quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Azul.CA.29.09

Daily News

 
Grupo Camargo Corrêa põe Shopping Jardim Sul à venda
Valor 29.09.2011 - O Shopping Jardim Sul, localizado na zona sul de São Paulo, foi colocado à venda pela Participações Morro Vermelho (PMV), holding que controla o grupo Camargo Corrêa, conforme apurou o Valor. Neste momento, a BR Malls é o grupo mais interessado na aquisição. A Brookfiled e a Multiplan chegaram a buscar informações sobre o negócio, mas já teriam inicialmente descartado a ideia de compra da operação.
De acordo com fontes do setor, o valor de mercado do Jardim Sul varia hoje entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões. Com cerca de 200 lojas e seis lojas âncoras, o empreendimento inaugurado em 1990 é o único shopping controlado pela Camargo Corrêa no país. Ele deixou de ser foco de investimentos prioritários da empresa nos últimos anos. A intenção com a venda é reforçar o caixa e aplicar os recursos em projetos do grupo ligados principalmente às áreas de energia e infra-estrutura, as duas principais "capacidades" do grupo, segundo informa uma fonte próxima ao shopping.
A Camargo Corrêa tem colocado à venda alguns ativos importantes - no fim de 2010, o grupo vendeu à Petros a sua participação na Itaúsa por cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 2,6 bilhões). Ainda no ano passado se desfez da Cnec, a sua empresa de projetos em engenharia, por R$ 170 milhões.
Procuradas, Camargo Corrêa e BR Malls não comentam o assunto. A Brookfield nega que tenha interesse no negócio e a Multiplan não se pronunciou por estar em "período de silêncio". Segundo uma fonte próxima ao shopping, Brookfield e Multiplan acreditam que teriam que investir somas altas no empreendimento para que desse um retorno maior rapidamente. "A possibilidade maior é que o negócio fique com alguém que conheça bem o mercado de São Paulo e consiga fortalecer a operação do Jardim Sul", diz um consultor.
Como pano de fundo dessa movimentação, existe um encarecimento dos grandes centros comerciais nas capitais e essa valorização tem se refletido nas propostas de vendas dos empreendimentos.
Uma negociação recente tem sido um bom termômetro citado pelo mercado. Em agosto, a australiana Westfield Shopping Center anunciou a compra de 50% da brasileira Almeida Junior, empresa que controla quatro shopping centers no sul do país. Pagou US$ 464 milhões por metade da brasileira, montante considerado alto por analistas do setor. A Almeida Junior tem 55% do mercado de shoppings em Santa Catarina (em área bruta locável).
Com foco maior nas classes B e C, o shopping Jardim Sul passou anos atrás por um programa de revitalização, com reforma da fachada, e decidiu fazer um reposicionamento de seu conjunto de lojas com a substituição de mais de 50% dos pontos. Foi o investimento de peso mais recente. Segundo os últimos rankings da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o Jardim Sul está entre os 60 maiores centros de compras do país - o maior é o Aricanduva, na zona norte de São Paulo. O setor de shoppings no país cresceu 17% no ano passado.

União quer mudar licenciamento de rodovias
Valor 29.09.2011 - Jorge Fraxe, novo diretor-geral do Dnit, que anota todos os despachos com sua equipe com cópia em papel-carbono.
O governo analisa uma mudança no processo de licenciamento ambiental com o propósito de destravar as obras das rodovias federais, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Pelas regras atuais, o Dnit tem de aguardar a anuência de cinco órgãos socioambientais para, só então, iniciar as obras, uma peregrinação que, em alguns casos, chega a levar anos para ser concluída.
Pela nova proposta, esse processo de licenciamento deixa de ser gerenciado pelo Dnit e passa a ser administrado por um único ministério, no caso, o dos Transportes. A ideia é encampada pelo novo diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, que concedeu ao Valor a primeira entrevista exclusiva desde que assumiu o comando da autarquia, há três semanas.
"O governo está refletindo sobre essa questão das condicionantes de obras, já há um estudo sobre como otimizar a execução. Estamos oferecendo ideias, proposições ao ministro dos Transportes, para que ele se articule no primeiro escalão do governo e busque a melhor maneira de otimizar os recursos", diz Fraxe. "Nossa ideia é ter todos os componentes ambientais em um único lugar, deixando o Dnit livre para cuidar só de engenharia."
Pelo modelo atual, uma obra rodoviária tem que passar pela Fundação Cultural Palmares, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Fundação Nacional do Índio (Funai), para só então chegar ao Ibama. "Precisamos rever isso. O cofre que paga o componente indígena é o mesmo cofre que paga o estudo da fauna e da flora, além da rodovia e da ferrovia. O Dnit é a casa dos engenheiros, mas daqueles especializados em rodovia, ferrovia e hidrovia", diz Fraxe.
As mudanças anunciadas no Ministério dos Transportes, pelo ministro Paulo Passos, incluíram a promessa de que, de agora em diante, todas as obras do Dnit só seriam licitadas com a realização de projeto executivo, um estudo detalhado que aponta com mais precisão os gastos da obra. Fraxe admite, no entanto, que essa exigência só ocorrerá nos casos considerados "mais complexos".
"A proposta do ministro é que, preferencialmente, sejam realizados projetos executivos. Mas sabemos que cada caso é um caso. Tem obra simples com projeto básico tão bom, que dá para contratar e, no decorrer da obra, finalizar o projeto executivo", afirma Fraxe.
Segundo o general, o Dnit está com 700 contratos de obras de conservação e manutenção rodoviária em andamento, além de outros 400 contratos de novos empreendimentos. Nas próximas semanas, diz Fraxe, a ordem é acelerar a execução de projetos que possam ter sido prejudicados pela paralisação ocorrida em julho, quando a crise foi detonada e a presidente Dilma Rousseff ordenou o congelamento das obras.
"A modelagem que vamos usar para acompanhar de maneira efetiva esses empreendimentos é a descentralização. Vamos usar delegação de competência o máximo possível", afirma Fraxe. "Será dada mais autonomia para as superintendências, para que o Dnit saia do gabinete e vá para as obras. Obra se acompanha na obra, não dentro de gabinete."
Para monitorar os projetos, o Dnit passará a contar com um "escritório de gerenciamento de projeto". Essa nova estrutura, segundo Fraxe, vai funcionar como um centro de operações de engenharia, com informações diárias sobre a evolução de cada obra e seu indicador de desempenho. "Já levantei a situação de todas as superintendências do Dnit. Temos um fórum de desempenho dessas regionais. Cada superintendente comparece e presta conta dos empreendimentos de sua responsabilidade."
Em relação às dezenas de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), Fraxe diz apenas que o Dnit tem colaborado para agilizar a liberação dos projetos. O levantamento feito pelos auditores da CGU, divulgado no início do mês, apontou 66 irregularidades em 17 processos de licitações e contratos do Dnit e da Valec, irregularidades que podem gerar prejuízo de até R$ 682 milhões.
Oficial há 35 anos, Fraxe procura afastar a ideia de que esteja "militarizando" o Dnit. O reflexo disso, afirma, é a própria redução que prepara para as obras que são repassadas pela autarquia à divisão de engenharia do Exército.
"Assim que o Exército concluir os trabalhos que já assumiu, teremos outro tipo de missão. Vamos buscar trabalhos permanentes de conservação e manutenção em áreas mais carentes e distantes dos eixos mais desenvolvidos do país. Será só a quantidade mínima e necessária para adestrar (treinar) as tropas", explica Fraxe, que garante não se incomodar com a ideia de continuar a ser tratado como "general".
Até o primeiro trimestre deste ano, os militares tocavam obras em oito aeroportos da Infraero, projetos que somavam investimentos de R$ 169,3 milhões. Com o Dnit, havia 12 contratos em andamento, projetos que somavam R$ 1,1 bilhão. Além disso, o Exército estava à frente de lotes de obras na transposição do rio São Francisco, com contratos que somavam cerca de R$ 300 milhões.
Se o Dnit foi ou não militarizado, o fato é que, ao menos na rotina da diretoria, as coisas têm sido controladas com rédea curta. No entra-e-sai de seu gabinete, Fraxe exercita uma mania de anotar tudo o que pede em duas folhas de papel sulfite, com papel-carbono. Uma cópia do que foi dito e combinado durante a conversa fica com ele. "É para lembrar das coisas. E cobrar mais tarde", explica o coronel Gilvan Macedo, empossado nesta semana como chefe de gabinete do Dnit.

Aeroporto de Campinas terá concessão de até 40 anos
Estadão 29.09.2011 - Guarulhos, o mais lucrativo, terá o menor prazo de concessão, provavelmente 20 anos, mas Viracopor pode chegar a ter até 40 anos de concessão; Brasília terá prazo intermediário
O leilão de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília será regulado por três editais diferentes, com prazos diferenciados conforme a rentabilidade. Guarulhos, o mais lucrativo, terá o menor prazo de concessão, provavelmente 20 anos.
Viracopos, em Campinas, por outro lado, terá o maior prazo de concessão, de até 40 anos. A justificativa é que o aeroporto precisa de muitos investimentos e o retorno vai demorar mais. Brasília, o menos rentável, terá prazo intermediário. Apesar de ser importante hub para conexões de voos no País, Brasília tem baixa rentabilidade porque as taxas de embarque são cobradas nos aeroportos de origem dos voos.
Essas são algumas linhas básicas da modelagem da concessão dos aeroportos, em fase de discussão final do governo. Preocupada com os prazos, a presidente Dilma Rousseff quer que os editais lhe sejam entregues até sexta-feira. A formatação final será dada após sua aprovação. A ideia é definir a regra geral da modelagem com publicação dos editais, no máximo semana que vem, para que comece a contagem dos 30 dias para consulta pública.
O leilão, marcado para 22 de dezembro, seguirá o modelo de outorga, ou seja, vencerá o leilão o interessado que oferecer maior pagamento ao governo.
Alguns pontos em aberto ainda serão decididos por ela, que fez questão de participar das discussões de cada passo do projeto. Uma dúvida é o prazo de concessão de Guarulhos. Isso deverá ser discutido amanhã.

Longa vida receberá investimentos de mais de R$ 1 bi
Valor 29.09.2011 - Motivado pelo crescimento da renda das famílias brasileiras, as indústrias de leite longa vida devem realizar o maior investimento da história do setor em 2011: mais de R$ 1 bilhão entre ampliações e construção de novas plantas. Essa é a estimativa do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Laércio Barbosa. "Não temos os números dos outros anos, mas pela nossa experiência é o maior investimento da história", afirmou.
Segundo ele, as vendas de leite longa vida, que representa 76% do total de leite fluido consumido no país, devem crescer 4% neste ano, para 5,7 bilhões de litros.
Apesar dos resultados positivos, com vendas em alta e investimentos em patamares históricos, o setor não consegue acompanhar o crescimento forte do consumo no país, intensificando as importações de lácteos. "Nossa produção não acompanhou o crescimento da demanda", reconhece Barbosa, para quem o déficit da balança de lácteos também será recorde neste ano, chegando a US$ 600 milhões. Entre janeiro e agosto de 2011, disse ele, o setor já acumulou déficit de US$ 300 milhões.
Ainda que as importações sejam estimuladas pela demanda nacional, Barbosa responsabiliza o câmbio apreciado por parte do déficit da cadeia de lácteos. Segundo ele, o leite produzido no Brasil custa US$, 0,60 por litro, enquanto em países como Argentina, Uruguai e Nova Zelândia o custo é de US$ 0,40 por litro. Na visão do dirigente, um dólar na casa de R$ 1,50 "não é um valor real para o câmbio brasileiro" e a recente desvalorização da moeda nacional é "extremamente benéfica".
Em meio à demanda firme, os preços do leite devem continuar em alta. Para o economista Alexandre Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Agro, o produto nacional sofrerá pressões altistas por conta do clima seco que prejudica a produção em Goiás, Mato Grosso e no norte do país.
Na opinião do economista, os produtores de leite no país serão "fortemente desafiados pela concorrência com os grãos e a cana-de-açúcar", cuja área plantada deve crescer. "Tem muita gente dizendo que Goiás vai diminuir sua produção de leite".

Em negociação, entrada de novo sócio
Valor 29.09.2011 - A abertura da empresa PLE TCI Engenharia é anunciada no momento em que a TCI BPO negocia a entrada de um novo sócio. Nesta semana, a empresa realizou uma série de reuniões com representantes de fundos de investimento.
Os investidores terão um mês para apresentar propostas. A previsão é fechar o acordo com um "grande fundo de investimento" em novembro. O novo sócio terá participação acionária de, no máximo, 15%, diz Fábio Fischer, vice-presidente do conselho de administração da TCI BPO. A estratégia faz parte dos planos da companhia de abrir o capital até 2014.
Em setembro, a TCI BPO fez uma captação de R$ 99 milhões com os bancos Credit Suisse, Banco Espírito Santo de Investimento e Itaú BBA, com a emissão de R$ 66 milhões em debêntures e R$ 33 milhões em notas promissórias. As debêntures têm prazo de cinco anos e não são conversíveis em ações. Os recursos serão usados para pagar dívidas de curto prazo, investir em projetos e fazer aquisições.
Com 4 mil funcionários e 400 clientes ativos, a TCI BPO encerrou 2010 com receita de R$ 224 milhões e projeta crescimento de 34% neste ano, para R$ 300 milhões.

