quarta-feira, 14 de setembro de 2011

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Daily News

Ari de Sá, do Ceará, planeja entrar no mercado paulista
Valor 14.09.2011 - Ari de Sá Cavalcante Neto acredita que seu foco no Enem é vantagem para competir com sistemas de ensino de São Paulo.
O grupo educacional cearense Ari de Sá - dono de colégio e sistema de ensino com o mesmo nome - está ampliando sua atuação. Entre os planos previstos estão a expansão das operações para o resto do país, em especial o Sudeste, a criação de uma faculdade e a entrada no segmento de escolas públicas.
A principal aposta da empresa é seu sistema de ensino (apostilas), que em apenas quatro anos de existência já é distribuído para 35 mil alunos de escolas particulares, principalmente do Nordeste. A meta é expandir para outras praças, incluindo o mercado paulista, e atender 50 mil alunos em 2012. "Nosso sistema de ensino é mais focado no Enem, que hoje funciona como vestibular para várias faculdades federais. Essa é a nossa vantagem em relação aos concorrentes que são voltados para a Fuvest", diz Ari de Sá Cavalcante Neto, diretor executivo do sistema de ensino. Seus principais concorrentes são Anglo, Etapa e Poliedro, que tem forte presença em São Paulo - uma das praças mais cobiçadas pela empresa.
O grupo cearense também é dono de um colégio, que tem forte tradição em aprovar seus alunos em renomadas faculdades. O Ari de Sá surgiu em 2001 resultado da cisão do colégio Farias Brito, fundado em 1935 e administrado pelos irmãos Oto e Tales de Sá Cavalcante. Nos anos 2000, os sócios se separaram e cada um dos irmãos ficou com duas unidades. Porém, as escolas de Oto mudaram o nome para Ari de Sá e reabriram as portas com 4,5 mil alunos. Hoje, o colégio tem 9 mil estudantes, cuja mensalidade média é de R$ 900. Ari não revela o faturamento do grupo como um todo, mas espera que em quatro anos a receita das apostilas será superior à do colégio. Seu pai, Oto, é o responsável pela escola e presidente do grupo.
O Ceará se destaca por ter um dos maiores índices de aprovação em renomadas faculdades, em especial nos cursos ligados à área de exatas. Cerca de 30% dos vestibulandos aprovados no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), por exemplo, são de Fortaleza, com destaque para o Ceará. A maior parte desses candidatos aprovados é procedente de quatro colégios cearenses: Ari de Sá, Farias Brito, 7 de Setembro e Christus. As quatro instituições disputam palmo a palmo o mercado.
Outra frente de atuação do grupo é a rede pública de ensino. Para isso, criou um novo sistema de ensino, batizado como Múltiplo, que começa a ser usado nas escolas a partir do próximo ano. A ideia é que 50 mil crianças das escolas públicas estejam usando as apostilas até 2015. "Nossa estratégia é começar pelo ensino infantil, período para o qual o governo federal não distribui gratuitamente livros didáticos. Essa é uma forma de fidelização para as demais séries", explicou Ari.
Ele destaca que os prefeitos de várias cidades do Nordeste têm se mostrado cada vez mais interessados em adotar apostilas - fenômeno que já acontece no interior de São Paulo. Isso porque o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é maior quando as escolas de suas respectivas cidades obtêm um bom desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), prova do MEC que avalia a qualidade do ensino de escolas públicas.
O grupo está investindo cerca de R$ 15 milhões para abrir uma faculdade em 2013 no Ceará. Para isso, comprou o prédio do Colégio Capital, que pertencia a Manoel Bezerra de Melo, fundador da Universidade Mogi das Cruzes (UMC), de São Paulo. "Queremos ter uma faculdade pequena premium, com cerca de 4 mil alunos", diz. Os rivais Farias Brito, 7 de Setembro e Christus já têm faculdades.

Teles disputam espólio de TVs abertas
Folha 14.09.2011 - Lobby das operadoras começou cinco anos antes do fim da televisão analógica, previsto para ocorrer em 2016. Empresas querem que a Anatel reserve essa faixa de frequência para a implantação da tecnologia 4G.
Começou o lobby das companhias telefônicas para herdar as frequências que serão liberadas pelas televisões abertas em 2016, quando serão encerradas as transmissões analógicas.
Com a substituição da TV analógica pela digital, os radiodifusores terão de devolver ao governo grande quantidade de frequências na faixa de 700 megahertz, que se tornaram valiosas com o advento da banda larga móvel.
As teles querem que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) reserve, desde já, essa faixa de frequência para a implantação da telefonia celular de quarta geração, que promete velocidade de transmissão de dados maior do que a tecnologia 3G, implantada há apenas três anos no Brasil.
O governo brasileiro já se comprometeu a implantar o 4G antes da Copa de 2014, usando a faixa de frequência de 2,5 gigahertz. A Anatel, inclusive, já prepara os editais para o leilão de venda dessa frequência em abril de 2012.
Ontem, o presidente da TIM, Luca Luciani, defendeu o adiamento do leilão. Ele argumenta que as várias tecnologias celulares em uso encarecem o serviço para o usuário e reduzem a capacidade das empresas de investir na implantação da banda larga móvel no interior do país.
"O que é melhor para o Brasil: ter a quarta geração do celular disponível nos Jardins (bairro nobre de São Paulo) ou levar a banda larga móvel à Amazônia com uma tecnologia mais antiga, mas que ainda é eficaz?"
O presidente da Oi, Francisco Valim, defendeu que, antes do leilão, a Anatel ponha em discussão pública um planejamento de longo prazo, com previsão de leilão das frequências de 700 megahertz a serem liberadas em 2016 pelos radiodifusores.
Segundo o executivo, essa faixa é mais eficiente para banda larga móvel do que a que será leiloada pela Anatel no ano que vem.
As empresas usam como referência a experiência norte-americana. A transmissão de TV analógica nos EUA chegou ao fim em junho de 2009, e as frequências foram leiloadas para implantação do 4G, que já conta com cerca de 1,8 milhão de assinantes.
ANATEL rejeita: O conselheiro da Anatel João Rezende afirmou ontem, em São Paulo, que "não há chance" de adiamento do leilão de abril. "O compromisso de implantação do serviço antes da Copa de 2014 foi firmado por decreto presidencial", disse o conselheiro.
A Anatel também não quer antecipar a discussão sobre o destino das frequências da TV analógica.
Segundo Rezende, a TV aberta tem uma relevância no Brasil que não possuía nos Estados Unidos, onde sempre predominaram as TVs a cabo.
"A redestinação das frequências só deve ser discutida depois de encerrada a TV analógica. Inverter o processo seria um desgaste político para a Anatel", afirmou.

Telefônica e Vivo aprovam termos da reestruturação societária
Exame 13.09.2011 - Companhias informam que a marca Vivo continuará sendo utilizada pela Vivo S.A e que os serviços de telefonia móvel pessoal por ela prestados não serão alterados
Os conselhos de administração da Telesp (Telefônica) e da Vivo Participações aprovaram nesta terça-feira, 13, os termos e condições da reestruturação societária, que prevê a incorporação da Vivo Participações pela Telesp. Conforme as companhias, o objetivo das propostas aprovadas é dar continuidade à simplificação da estrutura organizacional das companhias e auxiliar na sua integração.
Conforme o fato relevante divulgado há pouco, imediatamente antes da incorporação, as operações e os termos de autorizações para exploração do Serviço Móvel Pessoal (SMP) atualmente detidas pela Vivo Participações e pela Vivo S.A. serão concentradas em uma única sociedade, a Vivo S.A., atual subsidiária integral da Vivo Participações.
As companhias informam ainda que a marca Vivo continuará sendo utilizada pela Vivo S.A., permanecendo inalterada a prestação de serviços de telefonia móvel pessoal por ela prestados.
Foi aprovada ainda a alteração da denominação social da Telesp, que passará a ser denominada Telefônica Brasil S.A, tendo em vista a reestruturação societária.
Comando: Os conselhos de administração da Telesp e da Vivo Participações confirmaram hoje as alterações no comando do grupo no País anunciadas ontem pela matriz espanhola. Paulo Cesar Teixeira, atual diretor da Vivo Participações, foi eleito diretor geral e executivo, no lugar de Luis Miguel Gilpérez López. Segundo a Telefónica havia informado ontem, Gilpérez será diretor das operações do grupo na Espanha, substituindo Guillermo Ansaldo.

