terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Azul.CA.24.01

Daily News

Arcor estaria negociando a compra da Bauducco
RR 25.01.2012 - A argentina Arcor estaria negociando a compra da Bauducco, tradicional fabricante de panetones e quinta maior produtora de biscoitos do Brasil. A aquisição seria uma resposta à Pepsico, que engoliu a Mabel no fim do ano passado. Procurada pelo RR, a Arcor afirmou que desconhece a informação e a Bauducco, que não procede.



United Healthcare afia seus caninos no Brasil
RR 25.01.2012 - Após a frustrada tentativa de compra da Tempo Assist, controlada pela GP Investimentos, a United Healthcare procura um novo portão de desembarque no Brasil. Os norte-americanos pretendem adquirir uma ...
Após a frustrada tentativa de compra da Tempo Assist, controlada pela GP Investimentos, a United Healthcare procura um novo portão de desembarque no Brasil. Os norte-americanos pretendem adquirir uma operadora de planos odontológicos e fincar sua bandeira no país nos próximos três meses. O grupo já estaria mantendo conversações com algumas empresas do setor. Um dos alvos seria a paulista Tempo Dental. Formada a partir da fusão da Odonto Empresas, Gama Odonto e Prevdonto, a companhia reúne mais de quatro mil clientes corporativos e uma carteira com aproximadamente 650 mil usuários. Sua rede de atendimento soma mais de 1.600 cidades.
A United Healthcare estuda também a compra de carteiras de operadoras do setor. Neste caso, seus olhos se voltam para a MetLife, que entrou neste segmento no Brasil em 2008, com a compra da Odonto A. A United Healthcare auscultou ruídos de insatisfação da conterrânea com a operação, não obstante o número de clientes em planos odontológicos ter crescido mais de 50% em 2011.
Cravar os dentes no mercado brasileiro é hoje a prioridade do projeto de expansão internacional da United Healthcare. A empresa promete usar todo o seu poderio financeiro para comprar empresas e se consolidar como uma das principais operadoras de planos dentais do país. Com faturamento anual superior a US$ 80 bilhões, o grupo reúne uma série de bandeiras nos Estados Unidos, responsável pelo atendimento de 70 milhões de pessoas.


A Gafisa foi, enfim, vendida
RR 25.01.2012 - Ti-ti-ti no mercado imobiliário. A Gafisa foi, enfim, vendida. O comprador é um player norte-americano. Os advisers são os escritórios Mattos Filho e BMA.


Família Gradin tentou acordo com os Odebrecht
Valor 24.01.2012 - A família Gradin, que por meio da Graal Participações disputa na Justiça a validade do exercício de opção de compra de uma fatia de 20,6% das ações da Odbinv (Odebrecht Investimento), tentou no fim do ano passado um acordo com os membros do grupo Odebrecht para pôr fim à maior disputa societária envolvendo dois dos mais importantes clãs de empresários do país. A tentativa de reaproximação partiu da família Gradin, que não confirma qualquer tipo de negociação. O Valor apurou, no entanto, que houve conversa entre as partes nesse sentido no fim do ano passado, conforme fontes próximas às duas famílias. Uma das grandes barreiras a um possível acordo decorre do fato de que, ao negociar a quitação do valor devido pela participação de 20,6% dos Gradin, os Odebrecht dariam a eles um tratamento diferenciado em relações aos demais acionistas minoritários que venderam sua participação pelo preço proposto em 2010 pelo grupo.
A disputa entre as duas famílias teve início em dezembro de 2010, quando a Graal pediu a instauração de um procedimento arbitral para julgar a validade do exercício de opção de compra feito pela Kieppe, que representa os membros da família Odebrecht. Ao receber o processo, a juíza Maria de Lourdes Oliveira de Araújo, da 10ª Vara Cível de Salvador, marcou uma audiência entre as partes para a instauração da arbitragem. Mas a Kieppe recorreu argumentando que a arbitragem era apenas uma das alternativas previstas no acordo de acionistas assinado por ambas em 2001.
Em 2011 as duas partes ingressaram com diversos recursos no TJ baiano, julgados ao longo dos meses. No fim do ano passado, a Kieppe ingressou com três novos recursos, pedindo a remessa do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O TJ, no entanto, negou a subida dos processos à Brasília, abrindo caminho para que a juíza da primeira instância remarque a audiência, inicialmente marcada para março de 2011, mas que acabou não sendo realizada. Ontem, o TJBA negou os últimos três recursos que impediam a realização dessa audiência, que definirá qual será a forma de solução do conflito entre ambos.
A Kieppe afirma que vai recorrer diretamente ao STJ para que a corte superior avalie o caso. Segundo o advogado Francisco Bastos, que defende a empresa, a arbitragem não é a única alternativa para resolver o conflito entre as duas famílias. Ele acredita que a cláusula do acordo de acionistas que cita a arbitragem não é compromissória, mas sim alternativa.
O advogado Modesto Carvalhosa, que defende a Graal, afirma que desde o início da disputa o TJ baiano foi unânime no sentido de que ela deve ser solucionada por conciliação ou arbitragem. "Agora o TJ exauriu sua jurisdição, cabe à juíza de primeira instância designar a audiência." Carvalhosa diz ainda que em breve entrará com medidas judiciais para cobrar R$ 20 milhões em dividendos relativos a 2010, devidos pela Odbinv à Graal e ainda não pagos. De outro lado, Francisco Bastos afirma que a primeira parcela referente à opção de compra exercida pela Kieppe, de R$ 800 milhões, já está disponível e que em agosto outros R$ 400 milhões. Em 2013, mais outros R$ 400 milhões serão colocados à disposição da Graal.


Consórcio europeu revê projeto de Belo Monte
Valor 24.01.2012 - O consórcio de fornecedores de turbinas de hidrelétricas formado pelas empresas europeias Alstom, Andritz e Voith também está tendo que renegociar certos aspectos técnicos da turbina que vai ser fornecida para Belo Monte. O consórcio Norte Energia pediu que fossem feitas algumas alterações no projeto das máquinas que podem significar um aumento de custo para os fornecedores. A principal diferença está no diâmetro das engrenagens da turbina. A Eletrobras pediu para que o diâmetro fosse maior, pois entende que geraria instabilidade na turbina com a proposição feita pelas empresas. Isso gera custo de algumas dezenas de milhões a mais em cada turbina. O problema é que o contrato assinado entre as duas empresas não tinha estas especificidades previstas. Basicamente, pelo contrato assinado, os fornecedores garantem performance e depois apresentam a turbina que entendem necessária para garantir a produtividade.  Por enquanto, os fornecedores e o Norte Energia estão apenas negociando a parte técnica sem alterar valores de contrato e tentam chegar a bom termo. Segundo fonte próxima à empresa, entretanto, o consórcio fornecedor terá em princípio uma perda. A usina de Belo Monte terá ainda como fornecedor a empresa argentina Impsa, que desenvolve projeto à parte do consórcio europeu.  O fornecimento de equipamentos para Belo Monte vai custar cerca de R$ 6 bilhões. A concessionária Norte Energia não quis comentar o assunto e informou que apenas detalhes técnicos estão sendo negociados.


Setor de cama e mesa prevê recuperação
Valor 24.01.2012 - Depois de um 2011 difícil para o setor têxtil, a perspectiva é de recuperação entre os fabricantes de itens de cama, mesa e banho em 2012. Um otimismo moderado é compartilhado pelo setor que espera retomar o crescimento nas vendas e nas margens depois de amargar os reflexos da alta dos preços do algodão que prejudicou o desempenho no ano passado.
Para a Lepper, de Joinville, a perspectiva é crescer e faturar R$ 180 milhões em 2012. A empresa atua com produtos populares, com foco em licenciamento de marcas voltadas para o público infanto-juvenil. Segundo Gabriela Loyola, vice-presidente da empresa, o ano de 2011 foi de aprendizado para a empresa. Em 2010, a Lepper havia faturado cerca de R$ 196 milhões e teve um desempenho mais baixo no ano passado.
"Nós tentamos repassar para o mercado o custo do algodão, porque a empresa não teve como segurar. O mercado não reagiu bem", explica Gabriela. De acordo com a vice-presidente, o aumento dos preços acabou se refletindo em uma queda no volume de vendas. "O produto têxtil é considerado como um supérfluo e houve uma mudança do perfil de consumo. O orçamento das famílias está bem mais comprometido com eletrônicos e outros financiamentos", disse. De acordo com Gabriela, os preços das tabelas de produtos já foram reajustados para baixo, acompanhando o movimento do algodão, que também teve queda. A Lepper já voltou a produzir com máxima capacidade em dezembro e retomou o nível de emprego, com cerca de 1 mil funcionários, atenta às vendas da próxima coleção. Para a Teka, de Blumenau, o ano começa mais animado do que em 2011. "Projetamos um crescimento expressivo, acima de 2010, já que 2011 foi atípico", diz Marcello Stewers, vice-presidente.
De janeiro a setembro de 2011, a Teka faturou R$ 189,9 milhões segundo dados informados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No mesmo período do ano anterior, a empresa tinha uma receita de venda de R$ 244,3 milhões. "Vamos conquistar mais margem e lucro, e não somente volume este ano. Todos os produtos que nos davam prejuízo estão sendo revisto", disse Stewers. A alta nos preços do algodão foi o principal responsável, segundo o vice-presidente, para o resultado ruim em 2011. Para 2012, a expectativa é de "otimismo pé no chão".
A Döhler, de Joinville, tem uma perspectiva de cenário mais otimista. A companhia informou ao mercado que projeta um crescimento de 15% em 2012 na comparação com o ano passado.
De janeiro a setembro de 2011, segundo dados informados à CVM, a Döhler obteve uma receita de R$ 224 milhões. No mesmo período do ano anterior, a companhia havia registrado R$ 175,3 milhões em receita. Carlos Döhler, diretor da empresa, avalia que a perspectiva para o mercado têxtil de cama, mesa e banho é crescer em 2012. "O que não podemos é esperar taxas altas de crescimento. O consumo interno continua em ascensão, então é factível que o país todo evolua entre 3 e 4% no ano. Tudo dentro de uma normalidade, sem a euforia que ocorreu em 2010", disse.


Brasil Travel pretende captar até R$ 1,42 bi em IPO
Brasil Econômico 24.01.2012 - Para capital de giro, a Brasil Travel pretende reservar 5%, e para investimento em marketing, outros 2%. A empresa de serviços de turismo Brasil Travel poderá captar até R$ 1,42 bilhão em sua Oferta Pública Inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (24/1). A companhia pretende emitir 170 mil ações em oferta primária (novas ações), além de 466,5 mil ações em oferta secundária (ações nas mãos dos atuais donos), sendo que a oferta poderá ser acrescida de 95,2 mil no lote suplementar, e de 127,2 mil no lote adicional. A companhia espera que o preço fique em uma faixa de R$ 1.250 a R$ 1.650 por ação. Caso sejam colocados todos os papéis, a oferta deve movimentar R$ 1,417 bilhão. O período de reserva para os investidores vai do dia 31 de janeiro a 7 de fevereiro, e as ações devem iniciar a negociação na bolsa de valores a partir de 10 de fevereiro, sob o ticker BTUR3. O Credit Suisse é o coordenador líder da oferta.
A empresa foi oficialmente constituída em maio de 2011, como uma holding que consolida 35 companhias turísticas, junto com o Fundo de Investimentos em Participações Dalty, administrado pelo Banco Modal. De acordo com o prospecto preliminar da oferta, 85% dos recursos obtidos serão usados para a aquisição de empresas do setor de turismo e abertura de lojas. Outros 8% serão usados em implementação de sistemas de integração na empresa. Para capital de giro, a Brasil Travel pretende reservar 5%, e para investimento em marketing, outros 2%.


Seabras dá largada às emissões de 2012
Valor 24.01.2012 - A Seabras, empresa de serviços para exploração marítima de petróleo, deu a largada para as captações com ações de 2012. A companhia pretende levantar até R$ 1,68 bilhão na BM&FBovespa. O sucesso da operação será um termômetro sobre o potencial do ano. A expectativa é que a Brasil Travel, companhia que reúne agências e operadoras de turismo, também inicie hoje sua operação e ajude a compor melhor esse cenário.Embora ninguém se arrisque a fazer previsões de valores, o humor geral indica que o ano deve ser melhor que o segundo semestre de 2011, uma vez que a primeira metade do ano passado concentrou as colocações. Mas ainda há muito ceticismo, especialmente por parte dos investidores. Para aplicar, eles devem continuar pedindo preços atrativos.
A colocação da Seabras, liderada pelo BTG Pactual, é a primeira em ações desde outubro, quando a TIM Participações fez uma operação de R$ 1,71 bilhão. Contudo, já se vão seis meses desde a última abertura de capital, feita pela Abril Educação, numa oferta inicial de R$ 370 milhões.
Desde que o mercado de capitais foi revitalizado, em 2004, o maior intervalo sem uma oferta de ações foi de oito meses e ocorreu após o agravamento da crise financeira global, com a quebra do Lehman Brothers, entre o fim de 2008 e o começo de 2009. Também nessa época, a bolsa paulista ficou um ano sem registrar nenhum estreia. "O mercado de capitais é realidade no país. É natural que existam ofertas. O crescimento da economia passa por isso", resumiu o diretor de um dos mais ativos bancos de investimentos.
O início desta semana é um dos momentos finais para que as companhias possam dar a largada no processo de oferta de ações e ainda utilizar os balanços dos primeiros nove meses de 2011 no prospecto. Na prática, isso significa que, para aproveitar essa janela, a empresa precisaria ter garantido seu lugar na fila ainda no ano passado, encaminhando seu pedido de registro à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A lista de ofertas em análise na autarquia, além da Seabras e da Brasil Travel, só conta com a Isolux, do setor de infraestrutura.
Quem começar esse processo agora, pedindo registro ao regulador, terá de estar com o balanço de 2011 fechado. Por conta disso, a expectativa é que a sequência de ofertas demore um pouco a continuar, com as empresas ainda se preparando. Segundo o Valor apurou, a companhia de turismo CVC, que chegou a entrar com pedido de oferta inicial de ações no ano passado, mas depois desistiu por conta das condições de mercado, retomaria sua oferta agora se estivesse com a operação em análise na CVM.
O bom humor dos banqueiros tem como ingredientes o acúmulo de caixa dos fundos de investimento, que retraíram as apostas em função da falta de visibilidade sobre a economia global, mas que precisam ir em busca de retorno para os cotistas. Além disso, as perspectivas pouco animadoras para a Europa também devem promover uma redistribuição das apostas, direcionando mais recursos para mercados emergentes- ao menos, é o que se espera. "Dinheiro não vai faltar", disse um deles ouvido pelo Valor. Há uma soma de indicadores positivos que dão fôlego para a crença de que 2012 tem potencial para ser um bom ano. O primeiro, e mais óbvio, é o andamento do mercado. O Índice Bovespa acumula valorização de 10% neste início do ano. O fluxo de investimento estrangeiro estava positivo em R$ 3,5 bilhões, até o dia 18.
Além disso, o índice Vix, que mede a volatilidade das opções na bolsa americana e é visto como um termômetro do medo do mercado, caiu abaixo de 20 nos últimos dias, o que não ocorria desde julho de 2011. Segundo um banqueiro de investimentos, leituras abaixo de 30 nesse indicador já são suficientes para viabilizar um lançamento de ações.
Para esse executivo, o mercado queria muito mais ver a poeira baixar do que uma solução definitiva para os problemas na Europa. A dúvida é se a calmaria atual vai resistir por muito tempo.
Para um advogado especialista na área, que tem uma visão menos otimista, a percepção que ele teve quando viu o anúncio da oferta da Seabras é que "ela pode ser aquela andorinha que não será capaz de fazer o verão".
A lista de companhias que pretendiam listar suas ações na BM&FBovespa no ano passado tem nomes como a empresa de agronegócios Los Grobo, a InBrands (do setor de moda, que decidiu no fim do ano passado levantar R$ 250 milhões com debêntures), além de Camil, Copersucar, Cimentos Liz e das empresas da indústria de óleo e gás Petrorecôncavo e Perenco.
Com a paralisação das operações na segunda metade do ano, o acumulado das ofertas de ações em 2011 só foi maior do que o visto nos anos de 2004 e 2005, com um total de R$ 18 bilhões captados, em 11 ofertas iniciais e 11 subsequentes. Excluída a capitalização da Petrobras de R$ 120 bilhões em 2010, o melhor ano para o mercado foi disparado o de 2007, com um total de R$ 70 bilhões movimentados.


Brasil Travel pode movimentar até R$ 1,4 bi em IPO
Valor 24.01.2012 - O ano começou aquecido para ofertas de abertura de capital. Hoje, foi a vez da Brasil Travel, holding que reúne agências e operadoras de turismo, comunicar o mercado sobre os detalhes de sua operação para entrada na Bolsa, conforme antecipou o Valor. A companhia pretende movimentar até R$ 1,41 bilhão, caso sejam emitidos todos os lotes extras previstos, pelo teto do intervalo de preço sugerido por ação. Entre agências, site de viagem e casas de câmbio, a Brasil Travel engloba 35 grupos por todo o país, com volume total de vendas de R$ 3,7 bilhões nos nove primeiros meses de 2011.
A oferta da Brasil Travel será mista. Do total das ações ofertadas, apenas 22,5% corresponde à emissão primária, em que os recursos vão para o caixa da empresa. O restante é destinado à oferta secundária, em que atuais acionistas da companhia – entre eles, o FIP Dalty (fundo do Banco Modal) e sócios-fundadores de 35 das empresas que fazem parte do grupo - se desfazem de parte de sua participação.
A faixa de preço sugerida por ação vai de R$ 1.250 a R$ 1.650. A oferta é destinada a instituições financeiras, companhias seguradoras, entidades de previdência complementar, fundos e investidores qualificados.
Hoje as instituições que participam da oferta deram início ao processo de coleta de intenções de investimento (bookbuilding). O período de reserva de ações vai de 31 de janeiro a 7 de fevereiro, e o preço por ação será fixado no dia seguinte. A estreia dos papéis da Brasil Travel no Novo Mercado da BM&FBovespa está marcada para 10 de fevereiro. Eles serão negociados sob o código BTUR3.
A companhia entrou com pedido de oferta pública de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início de dezembro. A operação da holding de turismo é coordenada pelo Credit Suisse, que atua em parceria com o Barclays e o Santander.Ontem, a empresa de serviços para exploração de petróleo Seabras deu a largada para os IPOs no ano. Isso ocorreu após um intervalo de seis meses desde a última abertura de capital, feita pela Abril Educação, numa oferta inicial de R$ 370 milhões.


