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Anunciado
novo executivo do Credit Suisse no Brasil
IG Notícias
11.05.2012 - José Olympio Pereira vai comandar divisões de investment banking,
private banking e asset management. O Credit Suisse anuncia José Olympio
Pereira como seu novo CEO (Chief Executive Officer) no Brasil. O executivo era
até então co-head da divisão de banco de investimentos. No novo cargo, ele
comandará as divisões de investment banking, private banking e asset
management.
Seu colega no banco
de investimentos, Marcelo Kayath, passa a liderar (head) a área de renda fixa e
variável do Credit Suisse na América Latina, com reporte à área global de
Securities.
Por sua vez, Antonio
Quintella torna-se presidente do conselho de administração da Credit Suisse
Hedging-Griffo. Ele era CEO do Credit Suisse Américas, vaga para a qual foi
nomeado Robert Shafir, que manterá o seu cargo atual de CEO de Asset
Management.
UBS
corta recomendação da Tam de neutro para venda
Basil Econômico
11.05.2012- A companhia aérea divulga o balanço referente ao primeiro
trimestre de 2012 nesta sexta-feira (11/5), após o fechamento do mercado. A
expectativa do banco é de um resultado operacional fraco no primeiro trimestre
de 2012. O banco suíço UBS cortou a recomendação para os papéis preferenciais
da Tam (TAMM4) de "neutro" para "venda". No entanto, a
instituição elevou o preço-alvo em doze meses, de R$ 45,90 para R$ 47,70.
Segundo o UBS, a revisão das estimativas leva em consideração o atual patamar
das ações da Tam, negociadas acima da média histórica no período que antecedeu
a oficialização da fusão com a chilena Lan.
Vale lembrar que a
Lan lançou nesta semana a oferta de troca de ações final para a aquisição da
Tam, o que resultará na criação da Latam.
"As sinergias,
estimadas em aproximadamente US$ 650 milhões, podem começar a aparecer no
próximo ano, mas atrasos poderiam manter a sobrevalorização das ações ainda em
2013", explica Victor Mizusaki, analista do UBS, em relatório.
Quanto ao primeiro
trimestre deste ano, a expectativa do banco é de um resultado operacional
fraco, refletindo o cenário desafiador de alta nos preços de combustíveis e
baixo crescimento na demanda doméstica. A companhia aérea divulga o balanço
referente ao primeiro trimestre de 2012 nesta sexta-feira (11/5), após o
fechamento do mercado. Nesta tarde, as ações da Tam subiam 0,28%, cotadas
a R$ 46,08.
Aprovada
saída de Abílio Diniz do Conselho do Casino
MonitorMercantil
11.05.2012 - Franceses já haviam informado a Diniz, através de um comunicado no
último dia 21/03, sobre a decisão de exercer o direito de nomeação (Foto:
CDES.gov.br - arquivo)
Os acionistas do
Casino votaram, na manhã desta sexta-feira, sobre a saída de dois membros do
conselho de administração. O afastamento do empresário Abílio Diniz e de
Philippe Houze, presidente da varejista Monoprix, cujo controle é compartilhado
pelo Casino e pela Galeria Lafayette, foi decidido por maioria absoluta.
O conselho aprovou as
propostas relacionadas a Diniz e a Houze por 99,74% e 99,85%, respectivamente,
dos votos.
O grupo Casino já
tinha anunciado, em março, que o conselho de diretores não pretendia renovar o
mandato do presidente do conselho do Grupo Pão de Açúcar.
A medida é fruto dos
desentendimentos criados pela tentativa de Diniz de adquirir o Carrefour no
Brasil, principal rival do Casino na França. Abílio ocupava o cargo desde 1999.
Holding
da JBS define novo presidente da Delta
Folha 11.05.2012 - A
J&F definiu, nesta sexta-feira, o novo presidente da empreiteira Delta. O
cargo será ocupado por Humberto Farias, ex-presidente da usina de álcool e
açúcar Renuka.
A holding J&F,
controladora de empresas como o frigorífico JBS e a Vigor, confirmou na
quarta-feira (9) o acordo para assumir a gestão da Delta Construções
--empreteira de Fernando Cavendish que teve seu nome ligado ao escândalo
envolvendo o empresário de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira, preso em
fevereiro por uma operação da Polícia Federal.
No comunicado, grupo
informou que o acordo, que passa a vigorar a partir da semana que vem, foi
assinado na segunda-feira (7) e que a empreiteira passará por um rígido
processo "de auditoria" nos próximos meses. Somente após os
resultados desta diligência será ou não exercida uma opção de compra.
O contrato preliminar
dá direito à J&F de substituir a estrutura administrativa da Delta,
incluindo presidente, diretores e membros do Conselho de Administração. Este
contrato preliminar, que vincula as partes e que será confirmado pela J&F a
partir dos resultados da diligência, resguarda os novos gestores de qualquer
responsabilidade em relação aos contratos vigentes até que a auditoria seja
concluída.
Segundo o comunicado,
a Delta terá a "gestão profissionalizada a partir dos mais altos padrões
de governança corporativa [transparência]". "Nosso objetivo é honrar
os contratos que serão auditados e preservar os mais de 30 mil empregos da
Delta", diz Joesley Batista, acionista da J&F, no comunicado.
O acordo entre a
Delta e a holding J&F, no entanto, será alvo de investigação da
Procuradoria da República do Rio de Janeiro.
O pedido de abertura
de inquérito civil foi requerido na quarta-feira (9) pelo procurador-chefe
substituto da República da 2ª Região, Nívio de Freitas Silva Filho. O objetivo
é apurar possíveis irregularidades no negócio, considerando a Delta alvo de
denúncias de fraude, corrupção e superfaturamento, e a JBS uma empresa com
31,4% de participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social).
"Caso se
concretize esse negócio, por força de sua participação acionária no grupo JBS,
o BNDES, em evidente afronta aos princípios da legalidade e moralidade, irá
inexoravelmente participar de empresa sobre a qual recaem notícias da prática
de graves ilicitudes e que se sujeita a ser declarada inidônea para contratar
com o poder público", disse Silva Filho.
"É necessário
eliminar, por completo, qualquer artifício que tenda a burlar a
responsabilidade patrimonial da empresa e seus agentes pelos danos eventualmente
causados, transferindo-a, de forma no mínimo irregular, para o próprio credor,
a administração pública", completou no pedido.
O procurador regional
considerou urgente a tomada de medidas para evitar a alienação do patrimônio da
Delta, dada a gravidade e a extensão das fraudes noticiadas recentemente. Em
seu ofício, Silva Filho registra ser atípica a saída da Delta de obras
importantes como da reforma do Maracanã e da Transcarioca (corredor expresso de
ônibus) --todas no Rio--, abrindo mão de altas receitas, enquanto construtoras
de seu porte buscam acumular grandes contratos públicos. Para ele, deve ser
verificada a possibilidade de mover ação na Justiça com pedido liminar para
suspender a transação recém-confirmada pela J&F.
O ofício foi recebido
ontem pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro e será apreciado por um
procurador da área de Patrimônio Público, a quem caberá definir as linhas de
atuação. No ano passado, a Procuradoria abriu um inquérito civil público para investigar
a regularidade da participação do BNDES no grupo JBS. O banco já aportou na
participação da empresa de carnes R$ 8,1 bilhões e emprestou R$ 1,4 bilhão. A
participação é feita por meio do BNDESPAR, um braço de participações acionárias
do banco. O BNDES afirmou em nota divulgada no começo da tarde desta
quinta-feira (10) que o negócio entre a Delta e a J&F não depende da
anuência do banco. A direção do BNDES repudiou ainda qualquer ilação de caráter
político relacionada à sua presença como acionista da JBS. "Caso seja
concretizada a venda, o BNDES não se tornará sócio da construtora, já que é
acionista apenas da JBS, empresa do setor de proteína animal", diz a nota.
Compra
da Delta foi fechada após 10 dias de negociação
Folha 11.05.2012 -
"Parabéns, você acaba de comprar uma bela empresa", disse Fernando
Cavendish, na última segunda-feira, ao fechar a venda da empreiteira Delta, uma
herança de seu pai agora no centro do escândalo Carlinhos Cachoeira. A negociação
começou no fim de abril, quando o empreiteiro recebeu recado de um emissário do
banco JPMorgan: Joesley Batista, presidente da holding J&F, queria
encontrá-lo para uma oferta. O convite foi logo aceito e, no dia 28, os dois
finalmente foram apresentados.
Batista ofereceu um
almoço na sua casa em São Paulo. Começava ali a negociação relâmpago.
Joesley não queria
perder o negócio. Há tempos pretendia entrar na área da construção civil. Viu
na fragilidade da Delta a oportunidade de desembolsar nada, ou muito pouco, e
entrar num ramo pródigo em contratos estatais.
Cavendish também
tinha pressa. A CPI já discutia transformar a Delta em foco das investigações
por conta das relações de executivos, em especial Cláudio Abreu, com Cachoeira.
Menos de 24 horas
após o primeiro encontro, Joesley Batista desembarcava no Rio para um jantar na
casa do empresário.
No dia seguinte, foi
à sede da Delta conhecer a empresa. Cavendish mostrava as dependências da
companhia e, frequentemente, mexia no cinto como quem tenta apertá-lo. Ele já
emagreceu cerca de 10 kg em quatro semanas, dizem os poucos amigos que ainda o
veem.
O negócio com
J&F, controladora do frigorífico JBS, só não foi fechado naquela semana
porque faltava algo importante: medir a temperatura do governo.
A missão coube a
Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Hoje à frente do conselho
de administração da holding, ficou encarregado de consultar o ex-presidente
Lula. Segundo interlocutores de Cavendish, o encontro ocorreu na última
sexta-feira, três dias antes da assinatura do contrato.
Procuradas, as
assessorias de Lula e de Meirelles negaram a conversa.
"Pode ficar
tranquilo, a Delta está bem", repetiu Cavendish diversas vezes ao
comprador. Joesley Batista assinou o documento na última segunda-feira. Os dois
se abraçaram, mas sem grande exaltação.
Sérgio
Rosa sai da Brasilprev
IstoéDinheiro
11.05.2012 - Sérgio Rosa deixou o comando da Brasilprev Seguros e Previdência,
empresa de previdência privada do Banco do Brasil e a maior companhia do País
em patrimônio. Segundo um comunicado da empresa, Rosa deixará o cargo no dia 31
de maio e a saída foi por “razões estritamente pessoais, relacionadas à sua
organização familiar”. Jornalista e ex-sindicalista, o paulistano Rosa
estava à frente da BrasilPrev desde fins de 2010, quando havia deixado o
comando da Caixa de Previdência do Banco do Brasil, a Previ, onde ficou por
oito anos. Ele será substituído interinamente pelo atual diretor Miguel Cícero
Terra Lima, que acumulará a Diretoria Comercial e de Marketing. Um dos cotados
para sua sucessão é Ivan Monteiro, vice-presidente de Finanças do Banco do
Brasil.
LLX,
de Eike Batista, tem prejuízo de R$ 9 milhões no trimestre
Folha 11.05.2012 - A
LLX, braço de logística do grupo EBX, do empresário Eike Batista, fechou o
primeiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 9 milhões, quase o triplo de
perdas registrado um ano antes, de R$ 3,8 milhões. O resultado reflete a
fase pré-operacional da empresa, que é responsável, entre outros
empreendimentos, pela construção do Porto do Açu, em São João da Barra, norte
do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo a LLX, o
prejuízio do período "está associado principalmente às despesas gerais e
administrativas de R$ 38,1 milhões", informou a empresa em nota.
Mesmo em fase
pré-operacional, o Porto do Açu, apresentou receita líquida no primeiro
trimestre proveniente da assinatura de contratos para locação de área, no valor
de R$ 17,1 milhões, um crescimento de R$ 16,4 milhões em relação ao mesmo
período de 2011.
De janeiro a março
deste ano, a LLX investiu cerca de R$ 200 milhões na construção do Porto do
Açu, que poderá ser a maior infraestrutura portuária das Américas quando ficar
pronto. Com obras iniciadas em 2007, o porto já recebeu investimentos de R$ 2,6
bilhões e tem previsão de ser concluído em 2013.
Os recursos aplicados
no primeiro trimestre foram principalmente usados na dragagem de um canal e
construção do quebra-mar (TX2), implantação da linha de transmissão e aquisição
de terrenos, informou a OSX.
O resultado da LLX
segue outros já divulgados pelo grupo EBX. A MMX, dedicada à mineração,
encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 49,3 milhões, queda de
23% em relação ao obtido no mesmo período de 2011. A OSX, empresa de
equipamentos e serviços para a indústria offshore de petróleo e gás natual do
grupo EBX, obteve lucro líquido de R$ 10,2 milhões no primeiro trimestre deste
ano. No mesmo período do ano passado, a empresa havia registrado prejuízo
líquido de R$ 21,8 milhões.
BP
Biocombustíveis prepara novo aporte de capital de R$ 59,9 milhões
Valor 11.05.2012 - A
BP Biocombustíveis, empresa sucroalcooleira da petroleira britânica BP,
convocou seus acionistas para votarem no dia 21 de maio um novo aumento de
capital no valor de R$ 59,9 milhões mediante subscrição de novas ações. Se
confirmado, será o quinto aumento de capital feito pela empresa desde o dia 29
de dezembro de 2011, totalizando R$ 280,5 milhões.
A BP está no Brasil
em biocombustíveis desde 2008, mas a maior parte de seus investimentos nessa
área foi feito nos últimos dois anos. Até agora, a petroleira investiu R$ 400
milhões em suas unidades de cana do Brasil, entre aportes industriais e
agrícolas — fora o valor pago pelas aquisições de usinas. A empresa tem três
usinas de açúcar e etanol em operação no país.
Yakult
rejeita participação maior da Danone
Folha 11.05.2012 - A
japonesa Yakult anunciou nesta sexta-feira que não quer que a francesa Danone
aumente a participação na companhia, alegando que isso poderia afetar a sua
independência.
No mês passado, a
imprensa japonesa noticiou que as companhias estavam em negociação para que a
Danone aumentasse de 20% para 28% a participação na Yakult.
De acordo com o que
foi noticiado, a francesa também poderia fazer uma oferta para comprar até 35%
da Yakult, o que daria poder de veto sobre as decisões do conselho e possível
controle sobre a fabricante.
No entanto, o
presidente interino dos negócios internacionais da companhia japonesa,
Yoshihiro Kawabata, revelou não querer que a Danone aumente sua participação na
Yakult.
"Atualmente
estamos tendo negociações amigáveis, por isso espero que isso não
aconteça", respondeu ele, diante da pergunta sobre o que a Yakult faria se
a Danone comprasse mais ações.
Construtora
nega trabalho escravo em Fernandópolis
Folha 11.05.2012 - A
Geccom Construtora, empresa responsável pela contratação da mão de obra
utilizada no projeto "Minha Casa, Minha Vida" em Fernandópolis (SP)
afirmou ao Grupo Estado que discorda do entendimento que o Ministério do
Trabalho teve sobre os operários da obra, encontrados em situação classificada
como análoga ao trabalho escravo. Segundo a assessoria de imprensa da empresa,
as irregularidades já estariam sendo resolvidas perante a Justiça.
A Geccom afirmou que
teria assinado um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC), na quarta-feira, e que
teria efetuado o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores após o
Ministério Público do Trabalho ter denunciado a situação dos operários.
Ainda de acordo com a
assessoria da construtora, a contratação dos 90 homens foi realizada por uma
empreiteira terceirizada, sem o conhecimento da empresa. Esse aliciamento teria
sido feito em abril deste ano, e agentes fiscais da própria construtora teriam
identificado as irregularidades. A empresa estaria em processo de regularização
quando a denúncia aconteceu.
"Nós já havíamos
notado as irregularidades e estávamos indo atrás da regularização, mas não
houve tempo hábil pois toda a parte jurídica não foi concluída quando a
denúncia aconteceu", informou a Geccom.
A construtora não
soube informar o nome da empreiteira que seria responsável para realizar a mão
de obra no projeto. Entretanto, afirmou que não irá continuar os trabalhos com
a empresa que contrata os operários.
Inquérito: Cerca de
90 operários de uma obra do 'Minha Casa, Minha Vida' foram encontrados em
condições de trabalho análogas à escravidão por agentes do Ministério Público
do Trabalho de Campinas, na última sexta-feira (4), depois que trabalhadores da
obra em questão realizaram uma denúncia no MPT de São José do Rio Preto, pasta
que atende a região de Fernandópolis. De acordo com a assessoria de imprensa do
Ministério Público, fiscais foram enviados à Fernandópolis e constaram diversas
irregularidades. De acordo com o MPT, um inquérito foi instaurado para
investigar o caso e a obra está embargada até que todas as irregularidades
sejam solucionadas.
A pasta informou que
o projeto 'Minha Casa, Minha Vida' é sustentado com verbas do Ministério das
Cidades e da Caixa Econômica Federal. Neste caso, assim que a verba destinada é
aplicada, cabe ao município ou cidade contratar uma empresa terceirizada capaz
de fornecer mão de obra para as construções.
A assessoria de
imprensa do MPT afirmou que cabe à Caixa Econômica Federal fiscalizar a
regularidade do trabalho antes de liberar a verba.
Positivo Informática registra venda recorde de 490 mil
PCs
MonitorMercantil
10.05.2012 - A Positivo Informática anunciou seus resultados do primeiro
trimestre deste ano. As informações financeiras e operacionais são apresentadas
em IFRS e em reais. No período, foram
vendidos 490,8 mil computadores sob as marcas Positivo e Positivo BGH,
crescimento de 25,7% em relação ao 1T11. As vendas no Brasil totalizaram 451,3
mil unidades, aumento de 15,6% na mesma comparação, impulsionado pelo volume
recorde para um primeiro trimestre no varejo, refletindo a manutenção de parte
dos ganhos de participação de mercado obtidos no quarto trimestre do ano
passado (4T11). O volume na Argentina registrou 39,5 mil PCs, praticamente todo
realizado no varejo. O varejo apresentou
o melhor desempenho entre os segmentos de atuação da companhia no 1T12, com
volume de 417,4 mil PCs vendidos no Brasil e na Argentina. Foi registrado
aumento de 39,6% em relação ao 1T11, impulsionado principalmente pela operação
brasileira, que teve volume recorde para um primeiro trimestre. Cabe ressaltar
que, no período, a distribuição dos computadores Positivo ultrapassou 9 mil
pontos de venda no Brasil, principalmente devido à entrada de novas redes de
pequeno e médio portes no portfólio de clientes da companhia.
No 1T12, foram
vendidos 42,4 mil computadores para clientes de governo. O menor volume reflete
a concentração da carteira de entregas previstas para serem realizadas a partir
do segundo trimestre deste ano. No Brasil, a carteira estimada para 2012 já
conta com mais de 350 mil PCs, o que representa mais de 90% de todo o volume
entregue no ano anterior. Esta previsão ainda não contempla o volume de projeto
de governo envolvendo o fornecimento de até 650 mil tablets para o Ministério
da Educação (MEC), o qual se encontra em fase de homologação. Na Argentina,
novos projetos sob a marca Positivo BGH elevaram a carteira projetada de
governo para 2012. A previsão anterior, de 25 mil notebooks, está atualmente
estimada em mais de 100 mil unidades.
