terça-feira, 26 de julho de 2011

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Daily News


ING deve vender fatia na SulAmérica
Valor 26.07.2011 - A saída do ING do capital da seguradora SulAmérica parece uma questão de tempo à medida que o grupo holandês prossegue com seu plano de se desfazer das operações de seguros que detém pelo mundo. Ontem, o ING anunciou a venda das operações de administração de investimentos, seguro de vida e pensões na América Latina ao grupo colombiano Suramericana (GrupoSura) por € 2,680 bilhões. A participação de 36% na seguradora brasileira, avaliada em R$ 1,8 bilhão, não faz parte do acordo fechado com a Sura. A SulAmérica não fala sobre o assunto, assim como Patrick Larragoiti Lucas, presidente do conselho de administração da seguradora e um dos acionistas do bloco de controle da companhia. Tudo se encaminha, porém, para que outro sócio estrangeiro compre a participação do ING, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Alguns nomes que circulam como potenciais candidatos são Axa, Generali, Swiss e Allianz. Outro nome que já foi muito cotado é o da Zurich, mas após a parceria que fez com o Santander na América Latina o negócio parece improvável.  A família Larragoiti tem direito de preferência para comprar a fatia do sócio, mas pessoas próximas à empresa e analistas consideram pequena essa possibilidade. Os controladores teriam que se endividar para tanto e seria difícil chegar a um consenso a respeito entre tantos familiares. Após ser socorrido pelo governo holandês na crise financeira, o ING anunciou no final de 2009 que venderia suas operações de seguros como parte do acordo de reestruturação firmado com a Comissão Europeia. Na época, a companhia disse que as alienações seriam feitas até 2013 por meio de venda ou abertura de capital.
No total, o ING detém hoje 36% do capital total da SulAmérica. Participa do bloco de controle da seguradora, com 45% da Sulasapar, que possui 32,85% das ações da companhia. Os outros 55% da Sulasapar são detidos por cinco membros das famílias Larragoiti e Segur. O ING detém, ainda, 21,18% de participação direta. A empresa tinha ontem valor de mercado de R$ 4,969 bilhões. Segundo um analista que acompanha as ações da SulAmérica, uma empresa que venha a comprar a fatia do ING não terá que fazer uma oferta pública de ações aos minoritários. Com o crescimento do mercado nos últimos anos a duplo dígitos, porém, várias seguradoras estrangeiras estão visitando o Brasil e estudando investimentos. Um caso recente é a americana Argo, que irá operar em riscos corporativos no país. A Axa saiu do mercado brasileiro de seguros brasileiros em 2004, quando vendeu a Axa Seguros para a Porto Seguro, operação hoje chamada de Azul. Na época, a francesa deixou os negócios na América Latina para redirecionar investimentos para países da Ásia.

Novas ações americanas estreiam na Bovespa
DCI 26.07.2011 - O Itaú disponibilizou, ontem, mais 10 recibos de ações de empresas listadas em bolsas dos Estados Unidos, ou seja, Brazilian Depositary Receipts (BDRs) Nível 1 Não Patrocinados. O mercado, porém, ainda não apresenta a liquidez desejada pelo investidor. Os mais novos recibos que o Itaú vai negociar são de Amazon, Caterpillar, Chevron, Coca-Cola, Colgate-Palmolive, Oracle, MasterCard, Monsanto, Nike e Schlumberger. Para analistas de mercado, os investidores brasileiros ainda não têm experiência suficiente para aplicar neste tipo de ação, já que falta muita informação ainda sobre empresas locais, o que acarreta falta de liquidez dessas novas ações.

Com Viena e Frango Assado, IMC prepara desembarque na Colômbia
Valor 26.07.2011 - Gavilán, CEO da IMC: "Começamos por aeroportos pois é mais seguro"
Com R$ 300 milhões no cofre, fruto da abertura de capital realizada em março, a International Meal Company (IMC) decidiu apostar na Colômbia. Hoje a empresa anuncia a assinatura de contratos para abrir restaurantes em três aeroportos operados pela Airplan, dois em Medellín e um em Montería. A concessão garante à IMC até 2.022 uma área total de 1.330 metros quadrados. A investida soma-se à aquisição recente no país, por R$ 6,5 milhões, da Aeroservicios de La Costa, que fornece refeições para companhias aéreas. Com a compra, a IMC herdou exclusividade no serviço em quatro aeroportos do país e três clientes: Avianca, Copa e American Airlines. "A partir do momento em que você tem direito de explorar o serviço, acaba fechando contratos com outras companhias aéreas", afirma o diretor de relações com investidores da IMC, Gonzalo Cardoner. A IMC, para agilizar a expansão na Colômbia, quer fazer mais uma aquisição, de uma rede local de restaurantes. A Aeroservicios de La Costa é dona das marcas de restaurante Presto e Palmeto Café, que devem fazer parte do mix de lojas da IMC nos aeroportos colombianos. Elas vão dividir espaço com a marca brasileira Viena. Esta bandeira, fundada pelo empresário Roberto Bielawski e vendida ao fundo de private equity Advent em 2007, deve ter pelo menos duas lojas na Colômbia até o fim do ano. O fundo Advent controla a IMC.  O Viena colombiano vai se concentrar em pratos locais, mas não perderá o colorido brasileiro. A ideia é que 30% do cardápio seja de comidas típicas do Brasil como o pão de queijo, vendido no Viena de San Juan, em Porto Rico.
A aterrissagem da IMC na Colômbia vai muito além do segmento de aeroportos. "Mais do que lojas novas, queremos replicar o mesmo modelo de negócio que fizemos no Brasil", diz o principal executivo da IMC, Javier Gavilán. A ideia é oferecer serviços de alimentação em aeroportos, rodovias e shoppings. Como aqui, a empresa vai priorizar mercados cativos, em que a concorrência limitada favorece a rentabilidade. O Frango Assado, marca da IMC nas estradas brasileiras, ainda não tem data para chegar ao país, mas é uma das principais apostas do grupo. "As rodovias colombianas não têm serviços. Você viaja 200 quilômetros e não vê banheiros e lojas de conveniência", diz Gavilán. Sua expectativa é que as operações colombianas, quando consolidadas, passem a responder por 5% da receita da IMC. Hoje 80% das vendas estão concentradas na operação brasileira, mas a ideia é reduzir um pouco essa parcela, para cerca de 75%.  A expansão na América Latina é um ponto crucial da estratégia da companhia em 2011. Além do Brasil, a IMC tem lojas no México, em Porto Rico e na República Dominicana, quase todas em aeroportos. "Nossa estratégia internacional começa sempre por aeroportos porque esse é o segmento mais seguro, mais cativo e de maior rentabilidade", explica Cardoner. Em busca de novas portas para os negócios, a IMC tem feito pesquisas de mercado nos aeroportos da América Latina com mais de 1,5 milhão de passageiros.  "Detectamos vários países interessantes. Estamos agora focados na Colômbia, mas já temos outros dois ou três países em vista para começarmos a operar a partir do ano que vem", informa Gavilán.

Doux Frangosul deixa de pagar 2.000 criadores
Exame 25.07.2011 - Empresa se reunirá na quarta-feira (28) com entidade de trabalhadores para apresentar proposta para quitar as dívidas dos atrasos que chegam até 140 dias
A Doux Frangosul, terceira maior fabricante de produtos à base de frango do país, atrás de BR Foods e Marfrig, enfrenta a ira de criadores do Rio Grande do Sul. A empresa está com atraso de até 140 dias no pagamento de seus fornecedores da região, quando o prazo normal não ultrapassava os 40 dias. São cerca de 2.000 famílias afetadas.
Na próxima quarta-feira (28), no entanto, espera-se uma resolução. Executivos da empresa comparecerão à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) para uma reunião com a entidade e com membros da Associação dos Criadores de Suínos no Estado (Acsurgs). O objetivo do encontro é resolver a questão dos atrasos. “Se não tivermos uma proposta concreta, vamos orientar os criadores a não alojar mais animais”, disse a EXAME.com Elton Weber, presidente da Fetag-RS. “A entidade não pode fazer nada, mas nós e a Acsurgs colocaremos nossos departamentos jurídicos à disposição dos criadores que quiserem cobrar na justiça o valor da dívida.” O pagamento estava previsto para os dias 14 e 20 de julho, mas no dia 13 a empresa informou que não poderia cumprir com o compromisso. Procurada para comentar o caso, a Doux Frangosul não divulgou o valor da dívida e apenas afirmou que “o acordo firmado garante a redução progressiva da dívida até final de agosto, o que corresponderia à redução dos débitos em mais de 50%.” Weber, da Fetag-RS, diz que a história é diferente. “Eles nos disseram que não têm dinheiro, que agora estão tentando empréstimos para quitar os valores.” Para ele, o principal problema é que os acordos firmados tinham datas previstas para o pagamento e que as famílias já contavam com dinheiro. Essa não é a primeira vez que a Doux Frangosul atrasa pagamentos. Em 2009, a empresa apresentou seus primeiros problemas. Em janeiro de 2010, um grupo de cerca de 100 criadores entregou à direção da fábrica de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, um comunicado anunciando a suspensão das entregas de frangos por 60 dias. Na época, o pagamento foi efetuado e os atrasos passaram a ser menos frequentes até agora.
Os pagamentos são apenas um dos problemas enfrentados atualmente pela empresa. Há cerca de 700 trabalhadores dos 1.300 em greve, em Passo Fundo. A empresa propõe reajuste salarial de 10,77% para os trabalhadores que ganham o piso de 720 reais, mas eles exigem 16,1%. Para quem ganha entre o piso e 2.289 reais e acima desse valor, a Doux Frangosul propõe aumento de 8% e 6,3%, respectivamente. Ainda não houve um consenso, mas a empresa afirma que está aberta a negociações. No Brasil desde 1998, quando a francesa Doux comprou a rede Frangosul, os últimos anos tem sido os piores da empresa no país – reflexo da matriz que também vem apresentando fracos resultados.

