Daily News
Sotreq
anuncia contrato milionário com Wilson Sons
MonitorMercantil 02.08.2012
- A Sotreq, revendedora brasileira de motores e equipamentos Caterpillar,
fechou, recentemente, um contrato de cerca de R$ 23 milhões com a Wilson Sons,
operadora de serviços portuários, marítimos e logísticos do Brasil. O contrato
prevê a entrega de geradores para seis embarcações que prestarão apoio à
Petrobras na exploração de petróleo na B acia de Campos. A primeira embarcação
acaba de entrar em operação, e a última deverá funcionar em 2014.
- O contrato com a
WIlson Sons é muito relevante para a unidade de petróleo e marítimo da Sotreg,
por se tratar de uma empresa reconhecida no seu mercado de atuação. Além deste
projeto, firmamos contrato para atender outras 14 embarcações das empresas
Astromarítima, Brasbunker, Brasil Supply e Siem Consub - disse Rodrigo Féria,
gerente de Vendas da empresa.
Ainda segundo ele,
"todas essas embarcações fazem parte do Programa de Renovação da Frota de
Apoio Marítimo, lançado pela Petrobras". A procura por grupos geradores da
Caterpillar para atender a esse setor se dá principalmente pela confiabilidade
da marca. Além da tradição, os equipamentos CAT utilizados nos projetos
mencionados contam com índice de nacionalização superior a 60%. Certificados
pela Agência Nacional do Petróleo, os geradores da família 3500 estão sendo
fabricados na unidade de Piracicaba (SP), que foi criada em 2008 e recentemente
ampliada em 2011. Além de oferecer maior potência com baixos níveis de emissões
e consumo de combustível, os grupos geradores da Caterpillar contam com um
dedicado suporte ao produto, oferecido pela Sotreq, que dispõe de mais de 100
profissionais especializados no setor marítimo.
Lucro
da Cetip sobe menos no trimestre
Valor 03.08.2012 - A
redução do ritmo de atividade da economia, principalmente na concessão de
crédito, pesou nos resultados da Cetip, que concentra o registro de ativos e
derivativos no chamado mercado de balcão (fora do ambiente de bolsa) e de
financiamentos de veículos.
A companhia, que
vinha de um longo período de crescimento de dois dígitos, registrou lucro
contábil de R$ 63,5 milhões no segundo trimestre, uma alta de 5,8% ante o
resultado obtido no mesmo período de 2011 e uma redução de 11,1% sobre os três
primeiros meses deste ano.
No conceito ajustado,
que exclui despesas sem efeito no caixa, o lucro líquido da Cetip foi de R$
102,1 milhões, o que representa um aumento de 5,7% em relação ao segundo
trimestre do ano passado e uma queda de 2,7% ante o período de janeiro a março.
A receita líquida e a
geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) apresentaram expansão de 5% ante o segundo
trimestre de 2011. A margem Ebitda ficou estável em 73,5% nos dois períodos.
Para o diretor
financeiro e de relações com investidores da Cetip, Francisco Carlos Gomes,
diante do ambiente adverso no segmento de crédito o resultado foi positivo.
"Existem várias empresas que, mesmo em céu de brigadeiro, não crescem a
essa taxa", compara.
A área de
financiamentos, responsável pelo registro de contratos de empréstimo para a
aquisição de veículos, foi a principal responsável pela redução no ritmo de
crescimento da Cetip. A área, comprada da GRV no fim de 2010, apresentou
redução de 7,1% no faturamento no segundo trimestre deste ano, para R$ 81,4
milhões.
Segundo Gomes, as
medidas de estímulo ao crédito adotadas pelo governo já começaram a surtir
efeito nos números da unidade. A expectativa é que o segundo semestre, em
especial os três últimos meses do ano, sejam melhores. De um modo geral, porém,
a companhia encara 2012 como um "ano de ajustes". Como as linhas de
crédito no país estão concentradas em produtos de curto prazo, o executivo
espera que esse ajuste ocorra de forma rápida.
A área de títulos e
valores mobiliários, que reúne os produtos voltados para o mercado financeiro,
sustentou um crescimento de 17,1% no segundo trimestre deste ano, mas também
sentiu os efeitos da desaceleração econômica. As receitas com o registro de
ativos, por exemplo, apresentaram redução de 12,6% em relação aos meses de
abril a junho de 2011. A queda, porém, foi mais do que compensada pela expansão
de linhas menos dependentes do fluxo de novas transações, como as de custódia e
utilização mensal.
Na linha de novos
produtos, a Cetip programou para 16 de agosto o lançamento da nova plataforma
eletrônica de negociação de títulos de renda fixa, criada em parceria com a
Intercontinental Exchange (ICE). Gomes espera que a ferramenta, batizada de
Cetip Trader, ajude a criar um "pool" de liquidez para esses papéis,
que hoje possuem uma negociação restrita, além de uma nova fonte de receitas
para a companhia.
Editoras
da Abril vendem 44,8 milhões de livros ao governo
Brasil Econômico
03.08.2012 - Editoras do grupo venderão 16,4 milhões de livros didáticos na
nova adoção de materiais para o Ensino Fundamental I.
Material será
utilizado no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático de 2013.
A Abril Educação irá
vender 44,8 milhões de livros didáticos para o governo no âmbito do Programa
Nacional do Livro Didático de 2013 (PNLD 2013).
Em comunicado à
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que as "Editoras
Ática e Scipione totalizaram a venda de 16,4 milhões de livros didáticos na
nova adoção de livros referente ao 1º ao 5º anos do Ensino Fundamental I, e
28,4 milhões nas reposições dos anos anteriores (Ensino Fundamental II e Ensino
Médio)".
A Abril Educação foi
informada do volume nesta quinta-feira (2/8) pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). A receita da venda será formalizada após 17
de agosto, quando está previsto o processamento final das aquisições do
governo.
A empresa ainda frisa
que "nesse volume informado pelo FNDE, não estão contempladas as
quantidades de livros didáticos que serão destinados ao PNLD Campo, com foco no
alunado da rede pública da área rural".
