quinta-feira, 21 de julho de 2011

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Daily News

Operações de fusão e aquisição crescem 17% no Brasil, diz estudo
Folha 21.07.2011 - O número de fusões e aquisições no Brasil no primeiro semestre deste ano foi 17% maior do que o registrado em 2010, segundo levantamento da consultoria Mergermarket. Nos seis primeiros meses de 2011, foram fechadas 144 operações, 21 a mais do que no mesmo período de 2010. A quantidade de fusões e aquisições foi a maior desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2003. No semestre passado, o Pinheiro Neto Advogados assessorou 20 operações, que movimentaram US$ 21,7 bilhões, e foi o escritório com maior atuação no setor. Entre as companhias que realizam assessoria financeira, o BTG Pactual foi o principal destaque, com 11 transações que alcançaram o valor de US$ 15,3 bilhões.

Lucro Ebitda da NET chega a R$ 465,5 milhões
Valor 20.07.2011 - A NET manteve a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e a amortização) de 28,6% no segundo trimestre de 2011, chegando a R$ 465,5 milhões. Em números absolutos, no entanto, o Ebitda aumentou 24,2% em relação ao segundo trimestre de 2010. O percentual é próximo à variação de receita líquida observada no período, que passou de R$ 1,310 bilhão para R$ 1,629 bilhão, subindo 24,4%. O lucro líquido ficou em R$ 124,9 milhões, com expressiva alta de 121,2%.  A dívida liquida variou pouco, passando de R$ 1,204 bilhão para R$ 1,266 bilhão. Já a dívida bruta, que inclui o principal e juros, encerrou o trimestre em R$ 1,88 milhões, uma queda de 3%, "principalmente devido ao pagamento antecipado de bônus perpétuos em 27 de maio de 2011 e da valorização do brasileiro real em relação ao dólar dos EUA no período" afirmou a empresa em nota. Entre as despesas, a maior variação foi registrada nos custos operacionais, que subiram 27,3%, seguidos da provisão para devedores duvidosos, com 26,4%, e das despesas com vendas, gerais e administrativas, que subiram 18,5%.

Itambé investe para crescer no Nordeste
Valor 21.07.2011 - Segundo Gontijo, crise pode atrasar a entrada de sócio estratégico na Itambé. Sem perspectivas de conseguir a curto prazo um sócio estratégico para participar de seu projeto de fusão com outras cooperativas de lácteos, a mineira Itambé amplia seus investimentos para crescer ainda mais no Nordeste, região de onde já obtém cerca de 40% de sua receita estimada de R$ 2,1 bilhões.
Segundo o presidente da central de cooperativas, Jaques Gontijo, a Itambé deve abrir uma fábrica de produtos lácteos no Ceará até 2013. De acordo com ele, a instabilidade econômica internacional retarda a busca por um aporte de capital estimado entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhoes. "Esta crise pode atrasar a entrada de um sócio, mas não necessariamente o futuro investidor será estrangeiro", disse. No início do ano, a Itambé contratou o braço internacional do Bradesco para encontrar o futuro acionista. "Ele terá 30% da nova empresa", comentou o executivo, que disse que depende desse aporte a união da Itambé com outras cooperativas, como a paranaense Confepar.
Originalmente, o plano de consolidação da Itambé era mais ambicioso. Há quase dois anos, a cooperativa começou a negociar uma fusão com as também mineiras Cemil e Minas Leite, além da goiana Centroleite e da Confepar. Apenas esta última se mantém no projeto.
A estratégia de crescer ainda mais no Nordeste já começou com a inauguração do centro de distribuição em Pará de Minas (MG) ontem, onde a Itambé já conta com uma linha de produtos frios, como achocolatados e iogurtes. Quando o investimento em Pará de Minas estiver concluído, nos próximos meses, a capacidade de processamento passara de 500 para mil toneladas de produtos por dia. "Vamos usar este crescimento da capacidade para atender o mercado nordestino, mas só vamos ganhar competitividade quando abrirmos a fábrica lá", afirmou Gontijo. A Itambé quer abrir a fábrica no Ceará por entender que a Bahia pode ser atendida pela unidade mineira. "Vamos investir cerca de R$ 60 milhões. O governo do Ceará irá participar fomentando os produtores a melhorarem sua produtividade. Vamos precisar de uma rede de 500 fornecedores de leite para essa futura unidade", disse.
Até certo ponto, a unidade cearense será abastecida com produtos mineiros que serão transportados pelo modal rodoviário. "Certos achocolatados podem ser feitos com leite em pó que continuaremos trazendo de Minas. O Nordeste há quatro anos aumenta o consumo de leite em ritmo chinês, de dois dígitos anuais. O grande desafio em investir lá é a baixa produção rural", afirmou Gontijo.  A opção pelo Nordeste reflete também a estratégia da Itambé de não apostar em crescimento em São Paulo, onde conta com participação regional abaixo da sua fatia no mercado nacional, que é de 4%. "Em São Paulo a concentração do mercado consumidor é enorme, com as grandes redes varejistas exigindo descontos que tornam difícil a entrada no mercado", comentou o executivo.
Em 2009, Gontijo chegou a anunciar a implantação de uma unidade em Brodósqui (SP), mas desistiu do projeto quando o governo mineiro anunciou incentivos fiscais para a cadeia produtiva do leite. A Itambé é a terceira maior captadora de leite no país, com um processamento anual da ordem de 1,1 bilhão de litros.

Itambé quer construir fábrica de laticínios no Ceará
Estadão 20.07.2011 - A Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), proprietária da marca Itambé, pretende investir cerca de R$ 60 milhões na construção de um centro de processamento de laticínios no interior do Ceará a partir de 2013. Essa será a primeira fábrica da empresa no Nordeste. Para abastecer a unidade, a empresa pretende ainda auxiliar na formação de uma rede com ao menos 500 produtores locais, com incentivos do governo local.
O anúncio foi feito hoje pelo presidente da CCPR, Jacques Gontijo, durante inauguração do novo centro de distribuição da empresa em Pará de Minas (MG). Segundo Gontijo, a fábrica do Nordeste terá capacidade de produzir toda a linha da empresa.
No entanto, a empresa, que tem faturamento anual de R$ 2,1 bilhões, deve investir primeiro numa linha de produtos como achocolatados, que serão feitos com leite em pó levado de Minas Gerais, já que, de acordo com o executivo, antes da formação da rede de produtores não há produção local de leite suficiente para abastecer a unidade.
Gontijo afirmou também que a construção do centro de processamento terá início apenas em 2013 porque, nos próximos dois anos, a empresa pretende investir na expansão da fábrica em Pará de Minas.O centro de distribuição é resultado de um investimento de R$ 30 milhões.
A previsão da empresa é de investir um total de R$ 100 milhões na consolidação da fábrica, que tem capacidade de processar 19 milhões de litros de leite por mês atualmente. O objetivo do investimento é permitir o processamento de pelo menos 33 milhões de litros mensais, com a criação de 300 empregos.

