terça-feira, 27 de setembro de 2011

Azul.CA.27.09

Daily News

Júlio Simões estuda primeiros passos fora do Brasil
Exame 26.09.2011 - A maior operadora de logística rodoviária do país recebeu convites para a realização de estudos, entre eles da chilena Arauco
Mogi das Cruzes - Mesmo com possibilidades de crescimento no mercado brasileiro, a Júlio Simões Logística (JSL) está fazendo estudos para chegar ao mercado internacional.
A maior operadora de logística rodoviária do país recebeu convites para a realização de estudos, entre eles da chilena Arauco, que está construindo no Uruguai uma fábrica de celulose em parceria com a Stora Enso, segundo o presidente da JSL, Fernando Simões.
"A Arauco mesmo nos convidou para ir lá, olhar... Estamos conversando", afirmou o executivo em entrevista à Reuters. "Estamos elaborando um projeto."
De acordo com Simões --filho do fundador da empresa, que iniciou suas atividades há 55 anos realizando serviços de transporte para a Suzano Papel e Celulose--, a JSL só investirá fora do Brasil "se estiver ancorada com alguém", ou seja, com uma empresa que já seja cliente e necessite de serviços de logística.
Além da fábrica de celulose no Uruguai, Simões disse que a empresa fez estudos para atuar na África. "São estudos que em algum momento podem virar negócios."
O Brasil, contudo, ainda oferece grandes oportunidades para a companhia, que na última década registrou crescimento médio anual da receita de 27,5 por cento.
Atualmente, a JSL tem cerca de 250 clientes. A empresa presta serviços como aluguel de frotas, transporte de passageiros e carga geral.
Com serviços dedicados, a companhia também atua em colheita e carregamento de madeira para a indústria de papel e celulose, carregamento e transporte de minério e gerenciamento de resíduos para a indústria de mineração e digitação de notas e emissão de faturas para a indústria automobilística.
"Os 50 maiores (clientes) representam menos de 60 por cento do nosso faturamento. Nenhum cliente representa mais de 6 por cento... Nós dependemos de todo mundo, mas não dependemos de nenhum cliente específico", disse Simões, que vê o atendimento de vários segmentos da economia como um "hedge".
Folga financeira: O endividamento de curto prazo da JSL é inferior ao caixa atual da companhia, e a relação entre dívida líquida e Ebitda adicionado --que inclui a venda de ativos, como caminhões e automóveis-- está em duas vezes, quando o "aceitável" para a empresa é até três vezes, segundo Simões.
"O endividamento líquido é de 1,4 bilhão de reais. É baixo se você imaginar que é uma companhia que investiu 800 milhões de reais no ano passado em equipamentos, e está previsto investir em 2011 mais 710 milhões de reais", afirmou Simões.
A JSL abriu seu capital no início de 2010, e, de acordo com o presidente, o motivo para ir à bolsa passa longe da necessidade de capitalização.
"Foi principalmente porque, tendo um selo de governança do Novo Mercado, nos posicionamos de maneira diferenciada dos nossos concorrentes. E oferecemos com isso uma maior segurança com os nossos clientes, que colocam operações tão estratégicas em cima da nossa operação."
Crescimento orgânico: O presidente da JSL garante que a operadora está sempre atenta a oportunidades de aquisição. "Mas o nosso foco de desenvolvimento é no crescimento orgânico... Ele depende de nós. O crescimento por meio de aquisição depende de encontrar um negócio que seja justo... Tem que ser um ativo que valha a pena."
Atualmente, pouco mais de metade do faturamento da JSL vem de serviços dedicados à cadeia de suprimentos, 23 por cento de gestão e terceirização de frota e equipamentos, 13 por cento de transporte de passageiros e 11 por cento de transporte de carga geral, que foi a primeira área de atuação da empresa.
Além da Suzano Papel e Celulose, a JSL tem na carteira de clientes empresas como Volkswagen, Ford, Usiminas, Vale, Bunge e Braskem.

Foco da Cencosud no país está na expansão orgânica
Valor 27.09.2011 - Segunda maior varejista da América Latina, a chilena Cencosud informou ontem o interesse em ampliar a presença no país por meio do crescimento orgânico, com a abertura de novas lojas de supermercados e hipermercados no Brasil. A possibilidade de aquisições de redes não está descartada, mas só se algo interessante aparecer no radar da empresa. A Cencosud tem 175 pontos no Brasil e suas principais bandeiras são as cadeias Bretas, de Minas Gerais, e G.Barbosa, presente em cinco Estados nordestinos - ambas fruto de aquisições.
"Nós queremos nos fortalecer nos mercados onde já estamos pela expansão orgânica", disse ao Valor o gerente-geral da Cencosud, Daniel Rodríguez. "Para nós esse crescimento tem duas vantagens. Ele é muito mais econômico e podemos obter lojas de qualidade", disse o presidente mundial da rede, Horst Paulmann, em coletiva de imprensa ontem em Salvador.
Questionado sobre a possibilidade de entrar em novas regiões do país, especialmente São Paulo e Rio, por aquisições, Rodrigues disse que essa não é uma meta. "Novas compras podem aparecer porque avaliamos todas as possibilidades, mas nosso foco é a expansão orgânica onde já estamos", disse.
A rede calcula que é possível abrir cerca de 50 lojas no Brasil até o primeiro semestre de 2012, a depender dos pontos que surgirem. O mercado brasileiro já se tornou o segundo maior em receita com varejo alimentar para a rede, ultrapassando a Argentina. A Cencosud opera com cinco bandeiras no Chile e atua também no segmento de shopping centers.
O comando do grupo comentou informações antecipadas pelo Valor há cerca de uma semana, sobre a abertura de novos formatos de lojas no país a longo prazo. "O Brasil é um mercado menos maduro para nós. Então novos formatos de lojas têm potencial aqui, mas não estamos planejando isso para agora", disse Rodríguez. Conforme o Valor apurou, haveria interesse em trazer no futuro a rede Easy, de material para construção.
Rodriguez e Paulmann estiveram ontem na capital baiana para participar da primeira edição no Brasil da Cencosud Day - evento para investidores e analistas.
Questionado sobre um eventual interesse em negociar uma fusão no país com o Carrefour, que está em processo de reestruturação, Paulmann respondeu: "Não há nenhuma possibilidade. É muito difícil, é um sonho". O Cencosud faturou US$ 12,2 bilhões em suas cinco operações na América do Sul em 2010 e o Carrefour no Brasil, € 12,4 bilhões (US$ 16,2 bilhões).

Fundo do Catar ofereceu US$ 1 bi para Pão de Açúcar-Carrefour
Exame 26.09.2011 - A confirmação é do sócio do BTG Pactual, Cláudio Galeazzi. O fundo soberano do Catar se dispôs a participar da operação frustrada de união entre Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil, afirmou nesta segunda-feira o sócio do BTG Pactual, Cláudio Galeazzi.
A EXAME.com antecipou a informação de que o Qatar Investment Authority, ou QIA, era um dos interessados em investir na fusão, em post do blog Faria Lima.
Segundo ele, o BTG Pactual --que estruturou a oferta de fusão entre a varejista do empresário Abílio Diniz e a unidade brasileira do Carrefour-- saiu em roadshow para apresentar o negócio a investidores estrangeiros e a acionistas minoritários do Pão de Açúcar após a saída do BNDES da proposta.
No final de junho, em uma complexa proposta orquestrada por Diniz, o BTG apresentou um plano para unir os ativos das varejistas.
Pelo desenho da operação, estava prevista a entrada do BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e do próprio BTG, com aporte de até 1,7 bilhão de euros e 800 milhões de euros, respectivamente.
Diante da incisiva oposição ao negócio pelo Casino, sócio francês do Pão de Açúcar que deve assumir o controle do grupo brasileiro em meados de 2012, o BNDES cancelou seu apoio à proposta e Diniz acabou desistindo da operação.
Galeazzi defendeu Diniz das acusações do Casino de que teria negociado às escondidas com o Carrefour. Segundo ele, houve exagero por parte do presidente-executivo do Casino, Jean-Charles Naouri.
"Naouri teve uma reação muito acima da que seria razoável... A posição dele sempre foi de que o Carrefour estava tão mal que seria adquirido aos pedaços", disse Galeazzi durante evento em São Paulo.
Questionado durante palestra se ainda havia disposição para dar prosseguimento à operação entre Pão de Açúcar e Carrefour Brasil, ele respondeu que não comentaria o assunto. Galeazzi não falou com a imprensa após a palestra.

Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba
Folha 27.09.2011 - O Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba (BA) investirá cerca de R$ 25 milhões na construção de um centro de convenções.
A inauguração do novo espaço está prevista para ocorrer em outubro de 2012, de acordo com o diretor da unidade, Heber Garrido.
"Esperamos recuperar o investimento em até nove anos, pois a nossa margem de lucro nos eventos não costuma ser muito alta, é de cerca de 25%", afirma Garrido.
Com o novo centro de convenções, a expectativa do hotel é que, até 2014, os eventos corporativos sejam responsáveis por 60% de sua ocupação anual. Hoje esse índice é de cerca de 50% e, em 2009, era de 30%.
"O crescimento deste setor é uma tendência do mercado", diz Garrido. Até setembro deste ano, o hotel diz ter faturado R$ 17 milhões com eventos corporativos, o dobro do registrado durante 2010.

Recompra para quê?
Valor 27.09.2011 - Para Marcelo Picanço, diretor financeiro da Porto Seguro, recompra é uma opção, não uma obrigação: "Obrigatório é dar retorno ao acionista".
Temporada de baixa acentuada no mercado costuma trazer uma leva de empresas anunciando recompra de ações.
A sinalização é que, nesse patamar de preços, os papéis estão tão baratos que se transformam no investimento de maior retorno para o recursos que possuem em caixa.
No entanto, a recompra não funciona automaticamente, como se fosse um programa de computador. A operação é usada como uma ferramenta pela companhia - a divulgação não significa sequer que ela será realizada imediatamente.
Imediato é o efeito psicológico que a medida tem para os investidores, uma vez que a empresa que, em tese é a mais qualificada para saber quanto valem suas ações, está dando uma sinalização positiva. Por isso, cada vez mais investidores estão atentos para saber se o anúncio é apenas um recado ou se os programas, de fato, têm andamento.
Um levantamento do Credit Suisse, que acompanha essas operações, mostra que até o início de setembro havia 56 empresas com programa em aberto. Desse total, 20 foram anunciados em agosto, época de forte queda na bolsa.
O banco calcula o volume financeiro envolvido na operação, considerando a cotação do dia do anúncio, e divide por um giro médio diário de 30 dias anteriores. O número resultante mostra quantos pregões seriam necessários para que a recompra se concretize.
Entre as 56 empresas que estavam com o programa em aberto até o fim de agosto, oito poderiam concluir a operação em um pregão, se fossem a única força compradora na sessão. Gestores afirmam que o máximo de volume que um investidor pode fazer em um pregão é de um terço do total negociado. Ou seja, apesar de a conta do Credit falar em um pregão, o número necessário para completar a operação seria três. Ainda conforme o levantamento, outras duas não precisariam nem de um pregão inteiro para concluí-lo.
Isso equivale dizer que o programa é praticamente simbólico, no caso de empresas bastante líquidas, como o Bradesco, ou que as ações que anunciam têm muito pouca liquidez, como por exemplo a Camargo Correa, e executar a recompra também pode significar reduzir a negociabilidade no futuro.
Por outro lado, há empresas que levariam tantos pregões para finalizar a operação que seria impossível concretizá-lo até o término do prazo, geralmente de um ano, para a realização.
Pelo levantamento do Credit Suisse, a Brazil Hospitality Group (BHG) precisaria de 271 sessões na bolsa para fazer a recompra, que tem prazo de um ano.
Por meio da assessoria de imprensa, o BHG informou este já seu quarto programa de recompra de ações. Apesar de tê-lo renovado em março, não tem intenção de recomprar seus papéis porque seu caixa tem sido destinado a investimentos no plano de crescimento, por meio de aquisições e desenvolvimento hoteleiro.
A Metalfrio levaria 94 pregões e a Cyrela Commercial Properties , 112 dias. No caso da CCP, no momento do anúncio da recompra ela não dispunha de caixa suficiente, conforme dados da Economática, para completá-la em sua totalidade. Nesse caso estão ainda Eucatex, BM&FBovespa, Profarma, OdontoPrev e Le Lis Blanc. As empresas não concederam entrevista.
Para o professor do Insper Ricardo José de Almeida, não são poucas as companhias que deixam o programa de recompra aprovado e engatilhado para se aproveitar de um eventual momento de baixa acentuada.
"O mercado está com forte volatilidade, o que faz com que as ações possam cair muito e se recuperar depois. Nesses momentos, fica mais fácil já ter a recompra aprovada, para aproveitar os momentos de preços baixos. Se ainda tiver que aprovar a recompra, pode perder a oportunidade", afirma Almeida.
O diretor de relações com investidores e financeiro da Porto Seguro, Marcelo Picanço, diz que o programa é uma opção, não é uma obrigação. "A obrigação é dar o retorno ao acionista. A recompra é, inclusive, uma munição para evitar, por exemplo, distorções de mercado."
O executivo conta que as companhias tendem a divulgar programas agressivos para terem oportunidade de fazê-los se as condições de mercado tornarem-se muito adversas.
Em muitos casos, o desejo da empresa é gerar mais um impacto psicológico do que efetivo, como uma força compradora no mercado. Até mesmo porque, se a empresa faz a recompra com muita sede e a ação sobe demais, fica infundado o programa.
Muitas companhias divulgam recompras pequenos até mesmo porque possuem um objetivo claro - ter ações em tesouraria para dar conta do programa de opções de ações de seus executivos. Esse é o caso de 16 empresas da mostra do Credit.
"Nosso programa tem esse objetivo específico, por isso tem um volume baixo", afirma Marcel Vedrossi, analista sênior de relações com investidores da Bematech. "Temos até abril para concluí-lo. Já efetuamos quase 40%, o que atende as nossas necessidades. No entanto podemos também utilizá-lo para tornar mais eficiente o uso do caixa. Nesse momento, não temos intenção de recomprar mais, mas pode ser daqui a um ou dois meses, se acharmos interessante", diz.
A Anhanguera Educacional, em seu comunicado, falava que a recompra poderia ser para os planos de opções e outras destinações. Uma delas, informa Ricardo Scavazza, vice-presidente financeiro da companhia, foi para completar o pagamento da compra da rede de ensino LFG, recém concluída.
A Rodobens iniciou seu programa em maio, com prazo de seis meses. Até o momento, retirou do mercado em torno de 170 mil ações ou 8% do total de 2,2 milhões abrangidos pelo programa, que correspondem a 10% do total de ações da companhia na bolsa, o máximo permitido.
O diretor de relações com investidores da Rodobens, Luciano Guagliardi, diz que a empresa não está preocupada com o montante que vai conseguir comprar.
"Existe a questão liquidez. Talvez nem se eu quisesse fazer o programa inteiro eu conseguiria. É melhor ter o limite máximo aprovado para não ter que a toda hora ir até o conselho e pedir a aprovação ", afirma Guagliardi.
José Salazar, vice-presidente financeiro e de relações com investidor da Tempo Assist, afirma que, em agosto passado, a empresa anunciou seu terceiro programa de recompra. Nos dois anteriores, completou 99%; no atual, ele diz que a empresa novamente está atuando, embora não divulgue os volumes.
"Na nossa visão, esse é o melhor uso para o caixa, pois a ação está barata. Existe um potencial de prejudicar nossa liquidez, mas ainda assim, achamos que o benefício da recompra é maior."
Picanço, da Porto Seguro, ressalta que a recompra precisa ser feita com cuidado.
"O anúncio atrai investidores, mas tenho que tomar cuidado para não secar o mercado. Temos de fazê-lo em doses bem distribuídas para preservar o total de ações em circulação no mercado em torno de 30%", diz.
"Alterar esse percentual em 5 pontos percentuais já é problema. Mas as recompras do passado nunca levaram à redução, no longo prazo, da liquidez das ações".
Marcela Drehmer, diretora de finanças da Braskem, diz que o programa vigente ainda tem poucos dias e que é resultado do entendimento de que o papel não estava cotado a preço justo.
Em 2008, com a crise, diz, as reservas da companhia caíram em função de prejuízos e a empresa optou por preservar o caixa. "Mas agora temos caixa. Liquidez não é um problema", diz a executiva.

