Daily News
Ambev
amplia compra de cevada no Sul
Valor 17.05.2012 - Próxima de inaugurar uma nova maltaria
no início do segundo semestre, desta vez em Passo Fundo (RS), a Ambev aumentou
de 55,2 mil em 2011 para 65 mil hectares neste ano a área contratada para
aquisição de cevada na região Sul. Com a expansão, a empresa espera receber 150
mil toneladas da matéria-prima no fim de 2012, ante 118 mil na safra passada,
que foi prejudicada por problemas de secagem e armazenagem do cereal colhido,
segundo o diretor agroindustrial Marcelo Otto. A compra projetada da cevada
cultivada por cerca de dois mil agricultores nos três Estados do Sul em 2012
corresponde a pouco mais de 60% do volume necessário para preencher a futura
maltaria de Passo Fundo, que recebeu investimentos de R$ 100 milhões e poderá
produzir 110 mil toneladas de malte cervejeiro por ano, e a unidade atual de
Porto Alegre, com capacidade de 90 mil toneladas anuais. Para produzir uma
tonelada de malte é preciso utilizar 1,2 tonelada da matéria-prima.
Por enquanto, o déficit de produção local do cereal para
a Ambev continuará sendo suprido por produto importado da Argentina, mas o
plano da empresa é atingir a autossuficiência na captação de cevada no Brasil
em cinco a dez anos, disse o diretor. Para isso, tomando como referência a
produtividade média de 2,3 toneladas por hectare no Sul, a área contratada no
país terá que ser ampliada para quase 105 mil hectares.
"Mas queremos alcançar a autossuficiência com
produtores qualificados, que plantam variedades corretas em áreas
adequadas", explicou Otto. Neste ano, destaca, a empresa lançou uma
cultivar mais resistente ao oídio (doença provocada por fungo) e com maior
potencial de rendimento.
Na Argentina, a área contratada pela Ambev chega a 214
mil hectares, mas a produtividade é de 3 toneladas por hectare e gera um
excedente de quase 400 mil toneladas, já que a maltaria local produz 205 mil
toneladas de malte por ano. Nos próximos anos, com o aumento da produção de
cevada no Brasil, uma das possibilidades avaliadas é a instalação de mais uma
maltaria no país vizinho, segundo o executivo.
No Uruguai, a área deve alcançar 120 mil hectares em
2012, com produção de 312 mil toneladas, um pouco acima da demanda de 288 mil
toneladas das duas fábricas de malte instaladas no país. As maltarias no Rio
Grande do Sul, Argentina e Uruguai abastecem as fábricas de cerveja da Ambev na
América Latina, com o reforço da Cooperativa Agrária, do Paraná, que fornece
mais 150 mil a 200 mil toneladas por ano.
Grupo suíço Straumann compra 49% da Neodent
Valor 17.05.2012 - Um negócio no setor de implantes
dentários, área pouco conhecida por fusões e aquisições, chamou atenção do
mercado ontem. A fabricante suíça desse segmento Straumann adquiriu 49% do
capital da brasileira Neodent por 260 milhões de francos suíços, ou o
equivalente a R$ 550 milhões.
Fundada há 20 anos em Curitiba (PR), a Neodent teve
faturamento de R$ 167 milhões no ano passado. Já a Straumann fechou o balanço
de 2011 com uma receita bruta de 694 milhões de francos suíços (R$ 1,4 bilhão).
"A transação realmente chamou atenção. Há dois anos,
um fundo [ Southern Cross ] comprou a SIN, também dessa área de implantes
dentários, e o valor do negócio foi muito menor. Até investidores estrangeiros
me ligaram perguntando sobre essa operação", disse uma fonte do setor.
Um dos motivos que levou os fundadores da Neodent a
vender uma parte da empresa foi o receio de perder mercado. "Recusei
outras ofertas. Mas no caso da Straumann, que é líder no mundo, preferimos
vender. Havia o receio de eles se associarem a outra empresa e a concorrência
ficar muito acirrada", disse Geninho Thomé, fundador da Neodent. Segundo
ele, sua empresa é líder com 40% do mercado de implantes dentários no país e a
companhia suiça detém a liderança mundial.
Com um sócio capitalizado, a Neodent tem planos de
expandir sua operação em mercados emergentes e aumentar o faturamento em cerca
de 25% neste ano e outros 30% a 35% a partir de 2013. "A Straumann atua
com público premium e nós em mercados emergentes. Não haverá concorrência entre
nós", explicou Thomé.
Entre os projetos vislumbrados pela empresa brasileira
está a abertura de escritórios na Índia, México e Leste Europeu, além de
Portugal e Espanha.
Stefanini já chega a 29 países. Stefanini adquire Top
Systems e faz 7ª compra recente
Valor 17.05.2012 - A empresa de serviços de tecnologia da
informação Stefanini avança em seu projeto de internacionalização, iniciado em
1996 com a compra da Top Systems, companhia uruguaia de capital fechado que
desenvolve sistemas para o setor financeiro, como softwares de prevenção à
lavagem de dinheiro.
Ao lado da Totvs e da Tivit, a Stefanini é um dos poucos
exemplos de empresas brasileiras de TI que conseguiram atingir um porte capaz
de fazer frente às multinacionais do setor. Atualmente, a companhia possui
cerca de 14 mil funcionários distribuídos em 71 escritórios. Por meio da
aquisição da Top Systems, a Stefanini amplia sua atuação direta a 29 países.
Com o acordo, ela passa a deter 55% de participação na companhia uruguaia.
Modal negocia compra de subsidiária do Banif
Brasil Econômico 17.05.2012 - O Banco Modal SA está negociando a compra da
subsidiária brasileira do Banif SGPS SA, segundo duas pessoas a par do assunto.
O Modal, com sede no Rio de Janeiro, avalia também comprar a subsidiária do
Standard Bank Group Ltd., o maior banco da África do Sul. O Banif contratou o
Credit Suisse Group AG para encontrar um comprador, segundo uma das pessoas,
que pediu anonimato porque as negociações não são públicas. Eduardo Centola,
ex-chefe da área de banco de investimento suíço UBS AG no Brasil, passou a ser
sócio do Banco Modal SA, informou o executivo em entrevista no mês passado em
São Paulo. Na época, Centola afirmou que o banco não descartava aquisições e
que pretendia abrir uma corretora e
contratar pessoas como parte da estratégia para oferecer serviços de um banco
de investimento completo.
O Modal, com cerca de 200 funcionários, tinha no final do
ano passado patrimônio líquido total de R$ 246,7 milhões e ativos de R$ 1,5
bilhão, segundo dados do website do Banco Central. A instituição tem ainda mais
de R$ 4 bilhões em ativos de terceiros sob gestão em sua área de asset
management. O Banif, baseado em Funchal, Madeira, quer vender sua divisão no
Brasil uma vez que a crise de dívida na Europa eleva os custos de captação do
banco, disseram pessoas familiarizadas com o plano em novembro. O Modal, o
Banif e o Credit Suisse não quiseram se pronunciar. O Standard Bank negou as
negociações.
Marriott reajusta o foco no Brasil
Valor 17.05.2012 - Rob Steigerwald, da Marriott:
"Talvez estejamos um pouco atrasados por aqui, mas, para nós, o tempo do
Brasil é agora".
Uma das maiores redes de hotéis do mundo, com 3,8 mil
empreendimentos em 73 países, a americana Marriott está confirmando um plano de
expansão para o Brasil, elaborado há quase dois anos. Desde então, ele entrou
em compasso de espera. A ideia é abrir 50 hotéis no país, em dez anos, com
potencial de investimento de ao menos US$ 500 milhões, com a ajuda de
parceiros, investidores e franquias.
"Talvez estejamos um pouco atrasados por aqui, mas,
para nós, o tempo do Brasil é agora", afirmou ao Valor Rob Steigerwald,
principal executivo da Marriott para as Américas, Região Sudeste. Há 15 anos no
país, a rede americana conta com apenas quatro hotéis - três em São Paulo
(Renaissance São Paulo Hotel, São Paulo Airport Marriott Hotel e Marriott
Executive Apartaments) e um no Rio de Janeiro (JW Marriott).
De acordo com o executivo, enquanto não investia de forma
mais agressiva no Brasil, a Marriott estava dando prioridade a outras regiões
do mundo, como no mercado americano. Ele conta que ainda não foram definidos os
locais para os novos empreendimentos.
Como exemplo de porte de cidades que a rede americana
está buscando, Steigerwald cita São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre,
Curitiba e Belo Horizonte.
A exemplo do que outras redes internacionais têm feito no
país, grande parte dos novos empreendimentos da Marriott programados para o
Brasil serão da bandeira econômica Farfield by Marriott. O pontapé para essa
estratégia foi dado em novembro de 2011.
Foi quando a rede americana anunciou uma parceria com a
incorporadora PDG Realty. O objetivo é desenvolver cinco hotéis das bandeiras
Farfield by Marriott ou Courtyard a partir de 2014. As cidades que deverão
receber os empreendimentos são Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Manaus e
Vitória.
A Marriott também vai investir em reformas no país. Até o
ano que vem, os quatro hotéis da rede vão receber um investimento de R$ 27,5
milhões, em reformas. Em dezembro, nomeou um executivo específico para cuidar
dos negócios no Brasil, Gil Zanchi, que tem feito aulas diárias de português.
"A América Latina está com uma performance muito boa
no primeiro trimestre. A região está entre as com melhor desempenho em todo o
mundo para nós. E o Brasil lidera esse caminho", afirma Steigerwald. O
executivo também cita os Estados Unidos e a Ásia-Pacífico com desempenhos
similares ao do mercado latino-americano.
De acordo com ele, a América Latina acompanhou no
primeiro trimestre do ano o crescimento global entre 6% e 8% da receita por
apartamento disponível (revpar). Esse índice mede a rentabilidade de uma rede
hoteleira por meio da combinação entre a taxa de ocupação e a diária média dos
empreendimentos.
Em dezembro do ano passado, a Marriott anunciou o
lançamento de uma nova bandeira no país, a Autograph. Nesse caso, porém,
trata-se de uma parceria com o Hotel & Spa do Vinho Caudalie, em Bento
Gonçalves (RS), que passou a integrar a carteira de hotéis de luxo com essa
marca. No empreendimento, que funciona como um spa temático, são oferecidos
banhos de relaxamento com vinho.
A Marriott apresentou lucro líquido de US$ 104 milhões no
primeiro trimestre de 2012, ante US$ 101 milhões de igual período de 2011. O
faturamento da rede americana ficou em US$ 2,5 bilhões, ou US$ 100 milhões a
mais do que em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
No encerramento do ano passado, a Marriott reportou lucro
líquido de US$ 475 milhões, uma expansão de 23% na comparação com o ano
anterior. O faturamento da empresa foi de US$ 11 bilhões, um crescimento de
7,8% em relação ao ano anterior.
Fatia de brasileiros na Redecard deverá definir novo
laudo
Valor 17.05.2012 - Às vésperas da assembleia da Redecard,
em que apenas os acionistas minoritários da empresa de cartões vão decidir se
querem ou não um novo laudo de avaliação para o fechamento de capital da
companhia, ninguém arriscava dizer qual o desfecho da reunião. Tudo vai
depender da porcentagem do capital da empresa que está nas mãos dos brasileiros,
que em sua maioria não querem um novo laudo; e de estrangeiros, que estão
divididos sobre o tema.
De um lado, a gestora americana Lazard solicitou um novo
laudo e indicou o Credit Suisse para fazê-lo. O fundo, que oficialmente tem 10%
do capital da companhia e 18,8% das ações no mercado, afirma a interlocutores
que tem grande apoio de outros estrangeiros - inclusive das consultorias de
voto ISS e Glass Lewiss, favoráveis ao novo laudo.
Do outro lado, estão, majoritariamente, os investidores
brasileiros. Muitos deles, desde o princípio, acreditavam que o preço oferecido
pelo Itaú, de R$ 35 mais dividendos, era adequado. Eles apontam que a equipe de
análise do Credit Suisse já avaliava a Redecard em R$ 35. E ponderam que o Itaú
já mostrou que não está blefando quando diz que não elevará o preço ofertado e,
apesar de o banco ter voltado atrás na decisão de retirar a companhia do Novo
Mercado, manteve a avaliação de enfraquecimento do negócio - e os brasileiros
querem acabar logo com o assunto.
Aparentemente, eles têm boas chances de conseguir isso.
Nos últimos dias, as taxas e volumes de aluguel das ações da Redecard
dispararam a níveis históricos. Os investidores domésticos, que inicialmente
venderam as ações para ficar longe de uma disputa com o Itaú, voltaram a se
posicionar nos papéis. Uma pista de que o mercado acredita que o Itaú não
elevará a oferta é que as ações da Redecard, antes negociadas a R$ 35, caíram
para R$ 32 na bolsa. Esse fator estimulou a montagem de posições de fundos que
apostam em lucros em event os de
curto prazo e que, portanto, são contra o laudo.
A Skopos já declarou ter perto de 5% das ações da
companhia na bolsa. Em uma atualização do manual da assembleia, o Credit Suisse
informa que, por meio de fundos proprietários, tem perto de 0,9% das ações da
Redecard. O banco está conflitado para votar na assembleia. No entanto, a
Credit Suisse Hedging Griffo, que praticamente não possuía ações em março, em
maio tinha também fatia perto de 0,9% da empresa. Procurada pelo Valor, a
Griffo não informou se irá votar na assembleia ou não.
Investidores questionam o apoio dos estrangeiros a Lazard
porque a posição de muitos deles está em contratos de swap em que estão
expostos à variação das ações da empresa, no entanto não têm a propriedade dos papéis
e portanto não votam. Além disso, alguns estrangeiros, por conta das
burocracias e prazos necessário para votar no Brasil, podem não conseguir se
manifestar na assembleia. Circulavam ainda no mercado informações de que a
própria Lazard já teria vendido uma parte de suas ações.
Cruzeiro do Sul tem prejuízo no 1º tri
Valor 17.05.2012 - Com a mudança nas formas de
contabilização dos ganhos obtidos com a venda de carteiras de crédito, o banco
Cruzeiro do Sul teve um prejuízo de R$ 57,8 milhões de janeiro a março deste
ano, revertendo o lucro líquido de R$ 41 milhões que obteve em igual período do
ano passado.
Porém, para os auditores do banco - a KPMG -, a
instituição deveria ter registrado um prejuízo ainda maior, de R$ 68,5 milhões.
O balanço do Cruzeiro do Sul recebeu dos auditores uma ressalva, o que equivale
a um erro encontrado nas contas do banco. Para a auditoria, o Cruzeiro do Sul
deveria ter incluído no balanço uma perda de R$ 17,7 milhões gerada em
renegociações de operações de crédito vendidas. Líquido de imposto, esse valor
encolheria o resultado da instituição no primeiro trimestre deste ano e também
o seu patrimônio.
Os números divulgados pelo banco mostram uma redução das
receitas de crédito, ao mesmo tempo em que as despesas subiram. Essa diferença
levou o Cruzeiro do Sul a ter um resultado bruto da intermediação financeira
negativo em R$ 18,8 milhões, ante um ganho de R$ 235,2 milhões um ano atrás.
Em relatório, o banco afirma que o prejuízo foi causado
pela mudança no registro contábil da cessão de carteiras, que entrou em vigor
neste ano. "Levando-se em consideração a prática contábil anteriormente
aplicada onde as receitas de cessão eram reconhecidas de forma antecipada,
estimamos que o lucro no trimestre seria em torno de R$ 40 milhões", diz.
A carteira de crédito do banco, que é especializado nos
empréstimos consignados, encerrou março em R$ 7,3 bilhões, com um crescimento
de 6,4% em 12 meses e um recuo de 3,7% na comparação com dezembro.
O índice de Basileia do banco está em 14,8%, com queda de
4,1 ponto percentual na comparação com março de 2011.
No ano passado, a instituição recebeu um socorro de R$
3,6 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), entidade que assumiu o papel
de emprestador de última instância do sistema bancário.
Debêntures da Energisa
Valor 17.05.2012 - A Energisa, controladora de
distribuidoras de energia, pretende emitir R$ 400 milhões em debêntures não
conversíveis em ações. A companhia anunciou, por fato relevante, que protocolou
o pedido para a operação na Anbima, mas destacou que a realização da oferta
estará sujeita, entre outros fatores, a condições de mercado. Serão emitidas 40
mil debêntures ao valor de R$ 10 mil cada. A remuneração e o prazo de
amortização não foram divulgados.
Prorrogação de concessões prioriza diminuição de tarifas
Valor 17.05.2012 - O projeto de lei preparado pelo
governo para prorrogar as concessões de energia que vencem a partir de 2015 já
está praticamente pronto e vai dar prioridade à redução do preço da energia. O
secretário-executivo e ministro-interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann,
reafirmou ontem a determinação do governo de baixar o preço da conta de luz
vinculado às concessões de usinas, redes de transmissão e distribuidoras que
vencerão daqui a três anos. "Vencida a concessão, é preciso que haja uma
repercussão para a sociedade brasileira. Não vamos remunerar ativo amortizado.
A remuneração será apenas sobre a operação e manutenção das usinas", disse
Zimmermann, durante audiência da Comissão de Minas e Energia, na Câmara dos
Deputados.
O governo ainda não oficializou a decisão de prorrogar as
concessões - o que exigirá alteração na lei do setor elétrico -, mas a
complexidade de optar pelo vencimento das concessões atuais e a consequente
relicitação dos empreendimentos foi evidenciada pelo ministro em exercício.
"Relicitar concessões seria uma experiência nova no mundo", comentou
Zimmermann.
Estudos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
apontam para uma redução entre 3% e 12% no preço da energia, dependendo do
caminho escolhido pelo governo, mas interlocutores dizem que a presidente Dilma
Rousseff já deixou claro seu desejo de que a queda fique na casa dos dois
dígitos. Até o ano passado, cálculos feitos pela Eletrobras apontavam que, no
caso da prorrogação, a redução ficaria em torno de 4%.