Laboratórios de pequeno porte estão no alvo da Entregga
Valor 14.09.2011 - Omilton Visconde Jr., agora à frente da empresa Entregga: “Podemos adquirir participação em laboratórios”.
O empresário Omilton Visconde Jr., ex-proprietário dos laboratórios Biosintética, vendido para o grupo Aché em 2005, e do Segmenta, negociado em 2010 para a Eurofarma, está de volta. Visconde está à frente da Entregga, empresa criada para atuar no setor farmacêutico como "adviser" (consultoria) e também como investidor, com a compra de participações em pequenas e médias empresas no Brasil.
A Entregga vai assessorar empresas do setor que queiram se reposicionar no negócio, em projetos de expansão, movimentos de fusão e aquisição, reestruturação, sucessão e profissionalização. Também prestará consultoria a multinacionais e fundos interessados em fazer investimentos no país. "Empresas grandes possuem uma estrutura pronta nesse sentido; já as pequenas não. Podemos entrar como sócios em indústrias do setor e queremos participar da gestão", disse Visconde ao Valor.
Para compor seu time de sócios, o empresário se aliou a executivos que o acompanharam nas gestões da Biosintética e Segmenta, como Geraldo Mol, Wolney Alonso e Ritienne Soglio, além de Octavio Faria Neto, que passou pela Kraft Foods. Nelson Libbos, ex-farmacêutica Teva, também está na nova empresa como consultor. Esse seleto grupo que integra a nova companhia conhece toda a cadeia do setor, desde os trâmites regulatórios, órgãos de fomento, entidades de classe, investidores, distribuidores e varejo.
Setor farmacêutico nacional movimentou cerca de R$ 35 bilhões em 2010 e tem atraído grupos estrangeiros
Em ebulição, o mercado farmacêutico nacional, que movimentou em 2010 cerca de R$ 35 bilhões, virou objeto de cobiça de grandes multinacionais que querem entrar no país. As que já atuam, querem ampliar sua presença. Nos últimos dois anos, sobretudo, muitos negócios de fusões e aquisições foram concretizados e outros estão por vir. De olho nesse filão, a Entregga quer participar desse processo. O valor dos últimos negócios concretizados no país foi para as alturas, com ativos negociados entre 15 a 20 vezes o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações na sigla em inglês).
"Podemos ser úteis no processo de avaliação de negócios. O setor farmacêutico é um dos mais rentáveis. Analisamos a geração de caixa, com [margem] Ebtida de 20% a 30%", afirmou Visconde. "Diferentemente dos gestores de fundos, com interesse na área financeira, temos expertise na gestão das empresas do setor. Nosso foco são as pequenas e médias e pretendemos participar da administração", disse o empresário.
Há mais de 20 anos no setor farmacêutico, Visconde vendeu o laboratório Biosintética para o Aché em 2005. Depois, decidiu fazer suas apostas no segmento de soro hospitalar, área em expansão no país, com a criação da Segmenta em 2007. No ano passado, o empresário negociou a empresa para o laboratório nacional Eurofarma. Entre 1998 e 2008, o empresário também coordenou a Prevsaúde, empresa de gestão de benefícios de medicamentos, que foi vendida para a empresa Orizon.
"Participei das principais mudanças estruturais do setor farmacêutico nesses últimos 20 e poucos anos. Foram muitas mudanças importantes, como a entrada dos genéricos, bioequivalência de medicamentos, discussão de patentes e criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]", disse.

União decide bancar metrô de Curitiba
GPdeLondrina 14.09.2011 - Governo vai repassar até R$ 1 bilhão a fundo perdido para o projeto. Presidente deve vir à capital até o dia 30 para fazer anúncio oficial.
Depois de mais de três anos de negociação, o governo federal decidiu bancar a maior parte da construção do metrô de Curitiba. O anúncio da liberação dos recursos deverá ser feito pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, na capital, até 30 de setembro, data estipulada pelo Ministério das Cidades para o anúncio dos projetos contemplados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades. Ontem, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o prefeito Luciano Ducci confirmaram que os detalhes finais do acordo podem ser fechados ainda nesta semana.
A expectativa é que o município receba em torno de R$ 1 bilhão a fundo perdido da União – R$ 150 milhões a menos do que a quantia demandada inicialmente pela prefeitura. Gleisi explicou que o valor será igual ao destinado para projetos similares de metrô em Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). Os investimentos do PAC Mobilidade Grandes Cidades, que abrange os 24 maiores municípios do país, vão distribuir R$ 18 bilhões em verbas federais – R$ 12 bilhões em financiamentos e R$ 6 bilhões a fundo perdido (sem necessidade de devolução).
“Curitiba está pedindo R$ 1,15 bilhão. A oferta inicial dentro do orçamento da União era de R$ 700 milhões. Acredito que dê para a gente elevar sim um pouco esse valor. Talvez não chegar ao que o prefeito quer, mas elevar”, disse Gleisi, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo. Ela e o prefeito conversaram sobre o assunto na última segunda-feira. Inicialmente, o governo insistia em oferecer apenas R$ 700 milhões, mas a quantia subiu após diversas negociações nas últimas semanas. “Não tem mais susto. Agora o metrô sai”, afirmou Ducci.
Ele enfatizou que o acordo está sendo costurado “sem alarde” e que as obras serão conduzidas “com responsabilidade”. “Curitiba tem o melhor projeto de metrô, com começo, meio e fim. Não fizemos nada com afobação, é uma grande vitória para o município, para o estado e para a União”, disse.
O valor total da obra será de R$ 2,2 bilhões. Nas últimas negociações, ficou definido que o governo do estado vai aumentar sua participação de R$ 200 milhões para R$ 300 milhões. Além disso, está computado um abatimento de R$ 250 milhões com a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O restante, que pode variar entre R$ 550 milhões e R$ 700 milhões, virá de uma combinação entre recursos próprios da prefeitura e uma parceria público-privada (PPP). Segundo Ducci, se o anúncio do governo federal for feito em setembro, será possível licitar o empreendimento ainda neste ano – a capital foi a única cidade a apresentar o projeto com licenciamento ambiental. Como já se sabia, a obra não ficará pronta até a Copa do Mundo de 2014. “Estamos estipulando um prazo de duração da obra entre quatro anos e meio a cinco anos, possivelmente para 2016”, previu o prefeito.
De acordo com Gleisi, a visita de Dilma a Curitiba para anunciar a obra dependerá da agenda da presidente, mas ela faz questão de participar da solenidade. “Estamos fazendo os cálculos para que na hora que divulgarmos não precisemos mais voltar atrás. Há condições de a gente melhorar um pouco [os valores repassados para Curitiba] e estamos muito empenhados nisso”, disse a ministra.

Prefeitura quer usar R$ 1 bi do boom imobiliário em metrô nos Jardins
Estadão 14.09.2011 - Dinheiro viria da Operação Urbana Faria Lima; linha 20-Rosa terá 12,3 km e 14 estações, com paradas nos Jardins Europa e América.
A Prefeitura de São Paulo quer usar o dinheiro do boom imobiliário da região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, para investir pelo menos mais R$ 1 bilhão em uma nova linha de metrô na capital, que aparece com detalhes nos mapas da companhia pela primeira vez. Batizado de Linha 20-Rosa, o novo ramal terá 12,3 quilômetros de extensão e ligará a Lapa, na zona oeste, a Moema, na zona sul.
A linha faz parte do Plano Expansão 2020 do Metrô, a que a reportagem teve acesso com exclusividade. O estudo projeta o sistema com até 161 estações de metrô na Região Metropolitana - hoje são 62 - e ampliação dos atuais 70,6 km para 184,2 km de linhas. A previsão de investimento estadual na rede é de R$ 27,4 bilhões até 2015 (mais informações na pág. C3).
Nos estudos preliminares do Metrô, a Linha 20-Rosa aparece com entrega prevista para 2025, mas a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos acredita que esse prazo possa ser encurtado graças ao interesse da Prefeitura em investir no ramal. O projeto inicial prevê 14 estações, espalhadas pelas zonas estritamente residenciais próximas da Praça Panamericana e por toda a extensão da Faria Lima. No mapa do Metrô, é possível ver que a futura linha tem tudo para ser polêmica, uma vez que passa por áreas valorizadas, como Jardim Europa e Jardim América.
O dinheiro da Prefeitura viria das contrapartidas pagas pelo mercado imobiliário da região da Operação Urbana Faria Lima para construir prédios acima do limite da lei de zoneamento. Como o Estado revelou há duas semanas, o prefeito Gilberto Kassab (sem partido) enviou um projeto à Câmara Municipal que prevê a emissão de mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), títulos que permitem a construção de edifícios mais altos. Esses papéis devem render cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos - no último leilão da operação, em 25 de maio de 2010, cada Cepac foi comercializado por R$ 4 mil, valor considerado baixo, pela demanda do mercado. Parte do valor arrecadado deve ir para a Linha 20 do Metrô, já que, por lei, esse dinheiro deve ser aplicado no perímetro da Faria Lima.
"Temos um sistema de transporte público que precisa ser aprimorado naquela região e estamos conversando para conseguir acoplar o desenvolvimento dessa linha à Operação Urbana", disse o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem.
Demanda. Outra alternativa que aumenta as chances de o ramal sair mais cedo é o interesse de investidores privados em fazer uma Parceria Público-Privada (PPP), mesmo modelo utilizado na Linha 4-Amarela. Segundo a reportagem apurou, a Prefeitura também articula essa possibilidade com o governo estadual.
O software de simulação de demanda do Metrô detectou que o novo ramal teria uma demanda diária média de 600 mil pessoas. "Nós achávamos que essa linha retiraria passageiros da Linha 9-Esmeralda de trens, que passa pela Marginal do Pinheiros. Mas isso não aconteceu, pois a demanda para essa nova linha é fortíssima", afirmou o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. No futuro, a Linha 20-Rosa deve ganhar ainda uma extensão de 10,7 km até o bairro de Rudge Ramos, em São Bernardo, com mais sete estações.

