sexta-feira, 1 de julho de 2011

Azul.CA01

Daily News

HRT inicia nova perfuração de poço no Amazonas
Azulca 30.06.2011 - A HRT Participações (HRTP3), comunicou ao mercado ontem (30.06.2011) que a sua subsidiária HRT O&G, deu início no último dia  29 a perfuração do seu terceiro poço exploratório, na locação 1-HRT-168/01-AM. Localizado no Estado do Amazonas (aproximadamente 7,5 km do  Município de Carauarí), o poço está sendo perfurado pela sonda da Queiroz Galvão, com previsão de atingir a profundidade final em torno de 2.620 metros.
A HRT O&G possui 55% de participação em 21 blocos exploratórios na Bacia Sedimentar do Solimões, ocupando uma área de aproximadamente 48,5 mil  km2 onde foram mapeados e certificados 52 prospectos e 11 descobertas classificadas como recursos contingentes.
Para o próximo mês de julho (2011) está previsto o início da perfuração na locação 1-HRT-194/01-AM. A empresa comunicou que este poço será perfurado  na estrutura mapeada e classificada como recurso contingente denominado Igarapé Maria, situado ao sul do Campo Sudoeste de Urucu.
Sobre a HRT: O Grupo HRT é composto por uma das maiores empresas independentes de exploração e produção de óleo e gás natural do Brasil. A HRT  Participações possui oito principais subsidiárias: a IPEX (Integrated Petroleum Expertise Company Serviços em Petróleo Ltda.), a HRT O&G Exploração e  Produção de Petróleo Ltda., a HRT Netherlands B.V., a HRT África Petróleo S.A., a HRT América Inc., a BN47 Serviços Aéreos Ltda., a Ranger  Participações Ltda. e a UNX Energy Corp. A HRT também é operadora de dez blocos exploratórios na costa da Namíbia, com participação em dois deles,  na Sub-Bacia de Walvis, e nos oito restantes, na Sub-Bacia de Orange.

BNDES investe em varejista 61% francês
Folha 01.07.2011 - Novo Pão de Açúcar será majoritariamente de francês, mas BNDES exigiu que poder dos sócios fosse limitado a 15% cada um. Comando dos negócios será dividido entre a NPA -mescla de Casino, Abilio Diniz, BNDES e Pactual- e o Carrefour.  O BNDES autorizou a injeção de R$ 3,9 bilhões numa operação de fusão que, se der certo, será majoritariamente francesa -do Carrefour e do Casino. Os franceses têm hoje, direta e indiretamente, 61% da empresa que resultará da fusão entre o Pão de Açúcar e a unidade brasileira do Carrefour, se o projeto for aprovado pelo Casino, que resiste à oferta sob a alegação de que não foi consultado. A presença francesa no Pão de Açúcar cresceu nesta semana, após o Casino comprar US$ 1 bilhão em ações da varejista. Uma das justificativas do BNDESPar, braço de investimentos em empresas do banco estatal, para entrar no negócio é que o aporte ajudaria a fortalecer a presença internacional de um grupo brasileiro, o Pão de Açúcar. No caso, a operação brasileira, chamada de NPA (Novo Pão de Açúcar), terá 11,7% do Carrefour mundial. A proposta, feita pelo banco BTG Pactual, prevê a fusão do Pão de Açúcar/Casino com o Carrefour no Brasil. O Casino é sócio do Pão de Açúcar desde 1999, quando entrou no capital da varejista brasileira para salvá-la da bancarrota. Em 2005, comprou o controle, que deveria assumir no próximo ano. A Folha apurou que o BNDES exigiu que o poder de cada um dos sócios seja limitado a 15%, independentemente da quantidade de ações que ele possuir. O limite foi criado para evitar que estrangeiros tenham poder de decisão em empresa com presença do BNDES. No Brasil, acordo de acionistas prevê que o comando dos negócios seja compartilhado, meio a meio, entre NPA -mistura de Casino, Abilio Diniz, BNDES, Pactual e minoritários- e Carrefour. O presidente da nova empresa será escolhido pelo conselho de administração, que será indicado pela ala vinda do Pão de Açúcar.
Não há impedimento de que um francês presida o braço brasileiro da empresa.
O Carrefour está hoje nas mãos de investidores financeiros -os gestores de fundos Blue Capital e Colony, além de Bernard Arnault (dono da Louis Vuitton), que não escondem o desejo de vender suas participações. Com a fusão no Brasil, os brasileiros passariam a ter direito a dois assentos no conselho do Carrefour, podendo indicar um terceiro em 2013.
Assembleia: Ontem, o Casino solicitou ao grupo Pão de Açúcar uma assembleia de acionistas.
É mais um passo para a discussão sobre a proposta de fusão, que não foi apresentada aos franceses. Diniz foi a Paris, ficou 26 horas esperando para ser recebido por Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, mas o executivo francês se recusou a atendê-lo. Se não houver acordo, a disputa vai para o Conselho Nacional de Arbitragem. O Pão de Açúcar já escolheu os escritórios que vão representá-lo: Wald Advogados e Ferro, Castro Neves, Daltro & Gomide Advogados. A decisão dos árbitros não pode ser contestada na Justiça, segundo o acordo de acionistas do Pão de Açúcar com o Casino.

Compra de ações pela BNDESPar atinge R$ 43 bi
Folha 01.07.2011 - Sob Coutinho, braço de investimentos do banco quintuplica de tamanho.
Participação é parte de estratégia do BNDES de criar grandes grupos nacionais; boa parte dos recursos vai para fusões.  A BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, já investiu R$ 42,6 bilhões na compra de participações societárias em empresas das áreas de petróleo, telefonia, energia, mineração, celulose e até frigoríficos. Esse foi o volume de recursos investidos em compra de ações durante o mandato do atual presidente do banco, Luciano Coutinho, que comanda a instituição desde abril de 2007. Entre as empresas em que a subsidiária do BNDES aplicou o dinheiro estão gigantes como Petrobras e Vale, mas boa parte dos recursos foi para processos de fusão, como o que pode ocorrer entre Pão de Açúcar e Carrefour.
Dentro dessa política foram criadas outras grandes "campeãs nacionais", como a Oi (telefonia), o JBS Friboi (carnes) e a Fibria (papel). Por meio do seu braço de participações, o banco se tornou sócio dessas empresas, aportando nelas dezenas de bilhões de reais.
Isso fez com que a BNDESPar aumentasse em quatro vezes o seu tamanho no período. Seu ativo total subiu de R$ 25 bilhões para R$ 125,8 bilhões, dos quais mais de 80% se referem a uma carteira de ações. A conta considera só os aportes diretos no capital das empresas. Não entram os empréstimos concedidos por linhas de financiamento do banco. A participação direta do BNDES na criação de grandes grupos empresariais brasileiros é uma das principais estratégias traçadas por Coutinho, na qual a BNDESPar tem sido cada vez mais agressiva na política de criação de gigantes nacionais. Empresas de carnes, como a JBS/Bertin e a Marfrig, obtiveram um total de R$ 6,85 bilhões da BNDESPar por meio de venda de fatia societária ou subscrição de debêntures conversíveis em ações. Esses valores não levam em conta os financiamentos concedidos a elas. Na Vale, a BNDESPar aportou R$ 3,9 bilhões. Em seguida aparecem Votorantim Celulose e Papel (VCP), que mais tarde viria a se tornar a Fibria, e a Telemar (agora Oi), com R$ 1,8 bilhão e R$ 1,2 bilhão, respectivamente.