Como o mundo azedou o IPO da Copersucar
Exame 20.07.2011 - Para os especialistas, a estratégia da empresa é boa; a má fase da economia global é que atrapalha. Tudo caminhava para o que seria a maior abertura de capital do ano no Brasil. A Copersucar, empresa comercializadora de açúcar e álcool, se preparava para captar 2,7 bilhões de reais na bolsa brasileira. Para os especialistas, a estratégia da empresa era boa, e a distribuição de recursos prevista era adequada. Mas um mundo, literalmente, cheio de problemas atravessou o caminho. E ontem (19/7), a Copersucar suspendeu temporariamente seu IPO. “A Copersucar foi infeliz em escolher este momento”, afirmou José Carlos Hauscknet, diretor da consultoria MB Agro. E, como é bastante difícil brigar contra o mundo inteiro, recuar foi bem-visto pelos analistas. “Foi a estratégia mais acertada para a companhia”, disse Hauscknet. Com a crise da dívida americana e a crise financeira europeia, o mercado global vive dias de frio na barriga que, inevitavelmente,  dão cólica nos investidores do Brasil e do exterior.  Segundo ele, o recuo da Copersucar comprova que a empresa não está desesperada para levantar recursos. E cautela, hoje, é uma boa atitude corporativa. “Se a empresa estivesse tão apertada, faria o IPO a qualquer custo, mesmo diante das inseguranças do mercado”, disse Hauscknet. Quem compartilha da mesma opinião é o consultor de açúcar e álcool, Júlio Maria Borges, diretor da JOB. “A Copersucar é uma companhia com um histórico positivo e boa parte de seus associados possui uma saúde financeira saudável”, disse. “O adiamento do IPO tem mais a ver com deficiências do mercado, do que da própria companhia”, afirmou o especialista.
Recursos: Com a operação, a Copersucar poderia levantar até 2,7 bilhões de reais e ainda figuraria como o maior IPO do ano no país. O ranking hoje é liderado pela Queiroz Galvão Exploração e Produção, que movimentou 1,52 bilhão de reais no início do ano, com a abertura de capital. Boa parte do valor, aproximadamente 65%, de acordo com o prospecto preliminar na empresa, vai para reforçar o caixa da companhia. A estratégia é vista como adequada, uma vez que a Copersucar necessita de capital de giro para operar. “Trata-se de uma trading.  Ela compra, vende e até financia seus parceiros”, afirmou Borges.
O restante do recurso, a companhia vai investir em melhorias de infraestrutura e logística. Dentre as prioridades, a Copersucar vai focar a construção de um sistema de distribuição integrado de etanol. “A empresa está pensando no longo prazo e já prevendo que a demanda deve crescer no país nos próximos anos. Por isso, é correta essa preocupação”, disse Guilherme Nastari, diretor da Data Agro.
O IPO da Copersucar só deve ser retomado em dois meses. Isto, se o mundo não atravessar seus planos novamente.

Comexport instala processadora de aço na região
Valor 21.07.2011 - Grande importadora de aço pelo porto de São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, a Comexport acaba de investir R$ 4 milhões para instalar uma unidade industrial de processamento da matéria-prima na cidade. Com o nome de Dobrafer, a unidade terá capacidade de processar 1,2 mil toneladas por mês de vergalhões que serão adaptados para a construção civil. O galpão de 13 mil metros quadrados, localizado a cerca de 6 quilômetros do porto, também vai abrigar uma distribuidora de materiais de construção.
A SAMA, como é chamada a distribuidora, vai atender o mercado com pregos, arames e outros materiais de construção civil que também serão importados pelos portos catarinenses. A distribuidora atenderá a região Sul e o Estado de São Paulo. A Trop, braço importador da Comexport, ficou entre as dez maiores importadoras de Santa Catarina em 2010, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No ano passado, foram US$ 291 milhões em mercadorias que entraram pelos portos catarinenses.
Segundo Roberto Milani, vice-presidente da Comexport, a matéria-prima é importada, tendo como origem principal a Turquia, mas a fábrica terá capacidade de processar também aço nacional.  A expectativa é que nos seis primeiros meses de operação a unidade já esteja processando 500 toneladas mensais. De acordo com Milani, a intenção é atender o mercado de Santa Catarina, já que a proximidade cria vantagens de preço para o consumidor final. A expectativa é que o novo negócio fature R$ 40 milhões já no primeiro ano de operação.
A Comexport é beneficiada pelo programa de redução de ICMS para importação oferecido pelo governo de Santa Catarina. "Sem dúvida nenhuma os incentivos são determinantes, mas também identificamos uma vantagem logística muito importante para fazermos o investimento em Santa Catarina", diz Milani.  Pelos portos de Santa Catarina, passam hoje cerca de 60% do faturamento anual da Comexport. Além dos vergalhões de aço, a região também recebe produtos têxteis, químicos, petroquímicos, pneus e outros itens para o mercado de construção civil. Em 2010, a Trop faturou US$ 1,4 bilhão e teve um lucro líquido ajustado de US$ 39,8 milhões. Apesar do sucesso na atração de importadoras, programa catarinense de estímulo à atividade, batizado de Pró-Emprego, foi alvo de questionamento jurídico e passa por reformulação. A nova matriz de incentivos irá privilegiar as importadoras que instalarem centros de distribuição no Estado. Com a mudança da regra, outras importadoras deverão investir neste tipo de negócio para manter a alíquota de ICMS na faixa de 3,5%.
Além da unidade em São Francisco do Sul, a Comexport mantém em Itajaí a empresa de logística PontoLog, instalada em um galpão de oito mil metros quadrados. Segundo Milani, a estrutura passou por ampliação no último ano que dobrou a capacidade de armazenagem da unidade. A partir de Itajaí, são distribuídos produtos para os mais de 60 clientes regionais e para todo o país. A empresa mantém escritórios na capital paulista, Americana (SP), Recife (PE) e Vitória (ES). No exterior, tem escritórios em Angola, China, Polônia e Rússia.

Máquina de Vendas faz nova fusão e deixa Sul para 2012
Valor 21.07.2011 - Richard Saunders, fundador da Eletro Shopping, permanece no negócio à frente da Máquina de Vendas Nordeste. A fusão da pernambucana Eletro Shopping com a Máquina de Vendas, anunciada ontem, obrigará o grupo varejista a montar um plano de integração da nova operação. E isso deve levar o grupo a postergar para 2012 os planos de aquisição de redes varejistas em outras praças, especialmente no Sul do país, região em que a rival, Magazine Luiza, acaba de entrar com a compra dos pontos do Baú da Felicidade.  O comando da Máquina de Vendas, criada em 2010 com a união das redes Insinuante e Ricardo Eletro, mantém de pé o projeto de buscar ativos nessa região e no Estado de São Paulo. Mas consultores estimam que a unificação das estruturas da Eletro Shopping com a Máquina de Vendas, especialmente em termos logísticos e de distribuição e dos sistemas de tecnologia da informação, deve levar de oito a nove meses.  "Não temos pressa. Queremos muito entrar no sul, e há redes bem interessantes por lá. A não ser que algo muito bom apareça, temos que pensar em consolidar o que já temos", disse ontem Luiz Carlos Batista, presidente do conselho de administração da Máquina de Vendas. No acordo assinado na madrugada de terça-feira, num flat no Itaim, entre Richard Saunders, 39 anos, fundador da Eletro Shopping, e o comando da Máquina de Vendas, foi criada uma nova empresa, a Máquina de Vendas Nordeste. Ela será presidida por Saunders e o controle se dividirá, com 51% da Máquina de Vendas Brasil e 49% de uma holding a ser criada por Richard (provavelmente terá o nome de Grupo Saunders).
As empresas não comentam, mas pessoas próximas à negociação afirmam que o acordo com a Eletro Shopping envolveu de R$ 150 milhões a R$ 160 milhões. O Valor apurou que os recursos devem sair do caixa da Máquina de Vendas, que recebeu neste ano um aporte de R$ 500 milhões do banco HSBC, escolhido para ser o parceiro da rede na área financeira.
As sinergias com a operação ainda não foram calculadas, mas a Máquina de Vendas estima que em 70% das cidades onde a Eletro Shopping está não há pontos da Insinuante. O negócio deve passar pela avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Calculamos que a participação de mercado da Eletro Shopping e da Máquina de Vendas, nas cidades onde ambas atuam, chega a 25% no máximo", disse Saunders.
"A análise do Cade deve ser distrital, com uma avaliação por cidade. Mas o negócio não deve ser barrado. No máximo podem ter que vender algumas lojas", afirma Claudio Felisoni, coordenador do Provar/USP. Com o negócio, a Máquina de Vendas recupera o posto de segunda maior rede de eletromóveis do país - perdido em junho para o Magazine Luiza. A sociedade fechada com a rede pernambucana leva o grupo a somar 900 lojas em 23 Estados, receita de R$ 6,5 bilhões (para o ano, estimam R$ 7,2 bilhões) e 24 mil empregados. O Magazine Luiza soma hoje 725 unidades, receita de R$ 6,1 bilhões após a compra do Baú (analistas estimam R$ 7 bilhões em 2011) e 23 mil funcionários.
Enquanto a concorrente Magazine Luiza cresce por meio da compra do controle das redes, a Máquina de Vendas adquire 51% de uma nova empresa e mantém os antigos donos na operação. Para isso, vão sendo criados vários braços regionais do grupo (já existe a Máquina de Vendas Centro-Norte, comandada pela City Lar), que operam de forma integrada, mas com autonomia para decisões operacionais do dia a dia.  "Foram três meses de negociação mais intensa e um ano de longo namoro", conta Saunders, que criou a Eletro Shopping aos 22 anos. O empresário conta que foi assediado por fundos de investimentos e não chegou a conversar com outras redes interessadas. "Acabamos nos acertando porque nesse modelo da Máquina de Vendas eu não saio do negócio. Continuamos à frente de tudo", afirma Saunders, que começou a trabalhar vendendo camarão no Recife. "Nós precisávamos de escala para brigar com gente como Casas Bahia e o Magazine Luiza. E sou muito novo ainda, quero fazer muita coisa".

