existem os royalties do petróleo, há também a chamada Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (Cfurh). “É uma compensação aos estados e municípios onde existem reservatórias de usinas hidrelétricas”, disse Foletto. A Cfurh foi instituída na década de 90 e corresponde ao ressarcimento de eventuais problemas registrados nas barragens. A compensação compõe as receitas dos estados e municípios, que revertem os valores recebidos em serviços para as populações situadas no entorno dos reservatórios. Em 2011, foram beneficiadas pelos royalties da água pagos por Furnas as administrações estaduais e 142 municípios de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso, além do Distrito Federal e órgãos da administração direta federal. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) define uma tarifa atualizada de referência, equivalente ao custo médio de operação de todas as usinas hidrelétricas. Sobre esse valor, aplica-se o percentual de 6,75%, explicou o diretor de Furnas. Obtém-se então o resultado de R$ 4,61 por megawatt-hora (MWh) produzido por usina. “Então, soma-se no ano quanto cada usina produziu em MWh. Esse montante de energia é valorizado a R$ 4,61 por MWh e chega-se ao valor distribuído”. O diretor esclareceu que 45% dos recursos arrecadados são destinados aos municípios, 45% para os estados, 3% para o Ministério do Meio Ambiente, 3% para o Ministério de Minas e Energia e 4% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O estado que recebeu o maior volume de recursos, no ano passado, foi Minas Gerais, com R$ 40,2 milhões. Minas sedia a maior parte dos reservatórios de usinas de Furnas. Em segundo lugar, aparece Goiás, com R$ 21,8 milhões, seguido por São Paulo, com R$ 9,4 milhões. Em 2012, os royalties da água distribuídos por Furnas totalizaram R$ 181,8 milhões. Foletto revelou que a variação resulta de dois fatores: a geração das usinas e o valor da tarifa atualizada de referência, que é corrigida a cada ano e acompanha a inflação. Nos últimos dez anos, de acordo Furnas, a empresa repassou a estados e municípios R$ 1,4 bilhão em royalties da água. A Cfurh é paga pelos recursos hídricos para a geração de energia em dez usinas hidrelétricas de Furnas e em outras cinco nas quais a estatal tem participação acionária.

Minerva agora pretende reduzir alavancagem
Valor 27.03.2012 - Edison Ticle, diretor financeiro do Minerva: "Nosso risco caiu 200 pontos em pouco mais de um mês, e isso nos permitiu captar recursos mais baratos", disse.
Depois de prorrogar o vencimento de quase um quarto de suas dívidas nas últimas semanas, o frigorífico Minerva agora se debruça sobre o desafio de reduzir sua alavancagem. O diretor financeiro da empresa , Edison Ticle, disse ontem ao Valor que a companhia quer reduzir 2,5 vezes a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), até o fim de 2013. No quarto trimestre do ano passado, essa relação era de 3,66 vezes. Para isso, o Minerva quer ampliar utilização da capacidade instalada, hoje em 70%. "Tivemos investimentos de quase R$ 1 bilhão nos últimos cinco anos. É hora de capturar o valor dessas operações", afirma Ticle. O executivo se refere às unidades frigoríficas de Campina Verde (MG) e Rolim de Moura (RO), que, segundo ele, ainda operam com menos de 50% de seu potencial. Juntas, as plantas podem abater até 2,3 mil cabeças por dia, o equivalente a 22% de toda a capacidade do Minerva. Em dois anos, a meta é elevar o nível de utilização dessas plantas para 85% a 90% da capacidade. O mesmo vale para a unidade de processados da companhia, a Minerva Dawn Farms, em Barretos (SP), onde a ociosidade está próxima de 40%. Segundo Ticle, o Minerva pode ampliar seu volume total em 15%, em 2012, e mais 15% em 2013, sem fazer investimentos expressivos. O executivo comentou ainda a decisão de voltar ao mercado externo de dívida, mesmo após descartar novas captações em 2012. Na última quinta-feira, a empresa fez uma emissão de notas no valor de US$ 100 milhões com vencimento em 2022. Em fevereiro, a empresa já havia captado US$ 350 milhões em bônus de 10 anos com o objetivo de refinanciar parte da dívida que venceria entre 2012 e 2013. Segundo Ticle, a reação positiva do mercado à primeira emissão, à divulgação do último balanço trimestral e à elevação da nota de crédito por parte da agência Standard & Poor's criou condições favoráveis para um novo alongamento. "Nosso risco caiu 200 pontos em pouco mais de um mês, e isso nos permitiu captar recursos mais baratos".
O executivo diz que as dívidas com vencimento em 2012 e 2013, que antes respondiam por 43% do total, caíram para 15% após as emissões. Ele afirma ainda que a empresa tem dinheiro em caixa para honrar todos os compromissos até 2018, cerca de um terço de uma dívida de R$ 2 bilhões. O diretor do Minerva afirmou ainda que a estratégia só tornou-se competitiva frente à elevação dos custos de financiamento de curto prazo nos últimos meses, reflexo da crise europeia. "Com a retração dos bancos europeus, que tradicionalmente irrigam o mercado de 'trade finance', as taxas para as empresas subiram para até 8% ao ano", afirma.
Embora essa taxa seja inferior ao rendimento dos títulos ofertados no exterior - de 10,62%, na emissão da semana passada -, Ticle afirma que o refinanciamento vai liberar recursos para que a empresa amplie as compras de boi à vista, que respondem por 50% do total e lhe garante desconto médio de 2,5% no preço pago ao pecuarista. "Na prática, estou tomando recursos a menos de 1% e aplicando a 2,5%. Por isso a operação faz sentido. Nosso custo médio ponderado pelo tempo não se alterou de modo significativo", diz.

Mandic entra no mundo dos centros de dados
Valor 27.03.2012 - Aleksandar Mandic e Antônio Carlos Pina: em três anos, meta de obter R$ 100 milhões em receita com computação em nuvem.O nome do empresário Aleksandar Mandic está intimamente ligado ao desenvolvimento da internet no Brasil. Nos anos 90 foi o criador do serviço de mensagens (BBS, na sigla em inglês) que levava seu sobrenome e anos mais tarde participou da fundação do portal iG. Na última década, vinha tocando a Mandic Mail, provedora de e-mails para empresas.  Agora, Mandic quer mais uma vez colocar seu nome na história da rede no país. O alvo é um dos assuntos mais badalados do mundo da tecnologia da informação (TI) no momento: a oferta de serviços na modalidade de computação em nuvem, na qual os sistemas não ficam instalados no computador do usuário e são acessados por meio da internet. O passo será dado com a aquisição da Tecla Internet, empresa de serviços de centros de dados que pertencia à Alog. A operação, que não teve o valor revelado, envolveu também o fundo de investimento Riverwood Capital. A companhia, que no ano passado participou da aquisição da Alog pela americana Equinix, comprou o controle da Mandic com a injeção de R$ 100 milhões na companhia.
Com a operação, Aleksandar Mandic, que sempre exibiu em seu cartão de visitas o cargo de "dono", passará a ser sócio da companhia junto à Riverwood, a Sidney Breyer (fundador da Alog) e a outros executivos das empresas envolvidas. Mas o empresário não pretende abrir mão do título "dono". "É importante que os clientes tenham essa identificação com alguém que possam entrar em contato", diz ao Valor. Ele também permanece no conselho da Mandic. A negociação entre a Riverwood e a Mandic começou em novembro do ano passado. Mesmo com uma operação completamente isolada da Alog, a oferta de serviços da Tecla já não fazia tanto sentido para a companhia, voltada à venda de infraestrutura para computação em nuvem. Segundo Francisco Alvarez-Demalde, sócio-fundador da Riverwood, foram analisadas diversas propostas antes do negócio ser fechado com a Mandic. "Temos um plano agressivo e muitas coisas novas para oferecer", afirma ao Valor. Para o empresário, ter sócios depois de tanto tampo como dono não será um problema. "Isso tira de você algumas responsabilidades", diz. Ao absorver a Tecla, a Mandic passa a ter 120 funcionários - o dobro da estrutura atual -, operações no Rio e em São Paulo e uma carteira com 19 mil clientes. Aos seus serviços de e-mail serão adicionadas ofertas como hospedagem de sites, serviços de backup de dados e venda de capacidade de processamento. De acordo com Antônio Carlos Pina, executivo da Tecla que assumirá o cargo de diretor de tecnologia da Mandic, os alvos da companhia serão principalmente as pequenas e médias empresas. "Mas podemos atender grandes clientes", completa.
Em três anos, o faturamento da nova Mandic pode chegar a R$ 100 milhões, três vezes mais que o resultado somado das operações hoje, diz Lucio Boracchini, diretor comercial da Mandic.
A computação em nuvem tem provocado intensas movimentações no mercado de centros de dados no Brasil. Nos últimos dois anos, foram anunciadas diversas transações de fusão e aquisição, e investimentos para a instalação e ampliação de infraestruturas para a prestação desse tipo de serviço. A estimativa da empresa de pesquisa Frost & Sullivan é de que o mercado brasileiro de serviços de centros de dados tenha apresentado um crescimento de 13% em 2011, chegando a um faturamento de US$ 1,4 bilhão. Até 2016, a expectativa é de que o valor chegue a US$ 2,2 bilhões.  Segundo levantamento feito em sete países pela IntraLinks, empresa que oferece sistemas acessados pela internet, o Brasil é a região que apresenta a maior intenção de adoção de sistemas de computação em nuvem: 47% dos profissionais entrevistados disseram que pretendem fazer essa migração. Nos EUA, o índice é de 18,5%. No Reino Unido, 17,1%. A pesquisa ouviu mais de mil profissionais, sendo 127 no Brasil. O mercado internacional também está no foco da companhia. De acordo com Mandic, a expansão para outros países está prevista para a partir de 2013, aproveitando a estrutura que a Riverwood tem na América Latina. Entre as empresas nas quais tem investimento na região está a chilena Synapsis, especializada na terceirização de serviços de TI. Na semana passada, a companhia comprou a operação da UOL Diveo na Colômbia. Com isso, chegou a mil funcionários em toda a região. Segundo Demalde, o investimento não cria sobreposições, ou competição entre as companhias. "São focos diferentes", diz.