BMG e Icatu Seguros se unem para criar a BMG Seguradora
Exame 28.09.2011 - A empresa vai atuar em apólices para pessoas, como vida e acidentes. Banco BMG: instituição será a base para vender as apólices da nova seguradora.
O Grupo BMG e a Icatu Seguros anunciaram, nesta quarta-feira, uma associação para criar a BMG Seguradora. Segundo comunicado, a nova seguradora vai vender suas apólices por meio dos canais do BMG, como o Banco BMG.
De acordo com o site do banco, a instituição possui 3.098 pontos de venda, 1.044 correspondentes bancários e cerca de 30.000 agentes. Na nota, o BMG afirma que os primeiros produtos a ser vendidos pela parceria são as apólices para pessoa física, como seguro de vida e de acidentes pessoais.
A Icatu Seguros continuará atuando, de modo independente, nos ramos de seguro de vida, previdência, capitaliza e administração de recursos, entre outros. A parceria ainda precisa ser aprovada pelos órgãos de fiscalização do mercado.

Sony Brasil avança 65% e aportará R$ 40 mi em mídia no País
DCI 29.09.2011 - Nem o receio da desaceleração das vendas por parte do comércio varejista é capaz de, ao menos por enquanto, reduzir os planos ousados de empresas especializadas em produtos eletrônicos, como câmeras digitais, filmadoras, notebooks ou tablets. Tanto que a Sony Brasil mantém a meta de fechar o ano com cerca de R$ 40 milhões de investimentos em mídia, valor considerado 60% superior ao aplicado no ano passado, depois de comemorar incremento de 65% das vendas no País, ante as de 2010. A perspectiva é dominar o setor nas classes C e D, entre os que vão adquirir a primeira câmera digital, e depois explorar o interesse do consumidor em produtos de maior valor agregado, com funções diferenciadas e, claro, mais caros, afirma Thiago Onorato, gerente de produtos de Digital Image na Sony Brasil.

Tecnologia a serviço do cliente é alvo dos bancos
Murilo Portugal, da Febraban: agências tendem a se transformar em centros para orientar cliente e gerar negócios.
Conveniência e relacionamento marcarão o banco do futuro. As instituições entenderão melhor o cliente, a partir de dados internos ou captados em ambientes como redes sociais, para fornecer produtos e serviços mais adequados por meio de canais integrados e disponíveis ininterruptamente. Os equipamentos móveis ganham destaque e tendem a ter maior relevância com a adoção, pelos bancos, do modelo de operadora móvel virtual (MVNO). Mas o ambiente digital não substituirá o mundo físico.
Ao contrário do previsto alguns anos atrás, as agências não desaparecerão, mas serão confortáveis, com tecnologia abundante para inspirar e educar o cliente para o uso do auto serviço, com equipe a postos para consultas e negócios. Para Luiz Rodrigo Silva, sócio diretor da Accenture, o banco do futuro será regido por sustentabilidade, simplificação, personalização, presença constante e renovação. "O banco se adapta para atender o cliente que nunca vai à agência e elas ficam mais clean e sofisticadas, com painéis interativos e áreas diferenciadas de acordo com a necessidade de cada usuário", diz.
O Citibank incorporou esses conceitos no projeto Smart Banking, criado no Japão, que deve chegar ao Brasil a partir do próximo ano. Para atrair clientes refratários aos processos tradicionais, o banco priorizou valores como conveniência, facilidade, relevância e relacionamento pessoal e criou um ecossistema que inclui internet, aparelhos móveis, terminais de atendimento eletrônico (ATMs), quiosques, atendimento telefônico e por vídeo, mini agências em shoppings e aeroportos e agências equipadas com painéis interativos e equipe consultiva. "A filosofia é atrair, engajar e conectar parte da interação de todos os pontos de contato e chegar ao suporte de relacionamento", explica Luiz Coimbra, superintendente de canais remotos.
De acordo com Murilo Portugal, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na medida em que os meios eletrônicos prevalecerem no futuro, as agências tendem a se transformar em centros de orientação ao cliente e geração de negócios, reduzindo a execução de transações. "O contato pessoal é sua vocação. Tirando processos que requerem a presença do cliente, como abertura de conta, todo o relacionamento com os bancos já pode ser feito de maneira eletrônica", observa. Segundo ele, a tecnologia colabora para colocar o cliente no centro dos negócios, respeitar suas preferências e customizar ofertas, promovendo a acessibilidade às instituições em qualquer momento e local com apoio dos múltiplos canais.
Para Paulo Lessa, vice-presidente de vendas da CPM Braxis Capgemini, as transações corriqueiras, principalmente para correntistas de baixa renda ou usuários sem contas-correntes, migrarão para canais como correspondentes bancários e celulares. A agência tradicional se voltará a negócios e consultoria, como investimentos, enquanto o internet banking migrará para o ambiente móvel e as ATMs tendem a se transformar em totens de auto serviço na medida em que o papel moeda for substituído pela moeda virtual. "Se hoje é inconcebível a um banco não ter transações por internet, em dois ou três anos ocorrerá o mesmo com a tecnologia móvel", prevê.
Pesquisa mundial realizada pela Capgemini mostra que o Brasil é o mercado mais maduro dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China),no que diz respeito a meios de pagamentos, especialmente em função do crescimento dos cartões. Segundo Lessa, o cartão deixará de ser de plástico, podendo ser incorporado ao mobile payment.
Como aposta em mobilidade, o Banco do Brasil manifestou interesse à Anatel pelo modelo de operadora móvel virtual (MVNO), ao lado de Itaú, Bradesco e Santander. "O conceito interessa para a estratégia de canais do banco. Mas precisamos ter bases mais completas de custos", diz Hideraldo Dwight Leitão, gerente geral da unidade gestão de canais. Mas a estratégia só faz sentido com a integração do consumo de telefonia celular às transações bancárias.

CSU atualiza certificação para pagamentos com cartões
Brasil Econômico 28.09.2011- A CSU investiu R$ 3 milhões para oferecer a certificação de PCI.
A CSU CardSystem obteve a certificação internacional para o Padrão de Segurança para a Indústria de Cartões de Pagamentos (PCI) versão 2.0.
A certificação é garantia de elevados padrões de segurança utilizados no processamento de meios de pagamento, atendendo às exigências mundiais das bandeiras.
A companhia obteve a primeira certificação em setembro do ano passado na versão PCI 1.2. Em seu processo de re-certificação, a CSU optou por adotar a versão mais atual do programa, PCI 2.0.
O novo padrão traz mais transparência no processamento e tem como principal benefício uma análise de riscos ainda mais apurada que a versão anterior.
O processo de adaptação e aprimoramento da infraestrutura demandou investimentos de R$ 3 milhões na primeira certificação, o que foi preservado com a re-certificação.
O padrão PCI DSS foi criado em 2004, resultado da união de programas já desenvolvidos por Visa e Mastercard com o objetivo de reduzir o número de fraudes e garantir maior segurança para os usuários.

Netshoes vai à Argentina e ao México
Valor 29.09.2011 - Bueno, diretor da Netshoes: "Queremos ser vistos como uma empresa de argentinos vendendo para argentinos".
A Netshoes, loja virtual especializada em artigos esportivos, desembarca segunda-feira na Argentina. É o primeiro passo da internacionalização da empresa, que, conforme apurou o Valor, também já planeja sua chegada ao segundo mercado de compras on-line da América Latina depois do Brasil, o México. Na Argentina, o objetivo é dobrar a operação em um ano e futuramente ser o terceiro maior comércio eletrônico do país e o número um na área de esportes. O investimento inicial na operação é de R$ 17 milhões.
Enquanto expande a operação a outros mercados, a companhia mantém o crescimento no Brasil, onde faturou quase R$ 400 milhões em 2010, segundo estimativas do mercado. Em agosto, a Netshoes alcançou o posto de site mais acessado do comércio eletrônico brasileiro, com 5,8 milhões de visitantes únicos. A empresa ultrapassou a Americanas.com e o Submarino, que registraram em torno de 5,4 milhões de visitantes únicos cada um, segundo a consultoria ComScore. Desde 2010, a empresa figurava entre as três com maior audiência, mas estava atrás das duas varejistas da B2W.
Além da proximidade, a Argentina foi escolhida para a largada da empresa no exterior porque a Netshoes enxergou no país uma oportunidade de negócio baseada numa realidade semelhante à brasileira. "Lá, como em outros países de industrialização tardia, os recursos ficaram em poucos lugares", diz Roni Bueno, diretor de marketing do grupo. "As grandes cidades têm tudo o que as pessoas precisam, como São Paulo, mas são lugares caóticos, enquanto cidades menores não têm muitas coisas".
Esse cenário torna-se conveniente para o comércio eletrônico, que leva uma gama cada vez maior de produtos às cidades pequenas e médias e, ao mesmo tempo, oferece ao morador dos grandes centros urbanos a comodidade de comprar sem precisar enfrentar trânsito e grandes deslocamentos. O estudo de mercado feito pela Netshoes identificou carência de oferta em cidades como Córdoba, La Plata, Mendoza e Rosario, de alto poder aquisitivo, mas sem os recursos disponíveis em Buenos Aires.
O percentual de internautas entre os argentinos (32%) é maior do que no Brasil (21%), mas a Argentina não vive o boom registrado pelo varejo on-line no mercado brasileiro. A Netshoes considera-se a maior operação de artigos esportivos na web da América Latina. O grupo opera, por exemplo, as vendas na web de sete times brasileiros de futebol e administra os sites das marcas Havaianas e Topper, da Alpargatas, e as categorias de tênis e futebol da Americanas.com.
A empresa teve dificuldade em encontrar profissionais nativos com experiência no segmento e precisou treinar os executivos no Brasil. Todos os diretores são argentinos. "Queremos ser vistos como uma empresa de argentinos vendendo para argentinos", diz Bueno. No começo serão 75 pessoas, e 30 delas ficarão no Brasil.
Uma central de atendimento própria e um centro de distribuição de 1,6 mil m² funcionam na grande Buenos Aires. O site será aberto com 2 mil itens, incluindo produtos não vendidos no Brasil, como artigos de ski. "Também estamos estudando o mercado para saber de quais produtos os argentinos sentem falta".

Zelo vai abrir 12 lojas até 2013
Valor 29.09.2011 - Varejista de cama, mesa e banho, que tem 44 lojas no país, faturou R$ 320 milhões em 2010 e prevê crescer 20% este ano.
Quase meio século depois da abertura da primeira loja, no Brás, centro de São Paulo, a Zelo, rede de roupa para cama, mesa e banho, vai chegar ao sétimo Estado, o Mato Grosso do Sul. Até o fim deste ano a rede vai inaugurar quatro lojas pelo país: em Campo Grande (MS), São Caetano (SP), São Paulo e Salvador (BA). A chegada a esse novo Estado faz parte do plano de expansão da Zelo que, até 2013, projeta a abertura de 12 novos pontos de venda.
Sete novas lojas estão "assinadas" (com local e contrato fechados) para 2012: em Londrina (PR); Uberlândia e Betim (MG); Campinas, Jundiaí e Santo André (SP) e na capital paulista, no Shopping Metrô Tucuruvi. Em 2013 será a vez de Sorocaba, interior de São Paulo. Todas as unidades serão abertas em shoppings.
Neste mês, a Zelo abriu duas unidades em shopping centers: uma no dia 6, em São João do Meriti (RJ), e outra nesta semana no Campo Limpo, zona sul da capital paulista).
Fundada em 1962 por Anis Razuk, hoje com 89 anos, a empresa tem o patriarca da família como presidente e o caçula de cinco filhos, Mauro Razuk, como diretor. Dois outros filhos fazem parte do comando da empresa, Fernando e Horácio. Sem contar com sócios de fora da família e nem com aporte de capital de fundos de investimentos, os Razuk comandam a operação da rede, que hoje tem 44 lojas em cinco Estados mais o Distrito Federal e faturou R$ 320 milhões em 2010. A previsão é crescer 20% em 2011.
Fora o ponto comercial, abrir uma loja Zelo não sai por menos que R$ 600 mil, conta o diretor Mauro Razuk. O valor varia de acordo com o lugar: "Em alguns shoppings novos nem pagamos o ponto comercial, pois chegamos como semiâncoras", diz ele, referindo-se àquelas lojas que puxam público para o centro comercial.
No fim dos anos 80 a rede abriu a primeira unidade em shopping, no Paulista, em São Paulo, e passou a focar nesse nicho. Nos anos 90, a empresa fechou quatro de seus cinco pontos em rua e abriu unidades apenas em centros comerciais.
"O comércio de rua caminhou para shopping por questões de segurança, horário estendido e conforto. Mudamos o mix de produtos, o layout das lojas e estilo de atendimento. Nós nos transformamos em uma rede de shopping", afirma Razuk.
Apesar disso, a loja do Brás (uma das duas que estão nas ruas; a outra é na região dos Jardins, na mesma cidade, e foi aberta em 2006) é a que mais vende, seguida pelo site. A loja virtual foi inaugurada há mais de dez anos e representa entre 7% e 8% do faturamento.
"A unidade do Brás é muito antiga. O cliente é fiel e sabe o que vai encontrar", diz o executivo. "Já a internet é um facilitador. Tem gente que prefere não se deslocar e não carregar sacolas."
No fim da década de 90, a empresa foi, pela primeira vez, para fora do Estado, no Paraná. Em 2007 a Zelo chegou Rio de Janeiro, em 2008, a Brasília e em 2010 a Minas Gerais e Bahia.
A alta da inflação no país e a crise internacional preocupam o diretor, mas Razuk diz que a meta de crescimento está mantida - se a situação piorar, a Zelo vai fazer promoções para impulsionar as vendas. Ele diz que a empresa não tem problemas de inadimplência porque parou de aceitar cheques em 2004.
A Zelo tem foco nas classes A, B e C. Não perder o consumidor que gasta mais é um desafio, afirma o diretor, e por isso a rede investe em alguns produtos com alto valor agregado. É o caso do lençol de mil fios, que custa por volta de R$ 700. Outro exemplo é a parceria com o estilista Alexandre Hercovitch, firmada em 2003 - a linha virou um dos carros-chefes da empresa.
"O consumidor tem ido para fora comprar enxoval. O cliente vê os preços na internet e compara, e isso hoje é um fator de diferente de competição. Temos que aprender a trabalhar com essa concorrência externa."