No Recife, ex-rivais são "irmãos"
Valor 21.07.2011 - De camiseta azul, a cor símbolo da loja, o gerente da E letro Shopping, do Shopping Recife, conversava tranquilamente na tarde de ontem com o Valor sobre a associação com a Máquina de Vendas. De repente, foi interrompido pelo braço estendido de um homem sorridente, de uniforme cor de laranja, funcionário da rede Insinuante: "Toca aqui! Agora somos irmãos". "Agora estamos todos no mesmo time", respondeu o gerente, que preferiu não ter seu nome publicado. "Vamos ter mais poder de negociação agora para oferecer melhores promoções", disse o gerente, depois de cumprimentar o ex-rival. "Não tinha como a gente ficar sozinho para enfrentar Casas Bahia, Insinuante e outras redes", disse o gerente da loja, que fica no mesmo piso, a poucos metros da loja da Insinuante e de rivais como Magazine Luiza e Polishop.  "A marca vai ser mantida e o senhor Richard vai continuar no comando", diz o gerente, citando o fundador da rede Eletro Shopping, Richard Saunders. "Ele é um cabra danado de inteligente. Não ia ficar sozinho no varejo", disse.
Saunders "é novo, gosta de vir nas lojas e conversar com os funcionários", acrescentou, dizendo que o negócio já havia sido informado pela manhã aos empregados da companhia. Consumidores ouvidos pelo Valor aprovaram a associação com a Máquina de Vendas. "A Eletro Shopping não é uma rede muito grande, por isso eles não têm força para fazer parcerias com fabricantes e lançar promoções como as outras fazem. Acho que agora, com esse negócio, eles devem ficar mais agressivos e o preço pode cair", diz Hugo Freitas, artista plástico que pesquisava preços de celulares no shopping de Recife.
"Acho que vai ser bom para o consumidor", diz o gerente regional de financeira, Gustavo Silvestre, que procurava televisores de LED. "Eles são uma loja bem democrática. Não são muito populares nem de classe alta", acrescentou. A contadora Elizabete Torres espera que o atendimento melhore. "Entrei na loja, fiquei olhando os refrigeradores duplex de inox um tempão e ninguém me atendeu. Quem quer vender não pode fazer assim".

Máquina de Vendas retoma a vice-liderança
DCI 21.07.2011 - A Máquina de Vendas retoma o segundo lugar no varejo, depois de unir-se com a pernambucana Eletro Shopping, o que vai possibilitar faturamento de R$ 7,2 bilhões este ano, aproximando a holding da meta de R$ 10 bilhões em 2014. Em paralelo, o Magazine Luiza volta à terceira posição, da qual havia saído depois de comprar, em junho último, as lojas do Baú. O Grupo Pão de Açúcar segue na liderança. Formada pelas varejistas Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar, a Máquina comprou 51% das ações da Eletro Shopping, e no mercado nordestino pretende abrir 50 lojas este ano. A nova associada está em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. No nordeste, os recifenses têm mantido seu planejamento de compras, e pesquisa aponta que a capital pernambucana viu elevação do interesse dos consumidores de comprar eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e veículos.

Mundial perde R$ 500 mi em valor de mercado em um dia
Exame 20.07.2011 - Papéis sofreram uma queda acentuada de 50,88%; no ano, contudo, a alta ainda é de 760%. As ações da Mundial (MNDL4; MNDL3) despencaram 50,88%, negociadas a 2,51 reais. A perda vista hoje é equivalente a 509,407 milhões de reais em valor de mercado na comparação com o fechamento de terça-feira (19). Os papéis ordinários caíram 14,4%, para 6 reais. No ano, contudo, a valorização das preferenciais ainda é de 760%.
Os papéis da fabricante de talheres e utensílios de cozinha Hércules (HETA4), que tem os mesmos controladores da Mundial, também caíram forte após uma alta de 280% nos últimos dois dias. As ações preferenciais recuaram 44,3%, chegando ao nível de 2,20 reais. A Mundial disse que desconhece os motivos da forte oscilação de hoje.
A empresa reapareceu para o mercado após concluir, no final do ano passado, o plano de reestruturação da empresa iniciado em 2003. A Mundial contratou uma consultoria de relações com investidores e começou a organizar encontros com investidores e analistas.
O resultado foi uma reação quase inacreditável das ações. Os papéis da companhia começaram a figurar entre os mais negociados da bolsa brasileira e frequentemente acima do volume de ações como a ordinária da Petrobras (PETR3). A liquidez pode até alçar a Mundial para o Ibovespa, o principal índice de ações da bolsa brasileira.
Injeção de capital: Nesta semana, a empresa anunciou que um fundo da Yorkville chegou a um acordo para investir 50 milhões de dólares para acelerar o programa de amortização dívida fiscal e para financiar a expansão da Mundial. Por meio do Standby Equity Distribution Agreement (SEDA), a Mundial irá vender ações para a Yorkville com emissões privadas de no mínimo 5 milhões de dólares cada, por um período de dois anos. Cada emissão privada terá o preço calculado levando-se consideração o maior valor entre o equivalente a 97% da média, ponderada pelo volume, das 3 menores cotações diárias durante o período de 10 dias seguidos de negociação a partir do recebimento pelo fundo da requisição de subscrição da companhia.

HRT investe mais US$ 30 milhões em negócios na Namíbia
Valor 20.07.2011 - A HRT Participações em Petróleo anunciou hoje investimentos de US$ 30 milhões para ampliar sua participação em empresas que exploram blocos de petróleo e gás na costa da Namíbia. O acordo foi celebrado entre a subsidiária da companhia na África – a HRT África - e a Vienna Investments, envolvendo a aquisição de 50% de duas holdings - Limpet e Harmony - que têm participações de 10% em consórcios com direitos de exploração em cinco blocos. A companhia tem, indiretamente, 90% desses blocos por meio da subsidiária canadense - a HRT Canada. Fora isso, foram comprados da Vienna 56% da Acarus, que detém 20% dos direitos de exploração em três blocos. A empresa informa que o fechamento da operação está sujeito ao cumprimento de determinadas condições previstas no acordo.