No total, vencerão os contratos de 20.206 megawatts (MW)
de geração, 80.233 quilômetros de linhas de transmissão e 37 distribuidoras.
Essa infraestrutura representa 18% do parque gerador do país, 84% da malha de
transmissão e 23% da energia comercializada. A maior parte dos empreendimentos
está nas mãos da Eletrobras. A estatal tem quase 12 mil MW em jogo, ligados às
companhias Chesf, Furnas e Eletronorte. No caso da Chesf, os projetos
representam 85% da estrutura da companhia. Em Furnas, as concessões com
validade até 2015 equivalem à metade da capacidade da empresa.
Dilma reconduz Jorge Samek à diretoria geral da Itaipu
Estadão 17.05.2012 - A presidenta Dilma Rousseff
reconduziu Jorge Samek à diretoria geral da Itaipu Binacional. O decreto foi
publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). Além dele foram
reconduzidos os diretores Margaret Luchetta Groff, Edésio Franco Passos, Cezar
Eduardo Ziliotto, e Nelton Friedrich, e os conselheiros Alceu Collares, João
Vaccari Neto, José Antonio Muniz Lopes, Luiz Pinguelli Rosa e Roberto Átila
Amaral Vieira. O mandato da diretoria será até 16 de maio de 2017 e dos
conselheiros, até 16 de maio de 2016.
B2W sobe 16% com rumor de recompra
Valor 17.05.2012 - As ações da B2W tiveram forte alta no
pregão de ontem, com a volta de rumores de que a controladora Lojas Americanas
pode retirar a empresa da bolsa.
As ações da empresa de varejo eletrônico subiram 16,30%,
cotadas a R$ 7,49. O giro financeiro foi de R$ 19,7 milhões - o dobro do volume
médio diário do papel neste ano. Já a ação da Americanas caiu 3,91%, para R$
12,52. Até o momento, nenhuma das companhias se manifestou sobre as oscilações
das ações ou as informações de mercado. Na segunda-feira, em relatório, o UBS
afirmou que a Americanas precisava encontrar uma solução para o risco B2W.
Procuradas pelo Valor, ambas afirmaram que não comentam rumores.
Executivos de Americanas e da B2W estão nessa semana
reunidos com investidores nos Estados Unidos buscando uma parceria estratégica
para a empresa, apurou o Valor. A expectativa do mercado é que a Americanas
opte por incorporar as ações da B2W em vez de lançar uma oferta pública de
aquisição de ações para o fechamento de capital. Dessa forma, não gastaria
dinheiro.
Diante da desvalorização muito acentuada da B2W - desde
que chegou à bolsa, em 2007, valendo R$ 83,46, o papel perdeu 91% de seu valor
- já há algum tempo o mercado espera que a Americanas tome a decisão de
deslistá-la.
Um ponto que tem chamado a atenção de investidores é que,
conforme as recentes divulgações de resultados, a B2W tem perdido receitas, o
que é compreensível em seu segmento, uma vez que a competição aumentou e a
empresa perdeu fatia de mercado. No entanto, a companhia continua com os custos
em alta e vem perdendo margens. Em tese, se a companhia perde receitas, deveria
controlar também os seus custos. Para investidores, essa é uma sinalização de
que o negócio está sendo de alguma forma menosprezado.
Shoppings no Sul e no Sudeste terão aporte de R$ 340 mi
Folha 17.05.2012 - A 5R Shopping Centers, joint venture
criada entre a 5R Properties e a Integra, investirá ao menos R$ 340 milhões na
construção de três empreendimentos nas regiões Sul e Sudeste.
A companhia anuncia hoje um novo shopping na cidade de
Alvorada (RS).
O projeto, que será construído em parceria com o grupo
Pedra Branca, proprietário do terreno, está estimado em R$ 140 milhões.
"O terreno é muito perto da divisa com Porto Alegre.
Se fôssemos construir na capital, a burocracia adiaria muito o início das
obras", diz o presidente da empresa, Carlos Felipe Fulcher.
A inauguração do shopping center, que terá 80 mil metros
quadrados de área construída, deve ocorrer no segundo semestre de 2014, após
dois anos de obras.
Desde março de 2011, quando a joint venture foi criada, a
companhia já anunciou cinco projetos, que, somados, representam investimentos
de R$ 840 milhões. Nenhum deles em capitais.
"Dentro de 30 dias, lançaremos mais dois shopping
centers, desta vez em capitais do Sul e do Sudeste", afirma o sócio Cesar
Garbin.
Até o final do ano, o grupo também pretende finalizar
negociações nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.
"Já mapeamos cidades que representam boas
possibilidades nesses locais, mas, até o momento, outras oportunidades adiaram
esse nosso desejo", diz Garbin.
Números: R$ 840 mi é o total investido nos cinco
empreendimentos da companhia, 80 mil m2 será a área construída em Alvorada
(RS), R$ 140 milhões será o investimento em Alvorada (RS), 15 meses é o tempo
de operação desde que a joint venture foi criada, 2.500 é o número de empregos
que o empreendimento vai gerar, 139 é a quantidade de lojas (cinco âncoras e
quatro semiâncoras)
Gol acumulará 1,2 mil demissões até junho
Valor 17.05.2012 - A Gol deverá acumular, até o fim do
primeiro semestre, pelo menos 1.200 demissões, resultado de um processo de
cortes iniciado em janeiro. Isso porque a companhia anuncia, até o fim deste
mês, a demissão de cerca de 500 funcionários, a maioria de aeroviários
(funcionários de serviços em terra).
A medida integra a readequação de tamanho da Gol, em
linha com a redução de cerca de 10% na malha de voos, após o segundo maior
prejuízo de sua história, de R$ 751 milhões, em 2011. A Gol demitiu 1.200
trabalhadores de janeiro a abril, mas contratou 700 pessoas no mesmo período,
restando um saldo de 500 cortes.
Como de janeiro a março foram dispensados 200
tripulantes, são 700 cortes até o momento. Com as 500 demissões a serem
anunciadas perto do fim de maio, chega-se ao total de 1.200 dispensas até junho.
A empresa está reduzindo a quantidade de comissários no avião 737-700, de
quatro para três, que deverá resultar em mais cortes.
Segundo fontes que acompanham a reestruturação da segunda
maior companhia aérea brasileira, novas demissões poderão ser anunciadas entre
junho e julho, mas em uma escala menor das que têm sido anunciadas até agora. A
Gol não comenta o assunto. No encerramento do primeiro trimestre, tinha 18,8
mil funcionários.
“O que está acontecendo é que o processo de adequação do
quadro de funcionários ainda não acabou. É um ajuste do número de voos, que
foram reduzidos, com o número de empregados”, afirma um fonte do setor aéreo.
Entre março e abril, a Gol reduziu 100 voos de sua malha
aérea, que era composta por até 1.150 voos por dia, incluindo a Webjet,
comprada em julho de 2011.
Com menos voos e menos funcionários, a Gol vai reduzir o
uso diário de seus aviões. Em 2011, cada avião da companhia registrou uma média
de utilização diária de 13 horas. Neste ano, o objetivo da Gol é recuar para 12
horas. A Gol vai reduzir, ainda, até 2% de sua oferta neste ano. Em recente
entrevista, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, disse que abre
mão de participação de mercado para ganhar rentabilidade. Prefere permanecer no
mesmo patamar ao longo de 2012. Atualmente a Gol responde por 34% da demanda
doméstica.
A companhia também está num processo de redução de frota.
Encerrou 2011 com 150 aviões. Em 2012, terá 138 aeronaves, ou uma redução
líquida de 12 unidades. Em vez de incorporar novos aviões em sua frota, eles
serão remanejados para a Webjet.
O maior corte líquido de aviões, porém, acontecerá em
2013, quando a Gol terá 136 aeronaves, recuo de 14 unidades em relação à frota
do ano passado. A empresa só retoma o crescimento a partir de 2014, quando
planeja ter 140 aviões.
No dia 4 de maio, quando anunciou prejuízo de R$ 41,4
milhões no primeiro trimestre, revertendo lucro de R$ 69,4 milhões de igual
período de 2011, as ações da Gol mostraram a maior alta do pregão, de 5,18%.
Para o mercado, a companhia começa a colher frutos na redução de custos.
Além das demissões, a Gol faz um amplo estudo de redução
de peso na aeronave para queimar menos combustível. Até mesmo a quantidade de
gelo a bordo está sendo estudada.
Crescimento nas rodovias ganha fôlego
Valor 17.05.2012 - O tráfego voltou a ter crescimento
mais robusto nas estradas brasileiras. Nos resultados das três principais
companhias do setor - CCR, OHL Brasil e EcoRodovias -, o fluxo interrompeu a
sequência de desaceleração registrada desde o primeiro trimestre de 2011. Pela
primeira vez em um ano, houve aceleração no crescimento do volume de veículos
ao fim do trimestre (na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior).
Dados mais recentes, no entanto, limitam o otimismo do setor.
Os números positivos divulgados pelas empresas no começo
do ano são corroborados pelo Índice ABCR, produzido pela Associação Brasileira
de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria. A
trajetória de desaceleração no crescimento vinha acontecendo desde o começo do
ano passado, quando foi registrado aumento de 9,1% no tráfego do primeiro
trimestre (frente ao mesmo período de um ano antes). Nos trimestres seguintes,
seguindo o mesmo tipo de comparação, o número foi caindo para 8,7% no segundo,
5,3% no terceiro, até o vale de 3,8% no último. No primeiro trimestre de 2012,
no entanto, houve reaceleração: 5,7%. O crescimento foi registrado tanto entre
os pesados, ligados à atividade industrial, como entre os leves, ligados a
renda e emprego.
Segundo Juan Jensen, economista da Tendências que atua na
elaboração do indicador, os percentuais do começo de 2012 antecipam dados de
uma atividade econômica mais aquecida no trimestre. "A aceleração mostrou
um quadro melhor do que vinha ocorrendo nos trimestres anteriores, quando o PIB
mostrou sinais de estagnação". Ele afirma que a alta não foi influenciada
pelas medidas anunciadas pelo governo no Plano Brasil Maior. "Esse impacto
deve ser sentido no segundo semestre". Devido ao Índice e a outros indicadores,
a Tendências calcula o PIB do período em 0,5%.
O tráfego nas rodovias gera a maior parte do faturamento
das empresas do setor, devido à receita oriunda do pedágio. Por isso, o aumento
do fluxo de veículos é gerador direto de caixa e, por consequência, de
diminuição da alavancagem dessas empresas - que usam capital intensivo para
projetos em rodovias e que têm atualmente planos de expansão em negócios de
outros segmentos de infraestrutura de transportes e logística, como portos e
aeroportos.
Apesar dos números positivos do começo do ano (quando
comparados a um ano antes), não há euforia no setor. Dados mais recentes
indicam um novo arrefecimento no fluxo das rodovias no segundo trimestre (no
mesmo tipo de comparação). O Índice ABCR recuou 0,8% em abril frente a março.
A CCR, principal companhia em termos de faturamento, já
declara esperar nova desaceleração no próximo resultado. "Os dados de
abril e maio já mostram isso [a desaceleração]", disse Flávia Godoy, da
equipe de relações com investidores, em teleconferência com analistas ontem.
Segundo Arthur Piotto, diretor financeiro, o desempenho do período será
positivo, mais inferior ao reportado no último trimestre.
Na OHL Brasil, a previsão do diretor financeiro,
Alessandro Levy, é que o tráfego siga em linha com o crescimento do PIB. Na
EcoRodovias, há historicamente crescimento 1,5 vez superior ao percentual do
PIB.
BRZ capta R$ 572 milhões
Valor 17.05.2012 - A BRZ Investimentos realizou o
primeiro fechamento de um fundo de private equity - que compra participações em
empresas - destinado ao setor de portos e logística. A captação do fundo,
criado no fim do ano passado, atingiu R$ 572 milhões, de acordo com João
Junqueira, diretor financeiro e de relações com investidores da GP
Investimentos, controladora da BRZ. Conforme o regulamento, o fundo Brasil
Portos e Ativos Logísticos pode levantar até R$ 900 milhões. A BRZ possui um
total de R$ 3,8 bilhões em ativos sob gestão.
GPA muda de novo conselho da Viavarejo
Valor 17.05.2012 - Klein, da Viavarejo, convocou
acionistas para aprovar mudança no conselho.
O Grupo Pão de Açúcar decidiu mudar o nome dos dois novos
conselheiros indicados, na semana passada, para ocupar vagas no conselho de
administração da Viavarejo (ex-Globex), formada da união de Casas Bahia e Ponto
Frio. A alteração foi comunicada na noite de ontem à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e informada a dois dias da assembleia de acionistas da
Viavarejo, que acontece amanhã.
A assembleia irá homologar a troca de parte do conselho
da cadeia varejista, segundo decisão do GPA e da Casas Bahia comunicada no
início do mês.
Na segunda-feira passada, o Valor informou que o Grupo
Pão de Açúcar e a rede Casas Bahia comunicaram um ao outro, em decisões tomadas
unilateralmente, a decisão de mudar dois integrantes do conselho de cada lado.
Naquele momento, o Grupo Pão de Açúcar indicou o advogado Pedro Romeiro Hermeto
enquanto a Casas Bahia escolheu Ricardo Tepedino.
Além deles, o GPA ainda informou a escolha de Caio
Mattar, vice-presidente de negócios especializados da companhia, e a Casas
Bahia indicou Renato Carvalho, sócio fundador da Arion Capital, empresa de
assessoria financeira e gestão de fundos.
No total, portanto, as alterações atingem quatro cadeiras
do total de nove membros da varejista.
Ontem, começaram a circular informações no mercado de que
o Grupo Pão de Açúcar poderia indicar novos nomes, mas manter um advogado na
nova seleção de conselheiros.
Pelo comunicado informado à CVM ontem, o Grupo Pão de
Açúcar deixará de indicar Caio Mattar e, para seu lugar, escolheu Alberto Guth,
sócio da Angra Partners, gestora de recursos, e conselheiro em empresas de
grande porte. No lugar do advogado Pedro Romeiro Hermeto, que atua nas áreas
consultiva do direito civil e comercial, o grupo escolheu Luis Souza, da Souza
Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch, com atuação em direito empresarial e
societário. A Casas Bahia manteve os seus membros escolhidos na semana passada.
Michael Klein, presidente de conselho da Viavarejo, já convocou os acionistas
para assembleia amanhã. Segundo o GPA, a nova mudança teve a ver com problemas
de agenda dos executivos indicados anteriormente.
Essa questão vem à tona a menos de dois meses do término
do período de restrição à venda de ações da Viavarejo. GPA e Casas Bahia não
podem se desfazer de seus papéis até 1º de julho de 2012, segundo acordo
assinado entre os controladores em 2010. Após a data, a família Klein, com 47%
do capital da Viavarejo (GPA tem cerca de 52%) tem a opção de se desfazer de
sua participação se quiser.
Além disso, como pano de fundo dessas alterações, surge a
informação que Michael Klein, presidente do conselho da Viavarejo, tem
interesse em adquirir a participação do GPA na empresa. Nada foi oficializado
até o momento. Há cerca de duas semanas, Abilio Diniz, presidente do conselho
de administração do GPA, disse esperar que o comunicado da sócia Casas Bahia,
de mudar os membros da Viavarejo, não tenha nada além de uma mudança normal.
Segundo o acordo acertado entre as partes em julho de 2010, "a partir do
25º mês [do acordo assinado], as partes estarão livres para negociar as ações
de emissão de Globex".
Três anos depois, BRF dobra de valor
Valor 17.05.2012 - Os fundos de pensão que formavam o
bloco com maior participação acionária na Perdigão aproveitam os bons ventos da
BRF-Brasil Foods (a empresa resultante da união com a Sadia) no mercado para
vender parte das suas ações. Hoje, eles detêm 26,55% do negócio. Em 2011, foi a
primeira vez que a fatia das fundações ficou abaixo de 28% do capital da nova
companhia.
Três anos após o anúncio da fusão, a BRF vale hoje o
dobro do que valiam as duas empresas, somadas, antes da união. O valor de
mercado do negócio está próximo a R$ 30 bilhões - o dobro dos R$ 15 bilhões
marcados ao fim do primeiro pregão após a Perdigão incorporar as ações de
controle da Sadia, em julho de 2009.
Embora ainda existam desafios a serem superados pela
empresa, a percepção do mercado sobre o negócio indica que as companhias tinham
mesmo de se unir. A BRF está se apropriando dos pontos positivos de cada uma: o
prêmio que os investidores na bolsa atribuíam à governança da Perdigão e o
prêmio pelo prestígio da marca Sadia com os consumidores nos supermercados.
Balaroti
Folha 17.05.2012 - Com R$ 120 milhões em investimentos, o
grupo curitibano Balaroti prevê inaugurar seis lojas de material de construção
até o final do ano que vem.
Apenas uma das novas unidades será instalada no Paraná.
As outras ficarão em Santa Catarina.
As lojas precisam estar a no máximo 300 km de Curitiba,
onde fica o centro de distribuição da rede.
"As cidades paranaenses em que temos interesse estão
mais longe do que as catarinenses", afirma o presidente da empresa, Hélio
Ballarotti Junior.
Para que a rede fosse ampliada, o centro de logística
recebeu R$ 20 milhões e sua área construída passou de 30 mil metros quadrados
para 45 mil.
Do total do capital investido, cerca de 35% é próprio. O
restante é de parceiros do setor imobiliário.
Sócio da YPF deixa de pagar US$ 400 milhões a bancos
Valor 17.05.2012 - O grupo Petersen, da Argentina, deixou
de honrar ontem pagamento de US$ 400 milhões a bancos credores, o que pode
permitir-lhes confiscar ações da petrolífera YPF que garantiam o empréstimo.
Até agora, os bancos não sinalizaram planos para tomar as
ações e as negociações continuam, segundo uma pessoa próxima ao grupo Petersen.
