quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Azul.CA.21.09

Daily News


Itajaí retoma atividades, mas ainda avalia estragos
Valor 21.09.2011 - A redução do calado operacional de 11 metros para 9,5 metros e a suspensão das atividades do berço 1 de atracação foram os principais prejuízos causados pela enchente que atingiu Santa Catarina no começo de setembro ao complexo Portuário de Itajaí, no litoral Norte do Estado. Depois de sete dias com as operação totalmente suspensas, o porto retomou as atividades na semana passada, com a chegada dos primeiros navios.
Segundo a assessoria de imprensa do porto, ainda será feita uma batimetria para avaliar a extensão do assoreamento do rio Itajaí-Açu e da bacia de evolução do porto. As obras de dragagem do Programa de Aceleração do Crescimento II (PAC II), previstas para ampliar o calado do porto de 11 metros para 14 metros, ainda estão em curso. A draga, que já está no porto e iria fazer o trabalho de acabamento do aprofundamento do calado, irá ajudar na recuperação. A operação está prevista para começar ainda está semana.
As chuvas também causaram um dano no berço 1 de atracação que deverá mantê-lo inoperante pelos próximos seis meses. A empresa concessionária do berço, a APM Terminals, poderá operar o berço 4 em substituição ao berço 1, além de operar normalmente o berço 2 e ter a prioridade de operação no berço 3. Segundo nota divulgada pela empresa, com isso, a APM Terminals permanece operando normalmente em três berços.
Com a velocidade da correnteza, devido a vazão do grande volume de água represado nos municípios do Vale do Itajaí, o berço 1 sofreu rebaixamento da plataforma do cais em alguns pontos, variando entre 15 centímetros e 20 centímetros. O conserto deverá ficar a cargo da APM Terminals.
De janeiro a julho, o porto de Itajaí movimentou 6.048.833 toneladas contra 5.343.676 no mesmo período de 2010, um crescimento de 13%. Em agosto, o porto ficou parado durante oito dias em função da maré cheia, o que impactou o resultado.
O Complexo Portuário encerrou o mês de agosto com um crescimento global, comparado com igual período do ano passado, de 14%. Porém, em comparação com julho de 2011, foi registrada uma queda de 4,6%. Com uma movimentação de 91,75 mil TEU's (unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) o mês de agosto foi o segundo melhor mês de todos os tempos do porto de Itajaí. As chuvas vão impactar os resultados para o mês de setembro.

BRF negocia compra de ativos de suínos da Doux no RS
Reuters 20.09.2011 - A Brasil Foods informou nesta terça-feira que está em negociação visando a aquisição de alguns ativos relacionados com a operação de produção e abate de suínos da francesa Doux, localizados em Ana Rech, no Rio Grande do Sul.
"Esta negociação não envolve a aquisição de qualquer marca", acrescentou a companhia, sem dar mais esclarecimentos.
A negociação é anunciada cerca de dois meses depois do acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a incorporação da Sadia pela Perdigão, operação que deu origem à BRF.
Para aprovar a operação com a Sadia, o Cade determinou que a BRF venda dez fábricas de alimentos processados, dois abatedouros de suínos, dois de aves, entre outros ativos, além de marcas, o que deve ocorrer em 2012, segundo informou a empresa anteriormente. O acordo previu ainda a suspensão temporária das marcas Perdigão e Batavo em alguns segmentos.
A negociação dos ativos da Doux foi considerada importante por um analista sênior do mercado, mas ele disse ter dúvidas se isso não interferiria no acordo no Cade.
Não havia imediatamente representantes da BRF, da Doux e do Cade disponíveis para dar mais detalhes sobre o assunto.
"Se comprarem, é uma belíssima operação... Mas dá um pouco de dúvidas, se o Cade dá a instrução para que a empresa se desfaça dos ativos, fica um pouco curioso, mas o Cade tem razões que a própria razão desconhece", afirmou Osler Desouzart, consultor da OD Consulting, ex-executivo da Sadia e da Perdigão.
Segundo o analista, a operação em Ana Rech tem uma capacidade de abate de 3.200 suínos por dia e é autossuficiente em termos de fornecimento de animais.
"Os animais abatidos são produzidos nas próprias granjas, isso permite condição extraordinária em termos de padrão de qualidade."
Segundo Desouzart, faz sentido para a Doux a venda da operação de suínos, algo que vem sendo comentado no mercado há algum tempo, considerando que a empresa está em dificuldades financeiras no mundo.
"A única operação (de suínos) que eles têm no mundo é no Brasil, de certa maneira, para o grupo, suíno é um estranho no ninho."
No Brasil, a francesa Doux possui unidades no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul.
As ações da BRF encerraram em queda de mais de 2 por cento nesta terça-feira, enquanto o Ibovespa caiu 1,27 por cento.

Marfrig quer vender terminal portuário de Santa Catarina
Exame 20.09.2011 - Empresa afirma que pretende focar apenas no desenvolvimento, produção e comercialização de alimentos à base de proteínas animais.
O frigorífico Marfrig informou que avalia vender seu Terminal Portuário de Itajaí (SC), adquirido quando da compra da Seara Alimentos, em 2010. De acordo com a empresa, já há interessados em comprar o ativo.
A decisão faz parte da estratégia da empresa em focar em seu negócio principal -- desenvolvimento, produção e comercialização de alimentos à base de proteínas animais -- ampliando sua competência global em carnes bovina, suína, aves, peixes, cordeiros e em produtos elaborados.
No domingo, a empresa anunciou a venda do braço de logística da Keystone Foods, adquirida por 1,2 bilhão de dólares no ano passado, para a multinacional americana Martin-Bower. O valor da operação foi de 400 milhões de reais. A justificativa da venda foi a mesma.
Analistas do mercado, no entanto, afirmam que a tanto a venda do braço logístico da Keystone quando a possível venda do terminal seriam uma saída para minimizar as dívidas da companhia, que atingiu 10,3 bilhão de reais no segundo trimestre.

Copacabana no Rio projeta taxa de ocupação de 85%
Valor 21.09.2011 - Aumento na renda da população e na percepção de segurança, realização de grandes eventos e a divulgação de notícias que favorecem a imagem do Rio de Janeiro estão aumentando a presença dos turistas brasileiros em alguns dos principais hotéis da cidade, inclusive nos períodos de Réveillon e Carnaval. Há casos em que a proporção de ocupação dos viajantes nacionais supera a de estrangeiros, invertendo a relação de um passado não tão distante.
O tradicional Copacabana Palace é um dos grandes hotéis que têm notado as mudanças no perfil de sua base de clientes. O diretor de marketing do estabelecimento, Luca Raposo, disse que a participação média de turistas estrangeiros na clientela do hotel era de 70% há dois anos e, atualmente, passou a 55%, uma vez que a presença dos brasileiros no hotel elevou-se de 30% para 45%.
O Copacabana possui 238 quartos, desde o ano passado. No ano anterior, eram 223 unidades. Para a temporada do verão, o Copacabana Palace projeta, em média, taxa de ocupação de 85%, acima dos 78% auferidos na temporada anterior.
Para as festas de Carnaval e do Réveillon, a expectativa do hotel é de uma taxa de ocupação de 98% a 100%, semelhante ao verificado nas últimas edições dos dois eventos. Até agora, foram reservados 75% dos quartos do Copacabana Palace para o Ano Novo e 70% para o Carnaval.
O Marina All Suites, cujos clientes brasileiros são 80% do total de frequentadores do hotel, também espera 100% de ocupação para essas datas festivas, mas até agora as reservas alcançaram 40% do limite de ocupação, de 36 suítes.
No outro hotel da rede, o Marina Palace, com 150 quartos, as reservas para o Carnaval atingiram 80% da capacidade total, ao passo que para o réveillon a demanda está em 30%. A diretora de vendas e marketing da rede, Tatiana Costa, explica que a procura por pacotes para o Rio de Janeiro ainda está para se aquecer, o que passa a ocorrer mais intensamente a partir de setembro.
Paulo Marcos, gerente de marketing da Windsor, diz que apenas dois dos dez hotéis da rede estão com ocupações razoáveis para o Réveillon. "O brasileiro costuma definir sua viagem perto das datas festivas", afirmou. Para o verão, a rede projeta taxa de ocupação média de 85%. "É uma taxa boa porque nessa época o turismo de negócios cai."
A companhia de viagens Master Turismo, com dez lojas espalhadas pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, ainda não percebeu grande procura por pacotes para a cidade do Rio. Mesmo assim, o gestor de lazer da empresa, Jackson Almeida, disse esperar uma forte demanda de pacotes, com a proximidade do fim do ano.

