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Empresa
do Ceará investe US$ 1,2 bi para substituir importação de aço por produção
Valor
06.08.2012-A Aço Cearense se prepara para fundar outra empresa nos moldes da
Sinobras-siderúrgica que permitiu à companhia deixar de importar aço longo.
Com
investimento de cerca de US$ 1,2 bilhão, a empresa pretende prescindir da
importação de aços planos, como a que ocorreu no ano passado, de 500 mil
toneladas.
"A
construção da laminadora começou com a necessidade de trocar a importação de
bobinas [de aço] por produção própria no Brasil", afirma o presidente do
grupo, Vilmar Ferreira.
Com uma
nova usina, a empresa pretende fabricar aproximadamente 1 milhão de toneladas
de aço plano por ano no Ceará. A autossuficiência será garantida quando o grupo
unir essa produção com a do projeto Aline, desenvolvido em parceria com a Vale
em Marabá (PA) e que também recebe aporte de US$ 1 bilhão. Nesse
empreendimento, a Vale detém 25% do capital. "Com as usinas, seremos
autossuficientes e ainda sobrará aço", afirma Ian Corrêa, vice-presidente
do grupo.
O projeto
Aline, porém, depende de obras atrasadas na hidrovia do Araguaia-Tocantins.
Corrêa nega que a empresa pretenda substituir a usina do Pará pela do Ceará.
"São
projetos separados, que serão concluídos." O cronograma de implantação da
nova empresa, ainda sem nome, será concluído até o final do ano.
"Depois
disso, fazemos as obras em dois anos", acrescenta o executivo. Todo o aço
fabricado pela companhia será destinado ao mercado interno. "Não vale a
pena exportar. Hoje sobra aço lá fora", diz.
GDF Suez venderá 1,6 milhão de toneladas de GNL para Korea Gas
Valor
06.08.2012- A GDF Suez, empresa francesa de geração de energia, anunciou hoje
um acordo para a venda de cerca de 1,6 milhão de toneladas de gás natural
líquido (GNL) para a companhia estatal sul-coreana Korea Gas (Kogas), entre
2013 e 2014.
Em 2010,
a empresa francesa e a coreana fizeram um acordo para a entrega, pela GDF Suez,
de 2,5 milhões de toneladas de GNL entre 2010 e 2013.
Segundo a
GDF Suez, o objetivo do contrato é ajudar no desenvolvimento do mercado de GNL
na região da Ásia Pacífico, onde há promissores prospectos de crescimento.
A Kogas é
a maior importadora de GNL do mundo e a principal fornecedora de gás natural
para a Coreia do Sul.
Queiroz
Galvão investe em eólicas
Valor
06.08.2012- Max Xavier Lins assumiu há três meses a Queiroz Galvão Energias
Renováveis, que já nasce com carteira de 800 MW.
O grupo
Queiroz Galvão, que atua nos setores de engenharia, petróleo e gás, concessões
de rodovias e siderurgia, vai investir cerca de R$ 3 bilhões em complexos de
energia eólica no Nordeste até 2016. O primeiro parque da recém-criada Queiroz
Galvão Energia Renováveis (QQER) entra em operação no fim deste ano no Ceará,
com capacidade de 122 MW.
Mas a
empresa já possui em carteira contratos futuros de fornecimento de 800 MW de
energia, o que a colocará entre as cinco maiores geradoras eólicas
independentes do país, afirma Max Xavier Lins. Ex-diretor da Elektro e com
passagens pela Eletropaulo e Neoenergia, o executivo assumiu há três meses a
presidência da nova companhia do conglomerado, que tem sede no Rio de Janeiro.
Originária
de Pernambuco, a família Queiroz Galvão segue os passos de outros empresários
brasileiros, que também enxergam na geração de energia a partir do vento um
negócio rentável, de baixo risco, à medida que os contratos de fornecimento são
de longo prazo, e ao mesmo tempo sustentável. Somam-se a esses atrativos os
desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
que financia mais de 50% do total investido pelos empreendedores, a juros
baixos.
A
capacidade de geração de energia eólica do país, que era de 340 MW em 2008,
deve superar 7 mil MW a partir de 2014, quando vários parques entram em
produção, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
A participação do setor na matriz energética, hoje em torno de 1,3%, deve
saltar para 5,3% dentro de quatro anos.
Muitos
dos empreendimentos estão sendo construídos no país por empresários que fizeram
fortuna em outros segmentos, como a família mineira Pentagna Guimarães, dona do
banco BMG.
Entre os
empresários que já investiram em parques eólicos estão a família Weege, dona da
indústria têxtil Malwee, e o fundo Pragma Patrimônio, ligado aos fundadores da
Natura. Ambos são sócios na Desa, que acabou de inaugurar o parque Morro dos
Ventos, no Rio Grande do Norte. A família Seibel, acionista da Telhanorte e
Duratex, associou-se à Servtec na Bons Ventos, que possui parques no Ceará e
que foi vendida à CPFL por mais de R$ 1 bilhão neste ano.
Apesar de
novata, a Queiroz Galvão Energia Renováveis já comercializou a energia que será
gerada por parques eólicos que ainda serão construídos. A energia foi vendida
tanto nos últimos leilões do governo quanto no mercado livre, em acordos
bilaterais com empresas, cujos nomes não são revelados. Segundo Lins, a QGER
também reforçou sua carteira com a aquisição de contratos vendidos por
terceiros nos leilões de energia eólica realizados nos últimos anos.
Sobre a
participação da companhia no próximo leilão de energia, marcado para outubro,
Lins responde que essa é uma questão em aberto. "Vamos aguardar para ver
quais serão as condições", afirma. O governo não realizou nenhum leilão
neste ano por falta de demanda, já que, após a desaceleração da economia,
muitas distribuidoras possuem energia contratada em excesso. No último leilão,
realizado no ano passado, a energia foi vendida por R$ 112 o MWh. "Mas,
nesse meio tempo, o câmbio mudou e houve inflação", afirma Lins.
Petrobras
faz contratos de afretamento de 12 sondas para pré-sal
Reuters
06.08.2012- A Petrobras anunciou no final da sexta-feira que assinou contratos
com seis empresas para afretamento e operação de 12 plataformas flutuantes de
perfuração. Os acordos foram firmados com as empresas Sete Brasil, Queiroz
Galvão, Petroserv, Odebrecht, Odfjell e Seadrill.
