Daily News
Fracassa a
tentativa de conciliação entre Odebrecht e Gradin
Estadão 01.08.2012 - Famílias disputam 20,6% das
ações do Grupo Odebrecht hoje pertencentes à Graal Participações Ltda., da
família Gradin. A disputa judicial entre as famílias Odebrecht e Gradin pelos
20,6% das ações do Grupo Odebrecht hoje pertencentes à Graal Participações
Ltda., da família Gradin, que se arrasta desde dezembro de 2010, teve nesta
terça-feira, 31, a primeira audiência de conciliação, em Salvador. As partes,
porém, não chegaram a um acordo.
A batalha é apontada como a maior disputa societária
em curso no País. Os Gradin, autores da ação, lutam para permanecer no quadro
de sócios do grupo, enquanto a Kieppe Participações e Administração Ltda., da
família Odebrecht, tenta exercer o suposto direito de recompra das ações, que
estaria previsto no contrato firmado entre as partes.
Conduzida pela juíza Maria de Lourdes Oliveira de
Araujo, da 10ª Vara Cível e Comercial de Salvador, a reunião durou pouco mais
de quatro horas, nas quais foi tentada a conciliação e, em seguida, foram
apresentadas as justificativas das duas partes. A juíza, agora, deve determinar
de que forma a disputa será conduzida, se por meio de arbitragem, como querem
os Gradin, ou se por ação judicial comum, como preferem os Odebrecht. A
audiência foi agendada para o próximo dia 23.
A decisão não pôde ser tomada hoje porque a Kieppe
arrolou três testemunhas para depor no caso e apenas uma delas compareceu ao
fórum. "Não há necessidade de testemunhas para o caso, que é relativo a
análise do contrato", reclama o advogado da Graal, Caio Druso. "Foi
mais uma medida protelatória tomada pela Kieppe para adiar o julgamento do
caso, mas não apresentamos objeção, para que mais tarde não seja alegada
tentativa de prejudicar a defesa."
Os advogados da Kieppe negam a intenção de
prorrogar a disputa judicial. "Também temos interesse na rapidez do
julgamento, tanto que nos comprometemos com a juíza a trazer as testemunhas, de
onde quer que elas estejam, ao fórum, na data estipulada", alega o
defensor dos Odebrecht, Francisco Bastos.
Por outro lado, a Kieppe espera um posicionamento
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre um recurso especial interposto
pelos advogados, que pede a extinção do processo proposto pela Graal. O recurso
foi admitido pelo STJ e está sob apreciação do colegiado da 3ª Turma do órgão.
Os executivos da Graal não acreditam na
interferência do STJ no julgamento da questão. "Estamos confiantes que a
realização da audiência é o primeiro passo para que a arbitragem contratada
seja instaurada", disse Bernardo Gradin, que compareceu à audiência.
A reunião realizada hoje havia sido originalmente
agendada para 23 de fevereiro do ano passado, mas foi adiada diversas vezes por
causa de recursos feitos pelos advogados da Kieppe.
Lucro
líquido da Arezzo soma R$ 25,7 milhões no 2º tri, alta de 7,2%
Valor 01.08.2012 - A Arezzo registrou lucro líquido
de R$ 25,7 milhões no segundo trimestre de 2012, avanço de 7,2% ante os R$ 24
milhões obtidos no mesmo período do ano passado. No semestre, porém, a queda
foi de 5,6%, para R$ 36,6 milhões, em relação a igual período anterior.
A receita líquida da companhia subiu 31% na
comparação entre os períodos de abril a junho de 2011 e 2012, passando de R$
152,2 milhões para R$ 199,4 milhões. No acumulado dos primeiros seis meses, a
receita totalizou R$ 360,8 milhões, alta de 24%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda) somou R$ 34,6 milhões no segundo trimestre, crescimento de
22,4% na comparação com os R$ 28,2 milhões de um ano antes. No primeiro
semestre, o Ebitda da companhia foi de R$ 49,3 milhões, variação positiva de
0,6% em relação ao mesmo período de 2011.
Cosan fecha
acordo
Valor 01.08. 2012 - A Cosan Lubrificantes,
controlada pelo grupo Cosan, anunciou ontem acordo com a sul-coreana S-Oil, um
dos maiores fornecedores mundiais de óleos básicos de Grupo III (G-III). Esse
acordo prevê a comercialização e representação da marca Ultra-S de óleos
básicos G-III no Brasil - um tipo de matéria-prima utilizada principalmente na
fabricação de lubrificantes sintéticos e semissintéticos, de alta tecnologia.
Com a parceria, a Cosan vai complementar a atual oferta de óleos básicos dos
Grupos I e II no mercado nacional, "acompanhando a evolução dos
fabricantes de equipamentos, que demandam cada vez mais lubrificantes de alta
tecnologia e performance superior", informou o grupo.
Prejuízo da
Irani
Valor 01.08. 2012 - A Celulose Irani amargou
prejuízo líquido de R$ 5,7 milhões no segundo trimestre, segundo informações
divulgadas da empresa. No mesmo período de 2011, a empresa havia reportado
lucro líquido atribuído aos sócios de R$ 2,8 milhões. O principal responsável
pelo resultado negativo foi o desempenho financeiro da companhia. Entre abril e
junho, a performance foi de R$ 16,6 milhões no vermelho. A Irani associa a
desvalorização do real frente ao dólar e ao euro pelos números. Sem a variação
cambial do período, o resultado financeiro seria de R$ 10,9 milhões, contra R$
10,6 milhões no segundo trimestre de 2011.
Oi tem
resultado no 2o tri em linha com previsões
Reuters 01.08.2012 - O grupo de telecomunicações Oi
apresentou resultados trimestrais em linha com as expectativas de mercado, e
viu seu segmento de mobilidade pessoal avançar 15,1 por cento na comparação
anual.
A operadora teve lucro líquido consolidado de 64
milhões de reais de abril a junho, dado, de acordo com a empresa, não
comparável com o mesmo período do ano passado nem com o primeiro trimestre por
conta da reestruturação realizada no fim de fevereiro. A receita líquida
pro-forma totalizou 6,9 bilhões de reais no segundo trimestre, queda de 2,4 por
cento sobre um ano antes, e em linha a média das previsões de analistas
consultados pela Reuters. Também em termos pro-forma, o lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 13,5 por cento na
comparação anual, a 2,14 bilhões de reais no segundo trimestre, ligeiramente
acima das previsões de 2,11 bilhões. A margem Ebitda teve contração de 4 pontos
percentuais no período, para 31 por cento.
A Oi apurou um crescimento de 9,7 por cento em suas
unidades geradoras de receita no segundo trimestre sobre um ano antes, para
72,3 milhões, beneficiadas pelo salto de 15,1 por cento no segmento de
mobilidade pessoal. A dívida líquida da empresa saltou 45,2 por cento no
segundo trimestre sobre o mesmo intervalo de 2011, para 23,5 bilhões de reais,
enquanto o caixa disponível recuou 6,5 por cento, para 8,2 bilhões de reais.
Incorporadoras
tiveram 2º trimestre ruim
Valor 01.08.2012 – As maiores incorporadoras de
capital aberto devem apresentar resultados na última linha do balanço do
segundo trimestre piores que os do mesmo período de 2011, conforme a média das
estimativas da BES Securities do Brasil, Bradesco Corretora, CGD Securities e
do Credit Suisse. A exceção, entre as grandes, será a Cyrela Brazil Realty, de
acordo com a média das projeções das quatro estimativas.
Problemas reportados, anteriormente, por boa parte
do setor, como estouros de orçamentos, pressão de custos, distratos e atrasos
nas entregas devem se repetir nesta temporada de balanços. No mercado,
comenta-se que PDG Realty e Brookfield Incorporações podem apresentar novos
estouros de orçamento. Há a expectativa também de que a Rossi Residencial possa
divulgar revisões de custos.
A maior parte das prévias operacionais do segundo
trimestre indicou queda de lançamentos ante o mesmo período do ano passado, o
que teve impacto nas vendas de lançamentos e, consequentemente, na receita das
empresas. A PDG, por exemplo, lançou R$ 404 milhões no trimestre, com queda de
80,3%. Ao divulgar a prévia, a companhia reduziu em 47% o ponto médio do Valor
Geral de Vendas (VGV) a ser lançado em 2012. Apesar da redução dos lançamentos,
o mercado avaliou que a incorporadora apresentou velocidade de vendas saudável
no trimestre.
Conforme a média das projeções, os resultados da
PDG serão piores que os do segundo trimestre do ano passado. As estimativas vão
de prejuízo de R$ 37 milhões a lucro líquido de R$ 81 milhões, ante o lucro de
R$ 241,5 milhões no intervalo de abril a junho de 2011. A média da receita
líquida projetada para a PDG indica queda de 14,2%, para R$ 1,467 bilhão. A
geração de caixa medida pelo Ebitda média estimada, de R$ 170 milhões,
corresponde à redução de 61,5%. As margens operacionais da PDG continuarão a
ser afetadas por problemas de execução, na avaliação da BES Securities.