Rede de óculos de sol entra no mercado de óticas
Folha 24.01.2012 - A Chilli Beans, rede brasileira de óculos escuros presente na maioria dos grandes shoppings do país, quer concorrer no mercado de óticas a partir deste ano.
O modelo de negócio, de franquias enxutas, que funcionam com pequenos quiosques ou lojas, foi criado pelo empresário Caito Maia, que começou vendendo óculos de sol a preço acessível em 1998.
Novos produtos, como relógios e chapéus, foram introduzidos na mesma estrutura mantida pela rede, que alcançou cerca de 400 unidades no país, além de Portugal, EUA, Colômbia e Angola.
Há cerca de um ano, a marca decidiu vender também óculos de grau. Sem a estrutura necessária, de laboratórios para as lentes, a rede só vendia armações para receituário, de uma linha de produtos que batizou de "Vista".
No primeiro trimestre, a empresa inaugura seu conceito de óticas, com equipamentos de medição e equipe especializada. O projeto começa com duas novas lojas próprias em São Paulo, que seguem o padrão de "self-service", em que o cliente pode manusear o produto.
A empresa, que tem grande produção na China, planeja elevar a parcela brasileira. "Desde o início, tento produzir no país. Mas só recentemente, com volume para negociar, consegui ter parte no Brasil", segundo Maia.



Líder CVC negocia compra de operadoras
Valor 24.01.2012 - Maior operadora de turismo do país, a CVC mantém negociações adiantadas para comprar ou fazer uma fusão com duas empresas. Os negócios poderão ser concluídos até o fim do primeiro semestre. A informação é de  uma pessoa que acompanha as conversas. Oficialmente, a CVC e o seu controlador, o fundo americano de investimentos Carlyle, não comentam o assunto.
De acordo com essa fonte, os dois potenciais candidatos estão numa lista de quatro empresas que já teriam sido sondadas. São elas a Agaxtur, a Marsans Brasil, a STB e a TAM Viagens. Além do Brasil, há negociações da CVC também na Argentina, no Chile e na Colômbia. A Agaxtur nega qualquer negociação e informa que está em processo de expansão, com três novas lojas em 2012. Segundo a STB, a empresa "desconhece qualquer oferta de compra por parte da CVC". A Marsans informa que não há interesse em vender a empresa e acrescenta que não foi procurada pela CVC. A TAM Viagens não retornou até o fechamento desta edição.
"A CVC não precisa de dinheiro. Ela não precisa do IPO [oferta pública inicial de ações] para fazer aquisições. Ela pode fazer uma combinação de caixa com troca de ações, por exemplo", afirma a fonte. Segundo ela, não há prazo para a CVC realizar o IPO e isso só acontecerá quando o mercado mostrar que há condições para a operação. Além disso, essa fonte acrescenta que a CVC "não vai correr" para fazer o IPO por causa da Brasil Travel, holding com 35 empresas de turismo que quer fazer a oferta de ações, ainda em fevereiro, para levantar US$ 600 milhões.
A CVC registrou no dia 8 de agosto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de análise para o IPO. A operadora tem até o fim do primeiro trimestre para confirmar a operação. A intenção da operadora é levantar em torno de R$ 1,5 bilhão, com a venda de 25% do seu capital. O Carlyle comprou 63,6% das ações da CVC do seu fundador, o empresário Guilherme Paulus, por R$ 700 milhões, no início de janeiro de 2010. Segundo a fonte, a ideia do IPO seria os dois acionistas venderem parte de seus papéis. A CVC e o Carlyle também não se pronunciaram porque estão em período de "silêncio", por causa do pedido de IPO.


FGTS investirá em debênture de 18 anos
Valor 24.01.2012 - O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pretende investir R$ 95,5 milhões em uma emissão de debêntures, cujos recursos serão usados para financiar a construção de um sistema de esgoto na cidade de  Campos do Jordão (SP). Os papéis terão vencimento em 18 anos, prazo bem superior à media das captações de títulos de dívida no mercado nacional, que se situa ao redor de cinco anos. Além do prazo, a estrutura da operação dificilmente atrairia investidores privados, que de um modo geral costumam ver o setor de saneamento como arriscado, embora seja um dos que mais necessitem de investimentos.
O valor captado com as debêntures representará 90% do projeto, orçado em R$ 106,1 milhões. Os papéis serão emitidos pela Araucária Saneamento, sociedade de propósito específico (SPE) responsável pelo projeto. As informações sobre a operação foram divulgadas pela agência Moody's, que atribuiu classificação de risco 'B1' na escala global - três abaixo de grau de investimento - e 'Baa1.br' (escala local) para a emissão. A SPE atualmente é controlada pela espanhola OHL, mais conhecida no Brasil pelas concessões rodoviárias, mas logo deve mudar de mãos, já que em novembro a empresa anunciou a venda de sua unidade de saneamento para a coreana GS Engineering & Construction. O projeto também tem como sócios as construtoras paranaenses Cesbe e Elevação.
Após a construção, a estação será alugada por 20 anos para a Sabesp, estatal de saneamento do governo paulista, ao custo mensal de R$ 1,2 milhão, corrigido pela inflação. Ao final do prazo de aluguel, os ativos serão transferidos para a Sabesp, sem custo. As obras de construção da estação começaram em outubro passado e devem ser concluídas dentro de 24 meses. A taxa que o FGTS receberá pelas debêntures não foi revelada, mas as amortizações ocorrerão após carência de 33 meses. Os papéis serão garantidos pela caução de ações da Araucária, pelos direitos aos fluxos de caixa dos pagamentos futuros do aluguel e por um seguro garantia no valor de R$ 10,6 milhões. Embora a estrutura de financiamento de projetos ainda não seja comum no país, a tendência é que se torne mais frequente em virtude da necessidade de recursos para investimentos em infraestrutura, segundo Alexandre de Almeida Leite, vice-presidente e analista sênior da Moody's. "A operação pode abrir um precedente importante e estimular novas emissões", afirma.


Odebrecht capta US$ 300 milhões
Valor 24.01.2012 - Com a melhora do humor dos investidores, as empresas brasileiras tentam aproveitar o momento mais favorável para buscar o quanto antes recursos no exterior. Ontem, a Odebrecht aproveitou a janela para captar US$ 300  milhões, com a reabertura do seu bônus com vencimento em 2023. A taxa ficou em 5,95% ao ano, abaixo da captação anterior, de 6% ao ano.
"Não precisávamos de caixa, mas esse tipo de transação fazia sentido neste momento", disse Jayme Fonseca, diretor de finanças da Odebrecht Engenharia e Construção. A operação foi feita pela subsidiária no exterior, Odebrecht Finance, com garantia da Construtora Norberto Odebrecht, sob liderança dos bancos Goldman Sachs, Credit Suisse e Deutsche Bank.
O momento de fato é favorável e outras quatro companhias estão visitando investidores nesta semana. A Cimento Tupi e o Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) também devem realizar "roadshow" para lançar papéis no exterior. O GVO quer captar US$ 200 milhões, com títulos de 10 anos por meio de sua subsidiária em Luxemburgo, a Virgolino de Oliveira Finance.
As companhias se juntam à subsidiária da JBS nos Estados Unidos, que pretende levantar US$ 400 milhões com bônus de oito anos, e ao Banco Banrisul, que planeja lançar US$ 500 milhões em bônus de dez anos. Outras operações são esperadas para breve, como da P etrobras, que pode emitir em dólares, e da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), controlada pela Cemig. A Taesa pretende captar o equivalente a R$ 1,4 bilhão, com prazo de dez anos. As perspectivas para a captação de recursos no exterior são positivas neste momento, com um maior apetite dos investidores internacionais por riscos em meio à melhora das negociações para uma solução da crise na Europa. Com o bom desempenho dos papéis de companhias de primeira linha, lançados nas duas primeiras semanas do ano, agora é a vez de as empresas de maior risco testarem o apetite dos investidores.  Todas as companhias que estão no mercado são conhecidas do investidor, com lançamentos já realizados no passado, mas têm notas de avaliação de risco piores do que nomes como Petrobras e Vale. Até por isso muitas dessas operações são ainda tentativas de captação e podem não ter boa aceitação por parte dos fundos de investimento, segundo um especialista do setor.


Consolidação em teste
Valor 24.01.2012 - Com planos do investir R$ 200 milhões em aquisições, Bruno Padilha, da Brasil Insurance, quer priorizar a padronização das 38 corretoras espalhadas pelo Brasil. A ideia é que cada unidade comercialize todos os tipos de  seguro. Embora já tenha superado a Lopes em volume de vendas contratadas, a holding de imobiliárias Brasil Brokers ainda vale cerca de 25% menos na bolsa do que a sua concorrente listada. O modelo de negócios  inaugurado pela empresa há cinco anos - baseado em sucessivas aquisições e na participação dos donos das imobiliárias compradas no capital da holding - já passou pela fase aguda de teste, mas permanece entre os investidores a cobrança pela entrega de margens operacionais mais elevadas. O formato dos negócios da companhia visa à captura de ganhos de sinergia e de redução de custos com a integração de uma série de pequenas corretoras sob uma holding criada para abrigá-las. Replicado depois por Brasil Insurance (de empresas de seguros) e Brazil Pharma (do setor de farmácias), o modelo embute riscos, na avaliação de analistas, relacionados ao entendimento de uma base diversificada de acionistas e à entrega dos ganhos prometidos. A Brasil Brokers historicamente opera com rentabilidade menor que a Lopes. A diferença vem caindo, mas ainda é relevante a ponto de afetar a avaliação dos papéis da empresa. Nos 12 meses até setembro, a BR Brokers apresentou margem Ebitda de 38,5%, enquanto a Lopes exibiu 43,2%, deixando a sensação de que a promessa de reduzir despesas e capturar sinergias ainda está pelo meio do caminho. A BR Brokers difere da Lopes, entre outras coisas, na estrutura societária. Enquanto uma traz para sua estrutura de controle os ex-donos das empresas adquiridas - já que parte do pagamento é feito em ações -, a outra tem controle familiar definido. Guilherme Rocha, analista do Credit Suisse, acredita que a grande insegurança em relação ao modelo da Brokers - primeira das consolidadoras a estrear na bolsa brasileira, há cinco anos - ficou no passado. "O formato já se provou, mas sempre haverá discussão", diz. Para a empresa, os laços de comprometimento entre os sócios é uma vantagem do negócio. Para Rocha, o desconto da Brokers em relação à Lopes está ligado, dentre outros fatores, aos contratos de financiamento imobiliário das duas empresas. "Há um percepção de que o acordo da Lopes com o Itaú  [para financiamento das unidades vendidas] é melhor do que o da BR Brokers com o HSBC ", comenta.
A questão da marca também pesa. Álvaro Soares, diretor financeiro da BR Brokers, conta que foi só ano passado que a empresa começou um processo de consolidação da marca, quando todas as 31 empresas da holding passaram a se chamar BR Brokers, com exceção da Abyara, em São Paulo. De 2007 pra cá, a Brasil Brokers fez 15 aquisições. O primeiro ciclo de compras foi interrompido pela crise no fim de 2008 e, nos dois anos seguintes, a empresa passou por uma entressafra que se encerrou a partir da captação de R$ 180 milhões em uma oferta no ano passado. "Dá para comprar umas 15 companhias", diz Soares. A partir de então, a BR Brokers deu largada a uma nova maratona de compras. Desta vez, com um formato diferente. As operações são feitas apenas em dinheiro, com a compra apenas do controle - não 100% - das corretoras. A mudança, segundo Álvaro Soares, está ligada à alteração no foco da companhia para o mercado de imóveis usados. "Não há mais necessidade de manter o ex-dono vinculado diretamente à companhia, pois a maior parte dos clientes no mercado secundário são pessoas físicas", explica. Criada pelo mesmo fundo de investimento que formatou a Brokers, o Gulf, a Brasil Insurance fez sua oferta pública inicial em outubro de 2010. Desde então, as ações da holding de corretoras de seguros subiram mais de 40% enquanto o Ibovespa recuou 11%. Para o Barclays, que começou a cobertura da empresa neste mês, as ações da Brasil Insurance ainda carregam o fardo da baixa liquidez, desconto pela operação recente e modelo de parceiras complexo. No entanto, ressalta o Barclays, os riscos da empresa em 2010 eram bem maiores do que os atuais. A recomendação para as ações é de compra, com preço-alvo de R$ 25 em 12 meses.
Diferentemente da Brokers, a Brasil Insurance não planeja alterar seu modelo de aquisições. Para Bruno Padilha, presidente da companhia, é fundamental que o antigo dono capture a valorização das ações da holding no mercado e que receba dividendo. Duas formas de estimular o desempenho dos corretores que o executivo avalia como fundamentais.
Os antigos donos têm acordo de permanecer como funcionário na holding por um período mínimo entre cinco e sete anos, inclusive com restrição de venda das ações de cinco anos. Há ainda um acordo de não competição pesado que inclui os familiares dos sócios. No médio prazo, essa estrutura oferece alguns riscos, escreveu o Barclays, em relatório recente assinado por Henrique Caldeira. Um deles, no cenário mais pessimista, é a possibilidade de aumento dos gastos com pessoal, que poderia levar a uma "suave" redução da margem Ebitda. Os maiores gastos seriam resultado de uma combinação de fatores: o fim dos períodos de "lock up"  [proibição de venda dos papéis pelos sócios na bolsa] e de acordos de não competição, somado aos desafios de manter os incentivos de performance.
A Brasil Insurance entra em 2012 ainda com um apetite alto para compras. Da oferta inicial de ações para cá, foram gastos cerca R$ 200 milhões e os planos são investir, neste ano, outros R$ 200 milhões em aquisições. Em paralelo, a companhia deve priorizar a padronização das operações. A ideia é que, até o fim do ano, as 38 unidades espalhadas pelo Brasil comercializem todos os produtos da companhia, que vende seguros de vida, saúde, garantia, automóveis, transportes, grandes riscos e bens. O trabalho, segundo Padilha, está ainda 60% cumprido.
Assim como BR Brokers e BR Insurance, a holding de farmácias controlada pelo BTG Pactual Brazil Pharma saiu a mercado, no ano passado, sem ter finalizado a integração das aquisições, todas muito recentes. Hoje, a ação da empresa é negociada a 21 vezes o seu lucro, enquanto a rede Raia Drogasil é avaliada a 25 vezes. Para Guilherme Assis, analista da Raymond James, o desconto embute a menor liquidez da Brazil Pharma, mas também os riscos do modelo de negócio. "Há sempre o risco de não se conseguir fazer as aquisições e também de não integrá-las." Dentre os pontos fortes da BR Pharma, ele destaca alta margem bruta, fruto da forte penetração da empresa em mercados onde há menor competição por preços e do portifólio fortalecido em medicamentos genéricos. Isso, no entanto, ainda não garante uma melhora da margem Ebitda. "Ainda é preciso cortar e diluir as despesas operacionais", afirma o analista. A casa tem recomendação de compra para as ações e preço-alvo de R$ 11. Para 2012, as perspectivas são boas. Uma vez que já possui um plataforma forte nas regiões onde quer se expandir - as redes Mais Econômica, no Sul, Rosário, no Centro-Oeste, Guararapes e Big Ben, no Nordeste -, a companhia mudou seu formato de aquisição. "Com essa base, a compra mais recente, da Estrela Galdino, em Salvador, foi realizada sem que o antigo sócio fosse trazido para dentro da gestão da companhia", explica.