A receita bruta do
1T12 totalizou R$ 508,3 milhões, crescimento de 5,7% em relação ao mesmo
período de 2011, enquanto a receita líquida foi de R$ 457,9 milhões no 1T12,
aumento de 8,6% em relação ao 1T11.
O lucro líquido
registrou R$ 9,8 milhões no 1T12, correspondendo a uma margem líquida de 2,1%,
recuperação de 10,1 p.p. na comparação anual, reflexo das medidas implementadas
ao longo de 2011 para aumentar a competitividade da companhia em sua operação
brasileira. O Ebitda registrou R$ 15,5
milhões no 1T12, representando uma margem Ebitda de 3,4%, recuperação de 5,2
p.p. em relação aos dados ajustados do 1T11.
A companhia registrou
geração operacional de caixa de R$ 150,4 milhões no 1T12, novo recorde
trimestral, o que proporcionou a redução de 54,6%, ou R$ 136 milhões, em seu
endividamento líquido.
EDP lucra 337,2 mi de euros no 1º trimestre, 1,5% menos
Estadão 10.05.2012 -
A Energias de Portugal (EDP) registrou lucro líquido de 337,2 milhões de euros
no primeiro trimestre deste ano, queda de 1,5% ante o lucro líquido de 342,4
milhões de euros apurado no mesmo período de 2011,
apesar do forte desempenho de sua unidade de energia renovável. O resultado,
que foi influenciado pela alta dos custos financeiros, ficou acima da média de
294,4 milhões de euros de quatro analistas consultados pela Dow Jones. As ações
da companhia fecharam em alta de 0,90% na Bolsa de Lisboa.
O Ebitda (lucro antes
de juros, impostos, depreciação e amortizações) caiu para 1 bilhão de euros no
primeiro trimestre, ante 1,03 bilhão de euros no mesmo trimestre de 2011. O
Ebitda da unidade de energia renovável da EDP somou 263,5 milhões de euros,
aumento de 20% no trimestre em bases anuais.
BNDES aprova R$ 226,2 milhões para usina Santa Terezinha
Valor 10.05.2012 - O
BNDES aprovou ontem financiamento de R$ 226,2 milhões para a usina de cana
Santa Terezinha, do Paraná. É a primeira aprovação de projeto do Prorenova —
linha do banco lançada em janeiro e que vai destinar R$ 4 bilhões para plantio
de canaviais.
Os recursos para a
Santa Terezinha serão destinados ao plantio de 67 mil hectares de cana no
Paraná — 9 mil hectares de novos canaviais e 58 mil hectares de reforma dos já
existentes.
O BNDES Prorenova
financiará 80% do valor total do investimento, de R$ 284 milhões. O prazo de
implantação do projeto da Santa Terezinha é de 12 meses. Ao fim desse período,
a idade média do canavial deve cair de 3,54 anos, aferida em 2011, para 3,23
anos, em dezembro de 2012, segundo informações do BNDES.
A capacidade de
moagem da Santa Terezinha é de 19 milhões de toneladas de cana, divididas em
oito usinas, que produzem etanol e açúcar.
Lucro da Caixa sobe 46% e banco diz que inadimplência é
estável
Folha 10.05.2012 - A
Caixa Econômica Federal informou nesta quinta-feira que teve lucro de R$ 1,2
bilhão no primeiro trimestre do ano.
O resultado é 46,1%
superior ao mesmo período do ano anterior. Segundo o banco, houve retorno sobre
patrimônio líquido médio de 25,3%.
A carteira de crédito
do banco teve crescimento de 7,7% no trimestre, chegando a cerca de R$ 270
bilhões no final de março. A Caixa afirmou que o crescimento em 12 meses foi de
41,1%
"Com isto a
instituição elevou para 13% sua participação no mercado, aumento de 2,1 pontos
percentuais em um ano, enquanto a inadimplência se manteve estável na faixa de
2,0%", disse.
O crescimento da
receita de operações de crédito foi de 31,7%, para R$ 8,2 bilhões. A renda com
prestação de serviços aumentou 18,6% no período, para R$ 3,3 bilhões. "O total de ativos administrados atingiu
R$ 1,1 trilhão, dos quais R$ 558,1 bilhões são ativos próprios, que
apresentaram evolução de 29,4% frente a igual período do ano anterior.
Destacaram-se ainda R$ 300,7 bilhões em FGTS e R$ 161,4 bilhões em fundos de investimento
de rede e exclusivos", informou a Caixa.
De acordo com nota do
banco, o saldo das cadernetas de poupança apresentou crescimento de 16,7% em 12
meses, fechando o mês de março com R$ 154,7 bilhões. O valor representa uma
participação de 36,1% no mercado. O patrimônio líquido consolidado fechou março
em R$ 20,5 bilhões, alta de 17,5% em 12 meses. "O patrimônio de referência
era de R$ 40,4 bilhões, enquanto o Índice de Basiléia alcançou 12,8%."
O saldo da carteira
de crédito comercial em março foi de R$ 86,3 bilhões, uma evolução de 41,8% em
12 meses. As operações de crédito com pessoas físicas tiveram saldo de R$ 40,7
bilhões em março, alta de 11,1% no trimestre e de 44,7% em 12 meses.
As pessoas jurídicas
contrataram R$ 14,9 bilhões em operações de crédito, gerando saldo de R$ 45,6
bilhões, crescimento de cerca de 7% em relação a dezembro de 2011 e de 39,4% em
12 meses. "Foram aplicados R$ 9,4 bilhões em crédito às micro e pequenas
empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões, valor 47,7% maior em relação ao
mesmo período do ano passado."
"Em operações de
microcrédito, a Caixa aplicou, no trimestre, R$ 80,9 milhões, dos quais R$ 73,9
milhões correspondem a contratações do Programa Crescer, lançado em agosto de
2011, para incentivar a geração de trabalho e renda para empreendedores formais
e informais com faturamento anual de até R$ 120 mil. O Programa atendeu a 9 mil
clientes, dos quais, mil são beneficiários do Bolsa Família."
Ainda segundo nota do
banco, a carteira imobiliária teve saldo de R$ 164,6 bilhões em março, aumento
de 40,6% em 12 meses.
As operações com
recursos da poupança somaram R$ 85,0 bilhões (alta de 37,7%). Nas linhas com
recursos do FGTS, o banco alcançou R$ 79,4 bilhões (crescimento de 44,3%).
O banco liberou R$ 22
bilhões para habitação, valor 49,7% superior ao liberado em março de 2011.
"Os
financiamentos tiveram crescimento de 44,9% no total de R$ 16,9 bilhões, dos
quais R$ 8,4 bilhões foram realizados com recursos da poupança (SBPE) e R$ 7,6
bilhões com linhas que utilizam o FGTS. Além disso, foram destinados R$ 1,7
bilhão para subsídios e R$ 3,4 bilhões em arrendamentos residenciais e
repasses."
Os contratos
realizados no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida somaram R$ 10,8 bilhões,
dos quais R$ 5,9 bilhões com recursos do FGTS, R$ 1,5 bilhão com subsídios e R$
3,4 bilhões em arrendamentos residenciais e repasses.
A Caixa Econômica
Federal afirmou que o índice de inadimplência das operações comerciais em 12
meses reduziu e encerrou o trimestre com 2,97%, enquanto o crédito imobiliário
registrou 1,80%.
"O atraso total
do crédito na Caixa fechou o primeiro trimestre em 2,07%, abaixo dos 2,14%,
índice apresentado no mesmo período de 2011."
De acordo com o
banco, mais de 90% das operações de crédito em março estava concentrada nos
ratings de AA até C. A provisão para créditos de liquidação duvidosa
representava 6,1% da carteira de crédito.
Os depósitos somaram
R$ 268,8 bilhões no final de março, crescimento de 18,1% em 12 meses.
Os CDB/RDB captaram
R$ 4,2 bilhões no trimestre e atingiram saldo de R$ 44,5 bilhões. As Letras
Imobiliárias e Financeiras captaram R$ 3,4 bilhões no ano e apresentaram saldo
de R$ 24,9 bilhões ao final do período.
Em março, o
patrimônio administrado era de R$ 349,7 bilhões em fundos de rede, exclusivos,
carteiras administradas, FI FGTS e outros, um aumento de 13,7% em relação ano
anterior.
O banco fechou março
de 2012 com 60,5 milhões de clientes --considerando correntistas e
poupadores--, um crescimento de 10,4% em relação a março de 2011. Das 19,8
milhões de contas correntes, 18,5 milhões destinavam-se a pessoas físicas.
A Caixa e o Banco do
Brasil deram início, em abril, a uma onda de cortes nos juros oferecidos no
crédito a consumidores e empresas. O movimento, que atendeu a um chamado do
governo, buscava forçar a concorrência no setor e induzir mais bancos a
praticar taxas menores.
Desde então, os
principais bancos do país aderiram ao esforço e já anunciaram a diminuição das
taxas de juros em diferentes linhas de créditos.
EDP vai disputar leilão A-5 com hidrelétrica de 400 MW
Valor 10.05.2012 - A
EDP Energias do Brasil, controladora de companhias de geração, distribuição e
transmissão, vai disputar leilão de energia que a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) planeja realizar em agosto para entrega do insumo dentro de
cinco anos, o chamado leilão A-5.
“Vamos participar com
uma parceria para uma usina hídrica de 400 megawatt (MW)”, disse o
vice-presidente de controle de gestão, finanças e relações com investidores da
empresa, Miguel Dias Amaro, a analistas durante teleconferência de resultados
de balanço hoje em São Paulo.
A área de geração
respondeu por 21% da receita líquida consolidada de R$ 1,4 bilhão entre janeiro
e março desse ano, 12,5% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
O executivo disse que
espera para o restante do ano um comportamento da demanda semelhante ao
registrado no primeiro trimestre: estabilidade na indústria e expansão no
comércio e no grupo residencial.
“A indústria ainda
não refletiu as medidas adotadas pelo governo para incentivar o consumo. O
(consumo) nas residência e no comércio vai depender da temperatura”, disse
Miguel Amaro.
No primeiro
trimestre, o lucro da EDP recuou 24,3% ante igual período de 2011, para R$ 142
milhões. As receitas cresceram 3,9%, para R$ 1,4 bilhão, mas os custos saltaram
13,9%, para R$ 996,4 milhões.
BNDES aprova R$ 226,2 milhões para usina Santa Terezinha
Valor 10.05.2012 - O
BNDES aprovou ontem financiamento de R$ 226,2 milhões para a usina de cana
Santa Terezinha, do Paraná. É a primeira aprovação de projeto do Prorenova —
linha do banco lançada em janeiro e que vai destinar R$ 4 bilhões para plantio
de canaviais.
Os recursos para a
Santa Terezinha serão destinados ao plantio de 67 mil hectares de cana no
Paraná — 9 mil hectares de novos canaviais e 58 mil hectares de reforma dos já
existentes.
O BNDES Prorenova
financiará 80% do valor total do investimento, de R$ 284 milhões. O prazo de
implantação do projeto da Santa Terezinha é de 12 meses. Ao fim desse período,
a idade média do canavial deve cair de 3,54 anos, aferida em 2011, para 3,23
anos, em dezembro de 2012, segundo informações do BNDES.
A capacidade de
moagem da Santa Terezinha é de 19 milhões de toneladas de cana, divididas em
oito usinas, que produzem etanol e açúcar.
Trabalhadores de Belo Monte não retornaram ao trabalho
Estadão 10.05.2012 -
Liminar decretou a greve ilegal, mas operários não voltaram aos canteiros de
obras; consórcio diz que forneceu ônibus para transporte. As obras nos
canteiros da Usina de Belo Monte na Volta Grande do Xingu em Altamira do Pará
continuam paralisadas nesta quarta-feira. Os trabalhadores estão em greve desde
o dia 23.
A greve foi decretada
ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região no dia 25. No dia
27, a liminar foi suspensa temporariamente a pedido do Consórcio Construtor
Belo Monte na Ação Cautelar 0000230-78/2012 até esta terça-feira, 1º de maio. O
Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) informou, através da assessoria, que
hoje colocou toda a infraestrutura para a retomada dos serviços inclusive os
ônibus que transportam os trabalhadores, mas eles não voltaram. "Eles
seguiram fazendo a barricada contrariando a decisão do interdito proibitório
que proibiu o fechamento do Travessão no Km 27 da Transamazônica",disse a
assessoria.
Já o Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav/PA) disse que os
trabalhadores não foram trabalhar porque "a empresa não disponibilizou
ônibus". O vice-presidente da entidade, Roginel Gobbo, afirmou que a
empresa colocou apenas os ônibus dos serviços essenciais. Ele nega que tenham
feito barricada no Travessão. "Fomos lá para observar", disse.
Gobbo acredita que a
direção do CCBM teria aceitado seu pedido de conceder a quarta-feira de folga
considerando que nos próximos dois dias (quinta e sexta-feira) os trabalhadores
estarão de folga por conta do recebimento do salário. Os trabalhadores do CCBM
entraram em greve reivindicando reajuste da cesta básica de R$ 95 para R$ 300,
e a redução do período de seis para três meses para visita a família. A Justiça
do Trabalho considerou a greve ilegal, porque o acordo coletivo firmado ano
passado ainda está em vigor e não está sendo descumprido.
Exportação de carne de frango recua 4,7% em abril
Valor 10.05.2012 - A
receita com as exportações brasileiras de carne de frango caiu 4,7% em abril,
para US$ 656,8 milhões, em relação o mesmo mês de 2011. Já o volume embarcado,
de 331 mil toneladas, aumentou 1,8% na mesma comparação. Os números foram
divulgados hoje pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef).
No acumulado do ano,
a receita com os embarques recuou 0,5%, para US$ 2,5 bilhões, ante os quatro
primeiros meses do ano passado . O volume vendido ao exterior cresceu 3,7% no
período e somou 1,3 milhão de toneladas.
A Ubabef declarou que
a queda nos volumes embarcados para Kuait, Qatar, Turquia e outros países do
Oriente Médio e Europa foi parcialmente
compensada pelo crescimento das vendas para as nações africanas.
Principal destino das
exportações brasileiras de carne de frango, o Oriente Médio importou 433,5 mil
toneladas dos produtos em 2012, recuo de 9,4% em relação ao primeiro
quadrimestre de 2011.
Para o continente
asiático, segundo maior importador do produto do Brasil, foram embarcadas 388
mil toneladas, alta de 12,7% no período. Já as vendas externas para a África
cresceram 43,9%, totalizando 210,7 mil toneladas.
Lucro da EzTec cai 3,7% no primeiro trimestre
Brasil Econômico
10.05.2012 - A expectativa é que 50% do
guidance seja cumprido no segundo trimestre. A EzTec registrou lucro líquido R$
78,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, valor 3,7% inferior ao ganho de
R$ 56,425 milhões observado no mesmo período de 2011.
Segundo o balanço
divulgado na noite de quarta-feira (9/5), a receita líquida avançou 0,9% na
comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 185,9 milhões.
As vendas
contratadas, considerando a participação da EzTec, totalizaram R$ 238,9
milhões, queda de 36% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
A empresa reduziu o
volume de lançamentos, que somaram R$ 144,2 milhões no primeiro trimestre, uma
queda de 67,6% ante o mesmo período de 2011.
Com a redução na
oferta de novos empreendimentos, a empresa manteve seu indicador de velocidade
de vendas (vendas sobre a oferta) em 32,1%.
A geração operacional
de caixa, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização),
atingiu R$ 73,1 milhões, o que representa um aumento de 7,2% frente ao
verificado um ano antes.
"Consideramos o
dado positivo, visto que não gera pressão desfavorável à política de preços ou
questionamentos quanto à capacidade de entrega", opina Wesley Bernabé,
analista da BB Investimentos, em relatório.
Para Bernabé, a
empresa vem apresentando números consistentes e índices de lucratividade acima
de suas metas.
"No entanto, por
observar um movimento de valorização expressiva nos últimos meses, optamos por
atribuir a avaliação "market perform" (em linha com a média do
mercado) para seus papéis no curto prazo", conclui o relatório do BB
Investimentos.
Sérgio Machado deve deixar Transpetro neste mês
Valor 10.05.2012 - O
ciclo do ex-senador cearense Sérgio Machado à frente da Transpetro, a
subsidiária de logística e transporte da Petrobras, parece estar chegando ao
fim depois de quase uma década. Ele é um dos poucos remanescentes da antiga
diretoria da Petrobras ainda no cargo. Ligado ao PMDB e com bom trânsito entre
os líderes do partido no Senado, Machado pode ser destituído ainda neste mês
logo após a entrega do navio João Cândido pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS),
prevista para 25 de maio, segundo apurou o Valor.
A possibilidade de
saída do executivo em um curto prazo ganhou força depois que a presidente da
Petrobras, Graça Foster, mudou quase toda a diretoria da Petrobras. Ela manteve
Almir Barbassa na diretoria financeira e ainda falta indicar um nome para
substituir o diretor da área internacional, Jorge Zelada, que é uma indicação
do PMDB, assim como Machado. Zelada está oficialmente de férias.
Há no meio político,
porém, quem avalie que Machado pode ganhar sobrevida na Transpetro em função da
necessidade do governo de manter a base aliada unida com o início dos trabalhos
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as relações de Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.
Na semana passada, o
ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, repetiu três vezes a palavra
"não" ao responder a um jornalista que perguntou se a Petrobras ia
mudar o presidente da Transpetro. Na ocasião Lobão deu a entender que a
Petrobras iria trocar o diretor financeiro, Almir Barbassa, mas terminou
desmentido pela Petrobras.
Machado vai completar
nove anos como presidente da Transpetro em 17 de junho. Se sair antes dessa
data, dificilmente o PMDB conseguirá manter o cargo, na avaliação de políticos
da própria base aliada do governo. Desde que assumiu, há quase três meses,
Graça Foster vem escolhendo, com carta branca da presidente Dilma Rousseff,
pessoas com perfil técnico para os cargos-chave na estatal e a tendência é de
que a lógica seja mantida no caso da Transpetro.
As mudanças na diretoria
da Petrobras desagradaram os caciques dos partidos aliados em Brasília e o
mesmo vale para a provável substituição na Transpetro. Uma alta fonte no Senado
reconheceu que é difícil para qualquer partido, no momento, bater de frente,
pela indicação de um cargo, com um governo cuja presidente tem os índices de
aprovação registrados por Dilma.
A influência do PMDB
e do PP na Petrobras já foi esvaziada com a saída do diretor de Abastecimento,
Paulo Roberto Costa, que era apoiado pelos dois partidos. PMDB e PP terão que
"dividir" agora a indicação do novo diretor internacional da
Petrobras, área que perdeu importância e que tem as decisões cada vez mais
concentradas na presidência da Petrobras. Um dos nomes que já foi comentado
para suceder Machado na Transpetro foi o de Richard Olm, que terminou indicado
para diretor de engenharia, tecnologia e materiais da Petrobras no lugar de
Renato Duque, sempre identificado como indicação do ex-ministro da Casa Civil,
José Dirceu.