As sondas
serão construídas no Brasil, com percentuais de conteúdo local entre 55 e 65
por cento, e, após completadas, serão afretadas à Petrobras por um período de
15 anos.
"Com
essa operação, a companhia completa a contratação de doze sondas do pacote de
21 sondas negociados com a Sete Brasil", informou a Petrobras em
comunicado.
"Essas
12 unidades serão entregues a partir de 2016 e serão destinadas principalmente
à perfuração de poços no pré-sal da Bacia de Santos - incluídas as áreas da
cessão onerosa."
As sondas
poderão operar em profundidades de água de até 3 mil metros, com capacidade de
perfurar poços de até 10 mil metros de comprimento.
Sete
Brasil recebe aporte de R$ 5,5 bi
Valor
06.08.2012- A Sete Brasil Participações, empresa que administra portfólios de
ativos na área de petróleo e gás, recebeu um aumento de capital de R$ 5,5
bilhões -comandado por um aporte de US$ 1 bilhão de fundos de private equity do
BTG Pactual e pela entrada de novos acionistas.
A empresa
americana de participações EIG Global Energy Partners e o investidor e
ex-banqueiro Aldo Floris ingressaram no capital da companhia, afirmou ao Valor
um investidor muito próximo ao assunto.
Nesse
processo, alguns acionistas tiveram suas participações diluídas. O Bradesco,
que tinha 13,7% do capital da Sete Brasil, optou por não participar do aumento
do capital e, com isso, sua fatia na empresa caiu para 3%. O investimento do
banco era de recursos próprios e a instituição decidiu não empenhar novos recursos
no negócio. Da mesma forma, o Santander também tinha 13,7% e agora passa a
deter 6,9%.
Também
são acionistas da Sete Brasil os fundos de pensão Petros (Petrobras), Funcef
(Caixa Econômica Federal), Previ (Banco do Brasil) e Valia (Vale), além da
Petrobras. Juntos, eles detinham 58,9% da companhia antes do aumento de
capital. A estatal, que tinha 5%, acompanhou os novos aportes na companhia. No
entanto, os fundos de pensão tiveram suas fatias diluídas.
A injeção
de recursos na Sete Brasil estava prevista desde março, quando foi aprovado em
assembleia geral extraordinária um aumento no limite do capital autorizado de
R$ 1,9 bilhão para R$ 7 bilhões. A companhia tem um plano de investimentos de
US$ 27 bilhões até 2020.
A Sete
Brasil foi criada pela Petrobras e contratada por ela para viabilizar o
fornecimento das sondas de perfuração que serão usadas pela estatal no pré-sal.
O aumento de capital marca a entrada, na companhia, de investidores com foco no
setor de energia. A EIG Global Energy Partners, criada em 1982, já fez
investimentos de US$ 11 bilhões em projetos dessa área. Por sua vez, Aldo
Floris é sócio da Luce Empreendimentos, com participação na Light.
Procurada
pelo Valor, a Sete Brasil informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que
só vai se pronunciar após a conclusão do processo. O BTG Pactual não quis
comentar o assunto.
Petrobras
conclui perfuração de poço em área da cessão onerosa e confirma descoberta no
pré-sal
JCRJ
03.08.2012- A Petrobras concluiu a perfuração do terceiro poço na cessão
onerosa. Denominado 1-BRSA-1045-SPS (1-SPS-96), o poço está localizado na área
Sul de Guará, no pré-sal da Bacia de Santos. A descoberta já foi
preliminarmente anunciada em junho, quando o poço ainda estava sendo perfurado.
O poço
descobridor está localizado ao sul do campo de Sapinhoá, em profundidade de
2.202 metros, a uma distância de 320 km do litoral do estado de São Paulo. O
poço atingiu a profundidade final de 5.760 metros em horizonte estratigráfico
estabelecido no programa exploratório da cessão onerosa.
Análises
do petróleo recuperado em reservatórios carbonáticos localizados abaixo da
camada de sal comprovam um petróleo de boa qualidade com cerca de 27 º API.
Foi
identificada uma coluna de petróleo leve de cerca de 93 metros, com boas
qualidades permoporosas (porosidade e permeabilidade) do reservatório. O
contato petróleo/água constatado no poço atesta que esta acumulação está
separada do campo de Sapinhoá.
A
perfuração deste poço faz parte do Programa Exploratório Obrigatório (PEO). No
momento, a Petrobras está avaliando os resultados obtidos e deverá concluir
esta etapa até setembro de 2014. De acordo com o contrato, a Petrobras tem o
direito de produzir até 5 bilhões de barris de petróleo na totalidade das áreas
da cessão onerosa.
Petrobrás
tem prejuízo de R$ 1,3 bi, o 1º em treze anos
Estadão
05.08.2012- Resultado vem bem abaixo das expectativas do mercado, que apontavam
para lucro de R$ 3,2 bi; câmbio e manutenção do preço da gasolina no mercado
interno pesam
A
Petrobrás reportou prejuízo líquido de R$ 1,346 bilhões no segundo trimestre de
2012, ante lucro líquido de R$ 10,943 bilhões do mesmo período do ano passado.
É a primeira vez que o indicador apresenta retração em treze anos. O mercado
esperava um lucro de R$ 3,24 bilhões no período. O Ebitda (lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortizações) somou R$ 10,599 bilhões no mesmo
período, queda de 33,3% em relação ao intervalo entre abril e junho de 2011. O
prejuízo da estatal também é o terceiro maior na história da empresa desde de o
Plano Real, em 1994, segundo dados compilados pela Economática. O prejuízo de
1999, o maior da história, aconteceu na época da maxidesvalorização do real,
quando o dólar subiu 42,8% no trimestre. No segundo trimestre de 1995, foi
registrado prejuízo de R$ 21 milhões.
O valor
de mercado sobre o patrimônio líquido também atingiu a pior relação (72,13%)
desde o quarto trimestre de 1998 (50,08). Em julho, houve uma recuperação nesta
relação para 78,85. Mas, com o fraco resultado, essa relação deve a cair na próxima segunda-feira.