O que espera Graça Foster na Petrobras (e o que se espera dela)
Exame 24.01.2012 - Executiva será indicada por Guido Mantega na próxima reunião do conselho para presidir a estatal e vai ter que lidar com velhos desafios
Candidata recorrente a assumir a presidência da Petrobras, Maria das Graças Foster finalmente terá a oportunidade de conduzir a maior empresa do país. A cadeira deixada por seu antecessor, José Sérgio Gabrielli, porém, não virá estofada apenas de boas notícias. Graça Foster, como é conhecida pelo mercado, assumirá a Petrobras em um momento crucial – o de mostrar que a empresa está à altura de explorar comercialmente o pré-sal.
Segundo especialistas do setor ouvidos por EXAME.com, existe até certo otimismo e a aposta de que um estilo de gestão mais técnico e menos político passe a vigorar a partir de agora na estatal.  Mas não há como negar, no entanto, que a Petrobras enfrenta desafios que serão deixados por José Sérgio Gabrielli e automaticamente herdados por Graça.
Veja, a seguir, como Graça encontrará a Petrobras quando assumir o cargo mais importante da estatal:
Cadeia de fornecedores: O setor petrolífero como um todo tem uma série de gargalos no que diz respeito à cadeia de fornecedores e com a Petrobras o problema não é diferente. De acordo com Lucas Brendler, analista da Geração Futuro, daqui para frente, os desafios serão ainda maiores, uma vez que a estatal deixa a fase exploratória de lado para iniciar a fase de produção.
“A Petrobras já adotou uma série de medidas para lidar com esse problema, como até financiar investimentos que precisem ser feitos pelos fornecedores. A demanda da companhia, a partir de agora, não será apenas por sondas, mas por outros tipos de equipamentos e existe a cobrança também que parte do conteúdo seja local. É um desafio, mas a companhia estará focada e buscando alternativas para enfrentar o problema, uma vez que disso depende a geração de caixa e aumento dos ganhos”, disse Brendler. Investimentos vão priorizar exploração e produção: Em meados do ano passado, a Petrobras anunciou seu plano de investimento para o período de 2011 a 2015 e boa parte dos aportes será na área de exploração e produção, principalmente de novos projetos do pré-sal. Quase 60% dos 389 bilhões de reais que a companhia planeja investir nos próximos quatro anos serão para projetos de exploração e produção.   “A partir de agora a Petrobras vai demandar cada vez mais investimentos em tecnologia para a exploração do pré-sal e este será o foco da companhia. Não vejo mudanças nesse cenário e nenhum outro setor que a estatal deva priorizar no curto e médio prazo”, afirmou um analista da corretora Coinvalores. Gás não é prioridade: Apesar de Graça Foster ser diretora de gás e energia da Petrobras, não existe nenhuma aposta no mercado de que a executiva vá priorizar esse setor dentro da estatal e muito menos que a companhia deixe de importar gás da Bolívia e da Argentina como faz atualmente. “Não existe nenhuma vantagem em priorizar o setor de gás e essa não deve ser a prioridade de Graça como presidente da estatal. Mesmo porque a demanda de gás no Brasil ainda é alta e a com o gás local não é possível atender as necessidades desse mercado”, disse Brendler, analista da Geração Futuro. Apagão de talentos para a indústria do petróleo: O Brasil enfrenta um grande desafio no que diz respeito mão-de-obra qualificada e no setor petrolífero, em especial, o desafio é ainda maior. A Petrobras prevê, até 2015, aumentar em 14.000 o quadro de funcionários da companhia. De acordo com a Coinvalores, o número não deve diminuir e Graça terá buscar alternativas para dar conta da demanda. A maior dificuldade, no entanto, é que boa parte dos profissionais precisa ser selecionados por meio de concursos públicos, já que o nível de qualificação é alto para alguns cargos dentro da estatal.


Ofertas devem levar mais fornecedores da indústria de petróleo à BM&FBovespa
Valor 24.01.2012 - O início da negociação com as ações da Seabras está previsto para 13 de fevereiro na BM&FBovespa. A companhia pertence ao grupo norueguês Seadrill, listado nas bolsas de Oslo e Nova York e que no ano passado teve  receita líquida de US$ 4 bilhões. A companhia iniciou ontem as apresentações aos investidores. O intervalo de preço sugerido para as ações vai de R$ 20 a R$ 26. As intenções de investimento serão recebidas até 8 de  fevereiro. A reserva de papéis para os interessados começa no dia 30. Além do BTG Pactual, Morgan Stanley e Citigroup estão na lista dos coordenadores. A nova versão do prospecto preliminar diz que US$ 350 milhões, ou 58% do ponto médio previsto para a captação, serão utilizados pela companhia para pagar a controladora Seadrill pelos ativos em operação que ficarão com a subsidiária brasileira - juntos eles tiveram receita de R$ 854 milhões de janeiro a setembro do ano passado, segundo balanço não auditado. A Petrobras é atualmente a única cliente do grupo no Brasil. No entanto, a empresa afirma que pretende buscar novos contratos. A chegada da Seabras à BM&FBovespa confirma a expectativa de banqueiros e investidores de que, com o pré-sal, muitas empresas do ramo de óleo e gás devem acessar o mercado brasileiro, especialmente os fornecedores das companhias de exploração como Petrobras, OGX, HRT e outras.
Esse deve ser o setor com as maiores ofertas, dado o grande volume de recursos que movimenta. A crença de que a expansão desse ramo passa por capitalização com ações está no modelo utilizado pelo governo brasileiro, que dará prioridade ao conteúdo nacional. Os banqueiros dizem que companhias com demanda determinada pelo mercado doméstico continuarão tendo um apelo de investimento mais interessante. Daí a aposta nesse ramo, assim como nos segmentos relacionados com infraestrutura e logística.


Fox Sports vai estrear no país pelo canal Speed
Valor 24.01.2012 - A Fox International Channels decidiu usar a frequência do seu canal por assinatura Speed para iniciar as transmissões do Fox Sports Brasil, que estreia em 5 de fevereiro. A companhia enfrenta dificuldades para fechar  acordo com as operadoras de TV por assinatura e lançar o novo canal. "A transmissão será feita pelo canal Speed até a conclusão dos acordos com as operadoras", afirmou Carlos Martinez, presidente da Fox para a América Latina. A expectativa da companhia é fechar acordo com pelo menos uma operadora até 30 de janeiro. A Fox opera com 14 canais por assinatura no Brasil e uma base de 9,5 milhões de assinantes. A meta com o novo canal é dobrar esse número em três anos. "Na América Latina, a Fox Sports é a emissora líder e a meta é atingir esse patamar no Brasil", afirmou Eduardo Zebini, vice-presidente da Fox Sports no país.
Desde novembro, a companhia montou uma equipe de 120 pessoas e instalou a sua sede no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o Fox Sports tem uma equipe de 15 funcionários para produção de conteúdo em parceria com a produtora Casablanca Filmes. "Também negociamos a coprodução de conteúdo com outras produtoras e emissoras de TV", afirmou Gustavo Leme, vice-presidente sênior da Fox para o Brasil. A empresa negou que estaria negociando a compra da Band Sports, pertencente à TV Bandeirantes.


Fundos de pensão não batem suas metas e ampliam o risco
Valor 24.01.2012 - Para Lott, superintendente da Valia, conforto da renda fixa chegou ao fim.O cenário de juro baixo e inflação ainda acima do centro da meta para este ano promete tirar de vez as fundações da comodidade oferecida pelo alto  rendimento dos títulos públicos. Com as políticas de investimentos passadas em revista após um ano em que a maioria não bateu a meta atuarial - rentabilidade mínima necessária para garantir o pagamento futuro dos  benefícios -, os fundos de pensão começam 2012 dispostos a trocar parte dos títulos públicos em carteira por ativos de maior risco. E maior rentabilidade.
Nos últimos dez anos, os fundos de pensão não bateram suas metas atuariais em três ocasiões: 2002, 2008 e 2011. Em 2008, ano da eclosão da crise financeira, a rentabilidade das fundações foi negativa em 1,62%, enquanto o INPC mais 6%, meta atuarial usada pela maioria dos planos fechados de previdência, foi de 12,87%. Antes disso, em 2002, ano da crise argentina e da eleição de Lula no Brasil, a rentabilidade foi de 16,6%, ante meta de 21,62%. Até setembro do ano passado, último dado da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), a rentabilidade era de 4,43%, enquanto o INPC mais 6% era de 9,28% no mesmo período. Naquele mês, a Abrapp já admitia que as fundações não conseguiriam atingir suas metas no ano.
"O conforto da renda fixa acabou", decreta Eustáquio Lott, diretor superintendente da Valia, fundo de pensão dos funcionários da Vale. Lá, a meta é reduzir o percentual de títulos públicos de sua carteira de R$ 14,6 bilhões dos atuais 62% para 57%, num horizonte de cinco anos.
No lugar, entram aplicações em imóveis e investimentos estruturados, como Fundos de Investimento em Participações (FIPs). Segundo Lott, os FIPs representam 2,5% da carteira da fundação e devem mais que dobrar nos próximos cinco anos, para até 6%. O foco é em projetos de infraestrutura e em fundos que visem ganho por meio da implementação de governança corporativa em companhias fechadas. Em imóveis, a Valia pretende sair de 5,9% para até 8%. Segundo os últimos dados da Abrapp, de junho de 2011, os recursos das fundações estavam distribuídos da seguinte forma: 60,9% em renda fixa, 30,4% em renda variável, 3,1% em imóveis, 2,6% em empréstimos para participantes, 2,6% em investimentos estruturados, 0,1% em investimentos no exterior e 0,2% em "outros". Até junho, o setor acumulava R$ 565 bilhões em ativos.  Com a queda de 18,1% do Ibovespa no ano passado, as fundações estão focando na aquisição de participações mais relevantes em empresas de capital aberto. É o caso da Petros, dos funcionários da Petrobras, que está atenta às "pechinchas. A fundação busca replicar a compra de participação dos cerca de 12% que fez via bolsa na Itaúsa, holding de participações não-financeiras do grupo Itaú, no apagar das luzes de 2010.
Segundo Carlos Santos, diretor de investimentos da fundação, com a cena internacional mais acomodada e a força do consumo no Brasil, a perspectiva é de valorização dos ativos. Mesmo assim, não há pressa para encontrar o que a Petros procura. "Ainda tem um 'gap' entre os fundamentos e a leitura que o mercado faz dos ativos. Por mais um ou dois anos vamos ver boas oportunidades na bolsa." Com 35% de seu patrimônio de R$ 54 bilhões em renda variável, a fundação também vai atuar no ajuste mais fino de sua carteira de giro, de aproximadamente R$ 4,5 bilhões. Ainda que se procure manter a diversificação, a ideia é ter pelo menos 1,5% de cada papel. "Ou faço exposição maior, ou saio do papel", diz Santos. No Real Grandeza, fundo de pensão dos funcionários de Furnas, há espaço para crescer em bolsa, dos atuais 17,1% para até 20% do patrimônio de R$ 9,2 bilhões, no seu principal plano. O salto, porém, será dado em investimentos estruturados, que ainda este ano devem sair de 1,2% para pelo menos 6%. Com sorte, a Real Grandeza irá a 7%, mas para isso precisa encontrar projetos que atendam os seus critérios, segundo o diretor de investimentos do fundo, Eduardo Garcia.  A fundação reserva um cacife de R$ 640 milhões para fundos de participações (FIPs). Em 2011, só conseguiu encontrar dois fundos para investir, um de óleo e gás e outro de logística de portos. Enquanto não encontra projetos, os recursos são aplicados em operações compromissadas.
Na Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, que tem patrimônio de R$ 150 bilhões, a bolsa não mete medo. De acordo com a política de seu principal fundo, o limite máximo de aplicação em renda variável é de 63% do patrimônio. Hoje, essa fatia já gira ao redor de 60%, e, segundo o diretor de planejamento, Vitor Paulo Camargo Gonçalves, a queda da bolsa não feriu muito a performance, pois a carteira não é atrelada ao Ibovespa. Ainda assim, para 2012 a fundação tem perspectiva positiva para o índice.
Além de apostar em ações a longo prazo, a Previ quer apimentar sua rentabilidade com investimentos imobiliários. A carteira pode se ampliar de aproximadamente 4% para 6% do total, mas a partir de agora a Previ quer também diversificá-la. "Vamos atrás de fundos de investimento para buscar descentralização no país. [Nossa carteira] está muito concentrada em Rio e São Paulo", diz Camargo Gonçalves. A Fundação Cesp, dos funcionários da companhia de energia elétrica, conseguiram bater sua meta de 2011, de IGP-DI mais 6% (equivalente a 11,3%) justamente por seus ganhos com títulos de dívida emitidos por empresas e bancos (crédito privado), participações societárias relevantes e imóveis. "Pelos cálculos preliminares, devemos fechar 2011 com rentabilidade de 13,2%", diz Jorge Simino, diretor de investimentos do fundo.
Para este ano, o plano é continuar a investir em crédito privado e mudar um pouco a alocação em renda variável, aumentando a aposta em carteiras de dividendos. A política de investimentos da fundação prevê alocação de até 28% dos ativos em renda variável. Hoje, a participação é de 22,4%. "Em crédito privado o desafio é buscar taxa mantendo a qualidade de crédito", diz Simino.  Simino espera um ano positivo para renda variável. "Os múltiplos das ações não estão esticados e as expectativas sobre o lucro das empresas estão mais realistas", avalia o diretor. Ele lembra que em 2011 os analistas começaram o ano muito otimistas e, ao longo dos meses, foram diminuindo as previsões para o lucro das empresas. "Este ano o mercado está mais pessimista e as revisões devem ser para cima."
No caso da Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), a ampliação da alocação em renda variável será pequena, em torno de 2 pontos percentuais, e, ainda sim, apenas para os planos mais novos, que concentram participantes mais jovens e vão receber benefícios num prazo mais longo. Para se preparar para a queda da Selic, desde 2004 a fundação tem mudado o perfil da carteira de títulos públicos. "Naquele ano nossa carteira era 50% atrelada à Selic. Hoje são 8%", conta Demósthenes Marques, diretor de investimentos.


Governo quer usar Minha Casa, Minha Vida e PAC para puxar PIB
Brasil Econômico 24.01.2012 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que em 2011 saíram dos cofres públicos R$ 37 bilhões destinados ao MCMV. O governo quer usar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida para impulsionar a taxa de investimento do país para 24% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014.  Segundo fontes do Palácio do Planalto, por esse mesmo motivo os dois programas não devem sofrer com os cortes orçamentários que estão em análise a serem anunciados até fevereiro. Os dois cumprirão uma função primordial neste ano, já que a equipe econômica busca crescimento de 4,5%. Mas os outros investimentos públicos não escaparão da tesoura. Sem isso, não será possível cumprir a meta fiscal para o ano.  Em reunião com outros membros da equipe econômica e a presidente Dilma Rousseff, ocorrida no sábado passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que em 2011 saíram dos cofres públicos R$ 37 bilhões destinados ao MCMV, incluindo os restos a pagar. Neste ano, o ministro prevê desembolsos da ordem de R$ 41,3 bilhões. Se todo o planejado for executado, Mantega estima que, entre 2009 e 2014, os recursos públicos ao programa somarão R$ 180 bilhões. Nesse sentido, os representantes dos bancos públicos - Caixa, Banco do Brasil e BNDES, que também participaram do encontro no final de semana - foram cobrados a ter uma postura mais enfática na concessão dos empréstimos. Mantega apresentou ao grupo sua estimativa de que a taxa de investimento deve ter fechado 2011 em 19,5% do PIB.
Ontem, na primeira reunião ministerial do ano e a segunda do governo Dilma, Mantega afirmou que o Brasil deve ser um dos poucos países a crescer em 2012 mais do que no ano anterior.
Para isso, tem como base os investimentos desses programas, a confiança de que o mercado doméstico responderá positivamente às ações de incentivo de 2011, e uma pequena melhora das condições internacionais. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, segundo fontes do Palácio, vê um cenário internacional um pouco melhor: disse que a aversão ao risco diminuiu agora no começo do ano, há um ambiente menos inflacionário e os EUA devem apresentar recuperação moderada, na casa dos 2%. Os gastos, sejam em investimentos ou custeio, virão acompanhados de medidas mais rígidas para evitar desvios de dinheiro público.
A presidente Dilma Rousseff determinou um prazo de seis meses para que cada ministério monte um modelo próprio de acompanhamento online - e se possível em tempo real - de todos os programas tocados. A idéia é que os ministérios possam ser cobrados de forma mais ágil por conta de qualquer problema no andamento dessas ações. A fiscalização ficará sob a responsabilidade da Casa Civil.


Iberdrola oferece cerca de R$ 6 bi para ampliar fatia na Neoenergia
Valor 24.01.2012 - A Iberdrola ofereceu cerca de R$ 6 bilhões (US$ 3,42 bilhões) para elevar sua participação na companhia brasileira de energia Neoenergia, de 39% para 75%, disse uma fonte que tem conhecimento do assunto. A companhia elétrica espanhola, sediada em Bilbao, espera que a oferta contribua para concluir as negociações com o Banco do Brasil e a Previ, vendedores das ações da Neoenergia, disse a fonte, que pediu para não ser identificada em razão da confidencialidade das negociações. As tratativas tiveram início há mais de um ano. A presidente brasileira, Dilma Rousseff, está analisando a proposta da Iberdrola e deve aprová-la para que as negociações sigam adiante, disse a fonte. A Iberdrola anunciou mais de US$ 14 bilhões em aquisições nos últimos cinco anos, a maior parte por ativos na América do Norte e América do Sul, uma vez que tem como meta expandir suas operações em países de crescimento acelerado e trazer seu conhecimento em energia eólica para as Américas A companhia, maior investidora mundial em parques eólicos, já é maior do que qualquer companhia americana de energia no ranking por faturamento.
A Neoenergia, uma companhia baseada no Rio de Janeiro que distribui energia nos Estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, tinha cerca de R$ 3,7 bilhões em caixa em 30 de setembro, de acordo com o último balanço divulgado.
A Iberdrola declinou de comentar o assunto ontem e executivos não estavam imediatamente disponíveis para falar sobre o tema hoje. O Banco do Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, naõ quis comentar o tema, assim como a Presidência da República.
O Banco do Brasil, instituição financeira estatal, deve vender a fatia de 11,99% que detém na Neoenergia, enquanto o fundo de pensão Previ deve reduzir sua participação de 49,01% para 25%, disse a fonte. Sob os termos da proposta mais recente em discussão, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá comprar uma fatia de 15% a 20% na Neoenergia, em etapas graduais, diluindo os demais acionistas no processo, informou a fonte. Uma proposta anterior tinha o BNDES comprando imediatamente uma participação de 15% na Neoenergia.
O BNDES não quis comentar o assunto, por meio de sua assessoria de imprensa.
A Previ tem de reduzir sua participação na Neoenergia na esteira de regras locais que não permitem que um fundo de pensão detenha mais de 25% do capital de uma única companhia. Já o governo pretende manter uma certa fatia na Neoenergia por considerar a indústria estratégica, disse a fonte.