Procurada, a
Transpetro não se pronuncia sobre o assunto. O apetite dos partidos pela
empresa se justifica. A principal carteira de projetos da Transpetro hoje, a
construção de navios do programa para a renovação da frota (Promef), soma R$ 10
bilhões. A construção naval é um setor que emprega muita mão de obra, o que
ajuda a puxar votos e é um ótimo palanque. Mas essa carteira bilionária
mostrou-se também um problema para a gestão de Machado na Transpetro. Ele foi a
ponta-de-lança do governo do ex-presidente Lula no movimento de recuperar a construção
naval no país, que estava abandonada depois de planos anteriores, desde o
governo de Juscelino Kubitschek, na década de 1950, que naufragaram. Mas o
pioneirismo também cobrou um preço sobre a gestão de Machado, que construiu uma
boa relação com trabalhadores e entidades empresariais do setor. O Estaleiro
Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, é considerado a estrela da indústria naval
nascente mas enfrenta problemas e dívidas. Só com o EAS a Transpetro tem uma
carteira de construção de 22 navios petroleiros que somam mais de R$ 7 bilhões
em investimentos, dos quais 90% financiados pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Até hoje nenhum navio
da Transpetro foi entregue. O primeiro deles, o João Cândido, tem prevista
entrega no dia 25 deste mês com mais de dois anos de atraso e um custo não
menor do que R$ 350 milhões, mais de 23% sobre a média do contrato original. No
meio empresarial, o receio é que Machado seja trocado por outro político,
hipótese que parece improvável, uma vez que qualquer mudança na Petrobras pode
significar incertezas para empresas prestadoras de serviços da estatal.
De acordo com dados
fornecidos pela assessoria da Transpetro, a receita da empresa no ano passado,
de R$ 5,758 bilhões, foi 15% superior à de 2010, e o lucro líquido, de 629,5
milhões, subiu 14%.
Farmas terão R$ 5 bilhões do BNDES
Valor 10.05.2012 -
Pedro Palmeira, do BNDES, acredita que os projetos de inovação das
farmacêuticas devem despontar nos próximos anos.
O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) está reestruturando o Profarma,
programa de apoio ao desenvolvimento do complexo industrial da saúde, e vai
elevar a carteira para R$ 5 bilhões. Esses recursos estarão disponíveis a
partir de julho deste ano até 2016 para financiar projetos de inovação e
expansão das indústrias farmacêuticas instaladas no país. Nesse montante estão
incluídos futuros negócios envolvendo o braço de participações do BNDES, o
BNDESPar. Criado em 2004, o Profarma já foi reestruturado duas vezes. Essa
terceira fase do programa de financiamento terá um perfil voltado para projetos
de inovação, com forte apoio do governo federal, que faz suas apostas no
desenvolvimento de medicamentos complexos no país.
O Valor apurou que há
pelo menos três grandes projetos que vão se beneficiar dos recursos do banco,
como as duas "superfarmacêuticas" nacionais que estão sendo criadas e
que podem ter o BNDESPar como sócio. A multinacional suíça Novartis, que
planeja erguer uma fábrica de vacina em Pernambuco, negocia financiamento do
banco. O BNDES não comenta projetos que ainda não foram formalizados.
Anunciada em abril
como o primeiro laboratório nacional que investirá na produção de medicamentos
biológicos e biossimilares, a BioNovis, cujos acionistas são as farmacêuticas
Aché, EMS, Hypermarcas e União Química, está em discussão de como será o modelo
de financiamento da companhia. Os atuais acionistas fizeram aporte de R$ 200
milhões na BioNovis e devem investir até R$ 300 milhões para construir um
laboratório e um centro de pesquisa e desenvolvimento, afirmou Odnir Finotti,
presidente da companhia. A entrada do BNDES e como o banco participará desse
projeto está em discussão.
Ainda em estágio
menos avançado, o outro "superlaboratório", cujos sócios são as
nacionais Eurofarma, Cristália, Biolab e Libbs, também vai recorrer ao banco
para colocar seu projeto em andamento (ver matéria abaixo).
A multinacional suíça
Novartis deverá tirar do papel este ano o projeto de construção de sua fábrica
de vacinas no país, em Pernambuco, orçado em US$ 500 milhões. As obras estão na
fase de terraplenagem. A unidade deverá ser erguida a partir de setembro,
afirmou uma fonte. O BNDES deverá financiar parte desse projeto, que prevê a
produção de vacinas para meningite B. Nessa fábrica serão produzidas três
proteínas recombinantes, que vão exportadas para a Europa. A carteira do
Profarma até o abril totalizava R$ 3,596 bilhões, dos quais R$ 2,097 bilhões já
estavam comprometidos com financiamentos para o setor. Em 2011, pela primeira
vez desde que o programa foi criado, os projetos de inovação ultrapassaram os
de produção (estímulo de expansão de unidades, por exemplo). No ano passado, os
desembolsos para inovação ficaram em 50% do total, enquanto os de produção
ficaram em 39% (ver quadro acima). Pedro Palmeira, chefe do departamento de
produtos intermediários químicos e farmacêuticos do BNDES, acredita que os
projetos de inovação tendem a despontar mais nos próximos anos. Segundo ele, as
empresas nacionais estão começando a direcionar seus investimentos para
biotecnologia. "No início do programa, as demandas eram mais voltadas para
adequação das fábricas existentes, por exemplo." As multinacionais
farmacêuticas também começaram a encaminhar projetos para serem financiados
pelo BNDES, afirmou João Paulo Pieroni, gerente do departamento de produtos
intermediários químicos e farmacêuticos do banco. Do total desembolsado pelo
banco para o setor, apenas 15% dos recursos vão companhias estrangeiras.
Azul amplia frota e contratações mesmo com desaceleração
do setor
Valor 10.05.2012 -
"A economia vai melhorar", disse ontem David Neeleman, da Azul, que
planeja contratar cerca de 300 tripulantes.
Apesar da recente
desaceleração do fluxo de viagens aéreas no país, a Azul acredita no aumento da
sua demanda para os próximos meses. O presidente do conselho de administração e
fundador da companhia, David Neeleman, aposta no crescimento das cidades
médias, foco da empresa, e prevê um desempenho mais forte do país até o fim do
ano.
"A economia vai
melhorar", disse ontem. A Azul planeja contratar cerca de 300 tripulantes
ao longo do ano, por causa da expansão da sua frota e das rotas que opera. A
empresa pretende fechar 2012 com 63 aeronaves, um crescimento líquido de 12
unidades diante de 2011.
A TAM e a Gol estimam
redução na oferta de assentos de até 2% em 2012. De janeiro a março, a Gol
dispensou 300 tripulantes para se adequar a redução de 10% de sua malha de
voos. A demanda doméstica teve alta de só 1,27% em março, na comparação anual,
o pior resultado desde maio de 2009.
Para o diretor de
comunicação da Azul, Gianfranco Beting, o momento é de expandir. "Quem
está na contramão, são eles [os concorrentes]", considera. As companhias
aéreas de médio porte foram as que mais cresceram no período. A Avianca teve a
maior alta de demanda em março em relação ao mesmo mês do ano passado, de 131%,
seguida de Trip e Azul, com 68,7% e 31,8%, respectivamente.
A Azul anunciou ontem
a criação de uma escola para profissionais de aviação, a Academia de Serviços
Azul (ASA). O objetivo é facilitar o acesso à formação em uma área cuja demanda
não está sendo atendida pelo mercado. Neeleman diz que, embora não haja
compromisso de contratação, a possibilidade dos graduados serem chamados pela
Azul é grande, pois a formação é compatível com a demanda atual da empresa.
"Nós não vamos treinar mais que precisamos", afirma. Serão abertas,
inicialmente, 20 vagas para o curso de pilotos e 25 para o de comissários. As
aulas serão feitas em parceria com a EJ Escola Aeronáutica, de Itápolis (SP), e
poderão ser financiada pelo Santander. O curso de piloto dura dez meses e o
preço das aulas é de R$ 81,6 mil.
A Azul tem cerca de
10% do mercado e, segundo Beting, embora planeje crescer, não o fará a qualquer
custo. "Não vamos comprar participação de mercado." A companhia prevê
operar em dez novas cidades este ano e não descarta abrir uma rota para Punta
del Este, para funcionar na alta temporada.
Gafisa prevê reduzir perdas com baixa renda
Valor 10.05.2012 - A
Gafisa espera reduzir, ao longo dos próximos trimestres, suas provisões para
créditos de liquidação duvidosa e distratos. Em 31 de março, as provisões com
essa finalidade eram de R$ 428,22 milhões, abaixo dos R$ 514,65 milhões
registrados em 31 de dezembro de 2011. A companhia faz provisão para distratos
quando há atrasos de pagamento superiores a 180 dias.
A baixa ao valor
provisionado para cada unidade com pagamento atrasado há mais de seis meses é
feita quando ocorre a ruptura do respectivo contrato, mesmo antes de o imóvel
ser vendido a outro cliente. Os distratos ocorrem, principalmente, em unidades
da divisão de baixa renda Tenda, que respondeu, no primeiro trimestre, por R$
420 milhões do total provisionado para esse objetivo.
No primeiro
trimestre, houve R$ 340 milhões em distratos referentes à Tenda. Parte desse
valor foi baixado das provisões e outra parcela teve impacto na receita,
segundo o diretor-executivo de Planejamento e Controle, Fernando Calamita. Com
a reversão de receita decorrente de distratos da Tenda, a companhia registrou
prejuízo de R$ 31,5 milhões no primeiro trimestre. As vendas de Tenda foram
negativas em R$ 90,443 milhões no período.
Em função do tamanho
da carteira de clientes da Tenda, ainda se espera que ocorram distratos
referentes a vendas já realizadas, de acordo com o diretor-executivo Financeiro
e Relações com Investidores da Gafisa, André Bergstein.
Conforme o presidente
da companhia, Duilio Calciolari, a partir do segundo semestre, os distratos
tendem a ser reduzidos. A ruptura de contratos da Tenda têm ocorrido,
principalmente, em unidades cujo avanço das obras corresponde a 70%, pelas
quais a companhia recebeu 6% do total a ser pago.
A companhia estima
que as obras iniciadas da Tenda devem ser entregues entre 15 e 18 meses. A
partir daí, pode não ser necessário constituir provisão para esta necessidade.
"Nas vendas novas, o percentual de distratos vai ser mínimo", afirma
o diretor financeiro.
A expectativa de
redução do nível de inadimplência e de distratos para novas vendas resulta do
maior rigor adotado pela companhia nas vendas dos produtos Tenda. Desde meados
de novembro de 2011, a comercialização de unidades da divisão de baixa renda
ocorre somente quando o cliente é passível de ser repassado para a Caixa
Econômica Federal. Os futuros lançamentos da Tenda também terão de se encaixar
nesse critério.
"À medida que os
distratos diminuírem, a tendência é termos margem maior, o que vai acontecer ao
longo do ano", disse o diretor de Planejamento e Controle.
Há casos em que não
há provisões para os distratos. Exemplo disso é quando o cliente não tinha
atrasos de pagamento superiores a seis meses, mas seu perfil foi considerado
inadequado pela Caixa no momento do repasse em função de a renda ficar abaixo
ou acima da permitida para o financiamento.
Em abril, a Tenda assinou
30% a menos de contratos com a Caixa problemas no sistema de repasses do banco
público, durante três semanas. A companhia esperava repassar até 1,2 mil clientes
da Tenda para a Caixa, no mês, mas 900 contratos foram assinados. A Gafisa
espera que o volume de contratos da Tenda que deixou de ser repassado para a
Caixa em abril seja recuperado neste trimestre.
Ontem, a companhia
informou também que espera vender R$ 100 milhões em terrenos não estratégicos
até o fim do ano. Há algumas áreas em negociação. A venda de terrenos em locais
que deixaram de ser considerados estratégicos faz parte do plano da companhia
para se tornar geradora operacional de caixa e reduzir seu endividamento.
Lucro da Bematech sobe 28% no trimestre
Valor 10.05.20121 - A
Bematech, companhia brasileira especializada em automação de pontos de venda,
registrou um avanço de 28% no lucro líquido no primeiro trimestre de 2012,
totalizando R$ 6 milhões. O total superou estimativa do Banco Banif, que
projetava um lucro líquido de R$ 5,4 milhões, 14,1% superior ao do primeiro
trimestre de 2011.
O crescimento foi
conquistado mesmo com a receita mantendo-se praticamente inalterada. No
primeiro trimestre de 2012, a companhia registrou receita líquida de R$ 70,9
milhões. No mesmo período do ano passado, o resultado foi de R$ 70,7 milhões. O
valor estimado pelo Banif para o período era de R$ 71,7 milhões.
Segundo Cléber
Morais, executivo-chefe da Bematech, a melhora do lucro é reflexo do processo
de reestruturação iniciado no ano passado. O esforço foi encabeçado por Morais,
que completou um ano no cargo ontem. "Estamos arrumando a casa, procurando
sinergias. Pavimentamos a estrada para um 2012 de muito otimismo", diz o
executivo.
Nos últimos 12 meses,
o executivo adotou medidas como a reorganização de diretores e gerentes, a
ampliação dos canais de distribuição e o direcionamento de esforços para a
venda integrada de software, equipamentos e serviços. No período, a companhia
também completou a aquisição da CMNet, especializada em sistemas para a área de
hotelaria. De acordo com Morais, a Bematech atende a 1 milhão de clientes no
país. "E ainda há muito espaço para crescer na medida em que o varejo
busca se informatizar", diz.
Lucro da Telefônica Brasil cai 15% no primeiro trimestre
Brasil Econômico 10.05.2012
- Em serviços móveis, a empresa registrou 74,7 milhões de acessos, um aumento
de 20,5%. A receita líquida operacional
da empresa cresceu 3,7%, somando R$ 8,3 bilhões.
A Telefônica Brasil
obteve lucro líquido de R$ 956,6 milhões no primeiro trimestre, queda de 15,2%
comparado ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida
operacional da empresa cresceu 3,7%, somando R$ 8,3 bilhões no primeiro
trimestre. No período, a receita de serviços de telefonia móvel avançou 12,8%,
para R$ 4,9 bilhões. Já a receita com serviços de telefonia fixa caiu 4,1%,
para R$ 3,2 bilhões.
Em serviços móveis, a
empresa registrou 74,8 milhões de acessos, um aumento de 20,5% frente ao
primeiro trimestre.
A participação de
mercado da empresa em serviços pós-pagos atingiu 36,5% no trimestre, alta de
0,9 ponto percentual. Já a participação em banda larga cresceu 2,2 pontos, para
43,8%.
Em contrapartida, os
acessos em telefonia fixa caíram 2,6%, para 10,8 milhões no primeiro trimestre.
A empresa destacou que o lucro também sofreu impacto de efeitos contábeis da
incorporação da Vivo, a partir do segundo trimestre do ano passado.
O Ebitda (lucro antes
de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,847 bilhões,
praticamente estável em relação ao primeiro trimestre de 2011. A empresa elevou
as despesas financeiras no mês, com maiores gastos com juros. O resultado
financeiro líquido foi negativo em R$ 63,1 milhões, frente a R$ 11,9 milhões no
mesmo período de 2011.
Canadense investe US$ 480 mi em mina de AL
Folha 10.05.2012 - A
mineradora Vale Verde, subsidiária brasileira da canadense Aura Minerals,
projeta para 2015 o início da exploração de uma mina de cobre em Alagoas.
A companhia deve
investir aproximadamente US$ 480 milhões (R$ 940 milhões) no empreendimento. Cerca
de 30% do capital será próprio.
"Nesses
projetos, a divisão costuma ser essa: 70% é financiado", afirma o
presidente da Aura Minerals, Jim Bannantine. Pesquisas apontam que a reserva da
mina é de 150 milhões de toneladas de cobre. A expectativa é que a exploração
dure até 15 anos.
A empresa acredita
que poderá produzir entre 6 milhões e 8 milhões de toneladas de concentrado de
cobre por ano. A princípio, 70% do produto será exportado. A mineradora, porém,
espera receber incentivos fiscais do governo para comercializar a mercadoria no
Brasil.
Os estudos de
viabilidade do projeto foram iniciados há quatro anos e serão concluídos até
setembro. O cronograma prevê que as obras comecem no segundo semestre de 2013 e
sejam entregues dois anos depois. A mina, conhecida como Serrote da Laje, fica
entre as cidades de Craíbas e Arapiraca (cerca de 125 km de Maceió). Para que
ela opere, será construída uma adutora na região. Uma parceria público-privada
será responsável pelo projeto, segundo o secretário de Planejamento do Estado,
Luiz Otávio Silva. Também está prevista uma subestação de energia. números 150
milhões de toneladas é o tamanho da reserva, 15 anos é o tempo de vida da mina
2 é o número de minas da companhia fora do país: uma no México e outra em
Honduras, 8 milhões de toneladas poderão ser produzidos por ano 2015 é quando a
exploração começará, 2 minas da empresa no Brasil já estão em operação, ambas
no Mato Grosso.
BNDES aprova financiamento de R$358 mi à Tractebel
Estadão 10.05.2012 -
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou
financiamento de 358 milhões de reais à Tractebel Energia, que investirá na
implementação de quatro parques eólicos em Trairi (CE). O empréstimo tem prazo
de amortização de 16 anos e representa cerca de 70 por cento dos itens
financiáveis dos projetos.
Os parques eólicos em
questão são Mundaú, Fleixeiras e Guajirú, com capacidade instalada de 30
megawatts (MW) cada, e Trairi, de 25,4 MW.
Os projetos devem
começar a operar no início de 2013 e terão a produção voltada para contratação
de longo prazo no mercado livre de energia.
Holding que controla JBS fecha acordo para comprar a
Delta
Folha 10.05.2012 -
Venda só será sacramentada após uma auditoria nas finanças da companhia, sem
prazo de conclusão. Holding afirma que Henrique Meirelles não terá nenhum cargo
ou função na gestão da empresa de construção. A J&F, holding que controla a
JBS (maior empresa de carnes do mundo), confirmou ontem o acordo para adquirir
a construtora Delta, envolvida no escândalo protagonizado por Carlos Cachoeira.
O Palácio do Planalto desaprovou a negociação e emitiu sinais de que está
disposto a considerar a empreiteira inidônea, o que ameaçaria as operações da
empresa. A venda só será sacramentada após auditoria na companhia, que não tem
prazo para terminar. O valor e o pagamento se darão após uma análise dos ativos
e dos contratos da construtora.
A empresa diz ter R$
5 bilhões em contratos a receber e o preço de mercado estava estimado em R$ 2,5
bilhões.
Se a
Controladoria-Geral da União considerar a Delta inidônea, a empresa ficaria
impedida de prestar novos serviços ao governo federal.