Efeito do
câmbio: Desta vez, a retração é explicada entre outras razões pelo resultado
financeiro negativo do trimestre, causado pelo efeito do câmbio nas dívidas
denominadas em dólar, e pela operação de venda no mercado doméstico de
combustíveis importados, com preços locais menores do que os valores pagos pela
estatal no mercado externo. O resultado financeiro líquido da Petrobrás ficou
negativo em R$ 6,407 bilhões entre abril e junho, revertendo o número positivo
de R$ 2,901 bilhões registrado no segundo trimestre de 2011.
Os dois
fatores já haviam contribuído para a queda do lucro da Petrobrás no primeiro
trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme explicado
em maio pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores Almir Guilherme
Barbassa. Na oportunidade, o lucro líquido da Petrobrás ficou em R$ 9,214
bilhões, retração de 16,1% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
As ações
da empresa atingiram limite de variação de preço de 2% (para cima ou para
baixo) no after market (negociações que ocorrem, durante um período limitado,
após o fechamento da Bolsa). Os papéis PN, que fecharam em R$ 19,94, atingiram
o limite de R$ 19,55 e não podem cair abaixo desse valor. Já as ON, que
fecharam em R$ 20,67, tinham limite de R$ 20,26. E foram nesses preços que os
papéis pararam de negociar após a estatal ter divulgado o prejuízo. A receita
líquida da Petrobrás entre abril e junho alcançou R$ 68,047 bilhões, alta de
11,5% em igual comparação. A variação positiva reflete o maior volume de combustíveis
no mercado doméstico, assim como os maiores preços de venda de diesel e
gasolina. Desde 1ºde novembro do ano passado, os preços praticados pela estatal
na refinaria tiveram alta de 10% na gasolina e de 2% no diesel.
A
companhia também anunciou uma segunda rodada de aumentos, de 7,83% na gasolina
e 3,94% no diesel, mas os novos preços entraram em vigor apenas em 25 de junho
e por isso o impacto no resultado trimestral foi pequeno. Esse reajuste, assim
como outro aumento de 6% no diesel aplicado a partir de 16 de julho, deverão
impulsionar os resultados da Petrobrás a partir do terceiro trimestre.
Além
disso, a receita da Petrobrás foi beneficiada pelo efeito do câmbio nas
exportações. O dólar mais valorizado tem impacto positivo na receita da companhia
quando convertida em reais, e compensou parcialmente a queda do preço
internacional do petróleo nos últimos meses. O mesmo efeito cambial, por outro
lado, torna a compra de combustíveis no mercado externo mais onerosa para a
Petrobrás.
Varredura
do BNDES acende sinal de alerta
Valor
06.08.2012- A suspensão de cinco dos dez maiores principais fornecedores de
geradores e equipamentos eólicos da lista de fabricantes credenciados pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) causa apreensão no
setor.
Segundo
fontes ouvidas pelo Valor, o BNDES vem conduzindo há dois meses uma devassa nas
contas de empresas do setor, que levaram ao banco pilhas de notas fiscais de
todos os equipamentos.
A medida
é vista como um forte sinal, vindo de Brasília, de que o governo vai fechar o
cerco àqueles que receberam recursos do banco estatal. O governo quer garantir
que o dinheiro do BNDES esteja sendo utilizado para criação de empregos,
essencial para recuperação econômica. A auditoria do BNDES foi feita para
verificar se os fornecedores de aerogeradores estão cumprindo com o mínimo de
60% de conteúdo nacional.
Há dois
meses, estão suspensas da Finame, linha de crédito do BNDES, a empresa
dinamarquesa Vestas, as multinacionais alemãs Fuhrländer e Siemens, a indiana
Suzlon e a espanhola Acciona.
Mas o
Valor apurou a situação preocupa tanto o setor que até a multinacional
americana GE, que permanece na lista de fabricantes aptos a receber recursos,
enviou ao Brasil um executivo da matriz para monitorar a situação. Procurada, a
GE não confirmou a informação e não se pronunciou sobre o assunto. Os
fabricantes descredenciados terão de cobrar mais pelos equipamentos, o que pode
elevar os preços nos próximos leilões do governo. Os projetos eólicos inscritos
para este ano totalizam 14.260 MW para entrega 2015 (A-3) e 12.547 em 207
(A-5), mas, como o leilão foi adiado para outubro, ainda não se sabe quantos,
de fato, serão ofertados. O governo precisa também definir o preço máximo.
A
situação é mais delicada para os parques que estão sendo construídos e cuja
energia já foi vendida nos leilões anteriores, afirma Elbia Melo, presidente da
Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). A entidade negocia com
BNDES para que os empreendedores não sejam prejudicados.
Os
controladores dos parques eólicos esperam que os fornecedores descredenciados
comprometam-se a atender às exigências. "Esperamos que se chegue a um
entendimento", afirma o presidente da Queiroz Galvão Energia Renováveis,
Xavier Lins, que possui contrato com a indiana Suzlon. "Existem saídas,
soluções, que estão sendo resolvidas", afirmou Eduardo Sattamini, diretor
financeiro da Tractebel, que possui contrato com a Siemens. A Vestas respondeu,
por e-mail, que espera chegar a um acordo com o BNDES sobre as ações a serem
tomada para à Finame.
Transpetro
suspende contrato com Estaleiro Atlântico Sul
MonitorMercantil
06.08.2012 - A Transpetro anunciou que suspenderá os contratos com o Estaleiro
Atlântico Sul (EAS) a partir do sexto navio até que a unidade de construção
apresente um novo parceiro tecnológico, cronograma e como o estaleiro irá
operar, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL o presidente da estatal, Sérgio
Machado (foto), durante sua visita à 9ª edição da Navalshore.
- Todo
começo é difícil. Os contratos com o EAS foram suspensos. Estamos esperando que
eles (EAS) nos dêem condições para que os contratos a partir do sexto sejam
recolocados. Sérgio Machado fez questão de ressaltar que o setor naval ingressa
numa nova fase, a busca da competitividade. Para isso, segundo ele, a
Transpetro iniciou um programa de três pilares. O primeiro era fabricar no
Brasil; o segundo, atingir o índice de nacionalização acima dos 65%; por fim,
tornar o setor competitivo em nível mundial.
