sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Azul.CA.03.08

Daily News

 

 

Sotreq anuncia contrato milionário com Wilson Sons

MonitorMercantil 02.08.2012 - A Sotreq, revendedora brasileira de motores e equipamentos Caterpillar, fechou, recentemente, um contrato de cerca de R$ 23 milhões com a Wilson Sons, operadora de serviços portuários, marítimos e logísticos do Brasil. O contrato prevê a entrega de geradores para seis embarcações que prestarão apoio à Petrobras na exploração de petróleo na B acia de Campos. A primeira embarcação acaba de entrar em operação, e a última deverá funcionar em 2014.
- O contrato com a WIlson Sons é muito relevante para a unidade de petróleo e marítimo da Sotreg, por se tratar de uma empresa reconhecida no seu mercado de atuação. Além deste projeto, firmamos contrato para atender outras 14 embarcações das empresas Astromarítima, Brasbunker, Brasil Supply e Siem Consub - disse Rodrigo Féria, gerente de Vendas da empresa.
Ainda segundo ele, "todas essas embarcações fazem parte do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo, lançado pela Petrobras". A procura por grupos geradores da Caterpillar para atender a esse setor se dá principalmente pela confiabilidade da marca. Além da tradição, os equipamentos CAT utilizados nos projetos mencionados contam com índice de nacionalização superior a 60%. Certificados pela Agência Nacional do Petróleo, os geradores da família 3500 estão sendo fabricados na unidade de Piracicaba (SP), que foi criada em 2008 e recentemente ampliada em 2011. Além de oferecer maior potência com baixos níveis de emissões e consumo de combustível, os grupos geradores da Caterpillar contam com um dedicado suporte ao produto, oferecido pela Sotreq, que dispõe de mais de 100 profissionais especializados no setor marítimo.

Lucro da Cetip sobe menos no trimestre

Valor 03.08.2012 - A redução do ritmo de atividade da economia, principalmente na concessão de crédito, pesou nos resultados da Cetip, que concentra o registro de ativos e derivativos no chamado mercado de balcão (fora do ambiente de bolsa) e de financiamentos de veículos.
A companhia, que vinha de um longo período de crescimento de dois dígitos, registrou lucro contábil de R$ 63,5 milhões no segundo trimestre, uma alta de 5,8% ante o resultado obtido no mesmo período de 2011 e uma redução de 11,1% sobre os três primeiros meses deste ano.
No conceito ajustado, que exclui despesas sem efeito no caixa, o lucro líquido da Cetip foi de R$ 102,1 milhões, o que representa um aumento de 5,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado e uma queda de 2,7% ante o período de janeiro a março.
A receita líquida e a geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentaram expansão de 5% ante o segundo trimestre de 2011. A margem Ebitda ficou estável em 73,5% nos dois períodos.
Para o diretor financeiro e de relações com investidores da Cetip, Francisco Carlos Gomes, diante do ambiente adverso no segmento de crédito o resultado foi positivo. "Existem várias empresas que, mesmo em céu de brigadeiro, não crescem a essa taxa", compara.
A área de financiamentos, responsável pelo registro de contratos de empréstimo para a aquisição de veículos, foi a principal responsável pela redução no ritmo de crescimento da Cetip. A área, comprada da GRV no fim de 2010, apresentou redução de 7,1% no faturamento no segundo trimestre deste ano, para R$ 81,4 milhões.
Segundo Gomes, as medidas de estímulo ao crédito adotadas pelo governo já começaram a surtir efeito nos números da unidade. A expectativa é que o segundo semestre, em especial os três últimos meses do ano, sejam melhores. De um modo geral, porém, a companhia encara 2012 como um "ano de ajustes". Como as linhas de crédito no país estão concentradas em produtos de curto prazo, o executivo espera que esse ajuste ocorra de forma rápida.
A área de títulos e valores mobiliários, que reúne os produtos voltados para o mercado financeiro, sustentou um crescimento de 17,1% no segundo trimestre deste ano, mas também sentiu os efeitos da desaceleração econômica. As receitas com o registro de ativos, por exemplo, apresentaram redução de 12,6% em relação aos meses de abril a junho de 2011. A queda, porém, foi mais do que compensada pela expansão de linhas menos dependentes do fluxo de novas transações, como as de custódia e utilização mensal.
Na linha de novos produtos, a Cetip programou para 16 de agosto o lançamento da nova plataforma eletrônica de negociação de títulos de renda fixa, criada em parceria com a Intercontinental Exchange (ICE). Gomes espera que a ferramenta, batizada de Cetip Trader, ajude a criar um "pool" de liquidez para esses papéis, que hoje possuem uma negociação restrita, além de uma nova fonte de receitas para a companhia.

Editoras da Abril vendem 44,8 milhões de livros ao governo

Brasil Econômico 03.08.2012 - Editoras do grupo venderão 16,4 milhões de livros didáticos na nova adoção de materiais para o Ensino Fundamental I.
Material será utilizado no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático de 2013.
A Abril Educação irá vender 44,8 milhões de livros didáticos para o governo no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático de 2013 (PNLD 2013).
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que as "Editoras Ática e Scipione totalizaram a venda de 16,4 milhões de livros didáticos na nova adoção de livros referente ao 1º ao 5º anos do Ensino Fundamental I, e 28,4 milhões nas reposições dos anos anteriores (Ensino Fundamental II e Ensino Médio)".
A Abril Educação foi informada do volume nesta quinta-feira (2/8) pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A receita da venda será formalizada após 17 de agosto, quando está previsto o processamento final das aquisições do governo.
A empresa ainda frisa que "nesse volume informado pelo FNDE, não estão contempladas as quantidades de livros didáticos que serão destinados ao PNLD Campo, com foco no alunado da rede pública da área rural".

