quarta-feira, 6 de julho de 2011

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Daily News


Tigre prepara IPO bilionário

Exame 06.07.2011 - A fabricante de tubos e conexões Tigre vai abrir seu capital na bolsa de valores de São Paulo. Após um processo de seleção, a empresa contratou BTG Pactual, Morgan Stanley e Deutsche Bank para estruturar seu IPO. A ideia é levantar cerca de um bilhão de reais com a emissão de ações. Impulsionada pela forte expansão do mercado brasileiro de construção, a Tigre cresceu 17% em 2010, atingindo um faturamento de 2,6 bilhões de reais. O lucro foi de 165 milhões de reais, 23% maior que no ano anterior. Para 2011, a companhia projeta um crescimento de 10%.
A Tigre venderá aos investidores um plano de crescimento audacioso. O objetivo de seus controladores é levar o faturamento da empresa dos atuais 2,6 bilhões de reais a 5 bilhões até 2014. Procurada pelo Faria Lima, a empresa afirmou que “vem analisando todas as alternativas disponíveis no mercado como forma de obter os recursos necessários para cumprir o seu planejamento estratégico”.

Presidente da Net defende regulamentação do mercado de TV por assinatura

Agência Brasil 06.07.2011 - O presidente da operadora de TV a cabo Net, José Antonio Félix, disse nesta terça-feira (05) que espera a aprovação do projeto de lei que abre o mercado de TV por assinatura para as operadoras de telefonia, acaba com restrições para o capital estrangeiro no setor e impõe cotas e horários de exibição de conteúdo nacional. A proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados, está na pauta do Senado Federal, tramitando em regime de urgência, e pode ser votada ainda esta semana. “Espero que haja a votação e que [o projeto] passe. O projeto vai trazer para nós a possibilidade de acertar a questão do capital estrangeiro”, disse. No entanto, Félix criticou o regulamento da TV a cabo, que foi posto em consulta pública pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Estamos bastante preocupados, mas o fato de haver uma consulta pública mostra que a Anatel quer ouvir e nós, com certeza, vamos dar sugestões. A gente vai ter que consertar esse regulamento sim, porque ele tem problemas”. Entre as propostas criticadas pela empresa está a que estabelece metas mais rigorosas de cobertura para empresas que têm maior poder de mercado. “Somos radicalmente contra essa ideia que penaliza quem vem trabalhando de forma forte e constante em prol de outras empresas que terão metas muito mais folgadas”, reclamou o executivo. Ele também criticou o preço de R$ 9 mil proposto pela agência reguladora para novas outorgas de TV a cabo. “A Net pagou muito quando entrou nesse mercado. Por que agora vamos ter uma concorrência quase sem regras?”. Segundo Félix, o regulamento proposto pela Anatel não pode se sobrepor à Lei do Cabo, que já estabelece as regras para o setor. O executivo esteve hoje (05) em Brasília para participar do lançamento de um novo produto da operadora.

Com pré-sal, bacia de Santos dá salto de produção

Folha 06.07.2011 - Com o início dos testes no pré-sal, a bacia de Santos teve um salto de produção e passou a ser a segunda principal produtora do país.  Em fevereiro, Santos era apenas a quinta área de produção, com 63 mil barris de petróleo e gás diários, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo). De lá para cá, a produção deu um salto de 106% e fechou maio em 130 mil barris de petróleo e gás por dia --96 mil barris por dia de petróleo e 5,4 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Ao mesmo tempo, a produção de petróleo nos campos do pré-sal dobrou, passando de 62,8 mil barris por dia em fevereiro para 128,1 mil barris em maio. Dos sete poços do pré-sal em atividade, seis estão entre os 30 mais produtivos do país. Três dos sete poços estão em Santos, e respondem pela metade da produção na nova área exploratória --quatro estão em Campos.  O potencial do pré-sal pode ser medido pela produtividade dos poços. Um dos poços em Lula, no bloco BM-S-11, já é o maior produtor do país, com 28,4 mil barris de óleo por dia. Em termos de barris de óleo equivalente, que inclui gás natural, o poço de Lula também lidera, com 36,3 mil barris de petróleo e gás. As reservas de Lula são estimadas em, pelo menos, 6,5 bilhões de barris. São as maiores do país, representando quase a metade das reservas totais provadas do Brasil. Superou ES e Solimões: Pela primeira vez, Santos superou as bacias do Espírito Santo e do Solimões.  A principal região produtora segue sendo a bacia de Campos, com 1,9 milhão de barris de óleo e gás por dia.  A bacia do Espírito Santo é a terceira maior produtora, com 109 mil barris de petróleo e gás por dia, seguida pela do Solimões (região Norte), com 106 mil barris por dia.  A previsão é que Santos se consolide no posto de segunda bacia produtora do país e, no final da década, atinja nível de produção em patamar semelhante ao de Campos.  "O filé mignon do pré-sal está em Santos, e será questão de tempo para que a bacia ultrapasse Campos e se torne a maior produtora do país", afirma Cláudio Serra, especialista do Centro de Estudos em Infraestrutura. A ANP aponta que a produção de petróleo e gás em maio chegou a 2,491 milhões de barris por dia, com alta de 1,88% ante abril.

 

Aliansce construirá hotel e prédio comercial no Caxias Shopping

Valor 06.07.2011 - A Aliansce assinou com a João Fortes e a Performance Empreendimentos Imobiliários um acordo de permuta para construção de uma torre comercial e um hotel no Caxias Shopping, em Duque de Caxias, na baixada fluminense. Em troca de fração ideal do terreno, a Aliansce e o seu sócio no empreendimento receberão da João Fortes e da Performance um estacionamento com cerca de 700 vagas de estacionamento e a estrutura da expansão do shopping, cujas benfeitorias são estimadas em R$ 32,2 milhões, além de uma parcela em dinheiro, de R$ 1,3 milhão até a assinatura da escritura. O projeto prevê uma torre com 540 salas comerciais e um hotel com 200 quartos a ser administrado pela Accor, com um volume geral de vendas (VGV) estimado em R$ 125 milhões. A inauguração prevista de todo o complexo é para o segundo trimestre de 2015. Com isso, a Aliansce pretende aproveitar o potencial construtivo do terreno, gerar sinergias e fortalecer o movimento do shopping. “Acreditamos que este projeto aumentará a atratividade do shopping, tornando-o o mais importante centro de comércio e lazer do município”, afirma a companhia em comunicado.
Este é o terceiro acordo desse tipo assinado pela Aliansce. A empresa já fez parcerias semelhantes no Via Parque e no Carioca Shopping, com a PDG e com a RJZ Cyrela, respectivamente.
O Caxias Shopping foi inaugurado em novembro de 2008 e possui 25.559 metros quadrados de área bruta local, com 160 lojas. A Aliansce possui 40% do shopping e é responsável pela administração e comercialização.

