sábado, 14 de janeiro de 2012

Azul.CA.14.01

Daily News


Maxi, do Paraná, planeja abrir mais cinco escolas
Valor 12.01.2012 - Tomasetti e D'Andrea, sócios do Maxi, querem ampliar rede com parceiros.
O grupo Maxi Neo DNA iniciou um processo de expansão de suas escolas, três meses após vender seu sistema de ensino para a Abril Educação. A operação das escolas não fez parte da transação concluída em outubro por R$ 43 milhões. Com os recursos levantados na venda, o plano do grupo de ensino fundado em Londrina (PR) é abrir seis novas unidades nos próximos cinco anos. A primeira delas já foi inaugurada neste mês em Cuiabá, capital do Mato Grosso. Atualmente, o grupo que tem escolas de ensino fundamental e médio conta com quatro unidades, sendo duas localizadas em Londrina e as outras duas em Cuiabá. Para as demais escolas, que podem ser abertas fora do Paraná e do Mato Grosso, o Maxi pretende ter parceiros. "Entraremos com um investimento de pelo menos 30% para a construção de novas unidades e a outra parte pode vir de um investidor imobiliário", explicou Ubiratan D'Andrea, diretor financeiro e um dos fundadores do Maxi Neo DNA.
O investimento do Maxi para as novas unidades pode variar entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. Há essa variação porque o Maxi pode entrar com um aporte de 30% ou um percentual maior e há casos em que o imóvel pode ser alugado. Os recursos serão provenientes do caixa e dos sócios do Maxi.
Existe ainda a possibilidade de alguns investidores entrarem como sócios nas novas escolas. Questionado se a Abril Educação pode ser uma dessas parceiras, uma vez que a empresa da família Civita tem interesse em investir em colégios, o diretor financeiro afirmou que "gostaria muito que a Abril [Educação] fosse nossa sócia, mas não há nada fechado nesse sentido."
O grupo de ensino de Londrina tem cerca de 6 mil alunos que estudam em quatro colégios que estampam as bandeiras Maxi ou Neo DNA, voltadas para os públicos de maior poder aquisitivo e a classe C, respectivamente. As mensalidades variam de R$ 500 a R$ 700."Uma das nossas estratégias é iniciar as atividades apenas com cursos de ensino médio. Com o aumento da demanda na região, ampliamos para o ensino fundamental", complementou Virgilio Tomasetti Junior, diretor-geral e também um dos fundadores do Maxi Neo DNA. O Maxi foi criado em 1988 por um grupo de 14 professores de cursinhos pré-vestibular que compraram umas das escolas que pertenciam ao grupo Positivo, de Curitiba, por US$ 1,2 milhão. "Na época, o Positivo achava que não valia a pena investir no interior do Paraná. Eles, inclusive, conseguiram um financiamento para nós", lembrou Tomasetti, que atualmente divide o negócio com outros seis sócios.


Todo Dia
Exame 12.01.2012 - Segundo a empresa, o formato do Todo Dia é voltado para a nova classe média emergente, conta com sortimento médio de quatro mil produtos
O WalMart tem 353 lojas em 130 cidades da China. A supermercadista Walmart informou hoje, por meio de nota, que inaugura amanhã quatro lojas da rede de vizinhança Todo Dia. Os estabelecimentos ficam em Santa Catarina (dois), em Pernambuco e na Bahia. O investimento total foi de R$ 20 milhões, com a geração de 160 empregos diretos. Segundo a empresa, o formato do Todo Dia é voltado para a nova classe média emergente, conta com sortimento médio de quatro mil produtos entre mercearia, perecíveis, higiene/beleza e bazar. O anúncio da abertura de lojas é o primeiro depois de confirmar que no ano passado fechou as atividades de 12 lojas da rede Todo Dia, em São Paulo. No comunicado divulgado pela empresa à época, a empresa não informou o motivo do encerramento das operações, mas comenta-se no mercado que seria por causa da rentabilidade aquém do esperado.


Insud busca um parceiro para fábrica no Brasil
Valor 12.01.2012 - O empresário Hugo Sigman, presidente do laboratório Insud, tenta negociar a formação de um laboratório binacional no Brasil e busca o apoio do BNDES.
Um dos raros fabricantes de anticorpos monoclonais na América Latina, o grupo argentino Insud procura no Brasil um sócio para um investimento conjunto de US$ 80 milhões. A intenção do controlador do grupo, Hugo Sigman, é montar uma nova fábrica de anticorpos no Brasil e exportar a matéria-prima para ser envasada na Argentina, montando uma estrutura integrada. O sócio brasileiro entraria também no capital da atual fábrica, que entra em operação dentro de dois meses e deve faturar US$ 100 milhões anuais até 2016.
O anticorpo monoclonal é um linfócito clonado, utilizado na indústria farmacêutica e hospitalar no combate a doenças degenerativas, como artrites e câncer. Nenhum laboratório nacional produz anticorpos monoclonais. "Seria estratégico ter essa produção no Brasil, mas sua tecnologia é muito cara", afirmou uma fonte ao Valor. O grupo Insud será um dos dois únicos fabricantes na Argentina, por meio da subsidiária Pharma ADN.
O empresário argentino já havia conversado com alguns importantes laboratórios brasileiros para realizar o empreendimento na Argentina, mas as conversações não avançaram. Agora, tenta negociar a formação da empresa binacional e busca o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES. "Fizemos o empreendimento na Argentina com recursos próprios. Metade da nossa produção de anticorpos já está contratada por laboratórios brasileiros. Nossa escala é pequena. Para ampliarmos, temos que ir para o Brasil", disse Sigman, que investiu US$ 110 milhões para montar a fábrica da Insud, que irá comercializar quatro produtos cuja proteção patentária expirou: o Eternec, para artrite reumatoide, o Avastin, que prolonga a sobrevida em diversos tipos de câncer, além do Rituximab e do Herceptin, voltados para linfomas e câncer de mama.
O Insud já tem um acordo com a Eurofarma para a distribuição exclusiva e posterior fabricação, no Brasil, do Racotumomab. O Valor confirmou que uma das subsidiárias o grupo Insud, a Chemo, já esteve no BNDES. Na reunião com o banco, o grupo se comprometeu a investir em uma fábrica e um centro de pesquisa no Brasil. Segundo Sigman, o Brasil gasta anualmente US$ 200 milhões na importação de produtos desta natureza. "Em produtos farmacêuticos e hospitalares, o Brasil tem um déficit anual de US$ 10 bilhões, e a Argentina, de US$ 2 bilhões. Daí o interesse estratégico dos governos em fomentar iniciativas conjuntas."
O Insud já tem um acordo operacional com a Eurofarma para a distribuição exclusiva e posterior fabricação, no Brasil, do Racotumomab, um anticorpo para câncer de pulmão desenvolvida pela empresa em Cuba, em sociedade com uma estatal daquele país. A Eurofarma também é uma das três empresas que irá distribuir no Brasil 50% da produção de anticorpos na Argentina - as outras são a distribuidora Tecnofarma e a Libbs. Sigman disse que a Eurofarma é uma das empresas com quem tenta negociar a formação da "joint venture". Também houve conversas com a EMS e a Libbs. O Valor apurou que a companhia também conversou com o Aché, mas as conversas não foram levadas adiante. Procurada, a Eurofarma informou que não discute joint venture no momento com o grupo argentino. A companhia apenas confirma as parcerias em andamento. A EMS e o Libbs não se manifestaram sobre o assunto.
Sigman é o controlador da fábrica na Argentina e administra diversas outras empresas e participações minoritárias que lhe garantem um faturamento anual de US$ 1,1 bilhão. Foi um dos empresários selecionados pela presidente argentina Cristina Kirchner para compor o conselho binacional de empresários criados pelos governos do Brasil e da Argentina exatamente para tentar fomentar produções integradas entre os dois países. O grupo é formado por dez empresários de cada país. Do lado brasileiro, estão Camargo Corrêa, Marfrig, Coteminas, Tramontina, Vale, Petrobras e Marcopolo. Do lado argentino, grupos das áreas de transporte e energia. Sigman é o único representante do segmento farmacêutico e biotecnológico. Entre as empresas da qual participa, está a Biogenesis Bagó, produtora de vacinas veterinárias e presente no Brasil desde os anos 90.
Os investimentos na área tendem a crescer porque diversos produtos estão perdendo a proteção da patente. O mercado farmacêutico mundial movimenta atualmente cerca de US$ 900 bilhões anuais, sendo US$ 160 bilhões de origem biotecnológica.
Com o apoio do governo argentino, Sigman esteve com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, o da Saúde, Alexandre Padilha, e com o diretor para fomento à área de saúde no BNDES, Pedro Palmeira. "Há uma predisposição para se financiar apenas projetos controlados 100% por brasileiros, mas a formação de grupos binacionais é um interesse estratégico dos dois países", comentou o empresário.
Se a parceria com brasileiros sair, Sigman pode ganhar envergadura para um projeto mais ambicioso, que é o de produção de anticorpos monoclonais originais. Atualmente, o grupo participou apenas da produção do anticorpo cubano. "O desenvolvimento de um único produto pode consumir investimentos de US$ 200 milhões", disse.


Criar a maior empresa de energia ainda é só um plano de Eike Batista
Valor 12.01.2012 - Ser dono da maior empresa de energia do Brasil não passa, por enquanto, de uma meta, um objetivo, uma pretensão do empresário Eike Batista. Mesmo com o anúncio da parceria a ser feita com a elétrica alemã E.ON, para se tornar de fato a maior empresa privada do setor a MPX ainda tem um longo caminho a trilhar. No fim do ano passado, o presidente da empresa, Eduardo Karrer, disse em entrevista ao Valor que o faturamento da empresa chegará a R$ 1 bilhão neste ano, quando entrarem em operação as primeiras usinas termelétricas do grupo. O faturamento bruto esperado, entretanto, ainda está muito distante dos cerca de R$ 20 bilhões registrados em 2010 pela maior empresa privada de energia do país, a AES Brasil.
A lista a ser superada por Eike para chegar ao topo é extensa. De acordo com o ranking "Grandes Grupos" brasileiros - publicado no fim do ano passado e que foi elaborado pelo Valor com base no faturamento bruto das empresas auferido em 2010 -, CPFL Energia, Neoenergia, Endesa Brasil e até o combalido grupo Rede estão muito à frente da MPX.
A própria portuguesa EDP, citada ontem em teleconferência pelo presidente da alemã E.ON, Johannes Teyssen, tem uma atuação e um faturamento muito maiores no país que a MPX. Teyssen disse que a EDP, que a E.ON tentou comprar em Portugal, é muito pequena se comparada à empresa de Eike. Talvez o presidente da E.ON esteja levando em consideração somente a carteira de projetos da MPX, já que efetivamente a EDP faturou R$ 7,7 bilhões, apenas no Brasil, em 2010. Mas mesmo levando em conta somente os projetos da nova empresa, que somam cerca de 20 GW, o executivo alemão também não deve ter ponderado que seus competidores têm suas próprias carteiras de projetos para também crescer. Os chineses da Três Gargantas, por exemplo, que venceram a E.ON na disputa pela compra de 21,35% da EDP, já anunciaram que vão incrementar a operação brasileira. No último leilão de energia, inclusive, a empresa vendeu 120 MW em parques eólicos. Além disso, os grupos brasileiros não demonstram que têm qualquer intenção de ficar parados, esperando a MPX chegar ao topo da lista. A CPFL Energia, que faturou R$ 17,5 bilhões em 2010, é uma delas. Criou no ano passado a CPFL Renováveis, com portfólio de 1,5 GW, está em busca de aquisições em distribuição e se prepara para os leilões de grandes hidrelétricas. O mesmo acontece com a Neoenergia que só neste ano vai investir R$ 5 bilhões para erguer um parque gerador que se aproxima ao detido pela GDF Suez no Brasil. Em geração, inclusive, a Tractebel (que pertence à GDF) tem hoje o maior parque com mais de 7 GW já em operação. Por enquanto, a MPX não tem parques expressivos operando e gerando energia. Os 20 GW de portfólio são em sua maior parte de projetos termelétricos, mas cuja viabilidade depende ainda de terem sua energia comercializada e, depois disso, de pelo menos mais dois ou três anos para começarem a gerar energia de fato. Obviamente, ninguém duvida do poder de fogo da nova companhia de Eike Batista em parceria com a E.ON, uma gigante européia do setor. Se saírem às compras, o caminho será menos longo.


Companhia de saneamento do Rio conclui operação financeira e quita dívida com o Tesouro
JCRJ 12.01.2012 - A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) captou R$ 1,14 bilhão no ano passado com a oferta de cotas do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). O resultado da operação de mercado, divulgado nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, representa a melhor captação feita em 2011 desse tipo, conhecido como modalidade de condomínio fechado.  Pelos dados apresentados pela empresa, a procura dos investidores superou em 2,3 vezes a oferta de cotas. O pool de bancos que estruturou a operação inclui o Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, a Caixa Econômica Federal, o Itaú BBA, Santander e o Votorantin. A companhia tem agora 66 meses para ressarcir os cotistas e o pagamento começa este mês com juros menores do que os cobrados pelo atraso da dívida que a Cedae mantinha com o Tesouro Nacional. O débito com o cofre público, que era de R$ 2 bilhões, foi a principal motivação da oferta pública de cotas.
A operação financeira viabilizou a quitação da dívida e livrou a Cedae do que a própria diretoria da empresa considerava ser seu maior passivo. “Conseguimos reduzir nossos compromissos financeiros. A dívida com o Tesouro tinha taxas de juros de 25% ao ano. Com o FIDC, os encargos financeiros da Cedae passarão a ser de aproximados 13% ao ano”, calculou o presidente da Cedae, Wagner Victer. Victer disse ainda que essa redução marca o processo de recuperação econômica da empresa. Dados do governo do estado, mostram que a companhia apresentava prejuízos de R$ 30 milhões por mês.


Odebrecht cresce no exterior com seu maior contrato nos Emirados Árabes
Estadão 12.01.2012 - Companhia brasileira fechou contrato de US$ 362 milhões para realizar parte de novo projeto de saneamento em Abu Dhabi. A gigante brasileira Odebrecht fechou com a companhia de saneamento de Abu Dhabi seu maior contrato individual para uma obra nos Emirados Árabes Unidos, onde mantém uma operação há oito anos. O contrato, de US$ 362 milhões, prevê que a companhia fique responsável por parte de um novo projeto de saneamento que atenderá cerca de 15 milhões de consumidores e será construído a até 100 metros de profundidade. Antes de conseguir o contrato de saneamento, que foi assinado nos últimos dias de 2011, a maior obra já feita pela empresa brasileira no emirado havia sido a construção da segunda pista do aeroporto internacional de Abu Dhabi, realizada em parceria com empreiteiras estrangeiras, e que rendeu US$ 285 milhões à companhia. De acordo com Paulo Suffredini, diretor da Odebrecht nos Emirados Árabes Unidos, a estação de bombeamento de esgoto - parte final da obra, que ficará a cargo da empresa brasileira - ficará a 100 metros de profundidade e terá 50 metros de largura. A estação será construída no fim de um túnel de 44 metros de extensão, projetado em declive, começando a 20 metros de profundidade e terminando a 100 metros. "O túnel será construído dessa forma para que a própria gravidade se encarregue do transporte dos dejetos", explica o executivo.
Retomada. Suffredini diz que a parte da obra que será construída pela Odebrecht representa um quarto do investimento total do novo projeto de saneamento de Abu Dhabi, que terá custo de aproximadamente US$ 1,4 bilhão. O executivo afirma que o projeto, que tem prazo de três anos para ficar pronto, marca uma retomada da atividade depois de um período de calmaria para o escritório da Odebrecht nos Emirados Árabes Unidos - esse é o único contrato em andamento na região atualmente. "Acho que a crise do ano passado fechou oportunidades no mundo inteiro", diz o executivo. "Acho que o Brasil foi uma das poucas exceções."
À medida que a empresa se prepara para dar o pontapé inicial nas obras - o contrato prevê que a construção do projeto de saneamento deve ser iniciada antes do fim de março -, a pequena operação da Odebrecht nos Emirados Árabes Unidos começa a ganhar corpo, angariando novos funcionários. "Estamos contratando gente todos os dias", afirma Suffredini. Hoje, a empresa contabiliza 35 funcionários em Abu Dhabi, sendo oito brasileiros. "Há muitos portugueses, além de filipinos e de trabalhadores locais. A grande maioria é de profissionais de nível superior."
O executivo, que trabalha nos Emirados Árabes Unidos há quatro anos, prepara-se agora para a fase de contratações do pessoal para o canteiro de obras. Segundo ele, serão entre 600 e 700 trabalhadores no auge do projeto, sendo que entre 400 e 500 pessoas deverão trabalhar diretamente para a Odebrecht. O restante ficará sob responsabilidade da subempreiteira local contratada para ajudar nas obras. Os oito equipamentos que vão compor a primeira fase da estação de bombeamento serão fornecidos por uma empresa japonesa especializada em saneamento.
A Odebrecht espera que a complexidade da obra atraia outras oportunidades dentro do setor de saneamento. Entre as possibilidades que já entraram no radar da companhia estão as obras de infraestrutura no Catar, país que abrigará a Copa do Mundo de 2022. Suffredini diz que a preparação para o evento deve começar em 2013 ou 2014, e o escritório dos Emirados Árabes Unidos deverá concorrer para realizar esses projetos. "Há comentários de que o Catar pretende fazer algo similar ao projeto de Abu Dhabi em saneamento básico", diz o executivo.