Mercado livre de gás avança pouco sem consumidores
Folha 27.03.2012 - A abertura de um mercado livre de gás no Brasil, em que consumidores industriais possam escolher seus próprios fornecedores, deu mais um passo neste mês.
São Paulo autorizou dois agentes que poderão atuar como comercializadores. Segundo especialistas, entretanto, o mercado livre ainda está longe de se tornar praticável para o gás, como hoje ocorre com a energia elétrica.
Embora tenham sido criadas em 2009, com a publicação da Lei do Gás, as figuras do consumidor livre, autoprodutor e importador são raras.
Para ser um consumidor livre em São Paulo, é preciso ter consumo mínimo diário de 10 mil m3. Nenhum consumidor pediu ainda autorização para se tornar livre, mas existem 212 em potencial, segundo a Arsesp.
No Rio, onde o piso é 100 mil m3, a quantidade dos que podem entrar é baixa, segundo a Abrace (associação de consumidores). São necessários 35 mil m3 no Espírito Santo, "onde o mercado se tornará livre a partir de 2013", diz Luiz Schettino, da agência Aspe. "Ainda são poucos os que exploram e produzem", diz Ricardo Pinto, da Abrace. "O pré-sal é uma promessa que pode trazer mais oferta", diz Silvia Calou, da agência reguladora paulista Arsesp. "Além da Petrobras e das importações de Bolívia e Argentina, é preciso que avancem as construções de estações de regaseificação", diz.
Para a ANP, há desafios que devem ser transpostos.  "É um mercado que ainda engatinha. Precisa aumentar os ofertantes"

Transamérica Hospitality Group
Folha 27.03.2012 - O Transamérica Hospitality Group investirá cerca de R$ 120 milhões nos próximos 12 meses para o lançamento de quatro empreendimentos voltados para o público corporativo. A companhia escolheu o segmento, pois suas vendas nesse setor registraram alta de 72,9% no ano passado, em relação a 2010.
"A indústria de hotelaria corporativa está perto do teto, com ocupação máxima de segunda a quinta-feira", diz o principal executivo do grupo, Heber Garrido.
Os hotéis estarão localizados na cidade de São Paulo, no interior do Estado de São Paulo e no Nordeste. Os empreendimentos não serão construídos do zero: a companhia negocia três projetos que já estão em obras e pretende realizar uma troca de bandeira.
Entre os principais concorrentes do grupo estão Accor, Atlantica, Estanplaza, Sol Meliá, Blue Tree, Slaviero e Intercity. R$ 137 mi foi o faturamento do grupo em 2011. 20 hotéis são administrados pela companhia.

Panvel
Folha 27.03.2012 - Farmacêutico A Panvel planeja abrir mais cinco farmácias em Curitiba em 2012. Uma filial na cidade tem vendas 30% acima do registrado em unidades em SC ou RS. Neste Estado, de origem da rede, a empresa prevê mais 12 lojas até o mês de outubro.

Dasa reverte prejuízo e lucra R$ 18,5 mi no 4º trimestre
MonitorMercantil 27.03.2012 - A empresa de medicina diagnóstica Dasa registrou um lucro líquido de R$ 18,5 milhões no quarto trimestre, recuperando-se de um prejuízo de R$ 12,7 milhões obtido um ano antes. No acumulado de 2011, o lucro líquido caiu 3,9%, para R$ 145,3 milhões.  O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 104,7 milhões no último trimestre de 2011, queda de 6% na comparação anual. A margem Ebitda recuou para 19,8% no período, ante 23,1% um ano antes.  A receita bruta total de outubro a dezembro foi de R$ 601,1 milhões, avanço de 14,6% sobre o mesmo trimestre de 2010. A receita total de 2011 foi de R$ 2,390 bilhões, crescimento de 13% ano a ano.

Dasa volta ao mercado premium, dominado pelo Fleury
Valor 27.03.2012 - Após uma tentativa mal sucedida com a marca Club DA, que ainda existe em alguns laboratórios, a Dasa, a maior rede de medicina diagnóstica do país, volta a investir no mercado premium - segmento dominado pelo Fleury. Desta vez, a Dasa investe em unidades sofisticadas, com direito a médicos renomados e manobrista na porta.
A Dasa está gastando cerca de R$ 15 milhões em cada unidade. Já há um laboratório em funcionamento e outros dois serão abertos ainda este ano em São Paulo. A meta é chegar em 2015 com até oito unidades da rede que foi batizada de Alta Excelência Diagnóstica. "Nossa expectativa é conquistar 10% de participação no segmento premium nos próximos quatro anos", diz Marcelo Noll Barboza, presidente da Dasa.
Segundo ele, o mercado de medicina diagnóstica voltado para o público premium movimenta cerca R$ 1,4 bilhão, o que representa entre 7% e 8% do total do setor. "Com a nossa escala poderemos oferecer preços menores em relação à concorrência. Das 11 operadoras [de plano de saúde] que contactamos, conseguimos credenciar dez. Está ótimo", disse Barboza, sem revelar o plano de saúde que não aceitou o credenciamento. Pode ser a Bradesco Seguros, que tem participação no Fleury. Líder no segmento de alta renda, o Fleury também está abocanhando uma fatia do mercado dominado pela Dasa. Em dezembro, o Fleury reuniu os 14 laboratórios adquiridos na última década em uma só marca para atuar nas classes B e C. O anúncio da entrada da Dasa no segmento premium, acontece junto com a divulgação do balanço da companhia. No último trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 18,5 milhões revertendo prejuízo de R$ 29,8 milhões apurado no mesmo período de 2010. Esse resultado negativo em 2010 foi reflexo da recompra de títulos de uma dívida de US$ 250 milhões contraída no mercado internacional em 2008.  Os custos para essa recompra de bônus e integração com a MD1 geraram despesas financeiras no valor de R$ 164 milhões que impactaram o lucro líquido anual que foi de R$ 145 milhões, uma queda de 4% sobre o resultado de 2010. No resultado do ano, já está sendo considerada a fusão com a MD1.
No quarto trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 104,7 milhões, redução de 6% sofre o mesmo trimestre de 2010. A margem Ebitda manteve-se na casa dos 25%. A receita líquida avançou 9,4% e atingiu R$ 528 milhões. No ano, cresceu 11,7%, para R$ 2,2 bilhões.

