sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Azul.CA.02.09

Daily News
Para recuperar mercado, Carrefour planeja corte de preços
Valor 02.09.2011 - O Carrefour, maior varejista da Europa, alertou que seu lucro pode cair 15% este ano com o corte nos preços que pretende promover, na tentativa de reverter a queda de participação e enfrentar um ambiente econômico cada vez mais difícil.
O corte de custos deve atingir o formato Planet, uma tentativa de renovação do modelo de hipermercados, que continua a enfrentar desaceleração no Sul da Europa, mais especialmente na Grécia e na Itália. Além disso, o aumento do preço das commodities põe em risco os ganhos realizados com aquisições.
“Estamos nos resignando em 2011 e reconstruindo o momento de 2012 para entregar um crescimento de longo prazo sustentável e rentável”, disse Lars Olofsson, presidente do Carrefour.
Enquanto isso, o novo principal executivo do Carrefour na França, Noel Prioux, revelou novos planos para estimular o consumo no país sede da companhia, com foco no corte de preços, em detrimento de promoções caras, delegando mais responsabilidade aos gerentes de hipermercados. Ao mesmo tempo, pretende acelerar a expansão de produtos de marca própria do Carrefour e das vendas no comércio eletrônico.
O Carrefour, como segundo maior varejista mundial, só atrás do americano Walmart, admitiu que também vem cometendo erros, como o aumento dos preços na França, seu principal mercado, acima dos concorrentes E Leclerc e Intermarché. 
“Nós tentamos fazer muito, muito rápido”, disse Olofsson.


Operadoras querem cobrar uso excessivo da rede
Exame 01.09.2011 - As teles também querem a permissão para cobrar uma taxa de empresas como Google, Facebook e Apple, pois estas teriam produtos e serviços que aumentam o tráfego de dados. As operadoras de telefonia fixa estão pressionando a Anatel para permitir a cobrança de taxas para usuários que utilizam a internet de forma excessiva.
Além disso, as teles também querem a permissão para cobrar uma taxa de empresas como Google, Facebook e Apple, pois estas teriam produtos e serviços que aumentam o tráfego de dados e que pode levar a uma saturação da rede.
Essa taxa, segundo as empresas de telecomunicações, serviria para gerir o tráfego e ampliar o investimento das infraestruturas necessárias para a conexão banda larga fixa.
As teles alegam que essas empresas utilizam a estrutura da rede para faturar em seus negócios, porém não ajudam a desenvolver a infraestrutura no país. Hoje é notório que o faturamento dessas empresas é superior ao das operadoras de telecomunicações.
Esse tipo de atitude das teles se repete em outros países há algum tempo. Dados das operadoras revelam que na Europa as teles teriam investido cerca de 10% da sua renda anual em investimentos na rede. Já as provedoras de conteúdo, como Google e Facebook, teriam investido 0,25% de sua receita e produtoras de tecnologia, como a Apple, teriam gasto 0,86% do faturamento.
Atualmente, as teles no Brasil ficam proibidas de cobrar valores a mais de consumidores e empresas que utilizam a rede de forma excessiva, com alto tráfego de dados como em serviços de download e streaming.
A Anatel, em contrapartida, estaria relutante em ceder às pressões das teles, pois a agência defende abertamente uma neutralidade na rede. Hoje, a redução na velocidade da conexão é praticada pelas operadoras móveis em pacotes limitados.
As teles afirmam que pacotes ilimitados só seriam possíveis em redes de fibra óptica e que sem a possibilidade de taxar empresas que ajudam a aumentar o tráfego é possível que haja um aumento nos preços dos pacotes aos usuários.
Mas empresas como o Google não veem motivos para uma nova taxa e afirmam que já pagam valores consideráveis por utilizar a rede. Além disso, seus produtos, ao contrário do que dizem as teles, estimulam um maior consumo de dados, gerando receita às operadoras.


Anatel aprova compra da Atimus pela TIM
Exame 01.09.2011 - A TIM, controlada pela Telecom Italia, anunciou a aquisição da Atimus por 1,6 bilhão de reais em julho. TIM: no 3º tri, operadora ganhou 2,5 milhões de usuários.
Conselho Diretor da Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira a aquisição da AES Atimus pela TIM Participações, segundo informações da agência reguladora. A TIM, controlada pela Telecom Italia, anunciou a aquisição da Atimus por 1,6 bilhão de reais em julho. A Atimus oferece serviços de Internet e banda larga por meio de uma rede de fibra óptica com capacidade de 0,6 terabyte e era parte do grupo AES Brasil.


Sueca SCA compra a Pro Descart
Valor 02.09.2011 - Com presença discreta no mercado brasileiro, com venda em algumas farmácias e lojas especializadas em produtos cirúrgicos, a sueca SCA decidiu entrar de vez no mercado brasileiro de produtos para incontinência. A dona da marca Tena, presente em 90 países, comprou, por valor não revelado, a fabricante paulista Pro Descart, empresa avaliada em 450 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 114 milhões, excluída a dívida.
A Pro Descart, com 400 funcionários e vendas anuais de R$ 90 milhões, também produz cosméticos e fraldas para crianças, mas se consolidou com a marca adulta Biofral. A SCA afirma que a Biofral ocupa a segunda posição no mercado brasileiro de cuidados com incontinência. Já Hypermarcas afirma que sua marca de fraldas Bigfral é que tem a liderança no nicho.
Outra concorrente nesse mercado é a empresa Mabesa, com a marca Affective, que era comandada até dezembro de 2010 pelo atual diretor-presidente da SCA no Brasil, o engenheiro Julio Ribas. O processo de transição da gestão de Pro Descart para SCA já foi concluído, segundo a empresa sueca.
"Trabalhamos para encontrar a solução certa para entrar neste importante mercado. Com a aquisição da Pro Descart, temos agora presença pela América Latina", disse o presidente da empresa na Suécia, Jan Johansson.
A SCA atua em cem países com 50 marcas, sendo que as mais disseminadas são a Tena, de produtos para incontinência, e a Tork, de toalhas de papel. A empresa também produz fraldas para bebês, absorventes femininos, papel higiênico e até biocombustíveis.


