quarta-feira, 13 de julho de 2011

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Daily News

Redes como a Louvre Hotels Group querem mais espaço
DCI 12.7.2011 - Faltam apenas três anos para o começo da Copa do Mundo no Brasil, mas as redes gigantes de hotelaria estão desenhando sua expansão para não perder espaço, como o Louvre Hotels Group, considerado o segundo maior grupo hoteleiro da Europa. A marca anunciou, ontem, o plano de abrir por aqui unidades de suas bandeiras econômicas, Campanile e Première Classe - esta última, para brigar diretamente com os hotéis Formule 1, do Grupo Accor. Os estabelecimentos da rede Louvre são geridos no País pelo Brazil Hospitality Group (BHG), que recentemente comprou o Sofitel.  Em meio à movimentação deste mercado, começa hoje o 6º Salão do Turismo, um dos maiores eventos do setor brasileiro de turismo, e que ocupará o Centro de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

Cartão pré-pago já impulsiona bancos
DCI 12.7.2011 - O aumento da demanda por cartões pré-pagos, acompanhando a tendência de alta do número de turistas brasileiros no exterior, já impulsiona os resultados dos bancos. O Confidence, especializado em operações de câmbio, projeta um aumento de 50% de seus resultados neste ano, principalmente por conta da venda deste tipo de meio de pagamento. Os cartões pré-pagos, que já representam 30% dos produtos da Confidence, devem aumentar para 40% sua participação nos resultados até dezembro. "Somente em junho e início de julho de 2011, registramos 100% de crescimento em cartões pré-pagos", diz Andréas Wiemer, vice-presidente do banco.

Ação da Gol cai 8,2% após aquisição da Webjet
Exame 12.07.2011 - Após reação inicial positiva, os papéis da companhia aérea recuaram forte. Após subir 3,51% no dia do anúncio da aquisição da Webjet, com um pico de 6,4%, a divulgação de mais detalhes sobre o negócio parece ter decepcionado os investidores e as ações da Gol (GOLL4) passaram a cair. Em dois pregões, os papéis recuaram 8,2%, para 18,15 reais. O Ibovespa recuou 3% no mesmo período. A Gol pagou 311 milhões de reais pela Webjet entre dinheiro e assunção de dívidas. Para a equipe de análise do Santander, a compra foi estratégica e com um preço atrativo. Do lado negativo, os analistas Caio Dias, Bruno Amorim e Alexandre Amson, citam a incerteza quanto ao cronograma de incorporação, que depende da aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), e o fato de que a Webjet possui uma frota de aviões mais antiga. A Webjet opera atualmente 154 voos diários para 14 cidades no Brasil. Já a Gol, realiza cerca de 900 decolagens diárias para 51 destinos brasileiros e 11 internacionais na América do Sul e Caribe. Apesar da operação, a TAM ainda mantém a liderança, mas não com a mesma folga. A aérea lidera com 44,43%. A Azul segue em terceiro com 8,97% de participação. No mercado internacional a TAM lidera com 89,62% e a dupla Gol-Webjet responde por 9,21%.

Bancos querem vender Carrefour para o Walmart
Folha 13.07.2011 - Diante do fracasso da fusão com o Pão de Açúcar, os principais acionistas da varejista francesa Carrefour já estudam negócios alternativos envolvendo a operação brasileira, uma das mais rentáveis e de maior valor do grupo no mundo. Os candidatos são os de sempre: a rede americana Walmart, que em 2009 quase comprou o Carrefour brasileiro; e a chilena Cencosud, uma das maiores supermercadistas latino-americanas, que adquiriu as varejistas GBarbosa e Bretas, de Minas. A Folha apurou que bancos de investimento brasileiro e internacionais tentam remodelar o negócio desenhado pela Estáter, butique especializada em fusões e aquisições que arquitetou a fusão "Carreçúcar", para os dois potenciais compradores.
Não está descartada nem a participação do BNDES, principal atrativo da operação abortada ontem, apesar de os dois potenciais compradores do Carrefour brasileiro serem varejistas estrangeiros. Os bancos de investimento entendem que o BNDESPar deixou a "porta aberta" para financiar o varejo e só desistiu da fusão por conta da disputa societária entre o grupo francês Casino e Abilio Diniz, presidente do conselho do Pão de Açúcar. O conselho do Carrefour chegou a aprovar a fusão da operação brasileira com o Pão de Açúcar, apesar do protesto do Casino. O presidente mundial do varejista francês, Lars Olofsson, dispôs-se a vir ao Brasil para defender a viabilidade do negócio, mas desistiu da ideia quando viu a operação naufragar na segunda, quando o BNDES sinalizou que iria retirar seu apoio à fusão. (TS)

Família Diniz avalia decisão do Casino como “lamentável”
Brasil Econômico 12.07.2011 - Empresário Abilio Diniz divide o controle do Grupo Pão de Açúcar com o grupo francês Casino. A Península Participações, holding que reúne as ações da família Diniz, declarou na noite desta terça-feira (12/7) que continua apoiando a proposta de associação entre o Pão de Açúcar e o Carrefour.  A empresa, porém, admite que, frente à rejeição do Casino - sócio francês do empresário Abilio Diniz no controle do grupo varejista -, "não é factível prosseguir" nessas condições. Em comunicado, a Península julga que o Conselho de Administração do Casino não analisou devidamente todos os aspectos da proposta. "A decisão unilateral do Casino é, portanto, profundamente lamentável. Sendo assim, Península declara que continuará atuando no melhor interesse do Pão de Açúcar, a fim de criar valor para todos os seus acionistas", diz a nota. A recusa do Casino levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o banco BTG Pactual a suspenderem o plano de financiamento do acordo.