Casino pode usar oferta na Colômbia para comprar parte de Abilio Diniz
Estadão 30.06.2011 - Grupo francês pretende arrecadar US$ 1,4 bilhão com oferta de ações do conglomerado colombiano Éxito, do qual é sócio controlador.
Depois de anunciar aumento de participação no Pão de Açúcar com a compra de 6,2% das ações preferenciais, por mais de R$ 1,1 bilhão, o Casino volta a contra-atacar. E sua munição para a guerra pode vir do país vizinho. Na noite de quarta-feira, a rede colombiana de varejo Éxito, controlada pelo Casino, anunciou que fará uma oferta pública de ações para levantar US$ 1,4 bilhão. Segundo o Estado apurou, parte do dinheiro pode ser usado para uma eventual contraproposta pela parte de Abilio Diniz no Pão de Açúcar.
A oferta na bolsa já estava planejada pelo Casino, controlador do Éxito, com 54% das ações. A assessoria de imprensa do Éxito informou que a data da oferta pública será decidida na próxima quarta-feira, quando será realizada uma assembleia de acionistas da empresa. O comunicado ao mercado diz que os recursos serão usados para a expansão internacional do grupo Éxito - no mesmo dia, a empresa colombiana anunciou a compra do controle das redes de varejo Devoto e Disco, as duas maiores do Uruguai, por US$ 746 milhões. A América Latina, especialmente o Brasil, é atualmente um dos três pilares de crescimento do grupo francês. Mudança de cenário. Nos bastidores do Casino, portanto, já existe um plano B para o uso desse capital. Segundo fontes próximas ao grupo francês, com a mudança do cenário no Brasil, o dinheiro pode virar "munição para guerra", ser usado como uma demonstração de força.  O Casino pode exercer o veto à proposta de fusão com o Carrefour Brasil e antecipar a opção de compra, adquirindo a parte de Abilio Diniz no Pão de Açúcar, dizem essas fontes. "Se ele (Abilio) está tão vendedor, o Casino, então, pode comprar a parte dele. E está mostrando que tem bala na agulha para isso", diz uma fonte.
Com base nesta quinta-feira, 30, a fatia de Abilio valeria aproximadamente R$ 4 bilhões - sendo R$ 2,5 bilhões diretamente e R$ 1,5 bilhões por meio da Wilkes Participações, a holding que controla o Pão de Açúcar compartilhada pelo empresário brasileiro e seu sócio francês.
O Casino ainda não se pronunciou a respeito da proposta de fusão com o Carrefour. Ele só fará isso depois que Abilio, presidente do conselho da Wilkes, convocar a reunião do conselho da holding.  Na quarta-feira, uma fonte disse ao jornal francês Le Figaro, que o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, pediu reunião do conselho da Wilkes. O Estado apurou que se ela não for marcada, o Casino pretende iniciar uma nova batalha jurídica.
Desde que informações sobre negociações entre Abilio e Carrefour vazaram pela imprensa francesa, há pouco mais de um mês, o Casino tem insistido no mesmo discurso - que aposta no Pão de Açúcar e tem compromisso de longo prazo com o Brasil. Mas, na realidade, ele está se preparando para a guerra contra o seu sócio brasileiro. A compra de ações na bolsa nas últimas duas semanas foi orientada pela mesma estratégia. Desde que a disputa começou, o Casino já investiu US$ 1 bilhão para comprar mais de 10% das ações preferenciais do Pão de Açúcar na bolsa.

Novas lojas
Azulca 30.06.2011 - A Lojas Renner, comunicou que dando continuidade ao seu plano de expansão de lojas (Lojas Renner e lojas Blue Steel) inaugurou no dia 29 deste mês uma nova unidade na região sudeste. A nova loja está localizada em Ribeirão Preto, no Novo Shopping Ribeirão e tem área total de aproximadamente 2.988 metros quadrados. A empresa divulgou que para o ano de 2011 estão programadas as inaugurações de outras 21 Lojas Renner e duas lojas Blue Steel.