A Bradesco Corretora espera impacto de estouros de
orçamento maiores que os previamente estimados para a PDG e para a Brookfield.
A corretora diz não descartar uma nova rodada de capitalização para a
Brookfield, com um acionista dando suporte à operação.
As projeções referentes à última linha do balanço
da Brookfield Incorporações apontam desde prejuízo de R$ 94 milhões até lucro
de R$ 39 milhões. No segundo trimestre do ano passado, a companhia teve lucro
líquido de R$ 78,2 milhões. Conforme a média das estimativas, a receita líquida
da Brookfield terá queda de 14,4% no trimestre, para R$ 753,75 milhões. As
projeções para o Ebitda da companhia vão do indicador negativo de R$ 25 milhões
ao positivo de R$ 122 milhões. O Ebitda da Brookfield foi de R$ 184,6 milhões
no segundo trimestre de 2011.
Para a Gafisa, a maioria das projeções aponta
prejuízo no trimestre, estimado de R$ 8 milhões a R$ 38 milhões, com exceção de
uma instituição financeira, que prevê lucro de R$ 10 milhões. No segundo
trimestre de 2011, ela obteve lucro de R$ 25,11 milhões. A média das projeções
indica queda de 10,2% na receita da Gafisa, para R$ 935,5 milhões. O Ebitda
cairá 36,5%, conforme a média das estimativas, para R$ 95,75 milhões.
Na a prévia operacional do trimestre, a Gafisa
divulgou fortes quedas de lançamentos e vendas. Já a geração preliminar de R$
150 milhões de caixa livre foi considerada positiva pelo mercado.
A Rossi Residencial deve apresentar lucro líquido
de R$ 54,75 milhões no trimestre, conforme a média das estimativas, o que
representa redução de 35,6%, ante o mesmo período do ano passado. A média das
projeções aponta aumento de 4,5% na receita líquida, para R$ 786 milhões. Já a
geração de caixa medida pelo Ebitda cairá 10,4%, para R$ 127,5 milhões,
conforme a média das estimativas.
O Credit espera alta da margem Ebitda da Rossi como
consequência dos cortes de despesas gerais e administrativas, e da continuidade
do processo de racionalização das subsidiárias, além da venda de terrenos. A
margem Ebitda projetada pelo Credit para a Rossi é de 19,9%, ante 17,4% no
primeiro trimestre e de 18,9% no segundo trimestre de 2011. Por outro lado,
pode haver estouros de custo.
A média das estimativas aponta queda de 22,4% no
lucro líquido da MRV Engenharia, para R$ 147,25 milhões. As projeções indicam
ponto médio de R$ 1,087 bilhão para a receita líquida, com alta de 10% ante o
segundo trimestre do ano passado. No intervalo de abril a junho, a MRV aumentou
lançamentos, mas teve queda de vendas.
O Ebitda da MRV deve apresentar queda de 13,3%,
conforme a média das estimativas, para R$ 221,75 milhões. Uma das dúvidas do
mercado é se a MRV conseguirá cumprir sua meta de margem Ebitda para o ano. Na
comparação com o primeiro trimestre, quando os resultados da MRV desapontaram
analistas e investidores, é esperada melhora. No segundo trimestre, a MRV
registrou repasse recorde de unidades.
Na contramão das demais grandes incorporadoras,
Cyrela deve apresentar aumento de 67% no lucro líquido do segundo trimestre,
para R$ 160 milhões, conforme a média das estimativas. O ponto médio das
projeções de receita líquida aponta R$ 1,578 bilhão, com expansão de 14%. A
média das estimativas indica crescimento de 98% no Ebitda, para R$ 279,5
milhões. A melhora dos resultados é esperada apesar de a companhia ter lançado
menos e registrado queda de vendas no trimestre. A expectativa é que a Cyrela
apresente continuidade da melhora gradual das margens, à medida que forem
concluídos os projetos antigos, menos rentáveis. Os esforços da empresa para
reduzir despesas gerais e administrativas devem começar a apresentar
resultados, segundo a Bradesco Corretora.
Celpa pode
elevar tarifa em 12,7% se ficar adimplente
Reuters 01.08.2012 - A diretoria da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira o reajuste e a
revisão tarifária da distribuidora paraense Celpa. Combinados, os ajustes podem
elevar a tarifa das empresa em 12,7 por cento, em média, se a empresa ficar
adimplente com obrigações setoriais.
A obtenção desse reajuste pode facilitar o processo
de aquisição da atribulada empresa paraense pela Equatorial Energia, que
condicionou o negócio a um aumento nas tarifas de 10 a 11 por cento.
O reajuste médio anual aprovado para 2012 foi de
alta 10 por cento e a revisão tarifária relativa a 2011 resulta em um aumento
de 2,73 por cento.
A revisão de 2011 da Celpa teve de ser calculada
este ano porque a Aneel só definiu as regras do terceiro ciclo de revisão
tarifária no fim do ano passado.
Os diretores da Aneel, porém, condicionaram a
aplicação dos dois índices à quitação dos encargos setoriais hoje devidos pela
empresa. A data-base para aplicação dos aumentos é o dia 7 de agosto.
O relator da revisão tarifária da Celpa, André
Pepitone, disse acreditar porém que a empresa tem "grandes chances"
de ficar adimplente antes do dia 7 para aplicar os novos índices.
A recuperação do status de adimplente pode ser
facilitada porque, a Aneel inscreveu na Dívida Ativa da União os débitos
referentes aos encargos (CCC, RGR, CDE e Proinfa), o que permite o parcelamento
do montante em até 60 meses, disse o diretor.
Na prática, isso significa que, se a Celpa pagar a
primeira parcela da dívida já configurará como adimplente para esses encargos.
Restará, então, segundo Pepitone, equacionar as dívidas referentes ao
suprimento de energia. A Aneel calcula a dívida total em cerca de 169,7
milhões, incluindo encargos setoriais, contratos bilaterais e leilões.
A revisão tarifária de 2,73 por cento ficou bem
abaixo dos 6,7 por cento inicialmente propostos pela Aneel, no começo do
processo, em maio.
Segundo Pepitone, a diminuição do índice ocorreu
porque, ao longo da análise da revisão, constatou-se uma receita a maior de
cerca de 109 milhões entre 2009 e 2010, que antes não havia sido levada em conta.
Lojas
Colombo vai abrir oito unidades até setembro
Valor 01.08.2012 - A Lojas Colombo, rede de
eletrodomésticos e móveis, vai abrir oito lojas num período de dois meses até a
primeira quinzena de setembro no Rio Grande do Sul, no Paraná e em São Paulo,
com investimentos de R$ 2 milhões. As inaugurações fazem parte do plano da rede
de implantar 20 novas unidades em 2012 com aportes da ordem de R$ 9 milhões, o
equivalente a uma expansão de 22%, em valores, sobre o ano passado. Em nota
divulgada ontem, a varejista que apurou receita líquida consolidada de R$ 1,3
bilhão em 2011 informou que vai abrir três lojas em São Paulo em agosto, sendo
uma em Dracena nesta quarta-feira e as demais até o fim do mês em Olímpia e
Monte Mor. Há duas semanas já havia sido inaugurado um ponto de venda em
Jundiaí.
O Rio Grande do Sul ganhará três novas unidades até
setembro, em Santa Maria, Bagé e Canoas, e até o dia 15 de agosto também será
inaugurada uma operação em Lapa (PR). Desde o início do ano a Colombo já abriu
quatro unidades, mas fechou outras quatro que apresentavam baixo desempenho e
manteve a rede com 320 lojas, sendo 146 no Rio Grande do Sul, 63 em São Paulo,
62 no Paraná, 46 em Santa Catarina e três em Minas Gerais.
Intercontinenal
recebe queixa antitruste
Valor 01.08.2012 - O Intercontinental Hotels Group,
a Expedia e uma unidade da Priceline.com receberam queixa antitruste enviada
pela autoridade regulatória do Reino Unido por acordos que podem ter limitado
os descontos nas reservas de quartos pela internet.
O Intercontinental, que opera o maior número de
quartos de hotéis do mundo e controla as redes Holiday Inn e Crowne Plaza, pode
ter feito acordos com a Booking.com, da Priceline, e a Expeditia, que
restringiram a capacidade das duas empresas de reservas on-line de oferecer
preços mais baixos quando as reservas de quartos são feitas separadamente das
de voos e carros para alugar, de acordo com comunicado do Departamento de
Comércio Justo (OFT, na sigla em inglês) do Reino Unido.
"A investigação deverá ter implicações mais
amplas, já que potencialmente as supostas práticas são generalizadas no
setor", informou o OFT, com sede em Londres. "O OFT limitou o alcance
de sua investigação a um número pequeno de grandes empresas, com a ideia de
conseguir um resultado rápido e efetivo".