Acqualimp: nova fábrica
Valor 21.07.2011 - Multinacional do grupo mexicano Rotoplas, a fabricante de reservatórios de água Acqualimp fará um investimento de US$ 40 milhões para a criação de uma segunda fábrica no Brasil, na cidade de Extrema (MG). Atualmente, a fábrica de Valinhos (SP) abastece toda a região Sudeste e alguns estados vizinhos. Segundo a empresa, a operação da unidade mineira gerará de 80 a 100 empregos diretos em 2011 e o número deve chegar a 330 em 2015. "O Brasil receberá o maior investimento do grupo Rotoplas nos próximos cinco anos", diz o diretor comercial da Acqualimp, Amauri Ramos.

Anhanguera irá recomprar até 3% das ações ordinárias em circulação
Valor 20.07.2011 - O conselho de administração da Anhanguera Educacional (AEDU3) aprovou hoje a recompra de até 4.370.708 de ações ordinárias de emissão da companhia, o que corresponde a 3% do total de papéis da empresa em circulação no mercado. Hoje a ação da Anhanguera fechou estável, a R$ 31,80. No ano, porém, o papel registra perda de 20,48%. Segundo fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação tem em vista “a maximização de valor ao acionista, sem redução do capital social”.
O programa tem duração de um ano. Os papéis serão mantidos em tesouraria, para possível cancelamento, alienação ou vão atender ao exercício de opções da remuneração baseada em ações. A operação será intermediada pela Bradesco Corretora.

AmEx quer ter negócio de pagamentos on-line
Valor 21.07.2011 - Enquanto se prepara para avançar pelo negócio de pagamentos on-line, a bandeira de cartões American Express (AmEx) vai proporcionar ofertas e descontos personalizados para os consumidores que permitirem à empresa explorar a sua rede de relações no Facebook. "Estamos rodando algoritmos que proporcionarão ofertas relevantes com base em suas preferências e amigos", disse Edward Gilligan, vice-presidente do conselho de administração. Por meio do novo aplicativo "Link, Like, Love" na página da American Express no Facebook, os clientes poderão conectar suas contas no cartão às suas próprias páginas. O uso pelos detentores de cartões e seus círculos de amigos on-line - que o Facebook chama de "gráfico social" - será empregado para personalizar negócios com comerciantes, ofertas de entretenimento e outros benefícios.
A AmEx, comandada por Kennetth I. Chenault ampliou o uso das redes sociais e contratou executivos com experiência em tecnologia, numa preparação para competir por pagamentos on-line e móveis com rivais como a Visa e o serviço PayPal do Ebay.
No ano passado, a companhia contratou Daniel Schulman, um ex-executivo da Sprint Nextel Corp., para comandar o grupo de desenvolvimento da iniciativa. O acréscimo dos negócios da AmEx ao Facebook poderá ajudar a rede social a tirar proveito do mercado diário de cupons on-line, que vem crescendo rapidamente e ganhou popularidade com sites como Groupon e LivingSocial. Em novembro, o Facebook anunciou uma função que permite a comerciantes como a Gap e o McDonald's oferecer descontos aos clientes. Neste ano o concorrente Google começou a oferecer um serviço parecido. Ao contrário de outros programas de descontos, os clientes não terão que usar um código ou um cupom para colher os benefícios, afirma Gilligan. Todos os descontos das compras on-line e nas lojas serão aplicados na forma de um crédito na fatura.  A American Express não está cobrando dos comerciantes pelo serviço, ou reempacotando informações pessoais para venda a terceiros, assegurou o executivo. O programa permite à instituição financeira e aos varejistas acompanhar o progresso de certas campanhas de marketing.  Os lojistas saberão quantos clientes novos conseguiram e a porcentagem das vendas geradas em decorrência de campanhas específicas, disse Luke Gebb, vice-presidente de capacitação global de redes da AmEx. "Você também poderá analisar uma campanha e afirmar se ganhou ou não clientes leais", afirmou Gebb.
A American Express informou crescimento de 27% no lucro do segundo trimestre, em função dos gastos recordes com cartão de crédito. A renda líquida somou US$ 1,3 bilhão em comparação ao US$ 1,02 bilhão do mesmo período do ano passado

Lucro da Natura tem redução de 1,8% no trimestre
Valor 20.07.2011 - O lucro líquido da Natura teve redução de 1,8% no segundo trimestre de 2011, ficando em R$ 188,1 milhões. No mesmo período do ano passado, o resultado tinha sido de R$ 191,5 milhões. Segundo balanço divulgado há pouco na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também sofreu redução, variando de R$ 331,8 milhões para R$ 327,3 milhões.
A diminuição do lucro ocorreu apesar de um aumento de 8,6% na receita bruta do período, que chegou a R$ 1,89 bilhão. Porém, junto com a receita aumentaram a remuneração dos administradores (29,7%), as despesas administrativas e gerais (28%) e as despesas com vendas (17,5%). No acumulado do semestre, a receita bruta foi de R$ 3,44 bilhões, o que representa um aumento de 10,4%. O Ebitda foi de R$ 591,3 milhões, evolução de 2,8% em relação ao mesmo período de 2010.

Itaú lança consórcio de imóveis de até R$ 700 mil
Estadão 20.07.2011 - Com o objetivo de atender a maior demanda das classes A e B, o Consórcio Itaú de Imóveis decidiu lançar grupos com créditos de R$ 350 mil a R$ 700 mil. Conforme nota da instituição, o consórcio tem 180 meses de duração, com parcelas a partir de R$ 2.531,52. O grupo estará aberto para adesões até o final de julho. Segundo Luis Matias, vice-presidente da Área de Consórcios do Itaú Unibanco, a ideia surgiu a partir do interesse de alguns clientes em contratar uma segunda carta de crédito para a compra de imóveis com valores mais altos. Para ingressar no grupo, acrescenta o banco, não é necessário ser correntista. O novo produto também oferece a opção de lance embutido, no qual o cliente poderá utilizar como lance até 30% do total já pago. Com isso, o cliente que não possui recursos para fazer um lance não fica dependente só do sorteio para concorrer à contemplação.

Fundos imobiliários crescem sem informações
DCI 21.07.2011 - Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) registraram um crescimento de patrimônio líquido (PL) de 355,93% de 2004 até maio deste ano, passando de R$ 2,174 bilhões para R$ 9,912 bilhões. Entretanto, a falta de transparência de alguns gestores ainda preocupa analistas de corretoras, que podem oferecer o produto no mercado secundário. Durante evento para discutir o instrumento, organizado pela BM&FBovespa e pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP), analistas de corretoras disseram que, às vezes, fica difícil indicar um fundo por causa da dificuldade em conseguir informações sobre esse fundo.

