sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Azul.CA.09.09

Daily News

Brasil Brokers vai vender lotes situados na Patagônia argentina
Valor 09.09.2011 - A Brasil Brokers terá sua primeira experiência na comercialização de imóveis localizados fora do Brasil. A empresa fará, com exclusividade, a intermediação da venda, no país, de lotes do empreendimento argentino de alto padrão El Desafío Mountain Resort. A comercialização funcionará como teste inicial de venda de produtos além das fronteiras nacionais. A internacionalização não faz parte da estratégia de curto prazo da Brasil Brokers, mas é uma possibilidade considerada. "Há algumas oportunidades de crescimento que estamos avaliando nos países vizinhos, mas nossa prioridade absoluta é crescer no Brasil", diz o sócio-fundador da Brasil Brokers Julio Pina.

O empreendimento El Desafío, em San Martín de los Andes, na Patagônia Argentina, foi desenvolvido em conjunto pela Hicks Trans American Partners e pela Terra Patagonia, com investimentos de US$ 60 milhões. Os incorporadores argentinos virão ao país, na próxima semana, em busca de compradores para os lotes. Conforme a Brasil Brokers, o público potencial são empresários, com renda acima de R$ 50 mil, e 60% e 70% das vendas devem se concentrar em São Paulo.

Os incorporadores lançaram a primeira fase do projeto há dois meses, com 200 lotes, dos quais 120 foram vendidos na própria Argentina, no Paraguai e no Uruguai. A segunda fase, com oferta de 400 lotes, terá início assim que as vendas da primeira forem concluídas. A Brasil Brokers estima vender 50 lotes a compradores brasileiros, segundo o sócio-diretor da companhia, Marcelo Senna. Já o sócio-fundador do El Desafío Claudio Hirsch projeta vendas de 50 a 70 lotes no país.

As áreas destinam-se à construção de "residências de lazer", e os proprietários terão acesso à toda infraestrutura do local. Um campo de polo já está pronto e outro com essa finalidade e um de golfe estão em fase de conclusão. O projeto prevê também clube de hipismo, estrutura para criação dos cavalos, e espaços para prática de caminhada, escalada, esqui de fundo e pesca de mosca. O local fica próximo à estação de esqui de Chapelco.

Os lotes que serão oferecidos a compradores brasileiros têm preços a partir de US$ 35 por metro quadrado. Conforme Senna, o preço médio do metro quadrado do lote custará US$ 50, e as áreas médias serão de três mil metros quadrados, com valor total de US$ 150 mil. No interior de São Paulo, em condições similares de infraestrutura de lazer, um lote, com dimensões menores, poderia custar R$ 1 milhão, segundo o executivo. Há perspectiva de valorização das terras do El Desafío em função do início das operações das áreas de lazer. "Em 2012, o metro quadrado deve ser vendido por US$ 90 ou US$ 100", diz Hirsch. No ano que vem, serão lançadas residências no local.
Antes de fechar com os argentinos a venda de lotes do El Desafío, a Brasil Brokers foi procurada por empreendedores com projetos em Miami, Montevideo e Punta del Este. No segundo semestre, a Brasil Brokers tornou-se a líder em número de imóveis vendidos no país, ao ultrapassar a LPS Brasil - Consultoria de Imóveis, conhecida como a imobiliária Lopes.


Franquias já disputam cada m² em shoppings próximo da Copa
DCI 09.09.2011 - Com a aproximação dos megaeventos esportivos, franquias do setor de fast-food precisam enfrentar filas de até dois anos para obter um ponto comercial nas praças de alimentação de grandes centro de compras do País.

Além do tempo necessário para obter uma vaga, os empresários do ramo reclamam dos altos preços cobrados nesses centros de compras, que chegam a até R$ 5 mil por metro quadrado. Para fugir desse meio, os executivos apostam em novos shoppings. "Está mais fácil conseguir espaço em um shopping na planta do que esperar uma vaga nos já construídos", diz Adenilson Soares, da Risoto Mix. Pesquisa da Cushman & Wakefield mostra que o Shopping Iguatemi, em São Paulo, tem o m² mais caro do Brasil, atrás apenas de centros comerciais nos EUA.


Rodovias Tietê pede registro para emitir títulos de dívida
Valor 09.09.2011 - A concessionária Rodovias do Tietê quer levantar R$ 350 milhões com debêntures para melhorar o perfil da sua dívida. O objetivo principal da empresa é eliminar seus compromissos de curto prazo. Para fazer uma emissão de títulos não conversíveis em ações, a empresa solicitou ontem registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ao fim do primeiro semestre, o somatório de dívidas e compromissos de curto prazo da concessionária era de R$ 566,5 milhões. O valor supera com folga o total do ativo circulante (R$ 87,8 milhões), cuja maior parcela é representada pelo dinheiro em caixa. Somente em notas promissórias com vencimento em 17 de dezembro deste ano, o endividamento da empresa era de R$ 483,1 milhões.
Além da captação no mercado, a Rodovias do Tietê ainda pretende financiar R$ 355 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com os novos recursos, a empresa vai reduzir suas despesas financeiras, em função das menores taxas de juros que deverão ser praticadas nas novas operações.

Nos primeiros seis meses do ano, as despesas financeiras da Rodovias Tietê avançaram 35%, para R$ 42,5 milhões, em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, a empresa apurou prejuízo financeiro de R$ 38,7 milhões, uma perda 23% maior na mesma comparação.

Na última linha, o prejuízo líquido da concessionária atingiu R$ 5,9 milhões, um avanço de 80% sobre os seis primeiros meses do ano anterior. A receita líquida aumentou 16%, para R$ 85,4 milhões, enquanto os custos avançaram 26%, para R$ 49,7 milhões, e as despesas 13%, para R$ 30 milhões.