M. Dias Branco apura lucro de R$ 82,5 milhões no trimestre
Brasil Econômico 25.07.2011 - Companhia prossegue com esforços no sentido de ampliar suas exportações  A fabricante de massas e biscoitos M. Dias Branco informou que registrou um lucro líquido de R$ 82,5 milhões no segundo trimestre do ano, um avanço de 2,6% ante o mesmo período em 2010.  De acordo com os demonstrativos financeiros divulgados nesta segunda-feira (25/7), a receita líquida cresceu 21,6% e alcançou R$ 722,3 milhões.
No informe do balanço, a M. Dias Branco ressalta que vem se esforçando para repassar o aumento do custo de suas principais matérias-primas, porém "os aumentos registrados ainda não foram suficientes para recomposição das margens".
O indicador Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), termômetro de eficiência operacional, atingiu a cifra de R$ 109,2 milhões, recuando em 5,1% ante o ano passado. O volume de vendas de biscoitos, já considerando o efeito da compra da Pilar em abril, somou 106,7 mil toneladas no segundo trimestre, o que representa uma alta de 11,4% ante o mesmo intervalo em 2010. Na mesma base de comparação, o volume de vendas de massas aumentou 15% de abril a junho. "É importante destacar que a companhia prossegue com esforços no sentido de ampliar suas exportações, consciente da importância de que a expansão geográfica também fora do Brasil é um caminho natural na sua história de crescimento", comenta a administração da empresa.

Plano da Petrobras é o 1º passo para resgatar a confiança do mercado
Exame 26.07.2011 - A aprovação do plano de negócios da Petrobras (PETR3; PETR4) animou os investidores na segunda-feira (25). As ações ordinárias e preferenciais da empresa subiram 2,19% e 2,3%, negociadas a 26,06 reais e 23,50 reais, respectivamente. É um pequeno fôlego para as ações, que acumulam baixa de aproximadamente 13% no ano.
A indefinição sobre a aprovação do plano de negócios era vista como um entrave para o desempenho das ações. “É um importante passo para recuperar a confiança dos investidores na administração da Petrobras”, afirmam os analistas Marcos Pereira, Daniel Fonseca e João Arruda, da Votorantim Corretora, em relatório publicado hoje.
“A notícia é positiva para a Petrobras, uma vez que existia uma grande preocupação dos investidores quanto ao incremento dos recursos a serem investidos, principalmente com relação à distribuição entre os diversos segmentos”, ressalta Andrés Kikuchi, analista da Link Investimentos. O plano, adiado por duas vezes, prevê investimentos de 224,7 bilhões de dólares até 2015. A revisão adiciona apenas 700 milhões de dólares ao anterior, que era previsto até 2014. Do total dos investimentos previstos, 57% serão destinados à área de Exploração e Produção, 31% para a área de Abastecimento e Refino, 6% para Gás e Energia, 1% para a área Corporativa, 2% para petroquímica, 1% para distribuição e 2% para biocombustíveis. “Em nossa visão, a empresa apresentou quase tudo que o mercado esperava escutar em relação ao plano de negócios”, avaliam. Os analistas explicam que ainda não calcularam os efeitos do plano sobre as estimativas da empresa, mas que os exercícios preliminares levam a um aumento do preço-alvo, que atualmente está em 37 reais. A recomendação é de compra. O destaque, lembra a Votorantim, é o foco dos investimentos direcionado para áreas com maior retorno.
Refino: A Petrobras anunciou também uma redução dos investimentos nas áreas de refino, transporte e comercialização (RTC), que passou de 73,6 bilhões de dólares para 70,6 bilhões de dólares. As áreas são vistas como de baixa rentabilidade.
“Esperávamos uma redução maior dos investimentos em RTC neste ciclo tanto em função do andamento dos projetos de ampliação de capacidade, como pela potencial redução do custo de construção das novas refinarias, o que aparentemente ainda não ocorreu”, explica Kikuchi, em relatório.
Endividamento: A empresa disse que precisará de uma necessidade de financiamento que pode variar entre 67 e 91,4 bilhões de dólares, considerando os dois cenários para o plano. O conservador, por exemplo, estima o preço médio do barril de petróleo a 80 dólares entre 2012 e 2015. O cenário B prevê um preço a 95 dólares. A primeira opção considera uma alavancagem média de 29% e a segunda de 26% para o período. O plano destaca que a geração operacional de caixa se manterá como a principal fonte de financiamentos e será auxiliada por um plano de desinvestimentos e reestruturação de ativos de 13,6 bilhões de dólares. Os recursos adicionais, explica a Petrobras, virão da contração de novas dívidas. Para Leonardo G. Zanfelicio, da Concórdia Corretora, isso “demonstra que não será necessária uma nova captação de recursos via oferta pública primária de ações, fato este que pressionava o desempenho de suas ações no mercado”, diz ele em análise.
Se a aprovação do plano é o primeiro passo para reconquistar os investidores, "a grande dúvida é se a empresa conseguirá entregar tantos projetos conforme foi mencionado", explica Zanfelicio. O analista tem a recomendação de compra para as ações preferenciais da empresa, com um preço-alvo de 38,62 reais.

Petrobras vai arrendar mina em SE à Vale até setembro
Estadão 25.07.2011 - A Petrobras deve repassar até setembro a concessão de minas de sais de potássio que tem em Sergipe à Vale, informou o presidente da estatal à Reuters, após o evento de divulgação do plano de negócios da companhia até 2015, que prevê investimentos de 224,7 bilhões de dólares em cinco anos.  José Sergio Gabrielli disse que não faz parte dos planos da Petrobras explorar minas de potássio no Brasil e por isso outra concessão do mineral, em plena Amazônia, também deverá ser desenvolvida por terceiros. Segundo ele, o destino dessa outra área ainda está sendo definido pelo Ministério de Minas e Energia.  "Em 30, 40 dias fechamos as condições para repassar os direitos minerários (de Sergipe) para a Vale... A área na Amazônia está em análise no ministério", afirmou Gabrielli.
Ele explicou que a atuação da Petrobras no setor de fertilizantes será focada em uréia e amônia. A Petrobras vai fornecer, no entanto, gás natural para o projeto da Vale, o que também está sendo negociado.  A Petrobras pretende eliminar a dependência externa do Brasil por amônia em 2015. Atualmente, o país importa 53 por cento do volume que consome. A dependência da uréia importada será reduzida dos atuais 53 por cento para 28 por cento em 2015, segundo o plano de negócios da companhia para o período 2011-2015.
Sem emissões: No plano, a empresa informou que reduziu o orçamento de investimentos em 2011 de 93 para 84,7 bilhões de reais, o que diminui também a necessidade de captação de recursos no mercado este ano.  "Ao reduzir esses investimentos (de 2011), é muito improvável uma emissão esse ano, só se tiver uma oportunidade muito boa", disse.
Mesmo com investimentos menores e alguns planos de desinvestimento, Gabrielli garantiu que a empresa vai avaliar as áreas de petróleo que serão ofertadas na 11a rodada de licitações do governo brasileiro, prevista para este ano, e se houver boas oportunidades fará lances, "como fazemos todo ano", ressaltou.  Venda de ações: Por outro lado, a empresa vai se desfazer de participações em blocos, principalmente no exterior.  "Áreas aderentes do portfólio com aquilo que você tem condições de capturar mais recursos, predominantemente no exterior", limitou-se a informar.  Outra maneira de fazer caixa será a venda de participações em empresas que não sejam o 'core business' da Petrobras, disse Gabrielli.
"Vamos buscar sócios em empresas nossas, sócios que tenham interese em determinados negócios que não são tão importantes pra gente", afirmou, sem dar exemplos. "Vamos vender ações de alguma empresa em que temos participação", reforçou.
O caixa da companhia, maior preocupação dos analistas que acompanham a empresa, não tira o sono de Gabrielli, que prevê receita crescente para a empresa em um cenário de preços do petróleo em alta.  Além de vendas maiores para o mercado interno --o que fez a empresa mudar a vocação das suas futuras refinarias de exportadoras para atendimento do mercado brasileiro--, a Petrobras conta com aumento expressivo de exportações a partir de 2015, quando deve estar vendendo quase 1 milhão de barris diários para o mercado externo.
"Vamos ter uma exportação gigantesca a partir de 2015 e maior ainda em 2020", destacou Gabrielli.  Segundo o novo plano, as exportações de petróleo, hoje em torno dos 300 mil barris diários, subirão para 997 mil diários a partir de 2015 e para 2,3 milhões de barris diários em 2020.
Eleições: Nome frequentemente citado pelos jornais para disputar cargos eletivos pelo Partido dos Trabalhadores, Gabrielli negou especulações de que vá disputar a prefeitura de Salvador em 2012, mas foi menos categórico em relação a uma possível candidatura em 2014.
"Não há a menor possibilidade de me candidatar a Salvador em 2012... Em 2014 (governador) não sei, está muito longe", finalizou o executivo, que viaja na próxima semana para grandes centros financeiros, como Londres e Nova York, para apresentar o novo plano da estatal a investidores.