General Atlantic investe na Aceco
Valor 27.03.2012 - Jorge Nitzan (à esquerda) e Eduardo Marini: crescimento de pelo menos 25%.Responsável pela construção e manutenção de mais de 500 centros de processamento de dados no Brasil e em vários países na América do Sul, a empresa brasileira Aceco TI acaba de ganhar um novo sócio. A gestora americana de fundos de "private equity" General Atlantic investiu em uma participação minoritária na companhia, disposta a alçar voos mais altos. O valor do negócio e a participação que a gestora terá no capital não foram revelados.
"Conhecemos como poucos o significado do termo computação em nuvem", brinca o presidente da Aceco, Jorge Nitzan, ao contar que a empresa foi a responsável pelo centro de dados localizado no local mais alto de que se tem notícia. As instalações ficam no Chile, a uma altitude de 4.400 metros.
Criada há 40 anos, como fabricante de móveis para informática - unidade que ainda existe, mas foi separada da área de TI - a Aceco fechou o ano passado com um faturamento da ordem de R$ 500 milhões. Para este ano, a expectativa é de um aumento de pelo menos 25% nas vendas, segundo Nitzan.
A demanda pela construção de centros de dados está aquecida, impulsionada pela computação em nuvem, modelo pelo qual programas e dados de companhias e consumidores ficam armazenados nessas instalações e são acessados pelos usuários via internet. A vantagem da Aceco, diz Nitzan, é sua capacidade de fazer todas as etapas de trabalho em uma atividade marcada pela pulverização entre os fornecedores. "Em muitos casos, os clientes contratam fornecedores diferentes para a construção do data center, e para a instalação elétrica e de refrigeração", afirma o executivo.
Entre os clientes da companhia estão provedores de serviços de centros de dados, como Tivit e Alog; grandes empresas, como as operadoras de telefonia TIM e Vivo; e órgãos do governo, entre eles o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Costumamos dizer que, se apertarmos um botão, paramos o país", diz Nitzan.
A chegada da General Atlantic não trará dinheiro novo para a companhia. A operação serviu para dar saída a um dos três integrantes da família Nitzan que participam da sociedade na Aceco. Com a entrada do novo sócio, a empresa pretende aumentar o grau de profissionalização, incluindo a criação de um conselho de administração, que terá dois membros indicados pela General Atlantic, dois da família fundadora e três independentes.
Outro plano a ser acelerado com a General Atlantic é a internacionalização da empresa pela América Latina. Hoje, de 10% a 15% dos negócios da Aceco TI já são gerados em outros países vizinhos. "Temos outras empresas de tecnologia mundo afora, inclusive de centros de dados, o que ajuda no projeto de expansão da Aceco", afirma Eduardo Marini, vice-presidente da General Atlantic. Nos Estados Unidos, a gestora é sócia da QTS, terceira maior empresa de centro de dados do país. Com US$ 17 bilhões em ativos no mundo, o investimento na Aceco TI é o sétimo da gestora na América Latina, região que responde por aproximadamente 10% do portfólio. No país, a GA detém participações no capital da BM&FBovespa, na empresa de software Linx e no site Peixe Urbano.

Evialis anuncia novo diretor comercial
JCRJ 27.03.2012 - A Evialis, multinacional francesa e uma das líderes mundiais em nutrição animal, anunciou Ricardo Mello como diretor comercial da marca maltaCleyton – que pertence ao grupo desde 2008, e que a partir de dezembro passou a ser gerida de forma integrada pela plataforma da Evialis no Brasil. Graduado em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), mestre em Nutrição Animal pela mesma universidade e com título de MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o executivo iniciou sua carreira na companhia em 2002, como assessor técnico do segmento de nutrição de peixes e chegou a trabalhar ainda na área Pet Food por um ano. Logo depois foi promovido a gerente de Aquacultura e sua experiência na companhia lhe possibilitou atuar na gestão de produtos das marcas Presence e Socil, até ser indicado para assumir a maltaCleyton. Na nova função, Mello será responsável pela definição e execução das diretrizes estratégicas, políticas de comercialização e distribuição do portfólio de produtos da marca. “Nossa missão é de catalisar o processo de integração do negócio maltaCleyton na plataforma Evialis do Brasil, preservando sua identidade e garantindo que as sinergias entre elas permitam que a malta alcance uma posição de destaque ainda maior nesse mercado”, define.

Porto de Santos deve dobrar capacidade de operação até 2014
MonitorMercantil 27.03.2012 - O Porto de Santos deve dobrar a capacidade de operação até 2014, segundo o diretor de planejamento da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco. A previsão é que com a construção de dois novos terminais o porto passe a movimentar 8 milhões de teus em carga - cada teu equivale a um contêiner de 20 pés, que pode transportar aproximadamente dez toneladas.
Os investimentos para a construção dos novos terminais, totalizando cerca de R$ 3,5 bilhões, serão feitos pela Empresa Brasileira de Terminais Portuários S.A (Embraport) e pela Brasil Terminal Portuária. Com as obras, o porto passará a trabalhar com folga - a demanda prevista para 2014 é de 4,25 milhões de teus. "Em um ano e meio nós vamos mais que dobrar a nossa movimentação, esse é o nosso plano, o nosso projeto", ressaltou Barco.  Em 2011 foram movimentados 2,9 milhões de teus em Santos. A construção permitirá, de acordo com o diretor, a criação de até 1,5 mil empregos. Atualmente, cerca de 15 mil pessoas trabalham no porto. "Considerando os operadores portuários e os trabalhadores administrativos que operam nos mais variados terminais do porto", explicou Barco. Além dos novos terminais, Barco destacou que a obra de dragagem para aprofundamento do cais já está 95% finalizada.  "É uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está elevando o nível de atendimento e colocando o Porto de Santos como um dos mais importantes do mundo", disse sobre a intervenção que vai aumentar a profundidade do canal de 12 metros para 15 metros. Apesar das melhorias, o diretor ressaltou que ainda existe um gargalo para o transporte das mercadorias até o porto. Isso porque os veículos de carga têm que enfrentar o tráfego intenso nas rodovias do sistema Anchieta-Imigrantes, que liga a capital paulista com o litoral e, por isso, tem fluxo intenso nas épocas de temporada.
"Em toda essa estrada o caminhão compete muito com o carro de passeio. Ainda mais em época de temporada, época de calor", assinalou. Para solucionar o problema, Renato Barco defende a ampliação da malha ferroviária para, inclusive, contornar a capital paulista, que restringe o tráfego de caminhões durante o dia. "Hoje, por exemplo, as mercadorias que chegam do interior de São Paulo ou de Mato Grosso param para atravessar São Paulo somente à noite."

Processo de desinvestimento continuará em 2012, diz Marfrig
Estadão 26.03.2012 - Companhia de alimentos brasileira, que registrou prejuízo no quarto trimestre, não quis detalhar quais seriam os ativos que podem ser vendidos.
O processo de desinvestimento realizado pela Marfrig no ano passado com a venda de ativos não-operacionais continuará em 2012, segundo informou nesta segunda-feira o diretor-executivo de Estratégia Corporativa e Relações com Investidores do Grupo Marfrig, Ricardo Florence, em teleconferência com jornalista. O executivo, porém, não quis detalhar quais seriam os ativos que podem ser vendidos.
"Potenciais desinvestimentos daquilo que não é o foco da companhia sim, faremos. Mas no momento não temos nada que possa ser anunciado", declarou o executivo. Florence também não citou um valor a ser investido em capex em 2012, mas acredita que possa ficar na mesma linha do que foi aportado no ano passado. Em 2011, os aportes totais em capex (construção, manutenção, modernização e/ou expansão de unidades e matrizes) foram de R$ 946,6 milhões. Questionado se os desinvestimentos poderiam ser maiores do que os investimentos em 2012, o diretor respondeu apenas que "os investimentos terão grande reforço do caixa que serão provenientes dos desinvestimentos que estamos fazendo". Conforme o executivo, a captura de sinergias e a exposição a produtos de maior valor agregado ajudarão a gerar caixa.

Setor de máquinas para construção crescerá, prevê Volvo
Estadão 27.03.2012 - O executivo-chefe da Volvo Construction Equipment, uma unidade da fabricante de caminhões sueca Volvo, Patrick Olney, prevê que o mercado para equipamento de construção crescerá mais de 40% nos próximos cinco anos e que o crescimento dentro da Volvo CE será ainda mais forte, reportou o jornal sueco Daily Dagens Industri. Segundo ele, a companhia deverá registrar um crescimento mais forte em economias em desenvolvimento, como Brasil, China, Rússia e partes da África. A previsão do executivo é que o lucro anual da Volvo CE aumentará de 65 bilhões de coroas suecas para 90 bilhões de coroas suecas. "Nós prevemos crescimento a longo prazo, em bases anuais, em todo o mundo. A alta é impulsionada por investimentos públicos em infraestrutura e investimentos privados na exploração crescente dos recursos naturais", afirmou Olney, segundo o jornal.