A empresa não
descarta recorrer à Justiça contra a event ual
declaração de inidoneidade. Nos bastidores, os envolvidos na operação apostam
na influência do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles -presidente do
conselho consultivo da J&F- para reverter, no âmbito político, qualquer
tendência nesse sentido.
O comunicado
destacou, porém, que Meirelles não terá nenhum cargo na empresa de construção.
No texto, a J&F disse que terá o direito de substituir a estrutura
administrativa da Delta, além de ficar isenta de responsabilidade sobre
contratos vigentes.
O presidente da
J&F, Joesley Batista, disse que o novo presidente da Delta será anunciado
nos próximos dias: "Nosso objetivo é honrar os contratos auditados e
preservar os mais de 30 mil empregos da Delta", disse.
Há duas semanas, o
presidente da Delta, Fernando Cavendish, anunciou sua licença. Foi substituído
por Carlos Alberto Verdini. Nos últimos dias a Delta deixou de atuar em obras
como as do Complexo Petroquímico do Rio e a reforma do Maracanã. A J&F tem participações em empresas de
alimentos, celulose, higiene e limpeza. A maior entre elas é a JBS, que tem
entre seus acionistas o BNDES, com participação de 31,4%. O banco já investiu
R$ 8,1 bilhões na empresa.
HSBC busca vender operações em mais 4 países da América
Latina
Estadão 10.05.2012 -
Banco vem abandonando mercados e negócios menores para cortar custos sob a
gestão do novo presidente-executivo. O HSBC está negociando a venda de suas
operações na Colômbia, Peru, Uruguai e Paraguai, em meio à contínua estratégia
do maior banco da Europa de deixar países onde tem pequena atuação ou não
apresenta crescimento suficiente. O banco
vem abandonando mercados e negócios menores para cortar custos sob a gestão do
novo presidente-executivo, Stuart Gulliver. A instituição financeira com sede
em Londres opera em 85 países, sendo que Gulliver tenta focar as operações em
mercados asiáticos de rápido crescimento. No ano passado, o banco realizou 27
transações para cortar mais de 60 bilhões de dólares em ativos de risco. O HSBC
tem 62 filiais nos quatro países latino-americanos que está abandonando: 24 no Peru,
20 na Colômbia, 11 no Uruguai e sete no Paraguai. Em todo o continente
americano, são 3 mil unidades. O banco não detalhou com quem está negociando
nem com quantos interessados.
Kassab põe Metrô na 'lista suja' por dívidas de IPTU.
Medida impede a companhia de receber verba da prefeitura para obras.
Folha 10.05.2012 -
Débitos inscritos em cadastro municipal de maus pagadores são de áreas
desapropriadas para estender a linha 5. A Prefeitura de São Paulo incluiu o
Metrô na lista de maus pagadores do município, o que, em tese, inviabiliza o
repasse de dinheiro ao sistema metroviário, uma das principais promessas do
prefeito Gilberto Kassab (PSD).
O motivo são dívidas
de IPTU de imóveis desapropriados para prolongar a linha 5-lilás, muitos em
áreas valorizadas da zona sul, como Ibirapuera, Moema, Santo Amaro, Brooklin e
Campo Belo.
Prefeitura e Metrô
dizem que a dívida é de R$ 90 mil, mas consultas feitas pela Folha no site da
administração municipal mostram que o valor corrigido (com custos judiciais)
pode chegar a R$ 1,4 milhão, como em um imóvel da avenida Guido Caloi (Santo
Amaro). Os débitos são anteriores às desapropriações, de 2009, mas as
inscrições foram feitas só em 2011. Ontem, havia 63 registros no Cadin,
cadastro de devedores de impostos, taxas e multas municipais. Com o "nome
sujo", o Metrô não pode receber dinheiro do município, assinar convênios
ou se beneficiar de incentivos fiscais, tributários ou de crédito, mas a
Secretaria dos Negócios Jurídicos diz desconhecer repasses não efetuados por
conta disso. Desde 2011, porém, quando o nome da companhia foi negativado,
nenhum centavo foi repassado, segundo o relatório da Agenda 2012, o plano de
metas da gestão. Quando não estava na "lista suja", recebeu R$ 50
milhões em 2009 e R$ 650 milhões em 2010. Kassab prometeu totalizar R$ 1 bilhão
até este ano.
Segundo a secretaria,
"salvo melhor juízo", a inscrição no Cadin não impede os repasses,
que podem ocorrer na forma de aumento de capital.
A lei do Cadin, no
entanto, veta aos inscritos o acesso a "desembolsos, a qualquer título, de
recursos públicos".
Na Justiça, o Metrô
lista até um convênio vetado com a Secretaria das Subprefeituras para
manutenção da ciclovia da linha 3-vermelha, entre as estações Tatuapé e
Itaquera.
À Justiça o Metrô diz
que a ação, adotada "de forma súbita", "viola direitos líquidos
e certos" e que está "na iminência de ter abalados todos os convênios
e contratos que exigem previamente a ausência de inscrição no Cadin".
"Com a
impossibilidade de honrar compromissos, estará sofrendo irreparáveis prejuízos
financeiros, o que acarretará a impossibilidade de cumprir cronogramas
assumidos, o comprometimento do seu patrimônio e a paralisação da sua
atividade", diz. O Metrô tem obtido liminares da Justiça para "limpar
seu nome", como a concedida em 2011 pela juíza Bruna Carrafa Bessa Levis,
da 6ª Vara da Fazenda Pública. "Débitos de IPTU anteriores à sua imissão
de posse são de responsabilidade dos proprietários anteriores", escreveu.
A prefeitura diz que,
na desapropriação, a lei prevê que o agente público deve apurar a existência de
débitos fiscais e descontá-los do valor pago. "Não há qualquer prova (...)
de que a impetrante [Metrô] tenha ao menos se preocupado em dar cumprimento [à
lei]", afirma em uma ação.
Internet no país é só a 40ª em velocidade
Folha 10.05.2012 -
Baixar um arquivo pode levar, no Brasil, até dez vezes o tempo que se gastaria
na Coreia do Sul, a líder em banda larga.
Faltam cabos de fibra
óptica e empresas podem entregar só 10% da velocidade; limite subirá a 60%
neste ano. A velocidade média da internet brasileira representa 10% da
utilizada na banda larga fixa da Coreia do Sul, a mais veloz do mundo em 2011.
Levantamento da Akamai, empresa americana de infraestrutura de rede, analisou o
tráfego de dados na rede da empresa em 187 países.
Numa lista de 50
países com ao menos 25 mil acessos à rede, a Coreia do Sul teve a maior
velocidade média, com 17,5 Mbps (megabits por segundo). O Brasil ficou em 40º,
com média de 1,8 Mbps -a média mundial foi 2,3 Mbps. A diferença entre os
países é explicada, sobretudo, pelo deficit de cabos de fibra óptica em várias
regiões do Brasil, de acordo com especialistas ouvidos pela Folha.
Na Coreia do Sul, a
banda larga se tornou um plano do governo há 20 anos, dando amplitude à rede de
fibra óptica, afirma Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTelebrasil
(sindicato das operadoras). No Brasil, só no ano passado o governo colocou em
sua pauta a banda larga. As maiores redes de fibra óptica são de operadoras
pequenas, como GVT e Net. Oi e Telefônica começaram a ampliar as redes em 2011.
Leilão pode sofrer novo adiamento
Valor 10.05.2012 -
Santana, da Aneel, diz que leilão depende do cancelamento das usinas do Bertin.
A pouco mais de um mês para a sua realização, o leilão "A-3" (com
início de entrega de energia em 2015), previsto para 28 de junho, pode ser
novamente adiado. O motivo é o mesmo da primeira ocasião, a falta de demanda
por parte das distribuidoras. O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) Edvaldo Santana disse ontem que a autarquia levará cerca de 90 dias
para decidir sobre o cancelamento de contratos de energia de termelétricas
previstas para entrar em operação em 2011 e que ainda não foram concluídas, a
maioria do grupo Bertin. O cancelamento desses contratos é fundamental para a
necessidade de compra de energia pelas distribuidoras. O órgão regulador vai
promover, entre 19 e 30 de abril, a segunda etapa da audiência pública sobre a
proposta de cancelamento dos contratos. Após esse período, a área técnica ainda
vai elaborar uma nota específica sobre o tema e submetê-la à decisão da
diretoria da agência.
"Se a Aneel
adotar a política de cancelar a outorga das usinas, algumas empresas que estão
sobrecontratadas passarão a ficar subcontratadas. Consequentemente, teremos uma
demanda para o leilão A-3, que passará a ser extremamente importante",
afirmou o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee), Nelson Leite. De acordo com a entidade, as distribuidoras
estão sobrecontratadas em 960 MW médios para 2015. O volume é equivalente à
energia firme de uma hidrelétrica do porte de Teles Pires, de 1.820 MW de
potência, em Mato Grosso.
Apesar do impasse, o
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse
na terça-feira que não acreditava em um adiamento do leilão. Ele, porém,
admitiu que a decisão da Aneel será crucial para a contratação de energia na
licitação. "É claro que, dependendo da decisão [da Aneel], aparece a
necessidade de contratar no leilão", destacou.
Ontem, durante o 9º
Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro, o
diretor da Aneel também afirmou que a qualidade do serviço das distribuidoras
de energia do país caiu nos últimos anos. Sem citar o nome das empresas, ele
disse que algumas companhias têm indicadores de qualidade piores do que aqueles
registrados antes de serem privatizadas, em meados da década de 1990. "Não
tenho dúvidas de que nos últimos dois anos a qualidade do serviço teve um
declínio", contou o diretor. Um dos principais motivos para a piora do
serviço foi o aumento da ocorrência de interrupções de fornecimento nas áreas
de concessão de algumas distribuidoras. O diretor, contudo, admitiu que as
próprias regras do setor vigentes até o ano passado davam brechas para as
distribuidoras investirem menos na qualidade do serviço. Quando algumas
empresas foram privatizadas, a Aneel estipulou um índice de qualidade menor do
que aquele que já era cumprido pelas empresas. Dessa forma, o novo controlador
ganhou uma "folga" entre o limite exigido e o realizado. "Havia
um incentivo perverso, que foi corrigido adiante."
A partir deste ano,
porém, a Aneel vai considerar os indicadores de qualidade da distribuidora no
cálculo do reajuste anual tarifário da empresa.
Santana criticou
ainda o descasamento entre os cronogramas de projetos de geração e transmissão
no país. "Temos um grave problema de planejamento de transmissão."
Segundo ele, são frequentes os casos em que as obras das usinas são concluídas,
mas as respectivas linhas de transmissão ainda não estão prontas para escoar a
energia para o restante do país.
O caso da
hidrelétrica de Santo Antônio, de 3.150 MW, no rio Madeira (RO), é um exemplo
do problema. A usina entrou em operação no fim de março, mas a primeira das
duas linhas, de 2 mil km de extensão, que conectarão o empreendimento ao
Sudeste ficará pronta somente no fim do ano. Hoje, a usina está fornecendo
energia para Porto Velho (RO). "Isso não pode se transformar numa coisa
normal", ressaltou Santana.
Para Nyse, há espaço para mais ADRs brasileiros
Valor 08.05.2012 - A
chegada de Scott Cutler a São Paulo na manhã de ontem não foi das mais
empolgantes: por causa do trânsito, ele demorou duas horas e meia do aeroporto
internacional de Guarulhos ao seu hotel na zona sul. Mas o estresse inicial não
tirou o ânimo do vice-presidente executivo da Nyse Euronext, a bolsa de valores
de Nova York, que chegava para uma estadia de quatro dias. Ele visitará empresas
que já têm recibos de ações listados no mercado americano (ADRs), bancos de
investimentos e potenciais empresas interessadas em listagens futuras.
"Investidores do mundo todo estão procurando oportunidades, e o Brasil é
um dos maiores mercados entre aqueles que crescem", disse Cuttler ao
Valor. O executivo não revelou se há empresas brasileiras na fila, mas
confirmou que há conversas nessa direção. Atualmente, os ADRs das 27 companhias
brasileiras negociados na Nyse movimentam, em média, US$ 2,8 bilhões
diariamente - entre elas estão gigantes como, como Petrobras, Vale, Embraer,
Gerdau, Cosan, Itaú, Bradesco, Brasil Foods e Gafisa. Ao se comparar número de
empresas estrangeiras listadas, há mais recibos de companhias canadenses (152)
e chinesas (68), mas o giro das brasileiras é o maior.
O IPO recente do BTG
Pactual, cujos papéis começaram a ser negociados no mês passado na Bovespa, e
que teve recibos listados em Amsterdã (parte do grupo Euronext)
simultaneamente, é um exemplo de como há apetite por papéis brasileiros.
"A essência de banco de investimento do BTG, e o seu tipo de atuação, tem
a ver com o crescimento do Brasil, e é isso que o investidor espera", diz
Cutler, que participa hoje de event o
promovido pela Fundação Dom Cabral. Segundo ele, há empresas brasileiras
interessadas em fazer um movimento parecido ao do banco, e apostar em uma abertura
de capital na Bovespa simultânea a uma listagem estrangeira
Para o executivo, há
um apetite especial em Wall Street por empresas do segmento financeiro, por
causa da expansão do crédito e do consumo no país. Paralelamente, chamam a atenção
o setor de tecnologia, em decorrência do maior acesso da população à internet e
da crescimento das empresas de comércio eletrônico.
Em épocas de mercado
apreensivo por questões que vão da situação financeira dos países europeus ao
crescimento da China, a assinatura do "American Jobs Act" pelo
presidente americano Barack Obama no mês passado foi bem recebida pelos agentes
de mercado, conta Cutler. A lei, que agrega uma série de medidas para estimular
a economia do EUA, teve impacto positivo para companhias estrangeiras que
pretendem acessar o mercado via Wall Street, pois reduziu custos entre 40% e
50%, diz Cutler.
As brasileiras não
são as únicas a figurar no escopo de investidores americanos. De acordo com o
executivo, cresceu consideravelmente no último ano o interesse por papéis de
empresas latinas de forma geral. Entre outros países da região que ganharam
espaço estão o Chile, Peru, Colômbia e México.
Brazil Pharma fará oferta de ações de até R$ 600 milhões
Valor 08.05.2012 - A
Brazil Pharma, empresa do segmento de farmácias do BTG Pactual, arquiva hoje na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), um pedido de registro para uma nova
oferta de ações. A operação deve girar entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões.
Será a segunda captação da companhia em um ano.
Conforme o Valor
apurou, o BTG, de André Esteves, pode colocar até R$ 200 milhões na Brazil
Pharma, já que a oferta permitirá que os atuais acionistas tenha prioridade na
compra dos novos papéis.
A Brazil Pharma
estreou na bolsa em junho do ano passado, quando captou R$ 414 milhões. As
ações foram colocadas a R$ 17,25 — equivalente a R$ 8,62 na cotação atual, após
o desdobramento realizado em dezembro.
Os papéis acumulam
valorização de 34,5%, já que encerraram o pregão de ontem em R$ 11,60. Assim, a
empresa, que chegou ao mercado avaliada em R$ 1,4 bilhão, valia ontem R$ 2,15
bilhões.
A companhia já
aplicou tudo o que captou em aquisições. O projeto do negócio era justamente
focar em consolidação, por meio da compra de outras redes concorrentes.
Além da oferta de ações,
a Brazil Pharma finalizou, no mês passado, uma captação de R$ 250 milhões em
debêntures.
Em abril, foi
inaugurada, em Recife, a milésima loja do grupo, que é fruto da união de
diversas redes de farmácias feita pelo BTG Pactual. A companhia possui, em seu
portfólio, a Farmais, Big Ben, GRD, Guararapes e Mais Econômica. A rede
Sant’ana foi a mais recente compra da empresa. Ao fim de março, a Brazil Pharma
tinha R$ 719 milhões de dívida líquida. Desse total, R$ 497 milhões eram
referentes a contas a pagar por aquisições, incluindo R$ 150 milhões que serão
quitados com ações.
No primeiro trimestre
deste ano, a companhia registrou prejuízo de R$ 6 milhões, ante perda de R$
2,12 milhões verificada em igual período de 2011, segundo dados do balanço
divulgado ontem. A receita líquida dos três primeiros meses de 2012 somou R$
460,1 milhões, comparada aos R$ 160,7 milhões registrados há um ano, quando a
companhia ainda não havia realizado a capitalização na bolsa. O lucro antes do
imposto de renda ficou em R$ 10,2 milhões, ante a R$ 1,16 milhão de janeiro a
março de 2011.
Faurecia AutoParts
Folha 08.05.2012 -
Com investimentos na ordem de R$ 60 milhões, a francesa Faurecia instala nova
fábrica em Limeira (SP) para produzir escapamentos.
A empresa já tem uma
planta na cidade, que será transferida para o novo local, onde também será
instalado um centro de pesquisas.
O empreendimento
começou a ser planejada há dois anos. "[O centro] era uma solicitação dos
clientes para agilizar o desenvolvimento de produtos", diz Abdo Kassisse,
gerente da companhia.
Hoje as peças
precisam ser enviadas para os EUA ou para a Europa para serem testadas.
A nova unidade
aumentará a capacidade de produção em 35%. A atual fabrica 1,5 milhão de
escapamentos por ano.
A empresa está com outras
duas plantas em construção no país -em Piracicaba e em Sorocaba. Essas
unidades, menores, irão atender as montadoras das cidades.
Com economia do Rio em alta, Galeão se torna segundo
maior aeroporto do país
Valor 08.05.2012 - O
aeroporto internacional do Galeão, que vinha operando com quase 20% de
ociosidade até o ano passado, passou a ser um dos principais eixos do
crescimento da aviação civil no primeiro trimestre de 2012 e já se tornou o
segundo maior do país. Com isso, o Galeão subiu duas posições e desbancou
Congonhas e Brasília, os dois aeroportos que seguiam Guarulhos na lista dos
mais movimentados do sistema nacional. Em um cenário de pequena redução da
oferta e de aversão das companhias aéreas a novas guerras tarifárias, o
movimento de passageiros em Congonhas e em Brasília ficou estagnado. Guarulhos
sofre com a superlotação e só tem horários pouco atraentes, como a madrugada,
para a oferta de novos voos. Quem tem tirado proveito disso é o Galeão, cujo
movimento aumentou 19,8% no primeiro trimestre, com 4,3 milhões de passageiros
- quase 500 mil a mais do que Congonhas.
Para o presidente da
Infraero, Gustavo do Vale, a transformação do aeroporto carioca no segundo
maior do Brasil é uma tendência "completamente perceptível" e reflete
principalmente a revitalização da economia do Rio, com os negócios petrolíferos
e os event os esportivos à frente,
mas evidencia também gargalos do sistema aeroportuário. "Com o esgotamento
de Guarulhos, tanto do terminal de passageiros quanto das pistas e de pátios, há
uma migração natural para outros aeroportos que possam atender às
necessidades."
