terça-feira, 6 de setembro de 2011

Azul.CA.07.09

Daily News

MPX conclui aquisição de projetos termelétricos do Bertin

Valor 06.09.2011 - A MPX Energia, empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, concluiu a compra dos contratos de comercialização de energia das térmicas MC2 Joinville e MC2 João Neiva, do grupo Bertin. As térmicas farão parte do complexo MPX Parnaíba, no interior do Maranhão, e o fornecimento do gás será feito pela OGX. Anunciado em junho, o negócio foi fechado por R$ 183,44 milhões e  recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no mês passado. O volume de energia contratado totaliza 450 MW(megawatts) médios, o que representa uma receita fixa anual de R$ 392,9 milhões, segundo a MPX. Os contratos têm prazo de 15 anos, com início de vigência em janeiro de 2013, e foram assegurados no leilão de energia A-5 realizado em setembro de 2008. No total, o complexo termelétrico MPX Parnaíba conta com 1.175 MW contratados e possui licença ambiental para a implantação de 2.547 MW adicionais, conforme a empresa. O projeto é uma parceria entre a MPX – com participação de 70% - e a Petra Energia, que detém os outros 30%. Com as contratações, a MPX espera alcançar em 2014 capacidade instalada total de 1.910 MW, considerando apenas sua participação nos empreendimentos, e faturamento bruto mínimo anual de R$ 1,3 bilhão.

BC suíço estabelece limite para a cotação do franco

Valor 06.09.2011 - O banco central da Suíça voltou a agir contra a supervalorização da moeda nacional, agora estabelecendo um limite mínimo de 1,20 franco por euro. A autoridade monetária "vai fazer prevalecer essa cotação mínima com toda sua determinação e está pronta para comprar divisas em quantidade ilimitada", anunciou a instituição nesta manhã em Zurique. "Com efeito imediato, o Banco Nacional da Suíça não vai tolerar uma taxa de câmbio abaixo do mínimo de 1,20 franco", comunicou. O franco suíço imediatamente subiu para esse nível, depois de ter aberto a 1,12 franco por euro.
O BC suíço já fez de tudo, intervindo com aquisições de mais de 200 bilhões de francos, reduzindo taxa de juro e colocando mais liquidez na economia. Há algumas semanas, o franco suíço chegou à paridade com o euro, a moeda do principal mercado para as empresas helvéticas. A nova decisão vem um dia depois que a União Sindical Suíça exigiu um limite mínimo para a moeda helvética a fim de evitar mais estragos na economia. Para as autoridades monetárias suíças, a supervalorização atual do franco é "extrema" e representa "uma grave ameaça para a economia" do país. Analistas consideram, em todo caso, que o limite mínimo de 1,20 franco por euro foi uma decisão marcante, mas o nível ainda é alto, implicando que a economia continuará a sofrer com a moeda forte. O franco continua a atrair investidores inquietos com a deterioração da economia global e que enxergam a moeda helvética como um valor de refúgio.

Grupo Carlyle informa que fará IPO de até US$ 100 mi

Exame 06.09.2011 - Empresa de private equity anunciou que usará dinheiro para investimentos, aquisições e para pagar dívidas.David M. Rubenstein, um dos fundadores do Carlyle: mais um IPO de um fundo de private equity. O Carlyle Group decidiu se unir ao grupo cada vez maior de empresas de private equity negociadas em bolsa, ao comunicar à Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários dos EUA, que fará uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de até US$ 100 milhões. Os fundos de private equity formam carteiras que compram participações em empresas. Em comunicado, a companhia com sede em Washington informou que usará os recursos para pagar dívidas e para propósitos corporativos em geral, incluindo iniciativas para o crescimento do grupo, investimentos estratégicos e aquisições. O grupo tinha cerca de US$ 153 bilhões em ativos sob administração em 30 de junho, contabilizando-se os ativos sob gestão do AlpInvest Partners, grupo de fundo que o Carlyle adquiriu no início deste ano. A unidade de private equity do Carlyle administra US$ 55 bilhões em ativos, ou aproximadamente 36% de seus ativos totais, segundo o informe à SEC. Em junho, o Carlyle escolheu o JPMorgan Chase & Co, o Citigroup Inc e o Credit Suisse Group como coordenadores do IPO. Entre os grandes grupos de private equity, o Blackstone e o Fortress Investment abriram capital em 2007. O Kohlberg Kravis Roberts começou a ser negociado na Bolsa de Nova York em julho de 2010, depois de uma fusão com um filiado europeu listado. O Apollo Global Management abriu capital em março. Em junho, o Oaktree Capital Management informou que fará um IPO de até US$ 100 milhões.