Condor avança e foca expansão fora do Paraná
DCI 21.09.2011 - O Condor Super Center, oitava maior rede de supermercados do País, inaugura uma unidade em outubro e outra em novembro, ambas no Paraná, onde a companhia atua. O presidente Pedro Joanir Zonta diz que pretende chegar a um faturamento de R$ 2 bilhões em 2014 e conta que a empresa deve ir para outras regiões do Brasil a partir de 2016.
Para o ano que vem, já há quatro novos empreendimentos planejados pelo grupo.

Avert, laboratório de sócios da Biolab, adquire o Zurita
Valor 21.09.2011 - Cleiton de Castro Marques, da Avert "grande apelo no segmento popular".
A farmacêutica Avert, criada por três sócios da Biolab, um dos maiores laboratórios do país, anunciou a aquisição da companhia Zurita, de Araras (SP), cujo carro-chefe na produção é a linha Acnase (combate acne). A aquisição marca a entrada da Avert no segmento popular de medicamentos isentos de prescrição (MIP) médica.
Cleiton de Castro Marques, presidente da Biolab e um dos sócios da Avert, afirmou ao Valor que a farmacêutica paulista foi criada em meados no ano passado e ainda estava inoperante. "Surgiu a oportunidade de adquirir os ativos da Zurita, que têm grande apelo no segmento popular", afirmou. O valor do negócio não foi divulgado.
Além da linha Acnase, o laboratório de Araras também comercializa produtos conhecidos no mercado como o xarope Broncofenil, Sinustrat (combate a sinusite e resfriado) e o Fatigan Plus. No ano passado, o Zurita registrou faturamento de R$ 25 milhões. "Compramos os ativos, que inclui o laboratório, e os produtos, mas a marca Zurita fica de fora", afirmou o empresário.
A expectativa é de que a farmacêutica Avert, já com os novos produtos, cresça entre 10% e 15% nos próximos anos. Os empresários estão reforçando suas apostas no avanço da classe C no mercado, com aumento de renda da população e o maior acesso a medicamentos. Segundo Marques de Castro, a Avert poderá fazer futuras aquisições em medicamentos populares para avançar neste segmento.
A Avert vai ser o braço farmacêutico popular dos irmãos Cleiton de Castro Marques e Paulo de Castro Marques, e do empresário Dante Alário Júnior. Os três são sócios do laboratório Biolab junto com Fernando de Castro Marques, que é presidente da farmacêutica União Química. Fernando não faz parte da Avert.
Os três irmãos têm participação cruzada nos laboratórios Biolab e União Química e negociam atualmente o fim da participação cruzada nos laboratórios. Os bancos Deutsche Bank e o BTG Pactual foram contratados para assessorar essa operação.
Apesar de serem sócios da Biolab, fundada há 13 anos, a Avert não tem vínculo com essa farmacêutica. "Queremos deixar os negócios separados. A Biolab é especializada em medicamentos de prescrição médica, com foco nas áreas de cardiologia, ginecologia e dermatologia", explicou. No ano passado, a Biolab obteve faturamento de cerca de R$ 600 milhões.
Nos primeiros meses deste ano, o movimento de concentração no setor farmacêutico continuou acelerado. Até junho, foram concretizadas 11 negociações de fusões e aquisições, segundo levantamento da consultoria KPMG. Em 2010, foram 18 operações, ante 12 no ano anterior. "As transações no setor estão acontecendo em ritmo acelerado e vêm aumentando relativamente a cada ano. O que prova que é um setor que vem se consolidando", afirmou o sócio da KPMG no Brasil, Luis Motta. Esse setor tem atraído grandes multinacionais e estimulado a união de gigantes nacionais.

Farmacêutica MSD
Folha 21.09.2011 - A farmacêutica MSD investirá, em todo o mundo, US$ 500 milhões (cerca de R$ 895 milhões) nos próximos dez anos para reduzir as mortes em decorrência de complicações na gravidez e no parto. O novo projeto foi discutido ontem entre a empresa e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O valor será aplicado no desenvolvimento de novas tecnologias e na conscientização da população, entre outros projetos.

TCI BPO capta R$ 99 milhões em debêntures e notas
Valor 21.09.2011 - A TCI BPO, empresa paulista especializada na terceirização de serviços na área de tecnologia da informação (TI), captou R$ 99 milhões com os bancos Credit Suisse, Espírito Santo e BBA. A operação foi dividida em emissões de R$ 66 milhões em debêntures e R$ 33 milhões em notas promissórias.
A colocação das debêntures foi realizada pelo Credit Suisse, que comprou metade dos títulos. A outra parcela foi adquirida pelo Banco Espírito Santo. O BBA ficou com os R$ 33 milhões em notas promissórias, que, quando vencerem, em novembro, serão substituídas também por debêntures. Nesta semana, a empresa está em "road show" no exterior para se apresentar a investidores. Na bagagem, vai levar o reforço de capital e as intenções para fazer aquisições e, no futuro, uma oferta de ações.
As debêntures têm prazo de cinco anos e não são conversíveis em ações. A operação tem carência de 18 meses para o pagamento de principal e juros trimestrais de CDI mais prêmio de 4,5% ao ano.
Segundo Roberto Marinho Filho, fundador e presidente da companhia - e que não tem nenhum parentesco com a família proprietária das Organizações Globo - os recursos serão usados para três fins: um terço para novos projetos, um terço para quitar dívidas de curto prazo e um terço para aquisições. Os alvos potenciais são empresas com boas carteiras de clientes e companhias com atuação em segmentos não atendidos pela TCI BPO atualmente.
De acordo com Daniel Guedes, vice-presidente de fusões e aquisições da companhia, pelo menos uma operação será anunciada até o fim do ano. "Estamos em negociações avançadas com três empresas", diz o executivo. A aquisição mais recente da companhia foi realizada no ano passado, quando incorporou a Build Up, empresa da Edenred, (antiga Accor Services), especializada na terceirização de serviços de folha de pagamento. O valor da operação não foi divulgado. Com quatro mil funcionários, e 400 clientes ativos, a TCI BPO projeta um crescimento de 34% em 2011, chegando a um faturamento de R$ 300 milhões.