Soja transgênica alcança 85% da área de plantio na safra 2011/2012
JCRJ 27.03.2012 - Levantamento realizado pela consultoria Safras & Mercado sobre a evolução da transgenia na soja cultivada no Brasil voltou a mostrar avanço significativo na safra 2011/12, confirmando a tendência estabelecida desde a liberação oficial, em 2005. Pelo levantamento, a área semeada com variedades transgênicas alcançou 85% da área total na safra 2011/12 de soja no Brasil, atingindo 21,32 milhões de hectares. Esse total é 15% superior aos 18,62 mls de ha cultivados na safra anterior, cuja representatividade foi revisada para 77%.
A favor da transgenia, houve a maior facilidade nos tratos culturais, redução no custo de produção, diminuição nos preços dos herbicidas, maior disponibilidade de variedades adaptadas, boa oferta de variedades precoces, firme elevação na média das produtividades obtidas e melhora no nível de aceitação pelo mercado consumidor.
Na outra ponta, as limitações ao uso da soja transgênica podem ser destacadas na eterna discussão da cobrança dos royalties pela detentora da tecnologia, no aparecimento de ágio no preço da soja convencional, no aumento da resistência de ervas daninhas ao glifosato e campanha institucional visando o aumento da pesquisa e da utilização de variedades convencionais.
Em termos estaduais o avanço foi generalizado, com destaques para os incrementos de 14% em Goiás, 13% no Mato Grosso, 11% no Paraná, e 10% no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. Na liderança no nível de utilização temos o Rio Grande do Sul com 99% da área, Santa Catarina com 93%, Paraná com 91%, Mato Grosso do Sul com 90% e Goiás com 88%.
"Se tomarmos a safra 2003/04 como referência, que foi a primeira com levantamento realizado por SAFRAS, o aumento da área em termos relativos já está em 661% sobre os 2.800 mil ha semeados com variedades GMO naquele ano. Destacando que naquela safra a representatividade no total semeada estava ainda em apenas 13%. Com isso, chegamos a esse oitavo ano de acompanhamento com uma taxa anual de expansão dessa área em 29%", destaca o analista de Safras, Flávio França Júnior.
"Acreditamos que o avanço da pesquisa e o lançamento de novas gerações de transgênicos no país deva manter o avanço na utilização de variedades. Atualmente já conta com a liberação pelo CTNbio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) a variedade tolerante ao glifosato da Basf e variedade resistente à lagarta (soja Bt) da Monsanto. Novo salto nas áreas de GMO é previsto quando do lançamento oficial da variedade Intacta RR2 Pro, também da Monsanto, com possibilidades de estréia comercial já para a safra 2012/13", explica.
Segundo o analista, o lançamento marca a chegada da chamada segunda geração de transgênicos no país, que promete simultaneamente a tolerância ao glifosato, resistência à lagarta, e também ganhos de produtividade.
Neste caso, o processo só está aguardando a liberação do uso comercial nos países consumidores. Nessa linha, aparecem também as variedades resistentes à ferrugem asiática e tolerantes à seca. "Para frente, temos a previsão da chegada da terceira geração de GMO, que além dos atributos da soja Intacta, trarão características extras que garantirão benefícios ao consumidor, como o aumento o teor de óleo e o aumento do teor de proteína", conclui França Júnior.

Rei do etanol quer dominar as ferrovias
Valor 27.03.2012 - "O jogo está apenas começando." A frase dita assim solta poderia soar pedante, mas refletia  naquele momento, mais precisamente no dia 1º  de fevereiro de 2010, uma nova fase para o empresário Rubens Ometto Silveira Mello. Ele tinha assinado um dia antes, em Londres, um dos principais acordos do mundo dos negócios, a joint venture entre a Cosan com a petroleira Royal Dutch Shell para a criação da Raízen, tornando-se uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil. Até aquele momento, a Cosan era conhecida apenas como a maior companhia global de açúcar e álcool, o que não é pouco. É verdade que dois anos antes, em abril de 2008, o grupo tinha decidido sair de sua zona de conforto no setor sucroalcooleiro para se aventurar  em um novo negócio: ser dono da Esso no Brasil. Parecia um passo fora da trilha, mas a Cosan já estava começando a mudar sua trajetória. "Estavam concorrendo com a Cosan, nesse negócio, a Petrobras   e o grupo Ultra [com a Ipiranga ]. Foi muito bom para nós [a aquisição] porque todo mundo achava que a Cosan não tinha bala na agulha", gaba-se Binho, como é conhecido o fundador da Cosan, de 62 anos. Rubens diz que uma coisa (a compra da Esso) não levou a outra (parceria com a Shell). Embora ele garanta que em sua futura biografia - que um dia pretende escrever - ele contará que tudo foi de caso pensado. Mas de caso pensado mesmo foi a proposta para entrar no bloco  de controle da ALL. "Eu sempre gostei da ALL. Acho que vai ser um bom negócio para o país", diz. O empresário está preparando a Cosan para ser uma gigante de infraestrutura e energia. Por trás desse negócio, Rubens vê grandes oportunidades de investimentos na área de logística em todo o país. Ele já é dono da Rumo Logística. Cosan fez proposta para ter o controle da ferrovia ALL e estuda novos negócios para crescer em energia O passo ambicioso do empresário no mundo dos negócios reflete sua própria trajetória de vida. De tradicional família de  imigrantes italianos que chegou ao Brasil no fim século 19 e fez fortuna plantando cana-de-açúcar em Piracicaba (SP), Ometto, que, aliás, não gosta de ser chamado de Rubens Ometto - ele prefere ser citado pelo nome completo, Rubens Ometto Silveira Mello - teve uma carreira profissional meteórica e bem-sucedida fora do setor da cana. Formado engenheiro pela Escola Politécnica de São Paulo, aos 24 anos era diretor-financeiro do grupo Votorantim. Se quisesse, teria seguido carreira na TAM, como alto executivo. Sua família era principal sócia da companhia aérea e ele foi nomeado o primeiro presidente do conselho do grupo. "O nosso sócio Rolim Amaro era quem entendia do negócio." Largou a promissora carreira no mundo corporativo para gerir os negócios da família no início dos anos 80. Mas, antes de transformar a Cosan na potência de hoje, teve desentendimentos familiares. "O negócio só começou a crescer quando  resolvi os problemas societários [e familiares]." Por parte de mãe, o ramo Ometto controlava as usinas Costa Pinto, Santa Barbara, Da Barra e a fazenda Bodoquena.  Para evitar atritos, que já ocorriam, Rubens firmou um acordo com seu tio, Orlando Ometto, no qual ele e seus três irmãos ficaram com a Costa Pinto e a Santa Bárbara. Orlando e seus herdeiros ficaram com a usina Da Barra e a fazenda. Quase na mesma época, tornou-se sócio das usinas Bom Jesus e Santa Helena, além de participação minoritária na São Francisco e negócios adquiridos com a herança deixada por seu pai. Como as brigas familiares foram inevitáveis, foi as poucos comprando a participação de seus irmãos, tios e primos. "O negócio só decolou quando acabaram as disputas."
Com Rubens à frente, a Cosan tornou-se uma das maiores consolidadoras de usinas do país e partiu para diversificação dos seus negócios, a partir dos anos 2000, quando boa parte dos tradicionais empresários do setor começou a quebrar. "Não somos mais um grupo setorizado. Mudamos de propósito. Foi planejado. "Eu tenho uma equipe muito boa."
Rubens O. Silveira Mello, à frente da Cosan, é o maior consolidador de usinas. O passo mais recente da  diversificação foi dado em fevereiro, quando fez polpuda proposta de R$ 896 milhões para entrar no bloco de  controle da ALL, concessionária de ferrovias e de operações logísticas no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país. O negócio envolve a ações de dois grandes acionistas Wilson Ferro de Lara e Riccardo Arduini. A transação aguarda ainda a aprovação dos demais sócios do bloco de controle da ALL. Nem a situação financeira da ferrovia, alavancada, o intimida. "O importante é ver como a empresa vai ficar. Temos planos arrojados para ela." A ALL é considerada a "espinha dorsal do agronegócio". Para comportar o novo tamanho do grupo, a Cosan se mudou para um imponente prédio em uma das regiões mais caras de São Paulo, a esquina das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek, a poucos metros de sua antiga sede. Se depender do apetite do empresário, a Cosan  logo passará a ocupar um edifício inteiro. "Também quero me fortalecer em energia. Estamos montando planos estratégicos muito interessantes nessa área." Com estilo agressivo de fazer negócios, ele é um empresário de posições firmes. "Essa postura não pode ser confundida com arrogância. Binho sempre foi muito transparente, mas o lado político dele não é o mais forte", diz um antigo concorrente. Em Brasília, seu trânsito com o governo é bom. O Valor apurou que a proposta do grupo pela fatia da ALL foi muito bem recebida. O empresário tenta minimizar o mimo. "Antigamente, o respeito que eles [governo] tinham por mim era diferente. Era menor, porque  éramos menores."
"Eu vim do setor sucroalcooleiro, 'Casa Grande e Senzala', mas querendo mudar para melhor. Nós [Cosan] somos um pouco revolucionários, rebeldes, no bom sentido", afirma. "É muito difícil dizer onde a Cosan quer chegar... Você vai passo a passo. A Cosan é uma usina de ideias, de trabalho. As coisas vão aparecendo. Quando compramos a Esso, não queríamos  a divisão de lubrificantes. Mas a ExxonMobil exigiu que fosse todo o pacote. A área de lubrificantes vai muito bem. Se eu fosse vendê-la hoje, pagaria a Esso inteira [a Esso foi adquirida por quase US$ 1 bilhão, incluindo dívidas]. Somos vice-líderes no país", diz.
Desde que decidiu ir para a bolsa, em 2005, a Cosan e, sobretudo Rubens Ometto, tornaram-se vidraça. Ele se ressente. "O mercado sempre me criticou, mas depois me dá razão. Eles [mercado] têm que nos dar credibilidade, para mim e para Cosan, porque estamos no caminho certo. Sobre o negócio de 10 para 1, o Google é 10 para 1, o Facebook vai ser 10 para 1. Eles querem que eu faça um negócio e perca o comando?", argumenta. Dois anos após abrir o capital, em 2007, a Cosan fez uma reestruturação societária: criou a holding Cosan Limited, com sede nas Bermudas e ações listadas em  Nova York. Nessa operação, ele permaneceu como controlador, pois as leis locais permitiram que as ações de controle tivessem poder de voto diferenciado - nas Bermudas, cada ação sua valeria por dez das comuns. O mercado  não gostou, embora não tenha nada de ilegal na operação, diz uma fonte de um banco. "Entendemos que todas as aquisições feitas pela Cosan têm um objetivo estratégico", afirma a mesma fonte. A compra da Esso é o melhor exemplo de todos. "Em um primeiro momento, as pessoas tentaram entender o que era a operação. Depois, viram que faziam todo o sentido para a  Cosan. O mesmo aconteceu com Shell e agora com a ALL", diz.
"O mercado gosta de empresa de dono. O empresário criou um colosso do açúcar e álcool e partiu para distribuição de combustíveis", diz outra fonte.
Com a expansão de seus negócios, Ometto se tornou referência, não só para os usineiros. A empresa saltou de R$ 700 milhões no faturamento, no início dos anos 2000, para quase R$ 60 bilhões - listada entre os quatro maiores grupos privados do país. Incluído na lista de bilionário da Forbes, ele tem uma fortuna de US$ 2,7 bilhões. A diversificação trouxe novos horizontes. "É muito bom ter como concorrentes empresas como o Ultra e Petrobras porque toda hora você está comparando sua eficiência com a deles", diz. Garante que não é competitivo e delega muito. Desde 2009, está como  presidente do conselho da Cosan e se sente mais confortável nessa posição, pensando na estratégia da companhia. Noveleiro convicto, Rubens é casado, pai de duas filhas e um neto, Pedro Rubens. "Se pudesse escolher, ele se chamaria Rubens Rubens [dobrado mesmo]", brinca Ometto. Ele assegura que está numa fase de calmaria, apesar de gostar da "adrenalina da competição", como costuma dizer. Os amigos dizem que ele vive uma fase mais doce. "Nunca fui competitivo no sentido de ser o melhor. Queria ser bom para mim mesmo. Lembro quando vim para São Paulo. Eu era um 'jacuzinho' de Piracicaba. Fiz o melhor cursinho, a melhor faculdade. Meus primos tiravam sarro de mim porque eu levava a vida a sério. Mas nunca fui um 'nerd': corria de kart, bebia com amigos, mas sem perder a consciência. Sempre sei quando parar. Eu sempre estou sob controle."