Bancos culpam imobiliária por perdas
Valor 12.01.2012 - (Bloomberg) Bancos como o Barclays, contestam avaliação de preços feito por imobiliária.Suninder Sandha comprou seu apartamento de luxo em Coleorton Hall, um prédio do século 19 na zona rural perto de Leicester, na região central da Inglaterra, com um empréstimo de 1,2 milhão de libras esterlinas (US$ 1,86 milhão) do Barclays, em 2005. Quando o mercado imobiliário entrou em colapso, dois anos depois, Sandha não conseguiu pagar as prestações do financiamento e o Barclays arrestou o apartamento, vendendo-o por 500 mil libras. O banco agora processou a Countrywide PLC., cuja divisão de avaliação estimou seu valor no pico do "boom" imobiliário, responsabilizando-a por seus prejuízos, segundo documentos anexados aos autos.
A ação é uma das 38 protocoladas no ano passado no Tribunal Superior de Londres contra a Countrywide, a maior imobiliária do setor residencial do país, por bancos como o Barclays, Lloyds e GMAC-RFC. Essa quantidade de contenciosos é maior do que o enfrentado por qualquer dos quatro maiores bancos britânicos em 2011. Desde 2007 foram movidos não menos do que 97 processos contra a Countrywide, comprada naquele ano pela empresa de participações Apollo Management. "Esses bancos tiveram enormes prejuízos e estão procurando um culpado", disse Alexandra Anderson, uma das sócias do escritório de advocacia Reynolds Porter Chamberlain, que representa empresas de avaliação como a Countrywide. "Muitas vezes o culpado são as suas práticas de concessão." A Countrywide, também controlada pela Oaktree Capital Management e pela Alchemy Partners, disse que observou um aumento considerável dos processos, movidos principalmente por bancos atualmente extintos. "Vamos continuar a defender nossa posição toda vez que acreditarmos que arcamos com nossas responsabilidades", disse a Countrywide. "Se um erro foi cometido, tentaremos, efetivamente, firmar acordo com os reclamantes." A empresa de Londres não é afiliada da Countrywide Financial , o banco da Califórnia envolvido na oferta de crédito "subprime" e adquirido pelo Bank of America em 2008. A instituição, com sede em Charlotte, na Carolina do Norte, pagou um recorde de US$ 335 milhões no mês passado para encerrar uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre as práticas da Countrywide Financial.
Um juiz britânico lavrou uma decisão em favor da Countrywide Plc no mês passado, em um dos primeiros casos do gênero a ir a julgamento, ao dizer que a GMAC-RFC, a divisão de crédito imobiliário britânica da Ally Financial, não fez pesquisa suficiente para fazer um empréstimo para a compra de um imóvel com valor estimado pela empresa de avaliação.
Os bancos que estão processando a Countrywide dizem que liberaram contratos de financiamento imobiliário residencial com base em avaliações pouco realistas de sua divisão de avaliação e amargaram prejuízos quando os imóveis se revelaram como menos valiosos do que o estimado.
A Apollo abriu seu capital em março e registrou um prejuízo de US$ 1,14 bilhão no terceiro trimestre, depois de dar baixa contábil no valor de suas participações em aquisições, diante da queda vertical das bolsas. A empresa de Nova York comprou a Countrywide quando os preços dos imóveis residenciais britânicos subiram ao ritmo mais acelerado de quase quatro anos. A Apollo também comprou a Realogy, a maior corretora americana da área residencial, por US$ 8,5 bilhões, em 2007, durante o pior desaquecimento das vendas de imóveis residenciais no país desde a crise de 1929. No fim do ano que vem, a Realogy, proprietária das marcas Century 21 e Coldwel Banker, estava às vésperas de dar um calote equivalente ao valor que a Apollo tinha tomado para comprá-la.
Os preços dos imóveis residenciais britânicos caíram 9,5% desde a derrocada do mercado em 2007, segundo estimativas da corretora Savills. O maior perdedor foi a região Noroeste da Inglaterra, com uma retração de 14%. Os preços praticados em Londres recuaram 2,9%. Emma Austin, porta-voz do Barclays, preferiu não comentar sobre a ação movida pelo banco. Charles Zehren, da Apollo, também recusou-se a fazer considerações sobre o assunto. Muitas outras ações não foram a julgamento ainda, disse Anderson. A escalada de 2011 foi causada em parte pela lei que determina que as reclamações sejam protocoladas dentro de seis anos, disse ela. O "boom" imobiliário se estendeu por um bom período de 2007, portanto o número de processos poderá subir ainda mais, disseram advogados de ambos os lados.
"Prevejo que o volume de ações contra avaliadoras dispare significativamente nos próximos anos, principalmente na medida em que a nova lei passa a pesar mais para os reclamantes", disse Andy Lyon, advogado de bancos, britânicos. A Countrywide, que tem divisões de locação, corretagem e serviços financeiros além do braço de avaliação, anunciou uma despesa extraordinária de 11,9 milhões de libras em 2010 devido ao "crescimento incomum do número de processos de perdas e danos por descuido profissional", segundo o relatório anual.
Empresas de avaliação imobiliária fazem seguro contra processos judiciais, embora tenham de pagar uma franquia e enfrentar crescentes prêmios de seguro devido ao número de processos movidos, disse Anderson. Várias pequenas empresas de avaliação deixaram de operar devido aos custos associados aos contenciosos. No caso da GMAC-RFC, um juiz de Leeds concluiu que a Countrywide não era responsável pela diferença de 61,5 mil libras entre sua avaliação e o preço de venda final de um imóvel arrestado em York, no norte da Inglaterra.
Uma divisão da GMAC-RFC processou a Countrywide por negligência em sua avaliação de um apartamento arrestado pelo banco em 2008 depois da inadimplência do tomador. O juiz Andrew Keyser considerou a GMAC culpada por fazer o empréstimo para aquisição do imóvel de York e tomou o partido da Countrywide. "Se a GMAC tivesse feito a devida investigação sobre as condições financeiras do tomador, teria detectado que ele não tinha capacidade de comprovar sua renda ou de explicar satisfatoriamente seus rendimentos incompatíveis", atestou Keyser em seu veredicto.
A divisão Paratus AMC da GMAC disse que o processo rejeitou provas de especialistas sobre o valor do apartamento. Afirmou que não aceitava a conclusão do juiz de que o banco era parcialmente responsável por seus prejuízos.


Moda e calçados devem atrair 100 mil em SP
MonitorMercatil 12.01.2012 - Aberta a temporada de 2012 no Rio, o mundo da moda se muda para o mais rico estado do país. A São Paulo Prêt-à-porter - que será realizada de 15 a 18 de janeiro, no pavilhão Expo Center Norte - traz para lojistas e distribuidores as coleções de outono/inverno.  A segunda edição da Feira Internacional de Negócios para Indústria de Moda, Confecções e Acessórios terá a participação de 500 marcas nacionais e internacionais, incluindo acessórios. São indústrias de confecções dos principais pólos produtores brasileiros e também do exterior, com destaque para a participação de empresas da Turquia, França, Itália, Espanha e Estados Unidos.  A feira, que apresentou crescimento de 40% em área em relação à área do ano passado,. acontecerá na mesma semana da Couromoda, tradicional evento de calçados e acessórios. Juntas, as duas esperam receber mais de 100 mil visitas profissionais.  "Nossas feiras são feitas para vender. Com investimentos permanentes em conhecer e atender os setores em que trabalhamos, desenvolvemos feiras eficientes no lançamento de produtos e fechamento de pedidos. Com a SP Prêt-à-porter oferecemos ao mercado brasileiro uma feira de confecções profissional, onde os visitantes encontram o melhor da moda", destaca Tahiana Bainton, gerente de negócios do grupo Couromoda.


Nilza planeja retomar produção de leite ainda este mês
Valor 12.01.2012 - A Indústria de Alimentos Nilza, cuja falência foi anulada em junho do ano passado, deve voltar a operar este mês, segundo o advogado Sérgio Alambert, dono da Airex Trading, que comprou o laticínio em 2010 dentro do plano de recuperação judicial da empresa.
A primeira unidade a entrar em operação será a de Ribeirão Preto. Conforme Alambert, inicialmente a fábrica deve processar 100 mil litros de leite por dia para a produção de longa vida. A meta é alcançar 400 mil litros diários até o fim do ano.  Para começar, o volume será pequeno, segundo o empresário, porque a crise - que levou à suspensão das operações por quase dois anos - fez a Nilza "perder a bacia leiteira". "Estamos renegociando com produtores de leite (...) e vamos pagar à vista", afirmou.
Ele disse que a reabertura de Ribeirão Preto depende de uma licença ambiental da Cetesb e do registro do Sistema de Inspeção Federal (SIF). O plano da Nilza também é retomar, a partir de fevereiro, a operação da unidade de Itamonte (MG), inicialmente com a secagem de soro de leite. Em 90 dias, deve começar a produção de leite longa vida na fábrica.
Cerca de 50 pessoas foram contratadas para a retomada das atividades nas fábricas, e a previsão é faturar R$ 20 milhões mensais com as duas unidades, conforme Alambert.
A Airex pretendia retomar as atividades da Nilza em julho do ano passado, mas questões jurídicas - ainda pendentes - acabaram adiando os planos, segundo do dono da empresa.
Logo depois que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo anulou a falência decretada em janeiro de 2011 pelo juiz Héber Mendes Batista, o Ministério Público do Estado de São Paulo entrou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com um recurso especial recorrendo da decisão do TJ. O recurso ainda não foi julgado, de acordo o empresário. "Voltaremos a operar independentemente da decisão do STJ porque [o julgamento] pode demorar dois anos". Outra pendência é que, apesar de a falência ter sido anulada, o juiz ainda não homologou o plano de recuperação, segundo Alambert.
A Nilza teve seu plano de recuperação judicial aprovado em novembro de 2010, mas em janeiro do ano seguinte, o juiz decretou a falência do laticínio alegando, com base em investigação do Ministério Público, que houve fraude no processo de recuperação judicial. Em junho de 2011, o TJ anulou a falência. O plano de recuperação aprovado pelos credores contempla a aquisição da Nilza pela Airex. A Airex ficou com a participação de 65% do ex-controlador Adhemar de Barros Neto na Nilza e assumiu o passivo do laticínio, estimado em R$ 450 milhões. A fatia de 35% do capital é do BNDESPar.
Originalmente, o plano previa o pagamento dos débitos em 12 anos com carência de dois anos a partir da homologação pela Justiça. Alambert afirmou que vai propor aos credores um deságio, ainda não definido, da dívida e pagamento à vista.


Perda de valor da Hypermarcas colocou empresa na rota de fundos
Valor 12.01.2012 - A agitação em torno da Hypermarcas encontra terreno fértil na estrutura societária da companhia. Mais da metade do capital da empresa está disperso no mercado, quase 59%, e a companhia não possui em seu estatuto social proteção contra ofertas hostis. Portanto, é natural que a empresa fique mais suscetível a operações e a rumores de aquisições - de fatias ou de todo o capital - em fases ruins de mercado.
O saldo de 2011 para a empresa não foi nada bom. Desde o balanço do quarto trimestre de 2010 que a luz amarela se ascendeu sobre os negócios, o que se confirmou ao longo do ano passado.
Com a correção, a empresa, que estivera entre as preferências dos investidores, tornou-se mais acessível para compras ou formações de posições estratégicas.
A companhia, que chegou a valer mais de R$ 16 bilhões, em outubro de 2010, fechou o pregão de ontem avaliada em R$ 6,6 bilhões - em novembro ficou abaixo dos R$ 5 bilhões.
A dispersão do capital social é fruto da própria estratégia de crescimento acelerado, por meio de aquisições. A companhia fez três emissões de ações na BM&FBovespa, para captar recursos, somando R$ 2,4 bilhões. As operações diluíram a posição do controlador. Além disso, algumas grandes aquisições foram pagas parte em dinheiro e parte em ações.
Sempre que possível, o fundador, João Alves de Queiroz Filho, conhecido no mercado como Júnior, agrupava os novos acionistas - fruto das aquisições - no acordo de acionistas. Apesar disso, o grupo controlador possui hoje, por meio das empresas Igarapava e Maiorem, 41,3% do capital social da companhia. Assim, o momento delicado da companhia, que culminou com a reformulação da sua política de abastecimento dos clientes e na venda de ativos como a marca Assolan, colocam o negócio na mira de compradores - em especial fundos de participações, muitos dedicados à recuperação de negócios.
Não por acaso, entre os interessados estão a GP Investimentos (que já foi acionistas relevante) e a gigante americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR). Pessoas tradicionalmente próximas aos negócios da companhia afirmam que diversos outros interessados se manifestaram - dispostos a fazer os mais diferentes modelos de negócios. Entretanto, Júnior não estaria tão aberto quanto o mercado tem comentado para a entrada de novos sócios. Os comentários que aceleraram os negócios com os papéis nas últimas semanas foram turbinados pelas compras feitas pelo BTG Pactual, banco de André Esteves. Fontes ouvidas pelo Valor confirmam que foram realizadas compras na bolsa, mas que não há nenhum movimento visando controle ou participação nesse bloco. O banco divulgou comunicado negando, inclusive, qualquer iniciativa de uma oferta hostil. Embora não tenha as tradicionais pílulas de veneno em seu estatuto, a Hypermarcas faz exigências a investidores que alcancem fatia de 5% que se traduziriam em dificuldades para qualquer interessado em silenciosamente adquirir papéis na bolsa vislumbrando uma oferta aos acionistas.
O estatuto da Hypermarcas prevê que aquele que alcançar 5% terá que avisar a empresa, com três dias de antecedência, caso deseje comprar mais ações em bolsa. O executivo dará ampla divulgação ao mercado sobre o interesse de compra. Além disso, o regulamento veda a realização de negócios de balcão, ou seja, fora do pregão regular, para esses investidores. Caso não adote tais providências, o investidor correrá o risco de ter seus direitos vedados pela assembleia de acionistas da companhia.
Na prática, o próprio mercado dificultaria as próximas aquisições, elevando o preço dos papéis com a expectativa de uma demanda compradora adicional.
Ontem, as ações já realizaram parte dos ganhos recentes e fecharam o pregão em queda de 1,68%, para R$ 10,50.


Paraná libera licença ambiental prévia para nove PCHs
Valor 12.01.2012 - O governo do Paraná entregou ontem a licença ambiental prévia para nove pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e a licença de instalação para um empreendimento. Ao todo, elas somam 82,2 megawatts (MW) de potência, estão distribuídas em diversas regiões do Estado e agora dependem de aprovação da Assembleia Legislativa para a construção.
O evento de liberação das licenças concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) contou com a presença de prefeitos e empresários e discursos favoráveis a investimentos em PCHs, que não receberam licenças na gestão do ex-governador Roberto Requião (PMDB), de 2003 a 2010. O presidente da Associação Paranaense de Geradores de Energia, Gustavo Brito Ribas, comemorou a mudança de rumo e acrescentou que, para cada MW, serão investidos cerca de R$ 5,5 milhões, ou aproximadamente R$ 450 milhões nos 10 empreendimentos em questão. A energia poderá ser para uso próprio das empresas ou negociadas no mercado livre.
Na segunda-feira, Requião criticou a liberação das licenças no twitter. "Richinha libera PCHs. Financiadas pelo BNDES, é melhor que pedágio e vender cocaína. Se pagam em 6 anos, negócio só para os íntimos", escreveu. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), não quis comentar a fala do adversário. O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Pinto, contou que há outras 150 PCHs com pedido de licenciamento em análise no Paraná. Algumas delas contam com a Copel como parceira. O presidente da estatal de energia, Lindolfo Zimmer, afirmou que a empresa tem interesse em investir em PCHs e que vai ajudar no que for possível. Segundo ele, embora o momento não seja bom em função do preço da energia, é possível encontrar um caminho para viabilizar as PCHs. Tanto Richa como Zimmer foram questionados, no evento, sobre a compra de um avião pela Copel por R$ 16,9 milhões. A oposição diz que ele será usado pelo governo. O presidente da estatal evitou tratar do tema. O governador citou que a Cemig, de Minas Gerais, tem aviões e helicópteros e alegou que, como a Copel está investindo em outros Estados, os executivos vão precisar ser mais ágeis nas locomoções. "Se houver necessidade de eu usar, não vejo problema algum", finalizou o tucano, sobre a existência de um convênio com o governo para uso da aeronave.


Eletrobras e Petrobras divergem sobre dívida
Folha 12.01.2012 - Eletrobras e Petrobras estão em disputa por conta de uma dívida referente ao combustível comprado para produzir energia em áreas da Amazônia que não estão interligadas ao sistema elétrico nacional e que dependem de geradores a diesel.  A Eletrobras assume uma dívida de R$ 1,5 bilhão, acumulada desde 2009. A Petrobras avalia o débito em R$ 2,5 bilhões.
Segundo Marcos Aurélio da Silva, diretor de Distribuição da Eletrobras, quase todo o valor é devido pela subsidiária Amazonas Energia, que atende Manaus e o interior do Estado. A dívida tem origem, diz, na mudança das regras, a partir de 2009, da CCC (Conta de Consumo de Combustível) e o menor repasse, desde então, de recursos para as distribuidoras.
CCC é um fundo capitalizado por todos os consumidores do país, que contribuem desde os anos 70 com parcela da conta de luz para bancar a geração de energia no sistema isolado, de custo mais alto.
O fundo é gerido pela Eletrobras, sob orientação da Aneel. Desde 2009, a agência já antecipou recursos da CCC, mas em valores insuficientes para arcar com custos de combustível e manutenção da rede. Silva diz que só em outubro de 2011 as novas regras foram regulamentadas e que os recursos da CCC vão ressarcir "o passivo que foi acumulado" e assegurar os pagamentos futuros.
O executivo diz que os cálculos dos valores devidos estão sendo feitos e que os pagamentos serão retomados em breve. Ele não fixou data.
José Lima Neto, presidente da BR, confirma a negociação e o atraso desde 2009.
"Há outra parcela de R$ 1 bilhão devida à Petrobras, referente a dívidas dos anos 90." Silva, porém, diz desconhecer esse passivo.  Lima diz ainda que "a dívida não afetou o desempenho e BR nem prejudicou o pagamento a fornecedores da distribuidora".


Flora integra os negócios comprados da Hypermarcas
Valor 12.01.2012 - Eduardo Luz diz que Flora quer participação maior no mercado de sabão em pó.
Menos de três meses depois da compra dos ativos da Hypermarcas, o presidente da Flora Produtos de Higiene e Limpeza, Eduardo Luz, afirma que a integração está praticamente concluída. Minuano, marca da Flora, e as compradas Assim e Sim já dividem a mesma linha de produção de sabão em pó, na fábrica de Itajaí (SC), parte da aquisição. A equipe de vendas, um exército de 800 pessoas, já oferece ao mercado um portfólio que inclui marcas próprias e compradas. "Em 10 a 15 dias todos os sistemas operacionais estarão integrados", diz o executivo. A urgência para integrar os ativos comprados é um diferencial da Flora, segundo Luz, que deixou a vice-presidência de cuidados pessoais da Unilever em setembro para comandar a fabricante de bens de consumo da holding J&F Participações, controladora do frigorífico JBS. "Preferimos ter um grande estresse e fazer a integração rapidamente. Senão você acaba empurrando com a barriga e deixa de capturar todas as eficiências", diz. A dificuldade para integrar os ativos é apontada por analistas como uma falha na trajetória da Hypermarcas. Luz prefere não falar da estratégia da concorrente, mas claramente evita cometer o mesmo erro. Até porque o caminho para crescer é semelhante, o de sucessivas aquisições.
Além dos ativos da Hypermarcas, a Flora comprou em 2011 marcas de higiene da Bertin. A empresa fechou o ano com receita estimada em R$ 1,2 bilhão, em uma evolução veloz ante os R$ 500 milhões de 2010. A Flora continua em busca de ativos para comprar, tanto em limpeza quanto em cosméticos. Foi o foco nos objetivos estratégicos, segundo Luz, que levou a empresa a não comprar Assolan, também da Hypermarcas. A marca de palhas de aço ficou com a Química Amparo. "Não era prioridade. O fundamental para nós era aumentar nossa capacidade em sabão em pó".
Com o portfólio ampliado, a Flora estudou e refez o posicionamento de cada uma de suas marcas de setembro a dezembro. Agora busca novas fórmulas, rótulos e embalagens para transformar o conceito em realidade. A empresa construiu em seu escritório, em São Paulo, uma lavanderia e um salão de beleza, onde pede a cabeleireiros e consumidores que comparem suas fórmulas com as de concorrentes. Para coordenar as pesquisas, a Flora contratou há duas semanas Fabio Malatesta, antes gerente de pesquisa da Reckitt Benckiser, dona de Veja.
Os produtos redesenhados ainda não têm data para chegar ao mercado. Luz adianta que Minuano vai continuar como a marca mais abrangente, com produtos para casa e roupas. Sim e Assim vão abandonar a limpeza de pisos e móveis e se concentrar em roupas. Sim será vendida somente no Nordeste, onde a empresa busca um local para abrir um centro de distribuição. Fluss, também comprada da Hypermarcas, vai concentrar a limpeza de banheiros. Com Minuano, Assim e Sim, a Flora quer conquistar uma participação expressiva em sabão em pó. Hoje as três marcas juntas não chegam a 10%. "O maior gap em nossa estratégia era que não tínhamos capacidade produtiva para competir em sabão em pó, principal categoria no mercado de limpeza", diz Luz. Com a fábrica de Itajaí, a Flora ganhou capacidade para produzir 10 mil toneladas de sabão por mês. A fábrica de Guapó (GO), de onde saía menos de mil toneladas de Minuano, ficou agora com poucos itens, como tira manchas.
Para fazer frente à concorrência, a Flora aposta em uma distribuição com forte presença no pequeno varejo. Carlos Siqueira, antes diretor comercial da Johnson & Johnson, foi contratado para coordenar a equipe que formula essa estratégia, apelidada internamente de "máquina de vendas".
Abertura de capital está nos planos da Flora. "Achamos saudável ter o mercado como sócio, porque não te deixa relaxar e permite a capitalização", diz Luz. Ele diz que é um projeto para os próximos cinco anos.