Unicel desaparece, mas deixa dívidas e reclamações
Valor 21.09.2011 - A Unicel, operadora de celulares que estreou em 2008 com a promessa de ser a "Gol da telefonia móvel", desapareceu do mercado - deixando para trás dívidas e reclamações de assinantes.
Até a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) perdeu o rastro da companhia. Em comunicado publicado no "Diário Oficial da União", em agosto, o órgão declarou que a Unicel "se encontra em local incerto e não sabido."
Na esfera judicial, o destino da empresa, de seus acionistas e executivos também é desconhecido. Ações contra a Unicel - incluindo pedidos de falência - tramitam com lentidão porque os oficiais de Justiça não conseguem notificá-la.
Enquanto isso, os órgãos de defesa do consumidor acumulam reclamações contra a operadora. No site Reclame Aqui, boa parte das 74 queixas registradas refere-se à falta de sinal da rede. Alguns clientes dizem não conseguir usar os créditos que compraram para o celular pré-pago. No Proteste, foram contabilizadas 36 reclamações em 2010.
Operadora estreou no mercado em 2008, acenando com serviços de baixo custo e foco no consumidor jovem
A Unicel pertence à família do empresário José Roberto Melo da Silva e entrou em atividade após longa disputa com a Anatel, prometendo investir US$ 120 milhões.
No ano passado, a empresa esteve nos holofotes quando vieram à tona notícias de que teria sido favorecida pela então chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, para obter uma licença de operação na faixa de 400 megahertz. José Roberto Camargo Campos, marido da ministra, era consultor da Unicel.
Desde maio, a Unicel não presta informações à Anatel. Naquele mês, a empresa - cujo nome comercial é Aeiou - tinha 14.565 clientes. O número é irrisório: equivale a 0,007% dos assinantes de telefonia móvel no país.
A companhia também está em falta com pagamento das licenças adquiridas em leilões promovidos pela Anatel em 2005 e 2007 - uma outorga para atuar na Grande São Paulo e uma faixa de extensão. Nos dois casos, a empresa pagou a parcela inicial (10% do total), mas não quitou as seis prestações restantes. O montante que ainda teria a pagar beira os R$ 100 milhões.
Por causa das dívidas, a Unicel foi inscrita no cadastro de inadimplentes do governo federal (Cadin) deste ano. Segundo a Anatel, a operadora poderá perder as licenças se não regularizar a situação.
Em julho, a agência exigiu a devolução de 48 dos 50 prefixos de celular que cabiam à Unicel, alegando que estavam subutilizados.
Procurada pelo Valor, a Anatel não informou, até o fechamento desta edição, se a empresa continua em atividade. A dúvida é relevante, já que as frequências do espectro radioelétrico - imprescindíveis à prestação de serviços de telefonia e banda larga móvel - são um bem público e limitado.
Sob o nome de Aeiou, a Unicel lançou suas operações na Grande São Paulo, em 2008, inspirada na companhia aérea Gol e prometendo serviços de baixo custo. Com foco no público jovem, instalou sua sede em um casarão na Vila Madalena, bairro paulistano conhecido por seus bares e ateliês de arte.
Mas a Aeiou nunca decolou. No auge, teve 22 mil clientes - bem longe do plano de chegar a meio milhão de assinantes em um ano.
A companhia também se envolveu em uma disputa societária. O americano Edward Jordan e a brasileira Gedilva Targino, investidores da companhia junto com Melo da Silva, retiraram-se antes mesmo de a Aeiou inaugurar seus serviços.
Em 2008, a HiTs Telecom adquiriu 49% da Unicel. Porém, um ano mais tarde, o grupo saudita recorreu a uma câmara de arbitragem, acusando a empresa de não transferir a participação devida.
A Unicel mudou sua sede para Brasília em maio de 2009, mesmo sem nunca ter operado no Distrito Federal. Na Junta Comercial de São Paulo, consta que o escritório da Vila Madalena seria transformado em filial, mas ele foi fechado.
Processos judiciais consultados pelo Valor fazem várias referências à dificuldade de se obter contato com a empresa. A maior parte das ações é movida por fornecedores. A empresa de software Cadmus pediu a falência da Unicel por causa de uma dívida de R$ 26,9 mil. O juiz Caio Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decidiu citar a operadora por meio de um edital, após diversas tentativas fracassadas de notificá-la. "Não recebemos um tostão", afirma Claudinei Almeida, sócio da companhia credora.
Outras ações pedem o bloqueio dos bens pessoais dos controladores. Na Junta Comercial, a Unicel está registrada em nome de José Roberto Melo da Silva, Simone Macedo Melo da Silva, Renata Macedo Melo da Silva e Elav Participações. A Elav pertence a Simone e Renata.
O Valor fez diversas tentativas de contato com José Roberto, Simone e Renata Melo da Silva, sem êxito. Edward Jordan respondeu a um e-mail afirmando não ter informações atuais sobre a empresa e dizendo que tentaria encontrar alguém que pudesse ajudar, mas não voltou a se manifestar.
A reportagem enviou e-mails e ligou para um telefone fixo e dois celulares de Melo da Silva. No telefone móvel da Aeiou, a mensagem é de que "o número chamado não existe".

Anac aprova compra da Webjet pela Gol
Reuters 20.09.2011 - A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou nesta terça-feira com restrições a compra da Webjet pela Gol.
Segundo a Anac, o que foi aprovado foi a gestão financeira da Webjet pela Gol. As operações das duas empresas, porém, continuam separadas até que seja feito um outro pedido de aprovação para a união total das marcas.
A Gol anunciou no início de julho a compra da Webjet, em uma operação de 311 milhões de reais que inclui dívida de cerca de 200 milhões. A transação precisa passar ainda pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Gol voltou à liderança do mercado doméstico de aviação no mês passado, mas se manteve bastante próxima da TAM, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Anac.
De acordo com a agência reguladora, a participação de mercado da Gol avançou de 38,62 por cento em agosto de 2010 para 38,84 por cento no mês passado. A taxa de ocupação da companhia ficou em 69,64 por cento, avanço ante os 67,75 por cento no mesmo mês de 2010.
A TAM, por sua vez, teve sua participação de mercado recuando de 43,14 por cento para 38,37 por cento, na mesma base de comparação. A taxa de ocupação da companhia também cedeu: de 68,83 por cento em agosto do ano passado para atuais 64,27 por cento.

Elektro anuncia que processo de OPA foi aprovado
Estadão 20.09.2011 - A distribuidora de energia Elektro recebeu aprovação, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) da oferta pública de aquisição de ações ordinárias (OPA) em circulação, decorrente da alienação do seu controle acionário para o grupo espanhol Iberdrola, segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira.
Os acionistas vão receber uma carta-convite com os termos e condições da OPA. A distribuidora, que tem área de concessão em 223 municípios do Estado de São Paulo e cinco no Estado do Mato Grosso do Sul, foi adquirida pela Iberdrola em janeiro deste ano, por 2,4 bilhões de dólares.
A operação foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em março e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica em abril.

Desenvix recebe registro de companhia aberta na CVM
Valor 21.09.2011 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu registro de companhia aberta à Desenvix Energias Renováveis, braço de geração de energia da Engevix. A empresa tentava desde o ano passado emplacar sua oferta inicial de ações no Novo Mercado da BM&FBovespa, mas em março pediu a interrupção da análise da operação devido ao mau humor do mercado.
Em maio deste ano, acabou optando pelo Bovespa Mais, o chamado mercado de acesso da bolsa brasileira. A Desenvix deve ser a segunda companhia a integrar esse segmento, que é reservado para empresas de pequeno e médio portes. Desde 2005, a única empresa que fez a sua listagem no Bovespa Mais é a Nutriplant, que atua no segmento de fertilizantes.
Na bolsa, a empresa pretende captar recursos para projetos de energia renovável, especialmente de origem hidroelétrica. Questionada sobre se pretende realizar sua oferta inicial de ações em breve, a Desenvix respondeu apenas que não há um prazo determinado para que isso aconteça.
A companhia pretende fazer investimentos de R$ 1,5 bilhão em novos projetos nos próximos cinco a seis anos, por meio de aportes dos sócios e de financiamentos estruturados.
A Desenvix tem como sócios a Jackson - holding do grupo Engevix -, a Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, e agora a norueguesa SN Power, que no mês passado adquiriu 40,6% da empresa, por R$ 706 milhões. O negócio ainda depende do aval das autoridades reguladoras. Após a transação, a holding SN Power e a Funcef ficarão com participação de 40,6% e de 18,7% do capital, respectivamente.
Atualmente, a companhia possui investimentos em oito ativos de energia renovável em operação, com capacidade de 162 megawatts. A empresa também tem outras nove unidades em construção, com geração total estimada de 176 megawatts. Os projetos que ainda estão ainda em desenvolvimento pela Desenvix totalizam 1.600 megawatts.
A maioria desses projetos é formada por hidrelétricas, mas os ativos também incluem dois parques eólicos e uma usina de biomassa em construção.
Os negócios da Desenvix ainda incluem uma participação de 50% na Enex, empresa especializada na operação e manutenção de pequenas e médias usinas hidrelétricas.

Confab pode ter que fazer nova avaliação para fechar o capital
Valor 21.09.2011 - A Confab convocou para o dia 18 uma assembleia de acionistas para deliberar sobre a realização de uma nova avaliação das ações da companhia, que pretende realizar uma oferta pública de ações (OPA) para fechamento de capital.
A Tenaris, controladora da Confab, propôs o pagamento de R$ 5,20 por ação, um prêmio de 32% sobre o pregão do dia anterior ao anúncio da oferta, feito no fim de agosto. Porém, acionistas minoritários que detêm juntos mais de 10% dos papéis em circulação da empresa discordaram do valor e pediram uma reavaliação.
No edital de convocação da nova assembleia, a Tenaris ressalta que pode desistir da oferta, caso os acionistas decidam por uma nova avaliação, cujo laudo venha a apurar valor superior ao proposto na OPA. As ações preferenciais da Confab encerraram o pregão de ontem estáveis, cotadas a R$ 4,95.
Recentemente, um grupo de minoritários do UOL também discordou do valor proposto pela Folhapar para o fechamento de capital e os acionistas vão deliberar sobre nova avaliação no dia 5.