EcoRodovias substitui marcas Columbia e Eadi Sul por Elog

Valor 06.09.2011 - Depois de adquirir as empresas de armazenagem e logística Columbia e a Eadi Sul em maio do ano passado por cerca de R$ 260 milhões, o grupo EcoRodovias decidiu dar um nome único a suas operações nesse segmento. Agora, a identidade em logística terá Elog como única marca. A nova denominação reúne faturamento de R$ 286 milhões (registrados em 2010) e investimentos de R$ 182 milhões previstos até o final de 2011. Com a unificação, as 17 unidades no sudeste e no sul do país deixarão de usar as expressões Columbia e Eadi Sul.  A Columbia havia sido fundada em 1942, pela Esteve Irmãos, e abriu seu primeiro armazém no bairro da Moóca, em São Paulo. “Estamos fazendo uma plástica nessa senhora para que ela possa encantar nossos clientes”, diz Luis Opice, presidente da companhia. A Elog presta serviços em toda a cadeia logística, desde o desembaraço aduaneiro para importação e exportação, passando pela gestão de processos e estoques, até a entrega aos clientes e seu retorno. Uma das principais unidades da empresa, o Ecopátio  Cubatão, está a 20 quilômetros do Porto de Santos e conta com área total de 443 mil metros quadrados.
O grupo EcoRodovias tem 80% da composição acionária da Elog, enquanto que 20% são do Fundo Logística Brasil (BRZ). Já o grupo EcoRodovias tem 45% das ações sob propriedade da CR Almeida, sendo que o grupo italiano Impregilo detém 29,2%. Os outros 25,8% são negociados em bolsa.