Fogo de Chão
Folha 12.01.2012 - A rede de churrascarias Fogo de Chão, que atua no Brasil e nos Estados Unidos, vai expandir seus negócios para o Canadá.  O primeiro restaurante da empresa no país deve ser aberto no final de 2013 em Toronto. Outras três lojas canadenses estão nos planos.
"Escolhemos o Canadá pelo bom momento econômico e, principalmente, por estar próximo aos EUA. A direção americana ficará responsável pelas lojas canadenses", diz o presidente da rede, Jandir Dalberto. O projeto de expansão da Fogo de Chão foi traçado após a GP Investments (que detinha 35% da empresa) adquirir, no ano passado, os 65% restantes do negócio. Consta no novo planejamento a abertura de uma loja por ano no Brasil. Em 2012, será em São Paulo (Zona Norte, Alphaville e Jardins são cogitados).  Nos EUA, a ideia é inaugurar três ou quatro unidades por ano. Em fevereiro, ficará pronta uma em Orlando. Boston e San Diego receberão restaurantes no segundo semestre.  Cada unidade da rede receberá aporte de cerca de R$ 9 milhões.  Números: US$ 195 milhões foi o faturamento em 2011 38% desse valor refere-se às operações brasileiras 7 é o número de lojas no Brasil, 17 são as unidades da rede nos Estados Unidos.


Portobello e Eliane se fortalecem para enfrentar chineses
Valor 12.01.2012 - Gaidzinski, da Eliane, garante que associação entre as duas companhias é uma operação de fusão e não de aquisição. A união entre as fabricantes de revestimentos cerâmicos Portobello e Eliane possibilitará que a nova empresa seja mais competitiva globalmente e, principalmente, no mercado brasileiro, em que produtos chineses ganham cada vez mais presença. Enfrentar a concorrência dos revestimentos que chegam da China foi, justamente, uma das razões que motivaram a associação das duas empresas, conforme o presidente da Eliane, Edson Gaidzinski Jr. "Barrar a entrada de produtos importados é muito pretensioso, mas vamos competir em igualdade de custos e com diferenciais de design, inovação e qualidade assegurada", conta o diretor comercial da Portobello, Mauro do Valle Pereira. O setor considera que os revestimentos cerâmicos entram no Brasil em condições desleais, em função de fatores como o câmbio na China e os subsídios do governo do gigante asiático à produção. Não se espera, portanto, que a criação de uma empresa de maior porte seja suficiente para impedir a entrada dos produtos daquele país.
Estimativas preliminares da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer) indicam que o volume importado de produtos do setor somou 38 milhões de metros quadrados em 2011, 76% acima dos 22 milhões de metros quadrados do ano anterior. A China foi o principal fornecedor externo, respondendo por 98% do total das importações brasileiras. "Para os produtos chineses, o país interessa da mesma forma que os Estados Unidos", diz o diretor superintendente da Anfacer, Antonio Carlos Kieling. Em um mercado fragmentado, empresas apostam em produtos e canais de distribuição complementares Num mercado fragmentado, Portobello e Eliane buscam o fortalecimento por meio da união e apostam na complementariedade de produtos e canais de distribuição. "A Portobello é líder no segmento premium, e a Eliane, líder nas vendas para a classe média brasileira, na exportação e no mercado imobiliário", diz Pereira, da Portobello. Enquanto Eliane é mais forte no grande varejo e no fornecimento para construtoras, Portobello tem mais de 100 lojas Portobello Shop, no formato de boutiques de produtos. A intenção é manter as duas marcas. O momento vivido pelo setor de construção civil no Brasil, com volume expressivo de lançamentos imobiliários em fase de conclusão, favorece a empresa que será formada a partir de Portobello e Eliane. A Anfacer projeta aumento de 6% nas vendas domésticas de revestimentos cerâmicos em 2012, após crescimento estimado de 9% em 2011. Se confirmada a projeção, este será o melhor ano em faturamento registrado pelo setor. Portobello e Eliane estimam faturamento conjunto de R$ 1,1 bilhão em 2011, com produção de 60 milhões de metros quadrados de revestimentos. A perspectiva é que, futuramente, a empresa resultante da união das duas mantenha a taxa de crescimento anual de dois dígitos apresentada por cada uma, segundo o diretor comercial da Portobello. A etapa de auditorias entre as duas empresas deve ser concluída em 31 de março. Conforme o valor de cada uma, a Portobello teria 55% de participação na nova companhia e a Eliane, 45%. Em função de dívidas e outros ajustes, porém, as parcelas foram projetadas para 80% e 20%, respectivamente, podendo haver alteração após as diligências, segundo o presidente da Eliane.
Embora a parcela que a Portobello deterá na nova empresa será muito superior à da Eliane, Gaidzinski diz que se trata de operação de fusão e não de aquisição. "Haverá denominação de uma nova empresa. Tanto o bloco de acionistas da Portobello quanto da Eliane estarão no grupo de controle da nova empresa, na decisão conjunta de matérias qualificadas", afirma o presidente da Eliane. As empresas estão buscando, no mercado, um executivo para ocupar o cargo de presidente da nova companhia, o que deve ser definido até março. O número de membros do conselho de administração também está em definição.


BNDES cria linha de R$ 4 bilhões para a cana-de-açúcar
Folha 12.01.2012 - Objetivo é incentivar o aumento da produção de etanol, que enfrenta escassez de oferta.  O BNDES anunciou ontem uma linha de R$ 4 bilhões para incentivar o aumento da produção de cana-de-açúcar no país por meio da renovação de canaviais e ampliação da área já plantada.
Com essa medida, o banco pretende estimular o aumento da produção de etanol, cujo consumo vem perdendo espaço para a gasolina por conta de preços elevados pela falta de oferta.
Batizado de Prorenova, o programa tem vigência até o fim de 2012 e pretende atingir pelo menos 1 milhão de hectares já plantados.  Com o aumento da disponibilidade de matéria-prima, a expectativa é que a produção de etanol aumente de 2 bilhões a 4 bilhões de litros entre 2013 e 2014.
Isso representaria um crescimento de mais de 10% em relação à safra atual, de cerca de 25 bilhões de litros.  Os financiamentos serão indiretos, ou seja, feitos pelos agentes financeiros do BNDES (cerca de 60 instituições financeiras) para empresas com faturamento superior a R$ 90 milhões.
Segundo o banco, empresas menores que procuram financiamento até R$ 20 milhões já têm acesso ao BNDES Automático.  Esse programa, segundo o banco, é mais vantajoso que o Prorenova por oferecer um custo de apenas 0,9% para o tomador e uma participação maior do BNDES, que pode chegar a 90% do total a ser investido.
Juros: No âmbito do Prorenova, a taxa de juros será de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo = 6% ao ano), mais 1,3% de remuneração básica do BNDES.
O tomador dos recursos terá ainda o custo da taxa de intermediação financeira, de 0,5%, e da remuneração do agente repassador, que deve ser negociada entre a instituição e o beneficiário.
O banco poderá participar com até 80% do investimento e o prazo total do financiamento será de 72 meses, com 18 de carência.
"Trata-se de um incentivo importante neste momento, em que precisamos aumentar a produção e oferta de etanol no mercado", afirmou o diretor técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) Antônio de Pádua Rodrigues.  Segundo a Unica, até o final de novembro a moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul atingiu 488,46 milhões de toneladas, queda de 10,23% em relação ao mesmo período do ano anterior.


Vendas no varejo crescem 1,3% em novembro, diz IBGE
Brasil Econômico 12.01.2012 - Após queda de 2,6% em outubro, vendas de veículos sobem 4,6% no mês. Varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, tem avanço de 1,5% frente ao mês anterior.  O volume de vendas no comércio varejista avançou 1,3% em novembro, conforme informou nesta quinta-feira (12/1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma aceleração frente ao mês anterior, quando as vendas ficaram estáveis.
Considerando o varejo ampliado, que inclui o setor de veículos e materiais de construção, as vendas cresceram 1,5%, frente a uma redução de 0,3% no mês anterior.
Dentre os ramos do comércio, 9 das 10 atividades pesquisadas tiveram avanço em novembro, com destaque para o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de 8,6%; seguido por Equipamentos de escritório, informática e comunicação (6,0%); e Veículos e motos, partes e peças (4,6%). O setor de veículos mostrou uma recuperação frente ao mês anterior, quando havia caído 2,6%. O único resultado negativo no mês ocorreu em Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%). Já a receita nominal subiu 1,3% para o varejo restrito, e 2,1% no varejo ampliado. Na comparação com novembro do ano passado, o volume de vendas no varejo cresceu 6,8% no varejo restrito, e 3,2% no ampliado.

Laticínio Nilza planeja retomar operação este mês
Valor 11.01.2012 - A Indústria de Alimentos Nilza, cuja falência foi anulada em junho do ano passado, deve voltar a operar este mês, segundo o advogado Sérgio Alambert, dono da Airex Trading, que comprou o laticínio em 2010 dentro do plano de recuperação judicial da empresa.
A primeira unidade a entrar em operação será a de Ribeirão Preto, sede da Nilza. Conforme Alambert, inicialmente a fábrica deve processar 100 mil litros de leite por dia para a produção de longa vida. A meta é alcançar 400 mil litros diários até o fim do ano. Para começar, o volume será pequeno, segundo o empresário, porque a crise que paralisou as operações fez a Nilza “perder a bacia leiteira”. “Estamos renegociando com produtores de leite (...) e vamos pagar à  vista”, afirmou.
Ele disse que a reabertura de Ribeirão Preto depende de uma licença ambiental da Cetesb e do registro do Sistema de Inspeção Federal (SIF). O plano também é retomar, a partir de fevereiro, a operação da unidade de Itamonte (MG), segundo o empresário, inicialmente com a secagem de soro de leite.  Em 90 dias, deve começar a produção de leite longa vida na fábrica.
Cerca de 50 pessoas foram contratadas para a retomada das atividades nas fábricas, e a previsão é faturar R$ 20 milhões mensais com as duas unidades, conforme Alambert.
A Airex pretendia retomar as atividades da Nilza em julho do ano passado, mas questões jurídicas — que  ainda estão pendentes — acabaram adiando os planos, segundo do dono da empresa.
Logo depois que o  Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo anulou a falência decretada em janeiro de 2011  pelo juiz  Héber Mendes Batista, o Ministério Público do Estado de São Paulo entrou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com um recurso especial recorrendo da decisão do TJ.
O recurso ainda não foi julgado, de acordo o empresário. “Voltaremos a operar independentemente da decisão do STJ  porque [o julgamento] pode demorar  dois anos”, comentou.
Outra pendência é que, apesar de a falência ter sido anulada, o juiz ainda não homologou o plano de recuperação, segundo Alambert. A Nilza teve seu plano de recuperação judicial aprovado em novembro de 2010, mas em janeiro do ano seguinte, o juiz  Héber Mendes Batista  decretou a falência do latícinio  alegando, com base em investigação do Ministério Público, que houve fraude no processo de recuperação judicial.  Em junho do ano passado, o TJ anulou a falência. O plano de recuperação aprovado pelos credores contempla a aquisição da  Nilza  pela Airex . Conforme o plano, a Airex ficou com a fatia de 65% do ex-controlador Adhemar de Barros Neto na  Nilza  e assumiu o passivo do laticínio, estimado em R$ 450 milhões. Originalmente, o plano previa o pagamento desses débitos em 12 anos com carência de dois anos a partir da homologação pela Justiça. Alambert afirmou que pretende renegociar o pagamento com os credores. Ele vai propor um deságio, ainda não definido, da dívida e pagamento à vista.


Ações da MPX, de Eike, caem mais de 7% após anúncio de parceria
Folha 11.01.2012 - A ação da MPX Energia, controlada pelo empresário Eike Batista, operava em forte queda nesta quarta-feira, após a confirmação da entrada da alemã E.ON no capital da empresa e da formação de uma joint venture entre as duas companhias.  Às 13h13, a ação da MPX na Bolsa paulista recuava 7,57%, a R$ 45,29. Na mínima até esse horário, a desvalorização chegou a 8,39%. O papel não faz parte do Ibovespa, que tinha oscilação positiva de 0,11%.  Analistas ouvidos pela Reuters consideraram a associação positiva e disseram que um dos motivos para a queda da ação da MPX seria realização de lucros, já que o papel subiu muito nos últimos meses. Nos três últimos meses de 2011, a ação acumulou ganho de cerca de 30%.
Além disso, a entrada da E.ON na MPX será via aumento de capital, o que implica em diluição aos acionistas minoritários que não acompanharem a operação.
Na terça-feira, duas fontes anteciparam à Reuters o negócio envolvendo MPX e E.ON. Após a publicação da reportagem, a ação da MPX chegou à máxima em 12 meses, cotada a R$ 51,50.
Pelo acordo divulgado na manhã desta quarta, a MPX vai levantar R$ 1 bilhão por meio de aumento de capital em que a E.ON vai participar no final com cerca de R$ 850 milhões. Com isso, a elétrica alemã assumirá participação de 10% na empresa do conglomerado de Eike, a EBX.
Segundo o analista Ricardo Corrêa, da corretora Ativa, as ações da MPX têm fôlego para alta no futuro, apesar da baixa nesta sessão. "A MPX mudou seu patamar ao se associar a uma empresa do porte da E.ON, uma campeã com musculatura financeira e experiência na área de geração térmica."
O analista Rafael Andreata, da Planner Corretora, também considerou a notícia positiva, mas observou que restam algumas dúvidas. "Se a E.ON pagar um prêmio para entrar no bloco de controle da MPX, isso leva a entender que será um preço acima do mercado... Se tiver subscrição, seria a um preço superior ao da ação da MPX na Bolsa", afirmou Andreata.


Gerdau faz novo programa de recompra de ações
Valor 11.01.2012 - O conselho de administração da Gerdau aprovou a realização de um novo programa de recompra de ações da própria companhia. As operações serão realizadas nas bolsas de valores de São Paulo e de Nova York, a preços de mercado, entre os dias 12 e 20 deste mês. O objetivo é atender exclusivamente aos programas de incentivo de longo prazo da empresa e suas subsidiárias.
Conforme fato relevante divulgado hoje, serão adquiridas até 2.693.000 ações preferenciais, sendo 1.393.000 sob a forma de ADRs (recibos de ações negociados no exterior), o que corresponde a aproximadamente 0,31% dos papéis preferenciais em circulação.
Os recursos para a recompra virão de reservas de lucros existentes. A operação será  intermediada pelas corretoras do Itaú e do Bradesco e, no exterior, pelo Merrill Lynch, Pierce, Fenner and Smith e Bank of America.


BTG Pactual venderá ações da Vanguarda em leilão no dia 13
Folha 11.01.2012 - O BTG Pactual venderá 247,2 milhões de ações da Vanguarda que possui, em leilão na Bovespa na sexta-feira, dia 13, ao preço de R$ 0,35 por papel, segundo aviso da Bolsa paulista nesta quarta-feira.  O leilão está marcado para entre 11h e 11h15 e terá a corretora do próprio BTG como intermediária.  As ações representam 10,65% do capital total da Vanguarda, ex-Brasil Ecodiesel.  O valor de R$ 0,35 por papel implica em um deságio de quase 3% sobre o preço de fechamento da ação da empresa na terça-feira.  Na segunda-feira, foi divulgado que o BTG tinha mais de 10% da Vanguarda, após um importante sócio da empresa ter pago dívida que tinha com o banco com ações da companhia.  Uma fonte próxima à Vanguarda já havia antecipado à Reuters que o BTG não tinha intenção de permanecer na empresa e realizaria um leilão para venda do papéis possivelmente ainda nesta semana.


Joint venture poderá investir US$ 22 bi, diz Eike Batista
Valor 11.01.2012 - Segundo o presidente da E.ON, a empresa de Eike Batista não foi uma segunda opção para entrar no mercado brasileiro.  A joint venture entre a MPX e a empresa alemã E.ON pretende atingir uma capacidade de 20 GigaWatt (GW). Com a parceria, a companhia alemã deverá participar dos gastos operacionais para alcançar essa geração. Atualmente, a MPX possui 11 GW em projetos licenciados que serão colocados no acordo, o que supõe um incremento no atual pipeline.
De acordo com Eike Batista, serão necessários US$ 22 bilhões em investimentos. Contudo, executivos das duas empresas afirmaram que o número é apenas uma "regra geral", e que o aporte necessário varia de acordo com a fonte de energia. "A joint venture ainda fará um anúncio no próximo programa de investimentos", disse Johannes Teyssen, presidente da E.ON. "No Brasil, é possível financiar até 75% do capital necessário, o país tem muito boas condições de investimentos", frisou. As empresas anunciaram nesta quarta-feira (11/1) uma joint venture, que deverá concentrar os investimentos da MPX e da E.ON no país. A MPX pretende levantar R$ 1 bilhão através de aumento de capital, no qual a E.ON deve investir R$ 850 milhões, atingindo cerca de 10% de participação.
A empresa alemã deve dar suporte financeiro aos planos de investimento da companhia.  "Nós vamos contribuir de forma financeira, ao compartilhar as despesas de investimentos para que os projetos se tornem realidade", explicou Frank Mastiaux, presidente da E.ON International Energy. "Entraremos com recursos, habilidades e financeiro". Para a operação, a companhia de Eike Batista fará conversão de debêntures em ações da MPX.
A E.ON opera um total de 69 GigaWatt (GW) em todo o mundo, e já havia tentado entrar no mercado de energia do Brasil, por meio de uma associação com a portuguesa EDP. O executivo da companhia disse que a MPX não foi uma segunda opção. "A EDP, tenho muito respeito por eles, mas comparados à MPX são muito pequenos no Brasil", disse Teyssen.
O governo português decidiu vender, no final do ano passado 21,35% de sua participação na EDP para a China Three Gorges, que pagou € 2,7 bilhões. A companhia alemã participou da concorrência.
"A MPX não é uma segunda opção, é a primeira opção. A empresa tem o maior portfólio de licenças", disse Teyssen. ”Falamos com todas as empresas, mas no final casamos com a noiva certa", brincou Eike Batista. Após o acordo, a empresa de Eike Batista deverá manter certos projetos fora da joint venture. São eles a Pecém I, Pecém II, Itaqui, Parnaíba e Amapari, que somam uma capacidade de 3 GW. Ainda na operação, a MPX deverá criar uma nova companhia, denominada CCX, que ficará de fora da joint venture. Trata-se da fatia da MPX que opera ativos de mineração de carvão na Colômbia.