Norte Energia recebe última parte de empréstimo do BNDES
Folha 25.07.2011 - A Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), recebeu a última parcela do empréstimo-ponte de R$ 1,087 bilhão concedido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O valor foi recebido na sexta-feira, de acordo com nota enviada pela companhia nesta segunda-feira.
O empréstimo foi afiançado pelo banco BTG Pactual, que também garantiu a operação junto ao BNDES. Segundo o diretor Financeiro e de Gestão da Norte Energia, Marcelo Perillo, o empréstimo de longo prazo no BNDES ainda está em fase de análise.
A Norte Energia buscou o empréstimo ponte para evitar que os sócios continuassem a empregar capital próprio no empreendimento de Belo Monte, que está "em plena atividade", disse o executivo.

Previ vai insistir em manter hegemonia no setor elétrico
Valor 26.07.2011 - A posição do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) nas negociações em torno do descruzamento societário entre CPFL Energia e Neoenergia começa a se mostrar de forma mais clara para o grupo brasileiro Camargo Corrêa e os espanhóis da Iberdrola, sócios do fundo nas elétricas. A fundação não vai abrir mão de sua hegemonia no setor e muito menos deixar que um grupo estrangeiro ou uma construtora tomem conta por completo de ativos estratégicos para o país. Pelo menos sem garantir muitas cláusulas de governança que serão inseridas em acordos de acionistas.
Uma importante fonte da Previ diz que as negociações estão caminhando muito bem entre as três partes e que o fundo tem a postura conciliadora. "Mas se for necessário, a Previ vai forçar um 'takeover'", diz essa mesma fonte. "Temos a faca e o queijo na mão."
O posicionamento firme do fundo chega em um momento em que a Iberdrola reforça sua posição no país e seu desejo de ter o controle de suas operações. Ela detém 39% da Neoenergia e comprou, no início do ano, a distribuidora Elektro por R$ 4,8 bilhões. A Elektro tem área de concessão ao largo de onde atua a CPFL, no Estado de São Paulo. A posição estratégica da Elektro para a CPFL, que também participou da disputa para comprar a distribuidora, não agradou a Previ. Por isso mesmo, enquanto o fundo estiver na Neoenergia, a posição é de não deixar que a Elektro seja incorporada à empresa. Isso só será aceito se a Previ reduzir sua participação e der o controle aos espanhóis. Mas a ideia é não permitir que todos os ativos fiquem nas mãos dos estrangeiros. Distribuidoras como a Celpe, em Pernambuco, e a posição na usina hidrelétrica de Belo Monte são consideradas estratégicas para o governo federal. A Celpe tem um componente político forte pois é o Estado de atuação do governador Eduardo Campos, que tem relações estreitas com o governo. Mesmo na Bahia, onde Neoneergia é dona da Coelba, a situação é delicada.  Mesmo na sociedade com a Camargo Corrêa, os executivos da Previ têm suas restrições. Principalmente no que diz respeito aos ativos de geração. Isso porque o grupo é dono de uma das principais empreiteiras do país e que, recentemente, em uma jogada com a Odebrecht, abandonou o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte.  Para a Previ, o que as negociações apontaram que de um lado ela tem um grupo que deseja manter a hegemonia no setor de construção. De outro surgiria a hegemonia estrangeira, já que entregar o controle seria desnacionalizar parte importante do setor elétrico brasileiro. "É um jogo de xadrez", diz um outro executivo do fundo. "Se perceber que tá difícil, não temos compromisso com ninguém, deixamos como está. Temos é que fazer valer a hegemonia da Previ." E essa hegemonia é relevante. O fundo é dono de 49% da Neoenergia (22,2% diretos e 26,8% pelo BB Carteira Livre I) e o Banco do Brasil tem 12% das ações. Na CPFL, ele tem mais de 30% do capital total e poder equiparado ao da Camargo Corrêa no acordo de acionistas. A Neoenergia não tem valor de mercado definido, porque não tem ações em bolsa. A CPFL valia R$ 21,314 bilhões ontem na Bovespa. Juntas, as duas companhias são donas de importantes distribuidoras e um parque gerador que chega a 10 mil MW, entre o que está em construção e o que já está operando.
O descruzamento das participações da Previ começou a ser costurado após conflitos de interesse evidentes entre as duas companhias. Elas disputaram leilões de hidrelétricas entre si e mesmo ativos de distribuição passaram a ser cobiçados pelas duas. Na CPFL, a Previ não pode participar de decisões finais sobre compras estratégicas, justamente porque é dona da Neoenergia.

Petrobras Biocombustível focará investimentos em usinas
Estadão 25.07.2011 - O novo plano de negócios da Petrobras Biocombustível prevê que 70% de US$ 1,94 bilhão orçado para ser investido em etanol no período de 2011 a 2015 seja direcionado para produção nova, ou seja, para novos greenfields (usinas novas), destilarias e crescimento orgânico da oferta através dos parceiros Guarani, São Martinho e Total. "Um dos investimentos será o greenfield Usina Bom Jesus, em Goiás, através da Nova Fronteira", afirmou o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto. As aquisições de usinas já existentes não estarão no foco principal da empresa. Segundo ele, o plano de negócios da Petrobras revela o compromisso da empresa no crescimento do etanol dentro do mercado energético brasileiro. "O novo plano indica um crescimento de 30% nos recursos investidos em etanol", disse Rossetto. O plano anterior, de 2010 a 2014, previa investimentos de US$ 1,94 bilhão, dos quais US$ 600 milhões foram investidos em 2010. O executivo explica que o novo plano 2011/2015 prevê investimentos também de US$ 1,94 bilhão no período. "Se considerarmos o período de 2010 a 2015, temos um valor previsto para etanol de US$ 2,3 bilhão, crescimento de 30%", disse. A meta da Petrobras Biocombustível é de chegar em 2015 com produção de 5,6 bilhões de litros de etanol e participação de 12% do mercado total do combustível renovável. No final de 2010, a produção da empresa era de 1 bilhão de litros de etanol e uma participação de 3,3% do mercado. Rossetto explica que a Petrobras Biocombustível vai continuar a estratégia de investir em até 50% do controle em parcerias. "Para cada dólar que investirmos, nossos parceiros também investirão um dólar, o que implica que investiremos em conjunto até US$ 3,8 bilhões em etanol, sendo US$ 1,94 bilhão via Petrobrás Biocombustível", disse. Biocombustíveis: No total, os investimentos previstos da Petrobras Biocombustível para o período de 2011/15 é de US$ 4,1 bilhões, dos quais US$ 2,8 bilhões serão investimentos diretos em produção e pesquisa. Destes US$ 2,8 bilhões, US$ 1,94 bilhão irá para etanol, US$ 600 milhões para biodiesel e US$ 300 milhões para pesquisa e desenvolvimento. Os outros US$ 1,3 bilhão serão investidos em logística de distribuição, na Logum, empresa responsável pela construção do alcoolduto que ligará o interior da região Centro-Oeste ao litoral sudeste, onde a Petrobras Biocombustível tem participação. Em relação ao plano de negócios anterior, a participação da Petrobrás Biocombustível manteve-se estável em 2% do total. "Este é um sinal da importância que os biocombustíveis têm dentro da companhia", disse Rossetto. Em biodiesel, Rossetto disse que os investimentos serão concentrados nos projetos da empresa no Pará, a partir do óleo de palma, com o produto sendo direcionado para abastecer o Norte e Nordeste e também a produção de greendiesel em Portugal.

