quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Azul.CA.15.09

Daily News
TIM confirma oferta pública de ações
Valor 15.09.2011 - A TIM anunciou hoje que fará uma oferta pública de ações no Brasil e em Nova York. Serão emitidos 190.796.858 de papéis, que, ao preço de fechamento de ontem, levantariam R$ 1,7 bilhão para a companhia. O pedido será protocolado nesta quinta-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informou a operadora em fato relevante. A operação, aprovada ontem pelo conselho de administração da empresa de telefonia móvel, foi antecipada pelo Valor.
Os recursos ajudarão a companhia a financiar a compra da AES Atimus, empresa de telecomunicações do grupo AES. O negócio, fechado por R$ 1,6 bilhão, será concluído no início do quarto trimestre, segundo estimativa da própria TIM. A operadora tem baixo endividamento, mas avalia que pode tirar bom momento que suas ações atravessam no mercado para levantar recursos - os papéis da empresa acumulam valorização expressiva neste ano.
A oferta será feita no Brasil, no mercado de balcão não organizado, no exterior, por meio de ADRs (sigla em inglês para recibo de ações nos EUA). Em fato relevante enviado à CVM, a TIM informou que os acionistas controladores vão exercer seu direito de prioridade na oferta para manter a participação acionária que detém na empresa. A Telecom Italia detém 67% do capital da operadora, que excede consederavelmente a parcela necessária para ter o controle - por esse motivo, acreditava-se inicialmente que a TIM pudesse fazer também uma oferta secundária.
A TIM concluiu em julho sua migração para o Novo Mercado da BM&F Bovespa, fechando um processo de reestruturação operacional e financeira que durou dois anos. Com uma forte aposta nos consumidores da classe C, a operadora tem crescido em ritmo acelerado - também em julho, ultrapassou a Claro e chegou à vice-liderança do mercado brasileiro de telefonia móvel.

Petrobras não quer mais refinaria em parceria com PDVSA
Folha 15.09.2011 - Estatal brasileira já construiu sozinha 40% da Abreu Lima (PE); acordo é anterior à descoberta do pré-sal. Para executivos, óleo venezuelano, mais pesado, exige investimento extra; BNDES quer garantias.
Executivos da Petrobras rejeitam a parceria com a PDVSA (Petróleos de Venezuela) na refinaria Abreu e Lima (PE), um projeto de R$ 26 bilhões. A participação venezuelana no projeto foi confirmada pelo presidente Hugo Chávez em telefonema a Dilma Rousseff na sexta.
A Petrobras já construiu sozinha 40% do projeto, e a refinaria está preparada para processar o petróleo brasileiro do Campo de Marlim, da Bacia de Campos, e não o óleo de Carabobo, na Venezuela, conforme originalmente.
Para receber o petróleo mais pesado do país vizinho, seria necessário um investimento extra de US$ 400 milhões (cerca de R$ 688 milhões) em uma planta de redução de enxofre.
A parceria entre as duas petrolíferas na refinaria foi celebrada em 2005, antes da descoberta do pré-sal, em 2006. Na época, os presidentes Lula e Chávez fecharam o acordo prevendo a utilização de petróleo venezuelano, pesado demais para ser transformado em combustível junto com o óleo brasileiro.
Com a descoberta das reservas nacionais, de melhor qualidade, a sociedade passou de estratégica para negativa para a Petrobras, pois a refinaria passaria a ser dependente das importações da Venezuela para produzir.
"Não sei se existe uma decisão política de fechar essa sociedade, mas o fato é que ela está sendo negociada por duas empresas, via contratos, com especificações técnicas e financeiras que precisam ser cumpridas", disse à Folha uma fonte próxima às negociações.
A PDVSA tem até o dia 30 para assumir formalmente os 40% do empréstimo de R$ 10 bilhões tomado pela Petrobras em 2009, R$ 4 bilhões. A estatal venezuelana se comprometeu a entregar as garantias ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) hoje.
Mas a PDVSA está com dificuldades em apresentar um pacote de garantias com a mesma qualidade da Petrobras: não possui os mesmos "ratings", nem o mesmo fluxo de caixa, e também não é uma cliente tradicional do BNDES como a Petrobras.
Caso o BNDES aceite as garantias, a PDVSA terá ainda um outro desafio: colocar alguns bilhões de dólares de capital próprio no projeto até 30 de novembro, para assumir formalmente os 40%.
Isso será um problema porque a estatal venezuelana está obrigada a fazer transferências crescentes ao Estado e com urgência em aumentar investimentos para elevar a produção interna.
Também há ressentimento do lado venezuelano depois que a Petrobras desistiu de explorar a faixa do Orinoco, em 2010. A estatal brasileira se disse insatisfeita com o novo marco legal venezuelano.
Mas a participação da Petrobras na Venezuela era uma das contrapartidas do investimento venezuelano em Abreu e Lima. Questionada sobre o tema, a PDVSA não respondeu aos pedidos da reportagem até a conclusão desta edição.
Longo prazo: Para o governo brasileiro, a parceria PDVSA-Petrobras em Pernambuco é estratégica. A avaliação é de que, a médio e longo prazo, um conjunto de empresas brasileiras, e não só a Petrobras, se beneficiariam da aliança.
O Brasil poderia se posicionar, ao lado da China, como fornecedor preferencial da Venezuela, que se voltará à exploração da faixa do Orinoco nos próximos anos.

Para ter Medial, Amil pode ter de vender ativos
Valor 15.09.2011 - A operadora de planos de saúde Amil pode ser obrigada a se desfazer de alguns ativos para ficar com a Medial - maior aquisição feita pela Amil até hoje e que tem como principal acionista o empresário Edson Bueno. O negócio entre as duas empresas foi fechado em 2009 e agora enfrenta resistência da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda.
Segundo um parecer da Seae, que deve ser divulgado nos próximos dias, a operação entre Amil e Medial "tem uma possibilidade significativa de apresentar efeitos líquidos negativos anticompetitivos". Em outras palavras, a secretaria verificou que o negócio aumentou a concentração de mercado da Amil, em São Paulo, onde a participação da empresa passou de 7,9% para 15%, e advertiu para os riscos a outras empresas do setor.
A Seae deve recomendar ao Cade que a Amil seja obrigada a vender ativos em Diadema e Mogi das Cruzes para equilibrar a concorrência na região metropolitana de São Paulo. Pelo parecer, a sugestão de venda inclui equipamentos, instalações, corpo técnico e material para a realização de análises clínicas da Medial. Também deve haver a recomendação de venda da carteira de beneficiários da Medial, em Diadema. O comprador deve ser uma terceira empresa com menos de 20% do mercado.
A Amil informou que não comentará o caso porque não tomou conhecimento do parecer. Ontem as ações da Amil recuaram 3,2%, enquanto o Ibovespa registrou queda de 1,3%.
O Cade é quem tomará a decisão final. Cabe aos conselheiros aceitar as recomendações da Seae ou não. A Seae pediu à Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça que abra investigação para verificar se a Amil informou aquisições feitas antes de 1999. Se essa infração for confirmada, a empresa pode ser multada.
Bueno é o maior consolidador do setor, seja por meio da Amil ou como pessoa física. De 2002 para cá, a Amil adquiriu as operadoras Dix, Ampla, Life System, Medial, ASL, Saúde Excelsior e Lincx, as carteiras de clientes dos convênios da Porto Seguro e da Semic, além dos hospitais Clínicas de Brasília, Pró-Cardíaco (BH), Casa de Saúde Lúcia e Samaritano (ambos no Rio). O empresário também é acionista majoritário nos hospitais paulistas Nove de Julho e Santa Paula.
Há menos de dois meses, o Cade pediu informações à Dasa sobre outro negócio: a compra da MD1, rede de laboratórios também criada por Bueno. Foi dado um prazo para a companhia apresentar essas explicações

Justiça libera retomada de obras no aeroporto de Guarulhos
Reuters 14.09.2011 - O Tribunal Regional Federal da 3a Região (TRF-3) determinou nesta quarta-feira a retomada das obras para a instalação do terminal remoto do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A desembargadora federal Marli Ferreira acatou agravo de instrumento impetrado pela Infraero, empresa responsável pela administração dos aeroportos nacionais, segundo informações no site do TRF-3 na Internet.
Na segunda-feira, a Justiça Federal em São Paulo havia determinado a paralisação das obras, acatando ação do Ministério Público Federal, que pedia a nulidade da contratação da Delta Construções, que teria sido feita sem licitação.
A estimativa da Infraero é que as obras do terceiro terminal elevem a capacidade do aeroporto por ano de 24,9 milhões para 52,7 milhões até 2014.
Segundo informações da página da Infraero na Internet, os investimentos previstos para toda a obra do terceiro terminal de passageiros no aeroporto de Guarulhos estão estimados em 1,2 bilhão de reais.