Tesc planeja ampliar participação em contêineres em São Francisco do Sul
Valor 21.07.2011 - O Terminal Santa Catarina (Tesc), arrendatário de um dos berços do Porto de São Francisco do Sul, no Norte catarinense, irá iniciar neste segundo semestre uma obra de expansão da sua capacidade de operação. Segundo o superintendente do Tesc, José Eduardo Bechara, a previsão é expandir dos atuais 250 mil contêineres/ano para 450 mil anuais a partir de 2012. O investimento deverá ficar entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.
O Tesc tem expressivo volume de operação de carga siderúrgica e tem entre os principais clientes a Arcelor Mittal, que mantém unidade em São Francisco do Sul, mas pretende ampliar a movimentação de cargas em contêiner. Para isso, fechou uma parceria com a Brado Logística para iniciar o transporte desse tipo de carga por via ferroviária. Segundo Bechara, a modalidade oferece uma economia de até 20% com o transporte da carga em comparação com as rodovias. A malha ferroviária já transporta carga a granel para São Francisco do Sul. A intenção é incrementar a atividade com o transporte de contêineres, tanto para cargas frigorificadas (reefer) quanto secas. O foco da operação está em clientes exportadores das regiões de Lages, no Planalto Serrano de Santa Catarina; Ponta Grossa, Cambé e Cascavel, Paraná; e, nos próximos três meses, em Telêmaco Borba, também no Paraná. Segundo Bechara, a intenção é atrair, principalmente, as empresas de agronegócio que precisam escoar a produção de aves e suínos em sistema refrigerado. De acordo com o superintendente do Tesc, há grande potencial para atender este tipo de carga em São Francisco do Sul. O complexo todo, que também opera em parte sob administração pública, tem cerca de 1,1 mil tomadas reefer. Apenas 20% está sendo utilizada. A previsão é iniciar as operações ainda em julho, com frequência diária. A operação de embarque e desembarque de contêineres das plataformas será realizada em terminal já existente em São Francisco do Sul, a seis quilômetros do porto. A expectativa é que entre um e dois anos, 10% da movimentação de carga no Tesc poderá chegar por via ferroviária. Em 2010, o Tesc movimentou 115 mil contêineres e prevê um crescimento para 130 mil este ano.
Com o início da operação, São Francisco fará frente ao porto de Paranaguá, no Paraná. Hoje, cerca de 80% da carga frigorificada que chega ao porto vem por via ferroviária.
Em 2010, São Francisco movimentou cerca de 9,6 milhões de toneladas, um volume recorde. O porto passa por obras de aprofundamento do calado, previstas para serem finalizadas neste segundo semestre. Com o fim da dragagem, São Francisco passará a ter um calado 13,5 metros de profundidade.

Transporte de carga ferroviária pode entrar em guerra jurídica
DCI 21.07.2011 - Novas resoluções que mudam as regras das concessões de linhas ferroviárias de transporte de carga no Brasil, publicadas ontem no Diário Oficial, ameaçam desencadear uma guerra jurídica. Enquanto a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirma que está tentando injetar competitividade no setor, as concessionárias, agrupadas na Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, ameaçam levar a questão aos tribunais, alegando quebra de contratos. Já na área de transporte ferroviário de passageiros, após pressão da iniciativa privada, a primeira etapa do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, ganha novamente os holofotes: o projeto agora tem data. O leilão que definirá a tecnologia e a operação deve ocorrer em fevereiro de 2012.

BNDES financiará apenas vencedor da 2ª etapa do leilão do trem-bala
Valor 20.07.2011 - O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, disse hoje que o financiamento de R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o trem-bala, que interligará as cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, valerá somente para a segunda etapa da licitação. Estes recursos atenderão apenas o consórcio construtor, sem beneficiar o grupo que implantará a tecnologia e fará a operação do empreendimento.
Figueiredo também afirmou que os juros do financiamento não estarão mais atrelados à expectativa de demanda de passageiros. Este mecanismo foi estabelecido, inicialmente, para reduzir o risco do projeto relacionado à demanda de passageiros pelos serviços no primeiro modelo de licitação. “Isso não tem mais sentido”, ressaltou.
A ANTT prevê a realização da primeira licitação em fevereiro de 2012. O edital deverá ser publicado em outubro. Nesta primeira etapa, a disputa deverá ocorrer entre as empresas detentoras da tecnologia do trem de alta velocidade, que deverão buscar a menor estimativa auferida pela relação de custo do arrendamento da infraestrutura e preço de passagem para os usuários. O diretor da ANTT afirmou que a projeção de demanda foi formulada a partir de “estimativas conservadoras”. Entretanto, se houver frustração da expectativa de demanda, o governo deve arcar com parte do custo de arrendamento da infraestrutura, que não seria coberto integralmente pelo operador do trem-bala. O preço do arredamento da infraestrutura será definido na segunda etapa da licitação. Neste caso, vence o grupo de investidor que apresentar a menor proposta de remuneração obtida por meio do arrendamento. O empreendedor tomará como referência o projeto executivo apresentado pelo vencedor da primeira licitação. Figueiredo ressaltou que o vencedor da segunda licitação (o grupo construtor) será obrigado a abrir uma licitação internacional para diferentes etapas das obras. Se a disputa for acirrada e proporcionar um custo ainda menor, o ganho financeiro será do concessionário, que não precisará reduzir o valor do arrendamento estabelecido na contratação. Mesmo com a mudança do modelo de licitação, a ANTT mantém o cronograma de obras do trem-bala. A construção está programada para começar em 2013, com conclusão do empreendimento no prazo de até seis anos após o início das obras.

Leilão da primeira etapa do trem-bala só deve ocorrer em fevereiro de 2012
Correio Braziliense 20.07.2011 - O leilão da primeira etapa do trem de alta velocidade (TAV) que vai interligar as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP), deve ocorrer em fevereiro do ano que vem. A expectativa é do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. Segundo ele, o edital da primeira etapa deve ser publicado em outubro próximo e o da segunda etapa, só no fim do ano que vem. “Como todos já conhecem o projeto, achamos que o prazo adequado [entre a publicação do edital e o leilão] é de quatro meses. Então, faríamos o leilão em fevereiro. Vamos insistir nisso, nas discussões com os operadores”, disse Figueiredo. Governo divide concessão do trem-bala para atrair competidoresLeilão para licitação do trem de alta velocidade não recebe propostasEmpresas que disputam construção do trem-bala entregam propostas até as 14hNa semana passada, o governo decidiu dividir o projeto do trem-bala em duas partes: a primeira trata da contratação da tecnologia e do operador do TAV e a segunda, da empresa responsável pela construção da linha férrea e das estações. A estimativa para o início da obra continua sendo os primeiros meses de 2013, com conclusão do projeto em, no máximo, seis anos. Segundo Figueiredo, o cronograma da obra não vai ter mudanças significativas porque, apesar das duas licitações, haverá uma redução de tempo já que não há mais necessidade de elaboração de um projeto executivo da obra. Figueiredo ressaltou que o governo não vai dar subsídios para a empresa que irá operar o TAV e que o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será apenas para a construção da infraestrutura. "Esse financiamento só faz sentido para a infraestrutura porque, normalmente, as operadoras têm financiamentos em condições favoráveis em seus países de origem", explicou.

Gás surge como alternativa para as falhas da Eletropaulo
DCI 21.07.2011 - A falta de confiabilidade do sistema de distribuição de energia elétrica na cidade de São Paulo, por conta das falhas de fornecimento pela AES Eletropaulo, está abrindo as portas para um negócio novo no Brasil. Trata-se da co-geração, geração de energia em horário de ponta e climatização de ambientes, tudo por meio do uso de gás natural. A Comgás atende esse segmento de mercado, o que tem levado a empresa a um crescimento de dois dígitos do volume de gás distribuído a este segmento, e já responde pela segunda maior demanda da empresa. Apesar disso, explica o gerente dessa área da distribuidora, Pedro Luiz da Silva Júnior, se comparada ao total, a demanda ainda deve crescer bastante.
Por dia, a empresa - que tem o BG Group e a Shell em seu bloco de controle - entrega 540 mil metros cúbicos a 94 clientes para esses três tipos de mercado. Desse volume, somente 12 clientes industriais consomem 440 mil metros cúbicos por dia. A diferença, 100 mil metros cúbicos diários, é direcionada a empreendimentos comerciais, como shopping centers, hospitais, supermercados e complexos comerciais que optaram por esta solução para substituir parte dos sistemas elétricos pelo gás natural. A Ecogen, que já pertenceu ao BG Group e é dirigida por um grupo de empresários que dela participa como investidor, administra esse negócio em dois empreendimentos que procuraram solução para reduzir sua dependência do fornecimento da concessionária paulistana.