Controlada pela Cibe, Opway e Leão&Leão, a Rodovias do Tietê opera o corredor Marechal Rondon Leste desde abril de 2009. Sua malha rodoviária tem 406 quilômetros e abrange 24 municípios do interior paulista. Os contratos de concessão - com duração de 30 anos conforme sistema do governo do Estado de São Paulo - preveem investimentos de R$ 1,3 bilhão.
Segundo parecer dos auditores da Ernst & Young Terco sobre a situação financeira da concessionária ao fim do primeiro semestre, a execução do orçamento previsto para os próximos anos "dependerá substancialmente dos recursos de longo prazo a serem obtidos e de eventual aporte de capital por parte dos acionistas".


Odebrecht puxa exportações da Coreia para o Brasil
Brasil Economico 08.09.2011 - Navios de perfuração em destaque entre itens coreanos mais importados pelo Brasil. Navios de perfuração coreanos já vendem mais que carros da Hyundai no Brasil, em valor.

Nos últimos tempos, os negócios entre o Brasil e a Coreia vêm crescendo a passos largos, impulsionados principalmente pelas importações de automóveis de passageiros da Hyundai e da Kia, de dispositivos de LCD (tela de cristal líquido) e componentes eletrônicos da Samsung e da LG, além de aparelhos de radiocomunicação, equipamentos pesados para construção, produtos laminados de ferro e até mesmo combustíveis para avião.

No primeiro semestre deste ano, contudo, há uma surpresa. Os navios de perfuração, até então fora do ranking dos 10 itens coreanos mais importados pelo Brasil surgiram, no período de janeiro a julho de 2011, no topo da lista.

Em valor, os navios de perfuração responderam por 18,6% de todas as importações de produtos coreanos feitas pelo Brasil no primeiro semestre de 2011. Isso significa US$ 1,35 bilhão de um total de US$ 10,7 bilhões.
Os carros de passeio, os campeões da lista dos mais importados em 2010, caíram para o segundo lugar, ficando com 16,5% da composição das importações e um valor de US$ 1,2 bilhão.

Não existe uma informação oficial sobre o responsável por esta mudança no ranking, mas uma fonte do governo brasileiro diz que os novos números estão ligados a uma venda feita pelo estaleiro coreano Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME) à Odebrecht Óleo & Gás (OOG), que já encomendou quatro navios de perfuração à DSME e ambiciona deter uma das maiores frotas de perfuração para águas ultraprofundas do mundo.

O navio ODNII está previsto para deixar a Coreia em abril de 2012, quando iniciará sua viagem ao Brasil, segundo a empresa brasileira.

Nos últimos meses, a OOG tem feito pedidos de navios-sonda com o intuito de atender a Petrobras em perfurações relacionadas à camada do pré-sal. A OOG anunciou que tem planos de investir US$ 3,5 bilhões até 2013 e chegar a seis sondas e navios de perfuração.

As embarcações para perfuração devem continuar no topo da pauta de importações, uma vez que o Brasil deve seguir investindo na exploração petrolífera.

Com parcos recursos naturais, muito investimento em educação e foco em setores peso-pesados, a Coreia conseguiu transformar seu país em uma grande linha de produção de itens de alto valor agregado e enriquecer com isso. Cerca de 50% do seu PIB de US$ 1 trilhão vêm das exportações. No primeiro semestre de 2011, os coreanos exportaram US$ 324,3 bilhões para todo o mundo e importaram US$ 302 bilhões, registrando um saldo de US$ 22 bilhões.

O comércio bilateral entre Brasil e Coreia tem crescido a olhos vistos. Foram movimentados US$ 12,4 bilhões no ano passado, 37,7% a mais que em 2009. O saldo da balança comercial, contudo, foi deficitário em US$ 3 bilhões para o Brasil. Este valor é o dobro do registrado em 2009.

Já no primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou US$ 3,4 bilhões à Coreia e importou US$ 7,3 bilhões, registrando um déficit de US$ 3,8 bilhões.

Do lado das exportações brasileiras, a força está nos produtos primários, igual ao que foi vendido nas últimas décadas, como minério de ferro, ferro ou ligas de ferro, algodão, derivados de soja, pasta química de madeira e grãos de café.

Em alguns produtos em que é tradicionalmente forte, o Brasil vem perdendo espaço no mercado coreano. Os miúdos de aves congelados, por exemplo, responderam por apenas 34% das importações coreanas no primeiro semestre deste ano (contra mais de 50% nos dois anos anteriores).
A perda de espaço ocorreu, sobretudo, para produtos americanos, cujas importações, mais competitivas, mais que dobraram.



Boticário anuncia investimento de R$ 355 milhões na Bahia
Brasil Economico 08.09.2011 - Artur Grynbaum: "Vamos continuar olhando novas oportunidades em cosméticos e moda".
Nova fábrica terá capacidade para produzir 330 milhões de itens por ano, superando a planta de São José dos Pinhais (PR).
Em um ano movimentado para o grupo Boticário, a companhia anuncia que irá investir R$ 240 milhões em uma nova fábrica e R$ 115 milhões em um centro de distribuição (CD). Ambos serão instalados na Bahia.

A unidade terá capacidade para produzir 330 milhões de itens por ano, superando a planta de São José dos Pinhais (PR), que hoje fabrica cerca de 250 milhões de itens anualmente. Já o CD terá capacidade de distribuição de até 417 milhões de itens por ano.