Frigoríficos brasileiros são mal vistos por investidores, diz HSBC
Exame 30.06.2011 - Custos pressionam as margens das companhias, enquanto o real valorizado intensifica a concorrência e afeta as exportações do setor. Os fracos fundamentos dos frigoríficos brasileiros estão tornando o setor “mal visto” entre os investidores, principalmente por conta da valorização do real, que intensifica a concorrência e afeta as exportações das companhias, além do avanço nos preços das matérias-primas (principalmente do milho e da carne bovina nos EUA) que pressionam as margens das empresas. A avaliação é dos analistas Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain do HSBC, que alteraram suas projeções para a Brasil Foods, JBS Friboi, Marfrig e Minerva. Em relatório, eles sugeriram cautela aos investidores em relação a estas quatro empresas, apesar de que os motivos apresentados para cada uma delas sejam diferentes. “No curto prazo, sugerimos aos investidores que continuem à margem e aguardem por catalisadores fortes, como a aprovação da fusão Perdigão-Sadia, evidências de extração plena de sinergias por parte de JBS e Marfrig em suas aquisições agressivas e sinais de desalavancagem relevante através da geração de fluxos de caixa positivos”, afirmaram. Brasil Foods está atrativa; permanecem incertezas sobre Cade: Na opinião do HSBC, as ações ordinárias da Brasil Foods (BRFS3) continuam atrativas. Em termos de fundamentos, os analistas permanecem otimistas em relação à companhia, especialmente diante dos resultados “espetaculares” observados no primeiro trimestre do ano.
No entanto, pesam ainda as dúvidas que cercam a aprovação da fusão entre a Perdigão e a Sadia pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Diante disso, os analistas atribuíram um preço-alvo de 33,30 reais para os papéis da companhia em 12 meses.
A cifra representa um potencial de alta de 25,66% frente à cotação de 26,50 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação estabelecida é neutra, mesmo apesar empresa registrar melhor performance que o Ibovespa no acumulado do ano.
“Os eventos das últimas semanas aumentaram a possibilidade de desinvestimentos consideravelmente acima das expectativas iniciais. A empresa continua a negociar e a discutir possíveis alternativas para chegar a um consenso com os membros do Cade e obter a aprovação definitiva da fusão”, declararam. “Neste momento, é muito difícil fazer uma estimativa precisa do tamanho dos possíveis desinvestimentos. Para nossa avaliação, assumimos hoje um desinvestimento de 10% da receita (2,6 bilhões de reais) com um efeito de 10% (50 milhões de reais) sobre as sinergias esperadas”, acrescentou. Risco de aquisição e diluição de ações afeta JBS: Apesar da plataforma globalmente diversificada do JBS Friboi (JBSS3) e dos resultados recentes relativamente positivos, com exceção do segmento de aves nos Estados Unidos, o HSBC acredita que as ações da empresa devem ser afetadas, no curto prazo, pelo temor do mercado de que a companhia realize novas aquisições, além da diluição de papéis gerada pela conversão de debêntures do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os analistas Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain atribuíram um preço-alvo de 6,40 reais para os papéis ordinários da companhia em 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 18,95% diante da cotação de 5,38 reais vista no encerramento da última sessão. A recomendação é “neutra”.
Em relatório, eles citaram também o parecer da Secretaria Especial de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Justiça, que sugeriu a aprovação da fusão entre JBS e Bertin com ressalvas. O documento sugere o desinvestimento dos frigoríficos presentes nos estados de Goiás e Minas Gerais. Apesar disso, a companhia ainda aguarda pela aprovação completa do acordo pelo Cade. “É preciso levar em conta que o parecer da SEAE não é vinculante, e sim uma recomendação ao CADE”, lembra o HSBC.
Como potenciais riscos de alta para as ações, o banco indica sinergias maiores que as esperadas com a Bertin e a compra da Pilgrim’s Pride, além da integração de ativos existentes e nenhuma aquisição inesperada.
Alavancagem alta torna a Marfrig a “mais fraca” do setor: A Marfrig (MRFG3) foi classificada pelo HSBC como a companhia “mais fraca” entre as empresas na qual os analistas realizam a cobertura das ações, isso porque a compra da Kleystone – embora tenha sido considerada positiva pelos analistas do banco – trouxe algumas surpresas.
Segundo Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain, a aquisição adicionou peso e alcance global ao perfil da Marfrig, mas também ocorreu durante o período de sinergias com a Seara e o financiamento adicionou ônus de juros “muito significativos” para a empresa.
Com a Marfrig extraindo sinergias “de forma lenta” e as margens operacionais permanecendo fracas, a alavancagem da empresa continuou a aumentar no decorrer do primeiro trimestre do ano. Não apenas isto, a companhia ainda levantou 750 milhões de reais por meio de uma emissão debêntures. Tudo isso afeta a capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa livre.
Apesar da falta de evidências, segundo os analistas, a “Marfrig reconhece esse fato e afirmou que espera divulgar fluxo de caixa livre positivo até o final de 2012”.
Diante deste cenário, o HSBC estabeleceu um preço-alvo de 15 reais para as ações ordinárias da Marfrig até junho de 2012, o que representa uma desvalorização de 2,59% ante a cotação de 15,40 reais alcançada no fechamento de ontem. A recomendação é underweight (alocação abaixo da média do mercado).
Fluxos de caixa negativos ainda afetarão Minerva: Para o HSBC, a Minerva (BEEF3) continuará a crescer a um ritmo de dois dígitos, embora seguirá afetada pela alta alavancagem, possível diluição decorrente da emissão de debêntures conversíveis e a falta de exposição aos produtos processados de margem mais alta. Em relatório, os analistas do banco atribuíram o preço-alvo de 6,10 reais para as ações ordinárias do frigorífico em até 12 meses, o que representa um potencial de ganho de 24,74% frente a 4,89 reais observado no fechamento do último pregão. A recomendação é neutra. “Ao contrário de seus pares, a Minerva focou no crescimento por meio de projetos novos e existentes, em vez de aquisições. Entretanto, em meio ao crescimento robusto, a alavancagem da empresa aumentou substancialmente”, destacam. Para aliviar as preocupações, a Minerva anunciou que o conselho de administração aprovou a emissão de 300 milhões de reais em debêntures conversíveis com vencimento de quatro anos (junho de 2015). “Apesar de as debêntures ajudarem a companhia a reduzir sua dívida bruta de modo geral, as despesas com juros continuam pelos próximos quatro anos e a conversão das debêntures em ações resultarão em diluição significativa para os acionistas existentes”, avalia o HSBC. Os analistas sugerem que a companhia aposte em produtos processados que tende a trazer maiores margens (produtos de valor agregado e geralmente de marca) e que tornam mais fácil para as empresas o repasse dos maiores custos de insumos.

Aurora investe R$ 214 mi este ano em lácteos e abate de suínos
DCI 01.07.2011 - A Aurora Alimentos prevê investir até setembro R$ 214 milhões, principalmente na ampliação de unidades no Mato Grosso e na nova indústria de lácteos que será inaugurada amanhã, em Pinhalzinho (SC). Os aportes chegam a R$ 180 milhões. Em entrevista ao DCI, o presidente da cooperativa, Mário Lanznaster, disse que serão investidos R$ 22 milhões para ampliar uma planta de abate de suínos no Mato Grosso, compensando a suspensão da exportação.

Adiada mudança em norma para leite
Valor 01.07.2011 - O Ministério da Agricultura prorrogou por seis meses a entrada em vigor da próxima etapa da Instrução Normativa nº 51, prevista para entrar em vigor hoje. A legislação determina novos parâmetros de qualidade para produção do leite no país.
A norma exige a redução em 87% da contagem total de bactérias e em 50% a contagem de células somáticas presentes em cada mililitro de leite, segundo o ministério. O limite de contagem bacteriana total, que é de 750 mil Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por mililitro, baixaria para 100 mil UFC/ml. Para as células somáticas, o limite passará de 750 mil células/ml para 400 mil/ml. Em nota, o ministro da Agricultura Wagner Rossi, diz que o "governo está dando um prazo de seis meses para que a cadeia produtiva possa fornecer um produto de melhor qualidade para os consumidores, e para que seja firmado acordo setorial para estabelecer sistema de pagamento ao produtor por essa melhoria de qualidade".
Segundo o ministério, indústrias e entidades do setor argumentam que se a legislação fosse adotada agora, grande parte dos produtores ficaria excluído do mercado. A cadeia propõe a redução gradual dos índices a cada ano até que a meta seja atingida. A indústria aponta ainda como entraves as condições das estradas vicinais, aporte de energia elétrica insuficiente e irregular em algumas regiões, falta de acesso à tecnologia e financiamento para aquisição de resfriadores e de treinamento para pequenos produtores sobre melhoria das condições de ordenha. Um grupo técnico composto por representantes do Ministério da Agricultura, empresas, universidades, Embrapa, Confederação de Cooperativas, da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite (RBQL) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) será formado para estabelecer, em seis meses, os critérios de participação e as responsabilidades dos elos da cadeia produtiva, e propor os parâmetros de qualidade. Ainda que o ministério tenha adiado a entrada em vigor da IN 51, a LBR- Lácteos Brasil, uma das maiores na captação de leite no país, anunciou ontem que colocará em prática, a partir de hoje, o "Sistema de Valorização da Qualidade (SVQ)". O sistema terá como principais critérios de remuneração do produtor aspectos relacionados à qualidade do leite, segundo a LBR. Serão avaliados os teores de proteína e gordura, a Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT). Para isso, mensalmente duas amostras do produto passarão por análise laboratorial, informa a empresa.