Codelco investirá US$ 127 mi em exploração até 2013
Estadão 23.01.2012 - A Codelco, gigante estatal do setor de cobre do Chile, planeja investir US$ 127 milhões no setor de exploração neste ano e no próximo, informou uma autoridade da companhia por meio de boletim interno disponível no site da companhia. O orçamento para exploração é mais do que o dobro do investido para esse fim em 2010 e 2011, no momento em que a Codelco busca elevar sua produção de cobre. Com várias das minas da Codelco com mais de um século e com a queda da porcentagem de cobre no total do material retirado para exploração, a mineradora está sempre em busca de novos depósitos. Do total para 2012 e 2013, 66% serão usados para projetos no Chile, segundo a publicação Codelco Informa. Após anos enfocando projetos domésticos, a mineradora estatal começou a explorar joint ventures no Brasil e no Equador. Na publicação, o vice-presidente de Desenvolvimento da empresa, Isaac Aranguiz, afirmou que os altos preços internacionais do cobre contribuíram para o aumento no orçamento. Em 2011, o cobre foi comercializado em média por US$ 4 a libra-peso, segundo a Comissão Chilena de Cobre (Cochilco). Recentemente, o metal usado na indústria tem batido nos patamares mais altos em quatro meses, em meio à expectativa de que o apetite da China pelo metal seguirá robusto este ano. A companhia, conhecida formalmente como Corporación Nacional del Cobre de Chile, atualmente produz perto de 1,7 milhão de toneladas de cobre ao ano. A Codelco busca expandir sua produção para algo em torno de 2,1 milhões de toneladas anuais no fim desta década.


Colombiana Isa avalia investimento em rodovias no Brasil
Estadão 23.01.2012 - A colombiana Isa, controladora da Companhia Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (Cteep), observa com atenção oportunidades de investimentos em rodovias. Questionado se a companhia avalia aquisições para além dos ativos de transmissão, o presidente da empresa, Luiz Fernando Alarcón, disse "gostar" do setor. "Já fizemos uma aquisição importante no Chile e olhamos algumas coisas (no Brasil), mas até agora não encontramos uma oportunidade precisa, que se ajuste à capacidade da empresa", disse. Em conversa com jornalistas após a inauguração da subestação Piratininga II, os executivos da Cteep disseram também que planejam fazer aquisição de ativos de transmissão hoje em operação, embora Alarcón tenha dito que no momento não estuda nenhuma oportunidade específica. Além disso, a companhia está de olho nos leilões de transmissão. Um dos principais focos de interesse é a linha que ligará a usina Teles Pires ao sistema, mas o presidente da Cteep, Cesar Ramirez, afirmou que ainda aguarda o edital para esse leilão.


OGX Maranhão recebe licença para projeto na bacia do Parnaíba
JCRJ 23.01.2012 - A OGX Maranhão, sociedade formada entre a OGX e a MPX, recebeu da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA) a Licença de Instalação para o empreendimento de produção e escoamento de gás natural nos campos Gavião Real e Gavião Azul, na Bacia do Parnaíba. O documento faz parte do processo de licenciamento ambiental do empreendimento, que irá produzir e tratar gás natural a ser destinado ao Complexo Termelétrico Parnaíba, em construção na região. Atualmente, a capacidade total contratada do Complexo já alcança 1,5 GW e ressalta as sinergias entre OGX e MPX. Nas próximas semanas deverão ser iniciados os trabalhos de construção da Unidade de Tratamento de Gás (UTG), que estará localizada nas proximidades da UTE Parnaíba, no município de Santo Antônio dos Lopes. Nesta UTG será realizado o tratamento para remover os líquidos existentes no gás produzido, filtrar e aquecer o gás e colocá-lo nas especificações exigidas. O investimento total no empreendimento (instalações) será de aproximadamente US$ 110 milhões. A produção do gás deverá ter início no segundo semestre de 2012 e poderá atingir até 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Este volume significa dobrar a produção atual de gás natural em terra no Brasil.


Anatel debate amanhã novas regras para TV por Assinatura
Agência Brasil 2301.2012 - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) debate amanhã (24), em Brasília (DF), a proposta de regulamentação da Lei nº 12.485/2011, que estabelece as novas regras para o serviço de televisão por assinatura em todo o país. A audiência faz parte do processo de consulta pública iniciado em meados de dezembro, quando a agência começou a receber sugestões da sociedade sobre a proposta de regulamentação do Serviço de Acesso Condicionado (Seac), que irá suceder os atuais serviços de TV por Assinatura (TV a Cabo), de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal (MMDS), de Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura Via Satélite (DTH) e do Serviço Especial de TV por Assinatura (TVA).
O objetivo da consulta é reduzir eventuais barreiras ao surgimento de prestadores do serviço, favorecendo a competição. A íntegra da proposta prévia apresentada pela Anatel está disponível na biblioteca virtual da agência. A Anatel tem até o dia 9 de março para aprovar o regulamento. Sancionada em setembro de 2011, a Lei nº 12.485 permite a entrada de operadoras de telefonia no mercado de TV por assinatura e acaba com limites de participação de capital estrangeiro no serviço. Também define cotas para veiculação de produção independente nacional e cotas de três horas horas e meia de programação nacional por semana.
Pela nova legislação, a regulamentação do Serviço de Acesso Condicionado vai substituir os atuais regulamentos do setor, estabelecendo regras mais abrangentes, independentemente da tecnologia de transporte dos sinais de TV. Atualmente, as regras são diferentes para os serviços de TV por assinatura por causa das diversas tecnologias usada para fazer a programação chegar ao assinante (via cabo, satélite ou micro-ondas).
A audiência pública acontece das 8h30 às 13h, no Espaço Cultural Renato Guerreiro, localizado no Setor de Autarquias Sul, Quadra 6, Bloco C, em Brasília. As contribuições e sugestões pela internet devem ser enviadas até 2 de fevereiro por meio do formulário do Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública, disponível no site da Anatel. Também é possível contribuir por fax (61-2312.2002) ou correspondência, mas, nesses casos, o prazo termina no dia 31.


Fox Sports busca parceiros para operação no Brasil Brasil Econômico 23.01.2012 - Carlos Martínez, presidente da Fox International Channels, informou que o canal está procurando oportunidades.  Com lançamento marcado para 5 de fevereiro, os executivos da Fox Sports Brasil ainda não informam quais operadoras distribuirão o canal. Com operação 100% nacional, Carlos Martínez, presidente da Fox International Channels, informou que o canal está procurando oportunidades, mas não confirmou a compra do BandSports."Estamos fechando parcerias com alguns canais para comprar conteúdo e realizar sinergias", disse o executivo.
Sem divulgar qualquer valor de investimento feito no canal, a meta dos executivos do Grupo Fox é duplicar a participação nos próximos três anos.
Entre os canais distribuídos pela empresa estão o Fox, FX, National Geographic Channel e Speed. Eduardo Zebini, vice-presidente da Fox Sports Brasil, diz que o canal "está interessado em todos os grandes eventos esportivos e irá transmitir o Brasil Open de Tênis."
Segundo ele, caso seja feita a troca do Speed (canal com programas sobre carros e corridas) pelo canal Fox Sports nas operadoras, o conteúdo mais relevante do Speed estará inserido no novo canal.


O avanço da Starbucks
Estadão 23.01.2012 - Rede americana dobra operação e chega a 64 lojas no Brasil, mas enfrenta desafio de concorrer com as milhares de padarias do País. O ano de 2011 foi de reflexão para a subsidiária brasileira da Starbucks. E não só por causa da crise financeira global - a rede também precisava reorganizar a própria casa. Depois de assumir o comando da operação brasileira em agosto de 2010 - ao comprar os 51% detidos pela família Rodenbeck na Cafés Sereia, que controlava o negócio no País -, a corporação empreendeu uma expansão discreta, com a abertura de oito novas lojas em 2011, para um total de 32 cafeterias. Para este ano, no entanto, as metas da gigante americana para o País são bem mais ambiciosas: a ordem é dobrar a operação local, que chegará a 64 unidades até o fim de 2012. A decisão de dar o necessário empurrão à filial brasileira - que ainda é semelhante à argentina em número de lojas - veio por duas razões: o apetite do CEO mundial Howard Schultz em abrir novas frentes de crescimento e a falta de uma concorrência forte no mercado de cafeterias no País. "Houve um período de reorganização interna para garantir o crescimento de maneira rápida e sólida", afirma o diretor-geral da Starbucks Brasil, Ricardo Carvalheira.
A oportunidade para o grupo americano foi criada principalmente pela dificuldade das cafeterias nacionais de financiar a própria expansão, na avaliação de Alexandre Adoglio, fundador da rede Cafeera, que chegou a ter quatro lojas e foi comprada pela Ipanema Coffees - a empresa, sob a gestão da Gávea, foi obrigada a encerrar a atividade de varejo ao virar fornecedora da Starbucks no mercado nacional, em 2006. "A expansão no mercado nacional depende de fôlego para investir, que é justamente o que a Starbucks tem", diz Adoglio, que saiu do setor e hoje comanda uma empresa de negócios pontocom, a Tigital. A capacidade financeira para crescer rapidamente é um dos trunfos da Starbucks, grupo que faturou US$ 11,7 bilhões no ano fiscal de 2011 e tem US$ 2 bilhões disponíveis em caixa para investir no curto prazo - dinheiro suficiente para abrir mais de mil novas lojas no mundo.
São cifras com as quais as redes de cafeteria nacionais não podem concorrer. Dentro do nicho específico da Starbucks - lojas amplas, em que o cliente pode tomar um café enquanto lê uma revista ou navega na internet sem fio -, a maior parte da concorrência local é formada por operações de pequeno porte, como a Suplicy e a Santo Grão. "Não há nenhuma grande rede de cafeteria no Brasil. E a Starbucks tem uma marca boa o suficiente para ocupar esse espaço", diz o consultor Marcelo Cherto, especializado em franquias. A única empresa do ramo com número relevante de lojas é o Fran’s Café. São 130 unidades, no modelo de franquia, com faturamento anual de aproximadamente R$ 100 milhões. "Acho que o Fran’s Café perdeu uma oportunidade de dominar o mercado. As lojas envelheceram e ficaram mal cuidadas", diz um consultor ouvido pelo Estado que prefere não ser identificado.
O fundador da rede, Francisco Conte, admite dificuldades administrativas nos últimos anos. Ele e seus dois sócios repassaram 20% do negócio e a administração da empresa para uma consultoria. Depois de acompanhar a deterioração dos resultados, decidiram recomprar a participação cedida. Foi nesse intervalo que a expansão ficou comprometida. Conte espera recuperar parte do tempo perdido com a abertura de pelo menos 30 lojas ainda este ano. "Já tenho 15 unidades em obras", adianta. Conte enfrenta dificuldades, porém, para a reforma das lojas, cuja renovação depende da boa vontade dos franqueados. "O investimento fica próximo de R$ 100 mil."
Consumo: A Starbucks também tem a seu favor as estatísticas relativas ao forte aumento do consumo de café fora de casa. A categoria, que inclui o cafezinho tomado em escritórios, restaurantes, padarias, cafeterias e redes de food service, cresce pelo menos três vezes acima da média do mercado e ajuda a aumentar o consumo per capita no País, que está em 79 litros de café por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O patamar está próximo ao de países de clima frio como Estados Unidos, Alemanha e França. Em números absolutos, o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas do mercado americano. Além disso, o nível de informação do brasileiro sobre a bebida aumentou muito nas últimas décadas, na visão do consultor Marcelo Cherto. Durante décadas, até o governo Collor, o café foi incluído na cesta básica e teve o preço tabelado. Isso contribuiu para que somente o produto de pior qualidade permanecesse no País, enquanto os grãos superiores eram exportados. "É por isso que no Brasil as pessoas são acostumadas a tomar café com açúcar. Era para tirar o gosto amargo de um produto ruim", explica Cherto. "Nós só aprendemos o que é café de verdade nos últimos 20 anos." Coxinha e empada: Para viabilizar a maior expansão desde que chegou ao País, a Starbucks preocupou-se em se adaptar à realidade brasileira. A operação já nasceu vendendo pão de queijo, incluiu variedades de brigadeiro ao cardápio e agora começa a vender coxinhas de frango e empadinhas. "Nossos clientes podem encontrar sua bebida nos 53 países onde temos lojas. Mas também identificamos algumas bebidas e comidinhas que fazem parte da cultura local e que enriquecem a experiência em nossas lojas", explica Carvalheira, da Starbucks Brasil. Outra medida da companhia foi priorizar as lojas em shopping centers. Das 32 cafeterias da Starbucks no País, 23 estão nesses centros comerciais. Os shoppings Eldorado e Morumbi, em São Paulo, somam quatro unidades da rede, que não sofrem "canibalização", segundo Carvalheira. A empresa também está buscando abrir outros nichos, como os centros empresariais e os câmpus universitários. "A Starbucks é uma marca que possui fãs como clientes. Pudemos notar que o jovem é um cliente fiel, o que nos levou a investir em uma loja na Anhembi-Morumbi", afirma o executivo, que trabalhava com a família Rodenbeck e sobreviveu à mudança de comando da companhia. Carvalheira afirma que a ideia da Starbucks é ter lojas em todo o Brasil, mas o Estado apurou que, ao menos por enquanto, a rede vai concentrar a expansão no Rio de Janeiro e em São Paulo, territórios já testados, com posterior avanço para a Região Sul. De acordo com Alexandre Adoglio, a estratégia é acertada, uma vez que um dos desafios do crescimento no País são as diferenças regionais. "É um mundo diferente da Europa e dos Estados Unidos, onde essa padronização é muito mais fácil", diz o ex-dono da Cafeera. Apesar de representar um salto de 100% em número de cafeterias, a subsidiária brasileira ainda será insignificante quando se considera o porte da Starbucks, que tem quase 11 mil lojas apenas nos Estados Unidos. No universo da rede, o Brasil assumirá até o fim do ano uma distante segunda colocação na América Latina, atrás do México (veja quadro ao lado). O valor aplicado no País, considerado o custo médio de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão por loja, ficará ao redor de R$ 30 milhões, valor irrisório diante do investimento total do grupo.
Desafios: Para atingir uma hegemonia semelhante à que goza no exterior, no entanto, a Starbucks terá de mirar "inimigos" bem mais poderosos do que as redes de cafeteria locais. Isso porque, ao contrário do que ocorre na América do Norte e na Europa, onde a disputa se dá com redes similares, como a canadense Second Cup ou a britânica Costa, no Brasil o "corpo a corpo" é bem mais complexo.
A Casa do Pão de Queijo, com mais de mil pontos de venda no País, é a maior vendedora individual de cafezinho no mercado nacional. Redes como Rei do Mate e as chocolaterias Kopenhagen e Cacau Show também disputam o consumidor da Starbucks. Mas, segundo Nathan Herszkowicz, diretor executivo da associação da indústria de café, o maior empecilho para o avanço da gigante americana em território brasileiro são as 52 mil padarias espalhadas pelo País, pontos de venda de cafezinho sedimentados no imaginário do brasileiro. "As padarias são a nossa versão da Starbucks", afirma Herszkowicz.


Seabras pretende captar até R$ 1,7 bilhão com IPO
Brasil Econômico 23.01.2012 - Atualmente, a companhia afreta as sondas e oferece serviços de perfuração para a Petrobras.  A Seabras, empresa de serviços para exploração marítima de petróleo, pretende captar até R$ 1,7 bilhão com oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).  Segundo aviso ao mercado divulgado nesta segunda-feira (23/1), a companhia fará a emissão de 48 milhões de ações, sendo que a oferta poderá ser acrescida de 16,8 milhões de ações considerando as ofertas suplementar e adicional.
A companhia calcula que o preço da ação ficará entre R$ 20,00 e R$ 26,00 o que, considerando o topo das estimativas, poderá levar a operação a movimentar R$ 1,685 bilhão.
A Seabras foi constituída em julho de 2011, controlada pela Seadrill, grupo de serviços de petróleo sediado na Noruega com faturamento anual de cerca de US$ 4 bilhões.
A empresa deverá operar três plataformas de perfuração marítima, hoje controladas pela Seadrill: a West Taurus, West Eminence e West Orion, além de operações de prestação de serviços.
Essas operações geraram receita de R$ 942,7 milhões em 2010, segundo dados não auditados do prospecto preliminar da oferta.
Atualmente, a companhia afreta as sondas e oferece serviços de perfuração para a Petrobras. O período de reserva tem início no dia 30 de janeiro, e vai até o dia 8 de fevereiro. As ações devem começar a ser negociadas na BM&FBovespa no dia 13 de fevereiro, no Novo Mercado, segmento de listagem que supõe práticas mais avançadas de governança corporativa. Se concluída a operação, as ações serão negociadas com o código SEAB3. Após a abertura de capital, a Seadrill espera deter entre 70% e 75% das ações da Seabras, sendo que o restante ficará nas mãos dos investidores.
A oferta será coordenada pelo banco BTG Pactual.


IPO da Seabras pode movimentar R$1,7 bi
Estadão 23.01.2012 - A companhia fluminense Seabras Serviços de Petróleo divulgou nesta segunda-feira os termos da primeira venda de ações no mercado brasileiro em 2012, em uma oferta pública inicial que pode movimentar cerca de 1,7 bilhão de reais.  A Seabras é unidade brasileira da norueguesa Seadrill, maior companhia global de perfuração marítima em valor de mercado.
A empresa vai vender um lote inicial de 48 milhões de ações ordinárias no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa, com faixa de preço entre 20 e 26 reais por papel. A operação prevê ainda lotes suplementar, de 7,2 milhões de ações, e adicional, de 9,6 milhões de papeis.
Com isso, considerando o topo da faixa de preço e a venda de todos os lotes, a operação poderá movimentar 1,68 bilhão de reais.  Em dezembro, a Seadrill já havia afirmando que considerava o Brasil como uma importante área de crescimento e que tinha como objetivo se capitalizar utilizando alguns dos seus mais antigos e lucrativos contratos no setor . O banco BTG Pactual é o coordenador líder do processo. Participam ainda Morgan Stanley, HSBC, Citi e BB Investimentos.
O período de reserva vai de 30 de janeiro a 8 de fevereiro. A fixação do preço por ação será em 9 de fevereiro e a estreia dos negócios com o papel na BM&FBovespa ocorre em 13 de fevereiro.