Grupo
Delta Cafés abre empresa no Brasil
CaféPoint 03.08.2012
- A Delta Foods Brasil conta com cinco colaboradores. A aposta no mercado
brasileiro surge no âmbito do esforço de internacionalização do grupo que está
presente em 35 países e de forma direta em Espanha, França, Luxemburgo, Angola
e agora, desde o início do ano, também no Brasil.
A economia do país
apresenta um forte crescimento, com a entrada de 12 milhões de pessoas nas
classes A/B nos últimos 5 anos. De acordo com os números divulgados pela Delta,
97% da população brasileira bebe café, 99% tem por hábito o consumo em casa,
mas apenas 5% tem uma máquina expresso no lar, área onde a Delta se movimenta
com o café em cápsulas Delta Q.
Neste momento, a
exportação já representa 20% da faturação da empresa, sendo que as exportação
aumentou nos primeiros seis meses do ano 35%. Nos planos da empresa, admite o
administrador Rui Miguel Nabeiro em declarações à Lusa, está aumentar a
presença directa do grupo no mercado europeu.
Caixa
suspende concessão de crédito para construtora MRV
Folha 03.08.2012 - A
Caixa Econômica Federal suspendeu a concessão de crédito para a MRV, uma das
principais construtoras do programa Minha Casa Minha Vida.
A medida ocorre após
filiais da empresa terem sido incluídas em cadastro do Ministério do Trabalho
de empregadores que tenham submetido funcionários a condições análogas às de
escravo.
"Enquanto o
problema que deu origem à inclusão não for resolvido, o infrator fica impedido
de ter acesso a novos créditos", diz em nota.
A MRV teve dois
projetos de condomínios residenciais no interior de São Paulo incluídos na relação.
Os projetos da MRV listados no cadastro são Residencial Parque Borghesi, em
Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana.
O banco é signatário
do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil. Segundo a
Caixa, no momento não há propostas em vias de ser contratadas com a MRV.
Caso a construtora
solicite novo financiamento, a instituição bancária diz que solicitará
informações complementares ou cópias de documentos relacionados à ação fiscal
que deu origem à inclusão no cadastro. Em relação às operações já contratadas,
não haverá restrições, "uma vez que uma event ual
paralisação de obras já iniciadas, além dos sérios prejuízos
econômico-financeiros, resultaria, de pronto, em desemprego dos trabalhadores
que estejam sendo utilizados nessas obras."
Outro lado:
Procurada, a MRV diz acreditar que a situação será resolvida em um curto prazo
e, para isso, trabalha juntamente aos órgãos competentes para prestar os
devidos esclarecimentos.
Cadastro: Segundo
comunicado do ministério, na última atualização do cadastro, de 31 de julho,
118 nomes de empregadores infratores foram incluídos, seja de atuação no meio
rural, como no urbano.
Para ter o nome
retirado do cadastro de trabalho escravo, o ministério impõe como condição
monitoramento direto ou indireto por dois anos para "verificar a não
reincidência na prática do trabalho escravo e o pagamento das multas
resultantes da ação fiscal".
"Apenas nove
empregadores lograram êxito, nesta atualização, em comprovar os requisitos para
a devida exclusão", afirmou o ministério.
Renault
investe R$ 40 mi em fábrica de motores no Paraná
Brasil Econômico
03.08.2012 - Corte de custos está na agenda futura da Renault. Montadora
francesa amplia capacidade instalada impulsionada pelas vendas para a Argentina
e a Colômbia.
A retomada das vendas
da Renault na Argentina e Colômbia fez a montadora acelerar a produção de sua
fábrica de motores em São José dos Pinhais, no Paraná.
A empresa vai
investir R$ 40 milhões na ampliação da capacidade instalada da unidade, que
passará de 400 mil propulsores por ano para 500 mil equipamentos anuais.
O presidente da
montadora para o Brasil, Olivier Murquet, disse que esses aportes são
adicionais ao R$ 1,5 bilhão que está em fase de aplicação na unidade
paranaense.
"Praticamente
40% da produção será exportada para nossas operações para esses países. Além
disso, embarcamos também motores para a Nissan, que fabrica carros com motor
1.0 litros no México para o mercado brasileiro. Mas, o que realmente
impulsionou esse incremento na produção foi a Argentina", disse.
"Lá vamos vender
110 mil carros este ano, o que vai dar àquele país a sexta colocação no ranking
de vendas da Renault".
Com a expansão da
unidade de motores a Renault vai contratar mais 100 pessoas, o que vai elevar o
quadro de funcionários de 400 para 500 empregados na linha de montagem.
"Trabalhamos em quatro turnos de produção de motores para atender à
demanda crescente desses mercados".
A montadora trabalha
a todo vapor no Paraná. Ela deve atingir este ano a capacidade de produção de
220 mil carros por ano.
Isso porque, apesar
do mercado brasileiro ter se retraído no primeiro semestre do ano - a queda foi
de 0,4% no período em relação aos últimos seis meses de 2011- a Renault teve de
acelerar a produção para formar estoques que serão consumidos quando a unidade
ficar parada por cerca de dois meses a partir de novembro deste ano.
"Nossas vendas
devem crescer cerca de 15% este ano, o mercado deverá chegar a 3,6 milhões de
carros vendidos", estima. "Isso somente foi possível com o incentivo
do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Sem ele, nosso ritmo
seria reduzido e já avaliávamos parar a fábrica por mais tempo", disse
Murquet. A Renault deverá deter uma participação de mercado de cerca de 6,5%
este ano. Em 2011, ela alcançou 5,8% das vendas de automóveis no país, com 194
mil unidades comercializadas.
Futuro: Murquet não
esconde que a companhia pode repensar futuros investimentos na unidade
brasileira. "Hoje, as despesas em nossa fábrica aqui são equivalentes às
nossas unidades na França. Há cinco anos a diferença era de cerca de 20%.
Precisamos de medidas
mais estruturantes para diminuir o chamado custo Brasil e assim tornar o país
mais competitivo", disse.
Para se ter uma
ideia, somente com as medidas de desoneração na energia elétrica implementadas
pelo governo na semana passada, vão impactar nos custos da Renault em 10%.
"Temos de ser
mais eficientes nos sistemas produtivos para diminuir o impacto do custo Brasil
na operação. Além disso, sempre conversamos com nossos fornecedores para juntos
implementarmos medidas nesse sentido. Mas, é bem verdade que há peças que são
bem mais baratas em países asiáticos", afirmou o executivo.