Pré-sal faz empresas mudarem de foco
Agência RBS 27.09.2011 - Exigência de conteúdo nacional mínimo atrai de empreiteiras a fornecedores de autopeças ao setor de óleo e gás. Odebrecht, Engevix e Caterpillar, entre outras, diversificam negócios para atender demanda do pré-sal
Funcionários acompanham finalização do dique seco do Estaleiro Rio Grande, localizado na região sul do RS.
Diante da perda de competitividade das exportações de muitos setores da indústria, as oportunidades de negócio do mercado doméstico geradas pelos investimentos no pré-sal têm sido uma alternativa de expansão de empresas dos mais variados ramos.
Muitas companhias ampliaram o foco de atuação e passaram a ser fornecedoras do segmento de óleo e gás.
De olho nos investimentos de R$ 224,7 bilhões da Petrobras até 2015 -dos quais R$ 53,4 bilhões só no pré-sal-, grupos como Odebrecht, Engevix, Caterpillar e Prysmian (ex-Pirelli Cabos) diversificaram negócios.
A empreiteira baiana criou a Odebrecht Óleo e Gás para prestar serviços como aluguel de plataformas e sondas de perfuração e manutenção. Estuda ainda instalar um estaleiro na Bahia em parceria com a OAS.
Originalmente da área de montagem de instalações industriais, a Engevix arrendou um estaleiro no Rio Grande do Sul e constrói para a Petrobras seis cascos para navios-plataformas do pré-sal.
Gerson Almada, diretor do grupo, diz que serão investidos US$ 3,6 bilhões na instalação de "um complexo naval", com mais dois estaleiros em Rio Grande (RS). As unidades farão plataformas e sondas de perfuração.
"O estímulo para investir no setor veio por conta do pré-sal e da política do governo de atender índices [de ao menos 60%] de nacionalização das encomendas da Petrobras", diz Almada.
Animadas com as encomendas de sondas da Petrobras, a Alusa (de linhas de tramissão de energia) e a empreiteira Galvão, em consórcio, também planejam construir um estaleiro.
Tradicional fornecedora de cabos elétricos, a Prysmian (ex-Pirelli Cabos) investiu R$ 250 milhões de reais em uma nova fábrica de dutos flexíveis (que ligam poços às plataformas) exclusivamente para atender à Petrobras, que firmou contrato de longo prazo com a companhia.
Armando Comparato, presidente da empresa, diz que a unidade, em Vila Velha (ES), pode ser duplicada. "Só no Brasil o grupo produz para o setor de petróleo e essa decisão se deveu ao pré-sal."
O pré-sal também atraiu o interesse de tradicionais fornecedores da indústria automobilística. É o caso da Voges (RS), fabricante de motores elétricos.
A empresa investe numa linha de motores à prova de explosão para plataformas. Já a Caterpillar passou a produzir motores a diesel para embarcações.
PETROBRAS: Segundo Oscar de Azevedo, diretor da Voges, a ideia é nacionalizar ainda a fabricação de mais dois equipamentos acoplados aos motores e usados para obter maior eficiência energética. Hoje, eles são importados e distribuídos pela empresa.
"O pré-sal é uma grande oportunidade num momento em que a indústria perde competitividade por causa do câmbio. Muitas empresas estão se qualificando para atender à Petrobras", diz o executivo, que também é dirigente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.

Cosan poderá recomprar até US$ 100 mi em ações até julho
Brasil Econômico 26.09.2011 - O Conselho de Administração da Cosan renovou o programa de recompra de ações, com prazo agora até 4 de julho de 2012.
Nesse período, a diretoria executiva da empresa poderá adquirir o valor máximo de até US$ 100 milhões em ações da empresa.
O objetivo do programa é manter ações em tesouraria, para cancelamento ou alienação.

Brasil Ecodiesel quer liderar consolidação do setor agrícola
26.09.2011Exame - Brasil Ecodiesel: biodiesel deixa de ser foco para virar negócios secundário. A Brasil Ecodiesel vai deixar a produção de biodiesel em segundo plano, e se concentrar em um novo papel: o de compradora de empresas de agronegócios. “O setor agrícola precisa se consolidar e não há outro player fazendo isso no Brasil”, disse o novo presidente da empresa, Bento do Amaral Peixoto Moreira Franco, à agência Bloomberg.
As declarações estão em sintonia com o que espera a Veremonte, empresa de participações do bilionários espanhol Enrique Bañuelos e principal acionista da Brasil Ecodiesel. No início de setembro, quando a incorporação da Vanguarda pela empresa foi aprovada, Marcelo Paracchini, presidente da Veremonte, já havia antecipado a EXAME.com que a Brasil Ecodiesel negociava com quatro ou cinco empresas.
Sexta maior produtora de biodiesel do país, a Brasil Ecodiesel chegou a ser apontada, durante o governo Lula, como a empresa-modelo do setor. A estagnação do mercado de biodiesel no país, no entanto, levou a companhia a mudar seu foco, concentrando-se nas commodities agrícolas.
À Bloomberg, Moreira Franco afirmou que, hoje, a oferta de biodiesel no Brasil é maior que a demanda. Atualmente, a maior parte da demanda é gerada por leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Com a incorporação da Vanguarda, o biodiesel responderá por 35% das receitas da Brasil Ecodiesel e por 6% da geração de caixa. Os 94% restantes do ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) virão do agronegócio.
A expectativa do executivo é que a primeira aquisição seja fechada em seis meses. O foco, segundo ele, são pequenas empresas agrícolas.