Pão de Açúcar e BTG Pactual retiram oferta de fusão com Carrefour
Exame 13.07.2011 - Em nota à imprensa, banco que propôs a ideia diz que vai buscar o diálogo com Casino. O BTG Pactual, responsável pelo projeto de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour, retirou temporariamente a proposta. A decisão foi tomada após o conselho de administração do Casino, o sócio francês do Pão de Açúcar, rejeitar a ideia nesta terça-feira (12/7). Formalmente, o BTG Pactual não representa Abílio Diniz, mas, na prática, a fusão proposta era o que o empresário esperava para permanecer no controle do Pão de Açúcar e, tentar, ainda, reforçar sua posição no varejo mundial, ao conquistar o posto de maior investidor do Carrefour mundial. Em nota à imprensa, o BTG Pactual afirma que “a manifestação do conselho de administração do Casino, que em reunião na manhã de hoje rejeitou os termos da operação, nos leva a suspender temporariamente a proposta, com o firme propósito de manter um diálogo aberto.” O banco de investimentos fundado por André Esteves repetiu o bordão de Abílio, de que a proposta de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour é uma “oportunidade excepcional”. Contrastando com a indignação do Casino, que chegou a classificar como traição os contatos de Abílio com o Carrefour, o BTG afirmou, na nota, que a “desde sempre” a proposta foi “amigável, sujeita à aprovação dos acionistas e em consonância com os contratos vigentes.”
Leia, a seguir, a íntegra da nota do BTG Pactual: A GAMA/BTG Pactual vem a público reiterar a confiança na proposta apresentada no dia 28 de junho para associação entre as operações do Carrefour e do Pão de Açúcar. Trata-se de oportunidade excepcional para ambos os grupos, oferecendo enorme potencial de crescimento para GPA e relevantes ganhos para todos os acionistas, inclusive o Grupo Casino. No entanto, a manifestação do Conselho de Administração do Casino, que em reunião na manhã de hoje rejeitou os termos da operação, nos leva a suspender temporariamente a proposta, com o firme propósito de manter um diálogo aberto. Reiteramos que, desde sempre, tratou-se de uma proposta amigável, sujeita à aprovação dos acionistas e em consonância com os contratos vigentes. Acreditamos que a associação entre Pão de Açúcar e Carrefour é excepcional para todos os públicos envolvidos e poderá ser reavaliada no futuro.

Projeções da Campbell
Valor 13.07.2011 - A americana Campbell, maior fabricante de sopas do mundo, anunciou ontem que espera avanço de cerca de 1% em seu lucro ajustado por ação, na comparação do ano fiscal de 2011 com o anterior, para US$ 2,47.
A alta tímida é melhor do que a previsão divulgada em fevereiro, de queda de 1% a 3% no ganho por papel. A estimativa para a receita foi mantida em estável. Denise Morisson, que assume a diretoria-executiva da Campbell em 1º de agosto no lugar de Douglas Conant, apontou entre as novas estratégias para a empresa inovações no mix de produtos e a expansão da presença internacional do grupo, particularmente nos mercados emergentes.

Cade e BR Foods fecham hoje acordo para a fusão
Folha 13.07.2011 - Termo envolve venda de indústrias, de centros de distribuição e de marcas. Principal ponto é a retirada da marca Perdigão de mercados em que a concentração pós-fusão é grande. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Brasil Foods devem firmar hoje acordo para permitir a fusão de Sadia e Perdigão. Até a noite de ontem, os conselheiros envolvidos ainda discutiam com executivos da empresa um complexo termo de compromisso que prevê a venda de indústrias, centros de distribuição e marcas. Segundo a Folha apurou, o principal ponto em discussão é a retirada da marca Perdigão de alguns mercados em que a concentração resultante da fusão é muito grande. A dificuldade, porém, era bater o martelo sobre quais produtos deveriam ter a venda suspensa. Entre os mercados em que a marca poderá ser retirada estão os de salsicha, pratos prontos e pizza. A suspensão deve ser feita por menos de cinco anos. A BRF deverá vender ainda as chamadas "marcas de combate", como Rezende, Wilson, Confiança e Batavo. Além disso, teria que alienar cadeias inteiras de produção, incluindo de abatedouros a centros de distribuição, de forma a permitir que compradores possam concorrer. A negociação foi intensificada após o voto do con- selheiro-relator, Carlos Ra- gazzo, que em junho criticou duramente a fusão, que poderia levar a aumento de preços de até 40%, e pediu veto. Até então, a única proposta feita pela BRF havia sido vender marcas secundárias. No julgamento, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista do processo. Desde então, os dois lados se reuniram várias vezes. No início, a BRF afirmava que não aceitaria mexer nas marcas principais, mas, com o veto como alternativa, resolveu ceder.

BrFoods e Cade sinalizam acordo para aprovar fusão entre Perdigão e Sadia
Agência Brasil 12.07.2011 - Representantes da holding Brasil Foods (BrFoods) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sinalizaram hoje (12) na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados que haverá acordo para aprovar a fusão entre os frigoríficos Perdigão e Sadia, firmada em 2009. O julgamento do ato de concentração no órgão de defesa da concorrência deve ser concluído amanhã (13). O acordo, segundo os representantes, está em andamento, mas ajustes ainda precisam ser feitos. “O Cade tem sido sensível aos nossos argumentos. Amanhã temos sessão em andamento e esperamos que haja solução que preserve a Brasil Foods”, disse Wilson de Melo Neto, que representou a holding resultante da fusão na audiência. Ele informou que a empresa busca uma solução que permita a continuidade do negócio “sem esquecer funcionários, acionistas e consumidor, que é a razão principal da existência da BrFoods”. O procurador-geral do Cade, Gilvandro Vasconcelos, disse que o órgão é sensível à abrangência da operação e à importância da empresa, mas que “todos os interesses defendidos pela empresa devem ser sopesados [contrabalançados] com eventuais prejuízos e dificuldades que consumidor pode ter com a operação”. Também disse que a operação precisa ter um desenho melhor, com mais restrições, e que algumas informações confidenciais precisam ser abertas. A confidencialidade de informações foi motivo de crítica do deputado Ivan Valente (P-SOL-SP), um dos que convocou a audiência pública. “Não podemos fazer audiência de faz de conta. Como a negociação é secreta, não temos nada que fazer aqui”, reclamou. O julgamento do ato de concentração no Cade começou no início de junho, mas foi suspenso por um pedido de vista após um voto duro do relator, Carlos Ragazzo, contra a fusão. Ele afirmou que a operação traria danos irreversíveis para o consumidor e que a compra dos ativos da Sadia pela Perdigão não era a única saída para a crise financeira da empresa.