Rede Accor abre hotel de seu seguimento de luxo em São Paulo

Exame 06.07.2011 - O lançamento faz parte da estratégia de desenvolvimento internacional da marca Pullman. Em 2011, a marca deve se estabelecer em seis novos países. A Pullman, marca de hotelaria de luxo do grupo Accor, anunciou nesta quarta-feira em um comunicado a abertura de seu primeiro estabelecimento em São Paulo, como parte de sua estratégia de desenvolvimento internacional. Em 2011, a marca deve se estabelecer em seis novos países, sendo que em três a rede já abriu hotéis, (Brasil, Nova Zelândia e Holanda). Índia, Indonésia e Vietnã virão em seguida até o final do ano. A rede dá prosseguimento ao seu "forte desenvolvimento na China com quatro novas inaugurações até o final do ano, elevando para 12 o número de estabelecimentos Pullman nesse país." No final de 2011, este seguimento da Accor, relançado em 2007, reunirá 70 hotéis no mundo. O objetivo é chegar aos 150 estabelecimentos. A Pullman anunciou também que inaugurará em breve um outro hotel da marca em Belo Horizonte. O objetivo é abrir um hotel em cada uma das principais cidades da América Latina nos próximos anos. No Brasil, o grupo Accor já conta com mais de 140 hotéis do nível econômico ao luxo. A Accor, 5º maior grupo hoteleiro do mundo, fechou 2010 com 507.306 quartos (4.229 hotéis).

Vendas da Direcional Engenharia crescem 28,5% no 2º trimestre

Folha 06.07.2011 - As vendas contratadas da incorporadora e construtora Direcional Engenharia somaram R$ 171,07 milhões no segundo trimestre. O valor superou em 28,5% os R$ 133,17 milhões obtidos pela empresa no mesmo período de 2010. Os lançamentos da Direcional somaram R$ 287,98 milhões em valor potencial de vendas no período, valor 81,7% maior do que os R$ 158,45 milhões obtidos pela empresa no mesmo período de 2010. A companhia lançou 2.293 unidades no período. Na prévia operacional, divulgada hoje, a Direcional excluiu os lançamentos para a faixa de zero a três salários mínimos do programa Minha casa, Minha vida, do governo federal. Caso esses empreendimentos fossem considerados, as vendas do segundo trimestre de 2010 somariam R$ 323,77 milhões e os lançamentos R$ 349,043 milhões. A companhia também informou que excluiu das contas de abril a junho de 2011 os R$ 131,29 milhões da aquisição, realizada em maio, de participações no parque Ponta Negra, em Manaus (AM).

Para Naouri, proposta de Diniz é expropriação de ativos do Casino

Valor 06.07.2011 - O presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, criticou pela primeira vez os aspectos operacionais da proposta feita por Abilio Diniz para a fusão entre Pão de Açúcar e os ativos do Carrefour no país. Para o executivo francês, o projeto de Diniz tem “uma visão estratégica errada” por aumentar a participação dos hipermercados no mix de lojas e por concentrar a internacionalização na Europa. Em entrevista ao Valor, Naouri afirmou que a proposta que considera a criação do Novo Pão de Açúcar (NPA), empresa que teria 50% de participação no Carrefour Brasil, com direito ainda a 11,7% do Carrefour na França, é nociva em termos de sustentabilidade do negócio. Segundo ele, a exposição no setor de hipermercados é o principal ponto que levou o Carrefour a “uma situação muito difícil”. “Com essa proposta da fusão, vai surgir uma empresa maior, mas de crescimento orgânico menor”, disse Naouri. Além disso, o presidente do Casino explicou que a fusão com o Carrefour traria uma “má internacionalização” ao Pão de Açúcar, uma vez que aumentaria a exposição a ativos na Europa, uma região que ainda não se recuperou totalmente depois da crise financeira de 2008. “Se tiver que haver uma internacionalização, tem que ser sobre países de vasto crescimento, que são os países emergentes”, criticou Naouri. O presidente do Casino disse ainda que veio ao país para se encontrar com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, de forma a mostrar que a proposta de Diniz significa a “expropriação” dos ativos do Casino no país. “Foram essas mensagens que transmiti ao presidente do BNDES. Disse que a proposta de Abilio Diniz equivalia a uma expropriação, pela diluição que ele impôs ao Casino. Volto a dizer que não é aceitável”, disse Naouri.  O executivo francês lembrou a Coutinho que o Casino investiu, desde 1999, US$ 2 bilhões no Brasil. Naouri frisou que, em 2005, o grupo fez um aporte de US$ 800 milhões no Pão de Açúcar, com base na confiança de que “o Brasil era um Estado de direito, onde os contratos eram respeitados”.