Brookfield é tirada da gestão do Higienópolis
Valor 23.01.2012 - A Brookfield Brasil Shopping Centers Administradora foi destituída da gestão do Shopping Pátio Higienópolis no dia 12 de dezembro, decisão tomada em assembleia dos controladores do empreendimento. O caso foi parar no Tribunal de Justiça de São Paulo, depois que a Brookfield Brasil entrou, em 19 de dezembro, com ação cautelar na 26ª Vara Cível, do Fórum João Mendes, para suspender os efeitos da decisão.  Em 2 de dezembro, os seis controladores do empreendimento solicitaram a reunião geral e informaram, no edital de convocação, que seria discutido o contrato com a Brookfield Administradora.
Segundo cláusula da convenção do Higienópolis, a mudança só seria possível se, pelo menos, 80% dos acionistas fosse favorável. A questão é que as empresas Brookfield Brasil Shopping Center e a Brookfield Brasil Higienópolis controlam 30% do shopping. Os outros cotistas, juntos, não conseguiriam quórum para a mudança sem apoio das duas companhias.
As duas acionistas pertencem ao grupo Brookfield, assim como a empresa de administração. As companhias têm operações independentes. Essa questão é pano de fundo da insatisfação dos donos. Os controladores têm críticas à gestão e dizem que há um conflito de interesse que impedia a rescisão do contrato.
"A convenção não permitia a mudança, mas eles votaram mesmo assim, dizendo que havia conflito de interesses, e impedindo os sócios da Brookfield de votar. É algo inaceitável", diz o advogado da Brookfield, Gustavo Fernandes de Andrade, do escritório de Sergio Bermudes. "É claro que há conflito de interesses, tanto que eles já perderam em primeira instância, na ação para suspender o efeito da assembleia ", diz o advogado Ricardo Tepedino, da Tepedino, Migliore e Berezowski Advogados, que representa os cotistas do Higienópolis.
No processo que corre na 26ª Vara Cível, foi negada à Brookfield a liminar com efeito suspensivo da decisão da assembleia. Para a Justiça há "aparente regularidade na assembleia geral" e "o conjunto probatório nos autos sugere a existência de conflito". A Brookfield entrou com agravo de instrumento no TJSP, com outro pedido de liminar, que foi novamente negado. O agravo ainda não foi julgado.
Os controladores, em sua maioria, estavam descontentes com a taxa de administração. Paga mensalmente pelos proprietários, a taxa equivale a 5% da receita líquida do Higienópolis, apurou o Valor. No mercado, esse índice varia de 4% a 5,5%. Para os donos, a taxa é "bem generosa", informam em material encaminhado à Justiça.
Eles falam em "erros e desmandos" da empresa e da "má qualidade do serviço prestado a peso de ouro" - algo negado pela companhia.
"O Higienópolis é um dos melhores shoppings de São Paulo e altamente rentável. É um completo absurdo", diz Andrade. Nesse grupo de proprietários do empreendimento estão Fundação Conrado Wessel, Fundo de Investimento Imobiliário Pátio Shopping Higienópolis (da Rio Bravo), Braz Participações, Niko Administradora de Bens, Agropart Agropecuária e Participações e Artwalk Administradora de Bens.
A Braz, do empresário português Delfim Jesus Braz, está entre os maiores acionistas com 25% das ações. Só perde para a Brookfield Brasil Shopping Center e para a Brookfield Brasil Higienópolis, com 30% do negócio. Inclusive, Delfim Jesus Braz, da Braz Participações, é citado na ação cível.
O empresário tornou-se, em 1º de novembro (40 dias antes da assembleia), o novo síndico do Higienópolis. Braz é dono dos motéis Voyage e Astúrias, na capital paulista. A Brookfield diz que o shopping hoje está sendo administrado por ele. "Isso sim é conflito de interesses, já que ele é um cotista", diz o advogado da empresa. Procurado, Braz não foi localizado e o advogado dos condôminos informou que ele preferiu não se manifestar.
Não é a primeira movimentação recente envolvendo a Brookfield Administradora. A empresa já deixou no final do ano passado a gestão do Shopping West Plaza e terceirizou o serviço. Naquele período, já existiam informações que um dos fundos imobiliários do shopping pressionava pela saída da companhia. A empresa nega.


Grupo Cruzeiro do Sul recebe aporte e compra Unicid
Valor 23.01.2012 - Após um ano de negociações, o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional vendeu 37% do seu capital para a gestora inglesa de fundos de private equity Actis por R$ 180 milhões. Uma parte desse aporte foi usado pelo Cruzeiro do Sul para aquisição de 100% da Unicid, faculdade paulistana com 14 mil alunos. O restante será revertido para a compra de outras faculdades. "Buscamos uma forma de capitalizar sem endividamento", explicou Hermes igueiredo, um dos fundadores e presidente do grupo. Figueiredo e a família Padovese ainda detém pouco mais de 30% do capital, cada.
Trata-se da quinta aquisição do grupo educacional, que é dono da Universidade Cruzeiro do Sul, e tem faturamento de cerca de R$ 250 milhões por ano. Com a compra, a instituição passa a ter aproximadamente 50 mil estudantes, em São Paulo e no Distrito Federal.
Um dos atrativos da Unicid é a sua atuação na área de educação a distância (EAD). "A Unicid tem 44 polos credenciados e apenas 1,5 mil alunos. Podemos potencializar esse volume. A Cruzeiro do Sul tem em andamento um pedido para credenciamento de 22 polos. Com isso, poderemos ter forte atuação em EAD", disse Figueiredo.  O valor da compra da Unicid não foi revelado. Os donos da Unicid receberão também um pequeno lote de ações do Grupo Cruzeiro do Sul. A presidência do grupo continua com Figueiredo e a Actis terá um assento no conselho.  A Actis atua exclusivamente em mercados emergentes e possui US$ 4,6 bilhões em fundos sob sua administração. Recentemente, a gestora inglesa investiu em produtos de limpeza, com a Gtex (dona das marcas Urca e Amazon) e Scarlat (amaciante Baby Soft), na varejista Companhia Sulamericana de Distribuição e na corretora XP Investimentos. Na região a gestora já investiu R$ 520 milhões.


Produção mundial de aço cresce 6,8% em 2011, mostra WSA
Valor 23.01.2012 - A produção mundial de aço cresceu 6,8% no ano passado, alcançado 1,53 bilhão de toneladas. Os dados acabam de ser divulgados em Bruxelas, Bélgica, pela World Steel Association (WSA). O número, novo recorde do setor, conta com expressiva participação da indústria na Ásia. Liderados por China, Japão, Índia e Coreia do Sul, os países asiáticos fizeram 988 milhões de toneladas, aumento de 7,9% sobre 2010, representando quase dois terços do total mundial. Com exceção do Japão e da Espanha, praticamente todos os países abrangidos pela WSA apresentaram expansão da oferta em 2011, pontua a entidade, que representa cerca de 170 fabricantes de aço no mundo, cobrindo 66 países. A siderurgia chinesa manteve mais uma vez na liderança da produção global. O país encerrou o ano passado com fatia de 45,5% do total fabricado no mundo, apesar de ter desacelerado o ritmo a partir de agosto. Atingiu 695 milhões de toneladas em 2011, conforme a WSA.
O Japão, cujo setor foi abalado pelo terremoto e pelo tsunami de março, teve ligeira retração, de 1,8%, para 107,6  milhões de toneladas.
A América do Norte, sob a liderança dos Estados Unidos, cresceu 6,8%, tingindo 119 milhões de toneladas, enquanto a Europa apresentou desempenho fraco devido à crise que atinge a Zona do Euro. A União Europeia alcançou 177,4 milhões de toneladas, com apenas 2,8% de expansão.
Conforme a WSA, a indústria mundial do aço encerrou o ano com 71,7% de utilização de sua capacidade instalada de produção, 11 pontos abaixo dos 83,3% de fevereiro.


Gabrielli deve deixar Petrobras para disputar governo da Bahia em 2014
Valor 23.01.2012 - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, deve deixar o cargo no próximo dia 12 e, no início de março, assumir uma secretaria no Governo do Estado da Bahia. Gabrielli deverá ser substituído no comando da estatal por Maria das Graças Foster, atual diretora da Área de Negócios de Gás e Energia da Petrobras, que esteve na sexta-feira à noite no Palácio do Planalto, onde se reuniu com a presidente Dilma Rousseff.
As mudanças na Petrobras foram decididas pela presidente e acertadas, há duas semanas, com o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT). A substituição visa abrir caminho para Gabrielli "se aproximar" do Estado da Bahia, onde deve se candidatar para suceder Wagner em 2014. Procurada, a assessoria da Petrobras negou, no sábado, que Gabrielli esteja deixando o comando da estatal.
Segundo apurou o Valor, a próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobras, marcada para 13 de fevereiro, terá um dia a mais. No dia 12, um domingo, o conselho deve se reunir para referendar a decisão política. O encontro do dia 13, portanto, já seria realizado com Maria das Graças Foster à frente da companhia. A atual diretora de Negócios de Gás e Energia da Petrobras é próxima de Dilma (leia matéria abaixo).
Com as mudanças, o governador Wagner terá em sua equipe os dois principais pré-candidatos petistas à sua sucessão: além de Gabrielli, o atual secretário da Casa Civil, Rui Costa, é nome forte no PT da Bahia, um "petista querido por Wagner", como definiu uma fonte do PT nacional. "Ele [Gabrielli] precisa deixar de ser um nome nacional, que vive no Rio de Janeiro [sede da Petrobras] e em Brasília, para viver e trabalhar na Bahia", disse Wagner a aliados petistas. O candidato petista para as eleições na capital do Estado, Salvador, neste ano, é Nelson Pellegrino, também aliado do trio Wagner, Gabrielli e Costa.
A saída de Gabrielli em 2012 o afastaria, também, de temas considerados "espinhosos" pela cúpula do PT, como a definição das novas regras de repartição dos royalties e das participações especiais do petróleo. Além disso, os negócios envolvendo o petróleo do pré-sal, foco principal da área dirigida por Maria das Graças Foster na estatal, passarão a ser cada vez mais centrais nos planos da empresa. Pré-candidato ao governo baiano, Gabrielli poderia entrar na mira da oposição caso continuasse no cargo por muito mais tempo. O PT quer que sua gestão de 79 meses à frente da Petrobras seja analisada como "100% técnica", disse uma fonte ao Valor.
Mestre em economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde é professor licenciado, e doutor pela Universidade de Boston, Gabrielli iniciou sua atuação na Petrobras em fevereiro de 2003, como diretor financeiro. Indicado pelo PT baiano, e fortemente apoiado por Jacques Wagner, nome forte do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Gabrielli desempenhou a função até julho de 2005, quando foi alçado à presidência da estatal.
Naquele momento, auge da crise do "mensalão", Wagner passou a ocupar a linha de frente do governo Lula, e Gabrielli passou a ter o papel de "mensageiro das boas notícias", lembra um petista. "A Petrobras passou a ser a menina dos olhos do governo, servindo aos planos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do superávit primário [capitalização da estatal em 2010 ajudou o governo a cumprir a meta fiscal] e culminando com o pré-sal", afirma um graduado petista. Gabrielli fez uma gestão na Petrobras em que procurou atender às diretrizes do governo, quase nunca favoráveis aos acionistas minoritários da empresa. Protagonizou discussões ásperas com a presidente Dilma quando ela comandou as pastas das Minas e Energia e da Casa Civil no governo anterior.
Desde o início de sua gestão, Gabrielli negou ter politizado a estatal. Em entrevistas, alegou que manteve nomes indicados pelo PSDB e que só colocou sindicalistas na área de comunicação. Quando da elaboração do novo marco regulatório do pré-sal, Gabrielli defendeu o monopólio das reservas pertencentes à União e sua exploração pela Petrobras.Voltar


Gás natural produzido no país pode ficar até 29% mais caro em fevereiro
Valor 23.01.2012 - O gás natural de produção nacional, usado na geração de energia térmica e pelas indústrias, pode ficar até 29,2% mais caro a partir de fevereiro. Isso elevaria o preço do metro cúbico vendido às distribuidoras para R$ 0,8821 - o equivalente a US$ 12,87 por milhão de BTU -, descontando impostos. A estimativa é da Abrace, associação dos grandes consumidores industriais e livres de energia, com base nas condições estabelecidas nos contratos entre Petrobras e distribuidoras. O cálculo da Abrace leva em conta o custo do insumo, caso a Petrobras retome a aplicação integral, aos preços do gás, da variação da cesta de óleos e do real em relação ao dólar.  O comportamento dessas variáveis no trimestre passado teria um impacto de 5,2% sobre os preços do gás. O restante do aumento é relativo aos reajustes que deixaram de ser aplicados nos trimestres anteriores, quando a  Petrobras optou pelo congelamento de preços. "Com isso, a própria Petrobras tem demonstrado que entende como inadequada a atual política de indexação direta do custo do combustível ao de energéticos concorrentes",  avalia o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa. A expectativa da entidade é que a Petrobras mantenha o procedimento de não aplicar o reajuste e, no "médio prazo", seja definida uma nova política tarifária. Pedrosa acredita que o aumento das reservas e da produção  nacional de gás, além do impacto de reajustes na competitividade das indústrias, deve criar "um campo favorável para a reversão das distorções e para ajustes no custo final do gás". Se a Petrobras não tivesse, na prática, congelado os preços, a aplicação da fórmula em vigor teria levado a aumentos, respectivamente, de 10,7% em maio, de 6,4% em agosto e de 3,8% em novembro de 2011. A estatal  deve divulgar, ainda nesta semana, o preço válido para o trimestre que vai de fevereiro a abril de 2012.
Já o gás boliviano, incluindo o transporte pelo gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), deverá ser reajustado em 1,59% em janeiro, segundo a Abrace. Com isso, passaria a US$ 10,69 por milhão de BTU, inferior ao gás nacional.
O reajuste do gás natural boliviano também é feito trimestralmente e leva em consideração uma cesta de óleos, cujo preço apresentou ligeira queda recentemente. No entanto, essa variação negativa não foi forte o suficiente para reduzir o preço, uma vez que sua formação também considera a cotação da cesta de óleos ao longo de todo o ano.


Exército quer arma nacional para travar guerra on-line
Valor 23.01.2012 - General Antonino Santos Guerra, do Centro de Guerra Eletrônica: orçamento de R$ 83 milhões para preparar eventuais contra-ataques no mundo virtual.O Exército brasileiro decidiu usar armas nacionais para se defender no ciberespaço. A corporação concluiu duas licitações com valor total de pouco menos de R$ 6 milhões para a compra de sistemas antivírus e de um simulador de guerra cibernética. Os contratos foram vencidos pela BluePex, de Campinas (SP), e pela Decatron, do Rio.  O investimento faz parte das iniciativas do Exército para se preparar para eventuais contra-ataques a ameaças cibernéticas. "Queremos estar com um nível tecnológico bastante avançado até 2015", diz o general Antonino Santos Guerra, comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (Ccomgex), órgão responsável pelas duas compras recentes. "Vamos nos defender, mas também nos preparar para o ataque. O Exército é escudo e também espada", diz. De acordo com Guerra, até o fim do ano podem ocorrer mais quatro pregões. Na lista de compras estão serviços de perícia e equipamentos para detectar acessos não autorizados a redes de computadores, entre outros sistemas.  A preferência por tecnologias nacionais tem dois objetivos, explica Guerra: estimular o crescimento das companhias nacionais de tecnologia da informação (TI) e reduzir a dependência do Exército em relação a fornecedores internacionais.  Tanto nas compras que acaba de fazer, como nas que estão previstas, o Exército vai exigir que as vencedoras das licitações transfiram para a corporação as tecnologias vendidas e as funções desenvolvidas no período do contrato. Com essa medida, o Exército poderá, no futuro, manter suas estruturas funcionando com pessoal próprio. Para o simulador de guerra cibernética - um sistema de treinamento que permite criar situações fictícias de ataques virtuais a redes de computadores - o general comenta que o Exército deixará de ter problemas com as constantes atualizações dos pacotes de mercado, que exigem o pagamento de licenças para ser renovadas. Por R$ 5,1 milhões, a Decatron está desenvolvendo um sistema novo que começará a ser instalado até o meio do ano, informa Carlos Rust, sócio-diretor da companhia. No caso do antivírus, o Exército vai substituir os sistemas da espanhola Panda (comprados em 2010), pelos softwares da AVware, uma empresa da BluePex. O contrato de R$ 800 mil prevê que o software, lançado comercialmente em 2011, seja instalado em todos os 60 mil computadores que compõem a rede da corporação, a EBNet.
A companhia também vai treinar os militares nas técnicas de detecção e remoção de ameaças virtuais e criar um centro de análise dedicado em Brasília. Dessa forma, os dados na EBNet não precisarão deixar o ambiente militar para ser avaliados, como acontecia com produtos de outras empresas, diz Jefferson Penteado, presidente da BluePex. "Isso dá segurança ao Exército de que as informações não serão roubadas", afirma.
Guerra diz não tem reservas quanto à utilização de tecnologias desenvolvidas por empresas de pequeno porte, em substituição a produtos de grandes fornecedores internacionais. "A única diferença entre essas empresas é a disponibilidade de capital para ter uma grande estrutura de detecção de vírus. E se a gente não comprar deles [das companhias nacionais], eles serão pequenos sempre", diz. De acordo com o general, as empresas que venderem para o Exército poderão usar as tecnologias desenvolvidas em seus produtos, o que fomentará seu crescimento.
Penteado, da BluePex, afirma que a nova versão do AVware para empresas, que será lançada em fevereiro, vai incorporar algumas funções originadas do contrato com o Exército. "É uma vitrine muito importante", diz.
O plano de defesa cibernética do Exército tomou forma no fim de 2010 e começou a sair do papel no ano passado, com a criação do Centro de Defesa Cibernética, o CDCiber. Comandado pelo Exército, o centro tem o objetivo de reunir as ações de proteção virtual das Forças Armadas.  O centro está sob o comando do general José Carlos dos Santos, paulista de Sorocaba que estava preparando sua aposentadoria quando foi convidado a permanecer por mais quatro anos, por conta de sua experiência nas áreas de comunicações e tecnologia da informação (TI). Em entrevista ao Valor no ano passado, Santos disse que o CDCiber vai precisar de cerca de R$ 100 milhões por ano até 2015. Para 2012, o orçamento do CDCiber é de R$ 83 milhões. O montante será investido em equipamentos, softwares e capacitação de pessoal. De acordo com Guerra, 500 militares serão treinados na área de defesa cibernética.