Lucro da Doux Frangosul despenca em 2010
Valor 13.07.2011 - A Doux Frangosul, que desde 2009 vem atrasando os pagamentos aos criadores integrados de frangos e suínos no Rio Grande do Sul, teve lucro líquido de R$ 27,1 milhões em 2010. A cifra foi 67,5% inferior aos R$ 83,2 milhões do exercício anterior devido à deterioração do desempenho financeiro. Mas tanto a margem bruta quanto o resultado operacional e a geração de caixa medida pelo lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) tiveram expansão no período. A receita bruta da companhia caiu 12%, para R$ 1,521 bilhão, influenciada pela queda de 14,5% nas exportações, que somaram R$ 1,142 bilhão. Tomando como base o câmbio médio em cada exercício, o recuo nos embarques foi de 3,1%, para US$ 649 milhões, enquanto no mercado interno as vendas diminuíram 3,3%, para R$ 378,9 milhões. Em 2010, as exportações totais de carne de frango do Brasil cresceram 17,2%, para US$ 6,8 bilhões, conforme a União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Apesar da queda do lucro, a empresa que tem sede em Montenegro (RS) e 7,6 mil funcionários no país provisionou R$ 2,4 milhões para pagamento de dividendos à matriz francesa Doux, ao contrário de 2009, quando todo o resultado havia sido destinado à compensação de prejuízos. A companhia também é avalista de um empréstimo de€ 148 milhões tomado pela controladora no banco Barclays na Europa. A receita líquida caiu 12,4%, para R$ 1,455 bilhão, mas o aumento dos preços acima dos custos de produção elevou a margem bruta da Doux Frangosul de 20,8% para 25,4%. O Ebitda cresceu 9,8%, para R$ 237,6 milhões, enquanto o resultado operacional avançou 24,2%, para R$ 126,4 milhões. O lucro líquido, porém, foi comprometido pela reversão do resultado financeiro de R$ 10,5 milhões positivos para R$ 82,6 milhões negativos no período. No relatório de administração que acompanha a demonstração de resultados do ano passado, o diretor geral Aristides Vogt disse que a Doux Frangosul priorizou as exportações a "mercados mais remuneradores", como a Arábia Saudita, e ampliou em 20% as vendas internas de produtos industrializados. Segundo ele, a decisão permitiu o aumento das margens e o reajuste dos preços dos produtos finais compensou a "forte alta" dos custos dos grãos no segundo semestre. Mesmo assim, a empresa encerrou 2010 com dívidas financeiras de R$ 128,6 milhões, 39,8% a mais do que no ano anterior, sendo que R$ 55,3 milhões vencem ao longo de 2011. O valor exclui R$ 442,1 milhões em adiantamentos de contratos de câmbio e operações de pré-pagamento de exportação, que tiveram queda de 14,1% no período. Ao mesmo tempo, os recursos em caixa e as aplicações financeiras passaram de R$ 41,7 milhões para R$ 31,5 milhões. Já o passivo com fornecedores aumentou 10% no ano passado, para R$ 250,6 milhões e os credores mais indignados são os criadores integrados. De abril até 20 de maio deste ano, depois de apresentar o quinto cronograma para a regularização dos débitos vencidos com os produtores, a empresa havia reduzido os atrasos médios de 120 para 60 dias (além do prazo usual de 45 dias para a liquidação dos lotes entregues para abate). Só que, depois disso, os pagamentos voltaram a escassear.
Segundo o assessor de política agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), Airton Hochscheid, ontem os atrasos já ultrapassavam os 80 dias, e a Doux se comprometeu a fazer novos pagamentos amanhã e no dia 20 deste mês, com os quais reduziria em cerca de 50% o valor das dívidas acumuladas.  Além disso, conforme o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Montenegro, Marcelino da Rosa, a empresa vem parcelando o recolhimento do Fundo de Garantia dos funcionários desde novembro do ano passado. Procurada pelo Valor, a Doux não se manifestou.

Queiroz Galvão e da Barra Energia
Valor 13.07.2011 - Companhia e sócia são pioneiras no pré-sal. A entrada da Queiroz Galvão e da Barra Energia no pré-sal da bacia de Santos, mesmo com participação minoritária e em áreas operadas pela Petrobras, faz delas as primeiras empresas brasileiras a ter um naco no chamado "polo" de Santos. É como ficou conhecida a área ao redor das descobertas do campo gigante de Tupi.  As outras brasileiras que têm porte suficiente para a empreitada são a HRT e a OGX. Mas a primeira só tem concessões em terra no Brasil e vai perfurar o pré-sal na costa africana, mais precisamente áreas offshore na Namíbia. A OGX não tem áreas dentro do perímetro legal estabelecido como o pré-sal brasileiro. Mas conta com blocos em águas rasas nas bacias de Campos e Santos com potencial para o pré-sal. A empresa ainda vai fazer mais estudos para avaliar.  A legislação brasileira prevê que qualquer concessão compreende toda a área do bloco, não importando a profundidade. Isso significa que a concessionária pode furar até chegar à crosta terrestre. Os dados considerados oficiais indicam que o pré-sal se estende por 149 mil quilômetros quadrados, dos quais apenas 41,772 mil já foram concedidos. Quem tem concessão para explorar esses 28% já concedidos - a maioria adquirida antes da nova lei e das descobertas dos campos gigantes da Petrobras, BG, Repsol e Galp - têm o direito de explorar até uma profundidade sem limite, no pós ou no pré-sal.
Os 72% só serão concedidos sob o novo regime regulatório, a partilha de produção, que prevê a Petrobras como única operadora, com participação mínima de 30% e que ainda está em fase de regulamentação. O bloco no qual Queiroz e Barra (controlado pelos fundos de investimentos First Reserve Corporation e Riverstone Holdings) se tornaram sócias é BM-S-8. As duas empresas compraram da Shell cada uma 10%. Na área foram descobertos os reservatórios Bem-Te-Vi e Biguá e existe a possibilidade de comunicação com um reservatório de outro bloco, o Abaré Oeste, que está em outro bloco, o BM-S-9. Mas isso só o futuro dirá.  Atualmente, suspeita-se no mercado que tanto os blocos BM-S-8 quanto o BM-S-21 não estejam localizados na área mais atraente do polo de Santos. Um relatório do Credit Suisse sobre a aquisição ressalta que não os dois nunca foram considerados uma área mais nobre do polo.