O Intercontinental informou que seus acordos com os
agentes on-line estavam em "conformidade com as leis de concorrência e
[são] consistentes com a abordagem de longa data do setor hoteleiro
mundial".
O OFT disse que os acordos da Intercontinental
junto à Expedia se estenderam de outubro de 2007 até setembro de 2010 e que
seus negócios com a Booking.com. começaram em janeiro de 2007 e prosseguiram. A
declaração de objeções é a opinião provisória das autoridades reguladoras e as
empresas podem apresentar defesas antes de o órgão tomar uma decisão definitiva
sobre multas.
A Priceline, a maior agência de viagens on-line dos
Estados Unidos por valor de mercado, disse que uma possível multa poderá
alcançar até US$ 50 milhões e só poderá ser imposta a partir de 2013. A empresa
disse que contestará energicamente as acusações do OFT e que não acredita ter
incorrido no comportamento alegado no comunicado. Ela comprou a holandesa
Booking.com em 2005. A Booking.com discorda das denúncias do OFT.
LLX lidera
as maiores altas do Ibovespa no mês de julho
Brasil Econômico 01.08.2012 - O desempenho positivo
foi impulsionado pelos rumores no mercado de que o empresário Eike Batista
planejava fechar o capital da empresa na bolsa brasileira.
O último pregão de julho não foi positivo para o
Ibovespa, que caiu 2%. No entanto, no mês, o índice acumulou alta de 3,21%,
contra perda de 1,16% no ano.
Entre as maiores altas do principal índice da
BM&FBovespa, as ações da LLX dispararam em julho, com valorização de
34,84%. Desde o início do mês, o desempenho positivo foi impulsionado pelos
rumores no mercado de que o empresário Eike Batista planejava fechar o capital
da empresa na bolsa brasileira.
Na segunda (30/7), o Eike anunciou que pagará até
R$ 3,13 por ação da LLX, que deixará de ter ações negociadas no Ibovespa. No
pregão de hoje, os papéis (LLXL3) tiveram acréscimo de 0,68%, vendidos a R$
2,98.
Em seguida, as ações da Oi foram as mais compradas,
e registraram avanço de 24,76% em julho. Segundo Paulo Esteves, analista da
Gradual Investimentos, os papéis subiram, pois estavam atrasados. "Estavam
com múltiplos descontados em relação à Telefônica Brasil e à Tim. Foi uma forte
correção do mercado", explica.
No entanto, os ganhos foram limitados pela queda
das ações OIBR3, de 2,51%, nesta terça-feira (31/7).
Outro destaque de alta foram as ações da Usiminas
(USIM5), que finalizaram o mês de julho com acréscimo de 16,77%. Hoje, a
valorização foi de 5,25%. Apesar de o balanço ter apontado prejuízo no segundo
trimestre, os investidores ficaram bem animados com a recomendação de compra
feita pelo Goldman Sachs.
Em relatório, Aloisio Villeth Lemos, analista da
Ágora, afirma que o cenário a curto prazo é de cautela, mas na visão a longo
prazo, a recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 13,00.
Baixas: Na outra ponta, os papéis da Eletropaulo
foram os mais desvalorizados neste mês, com queda de 24,06%. No início de
julho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste
tarifário da conta de energia, com redução de 2,26%.
"Com esta baixa, a empresa está revendo a
política de dividendos, porque com a redução tarifária, a geração de caixa está
caindo, penalizando as ações", aponta o analista de investimentos da
Gradual Investimentos.
No mesmo sentido, os papéis da Tim apareceram na
sequência de desvalorização, caindo 23,48% no mês. Para Paulo Esteves, a
empresa foi fortemente atingida pela suspensão das vendas em 18 estados
brasileiros e o Distrito Federal. "Os investidores saíram da Tim e foram
para a Oi, que não foi tão penalizada", diz o analista. Hoje, a perda
alcançou 5,62%.
Calote reduz
ganho do ABC Brasil
Valor 01.08.2012 - O banco ABC Brasil, controlado
pelo Arab Banking Corporation, teve um lucro líquido de R$ 55 milhões no
segundo trimestre deste ano. Abatido pela escalada das provisões para devedores
duvidosos, o resultado do banco caiu 8,59% na comparação com igual período de
2011. Em relação ao período de janeiro a março, a queda foi de 3,2%.
No segundo trimestre, o ABC Brasil gastou R$ 28,7
milhões com provisões, valor 20,8% maior que os R$ 23,7 milhões do primeiro
trimestre de 2012 e 1.582,4% maior que os R$ 1,7 milhão gasto no segundo
trimestre de 2011.
Em junho, o índice de inadimplência do ABC ficou em
0,52%, maior que o 0,15% registrado um ano atrás. Na comparação com março,
houve estabilidade. Sérgio Lulia Jacob, vice-presidente do ABC Brasil, diz que
a inadimplência cresceu de forma mais generalizada entre as médias empresas,
enquanto entre as companhias com faturamento anual acima de R$ 250 milhões os
atrasos têm sido mais pontuais.
Com o avanço dos calotes, o banco optou por colocar
o pé no freio. O ABC Brasil reduziu a projeção de crescimento da carteira de
crédito para este ano, de um intervalo de 18% a 22% para 17% a 21%. Essa
revisão foi puxada pelas médias empresas. "Desaceleramos já no primeiro
semestre, por isso o banco não vai bater a projeção inicial. Isso é
consequência de um comitê de crédito mais seletivo", afirma Lulia.
A carteira de crédito expandida, que inclui empréstimos,
garantias prestadas e títulos privados, atingiu saldo de R$ 14,9 bilhões no fim
de junho, um crescimento de 8,9% no trimestre e de 19,8% em 12 meses. O
segmento "corporate", de empresas com faturamento anual acima de R$
250 milhões, teve crescimento de 10,5% no trimestre e de 21,4% em doze meses.
Carnes suína
e de frango começam a subir
Valor 01.08.2012 - Depois de enfrentarem um
primeiro semestre pressionados pelo excesso de oferta e pela frustrante demanda
do mercado externo, os preços da carne de frango e suína começaram a reagir no
atacado em resposta à disparada das cotações do milho e do farelo de soja,
principais insumos para a produção de ração. A tendência, contudo, deve ser
limitada pelo comportamento da carne bovina, que deve se manter em patamares
baixos graças a maior disponibilidade de gado para abate.
Em julho, o
quilo da carcaça de frango no atacado em São Paulo subiu 1,4%, para R$ 2,84,
segundo a Scot Consultoria. O salto foi ainda maior para a carne suína que,
estimulada pelas medidas de apoio anunciadas pelo governo federal, avançou
7,4%, para R$ 3,59 o quilo. A recuperação em curso deve se sustentar ao menos
nas próximas semanas, já que os produtores de frango e de suínos, notadamente
os da região Sul, ainda trabalham com margens negativas. "O que estamos
vendo é que o alto custo do milho e do farelo de soja impõe uma necessidade de
puxar os preços. É um início de recuperação ", afirma Heloísa Xavier,
analista da Jox Assessoria Agropecuária.
Conforme dados da Agroconsult, para um criador de
suínos recuperar a relação de troca animal/ração aos níveis de 2011, a cotação
da suíno vivo precisa subir 74%, para R$ 2,94 o quilo. Hoje, em muitas regiões
do Brasil, o valor não passa dos R$ 2. Já para os criadores de frango atingirem
o mesmo patamar, seria necessário uma valorização de 43% até R$ 2,57 o quilo.
Em São Paulo, o preço médio do frango vivo foi de R$ 1,85 em julho, de acordo
com a Scot Consultoria. "Não há como escapar da inflação", diz André
Pessôa, da Agroconsult.
Para fazer frente à alta dos custos e escapar do
prejuízo, os produtores de aves e suínos estão reduzindo o volume de produção.
Entre janeiro e junho deste ano, em meio aos estoques elevados e a fraca
demanda de exportações, os produtores de frango reduziram os alojamentos de
pintos de corte em 1,8%, segundo César Castro Alves, da MB Agro. Com a alta dos
custos de produção, provocada pela quebra das lavouras de milho e soja nos
Estados Unidos, o ajuste de oferta será repetido em maior intensidade na
segunda metade do ano.
"Quase todas as agroindústrias de aves já
avisaram que devem reduzir em cerca de 10% de sua produção para evitar um
estrago maior. Hoje, o custo de produção é de R$ 2,10 e o produto é vendido a
R$ 1,90", afirma o presidente-executivo da União Brasileira de Avicultura
(Ubabef), Francisco Turra. "Essas medidas vão se refletir numa menor
disponibilidade de carne", concorda Heloísa, da Jox Assessoria.