Em 2011, a maior franquia de cosméticos do Brasil lançou a marca Eudora e entrou no capital da Scalina, detentora das marcas Scala e Trifil. A investida da empresa no Nordeste já havia sido antecipada pelo Brasil Econômico no início de julho.

De acordo com o presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, as vendas da empresa para o Norte e Nordeste estão crescendo em uma taxa superior à registrada em outras regiões do país e o novo aporte visa atender os parceiros e consumidores locais com maior rapidez.

"Cidades que hoje chegam a demorar até 12 dias para receber os produtos terão esse tempo reduzido para seis dias", afirma Grynbaum. A Bahia responde por 30% das vendas totais da empresa na região Nordeste.

A companhia, que recebeu do governo da Bahia incentivos como o auxílio na aquisição do terreno e a postergação no pagamento dos recolhimentos dos tributos, ainda está definindo o município que irá receber a fábrica. As cidades candidatas são Camaçari, Feira de Santana, Simões Filho e Candeia.

O início das obras será no início de 2012 e deve durar 18 meses. A operação, a partir de 2013, deve gerar cerca de 700 empregos diretos.

O presidente do Grupo Boticário avalia que, além da facilidade logística na entrega dos produtos, o estado já tem um polo cosmético atrativo para fornecedores.

A fábrica da Bahia irá produzir todos os produtos das marcas O Boticário e Eudora com exceção das linhas de maquiagem que, segundo Grynbaum, exigem um grau maior de especificidade. Este segmento ficará centralizado na unidade do Paraná que receberá um novo pacote investimentos a ser anunciado ainda este ano.
O CD instalado em Registro (SP) também irá contar com um novo aporte. Parte dos recursos para realizar os planos de expansão da companhia serão da própria empresa e o restante será obtido por financiamento junto a bancos.

O grupo também irá levar a marca Eudora para novas cidades. Hoje em operação em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de janeiro e Fortaleza, contará com novas lojas em Recife e Salvador, entre final de setembro e início de outubro. Até o final do ano a marca chegará em Curitiba e a empresa estuda um ponto no Rio Grande do Sul.
Sócio da marca Scalina, o presidente do Grupo Boticário não descarta novas aquisições ou parceria. "Vamos continuar olhando novas oportunidades em cosméticos e moda e queremos ter maior participação nesses dois segmentos", afirma.
Juntas, as marcas O Boticário e Eudora têm portfólio mais de 1.000 itens. A expectativa é de que a receita do grupo em 2011 supere os R$ 2 bilhões e o faturamento das lojas receba um incremento de 20% sobre os R$ 4,5 bilhões alcançados em 2010.


Varejista admite problemas no país
Valor 09.09.2011 - O presidente da área internacional do Walmart, Doug McMillon, afirmou anteontem a analistas internacionais que era necessário entrar com o modelo "preço baixo todo dia" no Brasil porque a rede apresentava dificuldades com o formato anterior, baseado em promoções. McMillon disse que há um ano, a companhia no Brasil passava por um "período difícil" do ponto de vista do equilíbrio entre lucro e prejuízo. "Nós tinhamos um modelo operacional que não era sustentável."

Sobre a implementação do novo modelo comercial do "low price every day", o executivo disse que não esperava que isso levasse tanto tempo. "Francamente, isso tem levado mais tempo do que eu imaginava que levaria", e completou: "Eu atribuo isso ao ambiente excessivamente high-low [alta variações nos preços] no Brasil".

Segundo ele, há sinais de que o novo formato está evoluindo bem, com aumento de 7% nas transações, "porque as pessoas entram nas lojas e percebem que economizam", mas o tráfego de pessoas na rede caiu 4% a 5%. Ele reforçou que está muito otimista em relação ao que o Brasil pode representar para o grupo no futuro.

O executivo do Walmart foi questionado sobre possibilidade de aquisições no Brasil. Circulam no mercado informações sobre o interesse da cadeia americana no Carrefour. "Nós não descartamos aquisições no Brasil", disse, sem citar o rival. "Mas no momento, nós só queremos ser o melhor que pudermos ser". O executivo ainda ressaltou sinais de pressão inflacionária: "Nós estamos vendo no Brasil alguma inflação".


Sem pressa, Walmart vai dobrar tamanho do Sam's no Brasil
Valor 09.09.2011 - Ambrosano, vice-presidente e responsável pelo Sam's Club: investimento por loja vai de R$ 20 milhões a R$ 35 milhões.
Há 16 anos no Brasil, o Sam's Club, clube de compras do Walmart, soma 25 pontos no país, com ritmo de inauguração que chegou a, no máximo, três unidades ao ano. É um formato que cresce na base do boca a boca. Ao se pagar uma anuidade de R$ 45, o associado do Sam's pode comprar alguns produtos importados que o atacado não vende e mercadorias em grande quantidade com preços, em média, 15% menores do que no supermercado. O foco são famílias das classes A e B e pequenos comerciantes que encontram marcas como calças da Zoomp por R$ 99 e jogo de lençóis 300 fios a R$ 85.

O grupo Walmart definiu um plano mais agressivo para a cadeia, diz Marcos Ambrosano, vice-presidente e responsável pelo Sam's no país. A meta é chegar a 50 unidades em cinco anos - com isso, o volume de novas lojas deve passar de duas ao ano, em média, para cinco. O investimento médio por loja vai de R$ 20 milhões a R$ 35 milhões.

Até dezembro, lojas serão abertas em Porto Alegre (RS) e São Bernardo do Campo (SP). Em 2010, unidades foram criadas em Brasília e Ribeirão Preto. Cidades próximas às principais capitais e municípios mais populosos no Nordeste estão no radar.