BMW escolhe o Brasil para construir fábrica
Correio Braziliense 12.07.2011 - O Brasil venceu a concorrência do México e foi o país escolhido pela BMW para ser sede de uma fábrica de automóveis da marca. Pelo Twitter, o colunista do suplemento Veículos do Correio Braziliense, Fernando Calmon, disse ainda que há rumores de que o X3 pode ser o primeiro carro fabricado por aqui. "Seis estados entraram na disputa pela fábrica, que poderá ser apenas SDK, sigla para conjuntos semidesmontados, que tem a manufatura limitada e baixo investimento", escreveu Calmon. Além da BMW, a Mazda também pode começar a produção de veículos no Brasil. A companhia japonesa escolheu o México para sediar a próxima fábrica, mas disse que em uma nova oportunidade poderia ser "a vez do Brasil".

Unilever reorganiza estrutura e Brasil terá novo presidente
Valor 13.07.2011 - Miguel Kozuszok, atual presidente da Unilever para o Cone Sul, vai comandar o Brasil e a nova divisão para América Latina. A Unilever fez uma reorganização mundial de funções e a mudança afetou o Brasil. O presidente da companhia no país, Kees Kruythoff, deixará o cargo após pouco mais de três anos na função. A partir de 1º de setembro, Kruythoff assumirá a presidência do grupo na América do Norte. A Unilever é fabricante de marcas como Omo, Dove, Rexona e Knorr. O executivo foi contratado para fazer a empresa crescer de forma mais veloz por aqui e, com a mudança, ele atuará num mercado desenvolvido, que vinha perdendo parte do foco da companhia, por conta da expansão do grupo nos mercados emergentes. A subsidiária brasileira não terá mais um presidente exclusivamente para atuar apenas para a operação local. Ficou decidido que a Unilever Brasil passa a integrar o grupo da América Latina - algo que não acontecia antes - e esse grupo será comandado pelo argentino Miguel Kozuszok, atual presidente do Cone Sul. Kozuszok será responsável por Brasil e deve trabalhar a partir do escritório da Unilever em São Paulo. A companhia confirma as mudanças na operação, mas não esclarece quais seriam as motivações para a troca do comando no Brasil.
Outras alterações foram feitas pelo grupo. Alan Jope, atual presidente da Unilever na China, assume as operações no Norte da Ásia. O sudeste da Ásia e a Austrália ficam sob comando de Peter Ter Kulve, que antes ocupava a linha de frente da empresa na Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. Nitin Paranjpe seguirá como presidente para o sul da Ásia. O executivo Izzet Karaca, presidente da empresa na Turquia, passará a responder por Norte da África, Oriente Médio, Turquia e Rússia. A África será chefiada por Frank Braeken, que ocupava a vice-presidência da operação no Norte da África, Oriente Médio e África Central.
No Brasil, Kruythoff tornou-se presidente da operação em abril de 2008 dentro de uma expectativa de fazer a empresa acelerar o crescimento. No ano de sua chegada, a empresa faturou R$ 10,29 bilhões e atuava num mercado menos competitivo. O executivo deve deixar o negócio num momento de agressividade maior dos rivais e expectativa de receita bruta entre R$ 12,8 bilhões a R$ 13 bilhões em 2011, na análise de consultores. Será uma expansão de 26% de 2008 a 2011, uma média de cerca de 6,5% ao ano. É uma taxa acima da verificada entre 2004 e 2007, quando a empresa pulou de R$ 8,6 bilhões para R$ 9,7 bilhões.  A Unilever avalia, por exemplo, que consumidores do Oriente Médio e da Turquia são mais parecidos com aqueles do sudeste da Ásia em termos de perfil de compra, e por isso precisam ter o mesmo comando. Essa percepção do negócio pode explicar a decisão de reorganizar as funções.

Cursos de idiomas Yes!
Folha 13.07.2011- A rede de cursos de idiomas Yes! vai abrir sua segunda unidade no exterior até o final deste ano. O início das aulas está previsto para janeiro de 2012, mas a filial da empresa em Boston já estará aberta a partir de outubro.
A outra unidade da rede fora do Brasil também está localizada nos Estados Unidos, em Miami. "Há um mercado muito grande a ser explorado de latino-americanos que precisam aprender inglês por lá", afirma o presidente da companhia, Clodoaldo Nascimento. A rede de idiomas, que oferece cursos de inglês e espanhol, tem 105 franquias em 12 Estados brasileiros e abrirá outras 20 escolas até o final deste ano. Entre as cidades que receberão filiais da companhia em 2011 estão Campo Grande (MS) e Salvador (BA).
Em 2012, a empresa pretende ter ao menos uma unidade em todos os países do Mercosul: Argentina, Paraguai e Uruguai. "Os professores terão a possibilidade de viajar para fazer cursos de capacitação em nossas unidades no exterior", diz Nascimento