Quase 180 operadoras de saúde sofrem intervenção por dificuldade econômica
Folha 02.09.2011 - No mercado de saúde suplementar brasileiro existem hoje 176 operadoras em regime de direção fiscal, em que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) entra com acompanhamento para ajudar a sanar as dificuldades econômicas.
Neste ano, 72 estão em liquidação, segundo números da ANS. O grande volume ocorre principalmente entre as de menor porte, segundo Luiz Augusto Carneiro, superintendente do instituto de estudos Iess.
Além da regulamentação, que afeta mais as pequenas, este é um setor que atinge melhores resultados quando trabalha com grandes escalas, segundo Carneiro.
"Algumas precisam mais de reajuste, outras menos. Mas o percentual é o mesmo para todas. É um mercado que depende de escala. Além da competição, não há resseguro para operadoras pequenas no Brasil", diz.
Cerca de 23% das empresas que entram em direção fiscal acabam sendo liquidadas. "A chance de recuperação é alta", afirma.
A orientação ao consumidor é buscar informações sobre empresas no site da ANS.
"Mas em cidades pequenas há poucas opções", diz.
Em caso de liquidação e extinção da operadora, a carteira é geralmente absorvida por outra operadora, segundo José Cechin, da FenaSaúde (federação nacional).
"Quando não há uma interessada em comprar a carteira, o beneficiário tem o direito de migrar sem carência."


BNDES será sócio da Foxconn em fábrica de tablet
Estadão 01.09.2011 - O valor do investimento do governo ainda não está definido, segundo as negociações, que correm em sigilo; investimento previsto na fábrica é de US$ 8 bilhões.
O BNDES se prepara para virar sócio da Foxconn no principal investimento da gigante taiwanesa no Brasil, a fábrica de telas de toque - o componente mais importante dos tablets -, informou o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). O valor do investimento do governo ainda não está definido, segundo as negociações, que correm em sigilo. "O governo vai ter de entrar com uma parte desse investimento, mas tudo o que estiver ao nosso alcance para trazer o investimento, vamos fazer", afirmou o ministro.
Ainda não há prazo definido para o início do projeto da nova fábrica, e sua localização também é incerta. Nessa fase das  negociações, o governo busca reunir dois tipos de sócios brasileiros para o investimento - estimado em US$ 8 bilhões, dos US$ 12 bilhões que a Foxconn prometeu investir no Brasil. Parte dos sócios deve ter o perfil de indústrias tecnológicas, para absorver a tecnologia de produção das telas de toque. O governo também busca sócios privados "com musculatura financeira" para entrar no negócio com a Foxconn. "Temos de compor um bloco de investidores, com força financeira e tecnológica."
A partir da capacidade de investimento desses sócios, será calculada a parcela do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no negócio. Segundo o ministro, trata-se de uma operação "altamente complexa".
O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) já participa das negociações, ao lado de uma consultoria internacional contratada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, para avaliar as oportunidades do Brasil nos investimentos da chamada fronteira tecnológica.
As telas de toque, também conhecidas como telas planas de filme fino, as TFT (thin film technology), são produzidas em apenas quatro países do mundo: China, Taiwan, Coreia e Japão. "Em todos esses países, o Estado entrou fortemente, o mercado sozinho não resolveu", ponderou Mercadante, sobre a necessidade de participação estatal em investimentos com alta tecnologia. As telas de toque são usadas em smartphones e televisões, além dos tablets e são o componente mais sofisticado  desses aparelhos. A ideia do governo é atrair outras indústrias associadas à produção de componentes, na sequência na  primeira fábrica de telas de toque. "As telas são o primeiro módulo de uma cadeia, o mais complexo e o mais difícil", destacou Mercadante.   O ministro não informou quanto a Foxconn estabeleceu como valor mínimo de uma contrapartida financeira brasileira para a  construção dessa fábrica, que será a segunda da empresa de Taiwan no Brasil. 
Carta à presidente : As negociações ganharam ritmo mais acelerado há três semanas, coincidindo com o envio de uma carta do presidente do grupo, Terry Gou, à presidente Dilma Rousseff. No texto, Gou reafirma o interesse em manter a promessa de investimentos feita à presidente na viagem à China, em abril.
"De fato, dei instruções a meus colaboradores no sentido de darem início aos programas contemplados para o Brasil com a maior brevidade possível a partir do corrente ano", afirma o presidente da Foxconn. "Também estou comprometido com a transferência de tecnologia, o necessário investimento e o apoio aos sócios brasileiros, de sorte a garantir o bom resultado de nossas atividades." A carta também teria o objetivo de afastar rumores de incerteza nos investimentos. A primeira fábrica da Foxconn, planejada para Jundiaí (SP), já sofreu atrasos no cronograma oficial. Por ora, o compromisso é começar a etapa de testes em setembro, e a fabricação de Iphones já em outubro. A montagem de Ipads começaria em dezembro, a tempo do Natal, insistiu Mercadante, que atribuiu o atraso a "problemas operacionais".  De oito empresas já habilitadas para a produção de tablets no Brasil, quatro têm produtos no mercado. Uma quinta já tem lançamento marcado para breve. Essas empresas se comprometeram a garantir inicialmente 20% de conteúdo nacional nos tablets, até atingir 80%, num período de três anos. "O que temos de conteúdo nacional para oferecer por enquanto é muito pouco", observou o ministro. Mão de obra e instalações entram na contabilidade.