Hoje, o índice de
nacionalização dos automóveis da Renault é de cerca de 80%. "Se continuar
com os custos nesse patamar avaliamos realizar mais compras fora. Hoje, nossa
política é de localizar nosso conteúdo. O problema dos custos estará na agenda
da Renault nos próximos anos".
Coca-Cola
terá nova fábrica de sucos
Valor 03.08.2012 -
Ribeiro, diretor da SABB Coca-Cola: "Estamos atrasados, a seca [no
Nordeste] atrapalhou o nosso planejamento".
A SABB Coca-Cola vai
construir uma nova fábrica de sucos no Brasil. A unidade provavelmente será
localizada no Nordeste em uma área de 200 mil m2, sendo 50 mil m2 construídos,
e terá um investimento de R$ 500 milhões. A SABB (Sistema de Alimentos e
Bebidas do Brasil) é uma joint venture formada pela multinacional e 16
fabricantes regionais de bebidas sem gás no país.
De acordo com o
diretor de relações institucionais e jurídicas da SABB Coca-Cola, Mauro
Ribeiro, a expectativa é que a unidade entre em operação no fim de 2014.
"Estamos atrasados, a seca [no Nordeste] atrapalhou o nosso
planejamento", disse. A nova fábrica também produzirá isotônicos.
Ribeiro conta que a
empresa ainda não bateu o martelo em relação ao Estado em que construirá a nova
unidade. Até o momento, está sendo considerada não apenas a disponibilidade de
terrenos, mas também de água, que responde por 50% da composição do suco pronto
para beber.
A nova fábrica já
nascerá com a certificação de construção e operações sustentáveis, segundo o
executivo. Hoje a SABB Coca-Cola tem apenas uma unidade de produção de sucos no
Brasil, no município de Linhares, no Espírito Santo.
Anualmente a empresa
coloca no mercado 2 bilhões de litros de suco. A capacidade produtiva inicial
da nova unidade será de 70 milhões de litros anuais, mas a ideia é que ela
atinja a mesma produção da fábrica já existente.
A multinacional
produz, agrupadas sob a marca Del Valle, uma linha que inclui néctares (suco
feito com pelo menos 25% de polpa de fruta), bebidas de frutas, à base de soja
e achocolatados. Entre seus concorrentes estão a Wow Nutrition, com a marca
Sufresh, e a pernambucana Ebba, fabricante de Maguary e Dafruta.
Com a nova unidade, a
multinacional deve reforçar sua presença em um mercado no qual já é líder (com
a marca Del Valle) e que vem crescendo aceleradamente no Brasil. Só em 2011,
segundo dados da Euromonitor, o setor registrou expansão de 30%, para US$ 3,58
bilhões. O valor envolve diferentes subcategorias: néctares (a maior, com US$
1,96 bilhão), sucos integrais (100% de fruta) e refrescos (10% ou menos de polpa
de fruta).
Os investimentos
integram o plano de expansão do Sistema Coca-Cola (que considera também
refrigerantes) no país, iniciado em 2010, e que prevê a aplicação de R$ 11
bilhões até 2014.
Syngenta
inaugura fábrica de U$ 100 milhões para setor de cana
JCRJ 02.08.2012 - A
Syngenta inaugura hoje sua primeira unidade no mundo para a produção de Plene,
tecnologia desenvolvida no Brasil, para simplificar e aumentar a eficiência do
plantio dos canaviais. Foram investidos 100 milhões de dólares na fábrica
situada em Itápolis, noroeste do Estado de São Paulo, que já produz Plene para
os principais grupos do setor sucroenergético do Brasil. A Syngenta planeja
investir, ainda, na duplicação da estrutura e capacidade produtiva da fábrica.
Plene é uma tecnologia que revoluciona o manejo da cultura, ao oferecer toletes
de cana de apenas 5 centímetros, tratados contra doenças e pragas, garantindo
sanidade, pureza e rastreabilidade no plantio. Além disso, segundo a empresa, a
adoção de Plene® viabiliza uma menor compactação do solo ao possibilitar o uso
de equipamentos menores e mais leves. “Unindo tecnologia, serviços e
conhecimento, Plene exemplifica o conceito de soluções integradas da Syngenta,
no qual vamos além de um único produto, pensando na melhor resposta para as
reais necessidades do produtor” diz Antonio Carlos Guimarães, diretor-geral da
Syngenta para a América Latina. A tecnologia representa uma evolução em relação
ao sistema convencional, no qual são usadas colmos de 40 centímetros e até 18
toneladas de cana para plantio de um único hectare, enquanto Plene® requer
apenas 1,5 tonelada para a mesma área.
O setor
sucroenergético tem o grande desafio de aumentar a produtividade dos campos
para atender a crescente demanda por mais energia e alimento. Como um canavial
pode passar por até cinco colheitas antes de ser replantado, o estabelecimento
da cana no solo é um ponto crucial para que cada safra seja produtiva. Plene®
contribui para isso possibilitando que a cana se enraíze melhor, garantindo um
melhor estabelecimento das plantas, um perfilhamento mais equilibrado e redução
de custos.
“Entendemos que os
desafios para aumento da produtividade são vários. Somente com a integração de
tecnologias e conhecimento poderemos trazer a cana um salto produtivo e
sustentável e Plene é uma das respostas para isso”, diz o Diretor Global de
Cana de açúcar da Syngenta, Daniel Bachner. O potencial de receita de Plene é
de 500 milhões de dólares. “Trata-se de um dos principais projetos da Syngenta
no mundo, e o mais importante em toda a América Latina” conclui Bachner.
Agronegocio
Folha 03.08.2012 -
Oito em cada dez empresas do setor de agronegócio se dizem preparadas para
aumentar em 40% sua produção no Brasil até 2020, de acordo com estudo da
Amcham.
O crescimento é o
desejado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)
para que o país contribua com a oferta de alimentos necessária para a população
mundial em oito anos.
Com o objetivo de
garantir o aumento da produção nesse período, 71% das empresas pretendem
investir na diversificação do seu portfólio.