AES Eletropaulo rebate críticas sobre investimentos

Exame 06.07.2011 - Investimento da fornecedora de energia elétrica está muito aquém do lucro da empresa, segundo seus críticos. Lucro líquido apurado foi de R$ 754 milhões, dos quais R$ 456 milhões foram reinvestidos na empresa. O presidente do grupo AES no Brasil, Britaldo Soares, rebateu as críticas de que os investimentos da AES Eletropaulo, distribuidora de energia elétrica do grupo na Grande São Paulo, estariam muito aquém do lucro obtido pela sua empresa nos últimos anos. "Houve determinado período de volatilidade de resultados. Nos últimos três anos, a Eletropaulo teve lucros de eventos específicos, como ganhos de causas", explicou. Nesse período, houve recebimento de indenizações e até vendas de ativos, como a EP Telecom, em 2010, em atendimento à determinação da própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além da implantação do novo padrão contábil internacional, denominado IFRS, aplicado ao balanço da empresa por determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em 2008, por exemplo, o lucro da companhia foi de R$ 1,027 bilhão, mas como R$ 273 milhões foram resultantes de eventos não recorrentes. Dessa forma, o lucro líquido apurado foi de R$ 754 milhões, dos quais R$ 456 milhões foram reinvestidos na companhia. Em 2009, do lucro de R$ 1,157 bilhão, o lucro líquido foi de R$ 689 milhões, desconsiderando eventos não recorrentes; o investimento foi de R$ 515 milhões. No ano passado, do lucro aferido de R$ 1,343 bilhão, o lucro líquido foi de R$ 836 milhões e foram investidos R$ 682 milhões. O lucro oriundo de receitas não recorrentes somou R$ 512 milhões. Segundo Soares, a companhia faz um planejamento de investimento para um período de cinco anos, que é revisado e ajustado periodicamente. Para 2011, a AES Eletropaulo está empenhando mais R$ 120 milhões além do previsto para adicionar 150 posições no call center da distribuidora. Segundo o executivo, outras ações para facilitar a comunicação dos clientes com a empresa estão sendo implantadas, como a opção de contato por mensagem de texto pelo celular (SMS). Além disso, o executivo afirmou que a empresa prevê a contratação de 300 atendentes, que serão acionados em dias de crise.

 

CTEEP x Interior de SP recebe R$ 341 mi em transmissão de energia
Folha 06.07.2011 - A CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) investirá, por meio da sua subsidiária IE Pinheiros, R$ 341 milhões na construção de cinco subestações e uma linha de transmissão de energia. Todas as unidades ficam no interior de São Paulo, principalmente na região noroeste do Estado, e já estarão em funcionamento no início do ano que vem. "Com essas novas estações, nossa receita anual crescerá em R$ 21 milhões", afirma o presidente da companhia, César Ramírez. Na cidade de Mirassol, a empresa vai duplicar a capacidade de energia elétrica disponível, segundo Ramírez. Os principais fornecedores dos transformadores de alta tensão das cinco novas unidades, que atenderão 2,4 milhões de pessoas, são Siemens e Areva. A construção das subestações foi definida após vitória da companhia em leilão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2008. Até o final deste ano, serão inauguradas mais duas estações em São Paulo, nas cidades de Jandira e Salto, que foram construídas pela Interligação Elétrica Serra do Japi, outra subsidiária da CTEEP. Os investimentos foram de R$ 167 milhões. "Atuamos em 12 Estados, mas, até pela origem da empresa, nosso foco é São Paulo", diz Ramírez. A CTEEP surgiu como resultado da cisão de ativos da Companhia Energética de São Paulo, em 1999.

EDP abre caminho à Eletrobras

Valor 06.07.2011 - O conselho de ministros do governo português aprovou ontem um decreto-lei que acaba com os direitos especiais do Estado na EDP, a empresa de eletricidade de Portugal. Com o fim dessa 'golden share', o caminho fica aberto para que a participação do governo, de 25,7%, seja vendida e com isso a Eletrobras poderá voltar a negociar a compra da empresa. A estatal brasileira já fez toda a análise do investimento e uma das exigências, divulgadas publicamente, era a de ter direito a assento no conselho de administração da companhia. Mas ainda existe a indefinição sobre a posição que será vendida pelo governo. A Eletrobras fez proposta para comprar 10% da empresa, mas recentemente o presidente da estatal brasileira, José da Costa Carvalho Neto, disse em entrevista ao Valor que o governo ainda não havia decidido se venderá toda sua participação ou apenas parte dela.  Ontem, o presidente da EDP, Antonio Mexia, disse a jornalistas portugueses que faz sentido a compra de uma fatia da empresa pela brasileira. "A Eletrobras é uma companhia com quem já trabalhamos, é nossa parceira já no Brasil, temos as melhores relações, somos acionistas conjuntos em vários projetos", disse Mexia. "Por isso, é um nome que faz sentido, mas é (uma decisão) da exclusiva responsabilidade do governo".  O jornal "Expresso" noticiou que além da oferta da Eletrobras, o governo também tem sinalizações de que a argelina Sonatrach e o fundo soberano IPIC, de Abu Dhabi, têm interesse em aumentar suas posições hoje em 2% e 4%. A EDP de Portugal é uma empresa com capital altamente pulverizado. Se a Eletrobras conseguir comprar os 10% a que se propôs e o governo português manter o restante, cerca de 15%, a estatal brasileira se tornaria a segunda maior acionista da EDP de Portugal. No Brasil, a EDP é dona das distribuidoras Bandeirante e Escelsa, que atuam respectivamente em São Paulo e Espírito Santo. Além disso, é dona de importantes ativos de geração e suas usinas têm capacidade de gerar mais de 1.700 MW, sendo uma das maiores geradoras privadas do país. Além disso, constrói junto com a MPX uma térmica de grande porte em Pecém. O interesse da Eletrobras, entretanto, é na compra de participação na matriz. No Brasil, a EDP está fazendo uma oferta pública para vender 15% das ações que detém. Ainda assim, permanece controladora.

Petrobras x Gás local

Folha 06.07.2011 - O percentual de contratação de empresas brasileiras pela Petrobras, para projetos de petróleo e gás, atingiu 77,34% no ano passado -crescimento de 400% na comparação com 2003. Agora, a Petrobras projeta encomendar, em média, US$ 28,4 bilhões por ano em mercadorias e serviços das companhias brasileiras. Os dados são do relatório de sustentabilidade de 2010 da empresa, que será divulgado neste mês.