Segundo a fonte, o grupo deve aos bancos pouco mais de US$ 1 bilhão. A notícia
chega menos de duas semanas depois de o governo da Argentina ter expropriado
participação de 51% na YPF que pertencia à espanhola Repsol YPF, o que colocou
o grupo Petersen em situação complicada.
O grupo, da família Eskenazi, possui participação de
25,5% na YPF, que foi paga por meio da captação de pesados empréstimos. Em
2008, o grupo financiou a aquisição de 14,9% da YPF com empréstimo garantido
concedido por um grupo de bancos liderado pelo Credit Suisse, de acordo com
informações disponíveis no site da banca de advocacia Cleary Gottlieb, que
representou o grupo Petersen na operação. A empresa também obteve com a Repsol
empréstimo e ações no valor de US$ 1 bilhão.
Em 2011, o grupo adquiriu participação adicional de 10%,
financiando o acordo com crédito de US$ 700 milhões de um grupo de bancos
liderados pelo Itaú e o Credit Suisse. A Repsol entrou com outro empréstimo de
cerca de US$ 625 milhões, segundo Gottlieb. O grupo contava com receber
dividendos da YPF para saldar os empréstimos. O governo argentino, porém,
anunciou que a YPF não vai pagar dividendos, para investir os lucros no aumento
da produção.
Os termos do crédito estipulam que a estatização da YPF
ou uma forte queda nas ações podem configurar situação de inadimplência, dois event os que acabaram se concretizando. Há uma
semana, os bancos notificaram o grupo Petersen que consideram os créditos em
situação de inadimplência, segundo a fonte.
Fitch afirma Ratings da OGX em "B+" e Suas
Notas em B+/RR4
MonitorMercantil 17.05.2012 - Nesta terça-feira, a Fitch
Ratings afirmou os Issuer Default Ratings (IDRs, ratings de probabilidade de
inadimplência do emissor) em moeda estrangeira e local da OGX e o rating
nacional de longo prazo em "BBB(bra)".
A agência também afirmou os ratings "B+/RR4" (B
mais/RR4) das emissões de notas seniores da OGX Áustria GMBH, subsidiária
integral da OGX, nos respectivos montantes de USD2,6 bilhões e USD1,1bilhão.
Ambas emissões são incondicional e irrevogavelmente garantidas pela OGX, pela
OGX Petróleo e Gás Ltda. e pela OGX Campos de Petróleo e Gás S.A.
Os ratings da OGX refletem os substanciais e
diversificados recursos de petróleo e gás da companhia, sua experiente equipe
de executivos e sua capacidade de iniciar a produção nos blocos de águas rasas
da Bacia de Campos, utilizando tecnologia padrão e comprovada.
As principais preocupações incluem o potencial atraso de
incorporação das reservas provadas; atrasos não previstos na produção
decorrentes da postergação da entrega de equipamentos essenciais; e/ou volumes
de produção iniciais abaixo do esperado, além da exposição a taxas ainda não
definidas de aluguel de equipamentos já contratados fundamentais para a
produção.
Estes fatores podem resultar na necessidade de
financiamento adicional para a OGX no médio prazo. A princípio, o risco de
produção é parcialmente mitigado pelo fato de os equipamentos essenciais terem
sido assegurados e pela aquisição de máquinas a serem utilizadas para atingir
as metas de produção estar em estágio avançado.
A OGX está em fase inicial de produção na Bacia de Campos
- Complexo Waimea, cujo primeiro barril de petróleo foi extraído em 31 de
janeiro de 2012, em um teste de poço de longa duração (TLD). O volume de
produção inicial, de até 1,2 milhão de barris, foi vendido para a Shell em dois
embarques, com USD5,5 de desconto em relação ao Brent. A declaração de
exploração do Complexo de Waimea como comercial pela Agência Nacional do
Petróleo (ANP) é esperada para o primeiro semestre de 2012, após a solicitação
desse status à ANP nas próximas semanas.
O início da produção em Waimea estava previsto para
outubro de 2011, mas o atraso ficou dentro das expectativas da Fitch. A
postergação se deve a uma combinação de demora do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para conceder a licença de
instalação dos equipamentos e desenvolvimento do campo com condições climáticas
adversas.
A OGX acredita que o volume de produção neste primeiro
poço se estabilizará em aproximadamente de 10 mil a 13 mil barris por dia
(bpd). Após a declaração de comercialidade do Complexo Waimea, o volume deve
crescer para até 40 mil barris diários, após a conexão de outros dois poços de
produção horizontais durante o segundo semestre de 2012, além de um possível
quarto poço.
A companhia espera iniciar a produção em uma segunda área
de Campos, chamada Waikiki, no segundo semestre de 2013. Até lá, a empresa
estima ter 11 ou 12 poços horizontais, cada um produzindo entre 10 mil e 20 mil
barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
A empresa já assegurou os equipamentos essenciais, que
incluem seis plataformas offshore contratadas e três unidades de produção, estocagem
e descarga (FPSOs) flutuantes, para atingir essas metas. A primeira FPSO foi
conectada ao poço já em produção de Waimea. As outras duas, OSX-2 e OSX-3,
estão sendo construídas em Singapura e deverão entrar em operação no segundo
semestre de 2013. A OSX-2 será instalada no complexo de Waimea, enquanto a
OSX-3 ficará em Waikiki.
Nos dois primeiros anos, a OGX usará três FPSOs (OSX-1,
OSX-2 e OSX-3) e substituirá as plataformas fixas (WHP) por instalações
submarinas mais caras, permitindo que a OGX ainda atenda às suas metas de
produção até o final de 2013. A construção de duas WHP pela Techint, no Brasil,
está atrasada e resultou em modificação do plano de investimentos original, com
moderado aumento no investimento total, de aproximadamente USD240 milhões. Para
atingir a tempo os volumes de produção projetados até o final de 2013, a
companhia substituirá alguns dos postos concluídos sobre as WHPs por
instalações submarinas mais caras.
Embora os volumes de produção não comprovada e o início
da fase de produção de óleo adicionam muitos riscos aos negócios da OGX, a
campanha inicial de perfuração da companhia foi altamente bem-sucedida e
focalizou diferentes blocos da bacia de Campos. O primeiro teste de perfuração
(drill stem test - DST) na Bacia de Santos teve sucesso e indicou a presença de
condensados que não haviam sido visualizados inicialmente. A companhia planeja
avaliar alternativas para monetizar os condensados, com potencial impacto
positivo no fluxo de caixa de longo prazo, apesar da dificuldade de quantificar
esse benefício no momento. Além disso, a empresa confirmou recentemente a
existência de uma reserva nas camadas de pré-sal das águas rasas da Bacia de
Santos, o que destaca ainda mais o potencial da área. Essa exploração
necessitará investimentos adicionais em 2012.
Até agora, a OGX não obteve sucesso na exploração da
Bacia do Espírito Santo. Dois poços estavam secos, mas a companhia estima haver
potencial em outras partes dessa área. A companhia também iniciou testes
sísmicos nos blocos que possui na Colômbia. Após concluir a exploração de 83
poços nos últimos quatro anos, a taxa de sucesso da companhia foi de cerca de
85%, em todas as bacias.
A OGX tem uma estratégia de crescimento bastante
agressiva e vislumbra aumentar sua produção de 10 mil a 13 mil bpds para mais
de 730 mil boes/d em aproximadamente cinco anos. Este plano de expansão
demandará fortes investimentos, necessários para iniciar a produção. O programa
de investimento total da OGX é significativo e deve variar de USD3,5 bilhões a
USD4,2 bilhões entre 2012 e 2013. Em seu cenário base, a Fitch acredita que a
OGX reportará fluxo de caixa livre negativo nos próximos três anos.
Investimentos futuros serão financiados com os USD3 bilhões da liquidez de
dezembro de 2011; USD0,3 bilhão do financiamento da OGX Maranhão (concluído em
janeiro de 2012); e mais os rendimentos da recente emissão de dívida no
montante de USD1,1 bilhão. As atividades iniciais de exploração,
desenvolvimento e produção da companhia foram totalmente financiadas com
recursos de duas emissões de ações, em 2007 e 2008, que totalizaram USD5,4
bilhões, e com USD2,6 bilhões de emissão de dívida de junho de 2011.
Em maio de 2012, a dívida pro forma da OGX era de USD3,9
bilhões, incluindo os USD2,6 bilhões das notas emitidas em junho e
financiamento de USD320 milhões da OGX Maranhão, além do USD1,1 bilhão emitido
recentemente. Esse nível de dívida está mais alto do que o inicialmente
previsto para 2012 pela companhia, embora ainda esteja dentro do cenário de
caso base conservador da Fitch. O aumento da dívida está relacionado a
investimentos adicionais, em função das mudanças na estratégia de exploração
inicial em Waimea e Waikiki e da possibilidade de avaliar as descobertas nas
águas rasas do pré-sal da Bacia de Santos, ao mesmo tempo em que mantém uma
reserva de caixa. Esse desvio das projeções iniciais da companhia já foi
considerado nos atuais ratings atribuídos pela Fitch à empresa.
A dívida líquida ajustada pela Fitch, incluindo
arrendamentos operacionais, vai aumentar o total de obrigações ajustadas para
pouco mais de USD10 bilhões até 2016. A alavancagem, baseada na dívida em
relação às reservas provadas, deverá ser inferior a USD3,0 por barril,
assumindo que 4,0 bilhões de barris (boe) estejam provados nos próximos anos.
Estas estimativas podem variar dependendo de event uais
taxas/níveis de produção, do volume de reservas provadas e, em última
instância, dos preços do petróleo bruto.
A Fitch estima que, com o aumento da produção até 2013, a
alavancagem, medida pelo índice dívida total ajustada/Ebtida, cairá dos atuais
patamares não-significativos (ausência de fluxo de caixa operacional) para
níveis elevados de um dígito. A agência acredita que a alavancagem diminuirá
consideravelmente, para menos de 4,0 vezes, após o ajuste da dívida em relação
aos arrendamentos operacionais, em 2014 e 2015, uma vez que a produção se
inicie e a empresa reporte aumento em seu fluxo de caixa operacional. A Fitch
também espera que a maior parte do aumento da dívida total ajustada esteja
associada a arrendamentos operacionais de equipamentos de produção com sua
afiliada OSX. Pelas projeções da agência, o Ebtida aumentará para entre USD6
bilhões a USD8 bilhões até 2015, com base nas projeções de preços médios de
petróleo da Fitch e na aplicação de descontos significativos às metas de
produção da OGX. O cenário base da agência é bastante inferior às expectativas
da administração da empresa.
Catalisadores de ações de rating negativas incluem um
atraso significativo no início da produção, aliado à descoberta e à
incorporação de reservas inferiores às expectativas, o que poderia resultar em
maiores necessidades de captação e prejudicar a qualidade de crédito da OGX.
Uma ação de rating positiva poderia resultar de volumes satisfatórios de produção,
aliados à redução das incertezas sobre as reservas.
Siderúrgicas chinesas adiam entrega de minério, dizem
fontes
Estadão 17.05.2012 - Algumas siderúrgicas chinesas
adiaram a entrega de minério de ferro pela Vale e por outras mineradoras em
decorrência do fraco mercado de aço, e os produtores ainda preveem mais queda
nos preços, disseram nesta quinta-feira fontes em siderúrgicas e corretoras.
A decisão reflete o menor apetite do país que mais
consome minério de ferro no mundo e que é um grande mercado de outras
commodities, em meio à instabilidade na economia mundial que obrigou a BHP
Billiton a frear os planos de investir 80 bilhões de dólares.
"Estamos adiando embarques de uma grande mineradora
porque agora ninguém tem estímulo para comprar cargas programadas para chegar
em junho", disse o representante comercial de uma siderúrgica chinesa de
médio porte. O representante de outra
siderúrgica chinesa de médio porte que tem contrato de longo prazo com grandes
mineradoras disse que a companhia postergou entregas desde o mês passado e está
resistente a fazer novas compras.
"Elas (as siderúrgicas chinesas) já estão voltando atrás nos
contratos. Eu sei de vendedores de contratos de longo prazo que já tiveram
mercadoria adiada", disse um corretor de minério de ferro em Cingapura,
acrescentando que as entregas adiadas incluem as da Vale e da BHP.
A BHP se negou a comentar o assunto, e os representantes
da Vale não estavam imediatamente disponíveis.
Gradiente volta com vendas só pela internet
Estadão 17.05.2012 - A CBTD, empresa que arrendou a
marca, começou a vender dois modelos de leitores de Blu-ray e um tablet para
crianças, e prepara lançamentos.
Depois de cinco anos fora do mercado, os produtos da
marca Gradiente voltaram a ser vendidos nesta semana. A Companhia Brasileira de
Tecnologia Digital (CBTD), que arrendou a marca, colocou à venda na
segunda-feira dois modelos de Blu-ray e um tablet infantil em uma loja virtual
da própria Gradiente. A empresa também quer lançar televisão e smartphone até o
fim do ano, afirmou ontem o presidente da CBTD, Fabio Vianna.
"Não tenho dúvidas de que é possível voltar ao
mercado. A marca Gradiente ainda é lembrada pelo consumidor. E não voltamos com
a linha de produtos do passado", disse Vianna.
Os novos produtos da Gradiente foram desenvolvidos pela
equipe da empresa, mas são montados em fábricas terceirizadas. Vianna não
releva o nome dos parceiros. Ele diz apenas que as linhas de áudio e vídeo
serão feitas em Manaus (AM) e os tablets e celulares no Estado de São Paulo.
A fábrica da antiga Gradiente em Manaus foi incluída no
contrato de arrendamento da empresa, mas está fechada neste momento. "Se
percebermos que é interessante voltar a fabricar os produtos, vamos propor um
investimento ao conselho", ressaltou Vianna.
A regra agora é "gestão financeira" da empresa.
"Não temos metas de market share ou de vendas, mas de rentabilidade",
disse Vianna.
A escolha do canal de vendas para relançar os produtos da
Gradiente está relacionada a esse direcionamento. Com o canal próprio, a
empresa não precisa pagar a comissão do varejo e aumenta a sua margem.
"É uma boa estratégia para quem está começando.
Fornecer para grandes varejistas envolve um risco operacional de administrar
capital de giro e grandes pedidos", afirmou o diretor acadêmico da HSM
Educação e especialista em estratégia empresarial, Fernando Serra.
A intenção da CBTD é começar a vender os produtos no
varejo a partir de junho. Mas o foco, segundo Vianna, serão principalmente as
lojas especializadas em tecnologia. Ainda assim, a projeção dele é de que
metade das vendas da Gradiente sejam feitas no seu portal. "Estamos
negociando com o varejo, mas só vamos fechar se tivermos um contrato saudável.
"
Presença tímida. Sem oferecer os produtos no grande
varejo, a empresa dificilmente voltará a ter a participação de mercado que
tinha antes de suspender sua operação, em 2007. No seu último ano de operação,
a marca Gradiente somava cerca de 15% de participação no mercado de áudio e
vídeo brasileiro.
Cerca de 80% das vendas de produtos eletrônicos são
feitas no varejo de eletrodomésticos, dominado por grandes redes como Casas
Bahia e Magazine Luiza, segundo estimativas da consultoria Mixxer,
especializada em varejo e bens de consumo. "Não é impossível que a
Gradiente retome sua posição no mercado, mas é uma missão hercúlea", disse
Eugenio Foganholo, diretor da Mixxer.
Para ele, o maior desafio da empresa está justamente em
negociar com as grandes varejistas. Fora do mercado desde 2007, a Gradiente
tende a ter um poder de barganha menor do que suas concorrentes. "O
consumidor até pode ter a lembrança da marca, mas sem o varejo ela não vai
chegar até a massa", conclui.
Fisco paulista investiga dona da cerveja Itaipava
Folha 17.05.2012 - Petrópolis e distribuidores teriam
deixado de recolher R$ 600 milhões. Empresa diz que "foram lançadas
suspeitas sem nenhuma comprovação real" e que recolheu tributos
corretamente.
A fábrica da cervejaria Petrópolis em Boituva, interior
de São Paulo, e distribuidores da região foram alvo de operação ontem para
investigar sonegação fiscal.
Essa é a segunda vez que o grupo Petrópolis, dono das
marcas de cerveja Crystal e Itaipava, é investigado por supostos crimes contra
a ordem tributária (leia ao lado).
O grupo Petrópolis disse, sobre a operação, que
"foram lançadas suspeitas sem nenhuma comprovação real".
Batizada de Operação Czar, a ação de ontem contou com 80
fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda, promotores do grupo de combate ao
crime organizado (Gaeco) do Ministério Público e policiais civis e militares.
As investigações começaram em 2011 e, pelas estimativas
do fisco, o grupo Petrópolis teria deixado de recolher ao menos R$ 600 milhões
em impostos.
A suspeita é que a empresa estaria sonegando ICMS ao
simular transferências de bebidas entre a fábrica no interior paulista e uma
filial em outro Estado, sem destacar o imposto no sistema de substituição
tributária. Pelo sistema, a indústria recolhe antecipadamente todo o ICMS da
cadeia produtiva.
"A empresa deveria recolher tanto o ICMS próprio,
devido por suas operações, como o incidente nas demais etapas da circulação da
mercadoria ao Estado, isto é, o imposto das vendas no atacado e no
varejo", diz a Fazenda, em comunicado.
"O objetivo da simulação era evitar o recolhimento
do imposto por substituição tributária e que seria devido ao suposto Estado de
destino."
Em nota, o diretor jurídico do grupo Petrópolis, Fernando
Jacob Filho, diz que o grupo tem "certeza de sua conduta correta em
relação aos tributos de qualquer origem" e que a investigação ocorre
quando "o grupo anuncia a intenção de abrir uma nova unidade no
Nordeste".