Azul tem interesse em concessão de terminais de passageiros
GPdeLondrina 13.09.2011 - O executivo afirmou que aguarda o lançamento do edital de licitação dos aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos para definir como a Azul pode se comportar na concorrência
Prestes a completar três anos de operação, a companhia aérea Azul assume a possibilidade de participar do leilão de concessão de terminais aeroportuários que será promovido no fim do ano, segundo o presidente da companhia, Pedro Janot.
O executivo afirmou que aguarda o lançamento do edital de licitação dos aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos para definir como a Azul pode se comportar na concorrência.
A terceira principal companhia aérea brasileira tem interesse, de acordo com Janot, em administrar apenas os terminais de passageiros, mas não terminais de cargas e espaços comerciais.
"Temos interesse porque para nós seria um extensão do nosso produto", disse Janot em entrevista à Reuters nesta terça-feira.
"Se isso for permitido no edital e no desenho de privatização nós participaremos."
A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira em São Paulo que o edital de concessão dos aeroportos de Cumbica e Viracopos sai até o final deste mês.
O presidente da Azul destacou que o fundador da Azul, David Neeleman, tem experiência no mercado de administração de terminais de passageiros.
Janot reforçou ainda que a administração de um terminal de passageiros seria uma boa oportunidade para a Azul ampliar seu faturamento e, principalmente, fortalecer a marca da empresa no mercado brasileiro.
Em 15 de dezembro, a Azul completa três anos de operações. Até lá deverá atingir a marca de 15 milhões de passageiros transportados, acima da meta traçada inicialmente para 2012.
Questionado se a Azul estaria preparando uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), Janot foi cauteloso, mas sinalizou que as turbulências nos mercados globais não favorecem uma abertura de capital nesse momento.
"A Azul está preparada para qualquer tipo de expansão no Brasil e de operação que se faça necessária para o seu desenvolvimento", afirmou o executivo. "Os próximos passos serão comandados pela economia mundial, que está dirigindo as decisões financeiras e estratégicas das empresas no Brasil e no mundo."

GOL anuncia reestruturação organizacional
Exame 13.09.2011 - Companhia passa a contar com três vice-presidências, ao invés de quatro, e 21 diretorias ante 25 na estrutura anterior
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. acaba de anunciar uma reestruturação organizacional, em que passar a contar com três vice-presidências, ao invés de quatro, e 21 diretorias ante 25 na estrutura anterior. Segundo o comunicado enviado à Comissão de Vales Mobiliários (CVM), a nova estrutura segue a estratégia de simplificar e dar maior velocidade no processo de tomada de decisões com maior sinergia entre as áreas, em um ambiente integrado e de colaboração.
Foi definida a criação da vice-presidência de Clientes e Mercado, uma unificação da antiga vice-presidência de Mercado e Novos Negócios com a vice-presidência de Clientes, Colaboradores e Gestão. Foram também consolidadas em diretorias existentes as diretorias de Comunicação, Inovação, Relações Institucionais e de Aeroportos.
Com a nova estrutura, deixa a companhia a vice-Presidente de Mercado e Novos Negócios, Claudia Pagnano, a quem a GOL reconhece pela "competência e profissionalismo".
A vice-presidência de Clientes e Mercado irá integrar a linha de frente (Aeroportos e Central de Atendimento), com as áreas Comerciais, Marketing e Atendimento ao Cliente, e será ocupada por Ricardo Khauaja.
A vice-presidência de Finanças e RI, Estratégia e TI, liderada por Leonardo Pereira, passa a englobar a área do Programa de Relacionamento - SMILES. Essa área passa a ser tratada como unidade de negócio separada dentro da GOL, a fim de aumentar sua autonomia e foco.
A Vice-Presidência Técnica, ocupada pelo Comandante Adalberto Bogsan, passa a responder também pela Tripulação Comercial, além das responsabilidades atuais por Operações, Manutenção, Controle de Operações e Segurança Operacional.
A área Jurídica passa a englobar Relações Institucionais e segue reportando direto ao presidente da empresa.
Segundo o presidente da GOL, Constantino de Oliveira Jr., "a simplificação alinha-se com os objetivos estratégicos da companhia e sua busca permanente por cada vez mais eficiência, integração entre as áreas e competitividade, configurando-se como um passo importante na consolidação da GOL no ambiente de negócios".
A empresa informou ainda que as mudanças foram definidas dentro dos estritos padrões de governança, com a participação, em todo o processo, do Conselho de Administração.

S&P rebaixa nota da GOL de 'estável' para 'negativa'.
Exame 13.09.2011 - Os ratings de crédito corporativo da GOL foram reafirmados, o global em BB- e o na escala nacional em brA.
Gol: preços apresentaram queda de 13,8% nesse trimestre na comparação com o segundo trimestre de 2010.
A Standard & Poor's anunciou o rebaixamento da perspectiva dos ratings da GOL Linhas Aéreas Inteligentes de "estável" para "negativa". Os ratings de crédito corporativo da GOL foram reafirmados, o global em BB- e o na escala nacional em brA.
Segundo a S&P, "a alteração na perspectiva reflete os fracos resultados que a GOL reportou no segundo trimestre, os quais provavelmente resultarão em métricas de crédito piores do que as projetadas quando da recente reafirmação dos ratings da empresa". A agência ressalva que "dados os fortes fundamentos da demanda, a eficiente estrutura de custos e a política financeira prudente da empresa, assim como sua política racional para tarifas, acreditamos que a GOL tenha mecanismos para limitar essa deterioração em 2012".

Clientes da TAM perderam milhas após fraude no programa de fidelidade
Correio Braziliebse 13.09.2011 - O sistema de acesso às milhas do programa de fidelidade da companhia aérea TAM teria sido fraudado. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) alerta quem é cadastrado no programa da empresa a monitorar as milhagens acumuladas porque tem recebido diversas denúncias de associados que foram lesados por possíveis fraudes no sistema de acesso ao benefício. De acordo com a associação de defesa do consumidor, a empresa é responsável pela segurança do sistema ao disponibilizar um serviço destes pela internet.
De acordo com a Proteste, os consumidores constatam perdas de pontos de milhagem no programa de fidelidade por emissão indevida de passagens em nomes de terceiros, e a TAM se nega a reembolsar as perdas. O problema geralmente aparece ao entrar no site do programa, quando a senha do beneficiário é rejeitada.
Quem foi lesado percebe que houve troca da senha para acesso ao sistema online, mas a TAM afirma que adota procedimentos para manter em segurança as informações cedidas pelos clientes. Para resgatar passagens, seria preciso informar duas senhas que, em caso de extravio, são reenviadas ao e-mail cadastrado no sistema.
A empresa tem se negado a ressarcir as perdas, mas há amparo do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor para que o consumidor reclame seus direitos. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.
As hipóteses são de vulnerabilidade no sistema ou de fraude, com provável invasão do site e de dados dos clientes. As vítimas do golpe devem negociar uma solução com a empresa aérea e caso não tenham sucesso, devem recorrer ao Juizado Especial Cível. É importante se documentar com extratos e comprovantes do saque indevido das milhas.