Hidrelétricas são destaque nas liberações do BNDES
Valor 15.09.2011 - O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou entre janeiro e julho R$ 64,9 bilhões. Desse montante, mais de 10% foram destinados a projetos de energia elétrica, num total de R$ 7,07 bilhões. Além disso, o banco já aprovou outros R$ 8,3 bilhões para o setor. Os grandes projetos em curso com o apoio do banco são principalmente as usinas do rio Madeira - Santo Antônio e Jirau -, além da termonuclear de Angra 3.
A hidrelétrica de Santo Antônio (3.450 MW) - primeira dos grandes projetos em curso a ser contratada - prevê investimentos de R$ 13,1 bilhões. Desse total, o banco entra com R$ 6,1 bilhões. Os desembolsos vão ocorrendo ao longo do tempo, à medida que cada etapa da obra vai sendo cumprida.
A Santo Antônio Energia - parceria entre a Odebrecht, Andrade Gutierrez, FIP e Eletrobrás Furnas - prevê colocar a primeira unidade geradora da hidrelétrica em operação comercial ainda este ano. Em julho, a empresa iniciou o desvio do rio, operação que marca o início do enchimento gradual do reservatório da usina. Quando finalizada, Santo Antônio terá 44 turbinas e energia assegurada - quantidade de energia efetivamente gerada ao longo do ano - de 2.140 MW médios. A capacidade da usina foi ampliada em relação à previsão original de 3.150 MW.
Já a hidrelétrica de Jirau deve entrar em operação somente em setembro de 2012, segundo a Energia Sustentável do Brasil. A previsão inicial era de entrada em operação em março. O empreendimento sofreu atraso devido à paralisação das obras provocada por greves e tumultos entre os funcionários em março deste ano.
A Energia Sustentável do Brasil ampliou o projeto em relação ao originalmente previsto (3.300 MW). A empresa acrescentará seis turbinas, totalizando 3.750 MW em 50 unidades geradoras. A energia assegurada do empreendimento será de 2.184 MW médios, dos quais 73% já contratados.
No mês passado, o consórcio negociou 209 MW médios dessa ampliação com consumidores livres e ainda espera vender mais 90 MW médios. O nome das empresas compradoras é mantido em sigilo, por questões contratuais de confidencialidade. O investimento previsto é R$ 10,5 bilhões, dos quais o BNDES entra com R$ 7,2 bilhões.

Eólica da China estuda abrir fábrica no Brasil
Folha 15.09.2011 - Plano é investir US$ 100 mi para produzir turbinas. A estatal chinesa Guodian planeja investir cerca de US$ 100 milhões no Brasil para construir uma fábrica de turbinas eólicas. Caso o negócio se concretize, será a primeira unidade fora da China e servirá de base para atender as três Américas.
"O Brasil é um mercado quente e bastante competitivo, será importante ter uma presença local", disse ontem à Folha Peng Jinzhu, chefe do departamento de negócios estrangeiros da Guodian, durante o Fórum de Investidores América Latina-China.
O executivo citou Ceará e Rio Grande do Sul como possíveis sedes e disse que a empresa busca um sócio local.
O Brasil é visto como um dos mercados mais promissores do mundo para energia gerada pelo vento.
Nos próximos dois anos, os projetos em andamento devem chegar a R$ 25 bilhões em investimentos, de acordo com a Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).
A Guodian é a terceira maior empresa de energia eólica da China e a décima do mundo. Emprega cerca de 4.000 funcionários.

CPFL reserva R$ 215 mi para sistema
Valor 15.09.2011 - Paulo Bombassaro: programa de aquisições junto a vários fornecedores.
Diminuição de perdas de energia, combate a fraudes e furtos de energia e aumento da eficiência operacional são os principais motivadores dos investimentos das concessionárias brasileiras de energia em sistemas e equipamentos com a tecnologia inovadora de smart grid.
A CPFL Energia, por exemplo, já investiu aproximadamente R$ 50 milhões em soluções de smart grid, de um total de R$ 215 milhões que pretende desembolsar em projetos com essa tecnologia até 2013. Segundo Paulo Bombassaro, diretor de engenharia e gestão de ativos da CPFL Energia, o programa de aquisições está sendo executado junto a vários fornecedores de sistemas de medição, de automação, solução de infraestrutura de telecomunicações e integradoras de soluções que podem ajudar a distribuidora a implantar a tecnologia smart grid.
"A CPFL possui um programa de redes inteligentes que foi elaborado em 2010, com a ajuda da IBM. Dentro desse programa há iniciativas que buscam melhorar a eficiência operacional da companhia e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes", diz Bombassaro. "Além disso, a CPFL participa junto com a IBM de uma coalizão de empresas de 'utilities', denominado Global Inteligent Utility Network Coalition (GIUNC), cujo objetivo é compartilhar informações e acelerar a implantação de soluções baseadas em redes inteligentes", assinala o executivo.
Os investimentos da CPFL em tecnologias para melhorar a automação de suas redes tem mais de dez anos. Porém, nos últimos dois anos esse investimento tem se acentuado. Também desde 2002 a CPFL vem investindo fortemente na implantação de sistemas de informação para prover uma melhor qualidade dos serviços prestados aos seus clientes.
Na área de smart grid, segundo Bombassaro, o objetivo dos projetos é deixar a rede de distribuição de energia mais inteligente. "Com os investimentos em automação das redes e em sistemas de informação temos os melhores indicadores de desempenho do setor. Temos como meta diminuir os custos de execução de serviços em campo, principalmente os relacionados com leituras de medidores para clientes industriais e comerciais e nos serviços de atendimento de emergência na rede", diz o diretor de engenharia da CPFL.
Outra grande concessionária de energia, a AES Eletropaulo está investindo R$ 4 milhões num projeto piloto de smart grid na região do Ipiranga, zona sul de São Paulo.
Segundo Ricardo Van Erven, diretor de tecnologia e serviços das empresa, a ideia é fazer um acompanhamento do comportamento do sistema para tirar as conclusões necessárias e preparar a distribuidora para a regulamentação do mecanismo pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A estruturação do programa está baseado nos seguintes segmentos: otimização da eficiência operacional, incremento da confiabilidade do sistema e aumento da satisfação dos clientes.
"Fizemos um estudo com objetivo de identificar e estimar o 'nível de maturidade' (atual e futuro) sob a ótica de diversos parâmetros que representam o conceito de smart grid. Isso envolve o desenho da organização, a tecnologia de operação utilizada na rede, a tecnologia de informação, a infraestrutura de comunicação que utilizamos, nível de automação, medição inteligente etc", relata Erven.
Nesse sentido, a AES Eletropaulo atua em diferentes frentes para efetivar adoção do conceito de redes inteligentes O projeto piloto no bairro paulistano do Ipiranga, por exemplo, abrange quase dois mil clientes (residenciais, comerciais, industriais) e visa integrar soluções inteligentes de medição, automação e operação de rede por meio de funcionalidades, como autorreconfiguração da rede de alimentação em caso de falta, despacho automático de turmas de serviço de campo, balanço de energia, leitura, corte e conexão remotos de clientes etc. A empresa tem também projetos de pesquisa e desenvolvimento para a identificação da infraestrutura de comunicação "wireless" mais adequada à sua área de atuação, além de sistemas de medição avançados para diferentes aplicações.
O programa de investimentos prevê ainda a instalação de três mil religadores automáticos na rede, equipamentos que hoje são fabricados no Brasil pela fabricante norte-americana Cooper Power Systems.
Os plano da AES Eletropaulo para smart grid são bastante ambiciosos e contemplam também estudos e projetos em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo e a Nissan/Renault, para o desenvolvimento e implantação da infraestrutura de recarga de veículos elétricos em São Paulo, digitalização de 100 subestações abrangendo 1,5 mil circuitos alimentadores, ampliação do sistema de telemedição e supervisão remota para todos os clientes alimentados em media tensão.
"Adicionalmente, atuamos junto a outras 37 empresas do setor e o Instituto Abradee, coordenando o bloco do Projeto Estratégico Smart Grid que trata do Sistema de Medição Inteligente que dará subsídios à ANEEL para colocar em prática o Plano Nacional de Substituição de Medidores, e que proporcionará entre outros benefícios, que o consumidor possa "gerenciar" seu consumo de energia de maneira a torná-lo mais eficiente e consequentemente mais barato na medida em que seja implantado o sistema de tarifação horosazonal", diz Erven.