Grupo Delta Cafés abre empresa no Brasil  
CaféPoint 03.08.2012 - A Delta Foods Brasil conta com cinco colaboradores. A aposta no mercado brasileiro surge no âmbito do esforço de internacionalização do grupo que está presente em 35 países e de forma direta em Espanha, França, Luxemburgo, Angola e agora, desde o início do ano, também no Brasil.
A economia do país apresenta um forte crescimento, com a entrada de 12 milhões de pessoas nas classes A/B nos últimos 5 anos. De acordo com os números divulgados pela Delta, 97% da população brasileira bebe café, 99% tem por hábito o consumo em casa, mas apenas 5% tem uma máquina expresso no lar, área onde a Delta se movimenta com o café em cápsulas Delta Q.
Neste momento, a exportação já representa 20% da faturação da empresa, sendo que as exportação aumentou nos primeiros seis meses do ano 35%. Nos planos da empresa, admite o administrador Rui Miguel Nabeiro em declarações à Lusa, está aumentar a presença directa do grupo no mercado europeu.

Caixa suspende concessão de crédito para construtora MRV
Folha 03.08.2012 - A Caixa Econômica Federal suspendeu a concessão de crédito para a MRV, uma das principais construtoras do programa Minha Casa Minha Vida.
A medida ocorre após filiais da empresa terem sido incluídas em cadastro do Ministério do Trabalho de empregadores que tenham submetido funcionários a condições análogas às de escravo.
"Enquanto o problema que deu origem à inclusão não for resolvido, o infrator fica impedido de ter acesso a novos créditos", diz em nota.
A MRV teve dois projetos de condomínios residenciais no interior de São Paulo incluídos na relação. Os projetos da MRV listados no cadastro são Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana.
O banco é signatário do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil. Segundo a Caixa, no momento não há propostas em vias de ser contratadas com a MRV.
Caso a construtora solicite novo financiamento, a instituição bancária diz que solicitará informações complementares ou cópias de documentos relacionados à ação fiscal que deu origem à inclusão no cadastro. Em relação às operações já contratadas, não haverá restrições, "uma vez que uma eventual paralisação de obras já iniciadas, além dos sérios prejuízos econômico-financeiros, resultaria, de pronto, em desemprego dos trabalhadores que estejam sendo utilizados nessas obras."
Outro lado: Procurada, a MRV diz acreditar que a situação será resolvida em um curto prazo e, para isso, trabalha juntamente aos órgãos competentes para prestar os devidos esclarecimentos.
Cadastro: Segundo comunicado do ministério, na última atualização do cadastro, de 31 de julho, 118 nomes de empregadores infratores foram incluídos, seja de atuação no meio rural, como no urbano.
Para ter o nome retirado do cadastro de trabalho escravo, o ministério impõe como condição monitoramento direto ou indireto por dois anos para "verificar a não reincidência na prática do trabalho escravo e o pagamento das multas resultantes da ação fiscal".
"Apenas nove empregadores lograram êxito, nesta atualização, em comprovar os requisitos para a devida exclusão", afirmou o ministério.

Renault investe R$ 40 mi em fábrica de motores no Paraná
Brasil Econômico 03.08.2012 - Corte de custos está na agenda futura da Renault. Montadora francesa amplia capacidade instalada impulsionada pelas vendas para a Argentina e a Colômbia.
A retomada das vendas da Renault na Argentina e Colômbia fez a montadora acelerar a produção de sua fábrica de motores em São José dos Pinhais, no Paraná.
A empresa vai investir R$ 40 milhões na ampliação da capacidade instalada da unidade, que passará de 400 mil propulsores por ano para 500 mil equipamentos anuais.
O presidente da montadora para o Brasil, Olivier Murquet, disse que esses aportes são adicionais ao R$ 1,5 bilhão que está em fase de aplicação na unidade paranaense.
"Praticamente 40% da produção será exportada para nossas operações para esses países. Além disso, embarcamos também motores para a Nissan, que fabrica carros com motor 1.0 litros no México para o mercado brasileiro. Mas, o que realmente impulsionou esse incremento na produção foi a Argentina", disse.
"Lá vamos vender 110 mil carros este ano, o que vai dar àquele país a sexta colocação no ranking de vendas da Renault".
Com a expansão da unidade de motores a Renault vai contratar mais 100 pessoas, o que vai elevar o quadro de funcionários de 400 para 500 empregados na linha de montagem. "Trabalhamos em quatro turnos de produção de motores para atender à demanda crescente desses mercados".
A montadora trabalha a todo vapor no Paraná. Ela deve atingir este ano a capacidade de produção de 220 mil carros por ano.
Isso porque, apesar do mercado brasileiro ter se retraído no primeiro semestre do ano - a queda foi de 0,4% no período em relação aos últimos seis meses de 2011- a Renault teve de acelerar a produção para formar estoques que serão consumidos quando a unidade ficar parada por cerca de dois meses a partir de novembro deste ano.
"Nossas vendas devem crescer cerca de 15% este ano, o mercado deverá chegar a 3,6 milhões de carros vendidos", estima. "Isso somente foi possível com o incentivo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Sem ele, nosso ritmo seria reduzido e já avaliávamos parar a fábrica por mais tempo", disse Murquet. A Renault deverá deter uma participação de mercado de cerca de 6,5% este ano. Em 2011, ela alcançou 5,8% das vendas de automóveis no país, com 194 mil unidades comercializadas.
Futuro: Murquet não esconde que a companhia pode repensar futuros investimentos na unidade brasileira. "Hoje, as despesas em nossa fábrica aqui são equivalentes às nossas unidades na França. Há cinco anos a diferença era de cerca de 20%.
Precisamos de medidas mais estruturantes para diminuir o chamado custo Brasil e assim tornar o país mais competitivo", disse.
Para se ter uma ideia, somente com as medidas de desoneração na energia elétrica implementadas pelo governo na semana passada, vão impactar nos custos da Renault em 10%.
"Temos de ser mais eficientes nos sistemas produtivos para diminuir o impacto do custo Brasil na operação. Além disso, sempre conversamos com nossos fornecedores para juntos implementarmos medidas nesse sentido. Mas, é bem verdade que há peças que são bem mais baratas em países asiáticos", afirmou o executivo.
Hoje, o índice de nacionalização dos automóveis da Renault é de cerca de 80%. "Se continuar com os custos nesse patamar avaliamos realizar mais compras fora. Hoje, nossa política é de localizar nosso conteúdo. O problema dos custos estará na agenda da Renault nos próximos anos".