Accor prevê alavancar R$ 1,3 bi no país até 2015
Valor 14.09.2011 - CEO da Accor para a América Latina, Roland de Bonadona anunciou ontem a unificação de suas quatro bandeiras do segmento econômico em apenas uma, a Ibis.
A rede de hotéis Accor anunciou ontem uma nova estratégia global no segmento econômico, com a reestruturação da bandeira Ibis, que passa a ser a única marca do grupo francês nessa categoria. No Brasil, o plano é alavancar R$ 1,3 bilhão para a inauguração de 73 empreendimentos até 2015, sendo R$ 860 milhões para 60 hotéis econômicos. Cerca de R$ 400 milhões serão destinados para 13 unidades de classificação superior, sendo sete Novotel e seis Mercure.
Até então, a Accor usava em todo o mundo quatro bandeiras diferentes para os empreendimentos com diárias econômicas, incluindo a própria Ibis: All Seasons, Etap Hotel e Formule 1. Dessas, apenas a Ibis e Formule 1 foram implementadas no mercado brasileiro. As outras duas são mais conhecidas e operadas principalmente na Europa.
A Ibis será a única marca da Accor no segmento econômico, mas com três versões diferentes. Os hotéis que eram Ibis permanecem com essa marca. Os hotéis All Seasons passarão a ser conhecidos como Ibis Style e os empreendimentos que adotavam as bandeiras Etap Hotel e Formule 1 passarão a se chamar Ibis Budget. O investimento global em marketing, adaptações e num site unificado para a bandeira Ibis será de 150 milhões.
"Estamos num novo momento do grupo Accor, com um conjunto de inovações que é o primeiro passo de uma nova estratégia no mundo, focada 100% em hotelaria", avalia o CEO da Accor para a América Latina, Roland de Bonadona. Ele ressalta que a nova estratégia global inclui todas as marcas da rede - eram 15 antes da reestruturação -, que passarão a usar o "by Accor" no nome.
A Accor tem atualmente no Brasil 58 hotéis com a bandeira Ibis e 11 com a marca Formule 1, totalizando 11,9 mil quartos da categoria econômica. Bonadona afirma que todos receberão a nova comunicação visual até o fim do primeiro trimestre de 2012. As três versões de Ibis serão estampadas em um símbolo que lembra um travesseiro, com três cores diferentes: apenas Ibis será vermelho, Ibis Styles será verde e Ibis Budget será azul.
As três bandeiras, no Brasil, terão diárias médias que oscilam entre R$ 80 e R$ 200, dependendo da cidade. Segundo o diretor de desenvolvimento da Accor no Brasil, Abel Castro, há negociações avançadas para a instalação de um Ibis Styles na região Nordeste. Com isso, a rede passará a ter as três versões de Ibis no país.
O diretor de operações da marca Ibis no Brasil, Steven Daines, contou que a reestruturação da marca Ibis deverá resultar em um aumento entre 3% e 4% da receita por apartamento disponível (Revpar, indicador de rentabilidade que considera a diária média com a taxa de ocupação) no Brasil entre 2012 e 2014.
No ano passado, a Accor registrou faturamento de US$ 676 milhões na América Latina. A rede não divulga resultados por país. No Brasil, são 145 hotéis no total, com outras bandeiras como Sofitel, Novotel, Pullman e Mercure.
No mundo, a Accor tem 1.570 hotéis econômicos, com 169 mil quartos, ou o equivalente a 36% da oferta total da rede. Em julho, eram 919 hotéis da bandeira Ibis em 51 países. Com as marcas Etap Hotel e Formule eram 518 unidades em 10 países. Do All Seasons eram 138 hotéis em 13 países.

Rede Ibis vai trazer mais uma bandeira do segmento econômico para o Brasil
Exame 13.09.2011 - Reposicionamento global do segmento vai permitir que uma rede intermediária entre Ibis e Fórmula 1 desembarque no país.
A rede de hotéis Accor anunciou, nesta terça-feira, a reestruturação global para a suas marcas no segmento econômico, que vai unificar todas elas em uma bandeira: Ibis. A marca foi escolhida para operar neste segmento e será dividida em três diferentes versões: Ibis, Ibis Styles e Ibis Budget.
No Brasil, a tática fará com que a bandeira Fórmula 1, considerada a mais barata de toda a rede, passe a se chamar Ibis Budget. A grande novidade, no entanto, é a chegada de mais uma marca de hotéis do segmento econômico ao país.
“Temos planos de expandir a bandeira All Seasons, que a partir de agora passará a ser Ibis Styles, no Brasil. Trazer uma nova bandeira era inviável, mas com esse reposicionamento, teremos essa possibilidade”, afirmou Steven Daines, diretor de operações da marca ibis Accor na América Latina.
O Ibis Styles atua em um segmento intermediário entre as marcas Ibis e Fómula 1. Segundo Daines, a bandeira oferece uma estrutura própria, que foge um pouco dos padrões das outras duas marcas. “Até o próximo ano, vamos inaugurar o primeiro hotel desta bandeira no país”, afirmou o executivo.
Novas cores: Está marcado para o próximo ano também a mudança do visual de todos os hotéis Ibis e Fórmula 1. A diferença entre as bandeiras será notada pela cor. O Ibis continuará com vermelho no seu logotipo, o Ibis Budget usará o azul e o Styles verde. “Para as mudanças no visual e em comunicação, estimamos investir aproximadamente 14 milhões de reais neste primeiro momento”, disse Joseph Levy, diretor de marketing e comunicação Accor América Latina.
Os investimentos globais estimados pela Accor para o reposicionamento das marcas em todo o mundo somam cerca de 150 milhões de euros. A mudança deve ser concluída até o início de 2013.
De acordo com Daines, os padrões de atendimentos e os preços não devem ser alterados com a mudança. “O Ibis Budget continua sendo a bandeira supereconômica da rede, custando cerca de 40 reais a menos na comparação com o Ibis”.  O segmento econômico da rede no Brasil vai oferecer tarifas que variam entre 80 reais e 200 reais.
Expansão: Atualmente no país, existem 58 hotéis com a bandeira Ibis e 12 com a bandeira Fórmula 1. A meta, até 2015, é dobrar o números de hotéis desta categoria. "Estamos investindo cerca de 860 milhões de reais e vamos inaugurar mais 52 Ibis e 15 Ibis Budget nos próximos cinco anos”, disse Daines.
Além da bandeira Ibis, a Accor detém também as redes Sofitel, Pullman, Novotel, Mercure e MGallery. No Brasil, são cerca de 150 hotéis somando todas as bandeiras.

Fila de feiras até 2016 pode viabilizar centro de Pirituba
DCI 14.09.2011 - O setor de feiras e eventos no Brasil segue firme em 2012. O maior desafio enfrentado pelos realizadores de eventos fica por conta de espaço físico. Para se criar uma nova feira no Anhembi, em São Paulo, por exemplo, a fila chega a cinco anos. Uma das soluções apontadas por empresários do setor consiste na criação do Centro de Convenções de Pirituba, que já foi prometido pela Prefeitura de São Paulo, mas até hoje não saiu do papel. Mesmo que para isso tenha parte de investimentos privados para ajudar a erguê-lo. Para isso, será necessário que se construa um modelo de negócios que dê tranquilidade aos empresários do setor de Feiras & Eventos. "O ideal seria a constituição de uma empresa de capital misto para que se construísse o Centro de Convenções de Pirituba", disse Jorge Alves de Souza, presidente do Conselho de Administração da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe).
A entidade lançou ontem seu calendário de 2012, no qual revelou que no ano que vem a atividade crescerá 11,6%. Acontecerão 201 grandes feiras de negócios em 2012 e, segundo o presidente-executivo da Ubrafe, Armando Arruda Pereira de Campos Mello, só em venda de espaço nas feiras as empresas promotoras dos eventos devem faturar cerca de R$ 800 milhões (sem contar receitas de publicidade e bilheteria). A entrada de multinacionais do setor no mercado brasileiro acentuou-se nos últimos anos, mas a tendência mais forte que se percebe é a realização de versões regionais das grandes feiras de negócios, a exemplo da Equipotel, que em 2011 realizou a primeira edição da Equipotel Nordeste, segundo revela Fábio Luiz Cerchiari, da consultoria Spyro HQ Marketing Promocional.

Eventos esportivos preocupam operadoras e fabricantes
Valor 14.09.2011 - Em meio aos desafios relacionados aos investimentos em infraestrutura de tecnologia da informação e comunicações (TIC) para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, a potencial explosão do tráfego de dados durante a realização dos dois eventos é uma das principais preocupações de executivos do setor. A avaliação foi feita ontem durante painel realizado na Futurecom, em São Paulo.
Marcelo Mota, diretor de marketing e soluções da Huawei, destacou que o tráfego de dados em eventos desse porte chega a duplicar. "Especificamente durante as competições, esse volume triplica e isso tende a crescer ainda mais com a expansão dos smartphones", disse o executivo.
Rodrigo Uchôa, diretor de novos negócios da Cisco, afirmou que a necessidade de uma banda larga móvel de qualidade é a maior preocupação nesse cenário e acrescentou outros aspectos que devem ser observados. "O país precisa definir que estrutura quer oferecer, e não falo só de telecomunicações, mas também de transportes, saúde e todos os fatores que se relacionam à boa execução dos eventos como um todo", afirmou.
Alexandre Gouvea, executivo-chefe da Atos para o Brasil e América Latina, reforçou que o país ainda não tem um planejamento efetivo de TIC, especialmente para a Copa do Mundo. "A receita é simples e exige antecipação. Estamos atrasados, mas não há como escapar, teremos que recuperar o tempo perdido", disse.
esse contexto, Frederico Bonincontro, diretor de contas da ZTE, ressaltou a necessidade de se definir com urgência as questões relacionadas à implantação das redes de quarta geração de telefonia celular (4G) para atender a esses requisitos. "Temos a oportunidade de acelerar investimentos e antecipar a adoção de novas tecnologias", afirmou o executivo.
Em contrapartida, Leonardo Queiroz, diretor da TIM, disse que esse processo deve ser realizado com cautela, sob a pena de o país ter como legado recursos que acabarão sendo subutilizados. Ele citou a realização recente dos Jogos Militares no Rio de Janeiro, nos quais a TIM foi uma das fornecedoras. "Levamos fibra óptica a vários locais que não tinham acesso a esse serviço e, hoje, 50% dessa infraestrutura está parada. Não adianta investir em tecnologia de ponta se o mercado interno não terá como absorver essa demanda depois dos eventos", observou.