No mundo, o Sam's Club cresce muito mais rapidamente que o Walmart, com alta no lucro operacional de 11% de janeiro a julho. Nos hipermercados do Walmart nos EUA (com modelo de operação mais maduro) a expansão foi de 1,5%. Em relação às vendas, o Sam's mundial cresce 9,4% e os hipermercados nos EUA, 0,5%.

Alguns indicadores abrem espaço para a companhia manter investimentos na bandeira Sam's no Brasil. A taxa de expansão do Sam's no país neste ano está cerca de 50% acima da expansão do braço de varejo do Walmart, apurou o Valor. "O fato é que a aposta do Walmart no Sam's do Brasil é a longo prazo e precisa acontecer respeitando o formato da operação, que não cabe em todo o mercado e em qualquer lugar", diz Manoel de Araújo, sócio da consultoria Martinez de Araújo.

"Não dá para ter uma loja dessa numa cidade com menos de 500 mil habitantes. Eles não terão tráfego de clientes em um volume justificável. Nessas cidades médias, eles podem entrar com o Maxxi, mas não com o Sam's", conta um ex-executivo da rede. O Maxxi Atacado, focado nas classes populares, chegará ao final de ano no Brasil com 57 lojas - sete serão abertas em 2011.

Araújo entende que esse é um crescimento que precisa ser analisado levando em conta os projetos prioritários para o grupo no Brasil. A empresa passa por um profundo ajuste do modelo comercial do Walmart Supercenters no Brasil e isso tem tomado mais tempo do que a empresa previa, admitiu ontem o comando. A empresa opera nove bandeiras no Brasil.
O comando do grupo Walmart já definiu que os supermercados TodoDia e o Maxxi Atacado vão liderar o plano de abertura de lojas no Brasil a curto prazo - algo que já vem acontecendo nos últimos anos. São bandeiras com forte atuação nas classes C e D, que têm puxado a expansão do grupo no país. "Temos planos para o Sam's mais agressivos no Brasil, mas não temos pressa", diz Ambrosano. "Nós temos um formato de loja com raio de atuação de 150 quilômetros, quase o dobro dos 80 quilômetros do Maxxi. Precisamos estar nos locais certos", afirmou ele.
Algumas mudanças foram implementadas nos últimos anos. O Sam's do Brasil negocia com fornecedores na China ao lado dos Sam's do México, Porto Rico e EUA. Também foi ampliado o volume de marcas importadas exclusivas nas lojas brasileiras.

Mercado cobra desfecho de novo acordo societário na Usiminas
Valor 09.09.2011 - As ações ordinárias da Usiminas lideraram as altas do Ibovespa ontem, com valorização de 8%, para R$ 23,65. Voltaram ao mercado conversas sobre as investidas de Benjamin Steinbruch, dono da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), sobre a empresa.
Os controladores da Usiminas - Nippon Steel, Camargo Corrêa e Votorantim - terão de definir o futuro societário da empresa. Já é unânime no setor siderúrgico que os constantes avanços de Steinbruch para entrar no bloco de controle da siderúrgica mineira tumultuam e afetam a credibilidade da empresa. É um problema que terá de ser solucionado e, para o bem da companhia, não pode demorar muito.

Enquanto a CSN faz suas compras na bolsa, o jogo parece estar mais favorável ao grupo Gerdau, que é visto como o contra-peso a Steinbruch e tem a simpatia da Nippon Steel para um futuro compartilhamento de gestão da Usiminas. Mas a Gerdau, depois de uma primeira avaliação de uma fusão da controlada Açominas com a Usiminas, aguarda melhores condições por parte dos japoneses. Segundo apurou o Valor, o grupo se retraiu há cerca de dois meses e não há consenso na família Gerdau sobre a viabilidade da união das empresas.

O governo não quer ver a Usiminas parar nas mãos de um grupo estrangeiro. Com livre trânsito e aproximação no Planalto, Jorge Gerdau tem todo o apoio para unir os dois ativos e ser a parte brasileira no controle da empresa. As sinergias operacionais de ambas são apontadas como fatores de aumento de competitividade - desde produção de matéria-prima própria (minério de ferro) à modal logístico.

Por mais que neguem, como fizeram em comunicado conjunto em abril, Camargo e Votorantim não conseguem convencer o mercado de que vão continuar sócios da Usiminas. As duas companhias têm, juntas, 26% do capital votante da siderúrgica.