Programa define mais 4 usinas nucleares
Valor 21.09.2011 - Mesmo depois dos acidentes em Fukushima, no Japão, o governo faz uma aposta na expansão do programa nuclear brasileiro, prevendo "projetar e viabilizar" quatro usinas para a geração de energia atômica até 2015, mas não menção, no plano plurianual, sobre a localização das usinas.
O documento fala ainda sobre uma reorganização institucional do setor, com a criação da Agência Reguladora Nuclear, além da formação de 164 profissionais voltados aos segmentos de pesquisa avançada, desenvolvimento tecnológico e indústria nuclear.
Governadores de pelo menos quatro Estados do Nordeste - Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe - vinham travando uma disputa de bastidores para receber duas das quatro usinas. As outras duas estavam previstas inicialmente para o Sudeste.
No entanto, as explosões em Fukushima congelaram as discussões e criaram incertezas sobre a continuidade dos planos, após a conclusão de Angra 3, programada para dezembro de 2015. Agora, o PPA aparentemente dissipa as dúvidas sobre a disposição do governo de continuar apostando na geração de energia atômica como complemento à matriz.
Para resolver um dos problemas mais questionados pelos ambientalistas, o da destinação definitiva do lixo nuclear, o governo se compromete a "atingir 45% do cronograma físico de implantação" do depósito de rejeitos de baixa e média radioatividade, em 2015. Segundo a Eletronuclear, o início das obras está previsto para 2014 e a operação começará em 2018.
Há outras duas metas consideradas essenciais pelo setor. Uma é a construção do reator multipropósito brasileiro, que deverá estar com 50% das obras concluídas até 2015, para permitir a produção nacional de radiofármacos e "ampliar o acesso à medicina nuclear" no Sistema Único de Saúde (SUS).
Outra é terminar a construção de um reator experimental para a produção de energia elétrica, com tecnologia nacional e 11 megawatts de potência, que servirá como protótipo em terra do sistema de propulsão naval usado no futuro submarino nuclear, considerado estratégico pela Marinha. É o que os militares têm chamado de Labgene - sigla para Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica.
Além da energia atômica, o governo mantém a aposta nos grandes empreendimentos hidrelétricos na Amazônia. A próxima ficha está na usina de São Luiz do Tapajós, no Pará, cujos estudos de viabilidade estão sendo feitos por um consórcio entre Camargo Corrêa, EDF e Eletronorte.

Até 2015, União quer licitar 2,2 mil km de rodovias e o pré-sal
Valor 21.09.2011 - Maria Lúcia Falcón, coordenadora do PPA no Planejamento: "Com as metas, fica mais fácil identificar ações que, muitas vezes, atravessam vários ministérios".
Os detalhes contidos no Plano Plurianual 2012-2015, recém-enviado ao Congresso, revelam metas setoriais do governo que ainda são total ou parcialmente desconhecidas do mercado. O plano expõe a intenção da presidente Dilma Rousseff de fazer, nos próximos quatro anos, duas rodadas de licitações em áreas do pré-sal com o novo regime de partilha e sete leilões em bacias maduras e em campos marginais.
Na infraestrutura, o compromisso é conceder 2.234 quilômetros de rodovias federais à iniciativa privada e expandir em 4.546 quilômetros a malha ferroviária nacional, além de duplicar a capacidade dos aeroportos, tanto para passageiros quanto para movimentação de cargas.
No PPA, o governo não trata apenas de traçar as perspectivas de investimentos na economia e de ações individuais dos ministérios dos próximos quatro anos, mas também estipula metas ousadas para o saneamento das contas públicas. Uma delas inclui o equilíbrio atuarial dos regimes próprios de Previdência Social dos Estados e municípios - fonte, hoje, de larga diferença entre os recursos que entram, via contribuições dos servidores na ativa, e o dinheiro que sai, em forma de aposentadorias e pensões.
O governo também se propõe a regulamentar o Projeto de Lei 1.992/07, que cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), atualmente em tramitação na Câmara, que serviria para reduzir o déficit dos servidores federais, que neste ano deve atingir pouco mais de R$ 57 bilhões.
Na área de indústria e comércio, o governo assume a meta de internacionalizar 30 empresas do setor manufatureiro e de aumentar, de US$ 32,5 bilhões para US$ 68,4 bilhões, o valor exportado anualmente por companhias apoiadas pela Apex. Também promete, na tentativa de resolver a crônica escassez de financiamento das micros e pequenas empresas, ampliar de R$ 5 bilhões para R$ 21,2 bilhões a oferta de crédito do BNDES ao conjunto de firmas que mais cria postos de trabalho na economia.
O plano 2012-2015 está dividido em 45 programas temáticos, com 491 objetivos e 2.503 iniciativas. Ele foi enviado ao Congresso no fim de agosto e poderá receber emendas durante sua tramitação. Ao definir o "plano geral de voo" dos próximos três anos do governo Dilma e do primeiro ano do governo seguinte, prevê investimentos totais de R$ 5,4 trilhões no período, montante 38% maior que o PPA anterior.
A principal diferença em relação aos planos anteriores é que o foco sai de "tecnicalidades orçamentárias" para se concentrar nos resultados das chamadas "agendas transversais", diz a secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos, Maria Lúcia Falcón, que coordena o PPA no Ministério do Planejamento. "Com as metas, fica mais fácil para qualquer cidadão identificar ações que, muitas vezes, atravessam vários ministérios."
Para ilustrar, Lúcia abre um dos três volumes de acompanhamento do plano 2007-2011, com 1.381 páginas. O livro contém centenas de tabelas com a execução orçamentária de autarquias e de empresas estatais, mas é praticamente impossível saber a real situação dos programas definidos pelo governo como prioritários. "Hoje, as avaliações do PPA não permitem observar os resultados finais", lamenta a secretária. "É o que resolvemos mudar."
Lúcia assegura que mudará ainda a forma de monitoramento. "Nos planos anteriores houve muita participação da sociedade civil na elaboração, mas não no acompanhamento", ressalta. Para corrigir isso, estão programadas reuniões periódicas de prestação de contas, como o 2º Fórum de Conselhos Nacionais, em 13 de outubro. São 34 entidades, integradas por representantes da sociedade, como o Conselho de Meio Ambiente (Conama), o de saúde e o de educação. Isso garante, na visão da secretária, cobranças para o aperfeiçoamento das ações oficiais e mesmo para a correção de rumos. "Não adianta fazer alguma coisa chapa-branca", afirma.
Ao detalhar os planos do governo para o próximo quadriênio, com base em consultas a todos os órgãos da administração pública federal, o PPA se tornou também o mais amplo guia para potenciais investidores no país.
Um dos exemplos está na aviação civil, há oito anos seguidos com crescimento de dois dígitos, que se prepara para uma onda de investimentos privados na concessão de aeroportos. O plano do governo é dar à rede aeroportuária, em 2015, capacidade para receber 305 milhões de passageiros - no ano passado, passaram 155 milhões de passageiros pelos 66 terminais da Infraero. O número de localidades atendidas por rotas aéreas comerciais deverá aumentar de 130 para 150. Já a quantidade de assentos oferecidos em voos internacionais subirá dos atuais 9,8 milhões para 15,2 milhões. Para atender a essa demanda, será necessário formar 1.900 pilotos em quatro anos.
Para chegar a esses resultados, o governo promete um "plano de incentivos" para a aviação regional, a revisão dos acordos bilaterais que definem o número de voos permitidos para outros países, medidas de "estímulo à concorrência" entre empresas e a "efetivação de mecanismos de financiamento de aeronaves".
Há um compromisso claro de retomar as concessões de estradas federais, em ritmo lento desde a entrega para a administração privada de rodovias como a Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte) e Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba), em 2007. Com a alegação de "propiciar mais segurança e qualidade no deslocamento", três trechos serão concedidos: a BR-040, de Brasília a Juiz de Fora, com 956 quilômetros; o trecho capixaba da BR-101, com os 461 quilômetros entre a divisa com o Rio de Janeiro e a divisa com a Bahia; e os 817 quilômetros da BR-116 em Minas Gerais.
Se tudo o que está no plano plurianual realmente sair do papel, a malha rodoviária ficará mais segura e controlada. Está prevista a instalação de 2.696 radares de velocidade nas estradas, além de 220 equipamentos de medição de peso. Hoje, grande parte das balanças para caminhões está quebrada e não impede que veículos com excesso de peso trafeguem pelas rodovias, acelerando a deterioração do pavimento e transformando os contratos de manutenção da malha em um eterno "tapa-buraco".
Para fortalecer a indústria naval, o governo pretende destinar R$ 14 bilhões do Fundo de Marinha Mercante (FMM) para "fomentar a contratação de embarcações", além de incentivar a construção de nove estaleiros.