Ternium terá incentivos fiscais para erguer usina no RJ
Estadão 28.08.2011 - A Ternium, produtora de aços planos e longos, acertou com o governo do Estado do Rio de Janeiro um pacote de incentivos fiscais para a instalação de sua usina siderúrgica no norte fluminense. O valor líquido deve atingir meio bilhão de dólares, segundo informações de uma fonte que acompanha a negociação. Anunciada em setembro de 2010, a unidade, que será erguida no Complexo Industrial do Porto do Açu, terá capacidade para produzir 5,6 milhões de toneladas de aço bruto por ano e tem investimentos previstos de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões.
Com cerca de 60 engenheiros trabalhando em um escritório no centro do Rio, no mesmo prédio onde está a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, a Ternium já investiu aproximadamente US$ 100 milhões apenas em procedimentos prévios ao início das obras no Açu. A empresa tem contrato com a LLX, do grupo EBX, de Eike Batista, para importar carvão e embarcar aço pelo porto do Açu, no município de São João da Barra, no norte fluminense.
O secretário de Desenvolvimento do Rio, Julio Bueno, não confirmou o valor das isenções tributárias e disse que os incentivos ainda precisam ser aprovados pela Assembleia Legislativa do Estado. Segundo ele, o pacote será nos mesmos moldes do concedido à Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), inaugurada no ano passado. Como no caso da usina da ThyssenKrupp e da Vale, a ideia do governo é zerar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Taxar investimento não é algo inteligente", disse Bueno.
Em outra frente, a companhia, controlada pelo conglomerado argentino Techint, está em negociações avançadas com a Anglo American para fornecimento de minério de ferro, eliminando um dos entraves que ainda impediam o projeto de avançar. As empresas devem assinar em breve um contrato que prevê o fornecimento anual de 7,8 milhões de toneladas de pellet feed (minério concentrado) para os altos fornos da Ternium.
Procurada, a Anglo American diz que o contrato ainda não foi firmado, mas informa que "estabeleceu um marco importante no processo de negociação para fornecimento de minério para a Ternium, com a confirmação da disponibilidade dos volumes requeridos para a implantação do complexo siderúrgico no Porto do Açu".
A Ternium obteve nesta semana a licença prévia (LP) para o empreendimento. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deve tornar oficial a decisão dentro de alguns dias. Cumprida a expectativa de receber a licença de instalação até o fim do ano, as obras devem começar no início de 2012, disse Bueno. "Com isso, a companhia já pode fazer a compra de equipamentos, primeiro para a parte de pelotização e depois para a siderúrgica propriamente dita".

Steinbruch entrega a Deus negociações com Usiminas, diz jornal
Exame 28.09.2011 - Presidente da CSN voltou a falar que mantém interesse em aumentar participação na Usiminas. Benjamin Steinbruch: executivo entrega a Deus negociações com Usiminas. Até Deus está sendo invocado a fazer parte das negociações entre a CSN e Usiminas. Benjamin Steinbruch, presidente da siderúrgica, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo, desta quarta-feira, que está fazendo sua parte nas negociações, mas se dará certo ou não, só Deus sabe. A verdade é que o executivo vem caindo em constantes contradições. Na última segunda-feira, Steinbruch negou que estivesse negociando uma participação maior na concorrente. Mas, desde o início do mês, quando veio à tona a informação de que a CSN queria comprar 27% das ações ordinárias da Usiminas, a notícia já foi confirmada e desmentida diversas vezes.
Para conseguir aumentar sua participação na mineradora, no entanto, a CSN precisaria driblar a Nippon Steel, que detém 27,8% das ações e já sinalizou que não faz nenhuma questão que Steinbruch tenha participação relevante nos negócios da mineradora.
A japonesa, segundo rumores de mercado, estaria disposta a comprar a participação da Votorantim e Camargo Corrêa a fim de impedir que o negócio seja fechado com a CSN, e depois repassar as ações para a Gerdau.
A CSN atualmente detém pouco mais de 11% das ações ordinárias da Usiminas. Streinbruch nunca escondeu o interesse na mineradora e chegou afirmar certa vez a EXAME.com, que a companhia tem potencial, mas vive um mau momento.

Metal deficitário
Folha 29.09.2011 - O setor de cobre registrou deficit de US$ 335,9 milhões nos primeiros sete meses de 2011, segundo levantamento do Sindicel. O volume é 71% maior que no mesmo período do ano passado.
As exportações fecharam os sete primeiros meses com US$ 379,9 milhões, um incremento de 25,2% ante o mesmo período de 2010.

Vale já avalia duplicação de Moatize
Valor 29.09.2011 - Estoque e movimentação de carvão mineral ao lado mina, pronto para transporte em trens até o porto de Beira.
Os dias são de expectativa em Moçambique. O primeiro navio carregado com carvão retirado pela Vale da mina de Moatize seguiu para Dubai há duas semanas e outro está prestes a atracar no porto de Beira para mais um carregamento. Enquanto segue a contagem regressiva para o fim do trabalho de implantação da primeira fase do projeto, em outubro, a duplicação da capacidade, de 11 milhões de toneladas ao ano para 22 milhões de toneladas, é assunto cada vez mais presente e sua aprovação é aguardada para breve. Em outras partes do país, funcionários da empresa brasileira analisam a viabilidade de novos projetos bilionários, com investimentos em outras minas de carvão, fosfato e níquel, além de uma termelétrica e de um novo corredor de exportação.
A Vale é a empresa que mais tem investido em Moçambique e homens e mulheres com seu uniforme verde circulam por todos os cantos do país. Em Tete, cidade próxima da mina cuja concessão ela recebeu em 2007, a presença de trabalhadores locais e de outros países, contratados ou prestadores de serviços, mudou a rotina dos moradores. Carros novos estão nas ruas, os locais de hospedagem vivem lotados e a construção civil avança com condomínios de casas e hotéis, um deles de frente para o rio Zambeze, próximo da ponte Samora Machel, que liga Moçambique a Zâmbia, Malawi e outros países. Um supermercado batizado com o nome VIP foi inaugurado em abril e, antes dele, um dos locais mais tradicionais de compra era o mercado 1º de maio, formado por barracas. O aumento na demanda resultou em reajustes em aluguéis e outros produtos. "Até a água está mais cara", diz um morador.
O município possui aproximadamente 170 mil habitantes. No pico da etapa de implantação da mina de carvão metalúrgico e térmico, em julho, 8,9 mil pessoas, trabalhavam para colocar Moatize em operação, número que está diminuindo com o avanço das obras (hoje são cerca de 6 mil). Mas, em visita recente ao país, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, garantiu que a ampliação (chamada de Moatize II) já é uma realidade, embora ainda dependa de aprovação do conselho de administração. "Estamos otimistas", diz o diretor da Vale Moçambique, Galib Chaim, que trabalha no país desde 2005. Ele não revela detalhes dos estudos em andamento em cinco diferentes regiões, mas confirma o interesse em outros produtos e a possibilidade de investir na geração de energia para garantir o suprimento de futuros empreendimentos.
Enquanto se adaptam aos hábitos locais, representantes da Vale buscam fornecedores para Moçambique. Em agosto, em evento organizado em São Paulo pela Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique (CCIABM) para divulgar oportunidades de negócios no país, três representantes da empresa chamaram empresários para investir em diversas áreas, que vão de comida a segmentos como segurança e automação. "Nossa necessidade de consumo é grande", comentou Fábio Feijó, gerente de suprimentos. Na implantação da mina, o investimento vai somar US$ 1,7 bilhão e mais cerca de US$ 3,3 bilhões devem ser gastos na operação da unidade nos próximos quatro anos, fora os novos projetos.
A possibilidade de fornecer para a Vale não é o único atrativo que tem sido apresentado em palestras. Depois de um período de guerra civil que acabou em 1992, o país de 22 milhões de habitantes tem experimentado crescimento na economia (6,2% em 2010 e tem meta de 7,5% neste ano), embora ainda tenha de lutar contra a pobreza e outros problemas (o analfabetismo está em 44% e a expectativa de vida é de cerca de 40 anos).
"Moçambique é a bola da vez", afirma Rodrigo Coelho de Oliveira, diretor executivo da CCIABM, que está organizando uma viagem de apresentação a interessados, em novembro. "Estamos a meio caminho do Oriente Médio", destaca Murade Murargy, embaixador de Moçambique no Brasil.
Paulo Horta, diretor de operações em Moatize, precisou contratar pessoas de fora para a implantação da unidade, pela falta de tradição do país em mineração. Segundo ele, 60% das pessoas da operação, com idades entre 18 e 22 anos, estão vivendo a experiência do primeiro emprego. Embora haja reclamação em relação ao salário pago aos expatriados e aos empregados locais, mais baixo, o executivo garante que a companhia oferece valor competitivo. A empresa já teve de enfrentar, no ano passado, greve de construtores por causa de demissões. Ele não revela a média de salários, mas o mínimo estabelecido pelo país para a atividade é o equivalente a US$ 100 (a moeda local é o metical).
Fora o atraso de três meses na conclusão do terminal de carvão do porto de Beira, no Oceano Índico, ele diz que o cronograma está em dia. Por enquanto, estão sendo feitas duas viagens de trem por dia, cada uma com 2,5 mil toneladas, num trajeto de 600 quilômetros, na Linha do Sena. A ferrovia de Tete para Beira já existia, mas precisou passar por reformas e o trem verde e amarelo da Vale chama a atenção por onde passa.
"Mineração é um processo de longo prazo", afirma Horta, que chegou em 2009 e sente falta de três coisas: cachaça mineira, queijo canastra e doce de leite com mamão. Segundo ele, doenças como malária e Aids não atrapalham o andamento dos trabalhos. "O nível de absenteísmo é menor que em projetos semelhantes no Brasil", diz. De acordo com o executivo, o absenteísmo médico é 0,7% na unidade moçambicana e, no Brasil, beira 3%.
Horta conta que há dois condomínios de casas em construção em Tete, com 50 casas cada, e a Vale negociou contratos de aluguel de cinco anos. Para regular o mercado imobiliário, a empresa também está construindo 280 casas. Os brasileiros que são chamados para trabalhar em Moçambique recebem incentivos e melhorias no salário. "Mas sempre digo que, se for só para ganhar dinheiro, não vem, não", comenta o diretor. "A remuneração é interessante, mas a intenção é construir um projeto que faça diferença."
Odebrecht e a Camargo Corrêa estão em Tete, como contratadas da Vale, na execução das obras em Moatize. O inspetor de qualidade André Sousa, da Odebrecht, que está no país há um ano e oito meses, gostou da experiência e não descarta a possibilidade de trabalhar em outros países. Questionado sobre a principal diferença em relação ao Brasil, ele cita: "nunca vi bebê chorando". De fato, mulheres carregam crianças amarradas às costas, algumas delas magras, mas em silêncio.
Mas há outras diferenças, algumas delas curiosas. Café da manhã é chamado de mata bicho. Ratazana é um prato apreciado por muitos. E as capulanas, tecidos coloridos amarrados e usados como saias pelas moçambicanas, precisam cobrir os joelhos. Além disso, a luz é pré-paga. A pessoa compra um cartão e usa até acabar o valor adquirido.

Russos pagam US$ 1 bi por fatia em blocos da HRT
Brasil Econômico 28.09.2011 - HRT detém participação em 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões.
Segundo o presidente da unidade da TNK-BP na Venezuela, transação vai se completar em duas a três semanas.
A TNK-BP, terceira maior produtora de petróleo da Rússia, pagou cerca de US$ 1 bilhão por fatia em blocos da HRT Participações na Amazônia.
A informação é do presidente da unidade da TNK-BP na Venezuela, Sergey Funygin.
A transação vai se completar em duas a três semanas e a HRT será a operadora dos blocos, disse Funygi nesta quarta-feira (28/9) em uma conferência sobre petróleo em Puerto la Cruz, na Venezuela.
O negócio dará à TNK-BP 45% de participação em blocos de exploração na Bacia de Solimões, onde a HRT recentemente encontrou sinais de petróleo, disse ele.
Na semana passada, as empresas assinaram um contrato definitivo para completar o acordo, disse Funygin.
A TNK-BP está procurando por oportunidades na África, no Oriente Médio e na América Latina para diversificar operações.
A companhia está olhando também para outras oportunidades no Brasil, disse Funygin, sem especificar. O Brasil espera mais que dobrar sua produção de petróleo nos próximos 10 anos com o pré- sal.
A TNK-BP está comprando a fatia da Petra Energia SA, sócia original da HRT nos blocos, por meio de um arranjo a partir do direito que a HRT tem de comprar a participação da Petra.
A HRT não ligou após dois telefonemas para seu escritório no Rio de Janeiro hoje a procura de comentários sobre o negócio com a HRT.

Sem 'superelétrica', Previ escolhe CPFL
Valor 29.09.2011 - Rede de energia da Elektro, empresa que pode ser usada como moeda de troca para viabilizar a operação.
Depois do fracasso no sonho de criar uma superelétrica unindo Neoenergia e CPFL, a Previ optou por sair do controle de uma delas, transferindo o comando da Neoenergia para o grupo espanhol Iberdrola. Outro motivo que levou o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil a abrir mão do controle da elétrica que tem operações no Nordeste foi a necessidade de se enquadrar no limite de investimentos de renda variável fixado pela Previc. Agora, tudo indica que a fundação vai voltar seus esforços no setor elétrico para reforçar o caixa da CPFL, o grande ativo que lhe resta. A Previ continuará com uma participação de pelo menos 20% na Neoenergia.
A engenharia da operação, que está em fase de negociação, pode envolver também uma troca de ativos entre Previ e Iberdrola, uma vez que o grupo espanhol poderia não dispor de capital suficiente para arcar com um desembolso que poderia chegar a quase R$ 6 bilhões, com a compra de uma participação entre 21% e 26% dos 29% que a Previ estaria vendendo da Neoenergia (cujo valor total é avaliado entre R$ 21 bilhões e R$ 23 bilhões). Um trunfo da Iberdrola na operação seria oferecer ao fundo de pensão a distribuidora paulista Elektro, avaliada em R$ 3,8 bilhões pelo mercado. Se a troca de ativos se concretizar, o desembolso da companhia espanhola cai substancialmente, ficando em torno de R$ 2 bilhões.
Para compor essa engenharia toda, uma vez que o BBI está saindo da Neoenergia, uma alternativa seria a participação do BNDES no negócio, adquirindo uma fatia entre 15% e 20%, sendo 12% do BBI e os restantes 3% da Previ. No entanto, segundo apurou o Valor, as negociações com o banco de fomento ainda estão numa fase muito embrionária e vão depender de muita conversa. Procurado, o banco não quis comentar o assunto.
Se concretizado esse cenário, a Iberdrola passará a ter entre 60% e 65% de uma empresa que tem três distribuidoras - Coelba, na Bahia, Celpe, em Pernambuco, e Cosern, no Rio Grande do Norte -, além de várias participações em pequenas e médias hidrelétricas e 10% na megausina de Belo Monte. Isso resolve o dilema que vive hoje a empresa espanhola, que busca reduzir seu endividamento desde a crise de 2008. A situação financeira da Iberdrola não é nada confortável. A relação da sua dívida líquida com o Ebitda é de 4,5 vezes no resultado de 2010, bem alta. Isso poderia aumentar se a empresa tivesse que pagar em dinheiro pelas ações ou do BBI ou da Previ.
Se o negócio for fechado e aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) antes do fim do ano, a Iberdrola só tem a ganhar, pois a Neoenergia, no balanço de 2010, alcançou uma relação entre dívida líquida e Ebitda de 0,8%, uma situação bastante confortável. Com isso, a relação dívida líquida e Ebitda da Iberdrola cairia de forma significativa, na avaliação do analista Marcos Severine, do Itaú BBA. "Eventualmente, a empresa até poderia entrar com dinheiro, mas o endividamento já é alto e a companhia precisaria de um empréstimo-ponte para fechar a operação". Severine não afasta a hipótese de a Iberdrola, após adquirir o controle da Neoenergia, abrir o capital da empresa na BM&FBovespa. "Ela pode comprar tudo e depois se desalavancar emitindo ações da nova companhia no mercado de capitais."
O analista vê como caminho natural o aumento da participação da Iberdrola na Neoenergia. "O mercado já vinha comentando esse descruzamento há algum tempo. A intenção da Previ de centralizar a participação em um veículo único seria a CPFL. Houve conflitos de interesse importantes entre os dois ativos da Previ, CPFL e Neoenergia, como a entrada das duas em consórcios diferentes para disputar Belo Monte". Severine não descarta que a Previ aceite a Elektro como "moeda de troca" nessa transação. "A Elektro é um ativo excelente e faz muito sentido ser consolidado na CPFL. Creio que a Previ aportaria a Elektro na CPFL."
Consultores do setor elétrico ouvidos pelo Valor enxergam a opção da Previ como "uma escolha de Sofia", já que o fundo de pensão não conseguiu consolidar seus dois maiores ativos: CPFL e Neoenergia. Também citam a necessidade de a Previ ter que se enquadrar em renda variável como um agravante dessa escolha. No resultado de 2010, 64,53% das aplicações da Previ, no Plano 1 de Benefícios, eram em renda variável. Apesar de a Previc tolerar até 70%, a própria fundação se impôs um limite máximo neste tipo de investimento de 60,2% a 64,4%. Para os interlocutores, por estar impedida de colocar os ganhos desse negócio em renda variável, a Previ poderá decidir usar parte deles para capitalizar a CPFL, desalavancando a empresa. "A questão de fundo dessa operação é de estratégia política", diagnosticou uma fonte que não quis se identificar. A expectativa do mercado é que a operação seja fechada antes do fim do ano.

Capacidade de Jirau pode subir para 4,2 mil MW
DCI 29.09.2011 - A Energia Sustentável do Brasil, responsável pela construção e operação da Hidrelétrica Jirau, pediu uma ampliação de capacidade de 450 MW. Esta é a segunda vez que a empresa apresenta um projeto desta natureza para o empreendimento no rio Madeira que, se aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), elevará a capacidade instalada da usina para 4,2 mil MW.

Dilma desonera setor de defesa
Valor 29.09.2011 - A presidente Dilma Rousseff assina hoje medida provisória que institui regime diferenciado de tributação para a indústria brasileira de defesa, como antecipou o Valor. A medida estava sendo finalizada pela Casa Civil. Segundo dados do Ministério da Defesa, 186 empresas já estão capacitadas para serem beneficiadas pelo novo regime, entre elas Avibras, Embraer, Helibras, Inbra e Odebrecht Defesa.
As empresas do setor serão desoneradas, por cinco anos de encargos como IPI, PIS/Pasep e Cofins para a produção de produtos considerados estratégicos para a defesa, o que engloba equipamentos eletrônicos, munições, armas, embarcações, aviões, satélites, foguetes, veículos, fardas, rações e softwares, entre outros.
A MP também institui regras especiais para compra e contratação de produtos e sistemas de defesa do país. A medida é um desdobramento do plano Brasil Maior, que dá preferência a fornecedores nacionais para ministérios como o da Defesa, que poderá pagar até 25% mais ao comprar dessas empresas.
O texto atende uma antiga demanda das Forças Armadas e do empresariado, interessado em tornar o setor mais competitivo. O projeto é considerado fundamental pelos militares - o tema foi tratado na Estratégia Nacional de Defesa, lançado em 2008. A intenção é criar um marco regulatório para as empresas do setor de defesa, dando condições especiais para produção de bens e serviços.

Construtora reduz demanda por crédito
Valor 29.09.2011 - Barbosa: ritmo menor de crescimento do crédito imobiliário para empresas é importante para a longevidade do setor.
O financiamento imobiliário para pessoas jurídicas começa a emitir sinais de acomodação. O movimento estaria associado ao fim do primeiro ciclo de produção das construtoras, em meio ao boom que vem sendo experimentado pelo crédito habitacional no país.
"As empresas estão, agora, focadas na entrega dos empreendimentos", explica José Roberto Machado Filho, diretor executivo do Santander. Embora ele ainda não note no banco um arrefecimento da demanda corporativa, as conversas com empresários e as próprias projeções de lançamentos das companhias listadas na bolsa de valores fazem com que ele tenha essa percepção.
No sistema financeiro, o ritmo de crescimento das concessões para pessoas jurídicas ainda é forte. Segundo Antonio Barbosa, diretor de crédito imobiliário do HSBC Brasil e vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a expansão dos desembolsos só com recursos da poupança no ano, até agosto, é de 63% (cerca de R$ 20 bilhões). Mas a velocidade diminuiu em relação ao período de janeiro a julho, quando a alta verificada foi de 69%.
A participação da pessoa jurídica no bolo do sistema, hoje em torno de 50%, pode recuar para cerca de 40% ao longo de 2012. "Se considerarmos todas as unidades que serão entregues, a tendência é que a pessoa física tenha predominância, daqui para frente", afirma Barbosa. "Essa diminuição no ritmo de crescimento do crédito imobiliário para empresas, que seguramente vai vir, é importante para a longevidade do setor", acrescenta.
Depois de abrirem capital em bolsa entre 2006 e 2007, as construtoras investiram boa parte do dinheiro captado, primeiramente, na compra de terrenos. A segunda fase de investimentos, entre 2009 e 2010, contemplou os lançamentos. Chegou, portanto, a hora de vender e apurar lucro.
Seria natural que, ao mesmo tempo que o mercado imobiliário encerrasse esse primeiro ciclo de produção, já desse sequência a um segundo ciclo, buscando mais financiamentos para a compra de terrenos. O movimento vai, sim, ocorrer, porém de forma mais moderada, com as empresas sendo mais seletivas na escolha de futuros lançamentos.
Durante o primeiro ciclo de abundância do crédito imobiliário, várias empresas encontraram obstáculos que acabaram pressionando suas margens. "Dificuldades com mão de obra e para aprovação de projetos, além do aumento dos custos de construção, de maneira geral, retardaram a colocação de algumas unidades", enumera Claudio Borges, diretor da área de crédito imobiliário do Bradesco. O executivo não enxerga uma desaceleração da oferta de crédito para empresas, no momento, mas prevê que, entre 2012 e 2013, a demanda das pessoas físicas por financiamentos supere a das construtoras.
A desaceleração da pessoa jurídica está vinculada, justamente, à tendência de maior seletividade para os próximos lançamentos. "A expectativa dos investidores era que a reposição de caixa das empresas do setor imobiliário fosse mais rápida e as margens, maiores do que efetivamente estão sendo entregues no encerramento desse primeiro ciclo", afirma Barbosa, do HSBC. Ele acrescenta ainda o fato de muitas empresas terem se aventurado pelo mercado de baixa renda, no embalo do programa de governo "Minha Casa Minha Vida", quando na verdade não estavam preparadas para atuar nesse nicho. "São poucas as empresas que têm essa especialidade, menos ainda aquelas que são listadas em bolsas", diz Barbosa. "Não à toa, as ações de incorporadoras têm sido bastante penalizadas por investidores."
Líder em financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal (CEF) vai na contramão de seus pares e estima que o banco terá um desempenho robusto no segmento de pessoas jurídicas nos próximos anos, embora reconheça as mudanças que estão em curso no setor imobiliário. "Faz sentido que haja uma desaceleração na pessoa jurídica, pois o empreendedor começa a concluir aquilo que está em andamento ou em fase de comercialização", diz Teotônio Rezende, diretor de habitação da Caixa.
Só que a performance do banco estatal está bastante atrelada à sua forte atuação no programa "Minha Casa Minha Vida". A revisão de normas do programa de governo para a faixa de clientes com renda mensal de um a três salários mínimos, que se arrastou até julho, acabou represando boa parte da demanda por crédito imobiliário na Caixa que vai desembocar no segundo semestre. Como 90% do déficit habitacional (equivalente a cerca de 5 milhões de casas) está nessa faixa, a perspectiva é que a demanda para esse nicho continue aquecida por pelo menos mais cinco anos.
Para se ter ideia, somente em agosto, foram contratados financiamentos para 70 mil unidades. Outros 90 mil estão em andamento. "Não sentimos também desaquecimento nas outras faixas do programa nem nos empreendimentos com valor acima de R$ 200 mil", acrescenta.
Até meados de setembro, as contratações totais de crédito imobiliário na Caixa somavam R$ 56 bilhões. A expectativa é fechar 2011 com algo entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões. "Historicamente, o segundo semestre é mais aquecido e com certeza atingiremos esse valor." Se confirmado, irá representar um crescimento entre 10% e 15% na comparação com 2010.

Incerteza econômica já afeta emprego, diz Seade/Dieese
GPdeLondrina 29.09.2011 - As incertezas em relação ao cenário econômico influenciaram o comportamento da taxa de desemprego no mês de agosto, que ficou em 10,9% em sete regiões metropolitanas em agosto, de acordo com técnicos da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Diversos dados apontam para uma apreensão dos agentes econômicos em relação ao futuro da economia e o impacto no mercado de trabalho já pode ser verificado. "A estabilidade na taxa de desemprego do mês de agosto não é um resultado típico para o período", afirmou a economista Patricia Lino Costa, do Dieese. "Já era para a taxa de desemprego começar a cair", disse.
O nível de ocupação ficou estável em agosto comparativamente a julho. Entre os setores, houve queda no nível de ocupação na indústria (-0,6%), comércio (-0,6%), construção civil (-0,2%) e agregado outros serviços (-0,7%). Somente o setor de serviços registrou um resultado positivo (0,4%). "A ocupação já deveria dar sinais de crescimento em agosto", disse Patricia. Segundo ela, historicamente, a taxa de desemprego cai no segundo semestre no País, comportamento que ainda não começou a ocorrer neste ano. Mesmo na comparação em 12 meses, a ocupação vem registrando desaceleração. Na comparação com agosto de 2010, a ocupação cresceu 1,8% - mas, em agosto do ano passado, a ocupação cresceu 4,1% em relação a agosto de 2009.
Em algumas regiões, o emprego ainda apresentou resultados positivos. No Recife (PE), a ocupação cresceu 1,6% em agosto ante julho, com destaque para a indústria, serviços e construção civil. Em Porto Alegre (RS), a alta foi de 1,1%, influenciada pelo comércio. Em Salvador (BA), o crescimento foi de 1,3%, com bons resultados da construção civil, serviços e comércio.
Mas, segundo o economista da Fundação Seade, Alexandre Loloian, o comportamento da ocupação em São Paulo, onde houve queda de 0 6% ante julho, é motivo de preocupação, pois pode ser uma tendência. "Não é comum uma redução na ocupação em agosto, um mês que se caracteriza por crescimento no emprego", afirmou . "A economia de São Paulo é mais dinâmica e, por ser a maior cidade do País, os agentes reagem mais rapidamente do que em outros locais."
Outros dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego também sinalizam a incerteza dos empresários em relação ao mercado de trabalho. O aumento do assalariamento sem carteira assinada é um deles. Em relação a julho, o nível de ocupação dos trabalhadores do setor privado sem carteira subiu 1,3% nas sete regiões metropolitanas pesquisadas.
O rendimento médio dos ocupados nas sete regiões não variou em julho na comparação a junho e, na comparação a julho de 2010, caiu 1,3%, a oitava desaceleração consecutiva. A massa de rendimentos, estável em relação a junho, cresceu 1,4% em relação a julho de 2010, mas está em desaceleração desde novembro, depois do pico de 13,9% em outubro ante o mesmo mês de 2009. "A tendência é que a massa chegue em agosto ao mesmo patamar de agosto de 2010", afirmou Patricia. "A ocupação, que não cresce, o rendimento, que vem caindo, e os ocupados sem carteira, que estão crescendo, são todos sinais de incerteza em relação à economia no mercado de trabalho."

Vice-premiê da Grécia promete vender suas propriedades para ajudar pagamento de taxa
GPdeLondrina 28.09.2011 - Segundo ele, a capacidade do povo grego de pagar impostos adicionais para cobrir lacunas da dívida está se "esgotando".
O vice-primeiro-ministro da Grécia, Theodoros Pangalos, disse nessa quarta-feira que não será possível pagar novas taxas de emergência do país sem forçar a venda de propriedades e se comprometeu a vender suas próprias terras. Segundo ele, a capacidade do povo grego de pagar impostos adicionais para cobrir lacunas da dívida está se "esgotando". Em Atenas, uma nova greve do transporte público paralisou a capital nesta quarta.
"Eu acredito que a capacidade da sociedade grega em pagar novas taxas está se esgotando. Eu diria que ela já está esgotada há algum tempo. Obtive as propriedades que tenho por herança. Pessoalmente, eu nunca comprei nada. Serei obrigado a vendê-las também. E não há mais nada que eu possa fazer", afirmou Pangalos.
O vice-premiê, de 73 anos, é formado na Universidade de Sorbonne, na França, famosa por seu ensino das diferentes engenharias, matemática e principalmente economia. O vice-ministro é dono ou importante sócio de oito propriedades e fazendas próximas a Atenas e no resto da Grécia.
A declaração de Pangalos acontece um dia após o Parlamento grego aprovar uma nova taxa de emergência. Imposto que será cobrado nas contas de eletricidade no fim deste ano.
O povo grego tem reagido com greves e grandes manifestações às novas taxas de emergência e ao plano de medidas de austeridade, que incluiu corte do pagamento de pensões e novos impostos sobre a posse de propriedades, após um ano de corte de gastos do governo e aumento de impostos.

Recrutadoras acham novos perfis vocacionais no país
Folha 29.09.2011 - Empresas de recrutamento se expandiram neste ano para atender novos perfis vocacionais no Brasil.
A Michael Page, que abriu escritório em Recife em janeiro, verificou que o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste, cuja vocação era mais ligada à agropecuária, ganharam perfil fortemente comercial.
"Essa região sempre foi mais fornecedora de insumos e mão de obra para o resto do país e agora tem demanda forte para gerências regionais de vendas", diz Sergio Sabino, diretor da empresa.
Salvador, Recife e Fortaleza recebem profissionais de outros Estados da região. "Tem sido pouco necessário buscar gente de fora", afirma.
Para a Hays Recruiting, que desde 2010 abriu operações em Campinas e Curitiba, a região Sul se consolida pela demanda na área de finanças corporativas por profissionais com perfil de operação internacional.
"Há procura por trabalhador para empresas que têm serviços compartilhados no Mercosul", diz Gustavo Costa, diretor da Hays no Brasil.
A Mariaca, que acaba de abrir em Campinas, vai agora para Curitiba e finaliza estudos para outras regiões.
"Nos últimos dois anos, quando começamos a olhar mais para fora do eixo Rio-SP, percebemos muitas concentrações de demanda", diz Patrícia Epperlein, da Mariaca.

SEC investiga recompra de ativos por bancos
Financial Times 29.09.2011 - A Securities and Exchange Commission (SEC) está investigando o Royal Bank of Scotland (RBS), o Crédit Suisse e outras instituições financeiras pela maneira como elas conduziram o problema dos financiamentos imobiliários, segundo informações reveladas ao público e pessoas a par do assunto.
A SEC está examinando se os bancos iludiram os acionistas sobre o número de empréstimos que as instituições poderão ser forçadas a recomprar por causa de calotes prematuros - operação conhecida como requerimento de recompra de empréstimos - e se separaram reservas suficientes para bancar as recompras ou lidar com litígios relacionados a elas, segundo fontes familiarizadas com a questão.
O RBS revelou a investigação em documentos encaminhados às autoridades reguladoras no mês passado, afirmando que tal apuração está relacionada a "deficiências de documentos e medidas corretivas tomadas em relação a essas questões". O RBS disse que está cooperando com a investigação e "não registrou um volume significativo de requerimentos de recompra... e não interrompeu nenhuma de suas atividades de execução de hipotecas nos Estados Unidos".
O Crédit Suisse foi intimado pela SEC por causa de alegações feitas em um processo particular, segundo documentos encaminhados à Justiça. A MBIA processou o Crédit Suisse, alegando que o banco vendeu de maneira fraudulenta títulos garantidos por empréstimos que não atendiam padrões de subscrição. Um porta-voz da MBIA disse que o escritório de advocacia que a representa no litígio também foi intimado pela SEC por causa de documentos relacionados ao processo. O Crédit Suisse negou qualquer irregularidade.
Um outro lado da investigação está examinando se os bancos venderam aos investidores títulos atrelados a hipotecas que sabiam que ficariam abaixo dos padrões de subscrição. A fontes disseram que a SEC também está tentando descobrir se alguns bancos firmaram acordos com os originadores, sobre os empréstimos problemáticos, mas não teriam revelado esses pactos ou substituído os empréstimos ruins conforme exigido em contrato. A prática é conhecida como "double-dipping" porque os bancos coletam comissões duas vezes, uma para securitizar os empréstimos e outra na liquidação.
Os bancos já estão sendo investigados pela promotoria-geral de Nova York por práticas hipotecárias parecidas. O promotor de Nova York está investigando vários bancos, como RBS, JP Morgan Chase, UBS, Deutsche Bank, Goldman Sachs, Bank of America e Morgan Stanley, em práticas de securitização e recompra, segundo informaram as fontes.

Julio Mariz deixa presidência da Traffic Sports
Exame 28.09.2011 - Executivo alegou questões pessoais para sair da empresa. Júlio Mariz era presidente-executivo da empresa há cinco anos.
Julio Mariz deixará o cargo de CEO da Traffic Sports. O executivo atribuiu sua saída a questões pessoais. O nome do substituto ainda não foi revelado.
Mariz comandava toda operação esportiva do grupo Traffic, que pertence ao empresário J. Hawilla. Estavam sob sua tutela a área de maketing esportivo e compra e venda de jogadores . Foi ele o responsável, inclusive, pela negociação que trouxe Ronaldinho Gaúcho de volta ao Brasil. Também estava sob seu comando o time Desportivo Brasil, que atualmente está na quarta divisão paulista.
Antes de assumir a presidênciaexecutiva da Traffic Sports, Mariz comandava a operação americana do grupo. A empresa deve divulgar um comunicado ao mercado ainda nesta terça-feira explicando a saída.

A Kalunga está à venda, mas quem quer comprá-la?
Exame 28.09.2011 - Com faturamento de R$ 1 bilhão e modelo de negócios único no país, a empresa pode atrair muitos interessados. A Kalunga está à procura de um comprador. Conforme antecipou o blog Faria Lima, de EXAME.com, a maior varejista especializada em material de escritórios e informática do país contratou os serviços do banco francês Crédit Agricole para conduzir as negociações.
A rede possui um modelo quase exclusivo de negócio no varejo brasileiro, é bem posicionada, e o próprio setor no qual atua deve permanecer aquecido ainda por um longo período de tempo. Diante desse cenário, segundo especialistas consultados por EXAME.com, razões não faltam para que existam interessados nas operações da varejista. A dúvida, no entanto, é saber quem pode comprar a Kalunga, uma vez que no Brasil nenhuma outra rede se aproxima de seu modelo de negócio.
“Aqui, não consigo enxergar nenhuma companhia que possa gerar sinergia com as operações da Kalunga. Minha aposta é em fundos de privite equity, ou varejistas internacionais com modelos similares de negócios”, afirmou Ricardo Paixão , professor da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Estrangeiros: Dentre as redes citadas por Paíxão, a americana Paper Depot é um dos destaques. “A rede já mostrou interesse no mercado brasileiro e, por meio de uma aquisição, ficaria mais fácil começar a operar aqui”, afirmou o especialista.
A Paper Depot possui operações em mais de 50 países, inclusive na América Latina. Em 2010, a varejista registrou vendas de 11,6 bilhões de dólares e, no mundo, soma mais de 40.000 funcionários. Uma de suas concorrentes no mercado americano, a Staples, também pode entrar na disputa pela varejista brasileira.
A Staples é uma das que mais se aproximam do modelo de negócios da Kalunga. No passado, a rede já tentou, sem sucesso, operar por aqui. Em 2010, as vendas da Staples somaram mais de 24 bilhões de dólares.
Caixa para comprar a varejista brasileira não seria problema. Segundo Paixão, a rede é avaliada entre 300 e 500 milhões de reais. O que pode atrapalhar as negociações é o fato de ambas as companhias possuírem capital aberto nos Estados Unidos e a Kalunga ser uma empresa fechada aqui algo tradicionalmente relacionado pelos acionistas a falta de transparência.
Investidores: “Diante das possibilidades, minha aposta é que fundos de investimentos possam fazer ofertas pela Kalunga. O setor varejista vive uma de suas melhores fases no país, o que chama a atenção de diversos fundos”, afirmou Eugênio Foganholo, especialista de varejo.
O mesmo pensamento é compartilhado por José Lupoli Junior, sócio da Lupoli Junior Consultores Associados e professor da EACH/USP. Para ele, a compra das operações, ou pelo menos do controle da Kalunga por um fundo pode reposicionar a marca e elevá-la a um novo patamar no varejo. “Não descartaria, inclusive, a abertura de capital da companhia”, afirmou o especialista.
Fundada no início da década de 70, a Kalunga possui hoje quase 70 pontos de vendas. Segundo estimativas da própria rede, seu faturamento, no ano passado, somou mais de 1 bilhão de reais. A varejista atualmente é controlada por Roberto e Paulo Garcia, filhos de Damião Garcia, seu fundador.
Procurada, a Kalunga afirmou que a possibilidade de venda de suas operações não passa de boatos. “Nossa relação com o Crédit Agricole não é recente, e o banco francês há anos nos presta assessoria”, disse Hoslei Pimenta, diretor-geral da varejista.

Brookfield Incorporações vende imóveis para controladora por R$ 373 mi
Valor 28.09.2011 - A Brookfield Incorporações vendeu 80% da Torre Sigma e do mall do projeto Brookfield Towers, por R$ 372,8 milhões, para sua controladora Brookfield Brasil. O projeto está sendo desenvolvido no antigo terreno da Giroflex, na zona sul da capital paulista. Do total dos recursos, 20% (R$ 74,6 milhões) entrará no caixa da companhia em setembro, 65% será pago em 36 parcelas de R$ 6,7 milhões, com início no primeiro trimestre de 2012, e 15% no Habite-se (R$ 55,9 milhões), no primeiro trimestre de 2015. Os valores serão corrigidos pelo INCC.
De acordo com a Brookfield Incorporações, a comercialização de 80% da Torre Sigma e do mall foi conduzida por consultoria internacional especializada, e a proposta da Brookfield Brasil foi a melhor. A Brookfield Brasil é uma subsidiária integral da Brookfield Asset Management e possui 40,6% da Brookfield Incorporações. Segundo a companhia, apenas os conselheiros não ligados à Brookfield Asset Management votaram na reunião que aprovou a operação, porque partes relacionadas estavam envolvidas.
Os demais 20% da Torre Sigma e do mall serão vendidos apenas após a entrega e locação do empreendimento. Com isso, a Brookfield espera capturar a valorização decorrente da comercializar de imóvel pronto e alugado e da melhora da infraestrutura da região. O projeto Brookfield Towers, de uso misto, tem Valor Global de Vendas (VGV) total de R$ 702,8 milhões, sendo R$ 236,8 milhões da Torre Alpha e R$ 466 milhões da Torre Sigma e mall. Segundo a companhia, a Torre Alpha foi vendida, previamente, desde o lançamento, a diversos investidores.

Itaú compra operação de varejo do HSBC no Chile
Exame 28.09.2011 - Banco brasileiro ganha 5.500 clientes e carteira de US$ 20 milhões
Itaú: mais um passo no avanço internacional do banco. O Itaú comprou a operação de varejo do HSBC no Chile. De acordo com o jornal Valor Econômico, o negócio foi confirmado pelo banco britânico. Já o Itaú não comenta a informação. A negociação foi divulgada nesta quarta-feira pelo jornal chileno El Mercurio. Segundo a publicação, o acordo faz sentido para as duas instituições. O HSBC pretende concentrar sua atividades no Chile em empréstimos corporativos. Já o Itaú avançará no segmento de varejo premium, com 5.500 clientes e uma carteira de 20 milhões de dólares em crédito.
A fatia do HSBC no varejo bancário do Chile, segundo a Dow Jones, é bastante pequena: apenas 0,03% da clientela. Já o Itaú detém 3,33% do mercado sul-americano.

AngloGold investirá US$ 250 mi ao ano no Brasil até 2016
Folha 28.09.2011 - A mineradora sul-africana AngloGold Ashanti, terceira maior produtora de ouro do mundo, pretende investir US$ 250 milhões anualmente no Brasil até 2016 para elevar a sua produção de ouro no país, informou o presidente-executivo da companhia, Mark Cutifani, nesta quarta-feira. O plano da empresa sul-africana é aumentar a produção de 420 mil onças de ouro neste ano para 500 mil onças em 2012, até alcançar uma extração de 700 mil onças de ouro em 2016, informou Cutifani a jornalistas em um intervalo do 14º Congresso Brasileiro de Mineração, em Belo Horizonte.  "Nós estamos procurando novas possibilidades de crescimento em alguns projetos", afirmou. A empresa prevê expandir operações já existentes nas minas de Cuiabá e Córrego do Sítio, na região do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais, além de Serra Grande, em Goiás, entre outros. A produção de ouro da empresa no país provém, em sua maior parte, das instalações em Minas Gerais. O executivo da AngloGold prevê que o preço do ouro, que tem apresentado forte volatilidade nos últimos meses, devido ao interesse de investidores por proteção em meio à crise financeira, deverá variar entre US$ 1,7 mil e US$ 3,2 mil dólares, no médio prazo. Nos próximos doze meses, as cotações do ouro devem variar de US$ 1,6 mil a US$ 2,2 mil a onça, disse.  Produção global de 5 mil onças: O investimento anual estimado da AngloGold Ashanti em todo o mundo varia de US$ 1,6 bilhão a US$ 2,2 bilhões entre 2012 e 2013.
O presidente da empresa prevê que a companhia produzirá 5,5 milhões de onças entre 2014 e 2015, contra 4,4 milhões de onças atualmente.
A produção na África do Sul, segundo ele, deve atingir entre 1,6 milhão de onças e 1,7 milhão de onças até 2016.  No Congo, a mineradora possui dois projetos de grande porte que deverão produzir juntos 1 milhão de onças até 2015.  A mineradora também possui dois projetos de grande porte na Colômbia, onde, segundo o executivo, está trabalhando com o governo para uma nova regulamentação do setor --num processo semelhante ao do Brasil e outros países que resolveram interferir mais ativamente no setor.  De acordo com o executivo, a Guiné não vai aumentar a participação nos ativos da AngloGold Ashanti, como anunciou que faria em vários projetos de mineração. O governo local possui participação de 15% em projeto da companhia no país.  Na Austrália, a produção de 300 mil onças vai dobrar nos próximos cinco anos, segundo Cutifani.

 

 

Carrefour fecha 14 lojas e encerra plano de encolhimento no país

Valor 28.09.2011 - O Carrefour no Brasil concluiu o processo de fechamento de lojas deficitárias no país, como parte de seu último plano de reestruturação conduzido pelo comando há cerca de um ano. Oito supermercados da bandeira Carrefour Bairro, localizados no interior de São Paulo, foram fechados na segunda-feira. Quatro eram em Ribeirão Preto, que passa a ter um ponto apenas.
No total, desde que começou a fechar pontos no país, quatro semanas atrás, 14 lojas da rede pararam de funcionar. As lojas próprias que foram fechadas serão vendidas, num total de dez pontos, apurou o Valor. Existem redes de médio e grande porte interessadas. Entre aquelas que estudam a possibilidade de ficar com alguns pontos estão a Cencosud e o Zaffari, apurou o Valor. As redes negam o interesse.
Desde que o grupo francês trocou quase toda a linha de frente da empresa no país, em julho de 2010, quando a matriz descobriu um rombo bilionário nas operações, a subsidiária fechou vinte lojas, entre supermercados e hipermercados. Segundo a companhia, atualmente o Carrefour opera com 103 hipermercados, 41 supermercados e 74 lojas Atacadão no país. Há um ano, eram 115 hipermercados, 49 supermercados e 59 pontos Atacadão.
Oito das 14 unidades fechadas são pontos adquiridos da rede Gimenez há dois anos. O Carrefour pagou R$ 45 milhões pelas dez lojas da Gimenez, incluindo dois pontos localizados em São Carlos (SP) - os únicos ainda em operação. "A Gimenez estava mal há pelo menos cinco anos. Quando o Carrefour comprou as lojas, eles sabiam que a reestruturação levaria mais do que dois anos. Faltou paciência porque falta dinheiro. Eles precisam colocar a casa em ordem e não podem esperar mais", conta um ex-executivo da rede. O Carrefour já conduziu uma série de mudanças na forma de operar no país na última década. Desde o início de 1999, a rede teve cinco presidentes, incluindo o atual, Luiz Fazzio. Equivale a um novo comando a cada dois anos e meio. Cada um imprimiu um ritmo próprio e uma gestão com características bem particulares. Um bom exemplo estava na política de "efeito compensatório das lojas", conta um antigo diretor. "Anos atrás, eles viram que as lojas que eram muito boas podiam compensar aquelas que andavam de lado. Para que a conta fechasse, cortavam custos e investimentos nas lojas boas, para que o retorno fosse cada vez mais alto e compensasse as ruins", conta ele. "Isso até acontece bastante no varejo, mas o resultado é sempre ruim. Consumidor gosta de loja nova e boa. Eles perceberam que a estratégia foi um tiro no pé".
Outra questão discutida pelo mercado foi o modelo de operação das lojas do Carrefour no país. "Uma hora, um presidente defendia a centralização nos processos [o produto era entregue da fábrica direto para as lojas] e, depois descentralizavam tudo de novo. Perceberam tarde que centralizar era melhor", diz um fornecedor de alimentos da rede.  A reorganização atual dos negócios, comandada há um ano, tem como pano de fundo a perda de rentabilidade operacional da cadeia no país. E a necessidade de a empresa alinhar a sua estratégia com aquela definida globalmente.
Até o final de 2010, o Carrefour registrava margem operacional inferior ao do concorrente Grupo Pão de Açúcar. Além disso, a rede não estava seguindo a mesma cartilha mundial, mais focada em serviços e com lojas menores. Nesse processo de ajustes, a rede foi informada ontem que a loja do shopping Center Norte, que fatura R$ 5,3 milhões ao mês, pode ser fechada alguns dias.

Empresa prepara plano para investir em áreas que devem ser vendidas

Valor 28.09.2011 - A BRF-Brasil Foods tem plano para revitalizar e investir nas fábricas de Herval D'Oeste e Videira, ambas no Meio-Oeste catarinense. Depois da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que confirmou a fusão de Sadia e Perdigão e determinou a relação de unidades que serão postas à venda, a companhia trabalha em um processo de investimento no parque fabril, do qual as duas unidades fazem parte.
A informação foi confirmada pelo vice-presidente de Assuntos Corporativos da companhia, Wilson Mello Neto. O executivo não informou o prazo para a realização dos investimentos e disse que a empresa ainda estuda que unidades serão ampliadas. O objetivo é repor parte da capacidade que será perdida com a alienação dos bens imposta pelo Cade como condição para a fusão de Sadia e Perdigão.
Na metade do mês, a BRF-Brasil Foods anunciou a aquisição total da planta de abate de suínos construída em parceria com a Copercampos na cidade de Campos Novos, na mesma região. A unidade irá absorver os abates hoje realizados em Herval D'Oeste, fábrica que está nos planos de ampliação da companhia. Apesar da promessa de investimento, Herval D'Oeste, com 22 mil habitantes a 420 km de Florianópolis, teme a perda de repasses do ICMS no valor adicionado gerado pela BRF no município. Segundo o prefeito Nelson Guindani (PP-PSD), a movimentação financeira da empresa caiu 70% de janeiro a agosto. O valor é base de cálculo para o repasse futuro do imposto à prefeitura.
O valor de ICMS adicionado é calculado com base em todas as saídas de mercadorias e serviços prestados no município, abatendo o valor de entrada. Com a transferência da sede para Itajaí, no litoral catarinense, a BRF tem registrado a saída dos produtos das cidades do Meio-Oeste com preço de custo. Assim, apesar de o produto passar por industrialização na cidade, o movimento é registrado em outro município. Segundo Guindani, a empresa tem sido parceira para buscar uma solução. A unidade da BRF é responsável por 75% de todo o movimento econômico agropecuário de Herval D'Oeste. A unidade emprega cerca de 1,4 mil funcionários, processa suinos e opera com 200 produtores integrados na cidade.  Se a situação do ICMS não for revertida, o município pode perder um valor importante para uma prefeitura que tem orçamento anual de R$ 2,2 milhões. "Se não houver uma mudança, vai inviabilizar o município", disse. Videira, Capinzal e salto Veloso também passam pelo mesmo problema.
Segundo o vice-presidente da BRF, Wilson Mello, o problema está sendo discutido junto com as prefeituras e a empresa deve realizar uma reunião junto com a secretaria estadual da Fazenda de Santa Catarina para tentar equalizar o assunto. Em Lages, onde a fábrica de pizzas e pratos prontos com 550 funcionários também está na lista de bens alienados, há apreensão entre os trabalhadores. segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados, Bebidas e Alimentação de Lages (Sintial), Leocir José Deon.  Ele conta que há uma cooperativa de crédito ligada à empresa, onde muitos trabalhadores têm financiamento de casa própria e outros empréstimos. Há preocupação também com o futuro do plano de previdência privado mantido pela empresa. O presidente do Sindicato reclama do pouco envolvimento da prefeitura e do governo do Estado na garantia dos empregos e dos benefícios atuais dos trabalhadores.

Órgão está monitorando BRF-Brasil Foods e diz que ela não pode fazer aquisições

Valor 28.09.2011 - O Cade completa 500 sessões hoje de olho nos movimentos que a BRF-Brasil Foods está fazendo no mercado. O órgão antitruste está questionando a empresa sobre novas aquisições que ela pretende fazer no mercado, como a compra da Doux Frangosul. Segundo explicou o conselheiro Ricardo Ruiz, a BRF não poderia mais crescer através da compra de outras empresas, o que reduz ainda mais a concorrência no mercado. Ela deveria fazê-lo através da expansão de sua capacidade interna de produção.
"Todo o termo assinado com o Cade indica que a empresa chegou num patamar que é o limite", afirmou Ruiz, que deu o voto condutor da decisão que aprovou a criação da companhia, com uma série de condições. Ele reiterou que o Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) - nome técnico do acordo pelo qual a BRF terá de se desfazer de fábricas, centros de distribuição e abatedouros de aves e suínos - indicou claramente "uma preocupação muito grande com o efeito da competição via aquisições". Ao unir as estruturas de Sadia e Perdigão, a BRF teria atingido, portanto, o grau máximo de aquisições aceitas pelo órgão.
Por outro lado, Ruiz enfatizou que "em nenhum TCD há preocupação com o crescimento autônomo das empresas". "Que ela cresça através de novas plantas, do aumento de sua capacidade produtiva. A empresa pode abrir fábricas, aumentar a produção por esforço próprio", exemplificou.
O procurador-geral do Cade, Gilvandro Araújo, entrou em contato com representantes da BRF para ter informações sobre novas aquisições. Ele foi informado que nada foi fechado até ontem.
Até aqui, a BRF informou ao mercado que está negociando a compra de alguns ativos relacionados com a operação de produção e abate de suínos da Doux Frangosul, localizada no distrito de Ana Rech, em Caxias do Sul (RS). A empresa também inaugurou uma unidade de processamento de suínos, em Campos Novos (SC), voltada para a exportação para os mercados chinês e japonês.
"Nesse período de cumprimento (das condições impostas pelo Cade), é natural que sejamos informados sobre manifestações públicas que possam afetar o caso", cobrou Araújo. "Existem condições a serem cumpridas e eles [da BRF] sabem disso", completou.
As condições foram estabelecidas em 13 de julho e determinam que a BRF deve vender até março um pacote de fábricas, centros de distribuição e abatedouros, que equivalem a 730 mil toneladas de produtos para uma única companhia. Além disso, as marcas Perdigão e Batavo serão suspensas e a BRF não pode lançar marcas novas.
O objetivo do Cade com essas condições foi o de abrir caminho para outras concorrentes ocuparem o espaço das marcas que serão suspensas e, principalmente, o de criar uma companhia que seria a concorrente direta da BRF em 14 mercados dominados pela Sadia e a Perdigão. Logo, para o órgão antitruste, a BRF deveria estar na fase de vender os seus ativos, e não fazer novas aquisições.
Os conselheiros do Cade estão preocupados com quatro atitudes da BRF. Um dia após a decisão, a empresa anunciou uma nova marca de queijo da Sadia. Em seguida, declarou que vai recompor rapidamente os ativos que o Cade mandou vender. Depois, informou que pode fazer uma troca de ativos no exterior para minimizar os efeitos das vendas que terá de fazer no Brasil por força da decisão antitruste. Por fim, veio o anúncio da negociação com Doux Frangosul.
Esses movimentos levaram integrantes do Cade a estudar a aprovação de um ofício público para pedir explicações. Até agora, esses pedidos estão sendo feitos diretamente à empresa, mas, se novas aquisições da BRF se confirmarem, o plenário do Cade pode se reunir novamente para discutir o acordo assinado com a empresa.

Rede Energia fecha contrato para venda de participação na Tangará

Brasil Econômico 27.09.2011 - A Rede Energia informou que chegou a um acordo para a venda de toda a participação detida em sua controlada Tangará Energia, juntamente com seu sistema de transmissão, para a Translead Empreendimentos e Incorporações.
A Tangará é uma concessionária de exploração do aproveitamento hidrelétrico no Rio Guaporé, localizado no município de Pontes e Lacerda, no Mato Grosso.
Segundo comunicado divulgado pela empresa do setor elétrico nesta terça-feira (27/9), a efetivação do negócio está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Iberdrola quer fatia maior na Neoenergia

Valor 28.09.2011 - A Iberdrola está negociando um aumento de participação na Neoenergia dos atuais 39% para 60%, de acordo com uma fonte da Neoenergia familiarizada com o tema.
A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, ficaria com 20% de participação na empresa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com outros 20%, o que significaria a saída do BB Investimentos, que tem 11,99%.
Segundo a fonte, a operação precisa ser oficializada logo, para que a Iberdrola possa lançar os resultados da Neoenergia no balanço de 2011. A companhia só poderá contabilizar o resultado da Neoenergia se for majoritária, de acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS).
Uma fonte da Previ com conhecimento das negociações disse que as conversas entre os envolvidos continuam em aberto e nenhum acordo foi firmado.
De acordo com o interlocutor, além da questão do preço, há questões de governança e a decisão sobre o negócio teria que passar pelo crivo do governo federal.
A assessoria da Iberdrola do Brasil disse que não comentaria o tema. O Banco do Brasil também não se manifestou. O presidente da Iberdrola na Espanha, Ignacio Sánchez Galán, que esteve no Brasil no início do mês, já havia confirmado que a empresa tem o objetivo de ser majoritária no capital da Neoenergia.  A Neoenergia controla as distribuidoras Celpe, Cosern e Coelba, além de ativos no setor de geração, como a participação na usina hidrelétrica Teles Pires. A companhia também tem, por meio da Bolzano, uma participação de 10% na empresa que administra a usina hidrelétrica de Belo Monte.
O grupo espanhol adquiriu a distribuidora Elektro no início do ano. Especula-se que a Elektro seria um dos alvos de aquisição cobiçados pela CPFL Energia, uma das empresas que lideram o movimento de consolidação do setor e na qual a Previ também tem participação acionária.
No mercado, cogita-se que a Elektro poderia ser a moeda de troca da Iberdrola pelo aumento da participação da espanhola na Neoenergia. Entretanto, isso só deverá ser definido em uma segunda etapa da negociação. O receio da Previ e do BB é que a incorporação da Elektro na Neoenergia dilua a participação dos sócios e aumente a da Iberdrola, que acabaria colocando pouco dinheiro na transação.

Enesa desiste de oferta inicial de ações

Valor 28.09.2011 - As incertezas em relação às economias globais e à instabilidade nos mercados de capitais levaram a Enesa Participações a desistir de sua oferta pública inicial de ações. Na fila desde março deste ano, a empresa, que atua na área de montagem de equipamentos para os setores de energia e siderurgia, teve seu pedido de registro de oferta pública indeferido anteontem pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que explicou que não foram atendidas as exigências no prazo estabelecido. "Ficamos atentos até o último minuto, mas o mercado é o que é", lamentou o vice-presidente da Enesa, Hermes Eduardo Moreira Filho, que conta que reuniões realizadas com investidores locais e internacionais mostraram que as intenções de investimento não chegariam a um preço interessante para a companhia, que, então, desistiu da operação.
A empresa pretendia investir os recursos captados com a oferta primária de ações em novas aquisições e no reforço da estrutura de capital.
O executivo diz que vem conversando com os acionistas da empresa - o FIP Brasil de Governança Corporativa, gerido pelo grupo BR Investimentos; o Óleo e Gás FIP, administrado pelo Banco Modal; e o Santander Brasil -, além do BNDES, para definir uma estratégia caso o mercado de capitais continue de mau humor.
Ele destaca que a empresa possui caixa líquido positivo de mais de R$ 200 milhões e que será "cautelosa e criativa" para continuar participando da agenda de investimentos no país. A Enesa tem faturamento já contratado para o ano que vem 30% superior ao de 2011.
No ano passado, a companhia registrou lucro líquido de R$ 67,5 milhões, 22% superior ao desempenho de 2009, e encerrou 2010 com patrimônio líquido avaliado em R$ 294,12 milhões.
A empresa planeja executar um plano de investimentos da ordem de R$ 50 milhões no ano que vem e de R$ 70 milhões em 2013. Os aportes são voltados para o braço de locação de equipamentos, estratégico no atual momento vivido pelo país, com diversas obras de infraestrutura em andamento.
Entre os principais projetos da Enesa na área de energia estão a instalação de turbinas nas hidrelétricas de Jirau e Estreito, do grupo GDF Suez e Salto Pilão. Em siderurgia e mineração, a companhia foi responsável pela montagem do projeto Alumar, da Alcoa, no Maranhão, e da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da ThyssenKrupp, no Rio.
O ano não vem se mostrando favorável para ofertas. Apenas neste mês, a holding de moda InBrands desistiu de realizar sua operação e a produtora de grãos Los Grobo, da Argentina, arquivou seus pedido de abertura de capital.
Por não concordarem em negociar as ações com desconto, a Liz Cimentos e a Copersucar também interromperam seus planos de ir à bolsa. A Petrorecôncavo, por sua vez, pediu a interrupção da análise da oferta até o fim do ano, com esperança de que o mercado esteja disposto a pagar um preço melhor pelos papéis.

Hotéis Slaviero

Folha 28.09.2011 - A rede paranaense de hotéis Slaviero investirá R$ 800 milhões na construção de mais de 30 hotéis nos próximos dez anos. A expectativa da companhia é ter unidades em todas as capitais do país. "Abriremos entre três e quatro hotéis por ano, com recursos próprios e parceiros locais em cada uma das cidades", afirma o diretor-presidente da empresa, Eduardo Campos.
A expansão será realizada com "greenfields", unidades construídas desde o início, e "retrofits", reformas de hotéis já existentes. As próximas inaugurações serão em Balneário Camboriú, em dezembro, e Cuiabá, em fevereiro. Em 2012, a rede, que tem hoje 19 hotéis, deve abrir unidades em Salvador e Belo Horizonte.

Caio elevará produção com Busscar

Valor 28.09.2011 - Com a proposta de R$ 40 milhões para a compra da fábrica da Busscar, em Joinville, a fabricante de ônibus Caio Induscar busca uma alternativa para manter o ritmo de crescimento e expandir a produção, hoje próxima do limite físico na unidade de Botucatu (SP). Segundo dados da companhia informados à Associação Nacional de Fabricantes de Ônibus (Fabus), a Induscar produziu 6.122 veículos de janeiro a agosto, 1,5% maior do que os 6.034 ônibus fabricados no mesmo período do ano passado.
No mesmo período, a Fabus apurou produção de 22.502 veículos, retração de 7,7% sobre os oito primeiro meses de 2010. De acordo com Maurício Cunha, diretor industrial da Caio, a empresa ajuizou proposta para aquisição do terreno e prédio da fábrica, além de equipamentos e máquinas. A marca e os modelos estão fora do negócio, nesse momento.
"Estamos muito próximos da saturação em Botucatu e temos interesse em assumir uma estrutura que está pronta para a atividade", diz o diretor. A Caio produz 37 ônibus por dia e tem cerca de 4,5 mil funcionários na fábrica de carrocerias e nas unidades de fabricação de peças de fibra de vidro.
Segundo o presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, João Bruggmann, os R$ 40 milhões seriam suficientes para cobrir metade das dívidas da Busscar com os trabalhadores. A empresa está com 18 salários atrasados, além de dois 13º salários. De acordo com Bruggmann, cerca de 900 trabalhadores ainda estão ligados oficialmente à Busscar. Procurada, a diretoria da empresa informou que não comentaria a proposta da Caio porque ainda não foi oficialmente comunicada.
Essa foi a primeira proposta oficial feita para a compra da fábrica. Segundo Bruggmann, a notícia é positiva. "É a primeira vez que alguém ofereceu um valor real e os trabalhadores têm expectativa de receber pelo menos parte dos atrasados", disse.
A Justiça do Trabalho deverá intimar as partes envolvidas no processo antes de tomar uma decisão sobre a proposta de compra da fábrica. A expectativa do Sindicato dos Mecânicos é que se tenha uma definição em até 15 dias.
Segundo Cunha, a experiência dos profissionais em cargos de gerência e projeto e a mão-de-obra operacional treinada interessam à Caio. A empresa chegou a enviar uma equipe de recursos humanos a Joinville para recrutar interessados em trabalhar no interior paulista, mas poucos aceitaram a transferência, informou o diretor.
"Temos interesse em retomar os empregos, gradualmente", disse. A empresa tem grande participação no segmento de ônibus urbano - responde por 90% da produção, mas vê possibilidade de expansão também no segmento rodoviário.

Foxconn pode ficar sem o apoio do BNDES

Exame 27.09.2011 - Não seria apenas a falta de sócio brasileiro o motivo de continuar incerta a instalação de uma nova fábrica da Foxconn no Brasil para produzir localmente o iPad, da Apple, conforme disse publicamente o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, recentemente. O maior enrosco é o financiamento da operação, que estaria orçada em 12 bilhões de dólares segundo o governo brasileiro anunciou durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China. Contava-se que isso seria resolvido com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Porém, nos últimos meses, depois que tomaram conhecimento dos detalhes da proposta da Foxconn, os técnicos do BNDES teriam recuado em relação à ideia de injeção de dinheiro do banco estatal no negócio. De acordo com uma pessoa próxima à negociação, o BNDES ficou com a impressão de que os taiwaneses ao final não fariam nenhum investimento. Daí a necessidade de, além de ter o banco brasileiro como financiador, achar também uma empresa local para ser sócia estratégica. Mas o próprio ministro Mercadante afirmou que as empresas brasileiras não têm “musculatura financeira” para arcar com o investimento. Sem o BNDES, sem sócio local e com os chineses pouco dispostos a colocar dinheiro próprio, a fantástica fábrica de 12 bilhões de dólares e 100 000 funcionários parece um devaneio distante. Projeto da Vale em SE esbarra em petróleo da Petrobras.

Genéricos avançam em farmácia popular

Valor 28.09.2011 - Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos, diz que as vendas crescem mês a mês. A venda de medicamentos genéricos no programa Aqui Tem Farmácia Popular, do governo federal, já representa 65% do total comercializado pelos estabelecimentos que participam dessa rede. Esse programa oferece remédios gratuitos para combater diabetes e hipertensão e subsidiados para asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de fraldas geriátricas. Em janeiro, a participação desse segmento estava em 51%. No mês seguinte, quando o governo federal anunciou a distribuição gratuita de medicamentos para diabetes e hipertensão, a fatia de genéricos saltou para 56% e em agosto ficou em 65%, de acordo dados do Ministério da Saúde, compilados pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). "A participação dos genéricos cresce mês a mês", diz Odnir Finotti, presidente da entidade. A distribuição gratuita de medicamentos para diabetes e hipertensão começou a partir de fevereiro deste ano. De janeiro a agosto, cerca de 7 milhões de pessoas utilizaram o programa Aqui Tem Farmácia Popular. Deste total, 6,344 milhões de pessoas receberam gratuitamente medicamentos para diabetes e hipertensão. "Já são cerca de 20 mil estabelecimentos. No início do ano, a expectativa eram 15 mil", afirmou Finotti.
Para este ano, o orçamento para esse programa, que prevê medicamentos com 90% de subsídio por parte do governo, foi fechado em R$ 470 milhões. A fatia com produtos gratuitos contra diabetes e hipertensão consome cerca de 60% do total. Apesar das críticas no mercado de que faltam produtos para abastecer esses estabelecimentos conveniados com o governo, os principais laboratórios acreditam que esse programa tem melhorado o acesso da população aos medicamentos.
Segundo Marco Aurélio Miguel, diretor de marketing da divisão EMS genéricos, vice-líder nesse segmento, a partir de 2006, com a expansão desse programa para as redes privadas, a demanda pelos produtos da EMS teve um grande crescimento. A EMS atende o programa Farmácia Popular com 20 apresentações de produtos, entre elas, atenolol, captopril, maleato de enalapril e sinvastatina e lidera o fornecimento de sete desses produtos, como o caso do atenolol (25 mg com 60 comprimidos), glibenclamida, hidroclorotiazida, alendronato de sódio (apresentações de 70 mg com 2 e 4 comprimidos), brometo ipratropio e maleato de timolol. Entre setembro de 2010 e agosto de 2011, a demanda da EMS Genéricos no Farmácia Popular foi de R$ 235,6 milhões. No mesmo comparativo, a demanda foi de 19,3 milhões de unidades. Procurada, a Medley, controlada pela francesa Sanofi-Aventis, líder em genéricos, informou que "graças a um portfólio relevante em diabetes e hipertensão, a companhia tem conseguido contribuir para o esforço do governo de ampliar o acesso a medicamentos importantes para a população brasileira, por meio do Farmácia Popular".

Vale x PETROBRAS

GPdeLondrina 27.09.2011 - A Vale já tem um contrato de arrendamento com a Petrobras pelo qual produz potássio na região a partir da mina de Taquari-Vassouras
Petrobras e Vale ainda não chegaram a um acordo sobre o projeto de potássio Carnalitas no Sergipe porque negociam como tornar compatível a exploração de petróleo e de potássio existentes na mesma localidade, afirmou o diretor de Operações da Vale Fertilizantes, Marcelo Fenelon, nesta terça-feira.
A Petrobras, segundo ele, talvez tenha de abrir mão de explorar uma parte das reservas, que integram o campo de Carmópolis, um dos maiores produtores de petróleo em terra do país.
O acordo entre Vale e Petrobras não tem previsão para ser celebrado, disse o executivo a jornalistas após palestrar no 14o Congresso Brasileiro de Mineração, em Belo Horizonte.
"Está sendo discutida a convivência da lavra de petróleo com a lavra de potássio. Convivência ou prioridade", disse o executivo ao ser indagado sobre o que falta para que um acordo entre Vale e Petrobras seja realizado. A Vale já tem um contrato de arrendamento com a Petrobras pelo qual produz potássio na região a partir da mina de Taquari-Vassouras. O objetivo da Vale é ampliar a produção de potássio em mais de três vezes a partir da exploração de outras minas que ficam na área da Petrobras, onde a estatal possui direitos minerários.
Para tanto, as duas empresas precisam realizar um contrato de arrendamento ou de venda dos direitos minerários da Petrobras para a Vale. Fenelon afirmou ainda que a Vale Fertilizantes possui projetos suficientes para passar de 14o lugar para 5o no ranking dos maiores produtores de potássio do mundo.
Os projetos têm previsão de entrada em operação até 2020 e demandam investimentos de 15 bilhões de dólares, informou ele.

Termelétrica arrendada pela Petrobras em MT já opera

Estadão 27.09.2011 - A usina termelétrica de Cuiabá, em Mato Grosso, arrendada pela Petrobras em março passado, entrou em operação hoje. Com capacidade para gerar 480 megawatts (MW), volume suficiente para suprir até 60% da demanda por energia de Mato Grosso, a unidade estava com atividades paralisadas desde agosto de 2007 em função da interrupção do fornecimento de gás natural pela Bolívia. O imbróglio foi solucionado graças à participação da Petrobras, que após arrendar a unidade junto à Empresa Produtora de Energia (EPE), negociou a retomada do fornecimento de gás natural com a estatal boliviana Yacimientos Petroliferos e Fiscales Bolivianos (YPFB). "Temos certeza de que este é um dia histórico para o Estado, porque a garantia do gás natural para a térmica é a garantia de desenvolvimento do mercado de gás para todo Mato Grosso", afirmou o gerente da Petrobras, João Marcello Rangel, segundo nota da Pantanal Energia, nome utilizado pela EPE.
O acordo entre Petrobras e EPE sobre a Usina Termelétrica Governador Mário Covas foi formalizado em 29 de março e tem prazo até o final de 2012. Conforme acordado, a Petrobras se tornou titular da energia gerada no empreendimento. Para viabilizar a geração de energia, a estatal brasileira negociou com a YPFB a entrega de até 2,2 milhões de metros cúbicos por dia. "Nestes dois próximos anos, vamos estudar a forma de instituir um contrato diretamente com a Pantanal Energia", destacou o diretor nacional de Gás Natural da YPFB, Jorge Sosa.

Grupo Ibmec reestrutura a Veris Educacional

Valor 28.09.2011 - Após vender as faculdades Uirapuru e Imapes, de Sorocaba, para a Anhanguera há sete meses, o Grupo Ibmec reestrutura a Veris Educacional, formada por três faculdades voltadas a alunos das classes C+ e B, dispostos a pagar mensalidades entre R$ 600 e R$ 700.
A meta é transformar a Metrocamp, faculdade de Campinas adquirida em 2008 pela Veris, em uma unidade do Ibmec a partir de 2016. "Será uma mudança gradual. Temos um concorrente forte na região que é a Facamp por isso vamos fazer essa mudança com cuidado", diz VanDyck Silveira, presidente do Grupo Ibmec desde fevereiro.
O Ibmec só pode abrir uma unidade em São Paulo (em um raio de 120 quilômetros a partir da Praça da Sé) daqui cinco anos por conta do acordo fechado com o Insper, que até 2009 operava também com o nome Ibmec. "Esse é o tempo necessário para o Insper consolidar seu [novo] nome no mercado. A partir 2016, podemos abrir unidades em São Paulo e eles nas praças em que atuamos", diz Silveira. "Com certeza teremos também um Ibmec na capital no dia 1º de janeiro de 2016".
As faculdades IBTA e Veris, cujos campi ficam em São José dos Campos e em São Paulo, respectivamente, também passarão por mudanças. Essas duas unidades que atualmente ministram apenas cursos tecnológicos, com duração de dois anos, terão também graduação nas áreas de engenharia, segundo Silveira.
O Valor apurou que as faculdades Veris chegaram a ser oferecidas a possíveis compradores. Questionado se o Ibmec está em negociações ou tem intenções de vender esses ativos, uma vez que o foco atual do grupo é a marca Ibmec, Silveira negou que tenha planos de se desfazer dessas faculdades: "Vendemos a Uirapuru e Imapes porque o perfil delas era muito diferente das demais faculdades da Veris. Mas foram vendas pontuais, não pretendemos vender as outras".
Entre as estratégias atuais de crescimento, uma delas é transformar o Ibmec em uma universidade politécnica com cursos de engenharia, arquitetura e, possivelmente, design e gestão de saúde. Hoje, o Ibmec é basicamente uma escola de negócios, com cursos nas áreas de administração, economia e gestão. A meta para 2014 é atingir um faturamento de R$ 340 milhões, o que representa o dobro da receita registrada no ano passado
As mudanças no foco do grupo Ibmec foram anunciadas um ano após a entrada da fundo americano de investimento Capital, que em 2010 adquiriu 30% do capital do Ibmec por R$ 130 milhões.

Banco Bracce

Folha 28.09.2011 - O Banco Bracce começa a oferecer operações estruturadas, com emissão no mercado de capitais, para empresas de médio porte.
"Permite que empresas com faturamento entre R$ 100 milhões e R$ 1 bilhão também captem a longo prazo", segundo Patrícia Bentes, vice-presidente do banco.
"São operações com várias garantias, prazo de 48 meses e 12 meses de carência, a um custo entre 180% e 200% do CDI", diz ela. Para o investidor, gira em torno de 150% do CDI, um potencial de retorno acima da média do mercado para risco similar."

Empreiteiras da China planejam entrada no mercado brasileiro

Valor 28.09.2011 - Depois de décadas de forte crescimento das operações na Ásia e na África, empresas de construção da China agora estão de olho no mercado brasileiro, e do resto da América Latina, para expandir os negócios. Chunhe Diao, presidente da China International Contractors Association (Cica), que reúne empresas do setor com contratos de US$ 134 bilhões no exterior em 2010, disse ontem que várias empresas chinesas examinam operações de fusão ou aquisição no Brasil, visando especialmente projetos de infraestrutura. "O Brasil é um dos mercados que vamos explorar para crescer, e temos interesse também em construção de usinas, estradas e petróleo", afirmou o executivo ontem em Genebra. Ele participou de um seminário focado na estratégia internacional chinesa e avisou que os investimentos chineses no exterior "estão apenas no começo".
Nada menos de 800 empresas sócias da Cica participam de projetos internacionais, apoiadas pelo crédito barato que Pequim fornece para ganharem licitações. Os contratos externos das empreiteiras chinesas passaram de US$ 2,5 bilhões em 1990 para US$ 134,4 bilhões no ano passado e provavelmente US$ 150 bilhões este ano. O plano chinês procura combinar comércio e investimentos. Diao afirmou que a China tem excesso de produção de aço, cimento e outros produtos, sugerindo indiretamente que quer ter mais companhias operando no exterior pode ajudar a escoar esse excesso.
No Brasil, um dos projetos que interessa aos chineses é o do trem-bala, estimado em R$ 33 bilhões, para o qual Pequim está disposto a entrar com financiamento.
Qitao Liu, presidente da China Communications Construction Company, confirmou que a empresa continua interessada em participar do leilão do trem-bala. Em relação ao financiamento da obra,, disse que isso estava sendo tratado "no mais alto nível", indicando que a participação poderia vir de decisão política. O China ExIm Bank financia, por exemplo, 85% da construção de ponte sobre o rio Danúbio, na Sérvia. Dois terços da construção de um cassino nas Bahamas, também nas mãos de construtoras chinesas, são financiados por Pequim. Para Changgi Wu, professor da Universidade de Pequim, o interesse da China pelo Brasil "é enorme". Conta que, no ano passado, acompanhou alunos empresários ao Rio, todos interessados no país. Segundo ele, um empresário, que foi seu aluno, produz pisos de madeira no Brasil e está ficando cada vez mais rico. "Ele agora comprou terreno na floresta", disse.
Os investimentos diretos estrangeiros (IDE) da China pularam de US$ 1 bilhão em 2000 para mais de US$ 60 bilhões no ano passado. Cerca de 70% foram na Ásia, outra fatia importante na África. O plano estratégico de Pequim prevê aquisições e fusões no exterior de pelo menos US$ 100 bilhões por ano, nos próximos cinco anos. É uma maneira de usar as reservas internacionais, de US$ 3,2 trilhões, e que podem duplicar até 2013. Empresas como China National Machinery e China Railway Construction também participaram do seminário em Genebra, todas interessadas em expansão nos mercados emergentes. A mensagem principal dos chineses, trazida pelo vice-ministro de Comércio, Jian Chen, foi para os governos deixarem Pequim investir e não levantarem barreiras, sob o pretexto de segurança nacional. Na Europa em crise, o primeiro contrato de uma gigante chinesa da construção na Europa terminou em fiasco. A empreiteira Covec está bem implantada na Ásia, tem operações na África, mas faltava a Europa. Ganhou licitação para a construção de uma estrada ligando a fronteira alemã a Varsóvia, para a Eurocopa de 2012.
A proposta chinesa era imbatível, bem mais barata que o previsto pelo governo polonês. Empresários poloneses reagiram, denunciando dumping e, na prática, um preço político, para que a Covec entrasse no mercado europeu. O grupo chinês disse que o preço era baixo em razão dos métodos de trabalho. Só que, depois de iniciar a obra, viu que não daria conta da tarefa. Quis renegociar o contrato, o que foi rejeitado pelo governo polonês, e teve que voltar para Pequim."

Criador do Doritos será sepultado junto com salgadinhos

Reuters 28.09.2011 - O homem considerado o criador do Doritos será sepultado junto com alguns desses famosos salgadinhos de milho, disseram parentes dele nesta terça-feira.
Arch West morreu em 20 de setembro, aos 97 anos, por causas naturais, em um hospital de Dallas. Seus restos foram cremados, e a família pretende enterrar a urna no sábado em um cemitério local.
A família pediu que amigos e parentes participantes da cerimônia possam jogar Doritos em torno da urna, como forma de homenagem. "Ele acharia isso hilário", disse sua filha, Jana Hacker. "O cemitério não se importa, porque eles são biodegradáveis." O Doritos foi lançado em 1964 no sul da Califórnia, e em todo o território dos EUA em 1966, segundo Aurora González, assessora de imprensa da empresa Frito-Lay. West, que se aposentou em 1971 como executivo de marketing da empresa, ficou interessado em produzir o salgadinho depois de provar uma espécie de tortilha crocante num quiosque de beira de estrada, durante férias no sul da Califórnia, no começo da década de 1960, segundo a filha dele.
"A empresa não gostou realmente da ideia, mas papai conseguiu direcionar parte do dinheiro (de pesquisa e desenvolvimento de produtos) para esse projeto", relatou ela.
O resto é história. O Doritos – crocante e com um cheiro peculiar - é o segundo salgadinho mais vendido entre as marcas da Frito-Lay, em nível nacional e internacional, perdendo apenas para a batata frita Lay's. O sabor "queijo nacho" é o Doritos mais popular, segundo González. As vendas globais do Doritos chegaram a cerca de 5 bilhões de dólares em 2010. Hacker disse que os sabores favoritos do criador eram o "Cool Ranch" e o "milho tostado." "Eu sempre os tinha na minha lista de compras para ele, até o final", afirmou.

Inadimplência das pessoas físicas atinge maior nível desde maio do 2010

Agência Brasil 27.09.2011 - A inadimplência das pessoas físicas fechou agosto no maior nível desde maio do ano passado. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (27/9) pelo Banco Central, os atrasos nos pagamentos de mais de 90 dias corresponderam a 6,7% das operações de crédito. Para as pessoas jurídicas, a inadimplência foi 3,9%, maior nível desde outubro de 2009.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o aumento da inadimplência foi provocado pelas medidas macroprudenciais tomadas no fim do ano passado, que encurtaram o prazo médio e ampliaram as taxas de juros das operações no primeiro semestre. “De fato, isso provocou um aumento, mas as taxas estão abaixo do observado em outros ciclos [de aperto no crédito]”, ressaltou.
Maciel descartou o risco de descontrole da inadimplência. Ele alegou que o crescimento do emprego, mesmo em ritmo menor que no ano passado, continuará a garantir o pagamento das operações de crédito pela população brasileira. “A massa salarial é uma variável importante quando olhamos para a inadimplência. Os salários ampliados são um indicador da capacidade de pagamento”, declarou.
Apesar do agravamento da crise econômica internacional, Maciel diz que a inadimplência se acomodará e não deverá voltar a crescer no próximo ano. “Mesmo havendo crise no cenário externo, nossa perspectiva é a de continuidade do crescimento da economia brasileira. Isso se reflete em maior massa salarial e nível de ocupação”, destacou.

Banco Central aumenta para 17% projeção de crescimento do crédito

JCRJ 27.09.2011 - O Banco Central (BC) revisou para cima as projeções de crescimento do crédito para este ano. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a estimativa de expansão passou de 15% para 17%. A projeção de crescimento para o crédito com recursos livres em 2011 passou de 14% para 16%. Para o crédito direcionado, a previsão passou de 17% para 19%. Esse tipo de crédito tem taxas e recursos determinados em normas governamentais, destinado basicamente aos setores rural, habitacional e de infraestrutura. Em relação ao tipo de instituição financeira, a previsão de crescimento do crédito dos bancos públicos passou de 15% para 18%. Para os bancos privados nacionais, a projeção foi revista de 15% para 17%. Apenas a previsão para os bancos privados estrangeiros foi mantida em 16%.
A relação entre o crédito e o que o país produz também foi revisada para cima. A proporção entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o ano em 49%, contra 48% estimados anteriormente.
Segundo Maciel, o crescimento da previsão do crédito das instituições públicas está relacionado principalmente à expansão dos financiamentos habitacionais. Apenas nos últimos 12 meses, o crédito para o setor habitacional e imobiliário subiu 44,8%.
Apesar de a expansão ter sido revista para cima, Maciel alega que as medidas tomadas pelo BC no fim do ano passado para conter o crédito estão surtindo efeito. “A moderação tem sido efetivamente verificada e as medidas macroprudenciais foram determinantes para isso, sobretudo no crédito voltado para a pessoa física”, alegou. De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, mesmo com previsão de crescer 17%, o crédito continuará a se expandir em ritmo menor que no ano passado. Ele lembrou que o volume de crédito aumentou 20,6% em 2010. “A previsão para este ano ficará maior apenas do que em 2009, que foi um ano de crise”, declarou. Há dois anos, o crédito cresceu 15,2%.


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