Embate entre eólicas e térmicas a gás será destaque de leilão
Valor 21.07.2011 - A estratégia do governo federal de fazer com que empreendedores de térmicas a gás disputem com os donos de parques eólicos no leilão de curto prazo de energia não agradou nem um lado nem o outro. A reação das térmicas era esperada, já que nos últimos leilões o preço da energia eólica foi capaz de derrubar os outros concorrentes. Mas empreendedores eólicos começam a mostrar que temem a competição das térmicas, principalmente aquelas que terão o gás disponível sem precisar de contratos com a Petrobras.
O próprio secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, diz que há uma expectativa sobre a competitividade das térmicas da MPX, que podem usar contratos de gás do próprio grupo, que tem poços de exploração do combustível no Maranhão. "E será um gás que não terá custo de transporte", disse o secretário em evento realizado em São Paulo nesta semana. A ideia de fazer todos concorrem entre si, segundo Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é permitir que o mercado faça a divisão da matriz pelo preço. "Fazendo leilões em separado nós é que teríamos que fazer a divisão da demanda de energia e poderíamos acabar contratando energia mais cara", disse Tolmasquim. Mas ele também afirmou que não se poderá fazer indefinidamente leilões em que todas as fontes, com exceção da hídrica que é mais barata, concorram entre si já que o planejamento pode exigir a contratação de mais térmicas, que são usadas como um seguro para os tempos de pouca chuva.  O consultor Marco Tavares, da Gas Energy, afirma que é injusto fazer essa disputa por igual já que as eólicas têm mostrado que a capacidade de produção pode não ser efetivamente àquela declarada no leilão. Além disso, Tavares faz críticas ao fato de que o Nordeste já tem problemas para transmissão e a maior parte das eólicas são vendidas nessa região. A consultoria de Tavares desenvolveu um grande projeto no Rio Grande do Sul, à base de GNL, que não teve ainda sua energia vendida. Mas Tolmasquim diz que ainda não é necessário fazer qualquer leilão regional pois ainda não foi identificada um problema de transmissão que exija essa decisão. "Não podemos fazer com que o país pague uma energia mais cara sem necessidade".  Os empreendedores eólicos argumentam que o próprio consumidor sairá prejudicado, já que o governo está misturando projetos que têm um custo de combustível que é repassado. Tolmasquim explica que boa parte da previsão do uso do combustível já estará na tarifa que irá a leilão. Mas de qualquer forma admite que em anos de pouca chuva é possível que as térmicas tenham que operar em regime extraordinário e com isso o custo pode ficar maior.  O leilão de curto prazo, conhecido como A-3 (A menos três, com alusão ao ano de entrega da energia), será realizado em agosto e será seguido de um leilão de reserva, exclusivo para energias renováveis. O preço teto para térmicas, eólicas e biomassa foi estabelecido em R$ 139 o MWh e para o de reserva a R$ 146 o MWh. Para as hidrelétricas, no caso de Jirau participar, será R$ 102. Ao todo mais de 27 mil MW em capacidade instalada foram inscritos.

BofA prevê petróleo mais caro e melhora aposta em OGX
Brasil Economico 20.07.2011 - OGX Petróleo, empresa de petróleo do grupo de Eike Batista, deve se beneficiar da commodity mais cara.  O Bank of America Merrill Lynch (BofA) elevou a recomendação para as ações da OGX Petróleo (OGXP3) de "neutro" para "compra". A instituição financeira também revisou o preço-alvo para os papéis da companhia, de R$ 16 para R$ 17,50. O BofA projeta efeitos positivos no fluxo de caixa futuro da companhia devido às estimativas de preço elevado do petróleo a partir de 2012.
Diante da sugestão, as ações da OGX se destacaram no pregão desta quarta-feira (20/7) na BM&FBovespa, marcando alta de 3,01%, para R$ 14,01.
O departamento de pesquisa do banco americano lembra que as ações estão atrativas e com potencial de crescimento no longo prazo, já que a recente queda das ações (30% no acumulado do ano) deixou os ativos precificados em valor próximo ao observado em junho de 2008, antes das perfurações em poços de petróleo. "Acreditamos que isso forneça um atraente ponto de entrada no mercado para essas ações", afirmam Frank McGann e Conrado Vegner, analistas do BofA, em relatório. Os analistas dizem também que a OGX possui um "portfólio de exploração considerável". "O cenário de preço mais elevado do petróleo deverá levar a empresa a maiores ganhos e fluxo de caixa nos próximos anos até o início da produção de petróleo", consideraram os analistas.

Humala quer rever contratos de gás no Peru
Valor 21.07.2011 - O presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, planeja renegociar os contratos de gás considerados "prejudiciais" aos interesses do país, afirmou seu principal assessor de energia, Carlos Herrera. Em entrevista à Bloomberg, ele disse que Humala poderá forçar as companhias de gás, incluindo a americana Hunt Oil, a interromper as exportações para o México, caso elas não consigam atender à crescente demanda local das usinas de energia e de projetos petroquímicos liderados pela Orica.
"Existem muitos contratos opacos que foram negociados por baixo da mesa", disse Herrera, que foi ministro de Energia na administração Valentin Paniagua. "O governo permitirá as exportações somente se as concessionárias fizerem um esforço para encontrar mais reservas de gás", acrescentou Herrera, que deve ser nomeado ministro de Energia por Humala. Desde a eleição de 5 de junho, há grande preocupação do setor privado de que Humala cumpra sua promessa de revisar os contratos de exploração de petróleo e minérios. Mas ele já disse que buscará investimentos em gasodutos e petroquímicas na costa sul.
A Sociedade Nacional de Mineração, Petróleo e Energia disse no começo do mês que mais de US$ 50 bilhões em gastos planejados para o setor podem ser cancelados se Humala mudar as regras. Segundo o Ministério da Energia, o Peru tem programados US$ 10 bilhões em investimentos em energia até 2016, incluindo projetos de Orica, CF Industries e Sigdo Kopper. Braskem, Odebrecht e SK Group estudam projetos para produzir polietileno e fertilizantes. As exportações de petróleo e gás do país cresceram 63% em 2010, atingindo US$ 3,1 bilhões, após a entrada em operação do complexo industrial da Peru LNG, investimento de US$ 4 bilhões do consórcio formado pela americana Hunt Oil, a sul-coreana SK, a espanhola Repsol e a japonesa Marubeni.