BTG Pactual nega compra de participação na Hypermarcas
Brasil Econômico 11.01.2012 - Rebatendo rumores de mercado, instituição financeira afirma que não possui fatia superior a 5% na Hypermarcas. Ações da companhia são destaque de baixa na bolsa brasileira.  O BTG Pactual divulgou comunicado nesta quarta-feira (11/1) negando a intenção de fazer oferta para a aquisição de ações da Hypermarcas.
De acordo com a nota, tanto o BTG quanto os fundos geridos por sociedades integrantes de seu grupo não possuem participação acionária relevante (superior a 5%) na empresa.
Por fim, o banco afirma que práticas hostis são contrárias às políticas de atuação da instituição.
Os papéis ordinários da Hypermarcas (HYPE3) figuravam o destaque de baixa do Ibovespa, com queda de 4,03%, cotados a R$ 10,25.


Pivetta vai brigar para retomar ações do BTG
Brasil Econômico 11.01.2012 - Antré Esteves, do BTG Pactual: banco troca dívida por 10,8% da Vanguarda. As ações são da Vanguarda Agro e trocaram de mãos para pagar dívidas com banco de Esteves.  A disputa por poder na Vanguarda Agro entre os seus principais acionistas promete esquentar depois da entrada do BTG Pactual no capital da companhia, anunciada segunda-feira (9/1).
É que o empresário Otaviano Pivetta, um dos maiores acionistas da Vanguarda Agro, está se armando para entrar na Justiça para tentar reaver sua participação, que corresponde a 10,87% das ações. Pivetta teve que entregar os papéis ao BTG para pagar dívida de R$ 100 milhões.
Segundo apurou o Brasil Econômico, Pivetta quer brigar nos tribunais para que o espanhol Enrique Bañuelos, um dos principais acionistas da Vanguarda Agro, pague a dívida ao BTG.
O argumento do empresário é que a Veremonte, a empresa de investimentos de Bañuelos no Brasil, teria se comprometido a honrar o pagamento com o banco de André Esteves quando o espanhol comprou 50% da Vanguarda, fundada e controlada por Pivetta, no final de 2010.
O acordo teria sido feito, portanto, antes da incorporação da Vanguarda pela Brasil Ecodiesel (antigo nome da Vanguarda Agro), em meados de 2011.
Essa dívida foi feita há cerca de quatro anos para dar fôlego à operação da Vanguarda - então controlada apenas por Pivetta e sua família - e permitir sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na bolsa. O BTG, chamado de Pactual na época, retomaria os recursos na operação do IPO da empresa. "Como o mundo virou de ponta cabeça com a crise de 2008, o projeto de ir à bolsa foi engavetado, mas Pivetta ficou com o compromisso de honrar a dívida entre o fim de 2011 e começo deste ano", disse uma pessoa a par da transação. Do lado de Bañuelos, a avaliação é outra. Segundo um executivo próximo da Veremonte, a empresa do espanhol era apenas um fiador das dívidas de Pivetta. As ações do empresário é que eram as garantias. Procurados para comentar o assunto, Pivetta, os executivos da Veremonte e o BTG não falaram. Desde o final de outubro do ano passado, a Veremonte não faz parte da gestão da empresa. Marcelo Paracchini, o braço direito de Bañuelos e conselheiro da Vanguarda Agro, afastou-se temporariamente da gestão após discordâncias com os sócios Pivetta, Silvio Tini e Hélio Seibel. O racha ocorreu depois que a Veremonte sugeriu a criação de um fundo de terras formado por terrenos da Vanguarda Agro. Os recursos captados pela venda de cotas do fundo, seriam utilizados para pagar dívida da Vanguarda. Tini, Seibel e Pivetta discordaram do fato da Veremonte se tornar gestora. Tini e Seibel não concederam entrevista. O maior perdedor na troca de mãos das ações para o BTG foi Pivetta. A operação ocorreu no pior patamar de preço. A ação vale R$ 0,34, 63% menos que há um ano. Se a operação tivesse ocorrido duas semanas atrás, ele teria perdido 5% das ações, e não 10,8%.


Barclays corta recomendação para JBS, mas eleva preço-alvo
Valor 11.01.2012 - O Barclays Capital rebaixou a recomendação para as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da JBS de “overweight” (desempenho acima da média de mercado) para “equal-weight” (igual à média), mas elevou o preço-alvo da ação de R$ 5,50 para R$ 6,50, equivalente a um retorno potencial de 11% ante o preço de fechamento do último pregão.
O banco chama atenção para a valorização acentuada dos papéis desde outubro. Pelos cálculo dos Barclays, naquela ocasião, as ações da JBS estavam sendo negociadas a múltiplos de 5,4 vezes pelo critério EV/Ebitda (indicador que mostra o valor da empresa sobre a sua geração de caixa e que pode dar uma ideia do prazo de retorno do investimento), abaixo dos níveis históricos de 7,1 vezes. Neste momento, o papel está sendo negociado a múltiplos de 6,8 vezes segundo as estimativas do banco, considerado um nível justo pela instituição.
Em relatório assinado por Gabriel Vaz de Lima, o Barclays destaca a preocupação com as perspectivas de curto prazo para o mercado americano de carnes. Segundo a instituição, as margens da indústria têm sido negativas desde setembro, dado que os frigoríficos não estão conseguindo repassar o aumento dos preços da cabeça de gado.
“Como o segmento representa 40% de seu Ebitda, acreditamos que as margens consolidadas da JBS no primeiro semestre deste ano estarão sob pressão”, diz o Barclays.
O banco também tem preocupações estruturais relacionadas ao mercado americano no longo prazo. Ele ressalta que o fornecimento de gado no país caiu para o menor nível desde 1958, o que deverá pressionar os preços, pesando sobre as margens e implicando em maior necessidade de capital de giro. “Os preços mais altos do gado devem persistir até o rebanho começar a se reconstruir, o que deve levar entre dois e quatro anos", comenta.
Na direção oposta, o Barclays avalia que a melhora da perspectiva para o mercado americano de frango deve ter impactos positivos nas margens da JBS na primeira metade de 2012.
Projeções: A instituição ajustou as estimativas para a empresa neste ano, refletindo nova visão sobre a indústria e a taxa de câmbio brasileira, cuja projeção média subiu 6%, para R$ 1,79.
A previsão do Barclays para o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da JBS neste ano cresceu 10%, para R$ 4,286 bilhões, e a estimativa para a margem Ebitda aumentou de 6% para 6,3%. A projeção para as vendas líquidas da empresa também avançou 6% e atingiu R$ 68,463 bilhões, e a do lucro líquido teve alta de 14%, para R$ 1,114 bilhão.
Por volta das 16h40, as ações JBS ON cediam pelo terceiro dia seguido, com recuo de 1,02%, a R$ 5,79. Já o Ibovespa, referêcia da bolsa brasileira, avançava 0,40%, para 60.044 pontos, com giro financeiro de R$ 3,97 bilhões.

Aliansce adquire controle de cinco shoppings brasileiros
Brasil Econômico 10.01.2012 -  Com a transação, ABL própria crescerá 21,6%. A Aliansce Shopping Centers anunciou na noite de segunda-feira (9/01) que assinou acordo para aquisição de controle em cinco shopping centers brasileiros, por R$ 574,5 milhões.  Do valor total, R$ 537,0 milhões serão pagos na data de aquisição, e a companhia assumirá dívidas de aproximadamente R$ 37,5 milhões.
O acordo contempla 60% do Carioca Shopping, 50% do Boulevard Campos (RJ), 49% do Caxias Shopping (RJ), 40,1% do Boulevard Campina Grande (PB), 40% do Shopping Taboão (SP) e 100% da âncora C&A do Carioca Shopping (RJ). A operação está sujeita à conclusão da due diligence nos ativos, à ocorrência de certas condições precedentes estipuladas no contrato e à aprovação, pelos acionistas, durante Assembléia Geral Extraordinária. "Esta aquisição representa uma oportunidade única para consolidar a participação em cinco ativos estratégicos", destacou a companhia em comunicado.
Com a conclusão da operação, a Aliansce terá um aumento de 59.524 m² ou 21,6% na Área Bruta Locável (ABL) própria em operação atualmente.  Assim, a Aliansce vai se tornar a terceira maior empresa do setor no país, entre as empresas de capital aberto, com uma ABL própria de 335.230 m².



Aliansce amplia fatia em cinco shoppings por R$ 574 milhões
Valor 10.01.2012 - Henrique Guerra, presidente: "Crescemos sem precisar aumentar o custo fixo operacional da companhia". Terceira maior empresa de shopping centers do país, a Aliansce anunciou na noite de ontem a aquisição do controle de cinco empreendimentos no país, nos quais já tinha participação, pelo valor de R$ 574,5 milhões. Uma linha de crédito no valor de R$ 500 milhões foi obtida com o Bradesco para a conclusão do negócio. Todas as participações nos shoppings adquiridos - Carioca Shopping, Boulevard Campos, Caxias Shopping, Boulevard Campina Grande e Shopping Taboão - pertenciam à Pargim Empreendimentos e Participações, empresa do grupo português SGC, dono da Unidas. Também foi comprado o imóvel da loja âncora da rede C&A no Carioca Shopping. Dessa forma, a Aliansce adquire a participação do seu maior sócio em empreendimentos - a Pargim decidiu se desfazer dessas operações no Brasil e procurou a empresa - e passa a ter o controle acionário de quase todos os 14 centros de compras de sua carteira. A partir de agora, a empresa terá menos de 50% de participação em apenas dois shoppings - Santa Úrsula e Grande Rio. "Investimos para ampliar o controle dos negócios que já tínhamos, ou seja, crescemos sem precisar aumentar o custo fixo da companhia", disse Henrique Guerra, presidente da Aliansce, após anúncio ao mercado.
De acordo com o fato relevante divulgado, a empresa adquiriu 60% do Carioca Shopping, 50% do Boulevard Campos, 49% do Caxias Shopping, 40,1% do Boulevard Campina Grande, 40% do Shopping Taboão e o controle total da âncora C&A do Carioca Shopping. Segundo Guerra, a taxa de participação média do grupo em seus shoppings em operação passou de 56% para 68% com as operações anunciadas ontem. Há menos de um mês, a Aliansce anunciou a aquisição do controle do Shopping Iguatemi Salvador por R$ 81,4 milhões, dentro da estratégia de consolidar posição em seus empreendimentos. Pelos cálculos da empresa, nos negócios chamados por ela de "nova geração", formado por oito shoppings com menos de cinco anos de operação, em apenas dois a Aliansce tem menos de 50% de participação. A companhia ainda consegue, com essa negociação, se distanciar da Iguatemi Empresa de Shopping Centers no ranking geral de área bruta locável do setor.
A empresa passa a somar 59,5 mil metros quadrados ao ABL próprio - equivalente a 21,6% do total do grupo - e se consolida na terceira posição do ranking. Até setembro, a Aliansce somava 275,7 mil metros quadrados de ABL próprio, apenas 5 mil metros a mais que o Iguatemi, e agora passa a acumular ABL próprio de 335,2 mil metros quadrados. Considerando números pro forma, a margem de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do terceiro trimestre do ano aumentaria de 71,9% para cerca de 74% ao se incluir as aquisições. Pelo acordo fechado com o Bradesco, a linha de crédito disponível para essa operação será de R$ 500 milhões com pagamento em 15 anos e um ano de carência de principal. "Olhamos muitas alternativas de financiamento, inclusive BNDES. Mas temos investidores estrangeiros e, pelo banco de fomento, não teríamos uma linha tão interessante quanto a obtida no Bradesco", disse Guerra. A taxa a ser paga será Taxa Referencial de Juros (TR) mais 11,5% e, durante a carência do principal, o pagamento será realizado em parcelas semestrais, passando a mensal a partir do inicio do pagamento do principal. A empresa ainda emitirá R$ 185 milhões em debêntures, que devem entrar no caixa para reforçar a posição financeira. Esses recursos são necessários porque a Aliansce ainda tem orçamento de R$ 284 milhões para investimentos em expansão ao longo de 2012. Quatro dos cinco shoppings adquiridos já têm ampliações programadas.
Do investimento total de R$ 574,5 milhões nas aquisições, a empresa desembolsará R$ 537 milhões para pagamento em dinheiro e assumirá dívidas de cerca de R$ 37,5 milhões a um custo médio de TR mais 10,8%. Dados do balanço do terceiro trimestre mostram que, em setembro, a empresa acumulava baixo endividamento a curto prazo, com exposição maior no longo prazo e uma relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado de 2,2 vezes. A expectativa do mercado é que essa relação entre dívida e Ebitda cresça com a operação a taxas mais elevadas, o que ainda não foi calculado pelos analistas. "Acreditamos que isso não deve subir tanto a ponto de ser algo preocupante", disse Guerra. O caixa líquido médio da empresa em 2012 deve ficar em R$ 300 milhões, calculou a companhia.


Empresário brasileiro entra na briga pelos shoppings
DCI 10.01.2012 - Apesar de ser dominado pelo capital externo, o setor brasileiro de shopping centers ainda atrai investidores locais. É o caso da 5R Shopping Centers, criada há poucos meses, mas com R$ 550 milhões direcionados a três centros de compras. A empresa resulta da união de uma holding de incorporações do mercado imobiliário representada pelo empresário Edmundo Rossi Cuppoloni e seus filhos - Paulo Rossi, um deles, é líder do negócio - com os executivos Carlos Felipe Fulcher e César Garbin, oriundos do grupo português Sonae Sierra.
A empresa quer se tornar o novo player, e terá de competir com líderes como BrMalls, Multiplan, General, Iguatemi, Aliansce, Sonae Sierra, entre outras. Mas para o diretor-presidente da 5R, Carlos Felipe Fulcher, a estratégia da companhia será lidar com todo tipo de público em termos de classe social, e agir de modo plural. "O foco será a classe B e C, em municípios exteriores às grandes capitais nos quais a demanda continua sendo maior do que a oferta", afirmou Fulcher.
No futuro, a 5R deverá ser assediada por empresas internacionais que também estão chegando forte no segmento, como a Gazit-Globe. A companhia controla 660 centros de compras no mundo e tem planos de adquirir participação em shoppings no País. Segundo o presidente da subsidiária brasileira, Mordejai Goldenberg, a Gazit Brasil Ltda. pretende passar do patrimônio atual de R$ 500 milhões para R$ 3 bilhões em até dois anos. Ele explica que a empresa tem participação acionária no hipermercado Extra Itaim, em São Paulo, e nos shoppings Morumbi Town, Flamingo Mall e San Pelegrino.


Analistas recomendam "manutenção" para Brookfield
Brasil Econômico 10.01.2012 - No quarto trimestre, a Brookfield vendeu R$ 1,3 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão no segmento residencial.  Recomendação é motivada por bom desempenho de vendas, embora a empresa não tenha alcançado as projeções (guidance) em 2011 entre R$ 4 a R$ 4,20 bilhões.
No quarto trimestre, a companhia lançou R$ 1,8 bilhão, o equivalente a 46% dos lançamentos em 2011. Ainda no período, a companhia vendeu R$ 1,3 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão no segmento residencial. Para a equipe de analistas do banco Fator, o desempenho operacional no trimestre foi resultado do bom posicionamento da Brookfield nos segmentos residencial de média renda e comercial. "Por outro lado, a companhia tem enfrentado a dificuldade de aprovação de projetos de grande porte, sobretudo nas capitais, a velocidade de vendas é inferior da média do setor e a redução de alavancagem tem ocorrido em velocidade mais lenta do que o estimado", destacam os analistas Iago Whately e René Brandt. Diante desse cenário, a equipe da instituição financeira mantém a recomendação de "manutenção" para os papéis da Brookfield (BISA3), com preço-alvo de R$ 8,20 para dezembro de 2012. No pregão de segunda-feira (9/1), as ações encerram com variação positiva de 0,9%, cotadas ao preço de R$ 5,60. No ano, os papéis da empresa somam ganhos de 13,13%.


Venda de cimento cresce mais de 7%
Valor 10.01.2012 - A indústria cimenteira do país fechou o ano passado com crescimento de 7,3% nas vendas comparado com 2010, totalizando 63,5 milhões de toneladas. É o novo recorde do setor, cujo mercado se expande ano a ano desde 2006. Os resultados preliminares do desempenho do ano passado, que incluem apenas cimento nacional, foram divulgados hoje pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).  Com produto importado, o consumo aparente do país deve ter superado a marca de 64 milhões de milhões de toneladas. Em 2010, atingiu 60 milhões de toneladas. O volume de 2011 deverá representar expansão de 56% nos últimos cinco anos ao se comparar com 2006 - 41 milhões de toneladas -, ano da retomada forte da demanda interna.
O consumo cresceu puxado por aumento da renda da população, boom imobiliário, oferta de crédito para financiamento, obras de infraestrutura e programas de governo de habitação popular, como o Minha Casa, Minha Vida. Em dezembro, informou o SNIC, as vendas para no mercado nacional somaram 5 milhões de toneladas, aumento de 3,5% sobre o mesmo mês de 2010.
A indústria de cimento no Brasil é atualmente formada por 14 grupos fabricantes, nacionais e estrangeiros, com destaque para Votorantim, João Santos, Intercement (Camargo Corrêa), Lafarge, Cimpor e Holcim. A Cia Siderúrgica Nacional (CSN) estreou nesse negócio em 2009 e a família Brennand voltou ao setor no ano passado com fábrica em Minas.
Segundo o SNIC, até meados do ano passado operavam no país 79 fábricas, com capacidade de 78 milhões de toneladas por ano.