Chineses assumem operações da Chery no Brasil
Vinda dos executivos está relacionada à construção da fábrica brasileira da montadora, em Jacareí (SP)A montadora chinesa Chery passa a contar com uma equipe de executivos da matriz para comandar as operações de venda de veículos no Brasil. Até então, os carros eram comercializados no País por meio de uma importadora, a Venko. A vinda dos executivos está relacionada à construção da fábrica brasileira da Chery, em Jacareí (SP), que será a primeira da montadora com todas as etapas do processo produtivo realizado fora da China. A capacidade de produção prevista é de 50 mil veículos a partir da inauguração da fábrica, programada para o final de 2013. Os investimentos totais da Chery no Brasil deverão somar US$ 400 milhões.  "Trouxemos nossos executivos para sincronizar os padrões da companhia com o crescimento do mercado brasileiro, que se assemelha ao que acontece na China", disse o presidente de operações internacionais e vice-presidente global da Chery, Zhou Biren. O novo presidente da Chery no Brasil será Kong Fan Long; o vice-presidente, Du Weiqiang; o vice-presidente e diretor industrial, Wu Dejun; e o CEO e diretor comercial, Luis Curi.
Segundo Biren, a fabricação está de acordo com a exigência do governo brasileiro de 65% de conteúdo nacional na produção dos veículos. "A ideia é atender as leis brasileiras", afirmou.
O executivo global da Chery afirmou que, independente da iniciativa tomada pelo governo brasileiro no final do ano passado de elevar em 30 pontos porcentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados sem maior parcela de conteúdo nacional, a construção da fábrica sempre esteve nos planos. "Mesmo com o IPI, temos confiança no Brasil", afirmou.
Porém, Biren não esconde a preocupação com a medida do IPI, que reduziu pela metade a projeção de vendas de veículos da Chery, por meio de importação, este ano no País, de 60 mil para 30 mil. "Gostaríamos de uma flexibilização, já que estamos construindo uma fábrica no Brasil. Acreditamos que alguma medida (sobre IPI) possa sair em breve", afirmou.
No ano passado, as vendas no mercado brasileiro somaram 22 mil unidades, ante 7,6 mil de 2010. No total, a Chery conta com 105 revendedoras no País, que passaram a ser atendidas diretamente pela equipe comercial da montadora chinesa no Brasil. Até o final deste ano, este número de revendedoras deverá saltar para 150.
Por meio da fábrica no Brasil, que quando estiver funcionando plenamente, em três turnos, terá capacidade para produzir 150 mil veículos, a Chery quer se beneficiar dos acordos comerciais com o Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) e com o México para exportar a estes países. Até o final de 2013, a linha de montagem contemplará um modelo, e depois dois no ano seguinte, devendo chegar a três. Os aportes na primeira fase, até dezembro de 2013, somarão US$ 200 milhões. Hoje, a empresa comercializa no Brasil os modelos Face, Cielo (hatch e sedã), Tiggo, QQ e S18, todos importados.
No mercado brasileiro, a montadora chinesa busca atingir uma fatia de mercado de 3% até 2015, quando a fábrica em Jacareí estiver funcionando plenamente. No entanto, as vendas no Brasil deverão incluir ainda a importação de veículos produzidos pela montadora no Uruguai e originários da China.
Atualmente, a fatia de mercado encontra-se em 0,66% no Brasil, mas a previsão é encerrar este ano em 0,75%. A intenção da companhia é também passar a oferecer linhas de financiamento próprio para a aquisição dos veículos pelos consumidores. Autopeças: No mesmo terreno onde será construída a fábrica da Chery, com um total de 1 milhão de metros quadrados, está prevista a instalação de um parque industrial, destinado ao fornecimento de peças à montadora. "Imaginamos que algumas linhas de peças comecem a ser produzidas simultaneamente com a inauguração da fábrica (em dezembro de 2013)", disse.
Segundo Biren, fornecedores brasileiros e chineses, entre os quais alguns parceiros globais da Chery, devem se instalar na área do parque industrial, que ocupará cerca de 500 mil metros quadrados. Algumas empresas devem começar a prospecção ao Brasil a partir da metade deste ano.
O executivo global da Chery informou ainda que a empresa poderá investir num centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil. "Isso ocorrerá, dependendo das nossas necessidades", afirmou. Já a prefeitura de Jacareí está fechando convênio com uma universidade na região para o ensino do mandarim aos futuros funcionários da montadora. A construção da fábrica começou no mês passado e encontra-se atualmente na fase de terraplenagem. No ano passado, a Chery vendeu 643 mil unidades no mundo, das quais 160 mil foram destinadas à exportação. A empresa atua em 80 países com 13 unidades produtivas fora da China, porém por meio do modelo apenas de montagem (CKD).