Acionistas processam JPMorgan Chase após banco divulgar
perdas, diz ‘WSJ’
Estadão 17.05.2012 - As ações judiciais alegam que os
altos executivos do banco, entre eles o executivo-chefe, James Dimon, enganaram
os investidores. Dois acionistas entraram com um processo contra o JPMorgan
Chase e contra altos executivos do banco após a revelação, na semana passada,
de que a instituição sofreu uma perda de mais de US$ 2 bilhões, de acordo com o
jornal The Wall Street Journal. As ações judiciais alegam que os altos
executivos do banco, entre eles o executivo-chefe, James Dimon, enganaram os
investidores sobre a exposição dos investimentos da companhia e do potencial
risco de prejuízo dessas apostas.
"Essas apostas com derivativos foram terrivelmente
erradas, resultando em bilhões de dólares em capital perdido para a companhia e
mais bilhões em capitalização de mercado perdida para os acionistas do
JPMorgan", de acordo com um dos processos. No dia 10, o JPMorgan divulgou
que sofreu perdas da ordem de US$ 2 bilhões com instrumentos sintéticos de
créditos.
Um dos processos, aberto pela Saratoga Advantage Trust,
busca representar uma classe de investidores que comprou ações do JPMorgan
entre 13 de abril e 10 de maio. A data de 13 de abril foi o dia de uma
teleconferência com Dimon para discutir os resultados do primeiro trimestre do
banco. O processo da Saratoga alega que o executivo-chefe e o diretor
financeira do JPMorgan, Douglas Braunstein, deturparam as perdas e o risco
potencial para investidores. Dimon e Braunstein são nomeados como réus nos dois
processos.
O outro processo, aberto por James Baker, um investidor
do JPMorgan, é um chamado "processo derivado" contra os altos executivos
do banco e contra o conselho de administração. Em um processo derivado, os
acionistas buscam que qualquer prejuízo recuperado volte à companhia, em vez de
ser pago a acionistas individuais. Um porta-voz do JPMorgan se recusou a
comentar o assunto.
Cenário positivo para "Mais Alimentos"
Valor 17.05.2012 - Criado para financiar as exportações
brasileiras de máquinas agrícolas ao continente africano, o Programa Mais
Alimentos África, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, deverá
"deslanchar" ainda no segundo semestre do ano. A previsão é de Marco
Antonio Viana Leite, coordenador do programa.
No fim de abril, foram publicadas uma resolução e uma
circular que regulamentaram o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) para
exportação indireta, o que permite o embarque por meio de uma trading. Antes, a
concessão do crédito só valia para as vendas diretas das empresas.
Os países africanos assinam com o Brasil convênios de
cooperação técnica e financiamento dos equipamentos. E o governo brasileiro vai
pagar a indústria de máquinas através de um acordo com o Banco do Brasil, que
ainda não está formalizado. Desde 2010, já foram negociados convênios da ordem
de R$ 640 milhões, e que podem ser ampliados, segundo Viana Leite. Mas até
agora nenhuma exportação foi realizada. "Existe todo um processo interno,
mas trabalhamos com a perspectiva de começar o programa pelo menos até o fim do
segundo semestre deste ano", afirma.
As garantias de pagamento e recebimento dos produtos, uma
grande preocupação da indústria, foram equacionadas. Foi estabelecido que o
país africano vai assinar o convênio, a nota promissória e um documento que
autoriza o desembarque das mercadorias.
Milton Rego, diretor da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), diz que essas modificações
permitem uma estruturação mais razoável do programa. "Acho que agora vai
deslanchar". As exportações das empresas associadas à Anfavea em 2011
representaram 2079 unidades (dados preliminares) para cerca de 26 países africanos,
queda de 27,3% sobre 2010.
Flávio Crosa, diretor de vendas da Agrale, disse que a
empresa vai participar do programa. A África já é um mercado para a companhia,
que embarcou cerca de 100 unidades para o continente em 2011. Segundo ele, as
empresas vão receber do governo a autorização para a fabricação das máquinas, o
que pode demorar de 60 a 120 dias para a entrega. "Já estamos trabalhando
com o desenvolvimento de redes de distribuidores para o início do
programa", informa o executivo. No Brasil, o Mais Alimentos passa por
reformulações, que devem ser divulgadas em junho.
Comércio global está bem abaixo da tendência
pré-crise
Estadão 17.05.2012 - O crescimento do comércio irá
desacelerar este ano e os volumes não devem retomar a tendência pré-crise por pelo
menos outros quatro anos, de acordo com pesquisa da Câmara Internacional de
Comércio (ICC, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira.
A ICC informou esperar que o comércio, a força vital da
economia global, tenha expansão de 5,2 por cento este ano e de 7,2 por cento em
2013.
O crescimento em 2011 foi de 6,6 por cento, guiado por
mercados emergentes, mas desacelerou no final do ano. Os volumes de exportação
da zona do euro caíram 5,9 por cento em 2011.
Após o colapso do Lehman Brothers em setembro de 2008, o
comércio global sofreu a queda mais profunda desde a Grande Depressão na década
de 1930, na medida em que os bancos agiram de forma mais precavida. Esses
problemas financeiros diminuíram, mas não desapareceram, alertou a ICC.
"Deixados abandonados, eles ainda podem causar danos
irreparáveis para a indústria financeira de comércio", disse o relatório,
baseado numa pesquisa com 229 bancos em 110 países.
Entre as principais preocupações dos banqueiros, está a
escassez de capital. Muitos bancos europeus que eram tradicionalmente grandes
fornecedores de finanças comerciais deixaram o mercado ou diminuíram fortemente
suas operações por causa de restrições de crédito e pressões para desalavancar.
Vendas no varejo ampliado sobem 0,6% em março ante
fevereiro, diz IBGE
Valor 17.05.2012 - O volume de vendas no varejo ampliado,
medidor do comércio que considera o varejo e mais as atividades de veículos,
motos, partes e peças e de material de construção, cresceram 0,6% em março na
comparação com fevereiro, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Já ante março de 2011, as vendas do varejo ampliado
subiram 10,2%. No trimestre, as vendas cresceram 7,3% ante o mesmo período do
ano passado. Os dados constam da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada
hoje.
Nos dados divulgados hoje, o IBGE revisou o indicador de
fevereiro, mês em que as vendas do varejo ampliado recuaram 0,8% ante janeiro,
com ajuste. Esse dado foi revisado de uma queda de 1,1% divulgada no mês
passado.
A receita nominal do varejo ampliado aumentou 0,6% em
março, ante fevereiro, com ajuste sazonal, e cresceu 12% ante março de 2011.
Em 12 meses, o volume de vendas do varejo ampliado
acumula alta de 6,7% e a receita nominal, alta de 9,2%.
Restrito: Já no varejo restrito, que mede apenas as
atividades do varejo, o volume de vendas subiu 0,2% em março sobre fevereiro,
já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com março de 2011, a alta foi
de 12,5%, enquanto ao acumulado em 12 meses as vendas do varejo restrito
subiram 7,5%.
No primeiro trimestre, a alta do varejo restrito foi de
10,3% ante o mesmo período do ano passado.
Gradiente volta com “meu primeiro” tablet
Brasil Econômico 16.05.2012 - O empresário Eugênio Staub:
saudosismo vai garantir vendas
Após cinco anos
afastada, a fabricante de eletroeletrônicos de Eugênio Staub aposta em produtos
tecnológicos para o mercado infantil para reconquistar clientes.
O empresário Eugênio Staub encontrou um jeito inovador de
tirar a marca Gradiente do ostracismo. Cinco anos após interromper a
comercialização dos produtos, por conta de uma grave crise financeira, ele
lança o tablet Oz Meu Primeiro Gradiente, voltado para crianças a partir de
três anos.
O produto será vendido inicialmente na nova plataforma de
comércio eletrônico da empresa, a Gradiente Store, por R$ 999. O preço foi
considerado salgado por analistas ouvidos pelo Brasil Econômico, já que a marca
não tem tradição em alta tecnologia.
O concorrente mais ilustre no segmento de tablets, o
iPad, da Apple, por exemplo, é encontrado no Brasil a partir de R$ 1,3 mil.
A diferença é que Staub aposta na força de um ativo
intangível, que nem a Apple tem: o saudosismo da geração de pais que cresceu
desejando o rádio-gravador "Meu primeiro Gradiente", lançado na
década de 80, e que se tornou um dos carros chefes da fabricante de
eletroeletrônicos.
A empresa deve lançar outros produtos desta mesma linha
como câmeras, aparelhos de DVD e TV. O próximo produto ao chegar ao mercado, no
entanto, será um equipamento de Blu-ray. O site da companhia informa ainda que
serão vendidos monitores, celulares e smartphones.
O tablet Oz foi anunciado em primeira mão no Facebook
para os cerca de 1,7 mil fãs da Nova Gradiente, denominação usada pela
companhia após a aprovação do plano de reestruturação no ano passado.
"Já vem com desenhos, jogos, músicas, filmes e
interface voltada para as crianças. O mais legal: o conteúdo pode ser
facilmente moderado pelos pais por meio do parental control", informou a
empresa na rede social.
O produto tem tela de LCD de 8 polegadas, pesa 600g e usa
o sistema operacional Android 2.3.1. Conta ainda com câmera de 2MP e memória de
4GB, expansível para até 32GB com cartão externo. As configurações não
impressionam.
"Parece ser um bom aparelho, mas temos de saber qual
vai ser a diferenciação dos que estão hoje no mercado, porque o preço é
semelhantes aos outros", afirma Fernando Belfort, analista da consultoria
Frost & Sullivan. "Falta escala para a Gradiente conseguir preço
acessível, não adianta só depender da isenção de impostos do governo
federal", afirma.
Por este fator, Belfort considerou a iniciativa da
empresa bastante ousada, uma vez que o mercado de tablets têm uma concorrência
aguerrida.
"Este segmento está em uma fase incipiente em termos
de potencial de unidades vendidas por ano. Ainda estamos na fase inicial da
curva de adoção dessa tecnologia. Por isso, quando o fabricante olha o mercado
e vê as projeções, ele fica otimista, mas a concorrência é apertada."
Belford admite, no entanto, que apostar em produtos
específicos para o nicho infantil, pode ser a saída. Por exemplo, o Oz vem com
uma ferramenta que permite aos pais controlar o que as crianças consultam.
O consultor Jaime Troiano também é um pouco cético com a
nova empreitada de Staub. "Nos cinco anos em que a marca ficou fora do
mercado, tudo mudou, especialmente a tecnologia. Todos os tablets do mercado
são perfeitamente manipuláveis por crianças. Acho ingênuo acreditar que isto
seja o diferencial", alerta Troiano.
Para Eduardo Tomiya, consultor da BrandAnalytics, a marca
Gradiente ainda tem atributos fortes. "Trazer um tablet com conteúdo em
português, em um nicho que os outros não atuam é muito inteligente",
afirma. "Não adiantava eles voltarem com televisão, competindo com
chineses e tailandeses."
Iochpe vai fazer oferta primária de ações
Valor 16.05.2012 - A
Iochpe-Maxion informou ontem que estuda realizar uma oferta primária de ações.
As informações de
mercado são que a fabricante de implementos ferroviários, rodas e chassis para
veículos comerciais quer captar pelo menos R$ 700 milhões. Essa soma
corresponde a 27% de seu valor de mercado. Nesta semana, as ações da empresa
acumulam baixa de 9,20%.
A Iochpe quer
realizar a operação para melhorar sua situação de alavancagem financeira.
A dívida líquida da
companhia passou de R$ 519,3 milhões, em dezembro de 2011, para R$ 2,38 bilhões
em 31 de março, segundo o balanço divulgado na noite de ontem. A relação
dívida/patrimônio líquido foi de 57% para 218% no período.
Na avaliação de um
analista do setor a Iochpe quer melhorar seus indicadores financeiros para
estar apta a aproveitar oportunidades que possam surgir num futuro próximo.
No ano passado, em
menos de 15 dias, a companhia anunciou duas aquisições que somaram US$ 920
milhões. O receio do mercado neste momento é que a crise europeia dificulte o
acesso das companhias a linhas de financiamento.
Procurada pelo Valor,
a empresa não concedeu entrevista.
Em outubro passado, a
companhia anunciou a compra da mexicana Galaz, que faz longarinas de aço
(componente estrutural de um chassi) para veículos comerciais. A aquisição foi
concluída em janeiro, por US$ 195 milhões. Também em outubro passado, a Iochpe
comprou, nos Estados Unidos, a fabricante de rodas automotivas Hayes Lemmerz,
em um negócio de aproximadamente US$ 725 milhões. O montante incluiu um
endividamento líquido de US$ 23 milhões, assumido pela subsidiária americana do
grupo brasileiro, a Iochpe Holdings.
Com as operações, a
companhia garantiu o posto de principal fornecedora de rodas para veículos
leves e pesados no mercado americano.
Le
Lis Blanc abrirá 30 quiosques de maquiagem
Valor 16.05.2012 -
Márcio Camargo, do Artesia, fundo controlador da empresa, que teve expansão de
43,6% no lucro líquido, para R$ 13,7 milhões no primeiro trimestre.
A varejista de
vestuário Restoque vai começar a venda da sua linha própria de maquiagem, a Le
Lis Blanc Beauté, na próxima semana em 70 lojas da Le Lis Blanc. Em paralelo, a
companhia se prepara abrir 30 quiosques exclusivos de maquiagem até dezembro. O
primeiro deve começar a funcionar em julho. Por enquanto, não há planos de
franquear os quiosques, explica Márcio Camargo, presidente do conselho de
administração da Restoque e sócio do Artesia, fundo controlador da empresa.
A linha completa da
Le Lis Blanc Beauté conta com 250 itens, todos produzidos fora do Brasil,
principalmente na Itália e na França. "Queremos manter o mesmo padrão de
qualidade das marcas internacionais", disse Camargo.
O lançamento de uma
linha de maquiagem é apenas um dos novos projetos que a Restoque está colocando
em prática, em 2012. A companhia, que até o ano passado operava apenas com as
grifes Le Lis Blanc e Bo.Bô, começou a atuar também nos segmentos de moda
masculina, com a Noir, Le Lis e de causal jeans, com a John John.
O forte ritmo de
expansão em números de lojas e o início de novas operações estão refletidas no
resultado da Restoque do primeiro trimestre. Houve, no período, uma expansão de
38% em receita, para R$ 138 milhões, em relação a um ano antes. Nessa comparação,
a quantidade de lojas saltou de 64 para 111 e a área de vendas cresceu quase
46%.
De janeiro a março,
as vendas no critério mesmas lojas cresceram 4,8%. A companhia registrou um
aumento de margem bruta devido a maiores preços das coleções. Mas o ganho foi
ofuscado pelo crescimento das despesas operacionais, com abertura de lojas e de
retaguarda das novas marcas, que ainda não vendem em escala suficiente para
compensar os gastos para o pontapé inicial. No final das contas, a margem
Ebitda no trimestre ficou estável em 16,5% e o lucro líquido cresceu 43,6%,
para R$ 13, 7 milhões, com efeito positivo na linha dos impostos.
A pressão das
despesas deve diminuir conforme a operação das novas marcas amadurece e ganha
porte. No caso da Bo.Bô, bandeira jovem adquirida pela Restoque em 2008, essa
virada aconteceu no primeiro trimestre. Em relação a um ano antes, a receita da
Bo.Bô cresceu 145,4%, para R$ 20,8 milhões e, pela primeira, a marca registrou
uma margem Ebitda acima da consolidada da companhia. "O fenômeno foi fruto
de uma combinação de ganho de escala e aumento de margem bruta", comentou
Alexandre Afrange, presidente da companhia, em teleconferência ontem.
A maratona de
inaugurações da Restoque, em 2012, apenas começou. Após o encerramento de
março, a companhia já abriu duas lojas Le Lis Blanc, dez Noir, Le Lis, três
Jonh John e sete Bo.Bô, totalizando hoje 133 lojas. Até o fim do ano, serão 207
unidades (todas próprias) e um investimento de R$ 200 milhões, o maior da
história companhia.
Do início do ano para
cá, as ações da varejista, focada nos consumidores classe A, subiram 30%. O
Ibovespa se manteve estável no mesmo período. Na terça feira, a Restoque
definiu uma operação de desdobramento das suas ações, na proporção de uma para
três, com objetivo de fomentar a liquidez dos papéis na bolsa.
Magazine
Luiza obtém receita bruta de R$ 2,1 bi no primeiro trimestre
MonitorMercantil
16.05.2012 - O primeiro trimestre de 2012 foi marcado pelo expressivo
crescimento das vendas em 25,7%, finalização do processo de integração das
Lojas do Baú, continuidade do processo de integração da Lojas Maia e
racionalização dos custos e despesas operacionais.
Os principais
destaques no período findo em 31 de março de 2012 foram os seguintes:
A receita bruta
consolidada do Magazine Luiza no 1T12 foi de R$ 2,1 bilhões, crescendo 25,7% em
relação ao 1o trimestre de 2011. O crescimento no conceito mesmas lojas foi de
15,9%, o que representou ganhos relevantes de market-share. As vendas pela
internet cresceram 42,8%, totalizando R$ 248,5 milhões no 1T12. Nas lojas
físicas, as vendas no conceito mesmas lojas foram influenciadas pelo sucesso da
Liquidação Fantástica, realizada na primeira semana de 2012, simultaneamente em
todas as lojas, e pelo processo de maturação das lojas.
A companhia
apresentou um crescimento sustentável no primeiro trimestre de 2012, mantendo
uma política conservadora na aprovação de crédito pela Luizacred. A margem
bruta consolidada se manteve nos patamares projetados para o trimestre, que
consideravam uma melhora na margem da Luizacred e uma redução na margem do
varejo, impactada pelo processo de integração da Lojas Maia e do Baú, além da
participação significativa da Liquidação Fantástica. A companhia também manteve
sua disciplina financeira, limitando as vendas sem juros.
A integração
sistêmica das Lojas do Baú, última etapa do processo de integração, foi
concluída no final de fevereiro de 2012. Todas as lojas já estão integradas aos
sistemas do Magazine Luiza desde março, possibilitando a captura de sinergias
por meio da redução de despesas administrativas e de logística, com o
encerramento dos contratos de locação dos centros de distribuição do Grupo
Sílvio Santos. Concluída a integração, pode-se dizer que as lojas iniciaram seu
processo de maturação, que deve ser completado em 3 anos. As vendas devem
crescer consistentemente, em função de um melhor abastecimento das lojas, dos
benefícios da política comercial da companhia e do treinamento das equipes de
vendas.