Coca-Cola terá nova fábrica de sucos
Valor 03.08.2012 - Ribeiro, diretor da SABB Coca-Cola: "Estamos atrasados, a seca [no Nordeste] atrapalhou o nosso planejamento".
A SABB Coca-Cola vai construir uma nova fábrica de sucos no Brasil. A unidade provavelmente será localizada no Nordeste em uma área de 200 mil m2, sendo 50 mil m2 construídos, e terá um investimento de R$ 500 milhões. A SABB (Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil) é uma joint venture formada pela multinacional e 16 fabricantes regionais de bebidas sem gás no país.
De acordo com o diretor de relações institucionais e jurídicas da SABB Coca-Cola, Mauro Ribeiro, a expectativa é que a unidade entre em operação no fim de 2014. "Estamos atrasados, a seca [no Nordeste] atrapalhou o nosso planejamento", disse. A nova fábrica também produzirá isotônicos.
Ribeiro conta que a empresa ainda não bateu o martelo em relação ao Estado em que construirá a nova unidade. Até o momento, está sendo considerada não apenas a disponibilidade de terrenos, mas também de água, que responde por 50% da composição do suco pronto para beber.
A nova fábrica já nascerá com a certificação de construção e operações sustentáveis, segundo o executivo. Hoje a SABB Coca-Cola tem apenas uma unidade de produção de sucos no Brasil, no município de Linhares, no Espírito Santo.
Anualmente a empresa coloca no mercado 2 bilhões de litros de suco. A capacidade produtiva inicial da nova unidade será de 70 milhões de litros anuais, mas a ideia é que ela atinja a mesma produção da fábrica já existente.
A multinacional produz, agrupadas sob a marca Del Valle, uma linha que inclui néctares (suco feito com pelo menos 25% de polpa de fruta), bebidas de frutas, à base de soja e achocolatados. Entre seus concorrentes estão a Wow Nutrition, com a marca Sufresh, e a pernambucana Ebba, fabricante de Maguary e Dafruta.
Com a nova unidade, a multinacional deve reforçar sua presença em um mercado no qual já é líder (com a marca Del Valle) e que vem crescendo aceleradamente no Brasil. Só em 2011, segundo dados da Euromonitor, o setor registrou expansão de 30%, para US$ 3,58 bilhões. O valor envolve diferentes subcategorias: néctares (a maior, com US$ 1,96 bilhão), sucos integrais (100% de fruta) e refrescos (10% ou menos de polpa de fruta).
Os investimentos integram o plano de expansão do Sistema Coca-Cola (que considera também refrigerantes) no país, iniciado em 2010, e que prevê a aplicação de R$ 11 bilhões até 2014.

Syngenta inaugura fábrica de U$ 100 milhões para setor de cana
JCRJ 02.08.2012 - A Syngenta inaugura hoje sua primeira unidade no mundo para a produção de Plene, tecnologia desenvolvida no Brasil, para simplificar e aumentar a eficiência do plantio dos canaviais. Foram investidos 100 milhões de dólares na fábrica situada em Itápolis, noroeste do Estado de São Paulo, que já produz Plene para os principais grupos do setor sucroenergético do Brasil. A Syngenta planeja investir, ainda, na duplicação da estrutura e capacidade produtiva da fábrica. Plene é uma tecnologia que revoluciona o manejo da cultura, ao oferecer toletes de cana de apenas 5 centímetros, tratados contra doenças e pragas, garantindo sanidade, pureza e rastreabilidade no plantio. Além disso, segundo a empresa, a adoção de Plene® viabiliza uma menor compactação do solo ao possibilitar o uso de equipamentos menores e mais leves. “Unindo tecnologia, serviços e conhecimento, Plene exemplifica o conceito de soluções integradas da Syngenta, no qual vamos além de um único produto, pensando na melhor resposta para as reais necessidades do produtor” diz Antonio Carlos Guimarães, diretor-geral da Syngenta para a América Latina. A tecnologia representa uma evolução em relação ao sistema convencional, no qual são usadas colmos de 40 centímetros e até 18 toneladas de cana para plantio de um único hectare, enquanto Plene® requer apenas 1,5 tonelada para a mesma área.
O setor sucroenergético tem o grande desafio de aumentar a produtividade dos campos para atender a crescente demanda por mais energia e alimento. Como um canavial pode passar por até cinco colheitas antes de ser replantado, o estabelecimento da cana no solo é um ponto crucial para que cada safra seja produtiva. Plene® contribui para isso possibilitando que a cana se enraíze melhor, garantindo um melhor estabelecimento das plantas, um perfilhamento mais equilibrado e redução de custos.
“Entendemos que os desafios para aumento da produtividade são vários. Somente com a integração de tecnologias e conhecimento poderemos trazer a cana um salto produtivo e sustentável e Plene é uma das respostas para isso”, diz o Diretor Global de Cana de açúcar da Syngenta, Daniel Bachner. O potencial de receita de Plene é de 500 milhões de dólares. “Trata-se de um dos principais projetos da Syngenta no mundo, e o mais importante em toda a América Latina” conclui Bachner.

Agronegocio

Folha 03.08.2012 - Oito em cada dez empresas do setor de agronegócio se dizem preparadas para aumentar em 40% sua produção no Brasil até 2020, de acordo com estudo da Amcham.
O crescimento é o desejado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para que o país contribua com a oferta de alimentos necessária para a população mundial em oito anos.
Com o objetivo de garantir o aumento da produção nesse período, 71% das empresas pretendem investir na diversificação do seu portfólio.
A qualificação de funcionários e o desenvolvimento de novas tecnologias aparecem na sequência, com 50% e 43%, respectivamente.