Na época, informaram que receberam "indagações de terceiros sobre eventual interesse de venda de participação acionária na companhia". Informaram que não existia nenhuma proposta em aberto ou processo de alienação em curso. Essas indagações foram feitas por assessores financeiros da CSN. Recentemente, uma nova sondagem foi feita por Steinbruch, ao mesmo tempo que o empresário vem ampliando sua participação na Usiminas com compras na bolsa de ações ordinárias (ON, com direito a voto) e preferenciais (PN, sem direito a voto).
Após o pregão de ontem, as ONs da Usiminas valem quase o dobro (98%) do preço das PNs. Historicamente, as cotações das duas sempre foram próximas. Elas passaram a se distanciar desde que Steinbruch iniciou suas aquisições. No último comunicado divulgado, em agosto, a CSN informava ter 15,15% das PNs e 11,29% das ONs da Usiminas. Com isso, ficaram livres para circulação no mercado 78,33% das preferenciais e 12,60% das ordinárias. A liquidez das ONs, que já era pequena, ficou ainda mais reduzida e como, aparentemente, a CSN segue com interesse nas compras, o preço fica com tendência de alta.
A questão é que apenas as ONs da mineira possuem o tag along (prêmio de controle) de 80% previsto por lei. As PNs não.
No mercado, as apostas são de que a com a possível saída futura de Votorantim e Camargo do bloco de controle da Usiminas, a permanência da Nippon na empresa será suficiente para não configurar troca de controle.
No começo do ano, a CSN pagou ainda mais caro pelas ordinárias da Usiminas na bolsa e se essas ações voltarem até o nível das PNs, poderão ser uma perda de investimento. A CSN tem 13,13% do capital total da Usiminas, ou cerca de R$ 2,2 bilhões.
Em relatório, os analistas Rodrigo Barros e Silvia Baracaldo, do Deutsche Bank, avaliam que a Nippon (dona de 27,8% do capital votante) deverá exercer seu direito de preferência para a compra das fatias dos sócios. Eles lembram que a convivência com a CSN é improvável, uma vez que a Nippon recentemente encerrou uma parceria com a empresa de Steinbruch na Namisa, entre outros razões, por conta de divergências em visões estratégicas.
A grande questão, segundo o Deutsche, é se a Nippon chamará um novo sócio para o negócio.
Apesar de ninguém no mercado apostar em sua estratégia, ainda misteriosa para muitos, Steinbruch avança em sua tentativa de vir a controlar a Usiminas. Ele explica que as duas empresas terão muitos ganhos de sinergias juntas - por exemplo, uso de minério de ferro da mina Casa de Pedra, terminais portuários e acesso aos trilhos da MRS, na qual são sócias, além de complementação de mix de produtos.


Usiminas Mecânica
Folha 09.09.2011 - A Usiminas Mecânica, empresa de bens de capital da Usiminas, fornecerá à MRS Logística dez vagões de transporte de minério de ferro para testes.
Apesar de ter as mesmas dimensões do modelo tradicional utilizado na malha ferroviária, o novo vagão tem capacidade para transportar 18 toneladas a mais.
O fundo do vagão rebaixado é que permite a carga mais pesada.



Oferta da CSN por participação de 26% na Usiminas chega a R$ 5 bilhões
Estadão 08.09.2011 - Proposta de Benjamin Steinbruch pelas ações da Camargo Corrêa e da Votorantim chega a até R$ 39 por papel, prêmio de 65% em relação ao fechamento desta quinta na Bovespa
Depois de gastar parte do seu caixa comprando ações da Usiminas em bolsa, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fez uma oferta de peso para levar para casa a fatia de 26% que a Camargo Corrêa e a Votorantim têm na siderúrgica mineira. A oferta se aproxima de R$ 5 bilhões. Com esse lance, Benjamin Steinbruch espera inibir a principal sócia da Usiminas, a japonesa Nippon Steel, de exercer o seu direito de preferência.

Segundo uma fonte próxima à Usiminas, a proposta da CSN para a Votorantim e Camargo Corrêa já está na mesa há algum tempo, mas as companhias ainda não decidiram se irão ou não acatar, como revelou o Estado na edição de ontem. De acordo com a fonte, a oferta está entre R$ 33 e R$ 39 por ação ordinária, o que significa um total entre R$ 4,3 bilhões e R$ 5,1 bilhões. Esses valores correspondem a um prêmio de 39,5% e 64,9%, respectivamente, em relação à cotação do fechamento desta quinta-feira, 8.

As ações ordinárias da Usiminas fecharam com alta de 7,99%, a R$ 23,65, repercutindo informação sobre a proposta da CSN. A movimentação no mercado acontece porque, em caso de troca de controle, o acionista minoritário detentor da ação ordinária tem direito ao tag along.

Apesar da recente renovação do acordo de acionistas da Usiminas, o mercado não descartou a possibilidade de Votorantim e Camargo Corrêa venderem suas participações no grupo. Caso aceitem a proposta da CSN, as empresas terão de oferecer suas ações aos demais integrantes do bloco de controle da Usiminas: Nippon Steel e Caixa dos Empregados. É nesse momento que a Nippon poderá interferir nos planos de Steinbruch, já que possui direito de preferência. Para exercer tal direito, terá de bancar a mesma oferta da CSN.

Bloqueio. Uma fonte, que pediu para não ser identificada, afirmou que a Nippon deve fazer o possível para barrar a entrada da CSN no bloco de controle da Usiminas. Exatamente pelo relacionamento ruim e por não concordarem com Steinbruch, os japoneses decidiram vender neste ano a participação que detinham na Namisa, mina de minério de ferro na qual a CSN detém uma fatia de 60%. "A Nippon tem caixa e não está alavancada, mas talvez tenha de engolir a CSN caso não esteja disposta a pagar o valor que está sendo oferecido", disse a fonte. Uma alternativa da Nippon seria negociar um acordo com a Gerdau, um sócio considerado mais "palatável".

A CSN, por sua vez, tem uma situação confortável de caixa para fazer uma oferta "ousada". No final do segundo trimestre, a posição era de R$ 11,685 bilhões.
Se for barrada pela Nippon, a CSN poderá manter a sua estratégia de comprar ações em bolsa, o que tem feito desde o início do ano - já acumulou 11,29% das ações ordinárias e 15,15% das preferenciais. Com esse volume de ações já tem direito a um assento no conselho de administração da Usiminas, mas sem acesso ao bloco de controle.