MPE usa recurso contra Engevix
Valor 27.09.2011 - Classificado em segundo lugar no leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (no Rio Grande do Norte), o grupo MPE encaminhou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um recurso administrativo contra a habilitação do vencedor Inframérica (consórcio composto pelo grupo brasileiro Engevix e pela argentina Corporación América).
O aeroporto foi o primeiro a passar por uma concessão federal e foi encarado como um teste para as futuras concessões no setor.
No recurso, o grupo argumenta que o consórcio vencedor não apresentou todos os documentos necessários à habilitação. "É um direito que nossa empresa tem e o estamos usando", diz Renato Abreu, presidente do MPE.
"O edital exigia certidões para comprovar a regularidade fiscal. Mas o consórcio vencedor só anexou uma declaração de uma empresa de auditoria dizendo não ter problemas ficais", diz o advogado que representa o grupo, Cristiano Martins.
A agência analisou a documentação da vencedora no dia 13 de setembro. Na época, publicou ata dizendo ter concluído "que a documentação apresentada pelo consórcio encontra-se em conformidade com o estabelecido no edital de Leilão". Agora, a Anac analisará se a argumentação interposta pelo MPE é válida e marcará uma data para o julgamento - que, segundo a agência, pode acontecer até o dia 3 de outubro.
Disputado há mais de um mês, em 22 de agosto, o leilão de concessão do aeroporto nordestino teve uma disputa acirrada. Quatro consórcios apresentaram propostas iniciais.
O Consórcio Potiguar, composto pela Triunfo e pela espanhola Fomento de Construcciones y Contratas (FCC), foi eliminado logo na etapa de abertura de envelopes por apresentar o quarto valor de outorga - somente os três melhores classificados foram chamadas para a segunda e última etapa, de lances a viva voz, conforme previa o edital.
Convocado para a segunda e última etapa, o Consórcio ATP- Contratec não fez lances e foi eliminado. Com isso, restaram o Consórcio Aeroportos Brasil (do grupo MPE) e o Inframérica (da Engevix). Depois de 50 minutos e 87 lances, o Inframérica finalmente ofertou R$ 170 milhões e silenciou o concorrente, que havia proposto R$ 166 milhões. Venceu com ágio de 228,8% sobre o valor inicial estipulado pelo governo.

Operador do trem-bala definirá critérios para efetuar transferência de tecnologia
Valor 27.09.2011 - O governo resolveu atender um dos pleitos das empresas detentoras da tecnologia do trem de alta velocidade com interesse em disputar a operação do serviço no país. A concessionária vencedora da licitação terá a permissão para definir, junto com o governo, os critérios de seleção das empresas nacionais que terão direito de fazer uso das licenças e patentes do padrão adotado.
Havia o receio das empresas de que as informações compartilhadas pudessem parar nas mãos de um concorrente direto e de que não fossem escolhidas empresas com qualificação técnica suficiente. O superintendente-executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Hélio Mauro França, disse que os critérios serão definidos em comum acordo, tanto com a participação do investidor como da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav), estatal responsável pela absorção da tecnologia.
Segundo França, o governo também se beneficia dos ajustes que estão sendo feitos no edital para o plano de transferência tecnológica. No modelo anterior, o governo definia somente os critérios do programa, que seria elaborado pelo empreendedor. Apesar de ceder ao permitir a participação do concessionário no processo de definição dos critérios, o governo também poderá intervir nas decisões tomadas na elaboração do programa.
"Antes, teríamos que seguir o plano da empresa. Em contrapartida, temos condições de opinar sobre a melhor forma de trazer e aproveitar essa tecnologia no país", disse França.
A partir das mudanças adotadas foi definido que, ao ser assinado o contrato com a operadora do serviço, começará a contagem do prazo de dois anos para a elaboração conjunta do plano de compartilhamento da tecnologia. Com o programa acabado, a concessionária terá mais dois anos para iniciar a execução e outros cinco anos, contados a partir do início da operação comercial do trem, para concluir.
O trem-bala, que interligará as cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, deverá iniciar a operação em 2019. Se a expectativa do governo for confirmada, a indústria nacional deverá estar apta a fornecer equipamentos e dar manutenção ao projeto a partir de 2024. Como essa tarefa estará a cargo da própria concessionária, que terá índices de nacionalização de equipamentos a cumprir, todo o conhecimento adquirido poderá estar voltado para os novos projetos de expansão da malha ferroviária de alta velocidade no país.
França avalia que a formulação de um programa bem estruturado de transferência tecnológica é apenas um dos desafios da agência reguladora. Ele chama a atenção para o fato de o país ter de correr contra o tempo para criar o ambiente propício ao aproveitamento do conhecimento que será passado pela empresa estrangeira.
"O processo, como um todo, envolve dois movimentos. O primeiro está ligado a uma obrigação da concessionária de ensinar como fazer. Já o segundo é externo à concessão, porque envolve a nossa capacidade de receber toda a avalanche de conhecimento que virá", alertou o superintendente ao se referir à necessidade de formar mais técnicos e engenheiros, profissionalizar as empresas nacionais e envolver as universidades com a adequação dos currículos à nova demanda do setor ferroviário.

Brasil negocia com novo governo da Líbia
Valor 27.09.2011 - O Brasil deve enviar um carregamento de arroz ao sul da Líbia e estuda ajudar o novo governo na desmontagem de minas terrestres no país, segundo compromisso firmado entre o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e o primeiro-ministro de facto da Líbio, Mahmoud Jibril. Patriota recebeu Jibril ontem, em Nova York, em reunião "descontraída", segundo definiu uma autoridade que acompanhou o encontro.
Segundo informou ao Valor a autoridade brasileira, no encontro de meia hora Jibril reafirmou o interesse do Conselho Nacional de Transição da Líbia em normalizar as relações com o Brasil e as empresas brasileiras (Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Petrobras têm negócios de quase US$ 5 bilhões no país).
O líder líbio informou que em breve regularizará as funções da embaixada do país em Brasília - onde o embaixador nomeado pelo ex-ditador Muamar Gadafi aderiu aos rebeldes - e acertou com Patriota a ida de uma missão do Brasil a Trípoli "o mais rápido possível". Ele pediu ao ministro uma semana de prazo para que o CNT esteja em condições de operar na capital e tratar de assuntos bilaterais com os enviados brasileiros.
Patriota disse ao líder do CNT que o Brasil foi um dos países que apoiou o reconhecimento dos rebeldes no comitê de credenciamento da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Embora Patriota e Jibril não tenham tratado dos detalhes sobre os interesses das empresas do Brasil na Líbia, onde as maiores obra, a do aeroporto e do anel viário de Trípoli, estão a cargo da Odebrecht, o premiê deixou boa impressão no governo brasileiro, ao elogiar a atuação das empresas brasileiras e garantir que quer a normalização das relações bilaterais.
Patriota também teve encontros com representantes do Irã e do Iraque. Há planos de missões empresariais ao Iraque, e os iranianos informaram que querem ampliar os negócios entre os dois países. O Irã deseja aumentar suas exportações de farmacêuticos ao mercado brasileiro e incentivar o turismo de iranianos no Brasil, elevando o volume de comércio a patamares semelhantes aos registrados entre Irã e Turquia, hoje em torno de US$ 2 bilhões.

Balança comercial tem déficit de US$584 mi na 4a semana do mês
Reuters 26.09.2011 - A balança comercial brasileira teve superávit de 1,948 bilhão de dólares nas quatro primeiras semanas de setembro, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
N quarta semana do mês, no entanto, o saldo foi negativo em 584 milhões de dólares. Na terceira semana, o saldo havia ficado positivo em 1,213 bilhão de dólares, enquanto que na segunda, em 1,003 bilhão de dólares. Na primeira, o superávit foi de 316 milhões de dólares.
As exportações no mês somam 17,897 bilhões de dólares, enquanto as importações somam 15,949 bilhões de dólares.
No ano, o saldo comercial acumulado está positivo em 21,908bilhões de dólares, com vendas externas de 184,611 bilhões de dólares e importações de 162,703 bilhões de dólares.