- Nós já
somos a quarta maior carteira de petroleiros do mundo. Estamos muito próximo do
Japão em termos de construção de petroleiros e, em breve, passaremos. Vamos
focar nossa atuação no sentido da busca da produtividade e competitividade,
sabendo que isso no mundo levou 20 anos, e nós vamos conseguir em, no máximo,
15.
Quanto
aos programas Promef 1 e 2, que totalizam 49 navios de vários tipos, Sérgio
Machado disse que a Transpetro recebeu, nos últimos meses, três navios e,
sengudo ele, até o final do ano a empresa receberá mais.
- Nos
próximos seis meses vamos ter mais dois ou três navios. Além disso, temos o
estaleiro Rio Tietê, que já vai começar a cortar aço até o final de agosto ou
início de setembro. Também tem o estaleiro STX Promar, que está em franco
andamento. Temos seis navios sendo entregues, em final de acabamento, além de
um Panamax, que está sendo construído no estaleiro Mauá, e mais dois no EAS.
Hoje, o setor esta muito robusto, gerando cerca de 60 mil empregos diretos -
disse, afirmando que a presidente da Petrobras, Maria Graça Foster, garantiu
que nenhum dos investimentos dos 49 navios da Transpetro será modificado.
Gerdau vai investir R$ 2,4 bi em Minas
E.M
03.08.2012- Apesar da crise, mineradora confirma as duas laminadoras em Ouro
Branco. De abril a junho, lucro chegou a R$ 549 mi.
Com
fortes aumentos da receita líquida e do lucro no segundo trimestre, o grupo
siderúrgico Gerdau, de Porto Alegre, confirmou ontem a conclusão no prazo
estipulado dos investimentos de R$ 2,4 bilhões em dois laminadores na usina
Açominas, de Ouro Branco, na Região Central de Minas Gerais. O laminador de
bobinas a quente, o primeiro da companhia no Brasil, começa a operar em
dezembro e o equipamento dedicado à produção de chapas grossas entrará em
operação no primeiro semestre de 2014. Os projetos foram incluídos entre
aqueles de maior retorno para a empresa, que se tornou mais seletiva e flexível
no cumprimento de cronogramas de desembolso, anunciou o diretor-presidente da
Gerdau, André Gerdau Johannpeter.
“Frente à
crise mundial, estamos mais seletivos e rigorosos nas análises. A maioria dos
investimentos mantidos são para agregar valor ao aço que já temos capacidade
para produzir”,afirmou o empresário, ao comentar o balanço de abril a junho. O
programa de investimentos da companhia soma R$ 10,3 bilhões deste ano a 2016. O
lucro líquido consolidado do grupo alcançou R$ 549 milhões no segundo
trimestre, representando um crescimento de 9%, frente a idêntico período do ano
anterior. Já a receita líquida de vendas foi de R$ 10 bilhões, um aumento de
11% ante o apurado de abril a junho do ano passado.
As vendas
físicas consolidadas totalizaram 4,8 milhões de toneladas de aço no trimestre
analisado, volume estável na comparação com o trimestre anterior e a mesma base
de comparação em 2011. Segundo André Gerdau, a performance da companhia foi
influenciada pela demanda maior dos aços longos no Brasil, especialmente da
construção civil. O mercado interno absorveu 1,4 milhão de toneladas, uma
expansão de 10% ante o segundo trimestre do ano passado, enquanto as exportações
caíram 26%, com um total de 498 mil toneladas.
Na
avaliação do presidente do grupo Gerdau, o consumo da construção civil continua
forte, diferentemente dos clientes da indústria. “A parte industrial, sim, nos
preocupa, principalmente por causa do processo de industrialização.
Dificilmente vai haver aumento da produção do setor”, disse o presidente da
siderúrgica. O investimento no laminador de bobinas a quente na Açominas, com
capacidade para produzir 770 mil toneladas por ano, vai permitir que a companhia
atenda diretamente as indústrias petrolífera e naval, o segmento de construções
metálicas e máquinas e implementos.
Expansão
da mineração A Gerdau avançou também no projeto de buscar um sócio estratégico
para a ampliação do negócio da mineração, de acordo com o
vice-presidente-executivo de finanças e controladoria, Osvaldo Schirmer. Ele
ainda afirmou que a siderúrgica está negociando com investidores brasileiros,
americanos e asiáticos, que formalizaram o interesse no negócio e visitaram as
minas no estado. Em uma segunda e última etapa dos entendimentos, a empresa
aguarda a apresentação de propostos firmes de compromisso. Conforme destacou
André Gerdau, a companhia deverá tomar uma decisão até o fim do ano. São quatro
as áreas de extração de minério de ferro da Gerdau em Minas Gerais.
Jerson Kelman deixará presidência da Light nesta semana
Folha
06.08.2012- O engenheiro Jerson Kelman deixará a presidência da distribuidora
de energia Light nesta semana. Hoje vence seu contrato e de toda a diretoria
com a estatal mineira Cemig, controladora da Light.
Um novo
nome para substitui-lo deverá ser apontado nesta terça-feira, na reunião do
conselho de administração da Light. O Valor apurou que o executivo deve assumir
outra posição no grupo Cemig.
A
assessoria da Light informou que Kelman marcou uma reunião para hoje à tarde
com sua equipe. Ele assumiu a presidência da empresa, que opera no Rio de
Janeiro, em março de 2010, substituindo José Luiz Alquéres.
Kelman
dirigiu a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) entre 2005 e 2009,
indicado pela hoje presidente da República, Dilma Rousseff. Antes disso, o
engenheiro havia sido o primeiro presidente da ANA (Agência Nacional de Águas),
criada em 2000, onde comandou a comissão que analisou as causas do racionamento
de energia de 2001.
Itaú considera fazer oferta por unidade do RBS nos EUA
Reuters
06.08.2012- O Itaú Unibanco está considerando fazer uma oferta pelo Citizens, a
unidade norte-americana do Royal Bank of Scotland, controlado pelo governo
britânico, reportou o jornal Sunday Times, sem citar fontes. O Itaú, o maior
credor do setor privado do Brasil, com um valor de mercado de cerca de US$ 70
bilhões, está ávido para fechar negócio nos Estados Unidos para aumentar seu
perfil internacional, mas ainda não fez uma abordagem ao RBS, dizia o jornal. O
Itaú e o RBS não quiseram comentar a notícia.