Comércio eletrônico em alta favorece negócios da Vtex
Valor 13.07.2011 - Há folga financeira para ir às compras, dizem os sócios Geraldo Thomas Júnior (à esquerda) e Mariano de Faria. A Vtex, empresa brasileira focada em software para o comércio eletrônico, deu início a um projeto de expansão, que tem por meta multiplicar o faturamento da companhia, estimado para este ano em R$ 14 milhões, para R$ 100 milhões até 2015.  O primeiro passo foi dado pela Vtex em março. A empresa comprou por R$ 5 milhões, com recursos próprios, a concorrente WX7, dona de uma receita anual de aproximadamente R$ 2 milhões. Com a aquisição e a carteira de encomendas atual, a Vtex espera dobrar de tamanho já neste ano, saindo de um faturamento de R$ 7,5 milhões para R$ 14 milhões, afirma o vice-presidente e sócio-fundador da empresa, Mariano Gomide de Faria.  O empresário não divulga detalhes financeiros. Diz apenas que o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e a amortização) deste ano deve chegar a R$ 4,2 milhões, o dobro do montante obtido em 2010. "Estamos com folga financeira para fazer mais duas aquisições no ano", afirma Faria.  Nos últimos quatro anos, a empresa reservou 18% de seu faturamento anual para pesquisa e desenvolvimento de produtos. Parte dos recursos não reinvestidos em pesquisa em anos passados foi usado na aquisição da WX7. A intenção do empresário é usar essa mesma fonte para outras aquisições. "Financiamento externo só será buscado em último caso", diz.  O presidente e sócio da Vtex, Geraldo Thomas Júnior, afirma que a meta é adquirir mais duas empresas no prazo de 12 meses, no valor total máximo de R$ 6 milhões. Na mira estão companhias que desenvolvem softwares complementares ao seu portfólio, ou que tenham uma carteira de clientes relevante.  Fundada em 1999, a Vtex vende licenças de software e presta serviços para 180 empresas no Brasil, tendo em sua carteira grandes redes como Walmart, Sack's (pertencente à LVMH) e Polishop.  Faria afirma que boa parte dos ganhos de receita previstos para o período de 2011 a 2015 será proveniente da venda de novas aplicações e serviços. Entre as novidades está um software que permite às redes incluir as ofertas de produtos já existentes em suas lojas virtuais no Google Shopping, serviço de comparação de preços do Google, que será lançado neste ano, mas ainda não tem data exata, informou a companhia americana. "Há também uma grande procura de shoppings e redes varejistas que já possuem site, mas não vendem na internet, para criar suas lojas virtuais", diz Faria. O empresário afirma ainda ter fechado contratos com grupos internacionais de comércio eletrônico que planejam estrear no mercado brasileiro neste ano. De acordo com dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), o comércio eletrônico brasileiro vai registrar no ano um crescimento de 35% em receita. Em 2010, o setor teve expansão de 40%, atingindo um faturamento de R$ 12,8 bilhões.  Como parte do plano de expansão, a Vtex também está investindo uma quantia não revelada na instalação de escritórios na Argentina e no Chile. Thomaz diz que o mercado sul-americano de comércio eletrônico cresce em ritmo semelhante ao brasileiro e há poucas empresas de software concorrentes. "A intenção é competir nesses mercados com escritório próprio. Mas se houver pouca aceitação, vamos negociar parcerias com empresas locais", diz o empresário. Ele estima que até 2015 o mercado sul-americano vá gerar à VTEX receita anual de R$ 10 milhões.

Telebrás faz acordo com Eletronorte para banda larga
Estadão 12.07.2011 - Além do contrato com a TIM, que deve ser assinado amanhã, a Telebrás firmará um acordo de cooperação técnica com a Eletronorte para acelerar a entrada em operação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) na Região Norte do País. Segundo informou à Agência Estado o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, o acordo com a Eletronorte permitirá antecipar de seis a oito meses a universalização do acesso à internet rápida pela rede da companhia nos Estados do Maranhão, Pará, Amapá, Acre, Rondônia, Mato Grosso e oeste de Goiás. "Isso permitirá começarmos a botar em operação o plano em um tempo mais rápido, garantindo o acesso das pessoas até que a nossa rede esteja pronta", afirmou Bonilha. Segundo ele, um outro acordo entre as duas companhias deve começar a ser discutido ainda nesta semana para a criação da "única vendedora pública brasileira" de infraestrutura de internet, um dos objetivos do governo para dar musculatura ao PNBL. Bonilha também adiantou que várias outras empresas internacionais têm procurado a Telebrás para propor parcerias para implantação de redes no País nos mesmos moldes do acordo que será assinado amanhã junto à Eletronorte. O presidente da companhia, porém, não informou quais empresas seriam essas, mas revelou que as interessadas pertencem tanto ao setor de telecomunicações como também de outros setores. Apesar do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ter dito na semana passada que um grande banco privado do exterior estaria interessado em investir em fibras ópticas no Brasil, Bonilha afirmou que a Telebrás ainda não foi procurada. Segundo o presidente da Telebrás, o orçamento da empresa dentro do PNBL até 2014 é suficiente para cumprir o prazo e levar a internet de até 5 megabits por segundo aos cerca de 4,2 mil municípios que serão atendidos pela rede Telebrás. Bonilha destacou que o contrato com a TIM, que será assinado amanhã, é o primeiro da Telebrás com uma grande operadora. Mas outros devem ser assinados em breve. Os contratos já assinados com a Oi, Telefônica, Vivo, Sercomtel e Algar foram feitos com o Ministério das Comunicações e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Além desses dois acordos, amanhã também será assinada parceria com a Associação de Pequenos Provedores e algumas associações de municípios dos Estados do Pará e Rio Grande do Sul. A cerimônia, que acontecerá às 11h, terá ainda a assinatura de contrato da Telebrás com a Empresa Municipal de Informática (IplanRio), do Rio de Janeiro, para que a Telebrás forneça a tecnologia de comunicação de grandes eventos que acontecerão na cidade nos próximos anos, desde a Cúpula Rio +20 até os Jogos Olímpicos de 2016.

Anatel pode provocar apagão de parabólicas, dizem redes de TV
Folha 13.07.2011 - Faixa de frequência para telefonia e banda larga afeta recepção via satélite, afirmam empresas. Agência Nacional de Telecomunicações decide encomendar testes antes de iniciar venda de licenças.
Grandes redes de televisão afirmam que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pode provocar um apagão de 22 milhões de antenas parabólicas residenciais espalhadas pelo país. A agência vai autorizar o uso das frequências de 3,4 a 3,6 gigahertz (GHz) para oferta de banda larga e de telefonia fixa e celular pela tecnologia de transmissão sem fio Wimax. As parabólicas usam a faixa de frequência contígua, de 3,62 GHz a 3,8 GHz. A Globo e a Record testaram os equipamentos e constataram interferência na recepção dos canais de TV pelas antenas parabólicas e nas transmissões entre as chamadas cabeças de rede e suas afiliadas e retransmissoras.
Ontem, depois de duas rodadas de negociações com as empresas, a Anatel decidiu encomendar testes de campo antes de publicar o edital de venda das licenças. Segundo o conselheiro da Anatel Jarbas Valente, se forem confirmadas as queixas das emissoras, o governo vai buscar uma solução técnica antes de iniciar a licitação, que deve ocorrer neste ano. Além das emissoras de TV, fabricantes de antenas parabólicas e empresas de telefonia alertaram a Anatel para o risco de apagão das parabólicas. Até deputados federais pressionaram a agência. "A Anatel não pode impor uma medida a fórceps. Só queremos tempo para achar uma solução técnica que permita a convivência dos dois sistemas", diz Rogério Ferraz Camargo, presidente da Orbinova, fabricante de decodificadores para parabólicas. O movimento começou no início de junho, quando a Anatel colocou a minuta do edital de licitação em consulta pública. A proposta prevê o uso de antenas Wimax com potência de 30 watts, que cobririam uma cidade média. A tecnologia Wimax já é usada em pequena escala no país, com potência limitada a 2 watts. Radiodifusores dizem que enfrentam a interferência desses equipamentos e são obrigados a pôr filtros nas antenas retransmissoras.
História polêmica: A implantação da tecnologia Wimax tem um histórico de problemas. Em 2002, a Anatel fez uma licitação para uso da frequência de 3,5 GHz. Como a tecnologia ainda era incipiente, a procura foi pequena. Em 2005, a agência anunciou licitação para venda das sobras de frequências, que foi suspensa. No ano seguinte houve nova licitação, revogada pelo TCU (Tribunal de Contas da União). O edital proposto agora pela Anatel prevê leilão de 565 lotes de frequências. Os vencedores teriam 24 meses para implantar o serviço nas cidades com mais de 100 mil habitantes e 60 meses para atender municípios entre 30 mil e 100 mil habitantes.