Apesar de ofensiva chinesa, setor têxtil brasileiro sobe em ranking
Folha 27.09.2011 - México perdeu espaço nos EUA e mercado interno no Brasil cresceu. Mesmo diante da concorrência com países de origem asiática, o Brasil subiu uma posição no ranking mundial de produção de roupas, ficando atrás somente da China, da Índia e do Paquistão.
Segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), foram 9,8 bilhões de peças produzidas em 2010 -12,6% da produção mundial.
A posição, afirma a entidade, se deve à perda do mercado americano pelo México, com o fim da barreira a produtos chineses, e à alta do consumo interno brasileiro.
De tudo o que foi produzido no país, 92% foram consumidos internamente. No ano, o setor faturou US$ 60 bilhões. O recuo mexicano também favoreceu Turquia, Coreia do Sul e Itália.
"Nós tivemos em 2010 o crescimento elevado do consumo brasileiro e a consolidação dos chineses no mercado americano", disse Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit.
A produtividade média da indústria de confecção brasileira também subiu no período de 6.600 para 7.400 peças por funcionário ao ano.
Segundo os dados da Abit, a produção registrada no ano passado deve se manter a mesma em 2011, sem alta.
"De janeiro a agosto, a queda na produção está em 12%, enquanto o varejo acumula alta de 6%. Resultado da crise do algodão vivenciada neste ano, desaquecimento do mercado interno e maior participação dos importados."

Ex-executivo do Yahoo é novo CEO do ClickOn
Valor 27.09.2011 - O carioca Guilherme Ribenboim, de 38 anos, assume o cargo de CEO do site de compras coletivas ClickOn na próxima semana. Ele deixa o Yahoo, onde ocupou, desde 1999, diversos cargos executivos e atuava há quase três anos como gerente-geral para a América Latina. Criado em maio de 2010, o ClickOn registrou entre janeiro e setembro deste ano um faturamento cinco vezes maior do que o obtido entre maio e dezembro de 2010.
"Esse é um mercado absolutamente impressionante em termos de crescimento. Foi essa dinâmica que me atraiu. É uma empresa grande, mas com mentalidade de 'startup'", diz Ribenboim, destacando o potencial de inovação do segmento. Antes de trabalhar no Yahoo, o novo CEO do ClickOn foi um dos fundadores da InvestShop, empresa de serviços financeiros on-line que depois foi comprada pelo Unibanco.
Há um mês, Marcelo Macedo, fundador do ClickOn, deixou o cargo de CEO, que foi ocupado interinamente pelo consultor Flávio Jansen, ex-presidente do Submarino. Macedo permanece como acionista e membro do conselho da empresa.
O ClickOn tem 27% do mercado de compras coletivas, segundo a empresa. Em maio, a Mosaico - braço de investimentos na internet da Organizações Globo - comprou 40% do site.
O mercado de compras coletivas, iniciado há apenas um ano e meio no país, faturou R$ 180 milhões em 2010 e deve ultrapassar R$ 1,2 bilhão em 2011, segundo estimativa do ClickOn.

Nova geração de investidor dá mais força à inovação
Valor 27.09.2011 - Saul Singer, escritor e especialista em inovação: em Israel, país campeão em empresas novatas, mercado é menos avesso ao risco que no Brasil.
Uma mudança no mercado brasileiro está tornando o cenário mais atrativo para as empresas de inovação nascentes. Na cadeia de investidores, a figura do investidor-anjo - empresas ou pessoas físicas que investem pequenas quantias em companhias iniciantes - começa a se tornar mais comum. Em alguns casos, são os antigos donos de empresas novatas, que se mostraram bem-sucedidas e acabaram compradas, que estão usando parte desses ganhos para financiar outras "startups".
O mesmo movimento foi observado há algumas décadas em grandes polos de inovação como o Vale do Silício, na Califórnia, e a cidade de Boston, diz Leslie Charm, professor de finanças para empreendedores do Babson College, nos Estados Unidos. "O cenário de inovação no Brasil mudou rapidamente nos últimos cinco anos e a tendência é que surjam novos investidores-anjos no curto prazo", afirma o especialista. O Babson College fica em Boston, onde se situam milhares de empresas novatas criadas principalmente a partir de projetos nascidos no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Para Charm, o fato de empresários brasileiros investirem em companhias nascentes transmite ao mercado internacional uma impressão de confiança nos projetos de inovação existentes. "Existe um grupo de cerca de 75 investidores que buscam projetos de inovação pelo mundo. O cenário atual do país coloca as 'startups' brasileiras na mira desses investidores", afirma o professor.
Donos de ex-novatas bem-sucedidas, como Romero Rodrigues, do BuscaPé, investem em projetos de terceiros. Alguns desses novos investidores-anjos fizeram aportes recentemente. O caso mais emblemático no setor de tecnologia é o de Romero Rodrigues, um dos fundadores do site comparador de compras BuscaPé, que foi adquirido em 2009 pelo grupo sul-africano Naspers, por US$ 342 milhões, o valor mais alto já pago por uma novata brasileira de internet. Rodrigues segue como executivo-chefe do BuscaPé, mas investe parte dos seus ganhos em empresas nascentes. A mais recente foi a Shoes4You, loja virtual de sapatos femininos, lançada neste mês.
Outro caso é a Movile, empresa de serviços para a área de telecomunicações, como serviço de marketing e aplicativos para celulares. A empresa foi fundada em 2000 e, dois anos depois, recebeu aporte da Rio Bravo Investimentos. Em 2008, o Naspers entrou como investidor para acelerar o processo de internacionalização. Em 2010, a empresa fundiu as operações com a Cyclelogic e expandiu sua atuação para oito países na América Latina. Fabrício Biosi, executivo-chefe da Movile, diz que a receita cresceu 20 vezes em três anos, chegando a R$ 30 milhões em 2010.
Biosi faz parte de um grupo de 50 empresários de Campinas, que lançaram em janeiro o Inova Ventures Participações (IVP), um fundo de R$ 2,5 milhões voltado para financiar "startups". Também foi observado em Campinas um movimento de empresas que destinam recursos para empregados criarem suas startups. Companhias como CI&T, Concrete Solutions e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) reservam de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões para esses investimentos, que já beneficiaram 22 projetos em um ano.
Os novos investidores somam-se a grupos que já investiam em companhias iniciantes, como Gávea Angels, Bossa Nova Investimentos, Floripa Angels e Antera Gestão de Recursos. Charm diz que o surgimento de novos investidores, associado a um quadro de "startups" que operam em parceria com universidades deve contribuir para a formação de grandes polos de inovação. "O Brasil pode se ter o seu Vale do Silício, à medida que a aversão ao risco diminui no país", afirma.
Saul Singer, especialista em inovação e coautor do best seller "Nação Empreendedora: O milagre econômico de Israel e o que ele nos ensinou", vê no mercado brasileiro um cenário similar ao da Europa, onde os investidores ainda preferem opções mais conservadoras que uma "startup". Os juros altos, afirma, diminuem o interesse de investidores em negócios mais arriscados.
"Há uma tendência no Brasil a pensar que empreendedores que fecham a empresa são fracassados, mas a falha é normal", diz. Em Israel, que tem maior proporção de "startups" em relação ao total de empresas, com 3 mil a 4 mil empreendimentos, mais de 40% das companhias novatas fecham antes de dois de existência, como no Brasil. "A diferença é que, em Israel, há 60 anos os empresários estão se dispondo a correr riscos."