A qualificação de
funcionários e o desenvolvimento de novas tecnologias aparecem na sequência,
com 50% e 43%, respectivamente.
Masterzinc
Folha 03.08.2012 - A
gaúcha Masterzinc, que trabalha com galvanização (tecnologia que protege o aço
contra corrosão), vai entrar no setor de energia.
Com aporte de R$ 20
milhões, a companhia irá criar uma nova empresa, a Masterenergia, para fabricar
torres e equipamentos para transmissão de energia.
"Encomendamos um
estudo de mercado, que apontou que esse é um setor que terá bom crescimento nos
próximos dez anos. Não existem nem dez empresas no Brasil que trabalham com
construção de torres", diz Alex Godoy, sócio da Masterzinc.
A planta terá
capacidade para produzir 1.800 toneladas de equipamentos por mês. Uma torre
leve pesa quatro toneladas, enquanto as mais pesadas podem chegar a 750
toneladas.
A nova fábrica será
instalada em Canoas e o acabamento e a expedição dos produtos serão feitos na
unidade de Charqueadas, onde a empresa faz galvanização. As duas cidades ficam
na região metropolitana de Porto Alegre. R$ 20 MILHÕES serão investidos na
fábrica, 1.800 TONELADAS poderão ser produzidas por mês na unidade, 3.500 m2 de
área construída terá a planta, 3 empresas serão as principais concorrentes: SAE
Towers (MG), Damp (MG) e Brametal (ES) e 750 TONELADAS podem pesar as maiores
torres, as menores tem quatro toneladas.
Anatel
libera Oi, Claro e TIM a vender chips
MonitorMercantil
02.08.2012 - Depois de 11 dias de proibição, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta quinta-feira a liberação da venda de
novas linhas de celulares e internet das operadoras TIM, Claro e Oi a partir
desta sexta-feira. As vendas foram proibidas pela Anatel no dia 23 de julho,
como forma de punição pela má qualidade dos serviços prestados. Como exigência
para a liberação, as operadoras tiveram que apresentar planos de investimentos
na qualidade da rede e no atendimento aos clientes.
Mesmo depois de
liberar a venda dos chips das operadoras punidas, a Anatel não descarta novas
suspensões se as empresas não cumprirem as ações de melhoria na qualidade dos
serviços que foram prometidas. A Anatel vai monitorar o cumprimento das ações
em todos estados a cada três meses.
Lucro
da Marisa Lojas recua 33% no 2o trimestre
Reuters 03.08.2012 -
A rede de varejo de vestuário Marisa Lojas encerrou o segundo trimestre com
lucro líquido de 47,6 milhões de reais, queda de 33 por cento sobre o resultado
obtido um ano antes, em meio um resultado operacional mais fraco que foi
pressionado por clima menos frio, demanda menor e custos maiores.
No acumulado do
primeiro semestre, o lucro apurou uma queda de 55,2 por cento, a 48 milhões de
reais.
A companhia apurou
geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda) de 120,7 milhões de reais, recuo de 8,9 por cento na mesma
comparação.
A margem bruta recuou
6,2 pontos percentuais, para 50,82 por cento, abaixo da média de 54,62 por
cento entre 2008 e 2011.
Segundo balanço da
empresa, a margem bruta foi afetada por temperaturas mais quentes no período
que favoreceram maiores vendas de "mercadorias de meia-estação em
detrimento de mercadorias de inverno, que apresentam as maiores margens. Além
disso, "remarcações (de preços) para combater as liquidações que foram
antecipadas pela concorrência para o mês de junho" afetaram o resultado.
"Seguimos
confiantes em relação à contínua recuperação das vendas ao longo do segundo
semestre", afirma a companhia no balanço.
A receita líquida
consolidada da empresa no período foi de 698,7 milhões de reais, avanço de 10,4
por cento sobre um ano antes. De janeiro a junho a receita totalizou 1,21
bilhão de reais, crescimento de 7,7 por cento ano a ano. O crescimento de
vendas no conceito mesmas lojas foi de 4,5 por cento.
Apesar disso, os
custos de mercadorias subiram 30,1 por cento, atingindo 286 milhões de reais,
impulsionado por "desvalorização do real frente ao dólar, que impactou os
custos das mercadorias importadas". As despesas operacionais cresceram
15,9 por cento no segundo trimestre, a 253,3 milhões de reais.
Magazine
Luiza é condenado por não pagamento de direitos trabalhistas
Estadão 03.08.2012 -
Empresa deve pagar R$ 1,5 mi pela prática do chamado dumping social, que consiste
na redução de custos por meio da eliminação de direitos trabalhistas.
O Magazine Luiza foi
condenado pela Justiça do Trabalho de Franca, no interior paulista, ao
pagamento de R$ 1,5 milhão pela prática de dumping social, que consiste na
redução dos custos do negócio a partir da eliminação de direitos trabalhistas.
A condenação foi proferida com base no resultado de inspeções realizadas por
fiscais do trabalho em diferentes estabelecimentos da empresa, em diversos
municípios paulistas.
De acordo com a
assessoria de imprensa, a varejista já recorreu da decisão por discordar da
sentença. "O Magazine Luiza mantém uma política de práticas exemplares de
valorização das pessoas. Por isso, há 14 anos consecutivos, é eleito pelos
próprios colaboradores como uma das melhores empresas do País para se
trabalhar, segundo avaliação do Instituto Great Place to Work", destacou
nota divulgada nesta quinta-feira.
O Magazine Luiza foi
alvo de 87 autuações, principalmente, por submeter funcionários a jornadas de
trabalho excessivas e desrespeitar intervalos legalmente previstos, segundo o
Ministério Público do Trabalho (MPT).
A procuradora do
trabalho Regina Duarte da Silva considera que a prática de dumping social
resulta em concorrência desleal, já que coloca quem adota a prática em vantagem
competitiva em relação aos seus concorrentes. "A prática de dumping social
atinge o próprio modelo capitalista com a obtenção de vantagem indevida perante
a concorrência por meio de agressões reincidentes à lei trabalhista, que também
geram dano à sociedade e à estrutura do Estado", afirmou.
Antes de ingressar
com o processo, o MPT firmou dois TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) com o
Magazine Luiza, em 1999 e 2003, respectivamente, nos quais ficaram consignadas
as obrigações de não exigir dos empregados jornada de trabalho além do
permitido pela lei e de registrar o ponto dos funcionários.