Nova fábrica da Femsa será em Itabirito, MG
Valor 01.07.2011 - O presidente da divisão do Mercosul da Coca-Cola Femsa, Miguel Angel Peirano, anunciou ontem a escolha de Itabirito (MG), para a fábrica que irá ampliar de 1,4 bilhões para 2,1 bilhões de litros a capacidade de produção da empresa em Minas Gerais. A engarrafadora tem em Minas somente uma unidade, em Belo Horizonte, que será desativada. O investimento em Itabirito será de R$ 250 milhões, ou US$ 146 milhões. A cidade de tradição mineradora fica entre Belo Horizonte e Ouro Preto. Durante o anúncio, os executivos da empresa procuraram demonstrar tranquilidade diante da possível unificação das atividades dos grupos de varejo Carrefour e Pão de Açúcar no Brasil. "Eles passarão a ser os nossos maiores clientes, mas estamos acostumados a lidar com grandes clientes. Nossa estratégia sempre foi a de manter equilíbrio entre diversos canais de venda e não há porque alterá-la", afirmou o diretor de operações no Brasil, Ricardo Botelho. Segundo Botelho, "esta fusão precisa ser um jogo em que todos ganhem".

Como a Mundial ressurgiu para disparar 550% na bolsa em 2011
Exame 30.06.2011 - Dona das marcas Impala e Hércules, empresa se reaproximou do mercado e dos analistas. A Mundial (MNDL4) roubou a cena na Bovespa no primeiro semestre 2011. Praticamente do nada, a empresa ressurgiu na bolsa brasileira e conseguiu uma valorização de quase 550% no ano. A estratégia foi renovar a comunicação com os investidores e analistas, além de mudanças na estrutura do conselho de administração, como a entrada de conselheiros independentes. O resultado foi a performance estelar dos papéis na bolsa e a conquista de aproximadamente mais 1000 acionistas em 6 meses. O número de negócios por dia, que no começo do ano dificilmente passava de100, hoje está em torno de 30 mil. O volume financeiro saltou de poucos milhares de reais para cerca de 200 milhões de reais. É quase o giro financeiro de uma blue chip. A Mundial e o mercado: A história de reaproximação com o mercado começou após a Mundial concluir, no final do ano passado, o plano de reestruturação da empresa iniciado em 2003. O primeiro passo foi a contração da Compliance, uma consultoria de Relações com Investidores em abril. “Fizemos uma pesquisa com 20 analistas e percebemos que eles não sabiam que a Mundial existia. Achavam que ela ainda era a Eberle e a Zivi-Hércules, empresas que hoje formam a Mundial”, diz Ana Borges, diretora da Compliance. A Mundial então resolveu organizar uma teleconferência com investidores e analistas para apresentar as estimativas da companhia para os resultados do ano, além dos planos de reestruturação da dívida fiscal. “Foi importante para balizar o mercado e fazer com que os investidores entendessem os indicadores que se correlacionam com a atividade da companhia. Desta forma, o analista consegue identificar os fatores que movem as ações”, explica Michael Ceitlin, presidente da Mundial. A participação chegou a 70 pessoas. Após isso, a Mundial visitou cerca de 10 corretoras e bancos e, a teleconferência mais recente, realizada na quarta-feira (29), foi acompanhada por 200 pessoas.
Resultado: A empresa estima que a receita líquida chegue a 410 milhões de reais este ano, um crescimento de 12,2% na comparação com o ano anterior. Para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a expectativa é de um crescimento de 50%, para 55 milhões de reais. No primeiro trimestre de 2011, a Mundial obteve um crescimento de 52% na receita líquida, mas o prejuízo quase dobrou para 6,2 milhões de reais.
Ceitlin afirma que os números são resultado de um excesso de capacidade de produção montado no ano passado e que apostava no ritmo acelerado de crescimento. “Foi aberto um segundo turno na fábrica, mas a demanda foi menor com o aumento dos juros e as medidas do governo para esfriar a economia. Isso nos deixou com um custo implantado”, diz.
Dívida: O maior desafio da Mundial, após reaparecer para o mercado, é a reestruturação das dívidas fiscal e financeira. A dívida fiscal, de aproximadamente 320 milhões de reais, foi criada a partir de uma mudança de interpretação da Justiça sobre o uso de créditos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para exportações que a empresa fez uso no passado. O valor, segundo Ceitlin, já foi renegociado e o pagamento é de longo prazo.
Para ele, a que mais atormenta é a dívida financeira de curto prazo. “É esse o motivo do lançamento do Eurobônus. Hoje a dívida deve estar entre 130 e 160 milhões de reais. Os credores são bancos que financiam o capital de giro da companhia”, conta. A expectativa da Mundial é de arrecadar 100 milhões de dólares com a captação. “Contratamos a consultoria Eurovest e estamos trabalhando na busca do rating e, tão logo o obtenhamos, vamos para a formalização da emissão. Isso deve acontecer nos próximos 90 dias”, destaca.
O bonde já passou?
Depois da expressiva valorização, o que fazer com os papéis? Para Felipe Miranda, analista da Empiricurs Research, este pode não ser o melhor momento para comprar as ações. “Em qualquer métrica de preço, o mercado está em euforia. É um caso de exuberância irracional”, afirma. “Não recomendamos mais a entrada. Pode subir mais, não ignoramos a hipótese, mas o risco não compensa”, completa Miranda.
Nesta quinta-feira (30), os papéis chegaram a subir 32% após a empresa indicar a intenção de aderir ao Novo Mercado, o nível mais elevado de governança corporativa da bolsa brasileira. As ações, contudo, terminaram com uma valorização de 5,56%, negociadas a 1,90 real.