Após saída de Gruebel, UBS precisará fazer novos cortes
Financial Times 27.09.2011 - No momento em que o UBS embarca em uma reestruturação ampla de seu banco de investimentos, na esteira de um escândalo de trading supostamente praticado por um operador irresponsável e que envolveu US$ 2,3 bilhões, há alvos óbvios para cortes de despesas.
O desafio maior é se os altos executivos, entre eles Sergio Ermotti, recém-nomeado presidente interino, serão capazes de reduzir a escala da companhia com rapidez para satisfazer investidores, dizem analistas.
O banco de investimentos do UBS, que vem tropeçando de crise em crise nos últimos 15 anos, perdeu sábado um de seus maiores defensores, com a saída de Oswald Grübel, banqueiro veterano.
Depois de passar os últimos 18 meses reconstruindo áreas duramente impactadas pela crise, especialmente uma divisão de renda fixa que zerou o equivalente a US$ 50 bilhões em dívida tóxica, Grubel acreditava que um grupo bancário integrado necessitava manter presença substancial como banco de investimento, segundo fontes próximas.
Agora que ele saiu, analistas já estão pressionando para que Ermotti maneje um machado mais afiado. Um olhar mais atento sobre o mix de negócios e a alocação de capital do grupo explica por quê. Em 2010, o banco de investimento do UBS era responsável por 60% do capital alocado ou de ativos ponderados por risco, mas apenas 35% dos lucros antes de impostos, de acordo com a RBC Capital Markets. Em contraste, seu carro-chefe - operações com gestão de riqueza - respondiam por 33% dos lucros antes de impostos, mas apenas 8% do capital alocado.
Até agora, o UBS forneceu poucos detalhes sobre planos para enxugamentos do banco de investimento, que serão revelados durante apresentação para investidores em Nova York, em novembro.
Mas algumas pessoas nos bastidores do UBS continuam preocupadas com o fato de os altos executivos não terem compreendido plenamente a dimensão das mudanças pela frente.
O UBS já anunciou 3,5 mil demissões em todo o grupo: menos da metade dos 17,7 mil funcionários no banco de investimento. Um número mais digno de crédito está mais perto de 10 mil, segundo analistas, o que significa outras 5 mil perdas de empregos.
O UBS já traçou um programa para encerrar uma operação que necessitaria capital intensivo, a unidade de renda fixa que consome dois terços do capital do banco de investimento. Mas alguns executivos querem manter uma presença até mesmo em operações de trading que serão mais prejudicadas com uma revisão mundial dos requisitos de capital para os bancos, segundo pessoas familiarizadas.
Os ativos do UBS ponderados por risco cresceram quase 5% no segundo trimestre de 2011, de acordo com analistas do Morgan Stanley, sinalizando resistência a cortes em maior escala. Os executivos permanecem bastante interessados, por exemplo, em manter suas operações de renda fixa nos EUA, apesar de repetidos apelos para que sejam encerradas.
Vários analistas questionaram se o tumulto na administração no fim de semana perturbará ainda mais os esforços para reformular a escala e a função do banco de investimentos.
"A decisão de promover uma revisão abrangente dos negócios do UBS para compatibilizá-los com as condições de mercado, que mudaram muito, foi correta", diz Chris Wheeler do Mediobanca. "No entanto, antes mesmo de os resultados terem sido anunciados, o banco colocou em risco a execução do plano."
Quais operações o UBS tentará manter é mais fácil de prever: câmbio, onde permanece sendo um dos mais importantes operadores, sua presença nas bolsas e seus negócios com consultoria e de subscrição de ações e dívida. Em tese, essas são áreas que necessitam menos capital e são menos arriscadas, apesar dos US$ 2,3 bilhões em supostos prejuízos com operações financeiras não autorizadas na mesa Delta One do banco, nas entranhas da divisão de operações com ações, tenham testado severamente essa máxima.
A conquista de clientes interessados em fusões e aquisições, e ofertas públicas iniciais de sua denominada "rede de clientes de ultra-alto valor" será fundamental para que essa estratégia, assim como a venda de produtos bancários de investimentos que proporcionam margens mais amplas.
"De uma perspectiva de longo prazo, o UBS está se reorientando rumo a um negócio menos arriscado, mas que proporciona retornos maiores", dizem analistas do Goldman Sachs. "Isso é um ponto positivo para o longo prazo, em nossa opinião".

Lição de casa: Bruno Covas nega que recebeu propina
Exame 26.09.2011 - "Falei em uma hipótese e que não deveria ser aceita", negou o pré-candidato à prefeitura de São Paulo. Apesar de anunciar a pré-candidatura, Bruno Covas disse que sai da disputa se José Serra decidir concorrer
O secretário estadual de Meio Ambiente e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), voltou atrás e disse hoje que não recebeu oferta de propina pela liberação de emenda. "Falei em uma hipótese e que não deveria ser aceita. Não disse que aquele caso aconteceu em específico. Retifico o que falei. Estava dando um exemplo hipotético do que fazer num caso como aquele", disse Bruno Covas.
Em entrevista gravada à coluna Direto da Fonte, concedida há cerca de um mês, o secretário deu a declaração ao responder se já havia passado por situação envolvendo corrupção (www.estadao.com.br/e/bruno). “Ah, já. Uma vez, consegui uma emenda parlamentar de R$ 50 mil para obra de um município. Assinamos o convênio e depois o prefeito veio perguntar com quem ele deixava os 5 mil”, contou. “Respondi: ‘Doa para a Santa Casa eu que não vou ficar com isso’. Não sei se ele contou para os outros, mas foi o único caso que eu tive na Assembleia”. Para a cúpula tucana, o secretário recuou após a repercussão da declaração.

 

Brasil não pode se deixar levar pela especulação, diz Steinbruch

Valor 26.09.2011 - Revelando a preocupação do setor industrial brasileiro com a variação do dólar, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, criticou nesta segunda-feira a falta de ação do governo para evitar picos de oscilação cambial como os verificados nos últimos dias. “O Brasil tem que exercer uma posição de liderança. Não pode se deixar envolver em posições especulativas”, comentou, referindo-se ao salto na cotação do dólar, que chegou a ultrapassar R$ 1,90 na semana passada. No começo de setembro, o dólar girava ao redor de R$ 1,60. Steinbruch foi contundente ao afirmar que o setor manufatureiro brasileiro não tem condições de exportar devido ao alto custo de produção no país. “Estamos num grande risco de desindustrialização, não por falta de competitividade, mas pelas distorções que existem dentro do país. Não existe a menor possibilidade de o Brasil competir com a Ásia”, afirmou ao participar do 8º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). O vice-presidente da Fiesp ainda destacou que o Brasil está “sob ameaça severa de redução de atividade econômica e início de redução de emprego”, o que quebraria a corrente renda-emprego-consumo que, segundo ele,  diferencia o país no cenário internacional. “O Brasil nunca esteve tão bem, enquanto os outros países nunca estiveram tão mal. Precisamos tirar proveito disso”, ressaltou. “O desconhecimento da crise ainda é muito grande. Essa crise parece ser muito mais séria do que estamos vendo”, complementou.

Carrefour fecha oito lojas no interior de São Paulo

Folha 26.09.2011 - O Carrefour Brasil confirmou nesta segunda-feira o fechamento de oito lojas da bandeira Carrefour Bairro em quatro cidades da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), uma das mais ricas do Estado.  Foram desativadas quatro unidades de Ribeirão, conforme a Folha antecipou na semana passada, duas em Jaboticabal, uma em Monte Alto e outra em Matão. Na região, apenas lojas Bairro de São Carlos foram poupadas nesse processo que a empresa chama de "reestruturação de suas operações".  A assessoria do grupo francês informou em nota que as mudanças na rede dão continuidade a medidas "alinhadas com o redesenho do modelo de negócio iniciado em 2010".  Em Ribeirão, o único Carrefour Bairro restante é o da rua Rui Barbosa, no centro da cidade. Foram fechadas as lojas Campos Elíseos, Ipiranga, Santa Cruz e Caramuru.
A empresa mantém ainda na cidade duas unidades Carrefour Hipermercado (RibeirãoShopping e Via Norte) e um Atacadão.