Volvo amplia disputa no negócio de ônibus do mercado brasileiro

DCI 06.07.2011 - A companhia sueca Volvo investe em estratégia competitiva e entra agressiva no mercado latino-americano de ônibus ao seguir os passos de seus maiores concorrentes, Mercedes Benz e Scania, e lançar o chassi B 270 F, o primeiro fabricado para motor dianteiro da categoria semipesado no Brasil.  Com isso, a Volvo Bus Latin America, braço da companhia na fabricação de ônibus, dá um salto quádruplo em participação latino-americana e passa a competir num mercado que produz 16 mil unidades de chassi ao ano, somando as duas categorias: pesado, com quatro mil peças anuais, e semipesado, com 12 mil por ano. O objetivo, segundo o presidente da Volvo Bus Latin America, Luiz Carlos Pimenta, é aumentar o market share de ônibus pesado de 28% na América Latina em 3 pontos percentuais, e no Brasil, de 17% para 30%, ambos até o final deste ano. Com operações no Brasil desde 1979, até então a Volvo Bus atuava somente na categoria de ônibus pesado, de chassi com motor traseiro e monobloco.A Volvo Bus Latin America garante que as instalações da fábrica em Curitiba (PR) estão preparadas para atender o aumento da demanda. A expectativa do Volvo é comercializar 1,2 mil unidades por ano e participar de 10% do mercado do segmento. A empresa estima crescimento contínuo da demanda pelo modelo e pretende em 2013 fabricar 3 mil unidades anuais. A pré-venda já foi responsável por comercializar 200 unidades.

Francesa Ileos compra a Mappel para entrar no Brasil

Valor 06.07.2011 - Marion, presidente da Mappel: "Queria um parceiro estratégico, do mesmo ramo, para a empresa continuar se desenvolvendo"Dono de uma receita anual da ordem de € 275 milhões, o grupo francês Ileos ainda não tinha atuação no Brasil. Com atividades em diversos setores, como o de embalagens de luxo, farmacêuticas e amostras, já está presente na China, Europa e Estados Unidos. Para encurtar o acesso a um dos mercados considerados com maior potencial de crescimento no mundo, os franceses optaram por comprar uma companhia já em operação. Na sexta-feira, fecharam a compra da Mappel.  O valor do negócio não foi revelado, mas a Mappel teve faturamento de R$ 60 milhões no ano passado e os franceses pagaram seis vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da brasileira. Criada em 1955, a companhia paulista embala produtos cosméticos e medicamentos, além de produzir cosméticos para outras empresas, em serviço terceirizado. Ela tem duas fábricas, uma em Diadema e outra em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo. Em Diadema, são produzidos cerca de 10 milhões de unidades de embalagens por mês (entre bisnagas, frascos de plástico e sachês), já em São Bernardo fabrica 26 milhões de sachês por mês.  "Muitos de nossos clientes pediam nossa presença no Brasil. Vemos boas oportunidades no segmento de amostras", afirmou ao Valor presidente do braço fabricante de embalagens em amostras do grupo francês, Ludovic Anceau, em entrevista por telefone. Com a aquisição da Mappel, a Ileos pretende reforçar sua presença global. "Queremos estar em países de forte crescimento", completou o executivo. O modelo de negócios da francesa se assemelha com o da brasileira. Entre seus clientes estão Unilever, Avon, Natura, Colgate e Hypermarcas.  "A Mappel apenas terceiriza a produção. Nunca tivemos produtos próprios, para não competirmos com os nossos clientes", afirmou a presidente da empresa Marion Appel. Isso significa que a empresa produz os cosméticos sob a tecnologia das empresas que a contratam. Na área de embalagens, ela recebe o filme dos fornecedores, faz a embalagem e envasa.  Segundo a executiva, os resultados de 2010 representaram um avanço de 20% frente ao ano anterior. "Para 2011, estamos prevendo um crescimento de mais 20%", disse, enfatizando a forte alta da demanda por cosméticos no país. Ela calcula que sua empresa detém 55% do mercado de amostragem de sachês no Brasil. Entre os concorrentes está a Artpack. A lógica do negócio, além de envolver maior alcance geográfico para o Ileos, é reforçar sua fabricação de cosméticos. A francesa, por sua vez, vai trazer ao país suas embalagens de amostras de perfume, entre outros produtos complementares ao portfólio da Mappel. "Em nosso portfólio, 60% são produtos que ambas empresas têm, enquanto 40% são produtos complementares", afirmou Anceau.  Para a Mappel, a aquisição representa uma continuidade da empresa familiar, fundada pelo pai de Marion, Leopold Appel. Os irmãos e filhos da presidente da companhia seguiram para outros negócios. Hoje, com 59 anos, Marion já pensa na sucessão. "Ao invés de procurar investidores, eu queria um parceiro estratégico, do mesmo ramo, para a empresa continuar se desenvolvendo", explicou a executiva.