Uma das alavancas do
crescimento no Galeão foi a chegada de companhias aéreas estrangeiras ao
aeroporto. A Emirates Airlines inaugurou o voo Dubai-Rio, com extensão para Buenos
Aires, no dia 3 de janeiro. Em quatro meses, a taxa de ocupação já alcançou
níveis próximos de 70%, meta definida pela empresa.
O diretor-geral da
Emirates no Brasil, Ralf Aasmann, conta que a aérea buscava onde implantar seu
segundo voo diário no país - já opera em Guarulhos desde 2007 - e escolheu o
Galeão pela facilidade de conexões, além do potencial de atrair passageiros de
turismo e de negócios. A segunda frequência no próprio aeroporto de Guarulhos
foi descartada, devido à falta de horários comercialmente viáveis para o
aumento das operações.
"Sempre tivemos
muito apoio da Infraero no Galeão, mas dentro de suas possibilidades e
limitações. Um dos exemplos é que, em pleno verão e com temperatura de quase 40
graus, os passageiros embarcam em fingers sem ar-condicionado", diz
Aasmann, relatando que os equipamentos estão quebrados. "Esperamos que
haja melhorias em breve."
Vale assegura que
elas estão a caminho. A parte nova do terminal 2, em processo de ampliação,
será inaugurada em julho de 2012. Hoje a capacidade total do aeroporto é para
17,4 milhões de passageiros. Um contrato de R$ 153 milhões para a modernização
do terminal 1 já foi assinado e as obras devem começar até o fim do mês. De
acordo com o presidente da Infraero, essa será a reforma mais abrangente do
primeiro terminal desde a Eco-92.
"O Galeão ainda
tem alguma folga no pátio de aeronaves e opera com duas pistas independentes,
mas tem que tomar um banho de loja e precisa dar mais conforto aos
passageiros", afirma Jorge Eduardo Leal Medeiros, engenheiro aeronáutico e
professor da Escola Politécnica da USP.
O especialista vê o
crescimento do Galeão neste ano como um reflexo da saturação dos aeroportos de
São Paulo. Ele acredita que as perspectivas de revitalização da economia
carioca, com uma avalanche de event os
internacionais e o boom petrolífero, manterá o Galeão atrativo para event ual concessão mesmo depois que Guarulhos e
Viracopos forem ampliados. Medeiros apoia a transferência do aeroporto para a
administração privada e questiona a capacidade da Infraero em dar conta dos
investimentos.
Lembrando que uma
decisão sobre isso será tomada somente após a conclusão do plano de outorgas,
em fase de elaboração ela Secretaria de Aviação Civil, o presidente da estatal
lembra que o Galeão tem um perfil diferente dos três aeroportos
recém-leiloados: ainda possui capacidade ociosa e já tem pesados investimentos
em curso. Para ele, o aeroporto tende a ser lucrativo e "tudo isso tem que
ser pesado" na decisão de concedê-lo ou não. O fato é que a atração de
novas companhias estrangeiras para lá parece continuar: a alemã Condor acertou,
com a Infraero e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o início de
suas operações. Serão três voos por semana, entre o Rio de Janeiro e Frankfurt,
a partir de outubro.
Lucro do Pão de Açúcar avança 25,8% no trimestre
Brasil Econômico
07.05.2012 - No segmento GPA Alimentar, a receita líquida avançou 11,2%,
somando R$ 6,7 bilhões. A receita líquida de vendas do grupo avançou 11,8%,
somando R$ 12,2 bilhões.
O Pão de Açúcar
obteve lucro líquido de R$ 167 milhões no primeiro trimestre, um avanço de
25,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida de
vendas do grupo avançou 11,8%, somando R$ 12,2 bilhões.
Teve destaque o
desempenho do GPA Alimentar, divisão da empresa que inclui as redes de
supermercados Pão de Açúcar, Extra e Assaí.
Nesse segmento, a
receita líquida avançou 11,2%, somando R$ 6,7 bilhões.
Além disso, a empresa
destacou o processo de integração da Viavarejo, divisão que inclui a Casas Bahia,
o Ponto Frio e as vendas de comércio eletrônico.
Segundo a companhia,
a divisão "centralizou as negociações de compra e as despesas
operacionais, permitindo ganhos de margem bruta e redução de despesas."
O Ebitda (sigla em
inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou
30% no trimestre, para R$ 758 milhões.
No trimestre, o
resultado financeiro foi negativo em R$ 336 milhões, um aumento de 3,1% em
relação ao mesmo período do ano passado. A dívida líquida do grupo somou R$
4,85 bilhões em março deste ano, um aumento de R$ 1,08 bilhão em relação ao
final de 2011.
BTG Pactual vai estrear na área de seguros
Valor 08.05.2012 - O
BTG Pactual informou por meio de comunicado ao mercado que iniciou os
procedimentos para abertura de uma seguradora e de uma resseguradora ligadas ao
banco, conforme antecipou o Valor em matéria publicada no dia 5 de fevereiro. A
autorização de funcionamento depende da Superintendência de Seguros Privados
(Susep), órgão regulador do setor.
O comunicado
oficializa a entrada do Pactual no mercado de seguros, mas esse não é o
primeiro passo do banco nessa direção. Em fevereiro, André Gregori, então
presidente da seguradora do Banco Fator, e outros seis executivos deixaram a
empresa para integrar a equipe do Pactual. Antes disso, o Pactual teria feito
uma oferta pela seguradora do Fator, que se recusou a vendê-la de olho em uma
futura abertura de capital da operação.
As empresas serão
estruturadas sob a "BTG Pactual Holding de Seguros Ltda", que vai
englobar as subsidiárias "BTG Pactual Seg Holding Ltda" e "BTG
Pactual Re Holding Ltda", respectivamente empresas de seguros e de
resseguros.
A seguradora do BTG é
o novo exemplar de uma tendência inaugurada pelo próprio Fator, que em 2008
criou seu braço no mercado de seguros. Desde então, as gestoras de recursos
Vinci Partners e Plural Capital fizeram movimentos semelhantes. A Vinci abriu a
Austral seguradora e resseguradora em 2010. Já a Plural espera licença da Susep
para sua resseguradora, a Terra Brasis.
Se depender da
experiência de Gregori na Fator Seguradora, o foco da seguradora do BTG será os
grandes riscos, com ênfase no mercado de seguro garantia (que cobre a entrega
de obras conforme o contrato) e apólices de infraestrutura, como engenharia e
responsabilidade civil.
No mercado
ressegurador, o BTG vai integrar a crescente lista de resseguradoras locais
(que têm capital no país), buscando se beneficiar do mercado em expansão e da
reserva de 40% para as resseguradoras locais. Só em 2011, o número de empresas
nessa categoria dobrou, para doze. Nos dois casos, o Pactual busca uma fatia de
mercados com crescimentos de dois dígitos nos últimos anos. Em 2011, o mercado
de seguros movimentou R$ 75,1 bilhões (sem VGBL e DPVAT), alta de 17% na comparação
anual. O mercado de resseguros fechou o ano passado com cerca de R$ 6 bilhões
em faturamento, 32% a mais que 2010.
São Carlos lucra mais
Valor 08.05.2012 - A
combinação de aumentos reais em contratos de locação, reajustes pela inflação e
crescimento do portfólio de imóveis resultaram na elevação de 73,2% do lucro
líquido da São Carlos Empreendimentos no primeiro trimestre ante o mesmo
período de 2011, para R$ 20,4 milhões.
A receita líquida
aumentou 27,1%, para R$ 59,4 milhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda
subiu 29,9%, para R$ 50,7 milhões. A margem Ebitda passou de 83,6%, para 85,4%.
O valor de mercado
estimado para o portfólio da empresa, em março, era de R$ 3,19 bilhões, 43%
acima de março de 2011. Atualmente, o valor de mercado do portfólio é de R$ 3,24
bilhões. A taxa de vacância física do portfólio era de 1,2% no fim do
trimestre.
No primeiro
trimestre, a companhia investiu R$ 215 milhões, sendo R$ 195,6 milhões
referente a aquisições de escritórios.
Exinda software
Folha 08.05.2012 - EA
norte-americana Exinda, fabricante de softwares corporativos, acaba de abrir
uma subsidiária no Brasil, com foco nos segmentos de telecomunicação, finanças
e industria. O país deve representar 60% dos negócios da empresa na América
Latina.
Tarpon aposta na diferença e se consolida
Valor 08.05.2012 - ....A gestora de investimentos Tarpon
começou a ganhar fama em 2006, quando lançou a primeira oferta hostil para
compra de controle de uma empresa no Brasil, a Acesita. Agora, ao completar dez
anos, os ativos sob sua gestão beiram os R$ 8 bilhões. Muito jovens na época de
criação da Tarpon, os sócios originais usaram a ousadia da juventude para
formatar um negócio que se diferencia das gestoras brasileiras: basicamente com
cotistas estrangeiros, visão de longo prazo e investimentos em poucas
companhias. "Nos distanciamos da gestão de curto prazo. Procuramos capital
que nos viabilizasse como uma empresa de longo prazo", diz Eduardo
Mufarej, sócio da Tarpon desde 2004. "Hoje não queremos ser vistos como um
fundo, mas como uma holding que administra participações em empresas".
Tarpon vai de sonho
juvenil à gestora de R$ 8 bi em 10 anos
Por Ana Paula Ragazzi
| De São PauloFaria e Mufarej, da Tarpon: "Se fizéssemos como a média,
estaríamos na média. Queríamos fugir dessa armadilha".
No mundo dos
pescadores, o tarpon é um peixe que vive em águas quentes e tropicais, pode
alcançar mais de dois metros de comprimento e até 150 quilos. Muito bom de
briga, é considerado verdadeiro troféu de pesca.
Não foi à toa que, há dez anos, José Carlos Reis de
Magalhães, o Zeca, escolheu esse nome para a sua gestora de investimentos.
Valor 08.05.2012 -
"Nascemos com o desejo de ser especial. Nas águas, há milhares de
lambaris. Mas sempre quisemos voltar para casa com um peixe grande", conta
Pedro de Andrade Faria, outro fundador da Tarpon.
Quando surgiu, a
gestora reunia uma equipe muito jovem. O desafio inicial era a credibilidade.
Quem entregaria recursos para meninos na casa dos 20 anos que, apesar da
energia de jovens, precisavam acoplar experiência para evitar os arroubos? A
resposta inicial veio de "family and friends" e a gestora começou com
R$ 2,9 milhões sob gestão.
Para superar a
ausência de história e experiência, montou um conselho consultivo, formado por
grandes investidores como Guilherme Affonso Ferreira, Luis Alves e Luis
Stuhlberger.
Os meninos usaram a
ousadia da juventude a seu favor e formataram um negócio que os diferencia
entre as gestoras brasileiras - basicamente com cotistas estrangeiros, visão de
longo prazo e investimentos em poucas companhias.
"Nos
distanciamos da gestão de curto prazo. Procuramos capital que nos viabilizasse
como uma empresa de longo prazo. Hoje não queremos ser vistos como um fundo,
mas como uma holding que administra participações em empresas", resume Eduardo
Mufarej, sócio da Tarpon desde 2004.
Ao mesmo tempo em que
comemora dez anos, a gestora completa cinco como uma empresa aberta. Em maio de
2007, captou R$ 462 milhões que passaram a ser recursos próprios para investimentos
e que aumentaram o total sob gestão para R$ 1,5 bilhão.
Segundo Mufarej, o
momento da abertura de capital foi o mais delicado em termos de relacionamento
com os cotistas. "Levou um bom tempo para eles entenderem que não tomaríamos
o mesmo caminho de outras gestoras que listaram ações pelo mundo", diz.
A receita comum foi
abrir capital e, no momento da oferta, os gestores venderem suas fatias,
embolsando recursos. Em seguida, com o dinheiro novo, a escolha da maioria foi
pela diversificação - lançando fundos setorizados, investindo em muitos ativos,
olhando o curto prazo.
"Nunca fizemos
isso. Continuamos focando poucos investimentos. Tínhamos certeza de que, se
fizéssemos como a média, estaríamos na média. Queríamos escapar dessa
armadilha", diz Mufarej.
Dentro da lógica da
Tarpon, a abertura de capital foi um event o
de "iliquidez". A gestora já havia entendido que precisava, para
viabilizar a estratégia de longo prazo, encontrar recursos com esse perfil.
Diante da pouca cultura brasileira de investir e da consequente dificuldade dos
locais em suportar os solavancos das bolsas, foi buscar cotistas estrangeiros.
As grandes parcerias - e aportes - vieram de fundos de pensão e
"endowments".
O IPO coroou a
estratégia, pois ampliou o capital proprietário e deu maior segurança aos
investimentos. Hoje, os ativos sob gestão beiram os R$ 8 bilhões
Em recente palestra
na Casa do Saber em São Paulo, Zeca disse que a estabilidade de capital
conquistada na oferta foi decisiva para que a Tarpon chegasse onde está.
Concordando com o
imenso valor que a operação teve, Mufarej destaca também que a manutenção do
DNA da gestora, de longo prazo e poucos investimentos, foi o fundamental.
"Apesar do
desconforto inicial, hoje ouço de 100% dos cotistas que o IPO nos alinhou ainda
mais com eles", conta Mufarej. Quando chegou à bolsa, a Tarpon possuía
sede nas Bermudas e negociava recibos de ações na Bovespa. Dois anos depois, em
2009, modificou sua estrutura, segregou as áreas de gestão de recursos de
terceiros e a de investimentos com capital próprio e foi listada no Novo
Mercado.
A tributação e os
custos para uma companhia de investimentos no Brasil são bastante elevados. Em
tese, a Tarpon nem precisaria manter-se com o capital aberto, uma vez que já
equacionou o capital sob gestão.
"É um jogo de
equilíbrio. Estamos sempre avaliando se valeria a pena fechar capital. Temos
vários ganhos, inclusive em transparência, e por enquanto ainda vemos mais prós
do que contras na estrutura atual", diz Mufarej.
O sócio começou na
Tarpon como gestor, ao lado de Zeca. Mas logo passou a ser a figura que sai em
busca de novos investidores. Hoje Mufarej passa boa parte do tempo no
escritório de Nova York. Nas horas vagas, é dirigente de rugby.
Pedro Faria fez de
tudo um pouco na gestora e, quando ficou claro que ela não iria administrar
recursos, mas sim participações em empresas, foi o originador de negócios. Hoje
é quem acompanha mais de perto o dia a dia das empresas em que investem. Todos
eles, e os outros três sócios da Tarpon, estão em diversos conselhos.
"O meu papel na
sociedade é propiciar as condições para desenvolvermos nossas visões em
empresas", diz Faria. "Não somos uma gestora que só compra e vende
papéis. Somos parceiros." Quando faz o investimento, a equipe da Tarpon
define alguns aspectos que acham importante para ajudar a aprimorar na
companhia. "Temos mais uma cabeça de empresário do que de gestor." Faria
conheceu Zeca no banco Patrimônio, onde o hoje sócio começou, como estagiário.
Em 2001, ele vivia um momento de transição no Patrimônio e Zeca já havia
passado por outros lugares. Quando veio o convite, Faria estava em uma
temporada de estudos em Chicago, com o compromisso de voltar ao antigo emprego.
Inicialmente, participou da Tarpon no conselho. Sete meses depois,
transferiu-se para a gestora.
Supersticioso, fez questão
de escolher o verde para ser a cor da gestora. O nome Tarpon também remete à
prosperidade e multiplicação, representação simbólica do peixe. Diz a lenda que
Zeca sempre sonhou em pescar um tarpon. Fisgou o seu primeiro logo após abrir a
gestora, na Costa Rica. A partir daí não se sabe ao certo quantos mais foram
parar em seu anzol.
Tarpon busca construir parcerias com empresas
Valor 08.05.2012 - Em seus dez anos de vida, a Tarpon esteve à
frente de operações de destaque no mercado brasileiro. Em 2006, lançou a
primeira oferta hostil de compra de controle em 27 anos no Brasil, para a
Acesita. Em 2008, tentou formatar uma outra oferta, para ficar com a Sadia. E é
da gestora o caso de maior sucesso de ativismo no Brasil, em sua intervenção na
gestão da Cremer, em 2009.
Nesses tempo, os
sócios contam que aprenderam a criar bons e perenes relacionamentos.
"Em operações
recentes, notamos uma escolha por fazer negócio com a Tarpon, não uma escolha
pelo capital. Isso aumenta nossa responsabilidade", conta Pedro de Andrade
Faria.
"A percepção é a
de que estamos lá para agregar. Temos mais de 45 parcerias bem-sucedidas, com
retorno de 30% ao ano."
O tamanho que a
gestora atingiu hoje também permite que possa agir sozinha, sem ter de
reunir-se com outros investidores para alcançar participação relevante em uma
empresa.
Em 2009, na Cremer,
fabricante de produtos médico-hospitalares, um pool de gestores se aliou para
promover mudanças na companhia - os fundos queriam que a empresa distribuísse
seu caixa e melhorasse a rentabilidade do negócio. Um dos executivos da Tarpon
assumiu a presidência da empresa, José Carneiro, que está no cargo até hoje.
"A Cremer foi a
primeira empresa em que tivemos um espaço efetivo para implementar aprimorações
em vários aspectos. Governança, gestão, alocação de capital e decisão. Foi com
essa experiência que percebemos que poderíamos replicar o modelo com sucesso em
outras companhias. Descobrimos a nossa vocação", resume Faria.
O investimento em
Acesita foi o que mostrou à gestora a necessidade de captar investidores de
longo prazo. Uma queda no preço das ações era enxergada pela Tarpon como
oportunidade - no entanto, ela enfrentou uma chuva de resgates. Foi obrigada a
deixar o investimento, em um primeiro momento, porque os cotistas saíram. Como
contou José Carlos Reis de Magalhães, o Zeca, a ouvintes na Casa do Saber, a
experiência foi determinante para buscarem relação de sócios com clientes. Foi
com parceiros que tentou levar o controle da Acesita, porém sem sucesso.
Além das atitudes
mais ousadas, a Tarpon tem sido aprovada pelos cotistas por sua estratégia de
gestão capaz de se antecipar ao mercado. A administradora de recursos passou
por vários ciclos de investimento. Em 2005, quando a bolsa não vivia um bom
momento, concentrou sua estratégia em "private equity".
Nessa época comprou
participações na Brasil Agro, Direcional Engenharia e na Arezzo.
Veio então a crise
financeira global de 2008 e o capital proprietário conquistado com o IPO, em um
momento de escassez de recursos e resgates em outros fundos, possibilitou à
gestora investir em ações que estavam muito descontadas na bolsa. Nesse
período, aumentou a exposição ao varejo, como exemplos, Lojas Hering e Marisa.
Da metade de 2010 até
o fim de 2011, o mercado viveu uma fase em que não havia recursos novos para a
bolsa. "Foi quando houve claramente uma rotação de posições. O cenário era
de pouco crescimento no mundo e, aqui, investidores buscavam exatamente
histórias de crescimento", diz sócio Eduardo Mufarej.
As chamadas
"small caps", empresas de pequeno e médio portes, passaram a chamar
atenção.