Em seguida, a
fiscalização do trabalho realizou inspeções em lojas nos municípios de Franca,
Araraquara, Matão, Presidente Prudente, Marília, Pedregulho, Santa Rosa do
Viterbo, Igarapava, Ituverava, São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Cravinhos,
Batatais, Altinópolis, Brodowski e Monte Alto, e identificou o descumprimento
das cláusulas do TAC.
Na condenação, o juiz
do trabalho Eduardo Souza Braga, da 1ª Vara do Trabalho de Franca, acatou os
argumentos do MPT e impôs a condenação no valor de R$ 1,5 milhão a título de
indenização por danos morais coletivos, valor tido como suficiente para
"satisfazer o binômio ''punitivo-pedagógico'' da sanção".
Lucro
do Intesa Sanpaolo cai 37% no 2º trimestre
Estadão 03.08.2012 -
O banco italiano Intesa Sanpaolo informou nesta sexta-feira que seu lucro
líquido caiu 37% no segundo trimestre deste ano, para 470 milhões de euros (US$
575,4 milhões), de 741 milhões no mesmo período do ano passado, pressionado por
uma queda na receita e aumento de provisões para empréstimos inadimplentes.
Apesar do recuo, o
número ficou muito acima do esperado por economistas consultados pela Dow
Jones, que previam ganho de 273 milhões de euros.
O Intesa, maior banco
da Itália em número de agências, disse que as provisões para empréstimos
inadimplentes subiram 37% no primeiro semestre do ano, para 2,1 bilhões de
euros, ante os primeiros seis meses de 2011. O volume de empréstimos
inadimplentes cresceu 15% no semestre, para 26,10 bilhões de euros.
Já a receita de
negócios no mercado caiu para 161 milhões de euros no segundo trimestre, de 541
milhões de euros um ano antes.
Sair
da GVT também não seria tarefa fácil para grupo francês
Valor 03.08.2012 - A
dificuldade da Vivendi em se desfazer da Activision Blizzard, sua empresa de
games, pode colocar a GVT novamente sob os holofotes. A venda da operadora ou a
volta da companhia à bolsa são opções que nunca foram completamente descartadas
por executivos do grupo francês e que agora devem ser analisadas com mais
atenção.
A fatia de 61% que o
conglomerado francês detém na empresa americana de games é avaliada em US$ 8,1
bilhões. Com isso, a venda da GVT ou da Maroc Telecom poderiam voltar à mesa,
já que a Vivendi precisa de recursos para abater dívidas.
No entanto, vender a
GVT também não seria tarefa fácil diante da conjuntura atual. A candidata natural
seria a Telefônica - que foi driblada pela Vivendi em uma transação polêmica
quando esta adquiriu a operadora brasileira, no fim de 2009. Entretanto, um
obstáculo a esse movimento é a situação da Telefónica na Espanha.
A Telefônica não
teria dificuldades em captar recursos no Brasil para financiar uma event ual aquisição, mas na consolidação do balanço
do grupo acrescentaria mais dívidas em um momento delicado, avalia uma fonte do
mercado. Esse mesmo interlocutor vê pouca disposição da TIM e da Oi para
disputar a GVT atualmente. A primeira está comprometida em absorver a compra da
Atimus. A segunda está tentando recuperar seu vigor comercial.
Restaria a mexicana
América Móvil, dona da Claro, da Embratel e da Net. A GVT poderia fazer sentido
para o grupo do empresário Carlos Slim, mas a estratégia do bilionário mexicano
costuma ser comprar ativos quando eles estão baratos, o que não seria o caso.
Não por acaso, recentemente Slim aumentou sua participação na operadora
holandesa KPN e tem olhado outros ativos na Europa fragilizada pela crise.
Outra possibilidade
para a GVT seria voltar à bolsa. A operadora fez sua oferta inicial de ações no
Novo Mercado da Bovespa em 2007 e teve o capital fechado quando a Vivendi
adquiriu seu controle. A tese de um nova oferta pública inicial de ações é
recorrente e conta com a simpatia do presidente da GVT, Amos Genish, segundo
apurou o Valor.
Porém, uma ala do
comando da Vivendi não gosta da ideia porque a listagem da GVT poderia impor um
desconto no valor implícito da holding do grupo francês. Também não é consenso
na Vivendi qual rumo seguir. O então presidente-executivo da companhia,
Jean-Bernard Lévy, deixou o cargo no fim de junho supostamente por discordar do
desmembramento da unidade de negócios - em oposição ao conselho de
administração, mais inclinado a que o conglomerado se desfaça de ativos e
escolha as atividades em que deve concentrar esforços.
Procurada, a Vivendi
afirmou que não comenta o que disse considerar rumores de mercado.
Dilma
já aceita renovar contratos de terminais
Valor 03.08.2012 - A
presidente Dilma Rousseff já aceita renovar uma parte dos contratos de
terminais portuários arrendados à iniciativa privada antes da Lei 8.630/93 (a
Lei dos Portos). Essa disposição marca uma reviravolta no tratamento do
assunto. Nos últimos meses, o governo vinha deixando clara a intenção de
relicitar 98 terminais, que correspondem a 54% de toda a carga movimentada nos
portos do país. Os contratos já venceram ou estão por vencer. Agora, a
tendência é renová-los, por um prazo de até 25 anos.
A rigor, o governo
trata esse mecanismo como uma "adaptação" dos contratos à Lei dos
Portos. Para dar mais tempo aos operadores atuais, no entanto, Dilma exigirá
compromissos explícitos de investimentos em aumento da capacidade. Além disso,
quer garantias de que os terminais não vão operar com ociosidade, podendo ser
usados por outras empresas, mediante o pagamento de tarifas à arrendatária das
instalações. Só com o cumprimento de tais condições ela admite uma renovação
dos contratos, pelo tempo necessário para amortizar os novos investimentos. Ou
seja, haverá prazos diferentes para cada terminal.
Apesar de intensas
discussões no Palácio do Planalto, nas últimas quatro semanas, a questão ainda
não foi fechada e está sujeita a mudanças. Por isso, não há definição sobre a
participação dos portos no "PAC das Concessões", que a presidente
deseja lançar ainda em agosto. O certo é que haverá mexidas importantes no
marco regulatório do setor.