Com o ajuste de oferta, os preços devem chegar às
gôndolas e influenciar os índices de inflação, que ainda não contabilizaram
todos os impactos da alta da carne de frango e suína no atacado. Na passagem de
junho para julho, o grupo alimentação do IPC, índice que compõe o IGP-M, da
FGV-SP, avançou de 0,61% para 1,06%. Mas essa aceleração ainda não está ligada
aos preços das carnes, e sim às péssimas condições climáticas para a produção
de tomate e batata, que sofreram com a oferta reduzida nas últimas semanas. Os
preços dessas hortaliças, contudo, já iniciaram uma trajetória de desaceleração
e devem pesar menos sobre a inflação, ao contrário do movimento esperado para
as carnes.
A pressão das carnes de frango e suína sobre a
inflação, contudo, serão limitadas. Ainda que aumentem nas próximas semanas, as
duas proteínas são historicamente influenciadas pelas oscilações de sua
principal concorrente, a carne bovina, que por sua vez experimenta um cenário
de oferta excepcionalmente favorável. Com a maior disponibilidade de animais
para abate, os contratos de boi gordo na BMF&Bovespa para novembro
apresentam uma curva descendente. Alves, da MB Agro, lembra que esses contratos
eram negociados a R$ 104 a arroba em 22 de maio, recuaram para R$ 97 na semana
passada. "O mercado trabalha com uma boa oferta para o ano. E nem os
confinamentos, que dependem mais dos grãos, devem se reduzir muito", diz
Maurício Nogueira, sócio-diretor da Bigma Consultoria. A mesma situação se
reflete na produção de leite, que caminha para a fase final da entressafra.
Apesar da expectativa, a inflação preocupa o
governo. "Se o cenário se mantiver da forma como está hoje, com certeza
teremos um impacto significativo dos preços dos alimentos na inflação",
disse uma fonte do Banco do Brasil. Segundo essa avaliação, a alta das cotações
das commodities agrícolas devem puxar a inflação com alimentação no Brasil para
cima neste ano e também no ano que vem.
Rhodia terá
fábrica de butanol de cana no país
Valor 01.08.2012 - Kamel, executivo da Rhodia:
"Estimamos que o mercado de butanol dobre nos próximos três anos".
A Rhodia, controlada pela belga Solvay, vai
construir no Brasil sua primeira fábrica global de bio n-butanol, em parceria
com a americana Cobalt. O produto, que será extraído do bagaço da
cana-de-açúcar em um processo semelhante ao da produção de etanol de segunda
geração, será utilizado em larga escala pela empresa na produção de solventes,
voltados para o segmento de tintas para a indústria automobilística, disse
Vincent Kamel, presidente da unidade global de negócios da Rhodia Coatis. As
empresas não informam os aportes nesse negócio. O Valor apurou, contudo, que
investimentos desse porte são estimados em até US$ 200 milhões.
Um memorando de entendimento entre as duas
companhias foi assinado no fim do ano passado. Agora, as duas empresas vão
colocar esse projeto em prática.
A execução será feita em duas etapas. Primeiro, a
Rhodia e a Cobalt vão instalar uma unidade-demonstração para a produção de bio
n-butanol em São Paulo. Essa minifábrica será instalada ao lado de uma usina de
álcool. As empresas não divulgam o nome desse parceiro do setor
sucroalcooleiro. As companhias vão utilizar o bagaço da cana dessa usina como
matéria-prima. Traduzindo a terminologia: bio, de fonte renovável, e n-butanol,
de butanol normal. Segundo Kamel, essa unidade-demonstração deverá começar a
sua produção a partir de 2013. A segunda etapa prevê a construção de uma
fábrica para a produção em escala industrial. Essa fábrica, que terá capacidade
para até 100 mil toneladas do produto por ano, deverá iniciar a produção a
partir de 2015.
O Brasil não é autossuficiente na produção de
butanol, cuja demanda por ano é estimada em 50 mil toneladas, movimentando
quase US$ 100 milhões. O país importa dois terços de sua necessidade
anualmente. O butanol é produzido a partir de matérias-primas fósseis. O
objetivo da Rhodia e Cobalt é obter o mesmo produto a partir de fontes
renováveis.
"Estimamos que o mercado [de butanol] dobre
nos próximos três anos", afirmou Kamel. De acordo com o executivo, além de
ser utilizado para a fabricação de solventes para tintas automotivas, butanol é
destinado à produção de resina acrílica, também voltada para esse mesmo
mercado. Nos últimos anos, a Rhodia começou a fazer pesquisas a partir de
recursos naturais para substituição de matérias-primas fósseis em seu processo
de produção. Junto com a Cobalt, que detém a tecnologia de n-butanol, as
companhias desenvolveram a rota tecnológica para viabilizar o bio n-butanol. Na
prática, a produção de bio n-butanol segue um processo parecido ao do etanol de
segunda geração. A partir dos açúcares extraídos do bagaço da cana, as
companhias, por meio de sua tecnologia, conseguem produzir o butanol renovável.
Essa mesma rota permite a produção do etanol utilizado como combustível. Kamel
afirmou que interessa à Rhodia o biobutanol voltado para a indústria química. A
intenção da companhia é replicar no futuro o conceito de biorrefinarias no
mercado latino-americano. No Brasil, a Butamax, joint venture entre a DuPont e
a petrolífera BP, anunciou a produção de do bio i-butanol, com tecnologia
diferente da usada pela Rhodia e Cobalt, para a produção de biocombustível.
Justiça
anula concessão de área ao Tecondi
Valor 01.08.2012 - A Justiça Federal de São Paulo
anulou o contrato de arrendamento em que a Codesp concedeu à Tecondi (Terminal
de Contêineres da Margem Direita) o direito de utilização de áreas do Porto de
Santos. Em sua decisão, o juiz federal José Denílson Branco, titular da 1ª Vara
Federal em Santos (SP), declarou a nulidade do contrato por conta da utilização
de áreas não previstas no edital de licitação. A Justiça informou que, em 1997,
a Codesp realizou licitação para recuperar uma área de 170 mil m2 no porto. A
Tecondi venceu a disputa. Segundo a Justiça, a partir da assinatura do contrato
e do acréscimo de termos aditivos, a empresa recebeu outras áreas em
substituição às que foram originalmente arrendadas, ocasionando o favorecimento
indevido e a modificação do objeto contratual.
O grupo EcoRodovias, que controla o Tecondi, e a
Codesp vão recorrer da decisão. Em nota encaminhada ao Valor no início da
noite, a EcoRodovias destacou que tomará as medidas necessárias para
"assegurar a manutenção da suspensão dos efeitos das sentenças com a
continuidade da prestação de serviços". A empresa pontuou ainda que
buscará reverter a sentença "por meio dos recursos cabíveis, com
reconhecimento da legalidade da licitação, bem como da transferência de
áreas". Ainda segundo a EcoRodovias, constam das ações laudos técnicos que
demonstraram a "ausência de prejuízo à administração pública e aos interesses
sociais".
Embraport se
prepara para operar até março
Valor 01.08.2012 - O holandês Ernst Schulze assumiu
a presidência neste ano com a missão de acelerar a primeira fase do terminal de
contêiner, que será um dos maiores do país.
A construção do terminal da Empresa Brasileira de
Terminais Portuários (Embraport), na margem esquerda do porto de Santos,
caminha para o fim do primeiro ciclo. Até dezembro, a instalação multiuso
estará com a estrutura mínima necessária para começar a operar - serão 350
metros de cais, 50 mil metros² de retroárea e capacidade para movimentar até
700 mil Teus (contêineres de 20 pés). Quando totalmente implantando, o
empreendimento terá a maior capacidade combinada do Brasil para contêineres e
líquidos.
O início das operações de carga, porém, só ocorrerá
no primeiro trimestre de 2013, prazo necessário para serem feitos os testes dos
equipamentos e obtenção da licença de operação, informa o novo presidente da
empresa, Ernst Schulze, em entrevista exclusiva ao Valor.
O executivo, de origem holandesa, foi indicado pelo
grupo DP World, sócio da Odebrecht TransPort e do grupo Coimex na companhia.
Sediada em Dubai, nos Emirados Árabes, a DP World é uma das maiores operadoras
mundiais de terminais de contêineres. São 60 unidades em funcionamento no mundo
e outras 11 em construção, entre as quais a do complexo santista.
O terminal em Santos é o primeiro ativo da
Embraport. "Nosso maior objetivo, agora, é estruturá-lo", afirmou
Schulze ao responder sobre a possibilidade de a empresa desenvolver projetos em
outras regiões.
Schulze é especialista em operar projetos novos.
Com 25 anos de experiência em portos e logística, acumula passagens pelo setor
na Europa e Ásia. Substituiu recentemente Francisco Nuno Neves, que deixou a
vaga para ser o principal executivo da Haztec, empresa especializada em
soluções ambientais.
A Embraport entrará em operação ao mesmo tempo que
o BTP, outro terminal em construção em Santos. Juntos, dobrarão a capacidade do
porto para contêineres, hoje limitada em cerca de 3,1 milhões de Teus por ano -
quase sem folga para o volume realizado em 2011, que bateu em 3 milhões de unidades.