"Nunca na
história do mercado o prêmio de 'small caps' para 'large caps' foi tão
grande", conta Mufarej. "Mas nós já tínhamos investidos nas pequenas
antes e aproveitamos para realizar lucros e aplicar os recursos nas maiores,
que ficaram para trás", diz. Foi o momento de vender fatia na Hering e de
formar posições em Metalúrgica Gerdau e Cyrela - hoje as fatias em cada uma
estão em 15% nas preferenciais da metalúrgica e de 10% nas ordinárias da
construtora.
As investidas em
empresas maiores fizeram com que o mercado questionasse se eles não estariam
exagerando ao avaliar que poderiam fazer ativismo em companhias desse porte.
Mufarej explica que a
gestora não tem perfil agressivo e só se associa a empresas quando enxerga
oportunidade de agregar valor. "Fazer um investimento como esse, em que
seremos parceiros, teremos um assento no conselho significa que vamos ter
acesso a informações que vão restringir os nossos investimentos. Então eu só
vou fazer isso se concluir que será positivo me engajar. Se não, vira um
esforço para nada", diz. Além de Gerdau e Cyrela, a gestora tem fatia
relevante em Brasil Foods, de 8%. Resultado da união entre Sadia e Perdigão,
esse é um dos investimentos representativos para o fundo que ainda não trouxe
retornos satisfatórios.
Esse é, na verdade,
um caso antigo para a Tarpon. A gestora investiu em Sadia em 2002, quando o
mercado não olhava tanto para o papel, e saiu da posição em 2005. Três anos
depois os sócios foram surpreendidos pelos graves problemas da empresa com
derivativos. Ali enxergaram a oportunidade. Já conheciam o negócio, a família
fundadora e possuíam acesso a capital, graças ao relacionamento com cotistas.
Fizeram uma proposta
para ficar com o controle, ao lado da família fundadora, injetando R$ 2
bilhões. Indicariam ainda o presidente e o diretor financeiro, para se
certificarem de mudanças na gestão. O negócio não saiu, como se sabe. E restou
à Tarpon comprar novas ações na oferta feita pela empresa e atingir fatia
relevante. Desde o ano passado, estão também no conselho da companhia.
Para a gestora, o
risco de uma empresa é a possibilidade de deterioração permanente do negócio,
sem voltar a gerar valor. Se enxerga que a empresa está em momento delicado,
mas pode consertar o rumo e se tornar muito rentável, forma as suas posições,
que, não raro, chegam a representar até mais de um terço do fundo - investidos
em uma única companhia.
A Tarpon informou
ontem que no primeiro trimestre do ano teve lucro líquido de R$ 12 milhões. Os
ativos sob gestão ficaram em R$ 7,5 bilhões, com alta de 10%. A empresa
destacou que o período foi de forte valorização para Marisa e Gerdau e leve
desvalorização em Brasil Foods.
Em sua história, há
também casos de pouco sucesso. A empresa ainda não obteve retorno com o
investimento em Springs/Coteminas. E na Brenco, de etanol, viu dificuldades por
não estar sozinha no controle. Também a abertura de capital da Direcional
Engenharia não teve a demanda esperada.
Hoje, voltou a ver
oportunidades fora da bolsa - fechou negócio com a grife Morena Rosa. E, daqui
para a frente, tende a olhar mais investimentos fora do Brasil - sob a leitura
de que lá fora os preços estão mais atraentes.
JJK e Sereno exigem US$ 22 mi da ArcelorMittal
Hoje em Dia
07.05.2012 - Empresas alegam que a mineradora, ao comprar ativos da London,
assumiu a responsabilidade por dívida. Mineração da London Mining: contrato da
empresa previa obrigações com a JJK e Sereno Minerals. A aquisição pela
ArcelorMittal dos ativos minerários da London Mining, em 2008, rende duas ações
na Justiça mineira, onde os autores exigem o pagamento de indenização que chega
ao valor de pelo menos US$ 22 milhões.
As empresas JJK Holding e Sereno Minerals
fizeram a intermediação do negócio e alegam que não receberam a comissão de US$
2 milhões por essa transação e mais US$ 2 milhões para cada um dos outros 11
negócios realizados pela London Mining antes da venda à Arcelor. Como a Arcelor
adquiriu a London Mining, os advogados da JJK e Sereno entendem que a empresa
deve assumir a responsabilidade pela dívida, uma vez que sabiam da
responsabilidade do ato da compra. O advogado da JJK e Sereno, Gilson Adriane
de Souza, afirma que a Arcelor sabia da dívida porque antes de concluir a
negociação é praxe que a empresa compradora realize o que se chama de “due
diligence”, que é uma investigação e auditoria nas informações da empresa que
será comparada. Segundo ele, a London Mining contabilizou em seu relatório
anual de obrigações o contrato existente com a JJK e Sereno, o que foi alvo de
auditora antes do fechamento da transação.
As ações tramitam na
6ª Vara Cível de Belo Horizonte. Uma é cautelar, preparatória para exibição de
documentos. A outra, uma ordinária de indenização. Nela também consta parte do
contrato com a JJK e Sereno que previa o pagamento de US$0,40 por tonelada
extraída pela London Mining, cláusula que também não teria sido honrada e ainda
será alvo de perícia para que tenha o valor calculado.
Em maio de 2007, a
London Mining adquiriu a Minas Itatiaiuçu por US$ 89 milhões. Um ano e três
meses depois vendeu para Arcelor por um valor entre US$ 760 milhões e US$ 810
milhões. “Essa valorização aponta o trabalho prestado pela JJK e Sereno que
mostraram os ativos que deveriam ser comprados, onde e como”, defende o
advogado.
De acordo com Gilson
Adriane, há cerca de 60 dias a Justiça notificou as empresas ArcelorMittal,
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Vale, Serra Azul Logística Ltda, Terminal
de Carga de Sarzedo, Usiminas e MRS Logísitica. A JJK e a Sereno alegam que a
London Mining, antes de ser vendida para a Arcelor, também manteve acordos
comerciais com essas empresas, mais de um com algumas delas, que somariam 11
negócios onde o contrato de pagamento de US$ 2 milhões também incidiria.
Isso faria a causa
chegar a US$ 22 milhões, ainda sem contabilizar os US$ 0,40 por tonelada
extraída. “O contrato diz que todo e qualquer negócio celebrado no Brasil pela
London Mining e suas subsidiárias, após a aquisição da Minas Itatiaiuçu,
gerariam o pagamento da quantia de US$ 2 milhões.
Detectamos esses
negócios em avisos aos acionistas realizados por essas empresas. Essas
companhias não devem nada à JJK ou Sereno, mas a Justiça solicitou que elas
apresentem documentos ou declarações que confirmem os negócios”, disse Gilson
Adriane. Procurada, a Arcelor informou que está discutindo a legalidade da
cobrança em juízo e vai se pronunciar após a conclusão do processo.Olacyr de
Moraes anuncia novas descobertas de minérios no Oeste baiano
Jornal A Tarde 05.05.2012
- O empresário Olacyr de Moraes, 81, da Itaoeste, anunciou, nesta quinta-feira,
ao governador Jaques Wagner que encontrou na Bahia a maior reserva mundial de
scandium – um mineral raro que é utilizado para a fabricação de foguetes. A
expectativa é de investimento de US$ 30 bilhões (aproximadamente R$ 57 bilhões)
na extração e no beneficiamento do minério considerado estratégico. A
descoberta ainda não foi anunciada ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral
(DNPM).
“Estivemos com o
governador para anunciar esta importante descoberta e para dizer a ele que o
interesse do nosso grupo é o de desenvolver a cadeia do produto aqui”, explicou
o diretor de negócios internacionais da Itaoeste, André Guzman. Segundo ele, o
beneficiamento do produto vai exigir um grande investimento, comum
significativo impacto positivo para o Estado. “É um projeto de US$ 30 bilhões,
que trará impactos a curto e médio prazos”, garante. Com uma descoberta de
vanádio na região oeste, a Itaoeste estima faturar R$ 100 milhões este ano na
Bahia.
O secretário da
Indústria, Comércio e Mineração (SICM), James Correia, confirmou o anúncio da
descoberta durante a abertura do 2º Congresso Internacional de Direito
Minerário, no Hotel Pestana. “Recebemos a notícia de um grande investidor, que
diz ter encontrado uma grande reserva de scandium. Segundo ele, trata-se da
maior do mundo”, diz Correia. Em entrevista sobre o assunto, o secretário disse
que ainda é preciso aguardar a confirmação da descoberta, que deverá ser feita
pelo DNPM, mas ressaltou a expectativa positiva do grupo empresarial. “Eles
dizem que a descoberta já motivou até uma conversa entre o governo brasileiro e
o norte-americano”, contou.
Mais ferro: Outra
descoberta anunciada ontem foi a de ferro em Ibicuí. De acordo com o presidente
da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Alexandre Brust: “Existe uma
reserva estimada de 800 milhões de toneladas, mas ainda será necessário
pesquisar mais. Caso se confirme, a produção anual será de 80 milhões de
toneladas”, disse.
BHP Billiton nomeia novos executivos
Brasil Econômico
07.05.2012 - Ian Maxwell será o novo presidente da divisão de energia mineral
da BHP Billiton.
A mineradora
comunicou novos presidentes de exploração e de energia mineral. A BHP Billiton anunciou nesta segunda-feira
(7/5) que Ian Maxwell será o novo presidente da divisão de energia mineral da
companhia. Jimmy Wilson ocupou a mesma posição até 30 de março, quando foi
nomeado presidente de minério de ferro.
Maxwell ingressou na
BHP em 2004 como presidente de exploração mineral. Anteriormente, trabalhou no
Citigroup, Anglo American e Rio Tinto, onde ocupou várias funções relacionadas
à exploração e desenvolvimento dos negócios. "Ian tem uma experiência
importante e um conhecimento profundo sobre os modelos de operação da BHP
Billiton e sobre o mercado de energia mineral", disse Marcus Randolph, presidente
executivo de minérios (carvão e ferro). Atualmente vice presidente de
estratégia e desenvolvimento de projetos, Danny Malchuk foi nomeado o novo
presidente de exploração mineral da BHP.
"A experiência
de Malchuk com minérios de ferro será fundamental para liderar a equipe de
exploração mineral", disse Andrew Mackenzie, presidente executivo de
metais não ferrosos da companhia. Ambos iniciam efetivamente seus trabalhos a
partir de 1 de julho de 2012.
Em 5 anos, Pará deve ser líder em mineração; veja
Folha 07.05.2012 - Em
cinco anos, o Pará será a nova Minas Gerais brasileira. É quando o Estado deve
assumir a liderança da produção nacional de minérios.
Atualmente, Minas
Gerais produz 40% dos minerais extraídos no país, e o Pará, 20%. Mas o fluxo de
investimentos previstos para os próximos quatro anos deve dar novo impulso à
produção no Estado, proporcionando escala sem precedentes à sua indústria
mineral, como mostra a reportagem de Agnaldo Brito.
Dados do Ibram
(Instituto Brasileiro de Mineração) indicam que só o Pará vai receber US$ 41
bilhões em novos recursos até 2016.
Desse total, US$ 24
bilhões serão aplicados apenas na exploração mineral, do ferro ao cobre, do níquel
ao ouro, da bauxita à cassiterita.
O jornalista viajou
para Paragominas (PA), município de 47 anos que surgiu às margens da rodovia
Belém-Brasília. Vista como um "faroeste", a cidade converteu-se em
"município verde" --um exemplo que virou modelo replicado pelo Estado
do Pará.
Montadoras têm o maior estoque desde 2008 e já param
produção aos sábados
Estadão 08.05.2012 -
Empresas tinham 366 mil veículos nos pátios na virada do mês. A indústria
automobilística encerrou abril com estoques suficientes para 43 dias de vendas.
É o maior nível desde novembro de 2008, no início da crise global, quando o
encalhe nas fábricas e nas revendas atingiu o equivalente a 56 dias de
vendas. Na virada do mês, havia 366,5
mil veículos nos pátios, quantidade muito maior que a das vendas de abril, de 257,8
mil unidades, e da produção, que somou 260,8 mil automóveis, comerciais leves,
caminhões e ônibus. Segundo dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em abril as vendas caíram 14,2%
e a produção, 15,5% em relação a março.
Diante desse quadro,
algumas montadoras podem adotar medidas para reduzir a produção. O presidente
do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, João Alves de Almeida, diz que a Fiat
já o procurou para acertar um período de dez dias de férias coletivas a partir
da próxima semana, para cerca de 2 mil trabalhadores. A Fiat nega a informação.
Almeida disse também
que fornecedores de peças iniciaram períodos de férias ontem, entre elas a
Teksid, fabricante de blocos de motores do grupo Fiat, que emprega cerca de 600
funcionários. "A Fiat informou que espera uma recuperação das vendas nos
próximos meses, por isso não tem planos de demissão", afirmou o
sindicalista.
Sábados extras de
trabalho que estavam programados para este mês foram cancelados na Fiat e na
fábrica da General Motors no ABC paulista, segundo o presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva.
Os pátios das
montadoras tinham 111.620 veículos no fim de abril, o correspondente a 13 dias
de vendas. Já nas concessionárias havia 254,8 mil unidades, ou 30 dias de
vendas. Em março, os estoques totais eram para 35 dias de vendas.
De acordo com
Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, a retração das vendas pode estar
relacionada ao menor número de dias úteis, em decorrência dos feriados da
Semana Santa e do Dia do Trabalho. Embora este último tenha sido em maio, o dia
30 de abril fez parte do feriado prolongado. Empresas do setor e os
revendedores, contudo, creditam a queda das vendas ao maior rigor dos bancos na
liberação de crédito para o financiamento, por causa da alta inadimplência.
Produção: A produção
de veículos somou 260,8 mil unidades em abril, queda de 7,5% na comparação com
o mesmo mês de 2011. No acumulado do quadrimestre, houve queda de 10,1%, para
998,9 mil veículos, ante 1,11 milhão em 2011.
Apesar da retração, o
setor encerrou abril com 145.063 empregados, o que representa estabilidade em
relação a março. Na comparação com abril de 2011, houve alta de 5,9% no total
de funcionários no setor.
Um risco no horizonte das companhias locais
Valor 08.05.2012 - O
mercado de trabalho aquecido tem impulsionado o salário real, afetando as
despesas operacionais das empresas e reduzindo suas margens operacionais. Quais
companhias listadas em bolsa são mais influenciadas pelo incremento dos custos
com mão de obra? Um risco que as companhias brasileiras devem enfrentar nos
próximos anos é relacionado ao aumento das despesas com pessoal. Com a redução
do nível do desemprego, o poder de barganha do trabalhador é maior, o que pode
impulsionar o salário real. Com isso as empresas mais intensivas em mão de obra
podem ter suas margens operacionais comprimidas em função das despesas com
pessoal crescerem em um ritmo superior ao das receitas. Essa preocupação não é
só brasileira. Martin Wolf, colunista do "Financial Times", mostra a
mesma preocupação com a China. Ele utiliza os argumentos do prêmio Nobel Arthur
Lewis. O excedente de mão de obra na agricultura definiu um baixo teto na
remuneração da indústria chinesa, permitindo um forte crescimento não inflacionário
da economia. Contudo, esse excedente está próximo de um limite. Assim, o
investimento daqui para frente terá que se sustentar no aumento da
produtividade, pois, do contrário, o incremento dos salários reais reduzirá os
lucros e, por consequência, o retorno dos investimentos.
Dessa forma, é
interessante sabermos quais companhias brasileiras possuem maior despesa com
pessoal em comparação com suas receitas. Contudo, muitas companhias não
informam em seus demonstrativos financeiros a efetiva despesa com pessoal. Como
as despesas de vendas, gerais e administrativas (DVGA) apresentam forte
correlação com as despesas com mão de obra, comparei a DVGA com a receita em
2011 das empresas que integram o índice IBrX. Excluí as pré-operacionais como
LLX, OGX e HRT e as instituições financeiras.
Além da pressão
salarial explicada acima, empresas com maior DVGA relativo sofrem maior risco,
porque essas despesas, em regra, são fixas no curto prazo. Dessa forma a administração
possui menor margem de manobra para adequá-la ao nível de receita corrente. Por
exemplo, em momentos de recessão, a rigidez da DVGA tende a impactar
negativamente a margem operacional no curto prazo.
As despesas com
pessoal também são alocadas no custo dos produtos vendidos. Mas, nesse caso, o
custo com pessoal está atrelado à atividade da companhia, sendo classificada
como despesa variável, ou seja, ajustando-se de forma mais célere ao nível da
atividade e da receita.
Entre as companhias
com maior relação DVGA sobre receita se destacam aquelas do setor de serviços -
a imobiliária Brasil Brokers (BBRK3); a BMF&FBovespa (BVMF3); as de
telefonia Telefônica Brasil (VIVT4), TIM (TIMP3) e Oi (OIBR4 / ex-Brasil
Telecom); a de varejo Renner (LREN3); a de informática TOTVS (TOTS3); a de
educação Anhanguera (AEDU3) e a de planos odontológicos Odontoprev (ODPV3).
Contudo, aparecem
empresas menos óbvias como a elétrica Eletrobras (ELET6) e a mineradora MMX
(MMXM3), que demonstram um nível de ineficiência elevado. Enquanto ELET6 apresenta
índice de 31,5%, a empresa comparável Cemig (CMIG4) possui índice de 7,1%. Por
sua vez, a mineradora Vale (VALE5) apresenta indicador de 4,1% enquanto a MMX
aparece com 42%, apontando que MMX tem de aumentar sua receita de forma a diluir
o DVGA.
A empresa de
cosméticos Natura (NATU3), a multimarcas Hypermarcas (HYPE3) e a de bebidas
Ambev (AMBV4) aparecem com índices elevados. Nesses casos, as despesas com
marketing podem explicar parte do alto indicador. Em relação à Hypermarcas, a
aquisição de várias empresas em um curto espaço de tempo também contribuiu para
a elevação do índice.
Assim as despesas com
vendas, gerais e administrativas das empresas de serviços, bem como suas
margens, devem ser acompanhadas de perto nos próximos trimestres, pois o mercado
de trabalho aquecido pode prejudicar a tese de investimento de algumas dessas
companhias no médio prazo.
Por outro lado,
alguns economistas contra-argumentam que o Brasil não vive um momento de exaurimento
do excesso de mão de obra. Suas razões serão discutidas em outro artigo.
Viavarejo prepara mudanças no conselho
Valor 07.05.2012 -
Mudanças no conselho de administração da Viavarejo (ex-Globex), varejista de
eletroeletrônicos controlada pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA) e Casas Bahia,
devem ser homologadas em Assembleia Geral Extraordinária marcada para o dia 18
de maio. As alterações envolvem a entrada de dois advogados, representantes das
partes, para ocupar cargos que antes pertenciam a economistas e consultores.