Deputados aprovam venda de até 49% das ações da Casan
Valor 21.09.2011 - A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou ontem, por 30 votos a 8, a venda de até 49% das ações da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) para a iniciativa privada. O sinal verde dos parlamentares era prerrogativa para o governo estadual colocar em prática um projeto de atração de um sócio estratégico para a Casan e garantir um fundo de investimento no setor de saneamento no Estado. Os deputados aprovaram também a derrubada de uma emenda constitucional, criada em 2010, que previa a realização de um plebiscito em caso de alienação de ações da companhia.
Segundo o presidente da Casan, Dalírio Beber, a empresa tem um patrimônio líquido de cerca de R$ 1 bilhão. De acordo com ele, o próximo passo será a contratação de uma avaliação de mercado, antes de levar a leilão as ações da companhia. A expectativa é que o trabalho seja concluído em até 120 dias.
O governo do Estado detém 63,6% do capital total da Casan. O restante está dividido entre empresas do governo - a SC Parcerias, criada pelo governo em 2005 para atrair investimentos, tem 18,3% das ações. A Celesc, com 15,8%, e a Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc), com 2,3%, completam o quadro de acionistas. Apenas 0,002% das ações estão na bolsa.
Segundo Beber, o governo fará a recompra de parte das ações que estão nas mãos das demais empresas e ofertará ao mercado por meio de leilão. "Tudo o que for apurado com a venda dessas ações será empregado no processo de capitalização da empresa", disse o presidente. O governo não abre mão, no entanto, de manter o controle acionário e a gestão da empresa.
De acordo com o presidente, o projeto é inspirado nos modelos da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) e Companhia de Saneamento do Paraná (Sabepar).
A Casan fez a abertura de capital na BM&FBovespa em fevereiro de 1998 como uma estratégia do governo da época para levantar recursos e pagar o 13º salário atrasado dos servidores. Mais tarde, com a mudança do governador, houve a decisão de recompra das ações que estavam no mercado por empresas de controle estatal. Atualmente, os papéis da Casan têm baixíssima liquidez - há meses sem nenhum negócio registrado. As preferenciais foram transacionadas em 16 de agosto, por R$ 4,51, e as ordinárias, em 8 de junho, por R$ 4,00. Sem representatividade na bolsa, o valor de mercado da companhia, de R$ 3,2 milhões por todo capital, deixa de ser referência.
A venda das ações ao mercado foi aprovada sob manifestações e polêmica na Assembleia Legislativa. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema), Odair Rogério da Silva, diz que os deputados assinaram um cheque em branco permitindo a venda das ações da companhia. "Não sabemos o teor do acordo estratégico que a Casan assinará com o parceiro privado", disse.
Para o sindicalista, o momento não é ideal para fazer a venda de ações porque há insegurança jurídica nos contratos de fornecimento entre a Casan e os municípios. Com a promulgação da Lei Federal 1.145/2007, as prefeituras ganharam a prerrogativa de romper com o Estado os contratos de fornecimento de serviços.
Segundo Silva, no Estado apenas um município aprovou o contrato de programa para fornecimento com a Casan. O presidente Dalírio Beber reage e diz que a insegurança jurídica que existe em Santa Catarina é a mesma com relação a outros Estados, já que a legislação é recente e os municípios ainda estão aprovando regimentos para os investimentos em saneamento.
De janeiro a junho, a Casan apurou uma receita de venda de R$ 265,3 milhões, crescimento de 9,5% sobre o mesmo período de 2010. No entanto, a empresa registrou prejuízo de R$ 10,7 milhões no período, contra R$ 21,6 milhões de lucro do primeiro semestre do ano passado.
Segundo o presidente Beber, o resultado foi negativamente afetado pelo provisionamento de R$ 100 milhões para uma ação judicial movida pelo instituto de previdência de funcionários da companhia. De acordo com o executivo, o resultado deverá ser revertido até o fim do ano.

CRI com lastro em crédito supera aluguel
Valor 21.09.2011 - As emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) com lastro em operações de crédito atingiram R$ 3,8 bilhões no acumulado de janeiro a agosto deste ano e superaram pela primeira vez as ofertas realizadas com base em contratos de aluguel. Para especialistas, a queda na taxa de juros deve impulsionar ainda mais a demanda do investidor e estimular os bancos a securitizar os financiamentos que carregam no balanço.
No total, as ofertas de CRI alcançaram R$ 7,3 bilhões, alta de 49,3% em relação aos oito primeiros meses do ano passado, de acordo com dados da Uqbar cedidos ao Valor e que serão detalhados durante o congresso de finanças estruturadas promovido pela empresa, nesta quinta-feira. Em 2010, os CRIs de financiamento imobiliário representavam menos da metade das operações com lastro em aluguéis. O estoque de títulos em mercado atualmente é de R$ 24,5 bilhões.
O crescimento do crédito imobiliário como lastro dos CRI é reflexo da evolução do segmento de securitização e também da economia, segundo Pedro Junqueira, sócio da Uqbar. "A maior demanda por financiamentos é a força motora desse mercado", afirma.
Apesar de ver um espaço grande para expansão, Junqueira avalia que o desempenho dependerá da disposição dos bancos em vender os créditos. Hoje, a maior parte dos CRI lastreados em crédito imobiliário ainda se concentra no segmento corporativo, e não no residencial.
O impulso para a emissão de CRI com lastro em financiamentos foi dado no fim do ano passado, com a resolução º 3.932 do Conselho Monetário Nacional (CMN). A regra excluiu a possibilidade de os bancos usarem os recebíveis de contratos de aluguel como parte do direcionamento de 65% dos recursos da caderneta de poupança para o crédito imobiliário.
A mesma norma autorizou os bancos a contabilizar por um período de 36 meses os créditos imobiliários vendidos a securitizadoras, com redução gradual durante esse prazo. Antes da medida, a retirada precisava ser feita de uma vez, o que estimulava os bancos a manter os créditos no balanço.
Com mais tempo para recompor o enquadramento, a expectativa é de que as instituições financeiras partam para a venda dos créditos que possuem, segundo Fernando Cruz, diretor da Brazilian Securities. "Estamos em contato com os bancos e vários deles já estudam fazer emissões", diz.
A Brazilian Securities foi a responsável pela primeira experiência de securitização da carteira imobiliária da Caixa Econômica Federal, com uma emissão de R$ 232,7 milhões em CRI. Os papéis possuem prazo de 94 meses e remuneração de 10% ao ano mais a variação da TR. Mais da metade do volume, porém, ficou nas mãos do próprio banco, que também adquiriu a parcela subordinada de emissão, de R$ 25,9 milhões.
Com a redução dos juros, cai também o custo das emissões, o que torna a securitização mais atraente para as instituições financeiras, destaca Cruz. A antecipação dos créditos ainda abre espaço para os bancos realizarem novos financiamentos imobiliários e fomentar esse mercado.
Do lado do investidor, a isenção do imposto de renda para pessoas físicas deve manter o CRI como uma opção de investimento em tempos de juros baixos. Mas para Junqueira, da Uqbar, o mercado ainda deve passar por uma curva de aprendizado, já que as emissões devem ser atreladas a indicadores menos usuais, como a TR, que remunera o funding da poupança, e envolver estruturas de subordinação que assegurem um nível de risco adequado para os investidores.

BC descarta formação de bolha no mercado de imóveis
Exame 20.09.2011 - O diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, salientou que o surgimento de uma bolha no setor está fora do foco agora por causa do aumento de renda
O diretor salientou que, com as medidas macroprudenciais adotadas no final do ano passado, a velocidade de crescimento do crédito geral arrefeceu
O diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero de Moraes Meirelles, descartou hoje a existência de formação de uma bolha no mercado imobiliário brasileiro. "Não é um elemento que nos cause preocupação ou que seja um risco para a estabilidade do sistema", afirmou durante uma entrevista coletiva. "Não existem elementos que sugiram formação de uma bolha", completou.
Meirelles salientou que o surgimento de uma bolha no setor está fora do foco agora porque, no Brasil, há aumento de renda, maior poder aquisitivo e maior bancarização. "Não temos no Brasil nenhum movimento fora dos padrões e nenhum movimento que indique (uma bolha)", avaliou. Isso porque, de acordo com ele, as regras de concessão de crédito no País são restritivas. O Brasil adota uma oferta de crédito conservadora, mais voltada para a aquisição da primeira moradia em quase todos os casos. Além disso, segundo o diretor, o financiamento médio é de 65% do valor do imóvel.
Em 2005, conforme dados do Banco Central, o crédito imobiliário representava 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e hoje está em torno de 4%. Atualmente, o crédito imobiliário representa 8% da carteira total de crédito do sistema financeiro brasileiro. "Em relação ao G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo), há potencial grande de crescimento", considerou. Isso porque, segundo o diretor, a classe média começa a ter condições de adquirir sua casa própria. Apesar de a inadimplência estar aumentando, o indicador também não traz temor para o BC, na avaliação de Meirelles. "É um aumento que está se dando, mas devido a um acompanhamento de renda maior, de emprego maior, crescimento econômico e crescimento sustentável."
O diretor salientou que, com as medidas macroprudenciais adotadas no final do ano passado, a velocidade de crescimento do crédito geral arrefeceu, ficando em linha com uma trajetória de expansão em ritmo mais moderado e sustentável. Ele salientou que o saldo das operações de crédito ao final de junho era de R$ 1,83 trilhão, o que representa 47% do PIB ao final do semestre.
Segundo o diretor, o crédito para aquisição de veículos foi um dos itens mais afetados com as medidas. "(O crédito) vinha crescendo de maneira acelerada e agora está arrefecido", disse, acrescentando que comportamento similar foi percebido no caso do crédito consignado e o voltado às pessoas físicas.