Masterzinc

Folha 03.08.2012 - A gaúcha Masterzinc, que trabalha com galvanização (tecnologia que protege o aço contra corrosão), vai entrar no setor de energia.
Com aporte de R$ 20 milhões, a companhia irá criar uma nova empresa, a Masterenergia, para fabricar torres e equipamentos para transmissão de energia.
"Encomendamos um estudo de mercado, que apontou que esse é um setor que terá bom crescimento nos próximos dez anos. Não existem nem dez empresas no Brasil que trabalham com construção de torres", diz Alex Godoy, sócio da Masterzinc.
A planta terá capacidade para produzir 1.800 toneladas de equipamentos por mês. Uma torre leve pesa quatro toneladas, enquanto as mais pesadas podem chegar a 750 toneladas.
A nova fábrica será instalada em Canoas e o acabamento e a expedição dos produtos serão feitos na unidade de Charqueadas, onde a empresa faz galvanização. As duas cidades ficam na região metropolitana de Porto Alegre. R$ 20 MILHÕES serão investidos na fábrica, 1.800 TONELADAS poderão ser produzidas por mês na unidade, 3.500 m2 de área construída terá a planta, 3 empresas serão as principais concorrentes: SAE Towers (MG), Damp (MG) e Brametal (ES) e 750 TONELADAS podem pesar as maiores torres, as menores tem quatro toneladas.

Anatel libera Oi, Claro e TIM a vender chips

MonitorMercantil 02.08.2012 - Depois de 11 dias de proibição, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta quinta-feira a liberação da venda de novas linhas de celulares e internet das operadoras TIM, Claro e Oi a partir desta sexta-feira. As vendas foram proibidas pela Anatel no dia 23 de julho, como forma de punição pela má qualidade dos serviços prestados. Como exigência para a liberação, as operadoras tiveram que apresentar planos de investimentos na qualidade da rede e no atendimento aos clientes.
Mesmo depois de liberar a venda dos chips das operadoras punidas, a Anatel não descarta novas suspensões se as empresas não cumprirem as ações de melhoria na qualidade dos serviços que foram prometidas. A Anatel vai monitorar o cumprimento das ações em todos estados a cada três meses.

Lucro da Marisa Lojas recua 33% no 2o trimestre

Reuters 03.08.2012 - A rede de varejo de vestuário Marisa Lojas encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 47,6 milhões de reais, queda de 33 por cento sobre o resultado obtido um ano antes, em meio um resultado operacional mais fraco que foi pressionado por clima menos frio, demanda menor e custos maiores.
No acumulado do primeiro semestre, o lucro apurou uma queda de 55,2 por cento, a 48 milhões de reais.
A companhia apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 120,7 milhões de reais, recuo de 8,9 por cento na mesma comparação.
A margem bruta recuou 6,2 pontos percentuais, para 50,82 por cento, abaixo da média de 54,62 por cento entre 2008 e 2011.
Segundo balanço da empresa, a margem bruta foi afetada por temperaturas mais quentes no período que favoreceram maiores vendas de "mercadorias de meia-estação em detrimento de mercadorias de inverno, que apresentam as maiores margens. Além disso, "remarcações (de preços) para combater as liquidações que foram antecipadas pela concorrência para o mês de junho" afetaram o resultado.
"Seguimos confiantes em relação à contínua recuperação das vendas ao longo do segundo semestre", afirma a companhia no balanço.
A receita líquida consolidada da empresa no período foi de 698,7 milhões de reais, avanço de 10,4 por cento sobre um ano antes. De janeiro a junho a receita totalizou 1,21 bilhão de reais, crescimento de 7,7 por cento ano a ano. O crescimento de vendas no conceito mesmas lojas foi de 4,5 por cento.
Apesar disso, os custos de mercadorias subiram 30,1 por cento, atingindo 286 milhões de reais, impulsionado por "desvalorização do real frente ao dólar, que impactou os custos das mercadorias importadas". As despesas operacionais cresceram 15,9 por cento no segundo trimestre, a 253,3 milhões de reais.

Magazine Luiza é condenado por não pagamento de direitos trabalhistas

Estadão 03.08.2012 - Empresa deve pagar R$ 1,5 mi pela prática do chamado dumping social, que consiste na redução de custos por meio da eliminação de direitos trabalhistas.
O Magazine Luiza foi condenado pela Justiça do Trabalho de Franca, no interior paulista, ao pagamento de R$ 1,5 milhão pela prática de dumping social, que consiste na redução dos custos do negócio a partir da eliminação de direitos trabalhistas. A condenação foi proferida com base no resultado de inspeções realizadas por fiscais do trabalho em diferentes estabelecimentos da empresa, em diversos municípios paulistas.
De acordo com a assessoria de imprensa, a varejista já recorreu da decisão por discordar da sentença. "O Magazine Luiza mantém uma política de práticas exemplares de valorização das pessoas. Por isso, há 14 anos consecutivos, é eleito pelos próprios colaboradores como uma das melhores empresas do País para se trabalhar, segundo avaliação do Instituto Great Place to Work", destacou nota divulgada nesta quinta-feira.
O Magazine Luiza foi alvo de 87 autuações, principalmente, por submeter funcionários a jornadas de trabalho excessivas e desrespeitar intervalos legalmente previstos, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT).
A procuradora do trabalho Regina Duarte da Silva considera que a prática de dumping social resulta em concorrência desleal, já que coloca quem adota a prática em vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. "A prática de dumping social atinge o próprio modelo capitalista com a obtenção de vantagem indevida perante a concorrência por meio de agressões reincidentes à lei trabalhista, que também geram dano à sociedade e à estrutura do Estado", afirmou.
Antes de ingressar com o processo, o MPT firmou dois TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) com o Magazine Luiza, em 1999 e 2003, respectivamente, nos quais ficaram consignadas as obrigações de não exigir dos empregados jornada de trabalho além do permitido pela lei e de registrar o ponto dos funcionários.
Em seguida, a fiscalização do trabalho realizou inspeções em lojas nos municípios de Franca, Araraquara, Matão, Presidente Prudente, Marília, Pedregulho, Santa Rosa do Viterbo, Igarapava, Ituverava, São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Cravinhos, Batatais, Altinópolis, Brodowski e Monte Alto, e identificou o descumprimento das cláusulas do TAC.
Na condenação, o juiz do trabalho Eduardo Souza Braga, da 1ª Vara do Trabalho de Franca, acatou os argumentos do MPT e impôs a condenação no valor de R$ 1,5 milhão a título de indenização por danos morais coletivos, valor tido como suficiente para "satisfazer o binômio ''punitivo-pedagógico'' da sanção".