A companhia, dando
continuidade ao processo de integração das lojas do Nordeste, realizou a
incorporação societária da Lojas Maia no dia 30 de abril de 2012. A próxima
fase do processo corresponde à integração sistêmica de todas as lojas,
programada para iniciar-se no 2T12. Vale ressaltar que a companhia já concluiu
diversas etapas do processo, incluindo vendas, marketing e treinamento, que
possibilitaram o crescimento expressivo do faturamento. A próxima fase
possibilitará melhor gestão comercial e redução de despesas.
A racionalização dos
custos e despesas é o foco principal da companhia a partir de janeiro de 2012,
incluindo a revisão dos quadros administrativos e de lojas e de todas as demais
despesas operacionais.
O Magazine Luiza
informou também ter inaugurado sete lojas no 1T12 e fechou cinco do Baú,
passando de 728 lojas em dezembro de 2011 para 730 em março de 2012. Dessa
forma, a companhia mantém o seu plano em relação à abertura orgânica de lojas
novas. Vale lembrar que, nos últimos 12 meses, a companhia incorporou 126 lojas
novas à sua base total. Além disso, no 1T12, a companhia realizou importantes
investimentos em infra-estrutura, notadamente em logística, referentes,
principalmente, às obras de expansão do centro de distribuição de Louveira.
Os resultados do
Magazine Luiza ficaram em linha com o projetado para o 1T12, fruto do
crescimento das vendas, do sucesso no processo de integração do Baú e da
racionalização de custos e despesas. A maioria das despesas extraordinárias
previstas para 2012 já foi realizada no primeiro trimestre, principalmente em
janeiro e fevereiro, totalizando R$ 33,5 milhões (sendo R$ 20,3 milhões no
Magazine Luiza e Baú, e R$ 13,2 milhões na Lojas Maia). No mês de março, as
despesas operacionais já foram significativamente menores e ficaram abaixo do
previsto, de forma que a companhia obteve novamente resultados positivos, tanto
no varejo (incluindo Lojas Maia) como no consolidado. Para os próximos
trimestres de 2012, a companhia reforça o seu foco principal na maturação das
lojas novas, integração da Lojas Maia, redução e diluição de despesas e no
aumento consistente da rentabilidade.
Projeto
de R$ 6,5 bilhões em Suape
Valor 16.05.2012 - Um
dos principais canteiros de obras e investimentos do país, o Porto de Suape, no
litoral sul de Pernambuco, em uma região formada por municípios que durante
séculos tiveram a paisagem dominada por canaviais, enfrenta a precariedade de
infraestrutura. Isso se reflete todos os dias na BR-101, onde as cerca de 70
mil pessoas que trabalham no complexo testam a paciência nos gigantescos
congestionamentos ao longo do trajeto de 50 km entre Suape e Recife. Uma
pesquisa encomendada no ano passado ao Ibope aponta que 172 mil empregos serão
gerados na região do porto até 2017, o que torna ainda mais desafiadora a
missão de acomodar tamanho contingente de pessoas. Antes mesmo de conhecer os
números da pesquisa, o grupo pernambucano Moura Dubeux já trabalhava em um
grande projeto para povoar a região. Com a presença de empresários e
autoridades políticas, o grupo promoveu ontem o lançamento da Convida, empresa
especializada no desenvolvimento de cidades planejadas. No event o, foi apresentado projeto de R$ 6,5 bilhões
para o município do Cabo de Santo Agostinho, um dos sete que integram o chamado
"território estratégico de Suape". Em outubro deste ano começam as
obras de uma cidade planejada com dez bairros e capacidade para receber até 100
mil habitantes, número que representa 55% da população atual do Cabo de Santo
Agostinho, onde vivem 185 mil pessoas.
Dividido em quatro
etapas, o projeto ocupará uma área de 470 hectares adquirida em 2011 pela Cone
S.A., especializada em aluguel de galpões e serviços para indústrias, também
controlada pela Moura Dubeux, que detém 2,3 mil hectares no entorno do porto de
Suape. Marcos Roberto Dubeux, presidente da Cone e da Convida, diz que a
expectativa é que 25 mil unidades habitacionais sejam construídas até a
conclusão da cidade planejada, prevista para 2022. O preço dos imóveis, segundo
ele, vai variar de R$ 70 mil a R$ 500 mil. "Estamos conversando com os
presidentes das empresas instaladas em Suape para definirmos melhor o perfil do
freguês".
O objetivo da obra é
criar uma alternativa para o crescente número de pessoas que trabalham no
Complexo de Suape e moram no Recife. Os trabalhadores que chegam de outros
Estados e países também integram o público-alvo. Da área total, 210 hectares
serão reservados para a parte residencial, ficando o restante dividido entre
edifícios empresariais, institucionais, universidades, escolas e áreas de
lazer. As primeiras unidades serão construídas pela própria Moura Dubeux e
devem ser entregues em 2014.
A empresa,
entretanto, não pretende tocar sozinha o projeto. No event o,
estiveram presentes os principais incorporadores imobiliários de Pernambuco,
que poderão comprar áreas e desenvolverem seus próprios empreendimentos,
sujeitos a algumas regras. É proibido, por exemplo, comprar um terreno e
deixá-lo parado, à espera de valorização. "O nome da empresa não foi
escolhido à toa. Estamos convidando outros agentes para participar, pois é um
projeto muito grande. Fazer uma cidade planejada é necessária uma
coalizão", explicou.
A parceria busca
também bancos para financiar o investimento bilionário. De acordo com o
executivo, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú BBA, Banco
do Nordeste e até o Banco Mundial, por meio de seu braço privado, se
comprometeram a desenvolver operações estruturadas para as empresas
interessadas em investir no empreendimento. A Convida também irá buscar
dinheiro no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as obras de
mobilidade urbana previstas no projeto.
expectativa é que as
obras de infraestrutura da primeira fase possam ser pagas com dinheiro de um
fundo de investimento em criação em parceria com o Banco Gerador, de
Pernambuco. Lastreado em ativos imobiliários, o fundo será gerido por Antonio
Carlos Correia, ex- BTG Pactual, e estará disponível para investidores pessoa
física a partir de 15 de junho. Os executivos da Convida esperam que o
potencial do projeto, aliado à queda dos juros no país, atraia o interesse de
investidores para o fundo, que poderá captar até R$ 100 milhões e será isento
de imposto de renda. Tem investimento mínimo de R$ 10 mil.
Os investimentos
públicos e privados no complexo de Suape somam cerca de US$ 25 bilhões.
JHSF
Valor 16.05.2012 -
André Luís Rodrigues é o novo diretor financeiro da JHSF. Ele atuou na Rhodia,
onde ocupou cargos na América Latina, Alemanha e França.
ANTT
avalia nova licitação para trechos de rodovias
Valor 16.05.2012 - A
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) iniciou uma série de estudos
para avaliar a possibilidade de licitar ao menos dois dos seis trechos de
rodovias concedidas na década de 90 e que agora estão próximos do fim de seus
contratos.
Os dois trechos
analisados pela agência são a ponte Rio-Niterói, controlada pela concessionária
Ponte, e os 121 quilômetros da BR-290 (RS), concedido para a empresa Concepa.
Ambos os trechos têm cerca de cinco anos de concessão restantes.
"Estamos
iniciando uma série de estudos de tráfego, receita e operação. Demora um ano
para ficar pronto. Começamos agora", disse Mário Mondolfo, superintendente
de infraestrutura rodoviária da ANTT.
Paralelamente, o
governo analisa a possibilidade de prorrogar o prazo das concessões feitas
durante o governo Fernando Henrique Cardoso, conforme adiantou matéria do Valor
na semana passada.
O alongamento dos
contratos seria um meio de fazer com que as concessionárias assumissem obras
que não estavam previstas no início das concessões, mas se tornaram indispensáveis
por causa do aumento do tráfego. Com a dilatação dos prazos, o governo poderia
diluir o pagamento dessa despesa nova e, assim, evitar que o custo extra fosse
repassado para a tarifa cobrada nos pedágios.
As seis concessões
realizadas entre 1994 e 1997 somam 1.482 quilômetros de estradas que são
controlados pelas empresas Nova Dutra, Ponte, Concer, CRT, Concepa e Ecosul. A
Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) defende a extensão
do prazo.
Para Adalberto Santos
de Vasconcelos, secretário de fiscalização de desestatização e regulação do
Tribunal de Contas da União (TCU), a prorrogação dos contratos pode não ser a
melhor opção para o país.
"Essa não é a
única alternativa e tem que ser vista como uma forma de exceção. Toda prorrogação
tem que trazer um ganho na redução da tarifa. Tem que amortizar os
investimentos que já foram feitos", comentou Vasconcelos, durante uma
audiência pública realizada na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos
Deputados.
O assunto é
prioridade do Ministério dos Transportes. O ministro Paulo Passos prometeu uma
decisão rápida sobre o tema, já que muitas intervenções necessárias ainda
aguardam definição do governo.
CCR
identifica desaceleração do tráfego em abril e maio
Valor 16.05.2012 -
Após o crescimento de tráfego da companhia se elevar no primeiro trimestre, na
comparação anual, a CCR está esperando uma nova desaceleração no segundo
trimestre de 2012.
"No curto prazo
estamos mais conservadores. No segundo trimestre, devemos ver uma desaceleração,
e dados de abril e maio já mostram isso", disse Flavia Godoy, da equipe de
relações com investidores da CCR, em teleconferência com analistas na manhã de
hoje. Arthur Piotto, diretor de relações com investidores da companhia, também
falou previamente sobre os dados do segundo trimestre. Para ele, a tendência é
que a desaceleração volte a ocorrer, após o crescimento verificado de janeiro a
março deste ano. De acordo com o diretor, o desempenho do período será
"positivo, porém inferior ao 5,1% reportado [no primeiro trimestre]".
O tráfego é o principal gerador de receita da empresa.
Queiroz
Galvão tem maior lucro entre as petroleiras privadas
Folha 16.05.2012 -
Entre as principais empresas brasileiras privadas do setor de petróleo com
ações negociadas em Bolsa -QGEP, da Queiroz Galvão; OGX, do empresário Eike
Batista; e HRT, do empresário Márcio Mello-, o melhor resultado ficou com a
QGEP, mais antiga e única que já produz.
A QGEP, que é a
sétima maior operadora do país e tem participação de 45% no campo de Manati, no
qual é sócia da Petrobras, teve lucro de R$ 69,2 milhões no primeiro trimestre,
crescimento de 72% em relação ao mesmo período do ano passado.
A empresa está também
em blocos na bacia de Santos (BM-S-8 e BM-S-12) em parceria com a estatal e é operadora
dos blocos BM-J-2 (bacia do Jequitinhonha) e BS-4 (bacia de Santos).
A QGEP produziu em
março 2,3 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, ou 15 mil boe
(barris de óleo equivalente), ficando atrás só da Petrobras na produção de gás
natural no país.
Pré operacional: Já a
OGX, que iniciou este ano produção no campo de Waimea, agora denominado Tubarão
Azul, registrou prejuízo de R$ 144,8 milhões.
A perda foi quase
três vezes maior que há um ano, de R$ 33,8 milhões, refletindo a condição pré-operacional
da companhia, parte do grupo de Eike Batista.
No primeiro trimestre
de 2012, a OGX produziu em média 11 mil barris diários de petróleo, ficando em
sexto lugar no ranking da produção de petróleo no Brasil divulgado pela ANP
(Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural). A HRT, apesar de
também pré-operacional, obteve no primeiro trimestre do ano lucro de R$ 53,3
milhões, depois de ter registrado prejuízo de R$ 13,8 milhões no mesmo
trimestre de 2011.
O resultado é
explicado por uma operação financeira de compra e venda de ativos na qual
obteve lucro de R$ 186 milhões.
Apesar da melhor
performance financeira, as ações da QGEP acumulavam queda de 19,7% no ano até
março. Já os papéis da OGX acumulavam alta de 10,9% e os da HRT, de 11,3%. As ações da Petrobras acumulavam altas de
10,2% (PN) e 7,1% (ON) neste ano até o mês de março.
Facebook
incrementa oferta pública inicial
Brasil Econômico
16.05.2012 - A rede social, criada por Mark Zuckerberg, lucrou US$ 1 bilhão no
ano passado. A rede social vai ampliar a oferta em 84 milhões de ações,
expandindo em 25% seu IPO. Como resultado, a operação deverá movimentar US$ 3
bilhões adicionais.
A rede social
Facebook decidiu incrementar em 25% o número de ações em sua oferta pública
inicial (IPO, na sigla em inglês), prevista para ocorrer na quinta-feira
(17/5).
A empresa anunciou
nesta quarta-feira (16/5), em comunicado enviado à Securities and Exchange
Comission (Sec, órgão regulador americano) que vai emitir mais 84 milhões de
ações, totalizando 421 milhões de papéis, frente a 337 milhões inicialmente.
Com isso, a operação poderá movimentar até US$ 16 bilhões, mais de US$ 3
bilhões acima da previsão anterior, considerando o topo das estimativas.
O aumento reflete
forte demanda de investidores, e ocorre um dia após a empresa elevar a faixa de
preço estimada para as ações.
Na terça-feira, o
Facebook reajustou a previsão do preço de suas ações para entre US$ 34 e US$
38, frente a um intervalo de US$ 28 e US$ 35 anteriormente.
Caso a oferta atinja
o teto da estimativa, a empresa terá um valor de mercado de US$ 81,2 bilhões.
O Facebook irá listar
as ações ordinárias classe A, com o símbolo "FB". Os papéis serão
listados na Nasdaq.
A rede social, criada
por Mark Zuckerberg, possui mais de 900 milhões de usuários no mundo, e lucrou
US$ 1 bilhão no ano passado.
Randon
define plano de investimento de R$ 2,5 bi até 2015
Valor 16.05.2012 - O
grupo Randon, fabricante de reboques e semirreboques rodoviários, vagões
ferroviários, autopeças e veículos especiais com sede em Caxias do Sul (RS),
anuncia amanhã, no Palácio do Piratini, sede do governo gaúcho, um programa de
investimentos de R$ 2,5 bilhões em cinco anos a contar de 2012. Do total, R$
1,1 bilhão serão aplicados no Rio Grande do Sul e o plano inclui expansão das
operações atuais e aquisições.
O grupo não antecipou
detalhes do pacote, mas as empresas que receberão investimentos são a holding
Randon Implementos, a Master (freios), a Jost (sistemas de acoplamento), a
Suspensys (suspensões) e a Fras-le (materiais de fricção). A fundição
Castertech, inaugurada em 2009, terá a capacidade de produção ampliada de 30
mil para 60 mil toneladas por ano.
Duas empresas
adquiridas em 2011 também deverão ser contempladas. Uma delas é a Controil,
fabricante de componentes para freios incorporada pela Fras-le em dezembro por
R$ 10 milhões mais R$ 49 milhões em dívidas. Outra é a Brantech (antiga Folle),
em Chapecó (SC), que foi comprada pela holding e deverá concentrar toda a
produção de implementos rodoviários frigorificados do grupo.
A expectativa é que o
plano também inclua aquisições de fábricas de reboques e semirreboques na
América Latina, em países como México e Colômbia, e na África, para aproveitar
redes de assistência técnica já instaladas. Hoje o grupo mantém parcerias com
distribuidores na Argélia, Egito e Quênia, que montam os implementos enviados
do Brasil e os revendem nos mercados locais, mas as operações não apresentam
níveis de rentabilidade considerados satisfatórios.
No segmento de
autopeças, a aposta é que a Fras-le, que já tem unidades na Argentina, Estados
Unidos e China, faça novas aquisições no exterior. Com 53,1% das ações com
direito a voto e 45,2% do capital total da empresa, o grupo Randon poderá fazer
uma capitalização e aumentar a participação na controlada para garantir caixa
para futuras compras.
Para tocar o projeto,
a Randon terá de aumentar o endividamento, porque não há expectativa de emissão
de ações. No fim do primeiro trimestre a dívida financeira líquida do grupo
somava R$ 562,8 milhões, o equivalente a 1,18 vez o lucro antes dos juros,
impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) acumulado nos 12 meses
anteriores, ante R$ 107,3 milhões (0,19 vez o Ebitda) no mesmo período do ano
passado.
O aumento da
alavancagem deveu-se à elevação dos estoques provocada pela retração do mercado
de caminhões e implementos rodoviários e também pelo represamento das vendas
gerado pela adaptação das operações a um novo software de gestão (ERP). Mas,
para o fim do ano, as projeções são de que a relação dívida líquida/Ebitda caia
para cerca de 0,5.
O anúncio do plano
quinquenal de investimentos era esperado desde 2010. O grupo receberá
benefícios fiscais estaduais, mas a troca dos governos atrasou as negociações.
No Rio Grande do Sul, a contrapartida aos incentivos será a geração de empregos
e a preferência para aquisição de peças e componentes de fornecedores no
Estado, além da prioridade aos bancos locais (Banrisul, Badesul e BRDE) na
tomada de linhas de crédito.
O último pacote de
investimentos de cinco anos cobriu o período de 2005 a 2009 e chegou a R$ 855
milhões, em valores históricos. Ele incluiu a construção da Castertech,
aquisição de uma unidade industrial pela Fras-le nos Estados Unidos,
implantação de campo de provas em Farroupilha (RS) e instalação de um centro de
pintura de implementos rodoviários em Caxias do Sul.
GP
reverte prejuízo e lucra US$ 64,2 milhões no primeiro trimestre
Valor 16.05.2012 - A
GP Investimentos registrou lucro líquido de US$ 64,2 milhões no primeiro
trimestre de 2012 e assim conseguiu reverter o prejuízo de US$ 22 milhões visto
no mesmo período do ano passado, de acordo com balanço publicado conforme o
padrão contábil americano (US Gaap).