PDG Realty anuncia aquisição do controle da REP
Brasil Econômico 01.07.2011 - PDG passa a deter 54,27% do capital da REP.
A PDG Realty anunciou nesta quinta-feira (30/6) que adquiriu o controle da REP (Real Estate Partners Desenvolvimento Imobiliário).  A REP atua no desenvolvimento e administração de centros de conveniência e serviços, e shoppings centers de porte menor. "Acreditamos que esta é uma aquisição estratégica para a PDG, que aumenta sua atuação no mercado brasileiro de pequenos e médios shopping centers, que possui grande exposição ao crescimento do consumo de varejo no Brasil", afirma a incorporadora em nota.
A aquisição de controle foi feita através de diversas operações societárias e acordos comerciais, entre os quais:
- a PDG deixa de deter participação na LDI Desenvolvimento Imobiliário através de redução de capital;
- a PDG adquire da LDI ações ordinárias de emissão da REP que correspondem a 33,54% do seu capital total e votante a ser pago exclusivamente com créditos recebidos em razão da redução de capital;
- foi deliberado aumento do capital da REP no total de R$ 200 milhões, sendo R$ 100 milhões subscritos pela PDG e R$ 100 milhões subscritos pela LDI.
O aumento de capital proporcionará recursos suficientes para a REP implementar seu atual plano de negócios. Como resultado das operações, a PDG, que já detinha diretamente 25% do capital da REP, passa a ser sua controladora da REP, com 54,27% do seu capital total.
A LDI passa a deter 45,73% do total de ações emitidas pela REP, podendo ceder parte dessa participação para seus acionistas.


Otimismo imobiliário x EZTEC
Azulca 30.06.2011 - Embora para alguns o mercado de imóveis gere pouco otimismo, o contrario pensa a EZTEC, que anunciou ontem o lançamento do empreendimento “Chateau Monet Residence Garden”, localizado em São Paulo (bairro do Horto Florestal). O projeto contará com 8 torres residenciais, totalizando 163 unidades de médio-alto padrão com áreas de 131m² e 105m², com um VGV total de R$ 120,2 milhões.


Omint reage com marketing à compra da Lincx pela Amil
Valor 01.07.2011 - Andre Coutinho, presidente da operadora de saúde Omint, está investindo R$ 3,8 milhões adicionais em propaganda.
Diante da aquisição da sua concorrente Lincx pela gigante do setor de saúde Amil há pouco mais de um mês, a operadora de planos premium Omint iniciou uma campanha publicitária agressiva com investimento de R$ 3,8 milhões, o que vai aumentar em cerca de 60% a verba aplicada em marketing pela companhia este ano, em relação a 2010. No ano passado foram gastos R$ 6 milhões na área. "Acreditamos que fomos beneficiados com essa associação. Hoje, a Lincx tornou-se uma linha de produtos da Amil, que passa a ter um leque completo de produtos. Mas o público premium exige um atendimento diferenciado, não quer ser mais um dentro de um grupo de mais de 5 milhões de clientes", disse Andre Coutinho, presidente da Omint, ao ser questionado se a sua operadora não teme uma concorrência mais acirrada com a Lincx, que agora faz parte de um grupo capitalizado.  A campanha de marketing da Omint tem chamadas um tanto quanto provocativas como, por exemplo, "quando os planos de saúde mudam, é bom contar com um que continua exclusivo." A ação publicitária, que está sendo estampada nos principais veículos de comunicação e na internet, vai durar mais dois meses.  Ainda não se sabe se haverá contra-ataque. A Lincx informou que está aguardando a aprovação da aquisição pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para iniciar a fusão entre Lincx e One Health, plano premium da Amil, e montar a sua estratégia de atuação no mercado.  Coutinho diz que ainda não é possível estimar quantos clientes poderiam migrar para a Omint. "A maior parte da nossa carteira [85%] é de planos corporativos e um contrato não pode ser rompido de forma repentina. Acho que os reflexos começam a aparecer no segundo semestre", afirma. A Omint tem 100 mil beneficiários e atende 2 mil empresas. Nos primeiros cinco meses do ano, a Omint registrou crescimento de 9% na receita quando comparado ao mesmo período de 2010. A meta para este ano é de um faturamento de R$ 630 milhões. Com tíquete médio de R$ 650 para planos empresariais e R$ 800 nos planos individuais, a Omint atua no topo da classe A. Suas concorrentes diretas têm tíquete médio inferior, uma vez que oferecem também planos de enfermaria, além dos mais caros. A Lincx cobra uma mensalidade média de R$ 500 para seus 36 mil clientes e a Care Plus, com 56 mi beneficiários, tem preço médio de R$ 380.

Conselho da Vale aprova OPA para fechar capital da Vale Fertilizantes
Brasil Econômico 30.06.2011 - Estratégia da Vale é se tornar um líder global no negócio de fertilizantes. O Conselho de Administração da Vale aprovou a proposta de oferta pública de aquisição (OPA) de até 100% das ações da subsidiária Vale Fertilizantes em circulação no mercado, visando o posterior fechamento de capital.  A operação compreende o pagamento das ações em dinheiro, ao preço de R$ 25 por ação (tanto ordinária quanto preferencial), representando um desembolso total pela Vale de até R$ 2,22 bilhões. De acordo com o comunicado divulgado nesta quinta-feira (30/6), a cifra de R$ 25 implica em um prêmio de 41% sobre o preço médio dos papéis preferenciais negociados nos últimos 20 pregões. "Nos próximos dias, a Vale apresentará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro da OPA e informará o mercado sobre a divulgação do respectivo laudo de avaliação da Vale Fertilizantes", afirma a nota.

Gerdau em 10º no ranking mundial
Valor 01.07.2011 - Jorge Gerdau: à frente da presidência até 2007, empresário intensificou internacionalização do grupo a partir de 1999. A brasileira Gerdau já faz parte, desde janeiro, dos dez maiores produtores mundiais de aço - um seleto grupo que reúne três companhias chinesas, uma europeia, uma americana, duas japonesas, uma sul-coreana e uma indiana. Mas o ranking oficial, fechado após a compilação de dados das 46 fabricantes de aço com volume anual acima de 3 milhões de toneladas, só foi divulgado ontem em Bruxelas, na Bélgica, pela WorldSteel Association (WSA). A fabricante, que completou 110 anos de atividades em maio, galgou três posições no ranking no ano passado ao obter produção de 18,7 milhões de toneladas e se posicionou em décimo lugar. Em 2009 e anos anteriores, a empresa figurava no 13º lugar. O grupo brasileiro, com capacidade instalada superior a 25 milhões de toneladas, opera em 14 países nas Américas, Europa e Ásia, com uma joint venture na Índia. A maior parte de sua produção ainda sai de fábricas instaladas no Brasil e Estados Unidos. No ano passado, obteve faturamento de R$ 35,6 bilhões.  Tradicional fabricante de aços longos, produto usado na construção civil e em aplicações industriais, o Gerdau é líder desse segmento nas Américas, à frente da concorrente ArcelorMittal. Surgido em 1901, de uma fábrica de pregos em Porto Alegre (RS), o grupo detém ainda liderança no segmento de aços especiais. Aí, compete com grupos asiáticos e europeus no fornecimento de aço para o setor automotivo.  A listagem da WSA com os maiores produtores do ano passado mostra o Gerdau à frente de companhias tradicionais do setor e que já estiveram entre as dez maiores do mundo. Entre elas, a alemã ThyssenKrupp e a italiana Riva. Também superou a americana Nucor, a japonesa Sumitomo, as chinesas Wuhan e Shougang e as russas Severstal e Evraz. A fase mais agressiva de internalização da Gerdau ocorreu a partir de 1999. Foi quando fincou bases nos Estados Unidos ao fazer uma grande aquisição local, sob o comando de Jorge Gerdau. O empresário, desde janeiro de 2007, transferiu a presidência executiva ao filho André Gerdau e permaneceu apenas como presidente do conselho, ao lado de três irmãos, como vice-presidentes.  No ranking da WSA, estão à frente do conglomerado brasileiro a líder mundial ArcelorMittal - fez 98,2 milhões de toneladas em 2010 -, seguida pela chinesa Baosteel, com 37 milhões de toneladas. Na sequência estão a sul-coreana Posco (terceira), as japonesas Nippon Steel e JFE, a chinesa Jiangsu Shagang, a indiana Tata Steel (comandada pelo empresário Ratan Tata), a americana U.S. Steel e outra chinesa, a Ansteel.
Com 45 mil empregados no mundo e listado nas bolsas de São Paulo, Nova York e Madri, o Gerdau começa a dar passos mais firmes para ganhar peso no mercado de aços planos. Além do Brasil, aonde é produtor de placas (na usina da Açominas), tem uma operação no Peru e participação em uma laminadora nos EUA. Mas seus projetos visam ser um importante grupo nesse segmento, considerado o mais nobre da indústria mundial do aço.
O grupo, que iniciou sua internacionalização em 1980 pelo Uruguai, é o segundo maior produtor de aço bruto (longos, especiais e planos) do Brasil com cerca de um quarto da produção total de 2010. Tem à frente a ArcelorMittal, com quem disputa palmo a palmo o mercado de aços longos. Usiminas e CSN foram ultrapassadas há alguns anos. Até 2015, o grupo prevê investir R$ 11 bilhões, a maior parte no país.