Wickbold avança no Sul e busca liderança em pães especiais
Valor 23.01.2012 - Parte da estratégia de crescimento da Wickbold foi trazer novos executivos, como o diretor comercial Bernardino Costa.Ronaldo Wickbold, diretor industrial da Wickbold, tradicional fabricante de pães e bolos com sede na capital paulista, é avesso a fotos. Por um misto de timidez e receio de exposição, foge dos flashes. Só deixa de lado qualquer rastro de inibição quando fala com orgulho da qualidade do seu portfólio, que rende à Wickbold a segunda posição no ranking do mercado de pães especiais (versões integral e light), só atrás da multinacional mexicana Bimbo, dona de Pullman, Plus Vita e Nutrella. Atrás, por enquanto. Wickbold pretende superar a Bimbo até o fim de 2013.  "A distância é pequena", diz o filho do fundador, considerando o atual market share da marca: 25,2%, contra 28% da mexicana, em volume. Em 2011, a venda de pães especiais cresceu 14%, enquanto a Wickbold saltou 28% em volume. A concorrente, por sua vez, perdeu 1,5 ponto percentual.
Na onda do consumo saudável, o segmento dos especiais tem puxado o mercado de pães industrializados, que soma vendas de R$ 2,5 bilhões ao ano. As versões integral e light respondem por 27% disso, mas crescem em velocidade bem maior. Enquanto o consumo de industrializados (pão de forma branco e bisnaguinhas, na maioria) aumentou 22% entre 2009 e 2011, o de especiais subiu 60%.
Para dar conta da demanda e cumprir a meta de superar a concorrente em dois anos, a Wickbold prepara investimentos de R$ 25 milhões em uma nova fábrica em Santa Catarina - fincando bandeira na região Sul, dominada pela marca Nutrella -, que deve entrar em operação ainda este ano. A empresa ainda planeja, para 2013, investir em duas fábricas no Centro-Oeste ou no Nordeste, ainda não definido.
A Wickbold também vai ampliar a sua planta mais nova, em Hortolândia (SP), fundada em 2007. A companhia tem mais três unidades fabris: na capital paulista, em Diadema (SP) e no Rio de Janeiro. Ao todo, emprega 2 mil pessoas e faturou R$ 511 milhões em 2011, com alta de 23% sobre o ano anterior. "Já estamos usando 90% da nossa capacidade instalada", diz Wickbold, responsável pela área industrial e de logística da companhia. A área administrativa e financeira está com a sua sobrinha, Telma. O executivo Bernardino Costa - que passou 25 anos na Nestlé, além de ter trabalhado na Adria e na Elegê - foi contratado em 2010 como diretor comercial. "Queríamos trazer gente de fora para abrir novas possibilidades de negócios", comenta Wickbold. Costa vem cumprindo suas metas. A empresa entrou na categoria de petiscos no fim do ano, com o snack saudável Tickroc, para garantir presença em um mercado estimado em R$ 2 bilhões ao ano. "As pessoas estão em busca de algo saudável", diz Costa. "Principalmente, quando se trata de opções para o público infantil", diz ele, que prepara uma ação de marketing do Tickroc na volta às aulas. O produto é feito pela filial brasileira da espanhola Boniko, que vai trabalhar com exclusividade para a Wickbold. Além do bom desempenho que o Tickroc vem apresentando (venda de 550 mil unidades mensais, com meta de atingir 1 milhão de unidades em março), a Wickbold pretende oferecer versões reduzidas do produto para empresas hoteleiras e de "catering". "Estudamos também lançar porções individuais de pães e torradas para aumentar a nossa presença em 'food service'", diz Costa.  Ronaldo, Telma e Costa dividem o comando da Wickbold, que não tem um presidente. A governança da companhia passou por mudanças nos últimos três anos. Além da vinda de Costa, foi criado um conselho consultivo, com três membros de fora da família. Também foi formado um conselho de família, um primeiro passo para a criar um "family office", que vai cuidar dos investimentos dos Wickbold.


Herdeiro da Cachaça 51 é condenado a pagar R$ 13 milhões
Valor 23.01.2012 - A briga que se estende há cerca de uma década entre os irmãos Benedito e Luiz Augusto Muller, herdeiros da Companhia Muller de Bebidas - dona da Cachaça 51 - ganhou mais um capítulo. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o caçula Luiz pague uma indenização de cerca de R$ 13 milhões à empresa. Esse é o valor aproximado da causa e pode ser alterado, já que o processo ainda seguirá para o Supremo Tribunal de Justiça. Benedito Muller é o autor do processo judicial que deu origem a essa longa batalha, que já teve inúmeras idas e vindas por conta recursos e hoje é um calhamaço com 17 volumes e mais de 3 mil páginas. Ele acusa o irmão de ter cometido várias irregularidades em 2004, quando foi o gestor da empresa. Entre elas estariam o aluguel de um Boeing e gastos de hospedagem com celebridades e autoridades convidadas para uma festa no Maranhão, que somariam despesas de R$ 472 mil.
Luiz Muller também é acusado de ter patrocinado uma festa para 300 "colunáveis" no apartamento de Donata Meirelles, da Daslu, em Paris. A festa, idealizada para divulgar a marca premium de cachaça Terra Brazilis no país da champanhe, recebeu um patrocínio de R$ 134 mil da Companhia Muller. Benedito também questiona uma parceria de R$ 447 mil para importação e distribuição de cachaça na Itália pela Campari Itália SPA. Porém, consta no processo que esse pagamento foi assinado pelo próprio Benedito. Procurado pelo Valor, o advogado de Benedito não respondeu aos pedidos de entrevista.
Outro questionamento é a divulgação da Cachaça 51 na São Paulo Fashion Week (SPFW) nos desfiles de 2005, 2006 e 2007. Para concretizar esse contrato, Luiz teria burlado um acordo de acionistas que exigia a assinatura de dois executivos da empresa para pagamentos entre 250 mil e R$ 500 mil. Segundo os autos do processo, "por tal raciocínio, o réu teria instrumentalizado um negócio único como sendo diversos contratos autônomos no valor de R$ 240 mil, escapando, assim, do teto de sua autonomia exclusiva para obrigar a empresa em quantia muito superior a que estaria legitimado a decidir, escapando da segunda assinatura".
"A acusação do contrato com a Luminosidade, dona da SPFW, não é verdadeira. O contrato foi rescindido, só patrocinamos um desfile", afirmou ao Valor Alex Costa Pereira, advogado de Luiz.
Também segundo os autos do processo, Luiz alega que todas essas ações fizeram parte da estratégia de marketing adotada na época para tornar a Cachaça 51 uma marca global e ampliar o consumo da bebida entre os públicos das classes A e B. "Discordamos da decisão. Entramos com recurso especial no STJ porque todos os pagamentos foram feitos em benefício da empresa. Estão querendo sufocar meu cliente financeiramente", disse Pereira.  As ações de marketing foram criadas pela agência África, de Nizan Guanaes, que teria cobrado R$ 3 milhões pelos serviços e que também estão sendo questionados.
Segundo os autos, Luiz alega que após a empresa ter encerrado as campanhas de marketing, como consequência do seu afastamento da gestão, houve uma queda de R$ 70,4 milhões no faturamento em 2008. Desde 2007, a Companhia Muller é administrada por Ricardo Gonçalves, ex- Nestlé e Parmalat. O nome do executivo foi escolhido pelo Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. A decisão de profissionalizar o comando foi tomada pela família em 2004, um ano antes da morte do fundador, que já vinha acompanhando a disputa entre os irmãos. Luiz, porém, discorda da nomeação de Gonçalves.
Diante das desavenças entre os herdeiros, a empresa vem amargando resultados negativos e perdendo participação de mercado. Apesar de ser líder, com uma fatia de 30%, a dona da Cachaça 51 - lembrada pelo slogan "uma boa ideia" - não distribui dividendos desde 2006. O mercado de cachaça movimenta cerca de 600 milhões de litros por ano, segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). O próximo e último capítulo desse imbróglio é a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). É essa instância que vai definir o processo, descrito pelo juiz relator do Tribunal de Justiça de São Paulo, João Carlos Garcia, como "o flagelo bíblico de dois únicos irmãos pelo controle do patrimônio herdado do pai, segundo eles, um emigrante alemão que construiu um império econômico a partir de produção e venda de aguardente e bebida alcoólica (...) o curso de anunciada tragédia que somente o retorno à razão e ao bom senso de ambos poderá evitar."


Odebrecht compra mais 10% de Santo Antônio
Valor 23.01.2012 - O grupo Odebrecht, aos poucos, está se tornando uma grande empresa geradora de energia, deixando de ser apenas uma construtora do setor. A empresa de energia do grupo já detém contratos para erguer um parque gerador com capacidade instalada de 1.600 MW no Brasil e no Peru, com investimentos totais estimados a serem garantidos pela empresa superiores a R$ 5 bilhões.  A mais recente aquisição do conglomerado foi uma participação de 10% na sociedade dona da usina hidrelétrica de Santo Antônio que estava na carteira do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Amazônia Energia, conforme adiantou a edição do Valor Online de sexta-feira. Com isso, a empresa passa a deter 28,6% do capital da usina que está sendo construída no Rio Madeira com investimentos da ordem de R$ 13 bilhões.
O crescimento da área de geração está mais lento do que planejava a empresa, que tinha intenções de ser investidora em projetos como Belo Monte e hoje atua apenas na construção da usina. Por isso mesmo, a companhia passou a diversificar sua atuação. A dificuldade em vencer leilões de hidrelétricas no Brasil a levou para o investimento em eólicas. No ano passado, vendeu energia no leilão de reserva para construir parques no Rio Grande do Sul de 116 MW e ainda comprou o complexo Aracati, no Ceará, com capacidade de 240 MW.
Também no ano passado a empresa participou de um leilão de energia no Peru onde vendeu megawatts da hidrelétrica de Chaglla, usina que terá capacidade de gerar 406 MW. A empresa ainda detém concessões de outras usinas no Peru, mas recentemente desistiu de levar adiante alguns projetos que seriam instalados em terras indígenas.
Em Santo Antônio, a Odebrecht Energia passa a deter 28,6% do capital da empresa, o que lhe garante em seu portfólio 880 MW do total da capacidade instalada da usina. A participação estava sendo negociada por todos os sócios do empreendimento, mas a Odebrecht acabou levando toda a parcela e também tem interesse em comprar eventualmente as cotas de outros acionistas que queiram deixar a sociedade.
A empresa comprou a parte do Royal Bank of Canada que estava no FIP Amazônia Energia. O valor total do patrimônio líquido do fundo, segundo dados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é de cerca de R$ 374 milhões e o FIP detém 20% das ações da Santo Antônio Energia. Os cotistas atuais são o FI FGTS e o Royal Bank of Canada que compraram as participações originais do fundo que eram do Santander e do Banif.
A Odebrecht confirmou a operação mas não quis revelar valores. Estima-se que tenha que pagar pelo menos R$ 170 milhões relativos à metade do patrimônio do fundo mais um prêmio, além de se comprometer com garantias do financiamento. A nova composição acionária da Santo Antônio Energia ficará da seguinte forma: Odebrecht (28%), Andrade Gutierrez (12%), FI FGTS (10%), Cemig (10%) e Furnas (40%).


Ano começa fraco, mas promete mais atividade com cisões de empresas
Valor 23.01.2012 - Feliz Ano Novo! Ou talvez não tão feliz aos dedicados a fechar negócios, que estão passando pelo início mais contido para um janeiro, em cerca de oito anos. É certo que estamos muito no início de 2012, mas os dirigentes dos bancos, que esperavam que o champanhe da festa lavaria as preocupações corporativas com a crise da zona do euro e com a recuperação da economia, se decepcionaram. Em vez disso, este ano começou em boa medida da maneira como o ano passado acabou: parado, incerto e com os fundamentos econômicos de uma recuperação na área de fusões e aquisições a postos, mas com pouco a mostrar.
Os banqueiros estão apostando que sólidas demonstrações de resultados e a necessidade de crescer levarão as empresas, principalmente nos Estados Unidos, a agir rapidamente quando a crise da dívida da União Europeia (UE) estiver mais próxima de ser solucionada e quando a sombra da incerteza se dissipar.
O que mais 2012 poderá trazer, no universo das fusões e aquisições? Em primeiro lugar, os desmembramentos corporativos se manterão na ordem do dia.
O ano passado assistiu a uma enxurrada de empresas optando por vender ou desmembrar divisões discrepantes como unidades independentes, na tentativa de chegar a um novo foco corporativo. Essa tendência deverá persistir ou se acentuar ainda mais. A premência da cisão foi, até agora, capitaneada pelo setor de petróleo e gás, com empresas como a ConocoPhillips, a Marathon e outras optando por separar suas divisões de exploração e produção das de estocagem, transporte e comercialização, numa guinada fundamental de modelo de negócios.
Agora, dizem assessores financeiros, as empresas de todos os setores, desde o de assistência médica até o de mídia, bem como as diferentes candidatas óbvias, estão avaliando se uma cisão é recomendável.
Em segundo lugar, os acionistas ativistas terão muito o que fazer. A moda das cisões corporativas caiu do céu para os acionistas barulhentos que tentam se beneficiar de avaliações depreciadas. Pressionar por mais alavancagem, ou mesmo por uma venda, caiu em desgraça. Mas os ativistas vão continuar a conclamar as empresas a reexaminar a composição de sua carteira. Ao mesmo tempo, fazer lobby por melhorias de governança corporativa também está em alta. No entanto, um menor número de campanhas ativistas vai resultar em disputas declaradas de votos por procuração que visem substituir o conselho de administração da empresa pretendida.
Contudo, argumentam os especialistas, os investidores vão examinar as propostas desses ativistas com um olhar mais cético.
Em terceiro lugar, os que pretendem fechar negócios vão ficar mais agressivos. Na calmaria da realização de operações observada na virada do ano, foi digno de nota que duas situações hostis vieram a público. A Martin Marietta fez uma oferta não solicitada de US$ 4,7 bilhões pela concorrente de agregados para construção civil Vulcan Materials e na semana passada a Westlake Chemical divulgou sua oferta de US$ 1,1 bilhão pela compra de sua congênere Georgia Gulf. Esses não são os meganegócios pelos quais as empresas de assessoria aguardam. Mas sugerem, segundo os executivos dos bancos, que com a recuperação dos mercados haverá mais compradores potenciais do que vendedores. E os que veem a área de fusões e aquisições como estratégia decisiva, principalmente para proteger as empresas contra a longa penúria da lentidão econômica, podem não estar preparados para esperar.
Análise elaborada pelo grupo de estratégia financeira do Citigroup apontou que as empresas que compraram em períodos de alta volatilidade do mercado viram o desempenho de suas ações superar a média em 18%, mais do que os compradores dos mercados mais calmos. A impaciência, então, pode ser recompensada.
Em quarto lugar, a política antitruste vai ganhar mais corpo no pensamento dos potenciais compradores. O ano passado foi mais notável para os acordos que não aconteceram do que para os que cruzaram a linha de chegada. A audaciosa oferta da Nasdaq OMX pela compra da Nyse Euronext foi vetada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, posteriormente, obstruiu o maior negócio do ano, barrando a parceria, de US$ 39 bilhões, entre a AT&T e a T-Mobile USA.
Com o novo ano em curso, o negócio da Nyse com a Deutsche Börse parece ameaçado por causa dos reguladores europeus, e a compra da Medco pela Express Scripts, por US$ 29 bilhões, ainda não recebeu o beneplácito dos reguladores americanos. Uma consequência disso poderão ser taxas maiores e mais criativas por desistência de compra, concebidas para proteger uma vendedora do risco de que os reguladores barrem o acordo. Finalmente, a área de mineração e recursos naturais vai continuar a dominar. A luta por recursos naturais tornou as áreas de energia, mineração e infraestrutura pública os setores mais movimentados do ano passado, segundo a Mergermarket, com mais de 25% do volume total de acordos.
Deve-se esperar a continuidade dessa tendência, com os departamentos de petróleo e gás dos bancos investimentos entre os poucos a trabalhar 24 horas por dia no início de 2012. Pesquisa com cem diretores financeiros de empresas americanas do setor, feita pela consultoria BDO, detectou que mais de metade previu um aumento das fusões e aquisições. Por outro lado, os preços das ações das mineradoras, especialmente as focadas em metais como ouro, se descolaram da alta dos preç os das commodities, criando oportunidades de compra.