Lucro da Comgás recua 39% no segundo trimestre
Brasil Econômico 25.07.2011 - Investimentos da Comgás totalizaram R$ 224 milhões no primeiro semestre.  A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) divulgou nesta segunda-feira (25/7) que lucrou R$ 92,3 milhões no segundo trimestre do ano, um recuo de 39,2% ante igual intervalo em 2010.  Segundo a companhia, os resultados financeiros foram afetados pelas reduções nas tarifas que afetaram as receitas de venda de gás. Porém, o aumento no volume distribuído amenizou tais efeitos. A receita líquida da Comgás atingiu a marca de R$ 1,011 bilhão no segundo trimestre, queda leve de 0,9% sobre igual período em 2010.
O indicador de eficiência operacional, o chamado Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi de R$ 221,2 milhões — queda de 29,1%. No informe do balanço, a empresa enfatiza que superou a marca de 1 milhão de clientes ao longo dos últimos seis meses, reforçando o foco no mercado residencial. A Comgás terminou o semestre com um total de 121.231 novos clientes e um aumento de 4,4% no volume comercializado em relação ao ano passado. Os investimentos da Comgás totalizaram R$ 224 milhões no primeiro semestre.

Bolsa de energia começa a operar na quinta
Valor 26.07.2011 - Brix, presidida por Marcelo Mello, entra em funcionamento com 30 clientes.
Começaram ontem os testes para a largada da Brix, bolsa de energia que tem entre seus sócios o empresário Eike Batista. Na quinta-feira, os negócios iniciam oficialmente já com 30 participantes entre geradores, comercializadores e consumidores de energia. A estratégia de lançar a plataforma de negociação no fim do mês é buscar a liquidez que os contratos de curto prazo têm nesta época no mercado livre de energia. Na primeira fase de negociações, os contratos vão ser bilaterais. Mas o sistema permite que cada participante faça uma análise de crédito dos outros agentes, podendo barrar operações de quem acredita não ser um bom pagador, mesmo que os preços sejam mais atrativos. Entre os geradores, duas estatais estão já inscritas na bolsa: a Cesp e a Eletronorte. Os consumidores que permitiram ter seus nomes divulgados e que já estão cadastrados na bolsa são White Martins, Rexam, Eucatex e Coteminas. Entre os comercializadores principais estão Compass, MPX, Seal Energia e Agroenergia.  A bolsa ainda tem bastante restrição entre os participantes do mercado livre, que estudam inclusive lançar uma bolsa concorrente. Eles entendem que esse mercado favorece os atuais sócios da bolsa - Compass, MPX e Coteminas.
A grande vantagem da Brix é que ela vai usar a plataforma eletrônica da ICE, que opera as maiores bolsas de energia no mundo e em 2009 negociou 800 mil MW médios. Outros grandes consumidores de energia estão em processo de avaliação para entrar na Brix, como Alcoa, Ambev, Camargo Corrêa, Vale e Votorantim. A vantagem é que a bolsa permite ter parâmetros de preços de negociação. A ideia da Brix é até o final do ano lançar um índice chamado Brix spot, que vai refletir o preço do mercado à vista que é hoje baseado na liquidação de diferenças da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica mais ágio. Os produtos disponíveis na primeira fase serão contratos mensais, trimestrais e semestrais com vencimentos até 2013. Na segunda fase, a ideia é permitir derivativos e transformar o mercado em uma bolsa multilateral. Para negociar na Brix não é preciso ter uma corretora, mas são cobrados emolumentos que variam de R$ 0,40 a R$ 0,07, dependo do volume.

Para atender demanda interna, Cinex revê plano de internacionalização
Valor 26.07.2011 - Depois de duas tentativas de internacionalizar a produção nos últimos dez anos, a Cinex, fabricante de divisórias e portas para móveis em vidro e alumínio, decidiu redefinir o foco em função do crescimento do mercado brasileiro. A empresa concentrou a operação industrial em Bento Gonçalves (RS) e passou a apostar no desenvolvimento de produtos de alto padrão para aproveitar a expansão da renda no país. "O mercado foi nos empurrando para produtos mais sofisticados e agora estamos focados mais na rentabilidade do que nos volumes", disse o diretor-presidente, César Cini. Neste ano, a empresa, que emprega 195 pessoas, deve crescer 15% em receita bruta, para pouco mais de R$ 60 milhões, enquanto a produção deve permanecer estável em 180 mil unidades. Para 2015, a meta é chegar a R$ 150 milhões em faturamento com lançamentos de novas linhas para a construção civil. A guinada estratégica da Cinex ganhou corpo há quatro anos, com o lançamento das primeiras portas de vidro nas quais eram embutidos aparelhos de televisão com 3,5 centímetros de espessura. A empresa, que vende para fabricantes de móveis e construtoras, colocou 300 peças no mercado até agora, mas Cini acredita que a demanda deve crescer com força nos próximos anos. "O produto está se transformando numa coqueluche entre os consumidores de alta renda", comentou. Segundo ele, na primeira semana de agosto, na exposição de arquitetura e decoração Casa Brasil, em Bento Gonçalves, a empresa vai lançar uma nova versão do produto, com uma TV de dois centímetros de espessura embutida, além de portas com imagens tridimensionais internas "esculpidas" a laser. Conforme o empresário, a Cinex mantém um escritório de pesquisa em Treviso, na Itália, e neste ano deve investir US$ 1,2 milhão em desenvolvimento de produtos. Antes de se voltar exclusivamente para o mercado doméstico, a fabricante chegou a manter uma unidade de produção nos Estados Unidos, de 2002 a 2004, em associação com o representante no país, mas ela foi desativada em função de divergências entre os sócios e dos elevados custos de produção locais. No fim de 2005 foi inaugurada uma unidade no México, mas ela operou menos de dois anos. "As ações internacionais dispersavam a equipe e não davam o resultado esperado", explicou Cini.

Hyundai investirá US$ 150 mi em fábrica de máquinas no Rio
Folha 25.07.2011 - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o executivo-chefe da Hyundai Heavy Industries, Jae Seong Lee, assinaram nesta segunda-feira protocolo de intenções para a instalação de uma fábrica de máquinas de construção em Itatiaia (município do Sul fluminense). A fábrica, que produzirá retro escavadeiras e empilhadeiras, é a primeira unidade de equipamentos pesados da empresa sul-coreana fora da Ásia.
O investimento inicial previsto é de US$ 150 milhões, com a criação de 500 empregos diretos. A inauguração deve ocorrer no fim do ano que vem. Serão produzidas 5.000 máquinas por ano no local. Para atrair a indústria, o governo fluminense usou sua política de incentivos fiscais, com a isenção e redução de tributos estaduais e municipais. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Júlio Bueno, defendeu a prática, alvo de críticas da oposição, que diz que o dinheiro da renúncia fiscal poderia ser mais bem empregado em outras finalidades, como a melhora dos salários do funcionalismo estadual.
"Não existe estatística dos fatos que não aconteceram. A redução tributária não implica em perda de arrecadação. Nós vamos ganhar um tributo que não acontecia. Nós temos é que diminuir a carga tributária no Brasil", disse Bueno. Felipe Cavalieri, presidente da Brasil Máquinas, parceira da Hyundai no empreendimento, disse que a política de incentivos garantiu que a empresa sul-coreana optasse por instalar a fábrica no Brasil, e não em outros destinos como Chile e Argentina. Parte da produção da unidade será voltada para exportação para o Mercosul. O governador Cabral afirmou que, para isso, a Hyundai precisará ampliar a capacidade produtiva da fábrica.
"Posso garantir que em poucos meses após a inauguração da fábrica nós estaremos nos encontrando para um doce problema: a ampliação da fábrica. Porque o Brasil não vai parar de crescer, e o Rio de Janeiro por si só será um grande cliente. Prepare-se, Hyundai, porque não faltarão encomendas." A fábrica em Itatiaia é o segundo grande empreendimento da Hyundai Heavy Industries no Rio de Janeiro. A empresa está construindo um estaleiro no porto de Açu em parceria com o grupo EBX, de Eike Batista.