Petrobras
Folha 01.07.2011 - A capitalização da Petrobras, que consumiu R$ 22 bilhões, fez a participação da petrolífera na carteira de participação da empresa atingir 46,9%. Mas, nesse caso, o BNDES e sua subsidiária foram envolvidos na operação para que o Tesouro pudesse ampliar o esforço fiscal em 2010, e não por razão estratégica de investimento.
Segundo fonte familiarizada com a política do banco, essa atitude agressiva da BNDESPar é lucrativa para o BNDES: a subsidiária responde por 22% dos ativos do banco, mas por 55% do lucro. A carteira de investimentos da empresa, considerando as participações societárias, debêntures e fundos, apresenta concentração nos setores de petróleo e gás (36,5%), mineração (21,2%), energia elétrica (11,7%), alimentos (9,8%), telecomunicações (4,4%) e papel e celulose (4,3%).

Novo leilão da ANP para exploração de petróleo será adiado
Folha 01.07.2011 -Edital depende de autorização de Dilma; disputa estava prevista para setembro. O leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo) será adiado novamente. A 11ª Rodada, que prevê áreas com potencial de exploração de petróleo e gás, não poderá ser no dia 12 de setembro, data desejada pela agência. O edital ainda não foi publicado. Para isso, depende de autorização da presidente Dilma Rousseff. Existe um prazo necessário de quatro meses entre o lançamento das condições do leilão e a data de realização, para que sejam feitas audiências públicas e os preparativos. "Isso é absolutamente inédito. Nunca se demorou tanto a publicar o edital depois do CNPE autorizar", disse, à Reuters, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima. O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) ressaltou desejar que a rodada seja feita ainda neste ano. "O CNPE é órgão assessor. Ela [a presidente] quer examinar pessoalmente aquilo que foi decidido. A Rodada será neste ano. Se ela decidir em uma semana, por exemplo, fazemos neste ano." A 11ª Rodada foi aprovada pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) no dia 28 de abril. Foi autorizado o leilão de 174 blocos exploratórios em nove bacias sedimentares na margem equatorial brasileira, dos quais 87 blocos em terra e 87 no mar.
Refinarias: Lobão disse também que o plano de construção de refinarias não será afetado pelo corte nos investimentos da Petrobras. Lembrou que o país importa combustíveis por falta de refinarias. A demora na aprovação do novo Plano de Negócios da Petrobras se deve à necessidade de rearranjo no que será cortado. Lobão disse que a Petrobras fez um corte de 10% -"US$ 20 e poucos bilhões"- que havia sido solicitado há três semanas.
"Foi pedida uma reavaliação de onde cortar", afirmou.
Lobão declarou ainda que a alíquota dos royalties da mineração pode ser dobrada. A mudança está em estudo.

Nova estatal pode surgir após acordo do pnbl
DCI 01.07.2011 - Depois da queda-de-braço entre o governo federal e operadoras de telefonia como Telefônica e Oi, foi oficialmente fechado o acordo para oferta de banda larga de 1 megabit por segundo a R$ 35 no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Ontem o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que parece ter costurado o entendimento entre a iniciativa privada e o governo de Dilma, anunciou que a Eletrobras poderá se associar à Telebrás para ofertar banda larga em todo o Brasil, e assim aumentar a competição no setor. A ideia, porém, é que as duas estatais possam constituir uma empresa para fazer oferta de banda larga no atacado.  O prazo para a criação da estrutura societária teria de ser antes do período dado pelo ministério para se iniciar o PNBL: três meses. O acordo das empresas e do governo se deu depois de a presidente Dilma Rousseff ceder à pressão das teles e concordar em retirar a obrigação das empresas de garantirem no mínimo 40% de velocidade contratada, como havia pedido um dia antes. A jogada aponta que Dilma ganhou tempo ao exigir da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a aprovação, até 31 de outubro deste ano, dos regulamentos para a aplicação de sanções caso as operadoras descumpram as metas.

Governo e operadoras fecham plano de internet
Folha 01.07.2011 - Empresas farão ofertas comerciais em 90 dias. Até a Copa do Mundo de 2014, todos os municípios brasileiros terão acesso à internet de alta velocidade, pela promessa do Plano Nacional de Banda Larga. O serviço, fechado ontem entre o governo federal e as concessionárias de telefonia fixa Telefônica, Oi, Sercomtel e CTBC, começa a ser ofertado em até 90 dias. A exigência é que as empresas ofereçam um plano de R$ 35 com a internet em velocidade de 1 Mbps (megabit por segundo), conforme a Folha antecipou ontem.
Não há, porém, nenhuma garantia de que essa velocidade será entregue nos domicílios dos consumidores. Atualmente, as empresas vendem uma velocidade máxima e se comprometem a entregar 10% desse total. A presidente Dilma Rousseff queria um compromisso de que a internet no âmbito do plano teria pelo menos 70% da velocidade contratada.
Como esse era um dos pontos mais polêmicos na negociação, o governo deixou a questão para a Anatel. Convocado anteontem ao Planalto, o presidente da agência reguladora, Ronaldo Sardenberg, se comprometeu a votar dois regulamentos sobre a qualidade da internet até o fim de outubro. Segundo o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), apesar de R$ 35 ainda ser valor alto (no início, o governo falava em R$ 15), é a metade do cobrado hoje na média.
"Nós achamos que isso vai ser muito atraente. [Para quem não puder pagar,] o governo terá política para universalizar o acesso." A Telefônica afirmou que, até o fim do ano, o produto será oferecido em 230 municípios dos 622 em que atua, o que inclui 89% da população do Estado do São Paulo.