GVT é cortejada para voltar à BM&FBovespa
Valor 10.01.2012 - A companhia de telefonia GVT pode voltar à BM&FBovespa. O Valor apurou que a administração da empresa vê com bons olhos a ideia de buscar recursos no mercado para expansão de sua rede de telecomunicações com uma nova oferta inicial de ações. Ainda não há nenhum plano em execução, mas uma possível operação avaliaria o negócio em cerca de R$ 15 bilhões, ou seja, o dobro que pagou o grupo francês Vivendi quando se tornou controlador no fim de 2009. A operadora, que nasceu como empresa espelho da Brasil Telecom e hoje atua nas principais cidades de todo o país, deixou o pregão em maio de 2010, após a aquisição pelo grupo francês. Agora, bancos de investimento têm levado essa proposta à empresa, dado o bom momento do setor no mercado e a história da companhia. A gestão da empresa, a mesma de antes da compra pela Vivendi, vem recebendo com entusiasmo essa possibilidade, embora não tenha colocado nenhum projeto em marcha.
A maior dificuldade para a operação estaria em convencer os controladores franceses, apesar de eles julgarem interessante a perspectiva de levantar recursos no Brasil, dado o cenário na Europa.
"Nem a GVT nem a Vivendi têm planos para reabrir o capital da operadora na BM&F Bovespa", respondeu ao Valor, por meio de sua assessoria de imprensa. A nota lembra que a Vivendi é listada na Euronext, em Paris. A companhia vale em bolsa € 20,35 bilhões.
O ambiente para captações e o apetite do investidor - que afetam o preço de maneira determinante - também ajudam a compor as explicações da cautela.
A GVT estreou em fevereiro de 2007 na BM&FBovespa, com a ação a R$ 18. Na época, fez uma operação de R$ 1 bilhão, totalmente primária, ou seja, para capitalização do negócio.
A saída da bolsa foi consequência da compra do controle pela Vivendi. Para ingressar no mercado brasileiro, a companhia francesa de mídia e entretenimento ofereceu R$ 56 por ação da GVT, após uma intensa disputa com o grupo espanhol Telefónica, numa polêmica operação que levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a modificar a instrução para ofertas voluntárias de aquisição de ações e também resultou num termo de compromisso entre a autarquia e a Vivendi no valor recorde de R$ 150 milhões. Os acionistas da empresa brasileira, contudo, não tiveram do que se queixar: colocaram no bolso um retorno superior a 200%.
Quando estreou na bolsa, a empresa valia R$ 2,1 bilhões. O preço pago pela Vivendi, em novembro de 2009, equivalia a uma avaliação de aproximadamente R$ 7,5 bilhões, ou R$ 56 por ação.
Caso fosse listada no Novo Mercado, pelo valor que os especialistas vêm atribuindo ao negócio, a empresa teria como levantar, com facilidade, R$ 3 bilhões.
Em 2006, antes de estrear na bolsa, a GVT registrou receita líquida de R$ 770 milhões e prejuízo de R$ 72 milhões. Quando saiu, fechou 2010 com faturamento líquido de R$ 1,7 bilhão e lucro líquido de R$ 197 milhões. De janeiro a setembro de 2011, de acordo com balanço apresentado pela controladora Vivendi, a GVT apresentou receita líquida de € 1,1 bilhão, o equivalente a uma expansão de 47% sobre igual período de 2010 - equivalente a atuais R$ 2,6 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve alta de 77% no mesmo período, para € 300 milhões (R$ 700 milhões de hoje). Atualmente, a GVT atua em 118 cidades do Brasil e possui 5,8 milhões de linhas em serviço. No início de 2007, quando chegou à BM&FBovespa, operava em 62 cidades, mais as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
A companhia, contudo, ainda têm planos de expansão ambiciosos. Nos primeiros nove meses de 2011, totalmente integrada à Vivendi, investiu € 520 milhões, 62% a mais do que os € 320 milhões aplicados no negócio em 2010. Com exceção do grupo Oi - que passa por uma fase de ajustes - o setor de telefonia vive um bom momento no mercado brasileiro. Praticamente, a primeira fase desde a privatização em que o setor é negociado com base em seus fundamentos e não em perspectivas societárias. O grupo espanhol Telefônica, que opera a marca Vivo, está avaliado em R$ 55 bilhões no Brasil e a TIM, de controle italiano, vale na bolsa R$ 23 bilhões.


Cemig solicita à Anbima registro de oferta pública
Brasil Econômico 10.01.2012 - Companhia vai captar R$ 1 bilhão com oferta.
A Cemig Geração e Transmissão solicitou à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) pedido de registro de oferta pública, de até um milhão de debêntures simples.  De acordo com comunicado, o valor nominal unitário será de R$ 1 mil na data de emissão, 15 de fevereiro de 2012, em até três séries, perfazendo o montante total de até R$ 1 bilhão.
As debêntures da primeira série terão prazo de vencimento de cinco anos contados da data de emissão, enquanto as da segunda série terão prazo de vencimento de sete anos e da terceira série, dez anos.


Loja virtual de celular atrai investidor europeu
Valor 10.01.2012 - De olho no avanço do comércio pela internet e no consumo de celulares, foi lançada na semana do Natal a loja virtual Webfones. O aporte inicial de R$ 200 mil, de um investidor europeu, cujo nome não é informado, deu vida ao site especializado em telefonia móvel. A expectativa é faturar até R$ 12 milhões em 2013.  "A gente quer que, quando o consumidor pense em smartphones e tablets na internet, ele pense na gente", diz o fundador Guilherme Ribeiro, de 28 anos, que já comandou a área de telefones nas varejistas Submarino e Magazine Luiza. Em 2011, deixou o Magazine para abrir o próprio negócio. "Eu vi o quanto as pessoas realmente querem ter um celular cada vez melhor; é uma cultura brasileira", diz Ribeiro. Para ele, a única maneira de oferecer a maior variedade de celulares, tablets e acessórios do mercado era com uma loja virtual especializada.  A loja está funcionando desde 21 de dezembro. Neste mês, ele iniciará ações de marketing em mídias digitais como Google e Buscapé. Até o fim do ano, a estimativa é investir cerca de R$ 500 mil.  Ribeiro almeja fechar o primeiro ano de operação com faturamento de até R$ 6 milhões. Para 2013, a meta é vender entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões. A partir de dados do mercado, ele estima que a venda on-line de celulares tenha movimentado R$ 2 bilhões em 2011, ou 10% de todo o faturamento do comércio eletrônico brasileiro no período.  Segundo Ribeiro, a loja terá preços competitivos em relação a grandes varejistas devido a acordos com fornecedores e à manutenção de uma "operação enxuta". Os serviços de logística e de tecnologia são tercerizados, e apenas o atendimento é interno.


BTG troca dívida de sócio da Vanguarda por ações
Folha 10.01.2012 - O BTG não tem intenção de continuar na empresa e realizará um leilão das ações, algo que poderia ocorrer ainda esta semana.
O BTG Pactual ficou com mais de 10 por cento da companhia agrícola Vanguarda ao transformar uma dívida que o principal acionista da companhia tinha com o banco, mas a negociação não deve mudar os rumos da empresa. Segundo uma fonte próxima à Vanguarda, o BTG não tem intenção de continuar na empresa e realizará um leilão das ações, algo que poderia ocorrer ainda esta semana.
"A verdade é que a notícia da Vanguarda pode deixar interpretação que o Pactual entrou na empresa e não é isso. O Pactual queria receber dinheiro e recebeu ações, e agora ele quer fazer dinheiro com as ações", disse a fonte, que não quis ser identificada. Contatado, o banco não quis comentar o assunto. Otaviano Pivetta, principal acionista da Vanguarda antes da operação, diminuiu sua participação na companhia em um total de 247.191.013 ações ordinárias, de acordo com nota da Vanguarda ao mercado. Com o negócio, a participação de Pivetta na Vanguarda passou de 26,6 para cerca de 16 por cento. "É uma negociação que já havia sido feita há bastante tempo, e o Pactual exerceu, ficou sócio, já era meu sócio lá atrás", disse Pivetta, ao admitir que tinha uma dívida com a instituição financeira.
Ele não quis revelar o valor do acordo. Com base no preço de fechamento da ação da Vanguarda na última sexta-feira, antes de a informação sobre a participação do BTG vir a público, o negócio seria de 76,6 milhões de reais. Nesta segunda-feira, a ação da Vanguarda disparou 9,38 por cento, para 0,35 real. Foi a maior alta dentro do Ibovespa, que teve alta de 0,82 por cento.
A Vanguarda, ex-Brasil Ecodiesel, tornou-se uma das maiores produtoras agrícolas no ano passado após se associar com a companhia de Pivetta, empresário de Mato Grosso.
Controle  - Apesar da redução da participação de Pivetta, nada muda no controle da companhia, avaliou o empresário, que disse não saber se o BTG Pactual continuará como sócio da empresa ou venderá sua parte. "Não muda absolutamente nada (no controle), continuamos com os mesmos objetivos, Hélio Seibel, Silvio Tini (outros sócios investidores) e eu. A empresa está rodando maravilhosamente bem, começando a colher a safra com muito sucesso." Pivetta disse ainda esperar que a companhia tenha produtividades recordes na temporada 2011/12, já que suas propriedades agrícolas estão localizadas em áreas não afetadas pela estiagem que quebrou a safra de soja e milho do Sul do país. Agora, o maior acionista da Vanguarda se torna a Veremonte, o veículo de investimento do empresário espanhol Enrique Bañuelos, com uma fatia de 22 por cento.
Entretanto, a Veremonte não está alinhada com os outros sócios, que compõem o bloco de controle, e deixou o Conselho da companhia em novembro por discordar dos rumos da empresa traçado por Pivetta e outros acionistas. A Veremonte não quis se manifestar sobre a participação do BTG na empresa, segundo a assessoria de imprensa.


ANTT revê tarifas das concessionárias
Valor 10.01.2012 - O governo federal resolveu, com mais de 15 anos de atraso, submeter as concessionárias de ferrovias ao seu primeiro ciclo de revisão tarifária. Ontem, a Agência Nacional de Transportes Terrestres  (ANTT) divulgou a proposta de novos tetos tarifários para o transporte de cargas nos onze trechos concedidos a partir do processo de desestatização, iniciado em 1996.
Ao longo da vigência dos contratos, as tarifas das concessionárias foram reajustadas sem análises mais aprofundadas sobre o transporte de cargas no país. A agência reguladora realizou apenas correções de preços anuais, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Já o processo de revisão tarifária está previsto para ocorrer a cada cinco anos. Neste caso, a ANTT também considera o cálculo das receitas necessárias à cobertura dos custos tributários, operacionais e a remuneração adequada das concessionárias pelo capital investido. A falta de revisão provocada pelas "lacunas regulatórias", segundo os relatórios da agência, levou a reduções do teto tarifário que variam de 10,9%, para a Ferrovia Teresa Cristina, a 69,9%, para Estrada de Ferro Carajás, da Vale. A parcela fixa de transporte de minério de ferro nesta ferrovia, por exemplo, está estimada em R$ 1,95 a tonelada. Os valores de cada concessionária entraram em consulta pública - para receber críticas e sugestões do setor - até o dia 10 de fevereiro. O superintendente de Serviços de Transportes de Cargas da ANTT, Noboru Ofugi, disse que haverá alteração dos números apenas se houver uma justificativa plausível das concessionárias. Ele prevê que, ao término da consulta pública, o órgão regulador deve levar mais um mês para analisar as contribuições e finalmente aprovar os valores de referência. A primeira revisão tarifária do setor está inserida em um conjunto de ações adotadas pelo governo desde o ano passado com o objetivo de obter maiores ganhos de produtividade nas ferrovias brasileiras, associados a mecanismos de integração e compartilhamento da malha. Ao analisar os desafios do setor, a ANTT constatou que o transporte de cargas ferroviário tem mais de 80% da sua produção voltada para mercadorias com destino à exportação ou a importação de insumos utilizados na produção agrícola. A agência também identifica forte concentração no setor. "Quase a totalidade do controle acionário das ferrovias é exercido por duas companhias: a Vale exercendo o controle das ferrovias Estrada de Ferro Carajás, Estrada de Ferro Vitória a Minas, Ferrovia Centro Atlântica, Ferrovia Norte Sul e 40% de participação na MRS Logística". A segundo companhia de peso no setor é a ALL, que detém o controle das ferrovias ALL Malha SUL, ALL Malha Norte, ALL Malha Oeste e ALL Malha Paulista. Os representantes do setor ainda não se manifestaram sobre as tarifas propostas pela ANTT. A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) informou que as empresas ainda analisam as informações apresentadas pela agência.


OSX obtém empréstimo-ponte de US$ 227,9 milhões do BNDES
Valor 10.01.2012 - A OSX, braço naval do grupo empresarial de Eike Batista, informou há pouco que recebeu um empréstimo-ponte de US$ 227,9 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social  (BNDES), relativo ao projeto da Unidade de Construção Naval do Açu.
Em comunicado encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informa ainda que o empréstimo foi recebido por sua subsidiária OSX Construção Naval, com prazo de pagamento de 18 meses e taxa de juros de cerca de 5,4% ao ano. Segundo a OSX, o principal e os juros do empréstimo serão pagos ao final do período ou no primeiro desembolso de um empréstimo de longo prazo do Fundo da Marinha Mercante (FMM), em fase de negociação contratual. “A contratação do financiamento de longo prazo do FMM encontra-se em etapa de negociação contratual junto aos agentes repassadores BNDES e Caixa Econômica Federal, já tendo ocorrido a aprovação de crédito total de R$ 2,7 bilhões e a definição das condições de garantia”, diz o comunicado.
As obras da unidade de construção naval no Complexo Industrial do Açu, em São João da Barra (RJ), tiveram início em julho do ano passado. A expectativa é a de que as atividades de corte de chapas para plataformas de petróleo e gás sejam lançadas no primeiro trimestre de 2013.


Queiroz Galvão encerra 2011 com quatro blocos exploratórios
JCRJ 10.01.2012 - A QGEP Participações informou nesta segunda-feira (9) que encerrou 2011 com quatro blocos exploratórios na costa do Brasil. No Campo de Manati, no final do quarto trimestre, todos os seis poços existentes estavam em operação, alcançando uma média diária de produção de gás de 5,2 MMm³ em dezembro de 2011. Segundo a empresa, na maior parte do quarto trimestre, o Campo de Manati produziu por meio de cinco do total de seis poços, resultando em uma média diária de produção de gás de 4,7 MMm³ no período. A QGEP destaca que, em 2012, cada poço individualmente passará por uma manutenção programada e não espera que a previsão de produção média diária de 6MM m3 seja afetada. Já no Bloco BM-S-12, localizado na Bacia de Santos, um dos mais promissores ativos da QGEP, segundo a companhia, as atividades de perfuração continuam em direção ao prospecto Santos #2 com a sonda Ocean Baroness. Atualmente, o poço está sendo alargado para descida do revestimento de 117/8” e está em uma profundidade de 4.880 metros. "Espera-se atingir a profundidade final de cerca de 6.400 metros no final do trimestre corrente. Quando o poço for finalizado e a perfilagem final estiver concluída, serão considerados testes de avaliação", afirma a empresa em nota. A QGEP detém 30% de participação no bloco, o qual é operado pela Petrobras. Em relação ao BM-S-8, a perfuração continua de acordo com o cronograma previsto. Em Carcará, um dos prospectos no pré-sal do bloco, a perfuração foi iniciada em Dezembro e o poço está atualmente a uma profundidade aproximada de 3.140 metros. A profundidade final, estimada em 6.900 metros, deverá ser atingida dentro de cinco meses. Adquirido através de um acordo de farm-in, o Bloco BM-S-8 apresenta um alto potencial no pré-sal. A QGEP detém 10% de participação neste bloco, o qual é operado pela Petrobras.
Por fim, no Bloco exploratório BM-J-2, localizado na Bacia de Jequitinhonha, a atividade de perfuração deverá ser reiniciada durante o segundo trimestre de 2012, segundo a empresa. A licença ambiental já foi obtida e é válida até junho de 2013. O poço está atualmente a uma profundidade de 2.540 metros e a profundidade final está estimada em 4.700 metros.
“Finalizamos 2011 com um portfólio de ativos maior, com prospectos de alta qualidade nas mais promissoras áreas com descobertas de óleo e gás no Brasil", afirmou o CEO da companhia, José Augusto Fernandes Filho.  “Destacamos a combinação de uma posição financeira privilegiada e fluxo de caixa operacional positivo que nos garante recursos para continuar a expandir e diversificar nosso portfólio", acrescentou.


Contrato de Vale e ADM é ampliado
Valor 10.01.2012 - Quase 2 milhões de toneladas de produtos agrícolas originados ou processados pela ADM no Brasil serão escoadas pela malha logística da Vale em 2012. No ano passado, segundo a mineradora, os volumes movimentados para a multinacional americana somaram 615 mil toneladas. Em negociações concluídas recentemente, foi acordado o incremento de 215% do total.
Segundo Elton Pássaro, gerente-geral comercial da Vale, as cargas que serão transportadas incluem soja, milho e farelo de soja. O contrato, esclarece a empresa, "prevê a utilização de soluções que interliguem linha férrea e terminais ferroviários aos complexos portuários de Ponta da Madeira (MA), Santos (SP) e Tubarão (ES). Os detalhes financeiros da transação não foram divulgados.
"Trata-se do aumento da participação de um cliente considerado importante pela Vale", diz Pássaro. Antes do novo acordo, a ADM usava apenas um dos corredores de escoamento da Vale - de Araguari, no Triângulo Mineiro, até o porto de Vitória (ES). Agora, a múlti também utilizará o corredor que liga Araguari ao porto de Santos e o que une Colinas (TO) até Ponta da Madeira.
Com esse último trecho, destaca a Vale, a ADM volta a transportar soja no Sistema Norte, pela Ferrovia Norte-Sul. "Com o terminal de grãos no porto de São Luís [Tegram, em fase de elaboração de projeto], esse trecho norte vai crescer", diz Pássaro. No trecho entre Araguari e Santos, o contrato também representa, para a Vale, movimento agrícola novo em um ramo sem operações com produtos do setor no ano passado.
Procurada, a ADM não se pronunciou sobre o novo contrato com a Vale. A múlti é uma das maiores tradings de grãos do mundo. No Brasil, a soja é o carro-chefe dos negócios. A empresa tem quatro unidades de processamento da oleaginosa no país, com capacidade conjunta para 4 milhões de toneladas por safra. Além disso, exporta o grão.
Em todas as suas áreas de negócios, incluindo fertilizantes e cadeias como a sucroalcooleira, transporta mais de 15 milhões de toneladas por ano. Em informações divulgadas recentemente ao Valor, a empresa realçou que, além do transporte fluvial pelas hidrovias Tietê-Paraná e Paraguai-Paraná, seu escoamento contava com o suporte de operações próprias nos portos de Santos, Tubarão, Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC), Rio Grande (RS), Ponta da Madeira e Aratu (BA).


Vendas da Cia. Hering crescem 25,5% no quarto trimestre
Brasil Econômico 10.01.2012 - Receita bruta total sobe 22,6% entre outubro e dezembro de 2011.
A Cia. Hering anunciou que as vendas totais da rede Hering Store expandiram 25,5% no quarto trimestre de 2011 ante os mesmos meses do ano anterior.
Segundo comunicado, somente no conceito mesmas lojas (unidades abertas há pelo menos um ano), o crescimento foi de 8,1%, em igual base de comparação.
Por sua vez, a receita bruta total da companhia teve acréscimo de 22,6% entre outubro e dezembro de 2011, em ritmo anual.
Já para 2012, a Hering pretende iniciar a expansão do formato Hering Kids, uma vez que estudos prévios indicaram potencial de rede de 200 a 250 lojas Hering Kids, com tamanho de aproximadamente 60 m2.  Assim, considerando a fase inicial de introdução do conceito de Hering Kids, a empresa planeja abrir 20 lojas dentro deste modelo em 2012.
Quanto à Hering Store, deverão ser abertas 75 lojas, somando 507 lojas ao final de 2012.