Mas Schulze não teme ociosidade de oferta com os
dois novos entrantes. "Vejo três aspectos: demanda natural crescente;
atração de cargas para Santos devido à equalização da alíquota de ICMS entre
Estados; e mercado potencial que ainda não se materializou porque a capacidade
é limitada", lista ele, sem arriscar um volume potencial adicional.
Soma-se a isso o momento de dificuldade por que
passa a indústria mundial da navegação de longo curso, com a queda do consumo
na Europa e a lenta recuperação americana. "As únicas formas de os
armadores fazerem lucro é reduzindo os custos ou apostando na consolidação dos
serviços", afirma. Em vez de irem a vários portos, as companhias passam a
escalar apenas os maiores da região, de onde a carga é distribuída por linhas menores,
as alimentadoras. Ao diminuir o número de portos, o armador tende a aumentar o
tamanho do navio para não perder mercado. "Vamos ver mais volumes chegando
em razão da maior capacidade em Santos", aposta.
A estrutura com que a Embraport encerrará o ano
constitui a primeira etapa da primeira fase do empreendimento. A construção do
terminal está dividida em duas etapas. Pelo cronograma, a primeira delas
termina em outubro de 2013, quando a instalação terá potencial de movimentar
1,2 milhão de Teus e 2 bilhões de litros de líquidos. A segunda fase ampliará a
capacidade de contêineres para 2 milhões de Teus, mas ainda sem data prevista
para começar. "Ao longo de 2013 vamos analisar e tomar a decisão. Imagino
que levaremos de dois a três anos até iniciá-la", comenta Schulze.
O investimento total do empreendimento é de R$ 2,3
bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão para a primeira fase. Desse total, R$ 1,4 bilhão é
financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com 45% e 55%,
respectivamente.
A chegada do executivo ocorre no momento em que o
foco do empreendimento recai sobre as áreas de serviços, tecnologia e operações
com a proximidade da inauguração do terminal. Ao longo deste ano estão sendo
investidos R$ 260 milhões em equipamentos, tecnologias de informação e de
segurança.
Na primeira leva de aquisições, estão seis
guindastes para movimentar contêiner entre o cais e o navio. A lança do
equipamento consegue alcançar a extremidade de embarcações que transportam até
8.500 Teus - e ainda não escalam Santos - operando simultaneamente dois
contêineres de 20 pés ou um de 40 pés. Popularmente conhecidos como
portêineres, foram fabricados na China e serão entregues a partir de dezembro.
A meta de produtividade é que cada portêiner faça em média de 25 a 30
movimentos por hora. Dependendo da configuração, a embarcação pode ser operada
por até seis deles.
A Embraport é a primeira sociedade entre a DP World
e o grupo Odebrecht, mas não a primeira parceria. A companhia brasileira já
havia construído terminais para a DP World em Djibouti (África) e Callao
(Peru).
A instalação da Embraport é alvo de um processo no
Tribunal de Contas da União (TCU) e de uma ação no Supremo Tribunal Federal
(STF). O terminal foi aprovado como privativo de uso misto, mas deverá operar
como de uso público. Pelo arcabouço legal atual, os privativos de uso misto são
dispensados de licitação porque são destinados a operar principalmente carga
própria. Já os de uso público são prestadores de serviços, com finalidade de
movimentar cargas de terceiros (caso de contêineres). Por isso, têm de passar
pelo crivo da concorrência.
O pedido de autorização da Embraport à Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) foi feito em outubro de 2005, um
mês antes de a Antaq impor restrição aos privativos, condicionando que eles
tinham de ter carga própria que "justificasse" o empreendimento. Em
nota, a empresa diz que a resolução da Antaq "é posterior à
autorização". E que tanto a Secretaria de Portos (SEP) como a Antaq já se
manifestaram sobre a questão. "Com base no princípio da segurança jurídica
e a proteção constitucional ao direito adquirido, reconheceram a
impossibilidade jurídica de se aplicar as exigências supervenientes trazidas pela
resolução [nº 517] à Embraport".
"Temos todas as licenças. E esse país precisa
de investimento. A Embraport se encaixa perfeitamente naquilo que o país
precisa de investimento", comenta o novo presidente do terminal.
Mitsubishi
vai instalar subsidiária de automação industrial no Brasil
Valor 01.08.2012 - A Mitsubishi Electric vai
instalar uma nova subsidiária no Brasil, em São Paulo, para fortalecer suas
operações locais no ramo de controle numérico computadorizado (CNC, na sigla em
inglês). A nova companhia se chamará Melco CNC e terá como meta atingir vendas
anuais de US$ 25 milhões até 2016.
Segundo a empresa, para expandir o negócio
rapidamente e aproveitar o momento de demanda crescente por esse tipo de
serviço no Brasil, a Melco deverá firmar uma parceria local com a Automotion,
uma companhia com 20 anos de atuação nesse mercado. De acordo com a Mitsubishi,
a unidade brasileira da Melco funcionará como referência de suas operações na
América do Sul, como parte da estratégia de rede global de serviços.Em
comunicado divulgado na noite desta terça-feira, a empresa japonesa cita
eventos esportivos de grande porte, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada
de 2016, como acontecimentos que deverão alavancar a economia e gerar mais
oportunidades no segmento de máquinas.
Carga
tributária paulista
Brasil Econômico 01.08.2012 - Na semana passada, o
Governo do Estado de São Paulo anunciou os novos valores das Margens de Valor
Agregado (MVAs) — para materiais de construção e congêneres, medida que entra
em vigor a partir de hoje. A medida aumenta a tributação para 50 mil produtos
do setor. Como representante do segmento, por meio da Anamaco, temos buscado o
diálogo junto ao governo para simplificar esse processo, juntamente com outras
entidades setoriais e, justamente por isso, conseguimos rever algumas MVAs,
porém o nosso maior pleito, que é o agrupamento, ainda não foi alcançado.
Um sistema de tributação mais simples (e aqui não
me refiro apenas ao ICMS) é, sem dúvida, ponto decisivo para a economia do
país. Além de incentivar o setor produtivo, ele promoveria o emprego formal,
fomentaria o consumo, elevaria a renda dos trabalhadores formais, diminuiria a
sonegação fiscal combatendo a informalidade.
Estima-se que, apenas no ano de 2011, a economia
informal representou 16,8% do PIB, ou R$ 695,7 bilhões, de acordo com o Índice
de Economia Subterrânea. Com a desaceleração da economia e possível redução do
PIB para 2012, estamos numa época importante para repensarmos as medidas que
travam o crescimento do país, e a carga tributária, sem dúvida, é uma das
questões protagonistas neste cenário. Não podemos nos esquecer de que o Estado
depende essencialmente da tributação, mas ela deve estar em sintonia com outros
fatores da atividade econômica. E aqui em nosso país, além da alta carga
tributária, que chega a 36% do nosso PIB, ainda temos uma alta complexidade
para o pagamento dos impostos - caso dos MVAs do ICMS - além de uma extrema
rigidez legislativa para as empresas que trabalham na legalidade.
O fato é que os inúmeros valores para o cálculo dos
impostos acabam confundindo os varejistas de material de construção. Muitos
erros acabam acontecendo por conta dessa complexidade e não porque estas
empresas, que atuam na legalidade, estejam sonegando. No entanto, multas e punições
pesadas sobrecaem sobre elas o que, muitas vezes, acaba comprometendo o próprio
negócio.
Por isso, nosso intuito é o de criar apenas poucas
MVAs, no máximo quatro, o que facilitaria a vida especialmente dos pequenos
empresários e até ajudaria o governo a minimizar erros e aumentar a efetiva
arrecadação. No entanto, o que vimos na semana passada, foi apenas o aumento
das alíquotas.
Vivemos no país dos impostos. Para se ter uma
ideia, num estudo produzido pelo Banco Mundial, ainda em 2008, uma empresa
padrão brasileira gastava em média 2.600 horas no ano apenas para pagar seus
impostos básicos.
Na Venezuela, gastavam-se 864 horas; na Suíça, 63 e
nos Emirados Árabes, apenas 12 horas. E todo esse tempo perdido, é produto da
complexidade de nossa legislação tributária, que entre os anos de 1988 e 2005,
teve mais de 3,4 milhões de normas editadas.
Parece brincadeira, mas este é o drama de milhares
e milhares de empresários brasileiros. Até quando teremos de fazer tantos
esforços para cumprir com nossa obrigação fiscal? Pelo visto, ainda teremos um longo
caminho pela frente.
Frete vai
subir até 30% com norma para caminhões
Brasil Econômico 01.08.2012 - Custo do transporte
rodoviário, principal modal do país, equivale a 4,6% do faturamento das empresas.
Aumento chegará a preços de praticamente todos os
produtos e deve agregar 0,8% à inflação anual.