Elétricas movimentam R$ 9 bi em fusões e aquisições no ano
Valor 01.07.2011 - O setor elétrico vive neste ano uma intensa fase de fusões e aquisições. Somente nos primeiros seis meses de 2011, foram realizados dez negócios que movimentaram em torno de R$ 9 bilhões. O número de operações e os valores transacionados já superam todo o volume de 2010. Para este segundo semestre é esperada uma nova onda de negócios levando em conta as operações já em andamento.
A Eletrobras estuda comprar participação da Energias de Portugal (EDP), a Light estuda entrar na Renova, a GDF Suez e a Duke Energy negociam uma união de ativos na América Latina e a CPFL estuda comprar térmicas do grupo Multiner.  Os grupos estrangeiros, como a EDF anunciou na quarta-feira, têm também mostrado grande interesse no país. "Temos um índice de quase dois celulares por habitante no Brasil e um dos consumos de energia, per capita, mais baixos do mundo", diz a professora de pós-graduação do Instituto de Eletrotécnica da Universidade de São Paulo e membro da Câmara de Comércio Americana, Virgínia Parente. "O consumo de energia vai crescer e os retornos no país são atraentes, principalmente em geração, em que os preços são travados no longo prazo." Uso político de distribuidoras, boa parte estatal, ainda é entrave na consolidação deste segmento. Na área de distribuição, a consolidação ainda pode levar algum tempo para se concretizar, apesar de a maior aquisição do ano ter acontecido justamente neste setor. Hoje são 64 distribuidoras no país que pertencem a 30 diferentes grupos. O uso político destas empresas de distribuição, que chegam em praticamente todas as residências do país, ainda é considerado um entrave. Boa parte ainda é estatal e os governos estaduais não têm demonstrado interesse em privatizações. As que não são privadas, como as empresas do grupo Neoenergia, enfrentam a questão política enraizada em estados como Pernambuco e Bahia. Os dois sócios da empresa estudam uma separação dos ativos. A expectativa é que a reestruturação da Neoenergia, em conjunto com a reestruturação da CPFL, ambas com participações relevantes do fundo de pensão Previ, seja o maior negócio do ano. Enquanto isso não acontece, a grande aquisição já anunciada fica por conta de um dos sócios da Neoenergia: o grupo espanhol Iberdrola. A empresa adquiriu a Elektro, em janeiro. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), a operação chegou a R$ 4,8 bilhões.  Os negócios se intensificaram no segundo trimestre, principalmente em ativos de geração de energia alternativa. Os anúncios surgiram de toda parte. A CPFL comprou a Siif Energies e fundiu os ativos de renováveis com a Ersa, do Pátria. A estatal do Paraná, a Copel, também comprou eólicas e a Rio Bravo Investimentos anunciou seu primeiro aporte no setor, com uma parceria firmada com a Orteng, que inclui a compra de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
O grupo MPX, do empresário Eike Batista, também protagonizou grandes movimentos. O BNDESPar, o Gávea Investimentos e o próprio Eike vão aportar mais de R$ 1 bilhão na companhia. Além disso, a empresa anunciou recentemente a compra de térmicas do grupo Bertin. Em transmissão, a Cemig continua movimentando o mercado. A empresa comprou em 2009 a Terna, de um grupo italiano e perdeu a Plena Transmissoras para os chineses da State Grid, no ano passado. Mas a empresa voltou à carga e anunciou recentemente a aquisição de participação relevante em sociedades de propósitos específicos, donas de ativos de transmissão, do grupo espanhol Abengoa, por cerca de R$ 1 bilhão.
Outro negócio que deve ser realizado logo é a venda de 14% de ações da Energias do Brasil, que pertencem à EDP. O grupo português seguirá como majoritário da empresa no Brasil. De qualquer forma, o novo governo português ainda decide sobre a privatização da empresa em Portugal, que interessa à Eletrobras.  Outro grande negócio esperado é o da GDF Suez e Duke Energy. Ontem, o presidente mundial da Duke, Jim Rogers, disse em entrevista à Dow Jones Newswires que não vai vender seus ativos na América Latina. Mas a negociação, em regime de exclusividade, não se trata de compra e venda de ativos e sim de uma união com a Suez, como informou o Valor esta semana. Para a comissão de valores mobiliários americana não foi repassada nenhuma informação oficial.