Agressividade. Analistas lembram que essa não seria a primeira vez que a CSN se mostraria agressiva para adquirir uma empresa. No fim de 2009, para dar continuidade à estratégia de ingressar com mais força no mercado de cimento, Steinbruch entrou em uma briga de preços com a Votorantim e Camargo Corrêa para adquirir a portuguesa Cimpor. Nessa disputa, a Votorantim e Camargo saíram vitoriosas.
Procurada pela reportagem, a CSN não confirmou a oferta pela Usiminas e disse que a companhia "vem informando de forma recorrente todos os seus movimentos relacionados ao assunto por meio das vias formais de comunicação". A Usiminas, por sua vez, disse que "não comenta rumores de mercado", e a Camargo Corrêa e Votorantim, afirmaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que não comentariam o assunto.



Brasileira Shoes4you inaugura clube de compras para sapatos
Valor 09.09.2011 - Olivier Grinda, presidente Shoes4you: mulheres compram mais por internet.
Se Carrie Bradshaw, protagonista da série Sex and the City, fosse brasileira, provavelmente ficaria alvoroçada com a proposta de uma "startup" que começa a operar neste mês. A Shoes4you, empresa nascente de comércio eletrônico, traz para o segmento de varejo de sapatos femininos o conceito de clube de compras.

Por uma mensalidade, as consumidoras podem retirar um par de sapatos por mês das coleções disponíveis no site, que serão desenvolvidas por cinco estilistas brasileiros, cujos nomes ainda são mantidos em sigilo. As internautas também têm a opção de pular uma mensalidade se não quiserem um sapato naquele mês, ou guardar o valor como um cupom para compra no futuro.
A proposta de venda de sapatos por internet não é nova. No Brasil, empresas como Dafiti, Netshoes e Shoestock dedicam-se ao comércio desses produtos na internet. Mas a proposta de formar um clube de compras atraiu a atenção de fundos de investimento americanos que ainda não haviam entrado no mercado brasileiro.

Entre os investidores estão o Accel Partners, que também é sócio-investidor de grandes companhias como Facebook, Groupon e Comscore; o Redpoint Ventures, sócio da Netflix e da Viajanet; e o Flybridge Capital Partners, que detém participação nas companhias Zing e Open English. "São fundos que já investiam em companhias de internet, mas sempre com foco no mercado americano", observa Olivier Grinda, sócio-fundador e presidente da Shoes4you.

Esses fundos já buscavam oportunidades de negócios no Brasil há cerca de dois anos. "Os fundos entram sem previsão de saída, mas com um objetivo bem claro, de tornar esse serviço uma referência no país", diz Grinda. O valor investido por esses fundos na empresa é mantido em sigilo. O executivo diz apenas que o aporte inicial foi de "alguns milhões de dólares".

Também participam como sócios a empresa espanhola IG Expansión e os investidores individuais Olivier Grinda (sócio do BrandsClub e do ClickOn), Fabrice Grinda (co-fundador da OLX), Carlos Martin e Jose Marin (co-fundadores da IG Expansión).

Grinda afirma que a decisão de criar um clube de compras de sapatos femininos não se deve apenas ao fato de mulheres comprarem mais que os homens. Parte do público feminino também compra mais sapatos por internet, diz. Segundo estudo da consultoria e-bit, há quatro anos, as vendas de sapatos, roupas e outros acessórios na web estavam abaixo da 20ª colocação no ranking de produtos mais vendidos. Atualmente, eles ocupam a 6ª posição e respondem por 6% da receita anual do comércio eletrônico no Brasil.

A oferta de sapatos será personalizada, afirma Grinda. As consumidoras cadastram-se no site e respondem a um questionário para que a empresa possa traçar o seu perfil de compra. "Trabalhamos inicialmente com dez perfis de consumo para cada coleção de sapatos", afirma o executivo.
O empresário não divulga estimativa de vendas para este ano. Em 2012, diz, a empresa tem por meta vender 50 mil pares. "Futuramente, serão incluídas coleções de bolsas e joias", acrescenta. Os calçados, embora sejam desenhados por estilistas, levarão a marca Shoes4you e serão fabricados por indústrias terceirizadas da região de Novo Hamburgo (RS). A distribuição será pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).



Embraer forma parceria com a AEL
Valor 09.09.2011 - Aguiar, presidente da Embraer Defesa, disse que todos os funcionários da nova empresa serão contratados no mercado.

Disputar um mercado potencial de US$ 1 bilhão nos próximos 10 a 15 anos. Segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, essa é a expectativa que a companhia deposita na sua mais nova empreitada, a aquisição de 25% da AEL Sistemas, com quem também formalizou a criação de uma nova empresa, a Harpia. A nova empresa terá suas atividades focadas nos mercados de veículos aéreos não-tripulados, simuladores e sistemas aviônicos.

O acordo com a AEL, subsidiária da empresa Elbit Systems , maior empresa privada fabricante de produtos de defesa de Israel, é uma evolução da parceria estratégia firmada pelas duas empresas durante a feira de defesa e segurança Laad, no Rio de Janeiro, em abril.

A Embraer terá participação majoritária na nova empresa, com 51% de participação e a AEL 49%. Para a presidência da Harpia, a Embraer nomeou o executivo Rodrigo Fanton, que anteriormente já exercia o cargo de gerente de suprimentos da companhia.

A nova empresa, segundo Aguiar, terá estrutura própria, e inicialmente ficará sediada em Brasília, mas à medida que surgirem contratos, haverá a necessidade de uma fábrica para abrigar as áreas de engenharia e produção. "A localização dessa nova empresa ainda não foi definida, mas algumas opções já estão sendo analisadas pelas duas empresas", disse. Segundo ele, não está prevista a transferência de funcionários da Embraer e da AEL para Harpia, pois toda a mão de obra será contratada de fora dessas empresas.
A aquisição de 25% da AEL, segundo o diretor financeiro da Embraer Defesa e Segurança, André Gualda, também tem como objetivo facilitar o processo de transferência de tecnologia da Elbit-AEL nas áreas de interesse da joint-venture. "Com essa formatação também estaremos atendendo às diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END), que prioriza o desenvolvimento e a capacitação tecnológica de produtos de defesa nacionais ", disse.