Gol confirma corte de comissários
Valor 26.03.2012 - A Gol Linhas Aéreas confirmou nesta tarde planos de reduzir a quantidade atual de comissários a bordo de seus aviões de quatro para três.
Por meio de comunicado, a empresa informa que recebeu homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar com três comissários no avião da Boeing, modelo 737-700, para cerca de 140 passageiros.
Em torno de 30% da frota combinada da Gol com a Webjet é composta por aviões desse tipo, ou o equivalente a 42 unidades. A Gol anunciou a aquisição de 100% do capital da Webjet, em outubro, mas a negociação aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Gol, contudo, não divulgou a data em que pretende fazer essa redução na quantidade de comissários a bordo. Segundo uma comissária da companhia, que pediu para não ter o seu nome revelado, a companhia planeja adotar essa redução a partir de maio.
Segundo essa fonte, essa redução da quantidade de comissários nos aviões é uma das explicações para o processo de demissões que a Gol abriu a partir de sexta-feira. Os funcionários que querem se desligar da Gol têm até o dia 29 para se manifestar.
O diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Carlos Camacho, diz que a Gol mantém, em média, seis tripulações para cada avião de sua frota. Como a empresa tem 42 aviões 737-700, a redução de quatro para três comissários indica que a Gol planeja ter seis comissários a menos em cada modelo desse tipo, ou o equivalente a 252 comissários a menos na frota de 737-700. A Gol e a Webjet também operam o 737-300 e o 737-800, mas a homologação da Anac não inclui esses aviões.

Fundo de Abu Dhabi compra parte de holding de Eike por US$ 2 bi
Folha 26.03.2012 - Um dos maiores fundos do Oriente Médio, o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala, comprou por US$ 2 bilhões (R$ 3,64 bilhões) a parcela de 5,63% na holding de Eike Batista, o conglomerado industrial EBX.
"É o maior negócio estratégico na América do Sul", disse Eike à Folha.
"E 63 é meu número de sorte. Era para ter fechado a negociação na sexta-feira [23] e avançou para o fim de semana. Concluimos hoje de madrugada, dia 26 do 3. Olha o 63 de novo", acrescentou. O fundo investe nas áreas de energia, infraestrutura, imobiliária, aeroespacial, entre outras.
Já o grupo EBX é formado por cinco companhias listadas no novo mercado da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), segmento com os mais elevados padrões de governança corporativa. As empresas são a OGX (petróleo), MPX (energia), LLX (logística), MMX (mineração) e OSX (indústria naval offshore).
A empresa estima que irá investir US$ 15,5 bilhões entre 2011 e 2012 no Brasil. Nos próximos dez anos, o grupo investirá US$ 50 bilhões no país.
A EBX investe, principalmente, nos setores de infraestrutura e recursos naturais. Também tem iniciativas nos setores imobiliário, de tecnologia, entretenimento e esporte. Com sede no Rio e atuação em nove Estados brasileiros, possui escritórios em Nova York (EUA), Colômbia e Chile.
Bilionário: O bilionário brasileiro de 55 anos avançou um degrau no ranking de fortunas da revista "Forbes" em 2012, sendo agora o sétimo homem mais rico do mundo depois de ocupar a oitava posição em 2010 e 2011.
O patrimônio do empresário, o mais novo entre os dez primeiros, é estimado em US$ 30 bilhões (cerca de R$ 52,6 bilhões), menos da metade do mexicano Carlos Slim, que lidera a lista com uma fortuna de US$ 69 bilhões (R$ 121 bilhões).
Bill Gates, 56, é o segundo da lista com um patrimônio de US$ 61 bilhões (R$ 107,6 bilhões), seguido pelo investidor Warren Buffett, 81, que soma US$ 44 bilhões (R$ 77,22 bilhões).

Lucro da Wilson Sons cresce 16,2% no trimestre, para US$ 10,1 milhões
Valor 26.03.2012 - A Wilson Sons, operadora que reúne serviços de navegação, operação portuária e offshore, encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de US$ 10,1 milhões, o que representa um aumento de 16,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a companhia apurou ganho de US$ 8,7 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou US$ 42,4 milhões, 40% superior ao montante reportado um ano antes. A margem Ebitda, por sua vez, evoluiu de 19,1% para 24%. No período, a receita líquida da Wilson Sons avançou 11%, totalizando US$ 176,8 milhões. Já no acumulado de 2011, a companhia viu seu lucro cair 47%, para US$ 37,3 milhões, por causa do câmbio, maiores custos de depreciação e amortização e do pagamento de juros decorrente do crescimento da dívida para financiar a expansão da empresa. A receita no período foi recorde, de US$ 698 milhões, 21,3% superior em relação a 2010. O Ebitda aumentou 34,5% na mesma base de comparação, para US$ 163,3 milhões. A companhia encerrou o ano passado com dívida líquida de US$ 354,2 milhões. Os investimentos somaram US$ 262,9 milhões, montante destinado aos projetos de expansão do Tecon Salvador e Estaleiro Guarujá II, além renovação e expansão da frota de offshore e de rebocagem.

Marfrig vê cenário externo como "desafiador" no início de 2012
Folha 26.03.2012 - O início de 2012 é "desafiador" no cenário externo para a indústria de alimentos Marfrig, com reflexo inclusive para os preços, afirmaram nesta segunda-feira executivos da companhia que é a segunda maior exportadora de carne bovina, suína e de aves do Brasil.
"Quanto à tendência deste início de ano, ele é desafiador, existe uma redução nas atividades de exportação, principalmente nos meses de janeiro e de fevereiro, com reflexo também nos preços, que se encontravam mais baixos no começo do ano", disse o diretor de relações com investidores, Ricardo Florence, em teleconferência para comentar os resultados do ano passado, divulgados na véspera.
No entanto, ele destacou que a perspectiva "é de recuperação gradual ao longo do ano" no mercado externo. "Só lembrando que nós tivemos no ano passado, no primeiro e segundo tri, trimestres com margens relativamente baixas... Então, apesar dessa tendência, temos comparações não tão difíceis dentro desse processo", acrescentou.  As ações da Marfrig registravam alta no pregão desta segunda-feira, apesar de a companhia ter informado que teve prejuízo líquido de R$ 138,6 milhões no quarto trimestre de 2011, ante lucro no mesmo período de 2010.
Apesar de dificuldades na Europa e Oriente Médio, a companhia observa um crescimento na Ásia, com impulso da China.
"A gente tem crescido bastante com a demanda para a Ásia, com a nossa plataforma dando suporte para esse crescimento, crescemos bastante na Ásia e diminuímos Europa", disse o presidente do Marfrig, Marcos Molina.
O mercado interno, por outro lado, continuará forte.  "Mercado interno a gente acredita em uma tendência de crescimento, especialmente em pratos prontos, crescimento acelerado", disse o presidente-executivo da Seara Alimentos, divisão de aves, suínos e processados do grupo, David Alan Palfenier.
BRF: A companhia afirmou que aguarda um pronunciamento do órgão de defesa da concorrência do Brasil (Cade) sobre a troca de ativos realizada com a Brasil Foods, e que espera finalizar o negócio até 1º de junho.  "A absorção das plantas se daria de forma gradativa, ao longo dos meses subsequentes do terceiro trimestre", disse Florence. "A integração das plantas vai se  dar em junho, julho e agosto, finaliza em agosto", completou Molina.
O acordo envolve a permuta dos seguintes ativos da Brasil Foods para a Marfrig: oito centros de distribuição; uma planta industrial de suínos em Carambeí, por meio de contrato de arrendamento; e a totalidade da participação acionária detida pela Sadia (64,57%) na Excelsior Alimentos, além de marcas várias marcas pertencentes à BRF.