Embraport busca R$ 1,6 bi para financiar terminal
Valor 26.07.2011 - Terminal da Embraport, em Santos: dificuldade em obter financiamento durante crise de 2009 adiou projeto. Controlada pela Odebrecht e pela Dubai Ports World, dos Emirados Árabes Unidos, a Embraport está buscando financiamentos de R$ 1,6 bilhão para seu empreendimento bilionário no porto de Santos. Essa quantia representa 70% do total de investimentos programados - ao todo, R$ 2,3 bilhões. De acordo com ata da assembleia de acionistas, estão em negociação contratos de até US$ 430 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e de até R$ 633 milhões com a Caixa Econômica Federal. O presidente da Embraport, Francisco Nuno Neves, espera que os contratos sejam fechados entre julho e agosto. A quantia de R$ 1,6 bilhão será buscada também com outras instituições, como BNDES e bancos privados. Os investimentos no terminal portuário serão aplicados em duas fases. A primeira e mais cara delas refere-se à implantação de dutos para escoamento de etanol e da construção de 1110 metros para abrigar três berços de atracação. A previsão é que essa etapa seja concluída em outubro de 2012. No ano que vem, a empresa planeja operar o terminal em estágio experimental. A intenção é que a operação real comece em 2013 e que a receita alcance R$ 700 milhões anuais. No futuro, pretende-se faturar um número ambicioso: R$ 1,2 bilhão anualmente, segundo Neves. Entretanto, isso só deve ocorrer em 2017, quando a segunda etapa de investimentos estiver concluída. Essa fase inclui a entrada em operação efetiva do terceiro berço de atracação e da compra de máquinas e equipamentos, como guindastes, para a movimentação de contêineres e outras cargas. O objetivo é que o terminal movimente todo tipo de carga para clientes externos. A movimentação de cargas da própria Odebrecht é uma realidade. "O grupo, certamente, acaba trazendo mais carga própria para o terminal. Por exemplo, se a ETH [empresa de produção e comercialização de etanol do grupo] quiser fazer movimentação do álcool com transporte em mar, ela provavelmente vai usar o terminal. A Braskem, se precisar movimentar suas cargas, também. O objetivo é movimentar carga geral", informa. Quando o terminal operar com toda a capacidade, os gestores planejam movimentar aproximadamente 2 bilhões de litros de álcool anualmente (a Embraport tem autorização para operar como um terminal privativo de uso misto - uma figura jurídica que permite a movimentação de carga própria e também de terceiros).  Neves conta que o cronograma de investimentos foi alterado em 2009, devido à retração econômica global e à dificuldade na negociação com credores. "Desde quando compramos [a posição majoritária, em 2009], queríamos que as obras começassem a ser feitas no início do ano passado. Mas só começamos entre setembro e outubro, devido à crise e a negociações com bancos em relação a financiamento", diz. A crise de 2009, inclusive, levou à alteração societária na empresa. Com o encarecimento da operação, o grupo Coimex (então controlador) buscou injeção de capital. Hoje, tem somente a menor parte da companhia: 15,2%. O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), que é administrado pela Caixa, entrou em 2008 e hoje possui 33,3% de participação. Um ano depois, entraram Odebrecht e DP World - com 51,4% em conjunto. Controlada pelo governo de Dubai, a DP World - um dos principais operadores do setor portuário no mundo - anunciou na última semana a expansão na América do Sul com a compra do controle de duas empresas portuárias no Suriname. Há ainda quatro terminais em operação nas Américas: Vancouver (Canadá), Caucedo (República Dominicana), Callao (Peru) e Buenos Aires (Argentina). Participou da construção de 49 terminais e tem nove projetos em execução no portfólio em 31 países. Há menos de dois anos, passou por uma reestruturação de dívidas. Neste mês, a DP World anunciou a expansão de suas atividades na América do Sul com a compra do controle de duas companhias portuárias no Suriname.
Já a Odebrecht Transport, criada em 2010, tem atualmente nove investimentos, dentre os quais a ViaQuatro - empresa operadora de uma das linhas de metrô de São Paulo. Neves também diz que a Odebrecht "está de olho" em novos negócios no setor portuário. "Quando houve a movimentação de acionistas no terminal de Paranaguá, por exemplo, olhamos. Sempre estamos atentos a novas oportunidades", adianta o executivo, sem mencionar detalhes.

Teva se vê do outro lado das patentes
Valor 26.07.2011 - A Teva Pharmaceutical Industries Ltd., uma gigante de remédios genéricos que transformou em missão desafiar as valiosas patentes das maiores farmacêuticas do mundo, está sentindo na pele as dores de suas próprias táticas. A empresa israelense tornou-se uma das maiores fabricantes de medicamentos do mundo vendendo cópias genéricas de caros remédios de marca. Nos Estados Unidos, por exemplo, os genéricos da Teva respondem por um em cada cinco medicamentos receitados, segundo a empresa. Mas a Teva também tem um negócio de remédios de marca. Seu principal produto é o Copaxone, um tratamento para a esclerose múltipla que gerou mais de US$ 3 bilhões do total de US$ 16,1 bilhões faturado pela Teva no ano passado. Agora é o Copaxone que está enfrentando a ameaça da concorrência dos genéricos. As rivais Mylan Inc. e Momenta Pharmaceuticals Inc. encaminharam pedidos separados à Agência de Remédios e Alimentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) para vender cópias do Copaxone em antecipação ao vencimento de várias patentes importantes em 2014 e 2015. Para poder vender suas versões genéricas mais cedo, as rivais estão desafiando a validade das patentes, uma estratégia que a Teva ajudou a inventar. Em resposta, a Teva processou as rivais por violação de patentes, seguindo passos do manual das grandes farmacêuticas para defenderem-se de concorrentes. A empresa também pediu à FDA que exija testes clínicos de grande escala das propostas cópias, uma etapa que não é necessária para os genéricos, mas que os fabricantes de medicamentos de marca têm utilizado para proteger certos medicamentos. Por ora, a agência sanitária rejeitou todos os pedidos da Teva para que sejam requeridos testes clínicos, mas uma parte do litígio continua em curso em um tribunal federal de Nova York e outra está programada para começar em 7 de setembro. "Eles estão agindo como uma grande farmacêutica. Estão defendendo suas patentes como a Merck ou a Pfizer teriam feito. Essa é que é a ironia aqui", diz Richard Shea, diretor financeiro da Momenta. A Teva afirma que suas patentes são válidas e foram obtidas de acordo com os procedimentos do escritório de patentes. Não há "nada de errado com defender suas patentes, e quando estamos do outro lado, lutando pelo nosso genérico, não nos queixamos do fato de que as farmacêuticas donas da marca estão defendendo suas patentes", diz David Stark, diretor jurídico da Teva nas Américas. A disputa ressalta como as pressões de negócio estão tornando mais tênue a linha que separa as farmacêuticas de marca dos fabricantes de genéricos e levando empresas líderes de ambos setores a desenvolverem estratégias similares. Agora, o laboratório Sandoz, da Novartis AG, que faturou US$ 8,5 bilhões em 2010, já é o segundo maior vendedor de medicamentos genéricos do mundo, depois da Teva. No ano passado, o gigante francês Sanofi SA obteve US$ 2,2 bilhões com as vendas de genéricos e estabeleceu uma joint venture para vender cópias genéricas no Japão.
Para as grandes farmacêuticas, a expansão no mercado de genéricos é, em parte, um esforço para alcançar crescimento em mercados emergentes, como Brasil, Índia e Rússia, diz Frederic Brunner, diretor-presidente da consultoria a-connect e ex-executivo da Novartis.
A maioria dos consumidores nesses mercados não pode pagar os preços dos medicamentos de marca, e as empresas dos países ricos vendem "genéricos de marca", mais acessíveis, mas ainda vendidos a preços mais elevados do que os remédios sem nenhuma marca, porque o nome da empresa denota mais qualidade. Os grandes laboratórios farmacêuticos também estão alavancando seu conhecimento em medicamentos complexos conhecidos como "biológicos" para desenvolver cópias desse tipo de tratamento. Tanto a Pfizer Inc. quanto a Merck & Co. informaram que estão trabalhando em versões genéricas de remédios biológicos. Para as empresas de genéricos, os medicamentos de marca poderiam ajudar a combater a crescente concorrência de rivais na Índia, que têm espremido ainda mais os preços e as margens dos medicamentos genéricos. "O que costumava ser um negócio muito lucrativo e um semi-oligopólio passou a ser supercompetitivo e feroz", diz Brunner. Nos últimos cinco anos, empresas de genéricos da Índia, como a Aurobindo Pharma Ltd., a Dr. Reddy's Laboratories Ltd., a Lupin Ltd. e a Ranbaxy Laboratories Ltd. aumentaram sua participação de mercado de 4%para 21%, enquanto as dez maiores fabricantes de genéricos perderam 10% da sua participação, segundo Ronny Gal, analista da Sanford C. Bernstein. Os produtos de marca desfrutam de um monopólio durante o período de proteção de patentes e são vendidos por preços até 90% mais altos que os genéricos, segundo a IMS Health. A Teva, além de desenvolver seus próprios remédios de marca, como o Copaxone, fechou acordo em maio para pagar US$ 6,8 bilhões pela Cephalon Inc., que vende Provigil, um remédio para distúrbios do sono, e o tratamento da leucemia Treanda. A Teva vai "desfrutar tanto das altas taxas de crescimento dos genéricos quanto da alta lucratividade das marcas", disse o diretor-presidente da farmacêutica, Shlomo Yanai, numa entrevista ao WSJ para discutir a compra da Cephalon. Após a aquisição, cerca de 40% da receita da Teva passaria a ser gerada por medicamentos de marca, frente a 30% antes, adicionou ele. As margens operacionais da Teva com o Copaxone são de cerca de 60%, estima Shibani Malhotra, um analista da RBC Capital Markets.