Usiminas foi a SDE e Seae questionar compra de ações pela CSN
Valor 14.09.2011 - A Usiminas, em comunicado, informou há pouco que se reuniu com representantes da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) e da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) para obter “esclarecimentos sob a ótica concorrencial” por conta das “sucessivas aquisições de participação em seu capital social por parte de seu concorrente Companhia Siderúrgica Nacional”.
Hoje, a SDE informou que deu 15 dias para que a Usiminas e a CSN prestem informações a respeito da compra de ações entre as empresas. A CSN anunciou em agosto que tinha mais de 15% das ações preferenciais e mais de 11% dos papéis ordinários da Usiminas, comprados desde o fim do ano passado.
Segundo informações que chegaram à SDE, a CSN fez oferta de compra de ações da Usiminas, nas últimas semanas, o que lhe daria mais de 10% da participação  na siderúrgica mineira. Ambas as empresas atuam no setor de aços planos. Em análise preliminar feita pela secretaria, a CSN e a Usiminas teriam juntas 70% desse mercado.
O prazo para respostas começa a ser contabilizado assim que o pedido chegar às empresas, o que deve acontecer em, no máximo, três dias. A Usiminas informou no comunicado que “até o  momento não recebeu nenhum pedido de informações por parte das autoridades de defesa da concorrência.”
O bloco de controle da Usiminas é dividido entre o grupo Nippon Usiminas, que tem a Nippon Steel como líder, a Votorantim, a Camargo Corrêa e  a Caixa dos Empregados da empresa, o CEU.
A Usiminas é a maior produtora de aço plano do país – fez 7,3 milhões de toneladas de aço bruto no ano passado. A CSN, que tem o terceiro posto, produziu 4,9 milhões de toneladas. Juntas, responderam por mais de 60% do total produzido no país.

Usiminas quer apoio do governo contra investida da CSN
Brasil Econômico 14.09.2011 - A Usiminas, segunda maior fabricante brasileira de aço, busca apoio do governo para evitar que a CSN aumente sua participação na empresa, disse integrante do governo com conhecimento das discussões.
Executivos da Usiminas se reuniram com autoridades responsáveis pela defesa da concorrência nos ministérios da Justiça e da Fazenda na semana passada, após a CSN ter elevado a quantidade de ações que detém na companhia, disse a pessoa.
Ela pediu anonimato porque as reuniões não foram públicas. A Usiminas confirmou a reunião.
"A Usiminas informa que esteve reunida com representantes da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) e da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) a fim de buscar esclarecimentos sob a ótica concorrencial, relativos às sucessivas aquisições de participação em seu capital social por parte de seu concorrente Companhia Siderúrgica Nacional", disse a empresa em resposta por e-mail de sua assessoria de imprensa externa à questionamento da Bloomberg.
"Até o momento a Usiminas não recebeu nenhum pedido de informações por parte das autoridades de defesa da concorrência."
A CSN, terceira maior siderúrgica do País em volume de produção, vem comprando ações da Usiminas desde pelo menos janeiro, quando disse que poderia aumentar sua participação na concorrente a um nível que levaria a mudanças na administração ou na estrutura de controle.
A Nippon Steel, a Votorantim Participações e a Camargo Corrêa detêm juntas 53,8% das ações ordinárias da siderúrgica mineira.
A Usiminas quer combater a iniciativa da rival baseada na defesa da concorrência, disse a pessoa. Segundo ela, a CSN pode ser multada por não ter notificado as agências antitruste sobre a compra de participação.
O Ministério da Justiça pediu à CSN e à Usiminas que forneçam mais informações sobre a compra de ações e pode abrir investigação sobre os efeitos da iniciativa para o mercado doméstico, segundo a assessoria de imprensa do ministério.
Em 19 de agosto, a empresa disse que aumentou sua fatia na Usiminas para 15,15% das ações preferenciais e 11,29% das ações ordinárias.
A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça confirmou que houve reunião entre executivos da Usiminas e o Secretário de Direito Econômico, Vinícius Carvalho, sem dar detalhes sobre os assuntos discutidos no encontro.

Novata Manabi recebe registro de companhia aberta na CVM
Valor 14.09.2011 - A Manabi Holding, empresa pré-operacional que pretende investir no setor de mineração, recebeu ontem o registro de companhia aberta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Constituída em março deste ano, a holding manifestou a intenção de listar suas ações em bolsa em ata do conselho de administração naquele mesmo mês.
Nenhum executivo foi encontrado para comentar o registro ou fornecer informações sobre o plano de negócio da empresa. Segundo parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disponível para consulta, a Manabi adquiriu em junho a totalidade dos ativos da Morro Pilar Minerais e da Morro Escuro Minerais.
As companhias detêm alvarás para a pesquisa da existência de minério de ferro na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, concedidos pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e por ora ainda não estão autorizadas a extrair e comercializar minérios. O órgão de defesa da concorrência foi favorável à operação.
De acordo com a descrição constante no parecer do Cade, a Manabi pretende concentrar sua atuação inicialmente em minério de ferro, prospectando novas áreas de exploração mineral.
Um registro na Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM americana, mostra que, em junho, a empresa levantou US$ 343,2 milhões em uma oferta privada de ações e opções entre os sócios.
Os principais acionistas da companhia são a IronCo, que pertence a um fundo de pensão no Canadá, o Korean Investment Corp, fundo soberano da Coreia do Sul, e a Fabrica Holdings, fundo de investimentos de pessoas físicas com sede no Rio de Janeiro.
Michael Vitton, chefe de renda variável do banco canadense BMO, especializado em investimentos em recursos naturais, também consta na lista dos investidores na operação registrada na SEC.
A Fabrica Holdings é administrada por Ricardo Antunes Carneiro Neto, que consta como diretor de relações com investidores da Manabi no registro da CVM, cargo que ocupava na LLX até 2009. O diretor financeiro da Manabi, Antônio Castelo Branco, também passou pela empresa de logística de Eike Batista, após longa carreira na Vale.

Americanas capta R$ 1,2 bilhão em dívida
Valor 14.09.2011 - Em um intervalo de menos de duas semanas, a Lojas Americanas anunciou a intenção de levantar até R$ 1,234 bilhão por meio de emissões de debêntures e financiamento do BNDES. Os recursos devem ser usados para financiar o ambicioso projeto de abertura de lojas da varejista e reequilibrar o passivo após o aporte realizado na B2W, braço de comércio eletrônico da companhia.
A Lojas Americanas anunciou ontem que fará uma emissão de R$ 500 milhões em debêntures. Os papéis serão distribuídos com esforços restritos de colocação, conforme a Instrução nº 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a realização da operação sem a necessidade de registro prévio na autarquia, desde que a emissão seja vendida para até 20 investidores.
A empresa informou que usará os recursos captados com as debêntures para o melhorar o perfil das dívidas existentes e reforçar o caixa. No mercado, o comentário é que as debêntures, com prazo de sete anos e remuneração equivalente a 113% do CDI, substituirão uma emissão de notas promissórias de R$ 500 milhões, realizada pela companhia em abril. As notas, que vencem em outubro, pagam 105,3% do CDI.
A captação foi realizada para que a companhia arcasse com sua parte na capitalização de R$ 1 bilhão realizada pela B2W este ano. Na ocasião, o aporte foi interpretado como um sinal de confiança dos controladores na operação de comércio eletrônico, que sofre com a forte concorrência e por vários trimestres entrega resultados considerados ruins pelo mercado.
A operação, no entanto, não teve a adesão total dos minoritários, o que levou a Lojas Americanas a elevar sua fatia na B2W de 54,9% para 57,7%. Procurados, a Lojas Americanas e o B anco do Brasil, que coordena a oferta de debêntures, informaram que não comentariam o assunto.
Enquanto se esforça para tornar mais rentável a unidade de comércio eletrônico, a Americanas pretende reforçar o varejo tradicional com um plano de abrir uma média de cem lojas por ano entre 2010 e 2013.
Para ajudar a financiar o projeto, a empresa anunciou no início do mês uma captação privada com debêntures conversíveis em ações, no valor de R$ 292,6 milhões, com prazo de seis anos e remuneração prefixada de 13,15% ao ano. Os controladores cederam o direito de preferência ao BNDESPar, que também ficará com a parte dos minoritários que não aderirem à oferta. O BNDES emprestará outros R$ 442,1 milhões à Americanas, por meio de uma linha de crédito do programa Finem.