BNDES poderá participar do capital de companhias do setor de petróleo e gás
Valor 02.09.2011 - O BNDES poderá ter participação acionária em empresas fornecedoras de materiais e equipamentos destinados à cadeia de petróleo e gás, inclusive em companhias de pequeno e médio porte. Essa participação se daria por meio do braço de investimentos do banco, o BNDESPar.
De acordo com o superintendente da Área de Insumos Básicos do banco, Rodrigo Bacellar, trata-se de postura já comum no banco para outras áreas da indústria. Ele informou que o BNDES poderá tanto facilitar o acesso à formação de dívida, como poderá entrar via renda variável nessas companhias.
Roberto Zurli, diretor do banco, acredita que, mesmo com a tradição do banco de financiar a cadeia de óleo e gás, ainda "é preciso evoluir", porque "talvez o maior gargalo no pré-sal seja o desenvolvimento dos fornecedores locais".
Os executivos do banco fizeram ontem uma apresentação para diversos executivos do setor sobre o Programa BNDES Petróleo e Gás, lançado dentro do Plano Brasil Maior, do governo federal. O objetivo é "facilitar o acesso a crédito a empresas de pequeno e médio porte", tanto o acesso direto, como via empresas-âncora.
O orçamento do programa é de R$ 4 bilhões, válido até 31 de dezembro de 2015. Além disso, de 2008 até hoje o banco montou uma carteira de R$ 44 bilhões contratados no setor de óleo e gás, dos quais R$ 40 bilhões já foram desembolsados.
O programa tem taxas de juros específicas, de acordo com o posicionamento da empresa dentro da cadeia produtiva. Todas as empresas terão um custo financeiro baseado na taxa de juros de longo prazo (TJLP), atualmente em 6% ao ano, mais uma taxa de risco de crédito, que varia de 0,46% a 2,54%. O que muda é a remuneração do BNDES.
Para a fase de implantação, ampliação e modernização, a parte referente ao banco é de 0,5% para médias, pequenas e microempresas e de 0,9% para grandes empresas. Já para empresas-âncora, o índice vai a 1,3%. Ou seja, o custo total dos empréstimos ficará entre 6,96% e 9,84% ao ano, com amortização de até dez anos. A participação do banco no financiamento pode ir de 80% a 90%.
Para os casos em que o financiamento for voltado ao fortalecimento da cadeia, os juros totais vão desde 7,36% até 9,84% ao ano. O prazo de amortização é de até dez anos e participação do banco fica, nesse caso, entre 60% e 80%. Quando o financiamento for para dar giro à produção de bens e prestação de serviços, os juros totais ficam entre 8,46% e 11,04% ao ano, com amortização em até cinco anos e participação do BNDES de 50% a 60%.
Quando o financiamento pedido for direcionado à inovação, serão usados recursos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), com taxa de 5% para o capital inovador, de 7% para produção, e de 4% para tecnologia.


Eldorado abrirá capital após incorporar Florestal
Valor 02.09.2011 - A Eldorado Brasil, companhia de celulose controlada pela J&F Holding, do frigorífico JBS Friboi, vai listar ações na BM&FBovespa após incorporar a Florestal Brasil, em operação que poderá ocorrer antes mesmo do início das atividades da fábrica de celulose que está construindo em Mato Grosso do Sul. De acordo com o empresário Mário Celso Lopes, que terá fatia de 25% na empresa resultante da união entre Eldorado Brasil e Florestal, a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) começará a ser desenhada assim que se encerrar o processo de incorporação. "Mas vamos olhar o momento oportuno para levar a operação a mercado", pondera Lopes.
Conforme o executivo, a estrutura acionária da nova companhia, que seguirá com a denominação Eldorado Brasil, já está certa e resta apenas formalizar os termos negociados ao longo de quase um ano. A primeira reunião para assinatura dos contratos ocorreu ontem à tarde, em São Paulo. "Nosso cronograma prevê que até no máximo 30 de setembro tudo esteja assinado."
Neste momento, a Eldorado tem como acionista majoritário a J&F, com 75%. A MCL Empreendimentos, de Lopes, fica com 25%. Os sócios, por sua vez, têm participação expressiva na Florestal, empresa que atua na área de reflorestamento e cuja estrutura acionária inclui os fundos de pensão Funcef (funcionários da Caixa Econômica Federal) e Petros (da Petrobras).
Com a incorporação da Florestal, o controle da "nova" Eldorado Brasil permanecerá nas mãos da J&F, com 58,6% de participação. Lopes ficará com os mesmos 25%, por meio da holding MJ, controlada pela MCL Empreendimentos, e os fundos de pensão, por sua vez, terão 8,2% cada um.
Foi justamente a participação dos fundos na nova empresa - e como se daria o processo de incorporação dos novos acionistas - que fez com que as negociações se arrastassem ao longo de quase 12 meses. Desde o segundo semestre do ano passado já havia intenção declarada dos principais acionistas da Eldorado e da Florestal de unir as operações e formar, assim, uma empresa de base florestal de grande porte.
A Eldorado, que poderá atuar também na área de papel, está construindo uma fábrica de celulose com capacidade para 1,5 milhão de toneladas por ano de fibra em Três Lagoas (MS). Considerando-se as fábricas de celulose que estão em operação atualmente, a Eldorado terá maior linha produtiva individual do mundo. A operação da Eldorado deve ter início em 2013, em razão de uma greve que atrasou o andamento da obra. Oficialmente, contudo, a data de partida da unidade fabril está mantida para novembro de 2012. Ao todo, serão investidos R$ 5,1 bilhões no projeto. Junto ao BNDES, a companhia já garantiu financiamento de R$ 2,7 bilhões.


BB rebate parecer do Cade sobre exclusividade no crédito consignado
Agência Brasil 01.09.2011 - O Banco do Brasil (BB) emitiu nota nesta quinta-feira (1/9) na qual rebate manifestação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, que determinou a suspensão imediata, pelo banco, de qualquer contrato de crédito consignado com cláusula de exclusividade.
A diretoria do BB ressalta que tomou conhecimento da divergência por notícias da imprensa e diz que aguarda comunicação formal do Cade para analisar todos os aspectos da situação para adotar as providências jurídicas cabíveis.
O banco alega que segue o entendimento da Advocacia-Geral da União (AGU), de que o assunto é objeto de regulamentação do Banco Central (BC), efetivada na Circular 3522, de janeiro deste ano. Até então, o BC não estabelecia restrições para esse tipo de convênio.
O BB admite que os contratos anteriores previam exclusividade e diz que pretende “exercer zelo pelo cumprimento das cláusulas pactuadas”, mas enfatiza que, de janeiro em diante, nenhum contrato traz cláusula de exclusividade para o crédito consignado.
A nota do BB esclarece que “o consignado é parte dos benefícios fornecidos pelos bancos, sob demanda, aos contratantes – estados e municípios. É o agente pagador, portanto, quem contrata o banco e determina as condições de operação do consignado”.
O banco destaca também que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece ser prerrogativa do Poder Público autorizar, ou não, o consignado em folha de pagamento, uma vez que o empréstimo tem custo para a administração municipal, a quem cabe optar “pelo melhor critério de escolha das credenciadas, entre as que oferecem mais vantagem ao Erário público”.
O BB reafirma, portanto, a legalidade e legitimidade dos contratos vigentes de exclusividade do consignado, realizados até janeiro, ao contrário do entendimento do Cade, órgão antitruste do Ministério da Justiça, que decidiu abrir investigação contra o banco para apurar “possíveis irregularidades” nos contratos em vigor.
O Cade determinou ainda prazo de 15 dias para o BB apresentar defesa, mas estipulou que a suspensão da cláusula de exclusividade deve ser imediata. O cancelamento terá de ser comunicado a cada um dos servidores públicos que têm contratos com o BB, e deve ser dada a possibilidade de o correntista quitar o financiamento e levar sua intenção de crédito para outra instituição.