As novas normas para a profissão de motorista, que
foram estabelecidas pela Lei 12.619/2012 e estão provocando a revolta dos
caminhoneiros autônomos, vão elevar os custos de frete no país.
Cálculo do Instituto de Logística e Supply Chain
(Ilos) indica que, em rotas de 3.000 km, equivalente à viagem de São Paulo a
Belém, o impacto será de 30%. Nessa rota, são transportados alimentos, bens de
consumo e produtos da Zona Franca, como motos.
Em trechos menores, o efeito será inferior: 21%
para percursos de 1.500 km, como a viagem do Centro-Oeste ao porto de Santos,
que leva a produção agrícola para exportação.
A Associação Nacional dos Transportes de Carga
(ANTC) tem estimativa similar para a variação no preço do frete: entre 25% e
40% dependendo da rota, do equipamento de transporte e da carga.
Hoje, o preço do frete no país está na casa de US$
123 por 1.000 tkm (toneladas por km), um dos menores do mundo, de acordo com
Lima.
Alguns agricultores, porém, discordam: esse patamar
é um dos mais caros do planeta, diz Edeon Vaz Ferreira, coordenador executivo
do Movimento Pró-Logística, entidade ligada aos produtores de soja e milho do
Mato Grosso do Sul.
"De Sorriso (MS) ao porto de Paranaguá (PR), o
frete fica em US$ 120 por tonelada, um dos mais altos do globo. O dono de
caminhão vai ter de repassar o custo da menor produtividade e nós teremos que
repassar também."
Peso na inflação: Como a maior parte (65,64%) da
carga movimentada no país circula por rodovias, a elevação de custos chegará a
praticamente todos os produtos, com alta média de 0,56%, que representa 0,8% na
inflação anual, estima Maurício Lima, diretor de capacitação do Ilos, que
levará os dados ao Fórum Internacional de Logística, de 20 a 22 de agosto, no
Rio.
"Mas, com planejamento, as empresas podem
mitigar o incremento de custos", diz. "Usando dois motoristas em
distâncias longas, podem limitar a 6%."
O reajuste no transporte de cargas acabará
pressionando o preço de produtos, principalmente de alimentos.
Críticas: Publicada em maio, a Lei 12.619/2012
normatiza a atuação dos profissionais do setor. O principal ponto é a limitação
à jornada de trabalho dos caminhoneiros, que chegava a 90 horas semanais e
agora não pode passar de 56, incluindo as horas extra.
As restrições sofrem críticas, principalmente, dos
motoristas autônomos, cerca de metade da categoria, que soma aproximadamente
dois milhões de pessoas no Brasil. Eles temem a redução nos ganhos devido à
limitação na jornada e, por isso, querem que a lei seja revogada.
A categoria também quer derrubar a resolução
3.056/2009 da da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de acordo
com a qual basta às empresas se registrarem na agência para atuar no setor,
mesmo que a companhia não seja originária do ramo de transporte.
Também querem revogar a resolução 3.658/2011, que
regulamenta seu pagamento. Antes livre, feito por depósito, com cheque ou
dinheiro, agora, tem de ser feito por meio eletrônico.
A ANTC, por sua vez, avalia que a restrição à
jornada de trabalho é positiva, pois tende a aumentar a qualidade de vida dos
caminhoneiros e a evitar acidentes - é sabido que, para aguentar até 20 horas
ao volante, muitos motoristas apelam a drogas.
Porém, diz ele, o governo não dá condições ao
cumprimento da norma, pois falta infraestrutura para permitir aos motoristas
que descansem. "A pressão do movimento deveria ser para ações do governo
no sentido de melhorar a infraestrutura."
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) faz
críticas mais duras à mobilização dos caminhoneiros autônomos. "É um
movimento de baderneiros e vândalos", diz o diretor de transportes de
cargas, Flávio Benatti.
Para ele, a greve não tem pauta concreta de
reivindicação e está ganhando espaço à custa de violência. Os grevistas querem
o retorno a um estágio de desregulamentação, que coloca em risco a vida de
pessoas nas estradas. "A lei contou com várias audiências públicas e o
líder dessa greve não participou de nenhuma."
Ele admite que o tempo para a adaptação do setor às
novas normas legislativas foi exíguo, mas o que não seria justificativa para o
movimento.
Ele diz que a legislação não deve ser extinta, como
querem os grevistas, mas sim ganhar complementos que dificultam a sua
implementação, como a aprovação de um texto, retirado do projeto original, que
obriga o governo a montar pontos de parada a cada 200 km de rodovias.
Indústria
volta a liderar a atração de capital externo
Valor 01.08.2012 - Com perda de produtividade e
desempenho medíocre nos últimos dois anos, a indústria brasileira ainda assim
reconquistou a preferência dos investidores estrangeiros, que andava recaindo
sobre o setor de serviços. No primeiro semestre, o ingresso de investimentos
estrangeiros diretos para aquisições de participação no capital de empresas
industriais foi de US$ 12,9 bilhões, com aumento de 33%.
O capital estrangeiro na indústria está seguindo a
trilha do consumo doméstico, que continua forte e com crescimento superior ao
da demanda dos países desenvolvidos da Europa e Estados Unidos. Depois da
metalurgia, são os setores alimentício e farmacêutico que receberam mais
aportes externos ou foram alvos diretos de fusões e aquisições. Esse mercado de
compras esteve bastante aquecido no período e o movimento foi puxado pelos investidores
externos, que participaram de mais da metade (225) das 433 operações
registradas pela consultoria KPMG.
Assuntos relacionados . Investidor externo aposta
forte na indústria
O mercado interno é um dos grandes atrativos. Ao
adquirir a brasileira Yoki por R$ 1,75 bilhão em maio, a multinacional
americana General Mills apontou que o Brasil é "uma das economias que
crescem mais rápido ao redor do mundo", onde "o consumo doméstico se
tornou um importante motor de crescimento".
Os segmentos mais expostos à concorrência dos
importados e com crescentes custos de produção, como produtos químicos e
derivados de petróleo, já não atraem tanto o capital estrangeiro. No primeiro
semestre de 2010, quando a indústria de transformação se recuperava fortemente,
70% do investimento produtivo foi para esses setores. No mesmo período deste
ano, a fatia se reduziu a 8%.
Para André Biancareli, professor da Unicamp, o
investidor estrangeiro está menos pessimista com o mercado doméstico nacional
do que o empresário brasileiro, e por isso investe em setores que podem se
beneficiar da maior demanda. "Montar uma fábrica ou adquirir participações
em empresas nacionais são decisões que dependem de um cenário de médio e longo
prazo, e nesse caso a perspectiva é de crescimento ainda razoável do mercado
interno". Essa avaliação se apoia na expectativa de aumento da renda e
manutenção do baixo nível de desemprego.
CHS compra
empresa brasileira Atman
Estadão 01.08.2012 - Com a aquisição, a companhia
norte-americana quer expandir o negócio de grãos e implementos na América do
Sul. A companhia norte-americana de energia, grãos e alimentos CHS anunciou
nesta quarta-feira a aquisição da empresa brasileira Atman, de compra e venda
de grãos e insumos, sediada em Goiânia (GO). A compra foi executada através da
unidade brasileira da CHS. "Estamos expandindo progressivamente o negócio
de grãos e implementos na América do Sul. A integração da Atman ao grupo CHS deve
acelerar nosso crescimento", disse o vice-presidente sênior da CHS América
do Sul, Stefano Rettore.
A aquisição da Atman é mais uma da série de
investimentos anunciados pela empresa nos últimos seis meses. Em maio, a CHS
anunciou a compra de 25% da companhia de logística brasileira TCN e assinou um
acordo de longo prazo com a empresa, garantindo acesso ao terminal de
exportações do Porto do Itaqui, em São Luís, no Maranhão. Em julho, a CHS
adquiriu 50% da Andali, fornecedora de serviços de mistura e armazenamento de
fertilizantes em Paranaguá (PA).
Alpargatas
faz oferta para fechar capital de subsidiária na Argentina
Valor 01.08.2012 - A Alpargatas, empresa controlada
pela holding Camargo Correa, deu hoje o último passo para fechar o capital na Argentina
da sua subsidiária homônima. A controladora brasileira já detém 96,4% do
capital e para adquirir os 3,6% restantes lançou uma oferta pública pagando
8,14 pesos argentinos por ação, segundo informou o órgão regulador do mercado
de capitais no país. A operação, que ficará a cargo do HSBC, deverá envolver
montantes em torno do equivalente a US$ 5 milhões.
A empresa produtora de calçados e têxteis é uma das
mais antigas no parque fabril argentino, tendo sido constituída em 1885. Este
ano, apresentou retração em suas vendas na Argentina, que recuaram de US$ 63
milhões no primeiro trimestre de 2011 para US$ 61 milhões no último balanço
trimestral da empresa, divulgado em maio. O lucro líquido na comparação entre
os períodos recuou de US$ 2,6 milhões para US$ 785 mil no exercício.