Lácteos Brasil fecha fábrica de Erechim
Estadão 13.09.2011 - Lácteos Brasil, controladora da Bom Gosto, desativou temporariamente a unidade produtiva de Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira.
A empresa emitiu comunicado explicando que a medida segue o plano de racionalização para dar maior eficiência ao seu parque fabril.
Também sustenta que a produção de queijo prato, mussarela, nata, doce de leite, leite pasteurizado e bebidas lácteas será incorporada pelas plantas de Gaurama, Crissiumal, Tapejara e Fazenda Vilanova, para onde serão realocados alguns dos funcionários que trabalhavam em Erechim. A empresa prometeu oferecer consultoria para facilitar o reposicionamento dos 82 trabalhadores demitidos.

Banco do Brasil atinge R$ 1 bi no crédito educativo
Folha 14.09.2011 - O Banco do Brasil, que oferece crédito educativo pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) há pouco mais de um ano, atingiu R$ 1 bilhão em volume de operações.
São mais de 25 mil alunos de graduação que financiam estudos em instituições não gratuitas pelo banco.
"O volume de desembolso, R$ 1 bilhão do total de R$ 1,8 bilhão destinado pelo governo federal, mostra o avanço do Banco do Brasil nesse segmento", diz o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Rogério Caffarelli.
"O banco quer se tornar o principal operador do programa do MEC [Ministério da Educação]", afirma ele.
A participação do BB saltou de aproximadamente 4% do total de contratos do Fies em 2010 para 21% do valor financiado no início deste mês. A Caixa Econômica Federal tem 79% do estoque, incluindo financiamento anterior à entrada do BB no segmento.
"Apostamos na parceria com as universidades para incrementar as contratações. Elas nos ajudam também na adimplência porque continuam em contato com os alunos mesmo depois de formados."
Pelo Fies, o universitário só começa a pagar 18 meses depois de se formar.
O estudante pode financiar de 50% a 100% do valor, com prazo de três vezes o período financiado mais 12 meses para quitar o empréstimo, a juros de 3,4% ao ano.
" Nossa intenção é atingir 100 mil carteiras por ano", diz. "Queremos ser o maior banco dos jovens no país."
Os recursos do Fies vêm de 30% da receita líquida das loterias mais o valor de prêmios não pagos, segundo o executivo. O BB tem cerca de 1,2 milhão de contas universitárias.
Números do BB no FIES: R$ 1 bilhão é o volume total das operações do Banco do Brasil; 3,4% é valor anual dos juros pagos pelos estudantes; 18 meses é o tempo que o estudante pode esperar para começar apagar o financiamento após a conclusão do curso; 25 mil alunos já receberam empréstimos do banco para financiar seu curso superior; 21% é a participação do banco no segmento, enquanto; 79% é a da Caixa (estoque total de crédito educativo)

Sindicalistas pedem ação do BNDES contra JBS
Valor 14.09.2011 - O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que espera uma posição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acerca do fechamento do frigorífico da JBS na cidade paulista de Presidente Epitácio. Paulinho participou de reunião na tarde de ontem com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e afirmou que cerca de 1.500 empregos diretos foram cortados com a decisão da empresa, que está relacionada à guerra fiscal entre os Estados.
Paulinho afirmou que a JBS "não conversou com ninguém" antes de decidir pelo fechamento da unidade. Segundo ele, durante a reunião, Coutinho achou "um absurdo a empresa não ter conversado" com os trabalhadores antes de decidir pelas demissões. Ainda de acordo ele, Coutinho se comprometeu a "procurar a empresa o mais rápido possível para fazer eles sentarem com os sindicatos para a negociar essa questão".
A JBS anunciou o fim do abate de bovinos e o corte de 1.300 postos de trabalho no frigorífico de Presidente Epitácio no fim de agosto. A maior parte do gado abatido na unidade provinha do Mato Grosso do Sul e pagava ICMS na origem. Segundo a empresa, o Estado de São Paulo não restituía parte dos créditos do imposto.
Também presente ao encontro com Coutinho, o prefeito de Presidente Epitácio, José Antônio Furlan (PR), disse que somados os empregos indiretos, o município vai perder mais de 2.000 postos de trabalho. Furlan espera uma posição mais dura do BNDES, que detém 30,4% das ações do grupo JBS.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o BNDES afirmou ter ouvido os relatos acerca das demissões e ressaltou que "está acompanhando a situação".
O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp), Melquíades de Araújo, disse que amanhã as lideranças sindicais e políticos estarão com o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), amanhã.

Classe C atrai bancos, seguros e chocolates
DCI 14.09.2011 - O sistema financeiro aposta na classe C para manter sua lucratividade, especialmente em 2012. Bancos e seguradoras traçam estratégias para ampliar sua carteira de clientes da nova classe média, e financeiras como a Losango apostam em forte crescimento nos próximos anos para este segmento da população.
A financeira do HSBC pretende alcançar uma taxa de crescimento de 10% nos próximos anos e fechar 10 mil novas parcerias com redes de varejo em 2011. O diferencial na forma de conquistar o cliente pode alavancar as financeiras, que possuem maior flexibilidade ao oferecer produtos.
Segundo Hilgo Gonçalves, presidente da Losango, que pertence ao grupo HSBC, a estratégia da empresa está em firmar parcerias com a rede varejista, com quatro produtos disponíveis: Crédito Direto ao Consumidor (CDC), cartão de crédito, empréstimo pessoal e seguros. "Temos 24% de participação de mercado em CDC e objetivo de atender por ano 11 milhões de clientes das classes C, D e E."
As seguradoras e corretoras de seguros também veem a classe C como uma alternativa interessante de aumento de escala. A Transamerica Affinity, subsidiária brasileira da multinacional holandesa do ramo de seguros e investimentos Aegon Companies, triplicou de tamanho no último ano no Brasil e pretende faturar R$ 100 milhões até 2014 ofertando seguros para a nova classe média brasileira.
"A entrada de 40 milhões de consumidores na classe C e de outros 9 milhões de pessoas nas classes A e B evidencia o potencial de clientes que vão demandar seguros nos próximos anos", afirma o diretor-presidente da Transamerica, Ricardo Braga.
Empresas do varejo de chocolates também estão atentas ao crescimento da classe C. A Brasil Cacau e a Cacau Show já ofertam trufas a preços baixos. Com isso, a Brasil Cacau viu esse segmento crescer 1.400% no Estado de São Paulo, apenas em agosto, e a Cacau Show dobrou as vendas no mesmo mês.
"Ainda há uma massa importante de consumidores que têm medo de entrar numa loja de chocolates finos", afirma o presidente da segunda empresa, Alexandre Tadeu da Costa.

Condor, do PR, antecipa meta de faturar R$ 2 bi e investe R$ 100 milhões
Valor 14.09.2011 - Pedro Zonta, da Condor: inauguração da 31ª loja e crescimento de 20% ao ano.
O empresário Pedro Joanir Zonta inaugura hoje em Colombo (PR) a 31ª loja de sua rede de supermercados Condor. Será a primeira de três que estão previstas para o ano e que vão demandar investimentos de R$ 100 milhões. Com as 33 unidades, ele pretende bater com três anos de antecedência a meta de faturar R$ 2 bilhões. O número estava previsto para 2014, mas o desempenho da economia ajudou e a empresa cresceu 20% ao ano nos últimos quatro anos. A mesma porcentagem é esperada para 2011.
No ano passado, a rede Condor, uma das maiores do Paraná na área de varejo, registrou faturamento de R$ 1,7 bilhão. Zonta conta que, em 2007, fez projeção até 2014 e, além dos R$ 2 bilhões previstos, esperava ter 40 lojas. Ele não revela agora quais são os planos para o mesmo ano, mas já conta que em 2012 planeja abrir mais dois hipermercados, em Curitiba e em Pinhais, na região metropolitana. Na capital paranaense a empresa está em 17 endereços. E é no Estado que pretende continuar crescendo. "Aqui já temos nossa estrutura logística e de publicidade", diz.
Zonta, que é descendente de italianos, era sócio de um irmão em um abatedouro de suínos. Em 1974, abriu em Curitiba a primeira loja, em prédio alugado de 110 m2 e cinco empregados. Como não tinha experiência no ramo, trancava as portas às 20 horas e observava o modelo usado na antiga rede Jumbo, de Abilio Diniz, que fechava duas horas mais tarde. "O que eu via lá, colocava em prática", lembra. No ano seguinte, passou a atender em imóvel próprio com 320 m2, no bairro Pinheirinho, afastado do centro e, na época, com pouca infraestrutura. "Uma vez encalhei o carro depois de andar duas quadras, para fazer uma entrega", diz.
Nos anos 80, Zonta comprou pequenas lojas, em imóveis alugados, e na década seguinte construiu prédios para abrigá-las. Só em 2000 abriu o primeiro hipermercado, em Londrina, norte do Paraná, onde pretende ter mais um. Atualmente, possui 15 hipermercados. Há três anos, abriu uma loja com cinema em Paranaguá, litoral do Estado. Outra unidade com cinema, que tem a administração terceirizada, está sendo construída em Castro, na região central. Ela deve ser inaugurada em outubro. A terceira obra do ano está em andamento em São José dos Pinhais. Dos investimentos previstos, 60% serão financiados.
Questionado se o crescimento da rede pode passar por aquisições, já que em 2004 ele demonstrou interesse pelas unidades do grupo Sonae no Paraná, que acabaram sendo vendidas para o Walmart, ele responde rápido. "Eu gosto de crescer organicamente. Se aparecer oportunidade, vou olhar." Abertura de capital e captação de dinheiro no mercado estão descartadas. Com 60 anos de idade, Zonta hoje conta com a ajuda de três filhos na administração dos negócios. Um deles é Ricardo Zonta, ex-piloto de Fórmula 1 e que ainda participa de corridas de Stock Car. "Nossos pensamentos combinam", afirma. "Eles são mais detalhistas." O empresário é presidente da Associação Paranaense dos Supermercados (Apras) e garante que não teme a desaceleração do consumo. Ele conta com um bom Natal.