Magnesita fecha novos acordos na América Latina
Valor 13.07.2011 - A fabricante de materiais refratários Magnesita fechou novos acordos para ampliar sua presença na América latina, estratégia adotada após o controle da companhia, de gestão familiar, ser transferido para o GP e outros fundos em 2007. A empresa acaba de firmar contratos de transferência de tecnologia com duas empresas do setor - uma da Colômbia e outra da Venezuela.  Ronaldo Iabrudi, presidente da companhia, informa que esse tipo de acordo permite expansão de mercado nesses países. "Além do fornecimento de tecnologia, podemos vender produtos que não são fabricados pelas parceiras, bem como serviços". Atualmente, na média, a companhia já detém 50% do mercado de refratários usados na produção de aço na região. Na Venezuela, Colômbia e Paraguai, esse índice é de 70%. No Equador, 75% Na Argentina, terceiro maior fabricante de aço na região, depois do México, a presença é de 50%. Uma siderúrgica integrada - que opera com altos-fornos e aciarias, caso de Usiminas, CSN, Açominas e ArcelorMittal Tubarão - consome, em média, 10 quilos de material refratário para cada tonelada de aço produzida.
A colombiana Sudamin receberá tecnologia na fabricação de tijolos refratários e pagará royalties. Além disso, comprará matéria-prima da Magnesita. Com a aliança, a Sudamin vai suprir todo o mercado colombiano, principalmente pequenas empresas, e países próximos a partir de Cartagena (zona de livre comércio), segundo a fabricante brasileira. "Vamos ganhar competitividade na Colômbia", observa Iabrudi. No país, a Magnesita já tem como cliente usinas de aço do grupo Gerdau e a Acería Paz del Río, do grupo Votorantim. A ambas vende pelo modelo de custo por performance (CPP), ou seja, o contrato é baseado no volume de aço que passa sobre o produto refratário nos fornos das usinas.  Na Venezuela, um contrato similar foi firmado com a Refratários Socialista da Venezuela (RSV), empresa resultante da estatização da Carabobo. Em contrapartida, a Magnesita terá o mercado local aberto para seus produtos (não fabricados pela RSV) em 16 indústrias do país - desde a produção de alumínio até a de fertilizantes. Uma das vantagens desses acordos, observou o executivo, é avanço num mercado que tradicionalmente é suprido por fabricantes europeus de refratários. "O Brasil tinha participação mínima na Venezuela, onde já detemos 70% das vendas para o setor siderúrgico". A Sidor, principal usina de aço do país, também estatizada, é grande cliente da brasileira.
Dos 59 contratos internacionais da Magnesita, 37 estão na América Latina, informa a empresa. A região responde por cerca de US$ 100 milhões de receita ao ano, 15% do que a companhia tem no Brasil, seu maior mercado.  No ano passado, empresa atingiu US$ 1,35 bilhão (R$ 2,3 bilhões), sendo US$ 600 milhões no Brasil, US$ 300 milhões na Europa, US$ 250 milhões nos EUA, US$ 100 milhões na Ásia e o mesmo tanto na América Latina.  No primeiro trimestre deste ano, a empresa alcançou receita líquida de R$ 575 milhões. Desse valor, 50,4% foram obtidos na América do Sul, 21,4% na Europa, 17,3% na América do Norte, 8,3% na Ásia e 2,6% no resto do mundo. Fechou o trimestre com endividamento líquido de R$ 908 milhões. A empresa faz mais de 13 mil tipos de produtos - de materiais monolíticos e tijolos convencionais a cerâmicas nobres - para revestir equipamentos que operam em altas temperaturas. Os principais usuários são fábricas de aço, cimento e vidro. Em 2008, às vésperas da crise mundial, adquiriu o grupo alemão LWB, tornando-se líder mundial do setor.
Em 2010, a empresa anunciou dois projetos estratégicos: exploração de depósito de grafita em Almenara (MG), orçado em R$ 80 milhões, e a expansão da capacidade de sinterização de magnesita de alta qualidade (M-30) em Brumado (BA), com investimento de R$ 220 milhões. Recentemente, recebeu a licença ambiental para instalação de um dos dois fornos.