Segundo o relatório da Alpargatas, a desaceleração
econômica na Argentina fez com que os comerciantes de indumentária esportiva e
calçados passassem a trabalhar com estoques cada vez mais reduzidos. A
Alpargatas fez, nos últimos meses, diversos cortes de produção e jornadas em
suas fábricas na Argentina. Segundo o último balanço trimestral da empresa, a
produção de calçados da companhia no país caiu de 2,1 milhões de pares para
1,573 milhão na comparação anual; e a produção de tecido recuou de 4,1 milhões
de metros para 3,9 milhões.
DNPM reduz
cobrança à Vale em R$600 mi, para R$4 bi, diz fonte
Reuters 01.08.2012 - O Departamento Nacional de
Produção Mineral reduziu o valor que considera devido pela Vale em royalties em
600 milhões de reais, após a mineradora apresentar novos documentos e com um
consenso parcial sobre o que deverá ser a base de cálculo da taxa, afirmou uma
fonte graduada do DNPM.
Executivos da empresa disseram na quinta-feira
passada que o DNPM havia reduzido a base de cálculo dos royalties, mas não
informaram valores nem o que havia sido descontado em meio à disputa.
Com a dedução, feita a partir de documentos
apresentados recentemente pela mineradora ao DNPM, o valor requerido pelo órgão
governamental passou a ser da ordem de 4 bilhões de reais, disse à Reuters a
fonte, que pediu para não ser identificada. Mas a mineradora contesta que a
cifra esteja definida e diz que as negociações ainda levarão alguns meses.
A mineradora discute, entre outras cobranças, um
valor de 400 milhões de reais relativos ao minério de Carajás exportado pela
Vale, de maneira semelhante ao questionamento da tributação de Imposto de Renda
sobre lucros de suas coligadas fora do País, em disputa judicial com a Fazenda
da ordem de 30 bilhões de reais.
O DNPM argumenta que a base de cálculo do royalty
cobrado no exterior deve ser feita a partir do valor final do produto, disse a
fonte, que pediu para não ser identificada. Mas a Vale apresenta como base de
incidência valores comercializados para ela mesma, a Vale Internacional, diz a
fonte.
A fonte não soube dizer se há outras divergências
que poderiam reduzir ainda mais o valor cobrado pelo DNPM.
A discussão sobre os royalties é acompanhada de
perto mercado e investidores, preocupados com o caixa da companhia a partir da
execução dos valores.
Às 14h55, a ação da Vale operava em alta de 1,1 por
cento, enquanto o Ibovespa subia 0,8 por cento.
Segundo fonte do DNPM, do total requerido pelo
órgão, 2,3 bilhões de reais referem-se a minério de ferro e operações no
Sistema Sul da mineradora, entre 1991 e 2007. Outros 1,7 bilhão de reais tratam
da cobrança de royalties sobre a produção do sistema Norte. Os números
consideram correção monetária e foram atualizados em junho.
Sem acordo:"A Vale avisou desde o início das
discussões que não pagaria a quantia relacionada a operações no exterior; este
era um assunto já esperado", contou o representante do DNPM ao detalhar as
negociações com a maior produtora de minério de ferro do mundo.
O centro da disputa com o DNPM é a base de cálculo
da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), royalty
que incide sobre o faturamento das mineradoras.
O governo cobra descontos realizados pela empresa
no recolhimento do royalty ao longo das últimas décadas, como gastos com
transporte e seguro, entre outros valores decorrentes de divergências
provocadas pela lei do setor, cheia de brechas.
A pedido da presidente Dilma Rousseff, um grupo de
trabalho entre as duas partes foi criado em meados do ano passado para resolver
a questão, e as discussões conceituais sobre o que deve ser cobrado foram
concluídas, como disseram executivos da empresa após a Reuters antecipar a
informação
12 mil notas: A partir do grupo de trabalho, a Vale
conseguiu apresentar notas fiscais que não haviam sido mostradas antes,
provando que parte do minério de ferro que utilizou no seu Sistema Sul foi
comprada de terceiros e não extraída de minas próprias, o que levou o DNPM a
excluir o montante da base de cálculo da CFEM. Royalties são cobrados sobre a
produção e não sobre a compra de minério de ferro.
"Não houve um erro nosso. Eles localizaram e
nos apresentaram 12 mil notas fiscais", disse a fonte, que participou
ativamente do grupo de trabalho. "Por isso houve essa revisão, porque a
Vale apresentou documentos novos que nunca haviam sido apresentados."
A Vale teve problemas com a documentação. Uma
empresa responsável pela organização dos documentos da Vale entrou em
concordata, prejudicando a mineradora na apresentação de seus argumentos.
Caixa
anuncia crédito para indústria naval e cadeia produtiva
MonitorMercantil 01.08.2012 - A Caixa Econômica
Federal vai anunciar, nesta quarta-feira, novidades para a indústria naval e
cadeia produtiva, de acordo com o Programa Caixa Melhor Crédito. O anúncio será
feito às 15h, durante uma coletiva com a imprensa, no evento Navalshore 2012,
que será realizado no Centro de Convenções Sul América, Centro do Rio. A Caixa
também fará um balanço de sua atuação no crédito para o setor de petróleo e gás.
O superintendente em exercício para o segmento de petróleo, gás e indústria
naval, Antonio Gil Padilha Bernardes Silveira, vai participar da coletiva.
Petrobras
tem interesse em PDVSA como sócia em refinaria, afirma Graça
Valor 01.08.2012 - A presidente da Petrobras, Graça
Foster, afirmou hoje que a companhia tem interesse em ter a PDVSA como sócia na
Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, também conhecida como refinaria
Abreu Lima. Segundo ela, porém, ainda não há nada acertado com a estatal
venezuelana, que ainda precisa apresentar as garantias financeiras para obter o
financiamento do BNDES para o empreendimento.
"A Rnest foi concebida para ser assim (em
parceria com PDVSA). Temos interesse em ter a PDVSA como sócia. Mas vai ter
muita conversa. Ainda não começamos a discutir valores e como seria a entrada
deles. Não está fechada a questão das garantias. Seria colocar a carroça na
frente dos bois", disse a executiva, após participar de palestra no
Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio de Janeiro.
Ontem, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez,
afirmou em Brasilia que a PDVSA participará do projeto.
O empreendimento está orçado em US$ 20,1 bilhões. O
empréstimo do BNDES é de US$ 10 bilhões, sendo US$ 6 bilhões para a Petrobras e
US$ 4 bilhões para a PDVSA. A estatal venezuelana ainda precisa apresentar
garantias financeiras para ter acesso a sua parcela do empréstimo.
"A paciência da Petrobras (com a PDVSA) não
tem por que acabar. A gente tem que fazer um bom negócio. Enquanto parecer ser
um bom negócio, a Petrobras tem que permanecer paciente", afirmou Graça.
Segundo ela, a Rnest possui 60,5% das atividades
físicas concluídas. O primeiro trem de refino está previsto para 2014.
Graça afirmou também que a Petrobras vai avaliar a
possibilidade de importar combustíveis da Venezuela. A proposta foi levantada
ontem pelo presidente Hugo Chavez, em visita ao Brasil.
"É uma possibilidade que temos que avaliar.
Foi apresentada e vamos avaliá-la", afirmou a executiva.
Durante apresentação do plano estratégico da
companhia para o período 2012-2016, Graça Foster ressaltou que 15% do total de
derivados de petróleo consumidos no Brasil no primeiro semestre tiveram que ser
importados.
Hering chega
a Roraima
Brasil Econômico 01.08.2012 - A empresa de Fábio
Hering alcança a marca de 464 lojas instaladas em todos os estados brasileiros.
A empresa leva às prateleiras de Roraima peças da
coleção primavera 2012, marcada por referências ao continente africano e o urbanismo.
A Hering, uma das maiores redes de vestuário do
país, acabou de inaugurar a sua primeira loja no estado de Roraima, na capital
Boa Vista. Com essa unidade, a empresa, de Fábio Hering, alcança a marca de 464
lojas instaladas em todos os estados brasileiros.
A empresa leva às prateleiras de Roraima peças da
coleção primavera 2012, marcada por referências ao continente africano e o
urbanismo.
Não é de hoje que a rede varejista sonha em ter a
bandeira fincada em todo o território nacional.
A sua primeira investida no Norte, região
considerada mais inóspita para as empresas acostumadas à infraestrutura das
regiões Sul e Sudeste do país, foi em 1998, com a inauguração de uma loja em
Belém, no Pará. Hoje, a Hering conta 14 unidades no Norte, 50 no Nordeste, 296
no Sudeste, 72 no Sul e 32 no Centro-Oeste.
A rede vem crescendo nos últimos anos fundamentada
em peças de vestuário com informações de modas, deixando de lado o foco na
produção de linhas de roupas básicas.