Proprietários de alambiques tentam conquistar os brasilienses
Correio Braziliebse 13.09.2011 - O empresário Luiz Henrique, com fábrica em Salinas (MG), pretende investir este ano R$ 500 mil em divulgação.
Os produtores de cachaça do Brasil estão de olho no público do Distrito Federal. A aposta é que o destilado, alvo de campanhas de valorização na última década e atualmente vendido como artigo sofisticado e gourmet, encontre boa aceitação do público brasiliense em razão do elevado poder aquisito e gosto por produtos de grande valor agregado. Um primeiro passo a fim de garantir a conquista do mercado local será dado hoje. Um total de 20 empresários do DF participarão de uma rodada de negócios em que 33 fabricantes do país apresentarão e defenderão os méritos de suas marcas. A intenção é que sejam fechados acordos de fornecimento com bares, restaurantes e hotéis.
O Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), representante de alambiques em todo o território nacional, não tem dados sobre o volume atual de vendas do produto em Brasília e região, mas estima que seja uma fatia mínima dos 1,2 bilhão de litros, que correspondem à capacidade instalada de 40 mil proprietários de alambiques do Brasil. Os fabricantes que apresentarão seus produtos no encontro de negócios, promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), são principalmente de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná. Haverá também alambiques de Goiás. Todos usam sistema artesanal e são certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A produção do Distrito Federal não é considerada de destaque justamente pela ausência do selo.
Além de não ser forte na fabricação de cachaça, o DF não figura entre os maiores centros consumidores do país, que são São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. Por isso mesmo, representantes do segmento acreditam que há um potencial inexplorado de comercialização.
Dificuldade: A produtora Daniela Vilaça, dona das marcas Prosa e Viola da Terra, de Morro da Garça (MG), pretende aproveitar as oportunidades de uma praça ainda longe de estar saturada. “A expectativa é abrir portas, criar um primeiro canal de conversas”, afirma ela, certa de que conseguirá fidelizar compradores entre a população do DF. “Há demandas daqueles que têm contato com meu produto em viagens, mas ainda existe dificuldade em encontrar distribuidor”, relata. Daniela, que produz 30 mil litros anuais, diz ter capacidade instalada para fabricar 60 mil litros. “Para mim, é muito interessante abrir espaço em um outro estado agora”, comenta. A Prosa, marca envelhecida três anos em barris de carvalho, sai por R$ 40 a R$ 45 o litro. A Terra de Minas, menos nobre, é armazenada um ano em tonéis de jequitibá, e custa de R$ 20 a R$ 25.
Luiz Henrique Morais Penutt, que fabrica em Salinas (MG) as marcas Beija Flor, Asa Branca, Salivana e Indaiazinha, diz não ter tido tempo de se inscrever para a rodada de negócios do Sebrae. No entanto, quer investir R$ 500 mil ainda este ano e R$ 700 mil em 2012 na divulgação e na inserção de seu produto em Brasília. “Vamos intensificar os esforços em campanhas de marketing. O projeto é entrar no DF e em Goiás”, diz. Hoje, Penutt vende a distribuidoras locais somente 12 mil litros de uma produção de aproximadamente 700 mil litros anuais — ou seja, 1,7%. O envelhecimento de suas cachaças varia de dois a nove anos. Consequentemente, elas custam entre R$ 17 e R$ 200 (veja Para saber mais).
A mineira Jaqueline Calvo, que comanda em Piranguinhos (MG) a produção da cachaça Dedo de Prosa participará do encontro com empresários do DF e espera conquistar mais clientes além dos dois estabelecimentos que já atende em Brasília, a Cachaçaria Água Doce e o Empório da Cachaça. “Estou à procura principalmente de um distribuidor atacadista”, conta.
Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae, acredita que a bebida ganhará espaço no Distrito Federal. “A cachaça se sofisticou e é equivalente ao uísque como destilado”, afirma. Carlos Eduardo Lima, presidente do Ibrac, é da mesma opinião. “O Distrito Federal é um mercado interessante, pois você tem pessoas do Brasil todo. A cachaça é uma bebida que ainda encontra resistência em alguns estados”, diz.
Para saber mais. Fatores de qualidade: Diversos fatores contribuem para que uma cachaça seja considerada de qualidade. Um é o tipo de cana de açúcar utilizado. A espécie mais adequada é a java. Outro critério é a fermentação, que deve ser 100% natural, sem aditivos químicos. Por fim, o cuidado na hora de destilar a bebida. É preciso descartar o líquido extraído no início, álcool muito forte, com excesso de metais.
A extração feita no fim da destilação, muito aguada, também deve ser jogada fora. O produto obtido na metade do processo, apelidado de coração da cachaça pelos produtores, é o melhor.
Há que se levar em conta também o tempo de maturação: quanto mais velha a bebida, mais valorizada.

Helibras investe R$ 430 milhões de olho no pré-sal
DCI 14.09.2011 - O mercado brasileiro tem capacidade de absorver pelo menos 100 helicópteros de grande porte para a aviação civil em 15 anos. Essa é a estimativa da Helibras, que prepara a inauguração da nova fábrica ao lado da primeira, em Itajubá (MG).
Com isso a empresa duplica sua área de produção, que tem como sócio o grupo europeu EADS (da Airbus e sócio da Embraer). Os investimentos na nova planta somam R$ 430 milhões, e ela será responsável pela fabricação da maior parte dos 50 helicópteros de grande porte que o governo brasileiro adquiriu para a Presidência da República, a Aeronáutica, a Marinha e o Exército.
De acordo com o presidente da Helibras, Eduardo Ferreira, a versão militar desse equipamento pode carregar até 30 soldados de infantaria, enquanto a versão civil leva até 19 passageiros. E é por conta dessa capacidade, aliada ao alcance de 500 quilômetros, que a empresa está de olho na demanda que as empresas petrolíferas deverão apresentar para a exploração de blocos de petróleo e gás natural como o pré-sal.