Fim das concessões em 2015 mobiliza empresas e governo
Valor 15.09.2011 - Mauricio Tolmasquim: "A questão é complexa, mas a premissa do governo é de que o consumidor seja beneficiado".
Nos últimos meses, viagens a Brasília têm sido cada vez mais frequentes na agenda do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que tem participado de audiências públicas no Congresso, batido ponto nos Ministérios da Casa Civil e de Minas e Energia e se reunido com representantes do Tribunal de Contas da União (TCU). O motivo: a decisão que o governo federal terá de tomar sobre o vencimento da primeira grande leva de concessões de serviços de utilidade pública que, pelas regras atuais, não poderia ser renovada.
Entre 2015 e 2017, expiram concessões que abrangem 20% da geração de energia do país, 73 mil quilômetros de linhas de transmissão e 37 distribuidoras que atendem a milhões de brasileiros. Até o fim do ano, o governo federal deverá decidir se irá renovar mais uma vez as concessões ou se irá licitar os contratos, que, em sua maioria, estão nas mãos de estatais.
O setor elétrico parecia convencido de que o governo estava inclinado a decidir pela prorrogação das concessões, mas a recente ação da Fiesp colocou uma dúvida sobre o processo. Para Skaf, a discussão é uma oportunidade de ouro para que o Brasil acabe com a distorção existente hoje, em que o custo de produção da energia é baixo, mas as contas de luz estão entre as mais elevadas do mundo. "O preço médio da geração dessas concessões, cuja idade média é de 56 anos, é de R$ 90 o MWh. Como essas usinas têm seus custos amortizados, seria preciso custear apenas a operação e a manutenção delas. A licitação desses empreendimentos, sob os critérios de menor tarifa, como prevê a lei do setor elétrico, fixada quando a presidente Dilma ainda era ministra, faria o custo baixar para R$ 20 o MWh ou até menos, o que implicaria R$ 900 bilhões em 30 anos em ganhos para todos os consumidores", afirma.
Para Skaf, há outro argumento em favor da licitação: em 1993, foi promovido um acerto de contas no setor elétrico, em que as geradoras estatais, prejudicadas por congelamento de tarifas, receberam US$ 26 bilhões de recursos dos contribuintes, o que hoje seriam R$ 144 bilhões corrigidos. "Esse dinheiro foi para o caixa das empresas e, depois, muitas delas tiveram suas concessões prorrogadas por 20 anos com um regime livre de preços", afirma Skaf. "Esses R$ 900 bilhões serão divididos por toda a sociedade ou ficarão para os mesmos?", questiona o presidente da Fiesp.
Skaf observa ainda que a prorrogação vai contra a Constituição, o que poderia fazer a entidade entrar com ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), caso o governo decida-se por esse caminho. A federação já protocolou em julho representação no Tribunal de Contas da União (TCU) requisitando que se cumpra o que está na Constituição e que sejam adotadas medidas para a realização das licitações.
Um grupo do governo, que reúne representantes de vários órgãos, tem se reunido periodicamente em Brasília para discutir o tema. A ideia é que uma decisão seja tomada ainda neste ano. "A questão é complexa, mas a premissa do governo é de que o consumidor seja beneficiado, porque grande parte das usinas já teve seus custos amortizados, o que precisa ser repassado à sociedade", diz Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE).
"Se houver licitação, há questões que vão surgir, porque a estrutura de técnicos de uma usina pode ser desmantelada com a decisão e isso pode afetar a gestão de todo o setor elétrico. Então é preciso muita cautela", analisa Tolmasquim.
Para Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudo do Setor de Energia Elétrica (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a discussão envolve o Estado e o uso das estatais como ferramenta de política energética. "Com a licitação, o Brasil perderia essa ação das suas empresas do setor, um dos mais importantes instrumentos de política energética que um país tem", afirma. Para ele, ao licitar os ativos, haveria um ganho de curto prazo nos preços da energia. "No longo prazo, iremos pagar mais pela construção de hidrelétricas", diz.
Na sua avaliação, a atuação das estatais do grupo Eletrobrás foi essencial para que o preço dos últimos leilões de hidrelétricas despencasse. Castro cita como exemplo o leilão da hidrelétrica de Teles Pires, licitada por R$ 60 o MWh no ano passado.
A discussão também traz incógnitas. "Há uma dúvida: se o governo decidir pela prorrogação, isso criaria jurisprudência para as concessionárias que adquiriram ativos por tempo determinado nos leilões de privatização da década de 1990? Elas também poderiam requisitar o mesmo tratamento?", questiona um empresário do setor de infraestrutura.
Esse debate remete à Lei 9.074, de 1995, promulgada em meio à privatização do setor elétrico. As empresas desestatizadas foram compradas em leilões por companhias privadas, que pagaram pelo direito de explorar o serviço público. Para essas empresas, as concessões foram "zeradas" e dadas por 30 anos, com possibilidade de renovação - regra que vale também para novas usinas de geração. Já no caso de ativos que não foram privatizados, algumas concessões foram prorrogadas por vinte anos, encerrando-se a partir de 2015.
Para alguns advogados, não poderia haver nova prorrogação. O artigo 175 da Constituição Federal determina que o poder público tem a incumbência de prestar um serviço público diretamente ou por meio de concessão ou permissão, "sempre através de licitação". A Lei de 2004, que estabeleceu as novas bases do setor, também reforçaria a necessidade de licitação sob o critério da oferta de menor tarifa.

Crise europeia traz redes hoteleiras para o mercado brasileiro
DCI 15.09.2011 - Enquanto sobe a vacância nos hotéis dos Estados Unidos, da Europa e de países da Ásia, no Brasil os investimentos no setor se multiplicam. As dificuldades econômicas que os europeus enfrentam tornaram-se para o mercado brasileiro uma grande oportunidade: os capitais do mundo rico estão encontrando no aquecido setor hoteleiro local um refúgio seguro e rentável. Exemplo disso, a Equipotel, maior feira do setor no Brasil, que termina hoje, atingiu R$ 4 bilhões em geração de negócios, 5% a mais do que o previsto no primeiro dia de evento.
Entre os problemas de um setor superaquecido, a valorização desmedida do m² em áreas nobres de cidades como São Paulo é destacada por analistas. Carolina Haro, da consultoria Mapie, observa que estes investidores preferem colocar dinheiro em hotéis econômicos no Brasil, pois nestes o retorno dos recursos é mais rápido. "Nosso setor hoteleiro está chegando a um equilíbrio, depois da crise de superoferta do fim dos anos 90", comenta Marcos Villas Bôas, da Ábaco Hotelaria. E são os viajantes brasileiros, os consumidores da nova classe média local, que estão alicerçando este bom momento da hotelaria nacional, aponta Rafael Sanches Neto, da consultoria Casa do Gestor.
Grandes redes mundiais, como Accor e Wyndham, anunciam aportes bilionários na expansão de suas operações no Brasil para a construção de novos hotéis, no que são seguidas por cadeias de capital nacional, como a Allia Hotels.

BR Properties incorpora WTorre Properties e BTG será maior sócio
Reuters 14.09.2011 - A BR Properties anunciou nesta quarta-feira a união com a WTorre Properties, ampliando sua liderança no setor imobiliário comercial no país, num grupo de 10 bilhões de reais em ativos.
Por meio de fato relevante, a BR Properties anunciou ter fechado acordo preliminar para incorporar 100 por cento do capital da WTorre Properties, e já avisou que pretende crescer mais via aquisições.
"A empresa nasce com um caixa robusto para novas aquisições", disse o presidente da BR Properties, Cláudio Bruni, em teleconferência com jornalistas, sobre o 1,6 bilhão de dólares da soma de recursos disponíveis das duas empresas.
"O plano é que BR Properties atue em todo o Brasil", complementou Bruni, que seguirá no cargo. Walter Torre, criador da WTorre, não fará parte nem da diretoria nem do Conselho de Administração da companhia.
Após a operação, o BTG Pactual, que detinha 72 por cento do capital do braço de desenvolvimento comercial da WTorre, será o maior acionista do grupo, com 30,8 por cento da BR Properties. Outros acionistas menores da empresa serão diluídos.
Juntos, BTG, WTorre Properties (8,4 por cento) e outros eventuais investidores a serem indicados receberão ações ordinárias de emissão da BR Properties correspondentes a cerca de 41,9 por cento do capital total da companhia.
Em março, a WTorre Properties informara que estava finalizando negociações com o BTG Pactual para venda de participação na empresa ao banco.
Juntas, BR Properties e WTorre terão cerca de 2,1 milhões de metros quadrados de área bruta locável. As empresas esperam que os acordos definitivos para o negócio sejam fechados em até 90 dias.
As ações da BR Properties --que não fazem parte do Ibovespa-- fecharam a sessão de quarta-feira em queda de 2,16 por cento, a 17,25 reais. O índice teve alta de 1,34 por cento.