Há
especulações de que o RBS, 82 por cento estatal depois de receber um socorro
financiado pelo contribuinte durante a crise de 2008, poderia vender o Citizens
e comprar de volta parte da participação do governo com os rendimentos. O
Citizens atraiu interesse de vários compradores em potencial e poderia obter 10
bilhões de libras (15,60 bilhões de dólares, segundo o Sunday Times. O
presidente do RBS, Stephen Hester, minimizou na sexta-feira rumores de uma
venda, descrevendo o Citizens como "core business" do banco, cujo
valor estava crescendo de forma estável graças às melhoras em seu desempenho.
"Nós sempre dissemos que o Citizens faz parte de nossos planos
centrais", ele disse durante uma conference call depois de o banco
publicar resultados semestrais. "O Citizens é bem mais valioso para nossos
acionistas hoje do que era há três anos, e eu tenho total confiança de que será
mais valioso de novo daqui a três anos".
O Sunday
Times disse que o Itaú também estudava ofertas para os norte-americanos
Sovereign Bancorp e Bank West, de propriedades do Santander da Espanha, e do
Société Générale da França, respectivamente, em meio a especulações de que
poderiam ser postos à venda conforme a crise da eurozona se arraste.
Abertis e fundo fazem acordo por ativos da OHL no Brasil
Reuters
06.08.2012- A operadora espanhola de rodovias Abertis anunciou nesta
segunda-feira uma parceria com o fundo norte-americano Brookfield Infrastructure
para assumir a controladora da gestora de estradas OHL Brasil, que pode passar
por uma OPA.
Quando a
operação estiver concluída, o Grupo OHL terá uma participação de 15 por cento
na Abertis, ante os 5 por cento atuais, segundo comunicado da OHL Brasil nesta
segunda-feira.
"A
Abertis manifestou entendimento à OHL Brasil que, de acordo com a legislação
brasileira (...), a atual estrutura da operação poderá acarretar (...) uma
oferta pública de aquisição das ações da companhia", afirmou o braço
brasileiro da OHL.
A Abertis
está esperando os reguladores brasileiros decidirem se a companhia terá que
fazer uma oferta para comprar a participação remanascente da OHL Brasil,
seguindo com o acordo.
Como
parte do acordo, a Abertis ficará com 51 por cento da Partícipes en Brasil, que
controla 60 por cento da OHL Brasil, enquanto a Brookfield ficará com os 49 por
cento restantes, segundo a Abertis.
A OHL
Brasil é o braço da operadora espanhola de rodovias OHL e administra mais de
3,2 mil quilômetros de estradas localizadas nos Estados de São Paulo, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.
A Abertis
pagará à OHL 10 por cento de suas próprias ações, 10,7 milhões de euros (13,2
milhões de dólares) e assumirá 504 milhões de euros em dívidas da OHL Brasil
pela fatia na Partícipes.
A
companhia espanhola não deu detalhes do que a Brookfield pagará por sua parcela
na Partícipes, e uma porta-voz se negou a comentar o assunto.
Shopping Centers x KPMG
Folha
06.08.2012- A entrada de estrangeiros no mercado de fusões e aquisições de
empresas do setor de shopping centers aumentou o número de operações desse tipo
no Brasil no primeiro semestre deste ano.
Entre
janeiro e julho de 2012, foram registradas 17 transações, mais que o dobro do
mesmo período dos dois anos anteriores, de acordo com estudo da KPMG.
"É a
primeira vez que os estrangeiros têm atuação expressiva no setor e foi isso que
causou o crescimento, pois os brasileiros mantiveram o ritmo", diz Luis
Motta, sócio-líder da companhia no Brasil.
Para este
semestre, a KPMG espera que o número de operações fique estável, mesmo com a
crise econômica.
Empresas médias fogem de bancos para aliviar dívida
Valor
06.08.2012- Se entre as maiores companhias brasileiras, que captam recursos com
regularidade no exterior, a desintermediação financeira já é uma realidade,
agora as médias empresas também se aproximam do mercado de capitais, com a
substituição de empréstimos bancários por emissão de papéis de dívida. Atraídas
por custos mais baixos e prazos mais longos, as empresas intensificaram a
emissão de títulos nos últimos anos. Somente em 2012, o volume de captações de
debêntures de valor inferior a R$ 200 milhões se aproxima de R$ 9 bilhões, em
78 operações.
"Temos
visto uma migração muito grande de linhas que antes eram exclusivamente
bancárias para o mercado de capitais", afirma o vice-presidente do
Santander, Ignácio Adame. Segundo Antonio Oliveira, superintendente do HSBC, das
50 operações intermediadas pelo banco em 2011, cerca de 30 foram para empresas
médias e 25 representaram a troca completa da dívida.
Empresas
médias são nova fronteira da desintermediação
Gilberto
Zancopé, dono da montadora de tratores agrícolas Montana, foi um dos que se
beneficiaram. Ele não esquece o dia em que os R$ 50 milhões da primeira emissão
de debêntures caíram no caixa da empresa. Foi a primeira manhã, desde a
inauguração da fábrica, em 1996, em que ele não teve que ir a um dos oito
bancos em que tinha crédito para descontar uma duplicata. "Passei a vida
inteira mandando borderô para os bancos, todos os dias." A companhia
trocou uma dívida de dois meses e taxa de 20% ao ano por um título de cinco
anos com juros da ordem de 14% ao ano.
À medida
que a Selic é reduzida pelo Banco Central, empurrando para baixo o juro real
(taxa calculada descontando-se a inflação), os investidores passam a demonstrar
mais interesse por títulos que oferecem maior rendimento e os papéis atrelados
à dívida corporativa aparecem como uma das principais alternativas.
"Acreditamos que a mudança de juros é estrutural, que veio para ficar e
apostamos cada vez mais no mercado brasileiro de dívida", diz Sérgio
Machado, chefe de renda fixa do Credit Suisse. O movimento, no entanto, tem
ocorrido "à brasileira". Metade de todas as emissões de títulos
corporativos ainda fica no próprio balanço dos bancos, segundo levantamento da
Anbima.