Novo índice de preços será medidor de eventual bolha no mercado
GPdeLondrina 20.09.2011 - Crescimento do crédito imobiliário foi ponto de partida para o governo federal criar o indicador.
A expansão do crédito imobiliário, assim como o crescimento do segmento e discussões em torno de uma eventual formação de bolha no setor levou o governo federal a criar um índice de preços de imóveis. O decreto 7.565, que estabelece sua criação e ma­­nutenção, foi publicado na última sexta-feira no Diário Oficial da União. As definições de metodologia de cálculo, implementação, manutenção e aprimoramento, ficarão a cargo do Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Es­­tatística (IBGE). O cronograma ainda será definido e não há previsão sobre data de publicação das primeiras estatísticas.
Executivos do mercado imobiliário de Curitiba consultados pela reportagem aprovam a criação do índice, mas admitem certo receio. A expectativa é que o indicador retrate a situação do mercado corretamente. “É salutar, porque me parece que estamos vivendo uma descontextualização do mercado. As cidades têm um dinamismo muito diferente e o resultado de uma não pode ser transferido para a ou­­tra”, avalia o presidente da construtora Partilha, Antonio Carlos Marques Júnior.
Ele cita como exemplo a queda em 31% nas vendas de imóveis novos em São Paulo, divulgada na semana passada. “Deve­mos lembrar que o mercado vem de uma fase de crescimento que é histórica. Claro que a base estatística au­­mentou”, afirma. Marques Júnior compara o desempenho recente das vendas com um time de futebol. “A equipe que ganha de 10 a 0 de seus adversários durante várias partidas seguidas e, depois, passa a ganhar de 3 a 0 não está em crise. Também é assim com os imóveis.”
Brasil X EUA: A situação vivida no mercado brasileiro tem sido comparada ao que ocorre nos Estados Uni­dos de forma equivocada, avaliam os executivos. “Lá houve uma de­­formação do processo. O Brasil tem demanda, déficit habitacional.” Segundo o diretor comercial da VCG Empreen­dimentos, Alexandre Vianna, pesquisas no mercado curitibano traçam um longo caminho a percorrer. “A procura por crédito é uma tendência natural. Vem com a entrega de empreendimentos lançados há dois, três anos, cujo saldo final está sendo financiado agora.”
Confusão: Para o presidente da Redeimóveis –, que reúne 12 imobiliárias de Curitiba, Sidney Axelrud, uma das desvantagens é a interferência no valor de mercado. “Dará uma balizada”, diz. Ele afirma ainda que há o risco de confusão no caso de diferenças no cruzamento de dados com o que existe, como o mapeamento realizado pela Caixa Econômica Federal e as prefeituras.


Unidas faz emissão de R$ 500 milhões em debênturesValor 20.09.2011 - A locadora de veículos Unidas anunciou hoje uma oferta pública de distribuição de debêntures, em que pretende captar R$ 500 milhões. Serão 50 mil papéis simples com valor nominal de R$ 10 mil e vencimento em cinco anos. A colocação será dividida em até duas séries. A emissão está prevista para 15 de outubro. A oferta é destinada a investidores institucionais qualificados e será feita sob regime de garantia firme de liquidação. Os recursos obtidos com a oferta serão prioritariamente destinados ao pagamento de dívidas da companhia. Isso que inclui o pagamento integral de notas comerciais emitidas pela empresa em 9 de agosto, operação que totalizou  R$ 325 milhões. Esta é a segunda emissão de debêntures feita pela Unidas. A companhia havia protocolado um pedido de análise prévia da oferta no início do mês junto à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A emissão tem como coordenadores os bancos BTG Pactual, BB Investimentos, Bradesco BBI e Espírito Santo Investment Bank.



Entrada da QGEP no bloco BS-4 depende apenas da ANPValor 20.09.2011 - A transferência dos direitos de participação no bloco BS-4 da Shell para a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) depende apenas de autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em fato relevante enviado pela QGEP Participações, controladora da QGEP, ao mercado, a empresa afirma que Chevron e Petrobras – as outras sócias no bloco – já “se manifestaram nos termos do contrato”. Atualmente, o consórcio que tem a concessão do BS-4 é formado por Shell, com 40% e operadora; Petrobras, com 40%; e Chevron, com 20%. A QGEP adquiriu 30% referentes à participação da Shell, que é operadora do bloco, conforme anúncio feito em 24 de agosto. A empresa anglo-holandesa vendeu na semana passada os 10% restantes para a Barra Energia, que também ficou com a parte da Chevron. A operação também precisa da aprovação da ANP. “O consórcio ainda irá se manifestar sobre o novo operador do bloco”, diz o fato relevante, frisando que o valor pago à Shell foi de US$ 157,5 milhões.
O presidente da QGEP, José Augusto Fernandes Filho, lembrou, no documento enviado ao mercado, que esta foi a segunda aquisição da empresa na região do pré-sal na bacia de Santos. Segundo ele, a operação  “representa nosso compromisso na diversificação e crescimento do portfólio da companhia”.
Na região, já estão em operação os campos de óleo pesado de Atlanta e Oliva, que somam, de acordo com os Planos de Desenvolvimento aprovados pela ANP, volumes superiores a 2,1 bilhões de barris de óleo “in situ”.




Minas Gerais aumenta alíquota de ICMS sobre dieselValor 20.09.2011 - O Estado de Minas Gerais aumentou de 12% para 15% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) nas operações internas com óleo diesel. A nova taxa passa a valer em 1º de janeiro de 2012, de acordo com o Decreto nº 45.728, publicado nesta terça-feira no Diário Oficial do Estado.
Em entrevista concedida na segunda-feira à agência de notícias do governo de Minas, o secretário de Estado de Fazenda, Leonardo Colombini, afirmou que a elevação da alíquota faz parte de uma série de medidas a serem adotadas para “proteger o Estado das consequências geradas pela crise de 2008 e das dificuldades que virão com o novo cenário econômico mundial”.
De acordo com o advogado Marcelo Jabour, da Lex Legis Consultoria Tributária, o aumento do ICMS sobre o óleo diesel terá impacto sobre toda a cadeia produtiva de bens e mercadorias. “O óleo é muito utilizado em transporte de fretes. Com o aumento haverá encarecimento desse serviço e, consequentemente, das mercadorias”, afirma Jabour, acrescentando que o Estado de Minas ainda terá que elaborar um projeto de lei sobre o assunto e encaminhá-lo à Assembleia Legislativa. Segundo dados da Secretaria de Estado de Fazenda, Minas e Bahia têm a segunda maior alíquota de ICMS sobre o óleo diesel. Nove Estados cobram menos que 15%: Goiás, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Outros 16 Estados trabalham com ICMS de 17% neste tipo de operação.