Deputado Federal do Maranhão Gastão Vieira é o novo Ministro do Turismo
Correio Braziliense 14.09.2011 - O deputado federal do Maranhão, Gastão Vieira (PMDB), 65 anos, foi o escolhido para substituir Pedro Novais no Ministério do Turismo. O Palácio do Planalto confirmou o nome do deputado na noite desta quarta-feira (14), poucas horas após Pedro Novais entregar a carta de demissão à presidente Dilma Rousseff. Com Novais fora da pasta, a bancada do PMDB na Câmara indicou os 79 deputados que integram a legenda na Casa para a presidente Dilma escolher o substituto.
O novo ministro sempre foi aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), e tem uma relação próxima com a governadora Roseana sarney
O deputado federal eleito para assumir o Ministério do Turismo está no quinto mandato e tem uma atuação destacada no Congresso na área de educação. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Maranhão e mestre pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), ele exerceu cargos de secretário no governo do Maranhão em duas ocasiões, com passagens pelas pastas de Planejamento e Educação.
O substituto de Pedro Novais sempre foi aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), mas sua relação é mais próxima com a filha de Sarney, a governadora Roseana. Vieira é membro titular da Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
A data da posse ainda não está confirmada, a previsão é de que ocorra na manhã de sexta-feira (16).
Denúncias: O ex-ministro Pedro Novais deixou a pasta após denúncias de uso irregular de recursos públicos. A situação de Novais se complicou nesta semana, após reportagens publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo que afirmam que o ministro pagou, com recursos da Câmara, uma empregada doméstica e que sua mulher, Maria Helena de Melo, é atendida por um motorista da Casa.
Novais já havia enfrentado denúncias de desvios de recursos em sua pasta, esquema investigado pela Operação Voucher da Polícia Federal. Nessa operação, mais de 30 pessoas foram presas e afastadas de seus cargos.

UBS anuncia perda de US$ 2 bi por supostas fraudes
Exame 14.09.2011 - As fraudes do banco suíço envolveram operações não autorizadas de sua unidade de investimento.
Em sua breve nota, a UBS assegurou que as operações não autorizadas não afetaram seus clientes.
O banco suíço UBS informou nesta quinta-feira que descobriu perda de quase US$ 2 bilhões (1,456 bilhão de euros) em operações não autorizadas de seu banco de investimento.
Em comunicado divulgado minutos antes da abertura da Bolsa de Valores de Zurique, o banco informou que a suposta fraude ainda está sendo investigada, mas que até agora pôde constatar o volume da perda originada por esta atividade.
O UBS acrescentou que é possível que esta circunstância leve a uma importante variação nos resultados do terceiro trimestre de 2011 e antecipou a possibilidade de contabilizar perdas.
Em sua breve nota, a entidade assegurou que as operações não autorizadas não afetaram seus clientes.
A informação teve um efeito imediato nas ações do UBS, que perderam 8,5% nos primeiros minutos de atividade da Bolsa de Valores de Zurique.

PF e CVM deflagram operação para apurar manipulação com ações da Mundial
Exame 14.09.2011 - A finalidade é obter provas que instruirão os procedimentos de investigação, diz comunicado. A Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que regula e fiscaliza o mercado de capitais no Brasil, anunciaram nesta quarta-feira à noite uma operação para buscar e apreender provas para investigar as recentes oscilações de preço e volume das ações de emissão da Mundial (MNDL3; MNDL4), fabricante de produtos de beleza, talheres e válvulas hidráulicas. As buscas devem ocorrer em Porto Alegre (RS), cidade onde fica a sede da empresa.
A matéria “Os federais vêm aí” da edição 1000 de EXAME que está nas bancas já antecipava que a Polícia Federal tinha começado a investigar crimes ligados ao mercado de capitais e o primeiro caso é justamente a suposta manipulação das ações da Mundial. As investigações em curso visam a apurar possível manipulação do mercado de capitais, que uma vez confirmada, gera prejuízos não apenas para a companhia aberta envolvida, mas também para a coletividade de investidores e para a sociedade em geral”, mostra um comunicado publicado no site da autarquia.
A análise da CVM sobre a movimentação atípica dos papéis começou em agosto do ano passado, porém se intensificou a partir de abril, conforme antecipou EXAME.com. “Estamos preocupados com a possibilidade de manipulação”, disse o Superintendente de Relações com o Mercado e Intermediários, Waldir de Jesus Nobre, à época. As medidas adotadas hoje são um "poderoso fator de desestímulo à prática de ilícitos contra o mercado de capitais", afirma um trecho da nota.
Após o anúncio das investigações, o diretor-presidente da empresa, Michael Lenn Ceitlin, disse em uma nota que uma “pseudo-denúncia sobre insider trading” estava por trás da queda das ações da Mundial. Após atingirem o pico de 5,11 reais em julho, os papéis são negociados a 53 centavos, uma desvalorização de quase 90%. Segundo ele, a apuração e o rastreamento da origem da denúncia deverão identificar aqueles que se aproveitaram “para lucrar com as bruscas oscilações nos preços das ações da companhia”.
Histórico: A fabricante de bens de consumo reapareceu para o mercado após concluir, no final do ano passado, o plano de reestruturação da empresa iniciado em 2003. A Mundial contratou uma consultoria de relações com investidores e começou a organizar encontros com investidores e analistas. O resultado foi uma reação quase inacreditável das ações.
A empresa chegou a valer em bolsa 1,734 bilhão de reais e teve as ações negociadas a 31 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (EV/Ebitda) projetado (55 milhões de reais) para 2011. Após isso, contudo, as ações engataram num movimento de expressiva desvalorização.
O volume financeiro girado pelas ações preferenciais chegou a superar os das blue chips OGX (OGXP3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e a ordinária da Petrobras (PETR3) em algumas sessões. A euforia em torno da Mundial chegou a fazer com que analistas projetassem a possível entrada da empresa no índice Bovespa, o mais importante da bolsa brasileira.
A BM&FBovespa, contudo, barrou a adesão da Mundial ao índice. Segundo a bolsa, o não ingresso da Mundial nos índices citados acima ocorre por conta da movimentação atípica registrada no volume e nos preços dos negócios realizados com as ações da companhia.
Injeção de capital: Em julho, a empresa anunciou que um fundo da Yorkville chegou a um acordo para investir 50 milhões de dólares para acelerar o programa de amortização dívida fiscal e para financiar a expansão da Mundial. Por meio do Standby Equity Distribution Agreement (SEDA), a Mundial irá vender ações para a Yorkville com emissões privadas de no mínimo 5 milhões de dólares cada, por um período de dois anos.
Cada emissão privada terá o preço calculado levando-se consideração o maior valor entre o equivalente a 97% da média, ponderada pelo volume, das 3 menores cotações diárias durante o período de 10 dias seguidos de negociação a partir do recebimento pelo fundo da requisição de subscrição da companhia.

CVM nega acordo com diretor da construtora Beter
Exame 14.09.2011 - O processo surgiu após a denúncia de dois membros do conselho fiscal da construtora por indícios de práticas contábeis irregulares.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) negou acordo com Alberto José Aulicino Neto, como diretor-presidente e de diretor de Relações com Investidores da Construtora Beter, acusado por não publicar informações relevantes em demonstrações financeiras e formulários da companhia. A Beter está em processo de recuperação judicial.
Neto tentou um termo de compromisso com a CVM oferecendo publicar, por meio de nota explicativa no balanço anual de 2010, os contratos não divulgados anteriormente, mas a Procuradoria Federal Especializada considerou que as convicções do proponente quanto à legalidade das condutas devem ser objeto da defesa, sendo sua inserção no Termo de Compromisso completamente descabida. A CVM propôs negociar um acordo de R$ 100 mil, na pessoa de Neto, e não pagos pela empresa. Mas o executivo manteve sua proposta inicial. A CVM então negou acordo.
O processo surgiu após a denúncia de dois membros do conselho fiscal da construtora por indícios de práticas contábeis irregulares em contratos celebrados entre a companhia e seu acionista controlador indireto, que então era presidente do conselho de administração. Segundo a denúncia, nas reuniões do conselho fiscal da Beter, em 10 de outubro de 2008 e em 7 de novembro de 2008, Neto informou que os recursos recebidos pela construtora por atividades empresariais e venda de equipamentos e maquinário, tão logo depositados nas contas correntes de titularidade da companhia, seriam transferidos de imediato para uma conta corrente da filha do acionista controlador indireto da Beter, a título de pagamento de empréstimos feitos à companhia por seu acionista controlador indireto no valor total aproximado de R$ 4 milhões. Assim, a filha ficaria encarregada de utilizar parte desses recursos para o pagamento dos salários dos empregados e despesas correntes da construtora.
Apesar de a companhia ter afirmado que os contratos eram públicos e devidamente reconhecidos na contabilidade, a superintendência de Relações com Empresas constatou que não há informação a respeito dos empréstimos nas demonstrações anuais referentes a 2007 e 2008. Segundo a área técnica da CVM, a divulgação dos empréstimos concedidos pelo acionista controlador indireto somente por meio do portal de serviços em Consulta de Processos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no quadro de credores, como citou a Companhia em sua manifestação, não atende às regras da CVM. Destacou ainda a superintendência de empresas que "os valores envolvidos, em especial para o ano de 2008, foram, sem dúvida, relevantes frente aos números da companhia".

Fornecedores de máquinas comemoram
Valor 15.09.2011 - Carlos Roberto Hohl, da ABB: oportunidades de bons negócios em todos os segmentos do setor elétrico no Brasil.
Ampliação das usinas existentes, instalação de novas unidades, nacionalização e diversificação de portfólios. A crescente demanda do setor elétrico por equipamentos tem motivado os fornecedores instalados no país a investirem na expansão de suas atividades, de forma a conquistar fatias do mercado e resistir às investidas de players estrangeiros.
"Estamos otimistas em relação ao futuro", afirma Carlos Roberto Hohl, diretor de desenvolvimento de negócios da ABB. Nem mesmo o assédio de fornecedores de outras regiões do planeta, como os chineses, mudam esse panorama. "Estamos no Brasil há muito tempo. Compreendemos o mercado e os clientes brasileiros e estamos aumentando nossa produção. Isso é uma vantagem competitiva", diz Hohl.
Segundo ele, o Brasil está entre os principais mercados do grupo, motivando o desenvolvimento de um plano de crescimento que deverá absorver investimentos de US$ 200 milhões até 2015. "Nosso objetivo é mais do que duplicar o volume de negócios e duplicar o número de funcionários", acrescenta. "Fechamos 2010 com 3.800 colaboradores e já estamos contratando gente", afirma o executivo, acrescentando que a empresa enfrenta o desafio de encontrar profissionais qualificados.
Como parte do plano de expansão, a ABB inaugurou fábricas. A de Guarulhos vai produzir painéis de baixa e média tensão e a de Blumenau, transformadores de distribuição a seco. A companhia também anunciou recentemente a aquisição de uma nova planta em Sorocaba para fabricar equipamentos de baixa tensão, além de motores, acionamentos e automação.
Para Hohl, todos os segmentos do setor elétrico deverão oferecer oportunidades. Os apagões registrados em São Paulo e as explosões de bueiros no Rio de Janeiro são indicadores da necessidades de investimentos das concessionárias em suas redes. A ABB está recebendo encomendas de projetos de transmissão de energia elétrica da nova fronteira do setor elétrico, que são as usinas localizadas no Norte do país, em plena Região Amazônica.
O grupo ABB adquiriu recentemente a Ventyx, empresa líder no fornecimento de software para energia global, concessionárias, comunicações, e outros negócios. A empresa produz soluções nas atividades de comercialização de energia e gerenciamento de riscos, operações e análises de energia, além de soluções de software para planejamento e previsão de necessidades de eletricidade, incluindo fontes renováveis. "Esses produtos nos permitem oferecer soluções para instalação das smart grids ou redes inteligentes, que aumentam o nível de automação e confiabilidade das redes elétricas, principalmente no que se refere a distribuição", diz o diretor da ABB.
Instalada no Brasil desde o início do século passado, a GE também está otimista em relação aos efeitos do crescimento econômico nos mercados nos quais atua. Em agosto, o presidente e CEO da GE América Latina, Reinaldo Garcia, anunciou que os investimentos de US$ 550 milhões, projetados para o período entre 2011 e 2013 no Brasil poderá ser ampliado, em virtude das oportunidades proporcionadas pelo crescimento econômico do país - as atividades da companhia no Brasil terão expansão de 30% em 2011.
"Em relação ao setor elétrico, mantemos uma expectativa altíssima", acrescenta Marcelo Prado, diretor de marketing para América Latina. Segundo ele, a companhia produz no país artigos destinados tanto para o segmento de geração de energia à base de combustíveis fósseis, como para o de fontes renováveis.
Uma das áreas em que a empresa está apostando é na de geração eólica. Segundo Prado, a companhia recebeu encomendas de cerca de 700 turbinas eólicas para os próximos anos - 60% dos equipamentos são produzidos no Brasil.
Prado acrescenta que a companhia também olha como oportunidade a possibilidade de projetos de novas usinas termelétricas a gás natural serem incluídos na matriz energética. Em agosto último, projetos de usinas a gás voltaram a ser leiloados pelo governo federal, depois de três anos sem a presença dessa fonte nos certames. Dos 2.744,6 MW comercializados, 38% foram projetos de geração térmica a gás natural.
"Acreditamos que o Brasil manterá essa rota de crescimento econômico e, por isso, temos ampliado a nossa produção", afirma Marcos Costa, vice-presidente para a América Latina do setor de energia da Alstom Brasil Energia e Transporte Ltda. A empresa está ampliando unidades existentes e instalando novas plantas para atender ao crescimento das encomendas.
No início do ano passado, por exemplo, a Alstom, em parceria com a Bardella, inaugurou, em Porto Velho (RO), a Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia (IMMA), fábrica de equipamentos destinada a atender à demanda proporcionada pela usina Santo Antônio, em construção no rio Madeira. "A unidade permitirá o atendimento a outros projetos de geração da Região Amazônica, como as usinas de Belo Monte e Teles Pires", diz Costa. O vice-presidente da Alstom acrescenta que o posicionamento da fábrica permitirá o atendimento das necessidades de outros países, como o Peru e o Equador, que contam com projetos de geração hidrelétricas.
A Alstom também tem atuado no atendimento à crescente procura por equipamentos para geração eólica. Em junho, por exemplo, firmou contrato, no valor de € 200 milhões, com a empresa Brasventos visando o fornecimento de 86 turbinas para a construção de três parques eólicos no Rio Grande do Norte.

Kroton avalia 35 oportunidades de aquisição
GPdeLondrina 14.09.2011 - O objetivo é agregar, nesse intervalo, 60 mil estudantes à base atual da companhia de 92 mil universitários, disse à Reuters o presidente da companhia, Rodrigo Galindo. A Kroton Educacional planeja ampliar em cerca de 65 por cento o número de alunos de ensino superior por meio de compras de instituições nos próximos 24 meses, e confia em sua capacidade de rápida integração para rentabilizar as aquisições.
O objetivo é agregar, nesse intervalo, 60 mil estudantes à base atual da companhia de 92 mil universitários, disse à Reuters o presidente da companhia, Rodrigo Galindo.
Frente à pulverização do segmento de educação superior no Brasil, composto principalmente por instituições de menor porte, a Kroton traçou uma longa lista de possíveis alvos.
"Temos um 'pipeline' de 35 instituições, com desde discussões preliminares até 'due dilligence'", afirmou Galindo durante entrevista recente na sede da companhia em São Paulo, sinalizando que há aquisições próximas de serem fechadas.
Nas contas da Kroton, há 639 instituições de ensino em 269 municípios do país que podem ser alvo da companhia no futuro.
Em 2011, a Kroton já comprou duas instituições --Fama (MA) e União (PR)--, adicionando mais de seis mil alunos de ensino superior ao grupo com desembolso de 32 milhões de reais.
Além do ensino superior, a Kroton tem 281 mil alunos no ensino básico, com atuação em nove Estados brasileiros.
Utilizando uma equipe interna para analisar oportunidades de aquisições, a empresa continuará sendo muito "cuidadosa" na escolha de ativos e acredita em sua capacidade de integrar rapidamente novas aquisições a seu modelo acadêmico e de negócios.
Entretanto, há indicações de que a maior parte das compras será de instituições de ensino de pequeno porte. "Existem mais ativos pequenos do que grandes... Mas isso não significa que não estejamos avaliando ou prospectando ativos maiores, é que há mais ativos disponíveis entre três e sete mil alunos."
Em março de 2010, a Kroton adquiriu o grupo Iuni Educacional, do qual Galindo era presidente, por mais de 190 milhões de reais, em uma das maiores operações do setor no Brasil.
De acordo com o presidente da Kroton, as compras e os investimentos devem ser financiados com a recente captação líquida de 364 milhões de reais em uma emissão primária de units da companhia encerrada no começo de agosto, e também com a geração de caixa da empresa.
"Para os próximos 12 a 18 meses a companhia está capitalizada para financiar o processo de crescimento."
Além das aquisições, a Kroton investirá no crescimento orgânico das operações.
Margens: Para atingir a meta de elevar a margem Ebitda para 23 por cento em 2013, dos previstos 15 por cento para este ano, a companhia planeja uma série de medidas, como constituir apenas cursos com número mínimo de alunos, captar mais estudantes ligados ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e revisar gastos corporativos e de gestão.
"Devemos entregar, em 2011, 15 por cento de margem Ebitda, e ela saiu de 9 por cento ano passado. Mas não estamos confortáveis com esse resultado."
Somente a renegociação do aluguel de imóveis deve ser responsável por ganhos de 2 pontos percentuais na margem até 2013, já que a grande maioria dos campus da Kroton são alugados. "Em 14 unidades tem problemas com contratos de locação", afirmou Galindo.
Listada no Nível 2 de governança da Bovespa, a companhia constantemente flerta com a possibilidade de ascender ao Novo Mercado, embora ainda não haja definições específicas sobre isso, disse o executivo.
"O caminho que a gente fez para aliviar o efeito negativo de que não estar no Novo Mercado possa trazer é que todos os direitos aos minoritários concedidos por companhias do Novo Mercado são concedidos pela Kroton", afirmou, exceto pela existência de ações preferenciais e ordinárias.

Peruana, Belcorp entra em outubro no mercado de venda direta no Brasil
Estadão 14.09.2011 - Multinacional de cosméticos ingressará no País com as marcas L'Bel, Ésika e Cyzone, inicialmente, em dez Estados.
A multinacional de cosméticos peruana Belcorp começa a operar no sistema de vendas diretas no Brasil a partir do dia 1º de outubro, inicialmente em dez Estados. A empresa ingressará no País com suas três marcas: L'Bel (premium, focada no tratamento de pelo), Ésika (maquiagem e perfumaria) e Cyzone (cosméticos, acessórios e bijuteria, para público jovem). Até fevereiro de 2012, a previsão da empresa é comercializar os cerca de 800 itens de seu portfólio e atuar em todo o País.
Por meio da assessoria de imprensa, a empresa informou que a meta é atingir um faturamento de R$ 400 milhões até 2015 no Brasil. Nesse período, a empresa estima contar com 13 mil "líderes", responsáveis pelos revendedores, e outros 200 mil consultores. Nos planos da empresa está ainda a construção de uma fábrica própria no País. Enquanto isso, a Belcorp fará a importação de alguns produtos e finalizar e terceirizar outros itens no Brasil.
A Belcorp estuda entrar no mercado brasileiro há pelos menos dois e começará atuando em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Há um mês, fontes disseram à Agência Estado que a empresa estava planejando investir R$ 20 milhões em sua operação no País.
Os consultores irão atuar no sistema de multinível, onde cada "líder" poderá contar com vários revendedores e redes abaixo. A empresa irá oferecer às consultoras a possibilidade de pagamento em até 28 dias dos pedidos.
Além do Peru, a empresa opera na Colômbia, Chile, México, Venezuela, Bolívia, Guatemala, Porto Rico, El Salvador, República Dominicana, Equador, Costa Rica, Argentina, Estados Unidos, Panamá. O grupo Belcorp soma mais de 850 mil consultores em toda sua rede espalhada nos quinze países de atuação.
Segundo o ranking da revista norte-americana especializada no segmento Direct Selling News, a Belcorp/LBel Paris registrou um faturamento de US$ 1,3 bilhões no ano passado, desempenho 30% superior ao de 2009.

Internet leva Hermes a faturar R$ 3 bi neste ano
Valor 15.09.2011 - Luiz Fernando Miller, diretor do Compra Fácil Empresas, diz que a divisão do site dedicada a serviços para companhias deve faturar neste ano R$ 600 milhões.
Com planos de alcançar este ano faturamento de R$ 2,25 bilhões, crescendo 50% sobre 2010 apesar da desaceleração da economia, o site de varejo Comprafacil.com, do grupo familiar carioca Hermes, prepara dois novos produtos para lançamento ainda este mês e em outubro, ambos no segmento voltado para negócios com empresas (B2B, na sigla em inglês), criado no final de 2008 e que este ano já deve faturar R$ 600 milhões, quase 30% das vendas do site.
O primeiro pacote será um site de leilões, um filão do comércio eletrônico que chegou ao Brasil no final de 2010 e que já conta com pelo menos dez operadores de grande porte. Em outubro a Compra Fácil Empresas lança um clube de compras, em parceria com o Top Fashion Bazar, grupo especializado na organização de eventos para a venda de pontas de estoques de marcas famosas.
Segundo Luis Fernando Miller, diretor de Planejamento de B2B da Comprafacil Empresas, a ideia é juntar a especialização do Top Fashion Bazar com a tecnologia e logística do Comprafacil.Com para criar um "outlet virtual", segmento hoje dominado pelas empresas Privalia e Brandsclub. De acordo com Miller, caberá ao Top Fashion selecionar as grifes e a agenda da oferta de produtos a preços especiais, cabendo ao Comprafacil.com a logística tecnológica e operacional.
O braço B2B do site Comprafacil faturou R$ 30 milhões em 2009, primeiro ano de operações, saltou para R$ 300 milhões em 2010 e deverá crescer 100% este ano, o dobro do projetado para o site como um todo. O site funciona como hospedeiro dos sites de outras empresas, faz gestão de programas de incentivos à fidelização, como distribuição de prêmios, e oferece também pacotes de produtos exclusivos para empresas, como, por exemplo, linhas completas de equipamentos para restaurantes, consultórios e outros.
Miller afirma que o desenvolvimento dos negócios com empresas não significa descuido em relação ao varejo do grupo, sejam os negócios do site de vendas, criado em 2003, sejam as vendas por catálogo, origem do grupo Hermes em 1942. Tanto que o grupo como um todo projeta para este ano faturamento de R$ 3 bilhões, com aumento de 43% sobre os R$ 2,1 bilhões de 2010. No ano passado o site entrou no comércio de livros e de cosméticos, mas seus carros-chefes são os eletroeletrônicos e os eletrodomésticos.
A empresa está concluindo em novembro um investimento de R$ 170 milhões, iniciado em 2010, para a conclusão do novo centro de distribuição do Comprafacil.com no bairro carioca de Campo Grande (zona oeste), com 140 mil metros quadrados.
A construção do novo centro de distribuição do site foi um dos argumentos apresentados pelo grupo Hermes no primeiro semestre como prova de esforço para melhorar a qualidade do atendimento. Na época, o promotor público Pedro Rubim chegou a impetrar ação na Justiça do Rio para punir a empresa por atrasos nas entregas.
Além de antecipar a construção do seu novo centro de distribuição, o site do grupo Hermes informou que havia aumentado o número de transportadoras encarregadas das suas entregas e também aumentara em 40% seu quadro de pessoal para as áreas de operações e atendimento.
Agora, o grupo está investindo aproximadamente R$ 100 milhões na construção de outro centro de distribuição, no mesmo bairro, dedicado exclusivamente às vendas por catálogo. O novo centro terá 80 mil metros quadrados de área e estará pronto em março de 2012. Os dois centros de distribuição são parcerias com empresas de construção, sendo alugados ao grupo Hermes que investe nos equipamentos para operá-los.

Brasil prepara nova emissão de bônus
DCI 15.09.2011 - Nos primeiros dez dias de setembro entraram US$ 8,5 bilhões no País, que se mostra cada vez mais um abrigo para o capital em meio as turbulências nos EUA e na Europa. Abrigo que já fez o Banco Central aumentar sua projeção de Investimento Estrangeiro Direto de US$ 45 bilhões para US$ 70 bilhões.
O cenário favorável ao Brasil, na visão de investidores estrangeiros, vai levar o Tesouro Nacional a fazer mais uma emissão de títulos públicos no exterior. Arno Augustin, secretário do Tesouro, admitiu a possibilidade de o governo brasileiro fazer uma nova emissão de títulos da dívida no mercado internacional nas próximas semanas.
De acordo com ele, o governo brasileiro avalia se a emissão será por meio de um papel denominado em dólar ou em real. O secretário acrescentou que a emissão continua "na pauta" e disse que, apesar da volatilidade do mercado internacional, os fundamentos da economia são extraordinários.
Ele demonstrou ainda satisfação com a tendência de alta do dólar em relação ao real, observada nos últimos dias. "Esse movimento de desvalorização do real está em linha com o que consideramos adequado."
O dólar subiu pelo décimo dia seguido ontem, trazendo o primeiro dia sem intervenções do Banco Central (BC) na gestão de Alexandre Tombini como presidente. A moeda norte-americana avançou 0,63% ontem, a R$ 1,723 para venda. É o maior nível desde 29 de novembro passado, quando a moeda fechou a R$ 1,724 para venda. Em dez sessões, o dólar acumula alta de 8,45%.
E esta desvalorização do real é ainda mais significativa quando se leva em conta o fluxo cambial brasileiro. O País teve um ingresso líquido de US$ 8,120 bilhões em setembro, até o dia 9, de acordo com dados do Banco Central (BC). Na segunda semana do mês, entre os dias 5 e 9 de agosto, o fluxo cambial registrou entrada líquida de US$ 2,848 bilhões.
Ao mesmo tempo em que ajuda a brecar a valorização excessiva do real, a crise dificulta as relações comerciais do Brasil com outros países. Segundo Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, o acordo entre Mercosul e União Europeia deve sofrer nova paralisação com a crise.

Capital Dynamics quer refazer equipe no país
Valor 15.09.2011 - Em a meio a uma turbulência interna que inclui denúncias de suposta fraude no país de origem e a recente saída dos principais executivos do escritório brasileiro, a gestora suíça de private equity Capital Dynamics não desistiu dos planos para o Brasil. "Vamos reconstruir nosso time, nossa visão positiva para o mercado nacional permanece", afirma o diretor de investimento da companhia, Janusz Heath.
A Capital Dynamics foi uma das primeiras estrangeiras do segmento de "fundos de fundos", que investem em cotas de outras gestoras, a chegar ao país. A empresa estava perto do fechamento do primeiro fundo local, originalmente estimado em R$ 500 milhões, quando os executivos responsáveis pela operação no país deixaram a companhia em direção à Hamilton Lane, que acaba de abrir um escritório brasileiro.
A motivação para a saída dos profissionais estaria ligada às denúncias envolvendo a gestora e, segundo informações de mercado, o compromisso dos investidores com o fundo ainda não havia sido formalizado.
Heath, que é diretor do escritório de Londres, disse que não poderia comentar os problemas enfrentados pela Capital Dynamics, mas afirmou que as denúncias, que segundo ele surgiram de um e-mail anônimo, são "infundadas".
Heath diz que a perda dos executivos foi uma surpresa, mas garante que os planos da gestora para o país não mudam. "Ao contrário, agora estamos mais determinados a ficar", diz. A primeira providência foi transferir o escritório do Rio para São Paulo. O próximo passo será encontrar profissionais para tocar a unidade local.
Em apresentação durante o evento Private Equity World, em São Paulo, Heath afirmou que o crescimento do mercado brasileiro é "absolutamente sustentável". "Mas gerenciar todo esse entusiasmo será um desafio", ponderou.
De olho nesse potencial, mais uma gestora estrangeira decidiu fincar a bandeira no país. Com cerca de US$ 1 bilhão sob administração, a americana 57 Stars também é especialista em investir em fundos de outras instituições. "Estamos muito empolgados com o mercado brasileiro", afirmou Christopher Bruneau, diretor da gestora.
Com referência às 57 estrelas usadas como guia pelos antigos navegadores, a empresa operava com o nome de PCGI e foi rebatizada após a compra, pelos sócios, da participação que pertencia à Pacific Corporate Group. O fundo de pensão Calpers, dos funcionários públicos da Califórnia, está entre os principais clientes da gestora.
A 57 Stars já investe em fundos brasileiros de private equity desde 2007, segundo Bruneau. A gestora agora tem planos de levantar um portfólio específico para a América Latina, no qual aproximadamente metade dos recursos será destinado ao país. Entre os alvos da 57 Stars estão fundos com foco no chamado "middle market" que investem no setor de consumo. Em uma segunda fase, a empresa pretende captar recursos de investidores locais.
Bruneau, que viveu no país e é casado com uma brasileira, é fluente em português e deve ser o responsável por iniciar as operações locais. Com sede em Washington, a gestora também possui unidades em Cingapura, Munique e San Diego.

Consumidor aceita publicidade no celular em troca de desconto
Brasil Economico 14.09.2011 - Um estudo da consultoria KPMG indica que usuários de telefones móveis e tablets aceitariam receber publicidade em seus dispositivos, em troca de descontos ou gratuidade em serviços e conteúdo.
E esse comportamento é mais forte entre consumidores dos países que compõem o Bric (Brasil, Índia, Rússia e China), onde 61% dos participantes responderam positivamente, enquanto nas nações do G7, o índice é 49%.
"Esta é uma boa notícia para as operadoras, porque cria um ambiente para novo modelo de negócios para as operadoras", afirma Manuel Fernandes Rodrigues de Sousa, sócio-líder da área de telecomunicações e mídia da KPMG.
Sousa refere-se a um debate que ocorre no mercado de telecomunicações mundial entre operadoras e os chamados provedores de serviços over the top (OTT), que oferecem serviços que consomem muita banda, como é o caso de vídeo.
O aumento do tráfego exige que as operadoras invistam em suas redes, mas, por outro lado, elas não participam da receita gerada pelos provedores.
"As operadoras reclamam porque têm que investir em infraestrutura e não participam da receita gerada por esses serviços. Por isso, esta propensão do consumidor apontada pela pesquisa é positiva", explica o executivo da KPMG.
Jean-Pierre Bienaimé, presidente do conselho do UMTS Fórum, entidade que representa a indústria de telecomunicações, concorda que a discussão é complexa, mas conta que a Comissão Europeia tem tentado criar alguns grupos de discussão sobre o tema.
Na segunda-feira (12/9), o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, disse que as operadoras têm que conviver com os novos competidores e destacou que essa é a nova realidade do mercado.
"A gente não briga contra a lei da gravidade. As empresas terão que se adaptar a essa nova realidade. Serviços como a Netflix vão competir com serviços estruturados. E haverá outros", observa.
Anteontem, Zeinal Bava, presidente da Portugal Telecom, uma das controladoras da Oi, declarou que "a fase de ter medo dos provedores OTT já passou e as operadoras, que investiram em rede e em inteligência da infraestrutura, podem colaborar e fazer parcerias com os OTTs".
O estudo da KPMG também mostra prognósticos positivos para o avanço da computação na nuvem. À medida que cresce o número de tablets e telefones celulares, que têm capacidade de memória limitada, os usuários devem aderir cada vez mais à nuvem, como forma de ter seus arquivos armazenados e acessíveis por meio de qualquer dispositivo.
Segundo o levantamento, 66% dos participantes da pesquisa já utilizam serviços de computação na nuvem. As aplicações mais comuns utilizadas são e-mail, compartilhamento de fotos e de vídeo.
Segurança e privacidade: O levantamento da KPMG mostra também que os consumidores dos Brics são mais preocupados com questões ligadas à segurança e privacidade, respectivamente, 81% e 71%.
Entre os entrevistados do G7, 46% dizem ser muito preocupados com segurança e 42% com privacidade. Os maiores níveis de preocupação podem estar relacionados à maior dependência que os assinantes dos BRICs têm do celular do que usuários do G7.
Por outro lado, os usuários de smartphones e tablets estão mais confortáveis em realizar transações financeiras por meio desses dispositivos
Em todo o mundo, 34% dos respondentes informaram estar confortáveis em usar o aparelho para isso. Este percentual é o dobro do verificado na versão anterior da pesquisa, realizada em 2008.
Outra informação da pesquisa é referente à telefonia fixa. Globalmente, aproximadamente 82% dos respondentes pretendem manter suas linhas de telefone. O principal motivo é para se conectar à internet (54%), seguido pelo hábito de ter o telefone fixo (45%) e por tarifas menores (40%).
Há também a percepção de que a linha fixa é a porta de entrada para serviços futuros de serviços de IPTV (televisão pela internet). Entre os cerca de 19% que têm a intenção de abandonar suas linhas de telefonia fixa, 60% pretendem fazê-lo em até seis meses.
A pesquisa, de julho de 2010, foi realizada em 22 países, incluindo 300 pessoas no Brasil. Ao todo foram ouvidos 5.627 entrevistados. A próxima edição do estudo será divulgada em novembro.

Paulo Bernardo confirma leilão de 4G para primeiro semestre de 2012

Valor 14.09.2011 - O ministro das Telecomunicações, Paulo Bernardo, confirmou a decisão do governo de fazer no primeiro semestre de 2012 o leilão para implantação da tecnologia 4G para os celulares. Bernardo considera “incompreensível” a demanda das empresas de telefonia de adiar o leilão. Segundo ele, o leilão tem que ser feito no ano que vem para que a nova tecnologia esteja funcionando de maneira satisfatória em 2014 “pelo menos nas 12 cidades sede da Copa. As empresas ganhadoras terão um prazo de 12 meses para a implantação do serviço. Paulo Bernardo afirmou que o governo já liberou parte da frequência de 2,5 megahertz (MHz) para o leilão de 4G. Antes, a frequência era reservada para TVs por assinatura. “Eu os vejo falando que querem mais espectro. Acho que na verdade as empresas estão querendo se furtar a uma cobrança dura que estamos fazendo de que tem que ter investimentos”, disse Bernardo, que participou de evento na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Segundo o ministro, com esse leilão “vamos ficar em linha com os países do primeiro mundo, vamos tirar o atraso”. Ele acrescenta que a Itália tem um leilão semelhante marcado para o mês que vem. Paulo Bernardo acredita no interesse das empresas em concorrer no leilão do ano que vem. “Alguém vai querer. A coisa mais ambicionada pelas empresas de telecomunicação é ter espectro. Eles querem o céu inteiro”, afirmou. O governo acredita que o leilão poderá ocorrer até 30 de abril.