Mercado externo se abre a empresas de maior risco
Valor 23.01.2012 - "O apetite está muito grande por emissões brasileiras", diz Leandro Miranda, diretor do Bradesco BBI.As captações externas mostram vigor cada vez maior neste início de ano, melhor até do que o esperado pelos bancos de investimento que prepararam as operações. O sinal mais claro dessa recuperação do mercado de dívida são os dois lançamentos preparados para esta semana, da subsidiária americana da JBS nos Estados Unidos e do banco Banrisul, companhias com risco mais elevado. As empresas, que visitarão investidores internacionais para lançar papéis no exterior a partir de hoje, devem se juntar a lançamentos da Petrobras, que pode fazer uma emissão em dólar, e possivelmente da CSN, segundo fontes próximas aos negócios. Caso a volatilidade permaneça baixa - o VIX, medida da oscilação dos mercados, está no patamar mais baixo desde meados do ano passado, abaixo de 20 -, o próximo passo para o mercado de dívida será o acesso de empresas pouco conhecidas dos investidores ou que nunca emitiram bônus no exterior, como é o caso da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), controlada pela Cemig, que vem realizando "roadshow" desde o ano passado. Até o fim do primeiro trimestre do ano, os bancos de investimento já apostam até na volta das operações em reais, a princípio para empresas de primeira linha, como as de energia ou de telecomunicações. "O mercado mudou de forma muito rápida", diz João De Biase, diretor do Itaú BBA. Até por essa melhora "acima do esperado", nas palavras do executivo, as companhias correm para repetir a estratégia que deu certo em 2011 de antecipar as captações com o receio de que tudo possa piorar novamente na Europa."Não acho que vale a pena esperar uma ou duas semanas para ter uma melhora de 0,1 ponto percentual na taxa do título", diz Sandy Severino, diretor do BTG Pactual. "A volatilidade pode voltar", diz. A melhora do humor do investidor era esperada neste começo de ano, quando eles precisam "colocar o dinheiro para trabalhar". Mas a situação está melhor do que o esperado, fruto de uma recuperação mais consistente da economia dos Estados Unidos e também do bom desempenho dos leilões de títulos soberanos na Europa, mesmo depois do rebaixamento da nota de risco de nove países da região, incluindo a França.
O bom desempenho não foi exclusividade do Brasil. O volume de captação de mercados emergentes soma US$ 13 bilhões neste início de ano, segundo levantamento da Dealogic.
O cenário traçado pelos bancos de investimento inclui uma saída organizada para a crise na Europa, sem ruptura. Mas, de fato, nenhuma solução para a crise foi apresentada e por isso a volatilidade pode voltar a qualquer momento, fechando a atual "janela" para captações externas.
A janela fecha de qualquer forma no dia 15 de fevereiro, quando se completam os 135 dias estabelecidos pela regra americana para o uso balanço de setembro como base para as emissões. Em seguida vem a safra de resultados, que deve coincidir com uma série de vencimentos expressivos de títulos de dívida soberana na Europa, o que pode trazer de volta a instabilidade aos mercados.
"As empresas, mesmos não precisando de funding, estão aproveitaram o cenário para captar, porque ainda há incerteza", avalia Pedro Bianchi, diretor do Bank of America Merrill Lynch. Mas não há um volume muito elevado de vencimentos de dívidas neste ano, o que dá certo alívio às companhias brasileiras. Em função dessa espécie de corrida, os bancos de investimento já esperam que tanto o volume de emissão quanto o número de operações superem o primeiro trimestre do ano passado, quando foram captados US$ 12,245 bilhões em 16 operações de lançamento de bônus no exterior.
Já se fala em volume de emissões de até US$ 18 bilhões nos primeiros três meses de 2012. "O apetite está muito grande por emissões brasileiras", diz Leandro Miranda, diretor do Bradesco BBI.
As cinco emissões feitas em 2012 - incluindo a oferta do Tesouro Nacional, que abriu o ano - trouxeram para o país US$ 4,125 bilhões, segundo levantamento do Valor Data, com captações da Vale e dos bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil. A demanda equivaleu a, pelo menos, 4 vezes o total ofertado. A procura dá a medida do apetite pelos papéis, diz Richard Dubbs, responsável pela área de dívida da BB Securities em Nova York, que participou de quase todas as operações. Dubbs pondera, no entanto, que os prêmios para novas operações de empresas de risco mais altos ainda permanecem elevados, o que pode dificultar os negócios, acredita o executivo, recém contratado pelo BB, vindo do BBVA.  "A demanda continua de alguma forma limitada, mas isso pode melhorar se os mercados permanecerem estáveis e os próximos negócios apresentarem uma boa performance no mercado secundário", diz Alexei Remizov, diretor do HSBC. Os custos estão melhores do que no fim do ano passado, apesar de o prêmio de risco ("spread" sobre a taxa dos títulos americanos) ainda estar acima do patamar anterior. Mas podem cair mais. Há espaço, segundo o BofA Merrill Lynch, para uma redução de até 0,8 ponto percentual para empresas de primeira linha e de até 2 pontos para empresas com maior risco. A princípio a fila de emissão era composta apenas por empresas que esperavam desde o ano passado por melhores condições de mercado. Havia uma demanda represada que aos poucos começa a fluir. Mas o sucesso das primeiras operações já elevou o número de consultas nos bancos de investimento e outras companhias que pensavam em acessar os mercados apenas no segundo semestre já consideram antecipar a captação, relata Robert Carlson, diretor do Barclays Capital.


BMW deve construir nova fábrica em SC, diz revista
Brasil Economico 23.01.2012 - Uma decisão oficial da companhia será feita em breve, após examinar 26 locais para a unidade, incluindo São Paulo.
Informação sobre a possível unidade em Santa Catarina é da revista AutomobilwocheA busca da montadora alemã BMW por uma nova unidade de montagem no Brasil favorece o Estado de Santa Catarina, afirmou a revista Automobilwoche, em uma divulgação antecipada de sua mais recente edição, citando fontes. Às 7h35 (de Brasília), as ações da empresa recuavam 0,90% na Bolsa de Frankfurt. Todos os sinais apontam em direção à escolha de Santa Catarina, afirmou a fonte, segundo a publicação, acrescentando que a unidade montará veículos a partir de 2014. Um porta-voz da montadora se recusou a comentar a reportagem. Uma decisão oficial da companhia será feita em breve, disse a revista, após examinar 26 locais para a unidade, incluindo São Paulo. Os custos dos salários representaram um papel decisivo na escolha de Santa Catarina, segundo o jornal.


Consumo de energia cresce o dobro do PIB, mas fica abaixo da média mundial
Estadão 23.01.2012 - Relatório aponta que expansão desde 2006 chega a 17%, impulsionado pelo acesso da população de baixa renda a eletrodomésticos
O crescimento da economia e a consequente ascensão das classes menos favorecidas - que passaram a ter acesso à luz elétrica, chuveiro e equipamentos eletroeletrônicos - turbinaram o consumo per capita de eletricidade no Brasil.  Entre 2006 e 2010, o aumento do consumo foi de 11,31%, quase duas vezes maior que o crescimento da população no período, segundo relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As projeções para 2011 indicam que a expansão chega a 17%, elevando o consumo para 2.494 quilowatt/hora/habitante (kWh/hab.).
Apesar do crescimento, o gasto de energia por habitante no Brasil ainda permanece abaixo da média mundial. O consumo médio por habitante no planeta está em torno de 2.730 kWh/hab (número de 2009).  O Brasil perde até mesmo para os vizinhos Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela e para outras nações menos desenvolvidas, como África do Sul.
O Reino Unido, que foi desbancado pelo Brasil recentemente da sexta posição do ranking de maior economia do mundo, consome mais que o dobro da média brasileira, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês).
Indicador: Para especialistas, o consumo de energia pode ser visto como um importante indicador de desenvolvimento dos países. "Nosso humilde consumo per capita mostra que ainda há muita coisa para ser feita no Brasil. É um indicativo do baixo nível de industrialização", afirma o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria. Ele destaca que ainda existem muitos brasileiros sem acesso à eletricidade.  Em todo País, são mais de meio milhão de residências sem instalação elétrica, apesar dos avanços do programa federal Luz para Todos, que inseriu vários brasileiros no sistema nacional. Com energia em suas casas, somado ao crescimento do emprego e da renda, eles puderam comprar, pela primeira vez, televisão e geladeira. Entre 2006 e 2009, o número de residências com esses eletroeletrônicos cresceu 10% e 12%, respectivamente.  O aumento do consumo de energia poderia ser maior, mas a expansão esbarra no alto custo das tarifas, decorrente da elevada incidência de impostos e encargos setoriais, fatores que prejudicam a competitividade do País. O valor da conta de energia no fim do mês ainda assusta muitos consumidores.
O diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Carlos Cavalcanti destaca que 52 milhões de pessoas no Brasil são beneficiadas por tarifas subsidiadas. Para essa fatia da população, o consumo precisa ser controlado com atenção.
O custo também prejudica o setor industrial, responsável por quase metade do consumo nacional. Uma parcela significativa da indústria brasileira é intensiva no uso de energia, ou seja, utilizam a eletricidade como matéria prima, a exemplo das fábricas de alumínio, aço e petroquímica.
"Antes, as empresas vinham para cá porque a energia hídrica era mais barata, mas agora as empresas fecham unidades ou transferem os parques industriais para outros países por causa do elevado custo da eletricidade no Brasil", afirma o professor Adilson de Oliveira, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Com isso, o consumo per capita do Brasil pode cair mais em relação à média mundial, ao invés de crescer. A previsão é de que até 2020, o consumo chegue a 3.728 kWh/hab.
Na avaliação de Oliveira, outra explicação para o baixo consumo do País está no perfil da mobilidade urbana. "A maioria da população é atendida por ônibus, e não por metrô, que usa eletricidade."
De acordo com especialistas, há um outro fator que justifica parte da diferença entre o consumo brasileiro e o de outros países. Trata-se das condições climáticas, lembra Ricardo Savoia, gerente do Núcleo de Regulação e Tarifas da Andrade & Canellas. Em países como Noruega, Suécia, Canadá e Islândia, que têm inverno rigoroso, o consumo de energia elétrica é maior, embora alguns países usem gás natural para calefação.
No Brasil, o clima tropical e as elevadas temperaturas em algumas regiões deveriam pesar no consumo. Mas o uso do ar condicionado ainda não está consolidada, por causa do custo, observa Adilson Oliveira. "O comércio de rua, por exemplo, em geral não usa o equipamento para não reduzir a lucratividade."
Enquanto o consumo per capita está bem abaixo da média mundial, o consumo total do Brasil está entre os oito ou nove maiores do mundo. Em 2010, foram consumidos 419.016 gigawatts-hora (GWh).


Cielo nomeia novo presidente do Conselho de AdministraçãoBrasil Econômico 20.01.2012 - A Cielo elegeu Alexandre Correa Abreu ao cargo de presidente do Conselho de Administração, em virtude do pedido de renúncia de Paulo Rogério Caffarelli.
O exercício das atribuições ocorrerá até o término do mandato dos membros do Conselho de Administração, ou seja, 20 de maio de 2012.


Processo de venda do Grupo Rede deve ir até marçoExame 16.01.2012 - A chinesa State Grid e a Brookfield Renewable Energy Partners (BREP) estariam entre as interessadas no Grupo Rede Energia. O processo de venda do controle do Grupo Rede Energia ainda deverá prosseguir até final de março, na avaliação de uma fonte próxima às negociações que falou à Reuters nesta segunda-feira. A chinesa State Grid e a Brookfield Renewable Energy Partners (BREP) estariam entre as interessadas no Grupo Rede, informou a fonte, além da CPFL Energia, conforme a Reuters já havia adiantado em meados de dezembro. Procurada, a State Grid no Brasil comunicou apenas que a empresa sempre avalia todas as oportunidades interessantes para o crescimento no Brasil. A Brookfield e a CPFL disseram que não comentariam a informação. "O processo está numa segunda fase, das propostas vinculativas. A expectativa é de que essa fase aconteça até início de março... Depois disso, acho que pode levar mais duas a três semanas", disse a fonte, que pediu anonimato. O acionista controlador do Grupo Rede, o empresário Jorge Queiroz, colocou à venda 54 por cento da companhia. A empresa teria uma dívida total de 5 bilhões a 6 bilhões de reais, segundo cálculos preliminares realizados pela fonte. "A saúde financeira da companhia está muito frágil", comentou, ao afirmar que "grupos fortes" interessados na empresa seriam capazes de recuperar a companhia que controla nove distribuidoras de energia nos Estados do Pará, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Paraná. Além do controlador Jorge Queiroz, o Grupo Rede Energia tem entre os acionistas o Fundo de Investimento do FGTS e o BNDESPAr, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que transformou parte da dívida da companhia em ações. Em 2010, o Fundo de Investimento do FGTS aportou recursos no Grupo Rede. Apesar das injeções de capital feitas recentemente, as distribuidoras do Grupo Rede passam por um momento de aperto financeiro, que pode se agravar com as novas regras do terceiro ciclo de revisão tarifária aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
AES desiste: O Grupo AES desistiu de tentar comprar o controle do Grupo Rede, disse à Reuters também nesta segunda uma fonte próxima à empresa. Dentre os motivos da desistência da AES estaria o foco da empresa em ativos de geração, e não distribuição, e também o alto valor pedido pelos controladores do Grupo Rede, entre 800 milhões e 1 bilhão de reais pela participação na companhia, fora a assunção do alto endividamento da empresa. Uma outra fonte próxima às negociações disse que a prioridade da AES é resolver sua situação na holding Brasiliana, controladora da AES Eletropaulo."Se a AES fechasse a aquisição do Rede, ficaria descapitalizada para comprar a parte do BNDES caso o banco resolva fazer o leilão de sua parte. E a prioridade da empresa é a Eletropaulo", afirmou essa outra fonte.


MPX e GE fecham acordo de US$ 1,2 bilhão Valor 20.01.2012 - Grupo americano vai fornecer 19 turbinas para empresa de energia de Eike Batista
A MPX, empresa de energia do empresário Eike Batista, firmou um contrato de mais de US$ 1,2 bilhão com a GE para fornecimento e manutenção de 19 turbinas a gás para sua usina termoelétrica da Bacia do Parnaíba, no Maranhão. As turbinas, de fabricação americana, serão alimentadas por gás natural da OGX Maranhão, na qual a MPX detém participação.  Empresa de Eike confirma parceria com alemã E.ON na área de energia. Com Eike, E.ON finalmente consegue fugir da Alemanha  O acordo foi fechado pessoalmente entre Eike Batista e o presidente mundial da GE, Jeff Immelt, informaram ontem o diretor de operações e implantação da MPX, Marcus Temke, e o presidente da GE Energy para a América Latina, Marcelo Soares, em entrevista à Agência Estado. "O contrato guarda-chuva com a GE nos possibilita ter agilidade, padronização e preço. Hoje, posso encomendar uma turbina por telefone, a rapidez é muito importante para o grupo", disse Marcus Temke.  Do total contratado, já foram encomendadas sete turbinas, todas com capacidade de cerca de 170 megawatts (MW), por um valor total de US$ 500 milhões. A primeira delas já aportou em São Luís (MA), e a sétima chega em dezembro. Quatro começam a operar no início de 2013, somando 676 MW, e gerando receitas anuais de R$ 282 milhões.
Integração: O projeto faz parte da proposta de integração vertical do grupo EBX - a holding das empresas de Eike Batista -, que busca na produção própria de energia ganho de lucratividade e independência do fornecimento da Petrobrás. Para os leilões de energia de agosto passado e de março deste ano, a estatal informou a empreendedores só dispor de gás para contratos já firmados, sem disponibilidade adicional do produto. "Hoje, meu problema já não é turbina, mas o gás para alimentá-la", disse Temke. A MPX é parceira da empresa de petróleo de Eike, a OGX, na OGX Maranhão, uma sociedade de propósito específico que detém 70% (23% para MPX e 47% para OGX) dos sete blocos de exploração de petróleo no Parnaíba adquiridos em 2009 em parceria com a petrolífera Petra (30%). O primeiro poço foi perfurado em 2010, e a declaração de comercialidade aconteceu no ano passado.
A MPX se prepara agora para participar do leilão de energia A-3 (com entrega para daqui a três anos), previsto para março. O montante a ser oferecido ainda está em estudo, mas Temke adianta que a empresa pretende entrar com algo entre 350 MW e e 500 MW.
Porte: O executivo lembra que a usina termoelétrica do Parnaíba vai se tornar, em 2014, a maior usina a gás do País, com capacidade de geração de 1,5 mil MW e receita fixa de R$ 714 milhões. Mas a companhia tem licença de instalação para chegar a 3,72 mil MW. "A velocidade dependerá do sucesso da campanha exploratória da OGX Maranhão", disse Temke.  A produção de gás da OGX Maranhão se inicia no segundo semestre e poderá chegar, já em 2013, a 6 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente a quase 10% da produção nacional de gás atualmente. As 19 turbinas do contrato com a GE somam 3,23 mil MW de capacidade. A rapidez das encomendas dependerá do resultado de leilões de energia e da demanda no mercado livre, disse o executivo. A Bacia do Parnaíba foi explorada nos anos 80 pela Petrobrás, mas foi subaproveitada, pois a tecnologia de sísmica era, à época, inferior à usada atualmente. A demanda por gás também era bem menor no País. Soares, da GE, disse acreditar que as duas empresas poderão fazer novas parcerias na área de energia, com foco em gás, mas também em energias renováveis. Hoje, as empresas têm parcerias em gás e em energia solar."A MPX já demonstrou interesse em expandir a produção, especialmente por gás, e certamente vamos querer ser parceiros da empresa", disse o executivo.


Fox Sports pode comprar BandSports, diz site Exame 20.01.2012 - Segundo Meio&Mensagem, operação será anunciada na próxima semana. Fox Sports: canal busca maneiras de estrear no Brasil. A Fox Sports estaria interessada em comprar a BandSports, segundo informações publicadas no site do Meio&Mensagem, nesta sexta-feira.  De acordo com a reportagem, a operação deve ser anunciada pelas companhias no início da próxima semana. O novo canal esportivo irá ocupar o espaço com a sua programação, que entra oficialmente no ar no início de fevereiro.  Ainda segundo a reportagem, no passado, o canal esportivo do grupo Bandeirantes já esteve na mira da Fox,Sports, que busca maneiras de estrear no Brasil.  A BandSports detém o direito de transmissão das Olimpíadas de Londres,  Fórmula Indy e alguns campeonatos europeus. As duas emissoras, no entanto, não confirmam a operação.  Recentemente, a Fox anunciou a compra da participação majoritária da Fox Pan American Sports, que pertencia ao grupo HM Capital Partners. A operação visava lançar o Fox Sports no Brasil, em fevereiro deste ano. O canal conseguiu, inclusive, tirar da Globosat os direitos exclusivos de transmissão da Copa Santander Libertadores da América para 2012.