No total, quatro
novos membros devem ocupar as funções, dois para cada lado. O conselho da
Viavarejo soma nove membros (cinco do GPA e quatro da Casas Bahia). Os
advogados indicados foram Pedro Romeiro Hermeto e Ricardo Tepedino, pelo GPA e
pelas Casas Bahia, respectivamente. Hermeto, segundo consta do documento da
Viavarejo entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), atua nas áreas
consultiva e contenciosa no âmbito do Direito Civil e Comercial. Ricardo
Tepedino, sócio do Tepedino Migliore e Berezowski Advogados, é especialista em
contencioso empresarial.
A escolha dos novos
nomes acontece a menos de dois meses do término do período de restrição à venda
de ações da Viavarejo. GPA e Casas Bahia não podem se desfazer de seus papéis até
julho, segundo acordo assinado entre os controladores em 2010. Após a data, a
família Klein, com 47% do capital da Viavarejo (GPA tem 53%) tem a opção de
vender a sua participação se quiser. Segundo o acordo, "a partir do 25º
mês, as partes estarão livres para negociar as ações de emissão de Globex,
observado o direito de primeira oferta previsto no Acordo de Acionistas, exceto
na hipótese de oferta pública de ações".
O GPA informa que a
escolha de Hermeto não tem relação com o fato de o advogado pertencer a um
escritório da área de contencioso. Foram outras atribuições, segundo o grupo,
que justificaram a escolha. Além de Hermeto, entra no Conselho, indicado pelo
GPA, o executivo Caio Mattar, vice-presidente de negócios especializados da
companhia. Saem Pedro Malan e Maria Silvia Bastos Marques por questões ligadas
à "dificuldade de agenda", informa o GPA.
A Casas Bahia
indicou, além de Tepedino, Renato Carvalho, sócio fundador da Arion Capital,
empresa de assessoria financeira e gestão de fundos. O mandato dos conselheiros
substituídos terminaria em agosto. Saem do Conselho, pelo lado da Casas Bahia,
o economista Gustavo Franco e o advogado especialista em fusões e aquisições,
Alexandre Bertoldi.
Fontes próximas às
empresas contam detalhes que envolveram o caso. Em 11 de abril, em reunião de
conselho da empresa, o Grupo Pão de Açúcar colocou em discussão a necessidade de
se escolher uma pessoa para se tornar secretário do conselho de administração,
que coordena a reunião. O GPA indicou um advogado e a Casas Bahia, outro
advogado. O GPA, com cinco dos nove membros, venceu a eleição. Todos os membros
de Casas Bahia votaram contra. "Não era nada tão relevante, mas eles não
entraram em acordo", disse uma fonte que esteve na reunião.
Dias após o fato, o
Pão de Açúcar enviou comunicado à Casas Bahia informando que nomearia dois
novos conselheiros. Ao ser informada, a família Klein decidiu que também faria
alterações e indicaria, da mesma forma, um advogado para representá-los.
"No meio do caminho, entre uma reunião de conselho e outra [a próxima
seria 29 de abril], o Pão de Açúcar formalizou uma mudança de conselho. Eles
não gostaram muito", disse fonte ligada à Casas Bahia. O GPA esclareceu
para o sócio que a mudança teria relação com as dificuldades de agenda dos conselheiros
que foram substituídos.
Camargo Corrêa faz oferta à Votorantim por ações da
Cimpor
Valor 07.05.2012 -
José Édison Barros Franco, presidente do conselho da InterCement: Cimpor sairá
reforçada com integração de ativos.
O grupo Camargo
Corrêa avança mais um passo para assumir o controle da cimenteira portuguesa
Cimpor, após o lançamento, no fim de março, de uma oferta pública de aquisição
de ações (OPA) pelos 67% restante do capital da empresa. O grupo acaba de
formalizar uma proposta de troca de ativos da Cimpor pela participação de 21,2%
da Votorantim Cimentos (VC) na empresa. Atualmente, já é a maior acionista da
Cimpor, com 32,9% do capital acionário. Segundo a oferta, a Camargo propõe
entregar à Votorantim, em troca de suas ações, as unidades industriais de
cimento e concreto da Cimpor na China, na Espanha (com exceção de Cimpor
Inversiones e Cimpor Sagesta), na Índia, no Marrocos, na Tunísia, na Turquia e
no Peru. A proposta consta do novo prospecto da OPA, com dados complementares,
entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no fim de semana.
O desenho da operação prevê duas etapas. Na primeira, a Camargo Corrêa entrega
e incorpora na Cimpor todos os ativos da sua controlada InterCement,
localizados no Brasil, na Argentina, no Paraguai, na Bolívia e em Angola. Em
contrapartida, a InterCement fica com ativos e, numa segunda fase, os repassa à
VC.
A operação faz parte
do plano da Camargo Corrêa para consolidar-se globalmente nesse setor. Com
isso, assume a Cimpor, uma das dez maiores fabricantes de cimento do mundo. Em 30
de março, a companhia deu o primeiro passo ao lançar a OPA para adquirir as
ações restantes da empresa portuguesa.
O valor da oferta, de
€ 5,5 por ação, significaria pagar € 2,48 bilhões para ter a totalidade das
ações em poder dos demais acionistas. A Caixa Geral de Depósitos (CGD),
entidade do governo português, com 9,6%, e o fundo de pensão do banco BCP, com
10%, aderiram à OPA, aceitando vender seus papéis. De acordo com o novo
documento da OPA, a Votorantim não aderiu à oferta, daí a razão da proposta de
troca de ativos por sua participação. Se tiver sucesso nessa operação, a
Camargo passaria a controlar 74% do capital da "nova Cimpor".
O empresário
português Manuel Fino, dono de 10,7% da cimenteira, não manifestou até o
momento decisão de venda de sua parte. O restante dos papéis (pouco mais de
15%) está pulverizado no mercado e em bolsa.
Pela proposta, a
"nova Cimpor" manteria os ativos de Portugal, Brasil, África do Sul,
Moçambique, Egito e Cabo Verde e somaria a eles as operações atuais da
InterCement no Brasil, na Argentina, no Paraguai, na Bolívia e em Angola.
No documento, José
Édison Barros Franco, que preside o conselho administrativo da InterCement, diz
que a Cimpor sairá reforçada com a integração de ativos, além de aumentar sua
presença na África. "Será mais forte e competitiva, continuando a ser uma
empresa portuguesa internacionalizada", afirma.
Segundo a Camargo, o
negócio permitirá fortalecer a presença da cimenteira em mercados com elevado
potencial de crescimento, em particular na América do Sul e no Brasil, podendo
continuar construindo um portfólio equilibrado entre mercados maduros e
mercados emergentes. Além disso, destaca, a operação cria uma estrutura
societária estável, pois, ressalta ele, a empresa tem hoje "uma base
acionária fragmentada e sem coerência estratégica" devido às mudança de
sócios em 2009 e 2010.
O grupo
comprometeu-se a manter a sede e o centro de decisão da cimenteira em Portugal,
bem como a marca Cimpor.
A Cimpor, com 42
fábricas em 12 países, dispõe de capacidade instalada de produção de 36,5
milhões de toneladas de cimento por ano. Em 2011, fabricou e vendeu 27,5
milhões de toneladas, além de 6,8 milhões de metros cúbicos de concreto, com
receita de quase € 2,3 bilhões. A unidade brasileira contribuiu com quase um
terço do resultado operacional (Ebitda). Tem também uma fábrica em construção
no Peru.
No ano passado, a
InterCement, com 16 unidades fabris, produziu e vendeu 12,6 milhões de
toneladas, com receita líquida de R$ 2,9 bilhões. A capacidade instalada,
segundo informa, é de 16 milhões de toneladas/ano, dividida entre Brasil e
Argentina, além de unidades em construção em projeto.
A Camargo declara que
o desenho da operação, com a saída da Votorantim do capital da Cimpor, permite
"harmonizar as questões concorrenciais no Brasil". A presença dos
dois grupos na cimenteira portuguesa, desde fevereiro de 2010, levou os órgãos
antitruste brasileiros a travar o negócio. A VC é líder (mais de 40% do
mercado) e a InterCement o terceiro (com 10%) maior produtor local. A Cimpor
Brasil é o quarto, com 9% das vendas. O caso está em análise no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com base no contexto
concorrencial e nos interesses de ambos os lados, a Camargo considera que
"existe uma probabilidade muito forte de a Votorantim Cimentos S.A. vir a
aceitar esta proposta". Informa que teve conversações com a VC após o
lançamento da OPA.
A Votorantim
informou, em nota, que ainda não recebeu a nova proposta de OPA da InterCement
e que irá se manifestar sobre ela só após analisar o documento. E na semana
passada formalizou sua intenção de não vender sua participação nas bases da OPA
de 30 de março.
Lucro da Hypermarcas avança 23,9% no primeiro trimestre
Brasil Econômico
07.05.2012 - A receita líquida da companhia cresceu 13,8%, para R$ 897,1
milhões. A Hypermarcas obteve lucro líquido de R$ 40,8 milhões no primeiro
trimestre, uma alta de 23,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida da
companhia cresceu 13,8%, para R$ 897,1 milhões. Na divisão Farma, que inclui
marcas como Benegrip, Apracur e Epocler, o crescimento foi de 17,4%. Já na divisão
Consumo, com marcas como a Bozzano, Monange e Jontex, a alta foi de 9,2%.
No entanto, a geração
de caixa operacional, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização), recuou 11,2%, a R$ 192,4 milhões, excluindo itens
não recorrentes.
As despesas com
marketing da companhia avançaram 20% na mesma base de comparação, somando R$
164 milhões, enquanto as despesas com vendas atingiram R$ 168,5 milhões, alta
de 8%. Em contrapartida, as despesas gerais e administrativas recuaram 2% na
comparação com o primeiro trimestre.
Durante o primeiro
trimestre, a Hypermarcas reduziu sua dívida bruta em R$ 365,2 milhões, somando
R$ 4,9 bilhões.
O resultado
financeiro da empresa foi negativo em R$ 56,4 milhões no trimestre, frente a R$
80,9 milhões no mesmo período do ano passado.
As despesas com juros
recuaram 18%, com o menor peso da dívida. Além disso, contribuiu para a melhora
no resultado financeiro a contabilização de R$ 32,3 milhões em variação cambial
sobre a dívida, sem efeito caixa.
Vendas de shoppings crescem 11,6% no 1º trimestre
Veja 04.05.2012 - Segundo
Abrasce, os setores de serviços, lojas de conveniência e alimentação foram os
que mais puxaram os números.
As lojas dos shopping
centers brasileiros aumentaram consideravelmente suas vendas nos primeiros três
meses do ano. As vendas subiram 11,6% no período em relação ao primeiro trimestre
de 2011, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Shopping
Centers (Abrasce) nesta sexta-feira.
Apenas em março, as
vendas desses centros de compras aumentaram 14,1%, sendo os setores de
serviços, lojas de conveniência e alimentação os que mais contribuíram para a alta.
O desempenho em março foi favorecido ainda pelo maior número de dias úteis ante
o mesmo mês em 2011, quando foi comemorado o feriado de Carnaval. A previsão da
Abrasce para 2012 é de 12% de altas nas vendas dos shoppings.
Atlantica abre bandeira de luxo em Belém
Valor 07.05.2012 - A
Atlantica Hotels, uma das maiores redes hoteleiras do país, inaugurou no fim de
semana o seu primeiro empreendimento em Belém (Pará), com a bandeira de luxo
Radisson, totalizando 80 hotéis no país. A Atlantica será a administradora do
hotel, que teve investimento de R$ 30 milhões do grupo paraense Organizações
Romulo Maiorana, dono da retransmissora da TV Globo e do jornal "O
Liberal".
"O foco do novo
hotel é o público corporativo, com o aumento dos negócios em Belém, como no
setor de gás, por exemplo", afirma a vice-presidente de marketing e vendas
da Atlantica, Annie Morrisey. De acordo com ela, a expectativa para o primeiro
ano de atividade do hotel de Belém é de uma taxa de ocupação entre 58% e 60%,
com diária média de R$ 310.
Até fim deste ano, a
Atlantica vai inaugurar mais quatro hotéis, sendo um em Petrolina (PE), com a
bandeira Quality, e mais três empreendimentos no Rio de Janeiro, na Baixada
Fluminense, com a marca Comfort.
No total, o
investimento de parceiros nos quatro hotéis pode chegar a até R$ 85 milhões.
"Os hotéis do Rio de Janeiro tem como alvo o crescimento dos negócios com
a exploração de petróleo nos campos do pré-sal", afirma Annie.
A Atlantica tem em
sua carteira de contratos já assinados mais oito hotéis para serem inaugurados,
em 2013. Para o ano seguinte, mais 12 empreendimentos já garantidos. Em 2015, outros
seis estão programados, totalizando 31 novos hotéis entre 2012 e 2015. O
investimento nos empreendimentos a partir de 2013, porém, não foram revelados.
A Atlantica
representa no Brasil bandeiras de duas redes internacionais, a Choice e a
Carlson. A rede tem sede em São Paulo e conta, também, com marcas próprias como
a Go Inn, innStyle e Atlantica Collection. Ano passado, a Atlantica teve
faturamento de R$ 658,2 milhões, com crescimento de 27,6% em relação ao ano
anterior.
Balkis inova em queijos para conquistar mercado
Valor 07.05.2012 -
Meta da empresa é lançar pelo menos três tipos novos de queijo anualmente.
Foi em uma fazenda em
Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira (SP), que o laticínio Balkis -
conhecido por produzir queijos especiais - começou a se destacar neste mercado
avaliado em R$ 7 bilhões no ano passado, segundo a Associação Brasileira da
Indústria do Queijo (Abiq).
Atualmente, a marca é
conhecida por seus queijos magros, com fibras e mais sofisticados. Entre eles,
os do tipos italiano e português, como mascarpone, burrata e curado com pasta
amolecida. Mas, nos anos 1990, a propriedade de 240 hectares produzia apenas o
frescal para atender uma freguesia de empórios e clientes do antigo posto de
gasolina da família, na zona oeste de São Paulo. "Era apenas uma produção
artesanal", relembra Alexandre Marques, diretor da empresa.
No entanto, a pequena
comercialização do produto esbarrou no Código de Defesa do Consumidor, que
endureceu as regras para comercialização de alimentos, com a exigência do Selo
de Inspeção Federal (SIF), concedido pelo Ministério da Agricultura.
"Tivemos que tomar uma decisão. Ou o queijo se transformava de vez em
negócio ou seria fabricado apenas para consumo da fazenda", relembra.
Outro acontecimento
encaminhou a família para a profissionalização na área. O Vale do Paraíba, onde
o laticínio mantinha parceria com produtores locais, abandonava aos poucos a
atividade leiteira. Por essa razão, a Balkis se instalou em Santo Antônio do
Aracanguá, na região oeste do Estado de São Paulo, e abriu outra unidade em
Juruáia (MG) - onde são produzidos apenas o queijo frescal, carro-chefe da
empresa com 1,1 mil kg por ano.
Para dar conta de uma
linha composta por mais de 60 produtos - alguns deles produzidos com
exclusividade para uma marca de supermercado - que consomem 3 milhões de quilos
por ano, a Balkis recebe 70 mil litros de leite por dia, provenientes de 425
produtores do entorno da duas cidades.
Marques atribui o
destaque da marca à diversificação, que não é comum em outros laticínios, e ao
direcionamento dos produtos para as classes A e B. "Foi uma questão de
estratégia, pois não teríamos chances de competir com preços e escalas
industriais", diz.
Ele comenta que a
meta da empresa é lançar, pelo menos, três produtos por ano, desenvolvidos
dentro da própria Balkis. Para isso, são gastos em torno de R$ 700 mil anuais.
O recurso é aplicado na modernização e ampliação das fábricas e na manutenção
de laboratório próprio. Eventualmente, a empresa também contrata a Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP), para
realizar análises mais específicas de leite. Marques avalia que a visão da
Balkis está alinhada com o que mostram os números do segmento. De acordo com a
Abiq, o consumo de queijo cresce 9% por ano - 4 quilos per capita anuais. Em
2011, o país produziu 815 mil toneladas e importou 38 mil toneladas,
especialmente, da Argentina e do Uruguai, segundo a associação.
Com BTG, Beauty'in vai ampliar distribuição
Valor 07.05.2012 -
Cristiana Arcangeli, da Beauty'in, quer vender mais em supermercados. Após vender
40% da Beauty'in para a Farmais - rede de farmácias controlada pela Brazil
Pharma, do BTG Pactual - no mês passado, a empresária Cristiana Arcangeli prevê
aumentar a distribuição da marca de alimentos funcionais. Além de ampliar a
presença nas bandeiras da Brazil Pharma, com cerca de mil lojas no país, a
empresa vai investir na expansão nos supermercados. A meta é chegar a 30 mil
novos pontos de venda em dois anos. Hoje são 6 mil. A Beauty'in também tem
planos para o mercado externo. A empresa já fechou contratos para dar início às
exportações de seus produtos para Inglaterra, França e Oriente Médio neste ano.
A marca, criada por
Cristiana há dois anos, vai investir R$ 7 milhões em campanha publicitária que
vai ao ar na TV aberta em junho, com a intenção de reforçar essa categoria de
produtos, conhecidos como "aliméticos" ou "nutricosméticos".
Tratam-se de alimentos funcionais, enriquecidos com vitaminas e proteínas, como
colágeno e minerais, que prometem cuidar da pele, das unhas e dos cabelos.
A Beauty'in tem 24
produtos, distribuídos em quatro linhas, formadas por balas à base de colágeno;
bebidas com vitaminas e minerais; bebidas de preparo instantâneo produzidas com
extrato de chá; e cereais em cubos com colágeno, vitaminas e antioxidantes.
Hoje a farmácia é o principal canal de distribuição da marca, que também é
vendida em supermercados, clínicas de estética, academias etc.
Cristiana pretende
conquistar novos clientes durante a Feira Apas, realizada pela Associação
Paulista de Supermercados entre hoje e quinta-feira. "Queremos que a
Beauty'in faça parte do dia a dia dos consumidores, criando um novo hábito de
consumo. Para isso, nada melhor do que marcar presença nos supermercados",
diz a empresária. A expectativa de Cristiana é encerrar o ano com faturamento
de R$ 20 milhões, mais que o dobro do registrado em 2011. As conversas com o
BTG iniciaram em outubro do ano passado e o negócio foi fechado há três
semanas, por R$ 30,7 milhões. A companhia também licenciou à Beauty'in o uso
das marcas Musique, Farmais, Rosário, Mais Economica, Santana e Farmácia
Guararapes (controladas da Brazil Pharma), pelo prazo de dez anos, para o
desenvolvimento de produtos de marca própria.
A Beauty'in é a
terceira incursão de Cristiana no mercado de beleza. Ela criou também a marca
de xampu Phytoervas (vendida em 1998 para a Clairol e depois comprada pela
Procter & Gamble) e a Éh Cosméticos (adquirida pela Hypermarcas em 2008).
Desta vez, no entanto, Cristiana afirma não ter a intenção de se desfazer do
restante do negócio. E também não vai parar de empreender. "Tem coisas
novas para vir", diz, misteriosa.