BofA se revela mais empolgado com o Brasil
Valor
06.08.2012- A visão dos analistas que acompanham os mercados de ações da
América Latina está mais favorável ao Brasil. Na sexta-feira, o Bank of America
Merrill Lynch (BofA) divulgou relatório recomendando aos seus clientes
"elevar o entusiasmo" em relação ao país, na comparação com o México,
no que diz respeito a perspectivas de crescimento econômico.
Economistas
e a equipe de pesquisa do banco afirmam que a expansão brasileira no primeiro
semestre foi pobre, de apenas 0,75%, enquanto a economia mexicana cresceu 4,5%.
"Entretanto, esperamos que essa divergência vire no segundo semestre ou
pelo menos diminua."
Para o
BofA, os setores da Bovespa que devem refletir esse novo cenário são consumo,
alimentos e infraestrutura. Para segmentos como mineração e siderurgia,
químicos e telecomunicações, o impacto de uma relativa aceleração no
crescimento do Brasil deve ser limitado. Caso o cenário se confirme, dentre as
ações preferidas estão Hypermarcas, M. Dias Branco, Rossi Residencial e Mills.
A
expectativa para 2013 é de crescimento de 4,2% para o Brasil, ante apenas 2,3%
para o México.
O
documento revela uma mudança de postura em relação ao fim de junho, quando o
próprio BofA e outras casas estrangeiras, como Deutsche Bank e Barclays, se
mostravam mais otimistas com o desempenho da bolsa mexicana do que com a
Bovespa. Na ocasião, o BofA destacou que o encontro de líderes e ministros de
finanças do G-20, realizado em junho na cidade de Los Cabos, "ampliou a
exposição mundial dos fundamentos macroeconômicos da economia mexicana e de sua
acertada política monetária, implementada há um bom tempo". E citava como
outra vantagem do país a sua proximidade com os Estados Unidos.
Agora, o
mesmo banco afirma que a desaceleração dos Estados Unidos deve pesar no
crescimento do México. "Esperamos que o crescimento dos EUA diminua a 1% e
pese sobre as exportações mexicanas e sua demanda doméstica." Além disso,
uma reforma potencial de impostos no país pode ter impacto negativo nas taxas
de juros corporativas no México.
A
instituição também aponta que as políticas monetária e fiscal mais
expansionistas do Brasil, além do real mais fraco, devem ajudar no crescimento
do país. "As condições externas também devem melhorar, ajudadas por alta
nos preços dos grãos - o Brasil é um dos maiores exportadores globais de milho
e soja -, uma recuperação na China e adição de liquidez após uma nova rodada de
estímulos monetários nas regiões em crise."
O Indicador
de Condições Externas para o Brasil feito pelo BofA prevê aceleração da
atividade próxima a 4% no quarto trimestre, comparada com o ano anterior. Os
principais riscos externos ao cenário do banco são uma não materialização da
desaceleração dos Estados Unidos ou a não recuperação da China.
Na
sexta-feira, a bolsa brasileira seguiu de perto o comportamento positivo dos
mercados internacionais, movidos pelo forte dado de geração de emprego nos
Estados Unidos e também por uma releitura do discurso de quinta-feira do
presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. O otimismo externo
resultou em um movimento de zeragem de posições vendidas e caça por pechinchas
no mercado doméstico.
"Em
suas declarações, o presidente do BCE de fato mostrou maior disposição em
atuar, inclusive citando a necessidade de medidas extraordinárias",
afirmou o Santander em relatório. O Ibovespa subiu 3,12%, aos 57.255 pontos,
com volume de R$ 6,438 bilhões. Com isso, a bolsa encerrou a semana com alta de
1,24% e passou a ganhar 0,88% no ano.
O que fez o México tornar-se o mais novo “queridinho” da América Latina
GazetadoPovo
06.08.2012- Elevados custos salariais e baixa estabilidade monetária, somados
ao protecionismo e intervencionismo do governo brasileiro, são apontados como
causas para a mudança de foco. Depois de cair nas graças dos investidores
mundiais após a crise de 2008, o Brasil experimenta agora uma posição bem menos
confortável no mercado mundial, marcada por uma projeção de crescimento
bastante tímida e pelo enfraquecimento do seu protagonismo na América Latina
diante da ascensão do México. A mudança de posições entre os dois países é tema
da análise “Brasil ou México?”, divulgada no final de julho pelo banco suíço
UBS. Segundo o estudo da entidade financeira, o ano de 2010 foi o grande
divisor de águas. Enquanto o Brasil desfrutava do status de queridinho dos
investidores – com amplo destaque na mídia internacional, que salientava a Copa
do Mundo e as Olimpíadas, e com bons índices de classificação nas agências de
risco – o México amargava sérias dificuldades econômicas devido à proximidade e
dependência do mercado norte-americano, afetado pela crise. De lá pra cá, o
fraco desempenho da economia brasileira fez com que o otimismo dos investidores
ficasse pelo meio do caminho. Com uma performance econômica melhor que a
brasileira, o México atraiu a atenção do mercado mundial. Em 2011, a economia
mexicana cresceu 3,9%, enquanto a brasileira não passou dos 2,7%. Neste ano, as
projeções apontam um crescimento de 4% e 2%, respectivamente.
Embora
possuam condições de partida bastante semelhantes em diversos aspectos, o UBS
elenca cinco grandes motivos para a mudança de foco dos investidores e explica
porque o “México vem roubando o status de queridinho do Brasil”:
competitividade relativa, política monetária e inflação, sistema financeiro,
poupança e investimentos, além da política comercial.
Desde o
fim do ano passado, o governo tomou medidas que distanciaram o país da posição
de “queridinho”:o sucessivo corte nos juros e a política de desvalorização do
câmbio para beneficiar a indústria nacional mostram que o governo deixou de
priorizar dois dos três pilares da estabilidade econômica brasileira: o regime
de metas de inflação e o câmbio flutuante. Resta apenas o último pilar, que é a
meta do superávit primário, explica Bruno Lavieri, economista da Tendências Consultoria.
“A soma
desses fatores monta um cenário bastante incerto para os investidores, que vão
em busca de maior estabilidade para aplicar seu dinheiro”. Um exemplo de que o
México está mais atrativo é o risco país, indicador que tenta mensurar o grau
de instabilidade econômica e perigo para os investidores nos países emergentes.