Kasinski prepara mais um turno na fábrica de Manaus
Valor 21.07.2011 - Rosa, sócio: "No exterior, não há mais esse nível de concentração de mercado". Após triplicar as vendas neste ano, a fabricante de motocicletas Kasinski - pertencente ao grupo chinês Zongshen e ao empresário brasileiro Claudio Rosa - começa a se mexer para aumentar a atividade de sua fábrica em Manaus, que entrou em operação há menos de um ano. Segundo Rosa, a montadora quer iniciar já no primeiro trimestre do ano que vem o segundo turno de produção nas linhas de motos mais populares. O novo turno, diz, permitirá à Kasinski produzir a um ritmo de 10 mil a 12 mil motocicletas por mês, o dobro do volume atual. Com vendas de 26,31 mil motos entre janeiro e junho - três vezes acima das 8,85 mil unidades do mesmo período de 2010 -, a Kasinski cresceu mais que a concorrência e mordeu 2,5% do mercado de duas rodas, chegando ao quarto lugar entre as marcas mais vendidas no país.  Há um ano, a participação de mercado da companhia era de apenas 1%, segundo levantamento de vendas no atacado - das montadoras para as revendas, feito pela Abraciclo, entidade que abriga os fabricantes de motocicletas. Os planos da montadora, contudo, são mais ambiciosos do que as marcas já atingidas. Até 2020, a Kasinski acredita ser possível chegar a 14% do mercado, com vendas projetadas em aproximadamente 640 mil motos. Já neste ano, a expectativa é de 60 mil a 70 mil unidades, passando para a faixa de 130 mil a 140 mil em 2012. As metas partem da premissa de que o crescimento de demanda será acompanhado por uma nova distribuição do mercado nos próximos anos, com queda de participação das japonesas Honda e Yamaha - atualmente responsáveis por 79,4% e 11,6% das vendas, respectivamente. "Em outros mercados no exterior, esse nível de concentração não existe mais", comenta Rosa. Diante de perspectivas tão positivas, a Kasinski concentra-se no momento na construção de um complexo industrial que vai substituir a atual fábrica em Manaus. Esse complexo, desenvolvido no distrito industrial da capital, terá capacidade anual para fazer 180 mil motos por turno.  O projeto está com um ano de atraso em relação a seu cronograma inicial e o início das operações, antes previsto para outubro de 2012, só deverá acontecer no fim de 2013. Os trabalhos de terraplenagem só tiveram início neste mês. O novo prazo da fábrica é atribuído a dificuldades na liberação do licenciamento ambiental. Paralelamente, a Kasinski tenta atrair para perto da instalação alguns dos fornecedores de peças que já suprem a Zongshen na China. Está sendo promovida no país uma rodada de encontros com 18 deles, na tentativa de convencê-los a investir no Brasil. A fabricante ainda consome o investimento inicial de US$ 80 milhões liberado pelos controladores na época da aquisição da Kasinski, em julho de 2009. O montante inclui também o aporte em uma fábrica de motocicletas e bicicletas elétricas em Sapucaia (RJ), cuja inauguração é aguardada até o fim do ano.  A direção da montadora aponta que mais dinheiro será necessário para levar a cabo o plano de expansão, dado que só o complexo industrial deverá consumir algo próximo de US$ 50 milhões. Apesar disso, Rosa afirma que a liberação de recursos não constitui um grande obstáculo porque o Brasil, com suas perspectivas de crescimento, é visto com prioridade nos planos de expansão internacional da Zongshen. O desenho do novo complexo já contempla uma futura expansão de capacidade, dobrando a capacidade da fábrica para 360 mil motos por turno, possivelmente a partir de 2016. Assim, a Kasinski vê a possibilidade de também exportar suas motos para mercados das Américas, em linha com a estratégia da Zongshen de organizar sua atuação em blocos continentais. Esse passo, no entanto, dependerá das condições para o produto brasileiro concorrer no exterior, bastante fragilizadas no momento por conta da valorização do real. "Se não tiver competitividade hoje, vai ter daqui a dois ou três anos. Mas a ideia é usar o site brasileiro (para as exportações)", afirma.
Para Rosa, as importações de manufaturados da China tendem a ficar menos atraentes com o encarecimento dos custos de matérias-primas, mão de obra e logística, aliado à valorização do yuan decorrente de uma gradual distensão na política cambial chinesa.

Banrisul e Verdecard
Valor 21.07.2011 - O Banrisul assinou contrato ontem para fazer a captura das transações com os cartões de crédito Verdecard, da varejista gaúcha Quero-Quero, nos terminais de pagamento Banricompras. A rede do banco conta com mais de 90 mil estabelecimentos comerciais e de serviços credenciados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e as operações devem começar efetivamente no início de 2012. Em nota distribuída pelo Banrisul, o presidente da Quero-Quero, Peter Furukawa, disse que o acordo vai ampliar a rede de aceitação para os 2 milhões de cartões próprios da empresa. A varejista tem 196 lojas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que vendem móveis, eletroeletrônicos e materiais de construção. Em abril o Banrisul já havia iniciado a captura das transações com os cartões Mastercard e Maestro e até o fim do ano também pretende começar as operações com a bandeira Visa.

'Time' cria modelo de assinatura com as versões impressa e digital
Folha 21.07.2011 - A revista americana "Time" lançou um modelo de assinatura "acesso total" da publicação. O contrato dará acesso tanto para versão impressa como para o conteúdo digital -no site e em aplicativos. O benefício vale para os assinantes atuais, que poderão baixar também a versão para os aplicativos e terão acesso a um canal exclusivo pago no site da revista. Os novos assinantes terão três opções de contratos. O "acesso total" anual custará US$ 30, e o mensal, US$ 2,99. Haverá opção de teste por uma semana, por US$ 4,99, com acesso a conteúdo exclusivo no site apenas. De acordo com a revista, 95% do conteúdo oferecido no site é original e diferente da versão impressa. A página recebeu 93 milhões de acessos em junho.

Acesso à internet móvel cresce 82%
Estadão 20.07.2011 - Número de usuários não para de crescer porque a tecnologia está cada vez mais barata. O número de acessos à tecnologia 3G cresceu 82% de julho de 2010 a junho deste ano, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) compilados pela consultoria em telecomunicações Teleco. As conexões ativas de internet móvel tanto de celular quanto por uso de modem passaram de 14,6 milhões para 26,6 milhões nesses 12 meses. Esse crescimento está relacionado ao barateamento da tecnologia que ocorre com os celulares. "Maior parte deste aumento do número de acessos aconteceu por causa da troca de aparelhos de telefonia móvel. Hoje, a maioria dos consumidores que trocam um celular acabam adquirindo um aparelho que tenha acesso a rede 3G", afirma Eduardo Tudo, presidente da Teleco. Outro fator que ajudou o aumento do acesso à tecnologia de internet móvel foi a ampliação da oferta de planos telefônicos com pacote de dados inclusos. Para o executivo da Teleco, a grande variedade de pacotes e a redução do preço do serviço também ajuda a popularizar o 3G. "As empresas estão mais agressivas em promoções de planos destinados para quem quer usar a internet móvel", afirma. "Até então, a barreira para o crescimento desse setor era o acesso a tecnologia (aparelho) e o usuário que achava esse serviço caro, por desconhecer a melhor forma de usá-lo", analisa. A dica de Tude para quem é usuário de 3G é procurar por um pacote de dados que atenda o seu perfil e não pagar apenas quando fizer o uso. "Nos pacotes, o preço do serviço é mais barato, principalmente para quem usa o básico, que é ver e-mails e navegar, do que pagar por uso", explica. Congestionamento: O presidente da Teleco afirma que esse número de usuários atingido em junho deste ano não levará à saturação de tráfego de dados na rede de telefonia. "O congestionamento ocorre quando há muitos usuários de uma mesma operadora em uma região e não apenas por um número geral de usuários em todo o País. O centro de São Paulo pode congestionar mais rápido do que outras regiões do Estado de São Paulo", conta. Para evitar o congestionamento e ampliar a velocidade de tráfego de dados da web móvel, a Anatel fez no primeiro semestre deste ano a escolha da frequência que abrigará a tecnologia 4G, cuja velocidade é comparável à internet fixa. A previsão é que no próximo ano seja aberto a licitação das empresas que queiram oferecer essa tecnologia, que em 2013 deverá chegar ao usuário. O 4G já funciona nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Com os dois anos de atraso para o desembarque da tecnologia ao Brasil, a expectativa é que os aparelhos já cheguem mais baratos.