Copel levanta empréstimo de R$ 600 milhões no BB para pagar debêntures
Valor 01.09.2011 - A Companhia Paranaense de Energia (Copel) levantou empréstimo de R$ 600 milhões junto ao Banco do Brasil, por meio de uma linha de capital de giro de longo prazo.
A operação terá vencimento em cinco anos e taxa de juros de 109,41% do CDI. A empresa usou integralmente os recursos para liquidar suas debêntures da quarta emissão, que venceram hoje


Leilão de transmissão terá forte presença da Eletrobras
Reuters 01.09.2011 - No total, dezesseis empresas e seis consórcios aportaram garantias para participar do certame, o segundo do segmento de transmissão do ano
O leilão de transmissão de energia elétrica desta sexta-feira contará com forte participação das empresas da Eletrobras Furnas, Eletronorte, Eletrosul e Chesf, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgadas nesta quinta-feira.
No total, dezesseis empresas e seis consórcios aportaram garantias para participar do certame, o segundo do segmento de transmissão do ano.
A Chesf, grande vencedora do último leilão irá à disputa sozinha e por meio do consórcio Garanhuns, com a Cteep, disputando o lote L, localizado na Paraíba e em Pernambuco.
Além disso, a Chesf tem interesse em disputar sozinha os lotes G, H e I, nos Estados do Piauí, Pernambuco e Bahia, respectivamente.
A Eletrosul, por sua vez, irá ao certame por meio do Consórcio Costa Oeste, junto com a Copel. O presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto, disse à Reuters que o consórcio disputará o lote E, no Paraná. Além disso, a Chesf já havia informado à Reuters os lotes que deveria disputar.
A Copel também vai ao leilão com a Elecnor Transmissão de Energia, por meio do Consórcio Linha Verde.
As outras companhias da Eletrobras, Eletronorte e Furnas, foram habilitadas para participarem sozinhas e, no caso da Eletronorte, também por meio do consórcio Boa Vista, formado com a Alupar.
Outras empresas cadastradas para participação isoladamente são Alupar, Abengoa, Construtora Queiroz Galvão, Neoenergia, Orteng, Taesa, Empresa Amazonense de Transmissão de Energia (EATE), FR Incorporadora, Elecnor Transmissão de Energia, Isolux Energia e Participações, e as espanholas Cobra Instalaciones y Servicios e Cymi Holding.
Ainda estão habilitadas a participarem da disputa o Consórcio Mato Grosso (Bimetal Energia e Advanced Investimentos e Participações) e o Consórcio Pirineus (FR Incorporadora, CEL Engenharia e Celg).
Regras: As empresas habilitadas para participar do leilão aportaram garantias referentes a 1 por cento do valor do investimento previsto pela Aneel.
O leilão de transmissão ocorre a partir das 10 horas desta sexta-feira e licitará 12 lotes compostos de 14 linhas, que totalizam 2.051 quilômetros de extensão, e 12 subestações.
Os novos empreendimentos serão construídos em 13 estados do país e somam investimentos de 2,8 bilhões de reais.
Os empreendimentos deverão ser construídos em prazos que variam de 18 a 36 meses e os contratos de concessão são de 30 anos.
Os vencedores do leilão serão aqueles que oferecerem o maior desconto em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima de cada lote. As RAPs de todos os lotes somada é de 341,2 milhões de reais.


Agrenco registra prejuízos de R$ 100,4 milhões no primeiro trimestre
Valor 01.09.2011 - A Agrenco apurou prejuízos líquidos de R$ 100,4 milhões no primeiro trimestre de 2011, revertendo um lucro de R$ 24,4 registrado em igual intervalo do ano passado, segundo os resultados do período apresentados hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A receita líquida da companhia caiu 91%, para R$ 423 mil no mesmo período de comparação.
Os resultados refletem o aumento de despesas gerais e administrativas, que praticamente dobraram em um ano, de R$ 69 milhões para R$ 120 milhões.
A empresa atrasou a divulgação dos resultados do primeiro trimestre em mais de três meses. O prazo de publicação de balanço desse período foi encerrado em 15 de maio.
A Agrenco, que tem sede em Bermudas, está em processo de recuperação judicial desde setembro de 2008. O processo foi desencadeado depois que a Polícia Federal prendeu alguns dos executivos e membros do Conselho de Administração, como parte de uma investigação iniciada no terceiro trimestre de 2007, que ficou conhecida como “Operação Influenza”.
Por causa dos problemas enfrentados e em razão de atrasos da divulgação de balanços, a CVM chegou a cancelar a negociação das ações da empresa na bolsa. A movimentação foi regularizada em janeiro deste ano.
Desde 8 de agosto, a Agrendo é presidida pelo executivo Fernando Antonio Lauria Nascimento. Em 15 de agosto de 2011, a companhia comunicou ao mercado a escolha do novo diretor financeiro), Leonardo Coelho, que tinha previsão de assumir o cargo hoje.
No relatório de administração, a empresa informa que “apesar dos contínuos esforços junto à operadora definida no plano de recuperação judicial, não foi possível durante este exercício levantar o capital de giro necessário à operação da companhia”.
Os administradores sinalizam algum otimismo com a operação por causa da retomada da construção de dois projetos, viabilizados com a aprovação do plano de recuperação judicial, em 19 de março de 2009 e homologado pela Justiça dia 22 de junho de 2009: complexos industriais de Alto Araguaia e Caarapó.
O Alto Araguaia foi reinaugurado em 27 de junho de 2011 e o de Caarapó tem início previsto de operação em no segundo semestre de 2011.