Empório Vértice e Cia. dos Livros criam holding
Valor 10.01.2012 - A Empório Vértice, distribuidora de livros para bibliotecas e livrarias, anuncia hoje a compra da Cia. dos Livros, varejista virtual do setor. O valor da operação não foi revelado. Juntas, as empresas formam a holding Book Partners. Assim como a Empório Vértice, a Cia. dos Livros participa de licitações de bibliotecas. A diferença é não trabalhar com a distribuição para livrarias. O CEO da Book Partners, Carlos Henrique de Carvalho Filho -sócio-majoritário da holding-, diz que agora as empresas deixam de competir para "ganhar escala no que já era comum entre as empresas e ganhar mercado onde não tinham". A nova empresa vai operar nas áreas de logística, comercial e marketing para distribuir e promover os livros das editoras parceiras junto a livrarias e bibliotecas, e espera faturar R$ 100 milhões em 2012. Se as operações já estivessem unidas, o faturamento da nova holding teria ficado em R$ 75 milhões em 2011, 40% a mais do que em 2010, diz Carvalho Filho. Ele acrescenta que as empresas venderam, em média, um livro a cada 15 segundos em 2011. A Book Partners vai cuidar da cadeia que envolve as encomendas feitas pelos clientes, que são, principalmente, universidades, livrarias e bibliotecas públicas. As 1.400 editoras parceiras, a maioria de pequeno porte, focam em livros científicos, técnicos e profissionais. "A Book Partners passa a ser a maior distribuidora de livros do segmento de CTP [científico-técnico-profissional]", diz Carvalho.
Quando uma universidade faz uma encomenda para a Book Partners para montar uma biblioteca, a holding cumpre as várias etapas que antecedem a chegada do exemplar às prateleiras do cliente. Primeiro, avalia se o portfólio desta biblioteca segue as exigências do Ministério da Educação, que dá nota às bibliotecas de acordo com seus conteúdos. Caso o portfólio não esteja adequado, a empresa faz um levantamento do que falta e apresenta as sugestões à universidade. Depois, verifica quantos exemplares são necessários por grupo de estudantes. Em seguida, encontra o fornecedor e calcula como o frete pode sair mais barato. A empresa conta também com programas que oferecem serviços de controle de estoque, operação logística e acompanhamento do produto. Neste último caso, a Book Partners segue as vendas para saber onde os livros têm maior procura e qual o perfil do comprador. A Empório Vértice surgiu em 2011, quando a Vértice Books, fundada por Carvalho Filho em 2004, comprou a Empório do Livro, de Marta Blanco, que atuava no mercado desde 1997 e tinha Eduardo Cunha como sócio. A Cia. dos Livros foi criada há 12 anos por Carlos Botino. Agora, todos os empresários tornam-se sócios da Book Partners. As marcas continuam operando com suas bandeiras.


Investidor pede taxa maior em emissões
Valor 10.01.2012 - A demanda crescente pelas emissões de títulos privados achatou a rentabilidade desses papéis nas operações realizadas nos últimos meses. Se por um lado essa tendência representa uma redução nos custos de captação para as empresas, por outro reduz a atratividade dos títulos para os investidores. Gestores de fundos se queixam dos prêmios das emissões recentes, considerados insuficientes para proporcionar uma boa rentabilidade aos cotistas.Agora, com o grande número de captações em andamento, a expectativa é que os compradores tenham um maior poder de barganha para obter retornos melhores, sob o risco de os papéis "encalharem" na mão dos bancos. O encalhe já ocorreu no fim do ano passado em duas emissões: a da operadora de planos de saúde Amil e a da empresa de call center Contax. Nos dois casos, entre 20% e 30% das debêntures ficaram com os bancos, que tiveram de exercer a chamada garantia firme. Investidores atribuem o fracasso parcial das ofertas às taxas oferecidas. Apesar da queda na remuneração, os níveis praticados atualmente pelo mercado ainda proporcionam uma relação saudável entre risco e retorno, avalia Luís Guido, responsável pela área de distribuição do Itaú BBA. "Os prêmios das emissões baixaram recentemente, mas ainda estão acima dos patamares verificados antes da crise de 2008", compara.
Ignacio Lorenzo, responsável pela distribuição do Santander, também acredita no sucesso das operações em andamento. Para ele, apenas uma reversão muito drástica do quadro internacional pode mudar o humor dos investidores. "Já enfrentamos o agravamento da crise na Europa e o mercado não parou, o que é um ótimo sinal", diz.


American deve quase US$ 1 bi ao BNDES
Valor 10.01.2012 - A recuperação judicial da American Airlines (AA), uma das maiores empresas de aviação comercial dos Estados Unidos, interessa diretamente a um grande credor brasileiro - o BNDES. O banco financiou mais de 200 aviões da Embraer, modelos 135, 140 e 145, à aérea americana, que recebeu as aeronaves brasileiras entre 1998 e 2002. Estimativas de mercado apontam que cerca de US$ 900 milhões, ou 30% do valor inicial do financiamento do BNDES à American, ainda precisam ser pagos pela companhia. Os outros 70%, ou US$ 2,1 bilhões dos cerca de US$ 3 bilhões financiados pelo banco, segundo as projeções do setor, foram quitados. É sobre essa parte da frota com empréstimos vigentes que vão se concentrar, nos próximos meses, as negociações entre American e BNDES e que também vão envolver a Embraer. O processo está no início e ainda não há registro de default, o que significa parcela vencida e não paga. Até entrar em recuperação judicial em 29 de novembro do ano passado, amparada pelo Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, a American vinha cumprindo religiosamente os compromissos com o BNDES.
Fontes do setor aeronáutico dizem que o Capítulo 11 dá segurança ao BNDES de que outros credores não terão tratamento privilegiado em relação ao banco na renegociação das dívidas. As primeiras reuniões de negociação ainda serão marcadas. O pagamento dos próximos vencimentos, em 2012, depende dessas negociações. Ao entrar em recuperação judicial, a empresa ganhou esse direito da corte junto aos seus credores e fornecedores.  Nas negociações, existe, porém, a possibilidade de o BNDES ter que assumir, como credor, parte das aeronaves da Embraer hoje em poder da American para recolocar estes aviões no mercado, seja com empresas de leasing, seja com companhias aéreas. Até hoje houve somente um caso de default que obrigou o BNDES a retomar a aeronave financiada e recolocá-la no mercado. Um observador disse que esse é um indicador de que a carteira do banco para o setor aeronáutico é saudável, com boa geração de receitas e de margens, apesar dos riscos. Nessa carteira, há mais de 40 companhias, entre empresas aéreas e de leasing financiadas pelo banco. O BNDES informou, via assessoria de imprensa, que tomou conhecimento da recuperação judicial da American Airlines, foi contatado pela empresa e está em negociação. O banco não faz outros comentários sobre o caso, nem cita valores envolvidos.
O ponto de partida da negociação entre American, BNDES e Embraer será a proposta da aérea aos credores nem seu plano de reestruturação. O banco, segundo fontes próximas das negociações, sente-se confortável por considerar que o processo de reorganização da aérea vai permitir à empresa sentar com todos os credores e apresentar um plano de negócios para o futuro. Uma fonte disse que o BNDES também conta com garantias extras, além das aeronaves, no financiamento. O pedido de proteção, feito à Corte de Falências do distrito sul de Nova Iorque, partiu da AMR Corporation, controladora da American Airlines e da American Eagle. Em comunicado aos credores e locadores de aeronaves, em 29 de novembro de 2011, o vice-presidente de desenvolvimento corporativo e tesoureiro da companhia, Beverly Goulet, reconheceu que a empresa não podia se dar ao luxo de manter todos os aviões atuais nas suas frotas nem da American Eagle nas taxas atuais. A American considerou, na ocasião, não ter alternativa a não ser negociar reduções substanciais no custo das aeronaves retidas. E admitiu que durante um período garantido pela Lei de Falências planejava pagar o aluguel e a parte principal e juros de hipotecas somente de uma parte da frota de aeronaves. A análise da empresa de que precisará reestruturar a frota considera as encomendas de novos aviões feitas à Boeing e Airbus. Está claro que a empresa tem necessidade de acelerar a renovação de aeronaves. Como resultado, não deverá requerer todas as aeronaves atualmente em poder da companhia. Segundo sua informação, a frota combinada soma 900 aeronaves. Os modelos 135, 140 e 145 da Embraer, com capacidade de 37 a 50 passageiros, são aeronaves que têm nicho em rotas menores para substituir turbo-hélices, disse fonte do setor.
No início, as mais de 200 aeronaves adquiridas da Embraer tinham o financiamento atrelado à American Eagle. Depois o contrato financeiro e as aeronaves foram transferidos para a controladora. Daí que hoje o devedor do BNDES seja diretamente a companhia aérea americana. "Hoje as aeronaves da Embraer são de propriedade da American, não estão em leasing", disse uma fonte.
O vice-presidente da Embraer para o mercado de aviação comercial, Paulo César de Souza e Silva, disse que a American tomou a decisão de pedir proteção ao Capítulo 11 da Lei de Falências porque tinha o maior custo entre as chamadas "majors" do setor e era a única, entre essas grandes companhias americanas, que ainda não havia seguido esse caminho. Em 2010, United e Continental, anunciaram acordo de fusão. Para Souza e Silva, quando sair da recuperação, a American deverá ter um custo bem mais baixo, em linha com as demais empresas, e poderá competir e investir de forma a se tornar novamente uma das principais companhias aéreas do mundo. "Ainda não sabemos ao certo quantas aeronaves regionais permanecerão na sua frota [da AA], mas acreditamos que seja a maioria. Poderá haver também novas oportunidades de negócios, com jatos maiores, como os E-Jets [da Embraer]. Teremos que aguardar para saber os planos da AA", disse o executivo em e-mail enviado ao Valor.
A American reconheceu no comunicado aos credores de 29 de novembro que a substancial desvantagem de custos da empresa em relação aos principais concorrentes, os quais também reestruturaram dívidas e custos via Capítulo 11, tornou-se cada vez mais insustentável devido o impacto acelerado da incerteza econômica global. Esse cenário, apontou, resulta em instabilidade de receita, preços de combustíveis voláteis e crescentes e intensificação dos desafios de competitividade.
Fontes do setor aeronáutico não acreditam que a American Airlines vá desaparecer. Pelo contrário, apostam que a empresa poderá sair mais forte do processo de reorganização pelo qual deverá apresentar um plano de negócios que tende a incluir a devolução de aeronaves alugadas e a renegociação de contratos da frota própria.


Produção industrial avança em oito regiões, diz IBGE
Brasil Econômico 10.01.2012 - Na comparação com novembro do ano passado, oito dos 14 locais mostraram queda na produção.  A produção industrial avançou em oito das 14 localidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro.  No mês, a indústria cresceu 0,3% na média nacional. A maior alta foi observada em Goiás, de 11,6%, após uma queda de 9% no mês anterior.  Também tiveram alta acima da média nacional os estados do Paraná (5,4%), Espírito Santo (4,7%), Minas Gerais (4,6%), Rio de Janeiro (3,9%), São Paulo (1,9%), Santa Catarina (1,6%) e Pará (0,5%). No sentido contrário, registraram queda na produção o Ceará (-0,3%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Pernambuco (-2,4%), Amazonas (-3,0%), Bahia (-6,4%) e a média da região Nordeste (-2,9%). Na comparação com novembro do ano passado, oito dos 14 locais mostraram queda na produção, que recuou 2,5% na média nacional. Nesta base, tiveram recuo acima da média Santa Catarina (-7,7%), Ceará (-6,8%), São Paulo (-4,9%), Bahia (-4,2%), Rio Grande do Sul (-3,4%) e região Nordeste (-2,6%). Os demais resultados negativos foram observados no Rio de Janeiro (-1,5%) e Pará (-1,0%). Entre os locais que registraram avanço na produção, Goiás (13,3%) e Paraná (9,2%) apontaram as expansões mais elevadas, seguidos por Espírito Santo (4,1%), Minas Gerais  (2,8%), Pernambuco (1,9%) e Amazonas (0,5%).


'Formalização' no País eleva crédito em 20%
Estadão 10.01.2012 - Ao final de 2011, a procura por crédito entre os consumidores elevou-se 7,5%, o que representa uma desaceleração do ritmo de crescimento. Apesar da redução da expansão no total, o aumento da formalização no mercado de trabalho contribuiu para a maior procura por empréstimos entre as camadas de renda inferior. Segundo Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, o avanço foi de 20% das pessoas com renda de até R$ 500. "A gente vive, no mercado de trabalho, um movimento de formalização, o que permite o acesso a crédito. É um novo filão", explica Luiz Rabi, gerente de Indicadores da Serasa Experian. Outro importante indicador que detalha a entrada de novos consumidores de empréstimos está na análise regional. O Nordeste registrou expansão de 11,7% em 2011, o segundo ano consecutivo em que liderou a busca por crédito, já que em 2010 o número havia crescido 17,7%. "Observamos a Região Nordeste acima da média por conta de investimentos em infraestrutura, chegada de novas empresas e políticas do governo como o Bolsa-Família", diz Rabi.  O novo teto da receita bruta anual do Empreendedor Individual (EI), que passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil a partir de 1º de janeiro, possibilitou que apenas nos quatro primeiros dias úteis de 2012, 15.856 trabalhadores saíram da informalidade no Brasil. Para Bruno Quick, gerente de Políticas Públicas do Sebrae, o novo limite beneficia principalmente os EI estabelecidos em áreas urbanas. "Para o empreendedor localizado em regiões metropolitanas, o teto de R$ 36 mil limitava as possibilidades; com R$ 60 mil, ele pode viabilizar projetos de qualificação para tornar-se mais competitivo, a ponto de se tornar microempresário", destaca.Voltar
IBGE estima safra de 160,3 mi de toneladas em 2012
IstoéDinheiro 10.01.2012 - A safra brasileira de grãos em 2012 deve ser 0,3% maior do que a safra de 2011, segundo o terceiro prognóstico divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012 está estimada em 160,3 milhões de toneladas, em comparação com 159,9 milhões colhidos em 2011.
A área a ser colhida deve somar 50 milhões de hectares, um aumento de 2,7% em relação à área em 2011. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro projeta uma safra de 159,9 milhões de toneladas em 2011, com aumento de 0,2% ante o levantamento de novembro. Com o resultado, a safra foi 6,9% superior à de 2010, quando ficou em 149,6 milhões de toneladas.


Exportações do agronegócio sobem 24% em 2011 e batem recorde
Estadão 10.01.2012 - Bom desempenho das vendas externas fez a balança comercial do setor ter o melhor resultado desde 1997, com destaque para a soja. As exportações brasileiras do agronegócio registraram novo recorde em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010 (de US$ 76,4 bilhões). A meta do Ministério da Agricultura para 2012 é ultrapassar US$ 100 bilhões, com estimativa de 5,7% de crescimento.  IBGE estima safra 0,3% maior em 2012. As importações brasileiras de produtos agropecuários atingiram US$ 17,08 bilhões (valor 28% superior ao registrado em 2010), resultando em um superávit de US$ 77,51 bilhões na balança comercial do agronegócio de 2011, crescimento de 22,9%. O saldo do setor agropecuário é quase três vezes superior ao acumulado no resultado global da balança comercial brasileira, que fechou o ano de 2011 com superávit de US$ 29,8 bilhões. O bom desempenho fez de 2011 o melhor ano para a balança comercial do agronegócio desde 1997. Os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas e os que registraram o maior valor de exportação. Complexo sucroalcooleiro e carnes também se destacaram nas exportações. Os principais destinos dos embarques de produtos nacionais foram os mercados da União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão.
Destaques: Os produtos do complexo soja foram os que mais contribuíram para a expansão das vendas externas em 2011, sendo responsáveis por 38,7% do crescimento total de US$ 18,15 bilhões no agronegócio. Em seguida encontram-se o café (16,4%), os produtos do complexo sucroalcooleiro (13,2%), as carnes (11,1%) e os cereais, farinhas e preparações (8%).
Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.
O complexo sucroalcooleiro teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superiores em relação ao ano anterior). O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas).  As carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Esse crescimento ocorreu em função da elevação de 16,6% no preço médio do produto, o que compensou uma queda de 1,6% na quantidade exportada em relação a 2010. O setor foi responsável por 16,5% do montante total das vendas externas do agronegócio em 2011, com destaque para a carne de frango, cujas vendas somaram US$ 7,49 bilhões, 19,9% a mais do que o ano anterior.  Os produtos florestais ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o café, que atingiu a cifra de US$ 8,73 bilhões  (51,5% superior ao ano anterior). Em conjunto, os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011. Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques. Principais destinos: Em 2011, as vendas externas concentraram-se, principalmente, em mercados como Ásia e União Europeia, responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) - fatia maior que os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões). Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta - Estados Unidos, México e Canadá - (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%). A maior expansão, em relação ao ano anterior, ocorreu na Oceania (55,8% superior), seguida da África excluindo Oriente Médio (43,4% superior) e da Ásia  (33,3% superior). Houve redução da participação apenas nos demais países das Américas (com redução de 6,6%). A União Europeia foi responsável por 18,3% do incremento de US$ 18,15 bilhões ocorrido nas vendas externas em 2011 na comparação com o ano anterior. Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões). O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período.
Dezembro: No último mês de 2011, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor de US$ 7,01 bilhões, o que significou um crescimento de 15,7% em relação aos US$ 6,06 bilhões exportados no mesmo mês do ano anterior. Os principais setores responsáveis pelos US$ 949,5 milhões de incremento verificados nas exportações agrícolas brasileiras em dezembro foram: complexo soja (US$ 599 milhões ou 63,1%); carnes  (US$ 155,8 milhões ou 16,4%); e fibras e produtos têxteis (US$ 149,9 milhões ou 15,8%).  O setor de carnes foi o principal exportador do agronegócio no mês de dezembro de 2011, com um patamar de US$ 1,28 bilhão em vendas ao exterior, ou 18,3% do total exportado pelo agronegócio brasileiro no período. Esse valor representou um crescimento de 13,8% em relação aos US$ 1,12 bilhão exportados pelo setor em dezembro/2010. Os principais responsáveis pelos valores comercializados foram a carne de frango, com US$ 650,1 milhões em vendas, e a carne bovina, com US$ 413,7 milhões exportados. Em dezembro/2011, o setor de carnes registrou crescimento tanto das quantidades embarcadas (6,1%) quanto do preço médio comercializado (7,3%).

JBS fecha unidade no mercado argentino
Folha 09.01.2012 - A JBS, do setor de carnes, oficializou o fechamento de uma fábrica em Venado Tuerto, Argentina, em um "ajuste" à realidade econômica do país vizinho. Os trabalhos da unidade estavam suspensos desde meados de dezembro.