Lucro do Intesa Sanpaolo cai 37% no 2º trimestre

Estadão 03.08.2012 - O banco italiano Intesa Sanpaolo informou nesta sexta-feira que seu lucro líquido caiu 37% no segundo trimestre deste ano, para 470 milhões de euros (US$ 575,4 milhões), de 741 milhões no mesmo período do ano passado, pressionado por uma queda na receita e aumento de provisões para empréstimos inadimplentes.
Apesar do recuo, o número ficou muito acima do esperado por economistas consultados pela Dow Jones, que previam ganho de 273 milhões de euros.
O Intesa, maior banco da Itália em número de agências, disse que as provisões para empréstimos inadimplentes subiram 37% no primeiro semestre do ano, para 2,1 bilhões de euros, ante os primeiros seis meses de 2011. O volume de empréstimos inadimplentes cresceu 15% no semestre, para 26,10 bilhões de euros.
Já a receita de negócios no mercado caiu para 161 milhões de euros no segundo trimestre, de 541 milhões de euros um ano antes.

Sair da GVT também não seria tarefa fácil para grupo francês

Valor 03.08.2012 - A dificuldade da Vivendi em se desfazer da Activision Blizzard, sua empresa de games, pode colocar a GVT novamente sob os holofotes. A venda da operadora ou a volta da companhia à bolsa são opções que nunca foram completamente descartadas por executivos do grupo francês e que agora devem ser analisadas com mais atenção.
A fatia de 61% que o conglomerado francês detém na empresa americana de games é avaliada em US$ 8,1 bilhões. Com isso, a venda da GVT ou da Maroc Telecom poderiam voltar à mesa, já que a Vivendi precisa de recursos para abater dívidas.
No entanto, vender a GVT também não seria tarefa fácil diante da conjuntura atual. A candidata natural seria a Telefônica - que foi driblada pela Vivendi em uma transação polêmica quando esta adquiriu a operadora brasileira, no fim de 2009. Entretanto, um obstáculo a esse movimento é a situação da Telefónica na Espanha.
A Telefônica não teria dificuldades em captar recursos no Brasil para financiar uma eventual aquisição, mas na consolidação do balanço do grupo acrescentaria mais dívidas em um momento delicado, avalia uma fonte do mercado. Esse mesmo interlocutor vê pouca disposição da TIM e da Oi para disputar a GVT atualmente. A primeira está comprometida em absorver a compra da Atimus. A segunda está tentando recuperar seu vigor comercial.
Restaria a mexicana América Móvil, dona da Claro, da Embratel e da Net. A GVT poderia fazer sentido para o grupo do empresário Carlos Slim, mas a estratégia do bilionário mexicano costuma ser comprar ativos quando eles estão baratos, o que não seria o caso. Não por acaso, recentemente Slim aumentou sua participação na operadora holandesa KPN e tem olhado outros ativos na Europa fragilizada pela crise.
Outra possibilidade para a GVT seria voltar à bolsa. A operadora fez sua oferta inicial de ações no Novo Mercado da Bovespa em 2007 e teve o capital fechado quando a Vivendi adquiriu seu controle. A tese de um nova oferta pública inicial de ações é recorrente e conta com a simpatia do presidente da GVT, Amos Genish, segundo apurou o Valor.
Porém, uma ala do comando da Vivendi não gosta da ideia porque a listagem da GVT poderia impor um desconto no valor implícito da holding do grupo francês. Também não é consenso na Vivendi qual rumo seguir. O então presidente-executivo da companhia, Jean-Bernard Lévy, deixou o cargo no fim de junho supostamente por discordar do desmembramento da unidade de negócios - em oposição ao conselho de administração, mais inclinado a que o conglomerado se desfaça de ativos e escolha as atividades em que deve concentrar esforços.
Procurada, a Vivendi afirmou que não comenta o que disse considerar rumores de mercado.

Dilma já aceita renovar contratos de terminais

Valor 03.08.2012 - A presidente Dilma Rousseff já aceita renovar uma parte dos contratos de terminais portuários arrendados à iniciativa privada antes da Lei 8.630/93 (a Lei dos Portos). Essa disposição marca uma reviravolta no tratamento do assunto. Nos últimos meses, o governo vinha deixando clara a intenção de relicitar 98 terminais, que correspondem a 54% de toda a carga movimentada nos portos do país. Os contratos já venceram ou estão por vencer. Agora, a tendência é renová-los, por um prazo de até 25 anos.
A rigor, o governo trata esse mecanismo como uma "adaptação" dos contratos à Lei dos Portos. Para dar mais tempo aos operadores atuais, no entanto, Dilma exigirá compromissos explícitos de investimentos em aumento da capacidade. Além disso, quer garantias de que os terminais não vão operar com ociosidade, podendo ser usados por outras empresas, mediante o pagamento de tarifas à arrendatária das instalações. Só com o cumprimento de tais condições ela admite uma renovação dos contratos, pelo tempo necessário para amortizar os novos investimentos. Ou seja, haverá prazos diferentes para cada terminal.
Apesar de intensas discussões no Palácio do Planalto, nas últimas quatro semanas, a questão ainda não foi fechada e está sujeita a mudanças. Por isso, não há definição sobre a participação dos portos no "PAC das Concessões", que a presidente deseja lançar ainda em agosto. O certo é que haverá mexidas importantes no marco regulatório do setor.
De acordo com a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), as operadoras atuais planejam investir R$ 10,3 bilhões em modernização das instalações e ampliação da capacidade, caso tenham mais tempo de contrato. Os terminais públicos que foram arrendados pela União antes de 1993 estão espalhados por 19 portos, incluindo os maiores, como Santos, Paranaguá e Itaqui.
O que preocupa o Palácio do Planalto, segundo auxiliares de Dilma, é a situação de terminais mantidos por empresas de combustíveis. Dos 98 terminais com contratos vencidos ou por vencer, 19 são usados para o armazenamento de gasolina, óleo diesel e etanol, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A maioria pertence à Petrobras ou às suas subsidiárias, como Transpetro e BR Distribuidora, mas também há instalações da Esso, da Texaco, da Shell / Cosan e da Ipiranga.
Um eventual desarranjo, a partir de licitações com resultados imprevisíveis, poderia comprometer os atuais esquemas logísticos para a distribuição de combustíveis nessas regiões. Os terminais de combustíveis estão localizados em sete portos: Itaqui (MA), Belém (PA), Santarém (PA), Cabedelo (SE), Recife (PE), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS).
Segundo um assessor da presidente, o processo de renovação dos contratos será feito de forma "seletiva", a partir de uma análise de quais terminais portuários precisam de mais investimentos. Esse funcionário frisa que a repactuação "não será impositiva", nem de um lado nem de outro", e prevê a relicitação ou a mudança de uso para parte dos terminais.
Dilma, conforme relata o assessor, tem adotado uma postura pragmática: busca uma solução que garanta maior participação do capital privado dentro dos portos e a ampliação da capacidade do sistema, preparando-o para atender melhor ao crescimento da demanda de cargas.
Nas reuniões das últimas semanas foi considerada a possibilidade de conceder a administração de portos públicos - hoje nas mãos das companhias docas - a empresas estrangeiras, terceirizando a gestão. Não nos moldes do que foi feito com a concessão de aeroportos, mas no formato de um "contrato de gestão". Com isso, uma das vantagens previstas seria a total despolitização dos cargos nas docas.
Sem que se tenha encontrado nenhuma experiência semelhante no exterior, essa ideia não evoluiu muito e tem pouca chance de se viabilizar, até porque não ficou claro como contornar problemas relacionados à legalidade da medida e ao método de remuneração da operadora terceirizada.
O caminho mais provável segue em outra direção: a participação maior de empresas privadas em serviços portuários auxiliares à operação, como o processamento de cargas ferroviárias na chegada aos portos. Hoje, isso só ocorre em Santos, onde a Portofer assinou contrato de concessão com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), por 25 anos. Formado por um consórcio de empresas ferroviárias, a Portofer opera a malha dentro do porto - 90 quilômetros de trilhos que abrangem a margem esquerda e a margem direita, passando por 24 terminais, do Valongo ao Corredor de Exportação. A ideia que ganhou força dentro do governo é estender essa experiência para outros portos, buscando dar mais eficiência ao processo logístico.
Além das mudanças no marco regulatório, resolvendo pendências que se arrastam há anos no setor, o governo deverá incluir no "PAC das Concessões" projetos de novos portos para administração privada. Os primeiros serão Ilhéus (BA) e Manaus (AM).
Hoje, o único porto integralmente operado pelo setor privado é o de Imbituba (SC), cujo contrato de concessão vence no fim deste ano e também requer uma solução.


Nova diretora da CVM vê mais debates societários

Valor 03.08.2012 - Ana Novaes, que tomou posse ontem como diretora da CVM.
A economista e advogada Ana Dolores Moura Carneiro Novaes tomou posse ontem como diretora da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sem uma agenda pré-definida. "Minha agenda são os desafios que estão na CVM", disse Ana, para confessar, em seguida, que tem um gosto particular pelo direito societário.
"Todo mundo tem suas preferências", brincou. "Mas acredito que esse tema vai esquentar."
Ana destacou alguns pontos que considera relevantes hoje, como o uso de derivativos e a rapidez das negociações em bolsa. Disse ainda estar ciente da herança de seus antecessores na diretoria, Alexsandro Broedel e Eliseu Martins, especialistas em temas contábeis. E reforçou que governança é um tema que lhe é caro. A partir de agora, ela terá dedicação integral à CVM, deixando sua consultoria, a Oitis, e os assentos nos conselhos de administração de CPFL e CCR.
Ela considera positivo o fato de a nova diretoria da autarquia ter uma perfil mais empresarial, caso do novo presidente Leonardo Pereira, ex-diretor da Gol. "Se a autarquia vai fazer uma determinada regulação, que em princípio faz sentido para o regulador, mas tem custo alto para as companhias, a pessoa que esteve do lado das companhias pode ajudar e fazer com que a regulação tenha um benefício melhor."
Em um artigo escrito há pouco mais de um ano para uma coletânea de ensaios, Ana observou que os dilemas do mercado hoje passam pelo surgimento de empresas sem controlador. Ela destacava que a Lei das Sociedades por Ações, de 1976, surgiu em um momento em que a maioria das companhias brasileiras possuía controle familiar. Desde o surgimento do Novo Mercado, segmento diferenciado de governança corporativa criado pela BM&FBovespa há dez anos, aumentou a quantidade de empresas sem controle definido.
Em seguida, ela destacava três temas importantes: o tratamento do acionista minoritário no âmbito de aquisição de controle diretamente no mercado acionário; o papel do conselho de administração e a escolha do conselho fiscal versus o estabelecimento de um comitê de auditoria - mais do que acompanhar, o comitê supervisiona o trabalho das auditorias e assegura a lisura das demonstrações financeiras.
Em conversa com os jornalistas ontem, ela reafirmou que essas questões societárias tendem a ser cada vez mais relevantes.
"Em uma empresa de capital disperso, um acionista que tem 15%, 20% é minoritário ou pode ser considerado controlador", exemplificou Ana. Além disso ela observou que o peso do conselho de administração também cresce. "Estávamos acostumados com conflitos entre controladores e minoritários. Sem controle, o papel de administradores e conselheiros muda e aumenta a necessidade de que eles sejam independentes", disse.
"Já ouvi no mercado, que por anos e anos criticou o controlador, que agora sente falta dessa figura."
Ao concluir o artigo, Ana sugeria à bolsa que criasse dois segmentos para o Novo Mercado - além do tradicional, um outro para empresas de capital disperso. Como diferenciais, elas teriam um conselho de administração formado por maioria de independentes; comitê de auditoria independente e a exigência de oferta pública de aquisição pelo alcance de participação de 30% no capital da companhia ao maior preço pago em 12 meses, entre outros pontos.

Fundo de fornecedores custa a engrenar

Valor 03.08.2012 - Lançados como um instrumento para financiar os fornecedores de grandes empresas, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) voltados para cadeias produtivas têm enfrentado dificuldades para deslanchar.
Em junho, os cotistas do FIDC Bandeirante, criado em dezembro de 2009 para financiar os fornecedores da Embraer, aprovaram a liquidação antecipada da carteira. Outros fundos criados para financiar a cadeia produtiva da Petrobras também encontraram dificuldades para engrenar.
No caso do FIDC dos fornecedores da Embraer, o fundo não conseguiu atingir o nível mínimo requerido em direitos creditórios. Esses créditos se referem aos recebíveis que os fornecedores têm contra a Embraer e são liberados pela fabricante de aviões no momento da entrega dos equipamentos. O portfólio, gerido pela BRZ Investimentos, tinha menos da metade do patrimônio de R$ 8,752 milhões alocado nesses recebíveis, mantendo o restante em caixa porque não conseguia emprestar.
A demora da Embraer em fornecer informações sobre a comprovação da venda das mercadorias para a empresa e a aprovação dos equipamentos recebidos dos fornecedores criava dificuldade para a originação dos créditos e o consequente atraso na liberação dos recursos para a cadeia produtiva. Esse processo demorava até 10 dias, o que comprometia a operação, que na maioria dos casos, tinha prazo de 30 dias.
Durante o período de duração, a carteira ofereceu rendimento médio de 216% do CDI.
Com a restrição dos bancos em conceder créditos para pequenas e médias empresas logo após a crise financeira de 2008, grandes empresas buscaram estruturar FIDCs para dar suporte financeiro a cadeia de fornecedores. A Petrobras já lançou seis fundos que fazem parte de um programa da empresa que pretende atingir R$ 4 bilhões.
A Fiat Automóveis, em parceria com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), também lançou um fundo para apoiar a rede de fornecedores em Betim (MG). A Odebrecht foi outra que criou um fundo para financiar os prestadores de serviço do grupo, que está com uma oferta de R$ 32 milhões em andamento.
A Petrobras foi a pioneira nesse movimento e passou por um processo de reestruturação do modelo adotado para a liberação dos créditos, depois que algumas carteiras, como o FIDC Fornecedores Petrobras BR2, tiveram problemas na aquisição dos recebíveis.
A empresa criou uma gerência responsável por acompanhar o andamento dos FIDCs, o que tornou mais rápido o processo de aprovação da cessão de créditos, além de ampliar os canais de comunicação com os fornecedores. "Antes esse processo demorava até duas semanas, hoje a originação sai em até cinco dias", diz Fernando Muniz, sócio-diretor do BI Invest, que faz a gestão do FIDC BR2.
Os investidores da primeira série do fundo, lançado em dezembro de 2009, resgatarem as cotas.
Com as mudanças da Petrobras, o problema de aquisição dos recebíveis foi resolvido e a BI Invest está com nova emissão de cotas no mercado, que pretende captar R$ 75 milhões, totalizando R$ 90 milhões de patrimônio.
O FIDC lançado pela Plural Capital voltado para a cadeia produtiva da Petrobras, após a reestruturação promovida pela empresa, teve melhor êxito. Do total de R$ 300 milhões de patrimônio, cerca de R$ 150 milhões já estão aplicados em direitos creditórios. "Já temos 16 fornecedores ativos no fundo e o objetivo é chegar a 30", diz Humberto Tupinambá, responsável pela área de óleo e gás da Plural.
Ao todo, já foram desembolsados R$ 3,4 bilhões por meio de seis FIDCs lançados pela Petrobras, contemplando 280 empresas.
O FIDC Cadeias Produtivas Minas Gerais, lançado em fevereiro de 2011 com o objetivo de financiar os fornecedores da Fiat, também demorou para engrenar. A parcela aplicada em direitos creditórios só ultrapassou os 50% do patrimônio previsto na legislação em fevereiro deste ano. "Desenvolvemos uma plataforma eletrônica para que os fornecedores e a Fiat pudessem visualizar os recebíveis disponíveis o que tornou o processo mais eficiente", diz Gustavo Muller, diretor de mercado de capitais da XP Investimentos. O fundo, com R$ 63 milhões de patrimônio, possui cerca de 45 fornecedores com cadastro ativo. As operações envolvem basicamente o desconto de duplicatas que os fornecedores têm contra a Fiat.
A maior dificuldade é convencer os fornecedores a acessar o produto. "Das 100 empresas visitadas, apenas metade realizou cadastro no programa", diz Muller.
Por terem isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), os recursos tomados com os FIDCs saem, muitas vezes, mais baratos que o de linhas de capital de giro. Além disso, como se trata de antecipação de receita, a operação não aumenta o endividamento das empresas, sobrando espaço para tomar financiamento para os investimentos de longo prazo, destaca Tupinambá, da Plural.