A receita da gestora
de private equity (fundos que compram participações em empresas) nos três
primeiros meses deste ano foi de US$ 75,3 milhões, principalmente em razão da
variação positiva do valor das companhias que compõem o portfólio da GP, que
somou US$ 61,4 milhões. Entre janeiro e março de 2011, a receita havia sido
negativa em US$ 4,7 milhões.
A GP fechou o
primeiro trimestre com uma posição líquida de caixa e aplicações financeiras de
US$ 391,5 milhões, acima do capital comprometido da companhia para
investimentos em seus fundos, que é de US$ 286,6 milhões.
O patrimônio líquido
da gestora ao fim de março era de US$ 616 milhões, uma queda de 8% na
comparação com o primeiro trimestre de 2011.
Novo investimento: A
GP reservou US$ 35,1 milhões no primeiro trimestre deste ano para usar em uma
nova aquisição. No balanço, o valor aparece registrado como “investimento
temporário”.
Em teleconferência
com analistas, o diretor financeiro e de relações com investidores da GP, João
Junqueira, afirmou que a gestora costuma alocar o capital como investimento
temporário quando uma operação está em fase avançada, mas ainda não foi
concluída. O executivo não deu mais detalhes sobre o negócio em andamento.
Os recursos para a
aquisição vieram do fundo V da GP, fechado em 2010 e que ainda possui pouco
mais de US$ 600 milhões para investir. A última aquisição realizada por esse
fundo foi a da empresa de rastreamento de veículos Sascar, em março do ano
passado.
Balanço
mostra que lucro da Delta teve queda de 85% em 2011
Folha 16.05.2012 -
Mesmo antes da suspeita de envolvimento da Delta, construtora de Fernando
Cavendish, com o empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira, a empresa já
sinalizava queda no desempenho de suas contas.
Apesar de a receita da companhia ter caído apenas 10%, de R$ 3 bilhões
para R$ 2,7 bilhões em 2011, o lucro despencou 85,5%, de R$ 220,3 milhões para
R$ 32 milhões, mostram dados de seu balanço, publicado exclusivamente no
"Jornal Corporativo".
Delta afeta reeleição
de Paes, diz ex-prefeito do Rio César Maia
Entre os motivos do
lucro menor está o aumento de pagamento de dividendos a acionistas, entre eles
Cavendish, conforme publicado ontem pelo jornal "O Globo".
O total retirado
passou de R$ 13 milhões em 2010 para R$ 64,6 milhões em 2011.
A provisão para
créditos duvidosos (pagamentos que a companhia tem dúvida se irá de fato
receber) comprometeu R$ 80 milhões no balanço, contra zero em 2010.
Os dados também
mostram que, em 2011, os empréstimos com o Finame, linha especial do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mais do que dobraram,
de R$ 48,9 milhões para R$ 99,7 milhões.
A gestão da Delta foi assumida esta semana pela holding J&F. Desde
que as suspeitas de envolvimento com Cachoeira começaram, a Delta vem deixando
algumas obras, como a do Maracanã e a as do Comper(Complexo Petroquímico do
Rio). Ontem a construtora deixou
oficialmente as obras de mobilidade urbana que deveria executar em Fortaleza
para a Copa de 2014. A Delta enviou ofício à prefeitura na sexta dizendo que
não podia "mais se comprometer a realizar o cronograma".
Produção
de carvão da CCX na Colômbia vai exigir US$ 5,5 bi
Valor 16.05.2012 - A
CCX deve iniciar sua produção na mina de carvão subterrânea de San Juan,
localizada na região de La Guarija, na Colômbia, em 2017. O diretor-presidente
da companhia, Leonardo Moretzsohn, explicou que o investimento para que a
produção alcance seu auge, que deve superar 28 milhões de toneladas anuais em
2024, está estimado em US$ 5,5 bilhões, incluindo a implantação da mina, um
porto e uma ferrovia de 150 quilômetros de extensão. Segundo o executivo, a
maior parte do montante, US$ 4 bilhões, serão empenhados do início da
construção das estruturas, previsto para 2013, até o início da operação. Os
outros US$ 1,5 bilhão serão investidos em seguida, até 2024. A CCX é
responsável pelo projeto de mineração do grupo EBX na Colômbia e também pelo
sistema dedicado de logística para o escoamento da produção na região. No
próximo dia 24, haverá uma assembleia geral de acionistas onde deverá ser
aprovada a cisão da CCX que, atualmente, faz parte do braço energético do
grupo, a MPX. A expectativa de ambas as empresas é que a CCX já esteja
independente e inicie sua operação no Novo Mercado da Bovespa em 25 de maio.
Além disso, Moretzsohn afirmou que a companhia poderá também ser negociada na
bolsa de valores da Colômbia. "Será a primeira empresa brasileira listada
na Colômbia", disse Moretzsohn.
O diretor financeiro
da CCX, Leonardo Gadelha, explicou que o investimento total na mina, de US$ 5,5
bilhões, deverá ser financiado na proporção 30% próprios e 70% de dívida. O
processo de financiamento terá início quando a empresa concluir o estudo de
viabilidade do projeto, que deverá ser entregue no primeiro trimestre de 2013.
"Existe um compromisso do acionista controlador [EBX] de fazer os aportes
de capital necessários para a condução do projeto", disse Gadelha.
A companhia, que está
em processo de licenciamento ambiental em San Juan, prevê conseguir todas as
licenças para a construção de seu projeto de mineração integrado - mina,
ferrovia e porto - no primeiro semestre de 2013. Além da mina subterrânea, a
CCX desenvolverá duas minas de céu aberto, Cañaverales e Papayal, que
produzirão, em conjunto, até 5 milhões de toneladas por ano.
A MPX anunciou, na
segunda-feira, a certificação de 5,2 bilhões de toneladas de carvão mineral de
alta qualidade na mina de San Juan. Segundo a companhia, o volume de reservas
atinge, aproximadamente, 672 milhões de toneladas, garantindo uma produção
média superior a 25 milhões de toneladas anuais por 20 anos, podendo exceder 28
milhões de toneladas no auge da produção. O resultado da certificação
considerou área de 10 mil hectares dos 67 mil hectares de concessão em direitos
minerários detidos.
Chineses
são candidatos a levar CSA
Valor 16.05.2012 -
Hiesinger, presidente mundial: decisão de vender após prejuízos do projeto. Um
grupo siderúrgico chinês pode ser o mais cotado para adquirir o controle da
Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Brasil, de propriedade do grupo
alemão ThyssenKrupp AG, avaliam fontes da indústria do aço e analistas do
mercado ouvidos pelo Valor. Essa possibilidade foi apontada após o grupo alemão
anunciar ontem, em comunicado, a decisão de colocar à venda sua usina instalada
no Rio de Janeiro, alegando dificuldades com o aumento dos custos de produção
no país. A usina laminadora do Alabama (EUA) também deve compor o pacote. O
presidente-executivo da multinacional, Heinrich Hiesinger, adiantou que a
Thyssen pode oferecer a CSA para a própria Vale, sua parceira minoritária na
empresa e a possíveis compradores na Ásia. A Vale, segundo apurou o Valor, não
pretende vender sua fatia acionária de 26,81% na empresa. Na visão do mercado,
dificilmente a mineradora vai se interessar pelos 73,19% do grupo alemão, pois
siderurgia não é seu foco e esse setor vive um momento de baixos resultados
mundialmente, com excesso de oferta de aço e crise na zona do euro.
Oficialmente, a Vale
informou que não foi ainda comunicada da decisão do grupo alemão e não quis
comentar o assunto.
Na análise de
executivos da siderurgia e dos analistas do setor, o fato de a CSA ser sócia da
Vale e ter um contrato de fornecimento de minério exclusivo com a mineradora
até 2024 - ou seja, nos próximos doze anos - pode ser um complicador para a
venda do controle da companhia. No mercado interno, a Cia. Siderúrgica Nacional
(CSN) até se interessaria pelo negócio, pois tem minério de ferro, mas enfrenta
a barreira da Vale, que supre a CSA. No caso da argentina Ternium, que comprou
recentemente a Usiminas, a avaliação é que já gastou seu dinheiro na aquisição.
A ArcelorMittal, com presença no país, está desinvestindo devido as
dificuldades que vem enfrentando no mercado europeu e à sua dívida de quase €
25 bilhões.
Diante desse cenário,
os chineses são apontados como potenciais compradores desse ativo.
Há algum tempo, as
usinas da China tentam entrar no mercado brasileiro, sem sucesso. A Baosteel, maior
siderúrgica chinesa, já tentou duas vezes instalar uma usina no país em
parceria com a Vale, primeiramente no Maranhão e depois no Espírito Santo, mas
fracassou. O grupo Wisco - Wuhan Iron and Steel Corporation, da província de
Wuhan, negocia a construção de uma usina de aço em sociedade com a EBX, de Eike
Batista, no Porto Açu, mas o projeto ainda não saiu do papel. Uma fábrica já
pronta pode atrair o apetite da Wisco e da Baosteel.
A nova estratégia dos
alemães, aprovada pelo conselho de administração durante apresentação das
contas do primeiro semestre de seu exercício fiscal, encerrado em 31 de março,
que reportou perdas de € 1,06 bilhão, é "examinar opções estratégicas em
todas as direções" - não só para a CSA, mas também para a unidade
americana. As duas fábricas, CSA e laminadora do Alabama, compõem a
ThyssenKrupp Steel Americas. Isso envolveria "uma parceria ou venda"
desses dois ativos, os quais vêm dando seguidos prejuízos para o grupo, segundo
o comunicado divulgado ontem.
Essa divisão, em valores
ajustados, apresentou prejuízo de € 516 milhões no resultado antes de juros e
impostos (Ebit) e foi a única das sete unidades de negócios do grupo a
apresentar perda.
O valor contabilizado
das duas fábricas, segundo o presidente executivo do grupo alemão, é estimado
em € 7 bilhões. Hiesinger disse que a revisão dos negócios se deve as mudanças
que ocorreram nos parâmetros econômicos no Brasil e nos Estados Unidos,
"que mudaram em relação as nossas previsões iniciais". Segundo o
executivo, "há razões claras que colocam agora essa estratégia de produzir
placas de aço no Brasil a um custo reduzido para serem beneficiadas nos Estados
Unidos e comercializadas com margens altas exposta a consideráveis
riscos".
Heiesinger informou
ainda que o atraso n as obras da CSA, que só entrou em operação em 2010, e só
deve atingir 5 milhões de toneladas de placas programadas no primeiro trimestre
de 2013, contribuiu para o grupo alemão ter perdas com depreciação de € 2,9
bilhões no último ano fiscal. A desaceleração na economia americana também
frustou os alemães, que não contaram com prêmios previstos com o negócio.
O projeto do complexo
siderúrgico da CSA, cuja produção de placas seriam beneficiadas nos Estados
Unidos e na Alemanha foi o mais ambicioso do grupo ThyssenKrupp e seu maior
investimento no mundo: custou € 5,2 bilhões. O projeto, iniciado em 2005, teve
seu cronograma refeito quatro vezes, tendo sido em parte atropelado pela crise
de 2008 que paralisou o mercado mundial de aço. Somente em março deste ano, a
empresa chegou ao ritmo de produção de 4 milhões de toneladas de placas.
Ao Valor, Jorge
Oliveira, presidente da CSA, disse recentemente que se tratava de "um
investimento alto e de retorno lento". O complexo, em Santa Cruz, tem
cinco mil empregados. Teve sérios problemas ambientais tendo que assinar um
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com órgão do Rio para ter licença de
pré-operação dos dois alto fornos.
Cresce
expectativa para redução de taxa de fundos
Folha 16.05.2012 - Ao
reduzir taxas de administração de três fundos de investimento anteontem, o
Santander aumentou a expectativa para que grandes bancos privados acompanhem o
movimento.
Em um deles, a taxa
foi de 3% para 2,5% ao ano.
"Com o
estreitamento dos 'spreads', com a redução de juros, os bancos de varejo terão
de cortar as taxas na outra ponta", diz Hiram Maisonnave, diretor
vice-presidente do BNP Paribas.
"Mais do que
pressão, é sobrevivência. Cobrar 4% ou 3% de fundo de varejo ligado ao CDI é um
absurdo." Para Maisonnave, mesmo nos multimercados, de maior custo de
gestão, as taxas cairão. Os principais bancos públicos saíram na frente ao
cortar taxas, mas dentro de condições limitadas.
Para um executivo do
mercado que não quis se identificar, a saída para os bancos é cortar o valor
mínimo exigido em aplicações para ganhar escala, como alguns fizeram.
"A redução de
taxa de fundo ligado à Selic é inevitável se juros continuarem a cair, mas
ajustes em tíquete de entrada [quantia mínima] disponibilizarão produtos mais
competitivos para mais clientes", diz Carlos Takahashi, presidente da BB
DTVM. Consultados, grandes bancos
afirmaram que o assunto vem sendo discutido internamente. Bradesco e Santander
informaram que não tinham porta-voz para entrevista ontem, enquanto o Itaú
preferiu não se manifestar por ora. "Com a Selic em 9% e com perspectiva
de queda, se bancos de varejo não agirem, perderão mercado".
Lucro
do JBS cai 21% no 1º tri e soma R$ 116,1 milhões
Estadão 16.05.2012 -
Desempenho negativo da unidade de bovinos nos EUA prejudicou o resultado do
frigorífico. O JBS, maior produtor global de carne bovina, teve lucro líquido
de R$ 116,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 21% na comparação
com o registrado em igual de 2011. O Ebitda, importante indicador da geração de
caixa, caiu para R$ 696,5 milhões no primeiro trimestre, contra R$ 835,9
milhões em igual período de 2011, segundo comunicado da companhia divulgado
nesta terça-feira. "O resultado (do Ebitda) decorre do desempenho negativo
da unidade de bovinos nos EUA, que apresentou um Ebitda negativo de US$ 45,4
milhões no 1T12, comparado a um Ebitda positivo de US$ 269,7 milhões no
1T11", afirmou a companhia.
A queda poderia ter
sido maior não fosse a reversão de resultado negativo da Pilgrim's Pride, a
unidade de aves do JBS nos Estados Unidos.
O Ebitda da Pilgrim's
saiu de um US$ 53,5 milhões negativos no primeiro trimestre de 2011 para US$
104 milhões positivos nos primeiros três meses deste ano.
Já a JBS Mercosul
apresentou expansão de aproximadamente R$ 200 milhões no Ebitda, o "que
mais que compensou a queda no resultado de Suínos nos EUA".
"Esse resultado
reflete a importância da diversificação geográfica e em proteínas da companhia,
visto o equilíbrio no resultado consolidado, propiciado pelo bom desempenho de
algumas unidades de negócios em momentos que outras unidades de negócios
enfrentaram dificuldades", comentou a empresa em nota. A receita líquida atingiu R$ 16 bilhões, alta
de 9,1% sobre o mesmo período de 2011.
ACC
e bônus 'travam' venda de ativos do Independência
Valor 16.05.2012 - A
JBS, maior empresa de proteína animal do mundo, obteve ontem a aprovação da
maioria dos 700 credores do frigorífico Independência para comprar ativos da
empresa, em recuperação judicial desde maio de 2009.
Agora, depois desse
aval, a JBS terá de entrar em uma intensa negociação com instituições bancárias
que estão fora da recuperação, os chamados credores extraconcursais. O grupo é
formado, principalmente, por bancos que anteciparam, a partir de contratos de
Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC), recursos à empresa para
exportações.
Como já informou o
Valor, a JBS ofereceu, no total, R$ 268 milhões pelos ativos do Independência.
Desse montante, R$ 138 milhões serão destinados aos credores incluídos na
recuperação. O restante - que gira em torno de R$ 60 milhões - deverá ser
destinado aos chamados credores extraconcursais. "A JBS já informou que
não está disposta a colocar mais nem um tostão. O dinheiro terá que ser
suficiente para pagar todo mundo, e aí há desafios a aprovação", afirmou à
reportagem uma fonte diretamente envolvida nas negociações.
De acordo com o
advogado que representa o Independência, Pedro Gasparini, do escritório
Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados, o problema financeiro da
empresa não está resolvido. "Tão ou mais importante é o acordo com os
extraconcursais", afirmou, acrescentando que a proposta da JBS está
"claramente" dividida entre as negociações com os credores abarcados
pela recuperação e os que estão fora dela. Segundo o advogado, a primeira etapa
já foi significativa para o levantamento do frigorífico.
A proposta ainda
depende, também, do aval dos detentores de bônus da dívida do Independência,
que são conhecidos como "bondholders". Bancos e fundos de
investimento são os principais detentores desses papéis.
A JBS propôs saldar
essa dívida com um desconto de 85% sobre o valor de face dos títulos, que
expiram em 2015. De acordo com fontes ouvidas pelo Valor, a dívida gira em
torno de R$ 130 milhões. Esse débito faz parte dos R$ 268 milhões oferecidos
pela JBS - que continuará com a assessoria do BTG Pactual nas negociações.
Mas, ontem, pelo
menos a primeira fase desse processo terminou com êxito. Em assembleia
realizada em um hotel de São Paulo, três dos quatro credores com garantia real
presentes - os bancos, dentre eles - aprovaram a proposta. Enquanto que 85 dos
147 credores quirografários, em que figuram os pecuaristas, aceitaram a oferta.
Os bancos receberão quase 40% do valor aprovado. Já os quirografários, em que
figuram os pecuaristas, receberão 2% do crédito.
Anunciado em 23 de
abril, a oferta da JBS foi posta em votação em assembleia de credores no dia
30, mas acabou sendo adiada por um pedido do JP Morgan. Aprovada ontem, a
proposta ainda deverá ser homologada pelo juiz da Vara de Cajamar, responsável
pela recuperação judicial do frigorífico.