Shell sai às compras de novos blocos de petróleoBrasil Econômico 20.09.2011 - André Araujo: investimento na fase 2 do bloco será superior a US$ 1,6 bilhão.  Companhia, cujo conselho está reunido no Rio, vai participar de leilão da ANP de blocos na margem equatorial Norte do país, do Amapá ao Rio Grande do Norte, que ocorre em 2012.
Pela primeira vez nos mais de 90 anos de história da Shell no Brasil, o conselho mundial de administração da petrolífera anglo-holandesa está reunido no Rio de Janeiro.
Com objetivo de discutir os resultados da companhia em todo o planeta, a iniciativa, de acordo com os próprios executivos, representa sinalização do tamanho que a operação brasileira conquistou nos últimos anos para a matriz, em tempos de crise mundial e turbulência no Oriente Médio. Presente à reunião, que será concluída hoje, o diretor de exploração e produção da Shell para as Américas, o americano Marvin Odum, revela que, para os próximos anos, a empresa quer adquirir blocos na margem equatorial Norte do país, incluídos no lote de áreas previstas para a 11ª Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Amapá ao Rio Grande do Norte, em 2012. Em entrevista exclusiva ao Brasil Econômico, Odum diz que, em princípio, a estratégia da Shell prevê a disputa dos blocos sozinha. Qualquer parceria, pondera, apenas em último caso, e desde que na condição de majoritário nos projetos. Sem entrar no mérito dos motivos que levaram a presidente Dilma Rousseff a não aprovar, até agora, a 11ª Rodada, o diretor da Shell admite, no entanto, que a decisão oficial da petrolífera de participar do leilão só ocorrerá depois de uma detalhada análise das condições do edital - ainda sem data para publicação.
Será preciso ver, de acordo com o executivo, a lista de áreas incluídas na disputa. Durante a entrevista, em um hotel no Rio, Odum esbanjou simpatia com o Brasil, país para o qual não economiza elogios.
"O Brasil conseguiu avanços fantásticos com a política de conteúdo local, e esperamos o tempo certo para chegar ao ponto de encomendar uma plataforma aqui", elogia o americano, ao exaltar o interesse no pré-sal. "As oportunidades que encontramos aqui são da mais alta qualidade em termos globais, tanto do ponto de vista jurídico quanto geológico. Por isso, não acreditamos que a recuperação da produção em países como Iraque e Líbia, no futuro, venha a reduzir a atratividade do Brasil. O pré-sal tem áreas da mais alta qualidade." Produção acima do esperado: Em território brasileiro, a Shell conseguiu completar oito anos de exploração e produção no campo de Bijupirá-Salema e no bloco BC-10, no chamado Parque das Conchas - ambos na Bacia de Campos - sem um único incidente ambiental ou acidente de trabalho. Lá, a produção superou em 30% a meta esperada pela matriz. Tamanho desempenho projeta a perspectiva de novos investimentos da empresa na área, não só na chamada fase 2 do BC-10, mas até mesmo em uma provável fase 3, como revelam executivos da empresa, no Brasil. "Para se ter uma ideia da importância da atividade exploratória no Brasil para a Shell, nós vamos investir, só na fase 2 do BC-10, que começa no início do ano que vem, mais do que os US$ 1,6 bilhão da parcela que desembolsamos à vista para viabilizar a Raízen", compara o presidente da Shell Brasil, André Araújo, ao recorrer ao exemplo da joint venture criada no fim do ano passado com a Cosan para o setor de etanol, um dos movimentos mais estratégicos da petrolífera nos últimos anos. O otimismo com o Brasil, ratificado pela reunião no Rio do conselho de administração, confirma a mudança de tendência verificada na Shell, nos últimos anos. Desde a década de 90, não foram raros os boatos e especulações sobre a saída da gigante anglo-holandesa do país.
Depois de se desfazer de uma parte da rede de postos de gasolina do país, no início da década passada, a empresa vendeu em 2010 algumas áreas consideradas promissoras, até mesmo no pré-sal, como o prospecto batizado provisoriamente de Bem-Te-Vi, na Bacia de Santos.



MP investiga mau uso de recursos na CelescValor 20.09.2011 - Gavazzoni, presidente da Celesc: "Se houver eventuais erros do passado, vamos corrigir e punir os eventuais culpados". Supostos casos de mau uso de recursos públicos levaram o Ministério Público (MP) de Santa Catarina a instaurar quatro inquéritos de investigação para apurar irregularidades envolvendo contratos firmados pelas Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) entre 2008 e 2009. O foco das denúncias, trazidas à tona por reportagens do jornal "Diário Catarinense", é um processo de auditoria realizado pela KPMG que revela o pagamento de R$ 51,7 milhões sem comprovação da prestação de serviços à Monreal, empresa contratada para a cobrança de inadimplentes. Segundo o presidente da Celesc, Antonio Gavazzoni, a auditoria foi feita em confidencialidade e com foco nos processos e sistemas internos da companhia por isso não acionou a Monreal para prestar esclarecimentos. Empossado em janeiro, com a chegada de Raimundo Colombo ao governo do Estado, Gavazzoni buscava um raio-X do funcionamento da estatal. A partir da auditoria, a empresa instaurou inquérito administrativo que vem sendo acompanhado pelos conselhos fiscal e administrativo. De acordo com Gavazzoni, a presidência tem pressa em finalizar o inquérito, mas fará tudo em um ritmo que garanta segurança jurídica aos resultados. "Se houver eventuais erros do passado, vamos corrigir e punir os eventuais culpados", disse. O período diz respeito à presença de Eduardo Pinho Moreira (PMDB), atual vice-governador do Estado, na presidência da companhia.
Segundo Joel Niebuhr, advogado contratado pela Monreal, a empresa não foi chamada para prestar esclarecimentos à Celesc ou a KPMG e nega o resultado da auditoria. Sem acesso ao relatório, que é tratado pela estatal como confidencial, a Monreal solicitou judicialmente acesso aos documentos. De acordo com Niebuhr, a Justiça deu prazo de cinco dias para que a Celesc entregue a auditoria.
Niebuhr diz que a Monreal afirma enfaticamente que só recebeu por serviços prestados e que ainda tem valores a serem pagos pela Celesc. O advogado não descarta mover processo por danos materiais e morais contra a estatal. Em fevereiro de 2010, um pagamento de R$ 12 milhões sem previsão orçamentária feito à Monreal em 2009 resultou no afastamento do diretor comercial Dílson Luiz. O caso levou o MP a fazer um pedido de investigação no Tribunal de Contas do Estado. O processo teve parecer favorável do Ministério Público do TCE para que o caso seja investigado e aguarda relatoria final para ir a julgamento no pleno.
Na lista de procedimentos de apuração abertos pela Promotoria da Moralidade do MP, está também a contratação de R$ 60 milhões feita em caráter emergencial pela Celesc junto à Eletrobras para a reconstrução de linhas de transmissão e subestações atingidas pela enchente de 2008, que deixou 135 pessoas mortas em Santa Catarina.
Segundo o diretor técnico da Celesc Distribuição, Cleverson Siewert, foram utilizados R$ 50 milhões para reparar danos aos sistemas elétricos de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Florianópolis, Itajaí e Criciúma. Apenas R$ 12 milhões do valor empregado foram reconhecidos pela Eletrobras. Agora, a Celesc terá de pagar R$ 46 milhões, entre devolução de recursos e multa, para a estatal federal. O MP mantém ainda uma investigação sobre a compra de medidores de energia elétrica desde maio.
Envolta em acusações de má administração há anos, a Celesc busca retomar a confiança do mercado com mudanças em toda a diretoria. Gavazzoni apaziguou o relacionamento com os minoritários e trabalha para realizar um acerto nas contas e na administração da estatal.



Femsa compra engarrafadora mexicana Cimsa por US$ 834 milhõesBloomberg 20.09.2011 - A Femsa, maior engarrafadora da Coca-Cola na América Latina, vai adquirir as operações de engarrafamento do grupo mexicano Cimsa. Com a compra, a empresa vai reunir metade das vendas da Coca-Cola no México, segundo informou a Bloomberg. A transação, estimada em 11 bilhões de pesos mexicanos (US$ 834 milhões), em ações e dívidas assumidas, supera a aquisição, anunciada em junho, da engarrafadora mexicana Tampico, por 6,55 bilhões de pesos mexicanos e 2,75 bilhões em dívidas assumidas. A compra da Tampico foi a maior aquisição da Coca-Cola Femsa desde que a companhia pagou US$3,6 bilhões pela Panamerican Beverages em 2003. A aquisição da Cimsa, que vende produtos da Coca-Cola principalmente nos Estados centrais Morelos e México, marca a segunda transação neste ano em que a Coca-Cola Femsa oferece ações em vez de dinheiro, um movimento pensado para reduzir a resistência de empresas familiares em vender e deixar completamente o negócio de refrigerantes.Voltar



BB e Votorantim vão lançar fundo de R$ 1 bi para energia renovávelEstadão 20.09.2011 - Carteira vai comprar fatias em usinas de biomassa, energia eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCH). A BB DTVM, gestora de recursos do Banco do Brasil, e o Banco Votorantim vão lançar um fundo de private equity de R$ 1 bilhão para o setor de energias renováveis. A carteira tem como objetivo comprar participações em usinas de biomassa, energia eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCH), disse o presidente da BB DTVM, Carlos Takahashi em entrevista à imprensa logo após fazer uma apresentação no 32º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão. Takahashi disse que o fundo está em processo de captação, por isso os valores finais não foram fechados. A captação está sendo feita principalmente com fundos de pensão e clientes de alta renda ("private banking"). A participação do fundo pode variar em cada projeto, de investimentos minoritários a uma fatia maior da usina. Segundo o executivo, uma equipe de profissionais foi escolhida para mapear potenciais projetos de investimento no setor de energia. A parceria da BB DTVM, maior gestora de recursos da América Latina, com R$ 410 bilhões de ativos em gestão, com o Banco Votorantim já rendeu outros fundos. Em dezembro de 2010, eles lançaram o fundo BB Votorantim JHSF Cidade Jardim Continental Tower para aplicar em projetos imobiliários.