Liberty Media compra 5% do capital da IdeiasnetValor 20.01.2012 - A Ideiasnet, holding que controla empresas como Officer, iMusica e Automatos, anunciou que o grupo de investimento americano Liberty Media atingiu uma participação de 5,1% do capital da companhia. A participação foi adquirida com investimento de R$ 18 milhões (US$ 10 milhões), o que dá à Ideiasnet um valor de mercado de US$ 196 milhões. No pregão de ontem da Bovespa, o valor de mercado da companhia era de US$ 189 milhões. A Liberty Media é um dos maiores grupos de investimento em mídia e telecomunicações dos Estados Unidos. A companhia tem participação em empresas como AOL, Viacom, Sprint Nextel, a tiqueteira Live Nation e a rede de livrarias Barnes & Noble. O aporte na Ideiasnet é o primeiro investimento no Brasil. Em comunicado, a Ideiasnet afirmou que o aporte chega em um momento de reestruturação da companhia. "Desde que um novo time de gestão assumiu a empresa, em janeiro de 2011, a empresa decidiu ajustar sua estratégia e focar em companhias de tecnologia em rápido crescimento nas áreas de coméricio digital, mídia digital, computação em nuvem, software como serviço e mobilidade, desinvestindo de ativos em que o prazo de retorno é maior do que o esperado", escreveu. Entre as companhias que a Ideiasnet deixou de participar estão a locadora virtual NetMovies e Media Factory, de marketing digital. Nos acumulado dos noves meses de 2011, a Ideiasnet atingiu um faturamento de R$ 1,14 bilhão, um incremento de 25,5% na comparação com o mesmo período de 2010.Voltar
Pão de Açúcar e a Lojas Americanas avançaram posições no ranking do setor
MonitorMercantil 19.01.2012 - O Grupo Pão de Açúcar e a Lojas Americanas avançaram posições no ranking do setor, segundo dados da Deloitte Touche Tohmatsu Limited. O GPA passou da 75ª colocação para a 45ª em termos de vendas no período de julho de 2010 a junho de 2011. Pelos cálculos, o valor atingiu US$ 18,3 bilhões, e inclui os resultados de Casas Bahia, que passaram a fazer parte dos relatórios em 2010. O GPA ultrapassou redes como a americana J.C Penney, as espanholas El Corte Inglés e Inditex (dona da Zara), a britânica Marks & Spencer e a sueca H&M. Em relação a Lojas Americanas, a rede passou da 184ª colocação para a 158ª. O Walmart se mantém na primeira posição da lista geral, seguido pelo Carrefour. A rede britânica Tesco alcançou a terceira colocação ao ultrapassar a alemã Metro. 


Mozart Litwinski deixa o comando da FerrousValor 20.01.2012 - Mozart Litwinski: deixa o cargo de presidente executivo da Ferrous.
O presidente executivo da Ferrous Resources, Mozart Litwinski, acaba de deixar o cargo na mineradora de ferro sediada em Belo Horizonte (MG). “A saída foi iniciativa própria, para cuidar de assuntos pessoais”, informou Jório Dauster, presidente do conselho de administração da companhia.
Ex-executivo da Vale e da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), Litwinski estava na Ferrous há quase três anos. Foi convidado por Dauster, que o conheceu na época em que presidia a Vale e Litwinski era diretor-executivo de ferrosos. Interinamente, até buscar um substituto, o diretor de operações, Antônio Rigotto, e o diretor-financeiro, André Simão, vão responder pelas atividades da Ferrous, que tem operações em Minas Gerais, na região do Quadrilátero Ferrífero.
Atualmente, a empresa tem cinco minas — Serrinha, Esperança, Santanense, Viga do Norte e Viga —, próximas de Belo Horizonte, e uma jazida na Bahia, Jacuípe. “Nossos recursos minerais já somam 5,2 bilhões de toneladas”, informou Dauster. No ano passado produziu 1,8 milhão de toneladas e exportou praticamente tudo para a China. Neste ano, está apta a produzir 3,5 milhões de toneladas.
No momento, a empresa desenvolve um projeto de US$ 6 bilhões para instalação de minas, mineroduto e terminal portuário com previsão de produzir 25 milhões de toneladas a partir de 2016. A empresa busca um parceiro estratégico para o empreendimento.
Ontem, a Bloomberg noticiou que a Ferrous fez em dezembro uma proposta de fusão com a MMX, avaliando a empresa de Eike Batista em US$ 2,3 bilhões. A MMX não confirmou a proposta e a Ferrous evitou comentar o assunto.


MMX nega interesse em ser vendida para a Ferrous Exame 20.01.2012 - Mineradora teria ofertado US$ 2,3 bilhões pela empresa de Eike Batista. Eike Batista: sem interesse em vender sua mineradora. A MMX, a mineradora de Eike Batista, negou que haja interesse de ser vendida para a Ferrous Resources. A curtíssima resposta da empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma apenas que “a MMX não tem qualquer interesse no projetado negócio.”Nesta tarde, a agência de notícias Bloomberg informou que a Ferrous teria oferecido 2,3 bilhões de dólares para se unir à MMX. No desenho final, a Ferrous teria 53% da nova empresa, enquanto os atuais acionistas da MMX ficariam com o restante. Ainda segundo a Bloomberg, as conversas sobre uma fusão foram mantidas durante 18 meses, e a Ferrous solicitou uma resposta à MMX até 10 de janeiro.


Fabricante de tecidos Carlos Renaux entra em recuperação judicialValor 20.01.2012 - A Fábrica de Tecidos Carlos Renaux informou na manhã desta sexta-feira ao mercado que teve autorizado o  seu pedido de recuperação judicial pela vara comercial da comarca de Brusque, em Santa Catarina. Com isso, a cidade no Vale do Itajaí catarinense passa a ter as três principais indústrias têxteis em situação de recuperação judicial.
Além da Carlos Renaux, a fabricante de tecidos Schlösser e de itens de cama, mesa e banho Buettner também haviam entrado em processo de recuperação judicial na metade de 2011. As três são empresas centenárias, fundadas por imigrantes alemães e que não suportaram a pressão das altas do algodão no ano passado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Fiação e Tecelagem de Brusque (Sintrafite), a Carlos Renaux havia dispensado 115 trabalhadores no final de 2011, em uma medida de redução do quadro. A empresa ainda mantém cerca de 200 funcionários na produção.Voltar
Tesouro realiza aporte de R$ 10 bilhões no BNDES
Valor 20.01.2012 - O Tesouro Nacional fez uma emissão de títulos no valor de R$ 10 bilhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos complementam o aporte prometido em 2011 pela União. O valor total era de R$ 55 bilhões, mas até dezembro, o banco estatal de fomento tinha recebido cerca de R$ 45 bilhões.
O secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin disse nessa semana ao Valor que o governo ainda não definiu se fará aportes de dinheiro novo no BNDES, em 2012. “Se houver, será menor” do que o valor de 2011, completou. Para fazer novas capitalizações no BNDES, o governo precisa baixar Medida Provisória ou enviar projeto de lei ao Congresso.
A emissão de hoje está na portaria 31 do Tesouro Nacional, assinada pelo subsecretário Otavio Ladeira, dividida nos títulos LTN, NTN-F e NTN-B, com vencimento entre janeiro de 2016 e agosto de 2050.


Caoa dobra rede e se cacifa para o jogo com a HyundaiBrasil Econômico 20.01.2012 - Atualmente, 91 das 201 concessionárias da Hyundai no país pertencem a Caoa. Coreana inaugura fábrica em São Paulo este ano e pode iniciar processo de separação com grupo brasileiro. O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador do grupo Caoa, parece já prever o fim da parceria com a Hyundai. A montadora coreana investiu sozinha na fábrica que inaugura em novembro em Piracicaba, no interior de São Paulo. Para preparar o terreno e garantir que não haverá um divórcio abrupto, a exemplo de outros rumorosos casos no setor, a Caoa praticamente dobrou o número de concessionárias com a bandeira Hyundai em 2011 e, segundo o mercado pode pleitear importação de novas marcas. Depois de 14 anos trazendo veículos da Hyundai com exclusividade para Brasil, o Grupo Caoa pode não debutar na parceria com a montadora. Fontes do mercado dizem que o contrato das empresas deve se encerrar no fim de 2013 e que mesmo com a opção de prorrogação, a coreana deve seguir o caminho sozinha. Para garantir que o casamento não acabe sem deixar frutos, a Caoa vem reforçando sua presença na área de vendas. Atualmente 91 das 201 concessionárias da Hyundai no país pertencem ao grupo. Somente no último ano, a Caoa angariou 42 novas lojas e já iniciou 2012 com a tomada de mais um ponto de venda. A decolagem da Caoa não partiu da abertura de pontos novos e sim da compra de lojas de concessionários da rede. Negócios com Buffet. A Caoa quer aproveitar a ampla rede de distribuição para ampliar o portfólio de modelos da própria Hyundai - atualmente são apenas 9 modelos. A iniciativa da companhia pode ser uma precaução para evitar a repetição do episódio com a Renault, que também tinha parceria com o grupo Caoa e depois de se instalar no país abandonou o negócio. Outra blindagem cogitada pela Caoa seria a nomeação de novas marcas para importação. A chinesa BYD, que tem o bilionário americano Warren Buffet entre os acionistas, seria um dos nomes cotados para uma nova parceria. A tomada de poder da Hyundai parece já ter sido silenciosamente iniciada no segundo semestre de 2011. Segundo fontes, a maioria dos concessionários fora do Grupo Caoa já negocia as importações diretamente com a Hyundai. No entanto, as duas empresas afirmam que estão em um processo de gestão compartilhada, onde qualquer uma das partes fica impossibilitada de tomar uma decisão sem consultar o outro lado. Sendo assim, o poder da Caoa de nomear concessionários, que antes era ilimitado, fica reduzido e terá de passar pelo aval da empresa coreana. O elo entre as companhias ainda vai além da tomada conjunta de decisão. Pelo menos até que a fábrica de Piracicaba - que demandou aporte de R$ 1 bilhão - inicie as operações, a Caoa ainda é a importadora oficial da marca no país. Além disso, o grupo é detentor de uma unidade fabril em Anápolis (GO), que é responsável pela montagem de três veículos da Hyundai - o utilitário esportivo Tucson e os comerciais leves HR e HD78. A nova unidade fabril da Hyundai será responsável pela montagem de um compacto específico para o mercado brasileiro, chamado provisoriamente de HB. O modelo deve concorrer diretamente com Fiat Palio, Volkswagen Fox e Renault Sandero. Gradativamente, a montadora pretende lançar mais dois modelos fabricados sob a mesma plataforma. Em 2013, deve ser lançada uma versão sedã do HB e, em 2014, um utilitário esportivo, do porte de modelos como o Ford EcoSport e o Renault Duster.


Rio de Janeiro se transforma na cidade dos investimentosBrasil Econômico 20.01.2012 - Melhora da gestão e combate à violência ajudaram a recuperar a imagem do Rio no exterior. Com as contas em dia e muitos projetos bilionários para os próximos anos, cidade comemora a nova fase.  O feriado não é pelo aniversário, mas o que não faltam são motivos para o Rio festejar o Padroeiro São Sebastião. Prestes a completar 447 anos, no dia 1 de março, a cidade maravilhosa é hoje a cidade dos investimentos. Com uma arrecadação recorde, graças à melhora dos indicadores econômicos, e projetos de investimentos que somam R$ 7 bilhões, o Rio caiu nas graças dos investidores. Há menos de um ano para finalizar seu primeiro mandato, o prefeito Eduardo Paes não fala de reeleição. Apesar da candidatura confirmada, com uma ampla base de apoio do arco político carioca, Paes, só quer saber de números. Não é para menos. Com as finanças saneadas, o Rio vem colhendo os frutos de políticas acertadas nas áreas de segurança, infraestrutura e desenvolvimento.
Entre 2009 e 2012, o orçamento da cidade aumentou inéditos 61,5% ao passar de R$ 12,6 bilhões para R$ 20,5 bilhões e os investimentos aumentaram quase 1.000%.
O empréstimo de R$1 bilhão do Banco Mundial, para o pagamento das dívidas da Prefeitura com a União, o primeiro, proporcionou uma redução do peso da dívida dentro dos gastos totais do município - que caiu quase pela metade, para níveis próximos de 4%. Como resultado, a cidade passou a economizar R$ 500 milhões por ano. "Fizemos uma troca de dívidas: pegamos dinheiro do Banco Mundial em troca da redução dos juros que pagamos ao governo federal, o que deu à cidade um ganho de R$ 500 milhões por ano por um longo período. Isso mudou a situação fiscal municipal e nos permitiu investir em itens básicos como mobilidade urbana, saúde, educação. O empréstimo do Bird possibilitou melhorias significativas para a população", afirma Paes. Com as dívidas bem encaminhadas, a Prefeitura do Rio foi em busca do aumento da arrecadação. Neste caso, lançou mão da conhecida fórmula informatizar o sistema e premiar o contribuinte que exige a nova nota fiscal, agora eletrônica, além de conceder créditos para descontar até 50% do valor do IPTU de 2012. Um sistema desburocratizado e o combate à sonegação, tendo como fiscais os próprios consumidores está gerando os resultados esperados. No segundo quadrimestre de 2011, a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) no município do Rio teve crescimento de 17,5%, na comparação com o mesmo período de 2010, ao passar de R$ 2,045 bilhões para R$ 2,404. O sistema implantado no Rio vai permitir o acesso a uma nota fiscal exclusivamente digital, que é automaticamente emitida pela internet para a Secretaria Municipal de Fazenda a cada prestação de serviço, formando na Prefeitura um grande banco de dados fiscal. Com isso, o ISS é calculado e recolhido mais rapidamente, reduzindo a burocracia e os custos com a armazenagem das notas fiscais que, pelo sistema anterior, precisavam ser armazenadas pelo prestador de serviço por até cinco anos. "O Rio tem um enorme problema de informalidade. Muitas vezes não porque o comerciante ou outro prestador de serviços queiram deixar de pagar, mas porque é uma burocracia tão grande que o sujeito deixa de se formalizar", diz Paes. As parcerias público-privadas (PPP's) estão transformando a cidade em um grande canteiro de obras que, mais do que melhorar as condições de infra-estrutura do município, vão mudar a cara da cidade. O mais ousado dos projetos pegou emprestado o "Maravilhosa", adjetivo pelo qual a cidade é conhecida no mundo inteiro.
O Porto Maravilha promete cumprir uma promessa que o carioca está cansado de escutar há muitos anos: integrar a Zona Portuária ao resto da cidade. Cerca de 5 milhões de m² serão revitalizados.
Os engenheiros vão demolir o chamado "erro cometido em nome da modernidade" nas palavras do próprio prefeito. O Elevado da Perimetral, que liga o bairro do Caju, na Zona Portuária à Praça XV, no Centro, será totalmente substituído por um túnel e, assim, abrir a vista da cidade para a Bahia de Guanabara. Além da demolição dos 4 km do Elevado da Perimetral, as principais obras previstas no projeto do Porto Maravilha envolvem a construção de 4 km de túneis, reurbanização de 70 km de vias e 650 mil m² de calçadas, reconstrução de 700 km de redes de infraestrutura urbana (água, esgoto, drenagem), implantação de 17 km de ciclovias; plantio de 15 mil árvores e construção de três novas estações de tratamento de esgoto. As projeções indicam que as obras não apenas transformarão o desenho arquitetônico da região, mas também provocarão uma migração populacional para a zona, que deve ganhar 70 mil novos moradores em 10 anos. "Serão cinco anos de obras, de uma transformação nunca vista nesta cidade, com serviços de infraestrutura urbana e manutenção das ruas e avenidas da região, independente de quem será o governante. Além de ser uma conquista da cidade, trata-se de uma operação que garante uma economia de cerca de R$ 7,6 bilhões de recursos públicos. A partir de agora, o consórcio assume coleta de lixo, tapa-buraco, troca de lâmpada e operação de toda a região. Trata-se de algo inovador", diz Paes. O dinamismo do Rio também está atraindo o mercado financeiro. A americana Direct Edge Holdings LLC escolheu o Rio para abrir uma plataforma de negociação eletrônica de ações brasileiras e vai concorrer com a BM&F Bovespa SA, operadora da maior bolsa da América Latina. A empresa, a terceira bolsa de valores americana, movimenta cerca de US$ 1 bilhão em ações por dia. O início da operação brasileira, previsto para o segundo semestre de 2012, atrairá o vultuoso mercado de serviços de corretagem e de empresas de tecnologia financeira para o Rio, fazendo com que a cidade volte a ser um dos centros nevrálgicos do mercado financeiro da América Latina. "A escolha da Direct Edge pela cidade é motivo de grande orgulho para nós. O Rio possui vocação para serviços sofisticados e a bolsa americana é um desses serviços. Trata-se de uma grande oportunidade para a cidade consolidar a posição que vem ocupando nos últimos anos. A partir de agora, temos uma missão a cumprir: olhar para o futuro e trabalhar para que a Direct Edge se consolide na cidade", diz Paes. A cereja do bolo de São Sebastião é o aval de uma das maiores agências de classificação de risco do mundo. A Moody's elevou a nota global do município de Baa3 para Baa2 (em perspectiva estável), no fim do ano passado, menos de uma semana depois de a agência Fitch conceder o investment grade para o Rio. A nota é a mesma recebida pelo Brasil. Em seu relatório, a agência destaca "o histórico de expressiva performance financeira, a prudência nos gastos e a sustentabilidade da dívida, favorecida pelo empréstimo do Bird como fatores de melhora da nota". A Moody's aponta ainda que "o estoque da dívida do Rio correspondia, em 2010, a 65% das receitas anuais da cidade, contra 99%, em 2005. Essa performance permitiu à cidade aumentar sua capacidade de investir em infraestrutura de forma continuada.









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