Lucro do Pão de Açúcar sobe 64% e fecha 2º trimestre em R$ 91 mi
Folha 26.07.2011 - O Grupo Pão de Açúcar registrou lucro líquido de R$ 91 milhões no segundo trimestre do ano, alta de 64% ante o mesmo período de 2010. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 641,2 milhões, alta de 66,3% ante igual período de 2010. A margem foi de 5,5% para 5,7%. A receita bruta cresceu 61,3%, para R$ 12,6 bilhões. Os números consideram os ativos de eletroeletrônicos do grupo. O balanço foi apresentado quase duas semanas após o fracasso da união do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil, desejo de Abilio Diniz.

Colombo fecha lojas para proteger lucro
Valor 26.07.2011 - Maior rede de produtos eletrônicos e móveis do Sul do país, e quarta maior do Brasil, a Lojas Colombo tem fechado unidades com o intuito de proteger a rentabilidade da operação. De acordo com a varejista, o fechamento de pontos atinge o negócio de São Paulo, que há três anos tem sido alvo de alguns ajustes por conta de um desempenho considerado pelo comando "abaixo do desejável" em algumas regiões.
No Estado de São Paulo, o número de pontos passou de 76 em dezembro de 2010 para 67 em julho deste ano. Há dois anos, eram 87 unidades. Segundo o comando da rede, o encerramento de pontos com fracos resultados já tem afetado positivamente o retorno da operação da rede em São Paulo neste ano. Dados publicados por empresas de capital aberto do setor mostram que a rentabilidade das vendas líquidas da rede está abaixo da verificada em concorrentes como Magazine Luiza e Globex, com forte atuação no Estado de São Paulo.
No Brasil, ao se incluir abertura e fechamento de pontos nos cinco Estados onde a Colombo atua, a soma de lojas passou de 328 no fim do ano passado para 322 neste mês. Em 2009, eram 340 lojas.  A empresa não vê essa decisão de fechar pontos como algo problemático. "A redução [de lojas no país] foi de apenas seis unidades e por motivos de rentabilidade pontual", respondeu Thiago Baisch, diretor de vendas e de marketing da rede, em mensagem enviada ao Valor.  No caso de São Paulo, explica ele, "desde 2008 a Colombo vem avaliando algumas sobreposições da estrutura que existiam com a adição de 31 lojas que fizemos da Bernasconi", rede varejista com atuação no interior paulista. Balanço financeiro anual publicado pela Colombo mostra que em 2009 a rede fechou 15 lojas de rua no Brasil e em 2010, outros dez pontos "pouco expressivos" foram vendidos.
De acordo com Baisch, apesar dos cortes, a Lojas Colombo ampliou em 10% as vendas de janeiro a junho e em julho, a alta foi de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a São Paulo, conta ele, "a rentabilidade da operação cresceu 15%, o que permitirá que a rede continue investindo no Estado".  No ano passado, a receita líquida da cadeia subiu 18,3% e o lucro líquido, 49,2%. O Ebtida, no entanto, teve alta mais tímida, de 7%. O percentual de lucro obtido com as vendas na Colombo fechou em 0,90% no ano passado, abaixo do verificado no Magazine Luiza (1,44%), mas o índice cresceu em relação a 2009, quando ficou em 0,74%. Na avaliação de Manoel Araújo, diretor da consultoria de varejo Martinez de Araújo, a tolerância das redes a manter pontos deficitários está cada vez menor, principalmente nas varejistas que ainda resistem às fusões no mercado. "Para redes como a Colombo, que ficaram menores com a forte concentração do setor, gastar mal é algo impensável. Ela precisa estar muito mais rentável, porque recursos disponíveis no mercado estão mais caros para ela", diz.  A rede controlada por Adelino Colombo, que aos 80 anos comanda os negócios depois de duas tentativas de profissionalização, já teria sido sondada pelo Magazine Luiza, numa operação de venda do negócio. A empresa nega a informação e informa que não planeja se desfazer da operação.

Grupo Bio Ritmo
Folha 26.07.2011 - O grupo Bio Ritmo investirá R$ 50 milhões nos próximos 12 meses para a construção de até 30 academias.
Até o final deste ano, serão inauguradas 14 unidades em cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Santos. "O foco são as regiões Sul e Sudeste, pois é o nosso local de origem e ainda há cidades com potencial para o negócio", diz o presidente do grupo, Edgard Corona.
Nos próximos seis meses, o grupo pretende entrar no mercado do Nordeste, única região do país que ainda não tem unidades das suas redes Bio Ritmo e Smart Fit, que tiveram faturamento de R$ 85 milhões em 2010.

Lucro da Netflix sobe 55%, mas estimativas fazem ações despencar
Folha 25.07.2011 - A Netflix, maior locadora on-line do mundo, apurou lucro líquido de US$ 68 milhões no segundo trimestre deste ano, 55% superior ao ganho contabilizado no mesmo período do ano passado. O resultado final acompanhou o crescimento de 52% na receita líquida, que totalizou US$ 789 milhões. "Os serviços de streaming [transmissão de vídeos pela internet] continuam a crescer rapidamente e, com as mudanças de preços recentemente implementadas, poderemos ampliar o escopo e a qualidade do nosso conteúdo", afirmou a companhia em um comunicado ao mercado.
A Netflix encerrou junho com 25,56 milhões de assinantes, com alta de 70% no intervalo de um ano. Os usuários estão quase todos concentrados nos Estados Unidos.
Porém, a companhia quer reduzir essa dependência por meio do lançamento de operações em novos mercados, inclusive o Brasil. Por enquanto, a Netflix atua nos Estados Unidos e no Canadá, mas a expectativa é de que chegue à América Latina neste segundo semestre.
Hoje, um executivo da emissora mexicana TV Azteca anunciou que fechou contrato para vender sua programação à Netflix por três anos, começando em setembro.
"Especificamente, a América Latina representa um grande mercado, e com rápido crescimento, de domicílios com banda larga [atualmente, cerca de 40 milhões], os consumidores gostam de conteúdos de Hollywood e nós somos capazes de tirar proveito de economias de escala licenciando conteúdo localmente", afirmou a Netflix, enumerando as vantagens que enxerga no mercado latino-americano. Apesar do crescimento no lucro, as ações da companhia operam em forte baixa na Nasdaq nesta tarde. Há pouco, os papéis eram negociados a US$ 253,15, com queda de 8,47%. As ações despencaram depois que a empresa anunciou projeções para o terceiro trimestre que se situam abaixo do esperado por analistas.
A Netflix informou esperar que sua receita seja de US$ 828,5 milhões no período de julho a setembro e que o lucro líquido fique entre US$ 39 milhões e US$ 58 milhões - ou entre US$ 0,72 e US$ 1,07 por ação. Conforme as projeções do mercado, o lucro ficaria em US$ 1,11 por ação, com receita de US$ 842,9 milhões.

Reestruturação da Oi deve ser concluída no 4.º tri
GPdeLondrina 25.07.2011 - No mesmo período, segundo ele, haverá condições para definir uma nova política de dividendos para a companhia brasileira, na qual o grupo português tem participação A reestruturação da Oi está indo "muito bem", e deve ser concluída no quarto trimestre deste ano, disse o presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava.
No mesmo período, segundo ele, haverá condições para definir uma nova política de dividendos para a companhia brasileira, na qual o grupo português tem participação.
Para analistas, a reorganização abre caminho para a definição de uma política de dividendos de longo prazo, ficando mais visível a influência da Portugal Telecom na Oi.
"Temos plena confiança na capacidade da equipe de gestão da Oi, que irá integrar Francisco Valim como presidente-executivo, alavancar o apoio dos seus acionistas e entregar os resultados que preconizamos para um grande operador integrado num país com 200 milhões de habitantes", disse Bava em entrevista à Reuters por telefone. Bava lembrou que desde o anúncio da reorganização societária o valor "de todas as ações cotadas do grupo" Oi subiram 10 por cento em bolsa. "Acreditamos que a simplificação societária esteja concluída no quarto trimestre, e então estarão criadas todas as condições para a discussão de uma política de dividendos da Oi no futuro." A Oi, que divulgará seu resultados do segundo trimestre em 15 de agosto, fechou o primeiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de 395 milhões de reais, devido a efeitos não recorrentes e queda das receitas.
A Portugal Telecom entrou na Oi, detendo 25,6 por cento da empresa brasileira, depois de ter vendido a sua parte na Vivo à Telefónica, em 2010. A Portugal Telecom reportará seus resultados globais do segundo trimestre, incluindo a Oi, em 31 de agosto.