Dilma: concessões dificultam marco da mineração
GPdeLondrina 01.09.2011 - Presidente afirmou que a definição de normas para permitir a exploração por parte de empresas estrangeiras também atrasou a entrega do marco regulatório, que segundo ela deveria ter ficado pronto em julho
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, que a dificuldade para elaborar o novo marco da mineração está na regulamentação de concessões de exploração dos recursos naturais. Segundo ela, a legislação deve levar em conta tanto pequenas e médias empresas que necessitam de regras específicas quanto grandes companhias internacionais. "Há dois tipos de interessados: aquelas (empresas) que farão a pequena mineração e necessitam de regulamentação específica e a grande mineradora, que tem projetos que extravasam o país", disse.
Dilma afirmou que a definição de normas para permitir a exploração por parte de empresas estrangeiras também atrasou a entrega do marco regulatório, que segundo ela deveria ter ficado pronto em julho. "Nenhum país do mundo libera a exploração para estrangeiros sem que as regras estejam muito claras", afirmou. "Para que não tenhamos excessos ou escassez, estamos levando um prazo maior (para finalizar o projeto) do que eu havia comprometido, que era julho", disse.
A presidente lembrou que a proposta prevê regulamentação de acesso à lavra, regras para exploração e redefinição de valores da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), o chamado royalty da mineração. A intenção do governo, explicou, é aumentar a remuneração relativa a minérios com alta cotação no mercado internacional, como ferro, níquel e bauxita, e diminuir o valor pago por aqueles minérios que interessam ao País, como os utilizados na construção civil. "Há uma grande distorção nesse valor da CFEM", comentou.
Dilma, porém, disse que o governo avançou na proposta, tendo em vista que o marco do pré-sal demorou cerca de um ano para ficar pronto. "O marco da mineração vai levar o tempo de uma criança para nascer, uns nove meses", comparou.


V&M aponta prática de dumping chinês
Valor 02.09.2011 - Importadores de aço e a Vallourec & Mannesmann (V&M) estão chegando à reta final de um embate envolvendo a entrada de tubos da China no país. O Departamento de Defesa Comercial (Decom) está finalizando seu parecer sobre a investigação de dumping solicitada pela V&M contra os tubos de aço carbono sem costura de até cinco polegadas vindos do país asiático.
Na sequência, o documento será colocado à apreciação da Camex, que decidirá sobre a aplicação ou não de sobretaxa nas compras do produto. Há uma expectativa de que a definição seja conhecida até outubro, embora não exista um prazo estabelecido.
A V&M também pediu ao governo a prorrogação de direito antidumping contra os tubos sem costura de até cinco polegadas da Romênia, cuja investigação aguarda um parecer final.
A investigação envolvendo a China começou em dezembro, mas a disputa entre as partes envolvidas para convencer o governo a atender seus interesses se intensificou com a proximidade de uma resolução. Os importadores se organizaram para contestar o processo em um grupo formado por Comexport, Sideraço, Mercante Tubos, Columbia Trading, Âmbar DLI e Cotia Trading. Representantes dessas empresas e da V&M apresentaram seus argumentos em audiência realizada na terça-feira na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.
"A Mannesmann se mostrou pouco preparada para responder nossos questionamentos", disse Renata Dantas, diretora comercial da Cotia responsável pela área de importação de produtos siderúrgicos.
A posição dos importadores se centra nos impactos inflacionários das medidas de antidumping contra a China nos preços de produtos como veículos e combustíveis. Também citam que a capacidade produtiva da V&M é insuficiente para atender à demanda que surgirá com a exploração do pré-sal e os projetos de infraestrutura previstos para os próximos anos.
No total, somando produtos de todas as dimensões e qualidades, o Brasil consumiu 444 mil toneladas de tubos sem costura no ano passado - entre 340 mil toneladas produzidas internamente e 104 mil toneladas importadas.
No caso do tubo sem costura de até cinco polegadas, já é cobrada uma alíquota de importação de 16%. Mas o governo decidiu investigar as importações da China após constatar que o preço asiático - de US$ 983,47 por tonelada - era inferior em US$ 613,14 ao valor praticado no mercado americano, colocado como parâmero de "valor normal" de mercado na investigação. A diferença implica margem de dumping relativa de 62,3%.
Junto com a entrada mais agressiva dos importados, a V&M teve suas margens de rentabilidade pressionadas e perdeu participação de mercado, um quadro que resultou em quedas na produção.
Os importadores dizem que a V&M já opera com níveis de rentabilidade superiores a seus pares no mundo. Eles afirmam que a empresa perdeu participação de mercado em razão de uma política de preços abusivos e que os preços chineses estão perto da média praticada no mercado internacional.
Flávio Roberto Silva de Azevedo, presidente do conselho da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil, defendeu o caráter técnico dos pedidos de antidumping e negou que a intenção seja fechar o mercado. "Nós estamos dando aqui [ao inaugurar uma unidade em Minas] prova inconteste de que somos grandes amigos do mercado aberto. Estamos investindo R$ 5 bilhões numa empresa que se coloca na posição de exportadora", disse.


Siderúrgica é inaugurada em MG em meio a desaceleração no setor
Folha 02.09.2011 - Dois dias após o Instituto Aço Brasil rever para baixo o desempenho do setor siderúrgico em 8,5% no ano, a VSB (Vallourec e Sumitomo Tubos do Brasil) inaugurou a unidade em Jeceaba (MG), com capacidade anual de 1 milhão de toneladas de aço bruto.
A joint venture entre a francesa Vallourec (56%) e a japonesa Sumitomo Metals (44%) vai produzir 600 mil toneladas anuais de tubos sem costura em aço carbono e baixa liga, reforçando a posição das duas empresas no fornecimento mundial de tubos de alta resistência para a indústria de petróleo e gás.
A unidade de Jeceaba (a 107 km de Belo Horizonte) custou R$ 5 bilhões.
Esse valor inclui a construção anexa de uma pelotizadora de minério de ferro.
A siderúrgica foi inaugurada ontem pela presidente Dilma Rousseff.