Em 1.° de agosto, o México registrava 136 pontos diante dos 173 do Brasil.
Na visão
de Celso Grisi, economista e presidente do Instituto de Pesquisas Fractal, além
das diferenças elencadas pelo relatório, o Brasil possui uma carga tributária
extremamente excessiva. O México, por outro lado, acaba de eleger um presidente
liberal, que tem tomado medidas favoráveis à segurança dos investimentos
estrangeiros e está estimulado a competitividade da indústria local, defende.
Para
Grisi, o Brasil perdeu a oportunidade de inserir as empresas brasileiras no
cenário mundial, desenvolvendo a indústria nacional e tornando-a competitiva.
“Não houve excesso de otimismo em 2010. Simplesmente não crescemos porque
investimos pouco”.
O impasse
da indústria automotiva: Enquanto o México tem apostado no livre comércio para
estimular a competitividade da indústria local, o Brasil vem seguindo o caminho
oposto, incentivando a competitividade por meio da desvalorização do câmbio e
das desonerações. O exemplo mais claro desse descompasso ocorreu no início
deste ano, quando o Brasil precisou pedir revisão do acordo automotivo com o
México depois que as exportações de carros produzidos pela indústria mexicana cresceram
70% em 2011.
Antes do
acordo, a concorrência acirrada entre as duas maiores economias da América
Latina estava chegando a níveis insustentáveis, com a utilização excessiva de
medidas protecionistas para garantir a participação no mercado. No ano passado,
as exportações de veículos mexicanos para o mercado brasileiro somaram R$ 2,4
bilhões de dólares. Além disso, os custos salariais elevados oneraravam a
indústria brasileira, que perdia competitividade na hora de exportar seus
produtos.
O novo
acordo automotivo firmado entre autoridades dos dois países tem prazo de três
anos, com a previsão de que as exportações mexicanas para o mercado brasileiro
cresçam ano a ano: US$ 1,45 bilhão neste ano, US$ 1,56 bilhão em 2013, e US$
1,64 bilhão em 2014. A partir de 2015, México e Brasil poderão retornar ao
sistema de livre comércio de automóveis.
Consumo
de lado: Brasil precisa priorizar reformas e não demanda interna, diz estudo
Embora
aponte elementos sólidos da mudança de ânimo dos investidores com relação ao
Brasil, a análise do banco suíço UBS não é pessimista e faz questão de
salientar uma ressalva.“Tanto quanto nós pensamos que o Brasil não era tão
grande há dois anos, pensávamos que não é tão ruim agora. O que houve foi um
otimismo exacerbado com o mercado brasileiro, que perdeu força com a
desaceleração da economia no país”.
Segundo o
relatório, ambos os países enfrentam uma série de gargalos em setores
estratégicos para o desenvolvimento. O Brasil, contudo, ainda não priorizou as
reformas mais urgentes. “Em vez disso, o governo parece mais preocupado em
encontrar meios para aumentar a demanda interna e estimular a economia e, para
isso, vem interferindo com bastante frequência nas regras do jogo”, aponta o
texto.
Mas o
relatório faz uma consideração em relação ao potencial do México ser um novo
“tigre” da América Latina. Segundo a análise, é pouco provável que isso ocorra
em um curto período de tempo, antes de o país enfrentar os desafios que pesam
sobre o seu desempenho. O banco também avalia que não há razões para uma
análise excessivamente negativa do Brasil, apesar da preocupação dos
investidores com a inflação, a saúde do sistema bancário e o crescimento
modesto do país.
Reforma no Galeão
MonitorPortuário
06.08.2012 - No Galeão, a partir de 20 de agosto terão início obras de melhoria
nos sistemas elétrico e hidráulico além da melhoria em elevadores e escadas
rolantes. Além disso, a Infraero está investindo em melhorias no terminal 2 de
passageiros e no sistema de pistas, que após concluído, deve estar apto para
receber voos regulares do A380, da Airbus, o maior avião do mundo.
Já em
Confins, os investimentos são na expansão do terminal de passageiros e na
expansão dos sistemas de pátio e pista.
"Tal
qual vinha sendo feito para Guarulhos, Brasília e Viracopos, ele (investimento)
foi interrompido e passou para as concessionárias... Não há porque a Infraero
paralisar", disse Parreira.
Presidente da Abag se diz “cético” ante posição do governo para o
agronegócio
MonitorMercantil
06.08.2012 - O presidente da Associação Brasileira de Agronegócios (Abag), Luiz
Carlos Corrêa Carvalho, se mostrou cético em relação ao posicionamento do
governo e a prática das ações. O discurso sempre foi a favor do segmento, mas,
na realidade, fica a desejar no que se refere em colocar as medidas em operação.
- Há
muitos gargalos que precisam ser superados. O principal diz respeito à oferta,
em que enfrentamos um grande protecionismo.
O outro é
a logística e o ponto-chave da questão se refere à tributação, onde o setor,
segundo ele, está sendo punido.
- Temos
mostrado capacidade e eficiência e acabamos tropeçando nessas questões. Os
candidatos à Presidência sempre dizem que vão dar uma solução. Só dizem!
Estamos realizando este Congresso porque nos perguntamos: qual a estratégia do
Brasil? Qual é o foco do Brasil? Temos uma capacidade de commodities agrícolas
- disse, acrescentando que não vê com clareza o governo tentar resolver esses
temas.
O
presidente da IP Desenvolvimento Empresaarial e Institucional, Ingo Plöger, fez
questão de frisar que há uma grande incoerência dentro da política energética
brasileira. O Brasil, segundo ele, está tendo grandes dificuldades de exportar
etanol para Europa. E ressaltou que a política energética do país precisa ser
desonerada. E acrescentou que o discurso da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE) é o país ter matrizes limpa de energia.
Pacote para o setor elétrico sai depois das Olimpíadas
Veja
06.08.2012 -Divulgação que aconteceria em 7 de agosto foi adiada para depois do
dia 12; Planalto quer eliminar encargos e reduzir conta de luz em, no mínimo,
10%
Agosto e
setembro serão decisivos na atual estratégia do governo federal de tentar dar
uma guinada no ritmo de crescimento da economia e, de quebra, reduzir o
chamado“custo Brasil”. A presidente Dilma Rousseff e sua equipe preparam três
frentes de ação para atingir estes objetivos, sendo uma delas a redução de
encargos incidentes sobre as tarifas do setor elétrico. Hoje, essas taxas
representam cerca de 45% da conta de energia, segundo a Associação Brasileira
de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Com a extinção de alguns
tributos, espera-se reduzir as faturas de consumo de eletricidade da indústria
em, no mínimo, 10% e aumentar sua competitividade em relação a seus pares
internacionais.