JBS reformula operação do Matone

Valor 06.07.2011 - Loureiro, do JBS: inconsistência no modelo que antecipa comissão ao "pastinha"Em fase final de negociações para incorporar o banco Matone, a direção do Banco JBS, do grupo que controla o frigorífico de mesmo nome, desenha com cautela o novo modelo de negócios para operar no crédito consignado. A instituição contará com um aporte de capital total superior aos R$ 300 milhões previstos inicialmente - R$ 200 milhões do JBS e R$ 100 milhões do Matone. A holding do JBS, a J&F, fará essa injeção adicional e, com isso, terá uma fatia acionária superior à imaginada anteriormente, de 60%. Comenta-se que poderia ficar com 70% a 80%. "Será uma posição majoritária relevante. Queremos ter uma estrutura de capital robusta", diz Emerson Loureiro, o presidente do banco. O capital robusto será um dos pré-requisitos para o banco reformar completamente o modelo de operação do Matone no crédito consignado com vistas a torná-la rentável. Loureiro não economiza nas palavras e chama o mercado de consignado de "terra arrasada". "Desde a crise de 2008 o setor tem dificuldades para operar, o que culminou com o evento PanAmericano." Ele conta que o desenho idealizado pelo grupo prevê que a maior parte da concessão dos empréstimos será própria, ou seja, independerá dos chamados "pastinhas" - agentes terceirizados, ligados a correspondentes bancários e que recebem gorda comissão para vender o produto. A ideia é reter as carteiras em seu próprio balanço em vez de cedê-las a instituições maiores. Hoje, a cessão de carteiras é uma das principais fontes de captação de recursos para os bancos que operam no consignado. Como muita gente nesse mercado, a conta do Matone não fechava. "O modelo do consignado tem várias inconsistências. Uma delas é a remuneração do pastinha, feita logo que o empréstimo é concedido", constata Loureiro, tocando num tema que os participantes mais tradicionais desse mercado não gostam muito de detalhar. Segundo ele, essa comissão está hoje, em média, em 15%. "Se o pastinha gera uma operação de R$ 10 mil, isso quer dizer que R$ 1,5 mil já ficam com ele a título de comissão. Daqui a seis meses o cliente resolve refinanciar esse empréstimo com outra instituição, pré-paga o crédito e o primeiro banco sai no prejuízo", resume. A venda da carteira para levantar "funding", com um deságio, só amplifica a perda, diz ele. "No Matone também há essas inconsistências, como em todo o mercado." Loureiro diz que o banco quer estar preparado para a mudança contábil definida pelo Banco Central para janeiro de 2012, que impedirá os bancos que cedem carteiras de antecipar o reconhecimento da receita da venda, prática hoje dominante no mercado. Essa reforma contábil representará um forte aperto para as instituições pequenas e médias. Por conta disso, diz, a rentabilidade do banco ainda não será a desejável ao longo de 2012. O Matone tem uma carteira de crédito de R$ 2 bilhões e o estoque cedido é de R$ 1,6 bilhão. "Todos os bancos pagarão um pênalti na virada do ano, mas estaremos preparados." "Tornar a originação dos créditos própria será o grande pulo do gato do modelo", avalia Loureiro. Hoje, os pastinhas trazem a maior parte dos empréstimos. A ideia é inverter as proporções e, idealmente, ter 80% da produção dentro de casa. "O negócio já se torna rentável com um percentual menor que esse." O banco quer se apoiar na rede própria de 85 lojas do Matone para estruturar esse modelo. "Essas lojas hoje não estão trabalhando no máximo de seu potencial e representam um custo fixo. Será preciso aumentar a eficiência da rede."  A autorização do Banco Central para a incorporação do Matone deve sair em 60 dias. Bem antes disso, o executivo espera concluir a fase negocial com o novo sócio, Alberto Matone. Questionado sobre a participação do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) na operação, Loureiro diz que "ainda não houve". Segundo ele, entretanto, um dos modelos estudados prevê recursos do fundo, que tem atuado em algumas operações de consolidação quando uma instituição deficitária está envolvida. O Matone estava com deficiência de capital. Já em setembro do ano passado apareceu nas estatísticas do Banco Central com índice de Basileia inferior ao mínimo exigido de 11% e em dezembro o número já batia em 4,3%. Em março o índice aparecia negativo em 3,77%. Ex-executivo do mercado financeiro, com passagens pelos antigos SRL e BankBoston, Emerson Loureiro foi convidado a montar a área de câmbio da JBS em 2003, quando as exportações do grupo passaram a ser relevantes e a oferecer risco. Em 2009, Joesley Batista, então presidente do frigorífico, o convidou a montar o banco, que acaba de completar três anos. "Agora queremos cortar os laços com o grupo JBS e ter vida própria", diz o executivo. Para isso, além de trocar de nome, a instituição está de mudança da atual sede do grupo, na Marginal Tietê, em São Paulo, para um prédio na Marginal Pinheiros, próximo à Universidade de São Paulo. "Procuramos na avenida Faria Lima e no Itaim, mas não há prédios para alugar em São Paulo. Só se conseguem andarem fracionados", diz, queixando-se do aquecimento imobiliário.