BP adquire a fatia que faltava na Tropical por R$ 118 milhões
Valor 14.09.2011 - A BP (British Petroleum) finalizou ontem duas operações de compra de participação de usinas sucroalcooleiras no Brasil. A principal delas foi a compra dos 50% restantes da usina Tropical, de Edéa (GO), por R$ 118 milhões. A outra, foi o aumento de sua fatia de 83% para 90% na CNAA (Companhia Nacional de Açúcar e Álcool) que tem duas unidades em operação nos Estados de Minas Gerais e Goiás.
A petroleira britânica, que já detinha 50% da usina Tropical, assinou ontem a compra da fatia de 25% da LDC SEV, braço sucroalcooleiro da francesa Louis Dreyfus Commodities, e dos outros 25% da Maeda, subsidiária da Brasil Ecodiesel. Com isso, assumiu o controle da usina que tem capacidade para processar 2,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra e produz açúcar e etanol.
Segundo fontes do mercado, o negócio foi fechado por valor equivalente a R$ 200 por tonelada de cana de capacidade instalada.
Procurada, a BP não comentou. A petroleira deve divulgar hoje na bolsa de Londres, onde tem capital aberto, comunicado informando as transações e anunciando investimentos nas usinas brasileiras, o que deve incluir projetos de cogeração de energia com bagaço de cana.
Pelo contrato de compra e venda da Tropical, assinado na noite de ontem, a BP também vai incorporar as dívidas da usina, que segundo avaliações do mercado, estão próximas de R$ 230 milhões.
O vice-presidente da LDC-SEV, Christophe Akli, confirmou ontem ao Valor a venda da fatia na Tropical e também da participação na CNAA para a BP. Ele não informou o percentual e nem o valor da segunda operação.
Esclareceu que as duas transações faziam parte de um acordo feito com bancos credores na época de incorporação da Santelisa Vale, em 2008, para redução do endividamento. Akli acrescentou ainda que as usinas não estavam em sinergia com os outros quatro clusters sucroalcooleiros operados pela empresa, que tem dez usinas no Centro-Sul do país.
José Carlos Aguilera, presidente da Brasil Ecodiesel, controladora da Maeda, afirmou que a venda da Tropical foi feita porque, além de o etanol não estar no foco da empresa, a atividade principal, que é produção de grãos, está neste momento em larga expansão. Com a incorporação da Vanguarda, este mês, a área cultivada com grãos e fibras vai crescer de 85 mil hectares na safra 2010/11 para 285 mil hectares. "A venda do ativo de cana vai capitalizar essa expansão em produção de alimentos e fibras", afirma Aguilera.
Adquirida em 2008 pela BP, a participação de 50% na Tropical foi por mais de dois anos a única presença da petroleira em biocombustíveis no Brasil. Isso mudou em março deste ano quando a companhia comprou, por US$ 680 milhões, 83% das duas usinas da CNAA. A aquisição também incluiu o projeto de uma usina em Campina Verde (MG).

Estrategista do UBS acha que ajuda de Brics ‘mudaria o jogo’ na Europa
Estadão 13.09.2011 - Uma mudança de 5% na alocação de reservas dos Brics para o euro, que ele estima em € 150 bilhões, cobriria perto de metade de toda a dívida da Grécia
Um esforço coordenado de Brasil, Rússia, Índia e China para comprar bônus soberanos de países europeus em dificuldades "mudaria o jogo", escreveu o estrategista de câmbio Geoffrey Yu, do UBS. Ele ressalvou que não está claro se os chamados Brics acreditam ser de seu interesse ajudar os países europeus.
Segundo Yu, uma mudança de 5% na alocação de reservas dos Brics para o euro, que ele estima em € 150 bilhões, cobriria perto de metade de toda a dívida da Grécia, sem nenhum desconto no valor da dívida grega. "Outros grandes gestores de reservas, como a Suíça, os tigres asiáticos e o Oriente Médio, também participariam de forma passiva, sabendo que há grandes compradores no mercado que impediriam que os preços caíssem demais", escreveu o estrategista.
Na verdade, observou Yu, os Brics não têm histórico de coordenar políticas como um bloco e a China, que sem dúvida arcaria com boa parte do risco, vai pensar se o esforço vale a pena.

Caixa Geral vende ativos para se capitalizar
Valor 14.09.2011 - Faria de Oliveira diz que privatização do banco está fora do plano de governo.
A falta de liquidez que assola o mercado bancário europeu parece ganhar contornos ainda mais expressivos na Caixa Geral de Depósitos (CGD), maior banco de Portugal. Por se tratar de uma estatal, a instituição financeira tem por principal objetivo "assegurar o financiamento da economia", como lembra seu presidente, Fernando Faria de Oliveira, em entrevista ao Valor concedida por e-mail - exigência do executivo. A tarefa, porém, não tem sido fácil.
Para se capitalizar, a CGD coloca agora em prática um programa de "racionalização" da estrutura do grupo, que prevê a venda de diversos ativos, como as participações acionárias que detém na Portugal Telecom (PT) e na Galp Energia. A fatia de 9,6% do capital da cimenteira Cimpor, que tem também como sócios os grupos brasileiros Camargo Corrêa e o Votorantim, não foi mencionada.
Faria de Oliveira diz que as operações do grupo segurador e hospitalar devem ser as primeiras a serem vendidas, até o fim do primeiro semestre de 2012. Na última quinta-feira, a imprensa portuguesa noticiou que essas operações estariam sendo negociadas para o próprio governo por € 1,5 bilhão, e que a venda poderia sair ainda este ano. Questionado sobre tais rumores, Faria de Oliveira não respondeu.
Outras perguntas também ficaram sem respostas, como as expectativas de crescimento da carteira de crédito do banco neste ano e de retorno aos níveis de rentabilidade exibidos antes da primeira crise financeira, em 2008, de aproximadamente 20%. Em junho, a rentabilidade bruta sobre o capital próprio da CGD era de 6,1%. O lucro líquido totalizou €91,4 milhões no primeiro semestre, redução de 13,2% em relação a igual período de 2010. Apesar desses números, Faria de Oliveira avalia o desempenho geral do banco como positivo e destaca os financiamentos a empresas, que subiu 6,2%. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Valor: Como andam as operações da Caixa Geral de Depósitos, a evolução do crédito e dos depósitos?
Faria de Oliveira : A Caixa Geral de Depósitos tem três missões fundamentais: assegurar o financiamento da economia; contribuir para a melhoria da competitividade da economia e para a internacionalização das empresas; contribuir para a estabilidade do sistema financeiro. Apesar da conjuntura econômica particularmente exigente, nomeadamente ao nível do acesso à liquidez, o desempenho da CGD no primeiro semestre de 2011 foi bem positivo. O crédito a clientes registou, em relação a igual período do ano anterior, um aumento de 0,8%, com o crédito a empresas a crescer (em termos homólogos) 6,2%. No que respeita ao saldo total de recursos de clientes (depósitos), a progressão em termos homólogos foi de 9,6%. O rácio de transformação medida pelo crédito líquido relativamente aos recursos de clientes situou-se em 116%.
Valor: Quais ativos da CGD deverão ser vendidos?
Faria de Oliveira : O plano de desalavancagem em curso prevê a alienação de alguns ativos, não estando ainda definidos nem modelos nem prazos para a sua concretização. Destacam-se os seguintes: Caixa Seguros, que engloba nomeadamente a C ompanhia de Seguros Fidelidade Mundial e a Companhia de Seguros Império Bonança, que detém uma quota de mercado superior a 35%; Grupo Hospitalar HPP (Hospitais Privados de Portugal), com unidades no Porto, Sangalhos, Lisboa, Cascais, Faro e Lagos; as ações detidas nalgumas das principais empresas portuguesas, como a PT [Portugal Telecom], a ZON, a Galp, a Brisa, a EDP, a REN e o Millennium BCP.
Valor: Existe um cronograma para a venda desses ativos?
Faria de Oliveira : Ainda não está definido e vai depender da evolução dos mercados. Mas admito que as operações, quer do grupo hospitalar, quer do segurador, possam ser concretizadas até o fim do primeiro semestre de 2012.
Valor: Quanto espera arrecadar com as vendas?
Faria de Oliveira : Um valor significativo, que o mercado ditará e que constituirá um bom contributo para o aumento do core tier 1 [capital de nível 1, o principal de um banco] da CGD, que deverá ser superior a 9% em 2011 e a 10% em 2012.
Valor: Como o dinheiro será usado?
Faria de Oliveira : Os objetivos principais são diminuir a necessidade de recurso ao Banco Central Europeu para suprir necessidades de liquidez, melhorar o índice "core tier 1" e contribuir para os resultados.
Valor: Há possibilidade de privatização da CGD?
Faria de Oliveira : Não se prevê a privatização da CGD, nem no programa do governo, nem no acordo celebrado com o FMI, o BCE e a Comissão Europeia.
Valor: Já são sentidos os impactos do rebaixamento da nota de risco pela Moody's?
Faria de Oliveira : A descida do rating da CGD é uma consequência direta do "downgrade" do rating da República e da percepção dos mercados sobre o desempenho da economia portuguesa. De fato, se olhássemos exclusivamente para o comportamento da CGD, não se justificaria o rebaixamento da nota de risco da Moody's. No período da crise internacional e, mais recentemente, da crise da dívida soberana de 2008 a 2010, a CGD aumentou a sua situação líquida em 43%, melhorou os seus índices de capital (alta de 2,1 pontos percentuais no tier 1, para 8,9%, e de 2,2 pontos percentuais) no índice de solvência, para 12,3% em 31 de dezembro de 2010), manteve um crescimento importante na concessão de crédito (21% no período) e nos depósitos (alta de 13%). O impacto maior da diminuição do rating faz-se sentir no domínio da rentabilidade e, naturalmente, no valor dos colaterais.
Valor: Está mais caro captar? Qual a tendência?
Faria de Oliveira : Tem-se registado um aumento progressivo (nos dois últimos meses a situação está mais estabilizada, na remuneração dos depósitos).



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