Iata diz que economia fraca vai reduzir lucro de aéreas em 2012
Reuters 20.09.2011 - A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês) prevê uma queda de 29% nos lucros da indústria aérea em 2012, decorrente da fraca economia global e dos preços de combustíveis persistentemente elevados.  Os 230 membros da Iata, responsáveis por mais de 93% do tráfego aéreo internacional, disseram nesta terça-feira que esperam lucro total da indústria de US$ 4,9 bilhões em 2012, comparado à previsão revisada de US$ 6,9 bilhões em 2011.  A associação elevou sua estimativa para 2011 contra previsão anterior de US$ 4 bilhões, citando um crescimento mais forte que o esperado no primeiro semestre deste ano.  As companhias aéreas se recuperaram mais rápido que o esperado da recessão no ano passado, favorecidas pelo aumento de tráfego. Mas uma série de choques externos e a alta dos preços do petróleo atingiram duramente a indústria neste ano.



BNDES aprova linha de R$ 3 bilhões para Vivo expandir rede Folha 20.09.2011 - A holding de telefonia Vivo deve receber R$ 3 bilhões em financiamentos do BNDES, para investir na expansão e melhoria de sua rede. Os recursos também devem ser destinados para a ampliação da infraestrutura, e investimentos em pesquisa e desenvolvimento entre os anos de 2011 e 2013.  Segundo o BNDES, a expansão da cobertura 3G (internet de terceira geração é o principal investimento nos planos da Vivo, de modo a atingir uma cobertura de 85% da população brasileira com essa tecnologia até dezembro deste ano.  Implantada no Brasil há cerca de três anos, a tecnologia 3G permite maior conexão banda larga no celular e por modem sem fio.
O plano de investimentos ainda inclui a construção de um centro de tecnologia no interior paulista (Tamboré), com início das operações previsto para 2012.



FMI baixa previsão de crescimento da economia mundialG1 20.09.2011 - Fundo revisou para baixo perspectiva para o Brasil, de 4,1% para 3,8%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou nesta terça-feira (20) suas previsões de crescimento da economia mundial, que continua lento em função de sua considerável fragilidade. A instituição indicou em suas previsões semestrais reunidas no relatório de Perspectivas WEO (World Economic Outlook) que, se os dirigentes ocidentais mantiverem seus compromissos, o crescimento da economia mundial poderá alcançar 4,0% em 2011 e uma cifra similar em 2012. No entanto, previu que, se o compromisso não for mantido, Europa e Estados Unidos poderão voltar a entrar em recessão.
Para o Brasil, o FMI fez uma revisão para baixo da perspectiva para este ano, que caiu de 4,1% para 3,8%. Para 2012, o FMI manteve a previsão de crescimento de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo o relatório, o Brasil terá o segundo menor crescimento na América do Sul neste ano, ficando atrás somente da Venezuela (com previsão de 2,8%) e abaixo da média da região, de 4,9%.
"A atividade se debilitou consideravelmente", assinalaram os economistas do FMI, recordando que foi "surpreendentemente frágil durante o segundo trimestre".
O FMI se mostra particularmente preocupado com o Ocidente.
Em relação a junho, as previsões foram fortemente reduzidas para os Estados Unidos.
O crescimento da principal economia mundial apenas chegará a 1,5% em 2011 e a 1,8% em 2012, escreve o FMI em suas previsões difundidas antes da assembleia da instituição esta semana.
No caso da Europa, as perspectivas são de 1,6% de crescimento em 2011 contra os 20% previstos até agora.



Brasil está entre emergentes mais vulneráveis a piora fiscal, diz FMIValor 20.09.2011 - O Brasil está entre os países emergentes mais vulneráveis a uma eventual deterioração fiscal, caso haja agravamento na crise econômica mundial, aponta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório “Monitor Fiscal”, divulgado nesta terça-feira. A dívida pública bruta do Brasil crescerá o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2016, caso o eventual agravamento da crise leve a uma perda de 1% anuais no crescimento econômico nos próximos cinco anos.  As contas fiscais brasileiras também são bastante vulneráveis a uma eventual alta nos juros internacionais, já que a maior parte é rolada no curto prazo, diz o Monitor Fiscal do FMI. Se um aperto nas condições globais de liquidez levar a uma alta de 1 ponto percentual nos custos de financiamento, os juros pagos pela dívida pública seriam, em média, 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) maiores no próximos cinco anos. Os números do FMI apontam que, embora o Brasil apresente atualmente um desempenho fiscal relativamente favorável comparado com os países avançados, está sujeito a deterioração das contas públicas num eventual cenário adverso. “Os países emergentes estão sujeitos aos riscos de uma eventual mudança na sorte”, afirma o FMI em seu Monitor Financeiro. “Muitas economias emergentes precisam fazer progressos mais rápidos no fortalecimento dos fundamentos fiscais antes que fatores cíclicos ou contágio de economias avançadas se voltem contra eles.”


O FMI projeta um déficit nominal de 2,6% do PIB no Brasil em 2011, abaixo da média mundial de 4,6% em 2011 e dos 3,1% previstos para os emergentes.Para 2012, a projeção é de déficit nominal de 2,7% do PIB no Brasil, também inferior ao esperado para o mundo (3,8%) e para os países emergentes (2,6%). O déficit nomimal é calculado por um conceito que elimina os efeitos do ciclo econômico sobre gastos e arrecadação.  Nas projeções do FMI, o Brasil está relativamente vulnerável a eventual piora no cenário econômico mundial porque, entre os outros motivos, tem uma alta dívida bruta em relação ao PIB.  O uso da dívida bruta como indicador fiscal, porém, é polêmico no caso do Brasil. A dívida bruta, que pelas projeções do FMI deve chegar a 65% do PIB neste ano, contém algumas distorções contábeis porque inclui os títulos do Tesouro que estão na carteira do Banco Central. A dívida bruta deixa de abater as reservas internacionais, um dos principais ativos do governo.  A dívida líquida, conceito mais usado no caso do Brasil, expurga esses fatores – e deve ficar em 38,5% do PIB no fim deste ano, projeta do FMI. O FMI projeta superávit primário em 3,2% do PIB em 2011 e em 3% do PIB em 2012.



FMI adverte Argentina sobre déficit em conta correnteDGABC 20.09.2011 - A Argentina recebeu uma advertência do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o aumento significativo do déficit em conta corrente do país e um alerta de que o Produto Interno Bruto (PIB) vai diminuir seu ritmo de crescimento em 2012. O relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, divulgado hoje, estima que a expansão do PIB argentino passe de 8% neste ano para 4,6% em 2012. No capítulo dedicado à Argentina, o FMI voltou a criticar o país pela falta de transparência na apuração e publicação dos dados de inflação e crescimento econômico. "Enquanto a qualidade dos dados não melhorar, o FMI continuará usando medidas alternativas para estimar o crescimento do PIB e a inflação, incluindo as estimativas de analistas privados, que têm calculado que o crescimento do país é, em média, significativamente menor que o crescimento do PIB oficial desde 2008." O FMI afirmou que continuará usando os números fornecidos pelos "institutos de estatísticas provinciais e analistas privados, os quais têm mostrado que a inflação é consideravelmente mais alta" que a projetada pelo governo desde 2007. O relatório advertiu ainda sobre o aquecimento da economia latino-americana e apontou para o elevado nível de inflação da Argentina e da Venezuela. "Projeta-se que a inflação vai continuar em dois dígitos, refletindo as políticas expansivas desses países", ressaltou o documento. O fundo disse que "o risco de superaquecimento na Argentina é mais iminente" e recomenda a adoção de uma política monetária mais rígida.





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