De acordo com a Associação
Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), as operadoras atuais planejam
investir R$ 10,3 bilhões em modernização das instalações e ampliação da
capacidade, caso tenham mais tempo de contrato. Os terminais públicos que foram
arrendados pela União antes de 1993 estão espalhados por 19 portos, incluindo
os maiores, como Santos, Paranaguá e Itaqui.
O que preocupa o
Palácio do Planalto, segundo auxiliares de Dilma, é a situação de terminais
mantidos por empresas de combustíveis. Dos 98 terminais com contratos vencidos
ou por vencer, 19 são usados para o armazenamento de gasolina, óleo diesel e
etanol, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A maioria pertence à
Petrobras ou às suas subsidiárias, como Transpetro e BR Distribuidora, mas
também há instalações da Esso, da Texaco, da Shell / Cosan e da Ipiranga.
Um event ual desarranjo, a partir de licitações com
resultados imprevisíveis, poderia comprometer os atuais esquemas logísticos
para a distribuição de combustíveis nessas regiões. Os terminais de
combustíveis estão localizados em sete portos: Itaqui (MA), Belém (PA),
Santarém (PA), Cabedelo (SE), Recife (PE), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS).
Segundo um assessor
da presidente, o processo de renovação dos contratos será feito de forma
"seletiva", a partir de uma análise de quais terminais portuários
precisam de mais investimentos. Esse funcionário frisa que a repactuação
"não será impositiva", nem de um lado nem de outro", e prevê a
relicitação ou a mudança de uso para parte dos terminais.
Dilma, conforme
relata o assessor, tem adotado uma postura pragmática: busca uma solução que
garanta maior participação do capital privado dentro dos portos e a ampliação
da capacidade do sistema, preparando-o para atender melhor ao crescimento da
demanda de cargas.
Nas reuniões das
últimas semanas foi considerada a possibilidade de conceder a administração de
portos públicos - hoje nas mãos das companhias docas - a empresas estrangeiras,
terceirizando a gestão. Não nos moldes do que foi feito com a concessão de
aeroportos, mas no formato de um "contrato de gestão". Com isso, uma
das vantagens previstas seria a total despolitização dos cargos nas docas.
Sem que se tenha
encontrado nenhuma experiência semelhante no exterior, essa ideia não evoluiu
muito e tem pouca chance de se viabilizar, até porque não ficou claro como
contornar problemas relacionados à legalidade da medida e ao método de
remuneração da operadora terceirizada.
O caminho mais
provável segue em outra direção: a participação maior de empresas privadas em
serviços portuários auxiliares à operação, como o processamento de cargas
ferroviárias na chegada aos portos. Hoje, isso só ocorre em Santos, onde a
Portofer assinou contrato de concessão com a Companhia Docas do Estado de São
Paulo (Codesp), por 25 anos. Formado por um consórcio de empresas ferroviárias,
a Portofer opera a malha dentro do porto - 90 quilômetros de trilhos que
abrangem a margem esquerda e a margem direita, passando por 24 terminais, do
Valongo ao Corredor de Exportação. A ideia que ganhou força dentro do governo é
estender essa experiência para outros portos, buscando dar mais eficiência ao
processo logístico.
Além das mudanças no
marco regulatório, resolvendo pendências que se arrastam há anos no setor, o
governo deverá incluir no "PAC das Concessões" projetos de novos
portos para administração privada. Os primeiros serão Ilhéus (BA) e Manaus
(AM).
Hoje, o único porto
integralmente operado pelo setor privado é o de Imbituba (SC), cujo contrato de
concessão vence no fim deste ano e também requer uma solução.
Nova
diretora da CVM vê mais debates societários
Valor 03.08.2012 -
Ana Novaes, que tomou posse ontem como diretora da CVM.
A economista e
advogada Ana Dolores Moura Carneiro Novaes tomou posse ontem como diretora da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sem uma agenda pré-definida. "Minha
agenda são os desafios que estão na CVM", disse Ana, para confessar, em
seguida, que tem um gosto particular pelo direito societário.
"Todo mundo tem
suas preferências", brincou. "Mas acredito que esse tema vai
esquentar."
Ana destacou alguns
pontos que considera relevantes hoje, como o uso de derivativos e a rapidez das
negociações em bolsa. Disse ainda estar ciente da herança de seus antecessores
na diretoria, Alexsandro Broedel e Eliseu Martins, especialistas em temas
contábeis. E reforçou que governança é um tema que lhe é caro. A partir de
agora, ela terá dedicação integral à CVM, deixando sua consultoria, a Oitis, e
os assentos nos conselhos de administração de CPFL e CCR.
Ela considera
positivo o fato de a nova diretoria da autarquia ter uma perfil mais
empresarial, caso do novo presidente Leonardo Pereira, ex-diretor da Gol.
"Se a autarquia vai fazer uma determinada regulação, que em princípio faz
sentido para o regulador, mas tem custo alto para as companhias, a pessoa que
esteve do lado das companhias pode ajudar e fazer com que a regulação tenha um
benefício melhor."
Em um artigo escrito
há pouco mais de um ano para uma coletânea de ensaios, Ana observou que os
dilemas do mercado hoje passam pelo surgimento de empresas sem controlador. Ela
destacava que a Lei das Sociedades por Ações, de 1976, surgiu em um momento em
que a maioria das companhias brasileiras possuía controle familiar. Desde o
surgimento do Novo Mercado, segmento diferenciado de governança corporativa
criado pela BM&FBovespa há dez anos, aumentou a quantidade de empresas sem
controle definido.
Em seguida, ela
destacava três temas importantes: o tratamento do acionista minoritário no
âmbito de aquisição de controle diretamente no mercado acionário; o papel do
conselho de administração e a escolha do conselho fiscal versus o
estabelecimento de um comitê de auditoria - mais do que acompanhar, o comitê
supervisiona o trabalho das auditorias e assegura a lisura das demonstrações
financeiras.
Em conversa com os
jornalistas ontem, ela reafirmou que essas questões societárias tendem a ser
cada vez mais relevantes.