Commodities Agrícolas

Valor 03.08.2012 - Ciclone no mapa Uma ameaça climática vinda do Oceano Atlântico fez os preços do suco de laranja reagirem ontem em Nova York. Os contratos para novembro avançaram 85 pontos, a US$ 1,0840 por libra-peso. Joe Nikruto, corretor da R.J. O'Brien, disse à Dow Jones Newswires que a elevação foi baseada na cobertura de posições vendidas, que costuma ter um efeito altista sobre as cotações. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, há possibilidades de que um ciclone tropical se forme na sexta-feira, o que colocou agentes do mercado em alerta, pela possibilidade de danos aos pomares da Flórida, segunda maior região produtora de citros mundial. No mercado spot de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja destinada às indústrias permaneceu em R$ 7, segundo o Cepea/Esalq.
China no comando Após as perdas de quarta-feira, o algodão voltou a registrar alta na bolsa de Nova York ontem. Os papéis com vencimento em dezembro subiram 41 pontos, a 70,97 centavos de dólar por libra-peso. O USDA reportou, também ontem, compras de 16,7 mil fardos da fibra pela China (referentes à safra nova, 2012/13) na semana encerrada em 26 de julho. Segundo o Comitê Consultivo Internacional de Algodão (Icac, na sigla em inglês), o grau de pressão sobre o mercado mundial da commodity dependerá de como a China tratará suas reservas e da quantidade de cotas adicionais de importação que o país terá. No oeste baiano, a arroba de algodão em pluma segue pouco abaixo de R$ 50, de acordo com informações da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Aversão ao risco Em dia de aversão ao risco, depois do desapontamento com a falta de ações do Banco Central Europeu, a soja sofreu com uma realização de lucros e voltou a cair em Chicago. Os contratos para setembro fecharam em queda de 15,25 centavos, a US$ 16,2350 por bushel. Para Steve Cachia, analista da Cerealpar, houve um ajuste de posições, à espera do relatório de oferta e demanda mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na semana que vem. "Os agentes também buscaram se proteger de algumas chuvas que podem atingir as regiões produtoras americanas", disse. Nas principais praças de Mato Grosso, a saca de 60 quilos segue entre R$ 67 e R$ 74, de acordo com informações do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Atenção à Rússia A baixa do milho e as realizações de lucros pesaram sobre o trigo ontem em Chicago. Os contratos para dezembro caíram 14,25 centavos, a US$ 8,7950 por bushel. Em Kansas, onde se negocia o cereal de melhor qualidade, os papéis de mesmo vencimento recuaram 14 centavos, a US$ 8,9150 por bushel. Alguns analistas especulam que a Rússia pode restringir suas exportações, por conta dos danos causados pela seca, e o mercado está confuso. "Teremos incertezas e volatilidade até que se torne mais claro o tamanho da safra russa de trigo e se os embarques serão limitados", disse Jaime Nolan-Miralles, da FCStone Europe, à Dow Jones Newswires. No mercado interno, a saca de 60 quilos no Paraná ficou a R$ 29,08, alta de 0,07%, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).

BCE frustra, Bovespa segue exterior e cai 1,37%

Veja Online – 02.08.2012 - A Bovespa seguiu seus pares no exterior e sucumbiu à realização de lucros nesta quinta-feira após o discurso frustrante do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Internamente, a queda das ações da Petrobras e da Vale também contribuiu para o desempenho negativo da Bolsa.
Com isso, o Ibovespa encerrou com declínio de 1,37%, aos 55.520,40 pontos. Na mínima, o índice atingiu 55.239 pontos (-1,87%) e, na máxima, 56.289 pontos (-0,01%). No mês, a Bolsa passou a cair 1,03% e, no ano, 2,17%. O giro financeiro ficou em R$ 5,601 bilhões.
Após o BCE e o Banco da Inglaterra manterem suas taxas de juros, como esperado pelo mercado, Draghi reiterou seu compromisso com o euro e sugeriu que o BC europeu está pronto para retomar compras de bônus soberanos. Mas ele não deu indicações de quando isso pode acontecer.
"O mercado aguarda um discurso mais enérgico e medidas mais concretas. O BCE já está mais do que na hora de anunciar alguma coisa", disse o operador de mesa da Diferencial Corretora Marco Aurélio Etchegoyen. O profissional acrescentou que a questão é o BCE demorar muito para tomar alguma decisão e as medidas não serem eficientes. "O BCE fica demorando e pode não ter munição suficiente para agir. O que ele (BCE) está aguardando para tomar medidas mais fortes?", ponderou.
Por aqui, os papéis da Petrobras seguiram a performance do petróleo no exterior e caíram. O papel ON recuou 1,18% e o PN, -1,11%. NA sexta-feira após o fechamento dos mercados a petroleira irá informar seu balanço referente ao segundo trimestre do ano. Segundo nove instituições financeiras consultadas pela Agência Estado (BES Securities, Bradesco, BTG Pactual, Credit Suisse, Deutsche Bank, Itaú Corretora, J.P. Morgan, UBS e Votorantim Corretora), a estimativa média é de que a estatal reporte um lucro líquido de R$ 3,24 bilhões. Se confirmado, será o pior número trimestral desde 2002.
No mesmo segmento, as ações da OSX fecharam em alta 2,83%, reagindo a rumores de que o empresário Eike Batista pode anunciar também o fechamento do capital desta empresa. Há alguns dias, o empresário anunciou o cancelamento do registro de companhia aberta da LLX.
Já Vale PN fechou com declínio de 1,71% e a PNA, -1,29%. As ações são influenciadas por informações sobre a cobrança do Departamento Nacional de Produção Nacional (DNPM) feita à Vale, da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), conhecida como os royalties da mineração. Segundo fonte ouvida pela Agência Estado, a conta foi reduzida para R$ 4 bilhões. O mercado esperava uma redução maior. Do lado positivo, o destaque de alta do índice foram as ações da Localiza (+4,72%).
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com queda de 0,71%, o S&P500 cedeu 0,74% e o Nasdaq caiu 0,36%.

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