Mapfre
planeja entrar em plano de saúde em 2013
Brasil Econômico
16.05.2012 - Inicialmente, a Mapfre trabalhará com plano de saúde, mas poderá
ampliar o portfólio para odontológico
Empresa também
anuncia entrada no mercado de consórcios, finalizando parceria mantida com a
Caixa Econômica Federal.
A seguradora
espanhola Mapfre anunciou oficialmente nesta quarta-feira (16/5) que vai entrar
na disputa pelo mercado de planos de saúde no Brasil, conforme havia adiantado
ao Brasil Econômico em março deste ano.
"Trabalharemos
com nosso talento e com nossos executivos, aproveitaremos nossa experiência na
modalidade lá fora", disse o presidente mundial da seguradora, Antonio
Huertas, que está em viagem de quatro dias por São Paulo e Rio de Janeiro, as
primeiras cidades escolhidas para visitar depois da sua posse, em março deste
ano.
Nos próximos dias a
seguradora deve entrar com pedido na Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) para se tornar operadora de saúde e pretende iniciar suas operações no
primeiro trimestre de 2013.
"Como operadora
de saúde, teremos capital inicial de R$ 20 milhões", afirmou Wilson
Toneto, presidente da Mapfre Brasil. O requerimento mínimo de capital para
trabalhar neste mercado como operadora é de R$ 15 milhões.
Inicialmente, a
Mapfre trabalhará com plano de saúde, mas poderá ampliar o portfólio para
odontológico. Em três anos, a seguradora pretende vender 300 mil planos de
saúde. O foco será em apólices coletivas.
Além disso, a Mapfre
anunciou outra novidade, que havia adiantado ao Brasil Econômico: a entrada no
segmento de consórcios. A seguradora espera autorização, por meio de portaria,
do Banco Central para operar no mercado, o que era aguardado hoje, mas ainda
não saiu.
"Neste ano vamos
começar a operar", ponderou Toneto. Para isso, será finalizado acordo com
a Caixa Econômica Federal para distribuição do consórcio do banco.
As modalidades em que
a Mapfre vai trabalhar serão inicialmente consórcio de carro e de casa, mas a
ideia é ampliar para serviços e eletrodomésticos.
O capital mínimo
exigido para a atividade é de R$ 7 milhões, mas a Mapfre vai começar com R$ 25
milhões.
Aquisições
no Brasil devem gerar receita de R$ 3 bi em 2012, prevê JBS
Valor 16.05.2012 - A
expansão das operações no Brasil nos últimos meses deve gerar à JBS uma receita
adicional de R$ 3 bilhões em 2012, afirmou há pouco o presidente da companhia,
Wesley Batista, em teleconferência com analistas de mercado. A companhia
faturou R$ 61,7 bilhões em 2011.
Em 2012, a companhia
comprou ou arrendou 12 novas plantas frigoríficas, que ampliaram a capacidade
de abate de bovinos em 2 milhões de cabeças ao ano (cerca de 8 mil
cabeças-dia). Além disso, a companhia arrendou no começo deste mês os ativos da
processadora de aves Doux Frangosul, com capacidade para abater 2 de milhões de
cabeças por dia.
Segundo Batista, os
novos ativos de bovinos devem agregar uma receita anual de R$ 3 bilhões e os da
Frangosul, outros R$ 1,5 bilhão, totalizando R$ 4,5 bilhões. Desse montante,
cerca de dois terços (ou R$ 3 bilhões) devem aparecer já no balanço deste ano.
O executivo disse que as novas operações devem ter um “altíssimo retorno sobre
o capital investido, que é basicamente capital de giro”, mas não revelou o
preço que a companhia vai pagar aos proprietários pela utilização das fábricas.
“Se fôssemos comprar essas unidades, a depreciação seria maior do que o valor
que vamos pagar pelo arrendamento”, ponderou.
Batista disse que a
companhia continua empenhada em expandir suas operações no Brasil, sobretudo na
área de bovinos. O objetivo, disse, é aproveitar a mudança do ciclo pecuário,
que deve assegurar um aumento na oferta de boi gordo para abate nos próximos
anos.
Ontem, a JBS divulgou
seu balanço relativo ao primeiro trimestre. A companhia reportou um lucro
líquido de R$ 116,1 milhões, montante 21% inferior ao registrado no mesmo
intervalo do ano passado. No entanto, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 240
milhões — valor que desconsidera uma provisão de imposto de renda que só seria
efetivamente desembolsado do caixa em caso de venda da companhia.
O lucro antes de
juros, impostos e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) no primeiro
trimestre de 2012 foi de R$ 696,5 milhões, queda de 16,7% sobre o mesmo
intervalo do ano passado. A margem Ebitda, por sua vez, passou de 5,7% para
4,4% na mesma base de comparação.
Frigoríficos
reduzem abate no trimestre
Folha 16.05.2012 -
Setor se organizou para evitar o excesso de oferta e a queda nos preços da
carne, afirma o presidente do Minerva. Na Marfrig, abate de bovinos caiu 32%;
no Minerva, a redução foi mais branda, de 3%, e JBS manteve volume. Apesar da
retração no preço do boi gordo, os principais frigoríficos do país reduziram ou
mantiveram o volume de abate de animais no primeiro trimestre deste ano.
O objetivo foi
melhorar a rentabilidade das operações, uma antiga crítica ao setor.
Segundo Fernando
Galletti de Queiroz, presidente do Minerva -terceiro em capacidade de abate no
país-, o setor se organizou para evitar excesso de oferta e, como consequência,
queda nos preços de venda da carne.
"O mercado está
mais equilibrado. Existe maior racionalidade na parte dos abates", afirmou
Queiroz.
Apesar do aumento da
disponibilidade de animais, em virtude da reversão do ciclo pecuário, o volume
de bois abatidos pelo Minerva caiu 3% em relação ao primeiro trimestre de 2011.
Como a demanda no
período é sazonalmente mais fraca, por conta da ressaca das festas de fim de
ano e da redefinição de cotas em países importadores, o Minerva evitou aumentar
a produção.
A estratégia
contribuiu para o aumento de 28% do Ebitda (lucro antes dos juros, impostos,
depreciação e amortização) no primeiro trimestre, para R$ 77 milhões.
A queda da arroba do
boi gordo também já traz efeitos positivos para o balanço financeiro, afirma o
executivo. A arroba caiu de R$ 100, em dezembro, para os atuais R$ 94 em
Barretos (SP), segundo pesquisa da Scot Consultoria.
Marfrig: Na Marfrig,
a redução do volume de abate de bovinos foi mais drástica, de 32%, em busca da
"melhor rentabilidade das operações", informou a empresa.
A JBS foi exceção e
manteve o volume estável. Mas a empresa apontou a queda no preço do boi como a
principal razão para a melhora da margem bruta de suas operações no Mercosul,
incluindo o Brasil, de 21% para 27% no primeiro trimestre.
Contudo, diante da
melhora no cenário externo no segundo trimestre, o volume de abates pode
aumentar.
A Marfrig já informou
que três unidades que estavam paradas devem voltar a operar. "Estamos
verificando o retorno de alguns mercados que reduziram as compras de carne do
Brasil, como o Irã e a Rússia", disse Ricardo Florence, diretor de
Relações com Investidores da Marfrig.
Apesar do maior
cuidado na gestão operacional, os frigoríficos continuam com um desafio na área
financeira: reduzir a alavancagem [proporção da dívida sobre o Ebitda].
Nenhum conseguiu
reduzir esse índice. Na Marfrig, a relação entre dívida líquida e Ebitda ficou
em 4,5 vezes, ante 4,4 vezes no trimestre anterior. No Minerva, ela subiu de
3,6 para 3,8 vezes, e, na JBS, de 4,0 para 4,3 vezes.
Brazil
Biomass Energy
Valor 16.05.2012 -
Hugo Souza é o novo diretor executivo da Brazil Biomass Energy S.A. O executivo
atuou na Energisa, Multiner e na Concremat Engenharia.
OdontoPrev
Valor 16.05.2012 -
Marcelo Lopes Vilela assumiu a superintendência de tecnologia (CIO) da
OdontoPrev. Vilela teve passagens pelo ISBAN Brasil, Redecard, BankBoston e
Unibanco.
Hermes
Pardini pode fazer aquisição fora de MG
Valor 16.05.2012 - O
laboratório de análises clínicas Hermes Pardini, que domina o setor em Belo
Horizonte e região, estreia este ano uma nova estratégia de crescimento. Além
de, pela primeira vez em mais de 50 anos de existência, prever aquisições,
avalia entrar em outras capitais.
"Nossa meta é
realizar pelo menos uma aquisição relevante este ano", disse o presidente
do Hermes Pardini, Roberto Santoro Meirelles. Ele diz que a empresa ainda está
em fase de prospecção em Belo Horizonte e de avaliação de outros laboratórios
pelo Brasil, inclusive em áreas onde enfrentaria a concorrência direta dos
líderes de mercado Dasa e Fleury, como São Paulo. "Não é a nossa
prioridade [entrar em novas áreas], mas poderá ser uma oportunidade",
disse Meirelles.
Hoje nenhum dos dois
concorrentes do Pardini atua na capital mineira e região. O laboratório mineiro
é um dos maiores do país em volume de exames e receita. No ano passado, o
faturamento foi de R$ 416 milhões e a expectativa do executivo para este ano é
atingir R$ 460 milhões.
Meirelles diz que os
recursos que a empresa prevê empregar na operação "permitirão a compra de
uma empresa do setor de médio ou grande porte". No fim de 2011, o
laboratório mineiro se associou ao fundo Gávea, do ex-presidente do Banco
Central Armínio Fraga, que comprou 30% da empresa.
O Pardini é o maior
do Brasil num tipo de serviço específico: análises para laboratórios menores, o
que passou a ser chamado de apoio laboratorial. "Os três [Pardini, Fleury
e Dasa] têm cerca de 30% desse segmento de apoio laboratorial em todo o país.
Só nós temos mais de 15%." O resto está pulverizado por empresas menores.
O objetivo do Pardini é checar a cerca de 20% de participação nacional no
segmento, diz o executivo.
A empresa tem 28
unidades em Belo Horizonte e também em Contagem e Vespasiano, na região
metropolitana. O serviço de apoio representa 55% do faturamento.
O executivo diz que
vê espaço para crescer - via aquisição ou por expansão orgânica - principalmente
na área de diagnósticos por imagem, como tomografia e ressonância
computadorizada. É uma área que a empresa não passaria a concorrer com seus
clientes em Belo Horizonte e em outras capitais.
A aposta nos serviços
de apoio, levou a empresa a espalhar bases logísticas pelo Brasil a fim de
captar as amostras e embarcá-las para o centro de análises em Vespasiano. O
Pardini atende hoje a laboratórios em cerca de 1.400 cidades.
Gastos
em saúde crescem, mas Brasil continua abaixo da média do mundo
Estadão 16.05.2012 -
Parcela do orçamento investida é inferior à média dos países africanos, aponta
estudo da OMS. O Brasil pode ser a sexta maior economia do mundo, mas em termos
de gastos com a saúde, o governo brasileiro ainda se equipara à realidade
africana e destina ao setor menos do que a média dos governos pelo mundo. Dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam que não faltam médicos no País.
Ainda assim, a proporção de leitos é inferior à média mundial e comparável a
vários países africanos. O Brasil é ainda um dos 30 países onde a população
paga de seu próprio bolso mais de 50% dos gastos de saúde.
Brasil conta em média
com 26 leitos para cada 10 mil pessoas - está atrás de outros 80 paísesOs
números mostram que, na última década, as autoridades brasileiras incrementaram
o orçamento destinado aos serviços de saúde. Este incremento, no entanto, não é
suficiente nem mesmo para que o País chegue ao patamar da média mundial. A
distância entre o que se gasta no Brasil com a saúde e o que se gasta nos países
ricos é ainda ampla. Segundo a OMS, em 2000 o governo brasileiro destinava 4,1%
de seu orçamento para a saúde. Dez anos depois, a taxa subiu para 5,9%. A média
mundial é de 14,3% e a taxa brasileira chega a ser inferior à média africana.
Do total que se gasta no País com a saúde, 56% vem do bolso dos cidadãos e não
dos serviços do Estado. Apenas 30 de 193 países vivem essa situação. Em 2000, a
taxa era ainda pior, com 59% dos custos da saúde vindo do bolso do cidadão.
Desta forma, a taxa de 56% está distante da média mundial, de 40%. Nos países
ricos, apenas um terço dos custos da saúde são arcados pelos cidadãos.
Em uma década, o
governo triplicou o gasto por habitante. Mas ainda assim destina a cada
brasileiro apenas uma fração do que países ricos destinam a seus cidadãos. No
Brasil no ano de 2000, o governo destinava em média US$ 107 pela saúde de cada
brasileiro por ano. Em 2009, ao final da década, a taxa havia sido elevada para
US$ 320,00. O valor é inferior aos US$ 549,00 que em média um habitante do
planeta recebe em saúde de seus governos. Nos países europeus, os gastos médios
dos governos com cada cidadão chega a ser dez vezes superior aos do Brasil. Em
alguns casos, como Luxemburgo, gasta-se mais de US$ 6,9 mil por cidadão, quase
25 vezes o valor no Brasil. Na Noruega, o gasto é similar, enquanto a Dinamarca
destina 20 vezes mais a cada cidadão em saúde que no Brasil. Mesmo na Grécia,
quebrada e hoje sem governo, as autoridades destinam seis vezes mais recursos a
cada cidadão que no Brasil. Os dados, porém, são do início da crise.
Governos como os da
Romênia, Sérvia, Arábia Saudita ou Uruguai também destinam mais recursos por
habitantes que no Brasil.
Outro dado
preocupante: o País conta em média com 26 leitos para cada 10 mil pessoas. Os
indicadores se referem ao período entre 2005 e 2011. 80 países tem um índice
melhor que o do Brasil, que está empatado com Tonga e Suriname. A média mundial
é de 30 leitos por cada 10 mil habitantes. Na Europa, a disponibilidade é três
vezes superior a do Brasil.
Em termos de médicos,
o Brasil vive uma situação mais confortável. Segundo a OMS, são 17,6 médicos
para cada 10 mil habitantes, acima da média mundial de 14 por 10 mil. Mas ainda
assim a taxa é a metade do número que se registra Europa. Já na África, são apenas
dois médicos para cada 10 mil pessoas.
MSCI
quer trocar ações brasileiras por ADRs em seu índice
Valor 16.05.2012 - A
MSCI, provedora líder de ferramentas financeiras para decisões de investimento
no mundo, anunciou na segunda-feira que está abrindo consultas na comunidade de
investidores para propor uma mudança nas regras elegíveis de segurança para o
índice MSCI Brazil. Em particular, a MSCI está propondo substituir por ADRs as
ações brasileiras que fazem parte do indicador. Os papéis que não possuem
correspondente em ADR continuam acompanhando a cotação local.
De acordo com o
diretor executivo e chefe global de pesquisas de novos produtos da MSCI,
Dimitris Melas, a mudança deve afetar 67% do índice, com pouca alteração no
retorno gerado. A empresa diz que, de novembro de 2007 a março de 2012, o
indicador original e o proposto tiveram praticamente a mesma performance e a
correlação entre eles foi de 99,6%.
O MSCI Brazil tem 79
ações. A empresa existe com o nome atual desde 1986, quando o Morgan Stanley
comprou, da então Capital International, direitos para licenciar índices. O
banco saiu do capital da MSCI em 2009.
A proposta de mudança
foi feita após discussões infrutíferas com a BM&FBovespa. A bolsa
brasileira afirma que não vai comentar o assunto, mas uma fonte do mercado diz
que a MSCI acumula passivos por conta de litígios por uso indevido de
informações de bolsas. Segundo a fonte, o MSCI nunca pagou para usar as
cotações em tempo real da Bovespa, um serviço que é vendido por todas as bolsas
no mundo.
Nas notas
explicativas de seu próprio balanço, a MSCI diz que entre os riscos de seu
negócio estão processos de terceiros, que alegariam infração a direitos de
propriedade intelectual. "Responder a esses questionamentos,
independentemente do mérito, pode consumir tempo valioso e resultar em litígios
custosos", afirma a empresa no relatório anual de 2011.
O diretor da MSCI não
quis comentar a informação sobre a falta de pagamento e se limitou a dizer que
a empresa é a provedora de índices mais popular do mundo e fecha, a todo tempo,
contratos com as mais diversas bolsas. Ele contou que a proposta de mudança do
MSCI Brazil vai representar uma exceção à metodologia de seus índices que, em
geral, preferem se basear em listagens locais. Mas ressalva que a consulta não
implica obrigatoriamente em mudança do indicador. Ele também não deu prazo
sobre o final da consulta.
Em nota ao mercado, a
MSCI afirma que a proposta de mudança foi feita após discussões com a
BM&FBovespa. A bolsa teria informado à empresa que iria requerer o fim de
seu suporte de cotações em tempo real, a não ser que a MSCI "aceitasse os
novos termos de mercados da bolsa até 14 de junho de 2012". A companhia
também não especificou as mudanças e o diretor limitou-se a comentar que "as
discussões comerciais ainda estão em andamento".
MNOVA
Solutions could event ually target polymer groups in Thailand, Brazil
Press Release (translated) 15.05.2012 - MNOVA Solutions
(NYSE:OMN), the Fairlawn, Ohio-based chemicals and decorative products
provider, could event ually seek
bolt-on emulsion polymer-related acquisitions in Thailand and Brazil, said CEO
Kevin McMullen on the sidelines of the recent Houlihan Lokey industrials
conference.
The company, with a
USD 328m market capitalization, wants to expand its emulsion polymers business,
which grew significantly with the USD 300m purchase of French specialty
chemicals manufacturer ELIOKEM in late 2010, said McMullen. These chemicals are
used in paints and coatings, antioxidants, specialty rubbers and other
products.
OMNOVA is still
absorbing the ELIOKEM acquisition and will probably not close on an acquisition
this year, but it could event ually
target smaller polymer groups in those geographic areas, as well as anywhere
that makes sense, he said. South America, in particular, is a place OMNOVA
wants to bolster its presence, he added.
Ideal targets would
generate up to USD 50m in annual revenues, said McMullen, adding that the
company does not want to "overspend" on a target. OMNOVA has USD 124m
in cash and net debt of approximately USD 330m, which does not mature for
several years and which the company continues to reduce by generating strong
cash flow, said McMullen. CFO Mike Hicks, in a separate interview with this
news service, added that the company has increased its cash by roughly USD 50m,
from USD 75m to USD 124m, since the ELIOKEM transaction.
In December, OMNOVA
sold its North American commercial wallcovering business to J. Josephson for
USD 10m, while in March it sold its UK commercial wallcovering business,
Muraspec, to a2e Venture Catalysts, the investment firm run by Amin Amiri, for
USD 7m. While a few of its businesses, such as the performance films unit, are
notably small, OMNOVA has no further divestiture plans at this moment, said
McMullen, when asked. Both he and Hicks declined to comment on whether the
company is ever targeted by larger bidders.
OMNOVA does not have
an official financial advisor, said McMullen. It works with Jones Day and a few
other firms for legal advice. Deutsche Bank and JP Morgan were joint lead
arrangers and bookrunning managers for OMNOVA's recent amended term loan
agreement, said McMullen.
Meanwhile, the
company wants to expand organically in China and India, said McMullen. During
the presentation, he said that OMNOVA recently launched a new specialty latex
plant in Caojing, China and a rubber plant in India for tires, hoses and
gaskets. Among OMNOVA's products are laminates for store displays and vehicle
seating upholstery, coated paper and carpet and textile chemicals. Value USD
328m (Market cap).
Cemig
bids for Iberdrola’s stake in Neoenergia and hires Banco BTG Pactual to advise
Press Release (translated) 15.05.2012 - Cia. Energetica de
Minas Gerais (Bovespa: CMIG4), one of Brazil1s largest electricity generators
and distributors, is bidding for Iberdrola’s stake in Neoenergia, O Estado de
S. Paulo reported today. Cemig, as the listed utility is known, has hired Banco
BTG Pactual to advise it, the report said, without giving any sources for the
information.
The brief report
appeared in the widely read column Direto da Fonte (direct from the source)
written by Sonia Racy in the daily newspaper.
The Brazilian
government opposes the sale of Iberdrola’s 39% stake in Neoenergia (Bovespa:
GNAN3B) to State Grid Corporation, Valor Economico reported on 14 May. Brazil’s
government doesn’t want the Chinese company to enter as a shareholder in
Neoenergia, which distributes electricity in three northeastern Brazilian
states, just as it didn’t approve of Iberdrola raising its stake in the
utility, Valor reported without identifying the government sources in the story
earlier this week.
Government-controlled
Banco do Brasil has a stake of just under 12% in Neoenergia, while Previ, the
largest pension fund in Latin America, has a 49% stake, according to Jornal da
Energia in a report earlier this year. Previ is the retirement fund for
employees of Banco do Brasil.
A potential buyer of
the 39% stake may have to pay BRL 9.3bn (USD 4.7bn) for it, Valor reported in
another story on 15 May, citing an unidentified analyst. The price doesn’t
include a premium a potential buyer may have to pay, according to the business
daily, citing the analyst.
State Grid
Corporation will re-assess its intention to buy Iberdrola’s 39% stake in
Neoenergia, Valor also reported on 15 May, adding that State Grid Brazil
Holding said in a statement that the decision was taken jointly with the parent
Chinese company. Value USD 4,700m (reported though unconfirmed worth of stake)
Stake Value 39%.
Eletrobras’
acquisitions of Celg and CEA may worsen its finances
Press Release (translated) 15.05.2012 - The financial
performance of Centrais Eletricas Brasileiras (Bovespa: ELET6), Latin America’s
largest electric utility, may worsen as it acquires two heavily indebted
companies. Eletrobras, as the Brazilian government-run utility is known, is now
in negotiations to take over Cia. Eletrica do Amapa, or CEA, which has debt of
BRL 1bn (USD 500m), Valor Economico reported today.
Eletrobras has
already agreed to take over 51% of Cia. Energetica de Goias, as reported. The
agreement, made last April, will permit Celg, as the utility controlled by the
Brazilian state of Goias is known, to draw a second installment on a BRL 3.5bn
(USD 1.9bn) loan from Caixa Economica Federal, the Brazilian government-owned
bank.
Eletrobras should
take over CEA, which distributes electricity in the Brazilian Amazonian state
of Amapa, by the end of the year, Valor reported, citing Jose da Costa Carvalho
Neto, president and CEO. The transaction to take over CEA will be similar to that
of assuming control of Celg, Carvalho Neto said without providing details,
Valor reported.
The expansion of
Eletrobras is raising doubts in the market about its operational and financial
performance, Valor reported in its story today, citing analysts covering the
Brazilian electric power industry.
Reflecting the
potentially weaker financial performance, the market value of Eletrobras, BRL
23.1bn on Wednesday, is less than that of its smaller Brazilian competitors,
Valor reported. Cia. Energetica de Minas Gerais (Bovespa: CMIG4), a Brazilian
generator and distributor, had a market value of BRL 27.3bn on Wednesday, Valor
reported.
Value USD 500m (reported debt of CEA) Stake
Value more than 30% inclusive.
Randon
to spend USD 1.3bn on growth and acquisitions through 2015
Government Press Release (translated) 15.05.2012 - Randon (Bovespa:
RAPT4), the Brazilian maker of trailers and automotive parts, plans to spend
BRL 2.5bn (USD 1.3bn) through 2015 on expansion, Valor Economico reported. The
investment plan also includes acquisitions, Valor reported, citing the listed
company.
The letter of intent
for the investment plan is to be announced at 11am (10 EDT) today in the
governor’s statehouse in Porto Alegre, the state announced on its website.
Porto Alegre is the capital of Rio Grande do Sul, Brazil’s southernmost state.
Randon is based in the industrial city of Caixas do Sul in the state. The
government statement didn’t give the amount of the planned spending.
The investment plan
includes fiscal incentives from Rio Grande do Sul state, according to the
report in Valor.
The expectation is
the plan includes acquisitions in Latin America, including Colombia and Mexico,
and in Africa, Valor reported.
Randon will have to
increase its indebtedness, which was BRL 562.8m at the end of the first quarter,
to finance the spending plan, the Sao Paulo-based business daily reported. The
company is not expected to sell shares to pay for the investment, according to
Valor. Value USD 1,300m (planned spending through 2015) Stake Value 100%.
Toutatis acquired by
glendonTodd Capital and Performa Partners
Company WebSite 15.05.2012 - glendonTodd Capital
LLC, a private equity firm that focuses on investments in operating companies
and in investments in real estate, announces the acquisition of Toutatis Inc.
by glendonTodd Capital LLC and Performa Partners. Based in São Paulo, Brazil,
Toutatis Inc., is a full service business process outsourcing (BPO) provider in
Latin America and offers a wide variety of BPO solutions in human resource
outsourcing, finance and accounting outsourcing and procurement outsourcing.
The firm has offices in ten countries throughout Central and North America,
including: Argentina, Brazil, Chile, Columbia, Ecuador, Mexico, Paraguay, Peru,
Venezuela, and Uruguay, giving it the ability to serve international clients
with operations throughout the region. The company’s unique ability to deliver
BPO services across Latin America from its shared service center in Uberlândia
offers flexible and cost-efficient solutions by providing user-friendly,
accurate, seamless execution.
Todd Furniss,
Managing Partner of glendonTodd Capital, explains, “We focus on those
industries and companies located in favorable macro-economic environments where
we can help create disproportionate value, and we think that Brazil has a very
bright economic picture for at least the next five years. Toutatis has a robust
services platform and customer base in key markets throughout Latin America
that we can leverage for growth. Together with Marcelo Franca, and our great
operating partners at Performa, we have the ability to execute on our vision
and realize significant stakeholder value creation.”
Marcelo Franca, CEO
of Toutatis, stated, “Our relationship with glendonTodd allows us to take
advantage of world class operational insights and financial execution
capabilities to propel Toutatis onto the global stage.”
The company’s unique
value proposition and delivery capability, reinforced with glendonTodd’s and
Performa’s strategic capital and operational insights, position Toutatis well
for growth and shareholder value.
Stake Value more than
30% inclusive.
Hermes Pardini
studying acquisitions outside Minas Gerais state
Company WebSite 15.05.2012 - Hermes Pardini, a
closely held Brazilian medical examination clinic and the largest diagnostics
lab in the state of Minas Gerais, is planning acquisitions outside the state
where it is based, Valor Economico reported.
The report cited CEO
Roberto Santoro Meirelles as saying the company’s goal is to make at least one
significant acquisition this year. According to the executive, Hermes Pardini
is evaluating other laboratories throughout Brazil, including in areas where it
would face direct competition with Dasa and Fleury.
Hermes Pardini posted
sales of BRL 416m (USD 208.3m) in 2011, of which 55% was in the Lab-to-Lab
segment, in which the company is the largest player in Brazil with a nearly 15%
market share. The company has a comfortable cash position, as in late 2011 it
sold a 30% stake to private equity fund Gavea, noted the report. Value USD 208m
(Hermes Pardini sales in 2011).
Servizi Italia agrees to acquire 50% of Lavsim Higienização Têxtil in Brazil
Company WebSite 15.05.2012 - Servizi Italia
[SRI:IM], a listed Italian hospital services provider, has agreed to acquire a
50% stake in Brazil-based Lavsim Higienização Têxtil S.A.
Lavsim Higienização
Têxtil is a family run business founded in 1999 by Andrè Guimaraes Rodrigues
and Plinio Guimaraes Rodrigues. It is headquartered in in São Roque, in the San
Paolo state of Brazil.
Lavsim is currently
held equally by Romulo Rodrigues and Silvia Rodrigues, who together with their
children Plinio and Mariana manage the business. The company operates in the
laundry services for the healthcare sector in the state of San Paolo, with
particular focus on hospitals in the capital.
In 2011, Lavsim
reported revenues of EUR 5.3m (85% laundry services, 15% rental services) with
an EBIT of EUR 800,000 (EBIT margin of 15.2%) and a net profit of EUR 500,000
(9.5% of revenues).
Lavsim will be sold
to Servizi Italia by members of the Rodrigues family on June 18, 2012
(extendable by 30 days).
Servizi Italia has
been granted the option to increase its holding in Lavsim up to 100% of the
capital over a period of five years from the closing date of the contract.
Servizi Italia was
advised by Tamburi Investment Partners S.p.A. It also mandated
PricewaterhouseCoopers and the Brazilian legal firm Dias Carneiro for the due
diligence activities.
In relation to the
structure of the operation, the parties have established the following steps:
at the closing date Servizi Italia acquires 50% of Lavsim from the seller,
against total maximum consideration of R$ 12,850,000 (equal to a maximum EUR
5,111,173, calculated on the EUR/BRL exchange rate of 2.5141 at May 4, 2012).
Part of the price
(approx. 82%) will be paid in cash to the seller, a part will be paid in a bank
account to cover any liabilities and a part as a guarantee mechanism for price
adjustment. The Price Adjustment establishes that at the closing date the price
may be lower than that stated above if the level of Net Debt is higher than
that agreed between the Parties.
The acquisition of
the holding will be financed through loans and/or with resources from Servizi
Italia’s recent capital increase.
The contractual terms
establish in addition that in the case in which Lavsim meets the net profit
established in the Business Plan for Year 1 and Year 2, at the conclusion of
the respective periods, Servizi Italia will pay to the seller an earn out, each
in the amount of R$ 375,000 (Euro 149,159). If however at the payment date the
seller owes to Servizi Italia indemnities or other unpaid sums, the Group will
have the right not to proceed with the payment of the earn-out.
The parties also
agreed a Shareholder Loan which requires that Servizi Italia, over a period of
36 months subsequent to the closing, will grant Lavsim three separate loans to
support its operating investments and meet the objectives of the business plan.
Lavsim will be
governed according to the purchase contract and the by laws as follows:
- the appointment to
the Board of Directors of Messrs. Facchini Luciano (Chairman), Plinio Rodrigues
(CEO), Silvia Rodrigues, Righi Enea and Casol Maurizio;
- the appointment to the
Executive Committee of Messrs. Plinio Rodrigues, Angelo
Minotta (CFO and CIO)
and Romulo Rodrigues (CIR);
- the appointment of
the Independent Audit Firm PricewaterhouseCoopers.
According to Luciano
Facchini, chairman and CEO of Servizi Italia, the operation lays the foundation
for the development of the Group in Brazil which boasts among the highest
growth rates internationally and enormous potential. The acquisition of Lavsim
will enable the rollout of specialised production sites based on innovative laundry
services technology, in addition to the development of the rental and
sterilisation services which is in rapid growth.
The state of San
Paolo - with healthcare facilities counting on over 150,000 beds at the end of
2010 - is the most attractive Brazilian state for the sector in which Servizi
Italia operates (source: Brazilian Ministry of Health). This region has an
estimated market potential of approx. USD 220m for the sector.
“We are proud –
declared Mr. Romulo Rodrigues, Chairman of Lavsim Higienização Têxtil Ltda –
that Servizi Italia, the leading Italian Group, with a high level of laundry
services industrial management know-how, chose our company, which is renowned
for its strong commercial management by Clients. My family is very confident that,
with the joint venture, we will pursue a development strategy based on a
business model which focuses on the quality of services within a highly
selective and quickly expanding market”. Value USD 60m (Servizi Italia market
cap). Stake Value more than 30% inclusive.
Banco do Brasil seeks
new investor to capitalize Banco Votorantim - sources
Company WebSite 15.05.2012 - Banco do Brasil
(BBAS3: BZ) is working with various investment banks to attract a new strategic
partner for Banco Votorantim in which Banco do Brasil owns a 49.99% stake,
according to people familiar with the matter. According to the sources,
Votorantim needs a new capital injection, and neither Banco do Brasil nor the
Ermirio de Moraes family (owner of the other half) are willing to put in more
capital, preferring instead to attract a new partner. Banco do Brasil
effectively saved privately held Votorantim from bankruptcy in early 2009 by
injecting BRL 4.2bn for its stake in the bank, which had come under stress as a
result of the global financial crisis. Still, Votorantim's financial standing
never fully recovered, even though Banco do Brasil worked in recent quarters to
overhaul the bank's credit-concession process.
Votorantim has
significant exposure to the used-car financing market, which is under pressure
after default rates jumped in recent months. Provisioning reached BRL 1.1bn in
the quarter as asset quality deteriorated 420bp YoY (150bp QoQ) to a
non-performing loan (NPL) ratio of 5.8%.
Votorantim's other
businesses include an investment bank, a brokerage arm, an asset management
group and a large consumer-finance operation.
One source tagged
Banco Santander Brasil (SANB11: BZ) as a possible buyer, as the bank has
considerable expertise in consumer finance and has recently become more
aggressive in the auto market at a time other banks were retrenching. Santander
also is said to have considerable cash left from its IPO, "cash that needs
to be allocated," a banker said.
Still, timing could
not be worse for Banco do Brasil. Not only has the global outlook deteriorated
since the Greek election and JPMorgan's surprise losses last week, but Itau
Unibanco Holding's latest quarterly reports showed that NPLs are a concern for
Brazilian banks. In late April, after reporting BRL 6bn in 1Q provisions, Itau
management guided provisions up sequentially into the 3Q: BRL 6bn to BRL 6.4bn
in 2Q, and BRL 6.5bn to BRL 7.1bn in 3Q.
Furthermore,
Votorantim has been a drag on Banco do Brasil stock and the consensus is that
Votorantim's 2012 results will continue to be impacted by high loan-loss
expenses (although management expects an improvement in the second half), a
decline in revenues from the credit assignments (transactions through which a
bank sells credit portfolios to others) and slower vehicle loan origination.
Banco do Brasil
declined comment. Votorantim officials did not immediately return calls seeking
comment.
ThyssenKrupp's
controlling stake in Brazilian steel mill CSA may be sold to Chinese
steelmakers
Company WebSite 15.05.2012 - ThyssenKrupp,
Germany’s largest steelmaker, may sell its controlling stake in Brazilian steel
mill Cia. Siderurgia do Atlantico, or CSA, to Chinese companies. Chinese
steelmakers are pointed to as potential buyers of the 73% stake, Valor
Economico reported Wednesday in a story citing unidentified industry analysts.
ThyssenKrupp will
seek buyers or partners for its US and Brazilian steel mills, Chief Executive
Heinrich Hiesinger said in an interview with the daily Handelsblatt, this as
reported earlier today. ThyssenKrupp studies selling its CSA stake as Brazilian
production costs are sharply rising while demand in the US is falling, Folha de
S. Paulo reported today, citing the Essen-based steel maker.
The report in Valor
concluded that Chinese companies are candidate buyers after discussing why
other companies may not bid. Brazilian listed company Vale (Bovespa: VALE5), the
world’s largest iron-ore producer, has a stake of almost 27% in CSA and doesn’t
intend to sell it, Valor reported it had learned without giving a source. Vale
will not want to buy the stake of ThyssenKrupp as steel making, which suffers
from excess supply, isn’t its focus, Valor reported, citing unnamed market
sources.
Rio de Janeiro-based
Vale declined comment, according to Valor. Folha also reported that Vale
declined comment.
Cia. Siderurgica
Nacional (Bovespa CSNA3), Brazil’s third-largest steelmaker and an expanding
iron-ore producer, would be a possible candidate buyer of the ThyssenKrupp
though it would face the barrier of Vale, Sao Paulo-based business daily Valor
reported.
Luxembourg-based
ArcelorMittal, the world’s biggest steel maker and with steel mills in Brazil,
is selling assets, Valor reported, in going through a list of companies and
ruling them out as candidate buyers.
Valor mentioned two
Chinese companies -- Baoshan Iron & Steel and Wuhan Iron and Steel -- as
buyers of the ThyssenKrupp stake in CSA. The report didn’t have any comment
from the Asian steelmakers. Stake Value 73%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário