sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Azul.CA.23.09

Daily News

Kirin está pronta para fazer oferta aos minoritários da Schincariol
Valor 23.09.2011 - Aproxima-se a data do julgamento da liminar que impediu a japonesa Kirin de tomar o controle da Schincariol, comandada por dois grupos diferentes de primos que não se entendem sobre a venda de parte da empresa. O julgamento deve ocorrer em 27 de setembro ou no dia 11 de outubro, na Câmara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo. Mas, segundo apurou o Valor, seja qual for o resultado, a Kirin vai colocar na mesa uma proposta de compra das ações dos minoritários. Se desembolsar proporcionalmente o mesmo valor que pagou pela Aleadri, dona de 50,45% da Schincariol, a Jadangil, que detém os demais 49,55%, pode receber R$ 3,88 bilhões.
No início de agosto, a Kirin pagou R$ 3,95 bilhões para levar a Aleadri, e logo na sequência foi impedida judicialmente de assumir a Schincariol, segunda maior fabricante de cervejas do país, que deve faturar pouco mais de R$ 6 bilhões este ano. Com a liminar obtida pela Jadangil - dos irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol Júnior -, a Kirin teve que manter Adriano Schincariol (ex-sócio da Aleadri, ao lado do irmão Alexandre) na presidência da companhia.
Para levar à frente o negócio e permitir que os japoneses tomassem o controle da fabricante, Adriano chegou a oferecer a presidência para o primo Gilberto, que não aceitou. Agora, a Kirin quer discutir o assunto a seu modo e garantir de vez um lugar de destaque no terceiro maior mercado mundial de cervejas.
Em meio às divergências, os únicos dois primos que têm cargos executivos na empresa, Adriano e Gilberto, têm procurado se concentrar em um problema comum: a perda da fatia de mercado da Schincariol (que está entre 10% e 15% do volume total, dependendo da pesquisa). O fato ocorre especialmente no Nordeste, região onde a presença da marca Schin é mais forte e onde a principal concorrente, a Ambev, dona de mais de dois terços do consumo de cerveja no país, tem reduzindo os preços da Skol para ganhar espaço.
Com um problema sobre o outro, não é difícil imaginar o quanto os nervos estão à flor da pele na sede da Schincariol em Itu, a 102 quilômetros de São Paulo. A tensão, porém, não é de agora. Segundo apurou o Valor, começou em dezembro do ano passado, quando Adriano informou Gilberto que estava disposto a vender a empresa.
O então controlador sabia que não tinha cacife suficiente para competir com a AB Inbev, dona da Ambev e líder absoluta no mercado mundial de cervejas. Há pelo menos três anos, a Schincariol vinha investindo menos do que deveria para acompanhar o crescimento do mercado e corria o risco de ver a sua participação ser engolida pela concorrência. Gilberto perguntou qual era o preço.
Adriano contratou o banco BTG para avaliar a fabricante e prospectar interessados. Em abril, Adriano informou o valor ao primo: entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões. Gilberto reclamou do preço, mas disse que iria procurar recursos para comprar a parte de Adriano e Alexandre. Enquanto isso, a Aleadri foi oferecida ao mercado e algumas das maiores cervejarias mundiais realizaram due dilligence na fabricante: SABMiller, Heineken, Diageo e Kirin. A proposta dos japoneses, ligeiramente inferior ao que Adriano almejava, acabou sendo a melhor.
Do lado da Jadangil, nenhuma proposta foi feita. Quando tomaram conhecimento do negócio da Aleadri, os primos minoritários entraram com um pedido de liminar na 1ª Vara Cível da Comarca de Itu, para suspender os efeitos da venda à Kirin.
Gilberto Júnior é o mais incomodado com o negócio. Com apenas 28 anos, o executivo é o mais jovem do clã dos Schincariol. Alexandre é o mais velho, com 37, e Adriano tem 35 anos. As decisões na Schincariol nos últimos seis anos, desde a contratação da consultoria McKinsey para desenhar a governança da companhia, foram tomadas por Adriano e Alexandre. Mesmo que o assunto fosse submetido à assembleia, com a participação dos primos da Jadangil, a palavra dos controladores da Aleadri imperava. Agora, os minoritários resolveram ir à forra. Resta saber até que ponto.

Cade pode impedir BRF de comprar abatedouro
Folha 23.09.2011 - O anúncio de que a BRF (Brasil Foods) está negociando a compra de abatedouros da francesa Doux no Rio Grande do Sul acendeu a luz vermelha no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
No início da semana, a BRF comunicou ao mercado que negocia comprar da empresa francesa ativos para produção e abate de suínos. Esse é justamente um dos mercados no qual a empresa teve que abrir mão de negócios para que o conselho aprovasse a fusão entre a Sadia e a Perdigão, que deu origem à BRF.
Segundo a Folha apurou, a avaliação de integrantes do conselho é que a aquisição dos abatedouros da Doux pode devolver à BRF uma concentração grande no mercado de carne suína in natura, como a que a empresa tinha antes das restrições. O grupo Doux é o maior produtor europeu de aves e embutidos e o maior exportador nesse segmento. Sua participação no mercado de suínos, porém, é pequena.
Segundo analistas, a venda desse negócio para a BRF poderia ser positiva para a Doux, que enfrenta dificuldades financeiras desde 2009, ano em que vendeu a divisão de perus para a Marfrig. Procurada, a BRF não quis comentar o assunto.

A rede de restaurantes Subway abrirá cerca de 350 unidades até o final de 2012
Folha 23.09.2011 - Com as novas inaugurações, que devem movimentar cerca de R$ 100 milhões, a companhia terá mais de mil franquias no Brasil. "Pretendemos interiorizar a marca, então nosso foco são cidades com cerca de 100 mil habitantes", diz a gerente nacional da Subway, Roberta Damasceno.
A meta da companhia é chegar a 1.500 unidades no país antes da realização da Copa do Mundo de 2014. As regiões Norte e Nordeste devem receber o maior número de franquias, pois são os locais onde a marca mais pode crescer no Brasil, de acordo com Damasceno.

Odontoprev planeja duas emissões de ações
Estadão 22.09.2011 - A Odontoprev fará duas emissões de ações após a criação da marca BB Dental, empresa resultante da parceria entre a operadora e o Banco do Brasil e que terá como canal de distribuição a rede de agências da instituição financeira. A informação foi anunciada em entrevista coletiva pelo diretor de Relações com Investidores da empresa, José Roberto Pacheco, após reunião com investidores, que aconteceu durante a feira Expo Money. Segundo Pacheco, a primeira emissão acontecerá na sequência da criação da marca, prevista para acontecer ainda em 2011. "Esperamos que a BB Dental comece a dar resultados operacionais no primeiro semestre de 2012", disse.
Pacheco afirmou também que, após cinco anos, os resultados da nova empresa serão analisados para que seja feita uma segunda emissão de ações. A BB Dental nasceu de uma parceria estratégica entre os dois players. O BB tem participação de 75% do seu capital social e a Odontoprev os outros 25%. O banco possui participação indireta de 10% do capital social total da Odontoprev, por intermédio de uma holding constituída pelo próprio BB, Bradesco e a ZNT Participações. Essa participação de 10% se tornará direta após as duas emissões de ações ordinárias - a primeira equivalente a 7,5% das ações da Odontoprev e a segunda correspondente a 2,5% dos papéis da operadora.
Para o início de 2012, a Odontoprev planeja iniciar a comercialização de planos odontológicos para pessoas físicas nas agências do Banco Bradesco, que tem 43% das ações da operadora. Atualmente, a Odontoprev, cujo foco são planos empresariais, tem parcerias com redes de varejos para distribuir produtos para pessoa física. O objetivo da Odontoprev, é segundo Pacheco, utilizar a rede do BB também para comercializar planos familiares. "Isso é vital para o nosso crescimento", disse ele.
A Odontoprev conta com 5,2 milhões de beneficiários, número que cresce 32% ao ano desde a sua abertura de capital, em 2006. Seu valor na BM&FBovespa é de R$ 4,7 bilhões. Desde o IPO, a operadora já distribuiu R$ 700 milhões aos seus acionistas. Ontem, a Odontoprev fez uma nova remessa de dividendos, de R$ 71 milhões. Hoje, a ação ON da empresa fechou cotada a R$ 26,85, queda de 3,59%.

Argentina Los Grobo desiste de sua estreia na Bovespa
Valor 23.09.2011 - O mau momento do mercado frustrou a intenção do fundo de investimentos em participações Vinci, formado por ex-sócios do Banco Pactual, de levar suas empresas à bolsa.  Uma semana após a empresa de moda InBrands desistir oficialmente da emissão de ações, ontem foi a vez de a produtora de grãos argentina Los Grobo arquivar o pedido de oferta pública inicial de papéis.
A LG Agronegócios e Participações, holding que controla a Los Grobo e tem como sócio a Vinci Partners, já havia adiado a emissão de ações em julho.
Por conta da desistência, a LG Agro pediu também o arquivamento do registro inicial de companhia aberta, requerido em maio à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo Antônio Neto, diretor financeiro do grupo Los Grobo e diretor de operações da LG Agro, a emissão de ações em bolsa era vista pela empresa "mais como uma oportunidade do que como uma necessidade".
A oferta teria como intuito acelerar o plano de expansão das atividades da companhia no Brasil. Com capital suficiente para financiar as operações, a LG Agro optou por não recorrer ao mercado em meio ao mau humor dos investidores. "Tínhamos dois planos de negócios: com e sem [a oferta pública inicial]. A emissão de ações era o nosso plano B."
Nesse contexto, o diretor descarta outros tipos de captação, como por meio de debêntures ou associação com alguma outra empresa do setor: "Temos os recursos necessários para nossas operações, o que vai acontecer é uma expansão menos acelerada". O executivo não descarta, no entanto, uma emissão quando as condições forem mais favoráveis. "A oferta de ações é um passo natural dentro da companhia."
A subsidiária brasileira da Los Grobo passa por uma reorganização societária por conta da entrada da LG Agro. Após concluída a reorganização, a holding deve ter 56,88% da Los Grobo Brasil; os 43,2% restante continuarão com o grupo Los Grobo.
A informação consta em parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deu aval à operação em agosto.
No mesmo documento, o órgão antitruste autorizou a LG Agro a adquirir 100% da Sollus, que investe em terras com potencial agrícola, e 68,8% da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA).

Gradual absorve fundos de investimentos da Empiricus
Brasil Economico 22.09.2011 - "A ideia agora é juntar as cabeças e identificar produtos diferentes", diz Fernanda de Lima, CEO da Gradual.
A corretora fará a fusão da área de gestão com a Empiricus, antiga Galleas. Objetivo é ampliar produtos na área de ações.
Visando reestruturar sua área de gestão de recursos, a corretora Gradual vai absorver as operações de gestão da casa de investimentos Empiricus, que engloba a antiga gestora Galleas. Todos os fundos da gestora serão absorvidos, e a equipe de gestão passará a operar junto com a corretora.
"A Gradual não tem no seu DNA uma área de gestão, e com o foco de aumentar a nossa oferta de produtos estamos absorvendo a área de gestão da Empiricus", disse Fernanda de Lima, CEO da Gradual.
Com isso, as duas casas preveem uma ampliação das operações. Os próximos passos serão contratar uma equipe de vendas e focar no desenvolvimento de novos produtos para os investidores.
"Estar junto a uma instituição financeira como a Gradual vai dar uma escala que a gente não tinha", diz o sócio da Empiricus Caio Mesquita, que assume a gestão de fundos da empresa.
A Gradual, que opera há 20 anos e possui cerca de R$ 1,4 bilhão de ativos sob sua administração, já possuía parceria com a Empiricus em alta frequência, tipo de negociações automatizadas que, por meio de computadores ultrarrápidos, possibilitam operações em questão de milissegundos.
O fundo criou, em maio deste ano, uma plataforma para essas operações, e escolheu a Gradual para operá-la. A corretora investiu, nos últimos anos, R$ 17 milhões para estabelecer o sistema. "O relacionamento nosso com a Gradual tem ficado cada vez mais próximo. Começou com a alta frequência, depois começamos a fornecer os relatórios da área de pesquisa para a corretora, e as conversas foram caminhando", conta Mesquita.
A operação deve ser concluída até o final do ano, mas as duas casas já dão início à integração. "Operacionalmente a gente já vai começar a trabalhar de forma coordenada imediatamente", diz Mesquita, que já prepara a mudança física do escritório da Empiricus Gestão, que ficará no mesmo endereço da corretora.
"A ideia agora é juntar as cabeças e identificar produtos diferentes", diz Fernanda.
Pesquisa: Além da gestora, a Empiricus possui uma empresa de pesquisas independente que não fará a migração para a Gradual. A ideia é proporcionar maior foco para o research, que já possui 12 corretoras em sua carteira de clientes.
"A fusão garante a total independência do research da Empiricus", ressalta Fernanda.
Com isso, o gestor de fundos da Galleas, Marcos Elias, deverá assumir a área de pesquisa da casa de investimentos.
"Ele vai ficar desmarcado, poderá ter muito mais dedicação ao research", diz Mesquita.

Daycoval capta R$ 200 milhões em letra financeira
Valor 23.09.2011 - O banco Daycoval fechou a captação de R$ 200,1 milhões em letras financeiras - título semelhante a uma debênture que pode ser emitido por instituições financeiras. A remuneração dos papéis foi definida em 115% da taxa dos depósitos interfinanceiros (DI), no teto estabelecido na emissão, conforme apurou o Valor.
Apesar de não ter conseguido reduzir a taxa durante o processo de coleta de investimento ("bookbuilding", no jargão de mercado), a operação foi considerada bem sucedida pelo mercado, por se tratar de uma primeira operação do gênero e diante do atual cenário de maior aversão a risco. Procurado, o banco informou que não comentaria o assunto.
Como a emissão foi realizada sob o regime de melhores esforços, e não com garantia firme, os papéis foram efetivamente colocados no mercado, em vez de parar no balanço dos bancos coordenadores - Itaú BBA e BTG Pactual. A demanda pela emissão, que possui prazo de 26 meses - pouco acima do mínimo permitido, de dois anos -, teria ficado pouco acima da oferta.
O Daycoval pretende usar os recursos captados com as letras "no curso ordinário de negócios". A operação faz parte de um programa de distribuição contínua que pode chegar a R$ 1 bilhão em um prazo de dois anos.
O banco, especializado na concessão de crédito para pequenas e médias empresas (middle market), registrou lucro líquido de R$ 75,2 milhões no segundo trimestre deste ano - o que representa um aumento de 17,1% em relação ao mesmo período de 2010 - e retorno sobre o patrimônio líquido de 17,6%.
Criada no final de 2009, a emissão de letras financeiras deslanchou após dezembro do ano passado, quando o Banco Central decidiu isentar os papéis do recolhimento do recolhimento do compulsório e elevou a alíquota para o Certificado de Depósito Bancário (CDB) tradicional de 23% para 32%. No mesmo mês, a Comissão de Valores Mobiliários regulamentou a oferta pública dos papéis.
Em agosto, o estoque de letras registrado na Cetip ultrapassou R$ 100 bilhões. A expectativa é que o instrumento ajude a equilibrar a relação entre os passivos e ativos dos bancos. Ao contrário do CDB, que possui liquidez diária, a letra financeira não é resgatável.
A emissão do Daycoval foi a primeira realizada com base na Instrução nº 400 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite uma distribuição mais ampla. A RCI Brasil, financeira do grupo de montadoras Renault-Nissan, captou neste mês R$ 300 milhões em uma emissão pública realizada com esforços restritos de colocação, na qual podem participar até 20 investidores. Além do Daycoval, os bancos BMG e Bradesco entraram com pedidos na CVM para realizar ofertas públicas de letras financeiras.

Gigante canadense traz R$ 12 bi ao país mirando petróleo
Brasil Economico 22.09.2011 - Foco é em ativos de risco, diz o vice-presidente da Forbes no Brasil, Hélio Diniz. Grupo Forbes & Manhattan desembarca no Brasil para rivalizar com Petrobras, Shell e HRT em óleo, suprir o mercado de fertilizantes e refazer a trilha do ouro de Eike Batista no Pará. Instalada no 15º andar de um discreto prédio no Savassi, bairro nobre de Belo Horizonte, a canadense Forbes&Manhattan desenha sua estratégia para disputar blocos de petróleo com HRT, OGX e Shell, rivalizar em óleo de xisto com a Petrobras e com a Vale em projetos de potássio e fosfato - insumos usados para fabricar fertilizantes.
"Estamos planejando um passo grande", afirma com exclusividade ao Brasil Econômico o vice-presidente da Forbes no Brasil, Hélio Diniz.
O grupo chega ao país com seis empresas e investimento inicial de US$ 6,5 bilhões (perto de R$ 12 bilhões) até 2016. O valor inclui a exploração de mina de ouro no Pará. A primeira investida será com a Irati Energia.
Em outubro, a empresa inicia testes para confirmar 2 milhões de barris de xisto betuminoso - rocha que armazena óleo similar ao petróleo - identificados há anos pela Petrobras entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com o direito de exploração resolvido, a Irati deve colocar a matéria-prima em nova fase comercial no país.
A projeção é ultrapassar a Petrosix. A subsidiária da Petrobras é dona de reserva de 700 mil barris em São Mateus do Sul, no Paraná, onde produz 7,8 mil barris por dia, mais com viés de desenvolvimento de tecnologia que comercial. A Irati projeta de 20 a 30 mil barris diários de óleo de xisto. "Vamos refurar a área para certificar a reserva com o padrão técnico da Bolsa de Toronto", afirma Diniz. "Se demonstrarmos a existência dos barris, teremos uma empresa atrativa ao mercado." Abertura de capital: O tom financeiro é pano de fundo do objetivo de captar US$ 1 bilhão com a listagem de ações da Irati na bolsa. A operação é vital para a implantação de unidade para produzir cada barril ao custo de US$ 30. Valor alto que Diniz espera compensar com o bônus do xisto em relação ao petróleo.
"Os barris da Petrosix são disputados a tapa pelas indústrias do Sul. Elas pagam de 10% a 20% a mais por ele", diz. A diferença, segundo ele, se deve à melhor viscosidade do óleo, que não exige refino, e ao alto poder calorífico. A Irati atua apenas no Brasil, onde prevê ir ao mercado de capitais para levantar o aporte inicial.
"É uma empresa para abrir capital no Brasil. O perfil é mais atrativo para fundos de pensão, porque não apresenta risco."
A expertise do grupo criado pelo canadense Stan Bharti é prospectar recursos naturais de alto risco para levá-los ao mercado financeiro. Em 30 anos, a Forbes captou US$ 8 bilhões com o modelo de negócios comum no Canadá e trazido ao Brasil por Eike Batista - controlador do grupo EBX e amigo pessoal de Bharti.
Disputa em alto-mar: Mesmo com o xisto, o grande passo da Forbes&Manhattan será se lançar nas águas brasileiras para arrematar blocos petrolíferos no 11º leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Mergulho a ser dado pela Brookwater, subsidiária da Forbes Oil & Gas, acirrando com HRT, Shell e OGX o certame programado para 2012 .
"A oportunidade em petróleo no Brasil é muito grande. A OGX e a HRT não terão condições de explorar tudo. Existe espaço e, por isso, vamos participar do leilão", afirma Diniz.
A estratégia inclui a compra de empresas menores. "Mantemos negociações avançadas para a aquisição de empresas que já estão produzindo. Queremos empresas que já tenham blocos de produção e potencial de expansão", indica o executivo.

Biomassa tende a elevar participação na oferta de energia
Folha 23.09.2011 - A atual oferta mundial primária de energia gira em torno de 500 exajoules, tendo como principais protagonistas o carvão, o petróleo e o gás natural.
A biomassa participa com cerca de 10% do total, mas 80% da oferta advinda de biomassa é não comercial. São principalmente a lenha e a madeira usadas na cocção e no aquecimento em países onde a energia ainda não é produzida e distribuída de forma organizada. Essa é também a principal fonte de desmatamento nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos. Os 20% que são comerciais são consumidos na forma de eletricidade, que representa 1,5 exajoule; geração de calor, 4 exajoules; e biocombustíveis, que representam 2 exajoules. Portanto, em nível global, os biocombustíveis ainda representam somente 0,4% da oferta primária de energia.
Não por outro motivo, a área agrícola ocupada pelos biocombustíveis no mundo é ainda pequena. O planeta possui 13,2 bilhões de hectares de terras, dos quais 1,53 bilhão é cultivado com todas as culturas. Pastagens, que produzem carnes, leite e lã ocupam outros 3,2 bilhões de hectares. No mundo, os biocombustíveis ocupam apenas 0,025 bilhão, ou 25 milhões de hectares; no Brasil, a cana destinada ao etanol ocupa apenas 4,7 milhões de hectares.
Embora o Brasil tenha perdido em 2007, para os Estados Unidos, a primazia de maior produtor de etanol do mundo, é o país que desponta como o que mais avançou em termos relativos.
O Brasil demonstrou que a produção de biocombustíveis é viável quando realizada a partir da cana. Em 2010, os Estados Unidos produziram 50,1 bilhões de litros de etanol, mas, considerando o etanol usado apenas como combustível, conseguiram substituir apenas 8% do seu consumo de gasolina. A meta é atingir 136 bilhões de litros até 2022.
Embora a atual safra brasileira esteja sendo muito afetada por clima absolutamente anormal, um esforço grande está sendo realizado na reforma e na expansão dos canaviais.
O objetivo é atender à demanda crescente de etanol no Brasil e nos Estados Unidos, especialmente porque a partir de 2012 o mercado dos EUA será totalmente liberado, com a eliminação do subsídio federal e do Imposto de Importação, abrindo perspectivas promissoras de expansão do comércio bilateral relacionado ao etanol.

Brasil é estratégico na expansão da Cassidian
Valor 23.09.2011 - Zoeller, presidente da Cassidian: "Vamos criar uma base industrial no Brasil e desenvolver produtos globais". A Cassidian, braço de defesa do grupo europeu EADS, planeja transformar o Brasil em um dos três principais centros da empresa no mundo para o desenvolvimento de tecnologia nas áreas de defesa e de segurança pública. "Vamos criar uma base industrial no Brasil e ajudar as empresas locais a desenvolverem produtos que possam competir globalmente", disse Stefan Zoeller, presidente e principal executivo da Cassidian, que chegou esta semana ao Brasil para acelerar os projetos de crescimento da empresa.
Para os próximos três anos a empresa pretende investir entre € 50 milhões e € 100 milhões na instalação de um centro de excelência em engenharia de sistemas que, num prazo de dois anos, contará com 2 mil engenheiros. A maioria deles, segundo o presidente da Cassidian no Brasil, Christian Grass, será recrutada junto às universidades brasileiras e no mercado e uma parte virá do grupo EADS na França e na Alemanha. Uma parcela receberá treinamento nas fábricas da Cassidian na Europa. Parte do crescimento da Cassidian no Brasil, segundo Zoeller, será impulsionado através da joint venture que mantém desde o ano passado com a Odebrecht. "Não temos a intenção de comprar outras empresas de defesa no Brasil, mas a joint venture sim, pois o nosso objetivo é fazer com que ela cresça e produza", afirmou. A Mectron, controlada pela Odebrecht, segundo Zoeller, está preparada para absorver todas as tecnologias que a Cassidian pretende trazer para o Brasil.
Em cinco anos, a meta do grupo é atingir um faturamento de € 500 milhões no Brasil, sendo que parte desse resultado virá por meio da joint venture, segundo o executivo. Com essa parceria, a Cassidian pretende trazer ao Brasil tecnologias de ponta nas áreas de sistemas de controle de fronteiras e costas e sistemas de detecção e inteligência para serem aplicados no monitoramento de regiões estratégicas como a Amazônia.
Na área de segurança pública, de acordo com Zoeller, a Cassidian quer principalmente desenvolver novas capacidades que serão exportadas para todo o mundo. Parte dessa capacidade também poderá ser absorvida com a aquisição de empresas brasileiras na área de tecnologia da informação. "Temos um projeto ambicioso de desenvolver no Brasil a próxima geração de sistemas de proteção policial da Cassidian", disse o presidente da divisão brasileira do grupo. A Cassidian está no Brasil desde 2006 e já forneceu o sistema de radiocomunicação criptografada, baseado na tecnologia Tetrapol, para a Polícia Federal, no âmbito do projeto Proamatec. O sistema também é fornecido para a MRS Logística, que provê serviços de voz e dados ao longo de 1,5 mil quilômetros de estradas de ferro controladas pela empresa.
Os investimentos do grupo EADS no setor aeroespacial, segundo Zoeller, estão sendo direcionados para outras partes do mundo, para reduzir a dependência do mercado europeu, que está cada vez menor, e desta forma conseguir um maior equilíbrio da sua receita. "A estratégia do grupo prevê que até 2020 cerca de 40% do faturamento, estimado em € 80 bilhões venha de fora da Europa e 20% dos seus empregados sejam não europeus", disse Grass. Atualmente, segundo o executivo, o mercado europeu ainda responde por 90% da receita da EADS, que em 2010 foi da ordem de € 45 bilhões. A carteira de pedidos do grupo soma € 450 bilhões, a maior parte das encomendas foram feitas pela fabricante europeia Airbus, do mesmo grupo.
O objetivo da Cassidian, segundo Grass, é tornar o Brasil uma referência na área de inteligência, especialmente relacionada a sistemas de comando e controle e de detecção, como radares e câmeras sofisticadas. A Índia é outro mercado visado pelo grupo de defesa Cassidian para montar uma importante base de desenvolvimento de tecnologia.
O governo indiano deve decidir até dezembro o maior contrato de compra de caças dos últimos anos no mundo. A Cassidian é uma das finalistas da disputa com o avião Eurofighter, e disputa com a rival francesa Dassault o fornecimento de 250 caças, avaliados em mais de € 30 bilhões.

Pão de Açúcar estreia no mercado de imóveis em parceria com construtoras
Estadão 22.09.2011 - Empreendimento conjunto com a Cyrela será lançado esta semana; outros dois projetos, com a Helbor e a RFM, virão ainda este ano.
O Grupo Pão de Açúcar lança esta semana seu primeiro empreendimento imobiliário em parceria com incorporadoras, o Thera. A construção será de responsabilidade da Cyrela, em um terreno da varejista, no bairro Butantã, em São Paulo.
Segundo o vice-presidente de relações corporativas do Pão de Açúcar, Hugo Bethlem, será uma torre com apartamentos residenciais, escritórios e um hotel, com uma loja de proximidade e uma drogaria da bandeira Extra na parte inferior do empreendimento. "Isso é uma estratégia para trazer um maior retorno ao ativo", disse o executivo, após participar de evento sobre comunicação empresarial no varejo realizado pelo Centro de Excelência em Varejo da FGV.
Segundo ele, a rentabilidade mínima do empreendimento será de 20% para a companhia, obtida por meio da venda dos imóveis. "É uma permuta. O empreendedor constrói as unidades, no terreno do Pão de Açúcar, e nós recebemos o equivalente a 20% do empreendimento e vendemos", explicou.
Outros dois negócios estão em planejamento para a venda ainda este ano em São Paulo. Um será em Guarulhos, em parceria com a Helbor, em um terreno com um hipermercado Extra. Outro será em Santo André, num terreno com um supermercado Pão de Açúcar, em sociedade com a RFM. A empresa já conta com um empreendimento piloto, com seis torres na região do Jaguaré, em São Paulo, feito em parceria com a Halna Empreendimentos Imobiliários. Nele foram erguidas seis torres residenciais. "Todos esses projetos levam ao caminho de alavancar mais as vendas dos hipermercados", disse Bethlem. Segundo ele, outra vantagem é a divisão dos custos de construção. "Além de ampliar o retorno sobre o capital empregado, temos os moradores dos prédios como potenciais clientes." A área de desenvolvimento imobiliário do Pão de Açúcar é de responsabilidade da subsidiária GPA Malls & Properties, que conta com aproximadamente 1 milhão de metros quadrados de área com potencial construtivo.
Expansão. Bethlem informou também ontem que, dentro do planejamento estratégico de expansão orgânica, o grupo prevê, para os anos de 2012 a 2014, a abertura de 300 lojas do modelo de proximidade chamado Extra Fácil. Atualmente, o grupo conta com 70 lojas do modelo Extra Fácil. A rede também projeta a expansão de 30 unidades do modelo hipermercados e outros 30 supermercados.
O executivo destacou que a expansão de seu modelo de hipermercado, que passa por estudos de reposicionamento de produtos, será focada sobretudo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do País.

Para o Natal, varejo amplia estrutura da operação on-line
Valor 23.09.2011 - Dias, diretor do Walmart, projeta um crescimento entre 50% e 60% das vendas neste Natal em relação a dezembro de 2010.
A expansão de 40% no comércio on-line verificado no Natal de 2010, frente ao mesmo período de 2009, encontrou empresas do varejo e de logística despreparadas para atender a demanda. Para este ano, a projeção da consultoria e-bit é que as vendas cresçam até 30% no período de 15 de novembro e 24 de dezembro. Varejistas ouvidas pelo Valor ultrapassam essa taxa. Esperam crescer até 60%.
Para não voltar a desapontar os consumidores, varejistas e transportadoras estão investindo em centros de distribuição (CD), mão de obra, tecnologia e frota. O aumento das vendas, mesmo fora de datas fortes como Natal, está exigindo estruturas mais robustas.
As entregas feitas pelos Correios de produtos vendidos pela web, por exemplo, cresceram 11% em agosto em relação a dezembro, mês que registra pico de vendas. Sobre agosto de 2010, o avanço foi de 66%. O comércio eletrônico faturou R$ 8,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 24% sobre o mesmo período do ano passado, segundo a e-bit. A projeção para todo 2011 é que se movimente R$ 18,7 bilhões.
O ritmo de acelerado está demandando mais investimentos em logística. O Walmart projeta um aumento de vendas no e-commerce entre 50% e 60% neste Natal em relação ao anterior. A varejista decidiu dobrar a capacidade de armazenagem em relação ao primeiro semestre, chegando a 50 mil m2. "Se você faz um planejamento errado do espaço de armazenagem, o CD fica abarrotado e muito menos produtivo. Torna-se mais difícil achar a mercadoria e colocá-la no prazo", diz Flávio Dias, diretor de e-commerce do Walmart.
A companhia também analisou o desempenho das transportadoras parceiras, o que resultou no descredenciamento de algumas e no credenciamento de outras. Agora elas totalizam 20, frente às 16 que prestaram serviço à varejista em 2010. Na ocasião, o Walmart precisou contratar transporte por conta própria para amenizar os problemas de atraso, mas a mercadoria acabou ficando parada por alguns dias no centro de distribuição da transportadora, ocasionando outro tipo de atraso. A Máquina de Vendas (que reúne as varejistas Ricardo Eletro, City Lar, Insinuante e Eletro Shopping) projeta um crescimento de vendas superior a 30% neste Natal. A empresa tomou uma série de medidas ao longo do ano para suportar o crescimento, com destaque para a triplicação de seu CD, para 35 mil m2, entre outubro e maio.
O número de funcionários "mais que dobrou", segundo Marcelo Ribeiro, diretor de e-commerce da companhia. "É mais do que precisamos para o fim de ano. Já pensamos no crescimento futuro". A Máquina de Vendas também aumentou em 30% o número de parceiros logísticos. Em maio, a empresa lançou uma área interna de monitoramento dos transportes e de processamento de pedidos. "Essa área foi criada especificamente para a satisfação do cliente, porque com ela conseguimos tomar as medidas com antecedência", explica Ribeiro.
A Comprafacil, que atua somente pela internet, espera um aumento de 50% a 60% nas vendas neste Natal, seguindo o desempenho dos últimos anos. A empresa conclui em novembro as obras de quadruplicação de seu centro de distribuição, que terá 140 mil m2. Além disso, triplicou o número de transportadoras. "A preocupação que o ano passado nos trouxe fez de 2011 o ano de virada para o nosso negócio", diz Leandro Siqueira, diretor de marketing da Comprafacil. A empresa foi uma das varejistas on-line acionadas pela justiça do Rio no primeiro semestre, por atrasos nas entregas.
A Comprafacil instalou a sua central de atendimento dentro do centro de distribuição. "A central está toda integrada, o que gera maior rapidez no processo de solução dos problemas", diz Siqueira. Inaugurado em julho, o novo sistema tem 500 atendentes em cada um dos dois turnos que opera.
"Em comparação à dezembro do ano passado temos uma capacidade instalada bastante superior", informa, em nota, Leonardo Gasparin, diretor de operações da Nova Pontocom (empresa do grupo Pão de Açucar que reúne as operações on-line do Extra, das Casas Bahia e do Ponto Frio), que não detalha o crescimento alcançado.
Frente aos entraves logísticos no Natal passado, muitas empresas optaram pela transparência com o consumidor. A Nova Pontocom comunicou aos seus clientes no dia 17 de dezembro que as entregas corriam o risco de não chegarem até a data combinada. O Walmart também teve que mudar o prazo de entrega em 2010. "Se for necessário a gente aumenta o prazo no site de novo e arrisca perder a venda", diz Dias.
Além do planejamento precário por parte das empresas, outro "problema" no Natal de 2010 foi a nota fiscal eletrônica, cuja implementação se tornou obrigatória na época e foi deixada para a última hora por muitas empresas - algo que não deve atrapalhar as varejistas neste ano.

Comércio eletrônico deve faturar 36% mais em 2011
Estadão 22.09.2011 - Previsão da Fecomercio-SP é de vendas no valor total de R$ 18,7 bilhões neste ano. O faturamento previsto para a venda de bens de consumo pela internet em 2011 no País é de R$ 18,7 bilhões, crescimento estimado de 36% em relação a 2010, segundo projeção da Fecomercio-SP. Para 2012, a previsão é de um volume de vendas 25% maior na comparação com 2011. Os dados foram apresentados pelo presidente do Conselho de Tecnologia da Informação para assuntos de E-commerce da Fecomercio-SP, Pedro Guasti, em evento realizado nesta manhã na sede da entidade, que debateu os gargalos de logística e o risco de apagão na época do Natal.
Conforme os dados da Fecomercio-SP, o Brasil conta hoje com 80 milhões de usuários de internet e, desses, 27 milhões de consumidores virtuais. O valor médio do tíquete de compra no País é de R$ 350, um dos maiores do mundo. O número de pessoas a comprar pela internet também aumenta em velocidade, com estimativa de 32 milhões de usuários para em 2011, o dobro relação a 2009.
Somente neste segundo semestre, 5 milhões de novos consumidores vão comprar pela internet. "Ainda há um espaço muito grande para crescer, com grande potencial para os próximos anos", afirmou Guasti, em nota distribuída pela entidade. "O mercado cresce cada vez mais, é promissor, mas sofre um entrave gigantesco: tributação", pondera.

Transportadoras elevam capacidade
Valor 23.09.2011 - Marcos Monteiro, da Total Express: investimento de R$ 2,2 milhões em frota. Acompanhando os saltos do comércio eletrônico, as empresas de logística intensificaram as negociações com as varejistas on-line, para alinhar previsões de demanda para o fim do ano e não ter surpresas de última hora. As prestadoras de serviço esperam um aumento de movimento de até 60% neste Natal, sobre o ano passado.
"Quem pisou na bola no ano passado pagou um preço alto por isso. Houve uma queda muito grande na confiança dos consumidores e isso não é de fácil recuperação", diz Fernando Di Giorgi, sócio-fundador da Uniconsult, empresa de tecnologia que projeta e cria sistemas de informação para as varejistas. "Quem foi ousado no último Natal será um pouco menos ousado desta vez". Em 2010, algumas empresas contrataram o operador logístico para um número de entregas e, como a demanda foi acima do esperado, o prestador de serviço precisou contratar mão de obra de última hora, alugar veículos e criar rotas adicionais, o que diminuiu a produtividade e a qualidade do serviço. Foi o caso da Ramos Transportes, que obtém 25% do seu faturamento do e-commerce. "A rentabilidade do frete caiu pela metade", diz Jacinto Junior, vice-presidente da empresa. Para este Natal, a estrutura da empresa será 30% maior.
"As nossas ações para o Natal já foram feitas no primeiro semestre", diz Junior. A transportadora estudou seus limites e, em junho, apresentou sua capacidade de atendimento para cada varejista, pedindo que também fizessem um estudo de suas necessidades. De acordo com Junior, a Ramos vai limitar o recebimento de encomendas ao limite combinado, em vez de "se virar" para atender pedidos adicionais. "A venda é virtual, mas a logística é real", afirma.
"Uma das questões mais difíceis para os nossos parceiros logísticos é a previsibilidade da demanda. Uma vez que estamos trabalhando em conjunto com eles ao longo de todo ano, eles podem se desenvolver para crescer conosco e se prepararem para os períodos de pico", diz Leonardo Gasparin, diretor de operações da Nova Pontocom (que controla os sites de Ponto Frio, Casas Bahia e Extra). Ele diz ter feito parcerias para ajudar empresas de logística a se estruturarem.
A expectativa da Total Express para este ano é elevar em 41% o volume de entregas em dezembro, somando 1,184 milhão de encomendas, segundo Marcos Monteiro, presidente da companhia. O e-commerce responde por 95% da receita da empresa, que investiu R$ 2,2 milhões em frota, além de fechar contratos de precaução com três locadoras, para alugar 150 veículos caso seja necessário.
A companhia implantou há algumas semanas um sistema de pesagem automática, para aumentar sua capacidade instalada em 40%. E abriu, este ano, filiais em Curitiba (PR) e Ribeirão Preto (SP), onde antes atuava com representantes. Até dezembro estará operando ainda em Goiânia, Vitória, São José do Rio Preto e Recife.
A Direct, que obtém 65% do seu faturamento do e-commerce, não revela sua previsão, mas a expectativa de crescimento para este Natal segue o ritmo registrado nos últimos anos - 50% em 2009 e 60% em 2010. Em março, a empresa foi comprada pela Tegma.
Segundo Enrico Rebuzzi, diretor-geral da Direct, estão sendo investidos R$ 16 milhões em frota, além dos recursos aplicados em em tecnologia e novas filiais. Até outubro, serão 12 novas unidades no eixo Rio-São Paulo, para reforçar a estrutura das capitais. Na semana anterior ao Natal, a demanda da empresa chega a subir 70% em relação ao fluxo normal, quando serão contratados trabalhadores temporários que se somam ao aumento de 30% na contratação de mão de obra para o período. A capacidade de atendimento da empresa, já em setembro, aumentará 30%, fora o reforço de Natal.
Os Correios projetam para dezembro um tráfego 50% maior de encomendas do comércio eletrônico, em relação ao mesmo mês de 2010. No ano passado, o crescimento foi de 36%. "Essa demanda será absorvida normalmente", diz Ricardo Fogos, chefe do departamento comercial de encomendas da companhia. "O comércio eletrônico está crescendo muito também em outras épocas e estamos atendendo os pedidos." A empresa, que enfrenta greve de funcionários desde o dia 14, informa que seu plano de fim de ano determina a contratação de linhas extras de carga e proíbe os funcionários de tirarem férias no período.
O índice de atrasos nas entregas no Natal de 2010 foi o maior já registrado. Segundo a e-bit, em todo o mês de dezembro, 19% dos compradores ainda não tinham recebido seus pedidos, um dia após o término do prazo prometido.

Cobre acentua perda e cai ao nível de janeiro de 2009
Bloomberg 23.09.2011 - O cobre teve ontem a maior queda desde janeiro de 2009 em Nova York e entrou em uma fase de baixa em Londres, depois que um índice que mede a atividade industrial na China sinalizou uma contração. Especulações de uma redução na demanda por metais também contribuíram para a queda. Uma leitura preliminar do índice dos gerentes de compra da China chegou a 49,4 pontos este mês, segundo o HSBC Holdings e a Markit Economics. Uma leitura abaixo de 50 indica contração. O preço do cobre acumula uma queda de 22% no ano por causa da crise da dívida na Europa e da possibilidade de mais uma recessão nos Estados Unidos, fatores que estão afetando a demanda por metais. Na última recessão americana, o preço do cobre caiu 54% em 2008. Em Londres, o metal tem uma perda acumulada de 19,23% no ano. "O colapso de 2008 certamente voltará a se repetir se tiver início uma onda de defaults na zona do euro", disse ontem David Threlkeld, presidente da Resolved, uma companhia trading de cobre de Scottsdale, Arizona.
O cobre para entrega em dezembro caiu 27,5 centavos de dólar, ou 7,3%, para US$ 3,489 a libra às 11h27 na Comex em Nova York. Um fechamento a este preço seria a maior queda desde janeiro de 2009. Antes, os preços chegaram a cair para US$ 3,476, o menor para um contrato mais negociado desde 21 de setembro de 2010.
O metal para entrega em três meses caiu 5,43% ontem, para US$ 7.806 a tonelada métrica na Bolsa de Metais de Londres (LME). Os preços em Londres já caíram 25% desde o recorde de US$ 10.190 registrado em 15 de fevereiro, qualificando-o para um "bear market" se eles fecharem abaixo de US$ 8.152.
A produção industrial e de serviços da zona do euro também teve contração em setembro, pela primeira vez em mais de dois anos, segundo mostrou um relatório divulgado ontem pela Markit Economics de Londres. O índice composto caiu para 49,2 pontos este mês, ante 50,7 em agosto. A Europa responde por 19% da demanda mundial por cobre, comparado aos 37% da China e os 11% da América do Norte, segundo o Barclays Capital.
A demanda global por cobre deverá crescer 3,9% este ano, mais que a produção mundial, resultando num déficit de 639 mil toneladas, segundo previsão feita pelo Barclays em 24 de agosto. "O cobre é quase um símbolo dos maiores mercados de commodities", disse Kevin Norrish, analista do Barclays em Londres. "Há evidências de um maior aperto fundamental que não está alimentando os preços por causa das preocupações macroeconômicas."
As discussões políticas na Europa sobre os meios para se impedir que a crise da dívida se espalhe e atrasos na implementação de medidas acertadas, estão aumentando as preocupações sobre o risco de calote por governos como o da Grécia, informou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O FMI reduziu sua previsão de crescimento para a economia mundial e está prevendo "sérias" repercussões se os planejadores econômicos não conseguirem evitar que as turbulências provocadas pela crise da dívida engulam a Itália e a Espanha.
Na Bolsa de Metais de Londres o preço do estanho liderou as quedas, recuando 11,67% para US$ 20.050 a tonelada. O níquel caiu 5,76%, para US$ 19.555. O alumínio teve a menor queda do dia, com perda de 1,59%, fechando a US$ 2.264,50.

Grécia admite calote e sugere desconto de 50% na dívida
Exame 23.09.2011 - Se o país não conseguir cortar parte da dívida, o governo grego ficará sem dinheiro no meio de outubro e terá um default desordenado.
De acordo com o jornal Ta Nea, o ministro Evangelos Venizelos apresentou aos parlamentares do Partido Socialista três cenários possíveis para a Grécia
O ministro de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse a parlamentares do seu partido que o país enfrenta o risco de um default desordenado, segundo a edição desta sexta-feira de um jornal grego. A publicação acrescenta que o ministro sugeriu um possível desconto de 50% na dívida do país. De acordo com o jornal Ta Nea, Venizelos apresentou aos parlamentares do Partido Socialista três cenários possíveis para a Grécia.
No primeiro cenário, a Europa seguiria adiante com os compromissos assumidos em uma reunião de cúpula de 21 de julho, estendendo um novo pacote de ajuda aos gregos, no valor de 109 bilhões de euros, mas incluindo o oferecimento aos credores do país de um programa voluntário de troca da dívida.
No segundo cenário, a Grécia não conseguiria chegar a um acordo com seus credores internacionais nos próximos dias, o que levaria o governo grego a ficar sem dinheiro no meio de outubro e o obrigaria a um default desordenado.
Sem citar fontes, o Ta Nea relata que Venizelos também indicou uma terceira opção para o país, que incluiria uma reestruturação ordenada da dívida grega, mas com os credores enfrentando uma perda de 50%. Tal cenário seria acordado com os credores e permitiria a permanência da Grécia na zona do euro, diz o jornal. O Ta Nea acrescenta que esse cenário parece estar ganhando terreno no restante da Europa.

Deputado afirma que 30% dos colegas da Assembleia de SP vendem emendas
Estadão 22.09.2011 - Ministério Público vai investigar denúncia feita em vídeo por Roque Barbiere (PTB), integrante da base governista.
Denúncia do deputado Roque Barbiere (PTB) sobre maracutaia na Assembleia Legislativa de São Paulo é alvo de investigação do Ministério Público Estadual. Segundo Barbiere, "tem bastante" parlamentar ganhando dinheiro por meio da venda de emendas e fazendo lobby de empreiteiras junto a administrações municipais. "Não é a maioria, mas tem um belo de um grupo que vive e sobrevive e enriquece fazendo isso", afirma.
Ele estima que entre 25% e 30% dos deputados adotam essa rotina. A Assembleia paulista abriga 94 parlamentares. É o maior Legislativo estadual do País. Pelas contas de Barbiere, cerca de 30 pares seus se enquadram no esquema de tráfico de emendas.
O petebista, pelos amigos e eleitores chamado Roquinho, não cita nomes. Sua explicação. "Poderia (citar), mas não vou ser dedo-duro e não vou citar." Dá uma pista. "Mas existe, existe do meu lado, existe vizinho, vejo acontecer. Falo para eles inclusive para parar."
O Estado procurou Barbieri e seus assessores nos últimos dias. Foram deixados recados no gabinete, no escritório político e no celular do deputado. Ninguém respondeu.
Revela-se um conselheiro daqueles que trilham o caminho do desvio. "Aviso que se um dia vier a cassação do mandato deles para não vir me pedir o voto que eu vou votar para cassá-los. Mas não vou dedurar.


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