Oi promete internet sem fio em orelhão
Folha 26.07.2011 - Empresa de telefonia apresenta a governo plano para converter orelhões em ponto de conexão para banda larga 2/3 dos telefones públicos do país são da Oi; com publicidade no orelhão, serviço pode ser gratuito.  A empresa de telefonia Oi montou um projeto para oferecer internet banda larga sem fio de forma gradativa nos orelhões do país. Se houver patrocínio para os novos equipamentos, o serviço será gratuito para o usuário. Outra saída estudada será vender cartões com senhas de acesso. O Brasil tem hoje 1,1 milhão de telefones públicos. Desses, 824 mil são da Oi. Com o aumento do uso do celular, esses equipamentos ficaram ociosos, mas são uma grande riqueza logística: todos estão ligados a um par de fios metálicos que os conecta a uma central telefônica. Essa infraestrutura seria usada para oferecer acesso aberto à internet aos pedestres munidos de telefones, laptops ou qualquer aparelho habilitado para conexão sem fio à web. A velocidade de acesso será de até 2 megabits por segundo (Mbps), o dobro do previsto no Plano Nacional de Banda Larga. O projeto tem por base um contrato entre a Oi e a Populus Propaganda e Marketing Ltda., comandada por Mayra Fonseca Couto Souza Carmo, filha do ex-deputado federal Paulo Heslander (PTB-MG). A Populus viabilizaria publicidade nas novas cabines para pagar pelo uso da infraestrutura e remunerar a Oi. Nessa hipótese, o acesso seria gratuito.
A Populus acertou com a Oi exclusividade para converter os orelhões em pontos multimídia em todo o país (menos São Paulo, Estado onde a Oi não atua). Os telefones continuarão a existir para chamadas de voz, mas a nova cabine terá de oferecer internet sem fio num raio de 50 metros em torno do equipamento. Embora a proposta não dependa de aprovação do governo federal -a Oi já é concessionária dos orelhões-, a ideia foi apresentada aos ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). A expectativa da Populus é que empresas estatais federais patrocinem a conversão dos telefones públicos comprando espaço publicitário. Pelo plano apresentado, esse novo orelhão será equipado com câmeras conectadas à internet que permitirão uma visão de 360º do local.
Para implantar o plano, a Oi e a Populus dependem de autorização das prefeituras das cidades que terão troca de orelhões. Uma experiência piloto em Ipanema foi suspensa porque a Prefeitura do Rio considerou o equipamento inadequado para o padrão do mobiliário da cidade.
Otávio Azevedo, do grupo Andrade Gutierrez, uma das controladoras da Oi, afirma ser possível, havendo patrocínio, instalar a rede sem fio de internet em quase todos os 824 mil orelhões da empresa.

Base de assinantes de TV paga cresce 2,16% em junho, diz Anatel
GPdeLondrina 25.07.2011 - Os serviços de TV por assinatura no Brasil ganharam 234.592 novos assinantes em junho, um crescimento de 2,16 por cento na base de clientes em relação a maio, informou nesta segunda-feira a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Com a expansão do mês passado, o setor encerrou o primeiro semestre com cerca de 11,1 milhão de domicílios atendidos no Brasil, um acréscimo de 1,3 milhão de assinantes, ou alta de 13,7 por cento, em relação ao fim do ano passado. Segundo a Anatel, cada assinante equivale a um domicílio. Assim, considerando o número médio de 3,3 pessoas por domicílio calculado pelo IBGE para o país, o serviço de TV paga alcança cerca de 36,6 milhões de pessoas no país. O segmento de transmissão via satélite (DTH) detém 50,6 por cento de participação em serviços de TV paga, enquanto a distribuição de conteúdo televisivo por cabo (TVC) conta com 46,9 por cento do mercado. Os 2,5 por cento restantes são atribuídos a serviços prestados via microondas (MMDS).

Estados se defendem de tributação de vendas virtuais
DCI 26.07.2011 - O governo de alguns estados deve se manifestar no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as diversas ações que questionam as leis e decretos que instituíram alíquota diferencial de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas vendas interestaduais de mercadorias compradas de forma não presencial, em especial pela Web.
O Ceará protocolou ontem suas alegações, ainda não disponíveis no andamento processual. Recentemente foi a vez do Mato Grosso de prestar informações em uma das três ações diretas de inconstitucionalidade sobre o tema ajuizadas pela OAB. Em petição, o estado afirma que a ação deve ser extinta sem julgamento de mérito, por não haver problema de constitucionalidade nos Decretos 2.033/2009 e 312/2011, que trouxeram a tributação extra de ICMS.

Shopping do ABC receberá R$ 250 mi
Folha 26.07.2011 - O grupo inglês Squarestone vai investir, em parceria com o BTG Pactual e o fundo americano Walton Street, R$ 250 milhões na construção de um shopping de luxo em São Bernardo do Campo (SP). "Percebemos espaço para o mercado de luxo na cidade. Cerca de 70% dos consumidores da região pertencem às classes A e B", diz o inglês James Morse, diretor-executivo da Squarestone Brasil. O Golden Square Shopping tem inauguração prevista para novembro de 2012. O empreendimento terá cerca de 250 lojas, em quatro andares, em uma área de 31 mil metros quadrados. A empresa está em negociação com grifes internacionais de lojas de departamentos para a entrada no Brasil. "O consumidor brasileiro está se tornando mais internacional", diz o executivo. O principal entrave, porém, é a alta tributação no país. "A alta taxa de importação impede a entrada de mais redes varejistas", diz Morse. No próximo ano, a empresa vai lançar mais dois shoppings, sendo um deles na região central de São Paulo e o outro em uma cidade próxima à capital. "Será uma atração para os turistas", diz, sem dar mais detalhes por conta de contratos que estão em negociação. A Squarestone Brasil chegou ao país em 2007 e, um ano depois, comprou o Shopping Bonsucesso, em Guarulhos (SP). "Foi um teste para estudarmos o mercado brasileiro. O primeiro real projeto será o Golden Square."

Crédito imobiliário desacelera
Valor 26.07.2011 - As estatísticas do crédito imobiliário com o fechamento do primeiro semestre devem mostrar desembolsos da ordem de R$ 37 bilhões só com recursos da poupança, segundo estimativas de mercado. Se esses números se confirmarem, tal cifra vai representar crescimento de 55% em comparação a janeiro e junho do ano passado. Na contagem mensal, porém, espera-se que as contratações mostrem alguma perda de ímpeto. Só em junho, a expectativa é que tenham sido liberados cerca de R$ 7,5 bilhões, uma expansão de 48% contra junho de 2010. O ritmo de expansão de 60% que se observou até abril tende a perder velocidade. Por trás disso está o menor volume contratado para financiar o mutuário, com os esforços um pouco mais concentrados nas carteiras de pessoa jurídica, que têm giro mais rápido, relacionado ao ciclo mais curto de produção, analisa o diretor de crédito imobiliário do HSBC Brasil, Antonio Barbosa. "Cresceu demais a pessoa física e essa era uma acomodação natural. Por outro lado, nos primeiros meses do ano a liberação de recursos para a construção vinha travando por conta de atrasos nas obras. Essa produção represada está sendo desovada agora." Segundo calcula, a proporção entre financiamentos destinados ao consumidor final e os endereçados às empresas teria encerrado junho numa relação de 55% para 45%. Historicamente, a distribuição é de 60% para 40%.
Com a poupança, principal fonte de financiamento do setor, perdendo força, a percepção é de que os bancos têm sido mais seletivos. Até junho, as saídas líquidas da caderneta chegavam a R$ 172,7 milhões, em comparação aos R$ 8,8 bilhões captados no mesmo período do ano passado. Em julho, até o dia 19, o saldo estava positivo em R$ 2,9 bilhões, revertendo o balanço negativo do ano, para R$ 2,7 bilhões, mas ainda aquém do ritmo esperado para o ano, de crescimento na casa dos 15% a 20%. O Banco do Brasil (BB), último dos grandes bancos a entrar no financiamento imobiliário, conta com a vantagem de, por isso mesmo, ter um saldo mais robusto da caderneta. "Enquanto nos concorrentes o saldo da poupança já se aproxima do estoque de crédito imobiliário, nós temos mais de R$ 5 bilhões disponíveis", diz Paulo Caffarelli, vice-presidente novos negócios e varejo do BB. Mas, ao mesmo tempo em que boa parte das instituições financeiras enfrenta a escassez no lado do "funding", encontra também uma parcela da população mais endividada. "Essa situação diminui o espectro da prospecção, embora a inadimplência siga estável", acrescenta Barbosa, do HSBC. De 2005 para cá, o crédito imobiliário concedido vinha praticamente dobrando de tamanho a cada ano e é essa velocidade vertiginosa que começa a desacelerar, diz o diretor da Caixa, Teotônio Rezende. "Havia uma demanda reprimida, que foi sendo atendida nos últimos anos num ciclo mais ou menos normal de oferta e demanda. Há ainda muito espaço para crescer, com o aumento do emprego e da renda e dos subsídios para a baixa renda. Se trabalhássemos com a projeção geométrica vista de 2005 a 2007, ninguém teria capacidade para atender."
A Caixa pretende aplicar neste ano pelo menos R$ 30 bilhões, com recursos da poupança, perto dos R$ 27,8 bilhões desembolsados ao longo de 2010. Até maio, o banco federal tinha liberado R$ 11,7 bilhões, com crescimento de 14% em comparação ao mesmo intervalo de 2010.  A atual taxa básica, em 12,5%, pode atuar como um freio à expansão do crédito imobiliário, segundo Fabio Nogueira, sócio da Brazilian Finance & Real Estate (BFRE). "Sempre que isso acontece, muita gente acaba preferindo deixar o dinheiro guardado no banco a investir em um imóvel."

Lideres em exportações
MDIC 25.07.2011 - São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram exportações no semestre
Entre as regiões, Norte foi a que teve maior crescimento comparativo (68,52%).
No primeiro semestre de 2011 (janeiro a junho), o maior exportador entre os estados brasileiros foi São Paulo (US$ 27,089 bilhões), acompanhado por Minas Gerais (US$ 18,684 bilhões) e Rio de Janeiro (US$ 14,531 bilhões). Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul (US$ 9,261 bilhões) e Paraná (US$ 8,228 bilhões). Na comparação com o mesmo período de 2010, a maioria dos estados brasileiros aumentou as exportações, com exceção de Amazonas (-23,52%), Rio Grande do Norte (-23,20%), Piauí (-14,28%), Maranhão (-12,19%), Pernambuco (-9,89%), Paraíba (-8,37%) e Rondônia (-5,47%).
Nas importações, São Paulo (US$ 39,636 bilhões) foi também o estado que mais fez compras no exterior no semestre, seguido de Rio de Janeiro (US$ 8,928 bilhões), Paraná (US$ 8,595 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 7,462 bilhões) e Santa Catarina (US$ 6,841 bilhões). Os estados que apresentaram variação negativa para as importações no comparativo com o primeiro semestre do ano passado foram Piauí (-59,45%), Rio Grande do Norte (-45,21%), Distrito Federal (-39,53%) e Tocantins (-6,70%).  No semestre, os estados que registraram os maiores superávits no comércio exterior foram: Minas Gerais (US$ 12,927 bilhões), Pará (US$ 7,131 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 5,603 bilhão), Mato Grosso (US$ 4,325 bilhão), e Espírito Santo (US$ 2,356 bilhões). Os estados mais deficitários foram São Paulo (US$ 12,546 bilhões), Amazonas (US$ 5,707 bilhões), Santa Catarina (US$ 2,521 bilhões), Pernambuco (US$ 1,725 bilhão) e Maranhão (US$ 1 bilhão).  
Regiões: Em valores absolutos, a Região Sudeste foi a que mais exportou no semestre (US$ 67,528 bilhões), com alta de 35,65% na comparação com as vendas no mesmo período de 2010 e com participação de 57,08% sobre o total vendido pelo país (US$ 118,303 bilhões).
As exportações da Região Norte foram as que mais cresceram no comparativo entre o primeiro semestre de 2011 e o de 2010, com expansão de 68,52%. O Norte exportou US$ 9,031 bilhões, o que representou 7,63% das vendas do país no período.
A Região Sul vendeu US$ 21,810 bilhões, com aumento de 27,07% sobre o período entre janeiro e junho do ano passado e com participação de 18,44% nas exportações brasileiras. Na Região Centro-Oeste, houve crescimento de 24,06% no comparativo das vendas ao mercado externo, que somaram US$ 9,806 bilhões e tiveram participação de 8,29% no acumulado semestral. Os embarques da Região Nordeste (US$ 8,459 bilhões) corresponderam a 7,15% do total exportado pelo país e tiveram aumento de 9,77% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Quanto às importações, a Região Nordeste foi a que registrou a maior expansão em comparação com o primeiro semestre de 2010 (33,14%), com compras no valor de US$ 10,340 bilhões. Em seguida, aparece a Região Sul, com aumento de 32,47%, e aquisições no valor de US$ 22,899 bilhões. Já a Região Sudeste comprou US$ 59,187 bilhões (maior valor absoluto), com aumento de 29,23% em relação a janeiro a junho de 2010. A Região Norte teve alta de 18,52% nas importações e somou US$ 4,351 bilhões em compras. No Centro-Oeste (US$ 2,647 milhões), o crescimento foi de 10,67%. No período, a Região Sudeste teve o maior superávit, com US$ 8,340 bilhões, seguida pelas regiões Centro-Oeste (US$ 4,039 bilhão) e Norte (US$ 1,953 bilhão). Registraram déficits, no semestre, as regiões Nordeste (US$ 1,880 bilhão) e Sul (US$ 426 milhões). 

Luiz Antonio Pagot pede exoneração da Diretoria-Geral do Dnit
Agência Brasil 25.07.2011 - O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), Luiz Antonio Pagot, pediu desligamento do cargo. Ele estava de férias, até então, e comunicou a exoneração na manhã de hoje (25/7) ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O comunicado de Pagot foi entregue ao ministro por meio de um representante e, no mesmo documento, Pagot pediu o cancelamento de suas férias, programadas até 4 de agosto. Ele estava afastado do cargo desde que a revista Veja publicou denúncias de pagamento de propinas, envolvendo o diretor-geral. Mais cedo, Pagot esteve no Dnit para se despedir dos funcionários e agradecê-los pelo trabalho, durante o período em que esteve na direção do órgão. As denúncias envolvendo os Transportes provocaram a saída do ex-ministro Alfredo Nascimento, que pediu demissão e resultou em uma série de pedidos de demissão e exonerações no ministério, no Dnit e na Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, estatal que cuida das obras de infraestrutura ferroviária.

"O empreendedor brasileiro não sabe lidar com o fracasso"
Brasil Econômico 25.07.2011 - Hoje no terceiro ano de empresa ele já quer independência, com cinco anos na mesma companhia já quer ser sócio.
A Ernst & Young realizou entrevistas com empresários ao redor do mundo para traçar as características de líderes empresariais.  Paulo Sérgio Dortas, sócio da Ernst & Young Terco, fala sobre as semelhanças com o empreendedor brasileiro.
Temos muito em comum com os empreendedores de outros países?
Sim, a diferença é que boa parte daqueles que estão no exterior acreditam que ter passado por uma empresa foi decisivo para o seu sucesso, enquanto aqui no Brasil vemos que poucos saem da iniciativa privada para empreender, eles fazem isso ao longo de toda a vida.
Acredito que o empreendedorismo esteja no espírito latino, de querer ser o próprio patrão.
Isso quer dizer que o empreendedor brasileiro tem mais pressa em ter seu próprio negócio?
Um pouco. É comum que um funcionário nos Estados Unidos esteja na empresa na décima tentativa de empreeender. Mas eles têm mais autoestima e o mercado vê como natural fracassar, retomar e insistir. O empreendedor brasileiro não sabe lidar com o fracasso.
A geração Y - pessoas com até 29 anos - é a mais empreendedora, de acordo com a pesquisa. Qual a razão?
Antes o funcionário esperava mais para subir de cargo. Hoje no terceiro ano de empresa ele já quer independência, com cinco anos na mesma companhia já quer ser sócio.
Talvez pelo volume de informações ou pelo maior acesso a elas, as pessoas têm essa ansiedade de realizar as coisas rapidamente.
Se o jovem não consegue isso, ele acaba montando a própria empresa ou vai para outra onde será melhor remunerado ou estar em uma posição de liderança. Hoje não se busca só riqueza, estamos no momento de buscar a liderança.

Capital Humano: Pagando com a vida
Folha 25.07.2011 - Homicídios têm queda de 12% em SP no 1º semestre de 2011. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou na manhã desta segunda-feira que o Estado de São Paulo registrou queda de 12,2% no número de homicídios no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado. Capital puxa queda de homicídios em SP no 1º semestre.  Foram 278 mortes a menos do que no mesmo período do ano passado, quando houve 2.278 homicídios. Na comparação com os últimos 12 meses, a redução no número de mortes foi menor. De julho de 2009 a junho de 2010, foram registrados 4.525 homicídios dolosos, contra 4.042 de julho de 2010 a junho de 2011 --483 mortes a menos, numa redução de 10,6%. As informações foram divulgadas durante visita de Alckmin a central de flagrantes que funciona no 31º DP (Vila Carrão), na zona leste. Existem atualmente quatro centrais de flagrante em funcionamento na capital paulista, mas a previsão do governo é de que o número chegue a nove no próximo mês. No balanço relativo aos três primeiros meses do ano, o governo já tinha registrado queda de 19% no número de homicídios, em comparação ao primeiro trimestre de 2010. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) deve divulgar ainda nesta segunda-feira os dados completos de criminalidade do Estado do primeiro semestre deste ano.

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