Marcopolo firma parceria com empresa russa

JCRJ 14.09.2011 - A Marcopolo, fabricante global de carrocerias, por meio de sua controlada PoloAutoRus LCC, assinou, ontem, acordo para formação de joint venture com o grupo OJSC Kamaz, maior conglomerado do setor automobilístico da Rússia. O tratado, constituído em base paritária, consiste na venda de ônibus com chassis da Marcopolo e mecânica da empresa russa.
Os veículos serão montados na cidade de Neftekamsk, República do Bashkortostan, na Rússia, nas instalações de uma subsidiária da companhia russa. Em comunicado ao mercado, a empresa de chassis informou que os motores do produto atenderão às normas de emissão de poluentes Euro 4, vigentes na Rússia e em outros países da Comunidade dos Estados Independendes (CEI).
A expectativa é que a nova empresa, ainda sem nome, entre em operação no ano que vem, quando espera comercializar 250 unidades. Em 2016, a Marcopolo projeta que o volume produzido seja elevado para 3 mil veículos por ano. Esta é a quinta joint venture da Marcopolo, que já possui acordos para fornecimento de carrocerias para a indiana Tata Motors, a egípcia GBAUTO, a colombiana Fanalca e Daimler, no México.
Expectativas: No ano passado a Marcopolo obteve receita líquida operacional de R$ 2,9 bilhões, e tem como guidance para este ano, totalizar R$ 3,15 bilhões. A produção, por sua vez, foi de 27,58 mil unidades em 2010, volume que deve ser elevado para 29,3 mil unidades este ano.
Já os investimentos, que somaram R$ 330 milhões ao longo do período de 2008 a 2010, foram elevados para R$ 350 milhões de 2011 a 2016, sendo que R$ 70 milhões serão aportados apenas este ano. O foco da companhia será no desenvolvimento de produtos, avanço tecnológico e em inovação.
O OJSC Kamaz é constituído por 96 empresas, emprega 59 mil pessoas e vende para mais de 80 países da CEI, Europa, Ásia, África e América Latina. A Marcopolo possui quatro fábricas no Brasil, além de unidades no México, Argentina, Colômbia, África do Sul, Egito e Índia. Ela emprega mais de 14 mil pessoas e exporta ônibus para mais de 100 países.

Nippon Steel e Gerdau negociam compra da Usiminas

Valor 14.09.2011 - A Nippon Steel, maior siderúrgica do Japão, e a brasileira Gerdau estão conduzindo negociações para evitar o êxito de uma oferta rival de US$ 2,9 bilhões, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por uma participação na Usiminas, disseram duas pessoas familiarizadas com as tratativas. A Nippon Steel poderia exercer o direito de preferência e comprar a fatia de seus sócios no bloco de controle da Usiminas, frustrando dessa maneira a oferta da CSN, explicaram as fontes, que pediram para não ser identificadas em razão do caráter confidencial das negociações.
A companhia japonesa, então, revenderia à Gerdau uma parcela da fatia de 26% que seria adquirida do grupo Votorantim e da Camargo Corrêa.
A CSN, terceira maior siderúrgica do país, tem comprado ações da Usiminas no mercado pelo menos desde janeiro, quando informou que poderia elevar sua participação na companhia até um nível que permita alterar a estrutura de controle.
Um movimento da Nippon Steel para frustrar os planos da CSN ajudaria a siderúrgica japonesa a dar prosseguimento à estratégia de expansão global, na avaliação do analista sênior da SMBC Nikko Securities, Kazuhiro Harada.
"O Brasil é uma das poucas bases com bastante importância para a Nippon Steel, que tenta se expandir globalmente”, disse Harada. Para ele, a Usiminas  “é a melhor posicionada para atingir os mercados dos Estados Unidos, América Latina e Europa e África.”
O presidente e principal acionista da CSN, Benjamin Steinbruch, tem conversado com Camargo Corrêa e Votorantim e lançou uma oferta de compra de R$ 40 por ação ordinária da Usiminas detida pelos sócios, o que resultaria em um negócio de R$ 5 bilhões (US$ 2,9 bilhões), considerando-se a fatia de 26%, disseram as mesmas fontes. A Gerdau teria mais chances de conquistar o apoio do governo para conduzir um processo de consolidação da indústria siderúrgica no país, com o objetivo de competir no mercado global, na avaliação das fontes. O governo brasileiro pretende aumentar a oferta de aço com aplicação em projetos de infraestrutura antes da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
A japonesa Nippon Steel pretende inviabilizar a oferta da CSN pela Usiminas após um desentendimento com a siderúrgica de Steinbruch sobre como gerenciar sua unidade de minério de ferro Namisa no Brasil, lembraram as fontes. A Nippon, como parte de um grupo que incluía Posco e Itochu Corp., havia acordado com a CSN a compra de 40% da Namisa por US$ 3,12 bilhões. A Nippon acabou vendendo sua participação em junho.

Procon interdita e multa Carrefour da Vila Guilherme, em São Paulo

Valor O Procon determinou hoje a suspensão por 12 horas das atividades do supermercado Carrefour localizado no bairro Vila Guilherme, em São Paulo. O órgão também multou o varejista em R$ 87,68 mil.
“Esta sanção se deve ao fato de que o estabelecimento foi flagrado por fiscais da fundação, em mais de uma ocasião, expondo à venda produtos com prazo de validade vencido, sendo, portanto, reincidente”, diz o comunicado do Procon.
De acordo com a nota, o órgão de defesa do consumidor já havia multado a unidade pelo mesmo motivo. A determinação é que o Carrefour não funcione entre as 8h e 20h de hoje. A exposição de produtos vencidos é considerada infração grave pelo Procon, já que pode colocar em risco a saúde do consumidor. O Carrefour confirmou que as atividades do hipermercado, localizado na avenida Morvan Dias de Figueiredo, estão suspensas e afirmou em nota que “reforçou seus procedimentos de segurança alimentar, buscando manter a qualidade dos produtos e serviços que oferece aos seus clientes” nessa unidade. A varejista disse ainda que participa de um grupo técnico, promovido pelo Procon, para desenvolver ações que promovam a melhoria dos serviços prestados em suas lojas.

Procon fecha supermercado em São Paulo

Exame 14.09.2011 - Estabelecimento foi flagrado mais de uma vez vendendo produtos vencidos.
Carrefour: supermercado fechado em São Paulo por venda de produtos vencidos.
Um supermercado da rede Carrefour foi fechado pelo Procon-SP na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo. Segundo o órgão, o estabelecimento foi flagrado vendendo produtos com prazo de validade vencido em mais de uma ocasião.
A suspensão das atividades, contudo, tem caráter "pedagógico" e só vale até às 20h de hoje. O supermercado também deve arcar com multa de 87.680 reais. Procurado, o Carrefour informou em nota que "reforçou seus procedimentos de segurança alimentar, buscando manter a qualidade dos produtos e serviços que oferece aos seus clientes". Amanhã, o estabelecimento voltará a abrir as portas a partir das 08h.

Multiplan ergue complexo de R$ 800 mi em Ribeirão Preto

Brasil Economico 14.09.2011 - Multiplan se comprometeu a construir, a pedido da prefeitura, um terminal rodoviário urbano próximo ao shopping
O grupo Multiplan acaba de deflagrar em Ribeirão Preto (SP) obras de infraestrutura urbana em contrapartida à construção de um complexo imobiliário de cerca de R$ 800 milhões junto ao Ribeirão Shopping. O centro comercial, que já tem três décadas, vai receber um gigantesco upgrade, com a edificação de vários prédios integrados ao shopping.
Serão erguidos edifícios residenciais de luxo, uma torre comercial, um deck-park, um centro de convenções, dois hoteis de alto padrão e um apart-hotel.
Além de obras viárias, a Multiplan se comprometeu a construir, a pedido da prefeitura, um terminal rodoviário urbano próximo ao shopping. As obras do Complexo Ribeirão Shopping serão executadas em três fases.

Brasil cria 190 mil empregos com carteira em agosto

Brasil Economico 14.09.2011 - A maior variação no saldo entre contratados e desligados veio na Paraíba, onde houve aumento de 3,12%. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, foram gerados 190.446 empregos com carteira assinada, o equivalente a uma expansão de 0,51% no número de assalariados do mês anterior.
No acumulado de janeiro a agosto, o avanço frente o mesmo período do ano anterior é de 5,08%, tendo sido gerados 1,825 milhão de trabalhos. O maior crescimento foi no setor de comércio e administração de imóveis, que abriu 27.475 novos postos.
No entanto, nos últimos 12 meses foram criados 2,092 milhões de postos de trabalho, um avanço de 5,86%. Foram desligados 1,639 milhão de funcionários no país. A maior variação no saldo entre contratados e desligados veio na Paraíba, onde houve aumento de 3,12% no número.
O único estado com saldo negativo foi Minas Gerais, que contratou 801 pessoas a menos.

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