Produto de maior valor agregado cresce em portos
Folha 26.03.2012 - O Brasil aumentou o volume de importação e exportação de produtos com maior valor agregado em 2011, embora ainda seja majoritariamente um negociador de produtos primários. O volume de produtos transportados por contêineres nos portos do país cresceu 13% em 2011 em relação ao ano anterior. Os números são da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), responsável pelo setor.
A quantidade de carga encaixotada passou de 75 milhões de toneladas ao ano para 85 milhões -produtos como grãos e minérios vão em compartimentos gigantescos dentro de navios. O maior crescimento se deu nas importações, com mais 17%. Já as exportações subiram 9%.
Houve crescimento de material industrializado transportado, mas cargas agrícolas com maior valor agregado, como açúcar e café, já saem do país em contêineres. Além do crescimento em volume, aumentou também a quantidade de contêineres importados e exportados no ano passado em 15%.
No total de 2011, foram 6,5 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner medindo 20 pés, ou 6 metros). Dessa quantidade, 5,5 milhões foram transportados em portos públicos.
Volume Baixo: Apesar do aumento, o volume de contêineres continua baixo em relação ao total de cargas movimentadas.
O predomínio de granéis não se alterou. Granéis são bens, como minério e soja, exportados quase em seu estado natural. Ao chegar em outro país são transformados em novos produtos de mais valor de venda.
Em 2011, o total de cargas transportadas nos portos do país cresceu 6% em comparação ao ano anterior.
O movimento de granéis sólidos correspondeu a 62% do total, sendo que 48% foram de exportações.

Comissão da Anac nega recursos contra leilão de Viracopos
Folha 26.03.2012 - A Comissão de Licitação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) julgou improcedentes dois recursos contra os vencedores do leilão do aeroporto de Campinas (SP). Os recursos eram do grupo Odebrecht, segundo colocado na concorrência, e da empresa ES Engenharia, que não participou da concorrência.  A Odebrecht reclamava do não cumprimento do edital por uma das empresas do consórcio vencedor, a francesa Egis Airport. O consórcio vencedor negava o não cumprimento e a comissão entendeu que não havia motivo para não habilitar a vendedora, formada além da Egis pelos grupos nacionais UTC Engenharia e TPI (Triunfo Participações).
Com o resultado da comissão, agora caberá à diretoria da Anac manter ou modificar a decisão. A previsão é que isso ocorra até sexta-feira. Se o diretoria mantiver o resultado, os contratos com os vencedores das três concessões, Campinas, Guarulhos (SP) e Brasília (DF), deverão ser assinados em maio.

Empresa Val Rocha vence licitação de obra no aeroporto de Franca
Folha 26.03.2012 - O Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) confirmou o resultado da licitação para melhorias no aeroporto de Franca (400 km de São Paulo), com previsão de custos de R$ 6,2 milhões.
Na licitação, a Val Rocha Engenharia apresentou a menor proposta para a construção do "turn-around" (área de manobra de aeronaves nas cabeceiras da pista).
Segundo o Daesp, o prazo para que as empresas concorrentes entrassem com recurso acabou na sexta-feira (23), sem que houvesse qualquer manifestação. De acordo com o órgão, a homologação da licitação deve ser assinada ainda hoje.
Com isso, o aeroporto da cidade fica um passo mais próximo de voltar a operar voos comerciais com aeronaves maiores. Hoje, a pista só tem espaço para aviões de até 30 passageiros.

Lucro líquido da Suzano cai para R$ 208 mi no quarto tri
Exame 26.03.2012 - O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 415 milhões no quarto trimestre
A Suzano Papel e Celulose apresentou nesta segunda-feira lucro líquido de 208,1 milhões de reais, 17 por cento menor na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a empresa nesta segunda-feira.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, no entanto, a companhia reverteu um prejuízo de 425,6 milhões de reais.
"O lucro líquido foi impactado positivamente pela variação cambial, despesa financeira, depreciação e exaustão; e negativamente pelo imposto de renda e contribuição social diferidos", afirmou a empresa no balanço. Já no fechado do ano passado, o lucro despencou para 29,9 milhões de reais, contra ganho de 769 milhões em 2010, após o prejuízo no terceiro trimestre. A geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), somou 415 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 3,8 por cento ante o mesmo intervalo em 2010, com a margem caindo de 33,4 para 31,1 por cento. Em 2011 como um todo, o Ebitda recuou 24,5 por cento, para 1,3 bilhão de reais, com margem de 26,8 por cento.
A receita líquida, enquanto isso, alcançou 1,336 bilhão de reais nos três meses até dezembro, aumento anual de 11,8 por cento. No ano, houve alta de 7,4 por cento, a 4,847 bilhões de reais. O resultado veio com incremento de 24,8 por cento e de 13,8 por cento nas vendas do trimestre e do ano, respectivamente, enquanto a produção cresceu 20,2 por cento entre outubro e dezembro e 13,3 por cento em 2011.
A Suzano informou ainda que o investimento previsto para este ano foi reduzido para 3,5 bilhões de reais. No último ano, os aportes somaram 3,2 bilhões de reais.
A companhia encerrou 2011 com dívida líquida de 5,47 bilhões de reais, equivalente a 4,2 vezes o Ebitda, ante 3,421 bilhões em 2010.

Lucro líquido da Suzano cai para R$ 208 mi no quarto tri
Exame 26.03.2012 - Patamar ficou abaixo dos R$ 250,6 milhões obtidos um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 415 milhões no quarto trimestre. A Suzano Papel e Celulose apresentou nesta segunda-feira lucro líquido de 208,1 milhões de reais, 17 por cento menor na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a empresa nesta segunda-feira.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, no entanto, a companhia reverteu um prejuízo de 425,6 milhões de reais.
"O lucro líquido foi impactado positivamente pela variação cambial, despesa financeira, depreciação e exaustão; e negativamente pelo imposto de renda e contribuição social diferidos", afirmou a empresa no balanço.
Já no fechado do ano passado, o lucro despencou para 29,9 milhões de reais, contra ganho de 769 milhões em 2010, após o prejuízo no terceiro trimestre.
A geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), somou 415 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 3,8 por cento ante o mesmo intervalo em 2010, com a margem caindo de 33,4 para 31,1 por cento.
Em 2011 como um todo, o Ebitda recuou 24,5 por cento, para 1,3 bilhão de reais, com margem de 26,8 por cento.
A receita líquida, enquanto isso, alcançou 1,336 bilhão de reais nos três meses até dezembro, aumento anual de 11,8 por cento. No ano, houve alta de 7,4 por cento, a 4,847 bilhões de reais. O resultado veio com incremento de 24,8 por cento e de 13,8 por cento nas vendas do trimestre e do ano, respectivamente, enquanto a produção cresceu 20,2 por cento entre outubro e dezembro e 13,3 por cento em 2011.
A Suzano informou ainda que o investimento previsto para este ano foi reduzido para 3,5 bilhões de reais. No último ano, os aportes somaram 3,2 bilhões de reais.
A companhia encerrou 2011 com dívida líquida de 5,47 bilhões de reais, equivalente a 4,2 vezes o Ebitda, ante 3,421 bilhões em 2010.