Para Eike, China garante demanda por minério até 2025
Exame 12.07.2011 - Segundo ele, o ingresso de milhões de chineses e indianos no mercado de consumo vai sustentar os preços elevados das matérias-primas metálicas. A expansão da unidade Serra Azul contempla a construção de nova planta de beneficiamento com capacidade para 24 milhões de toneladas de minério de ferro por ano O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, disse hoje que confia que a demanda internacional pelo minério de ferro não será afetada em um cenário de nova turbulência mundial. Para o empresário, o ritmo de crescimento da China garante uma demanda aquecida pelo menos até 2025.
"Enxergo claramente que a China não vai parar seu ritmo de crescimento. Ela hoje produz mais ou menos 750 milhões de toneladas de aço (por ano), ou seja, ela precisa de 1,3 bilhão de toneladas de minério de ferro. Isso vai até 2025, 2030. A urbanização da China ainda não acabou", disse Eike, após assinar protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais para investimentos da MMX. Segundo ele, o ingresso de milhões de chineses e indianos no mercado de consumo vai sustentar os preços elevados das matérias-primas metálicas. Eike lembrou que reservas que antes não eram exploradas - com baixo teor de ferro - se tornaram nos últimos anos viáveis economicamente. "Coisa que se botava no rejeito hoje virou minério, mais duro, tem que investir mais, mas tem um grande comprador lá no outro lado do mundo, um dragão chinês que está consumindo isso aí. Então eu estou muito confiante até 2025", reforçou.
Foxconn: O empresário disse que encerrou as negociações com grupos asiáticos para a instalação no Brasil de uma montadora de produtos da Apple. Um dos grupos que Eike negociava era a Foxconn, que fabrica produtos da Apple em regime de terceirização na China. Em abril, durante visita da presidente Dilma Rousseff, a empresa anunciou a intenção de produzir no País telas e visores para produtos como computadores, celulares e tablets. A ideia de Eike era que a montadora da Apple fosse instalada no complexo do Porto de Açu da LLX, empresa de logística da holding, em São João da Barra, no litoral norte do Rio de Janeiro. O empresário, considerado o oitavo homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, segundo ranking da revista Forbes, acredita que sua investida acabou provocando a decisão da Foxconn de investir no País. "Me considero um instigador para provocar grupos a se mobilizarem. Que bom, acho que eles vindo o Brasil vai estar servido e todos nós vamos poder ter acesso a computadores mais baratos", disse, reclamando a necessidade de que os produtos tenham "preços decentes". "A gente importa custando duas vezes o preço. Feito aqui não vai custar tão caro."

Ouro e exportação de ouro deve bater recorde
Folha 13.07.2011 - Vendas do minério brasileiro chegarão a US$ 2 bi em 2011; países ampliam reservas para escapar de crise.  A instabilidade financeira e a expansão da renda da população mundial, especialmente da classe média, provocam nova corrida ao ouro. E, dessa vez, a riqueza extraída do solo brasileiro vai sobretudo para cofres de governos e bancos internacionais. Instituições financeiras querem aumentar suas reservas em ouro, um ativo considerado seguro e em valorização. E o produto também passa a chamar a atenção de pequenos investidores. "Já existem máquinas de venda de ouro na Europa e criação de fundos de investimentos por diversos bancos, popularizando uma aplicação que antes era pouco acessível", diz Mathias Heider, especialista do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). Em 2010, o país produziu 61 toneladas e exportou 46 toneladas -75% do total. Em receita, as vendas externas atingiram o valor recorde de US$ 1,79 bilhão. "Em 2011, as vendas devem superar US$ 2 bilhões", afirma Heider. O ouro do Brasil teve como principais destinos Reino Unido (43%), Suíça (28%), EUA (21%) e Canadá (2%). "Os destinos confirmam que a exportação brasileira do ouro vai para o sistema financeiro, pois Reino Unido e Suíça, que somam mais de 70% das compras, são países de sedes de bancos mundiais", diz Antônio Lannes, gerente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração). A sul-africana AngloGold Ashanti, terceira maior mineradora de ouro do mundo, com unidades em Minas e Goiás, informou que exporta 100% da sua produção brasileira, de cerca de 13 toneladas ao ano. "Nossos clientes são bancos privados que ficam na Inglaterra e nos Estados Unidos", afirma a empresa.
Reservas financeiras: Dados do World Gold Council (Conselho Mundial do Ouro) revelam o aumento da participação do ouro nas reservas financeiras mundiais nos últimos dez anos. Nesse período, o estoque em ouro da China saltou de 395 toneladas para 1.054 toneladas, o que corresponde a 1,6% de suas reservas internacionais. O da Índia, subiu de 357,8 toneladas para 557,7 toneladas, representando 8,2% das reservas. O da Rússia, de 422,6 toneladas para 1.040 toneladas (7,8%). Entre os Brics, o Brasil é o país que tem a menor participação de ouro em sua reserva financeira: 0,5%. Caiu de 115,8 toneladas em 2000 para 33,6 toneladas em 2010. Para o professor de economia e finanças do Insper Alexandre Chaia a importância do estoque em ouro depende do objetivo da reserva do país. No caso do Brasil, a necessidade de moeda estrangeira para pagar a dívida externa dilui essa participação do produto em sua reserva.
"O ouro não tem liquidez", diz Chaia. Já os países desenvolvidos, segundo ele, têm maior reserva em ouro porque suas moedas já são fortes. "Hoje compram ouro por temer crise", afirma.


Reforma e construção de aeroportos
Folha 13.07.2011 - As obras de reforma e construção de aeroportos são as que causarão o maior impacto no Brasil nos próximos anos, de acordo com estudo da Amcham (Câmara Americana de Comércio). Em uma escala de zero a cinco, os novos projetos do setor terão impacto de 4,17 na economia nacional.
Os empreendimentos voltados para a melhoria da mobilidade urbana aparecem em seguida, com 4,05. O desenvolvimento de novas tecnologias, por sua vez, é o setor que mais atrai o interesse das companhias. Entre as empresas paranaenses ouvidas pela Amcham, 52% têm planos de investir nesse segmento. Foram entrevistados 155 executivos entre maio e junho deste ano.