Prefeituras buscam novas opções de gestão para o setor
Valor 21.07.2011 - Há recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em torno de R$ 1,5 bilhão, para coleta seletiva e cooperativas de catadores. O município do Rio de Janeiro investe R$ 50 milhões, sendo R$ 22 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a construção de cinco galpões de reciclagem. "O projeto é expandir a coleta seletiva de 1% para 5% da população, mesmo a um custo cinco vezes superior ao da coleta do lixo comum", informa Ângela Fonti, diretora da Comlurb, a empresa pública de limpeza urbana. "O problema é o lixo jogado nas ruas, que equivale a 30% do total coletado na capital fluminense e vai para os aterros", lamenta. Painéis eletrônicos na cidade, chamados "lixômetros", indicam os bairros mais sujos e os mais limpos como forma de mobilizar a população, com reflexos nos custos. Para varrer as ruas, coletar e enterrar o lixo, a prefeitura gasta R$ 1 bilhão por ano. Ao custo de R$ 500 milhões, São Bernardo do Campo, no ABC paulista, pretende mudar a maneira de lidar com os resíduos. Hoje não há coleta seletiva nas residências. Seguindo o exemplo de Bilbao, na Espanha, o município fez o plano de gestão contemplando o recolhimento dos materiais recicláveis porta a porta, a transformação da parte orgânica do lixo em adubo e a incineração do que não pode ser reciclado para geração de energia. "Além do ganho ambiental, reduziremos pela metade os R$ 14 milhões gastos por ano para colocar os resíduos em aterro particular", diz o prefeito Luiz Marinho (PT). Até 2017 a meta é atender 10% da cidade pela coleta seletiva, envolvendo mil catadores nas cooperativas. O edital de licitação prevê uma usina de incineração, instalada e operada por empresas mediante parceria público-privada, capaz de absorver 700 toneladas diárias de lixo para gerar 30 MW de energia, o suficiente para iluminar uma cidade com 200 mil habitantes. Em Londrina (PR), a coleta do lixo reciclável nas residências é feita por cooperativas de catadores, cobrindo 65% da cidade de 506 mil habitantes. Além de uma quantia por tonelada de material coletado, a prefeitura paga pelo número de visitas aos domicílios, arca com o transporte e com o aluguel das centrais de triagem e repassa à cooperativa um valor para cobrir o recolhimento do INSS do trabalhador com renda mensal de R$ 900 que, juntos, recebem mais R$ 55 mil mensais como recompensa pelos ganhos ambientais e econômicos.

Japão registra superávit pela primeira vez em três meses
Correio Braziliense 20.07.2011 - O Japão registrou no mês de junho seu primeiro superávit comercial, de 897 milhões de dólares, desde o devastador sismo e tsunami que afetaram o país no dia 11 de março, informou nesta quinta-feira (local) o ministério das Finanças. A recuperação das exportações japonesas surpreendeu o mercado. A terceira potência econômica mundial havia registrado em maio o maior déficit comercial de sua história como consequência da queda brutal das exportações e do aumento do gasto de energia.

Carga tributária deve superar 36% do PIB
DCI 21.07.2011 - A arrecadação de todos os impostos (federais, estaduais e municipais) pagos pelos contribuintes brasileiros deve chegar à marca de R$ 800 bilhões amanhã. É o que mostrará o Impostômetro, ferramenta criada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e mantida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). De acordo com estas entidades, esse patamar de receita será alcançado em 22 de agosto, com 31 dias de antecedência em relação a 2010. Desta forma, o coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, prevê que a arrecadação em 2011 chegará a R$ 1,4 trilhão, cerca de R$ 200 bilhões a mais do que a dos doze meses de 2010. O IBPT calcula que a carga tributária atingiu 35,04% do Produto Interno Bruto (PIB) ano passado - o resultado oficial ainda não foi divulgado. Para 2011, o instituto espera um avanço ainda maior. Se a economia crescer 4%, conforme o esperado, e o total das receitas atingir R$ 1,4 trilhão, a carga tributária chegará a 36,6% do PIB neste ano.  Frente a este cenário, o governo ensaia mais uma tentativa de reformar o sistema tributário. A proposta da equipe econômica é implementar aquela que o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, chamou de "reforma fatiada".
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, por exemplo, acredita que a desoneração da folha de salários em todos os setores pode prejudicar as finanças públicas, motivo pelo qual uma solução, na sua opinião, é começar a retirada dos tributos pela indústria. "Se a desoneração atingir todos os setores, o impacto [nas contas públicas] seria de R$ 90 bilhões. Se a medida ficar só na indústria, esse prejuízo seria menor [R$ 18 bilhões], o que facilitaria para o governo", justificou.

Liquidante de Madoff pode desistir de reivindicar US$ 2 bi do UBS na Justiça
Valor 21.07.2011 - O liquidante da empresa de Bernard Madoff, Irving Picard, poderá desistir de reivindicações de cerca de US$ 2 bilhões contra o UBS, depois de afirmar a uma juíza de uma corte distrital que vai deixar de exigir do banco suíço reparações por danos. A informação consta de documento encaminhado pelo UBS a autoridades reguladoras do setor financeiro.
Picard processou o UBS duas vezes, na tentativa de recuperar US$ 2,6 bilhões sob a alegação de que o banco ajudou Madoff em suas fraudes, estabelecendo os chamados "feeder funds" [fundos alimentadores]. Agora, contudo, Picard disse que vai "olhar para as irregularidades de outra maneira".  Ele afirmou este mês à juíza distrital Colleen McMahon, em Manhattan, Estados Unidos, que vai pedir ao UBS que apenas devolva o dinheiro obtido com o "esquema Ponzi" antes de seu colapso em 2008. Ele vinha tentando recuperar "mais de US$ 2 bilhões" com base em acusações de irregularidades, diz o UBS nos documentos encaminhados no mês passado. Os investidores de Madoff receberão uma quantia muito menor se Picard abrir mão das reivindicações por danos em outros casos. Seu processo contra o JP Morgan Chase solicita US$ 19 bilhões em reparações por danos.  Amanda Remus, uma porta-voz de Picard, disse anteontem não poder comentar o caso no momento. Em Nova York, a ação do UBS fechou ontem cotada a US$ 16,99, alta de 3,72%.  A carta de Picard à juíza não foi registrada em corte. Colleen McMahon, que está revendo o caso, apontou o "direito de alteração" do liquidante e a retirada das reivindicações pelo direito comum em uma carta aos advogados dos dois lados que deu entrada na corte anteontem. Ela pediu a eles que esclareçam até 22 de julho quais reivindicações permanecem e quais recursos Picard está tentando recuperar fiando-se somente nos princípios da "falência comum". Picard entrou com mil processos para recuperar US$ 100 bilhões para os investidores de Madoff. Em vez de tentar recuperar apenas o dinheiro retirado da empresa falida, exigiu reparações por danos, usando o direito comum e outras leis que, segundo os bancos, um liquidante não está autorizado a usar. A HSBC Holdings solicitou ao juiz distrital Jed Rakoff que anule um processo de US$ 9 bilhões contra o banco britânico e os chamados "fundos alimentadores", argumentando que Picard foi além de seu papel de liquidante. Rakoff também está considerando se o liquidante tinha o direito de usar a lei de extorsões dos Estados Unidos para triplicar suas exigências em um processo de US$ 59 bilhões contra os bancos UniCredit, Bank Medici e sua fundadora Sonja Kohn, além de dezenas de outras partes italianas e austríacas. McMahon, a juíza principal no processo de Picard contra o JP Morgan, acatou um pedido feito pelo UBS este mês para uma revisão do caso, alegando que ele levanta problemas parecidos no processo do JP Morgan, quanto ao direito de Picard de exigir reparações por danos.

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