Tecnologia
de ponta nos Jogos dá maior segurança ao atleta
Brasil Econômico 01.08.2012 - Largadas do atletismo
serão monitoradas por sistema que avisará imediatamente sobre a saída
antecipada de algum competidor.
Empresas investem na criação de sistemas que evitem
erros de arbitragem e facilitem vida dos competidores.
Na sexta-feira, quando for dada a largada das
competições de atletismo nas Olimpíadas, os responsáveis pela realização das
provas terão ao seu dispor os métodos mais precisos já usados até então nos
Jogos para impedir que algum competidor mais apressado dispare antes da
autorização.
Ou, como é dito popularmente, queime a largada.
Para atingir o objetivo, a tecnologia, desenvolvida
pela Ômega, mede a pressão feita pelos pés dos atletas sobre os apoios
colocados no início de cada competição.
A novidade faz parte de uma ampla lista de
tecnologias que foram desenvolvidas nos últimos tempos e serão testadas pela
primeira vez nas Olimpíadas deste ano. A maioria delas é pensada para
corroborar as decisões dos árbitros, como cronômetros específicos ou até mesmo
uma roupa que aponta a localização de cada golpe dado no tae-kwon-do.
"Isso dá maior segurança ao atleta, que sabe
que competirá nas condições mais justas possíveis", afirma Irineu Loturco,
diretor técnico do Núcleo de Alto Rendimento, entidade de apoio a atletas
profissionais mantida pelo Grupo Pão de Açúcar.
No passado, eram as novidades apresentadas pelas
fabricantes de calçados e roupas, como Adidas e Nike, que mais chamavam
atenção. Hoje, uniformes cada vez mais leves e com menor retenção de suor se
tornaram padrão e é difícil encontrar algo realmente novo na área.
"O problema é que agora existem maiores
restrições para a evolução das roupas, porque algo com uma tecnologia muito
avançada pode favorecer de forma desleal um ou outro atleta", afirma
Loturco.
Para ele, as tecnologias são uma importante aliada
também fora dos ginásios. "Conseguimos desenvolver treinamentos muito mais
específicos para cada atleta, graças aos sistemas que nos mostram defeitos e
potencialidades de cada um", diz.
Rumo ao varejo: O torcedor mais adepto às práticas
esportivas não precisará esperar muito para ter os novos produtos em mãos.
Assim como ocorre tradicionalmente com as fabricantes de roupas e calçados, que
todo ano levam rapidamente as novidades ao varejo, os equipamentos mais
tecnológicos têm chegado cada vez mais rápido aos consumidores.
É o caso dos câmbios elétricos para bicicletas
desenvolvidos pela Shimano. "Desenvolvemos uma versão para o ciclista
amador", afirma Luiz Talaro, especialista técnico da Shimano no Brasil.
Importações
batem recorde no primeiro semestre
Estadão 01.08.2012 - Balança comercial brasileira
acumula superávit nos seis primeiros meses do ano, mas resultado tem queda de
38,2% na comparação com o mesmo período de 2011.
A balança comercial brasileira acumula um superávit
de US$ 9,949 bilhões de janeiro a julho deste ano, o que representa uma queda
de 38,2% em relação ao mesmo período de 2011. As exportações somam no ano US$
138,219 bilhões, com média diária de US$ 940,3 milhões. Segundo os dados
divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC), as vendas externas tiveram uma queda de 1,7% em
valores absolutos em relação aos sete primeiros meses de 2011 e de 3% pela
média diária.
Nas importações, o valor registrado no acumulado de
2012 é de US$ 128,270 bilhões, recorde histórico para o período. O aumento foi
de 3,1% em relação ao período de janeiro a julho de 2011. A média diária das
importações do ano está em US$ 872,6 milhões, o que significa uma alta de 1,7%
em relação ao mesmo período do ano passado.
No período, as importações de combustíveis e
lubrificantes subiram 11,4% e as de bens de capital, 3,1%, em relação ao mesmo
período de 2011. As importações de bens de consumo aumentaram 1,7%, mas as
compras brasileiras no mercado externo de matérias-primas e intermediários
caíram 2,3% no mesmo período de comparação.
Exportações em queda: As exportações brasileiras
registraram queda nas três categorias de produtos de janeiro a julho deste ano.
Na comparação com o mesmo período de 2011, as vendas externas de manufaturados
caíram 2% e as de produtos básicos, 2,9%. A retração nas exportações de
semimanufaturados no acumulado de 2012 foi ainda maior: 7,5%.
As vendas brasileiras caíram 18,4% para a Argentina
e 7% para a Europa. Por outro lado, as exportações do Brasil para os Estados
Unidos cresceram 14,4% de janeiro a julho quando comparado com os sete
primeiros meses de 2011.
Balança de julho: A balança comercial brasileira
registrou um superávit de US$ 2,879 bilhões em julho, resultado de exportações
de US$ 21,005 bilhões e importações de US$ 18,126 bilhões. O saldo comercial é
8,3% menor que o de julho de 2011, quando somou US$ 3,138 bilhões.
Nas exportações, a média diária foi de US$ 954,8
milhões, o que representa uma queda de 9,9% em relação a julho do ano passado.
A média diária das importações foi de US$ 823,9 milhões, uma queda de 9,5% ante
julho de 2011.
Na quarta semana de julho (de 23 a 29), o superávit
da balança somou US$ 1,103 bilhão, com exportações de US$ 5,017 bilhões e
importações de US$ 3,914 bilhões. Na quinta semana, com apenas dois dias úteis
(30 e 31), o superávit foi de US$ 306 milhões, com exportações de US$ 1,759
bilhão e importações de US$ 1,453 bilhão.
Demanda por
voos no País cresce 7% no primeiro semestre
Estadão 01.08.2012 - Empresas de menor porte, como
a Azul e a Avianca, tiveram as maiores expansões; TAM e Gol perderam mercado.
A demanda doméstica do transporte aéreo de
passageiros cresceu 11% em junho de 2012, na comparação com o mesmo período do
ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac). A demanda acumulada nos seis primeiros meses de 2012 apresentou
crescimento de 7% em relação a 2011.
Entre as principais aéreas do País, a Avianca e
Trip tiveram as maiores taxas de crescimento da demanda em junho, da ordem de
88% e 58,83%, respectivamente, enquanto TAM registrou aumento de 9,47% e a Gol
redução de 0,85% no mesmo período.
A participação das empresas de menor porte no
mercado doméstico cresceu no primeiro semestre de 2012, passando de 19,77% para
26,22%. Na comparação de junho de 2011 com junho de 2012, a participação dessas
companhias subiu de 21,09% para 25,83%. A fatia da Azul aumentou de 8,56% para
10,17%, enquanto a da Avianca saltou de 2,95% para 4,98%.
TAM e Gol lideraram o mercado doméstico em junho de
2012, com 41,05% e 33,12%, respectivamente. A soma do market share das líderes
em junho de 2012 (74,17%) registrou decréscimo em relação ao mesmo mês de 2011,
quando essas empresas juntas tinham 78,91%.
A oferta no mercado doméstico apresentou
crescimento de 4,3% em junho deste ano em relação ao mesmo mês de 2011. No
acumulado dos primeiros seis meses do ano, o crescimento foi de 8,46% na
comparação com o mesmo intervalo do ano passado. De acordo com a Anac, o
resultado de junho de 2012 representou o maior nível de oferta e de demanda do
transporte aéreo doméstico para o mês desde o início da série, em 2000.
A taxa de ocupação dos voos domésticos de
passageiros foi de 72,63% em junho de 2012, contra 68,06% em junho de 2011. No
acumulado dos primeiros seis meses de 2012, houve uma diminuição de 1% na taxa
de ocupação quando comparada ao mesmo período de 2011. As maiores taxas de
ocupação em junho de 2012 foram alcançadas por Azul e Avianca, com 79,07% e
76,96%, respectivamente.
Voos internacionais. A demanda do transporte aéreo
internacional de passageiros cresceu 3,11% em junho de 2012 em relação ao mesmo
mês do ano passado. A oferta registrou aumento de 1,01% no mesmo período. De
janeiro a junho de 2012, a demanda registrou aumento de 1,15%, e a oferta
diminuiu 1,87% quando comparadas com o mesmo período de 2011.
A TAM, com 90,37%, e a Gol, com 9,63%,
representaram quase a totalidade da participação das empresas brasileiras no
transporte aéreo internacional de passageiros em junho de 2012.
A TAM registrou aumento na sua participação em
relação ao mesmo mês de 2011, da ordem de 2,88%, enquanto a Gol registrou
avanço de 21,46% no mesmo período. A taxa de ocupação dos voos internacionais
de passageiros operados por empresas brasileiras alcançou 79,27% em junho de
2012, contra 77,66% do mesmo mês de 2011. O aproveitamento da TAM em junho de
2012 foi de 81,83%; o da Gol ficou em 61,32%.
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