Ensino chega a R$ 2,4 bi em aquisições
Valor 09.01.2012 - Rodrigo Galindo, da Kroton, comandou a maior aquisição já feita no setor de ensino no país: a Unopar, por R$ 1,3 bi. O mercado brasileiro de ensino encerrou o ano movimentando cerca de R$ 2,4 bilhões em aquisições. Este é o montante investido somente por Anhanguera, Abril Educação, Estácio e Kroton, segundo levantamento feito pelo Valor. Trata-se do maior volume já negociado em compras de empresas no setor de ensino no país pelo menos desde 2007, quando os grupos de educação começaram a abrir o capital. De lá para cá, o valor investido em fusões e aquisições praticamente quadruplicou de tamanho.
Levando-se em consideração o número total de fusões e aquisições em ensino (incluindo-se empresas de capital fechado), foram feitas 27 transações em 2011, segundo a consultoria KPMG. Desse total, cerca de 20 envolveram empresa de capital aberto. Não é possível informar o valor total dos negócios, pois há operações cujos termos não foram divulgados.
O setor deverá continuar registrando fusões e aquisições em 2012. "Há espaço para consolidação nos ensinos fundamental e médio e também em sistemas de ensino", diz Luís Motta, sócio da KPMG. O recorde anual deu-se em 2008, com 53 negócios. Várias empresas abriram o capital em bolsa e foram às compras. "Mas foram negócios com volumes financeiros menores. Não havia transações tão relevantes como, por exemplo, a da Kroton", diz Motta. Em 2011, o valor recorde de transações foi puxado pela mineira Kroton que comprou por R$ 1,3 bilhão a Unopar (Universidade do Norte do Paraná), que tem como chamariz o status de líder do segmento de ensino a distância. Essa operação, comandada pelo presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, foi a maior já fechada na história do setor de educação no país. Tamanha aposta por parte da Kroton, cujo principal acionista é o fundo americano Advent, é o potencial do mercado de ensino a distância que pode dobrar de tamanho em cinco anos.
Outra transação de destaque foi a da Anhanguera, que pagou R$ 510 milhões pela Uniban - uma das últimas grandes faculdades de São Paulo que ainda não haviam sido vendidas. Com a aquisição, a faculdade controlada pelo fundo de private equity Pátria fincou pé no mercado paulistano, considerado o mais rentável do país. A Anhanguera é o maior grupo de ensino do país, com 292 mil alunos. Mas a Kroton encostou na líder ao levar a Unopar e hoje ocupa a segunda posição, com 264 mil estudantes. O mercado nacional de educação superior tem 5,3 milhões de alunos, sendo que 75% estão matriculados em faculdades particulares. A forte movimentação no setor de educação também foi motivada, a partir de 2010, pela retomada dos investimentos da britânica Pearson e da brasileira Abril Educação. Ambas estavam atuando de forma tímida no país e desembolsaram quantias importantes para adquirir dois sistemas de ensino (apostilas). Em julho de 2010, a Abril Educação adquiriu o Anglo por R$ 717 milhões. Dez dias depois, a Pearson anunciou a compra dos sistemas de ensino da SEB (COC, Dom Bosco e Pueri Domus) por R$ 888 milhões. Com o Anglo, a Abril Educação foi à bolsa, levantou R$ 317 milhões e fechou mais quatro aquisições em 2011, que somaram R$ 279 milhões.
Em dezembro, a Pearson anunciou a compra, por meio de sua editora Penguin, de 45% da Companhia das Letras. Com a compra de uma das editoras brasileiras mais renomadas, a Pearson poderá integrar os negócios de educação e literatura. Uma das ideias é ampliar o acervo da biblioteca virtual da Pearson com obras da Companhia das Letras.


Matrícula em cursos técnicos sobe para 18% do total no ensino médio
Valor 09.01.2012 - A procura pela educação profissional cresceu mais de 50% no Brasil nos últimos cinco anos. Entre 2005 e 2010, a fatia das matrículas em cursos técnicos sobre o total verificado no ensino médio regular passou de 8,2% para 13,6%, atingindo 1,140 milhão de alunos no ano passado. Em 2011, o peso das matrículas pode ter ficado entre 15% e 18%, informou ao Valor Eliezer Pacheco, titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec-MEC). A confirmação virá com a conclusão da apuração do Censo Escolar da Educação Básica de 2011.
Segundo Pacheco, o desempenho foi acelerado pela expansão da rede federal de escolas técnicas - mais de 200 institutos foram abertos entre 2003 e 2011 -, pelo aumento da oferta pela rede particular, responsável por quase 550 mil matrículas, e, mais recentemente, com as primeiras matrículas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em outubro de 2011. "Nossa avaliação inicial do programa mostra que o Pronatec matriculou 66,5 mil alunos em 2011 e temos uma média diária de 1.460 pré-matrículas registradas em dezembro", informa Pacheco.
Embora, quase 50% dos alunos da educação profissional estejam na rede particular, Pacheco garante que a maioria das vagas do Pronatec será ofertada pelos institutos federais e pelas escolas do Sistema S (Senai, Senac e Sesi). "As escolas particulares poderão receber estudantes beneficiados pelo Fundo de Investimento Estudantil (Fies). Os beneficiários terão seus estudos financiados pelo Estado para realizar cursos em escolas privadas. O aluno poderá escolher qualquer escola privada de ensino técnico cuja adesão ao programa tenha sido aprovada pela Setec."
O educador João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, vê no Pronatec a reedição de programas de formação profissional do passado, sem conexão com as necessidades do mercado de trabalho. "Desde a década de 1970, esse tipo de 'campanha' não resolve nenhum problema e acarreta vultosos custos. Reforça a ampliação da rede pública de escolas técnicas federais, desperdiçando milhões em cursos de capacitação totalmente divorciados das demandas do mercado de trabalho, mas que engordam as estatísticas e reforçam o caixa das instituições de formação profissional."
De acordo com Pacheco, a formação técnica no Brasil ocorre com base em apurações de técnicos do MEC, análise de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), audiências públicas e pesquisas sobre o desenvolvimento sócio-econômico regional e micro-regional. "Temos um leque de informações que nos auxiliam a constituir nossos cursos, de um lado, e a contribuir para a permanência dos bons profissionais em suas áreas", explica Pacheco.
Wanda Engel, superintendente-executiva do Instituto Unibanco, elogia a nova política educacional do país por "ampliar a atual capacidade instalada" do ensino médio, mas é cética quanto à ampliação das vagas no curto prazo. "O Pronatec pega um ativo existente e o melhora, disponibilizando mais vagas. Mas vai levar tempo para chegarmos a 30% de matrículas técnicas em proporção ao médio regular, como nos países com tradição em educação profissional." Wanda destaca que, além do "investimento pesadíssimo" para custear uma modalidade de ensino mais cara, é necessário formar mão de obra. "Não é só ampliar vagas e colocar tijolinhos nas escolas. Onde vamos conseguir professores de mecânica, informática, se o país sofre com a falta de docentes para dar aula de química e física."
Com a sanção do Pronatec em outubro, os investimentos federais previstos na educação profissional estão em torno de R$ 24 bilhões até 2014. Além da renúncia fiscal e do apoio financeiro às redes estaduais e municipais, estão planejados o desenvolvimento do ensino técnico à distância e a construção de mais institutos, que devem passar das atuais 366 para 562 unidades.
Wanda também alerta que a educação profissional não pode ser vista como "a salvação da lavoura". Para ela, é preciso encontrar uma forma de tornar o ensino médio básico mais atrativo e superar o problema da evasão, que chega a 50%. "É preciso modernizar a escola e oferecer ao jovem um nexo entre educação e trabalho."


Webjet anuncia 15 milhões de passageiros transportados
Estadão 09.01.2012 - Para comemorar o número de 15 milhões de passageiros transportados desde o início de suas operações, a Webjet Linhas Aéreas Econômicas vai oferecer desconto de 15% sobre as tarifas que já são mais baratas do que as da concorrência. De hoje a domingo, a empresa terá passagens a preços imperdíveis para 18 destinos diferentes. O cliente poderá escolher voar a partir das 15h desta sexta-feira até o dia 15 de fevereiro, bastando colocar no momento da compra do bilhete no site o código promocional VIAJAR.  Em www.webjet.com.br o cliente pode parcelar a compra em até seis vezes sem juros nos cartões de crédito, com parcela mínima de R$ 40. Na página também é possível fazer o Webcheck in logo após validar o bilhete, tudo de forma rápida, prática e sem filas. Para o verão a companhia programou vôos extras para o Nordeste e começou a renovar a frota, com a chegada do moderno Boeing 737 800.  Para Julio Perotti, presidente da companhia, o número de 15 milhões de clientes transportados é muito importante.
- Muitas destas pessoas entraram pela primeira vez em um avião pelas asas da Webjet. Transportar tantos passageiros em um pouco mais de seis anos é prova do sucesso da companhia, quer pelos preços competitivos, quer pelo bom atendimento.  A Webjet foi em 2011 a empresa mais pontual do setor, de acordo com dados da Infraero. A companhia tem trabalhado intensamente para ser a mais eficiente empresa do mercado.


Alcoa avalia se fará ajustes nas operações do Brasil
Valor 09.01.2012 - Apertada entre o alto custo operacional e os baixos preços do alumínio no mercado internacional, a Alcoa está em fase de avaliação de possíveis ajustes nas operações brasileiras. Segundo informou em nota a produtora de alumínio, o mercado deverá passar por mudanças e a empresa enfrentará desafios nos negócios em 2012.
A afirmação da subsidiária na América Latina e Caribe é que avalia os cortes na produção anunciados pela matriz na sexta-feira. Alegando necessidade de melhorar a competitividade, a multinacional anunciou em Nova York um corte de 12% na produção mundial, o equivalente a 531 mil toneladas do metal.  A americana pretende fechar definitivamente algumas linhas produtivas inicialmente nos Estados Unidos e talvez em outros países. Os cortes fazem parte de um plano de redução de custos e devem ser concluídos no primeiro semestre de 2012. "Os cortes vão contribuir para a meta de diminuir a posição da Alcoa na curva de custos de produção global em 10 pontos percentuais", afirmou a empresa, no documento.  A Alcoa vai fechar permanentemente sua unidade no Tennessee, que já foi reduzida em 2009, e duas das seis linhas de produção de Rockdale, no Texas. Juntos, esses fechamentos resultarão em redução de 291 mil toneladas métricas na capacidade de produção global da Alcoa, que é de 4,5 milhões de toneladas métricas por ano. Outras 240 mil toneladas por ano deixarão de ser produzidas no "futuro próximo"- a companhia não especifica quais fábricas ou regiões poderão ser afetados pela medida.  "Esses são passos difíceis, porém necessários, para melhorar a competitividade da Alcoa, preservar valor ao acionista e proteger empregos no restante da operação", afirmou no comunicado o presidente do conselho de administração da empresa, Klaus Kleinfeld. O anúncio de ajuste na oferta foi feito três dias antes da divulgação dos resultados da multinacional. Hoje, a Alcoa revela seu desempenho em 2011, dados que têm gerado desânimo por parte do mercado. Segundo 18 analistas ouvidos pela Bloomberg, sua receita líquida deve recuar 96%, para US$ 0,01 por ação, ante US$ 0,21 registrados em 2010. Essas estimativas são 88% menores do que as projeções realizadas no mês passado.  "A notícia da Alcoa atesta que pode estar havendo um excesso de oferta do alumínio. Há questionamentos sobre a lucratividade de empresas do setor", explicam analistas do Standard Bank, em relatório. O mercado já considera que os baixos preços do metal podem começar a inviabilizar algumas operações. Em 2011, a cotação do alumínio na Bolsa de Metais de Londres (LME) teve retração de 19%. Na sexta-feira, os preços subiram 0,52%, para US$ 2.039 a tonelada.
No Brasil - com duas fábricas de produção de alumínio primário e alumina, em Poços de Caldas (MG) e São Luís (MA) - a empresa tem sofrido ainda com os elevados custos de energia, insumo com peso elevado no custo de produção, embora já conte com cerca de 70% de geração própria desse insumo. A Alcoa, no entanto, não confirma se o anúncio global afetará as operações na região da América Latina e Caribe.  A receita bruta da Alcoa no país somou US$ 1,6 bilhão em 2010, com produção de 350 mil toneladas de metal. Na fábrica de alumina da Alumar tem 54% de participação, com 1,9 milhão de toneladas de capacidade de produção.


Sumitomo Indústrias Pesadas
Folha 09.01.2012 - O grupo japonês Sumitomo Indústrias Pesadas, que acaba de inaugurar sua primeira fábrica no Brasil, com investimento de R$ 130 milhões, se prepara para definir a expansão do projeto. O terreno onde está instalada a fábrica em Itu tem 450 mil m², mas foram ocupados 50 mil m².  O restante poderá abrigar a extensão da linha já existente, de redutores de velocidade de alta precisão para controle de motores de equipamentos industriais, ou trazer outras divisões da empresa para o Brasil, segundo Mateus Botelhos, presidente da Sumitomo Indústrias Pesadas no país.  "Estamos estudando planos para trazer outras divisões. A empresa começou a fazer análises de mercado e de viabilidade e a apresentá-las para a nossa matriz no Japão. A definição deve sair em breve", afirma.  Entre as alternativas estão investir em outros produtos como escavadeiras, máquinas de injeção de plásticos e outros.


Pessoas físicas saem da bolsa pela primeira vez desde 2002
Valor 09.01.2012 - As estatísticas só reforçam a percepção de que o investidor pessoa física sumiu da bolsa em 2011, com a queda do mercado devido ao agravamento da crise europeia. O ano passado foi a primeira vez desde 2002 (quando a bolsa começou a fazer o levantamento) que o número de pessoas físicas que aplicam em ações na Bovespa caiu de um ano para o outro.
A bolsa terminou o ano com 27,7 mil investidores pessoa física a menos do que no fim de 2010. O número de contas de investidores individuais era de 583,2 mil em dezembro de 2011 ante as 610,9 mil no fim do ano anterior, uma queda de 4,5%. O recuo é ainda maior, de 7,56%, quando se considera o pico de contas, de 630,8 mil, alcançado em setembro de 2010.
O número de investidores pessoas físicas vem caindo consecutivamente desde maio, sem um respiro num único mês sequer desde então. O registro de pessoas físicas só não caiu durante o ano inteiro graças à oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da varejista Magazine Luiza, no mês de maio. A operação da companhia, bastante conhecida do público menos familiarizado com o mercado de capitais, atraiu quase 35 mil investidores pessoa física, entre novos e antigos aplicadores. Em maio, as contas de pessoas físicas atingiram a marca de 607,1 mil ante as 596,5 mil de abril. Tirando esse IPO do Magazine Luiza, que pode ser considerado um evento extraordinário, a quantidade de pessoas físicas no pregão caiu todos os meses do ano passado, sem exceção. Só no último mês, 4.988 investidores individuais deixaram a bolsa.
Desde que o pequeno investidor pegou gosto pelo mercado, com o processo de popularização, no início da década passada, as ofertas de ações foram impulsos importantes no aumento da base de pessoas físicas no mercado de renda variável. O pico de contas de pessoas físicas, em setembro de 2010, está muito relacionado, por exemplo, com a oferta de ações feita pelo Banco do Brasil e com a oferta de capitalização da Petrobras para o pré-sal. Ninguém discute que a queda da bolsa foi o fator decisivo para a saída das pessoas físicas. Mas o fato é que a onda de IPOs, especialmente entre 2003 até a crise de 2008, trouxe investidores preparados para as agruras de um mercado de risco e outros nem tão preparados assim.
"Entre essas quase 600 mil pessoas físicas há uma parte que veio com a enxurrada de IPOs e que acredita que é fácil ganhar muito na bolsa e rapidamente", diz o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira. Ele acredita que agora são esses mesmos investidores que estão batendo em retirada do pregão. Se existe algum lado positivo na queda das ações em 2011, na visão de Bandeira, pode ser este, de fazer uma espécie de "limpeza" nos cadastros das pessoas físicas, ficando apenas aquelas que realmente têm apetite pelo mercado de ações. "É melhor partir de uma base de contas menor, mas que seja bem mais consistente", acredita o diretor da Ativa.
Outra conclusão que se pode tirar desse movimento de saída é que a pessoa física ainda comete o erro milenar de comprar quando as ações estão em alta e vender quando se desvalorizam, que é o caso atual. Para Bandeira, a educação financeira pode sim amenizar esse tipo de deslize.
No entanto, segundo ele, a alta da bolsa é e sempre será o grande chamariz para novos investidores. "A maioria esmagadora das pessoas só se anima em comprar ações quando a tendência de alta dos papéis ganha destaque no Jornal Nacional", ilustra Bandeira. Geralmente, é nessa hora que os investidores institucionais já estão pensando em sair da bolsa, colocando no bolso o ganho que tiveram.
"As pessoas físicas e os investidores profissionais se encontram no pregão, mas sempre em lados opostos: o pequeno comprando no momento em que o grande está vendendo", explica o diretor da Ativa. Existe uma expectativa de que as pessoas físicas voltem para Bovespa neste ano, impulsionadas obviamente pela valorização das ações, que também se espera que ocorra. "É possível que haja uma recuperação dos preços, concentrada especialmente no segundo semestre", completa Bandeira.


Agentrics PLM, da brasileira Neogrid, adquire Trace One
Valor 09.01.2012 - André Ghignatti, executivo-chefe da Agentrics: Neogrid terá cadeira no conselho de administração da nova empresa. A Agentrics PLM, empresa controlada pela brasileira Neogrid, anuncia hoje a aquisição da companhia francesa Trace One, especializada em softwares para o desenvolvimento de produtos de marca própria com acesso remoto via internet (a chamada nuvem). As empresas combinadas darão origem à Trace One-Agentrics PLM. O valor da operação é mantido em sigilo pelas companhias. André Ghignatti, executivo-chefe da Agentrics PLM, informa que a compra será realizada com recursos próprios e que a Neogrid terá direito a uma cadeira no conselho de administração da nova empresa.
A Agentrics PLM é resultado do desmembramento da Agentrics, empresa especializada em sistemas de logística para o varejo, que teve 90% do seu capital comprado em 2009 pela Neogrid, por US$ 50 milhões. A Agentrics continua a existir, focada em seu negócio original. Já a Agentrics PLM foi criada para atuar na área de gestão do ciclo de vida de produtos (PLM, na sigla em inglês). Basicamente, desenvolve softwares que permitem gerir o ciclo de vida dos produtos, desde a concepção e o design de embalagens e rótulos, até o processo de produção, descarte e reciclagem.
Ghignatti afirma que a Agentrics tinha interesse em expandir essa área de negócios para atender o mercado de marcas próprias. "O segmento cresce fortemente no Brasil e no exterior", diz. Abrir uma companhia foi considerada a melhor estratégia para competir nesse segmento. "Dessa forma, as empresas manterão o seu foco e os clientes serão atendidos com mais qualidade."
A Trace One-Agentrics PLM nasce com uma equipe de 250 pessoas (80 delas ligadas à Agentrics) e operação em 13 países, incluindo Estados Unidos, Austrália, África do Sul, Brasil e países da Europa e da Ásia. Fora do Brasil, a Trace One já atendia 12,5 mil fabricantes de marcas próprias e grandes grupos varejistas, como as americanas Walgreens e Best Buy, a dinamarquesa Bestseller e a japonesa Coop Saporo. No Brasil, entre os clientes da Agentrics que podem passar ser atendidos pela nova companhia estão Pão de Açúcar, Carrefour, Lojas Americanas e Magazine Luiza.
A operação é a quinta aquisição realizada pela Neogrid, companhia administrada pela Miguel Abuhab Participações (MAP), de propriedade de Miguel Abuhab, fundador da Datasul, que foi vendida em 2008 para a Totvs. A Neogrid tem como principal negócio prover consultoria e tecnologia para as áreas de logística e de suprimentos das empresas.
Entre 2006 e 2009, a MAP adquiriu as empresas Xplan Business Solutions, Mercador (do grupo Telefônica), Agentrics e Vivacadena. Quando a Agentrics foi comprada, a MAP decidiu manter o nome da empresa na Europa e nos EUA.