Suzano anuncia novo diretor financeiro

Brasil Econômico 26.09.2011 - Alberto Monteiro de Queiroz Netto será responsável pelas principais decisões financeiras e estratégicas da Suzano.  A Suzano Papel e Celulose anunciou que o executivo Alberto Monteiro de Queiroz Netto vai assumir o cargo de diretor Executivo de Finanças da companhia.
Ele entra no lugar de Bernardo Szpigel, que está se aposentando após 16 anos. De acordo com a Suzano, Szpigel continuará atuando em tempo parcial, como consultor, em projetos específicos.
Alberto Monteiro, que vai acumular também a função de diretor de Relações com Investidores, atuou nos últimos dois anos como diretor financeiro da CSN. Antes disso, foi diretor financeiro do Banco do Brasil, além de ter atuado na Gerdau, Cielo, e na Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).
Ele é formado em administração pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, e com MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Lopes compra 51% da imobiliária Itaplan

Valor 26.09.2011 - A LPS Brasil assinou um acordo para aquisição de 51% da imobiliária Itaplan Brasil e da empresa de serviços de documentação ATI Brasil, ambas com sede em São Paulo. O negócio será fechado por  R$ 29,17 milhões, em valores estimados. Essa foi a quinta aquisição realizada pela Lopes este ano. Com 43 anos de existência, a Itaplan atua principalmente da Região Metropolitana de São Paulo e está em sexto lugar em valor geral de vendas (VGV), de acordo com o ranking da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
Conforme a LPS, do valor total da compra, será paga uma parcela fixa inicial de R$ 7,63 milhões e uma segunda parte após seis meses, no valor de R$ 3 milhões. O saldo restante, de R$ 18,53 milhões, será pago em três parcelas variáveis atreladas ao resultado da Itaplan. Os acionistas da companhia serão convocados para avaliarem a proposta em assembleia geral extraordinária a ser agendada. Aos sócios dissidentes com posição acionária até sexta-feira, será oferecido reembolso de R$ 6,21 por papel. No começo deste mês, a Lopes já havia anunciado a aquisição de 51% da mineira Brisa Empreendimentos Imobiliários, com sede em Nova Lima, por R$ 5,5 milhões.

Pré-sal de Santos produziu em 3 poços 59 mil b/d, diz Petrobras

Valor 26.09.2011 - Empresa explicou que se for levado em consideração a bacia de Campos, no Rio de Janeiro, a produção da empresa em agosto já atinge 129 mil barris de petróleo ao dia. O pré-sal de Campos, onde há quatro poços em  atividade, está situado em águas menos profundas do que o de Santos. A produção da Petrobras em apenas três poços em teste na camada pré-sal na bacia de Santos alcançou em agosto 59 mil barris/dia, segundo o  gerente de planejamento de Exploração e Produção da estatal, Mauro Yusi Hayashi. Segundo ele, essa produção foi alcançada nos Testes de Longa Duração (TLD) de Lula Nordeste, com 15 mil barris, de Lula, com 29 mil, e  Guará, com 15 mil barris. "O mesmo nível de produção no Brasil e no mundo, você precisa ter centenas ou milhares de poços. Aqui, são apenas três poços para chegar a 59 mil no pré-sal", disse o executivo durante palestra  no Congresso Internacional Pré-sal 2011, no Rio. Hayashi explicou ainda que se for levado em consideração o pré-sal da bacia de Campos, no Rio de Janeiro, a produção da empresa em agosto na região já atinge 129 mil  barris de petróleo ao dia. O pré-sal de Campos, onde há quatro poços em atividade, está situado em águas menos profundas do que o de Santos. "Temos acelerado o Projeto Varredura na bacia de Campos e isso contribui para a nossa produção", disse ele --saiba mais sobre o Projeto Varredura, que visa encontrar novos poços produtores perto de estruturas de produção já existentes. Em agosto, a produção de petróleo da Petrobras no Brasil somou 1,963 milhão de barris diários.
Indicador de sucesso: O executivo destacou ainda que o índice de sucesso da Petrobras na região do pré-sal tem sido excelente e bem acima da média internacional em exploração de petróleo.
Hayashi afirmou que o nível de sucesso exploratório da estatal no pré-sal é de cerca de 80 por cento, enquanto na média mundial é de 30 por cento.
"Isso já é um bom desempenho. É muito promissor esse resultado", declarou o gerente da Petrobras.
"Se continuar nesse ritmo de 80 por cento, significa que o resultado é muito melhor do que a gente poderia imaginar.

Alstom ganha contrato para construção de hidrelétrica no Brasil

Folha 26.09.2011 - A Alstom e empresas de engenharia parceiras ganharam um contrato no Brasil de um valor global de 310 milhões de euros (cerca de US$ 420 milhões) para a construção da central hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, anunciou nesta segunda-feira em um comunicado o grupo francês, que ficará com 100 milhões. O contrato foi ganho pela Alstom e por suas parceiras CESBE e Areva Koblitz (grupo Areva) no Consórcio Amapá Energia.  A parte da Alstom no contrato representa um valor de 100 milhões de euros, sendo cerca de 80% diretamente para a Alstom e 20% para a IMMA (Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia), empresa criada com o grupo brasileiro Bardella.
O contrato é relacionado a serviços de engenharia, ao fornecimento de equipamentos elétricos e à construção da central hidrelétrica. Com uma potência de 373,4 MW, a hidrelétrica de Santo Antônio do Jari deve entrar em funcionamento no final de 2014.  A Alstom fornecerá principalmente as turbinas e alternadores e será responsável pela montagem, pela supervisão e por colocar a hidrelétrica em funcionamento.

Anatel: TV paga chega a 11,6 mi de domicílios no País

Estadão 26.09.2011 - O Brasil atingiu em agosto o total de 11,630 milhões de domicílios atendidos com TV por assinatura, informou hoje a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No mês passado, foram agregados 334.596 assinantes, o que representa um crescimento de 2,96% sobre a base registrada no final de julho. Entre janeiro e agosto deste ano, foram 1,861 milhão de novos assinantes.
De acordo com a Anatel, considerando-se que cada domicílio tem, em média, 3,3 pessoas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é possível calcular que os serviços de TV por assinatura já alcançam mais de 38,3 milhões de brasileiros. Em agosto, os serviços de TV por assinatura estavam presentes em 19,4 de cada cem domicílios do País.
Por tipo de tecnologia, a liderança é da TV por assinatura via satélite, com 52% da base, em agosto. Os serviços a cabo, por meios físicos, representaram 45,7% dos assinantes. Em dezembro de 2010, os serviços via satélite estavam com 45,8% do mercado nacional e os serviços via cabo tinham fatia de 51%.

AES Elpa dá continuidade ao processo de redução de capital

Valor 26.09.2011 - A AES Elpa informou hoje que dará prosseguimento ao processo de redução de capital aprovado pelos acionistas em julho deste ano. Ontem, chegou ao fim o prazo de 60 dias para que credores se opusessem à operação. Como não houve, segundo a companhia, qualquer manifestação nesse sentido, a redução de capital será efetivada, mediante a entrega aos acionistas, a título de reembolso do capital reduzido, de uma ação ordinária da AES Com Rio para cada papel da AES Elpa. A operação é decorrente da venda da AES Atimus para a TIM, por R$ 1,6 bilhão, anunciada no início do ano. O prazo para negociar as ações da AES Elpa com direito ao recebimento de ações da AES Com Rio encerra-se amanhã. A data da entrega efetiva das ações está prevista para 3 de outubro.
A AES Elpa é controladora da AES Eletropaulo, do ramo de energia, e da AES Com Rio, que opera com telecomunicações.