Octo, formada por sócios da Link, lança home broker
Valor 01.07.2011 - Giangrande e Mônica, da Octo: meta é terminar este ano com 20 mil investidores e, em três anos, chegar a 50 mil. A Octo Investimentos, corretora formada pelos sócios da Link, lança seu serviço de negociação via internet de ações dia 8. Batizado de "rico.com.vc", o home broker começa com 12 mil clientes originários da Link e um volume de R$ 50 milhões negociados por dia, colocando a recém-criada corretora (que começou a operar no dia 24) entre as maiores do mercado de home broker.  A Octo foi criada pelos sócios da Link Norberto Giangrande, os irmãos Marcello e Daniel Mendonça de Barros - filhos do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros - e Frederico Meinberg, depois da venda da corretora para o suíço UBS. Como o banco suíço não se interessou pela área de varejo da Link, os sócios entraram com pedido para abertura de uma corretora voltada para home broker. "Não vamos concorrer com o UBS, que ficará com a área de clientes institucionais e pessoas físicas de alta renda", diz Giangrande, diretor da Octo. Os outros sócios seguem como diretores da Link e não participarão da gestão da nova corretora.  A criação da Octo foi aprovada pelo Banco Central (BC) em abril e a autorizada pela BM&FBovespa a funcionar em 13 de maio. Teve então de passar por um período de testes e cumprir as exigências do Programa de Qualidade Operacional (PQO) da bolsa, antes de entrar em operação. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a bolsa exigiram ainda que todos os 15 mil clientes da Link fossem consultados antes da migração. "Normalmente, se fazia a migração e depois dava-se um prazo para o cliente se manifestar se queria continuar ou não, mas o procedimento mudou", afirma Giangrande.  A exigência de consulta obrigou a equipe da Octo a entrar em contato com todos os clientes da Link em 30 dias. "Ligamos, mandamos e-mails, telegramas, cartas, procuramos os clientes inclusive nos fins de semana", conta Mônica Saccarelli. Ela e Ricardo da Costa Moraes Filho dividirão o comando da Octo com Giangrande e serão sócios minoritários. O resultado é que a corretora começou a operar no dia 22 com 12 mil clientes ativos. "Ficamos contentes, os clientes quiseram ficar conosco", diz Mônica. Além dos investidores, a Octo receberá 30 dos 65 clubes de ações que eram da Link. Outros cinco, de alta renda, ficaram com o UBS e 30 se transferiram para outras corretoras. A meta de Giangrande é terminar este ano com 20 mil clientes e, em três anos, chegar a 50 mil. "É um número razoável considerando as estimativas de crescimento da bolsa", diz. A proposta da Octo segue a linha de oferecer educação financeira e de mercado para conquistar investidores novatos. "Queremos ajudar o cliente a aprender a investir, preparar sua aposentadoria com ações, não apenas fazê-lo girar a carteira, como num jogo, para pagar mais corretagem como outras corretoras fazem", diz. O público-alvo são pessoas entre 25 e 40 anos que não conhecer o mercado acionário, mas querem aprender. "Já demos cursos para quatro mil pessoas este ano, oferecendo uma promoção em um site de desconto que baixou o custo do curso para R$ 44". Desses alunos, em geral 25% se tornam investidores, estima Mônica.  Junto com os clientes, a Octo herda da Link os 25 escritórios regionais, formados por agentes autônomos. A corretora pretende manter também as tarifas, de R$ 9,80 por operação, R$ 8 para opções e R$ 4,40 no mercado acionário. "Não adianta baixar muito mais a tarifa, o cliente não quer só preço, quer um serviço de qualidade", diz Giangrande.  A corretora terá ainda as análises gráficas do veterano Márcio Noronha e de Fernando Góes e mais dois analistas fundamentalistas que traduzirão relatórios e notícias para os investidores e definirão uma carteira recomendada. Ainda na linha de auxílio aos novatos, haverá um espaço chamado "Operando com Você", em que o cliente será auxiliado a comprar e vender por um professor, das 10 às 17 horas. "Ele usará as recomendações do Márcio e do Fernando", diz Mônica. A proposta da corretora é caminhar para um portal de investimentos, com fundos de terceiros, diz Giangrande.
A Octo pretende ir além das aplicações e quer discutir o conceito de riqueza com os clientes, explica Giangrande. "Em alguns momentos da vida, precisamos mais do que dinheiro para nos sentirmos ricos", afirma. Para isso, terá uma página no site intitulada "Com Você", onde um especialista em algum tema conversará com os investidores sobre qualidade de vida, hobbies, e escolherá músicas que serão ouvidas pela internet na "Rádio Rico". A corretora fez também um acordo com a Run & Fun, organização que reúne cinco milhões de corredores de rua - 500 mil deles investidores potenciais. "Patrocinaremos seis encontros em São Paulo, Rio e Belo Horizonte", diz Mônica. O lançamento oficial da Octo e do "rico.com.vc" será na sede da Bovespa, no dia 8 pela manhã, com a presença de Pelé, garoto-propaganda da bolsa, e Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa. Haverá também uma palestra do consultor Gustavo Cerbasi.

ALL vai ampliar atuação em rodovias
Valor 01.07.2011 - Depois de criar a Brado Logística no ano passado, focada em movimentação de contêineres, a América Latina Logística (ALL) diversifica ainda mais sua atuação, com a criação da Ritmo Logística. Focada no modal rodoviário, a empresa nasce com 65% do capital sob propriedade da ALL e 35% da Ouro Verde (transportadora e locadora com sede em Curitiba). O objetivo inicial é abocanhar os negócios oriundos da demande de transporte entre rodovias e ferrovias. A ALL já atua nesse segmento, mas de forma tímida: o modal rodoviário representa cerca de 3% de sua receita bruta e 1% de seu Ebitda. Com a criação da Ritmo, a ALL quer elevar esses números. "Existe um grande mercado rodoviário no entorno da malha da ALL tendo como origem ou destino a ferrovia. Atualmente, esse mercado é pouco explorado pela companhia, havendo um potencial de faturamento muito maior", resume Paulo Basílio, presidente da ALL, ao Valor. Do giro operacional da ALL e da Ouro Verde, a empresa herda uma receita bruta de R$ 270 milhões. Segundo Marcelo Mokayad, presidente da Ritmo, a expectativa é multiplicar esse faturamento por cinco nos próximos anos. A nova empresa nasce incorporando ativos e operações de ALL e Ouro Verde. Da primeira, serão 325 caminhões, trucks e cavalos. Da Ouro Verde, 373 (de um universo de 15 mil, segundo o presidente da transportadora, Karlis Kruklis). O aporte financeiro de cada companhia será de R$ 3 milhões, além de aportes recebíveis que totalizam R$ 15 milhões, sendo R$ 9,8 milhões da ALL e R$ 5,3 milhões, da Ouro Verde. Segundo os diretores de ambas as companhias, a Ritmo nasce sem dívidas. Os eventuais passivos anteriores à criação da nova empresa permanecem com os respectivos acionistas. "Já nascemos como uma das grandes no setor. A geração de valor para esse negócio vai se alavancar muito mais nos próximos anos", diz Mokayad. A Ritmo já tem em seu portfólio clientes como Bayer, Guardian, GM, Iveco, White Martins, AmBev, Nestlé, Heineken, Peróxidos e Kraft Foods.  A Ouro Verde foi procurada há cerca de oito meses pela ALL para o novo projeto. Com 38 anos de atuação, realiza serviços relacionados às áreas de logística (transporte cargas secas, líquidas, além dos setores de vidros, papel, celulose, alimentos e bebidas), locação de veículos, equipamentos e serviços. Trabalha com exportação e importação de cargas para a Argentina (onde a ALL tem concessões ferroviárias), além de Chile, Paraguai e Uruguai.  Em 2010, a unidade rodoviária da ALL apresentou receita bruta de R$ 106,6 milhões e Ebitda, de R$ 12,9 milhões. Já a Ouro Verde apresentou receita bruta de R$ 169,9 milhões e Ebitda, de R$ 16,7 milhões.

América Latina Logística x Ouro Verde
Azulca 30.06.2011 - A América Latina Logística S.A. celebrou, no dia 30 deste mês, contrato de associação com a Ouro Verde Transporte e Locação S.A., o objetivo é estabelecer uma associação estratégica, por meio da constituição de uma nova sociedade denominada Ritmo Logística, que consolidará as operações de transporte rodoviário da ALL Intermodal e da Ouro Verde, a partir de 1º de julho de 2011. A Ouro Verde é uma empresa paranaense com atuação no setor de transportes e logística. Em 2010 a empresa faturou R$ 517 milhões e obteve receita de R$ 447 milhões. Existem rumores de que a empresa tenha contratado um banco de investimento para coordenar um IPO para o próximo ano. Para o ano de 2011 a empresa planeja investimentos na ordem de R$ 350 milhões.


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