Birôs expandem atuação para além do crédito
Valor 09.01.2012 - Jorge Dib, diretor da Serasa Experian egresso do Google: "O serviço de crédito foi a fortaleza que nos trouxe até aqui, mas é hora de evoluir".
As empresas de informação de crédito, sinônimo de restrição financeira, buscam novas fontes de receita. Pesos pesados como Serasa Experian e Boa Vista Serviços expandem a atuação para além da oferta de soluções que aumentem a segurança das vendas e empréstimos feitos por clientes corporativos. Boa parte da estratégia passa pelo aproveitamento da imensa base de CPF e CNPJ que, reunida a outras informações cadastrais e até dados comportamentais, permite aos birôs ampliarem não só a gama de serviços como também o escopo de clientes a serem atingidos. A Boa Vista Serviços prepara para o início deste ano o lançamento do Certo Car, produto que vai possibilitar a quem quiser comprar um veículo usado averiguar todo o histórico de multas e acidentes do carro. "Vamos fazer o mesmo com crédito imobiliário", afirma Dorival Dourado, presidente da empresa. "A venda direta a pessoas físicas é nossa próxima fronteira." A Serasa, por sua vez, trabalha num estudo, encomendado por um grupo de concessionárias, que tem por objetivo identificar a propensão dos moradores da cidade de São Paulo à compra de carros de luxo num período de 12 meses - solução que está sendo desenvolvida pela unidade de marketing da empresa.
"O serviço de crédito foi a fortaleza que nos trouxe até aqui, mas é hora de evoluir", afirma Jorge Dib, diretor de relações com o mercado da Serasa Experian. O executivo, egresso do Google há pouco mais de um ano, levou para o birô de crédito o desenho de uma organização que considera ser mais verticalizada, com produtos diversificados.
Um dos negócios que vem ganhando destaque dentro da Serasa é o de certificação digital. Dib não revela o volume de receitas, mas diz que o desempenho tem surpreendido nos últimos dois anos e que o potencial ainda é grande. Ele prevê um expressivo aumento de demanda para o uso da certificação digital no envio de informações trabalhistas - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP) - no modelo ICP-Brasil, exigência prorrogada pela Caixa Econômica Federal para 30 de junho.
A Boa Vista, birô de crédito criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em conjunto com o fundo de private equity TMG no fim de 2010, também vem tentando incrementar suas receitas diversificando a grade de produtos. No ano passado, lançou 36 produtos que abrangem desde a venda de informações para empresas que querem prospectar novos negócios até a oferta de soluções para prevenção à fraude.
Os segmentos de saúde, telecomunicações, crédito imobiliário e cartão são aqueles em que a Boa Vista pretende dedicar mais atenção. Para tanto, a estrutura de atendimento da empresa foi redesenhada, de forma que os profissionais, especialmente de vendas, se tornem especialistas nessas áreas, e não em determinados produtos - a exemplo do que já foi feito pela concorrente Serasa Experian.
"Estamos nos estruturando para ser um competidor de referência", afirma Dourado, presidente da Boa Vista, que em maio do ano passado assumiu a operação brasileira da americana Equifax, bastante conhecida no segmento corporativo. Com pouco mais de um ano de vida funcionando como uma empresa (e não associação), a Boa Vista, segundo Dourado, investiu R$ 250 milhões em tecnologia e outras melhorias de infraestrutura. O orçamento para 2012 é um pouco maior, de R$ 300 milhões. "O mercado brasileiro precisava de um competidor, de uma alternativa", diz Dourado, em referência direta à sua principal concorrente, Serasa Experian. A Boa Vista teve faturamento de R$ 500 milhões em 2011. A expectativa, em 2012, é que as receitas cresçam 30% na comparação com o ano passado. A receita total da Experian para o ano fiscal encerrado em 31 de março de 2011 foi de US$ 4,2 bilhões. O acirramento da concorrência no mercado de informação de crédito, ao que tudo indica, está só começando.


Trafego cresce 11,3% nas concessões da Ecorodovias
JCRJ 09.01.2021 - A Ecorodovias informou nesta sexta-feira (6) que tráfego consolidado no ano de 2011 cresceu 11,3% em número de veículos equivalentes pagantes em suas cinco concessões, quando comparado ao ano de 2010.  Segundo a companhia, considerando o ajuste da bidirecionalidade nos veículos de passeio na Ecopistas, de 01 de janeiro a 17 de fevereiro de 2010, o crescimento consolidado foi de 9,2%.


AstraZeneca reafirma meta para 2011
Brasil Econômico 09.01.2012 - A farmacêutica britânica AstraZeneca reafirmou nesta segunda-feira (9/01) sua meta para 2011.  Com isso, para o ano a companhia espera lucro por ação entre US$ 7,20 e US$ 7,40.  As previsões quanto a receita, margens e geração de caixa também foram reafirmados. O resultado do balanço da empresa em 2011 será divulgado em 2 de fevereiro de 2012.


De olho em novos mercados, suíça Novartis decide investir no Brasil
Valor 09.01.2012 - Conforme Joe Jimenez, CEO global da Novartis, o Brasil é um país atraente para fazer aquisições, mas os ativos farmacêuticos atuais estão muito caros.
Na busca por novos mercados para expandir seus negócios fora do eixo Estados Unidos-Europa, a farmacêutica suíça Novartis decidiu reforçar suas apostas no Brasil. Em entrevista ao Valor, Joe Jimenez, principal executivo global da companhia, disse que o grupo tem grandes planos para o país. "O Brasil é um dos principais países para investimento para a Novartis. A economia está crescendo e vemos o maior acesso da classe média à saúde", afirmou Jimenez, em entrevista por telefone. O executivo contou que assinou, no fim de novembro, uma carta de intenções com o Ministério da Saúde, selando uma importante parceria entre a companhia e governo brasileiro. Os planos da Novartis para o Brasil incluem a construção de uma fábrica de biotecnologia para a produção de vacinas em Pernambuco, em um aporte estimado entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões, segundo Jimenez. A parceria também prevê a transferência de tecnologia para a produção de medicamentos nas áreas de oncologia, transplantes e neurociência. A Novartis vai reforçar pesquisas no desenvolvimento de produtos para as chamadas doenças tropicais, como dengue e Chagas, além de ampliar seu programa de combate à hanseníase no país.
Jimenez observou que o país tem hoje cerca de 10 mil pacientes atingidos por doença de Chagas e um milhão de pessoas afetadas pela Dengue. "Desenvolvemos pesquisas para novas terapias para essas doenças em nosso Instituto Novartis, em Cingapura, e temos interesse em estabelecer parcerias com entidades governamentais e instituições acadêmicas locais." A companhia também poderá reforçar os programas do governo para o combate a diabetes e hipertensão. "Tivemos um feedback positivo do governo, uma vez que pretendemos desenvolver medicamentos importantes para o Brasil." Laboratório pretende transferir tecnologia nas áreas de oncologia, transplante e neurociência. A intenção de construir a nova fábrica de vacinas no Brasil já tinha sido anunciada há quatro anos pelo grupo, mas a crise financeira global esfriou os ânimos de grandes companhias em colocar em prática seus grandes investimentos. Originalmente, os aportes previstos eram de US$ 300 milhões, mas esse projeto foi redimensionado, podendo alcançar até US$ 500 milhões. Em uma primeira etapa, essa unidade produzirá três antígenos de proteínas recombinantes que constituem uma vacina inovadora da farmacêutica contra a meningite B. Os planos para o futuro incluem a produção de vacinas que ainda estão em fase de pesquisa e exportação a partir dessa nova unidade. "Essa fábrica deverá entrar em operação a partir de 2014", afirmou.
Desde 1937 no país, a multinacional possui uma fábrica em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, outra em Rezende (RJ) para síntese química (única estrangeira que sintetiza matéria-prima farmacêutica no país) e outra em Cambé (PR), controlada pela Sandoz, braço de medicamentos genéricos do laboratório suíço.
As aquisições estão no radar do grupo, mas este não é o melhor momento para compras no país, disse Jimenez. "O Brasil é um mercado atraente para aquisições. Mas o mercado brasileiro se tornou caro porque a demanda está crescendo. Se tivermos oportunidade, faremos sim." Em um período que a maioria das farmacêuticas está reduzindo seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento - em parte porque o "pipeline" de novos medicamentos está limitado e também em razão da crise financeira, que freia o crescimento em mercado mais maduros -, grandes companhias decidiram voltar-se para os emergentes, com crescimento mais robusto da economia. "Quando olhamos a classe média brasileira e o maior acesso a medicamentos, o país pode ser significante. Vejo esse mercado se desenvolvendo bem nos próximos cinco a dez anos", afirmou. Além do Brasil, a Novartis também está reforçando suas apostas na China e Rússia. Com faturamento líquido de US$ 50,6 bilhões em 2010, a Novartis, resultado da megafusão das suíças Ciba-Geigy e Sandoz em 1996, investe cerca de 20% de sua receita em P&D. A empresa conta com cinco importantes divisões de negócios - farmacêutica, Alcon (de produtos oftalmológicos), genéricos, vacinas e Consumer Healthcare, que inclui a saúde animal.
O braço de genéricos do grupo também vai buscar oportunidades para prover a produção de medicamentos biossimilares de alta qualidade no país, de acordo com a carta de intenções entre a companhia e o governo. O mercado de genéricos no país é de extrema importância para o grupo, que ainda não tem uma participação polpuda nesse negócio no Brasil.
Jimenez, que está no comando da companhia desde o início de 2010, substituiu Daniel Vasella, que está no conselho de administração da companhia e é considerado um "papa" do mercado farmacêutico global. Na Novartis desde 2007, o executivo americano dedicou boa parte de sua carreira nas fabricantes americanas de alimentos H.J. Heinz e ConAgra Foods e na empresa de produtos de limpeza Clorox, também dos Estados Unidos. Relativamente novo no setor, Jimenez está à frente de uma das maiores farmacêuticas mundiais e com enorme desafio pela frente - a companhia está para perder a patente de um dos seus principais "blockbusters" (campeões de venda) nos EUA, o Diovan. Para Jimenez, uma das principais diferenças entre conduzir um laboratório e uma empresa de alimentos é o timing do desenvolvimento de produtos. "Nas farmacêuticas, o período de desenvolvimento de uma droga toma de sete a oito anos. Em uma empresa de consumo, o produto pode ser desenvolvido de 12 a 18 meses. A indústria de consumo move-se muito rapidamente. A de farmácia é mais lenta."


Planos odontológicos
Folha 09.01.2012 - Mais da metade dos beneficiários de planos odontológicos (58%) tem também cobertura médico-hospitalar, segundo o Iess (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar). Há mais de 16 milhões clientes de planos exclusivamente odontológicos.


GE Healthcare prevê crescer 20% este ano no país
Valor 09.01.2012 - Patrus, presidente na região: "Mais autonomia para desenvolver estratégias".
Atuando desde janeiro de 2011 como unidade independente, a fabricante americana de equipamentos médicos GE Healthcare América Latina - que tem o Brasil como principal mercado - encerrou o ano passado com crescimento entre 25% e 30%. A previsão para este ano é aumento de 20% na receita. A unidade brasileira representa cerca de um terço da receita de US$ 1 bilhão da GE Healthcare América Latina. Globalmente, a área de saúde da companhia americana fatura US$ 7 bilhões. "Agora, temos mais autonomia para desenvolver estratégias específicas para o país. Desenvolvemos equipamentos médicos e formas de pagamento de acordo com a demanda brasileira" disse Rogério Patrus, presidente da GE Healthcare América Latina há um ano. A aquisição de equipamentos como raio-x, ressonância, mamógrafos, entre outros, pode ser feita com cartão de crédito corporativo e financiamentos. Cerca de 70% das compras são fechadas com financiamentos de bancos privados ou por meio da financeira do grupo GE, a Health Financial Service (HFS). "Um dos nossos esforços é nacionalizar cada vez mais os equipamentos para que os financiamentos possam ser feitos também pelo BNDES", explicou Patrus. Em 2010, a GE Healthcare inaugurou uma fábrica em Contagem (MG), cujo investimento até 2015 será de US$ 50 milhões, mas uma boa parte das peças ainda é importada. "Já temos equipamentos com conteúdo 100% nacional como o raio-x digital, por exemplo", disse Daurio Speranzini Junior, vice-presidente da GE Healthcare. Com a maior demanda no mercado brasileiro, a expectativa é que o faturamento da fábrica de Contagem triplique já este ano. O crescimento da GE Healthcare acompanha o desempenho do setor de saúde. Os hospitais de São Paulo, por exemplo, estão investindo mais de R$ 2 bilhões para ampliação de suas instalações e, consequentemente, estão adquirindo novos equipamentos médicos. Outro grande cliente são os laboratórios de medicina diagnóstica. Em novembro, a Dasa anunciou a compra de 70 equipamentos orçados em US$ 22 milhões. A demanda acompanha o crescimento do setor de planos de saúde, que hoje conta com 47 milhões de pessoas com convênios médicos. Nos últimos cinco anos, o setor ganhou 10 milhões de beneficiários impulsionado, principalmente, pelo aumento no número de pessoas com carteiras de trabalho assinadas. Mais de 60% dos planos de saúde são empresariais, ou seja, concedidos pelos empregadores como benefício aos funcionários. Para atender o mercado brasileiro, a GE Healthcare também flexibilizou os contratos. Os hospitais e laboratórios podem comprar ou alugar os equipamentos.


Negócio de calçados inova para competir
DCI 09.01.2012 - Thais CarrançaFlávia MilhassiCamila Abud. Em meio à crise vivida pela indústria calçadista com o avanço da competição asiática, fabricantes nacionais trabalham duro para manter-se no mercado. Enquanto a gaúcha Antonielle fechou sua fábrica em Novo Hamburgo, terceirizando toda a produção, a paulista Democrata, tradicional marca de calçados masculinos, decidiu entrar também em sapatos femininos. Em 2011, ao completar 30 anos, a Antonielle precisou tomar uma decisão complicada. Passando por dificuldades desde 2002 - ano em que produzia 8 mil pares ao dia, com 500 funcionários, o que se reduziu para cerca de 2 mil pares diários, com 200 trabalhadores, no ano passado - a empresa finalmente optou, em novembro, por fechar a fábrica em Novo Hamburgo, onde estava instalada desde 1981, e apostar num modelo de negócios inédito no País. As vendas, que antes eram feitas por representantes, passaram a ser on-line. "Nós vimos que a venda na Internet para o usuário final começou a se popularizar e pensamos 'Por que não fazer isso para o lojista?'", conta o gerente de Marketing, Daniel Pessin. Daí surgiu a ideia de um portal de pedidos, implantado em outubro, com investimento de cerca de R$ 50 mil.
Outra que vai inovar em 2012 é a paulista Democrata, de Franca. Tradicional marca de calçados masculinos, a companhia estreia este ano uma linha de sapatos femininos, que serão fabricados em uma planta própria no Município de Sapiranga, no polo calçadista gaúcho do Vale dos Sinos.
No varejo, as vendas do setor seguem aquecidas entre as redes de franquias especializadas em vestuário e acessórios. Mas é no comércio eletrônico que o setor de calçados chama a atenção. Com público-alvo focado nas Classes A, B e C, com mais de 25 anos, a varejista brasileira Netshoes contabilizou ano passado um faturamento de R$ 600 milhões, como uma das maiores lojas virtuais especializada em artigos esportivos no País. Em pouco mais de quatro anos no mercado on-line, a marca já entregou mais de 15 milhões de produtos de uma vitrine virtual de 25 mil artigos, dos quais diversos são exclusivos. A aposta é manter o incremento de 50% de suas operações neste ano, tanto que a empresa acaba de entrar também com operações na Argentina e no México após o aporte financeiro do fundo de investimentos norte-americano Tiger Global.


Tecelagem demite 208 no interior de SP
Estadão 09.01.2012 - Empresa de São Manuel alega concorrência da China para fechar e vai pagar indenizações em 12 parcelas.  Um total de 208 trabalhadores foram demitidos pela Têxtil Itatiba em São Manuel, no interior paulista, e novas dispensas estão previstas para os próximos dias, quando deverão perder o emprego os últimos 380 funcionários.  Eles receberão os direitos trabalhistas em 12 parcelas. Foi a terceira demissão em massa em menos de um ano. A fábrica, que chegou a ter quase mil trabalhadores, deverá ser fechada e se transferir para Pedro Leopoldo (MG), segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Manuel. A tecelagem pertencia ao grupo Vicunha e também tem fábricas em Minas Gerais. Foi comprada em 2009 pelo grupo Franco Matos, com sede em Itatiba (SP). A empresa, que fechou a malharia de São Manuel no fim de 2011, estaria com dificuldades financeiras por causa da concorrência das confecções chinesas.
A proposta da Têxtil Itatiba de pagar os direitos trabalhistas em 24 parcelas foi recusada pelos demitidos. Depois de uma reunião entre trabalhadores, representantes do sindicato da categoria e diretores da tecelagem, foi feito um acordo. Os empregados receberão o dinheiro em 12 meses. Nem todos gostaram da proposta. "É muito tempo para eu receber apenas uns R$ 2 mil de direitos, quanto vou receber por mês", reclama Aline Fernanda Policarpo, de 19 anos, demitida depois de trabalhar um ano ganhando salário de R$ 900,00. Mãe de um filho de dois anos, ela não descarta mudar para outra cidade. "É difícil achar emprego aqui (São Manuel), vou levar meu currículo para Botucatu, não tenho o que fazer aqui, não posso dar do bom e do melhor para o meu filho, mas preciso dar o básico", afirma.  Para falar sobre as demissões, a crise financeira e a possível mudança, o Estado entrou em contato com a sede da Têxtil Itatiba, em Itatiba. "Por enquanto, a diretoria não vai se pronunciar, é tudo muito recente", limitou-se a informar uma funcionária do Departamento de Recursos Humanos, que pediu anonimato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário