quarta-feira, 1 de agosto de 2012

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Daily News

Fracassa a tentativa de conciliação entre Odebrecht e Gradin
Estadão 01.08.2012 - Famílias disputam 20,6% das ações do Grupo Odebrecht hoje pertencentes à Graal Participações Ltda., da família Gradin. A disputa judicial entre as famílias Odebrecht e Gradin pelos 20,6% das ações do Grupo Odebrecht hoje pertencentes à Graal Participações Ltda., da família Gradin, que se arrasta desde dezembro de 2010, teve nesta terça-feira, 31, a primeira audiência de conciliação, em Salvador. As partes, porém, não chegaram a um acordo.
A batalha é apontada como a maior disputa societária em curso no País. Os Gradin, autores da ação, lutam para permanecer no quadro de sócios do grupo, enquanto a Kieppe Participações e Administração Ltda., da família Odebrecht, tenta exercer o suposto direito de recompra das ações, que estaria previsto no contrato firmado entre as partes.
Conduzida pela juíza Maria de Lourdes Oliveira de Araujo, da 10ª Vara Cível e Comercial de Salvador, a reunião durou pouco mais de quatro horas, nas quais foi tentada a conciliação e, em seguida, foram apresentadas as justificativas das duas partes. A juíza, agora, deve determinar de que forma a disputa será conduzida, se por meio de arbitragem, como querem os Gradin, ou se por ação judicial comum, como preferem os Odebrecht. A audiência foi agendada para o próximo dia 23.
A decisão não pôde ser tomada hoje porque a Kieppe arrolou três testemunhas para depor no caso e apenas uma delas compareceu ao fórum. "Não há necessidade de testemunhas para o caso, que é relativo a análise do contrato", reclama o advogado da Graal, Caio Druso. "Foi mais uma medida protelatória tomada pela Kieppe para adiar o julgamento do caso, mas não apresentamos objeção, para que mais tarde não seja alegada tentativa de prejudicar a defesa."
Os advogados da Kieppe negam a intenção de prorrogar a disputa judicial. "Também temos interesse na rapidez do julgamento, tanto que nos comprometemos com a juíza a trazer as testemunhas, de onde quer que elas estejam, ao fórum, na data estipulada", alega o defensor dos Odebrecht, Francisco Bastos.
Por outro lado, a Kieppe espera um posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre um recurso especial interposto pelos advogados, que pede a extinção do processo proposto pela Graal. O recurso foi admitido pelo STJ e está sob apreciação do colegiado da 3ª Turma do órgão.
Os executivos da Graal não acreditam na interferência do STJ no julgamento da questão. "Estamos confiantes que a realização da audiência é o primeiro passo para que a arbitragem contratada seja instaurada", disse Bernardo Gradin, que compareceu à audiência.
A reunião realizada hoje havia sido originalmente agendada para 23 de fevereiro do ano passado, mas foi adiada diversas vezes por causa de recursos feitos pelos advogados da Kieppe.


Lucro líquido da Arezzo soma R$ 25,7 milhões no 2º tri, alta de 7,2%
Valor 01.08.2012 - A Arezzo registrou lucro líquido de R$ 25,7 milhões no segundo trimestre de 2012, avanço de 7,2% ante os R$ 24 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. No semestre, porém, a queda foi de 5,6%, para R$ 36,6 milhões, em relação a igual período anterior.
A receita líquida da companhia subiu 31% na comparação entre os períodos de abril a junho de 2011 e 2012, passando de R$ 152,2 milhões para R$ 199,4 milhões. No acumulado dos primeiros seis meses, a receita totalizou R$ 360,8 milhões, alta de 24%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 34,6 milhões no segundo trimestre, crescimento de 22,4% na comparação com os R$ 28,2 milhões de um ano antes. No primeiro semestre, o Ebitda da companhia foi de R$ 49,3 milhões, variação positiva de 0,6% em relação ao mesmo período de 2011.


Cosan fecha acordo
Valor 01.08. 2012 - A Cosan Lubrificantes, controlada pelo grupo Cosan, anunciou ontem acordo com a sul-coreana S-Oil, um dos maiores fornecedores mundiais de óleos básicos de Grupo III (G-III). Esse acordo prevê a comercialização e representação da marca Ultra-S de óleos básicos G-III no Brasil - um tipo de matéria-prima utilizada principalmente na fabricação de lubrificantes sintéticos e semissintéticos, de alta tecnologia. Com a parceria, a Cosan vai complementar a atual oferta de óleos básicos dos Grupos I e II no mercado nacional, "acompanhando a evolução dos fabricantes de equipamentos, que demandam cada vez mais lubrificantes de alta tecnologia e performance superior", informou o grupo.


Prejuízo da Irani
Valor 01.08. 2012 - A Celulose Irani amargou prejuízo líquido de R$ 5,7 milhões no segundo trimestre, segundo informações divulgadas da empresa. No mesmo período de 2011, a empresa havia reportado lucro líquido atribuído aos sócios de R$ 2,8 milhões. O principal responsável pelo resultado negativo foi o desempenho financeiro da companhia. Entre abril e junho, a performance foi de R$ 16,6 milhões no vermelho. A Irani associa a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro pelos números. Sem a variação cambial do período, o resultado financeiro seria de R$ 10,9 milhões, contra R$ 10,6 milhões no segundo trimestre de 2011.


Oi tem resultado no 2o tri em linha com previsões
Reuters 01.08.2012 - O grupo de telecomunicações Oi apresentou resultados trimestrais em linha com as expectativas de mercado, e viu seu segmento de mobilidade pessoal avançar 15,1 por cento na comparação anual.
A operadora teve lucro líquido consolidado de 64 milhões de reais de abril a junho, dado, de acordo com a empresa, não comparável com o mesmo período do ano passado nem com o primeiro trimestre por conta da reestruturação realizada no fim de fevereiro. A receita líquida pro-forma totalizou 6,9 bilhões de reais no segundo trimestre, queda de 2,4 por cento sobre um ano antes, e em linha a média das previsões de analistas consultados pela Reuters. Também em termos pro-forma, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 13,5 por cento na comparação anual, a 2,14 bilhões de reais no segundo trimestre, ligeiramente acima das previsões de 2,11 bilhões. A margem Ebitda teve contração de 4 pontos percentuais no período, para 31 por cento.
A Oi apurou um crescimento de 9,7 por cento em suas unidades geradoras de receita no segundo trimestre sobre um ano antes, para 72,3 milhões, beneficiadas pelo salto de 15,1 por cento no segmento de mobilidade pessoal. A dívida líquida da empresa saltou 45,2 por cento no segundo trimestre sobre o mesmo intervalo de 2011, para 23,5 bilhões de reais, enquanto o caixa disponível recuou 6,5 por cento, para 8,2 bilhões de reais.


Incorporadoras tiveram 2º trimestre ruim
Valor 01.08.2012 – As maiores incorporadoras de capital aberto devem apresentar resultados na última linha do balanço do segundo trimestre piores que os do mesmo período de 2011, conforme a média das estimativas da BES Securities do Brasil, Bradesco Corretora, CGD Securities e do Credit Suisse. A exceção, entre as grandes, será a Cyrela Brazil Realty, de acordo com a média das projeções das quatro estimativas.
Problemas reportados, anteriormente, por boa parte do setor, como estouros de orçamentos, pressão de custos, distratos e atrasos nas entregas devem se repetir nesta temporada de balanços. No mercado, comenta-se que PDG Realty e Brookfield Incorporações podem apresentar novos estouros de orçamento. Há a expectativa também de que a Rossi Residencial possa divulgar revisões de custos.
A maior parte das prévias operacionais do segundo trimestre indicou queda de lançamentos ante o mesmo período do ano passado, o que teve impacto nas vendas de lançamentos e, consequentemente, na receita das empresas. A PDG, por exemplo, lançou R$ 404 milhões no trimestre, com queda de 80,3%. Ao divulgar a prévia, a companhia reduziu em 47% o ponto médio do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado em 2012. Apesar da redução dos lançamentos, o mercado avaliou que a incorporadora apresentou velocidade de vendas saudável no trimestre.
Conforme a média das projeções, os resultados da PDG serão piores que os do segundo trimestre do ano passado. As estimativas vão de prejuízo de R$ 37 milhões a lucro líquido de R$ 81 milhões, ante o lucro de R$ 241,5 milhões no intervalo de abril a junho de 2011. A média da receita líquida projetada para a PDG indica queda de 14,2%, para R$ 1,467 bilhão. A geração de caixa medida pelo Ebitda média estimada, de R$ 170 milhões, corresponde à redução de 61,5%. As margens operacionais da PDG continuarão a ser afetadas por problemas de execução, na avaliação da BES Securities.
A Bradesco Corretora espera impacto de estouros de orçamento maiores que os previamente estimados para a PDG e para a Brookfield. A corretora diz não descartar uma nova rodada de capitalização para a Brookfield, com um acionista dando suporte à operação.
As projeções referentes à última linha do balanço da Brookfield Incorporações apontam desde prejuízo de R$ 94 milhões até lucro de R$ 39 milhões. No segundo trimestre do ano passado, a companhia teve lucro líquido de R$ 78,2 milhões. Conforme a média das estimativas, a receita líquida da Brookfield terá queda de 14,4% no trimestre, para R$ 753,75 milhões. As projeções para o Ebitda da companhia vão do indicador negativo de R$ 25 milhões ao positivo de R$ 122 milhões. O Ebitda da Brookfield foi de R$ 184,6 milhões no segundo trimestre de 2011.
Para a Gafisa, a maioria das projeções aponta prejuízo no trimestre, estimado de R$ 8 milhões a R$ 38 milhões, com exceção de uma instituição financeira, que prevê lucro de R$ 10 milhões. No segundo trimestre de 2011, ela obteve lucro de R$ 25,11 milhões. A média das projeções indica queda de 10,2% na receita da Gafisa, para R$ 935,5 milhões. O Ebitda cairá 36,5%, conforme a média das estimativas, para R$ 95,75 milhões.
Na a prévia operacional do trimestre, a Gafisa divulgou fortes quedas de lançamentos e vendas. Já a geração preliminar de R$ 150 milhões de caixa livre foi considerada positiva pelo mercado.
A Rossi Residencial deve apresentar lucro líquido de R$ 54,75 milhões no trimestre, conforme a média das estimativas, o que representa redução de 35,6%, ante o mesmo período do ano passado. A média das projeções aponta aumento de 4,5% na receita líquida, para R$ 786 milhões. Já a geração de caixa medida pelo Ebitda cairá 10,4%, para R$ 127,5 milhões, conforme a média das estimativas.
O Credit espera alta da margem Ebitda da Rossi como consequência dos cortes de despesas gerais e administrativas, e da continuidade do processo de racionalização das subsidiárias, além da venda de terrenos. A margem Ebitda projetada pelo Credit para a Rossi é de 19,9%, ante 17,4% no primeiro trimestre e de 18,9% no segundo trimestre de 2011. Por outro lado, pode haver estouros de custo.
A média das estimativas aponta queda de 22,4% no lucro líquido da MRV Engenharia, para R$ 147,25 milhões. As projeções indicam ponto médio de R$ 1,087 bilhão para a receita líquida, com alta de 10% ante o segundo trimestre do ano passado. No intervalo de abril a junho, a MRV aumentou lançamentos, mas teve queda de vendas.
O Ebitda da MRV deve apresentar queda de 13,3%, conforme a média das estimativas, para R$ 221,75 milhões. Uma das dúvidas do mercado é se a MRV conseguirá cumprir sua meta de margem Ebitda para o ano. Na comparação com o primeiro trimestre, quando os resultados da MRV desapontaram analistas e investidores, é esperada melhora. No segundo trimestre, a MRV registrou repasse recorde de unidades.
Na contramão das demais grandes incorporadoras, Cyrela deve apresentar aumento de 67% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 160 milhões, conforme a média das estimativas. O ponto médio das projeções de receita líquida aponta R$ 1,578 bilhão, com expansão de 14%. A média das estimativas indica crescimento de 98% no Ebitda, para R$ 279,5 milhões. A melhora dos resultados é esperada apesar de a companhia ter lançado menos e registrado queda de vendas no trimestre. A expectativa é que a Cyrela apresente continuidade da melhora gradual das margens, à medida que forem concluídos os projetos antigos, menos rentáveis. Os esforços da empresa para reduzir despesas gerais e administrativas devem começar a apresentar resultados, segundo a Bradesco Corretora.


Celpa pode elevar tarifa em 12,7% se ficar adimplente
Reuters 01.08.2012 - A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira o reajuste e a revisão tarifária da distribuidora paraense Celpa. Combinados, os ajustes podem elevar a tarifa das empresa em 12,7 por cento, em média, se a empresa ficar adimplente com obrigações setoriais.
A obtenção desse reajuste pode facilitar o processo de aquisição da atribulada empresa paraense pela Equatorial Energia, que condicionou o negócio a um aumento nas tarifas de 10 a 11 por cento.
O reajuste médio anual aprovado para 2012 foi de alta 10 por cento e a revisão tarifária relativa a 2011 resulta em um aumento de 2,73 por cento.
A revisão de 2011 da Celpa teve de ser calculada este ano porque a Aneel só definiu as regras do terceiro ciclo de revisão tarifária no fim do ano passado.
Os diretores da Aneel, porém, condicionaram a aplicação dos dois índices à quitação dos encargos setoriais hoje devidos pela empresa. A data-base para aplicação dos aumentos é o dia 7 de agosto.
O relator da revisão tarifária da Celpa, André Pepitone, disse acreditar porém que a empresa tem "grandes chances" de ficar adimplente antes do dia 7 para aplicar os novos índices.
A recuperação do status de adimplente pode ser facilitada porque, a Aneel inscreveu na Dívida Ativa da União os débitos referentes aos encargos (CCC, RGR, CDE e Proinfa), o que permite o parcelamento do montante em até 60 meses, disse o diretor.
Na prática, isso significa que, se a Celpa pagar a primeira parcela da dívida já configurará como adimplente para esses encargos. Restará, então, segundo Pepitone, equacionar as dívidas referentes ao suprimento de energia. A Aneel calcula a dívida total em cerca de 169,7 milhões, incluindo encargos setoriais, contratos bilaterais e leilões.
A revisão tarifária de 2,73 por cento ficou bem abaixo dos 6,7 por cento inicialmente propostos pela Aneel, no começo do processo, em maio.
Segundo Pepitone, a diminuição do índice ocorreu porque, ao longo da análise da revisão, constatou-se uma receita a maior de cerca de 109 milhões entre 2009 e 2010, que antes não havia sido levada em conta.


Lojas Colombo vai abrir oito unidades até setembro
Valor 01.08.2012 - A Lojas Colombo, rede de eletrodomésticos e móveis, vai abrir oito lojas num período de dois meses até a primeira quinzena de setembro no Rio Grande do Sul, no Paraná e em São Paulo, com investimentos de R$ 2 milhões. As inaugurações fazem parte do plano da rede de implantar 20 novas unidades em 2012 com aportes da ordem de R$ 9 milhões, o equivalente a uma expansão de 22%, em valores, sobre o ano passado. Em nota divulgada ontem, a varejista que apurou receita líquida consolidada de R$ 1,3 bilhão em 2011 informou que vai abrir três lojas em São Paulo em agosto, sendo uma em Dracena nesta quarta-feira e as demais até o fim do mês em Olímpia e Monte Mor. Há duas semanas já havia sido inaugurado um ponto de venda em Jundiaí.
O Rio Grande do Sul ganhará três novas unidades até setembro, em Santa Maria, Bagé e Canoas, e até o dia 15 de agosto também será inaugurada uma operação em Lapa (PR). Desde o início do ano a Colombo já abriu quatro unidades, mas fechou outras quatro que apresentavam baixo desempenho e manteve a rede com 320 lojas, sendo 146 no Rio Grande do Sul, 63 em São Paulo, 62 no Paraná, 46 em Santa Catarina e três em Minas Gerais.


Intercontinenal recebe queixa antitruste
Valor 01.08.2012 - O Intercontinental Hotels Group, a Expedia e uma unidade da Priceline.com receberam queixa antitruste enviada pela autoridade regulatória do Reino Unido por acordos que podem ter limitado os descontos nas reservas de quartos pela internet.
O Intercontinental, que opera o maior número de quartos de hotéis do mundo e controla as redes Holiday Inn e Crowne Plaza, pode ter feito acordos com a Booking.com, da Priceline, e a Expeditia, que restringiram a capacidade das duas empresas de reservas on-line de oferecer preços mais baixos quando as reservas de quartos são feitas separadamente das de voos e carros para alugar, de acordo com comunicado do Departamento de Comércio Justo (OFT, na sigla em inglês) do Reino Unido.
"A investigação deverá ter implicações mais amplas, já que potencialmente as supostas práticas são generalizadas no setor", informou o OFT, com sede em Londres. "O OFT limitou o alcance de sua investigação a um número pequeno de grandes empresas, com a ideia de conseguir um resultado rápido e efetivo".
O Intercontinental informou que seus acordos com os agentes on-line estavam em "conformidade com as leis de concorrência e [são] consistentes com a abordagem de longa data do setor hoteleiro mundial".
O OFT disse que os acordos da Intercontinental junto à Expedia se estenderam de outubro de 2007 até setembro de 2010 e que seus negócios com a Booking.com. começaram em janeiro de 2007 e prosseguiram. A declaração de objeções é a opinião provisória das autoridades reguladoras e as empresas podem apresentar defesas antes de o órgão tomar uma decisão definitiva sobre multas.
A Priceline, a maior agência de viagens on-line dos Estados Unidos por valor de mercado, disse que uma possível multa poderá alcançar até US$ 50 milhões e só poderá ser imposta a partir de 2013. A empresa disse que contestará energicamente as acusações do OFT e que não acredita ter incorrido no comportamento alegado no comunicado. Ela comprou a holandesa Booking.com em 2005. A Booking.com discorda das denúncias do OFT.


LLX lidera as maiores altas do Ibovespa no mês de julho
Brasil Econômico 01.08.2012 - O desempenho positivo foi impulsionado pelos rumores no mercado de que o empresário Eike Batista planejava fechar o capital da empresa na bolsa brasileira.
O último pregão de julho não foi positivo para o Ibovespa, que caiu 2%. No entanto, no mês, o índice acumulou alta de 3,21%, contra perda de 1,16% no ano.
Entre as maiores altas do principal índice da BM&FBovespa, as ações da LLX dispararam em julho, com valorização de 34,84%. Desde o início do mês, o desempenho positivo foi impulsionado pelos rumores no mercado de que o empresário Eike Batista planejava fechar o capital da empresa na bolsa brasileira.
Na segunda (30/7), o Eike anunciou que pagará até R$ 3,13 por ação da LLX, que deixará de ter ações negociadas no Ibovespa. No pregão de hoje, os papéis (LLXL3) tiveram acréscimo de 0,68%, vendidos a R$ 2,98.
Em seguida, as ações da Oi foram as mais compradas, e registraram avanço de 24,76% em julho. Segundo Paulo Esteves, analista da Gradual Investimentos, os papéis subiram, pois estavam atrasados. "Estavam com múltiplos descontados em relação à Telefônica Brasil e à Tim. Foi uma forte correção do mercado", explica.
No entanto, os ganhos foram limitados pela queda das ações OIBR3, de 2,51%, nesta terça-feira (31/7).
Outro destaque de alta foram as ações da Usiminas (USIM5), que finalizaram o mês de julho com acréscimo de 16,77%. Hoje, a valorização foi de 5,25%. Apesar de o balanço ter apontado prejuízo no segundo trimestre, os investidores ficaram bem animados com a recomendação de compra feita pelo Goldman Sachs.
Em relatório, Aloisio Villeth Lemos, analista da Ágora, afirma que o cenário a curto prazo é de cautela, mas na visão a longo prazo, a recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 13,00.
Baixas: Na outra ponta, os papéis da Eletropaulo foram os mais desvalorizados neste mês, com queda de 24,06%. No início de julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste tarifário da conta de energia, com redução de 2,26%.
"Com esta baixa, a empresa está revendo a política de dividendos, porque com a redução tarifária, a geração de caixa está caindo, penalizando as ações", aponta o analista de investimentos da Gradual Investimentos.
No mesmo sentido, os papéis da Tim apareceram na sequência de desvalorização, caindo 23,48% no mês. Para Paulo Esteves, a empresa foi fortemente atingida pela suspensão das vendas em 18 estados brasileiros e o Distrito Federal. "Os investidores saíram da Tim e foram para a Oi, que não foi tão penalizada", diz o analista. Hoje, a perda alcançou 5,62%.


Calote reduz ganho do ABC Brasil
Valor 01.08.2012 - O banco ABC Brasil, controlado pelo Arab Banking Corporation, teve um lucro líquido de R$ 55 milhões no segundo trimestre deste ano. Abatido pela escalada das provisões para devedores duvidosos, o resultado do banco caiu 8,59% na comparação com igual período de 2011. Em relação ao período de janeiro a março, a queda foi de 3,2%.
No segundo trimestre, o ABC Brasil gastou R$ 28,7 milhões com provisões, valor 20,8% maior que os R$ 23,7 milhões do primeiro trimestre de 2012 e 1.582,4% maior que os R$ 1,7 milhão gasto no segundo trimestre de 2011.
Em junho, o índice de inadimplência do ABC ficou em 0,52%, maior que o 0,15% registrado um ano atrás. Na comparação com março, houve estabilidade. Sérgio Lulia Jacob, vice-presidente do ABC Brasil, diz que a inadimplência cresceu de forma mais generalizada entre as médias empresas, enquanto entre as companhias com faturamento anual acima de R$ 250 milhões os atrasos têm sido mais pontuais.
Com o avanço dos calotes, o banco optou por colocar o pé no freio. O ABC Brasil reduziu a projeção de crescimento da carteira de crédito para este ano, de um intervalo de 18% a 22% para 17% a 21%. Essa revisão foi puxada pelas médias empresas. "Desaceleramos já no primeiro semestre, por isso o banco não vai bater a projeção inicial. Isso é consequência de um comitê de crédito mais seletivo", afirma Lulia.
A carteira de crédito expandida, que inclui empréstimos, garantias prestadas e títulos privados, atingiu saldo de R$ 14,9 bilhões no fim de junho, um crescimento de 8,9% no trimestre e de 19,8% em 12 meses. O segmento "corporate", de empresas com faturamento anual acima de R$ 250 milhões, teve crescimento de 10,5% no trimestre e de 21,4% em doze meses.


Carnes suína e de frango começam a subir
Valor 01.08.2012 - Depois de enfrentarem um primeiro semestre pressionados pelo excesso de oferta e pela frustrante demanda do mercado externo, os preços da carne de frango e suína começaram a reagir no atacado em resposta à disparada das cotações do milho e do farelo de soja, principais insumos para a produção de ração. A tendência, contudo, deve ser limitada pelo comportamento da carne bovina, que deve se manter em patamares baixos graças a maior disponibilidade de gado para abate.
 Em julho, o quilo da carcaça de frango no atacado em São Paulo subiu 1,4%, para R$ 2,84, segundo a Scot Consultoria. O salto foi ainda maior para a carne suína que, estimulada pelas medidas de apoio anunciadas pelo governo federal, avançou 7,4%, para R$ 3,59 o quilo. A recuperação em curso deve se sustentar ao menos nas próximas semanas, já que os produtores de frango e de suínos, notadamente os da região Sul, ainda trabalham com margens negativas. "O que estamos vendo é que o alto custo do milho e do farelo de soja impõe uma necessidade de puxar os preços. É um início de recuperação ", afirma Heloísa Xavier, analista da Jox Assessoria Agropecuária.
Conforme dados da Agroconsult, para um criador de suínos recuperar a relação de troca animal/ração aos níveis de 2011, a cotação da suíno vivo precisa subir 74%, para R$ 2,94 o quilo. Hoje, em muitas regiões do Brasil, o valor não passa dos R$ 2. Já para os criadores de frango atingirem o mesmo patamar, seria necessário uma valorização de 43% até R$ 2,57 o quilo. Em São Paulo, o preço médio do frango vivo foi de R$ 1,85 em julho, de acordo com a Scot Consultoria. "Não há como escapar da inflação", diz André Pessôa, da Agroconsult.
Para fazer frente à alta dos custos e escapar do prejuízo, os produtores de aves e suínos estão reduzindo o volume de produção. Entre janeiro e junho deste ano, em meio aos estoques elevados e a fraca demanda de exportações, os produtores de frango reduziram os alojamentos de pintos de corte em 1,8%, segundo César Castro Alves, da MB Agro. Com a alta dos custos de produção, provocada pela quebra das lavouras de milho e soja nos Estados Unidos, o ajuste de oferta será repetido em maior intensidade na segunda metade do ano.
"Quase todas as agroindústrias de aves já avisaram que devem reduzir em cerca de 10% de sua produção para evitar um estrago maior. Hoje, o custo de produção é de R$ 2,10 e o produto é vendido a R$ 1,90", afirma o presidente-executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra. "Essas medidas vão se refletir numa menor disponibilidade de carne", concorda Heloísa, da Jox Assessoria.
Com o ajuste de oferta, os preços devem chegar às gôndolas e influenciar os índices de inflação, que ainda não contabilizaram todos os impactos da alta da carne de frango e suína no atacado. Na passagem de junho para julho, o grupo alimentação do IPC, índice que compõe o IGP-M, da FGV-SP, avançou de 0,61% para 1,06%. Mas essa aceleração ainda não está ligada aos preços das carnes, e sim às péssimas condições climáticas para a produção de tomate e batata, que sofreram com a oferta reduzida nas últimas semanas. Os preços dessas hortaliças, contudo, já iniciaram uma trajetória de desaceleração e devem pesar menos sobre a inflação, ao contrário do movimento esperado para as carnes.
A pressão das carnes de frango e suína sobre a inflação, contudo, serão limitadas. Ainda que aumentem nas próximas semanas, as duas proteínas são historicamente influenciadas pelas oscilações de sua principal concorrente, a carne bovina, que por sua vez experimenta um cenário de oferta excepcionalmente favorável. Com a maior disponibilidade de animais para abate, os contratos de boi gordo na BMF&Bovespa para novembro apresentam uma curva descendente. Alves, da MB Agro, lembra que esses contratos eram negociados a R$ 104 a arroba em 22 de maio, recuaram para R$ 97 na semana passada. "O mercado trabalha com uma boa oferta para o ano. E nem os confinamentos, que dependem mais dos grãos, devem se reduzir muito", diz Maurício Nogueira, sócio-diretor da Bigma Consultoria. A mesma situação se reflete na produção de leite, que caminha para a fase final da entressafra.
Apesar da expectativa, a inflação preocupa o governo. "Se o cenário se mantiver da forma como está hoje, com certeza teremos um impacto significativo dos preços dos alimentos na inflação", disse uma fonte do Banco do Brasil. Segundo essa avaliação, a alta das cotações das commodities agrícolas devem puxar a inflação com alimentação no Brasil para cima neste ano e também no ano que vem.


Rhodia terá fábrica de butanol de cana no país
Valor 01.08.2012 - Kamel, executivo da Rhodia: "Estimamos que o mercado de butanol dobre nos próximos três anos".
A Rhodia, controlada pela belga Solvay, vai construir no Brasil sua primeira fábrica global de bio n-butanol, em parceria com a americana Cobalt. O produto, que será extraído do bagaço da cana-de-açúcar em um processo semelhante ao da produção de etanol de segunda geração, será utilizado em larga escala pela empresa na produção de solventes, voltados para o segmento de tintas para a indústria automobilística, disse Vincent Kamel, presidente da unidade global de negócios da Rhodia Coatis. As empresas não informam os aportes nesse negócio. O Valor apurou, contudo, que investimentos desse porte são estimados em até US$ 200 milhões.
Um memorando de entendimento entre as duas companhias foi assinado no fim do ano passado. Agora, as duas empresas vão colocar esse projeto em prática.
A execução será feita em duas etapas. Primeiro, a Rhodia e a Cobalt vão instalar uma unidade-demonstração para a produção de bio n-butanol em São Paulo. Essa minifábrica será instalada ao lado de uma usina de álcool. As empresas não divulgam o nome desse parceiro do setor sucroalcooleiro. As companhias vão utilizar o bagaço da cana dessa usina como matéria-prima. Traduzindo a terminologia: bio, de fonte renovável, e n-butanol, de butanol normal. Segundo Kamel, essa unidade-demonstração deverá começar a sua produção a partir de 2013. A segunda etapa prevê a construção de uma fábrica para a produção em escala industrial. Essa fábrica, que terá capacidade para até 100 mil toneladas do produto por ano, deverá iniciar a produção a partir de 2015.
O Brasil não é autossuficiente na produção de butanol, cuja demanda por ano é estimada em 50 mil toneladas, movimentando quase US$ 100 milhões. O país importa dois terços de sua necessidade anualmente. O butanol é produzido a partir de matérias-primas fósseis. O objetivo da Rhodia e Cobalt é obter o mesmo produto a partir de fontes renováveis.
"Estimamos que o mercado [de butanol] dobre nos próximos três anos", afirmou Kamel. De acordo com o executivo, além de ser utilizado para a fabricação de solventes para tintas automotivas, butanol é destinado à produção de resina acrílica, também voltada para esse mesmo mercado. Nos últimos anos, a Rhodia começou a fazer pesquisas a partir de recursos naturais para substituição de matérias-primas fósseis em seu processo de produção. Junto com a Cobalt, que detém a tecnologia de n-butanol, as companhias desenvolveram a rota tecnológica para viabilizar o bio n-butanol. Na prática, a produção de bio n-butanol segue um processo parecido ao do etanol de segunda geração. A partir dos açúcares extraídos do bagaço da cana, as companhias, por meio de sua tecnologia, conseguem produzir o butanol renovável. Essa mesma rota permite a produção do etanol utilizado como combustível. Kamel afirmou que interessa à Rhodia o biobutanol voltado para a indústria química. A intenção da companhia é replicar no futuro o conceito de biorrefinarias no mercado latino-americano. No Brasil, a Butamax, joint venture entre a DuPont e a petrolífera BP, anunciou a produção de do bio i-butanol, com tecnologia diferente da usada pela Rhodia e Cobalt, para a produção de biocombustível.


Justiça anula concessão de área ao Tecondi
Valor 01.08.2012 - A Justiça Federal de São Paulo anulou o contrato de arrendamento em que a Codesp concedeu à Tecondi (Terminal de Contêineres da Margem Direita) o direito de utilização de áreas do Porto de Santos. Em sua decisão, o juiz federal José Denílson Branco, titular da 1ª Vara Federal em Santos (SP), declarou a nulidade do contrato por conta da utilização de áreas não previstas no edital de licitação. A Justiça informou que, em 1997, a Codesp realizou licitação para recuperar uma área de 170 mil m2 no porto. A Tecondi venceu a disputa. Segundo a Justiça, a partir da assinatura do contrato e do acréscimo de termos aditivos, a empresa recebeu outras áreas em substituição às que foram originalmente arrendadas, ocasionando o favorecimento indevido e a modificação do objeto contratual.
O grupo EcoRodovias, que controla o Tecondi, e a Codesp vão recorrer da decisão. Em nota encaminhada ao Valor no início da noite, a EcoRodovias destacou que tomará as medidas necessárias para "assegurar a manutenção da suspensão dos efeitos das sentenças com a continuidade da prestação de serviços". A empresa pontuou ainda que buscará reverter a sentença "por meio dos recursos cabíveis, com reconhecimento da legalidade da licitação, bem como da transferência de áreas". Ainda segundo a EcoRodovias, constam das ações laudos técnicos que demonstraram a "ausência de prejuízo à administração pública e aos interesses sociais".


Embraport se prepara para operar até março
Valor 01.08.2012 - O holandês Ernst Schulze assumiu a presidência neste ano com a missão de acelerar a primeira fase do terminal de contêiner, que será um dos maiores do país.
A construção do terminal da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), na margem esquerda do porto de Santos, caminha para o fim do primeiro ciclo. Até dezembro, a instalação multiuso estará com a estrutura mínima necessária para começar a operar - serão 350 metros de cais, 50 mil metros² de retroárea e capacidade para movimentar até 700 mil Teus (contêineres de 20 pés). Quando totalmente implantando, o empreendimento terá a maior capacidade combinada do Brasil para contêineres e líquidos.
O início das operações de carga, porém, só ocorrerá no primeiro trimestre de 2013, prazo necessário para serem feitos os testes dos equipamentos e obtenção da licença de operação, informa o novo presidente da empresa, Ernst Schulze, em entrevista exclusiva ao Valor.
O executivo, de origem holandesa, foi indicado pelo grupo DP World, sócio da Odebrecht TransPort e do grupo Coimex na companhia. Sediada em Dubai, nos Emirados Árabes, a DP World é uma das maiores operadoras mundiais de terminais de contêineres. São 60 unidades em funcionamento no mundo e outras 11 em construção, entre as quais a do complexo santista.
O terminal em Santos é o primeiro ativo da Embraport. "Nosso maior objetivo, agora, é estruturá-lo", afirmou Schulze ao responder sobre a possibilidade de a empresa desenvolver projetos em outras regiões.
Schulze é especialista em operar projetos novos. Com 25 anos de experiência em portos e logística, acumula passagens pelo setor na Europa e Ásia. Substituiu recentemente Francisco Nuno Neves, que deixou a vaga para ser o principal executivo da Haztec, empresa especializada em soluções ambientais.
A Embraport entrará em operação ao mesmo tempo que o BTP, outro terminal em construção em Santos. Juntos, dobrarão a capacidade do porto para contêineres, hoje limitada em cerca de 3,1 milhões de Teus por ano - quase sem folga para o volume realizado em 2011, que bateu em 3 milhões de unidades.
Mas Schulze não teme ociosidade de oferta com os dois novos entrantes. "Vejo três aspectos: demanda natural crescente; atração de cargas para Santos devido à equalização da alíquota de ICMS entre Estados; e mercado potencial que ainda não se materializou porque a capacidade é limitada", lista ele, sem arriscar um volume potencial adicional.
Soma-se a isso o momento de dificuldade por que passa a indústria mundial da navegação de longo curso, com a queda do consumo na Europa e a lenta recuperação americana. "As únicas formas de os armadores fazerem lucro é reduzindo os custos ou apostando na consolidação dos serviços", afirma. Em vez de irem a vários portos, as companhias passam a escalar apenas os maiores da região, de onde a carga é distribuída por linhas menores, as alimentadoras. Ao diminuir o número de portos, o armador tende a aumentar o tamanho do navio para não perder mercado. "Vamos ver mais volumes chegando em razão da maior capacidade em Santos", aposta.
A estrutura com que a Embraport encerrará o ano constitui a primeira etapa da primeira fase do empreendimento. A construção do terminal está dividida em duas etapas. Pelo cronograma, a primeira delas termina em outubro de 2013, quando a instalação terá potencial de movimentar 1,2 milhão de Teus e 2 bilhões de litros de líquidos. A segunda fase ampliará a capacidade de contêineres para 2 milhões de Teus, mas ainda sem data prevista para começar. "Ao longo de 2013 vamos analisar e tomar a decisão. Imagino que levaremos de dois a três anos até iniciá-la", comenta Schulze.
O investimento total do empreendimento é de R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão para a primeira fase. Desse total, R$ 1,4 bilhão é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com 45% e 55%, respectivamente.
A chegada do executivo ocorre no momento em que o foco do empreendimento recai sobre as áreas de serviços, tecnologia e operações com a proximidade da inauguração do terminal. Ao longo deste ano estão sendo investidos R$ 260 milhões em equipamentos, tecnologias de informação e de segurança.
Na primeira leva de aquisições, estão seis guindastes para movimentar contêiner entre o cais e o navio. A lança do equipamento consegue alcançar a extremidade de embarcações que transportam até 8.500 Teus - e ainda não escalam Santos - operando simultaneamente dois contêineres de 20 pés ou um de 40 pés. Popularmente conhecidos como portêineres, foram fabricados na China e serão entregues a partir de dezembro. A meta de produtividade é que cada portêiner faça em média de 25 a 30 movimentos por hora. Dependendo da configuração, a embarcação pode ser operada por até seis deles.
A Embraport é a primeira sociedade entre a DP World e o grupo Odebrecht, mas não a primeira parceria. A companhia brasileira já havia construído terminais para a DP World em Djibouti (África) e Callao (Peru).
A instalação da Embraport é alvo de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) e de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). O terminal foi aprovado como privativo de uso misto, mas deverá operar como de uso público. Pelo arcabouço legal atual, os privativos de uso misto são dispensados de licitação porque são destinados a operar principalmente carga própria. Já os de uso público são prestadores de serviços, com finalidade de movimentar cargas de terceiros (caso de contêineres). Por isso, têm de passar pelo crivo da concorrência.
O pedido de autorização da Embraport à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) foi feito em outubro de 2005, um mês antes de a Antaq impor restrição aos privativos, condicionando que eles tinham de ter carga própria que "justificasse" o empreendimento. Em nota, a empresa diz que a resolução da Antaq "é posterior à autorização". E que tanto a Secretaria de Portos (SEP) como a Antaq já se manifestaram sobre a questão. "Com base no princípio da segurança jurídica e a proteção constitucional ao direito adquirido, reconheceram a impossibilidade jurídica de se aplicar as exigências supervenientes trazidas pela resolução [nº 517] à Embraport".
"Temos todas as licenças. E esse país precisa de investimento. A Embraport se encaixa perfeitamente naquilo que o país precisa de investimento", comenta o novo presidente do terminal.


Mitsubishi vai instalar subsidiária de automação industrial no Brasil
Valor 01.08.2012 - A Mitsubishi Electric vai instalar uma nova subsidiária no Brasil, em São Paulo, para fortalecer suas operações locais no ramo de controle numérico computadorizado (CNC, na sigla em inglês). A nova companhia se chamará Melco CNC e terá como meta atingir vendas anuais de US$ 25 milhões até 2016.
Segundo a empresa, para expandir o negócio rapidamente e aproveitar o momento de demanda crescente por esse tipo de serviço no Brasil, a Melco deverá firmar uma parceria local com a Automotion, uma companhia com 20 anos de atuação nesse mercado. De acordo com a Mitsubishi, a unidade brasileira da Melco funcionará como referência de suas operações na América do Sul, como parte da estratégia de rede global de serviços.Em comunicado divulgado na noite desta terça-feira, a empresa japonesa cita eventos esportivos de grande porte, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, como acontecimentos que deverão alavancar a economia e gerar mais oportunidades no segmento de máquinas.


Carga tributária paulista
Brasil Econômico 01.08.2012 - Na semana passada, o Governo do Estado de São Paulo anunciou os novos valores das Margens de Valor Agregado (MVAs) — para materiais de construção e congêneres, medida que entra em vigor a partir de hoje. A medida aumenta a tributação para 50 mil produtos do setor. Como representante do segmento, por meio da Anamaco, temos buscado o diálogo junto ao governo para simplificar esse processo, juntamente com outras entidades setoriais e, justamente por isso, conseguimos rever algumas MVAs, porém o nosso maior pleito, que é o agrupamento, ainda não foi alcançado.
Um sistema de tributação mais simples (e aqui não me refiro apenas ao ICMS) é, sem dúvida, ponto decisivo para a economia do país. Além de incentivar o setor produtivo, ele promoveria o emprego formal, fomentaria o consumo, elevaria a renda dos trabalhadores formais, diminuiria a sonegação fiscal combatendo a informalidade.
Estima-se que, apenas no ano de 2011, a economia informal representou 16,8% do PIB, ou R$ 695,7 bilhões, de acordo com o Índice de Economia Subterrânea. Com a desaceleração da economia e possível redução do PIB para 2012, estamos numa época importante para repensarmos as medidas que travam o crescimento do país, e a carga tributária, sem dúvida, é uma das questões protagonistas neste cenário. Não podemos nos esquecer de que o Estado depende essencialmente da tributação, mas ela deve estar em sintonia com outros fatores da atividade econômica. E aqui em nosso país, além da alta carga tributária, que chega a 36% do nosso PIB, ainda temos uma alta complexidade para o pagamento dos impostos - caso dos MVAs do ICMS - além de uma extrema rigidez legislativa para as empresas que trabalham na legalidade.
O fato é que os inúmeros valores para o cálculo dos impostos acabam confundindo os varejistas de material de construção. Muitos erros acabam acontecendo por conta dessa complexidade e não porque estas empresas, que atuam na legalidade, estejam sonegando. No entanto, multas e punições pesadas sobrecaem sobre elas o que, muitas vezes, acaba comprometendo o próprio negócio.
Por isso, nosso intuito é o de criar apenas poucas MVAs, no máximo quatro, o que facilitaria a vida especialmente dos pequenos empresários e até ajudaria o governo a minimizar erros e aumentar a efetiva arrecadação. No entanto, o que vimos na semana passada, foi apenas o aumento das alíquotas.
Vivemos no país dos impostos. Para se ter uma ideia, num estudo produzido pelo Banco Mundial, ainda em 2008, uma empresa padrão brasileira gastava em média 2.600 horas no ano apenas para pagar seus impostos básicos.
Na Venezuela, gastavam-se 864 horas; na Suíça, 63 e nos Emirados Árabes, apenas 12 horas. E todo esse tempo perdido, é produto da complexidade de nossa legislação tributária, que entre os anos de 1988 e 2005, teve mais de 3,4 milhões de normas editadas.
Parece brincadeira, mas este é o drama de milhares e milhares de empresários brasileiros. Até quando teremos de fazer tantos esforços para cumprir com nossa obrigação fiscal? Pelo visto, ainda teremos um longo caminho pela frente.


Frete vai subir até 30% com norma para caminhões
Brasil Econômico 01.08.2012 - Custo do transporte rodoviário, principal modal do país, equivale a 4,6% do faturamento das empresas.
Aumento chegará a preços de praticamente todos os produtos e deve agregar 0,8% à inflação anual.
As novas normas para a profissão de motorista, que foram estabelecidas pela Lei 12.619/2012 e estão provocando a revolta dos caminhoneiros autônomos, vão elevar os custos de frete no país.
Cálculo do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) indica que, em rotas de 3.000 km, equivalente à viagem de São Paulo a Belém, o impacto será de 30%. Nessa rota, são transportados alimentos, bens de consumo e produtos da Zona Franca, como motos.
Em trechos menores, o efeito será inferior: 21% para percursos de 1.500 km, como a viagem do Centro-Oeste ao porto de Santos, que leva a produção agrícola para exportação.
A Associação Nacional dos Transportes de Carga (ANTC) tem estimativa similar para a variação no preço do frete: entre 25% e 40% dependendo da rota, do equipamento de transporte e da carga.
Hoje, o preço do frete no país está na casa de US$ 123 por 1.000 tkm (toneladas por km), um dos menores do mundo, de acordo com Lima.
Alguns agricultores, porém, discordam: esse patamar é um dos mais caros do planeta, diz Edeon Vaz Ferreira, coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, entidade ligada aos produtores de soja e milho do Mato Grosso do Sul.
"De Sorriso (MS) ao porto de Paranaguá (PR), o frete fica em US$ 120 por tonelada, um dos mais altos do globo. O dono de caminhão vai ter de repassar o custo da menor produtividade e nós teremos que repassar também."
Peso na inflação: Como a maior parte (65,64%) da carga movimentada no país circula por rodovias, a elevação de custos chegará a praticamente todos os produtos, com alta média de 0,56%, que representa 0,8% na inflação anual, estima Maurício Lima, diretor de capacitação do Ilos, que levará os dados ao Fórum Internacional de Logística, de 20 a 22 de agosto, no Rio.
"Mas, com planejamento, as empresas podem mitigar o incremento de custos", diz. "Usando dois motoristas em distâncias longas, podem limitar a 6%."
O reajuste no transporte de cargas acabará pressionando o preço de produtos, principalmente de alimentos.
Críticas: Publicada em maio, a Lei 12.619/2012 normatiza a atuação dos profissionais do setor. O principal ponto é a limitação à jornada de trabalho dos caminhoneiros, que chegava a 90 horas semanais e agora não pode passar de 56, incluindo as horas extra.
As restrições sofrem críticas, principalmente, dos motoristas autônomos, cerca de metade da categoria, que soma aproximadamente dois milhões de pessoas no Brasil. Eles temem a redução nos ganhos devido à limitação na jornada e, por isso, querem que a lei seja revogada.
A categoria também quer derrubar a resolução 3.056/2009 da da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de acordo com a qual basta às empresas se registrarem na agência para atuar no setor, mesmo que a companhia não seja originária do ramo de transporte.
Também querem revogar a resolução 3.658/2011, que regulamenta seu pagamento. Antes livre, feito por depósito, com cheque ou dinheiro, agora, tem de ser feito por meio eletrônico.
A ANTC, por sua vez, avalia que a restrição à jornada de trabalho é positiva, pois tende a aumentar a qualidade de vida dos caminhoneiros e a evitar acidentes - é sabido que, para aguentar até 20 horas ao volante, muitos motoristas apelam a drogas.
Porém, diz ele, o governo não dá condições ao cumprimento da norma, pois falta infraestrutura para permitir aos motoristas que descansem. "A pressão do movimento deveria ser para ações do governo no sentido de melhorar a infraestrutura."
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) faz críticas mais duras à mobilização dos caminhoneiros autônomos. "É um movimento de baderneiros e vândalos", diz o diretor de transportes de cargas, Flávio Benatti.
Para ele, a greve não tem pauta concreta de reivindicação e está ganhando espaço à custa de violência. Os grevistas querem o retorno a um estágio de desregulamentação, que coloca em risco a vida de pessoas nas estradas. "A lei contou com várias audiências públicas e o líder dessa greve não participou de nenhuma."
Ele admite que o tempo para a adaptação do setor às novas normas legislativas foi exíguo, mas o que não seria justificativa para o movimento.
Ele diz que a legislação não deve ser extinta, como querem os grevistas, mas sim ganhar complementos que dificultam a sua implementação, como a aprovação de um texto, retirado do projeto original, que obriga o governo a montar pontos de parada a cada 200 km de rodovias.


Indústria volta a liderar a atração de capital externo
Valor 01.08.2012 - Com perda de produtividade e desempenho medíocre nos últimos dois anos, a indústria brasileira ainda assim reconquistou a preferência dos investidores estrangeiros, que andava recaindo sobre o setor de serviços. No primeiro semestre, o ingresso de investimentos estrangeiros diretos para aquisições de participação no capital de empresas industriais foi de US$ 12,9 bilhões, com aumento de 33%.
O capital estrangeiro na indústria está seguindo a trilha do consumo doméstico, que continua forte e com crescimento superior ao da demanda dos países desenvolvidos da Europa e Estados Unidos. Depois da metalurgia, são os setores alimentício e farmacêutico que receberam mais aportes externos ou foram alvos diretos de fusões e aquisições. Esse mercado de compras esteve bastante aquecido no período e o movimento foi puxado pelos investidores externos, que participaram de mais da metade (225) das 433 operações registradas pela consultoria KPMG.
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O mercado interno é um dos grandes atrativos. Ao adquirir a brasileira Yoki por R$ 1,75 bilhão em maio, a multinacional americana General Mills apontou que o Brasil é "uma das economias que crescem mais rápido ao redor do mundo", onde "o consumo doméstico se tornou um importante motor de crescimento".
Os segmentos mais expostos à concorrência dos importados e com crescentes custos de produção, como produtos químicos e derivados de petróleo, já não atraem tanto o capital estrangeiro. No primeiro semestre de 2010, quando a indústria de transformação se recuperava fortemente, 70% do investimento produtivo foi para esses setores. No mesmo período deste ano, a fatia se reduziu a 8%.
Para André Biancareli, professor da Unicamp, o investidor estrangeiro está menos pessimista com o mercado doméstico nacional do que o empresário brasileiro, e por isso investe em setores que podem se beneficiar da maior demanda. "Montar uma fábrica ou adquirir participações em empresas nacionais são decisões que dependem de um cenário de médio e longo prazo, e nesse caso a perspectiva é de crescimento ainda razoável do mercado interno". Essa avaliação se apoia na expectativa de aumento da renda e manutenção do baixo nível de desemprego.


CHS compra empresa brasileira Atman
Estadão 01.08.2012 - Com a aquisição, a companhia norte-americana quer expandir o negócio de grãos e implementos na América do Sul. A companhia norte-americana de energia, grãos e alimentos CHS anunciou nesta quarta-feira a aquisição da empresa brasileira Atman, de compra e venda de grãos e insumos, sediada em Goiânia (GO). A compra foi executada através da unidade brasileira da CHS. "Estamos expandindo progressivamente o negócio de grãos e implementos na América do Sul. A integração da Atman ao grupo CHS deve acelerar nosso crescimento", disse o vice-presidente sênior da CHS América do Sul, Stefano Rettore.
A aquisição da Atman é mais uma da série de investimentos anunciados pela empresa nos últimos seis meses. Em maio, a CHS anunciou a compra de 25% da companhia de logística brasileira TCN e assinou um acordo de longo prazo com a empresa, garantindo acesso ao terminal de exportações do Porto do Itaqui, em São Luís, no Maranhão. Em julho, a CHS adquiriu 50% da Andali, fornecedora de serviços de mistura e armazenamento de fertilizantes em Paranaguá (PA).


Alpargatas faz oferta para fechar capital de subsidiária na Argentina
Valor 01.08.2012 - A Alpargatas, empresa controlada pela holding Camargo Correa, deu hoje o último passo para fechar o capital na Argentina da sua subsidiária homônima. A controladora brasileira já detém 96,4% do capital e para adquirir os 3,6% restantes lançou uma oferta pública pagando 8,14 pesos argentinos por ação, segundo informou o órgão regulador do mercado de capitais no país. A operação, que ficará a cargo do HSBC, deverá envolver montantes em torno do equivalente a US$ 5 milhões.
A empresa produtora de calçados e têxteis é uma das mais antigas no parque fabril argentino, tendo sido constituída em 1885. Este ano, apresentou retração em suas vendas na Argentina, que recuaram de US$ 63 milhões no primeiro trimestre de 2011 para US$ 61 milhões no último balanço trimestral da empresa, divulgado em maio. O lucro líquido na comparação entre os períodos recuou de US$ 2,6 milhões para US$ 785 mil no exercício.
Segundo o relatório da Alpargatas, a desaceleração econômica na Argentina fez com que os comerciantes de indumentária esportiva e calçados passassem a trabalhar com estoques cada vez mais reduzidos. A Alpargatas fez, nos últimos meses, diversos cortes de produção e jornadas em suas fábricas na Argentina. Segundo o último balanço trimestral da empresa, a produção de calçados da companhia no país caiu de 2,1 milhões de pares para 1,573 milhão na comparação anual; e a produção de tecido recuou de 4,1 milhões de metros para 3,9 milhões.


DNPM reduz cobrança à Vale em R$600 mi, para R$4 bi, diz fonte
Reuters 01.08.2012 - O Departamento Nacional de Produção Mineral reduziu o valor que considera devido pela Vale em royalties em 600 milhões de reais, após a mineradora apresentar novos documentos e com um consenso parcial sobre o que deverá ser a base de cálculo da taxa, afirmou uma fonte graduada do DNPM.
Executivos da empresa disseram na quinta-feira passada que o DNPM havia reduzido a base de cálculo dos royalties, mas não informaram valores nem o que havia sido descontado em meio à disputa.
Com a dedução, feita a partir de documentos apresentados recentemente pela mineradora ao DNPM, o valor requerido pelo órgão governamental passou a ser da ordem de 4 bilhões de reais, disse à Reuters a fonte, que pediu para não ser identificada. Mas a mineradora contesta que a cifra esteja definida e diz que as negociações ainda levarão alguns meses.
A mineradora discute, entre outras cobranças, um valor de 400 milhões de reais relativos ao minério de Carajás exportado pela Vale, de maneira semelhante ao questionamento da tributação de Imposto de Renda sobre lucros de suas coligadas fora do País, em disputa judicial com a Fazenda da ordem de 30 bilhões de reais.
O DNPM argumenta que a base de cálculo do royalty cobrado no exterior deve ser feita a partir do valor final do produto, disse a fonte, que pediu para não ser identificada. Mas a Vale apresenta como base de incidência valores comercializados para ela mesma, a Vale Internacional, diz a fonte.
A fonte não soube dizer se há outras divergências que poderiam reduzir ainda mais o valor cobrado pelo DNPM.
A discussão sobre os royalties é acompanhada de perto mercado e investidores, preocupados com o caixa da companhia a partir da execução dos valores.
Às 14h55, a ação da Vale operava em alta de 1,1 por cento, enquanto o Ibovespa subia 0,8 por cento.
Segundo fonte do DNPM, do total requerido pelo órgão, 2,3 bilhões de reais referem-se a minério de ferro e operações no Sistema Sul da mineradora, entre 1991 e 2007. Outros 1,7 bilhão de reais tratam da cobrança de royalties sobre a produção do sistema Norte. Os números consideram correção monetária e foram atualizados em junho.
Sem acordo:"A Vale avisou desde o início das discussões que não pagaria a quantia relacionada a operações no exterior; este era um assunto já esperado", contou o representante do DNPM ao detalhar as negociações com a maior produtora de minério de ferro do mundo.
O centro da disputa com o DNPM é a base de cálculo da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), royalty que incide sobre o faturamento das mineradoras.
O governo cobra descontos realizados pela empresa no recolhimento do royalty ao longo das últimas décadas, como gastos com transporte e seguro, entre outros valores decorrentes de divergências provocadas pela lei do setor, cheia de brechas.
A pedido da presidente Dilma Rousseff, um grupo de trabalho entre as duas partes foi criado em meados do ano passado para resolver a questão, e as discussões conceituais sobre o que deve ser cobrado foram concluídas, como disseram executivos da empresa após a Reuters antecipar a informação
12 mil notas: A partir do grupo de trabalho, a Vale conseguiu apresentar notas fiscais que não haviam sido mostradas antes, provando que parte do minério de ferro que utilizou no seu Sistema Sul foi comprada de terceiros e não extraída de minas próprias, o que levou o DNPM a excluir o montante da base de cálculo da CFEM. Royalties são cobrados sobre a produção e não sobre a compra de minério de ferro.
"Não houve um erro nosso. Eles localizaram e nos apresentaram 12 mil notas fiscais", disse a fonte, que participou ativamente do grupo de trabalho. "Por isso houve essa revisão, porque a Vale apresentou documentos novos que nunca haviam sido apresentados."
A Vale teve problemas com a documentação. Uma empresa responsável pela organização dos documentos da Vale entrou em concordata, prejudicando a mineradora na apresentação de seus argumentos.


Caixa anuncia crédito para indústria naval e cadeia produtiva
MonitorMercantil 01.08.2012 - A Caixa Econômica Federal vai anunciar, nesta quarta-feira, novidades para a indústria naval e cadeia produtiva, de acordo com o Programa Caixa Melhor Crédito. O anúncio será feito às 15h, durante uma coletiva com a imprensa, no evento Navalshore 2012, que será realizado no Centro de Convenções Sul América, Centro do Rio. A Caixa também fará um balanço de sua atuação no crédito para o setor de petróleo e gás. O superintendente em exercício para o segmento de petróleo, gás e indústria naval, Antonio Gil Padilha Bernardes Silveira, vai participar da coletiva.


Petrobras tem interesse em PDVSA como sócia em refinaria, afirma Graça
Valor 01.08.2012 - A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou hoje que a companhia tem interesse em ter a PDVSA como sócia na Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, também conhecida como refinaria Abreu Lima. Segundo ela, porém, ainda não há nada acertado com a estatal venezuelana, que ainda precisa apresentar as garantias financeiras para obter o financiamento do BNDES para o empreendimento.
"A Rnest foi concebida para ser assim (em parceria com PDVSA). Temos interesse em ter a PDVSA como sócia. Mas vai ter muita conversa. Ainda não começamos a discutir valores e como seria a entrada deles. Não está fechada a questão das garantias. Seria colocar a carroça na frente dos bois", disse a executiva, após participar de palestra no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio de Janeiro.
Ontem, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, afirmou em Brasilia que a PDVSA participará do projeto.
O empreendimento está orçado em US$ 20,1 bilhões. O empréstimo do BNDES é de US$ 10 bilhões, sendo US$ 6 bilhões para a Petrobras e US$ 4 bilhões para a PDVSA. A estatal venezuelana ainda precisa apresentar garantias financeiras para ter acesso a sua parcela do empréstimo.
"A paciência da Petrobras (com a PDVSA) não tem por que acabar. A gente tem que fazer um bom negócio. Enquanto parecer ser um bom negócio, a Petrobras tem que permanecer paciente", afirmou Graça.
Segundo ela, a Rnest possui 60,5% das atividades físicas concluídas. O primeiro trem de refino está previsto para 2014.
Graça afirmou também que a Petrobras vai avaliar a possibilidade de importar combustíveis da Venezuela. A proposta foi levantada ontem pelo presidente Hugo Chavez, em visita ao Brasil.
"É uma possibilidade que temos que avaliar. Foi apresentada e vamos avaliá-la", afirmou a executiva.
Durante apresentação do plano estratégico da companhia para o período 2012-2016, Graça Foster ressaltou que 15% do total de derivados de petróleo consumidos no Brasil no primeiro semestre tiveram que ser importados.


Hering chega a Roraima
Brasil Econômico 01.08.2012 - A empresa de Fábio Hering alcança a marca de 464 lojas instaladas em todos os estados brasileiros.
A empresa leva às prateleiras de Roraima peças da coleção primavera 2012, marcada por referências ao continente africano e o urbanismo.
A Hering, uma das maiores redes de vestuário do país, acabou de inaugurar a sua primeira loja no estado de Roraima, na capital Boa Vista. Com essa unidade, a empresa, de Fábio Hering, alcança a marca de 464 lojas instaladas em todos os estados brasileiros.
A empresa leva às prateleiras de Roraima peças da coleção primavera 2012, marcada por referências ao continente africano e o urbanismo.
Não é de hoje que a rede varejista sonha em ter a bandeira fincada em todo o território nacional.
A sua primeira investida no Norte, região considerada mais inóspita para as empresas acostumadas à infraestrutura das regiões Sul e Sudeste do país, foi em 1998, com a inauguração de uma loja em Belém, no Pará. Hoje, a Hering conta 14 unidades no Norte, 50 no Nordeste, 296 no Sudeste, 72 no Sul e 32 no Centro-Oeste.
A rede vem crescendo nos últimos anos fundamentada em peças de vestuário com informações de modas, deixando de lado o foco na produção de linhas de roupas básicas.


Tecnologia de ponta nos Jogos dá maior segurança ao atleta
Brasil Econômico 01.08.2012 - Largadas do atletismo serão monitoradas por sistema que avisará imediatamente sobre a saída antecipada de algum competidor.
Empresas investem na criação de sistemas que evitem erros de arbitragem e facilitem vida dos competidores.
Na sexta-feira, quando for dada a largada das competições de atletismo nas Olimpíadas, os responsáveis pela realização das provas terão ao seu dispor os métodos mais precisos já usados até então nos Jogos para impedir que algum competidor mais apressado dispare antes da autorização.
Ou, como é dito popularmente, queime a largada.
Para atingir o objetivo, a tecnologia, desenvolvida pela Ômega, mede a pressão feita pelos pés dos atletas sobre os apoios colocados no início de cada competição.
A novidade faz parte de uma ampla lista de tecnologias que foram desenvolvidas nos últimos tempos e serão testadas pela primeira vez nas Olimpíadas deste ano. A maioria delas é pensada para corroborar as decisões dos árbitros, como cronômetros específicos ou até mesmo uma roupa que aponta a localização de cada golpe dado no tae-kwon-do.
"Isso dá maior segurança ao atleta, que sabe que competirá nas condições mais justas possíveis", afirma Irineu Loturco, diretor técnico do Núcleo de Alto Rendimento, entidade de apoio a atletas profissionais mantida pelo Grupo Pão de Açúcar.
No passado, eram as novidades apresentadas pelas fabricantes de calçados e roupas, como Adidas e Nike, que mais chamavam atenção. Hoje, uniformes cada vez mais leves e com menor retenção de suor se tornaram padrão e é difícil encontrar algo realmente novo na área.
"O problema é que agora existem maiores restrições para a evolução das roupas, porque algo com uma tecnologia muito avançada pode favorecer de forma desleal um ou outro atleta", afirma Loturco.
Para ele, as tecnologias são uma importante aliada também fora dos ginásios. "Conseguimos desenvolver treinamentos muito mais específicos para cada atleta, graças aos sistemas que nos mostram defeitos e potencialidades de cada um", diz.
Rumo ao varejo: O torcedor mais adepto às práticas esportivas não precisará esperar muito para ter os novos produtos em mãos. Assim como ocorre tradicionalmente com as fabricantes de roupas e calçados, que todo ano levam rapidamente as novidades ao varejo, os equipamentos mais tecnológicos têm chegado cada vez mais rápido aos consumidores.
É o caso dos câmbios elétricos para bicicletas desenvolvidos pela Shimano. "Desenvolvemos uma versão para o ciclista amador", afirma Luiz Talaro, especialista técnico da Shimano no Brasil.


Importações batem recorde no primeiro semestre
Estadão 01.08.2012 - Balança comercial brasileira acumula superávit nos seis primeiros meses do ano, mas resultado tem queda de 38,2% na comparação com o mesmo período de 2011.
A balança comercial brasileira acumula um superávit de US$ 9,949 bilhões de janeiro a julho deste ano, o que representa uma queda de 38,2% em relação ao mesmo período de 2011. As exportações somam no ano US$ 138,219 bilhões, com média diária de US$ 940,3 milhões. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas externas tiveram uma queda de 1,7% em valores absolutos em relação aos sete primeiros meses de 2011 e de 3% pela média diária.
Nas importações, o valor registrado no acumulado de 2012 é de US$ 128,270 bilhões, recorde histórico para o período. O aumento foi de 3,1% em relação ao período de janeiro a julho de 2011. A média diária das importações do ano está em US$ 872,6 milhões, o que significa uma alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
No período, as importações de combustíveis e lubrificantes subiram 11,4% e as de bens de capital, 3,1%, em relação ao mesmo período de 2011. As importações de bens de consumo aumentaram 1,7%, mas as compras brasileiras no mercado externo de matérias-primas e intermediários caíram 2,3% no mesmo período de comparação.
Exportações em queda: As exportações brasileiras registraram queda nas três categorias de produtos de janeiro a julho deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2011, as vendas externas de manufaturados caíram 2% e as de produtos básicos, 2,9%. A retração nas exportações de semimanufaturados no acumulado de 2012 foi ainda maior: 7,5%.
As vendas brasileiras caíram 18,4% para a Argentina e 7% para a Europa. Por outro lado, as exportações do Brasil para os Estados Unidos cresceram 14,4% de janeiro a julho quando comparado com os sete primeiros meses de 2011.
Balança de julho: A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 2,879 bilhões em julho, resultado de exportações de US$ 21,005 bilhões e importações de US$ 18,126 bilhões. O saldo comercial é 8,3% menor que o de julho de 2011, quando somou US$ 3,138 bilhões.
Nas exportações, a média diária foi de US$ 954,8 milhões, o que representa uma queda de 9,9% em relação a julho do ano passado. A média diária das importações foi de US$ 823,9 milhões, uma queda de 9,5% ante julho de 2011.
Na quarta semana de julho (de 23 a 29), o superávit da balança somou US$ 1,103 bilhão, com exportações de US$ 5,017 bilhões e importações de US$ 3,914 bilhões. Na quinta semana, com apenas dois dias úteis (30 e 31), o superávit foi de US$ 306 milhões, com exportações de US$ 1,759 bilhão e importações de US$ 1,453 bilhão.


Demanda por voos no País cresce 7% no primeiro semestre
Estadão 01.08.2012 - Empresas de menor porte, como a Azul e a Avianca, tiveram as maiores expansões; TAM e Gol perderam mercado.
A demanda doméstica do transporte aéreo de passageiros cresceu 11% em junho de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A demanda acumulada nos seis primeiros meses de 2012 apresentou crescimento de 7% em relação a 2011.
Entre as principais aéreas do País, a Avianca e Trip tiveram as maiores taxas de crescimento da demanda em junho, da ordem de 88% e 58,83%, respectivamente, enquanto TAM registrou aumento de 9,47% e a Gol redução de 0,85% no mesmo período.
A participação das empresas de menor porte no mercado doméstico cresceu no primeiro semestre de 2012, passando de 19,77% para 26,22%. Na comparação de junho de 2011 com junho de 2012, a participação dessas companhias subiu de 21,09% para 25,83%. A fatia da Azul aumentou de 8,56% para 10,17%, enquanto a da Avianca saltou de 2,95% para 4,98%.
TAM e Gol lideraram o mercado doméstico em junho de 2012, com 41,05% e 33,12%, respectivamente. A soma do market share das líderes em junho de 2012 (74,17%) registrou decréscimo em relação ao mesmo mês de 2011, quando essas empresas juntas tinham 78,91%.
A oferta no mercado doméstico apresentou crescimento de 4,3% em junho deste ano em relação ao mesmo mês de 2011. No acumulado dos primeiros seis meses do ano, o crescimento foi de 8,46% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. De acordo com a Anac, o resultado de junho de 2012 representou o maior nível de oferta e de demanda do transporte aéreo doméstico para o mês desde o início da série, em 2000.
A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros foi de 72,63% em junho de 2012, contra 68,06% em junho de 2011. No acumulado dos primeiros seis meses de 2012, houve uma diminuição de 1% na taxa de ocupação quando comparada ao mesmo período de 2011. As maiores taxas de ocupação em junho de 2012 foram alcançadas por Azul e Avianca, com 79,07% e 76,96%, respectivamente.
Voos internacionais. A demanda do transporte aéreo internacional de passageiros cresceu 3,11% em junho de 2012 em relação ao mesmo mês do ano passado. A oferta registrou aumento de 1,01% no mesmo período. De janeiro a junho de 2012, a demanda registrou aumento de 1,15%, e a oferta diminuiu 1,87% quando comparadas com o mesmo período de 2011.
A TAM, com 90,37%, e a Gol, com 9,63%, representaram quase a totalidade da participação das empresas brasileiras no transporte aéreo internacional de passageiros em junho de 2012.
A TAM registrou aumento na sua participação em relação ao mesmo mês de 2011, da ordem de 2,88%, enquanto a Gol registrou avanço de 21,46% no mesmo período. A taxa de ocupação dos voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras alcançou 79,27% em junho de 2012, contra 77,66% do mesmo mês de 2011. O aproveitamento da TAM em junho de 2012 foi de 81,83%; o da Gol ficou em 61,32%.





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