A
proposta está em análise final no Ministério da Fazenda. Fontes do setor
acreditam que este novo pacote de Dilma será divulgado logo após o término das
Olimpíadas de Londres, a partir de 12 de agosto. Uma das datas que chegou a ser
cogitada era a próxima terça-feira, dia 7, quando a presidente se encontraria
com 30 empresários em Brasília. A reunião teve de ser cancelada, no entanto,
porque o governo percebeu que não conseguiria fechar as propostas a tempo. O
mais provável agora é que a semana que vem seja reservada a outro anúncio: as
medidas para dinamizar a infraestrutura do país, inclusive com concessões de
portos, aeroportos, ferrovias e rodovias à iniciativa privada. “O pacote de
energia elétrica virá na sequência”, disse uma fonte do setor elétrico. Até o
fim do mês, o terceiro pacote – desoneração de folha de pagamento de mais
setores e a reforma tributária do PIS-Cofins – será divulgado.
Corte –
Encabeçada pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
Nelson Hubner, a proposta de corte nos encargos setoriais é discutida há mais
de um ano pelo governo. O assunto, porém, ganhou força nos últimos meses à
medida que se aproximava o prazo final para que o Palácio do Planalto reformule
as regras do segmento antes da renovação dos contratos de concessionárias
(hidrelétricas, termelétricas, distribuidoras e linhas de transmissão), que
vencem a partir de 2015, e das rodadas de recompra de energia, que acontecem em
dezembro.
Eduardo
Bernini, ex-presidente da Eletropaulo e consultor da área, explica que vencem
em 8 de julho de 2015 as concessões que foram prorrogadas em 1995. O detalhe é
que há um dispositivo legal que determina que o governo decida se renovará ou
não os contratos 36 meses antes do vencimento.
Encargos
– Os encargos que provavelmente serão extintos são a Conta de Consumo de
Combustíveis (CCC), a Reserva Global Reversão (RGR), a Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE) e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Elétrica (Proinfa).
No caso
da CCC, todos os brasileiros subsidiam desde a década de 1970 a produção de
energia em regiões isoladas do país – especialmente no Norte – por meio da
queima de combustíveis fósseis. “A conta já não faz mais sentido porque o
Brasil está bem integrado e o próprio governo estuda migrar a produção de
energia térmica, de origem fóssil, para solar ou eólica”, explica o consultor
Mikio Kawai Junior, diretor da Safira Energia, que atua em consultoria e
comercialização no mercado livre.
A mesma
lógica vale também para a RGR, criada em 1957, que tem seus recursos investidos
em projetos de universalização do serviço (Luz Para Todos, por exemplo) e no
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).
Conta
semelhante é a CDE, implementada em 2002, que também fomenta projetos de
universalização. “O dinheiro da CDE, por exemplo, não agrega nada ao setor. É
mal gerido. Nenhuma usina está sendo construída com ele”, afirma Ricardo de
Lima Assaf, sócio do escritório de advocacia Machado Meyer.
O
advogado fala ainda que, no caso do Proinfa – fundo voltado ao desenvolvimento
de energias alternativas, a exemplo da biomassa e eólica –, os projetos para os
quais foram alocados recursos desde 2004 foram bem-sucedidos e que essa
indústria já está consolidada e competitiva.
Apesar de
ser difícil estimar com exatidão quanto cada tipo de conta de energia terá de
“desconto” com as novas medidas, a presidente Dilma já sinalizou que não aceita
porcentual inferior a 10%. O próprio ministro de Minas e Energia, Edson Lobão,
falou que o corte ficará ao redor deste valor. Fonte do setor elétrico ouvida
pelo site de VEJA afirma que o Palácio do Planalto quer baixar principalmente
os preços da geração, que considera muito caros.
Impacto –
Para dimensionar o impacto desses encargos nos custos do setor, a Abradee
explica que somente a decisão da Aneel de estabelecer a CCC deste ano em 3,22
bilhões de reais, quase 50% menor que o montante de 2011, já trouxe ganho aos
consumidores. O reajuste médio das tarifas neste ano deve ficar três pontos
porcentuais abaixo do previsto. Com a interligação do sistema de energia de
Manaus ao resto do país no próximo ano, haverá economia de 2,2 bilhões de reais
na CCC. Subsidiar a capital amazonense responde por perto de 40% deste encargo.
Segundo a
Safira Energia, uma conta da AES Eletropaulo – que atende a região
metropolitana de São Paulo – ficará 14,5% mais barata se, por exemplo, os
quatro encargos setoriais em revisão forem efetivamente removidos na
totalidade. RGR, CDE, CCC e Proinfa representam, respectivamente, 1,1%, 4,6%,
6,7% e 2,1% das faturas dessa distribuidora. Para uma indústria de alumínio,
que tem 40% de seus custos atrelados ao consumo de eletricidade, isso significa
uma redução importante.“Vale ressaltar que essa diminuição na conta deve surtir
efeito em 2013. É uma medida de longo prazo do governo”, ressalva Assaf, do
Machado Meyer.
Estados –
Além da questão dos encargos, o Conselho Nacional de Política Fazendária e o
Ministério da Fazenda estão tentando negociar com os estados a redução do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) das contas de luz.
Porém, neste caso, o governo federal tem encontrado dificuldade porque é
preciso construir um consenso entre todos os membros da federação. Nenhum
governador abre mão facilmente de arrecadação. Devido ao impasse que se
instalou nas negociações, é provável que essa resolução não faça parte das
medidas que serão anunciadas, nos próximos dias, pela Presidência da República.
Bernini
ressalta que a desoneração é bem-vinda, mas precisa ser feita com cautela
devido a seu impacto nas contas públicas. “Essa desoneração não pode ser feita
em detrimento da capacidade de gerar recursos que inviabilizem os investimentos
em expansão, manutenção e melhoria de qualidade dos serviços”, diz.
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