Grifes colombianas miram varejo brasileiro
DCI 02.09.2011 - Atraídos pelo mercado brasileiro aquecido, grifes colombianas buscam parcerias comerciais no País. A Articur, por exemplo, colhe os bons resultados de um negócio fechado em 2010 com a rede varejista C&A. Neste ano, a empresa já tem pelo menos duas novas encomendas para o Brasil em nome da mesma rede.
A empresa diz que quem também está interessada nos calçados e acessórios de couro da Articur é a Lojas Renner. "Em seis meses saberemos se o negócio será fechado", afirmou o gerente-comercial da companhia colombiana, Alejandro Mesa. A negociação com a brasileira começou ontem, durante uma rodada de negócios promovida pela Agência de Promoção de Exportações, Importação e Turismo (Proexport), da Colômbia.
Outra colombiana ativa nas negociações é a Arpiel, que comercializa bolsas, além da PilyQ, fabricante de roupas de banho. Ambas vieram em busca de contratos com redes brasileiras, porquee, segundo a gerente de Vendas da PilyQ, Paola Giraldo, "os centros comerciais daqui têm as melhores marcas, com os preços mais altos do mundo."
Para a representante da Arpiel, Enith Andrea Díaz, "São Paulo, sozinha, significaria um negócio enorme para nós".


Corte chilena rejeita queixa contra fusão TAM e LAN
Estadão 02.09.2011 - A Corte Constitucional do Chile rejeitou uma queixa da PAL Airlines contra a fusão da LAN com a brasileira TAM, segundo comunicado divulgado em seu website. A decisão abre caminho para que o Tribunal de Defesa da Livre Concorrência do país (TDLC) analise o acordo, que vai criar a maior companhia aérea da América Latina e uma das dez maiores do mundo.
Embora a Corte Constitucional não tenha pedido que o TDLC interrompesse sua análise, analistas acreditavam que o tribunal antitruste não emitiria uma decisão sobre a fusão até que a Corte desse um parecer. Agora, o TDLC deve dar uma decisão em breve.
Após adiar por duas vezes sua decisão, a Corte Constitucional decidiu não aceitar a queixa da PAL, que reclamava que as propostas da LAN para minimizar os efeitos da fusão no mercado não eram suficientes. Dos membros da Corte, quatro decidiram não ouvir a reclamação, e apenas um foi favorável à PAL.
No Brasil, recentemente a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça aprovou a fusão da TAM com a LAN, poucos dias após uma decisão similar da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), principal regulador antitruste brasileiro, ainda não emitiu seu parecer.


China planeja investir R$ 10 bi em ferrovia no BR
DCI 02.09.2011 - Para ampliar atuação no transporte de grão na região do Mato Grosso uma comitiva de chineses da China National Machinery Corporation (CMC) virá ao Brasil com previsão de R$ 10 bilhões de investimentos em uma nova ferrovia entre Cuiabá e Santarém, no Pará.
Com quase 2 mil quilômetros de extensão, o trecho estava concedido à América Latina Logística (ALL) até o ano passado. A concessão foi devolvida ao governo federal por falta de interesse da empresa. Ainda não se sabe se a obra será PPP ou licitação.


Indústria nacional amplia participação em projetos
Valor 02.09.2011 - Em maio deste ano o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), fechou um contrato inédito com a Mectron, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial, hoje controlada pelo grupo Odebrecht. A empresa vai fornecer os sistemas da rede elétrica do foguete VLS, considerado um sistema de alto valor agregado e responsável pelos principais comandos do veículo.
"Esse foi um marco importante no envolvimento da indústria nacional no projeto do VLS, pois representa uma significativa participação no programa, tanto pela importância do sistema, quanto pelo valor do contrato, da ordem de R$ 22 milhões", disse o diretor do IAE, brigadeiro Francisco Carlos Melo Pantoja. Antes desse contrato as empresas só participavam do fornecimento de subsistemas menores do VLS.
A capacitação da Mectron na área de sistemas elétricos, segundo Pantoja, só foi possível depois que a empresa participou do desenvolvimento de outras redes elétricas, que embora menos complexas, foram importantes para a aquisição de experiência nessa área.
A Mectron atuou no desenvolvimento de mísseis para a Força Aérea Brasileira (FAB) e também no projeto Sara, do IAE, um satélite de reentrada atmosférica projetado para operar em órbita baixa. Para atuar no desenvolvimento dos sistemas elétricos do VLS, segundo Pantoja, a Mectron já contratou cinco especialistas aposentados do IAE, que trabalhavam nessa área no VLS.
A Embraer, segundo Pantoja, também demonstrou certo interesse em participar dos programas de lançadores do DCTA e uma das possibilidades analisadas é a da empresa se tornar um "main contractor" do programa e ser a responsável pela contratação de todas as empresas envolvidas no seu desenvolvimento e produção. Consultada, a Embraer não comentou o assunto.
Uma das dificuldades da participação industrial, segundo Pantoja, é que o mercado de lançadores não se autossustenta, porque as encomendas são pequenas. "Daí a necessidade de subsídio governamental", afirma.
Outra possibilidade de fornecimento importante dentro do programa de lançadores do IAE, segundo Pantoja, é na parte dos sistemas propulsivos (motores). Atualmente, a empresa Cenic desenvolve motores em fibra de carbono para o VLS.
Já o VSB-30, foguete de sondagem de pequeno porte, com 13 metros de comprimento, utilizado em missões suborbitais científicas e tecnológicas, já foi certificado e segundo Pantoja, está pronto para ser transferido para a indústria. Entre as empresas que já trabalham no projeto estão a Villares, Cenic, Fibraforte, Mectron, Compsis, Avibras e Orbital, entre outras.
A estatal sueca Swedish Space Corporation (SSC), dedicada ao desenvolvimento de tecnologia espacial, comprou vários foguetes de sondagem VSB-30. A empresa já utilizou com sucesso o foguete em 11 lançamentos de experimentos científicos e tecnológicos apoiados pela Agência Espacial Europeia (ESA).
O VSB-30, de acordo com o diretor do IAE, foi o primeiro produto espacial brasileiro a ser vendido no mercado externo e também o primeiro a receber uma certificação de nível internacional., A certificação do VSB-30, emitida em outubro de 2009, contou com uma rigorosa avaliação das Agências Espaciais Europeia (ESA) e Alemã (DLR) e também das companhias envolvidas no programa europeu de microgravidade, como a Astrium e a Kayser-Thredee.