Governo planeja leilão para aeroportos ainda em 2011
Valor 13.07.2011 - Em meio às expectativas em relação ao desfecho do leilão do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante (RN) e sinais de que pelo menos dois grupos estão interessados no negócio, o governo se prepara para dar andamento à concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. Nos próximos dias, a presidente Dilma Rousseff publicará um decreto para incluir os três empreendimentos no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Assessorada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve ficar responsável pela execução e o acompanhamento do processo de concessão. O governo quer realizar uma audiência pública em setembro sobre o assunto para, em seguida, consultar o Tribunal de Contas da União (TCU).  No cronograma do poder executivo, a publicação do edital seria feia em novembro, o que garantiria margem para a realização do leilão ainda no ano de 2011. "Quem ganhar assume [os aeroportos] em fevereiro", disse uma fonte do governo vinculada ao processo de concessão dos aeroportos. Enquanto isso, a Secretaria de Aviação Civil tenta dirimir as dúvidas dos interessados em participar da concessão do aeroporto potiguar para a iniciativa privada, cuja licitação foi adiada para o dia 22 de agosto na semana passada. "Dois grupos sinalizaram com firmeza que farão uma proposta", disse uma fonte do governo, tentando afastar os rumores de que não há interessados no negócio, a primeira concessão de um aeroporto para o setor privado no país. Segundo a fonte, os grupos são formados por administradores internacionais de aeroportos com base na Europa e construtoras. Entre eles, não há companhias aéreas, pelo menos por enquanto. "Essa é uma boa oportunidade para investir nesse setor", comentou a fonte. A Anac definiu que o vencedor do leilão terá três anos para executar as obras e 25 anos para explorar o serviço. O lance mínimo ficou estabelecido em R$ 51,7 milhões. A agência prevê que São Gonçalo do Amarante será um dos principais aeroportos da região Nordeste. Segundo estimativas da Anac, o aeroporto chegará a ter um movimento anual de até 11,4 milhões de passageiros.
Em paralelo, o governo mantém algumas medidas para tentar desafogar os aeroportos do país. Em Guarulhos, por exemplo, o número de agentes e a estrutura da área de imigração serão elevados. A Polícia Federal treinará essa mão-de-obra, que será terceirizada pela Infraero. "Haverá supervisão da PF", assegurou a fonte. "Isso é para o fim do ano", informou. Em outro front, o Exército se prepara para executar a terraplanagem das obras de reforço de uma das pistas do aeroporto de Guarulhos. A Secretaria de Aviação Civil pretende melhorar a coordenação entre os diversos órgãos que integram o sistema aéreo e, portanto, têm como ajudar a melhorar a eficiência e a capacidade de operação dos aeroportos. Estão incluídos nesses esforços, além da Infraero e da Anac, a Polícia Federal, as companhias aéreas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Brasil mantém antidumping a produto argentino e chinês
Brasil Econômico 12.07.2011 - A reunião também aprovou a criação do Grupo Técnico Interministerial que deverá elaborar meios de modernização da legislação sobre comércio exterior. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou nesta terça-feira (12/7) a prorrogação e aplicação do direito antidumping sobre garrafas térmicas chinesas e produtos químicos argentinos e americanos.  A prorrogação do direito antidumping definitivo foi direcionada às garrafas térmicas chinesas pelo período de cinco anos. A alíquota de recolhimento continua a ser de 47%, uma vez que o direito em vigor foi suficiente para reduzir o fluxo de exportações. Também foi aplicado o direito provisório sobre as importações do dissocianato de tolueno, importante matéria-prima para fabricação de espumas e revestimentos, vindos da Argentina e dos Estados Unidos. Neste caso, a medida tem vigência de seis meses e a cobrança do direito ocorrerá por alíquotas específicas de cada exportador. As medidas foram aprovadas pelo Comitê Executivo de Festão (Gecex) e pela Camex, ambas ligadas ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A reunião também aprovou a criação do Grupo Técnico Interministerial que deverá elaborar propostas de modernização da legislação sobre comércio exterior.
Dumping: É conhecido por dumping a prática de exportação de produtos a um preço inferior ao praticado no mercado de destino. O direito de antidumping é uma medida de defesa que evita que produtores nacionais sejam prejudicados, cobrando taxas sobre as importações.  A medida está prevista nas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ex-tarifários: Foi alterada para 2% a alíquota de imposto para bens de capital, informática e telecomunicações na condição de ex-tarifários.  O regime é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos por meio da redução temporária do Imposto de Importação sobre produtos não fabricados no Brasil.

PIB da China registra alta de 9,5% no 2º trimestre
Estadão 13.07.2011 - A China registrou crescimento econômico surpreendente no segundo trimestre, levantando a perspectiva de mais arrocho monetário para combater a inflação. O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre aumentou 9,5% em relação ao mesmo período de 2010, comparado a um crescimento de 9,7% no primeiro trimestre, informou o órgão oficial de estatísticas. Os economistas esperavam crescimento de 9,4%.  Em relação ao trimestre anterior, a expansão foi de 2,2%, ante 2,1% no primeiro trimestre. Em base anualizada, o crescimento do trimestre passado acelerou para 9,1%, de acordo com um cálculo da Dow Jones, comparado a uma alta de 8,7% no primeiro trimestre. A produção industrial de junho foi 15,1% maior do que a do mesmo mês de 2010, após alta de 13,3% em maio. Os economistas esperavam uma desaceleração para 13,1%. O investimento em ativos fixos não rurais, termômetro importante da atividade de construção, desacelerou para um crescimento de 25,6% no período janeiro-junho, comparado a uma expansão de 25,8% no período janeiro-maio. As vendas no varejo em junho aumentaram 17,7% em junho na comparação com um ano antes, após aumento de 16,9% em maio.

Política industrial vai desonerar R$ 45 bi
Folha 13.07.2011 - A política industrial do governo Dilma pode promover uma desoneração superior a R$ 45 bilhões em quatro anos, entre 2012 e 2015.
O valor, considerado "diminuto" por técnicos do governo, equivale a um pouco mais da metade da arrecadação mensal da Receita, que neste ano tem ficado na média em R$ 70 bilhões. O valor da desoneração, que atingirá sobretudo exportações, depende da palavra final da presidente Dilma Rousseff, que deve discutir a nova versão da política industrial, que pode ser batizada de "Brasil Maior", em reunião agendada para amanhã. Segundo assessores do Planalto, a falta de espaço fiscal levou o governo a focar as medidas em setores com capacidade de recuperação imediata na exportação de manufaturados, como máquinas, têxteis e calçados. E acabou sacrificando alguns fundos sob análise, voltados para a inovação. Entre eles, os do setor automotivo e financeiro.
Ontem, equipes do BNDES e dos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia reuniram-se para fechar a proposta. O impasse era o montante do corte de imposto para beneficiar a indústria e investir em inovação tecnológica. A Fazenda alegava que era impossível fazer algo muito ambicioso diante da necessidade do ajuste fiscal para combater a inflação.
Os demais ministérios ainda têm a expectativa de elevar um pouco o tamanho da desoneração de impostos. O governo irá manter a isenção de IPI em caráter permanente para o setor de bens de capital visando aumentar a taxa de investimento brasileira. A meta é fazê-la subir dos 18,4% do PIB (em 2010) para 24% em 2015.































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