PortX vai dobrar capacidade de Superporto Sudeste

Brasil Econômico 26.09.2011 - O porto será usado para escoar a maior parte da produção de minério de ferro da empresa de Eike A PortX, empresa de Eike Batista, informou que submeteu estudo de impacto ambiental, visando iniciar obras para dobrar a capacidade do Superporto Sudeste.
A PortX, cujo principal ativo é um porto em construção em Itaguaí (estado do Rio de Janeiro), é subsidiária da mineradora MMX. O porto será usado para escoar a maior parte da produção de minério de ferro da empresa de Eike. Atualmente, o porto está sendo construído com capacidade para 50 milhões de toneladas por ano. O estudo de impacto ambiental, protocolado no Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é o primeiro passo para o licenciamento ambiental das obras de expansão, que deverão levar a capacidade para 100 milhões de toneladas. "Uma vez aprovada, a expansão para 100 milhões de toneladas irá fomentar investimentos em mineração de ferro no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais”, afirmou em comunicado Roger Downey, Presidente da MMX.

Bônus soberanos em reais reduzem movimento de queda

Estadão 26.09.2011 - Os bônus soberanos brasileiros seguem cotados abaixo dos níveis registrados anteriormente à semana passada, quando o dólar atingiu sua maior cotação em mais de dois anos contra o real, mas indicam sustentação, segundo cotações obtidas com uma corretora estrangeira.
De acordo com a corretora, o bônus soberano com vencimento em 2016, o BR16, era cotado próximo às 12h30 (de Brasília) a 112,00 centavos de dólar na compra e 113,50 centavos de dólar para a venda. Na manhã da última sexta-feira, o papel foi cotado a 110,50 centavos de dólar na compra e a 114 centavos de dólar na venda no mercado secundário, de acordo com outra corretora estrangeira. Já na sexta-feira dia 16, o papel era cotado a 113,750 centavos de dólar na compra e 115,750 centavos por dólar na venda. A mínima na semana passada do papel foi a 110 centavos de dólar, no dia 21.
Já o BR22, com vencimento em 2022, valia hoje 116 centavos de dólar na compra e 119,50 centavos de dólar na venda. No último dia 23, o bônus era cotado a 114,50 centavos de dólar na compra e 117,50 centavos de dólar na venda; no dia 16, valia 124,00 centavos de dólar na compra e 126,00 centavos de dólar na venda. O BR28, com vencimento em 2028, era cotado hoje 103,50 centavos de dólar na compra e 106,00 centavos por dólar na venda. No dia 23, a 102,250 centavos de dólar na compra e 104 centavos de dólar na venda; no dia 16, valia 107,50 centavos de dólar na compra e 108,50 centavos de dólar na venda.

Fipe: relação etanol e gasolina desacelera a 70,82%

RevistaIstoéDinheiro 26.09.2011 - A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou hoje que a relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina desacelerou para 70,82% na terceira semana de setembro, ante os 71,36% na semana anterior, na capital paulista. De acordo com a Fipe, o movimento foi sutil. Com isso, os consumidores cujos veículos não estejam cvom o motor bem regulado é mais vantajoso optar pela gasolina. "A relação entre etanol e gasolina andou de lado", comentou o coordenador-adjunto do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima.
De acordo com especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Na cidade de São Paulo, na terceira quadrissemana do mês (30 dias encerrados em 22 de setembro), os preços do álcool subiram 3,77%, dentro do IPC, avançando comparativamente à variação de 3,06% na leitura anterior. O item ocupou a quarta posição no ranking dos aumentos que mais contribuíram com o IPC geral de 0,22%, com participação de 11,96%. "A pressão (sobre o etanol) no final do ano não deve aumentar, pois a demanda já está caindo e, com isso, pode ser que os preços não subam tanto mais", comentou Lima. Quanto à gasolina, os preços também ganharam força, com alta de 0,49%, ante 0,23% no levantamento anterior. Ambos, etanol e gasolina, contribuíram para a inflação de 0,11% no grupo Transportes.

Varejistas reduzem estimativa de vendas até novembro

RevistaIstoéDinheiro 26.09.2011 - O faturamento das principais redes varejistas para os meses de setembro, outubro e novembro foi revisado para baixo em relação às estimativas programadas há um mês. Os dados fazem parte do Índice Antecedente de Vendas (IAV), divulgado hoje pelo Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), com base em informações coletadas com 35 das principais empresas instaladas no País. Entre elas, Pão de Açúcar, Walmart, Magazine Luiza, Lojas Renner, Riachuelo, C&A, Pernambucanas, Livraria Cultura, Drogasil, Droga Raia e Leroy Merlin.
Para o mês de setembro, a estimativa das vendas divulgada hoje aponta alta de 4,8% no faturamento das redes, frente a 6,5% estimada há um mês. Em relação às projeções para outubro, os associados do IDV preveem agora vendas 4,7% superiores, enquanto há um mês estimavam aumento de 6,8%. Para novembro, o instituto informou hoje que a previsão é de vendas 5,6% maiores. Todas as comparações são em relação aos respectivos desempenhos no mesmo mês de 2010. Em nota, o IDV afirmou que a revisão confirmou a expectativa de arrefecimento da atividade econômica. "Esse é o quadro projetado pelos associados do IDV, após uma desaceleração da atividade varejista, em virtude de sinais de instabilidade na economia internacional." Em relação ao mercado interno, o instituto acrescentou que a inflação ainda se encontra "em patamares acima do desejado", completou o comunicado.
Segmentos: As projeções para o crescimento das vendas do segmento de bens não duráveis puxaram a redução das estimativas das principais redes para os próximos meses. Segundo o IDV, o faturamento das vendas de bens não duráveis deve crescer entre 1% e 2% nos meses de setembro, outubro e novembro em comparação aos mesmos meses do ano passado. Há um mês, as projeções apontavam aumento entre 4% e 5%.
Para o segmento de bens semiduráveis, as projeções das varejistas apontam alta entre 4% e 11% em setembro, outubro e novembro. Há um mês, as estimativas eram de vendas entre 7% e 11% maiores em relação a iguais períodos de 2010. O varejo de bens duráveis projeta alta entre 7% e 10% para os meses de setembro, outubro e novembro em comparação aos mesmos meses de 2010. Na divulgação do mês passado, o IDV estimava alta das vendas na faixa de 10%.

Preço do ferro deve ficar estável no último trimestre

DCI 26.09.2011 - O mercado prevê estabilidade nos preços do minério de ferro no último trimestre do ano. O valor por tonelada desta matéria-prima deverá ficar entre US$ 175 e US$ 180 nos últimos três meses do ano. A Vale, porém, deverá fechar acordos a US$ 150 por tonelada.  Para analistas e consultores ouvidos pelo DCI, essa perspectiva está baseada na demanda em equilíbrio com a oferta do mineral. Além disso, as incertezas da economia deverão deixar o minério de ferro nesse mesmo patamar até mesmo no início de 2012.

 

Grécia prepara pacote de privatizações que será anunciado ainda esta semana

JCRJ 26.09.2011 - O governo da Grécia prepara para esta semana o anúncio de um pacote de privatizações. O objetivo é buscar alternativas para o endividamento do país, que enfrenta cobranças dos credores de reformas estruturais. A dívida da Grécia está em torno de 350 bilhões de euros, segundo dados oficiais. A informação sobre a elaboração do pacote de privatizações é do  secretário-geral do Ministério das Finanças, George Christodoulakis. Os estudos preliminares incluem a ampliação do esquema de aluguel do aeroporto internacional da capital grega, Atenas, a concessão do monopólio estatal de jogos e licenças para loterias. A ideia é obter, até 2015, a arrecadação de 50 bilhões de euros a partir da venda e do aluguel de ativos estatais.
A elaboração do projeto de privatizações foi uma condição imposta pelos credores internacionais. Porém, o governo ainda não colocou os ativos no mercado. Christodoulakis disse que o governo grego já vendeu a participação de 10% na operadora de telecomunicações OTE. A empresa alemã Deutsche Telekom comprou os ativos em junho, por 400 milhões de euros.



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