"Em uma empresa
de capital disperso, um acionista que tem 15%, 20% é minoritário ou pode ser
considerado controlador", exemplificou Ana. Além disso ela observou que o
peso do conselho de administração também cresce. "Estávamos acostumados
com conflitos entre controladores e minoritários. Sem controle, o papel de administradores
e conselheiros muda e aumenta a necessidade de que eles sejam
independentes", disse.
"Já ouvi no
mercado, que por anos e anos criticou o controlador, que agora sente falta
dessa figura."
Ao concluir o artigo,
Ana sugeria à bolsa que criasse dois segmentos para o Novo Mercado - além do
tradicional, um outro para empresas de capital disperso. Como diferenciais,
elas teriam um conselho de administração formado por maioria de independentes;
comitê de auditoria independente e a exigência de oferta pública de aquisição
pelo alcance de participação de 30% no capital da companhia ao maior preço pago
em 12 meses, entre outros pontos.
Fundo
de fornecedores custa a engrenar
Valor 03.08.2012 -
Lançados como um instrumento para financiar os fornecedores de grandes
empresas, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) voltados
para cadeias produtivas têm enfrentado dificuldades para deslanchar.
Em junho, os cotistas
do FIDC Bandeirante, criado em dezembro de 2009 para financiar os fornecedores
da Embraer, aprovaram a liquidação antecipada da carteira. Outros fundos
criados para financiar a cadeia produtiva da Petrobras também encontraram
dificuldades para engrenar.
No caso do FIDC dos
fornecedores da Embraer, o fundo não conseguiu atingir o nível mínimo requerido
em direitos creditórios. Esses créditos se referem aos recebíveis que os
fornecedores têm contra a Embraer e são liberados pela fabricante de aviões no
momento da entrega dos equipamentos. O portfólio, gerido pela BRZ Investimentos,
tinha menos da metade do patrimônio de R$ 8,752 milhões alocado nesses
recebíveis, mantendo o restante em caixa porque não conseguia emprestar.
A demora da Embraer
em fornecer informações sobre a comprovação da venda das mercadorias para a empresa
e a aprovação dos equipamentos recebidos dos fornecedores criava dificuldade
para a originação dos créditos e o consequente atraso na liberação dos recursos
para a cadeia produtiva. Esse processo demorava até 10 dias, o que comprometia
a operação, que na maioria dos casos, tinha prazo de 30 dias.
Durante o período de
duração, a carteira ofereceu rendimento médio de 216% do CDI.
Com a restrição dos
bancos em conceder créditos para pequenas e médias empresas logo após a crise
financeira de 2008, grandes empresas buscaram estruturar FIDCs para dar suporte
financeiro a cadeia de fornecedores. A Petrobras já lançou seis fundos que
fazem parte de um programa da empresa que pretende atingir R$ 4 bilhões.
A Fiat Automóveis, em
parceria com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), também lançou
um fundo para apoiar a rede de fornecedores em Betim (MG). A Odebrecht foi
outra que criou um fundo para financiar os prestadores de serviço do grupo, que
está com uma oferta de R$ 32 milhões em andamento.
A Petrobras foi a
pioneira nesse movimento e passou por um processo de reestruturação do modelo
adotado para a liberação dos créditos, depois que algumas carteiras, como o
FIDC Fornecedores Petrobras BR2, tiveram problemas na aquisição dos recebíveis.
A empresa criou uma
gerência responsável por acompanhar o andamento dos FIDCs, o que tornou mais
rápido o processo de aprovação da cessão de créditos, além de ampliar os canais
de comunicação com os fornecedores. "Antes esse processo demorava até duas
semanas, hoje a originação sai em até cinco dias", diz Fernando Muniz,
sócio-diretor do BI Invest, que faz a gestão do FIDC BR2.
Os investidores da
primeira série do fundo, lançado em dezembro de 2009, resgatarem as cotas.
Com as mudanças da
Petrobras, o problema de aquisição dos recebíveis foi resolvido e a BI Invest
está com nova emissão de cotas no mercado, que pretende captar R$ 75 milhões,
totalizando R$ 90 milhões de patrimônio.
O FIDC lançado pela
Plural Capital voltado para a cadeia produtiva da Petrobras, após a
reestruturação promovida pela empresa, teve melhor êxito. Do total de R$ 300
milhões de patrimônio, cerca de R$ 150 milhões já estão aplicados em direitos
creditórios. "Já temos 16 fornecedores ativos no fundo e o objetivo é
chegar a 30", diz Humberto Tupinambá, responsável pela área de óleo e gás
da Plural.
Ao todo, já foram
desembolsados R$ 3,4 bilhões por meio de seis FIDCs lançados pela Petrobras,
contemplando 280 empresas.
O FIDC Cadeias
Produtivas Minas Gerais, lançado em fevereiro de 2011 com o objetivo de
financiar os fornecedores da Fiat, também demorou para engrenar. A parcela
aplicada em direitos creditórios só ultrapassou os 50% do patrimônio previsto
na legislação em fevereiro deste ano. "Desenvolvemos uma plataforma
eletrônica para que os fornecedores e a Fiat pudessem visualizar os recebíveis
disponíveis o que tornou o processo mais eficiente", diz Gustavo Muller,
diretor de mercado de capitais da XP Investimentos. O fundo, com R$ 63 milhões
de patrimônio, possui cerca de 45 fornecedores com cadastro ativo. As operações
envolvem basicamente o desconto de duplicatas que os fornecedores têm contra a
Fiat.
A maior dificuldade é
convencer os fornecedores a acessar o produto. "Das 100 empresas
visitadas, apenas metade realizou cadastro no programa", diz Muller.
Por terem isenção do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), os recursos tomados com os FIDCs
saem, muitas vezes, mais baratos que o de linhas de capital de giro. Além
disso, como se trata de antecipação de receita, a operação não aumenta o
endividamento das empresas, sobrando espaço para tomar financiamento para os
investimentos de longo prazo, destaca Tupinambá, da Plural.
Commodities
Agrícolas
Valor 03.08.2012 -
Ciclone no mapa Uma ameaça climática vinda do Oceano Atlântico fez os preços do
suco de laranja reagirem ontem em Nova York. Os contratos para novembro
avançaram 85 pontos, a US$ 1,0840 por libra-peso. Joe Nikruto, corretor da R.J.
O'Brien, disse à Dow Jones Newswires que a elevação foi baseada na cobertura de
posições vendidas, que costuma ter um efeito altista sobre as cotações. Segundo
o Centro Nacional de Furacões dos EUA, há possibilidades de que um ciclone
tropical se forme na sexta-feira, o que colocou agentes do mercado em alerta,
pela possibilidade de danos aos pomares da Flórida, segunda maior região
produtora de citros mundial. No mercado spot de São Paulo, a caixa de 40,8
quilos da laranja destinada às indústrias permaneceu em R$ 7, segundo o
Cepea/Esalq.
China no comando Após
as perdas de quarta-feira, o algodão voltou a registrar alta na bolsa de Nova
York ontem. Os papéis com vencimento em dezembro subiram 41 pontos, a 70,97
centavos de dólar por libra-peso. O USDA reportou, também ontem, compras de
16,7 mil fardos da fibra pela China (referentes à safra nova, 2012/13) na
semana encerrada em 26 de julho. Segundo o Comitê Consultivo Internacional de
Algodão (Icac, na sigla em inglês), o grau de pressão sobre o mercado mundial
da commodity dependerá de como a China tratará suas reservas e da quantidade de
cotas adicionais de importação que o país terá. No oeste baiano, a arroba de
algodão em pluma segue pouco abaixo de R$ 50, de acordo com informações da
Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Aversão ao risco Em
dia de aversão ao risco, depois do desapontamento com a falta de ações do Banco
Central Europeu, a soja sofreu com uma realização de lucros e voltou a cair em
Chicago. Os contratos para setembro fecharam em queda de 15,25 centavos, a US$
16,2350 por bushel. Para Steve Cachia, analista da Cerealpar, houve um ajuste
de posições, à espera do relatório de oferta e demanda mundial do Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na semana que vem. "Os agentes
também buscaram se proteger de algumas chuvas que podem atingir as regiões
produtoras americanas", disse. Nas principais praças de Mato Grosso, a
saca de 60 quilos segue entre R$ 67 e R$ 74, de acordo com informações do
Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Atenção à Rússia A
baixa do milho e as realizações de lucros pesaram sobre o trigo ontem em
Chicago. Os contratos para dezembro caíram 14,25 centavos, a US$ 8,7950 por
bushel. Em Kansas, onde se negocia o cereal de melhor qualidade, os papéis de
mesmo vencimento recuaram 14 centavos, a US$ 8,9150 por bushel. Alguns
analistas especulam que a Rússia pode restringir suas exportações, por conta
dos danos causados pela seca, e o mercado está confuso. "Teremos
incertezas e volatilidade até que se torne mais claro o tamanho da safra russa
de trigo e se os embarques serão limitados", disse Jaime Nolan-Miralles,
da FCStone Europe, à Dow Jones Newswires. No mercado interno, a saca de 60
quilos no Paraná ficou a R$ 29,08, alta de 0,07%, segundo o Departamento de
Economia Rural (Deral).
BCE
frustra, Bovespa segue exterior e cai 1,37%
Veja Online –
02.08.2012 - A Bovespa seguiu seus pares no exterior e sucumbiu à realização de
lucros nesta quinta-feira após o discurso frustrante do presidente do Banco
Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Internamente, a queda das ações da
Petrobras e da Vale também contribuiu para o desempenho negativo da Bolsa.
Com isso, o Ibovespa
encerrou com declínio de 1,37%, aos 55.520,40 pontos. Na mínima, o índice
atingiu 55.239 pontos (-1,87%) e, na máxima, 56.289 pontos (-0,01%). No mês, a
Bolsa passou a cair 1,03% e, no ano, 2,17%. O giro financeiro ficou em R$ 5,601
bilhões.
Após o BCE e o Banco
da Inglaterra manterem suas taxas de juros, como esperado pelo mercado, Draghi
reiterou seu compromisso com o euro e sugeriu que o BC europeu está pronto para
retomar compras de bônus soberanos. Mas ele não deu indicações de quando isso
pode acontecer.
"O mercado
aguarda um discurso mais enérgico e medidas mais concretas. O BCE já está mais
do que na hora de anunciar alguma coisa", disse o operador de mesa da
Diferencial Corretora Marco Aurélio Etchegoyen. O profissional acrescentou que
a questão é o BCE demorar muito para tomar alguma decisão e as medidas não
serem eficientes. "O BCE fica demorando e pode não ter munição suficiente
para agir. O que ele (BCE) está aguardando para tomar medidas mais
fortes?", ponderou.
Por aqui, os papéis
da Petrobras seguiram a performance do petróleo no exterior e caíram. O papel
ON recuou 1,18% e o PN, -1,11%. NA sexta-feira após o fechamento dos mercados a
petroleira irá informar seu balanço referente ao segundo trimestre do ano.
Segundo nove instituições financeiras consultadas pela Agência Estado (BES
Securities, Bradesco, BTG Pactual, Credit Suisse, Deutsche Bank, Itaú
Corretora, J.P. Morgan, UBS e Votorantim Corretora), a estimativa média é de
que a estatal reporte um lucro líquido de R$ 3,24 bilhões. Se confirmado, será
o pior número trimestral desde 2002.
No mesmo segmento, as
ações da OSX fecharam em alta 2,83%, reagindo a rumores de que o empresário
Eike Batista pode anunciar também o fechamento do capital desta empresa. Há
alguns dias, o empresário anunciou o cancelamento do registro de companhia
aberta da LLX.
Já Vale PN fechou com
declínio de 1,71% e a PNA, -1,29%. As ações são influenciadas por informações
sobre a cobrança do Departamento Nacional de Produção Nacional (DNPM) feita à
Vale, da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), conhecida como
os royalties da mineração. Segundo fonte ouvida pela Agência Estado, a conta
foi reduzida para R$ 4 bilhões. O mercado esperava uma redução maior. Do lado
positivo, o destaque de alta do índice foram as ações da Localiza (+4,72%).
Em Nova York, o
índice Dow Jones terminou com queda de 0,71%, o S&P500 cedeu 0,74% e o
Nasdaq caiu 0,36%.
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