Laudo de Redecard pode ser sigiloso
Valor 26.03.2012 - Daqui a duas semanas, o Rothschild deverá concluir seu laudo de avaliação da Redecard. E existe a possibilidade de o documento não ser tornado público.  A avaliação está em comentário distribuído a clientes pela equipe de análise do Morgan Stanley na sexta-feira.
Os analistas encaminharam a seus clientes uma mensagem informando que, nos últimos dias, conversaram com partes envolvidas na operação para o fechamento de capital da operadora de cartões. O objetivo era encontrar respostas para algumas dúvidas que os investidores ainda possuem sobre a transação.
Os analistas afirmaram que no início desta semana o Rothschild deverá ter um resultado preliminar da avaliação que fez da Redecard. O documento final estará pronto dentro de 15 dias. O Itaú Unibanco, controlador da Redecard, será então informado do valor justo calculado pelo banco para sua controlada. Se decidir manter a oferta de fechamento de capital, haverá uma assembleia de acionistas, e os minoritários terão acesso ao resultado do laudo. O levantamento será divulgado junto com o edital da oferta, com o valor final que o controlador está disposto a oferecer.
No entanto, se, após conhecer o laudo, o Itaú decidir não levar a oferta adiante, a avaliação do Rothschild não será tornada pública. Como observa a equipe do Morgan Stanley, os minoritários poderão não conhecer o trabalho do Rotschild, que foi o banco escolhido por eles mesmos para fazer a avaliação, a partir de uma lista tríplice indicada pelo controlador, que incluía também os bancos Credit Suisse e Merrill Lynch.
O Morgan também revelou que membros independentes do conselho de administração da Redecard contrataram o Citigroup e a butique financeira BR Partners para apresentarem uma segunda opinião ("fairness opinion") sobre o valor da empresa.
Os integrantes independentes no conselho da Redecard são Alessandro Carlucci, diretor-presidente da Natura, Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp, Laércio Cosentino, diretor-presidente da Totvs, e o advogado Marcelo Trindade, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A expectativa é de que a oferta seja efetivada 30 dias depois da publicação do edital. Nos cálculos no Morgan, ocorrerá entre o fim de junho e início de julho.
"Acreditamos que o Itaú quer concluir a operação antes do anúncio dos dividendos do primeiro semestre, que deverão ser anunciados em julho", diz a equipe de análise. Ainda conforme o Morgan Stanley, se a oferta para o fechamento de capital for confirmada e não tiver êxito, e o Itaú desejar retirar a companhia do Novo Mercado, os minoritário poderão solicitar um segundo laudo de avaliação, a ser preparado por outro banco de investimento.
Procurado pelo Valor, o Itaú Unibanco informou que não comentaria o assunto.

Marfrig terá foco no mercado interno
Valor 26.03.2012 - O mercado doméstico e a China serão os pilares do crescimento da Marfrig em mais um ano “desafiador” para as exportações, afirmou hoje o diretor de relações com investidores da companhia, Ricardo Florence, que participou de conferência com analistas sobre os resultados da empresa, divulgados ontem.  “Normalmente, o primeiro trimestre é mais fraco”, disse Florence, sobre o fraco desempenho das exportações no início do ano.  “Existe uma redução nas atividades de exportação, principalmente nos meses de janeiro e de fevereiro, com reflexo nos preços,  que se encontram mais baixos”, acrescentou ele.
O executivo, que acredita numa recuperação “gradual ao longo do ano”, diz que, apesar das dificuldades para as exportações, a Marfrig poderá se beneficiar na comparação dos os primeiro semestre de 2011. “No ano passado, tivemos dois trimestres com margem relativamente baixas. Então, apesar dessa tendência, não temos comparações tão difíceis”, argumentou, citando o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia nos dois primeiros trimestres do ano, respectivamente R$ 337,3 milhões e R$ 277,8 milhões.
“O primeiro e segundo trimestre serão ruins, mas melhores do que o ano passado”, afirmou ames Cruden, CEO da Marfrig Beef, divisão de carne bovina.
Segundo ele, as perspectivas são de dificuldades em importantes mercados como o Oriente Médio e do Irã. O destaque fica por conta da Ásia, liderada pela China, e cujas exportações apresentaram crescimento no ano passado, compensando a queda da participação do mercado europeu. Em 2011, os embarques para a o continente asiático representaram 22,3% do total, ante 18,1% no ano anterior. Já a participação europeia caiu de 41,4% para 39,2%.
“Obviamente, temos que segurar o preço das exportações o máximo possível. Mas o enfoque principal é continuar a buscar o crescimento no mercado interno, que nos traz um equilíbrio menor numa situação como essa”, disse David Palfenier, CEO da Seara Brasil, divisão de aves e suínos.

MEC oficializa descredenciamento da Universidade São Marcos
Valor 26+03+2012 - O MEC oficializou hoje, por meio de publicação no Diário Oficial, o descredenciamento da Universidade São Marcos. A instituição de ensino, com dois campi em São Paulo, tem 90 dias para entregar aos seus 2 mil alunos os documentos de transferência para outras faculdades.
Desde março do ano passado, a Universidade São Marcos estava proibida de matricular novos alunos, porém, segundo o MEC, a São Marcos descumpriu a medida cautelar imposta pelo Ministério da Educação. Além disso, a universidade está há seis meses sob intervenção judicial por conta de um passivo trabalhista. A instituição de ensino tem um passivo trabalhista entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões, além de débitos tributários que foram negociados no Refis.
Segundo o Valor apurou, vários grupos consolidadores analisaram a Universidade São Marcos para aquisição, mas desistiram por conta das dívidas. Outro empecilho são os conflitos familiares. “A mantenedora da universidade enfrenta problemas de gestão por causa dos conflitos familiares há vários anos e que pouco a pouco vem corroendo o negócio. É uma pena porque a marca São Marcos tinha prestígio e alguns cursos como Psicologia e Direito eram bem conceituados”, disse Carlos Monteiro, sócio da consultoria CM.
Isolux Infrastructure desiste plano de abertura de capital
Valor 26.03.2012 - A Isolux Infrastructure, que atua no ramo de concessões e transmissão de energia elétrica, desistiu definitivamente de seus planos de abrir o capital. Hoje, a companhia solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a transformação da empresa em uma sociedade anônima de capital fechado.
A Isolux havia obtido o registro de companhia aberta em dezembro do ano passado. Esse seria o primeiro passo para realizar uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) e ter suas ações negociadas em bolsa.
Como as condições do mercado não se mostraram favoráveis à operação desde então, a empresa pediu um prazo para esperar um cenário mais atrativo. No último dia 15 esse prazo se esgotou e a empresa optou por desistir da oferta, ainda que provisoriamente, enquanto esperaria uma oportunidade melhor para reapresentar o pedido à autarquia. No entanto, a Isolux mudou de ideia, por acreditar que será mais fácil obter altarnativas de financiamento para seus projetos se tiver uma estrutura societária mais simplificada. “Como a empresa continua discutindo ativamente outras alternativas de financiamento de seus projetos, que poderá incluir preferencialmente uma estrutura-ponte, a manutenção do registro de companhia aberta não se configura como necessária nesta fase e a simplificação societária pode ser importante para auxiliar na execução das alternativas de estruturação”, explicou a empresa, em comunicado.
O objetivo da Isolux era captar R$ 1,5 bilhão no Novo Mercado da BM&FBovespa, em uma oferta 100% primária (aquela em os recursos são destinados à empresa). Até 2014, a companhia planeja investir cerca de R$ 10 bilhões. O montante captado seria utilizado no financiamento de parte dos projetos.
Subsidiária da espanhola Isolux Corsan, a empresa concentra a gestão e exploração das concessões do grupo, entre os quais estão incluídos concessões de infraestrutura viárias e de energia.

Third Avenue adquire mais ações preferenciais da GP Investimentos
Valor 26.03.2012 - A gestora de recursos americana Third Avenue Management informou ter atingido participação de 6,8% nas ações preferenciais (sem direito a voto) da GP Investimentos. A Third Avenue esclareceu que sua fatia na empresa está dispersa entre os diversos fundos sob sua administração, e que o investimento minoritário não visa alterar a composição de controle ou a estrutura administrativa da companhia.
A GP Investimentos é um fundo de investimentos em participação, com recibos de ações (BDRs) negociados na BM&FBovespa. Os BDRs  representam ações preferenciais da companhia. O único detentor de ações ordinárias, isto é, com direito a voto, é o controlador Partners Holding.

Valeant compra farmacêutica russa por US$ 180 milhões
Valor 26.03.2012 - A americana Valeant fechou a compra da farmacêutica russa Natur Produkt por aproximadamente US$ 180 milhões, com a possibilidade de um aporte adicional de US$ 5 milhões no futuro, a depender do desempenho do negócio.
A empresa adquirida faturou cerca de US$ 65 milhões no ano passado e prevê apresentar um crescimento de dois dígitos em 2012. A expectativa é que a operação seja concluída até meados deste ano, a depender do aval de órgãos reguladores.
A Natur Produkt tem uma presença significativa no mercado de balcão em diversas categorias de medicamentos, diz a Valeant. Em nota, J. Michael Pearson, presidente da empresa americana, diz que o mercado de balcão é um dos setores com maior crescimento na Rússia.
Segundo ele, a aquisição, somada à compra de ativos da Gerot Lannach (anunciada neste mês), leva a receita do grupo na Rússia para cerca de US$ 175 milhões neste ano.