Setor de fundos capta R$ 51 bilhões no 1º semestre

Valor 06.07.2011 - O crescimento da economia, o aumento de arrecadação de impostos e a alta da taxa de juros turbinaram o setor de fundos de investimento no primeiro semestre do ano. O segmento encerrou o período com captação líquida - aplicações menos resgates - de R$ 50,877 bilhões. Somente em junho, o ingresso de recursos somou R$ 1,589 bilhão. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A captação no semestre não chega, no entanto, a bater os R$ 57,530 bilhões do mesmo período do ano passado. Mas vale lembrar que a Anbima revisou os números referentes ao ingresso nos seis primeiros meses de 2010, adicionando R$ 18 bilhões ao total divulgado em junho. Boa parte veio de fundos de participações, que não entravam na estatística. As carteiras classificadas como poder público, que recebem apenas aplicações de Estados e municípios, turbinaram o ingresso de recursos em fundos nos seis primeiros meses do ano. Dos R$ 50,877 bilhões, mais da metade - 55%, ou R$ 28 bilhões - entraram nessas carteiras. Em junho, o segmento poder público captou em torno de R$ 2 bilhões. Com a expansão da economia, os governos arrecadam mais, trazendo mais recursos para essas carteiras, afirma Carlos Massaru Takahashi, diretor-presidente da BB DTVM. "Além disso, o gerenciamento dos orçamentos está mais rigoroso, o que faz com que os recursos permaneçam por mais tempo em fundos." Para se ter ideia, a maior gestora do país captou R$ 19 bilhões somente nesse segmento no semestre. "Esse é um público mais preocupado com liquidez, já que os fundos servem para gestão de caixa." Boa parte dessas carteiras voltadas a Estados e municípios, entretanto, está nas categorias renda fixa ou curto prazo. Tanto que, no primeiro semestre, os fundos de renda fixa, que podem aplicar em papéis prefixados, lideram a captação nos seis primeiros meses, com R$ 52,180 bilhões, dos quais R$ 4,674 bilhões entraram em junho. Já as carteiras curto prazo receberam R$ 12,853 bilhões no semestre, embora em junho a categoria tenha registrado resgate de R$ 1,140 bilhão. O tema cetral do primeiro semestre do ano foi a volatilidade, lembra Rodrigo Menon, sócio do escritório de aconselhamento financeiro Beta Advisors. Internacionalmente, por exemplo, uma série de conflitos geopolíticos no Oriente Médio trouxe instabilidade aos mercados, principalmente no que se refere ao petróleo. Depois, o terremoto e o tsunami no Japão colocaram em xeque a velocidade da recuperação mundial. Em seguida, os investidores ficaram temerosos com os aumentos de juros na China e com dados que sinalizaram que a desaceleração da economia chinesa poderia ser aguda. Para ajudar, o ritmo de expansão da economia americana, que no início do ano parecia estar correndo mais rapidamente que o esperado, voltou a dar sinais de arrefecimento, colocando em dúvida o crescimento do mundo. Já o alto endividamento de alguns países da Europa e a capacidade de essa dívida ser honrada preocuparam, e muito, os investidores. Tanto que, no mês passado, os receios com a dívida grega chegaram ao limite, deixando o país muito próximo a um calote. Internamente, pesou contra a inflação. As atenções se voltaram para a atuação do Banco Central que, por inúmeras vezes, foi acusado de atraso nas decisões. O mercado esperava que o aperto monetário fosse maior logo no início do ano, o que não aconteceu. "Toda a volatilidade vista no semestre, que se mostrou até irracional em alguns momentos, deixou a vida do gestor de multimercados muito complicada", afirma Menon.  Não por acaso, os multimercados encerraram o semestre com resgates líquidos de R$ 30,774 bilhões, dos quais R$ 4,665 bilhões somente no mês passado. Os números da Anbima referentes aos multimercados, no entanto, englobam uma migração de um fundo dessa categoria para a classe renda fixa, no valor aproximado de R$ 28 bilhões, realizado em fevereiro. Os números mostram ainda que apenas os fundos multimercados classificados como juros e moedas - que podem adotar estratégias de risco em juros, índices de preços e moeda estrangeira - conseguem superara o CDI. O CDI nada mais é do que a sigla para Certificado de Depósito Interfinanceiro, indicador que serve de referencial para as aplicações mais conservadoras. Nos seis primeiros meses do ano, essas carteiras têm ganho médio de 5,88% para uma variação de 5,52% do CDI no período. Em junho, entretanto, o retorno médio foi de 0,89%, abaixo do 0,95% do índice.  A avaliação é de que fica difícil para competir com uma taxa básica de juros (Selic) em 12,25%. A forte volatilidade do mercado, juntamente com a taxa de administração dos multimercados, em média de 2% ao ano, e taxa de performance, normalmente de 20% sobre o que exceder o CDI, dificultam ainda mais a vida dos gestores em superar o referencial, avalia Márcio Simas, diretor da Icatu Vanguarda. "Com isso, muitos clientes estão procurando outros tipos de aplicações", diz. Na renda fixa, o destaque em termos de rentabilidade fica com os fundos de índices - carteiras que podem aplicar em papéis de crédito e atrelados à inflação. No semestre, a categoria acumula rentabilidade média de 5,92%, acima, portanto, da variação do CDI. Em junho, entretanto, como a previsão dos juros futuros subiu, esses fundos foram prejudicados: o retorno médio somou 0,86%, abaixo do referencial. A mudança na expectativa da Selic ocorreu após o Banco Central sinalizar que deve fazer duas altas de juros, de 0,25 ponto percentual. Até então, o mercado trabalhava com apenas mais uma elevação de 0,25 ponto. Os fundos de crédito foram grande destaque no semestre, juntamente com as carteiras de inflação, conta Paulo Corchaki, diretor de gestão de recursos da Itaú Asset Management. "Lançamos neste semestre, por exemplo, um fundo de crédito que captou R$ 1 bilhão em apenas um dia", lembra ele.  Mesmo com a Selic em trajetória de alta, os fundos DI - recheados de papéis que acompanham a taxa de juros - encerraram o primeiro semestre com resgates de R$ 297,79 milhões, dos quais R$ 111,71 milhões deixaram a categoria somente em junho. Interessante notar que, no mês passado, essas carteiras tiveram retorno médio maior que as aplicações de renda fixa: ganho de 0,97% - acima, portanto, do 0,95% do CDI no período. Nos primeiros seis meses, a rentabilidade média soma 5,62%, também maior que os 5,52% do referencial. A queda de 9,96% do Índice Bovespa no semestre trouxe também um resgate de R$ 1,808 bilhão para os fundos de ações. Em junho, entretanto, apesar da desvalorização de 3,43% do indicador, a categoria captou, ainda que modestamente: R$ 30,98 milhões. "Os clientes internacionais, sobretudo os asiáticos, aplicaram em fundos de ações nesse período", diz Corchaki. Entre todas as categorias de fundos de ações, destaque positivo para as carteiras de dividendos - que aplicam em ações de empresas conhecidas por dividir uma boa parte de seus lucros com os acionistas. No semestre, o retorno médio é de 1,39%, embora tenham encerrado junho com perda de 1,08%.