País ganhará 77 shoppings entre 2011 e 2013, diz estudo
Estadão 01.09.2011 - No Sul e no Sudeste, a tendência é de interiorização: 31 dos 61 novos empreendimentos previstos para as duas regiões serão inaugurados em cidades do interior ou litoral. Novos empreendimentos devem ocupar Área Bruta Locável total de 2,31 milhões de metros quadrados.  A expectativa é de que sejam inaugurados 77 shopping centers no Brasil entre 2011 a 2013, segundo estudo realizado pela consultoria imobiliária CB Richard Ellis. Desse total, 29 devem abrir as portas ainda neste ano, 35 no próximo ano e 13 em 2013. Os novos empreendimentos equivalem a uma Área Bruta Locável (ABL) total de 2,31 milhões de metros quadrados. Atualmente existem 416 shoppings em operação no País, com ABL total de 9,73 milhões de metros quadrados.
O estudo também identificou outros 19 novos empreendimentos que já foram anunciados, mas ainda estão sem previsão de início de obras. Esses shoppings somariam mais 400 mil metros quadrados de ABL ao estoque. Além disso, estão em curso 27 expansões que devem acrescentar 225 mil metros quadrados em ABL ao setor, além de outras 17 expansões que foram anunciadas, mas ainda não tem prazo para início.
Conforme o levantamento da CB Richards, cerca de 60% do estoque da ABL existente se encontra na região Sudeste, 15% na região Sul, 14% na Nordeste, 8% na Centro-Oeste e 3% na região Norte. Essa configuração, de acordo com a consultoria, não mudar muito mesmo com as inaugurações previstas para os próximos anos. A maior parte dos novos empreendimentos continuará concentrada na região Sudeste (60,1%), seguida pelas regiões Sul (13,1%), Nordeste (13%), Norte (8,8%) e Centro-Oeste (5%).
Interiorização predomina no Sudeste: A pesquisa confirma também a tendência de interiorização no Sul e Sudeste, sendo que 31 dos 61 novos empreendimentos previstos para as duas regiões serão inaugurados em cidades do interior ou litoral. Em sua maioria, esses municípios registram renda per capita acima de R$ 15 mil e população entre 100 mil e 600 mil habitantes.
Em um intervalo maior, o levantamento mostra que entre 2011 a 2015 o País deve atingir um volume histórico de inaugurações para um período de cinco anos.


Eastman compra a brasileira Scandiflex
Valor 02.09.2011 - Conforme Pedro Fortes, diretor-geral da Eastman no Brasil, a companhia americana pretende expandir seus negócios no país por meio de aquisições.
A americana Eastman Chemical anunciou ontem sua primeira aquisição no Brasil. A companhia comprou 100% da empresa Scandiflex, com sede em Mauá (SP), especializada em plastificantes (aditivos que tornam o plástico flexível). O valor do negócio não foi divulgado.
No Brasil desde 1978 por meio de distribuição de seus produtos e também com licenciamentos de tecnologia, a Eastman resolveu apostar no país, considerado estratégico para a expansão da companhia fora do mercado americano e entre os países emergentes.
A forte demanda por especialidades químicas na América Latina levou a companhia americana a fazer investimentos no Brasil.
Segundo Pedro Fortes, diretor-geral da Eastman no Brasil, outras aquisições no país deverão ocorrer nos próximos meses. A gestora Stratus assessorou a Eastman nessa transação. "Essa operação no país é o primeiro passo de um plano de expansão maior", disse o executivo. O crescimento no país também será orgânico. A companhia não divulgou, contudo, quanto poderá investir na unidade produtora recém-adquirida.
Com faturamento de US$ 54 milhões em 2010 e entre 300 a 500 clientes no país, a Scandiflex fará parte do segmento de produtos químicos e intermediários da Eastman. Os plastificantes da companhia são usados na produção de brinquedos e tampas de refrigerantes PET, por exemplo.
A unidade da Scandiflex, fundada em 1965 em Mauá, tem capacidade instalada de produção de 20 mil toneladas/ano. Além de plastificantes voltados para PVC e borracha, a companhia produz polióis-poliésteres e sistema de poliuretano para solados.
No ano passado, a companhia americana registrou faturamento de US$ 5,8 bilhões - a América Latina responde por 5% desse valor. Além dessa fábrica recém-adquirida no país, a Eastman tem uma unidade produtora de adesivos no México. A empresa tinha uma fábrica na Argentina, mas se desfez do negócio há cerca de dois anos.
Ontem, a companhia Univar, distribuidora global de produtos químicos, anunciou a aquisição da Arinos, distribuidora brasileira de especialidades químicas e commodities químicas. O valor do negócio não foi divulgado. Essas recentes aquisições reforçam as apostas de empresas globais no setor químico do Brasil, cuja demanda tem crescido nos últimos anos.


Indústria puxa 'boom' da construção civil no País
DCI 02.09.2011 - Com um montante de US$ 211,3 bilhões nos seis primeiros meses do ano, crescimento de 51% ante os R$ 103 bilhões movimentados no mesmo período de 2010, a construção e montagem industrial, no Brasil, afasta rumores de desindustrialização e segue com perspectivas otimistas este ano.
"A expectativa é mantermos a média de crescimento do primeiro semestre e fechar 2011 bem acima de 2010", afirmou Viviane Guirao, diretora-executiva da consultoria ITC, responsável pelo levantamento do setor.
Entre os destaques do primeiro semestre na construção industrial ficaram as áreas de petróleo e gás, energia e mineração que movimentaram, somadas, US$ 151,4 bilhões, o que representa 71,6% de toda a demanda por obras da indústria.
O crescimento de aportes estrangeiros foi o que motivou a Optimum Investimentos a ampliar sua atuação no Brasil, partindo também para a área industrial. Este ano, a empresa veio ao Brasil à procura de boas oportunidades na construção comercial, mas viu na industrial uma boa saída para aportes. "O setor industrial acabou deslumbrando um pouco em razão da grande necessidade de obras e ofertas", afirmou Darius Alamouti, um dos sócios da empresa, inglesa.
Na mesma linha a Fontis Capital Group também veio para o Brasil para tentar encontrar boas oportunidades na construção civil. Especializada em mercados emergentes, principalmente na América Latina, a empresa, de acordo com o presidente do grupo norte-americano, John Daniel Druckman, está procurando oportunidades de investimento no Brasil na área de energia.