O vice-presidente de Operações da AEL Sistemas, Vitor Neves, disse que a associação entre as duas empresa terá grande importância para o desenvolvimento de vants mais adequados às necessidades brasileiras, ao unir as tecnologias de sistemas da AEL com as tecnologias aeronáuticas da Embraer.

O presidente da Embraer Defesa e Segurança acredita que a parceria com a AEL dará mais peso à proposta da empresa Harpia no processo de aquisição de futuras aeronaves vants para as Forças Armadas. No ano passado, a AEL venceu uma licitação aberta pela FAB para a compra de dois vants, do modelo Hermes 450, fabricado pela Elbit, com os quais pretende criar uma doutrina própria de utilização na Força.

"Acredito que a nossa proposta é vencedora e nós vamos mostrar isso na prática, pois acima de tudo é importante que os projetos sejam competitivos sob o ponto de vista de custos e de qualidade", afirmou. Segundo Aguiar a nova empresa já nasceu com alguns requisitos sólidos para disputar seus negócios na área de defesa. "Temos tecnologias comprovadas em ambas empresas, capacidade de integração, marca reconhecida e com credibilidade no mercado internacional, além de uma sólida estrutura financeira e de capital", completou.

A AEL mantém uma parceria de longa data com a Embraer, tendo sido uma das primeiras fornecedores de sistemas para a aeronave turboélice Tucano nas décadas de 80 e 90. Em parceria com a Embraer a AEL também faz a modernização dos sistemas aviônicos dos caças F-5 e AMX, avaliados em R$ 353 milhões.

A AEL também é responsável pela modernização da frota de 54 Bandeirantes da FAB. Em Porto Alegre, onde está sua sede, mantém um centro de excelência na área de sistemas aviônicos de última geração. Seu faturamento é da ordem de US$ 50 milhões.
A Embraer Defesa e Segurança também anunciou que a AEL foi escolhida para fornecer o computador de missão para o jato de transporte militar e reabastecimento em voo KC-390. A compra de parte da AEL e a joint-venture Harpia, segundo Aguiar, não influenciaram na decisão.



Brasileiro usa internet para 4 atividades, diz estudo
Estadão 08.09.2011 - O brasileiro utiliza a rede mundial de computadores basicamente para quatro atividades, segundo mostra o estudo "Hábitos dos brasileiros que acessam a internet para fins particulares", realizado pela empresa de pesquisa de mercado GfK. A troca de e-mails com familiares ou amigos foi citada por 44% dos entrevistados como o principal uso da web e a leitura de notícias foi lembrada por 40%, número próximo a citações para redes sociais (39%) e busca de informações gerais (também 39%).

Sobre o tempo que dedicam para o uso particular da web, 40% dos consultados disseram que utilizam a rede por uma ou duas horas por dia, 18% passa menos de uma hora na web e 19% não usam a internet diariamente. A troca de e-mails como principal finalidade da internet mostra, conforme o estudo, uma grande diferença entre mulheres e homens. Essa atividade foi citada por 51% delas, contra 38% deles.

Já a respeito da leitura de notícias na web a disparidade aparece na idade dos internautas - o costume é mais comum para os que têm a partir de 56 anos (59%) do que para aqueles com idade entre 18 e 24 anos (31%). A situação é outra, porém, no uso das mídias sociais, nas quais os mais jovens prevalecem. Na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos as mídias sociais foram lembradas por 61% e, entre aqueles com 25 a 34 anos, a porcentagem foi de 47%.
A pesquisa aponta ainda que, apesar do crescimento do comércio eletrônico nos últimos anos, apenas 9% citaram essa atividade como um dos usos mais frequentes na rede.



Classe D acha que emprego contribui mais que estudo
Folha 09.09.2010 - A recente melhora de vida entre os consumidores da classe D pouco tem a ver com o aprimoramento de sua situação educacional.

Para essa população, foi o emprego, com salário mensal e benefícios, o maior responsável pelo avanço das condições, de acordo com pesquisa da consultoria Quorum.

A percepção é compartilhada por quase 40% deles.

Aos estudos o sucesso é atribuído por cerca de 15% apenas, segundo a pesquisa. O peso da inflação e o acesso a crédito são mais lembrados.

As mulheres e os solteiros são os que mais perceberam mudanças nos últimos três anos. Os homens e o grupo acima dos 45 anos apontam impacto menos significativo.

Metade da renda da classe D é comprometida com despesas básicas. O que resta vai para o cartão de crédito e para as prestações de lojas. Pouco sobra para investir em educação ou lazer.
Cerca de 33% destas pessoas conseguem guardar em torno de R$ 50 por mês, dinheiro que costuma ir para a poupança.



Prejuízo com irregularidades nos Transportes soma R$ 682 milhões
Brasil Econômico 08.09.2011 - Crise levou à saída do ministro Alfredo Nascimento e de funcionários do Ministério dos Transportes.
A Controladoria-Geral da União (CGU) apresentou besta quinta-feira (8/9) as conclusões sobre as auditorias realizadas em contratos no Ministério dos Transportes.

O órgão encontrou 66 irregularidades em 17 processos, que somaram R$ 5,1 bilhões, com prejuízo potencial de R$ 682 milhões.

No relatório, a CGU sustenta que, tanto no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) quanto na Valec, a estatal do setor ferroviário, "raríssimos são os empreendimentos em que não há acréscimos de custos", e que muitos aditivos aproximam-se do limite legal de 25%, o que torna sem efeito os descontos obtidos nas licitações.

As investigações começaram no dia 6 de julho, por determinação da presidenta Dilma Rousseff, após as denúncias de desvio de verbas e superfaturamento de contratos na pasta.

A crise levou à saída do ministro Alfredo Nascimento e de funcionários do Ministério dos Transportes, do Dnit e da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A.

A CGU apurou contratos relativos a obras na BR-280, em Santa Catarina; na BR-116, no Rio Grande do Sul; na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol); no lote 7 da BR-101, em Pernambuco e no contorno de Vitória.

O órgão também analisou irregularidades encontradas no Dnit do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul, na licitação para estruturação de postos de pesagem veicular e na contratação de empresas terceirizadas pelo Dnit e pela Valec.

Também foram encontradas impropriedades na execução de obras delegadas; na contratação de uma empresa para fornecimento de trilhos para as ferrovias Oeste-Leste e Norte-Sul; e na construção da Ferrovia Norte-Sul.

O relatório informa que os projetos de engenharia são precários e que essas deficiências contribuem para que a própria União tenha orçamentos de referência superestimados, o que pode facilitar o superfaturamento de obras no futuro.

"Além do problema da má qualidade dos projetos, há, no Dnit, um grande número de projetos antigos em estoque, que acabam sendo licitados já defasados em relação ao volume médio diário de tráfego, no nível de serviço, às localizações de jazidas e às necessidades de desapropriações, o que, inevitavelmente, conduz à necessidade de aditivos contratuais", diz a CGU, em trecho do relatório.

A CGU também informa que as auditorias darão subsídios para sindicâncias e processos disciplinares, que envolvem mais de 30 servidores e ex-dirigentes do Dnit, da Valec e do Ministério dos Transportes.
O relatório foi enviado para os órgãos afetados pelas denúncias e também para a Casa Civil, o Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério da Justiça (que encaminhará o documento à Polícia Federal), a Advocacia-Geral da União (AGU) e para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República.



PIB despenca e pressão sobre a Grécia cresce
Valor 09.09.2011 - A contração da economia grega no segundo trimestre foi de 7,3%, desempenho ainda pior que o previsto. Ao mesmo tempo, o governo da Grécia enfrenta críticas de membros da União Europeia, que acham que as metas de redução do déficit não serão cumpridas, e políticos e analistas europeus falam já abertamente de uma possível saída do país da união monetária europeia, isto é, do euro.

De acordo com dados preliminares (em base anual e sem ajuste sazonal) divulgados ontem pelo Departamento de Estatísticas Helênico (Elstat), o Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia caiu 0,4 ponto percentual a mais do que a estimativa anterior. No primeiro trimestre, a retração foi de 8,1%. Também segundo o Elstat, o desemprego apresentou uma ligeira queda, passando de 16,6% em maio para 16% em junho.

A economia grega vem sendo atingida por cortes de gastos e aumentos de impostos introduzidos como condição para recebimento de uma ajuda de € 110 bilhões por parte da União Europeia (UE). O mau resultado do PIB diminui ainda mais as chances de que a Grécia consiga cortar o seu déficit de 10,5%, em 2010, para 7,5% do PIB neste ano.

Na Alemanha, a irritação com a incapacidade de a Grécia cumprir as metas fiscais assumidas em troca do auxílio chegou a um ponto em que políticos começam a falar abertamente sobre a possibilidade de o país sair da zona do euro. Anteontem, Horst Seehofer, importante líder da CSU, comentou o assunto em entrevista.

Na Holanda, em comunicado ao Parlamento, o primeiro-ministro, Mark Rutte, sugeriu que "países que não estão preparados para se submeter a uma administração [orçamentária externa] podem optar pela possibilidade de deixar a zona do euro".

Analistas já sugerem que a saída da Grécia do euro é apenas questão de tempo. "Cada vez mais somos da opinião de que Grécia sairá do euro. A questão é: a saída será feita de uma maneira ordenada, acompanhada por uma recapitalização do sistema bancário, de um corte nas taxas e de uma enorme injeção de liquidez, ou será desordenada?", disse Mark Burgess, da Threadneedle Investments.

Atualmente, não existe base legal para a saída de um país da zona do euro. Estudos sobre como um país pode sair, ou ser forçado a sair, da união monetária foram feitos no passado, incluindo um do BCE feito em 2009, que concluiu que o abandono unilateral não seria inconcebível. Mas "a expulsão da UE ou da União Econômica e Monetária seria tão complicada, conceitualmente, legalmente e de maneira prática, que sua probabilidade é quase zero", dizia o documento.

Uma autoridade de alto nível ouvida pela agência Reuters disse que a saída da zona do euro é inimaginável. "Se você ficar com 17 menos 1 [a Grécia], vai acabar com 17 menos 4, 5, 6 ou 8. A interdependência monetária é tão grande, tão forte... que o destino de um membro cria problemas para todos os demais." O banco UBS calcula que as consequências da saída de um país incluiriam o default da dívida e o colapso do sistema bancário e do comércio internacional.

Mas, se não receber mais auxílio financeiro, a Grécia poderá se ver sem alternativa senão considerar o "inimaginável"- renunciar ao euro, dar o calote na dívida, reintroduzir a dracma e tentar uma recuperação por meio de uma dolorosa desvalorização da moeda.
Ontem, em Atenas, taxistas, médicos e dentistas iniciaram novas greves de protesto contra o governo. Nas próximas semanas, também lixeiros, professores e contabilistas devem fazer paralisações.

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