BB e Mapfre em busca de parceiro

Valor 06.07.2011 - Roberto Barroso: possível parceria para atuar em grandes riscosApós um ano do anúncio do acordo de acionistas, Banco do Brasil e a Mapfre começaram a operar efetivamente de forma conjunta este mês. A associação (que tem duração miníma de 20 anos) criou o segundo maior grupo segurador do país, com faturamento de R$ 8,6 bilhões em 2010, atrás apenas do Bradesco. Anualizando as receitas até maio (R$ 3,8 bilhões), o faturamento deve ultrapassar os R$ 9,2 bilhões em 2011. Em algumas linhas o grupo já tem a liderança do mercado, caso dos segmentos de vida e seguro rural. Em outras, planeja alcançar o pódio em breve - caso de veículos e grandes riscos - e não descarta outras parcerias para isso. Um dos negócios que tem maior potencial de crescimento dentro da companhia, inclusive, é o de grandes riscos (o que inclui os seguros de engenharia, patrimonial, garantia e responsabilidade civil), diz Marcos Eduardo Ferreira, presidente da holding do grupo que tem foco nos seguros de danos, como apólice de veículos e riscos industriais. Antes da associação, só a Mapfre atuava com grandes riscos.  Neste caso, o grupo já vislumbra uma terceira parceria. "Em grandes riscos devemos fazer uma associação (joint-venture) com algum player que já atua com esses ramos lá de fora", afirma Roberto Barroso, presidente da holding do grupo responsável pelos ramos de vida, habitacional e agrícola. "Sem isso, será difícil alcançar o crescimento esperado pelos acionistas nesse segmento", completa.  Segundo ele, ainda não há conversas com possíveis parceiros, mas a proposta deve ser submetida ao Comitê Executivo do grupo em breve, a tempo da companhia se posicionar para aproveitar as oportunidades que as grandes obras de infraestrutura, Copa do Mundo e Olimpíadas trazem para o mercado segurador. Barroso afirma que o grupo não tem interesse em aquisições.  Já em seguro de automóvel, o grupo é o segundo maior do mercado, com cerca de 2,4 milhões de veículos segurados. O objetivo, num primeiro momento, é diminuir a diferença que a companhia tem com o primeiro colocado, a Porto Seguro (parceira do Itaú Unibanco nessa carteira), que possui 1,5 milhão de veículos a mais na frota segurada.  Para anunciar a empresa que nasceu, no dia 10 o grupo lança sua primeira campanha de marketing. Com o slogan "nasce uma nova geração de seguros", a campanha nacional é protagonizada por lindos bebês.

Carrefour nega plano hostil com relação ao Casino

Folha 06.07.2011 - O Carrefour negou nesta terça-feira ter (5) ter qualquer plano hostil em relação ao grupo Casino, seu rival francês e sócio do Pão de Açúçar no Brasil. "O Carrefour não tem intenções hostis ante o Casino; a Gama submeteu sua proposta simultaneamente para o Carrefour e para a o Pão de Açúcar e a transação proposta está sujeita à aprovação do Pão de Açúcar', afirma o comunicado enviado ao mercado. A proposta, divulgada na última semana pela empresa brasileira Gama, que pertence ao fundo BTG Pactual e que conta com o apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), não é aceita pelo Casino, que já afirmou ter sido feita de forma ilegal.  Caso a fusão dos ativos do Carrefour no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição, holding que detém o Grupo Pão de Açúcar, seja, de fato, aprovada, será criada uma nova empresa, chamada de Novo Pão de Açúcar (NPA), formando a maior rede varejista do Brasil.  Nesta segunda-feira (4), o conselho de administração do Carrefour já havia divulgado comunicado se declarando favorável à fusão dos negócios com o Grupo Pão de Açúcar. A varejista francesa, entretanto, quer que os sócios controladores do Pão de Açúcar, Abílio Diniz e Casino, se entendam antes de dar prosseguimento à operação. No mesmo dia, o CEO do Casino, Jean-Charles Naouri, chegou ao Brasil para se encontrar com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, numa tentativa de brecar o negócio. O BNDES, entretanto, não divulgou detalhes do encontro.