Direcional construirá 5,3 mil casas nos Amazonas
Valor 01.09.2011 - A Direcional Engenharia firmou hoje contrato com a Caixa Econômica Federal e Governo do Amazonas para construção de um empreendimento residencial no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Serão construídas 5.384 unidades habitacionais, com valor global de R$ 272,640 milhões, voltadas a famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. O contrato compreende a segunda fase do empreendimento “Residencial Meu Orgulho”.


Credit Suisse prevê corte de 1,5 ponto na Selic em outubro
Brasil Economico 01.09.2011 - Banco espera intenso afrouxamento monetário até o final do ano, projetando para janeiro de 2012 uma taxa básica de juros em 8,5%.
O cenário previsto pelo Credit Suisse, segundo o relatório assinado pelo economista Nilson Teixeira, inclui uma piora no ambiente macroeconômico global.
O banco espera uma deterioração dos indicadores econômicos dos países desenvolvidos e emergentes e a redução nos preços das commodities. A desaceleração da atividade no país também está prevista.
Somente diante dessas condições os juros poderão chegar a 8,5% ao ano em janeiro, na visão do Credit Suisse. "Dada a leitura do Copom, a resposta de política monetária apropriada seria a de concentrar os cortes em poucas reuniões", informa o documento.
No entanto, o banco suíço considera elevadas as chances de surgirem cenários alternativos. "Um cenário alternativo seria o de um corte de juros adicional de apenas 100 pontos base, totalizando um afrouxamento monetário de 150 pontos base, como reflexo de um crescimento no país muito acima de nossa expectativa e com alta adicional nos preços de commodities."
A Citi Corretora também espera três reduções na taxa básica de juros, porém acredita em cortes mais tímidos. A instituição espera um corte até os 10,5% ao ano em 2012.
"Nossa visão é que a indústria deve continuar mostrando taxas baixas de crescimento nos próximos meses", sinaliza o relatório assinado por Fernando Siqueira e Hugo Rosa.
Mercados: A mudança brusca na política monetária aplicada pelo Banco Central pode trazer volatilidade ao mercado, na visão de Marcelo Salomon, do Barclays Capital
"A surpresa do corte e a incerteza que a decisão tem gerado poderão ampliar os riscos na curva do mercado", sinaliza o relatório divulgado nesta tarde.
"Não esperamos que o mercado vá precificar um afrouxamento monetário agressivo por ora", explica Salomon que ressalta os riscos de inflação neste momento.
O BTG Pactual lembra, em relatório divulgado nesta quinta-feira (1/9), que agora vale a pena a exposição às ações de bancos, construtoras e varejistas.
"Estamos ampliando a exposição incluindo as ações do Itaú e da BM&FBovespa em complementação às do Bradesco, que incluímos na carteira de agosto", sinaliza o documento assinado por Carlos Sequeira, Bernardo Miranda e Antonio Junqueira. "Instituições financeiras têm sido negociadas a preços atrativos."
Entre as construtoras, o BTG mantém os papéis da MRV Engenharia e agrega também os ativos da PDG Realty. "Estamos avançando nossa exposição ao setor de construção civil em 30%, com 20% em PDG Realty."
No mercado varejista, Localiza e Magazine Luiza passam a compor o portfólio, mantendo as ações de Lojas Americanas em carteira.
"Estamos adicionando as ações da Localiza, pois os financiamentos mais baratos podem ajudar as companhias a vender carros usados."


Fraude no Galeão chega a R$ 150 milhões
Folha 02.09.2011 - Quadrilha com servidores da Receita e policiais federais impedia fiscalização no aeroporto internacional do Rio.
Grupo recebia propinas de passageiros que não pagavam por produtos importados; malas eram liberadas por R$ 300.
Uma quadrilha que atuava no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, desde 2009, lesou a Receita Federal em R$ 148 milhões.
O grupo, que tinha entre seus integrantes servidores da Receita e policiais federais, impedia que mercadorias trazida ao país fossem fiscalizadas pela alfândega.
Ontem policiais federais e auditores da Receita percorreram 39 endereços no Rio, em Brasília e em Salvador em busca de informações.
De acordo com as investigações, além de impedir a fiscalização de mercadorias, a quadrilha costumava retirar da fila da alfândega empresários que chegavam do exterior trazendo bens que deveriam pagar impostos. Em troca, recebiam propinas.
Outra forma de fraude mostra que produtos, principalmente de informática, eram enviados pelos correios para endereços fictícios e com declaração de conteúdo diferente do real. O endereço fictício permitia a identificação da carga, que era retirada antes da fiscalização.
As investigações começaram em 22 de outubro de 2009. Na ocasião, o policial federal Adir Meireles recebeu mensagens em seu celular.
Todas relatavam a entrada ilegal de mercadorias. Uma chamou a atenção: "amanhã chegará no Delta 061 às 9:19. A pescaria vai ser boa".
A informação se referia ao voo 061 da Delta Airlines, vindo de Nova York. Em bagagens foram encontrados equipamentos de informática avaliados em R$ 1 milhão.
No voo estava o caminhoneiro Fernando Duarte Santiago Rodrigues, que, segundo a Polícia Federal, seria o articulador do esquema, ao lado da sua mulher, Elizete.
Em dois anos, o morador de Teresópolis fez cem viagens internacionais. Seu advogado, Roberto Lippi Rodrigues, não respondeu às ligações feitas pela Folha.
De acordo com as investigações, oito pessoas traziam ao país eletrônicos e mercadorias encomendadas.
Contavam com o apoio das servidoras da Receita Tânia Mara Seidl e Rosângela Couto. Os produtos só chegavam nos dias em que a dupla estivesse de plantão. Elas receberiam R$ 300 para cada mala liberada de fiscalização.
Os policiais seguiram e fotografaram as servidoras. Em um dos casos flagraram Tânia se encontrando com Dário Machado Cordeiro, auxiliar de serviços gerais da empresa Angel's, em um bar na Ilha do Governador.
Segundo os investigadores, Cordeiro teria entregado um envelope para Tânia em que estaria o dinheiro da propina pela liberação das malas.
A Angel's afirmou que ele não trabalha na empresa. Cordeiro e os demais suspeitos não foram encontrados para comentar as denúncias.
Ninguém foi preso, mas, por determinação da Justiça, todos estão proibidos de deixar o país.




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