Reposicionamento da Batavo custou R$ 3 milhões à BRF
Brasil Foods
Estadão 06.05.2012 -
Projeto durou 18 meses e incluiu reformulação da logomarca, embalagens e novos
produtos. Os investimentos da BRF Brasil Foods no reposicionamento da marca do
portfólio de lácteos Batavo - que incluem reformulação da logomarca, embalagens
e novos produtos - foi de R$ 3 milhões. "Foram 18 meses de desenvolvimento
do projeto, com diversas fases. Na verdade, não é um reposicionamento, é uma
continuidade da evolução da marca, agora com mais ousadia", afirmou o
vice-presidente da unidade de lácteos da companhia, Fabio Medeiros, em coletiva
de imprensa realizada hoje. Segundo o executivo, no quarto trimestre de 2010 o projeto
foi criado; no primeiro semestre do ano passado foram feitas pesquisas com
consumidores; no segundo semestre de 2011, houve o desenvolvimento dos novos
produtos e embalagens, além do lançamento da campanha "Mundo Batavo"
e no primeiro semestre deste ano, o anúncio do projeto fechado de
posicionamento. "Queremos disputar o primeiro e o segundo lugar do
mercado, que hoje são da Nestlé e da Danone. A Batavo é a terceira",
declarou a gerente de marca e inovação da unidade de lácteos da BRF, Roberta
Morelli.
Questionados se a BRF
tem projetos parecidos da Batavo com outras marcas do segmento da companhia, a
diretora de Marketing da unidade de lácteos da BRF, Luciane Matiello, explicou
que toda essa operação da BRF está se modificando. "A Elegê, que é a líder
de mercado em leite UHT, com produção total de 50 milhões de litros de leite,
vai passar por algumas mudanças, até pelo tamanho dela no mercado nacional do
segmento. Mas o reposicionamento de Batavo será o mais ousado", afirmou, sem
dar mais detalhes sobre as alterações de Elegê. Medeiros, no entanto, disse que
o trabalho da BRF em leite UHT é criar a percepção de que o produto não é apenas
uma commodity, há valor agregado no item.
Segundo dados da BRF,
com base em informações do mercado, a indústria de lácteos no mundo tem valor
de mercado de US$ 380 bilhões. O Brasil é o quinto maior produtor de leite mundial
e responderá por 10% do crescimento mundial nos próximos cinco anos. "O
aumento da renda população, com a inserção das Classes C, D e E, tem
impulsionado o crescimento do consumo de produtos lácteos no País que, no ano
passado, avançou 11% em valor e uma média de 10% nos últimos dois anos. Essas
classes contribuíram por 34% do crescimento em volume do mercado no período,
pois passaram a incluir em suas cestas de produtos, iogurtes, leites
fermentados e aromatizados, sobremesas lácteas, ou seja, itens de maior valor
agregado", explicou Medeiros, ressaltando que a unidade de lácteos da BRF
tem acompanhado o comportamento do mercado.
"Estamos muito
otimistas com as perspectivas de crescimento do setor no País. O primeiro
trimestre para iogurtes, onde a Batavo tem mais atuação, foi difícil, mas não
há indícios de que 2012 seja ruim", completou o executivo. Ele informou
que a expectativa de crescimento para a indústria de lácteos brasileira para
este ano é de 10% tanto em volume quanto em receita.
O vice-presidente da
BRF também comentou que a empresa hoje tem capacidade instalada suficiente para
atender o potencial de crescimento da demanda por esses itens, mas não descarta
aquisições. "Olhar outros ativos que podemos comprar é dever de ofício.
Mas como somos uma companhia de capital aberto, se tivéssemos em conversas com
alguém, já tínhamos avisado o mercado", declarou.
No primeiro trimestre
o negócio de lácteos da BRF teve receita líquida de R$ 600 milhões, alta de
0,9% e queda de 10,1% no volume comercializado. O indicador Ebit (lucro antes
de juros e impostos) recuou 0,3% ante queda de 0,1% em igual intervalo de 2011.
A unidade representa 10% da receita líquida total da BRF e possui 15 unidades
para a produção desses itens. Somente da marca Batavo, são duas fábricas: em
Bom Conselho (PE) e Carambeí (PR).
Batavo: Na questão de
alteração na logomarca, é a quinta vez que a da Batavo muda. As anteriores
foram em 2003, com o slogan "Sirva com Carinho"; depois em 2004, com
"naturalmente"; 2006, manteve o slogan, mas houve modernização da
logomarca e em 2007, foi mudado para "De bem com você". Dessa vez,
com o slogan "Pensando para sua natureza", a BRF utiliza da
biomimética (ciência que utiliza soluções da natureza para o cotidiano do
homem) para o desenvolvimento de suas inovações.
Os novos produtos e
as embalagens recentes começaram a chegar no mercado nacional no final de
abril. As ações nos pontos de venda, incluindo degustações, serão realizados na
segunda quinzena do mês.
Brasil é um dos países de acesso mais difícil ao mercado
livre de energia
Folha 07.05.2012 - Em
toda a América Latina, o Brasil é um dos países onde é mais difícil atingir o
limite para um consumidor de energia entrar no mercado livre, ou seja, poder
escolher seu próprio fornecedor, segundo a Abraceel (que reúne
comercializadores do setor). Só
indústrias que demandam acima de 3 MW podem contratar energia de qualquer
gerador e, portanto, buscar preço e condições favoráveis.
Existem também
situações especiais para quem consome acima de 0,5 MW, mas são restritas a
fontes limpas incentivadas pelo governo.
Há países na Europa
em que o volume de demanda exigido é tão baixo que o mercado livre fica
acessível até ao consumidor residencial.
"É como poder
escolher o fornecedor de telefonia", diz Reginaldo Medeiros, da Abraceel,
que acredita ser possível levar o mercado livre também às residências no
Brasil.
"Defendemos que
isso ocorra no futuro. Para a Aneel, seria melhor deixar as empresas competirem
entre si para baixar o preço", diz.
O ambiente livre,
entretanto, ainda é desconhecido da população, segundo Paulo Toledo, da
comercializadora Ecom Energia. "O setor decidiu lançar uma campanha."
Além da campanha de
comunicação para atrair empresas que ainda não participam do mercado livre,
associações ligadas ao setor discutem com o governo mudanças regulatórias. Uma
das sugestões seria reduzir o limite para que mais empresas ingressem.
"Se um dia o
residencial vai poder comprar energia no mercado livre eu não sei. Mas ele deve
aprender que, se mais indústrias puderem usar esses benefícios, pode haver uma
redução no preço de produtos que ele consome", diz Cristopher Vlavianos,
da comercializadora Comerc.
Borracha prejudica resultado da Alpargatas
Valor 07.05.2012 -
Márcio Utsch, presidente da Alpargatas: "Desenvolvemos técnicas para
fabricar o mesmo produto consumindo menos matéria-prima [borracha]".
A fabricante de calçados
Alpargatas sofreu mais um trimestre com a pressão de custos da sua principal
matéria-prima: a borracha. O resultado disso foi uma queda de 10,4% no lucro
líquido, para R$ 78,2 milhões, apesar de um crescimento robusto em receita na
comparação com um ano antes. A receita líquida da empresa cresceu 17%, para R$
648,9 milhões. "A base de comparação [primeiro trimestre de 2011] é
bastante elevada. Por isso, consideramos o nosso desempenho forte",
afirmou o presidente da companhia Márcio Utsch, em entrevista ao Valor.
A margem bruta da
companhia recuou 2,4 pontos percentuais, para 44,3%. Houve impacto do aumento
dos custos com mão de obra, mas o grande vilão foi, de novo, a borracha,
commodity que vive um ciclo de alta desde meados da segunda metade do ano passado.
"A alta volatilidade ainda continua neste trimestre [o segundo]",
disse.
Diante disso, a
companhia tem se empenhado em minimizar os efeitos dos altos preços da borracha
em suas margens. "Desenvolvemos técnicas para fabricar o mesmo produto
consumindo menos matéria-prima", diz Utsch. A empresa está investindo em
novos equipamentos e focada no controle das suas despesas.
Segundo o executivo,
alguns impactos dessas iniciativas já podem ser observados na evolução das
margens bruta e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e
depreciação) da companhia em relação ao quarto trimestre de 2011, quando o
patamar de preços do algodão esteve tão alto quanto nos primeiros meses do ano.
Nessa comparação, a margem bruta cresceu 2,3 pontos percentuais, para 44,3%, e
a Ebitda avançou 4 pontos percentuais, para 16,4%.
Para Utsch, esses
números sinalizam que a Alpargatas tem sob controle a sua eficiência
operacional, mesmo em condições mais adversas provocadas pela instabilidade de
preços da borracha. E o aprendizado ficará para quando o ciclo de alta se
reverter, salienta o executivo. "É como na época do apagão. Até hoje tem
gente que aprendeu a trabalhar com luzes apagadas", compara.
Considerando apenas a
operação da Alpargatas no mercado nacional, a receita alcançou R$ 462,6
milhões, em alta de 22,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram
comercializados, no Brasil, 52,25 milhões de unidades de calçados, ou 10% a
mais do que um ano antes.
Já no mercado
internacional, onde a empresa tem se esforçado para ampliar sua operação, a
receita cresceu 5%, para R$ 184 milhões, com a venda de 9,63 milhões de pares.
"Estamos nos
preparando para a entrada em novos mercados", disse Utsch, preferindo não
especificar os países. As exportações da companhia cresceram 24% no trimestre.
No período, a empresa começou a venda da marca Dupé para Arábia Saudita,
Ucrânia e Marrocos. Atualmente, a Alpargatas tem operação própria na Argentina,
Estados Unidos e Europa.
Com redução do seu
endividamento e aumento do caixa, a companhia encerrou março com posição
financeira líquida em R$ 439,2 milhões, superior aos R$ 373,8 milhões de um ano
antes. O saldo de caixa ao fim do trimestre era de R$ 680,7 milhões.
Renova iniciará operação de suas primeiras eólicas
Valor 07.05.2012 - Becker,
presidente: esse setor está passando por um processo de consolidação no país;
ficarão poucos e grandes grupos.
A Renova Energia,
braço de investimentos da Light e da Cemig no setor eólico, pretende colocar em
operação até o início de julho seus primeiros 14 parques, num total de 293,6 MW
de capacidade, em Caetité, na Bahia. Os empreendimentos demandaram R$ 1,2
bilhão de investimentos, do total de R$ 4,4 bilhões que a companhia planeja
investir até 2015.
Segundo o novo
diretor-presidente da empresa, Mathias Becker, oito parques já estão prontos.
Outros seis estão com 70% das obras concluídas. Os projetos, porém, não
fornecerão energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) num primeiro momento,
porque o sistema de transmissão que os conecta à rede ainda não foi concluído.
O sistema, que pertence à Chesf, subsidiária da Eletrobras, deverá ficar pronto
no segundo semestre.
Pelas regras do setor
elétrico, contudo, a Renova Energia já receberá a partir de julho a remuneração
pela produção de energia dos parques (de R$ 178,4 milhões ao ano), por ter
concluído as obras. A empresa negociou 127 MW médios de energia dos projetos no
primeiro leilão eólico, em 2009, pelo preço de R$ 160,39 por MWh (corrigido a
valores atuais).
Ex-consultor e
ex-sócio da McKinsey & Company, Becker assumiu este ano o comando da
Renova, a partir da reestruturação da gestão da companhia. A mudança estava
prevista no acordo de acionistas assinado em agosto de 2011, quando a Light
investiu R$ 360 milhões na empresa e assumiu 25,8% do capital.
Com a alteração, os
sócios-fundadores da Renova, Renato Amaral e Ricardo Delneri, controladores da
RR Participações, que possui 35,8% do capital, passaram a integrar o conselho de
administração. Outros sócios relevantes são os fundos Infrabrasil (17,9%), Fip
Caixa Ambiental (7,20%) e Fip Santa Bárbara (6,5%), e o Santander (2,8%).
Responsável pelo
desenho do novo modelo de governança da Renova, quando ainda era da McKinsey
& Company, Becker acredita que o setor eólico brasileiro está passando por
um processo de consolidação em que restarão poucos e grandes grupos
investidores. A meta da empresa é ser um deles.
"Acreditamos que
haverá apenas de cinco a sete 'players' no mercado de energia eólica no
Brasil", afirmou o executivo. Segundo ele, a estratégia da CPFL Renováveis
de adquirir pequenas empresas donas de projetos eólicos que já possuem
contratos de venda de energia é um sinal claro dessa movimentação.
A Renova inscreveu
211 MW de potência em projetos eólicos para o próximo leilão de energia do tipo
A-3 (com início de fornecimento de energia três anos após o leilão). A
companhia possui ainda 8,7 mil MW de projetos em desenvolvimento, desde a fase
de arrendamento de terras até a homologação pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel). O montante supera a capacidade instalada da usina de Tucuruí,
no Pará, de 8.370 MW.
A partir de agosto a
empresa vai iniciar a construção de 15 parques eólicos, num total aproximado de
375 MW, que deverão entrar em operação em 2013 e 2014. O pedido de
financiamento para os projetos, no valor de R$ 1 bilhão, foi enquadrado em
abril pelo BNDES. A companhia também fornecerá 400 MW para a própria Light a
partir de 2015.R$ 100 bilhões em fundos vão perder para a nova poupança
Folha 07.05.2012 - R$
100 bilhões das economias dos brasileiros aplicados em fundos de investimento
conservadores vão render menos do que a poupança a partir do próximo dia 30,
quando o BC deve reduzir os juros para 8,5% e a caderneta começar a render
5,95% (70% da taxa Selic) ao ano.
Feito a pedido da
Folha, estudo do economista Rafael Paschoarelli, professor da USP, revela que
25,8% dos R$ 387 bilhões aplicados em fundos DI, de renda fixa e de curto prazo
oferecidos pelos bancos renderiam mais se estivessem na poupança.
O levantamento
trabalha com a TR a zero, cenário mais provável a partir de junho, e
desconsidera os fundos fechados e os voltados a investidores profissionais.
Ao todo, são 205
fundos dos 531 dos mais populares que cobram a partir de 1,28% ao ano de taxa
de administração --comissão cobrada pelos bancos para cuidar do dinheiro dos
clientes.
Com essa taxa, os
fundos terão rendimento líquido de 5,83% em um ano, considerando Imposto de
Renda de 17,5% (alíquota para resgate em 361 dias) --menos do que os 5,95%
previstos para a nova poupança.
Títulos: Segundo
Paschoarelli, a alíquota de 17,5% do IR é a mais indicada na comparação com a
poupança em um ano por ser também usada pelos bancos para recolher o imposto
devido.
"Esses fundos
devem perder para a poupança. Devem, porque vários deles vão fazer algo para
render um pouco mais. Possivelmente, deverão comprar títulos de empresas
privadas, que rendem mais mas também têm risco maior", disse Paschoarelli.
Para o consultor
Mauro Halfeld, a indústria de fundos vai ter de "suar a camisa" para
mostrar serviço e merecer uma boa remuneração.
"Seria ótimo que
ela começasse a comprar títulos privados porque esse é um mercado que precisa
ser desenvolvido no Brasil; o setor produtivo ganharia muito. E o investidor
teria a oportunidade de ganhar mais, correndo um risco administrado através da
diversificação. É uma grande tarefa que os fundos podem executar", disse.
Outra opção para os
fundos ficarem mais rentáveis seria diminuir as taxas de administração. Nos
últimos anos, porém, os gestores preferiram reduzir os valores mínimos de
aplicação de fundos com taxas menores, oferecidos a clientes de alta renda.
"A indústria se
move assim. É mais fácil deixar o cliente ir para um fundo melhor do que
alterar o custo de um que já existe", disse o especialista Luiz Calado.
Western Union
Folha 07.05.2012 -
Para atender principalmente imigrantes, como coreanos e bolivianos, a Western
Union vai abrir no bairro paulistano do Brás sua primeira loja própria no país.
A empresa, que já
atua no Brasil por meio de cerca de 11 mil pontos de atendimento com parceiros,
terá uma unidade específica para efetuar transferências de dinheiro, pagamento
de contas e outros serviços financeiros que ainda serão lançados.
"O Brás é uma
região de grande fluxo de remessas. A meta é chegar a 30 mil pontos no país em
cinco anos", diz Felipe Buckup, que acaba de assumir a direção da Western
Union no Brasil.
A empresa já procura
um segundo ponto, que deve ser inaugurado neste ano, também em São Paulo.
Taxa define vantagem do Tesouro Direto
Folha 07.05.2012 -
Quando a Selic estiver em 8,5% e a poupança render 5,95%, papéis do governo
darão ganho líquido de 5,89%. Com nova regra para a caderneta, investidor terá
de procurar corretoras que não cobram comissão.
O rendimento dos títulos no Tesouro Direto, site do governo que vende
papéis da dívida pública diretamente ao investidor pessoa física, também pode
apanhar da nova caderneta de poupança se as comissões das corretoras forem
superiores a 0,5% ao ano sobre o valor aplicado.
Quando a taxa Selic
estiver em 8,5% e o retorno da poupança cair a 5,95% (70% da Selic), o que deve
ocorrer no próximo dia 30, os juros dos títulos pós-fixados (as LFTs) do
Tesouro Direto vão ter rendimento líquido de 5,89% após descontados 0,5% da
corretora e 22,5% do Imposto de Renda (taxação para resgates antes de seis
meses).
Somadas à taxa de
0,4% cobrada pela Bolsa, as comissões podem levar o custo de uma transação no
Tesouro Direto entre 0,9% e 1% ao ano, equivalente a uma taxa de administração
dos fundos que deverão perder para a poupança a partir de junho.
Segundo
especialistas, fundos com taxa de administração de 1% já perdem para a poupança
agora, com a Selic a 9%. Quando cair a 8,5%, somente os fundos com taxa de
administração entre 0,6% e 0,7% conseguirão empatar. Além da comissão das corretoras, para
negociar no Tesouro Direto o investidor tem de arcar com mais 0,4% do valor da
transação, que fica com a Bolsa, e da qual não dá para escapar. Desse total,
0,1% é pago uma só vez no momento da transação.
Isenção: O 0,3%
restante é uma taxa anual paga à Bolsa -a cobrança ocorre no pagamento de
juros, no vencimento dos títulos ou a cada seis meses.
Só seis corretoras
(Daycoval, Banif, Convenção, Socopa, Spinelli e Título) têm isenção de taxas.
BB, Bradesco, Itaú Personnalité cobram 0,5%; Caixa e Santander, 0,4%; e Itaú,
1%.
"Os custos das
aplicações ficaram mais importantes do que nunca com a mudança na poupança. Nem
o Tesouro Direto escapará. Vale procurar as corretoras que não cobram a
taxa", disse Miguel Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional de
Executivos de Finanças (Anefac).
"Para ganhar da
poupança, o investidor vai ter de saber escolher a aplicação. Valem as mesmas
regras de antes, mas que poucas pessoas seguem: invista de acordo com o
horizonte de resgate, atenção aos custos e aos tributos", afirma Willian
Eid, professor da Fundação Getulio Vargas.
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