Em 1999, o Grupo Pão de Açúcar era um negócio medíocre, diz Casino

Estadão 05.07.2011 - Segundo Naouri, Abílio Diniz tentou por várias vezes negociar uma forma de não ter de entregar o controle. Com expressão quase serena, que raramente denuncia o tom indignado que pontua sua descrição da estratégia engendrada pelo empresário Abílio Diniz para unir Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil, Jean-Charles Naouri, diretor-presidente do Grupo Casino, não hesita em classificar o movimento de seu sócio brasileiro como uma "expropriação" de sua empresa.  Palavras fortes como "traição", "manipulação", "medíocre" e "insultante" fluem naturalmente no discurso em que lembra que pagou caro pelo direito de assumir o controle do Pão de Açúcar, em 2012. Mas, ele não altera o tom de voz. Na empresa resultante da fusão com o Carrefour, que Naouri define como um "erro estratégico", o Casino teria seu poder de decisão igualado ao de Diniz.  A enrevista ao Estado ocorreu um dia depois do encontro com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, no qual Naouri centrou sua argumentação no perigo de o governo brasileiro apoiar uma ação ilegal. Declara que seu sócio violou mais do que um acordo de acionistas e recorre ao Código Civil brasileiro para acusar Diniz de má-fé. Um sinal de que a disputa, que já está no segundo round de uma arbitragem internacional, pode terminar na Justiça.
Por que o sr. veio ao Brasil?
Vim para encontrar o presidente do BNDES, ontem (segunda-feira). Dei a ele uma visão da situação e das minhas preocupações com um projeto que parece ter sido elaborado em contradição com os acordos (de acionistas) e que, em primeira análise, não está no interesse social (do banco). Encaramos isso como uma forma de expropriação do Casino, cujos direitos haviam sido estabelecidos em contratos em 2005. O senhor Luciano Coutinho manifestou a mesma posição do comunicado (que condiciona o apoio do banco a um consenso entre os sócios) que tinha feito há alguns dias. Saí muito satisfeito desse encontro.
O sr. pediu ao BNDES que não participe da fusão?
Não formulei a questão dessa forma.
O Casino ainda não se posicionou formalmente contra a fusão. Há chance de entendimento se a análise da proposta se mostrar positiva para sua empresa?
Eles ainda não formularam a proposta. O local adequado é o Conselho de Administração.
Há possibilidade de acordo ou o sr. manterá na reunião posição contrária à fusão com Carrefour? A posição formal do Casino será comunicada. Preciso fazer algumas observações, já que eles negam o direito de controle do Casino sobre as atividades. É uma negociação muito complexa a ser feita e nos parece que está sendo assentada numa base estratégica errada.
Assumir o controle é o seu principal objetivo?
Não é um objetivo, é o contrato. O objetivo é fazer o Pão de Açúcar crescer de maneira proveitosa e rentável, em favor dos acionistas, dos clientes e dos fornecedores, com grande respeito pelo Brasil. Nos comprometemos que a gestão continuará brasileira.
A reação do Casino foi muito contundente, inclusive recorrendo a arbitragem, sob acusação de negociação secreta. Mas Abílio Diniz nega ter havido descumprimento legal do acordo.
A negociação secreta foi um ato ilegal. Naturalmente, não está em conformidade com as boas práticas e a ética nos negócios. Contradiz a seção 2.1.1 do acordo, que diz que os acionistas não podem tomar nenhuma ação que resultaria em mudança do controle. Também é contrária ao Código Civil brasileiro, que diz que se deve agir de boa fé, o que foi violado nessa negociação bilateral (Diniz-Carrefour). Por isso pedimos a arbitragem.
Por que o sr. não recebeu Diniz em Paris na semana passada? Há a possibilidade de encontro no Brasil?
Diniz deu uma visão deformada sobre sua visita a Paris. Eu o vi dezenas de vezes, muitas a pedido dele mesmo. Na última vez que o vi, em 15 de abril, surpreso com sua presença em Paris, perguntei se ele estava negociando alguma coisa e, em caso positivo, com quem. E ele me respondeu formalmente que não tinha nada a dizer. Entre esse dia e o vazamento da negociação, em 22 de maio, houve numerosas discussões. Nas semanas que se seguiram até a segunda-feira antes do anúncio (da proposta de fusão), os assessores se falaram. Os meus pediram aos dele um encontro e os dele disseram que não tinham nada a dizer. Eu havia aceito, a pedido de Diniz, um encontro no dia 4 de julho. Havíamos acordado essa data em correspondência. Diniz alegou que não poderia ir a Paris antes porque estava muito estressado com as discussões, que precisava descansar. Eu soube que ele estava em Paris na segunda-feira (27/06) à noite para assistir à reunião do conselho do Carrefour aprovar essa negociação e entendi claramente que havia uma manipulação. Então disse que não era oportuno que nos encontrássemos na manhã seguinte, às 7h da manhã como ele queria, quando eu nem mesmo tinha conhecimento do projeto de negociação. Estou disposto a ver Diniz, mas na reunião formal do conselho.
O sr. foi procurado para rever o acordo que prevê a transferência de controle para o Casino?
Há dois anos, Diniz disse que gostaria de renegociar o acordo. Eu respondi que, entre parceiros, tudo é possível de ser conversado. Ele indicou, sem ser muito preciso, que era uma questão de "face saving" (manutenção de imagem), que gostaria de manter o seu status, a posição elevada que havia conquistado no Brasil. Eu disse que, nesse campo, diria sim a tudo. Há um ano, Diniz me disse finalmente que gostaria que eu não tomasse o controle em 2012 e que ficássemos como está. Eu lhe disse que seria muito difícil aceitar, depois de ter investido US$ 2 bilhões, esperado 13 anos e pago duas vezes o prêmio de controle. Disse que não era possível, mas que estaria aberto para conversar sobre todo o resto. Houve em seguida muitas reuniões entre os assessores, mas ele insistia sempre repetitivamente: diga sim ou não. Senão, em tom de ameaça e sem ser mais preciso, disse que teria outras alternativas. Mantivemos nossa posição. O clima ficou difícil até essa reunião do dia 15 de abril, quando pedi ao senhor Diniz que dissesse com quem negociava. Ele se negou e disse que não tinha outra escolha a não ser brigar.
Que contrapartidas Diniz ofereceu para que o Casino desistisse do controle?
Ele sempre evocou compensações e a ideia de comprar a nossa participação. Eu disse que essa proposta era insultante. Não somos um sócio financeiro. Somos uma empresa internacional de distribuição de alimentos, temos uma estratégia e queremos continuar com ela.
O sr. se sente traído?
Quando eu soube da questão da traição, do que ele fazia e negociava, fiquei muito desapontado. Ao longo dos anos, eu tinha me esforçado sempre em ser um parceiro impecável, inclusive nas menores coisas. E esperava o mesmo comportamento da parte dele.
O sr. se arrepende de ter feito negócio com Abilio Diniz?
Não. Considero que fiz muito bem em investir em 1999, quando o Brasil ainda não era o que é hoje em dia e o Grupo Pão de Açúcar era um negócio medíocre, que saía de uma quase falência. Quando Diniz procurou no mundo inteiro investidores, eu fui aquele que aceitou. Fiz essa aposta e estou muito contente com o desenvolvimento do Pão de Açúcar e do Brasil.


Valor 06.07.2011 - As vendas no varejo brasileiro de material de construção permaneceram estáveis em junho, tanto na comparação com maio quanto com o mesmo mês do ano passado, conforme pesquisa divulgada hoje pela Anamaco, entidade que representa o setor. Esse desempenho levou a associação a revisar a previsão de crescimento para 2011, de 8,5% originalmente para 6%.Feriado prolongado e o menor número de fins de semanas e dias úteis em junho, de acordo com a Anamaco, teriam contribuído para a estabilidade nos negócios. No acumulado do semestre, as vendas do setor mostram crescimento de 3,5%. Em 12 meses, a alta é de 5,5%. Apesar das taxas positivas, presidente da entidade, Cláudio Elias Conz, informou em nota que o varejo de material de construção esperava resultados melhores também para o semestre. Conforme a Anamaco, as vendas na região Norte cresceram 2,2%, enquanto no Sudeste e Nordeste, permaneceram estáveis. No Sul e no Centro-Oeste, houve queda de 1%. Os segmentos de cimento e argamassas foram os que mais cresceram em junho, com alta de 5,3% e 4,5%, respectivamente. Metais sanitários, aço, revestimentos cerâmicos e fios e cabos se mantiveram estáveis. “No geral, a expectativa do setor continua sendo muito boa para o segundo semestre”, informa Conz. Pesquisa da entidade realizada pelo Ibope Inteligência mostra que 46% dos entrevistados acreditam que haverá recuperação já neste mês. “As vendas costumam crescer no segundo semestre, chegando a representar 60% das vendas totais do ano”, explica.





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