Quebrado na bolsa, fundo GWI faz fortuna com imóveis

Exame 06.09.2011 - Gestora com péssimo desempenho em bolsa diz que com 300 milhões de reais construiu um portfólio de imóveis que vale 600 milhões de reais. Detalhe: está tudo à venda. A GWI Asset Management se notabilizou nos últimos anos por gerir alguns dos fundos mais agressivos do mercado brasileiro. As carteiras administradas pela gestora, bastante popular entre a comunidade sul-coreana do Bom Retiro (bairro central de São Paulo), quebraram duas vezes, uma em 2008 e outra em 2011. No mês passado, um dos fundos da GWI chegou a ficar com o patrimônio líquido negativo, continua inadimplente com a bolsa e, desta forma, está impedido de operar. Paralelamente à estratégia quase kamikaze adotada no mercado acionário, a gestora conseguiu constituir um braço imobiliário bem-gerido e lucrativo, que tem tudo para se transformar em tábua de salvação neste momento de dificuldade extrema. Fundada em 2006, a GWI Real Estate se especializou em comprar terrenos e construir imóveis (principalmente galpões logísticos) que posteriormente seriam alugados para empresas. Assim, como a área de asset management, o fundo imobiliário tem como principal acionista o sul-coreano Mu Hak You, e captou recursos de outros 70 investidores endinheirados, brasileiros e coreanos. O dinheiro foi usado na compra de 2,4 milhões de metros quadrados em terrenos localizados a um raio de até 120 km da cidade de São Paulo e na construção de quatro empreendimentos. Como a maior parte dos terrenos foi adquirida em 2007 e 2008, o fundo conseguiu aproveitar como poucos o boom imobiliário brasileiro. Segundo a própria empresa, o portfólio, que consumiu investimentos de 300 milhões de reais, vale hoje cerca de 600 milhões. Especialistas de mercado que conhecem os imóveis da GWI confirmam que, em uma estimativa conservadora, a carteira poderia ser vendida por ao menos 500 milhões de reais neste momento. Eles explicam que há uma grande escassez de galpões industriais para as empresas brasileiras e que os preços dos bons terrenos no eixo Rio-SãoPaulo-Campinas dispararam nos últimos anos. Ao mesmo tempo, não faltam fundos interessados em investir nesse tipo de empreendimento. Os mesmos especialistas afirmam que a GWI Real Estate já começou a organizar o processo que pode culminar com a venda de todos seus imóveis, sem exceção - oficialmente, a empresa diz que só planeja se desfazer de ativos não-estratégicos, o que exclui os galpões. Dois condomínios logísticos são as galinhas dos ovos de ouro da empresa. Localizado no km 66 da rodovia Anhanguera, o Global Jundiaí obteve um financiamento de 27 milhões de reais do BNDES, terminou de ser construído recentemente e inclui 41.000 metros quadrados de galpões modernos. O empreendimento já está 100% locado e pode ser utilizado tanto para o armazenamento de produtos como para abrigar uma unidade fabril. O principal inquilino do Global Jundiaí é a taiwanesa Foxconn, maior fabricante do mundo de componentes eletrônicos e computadores. A Foxconn já possuía uma unidade em Jundiaí, às margens da rodovia dos Bandeirantes, onde produz aparelhos para a HP, a Dell e a Sony. Somente no mês passado, a gigante taiwanesa confirmou o fechamento de um acordo com a Apple para produzir produtos eletrônicos na nova unidade. Inicialmente devem ser montados iPhones, já que o plano mais barulhento, de produzir iPads na unidade, ainda não está de pé. No mercado, circula a informação que a empresa busca um acordo com o BNDES para a instalação da fábrica – mas ninguém sabe qual será o desfecho dessas conversas. O primeiro centro logístico da GWI a ficar pronto, entretanto, foi o Global Cumbica. O fundo comprou um antigo galpão próximo ao aeroporto de Guarulhos, fez uma reforma completa e ampliou a área locável para um total de 54.500 metros quadrados. Novas ampliações ainda estão sendo feitas. Entre os atuais inquilinos, estão empresas como a TAM, a Dufry, a DHL e a TNT. Segundo especialistas, os dois empreendimentos interessam principalmente a fundos de pensão porque já estão prontos, locados e oferecem uma fonte segura de renda futura para quem se aposentar com o patrocínio dessas entidades. Ainda na área de galpões, a GWI possui terrenos para erguer empreendimentos em Campinas, Sumaré, Sorocaba e Vinhedo, no interior de São Paulo. Outros empreendimentos logísticos podem ser construídos nas proximidades do aeroporto de Viracopos e em Jundiaí. Já nesses casos, os possíveis compradores para os ativos seriam incorporadores ou investidores interessados em levar adiante projetos ainda em fase inicial. A empresa atua ainda nas áreas de varejo (com o shopping Praça da Moça, o único de Diadema, no ABC paulista) e de escritórios comerciais (com o Alpha Tocantins, um prédio de escritórios em Barueri, na Grande São Paulo). Uma parte do shopping Praça da Moça já foi vendido pela GWI à Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal), que se tornou controladora do empreendimentos. A participação restante, de 23%, também está à venda, segundo a própria GWI. Por último, a empresa constituiu um fundo imobiliário com quotas negociadas na BM&FBovespa sob o código GWIC11. Lançado em novembro de 2009, o fundo comprou um parte de um empreendimento do próprio grupo, o Global Cumbica, em uma negociação que rendeu os recursos necessários para que outros projetos fossem levados adiante. Como fundos imobiliários negociados em bolsa podem incluir isenção de Imposto de Renda sobre as receitas com aluguéis distribuídas às pessoas físicas, o negócio acabou sendo uma forma de a GWI vender parte de sua participação no Global Cumbica por um preço interessante. Quem investiu nas quotas também não tem do que reclamar. O fundo acumula um retorno total de 73% em 21 meses, um dos maiores da indústria para o período.
Bolsa: Uma importante diferença entre esse fundo imobiliário negociado em bolsa e as demais aplicações oferecidas pela GWI ao mercado é que, no primeiro, não é permitida a “alavancagem”, um jargão do mercado financeiro para designar operações em que uma empresa toma dívidas para realizar investimentos. Um especialista em fundos imobiliários que pediu para não ser identificado lembra que a legislação brasileira só permite que esses fundos comprem imóveis com o dinheiro levantado junto aos quotistas - e não com financiamentos bancários, por exemplo.
Já os fundos oferecidos pela GWI Asset Management estão entre os mais alavancados do país. Mesmo com estratégias arriscadíssimas, a empresa chegou a gerir mais de 1 bilhão de reais. Segundo circula no mercado, metade do dinheiro era do próprio Mu Hak You. Aberto em 2004, o fundo GWI FIA chegou a viver dias de glória em meados da década passada, acumulando uma rentabilidade de quase 800%. Quando a bolsa subia, o fundo conseguia obter um retorno bem superior à média por investir em contratos a termo. Esse tipo de derivativo permite que o fundo, na prática, invista valores superiores a seu próprio patrimônio. Quando a maré vira, porém, o rombo a ser coberto pode ser enorme. O inferno astral de Mu Hak na bolsa começou em 2008, quando duas carteiras da GWI chegaram a ser fechadas para resgates após uma desvalorização de até 90%. Na época, os quotistas do fundo decidiram dar um voto de confiança ao gestor. Mu Hak não apenas se manteve como administrador dos quatro fundos como abriu outras três carteiras até 2011. Quando a situação parecia sob controle, veio um tombo ainda maior em agosto. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o rating dos EUA, derrubou as bolsas globais e levou o fundo GWI Private a perdas astronômicas com contratos a termo de ações do frigorífico Marfrig. O fundo teve de ser fechado para resgates assim como outras seis carteiras da GWI. O patrimônio do GWI Private ficou negativo em 29 milhões de reais – ou seja, os quotistas perderam todo o dinheiro investido e ainda terão de ratear esse valor para que o fundo volte a operar. Apesar de novamente Mu Hak ter obtido apoio dos investidores para continuar na gestão e de os fundos já terem sido oficialmente reabertos, ainda não ficou definido quem vai pagar a conta das perdas. Na prática, o fundo só poderá voltar a operar no mercado quando quitar as dívidas antigas. Com a venda de ao menos parte do portfólio de imóveis, a empresa garantirá uma nova chance de se reerguer. Desta vez, talvez sem alavancagem.

Pemex compra fatia adicional de 4,62% na Repsol YPF

Estadão 06.09.2011 - A petrolífera mexicana Pemex comprou uma participação adicional de 4,62% na Repsol YPF, aumentando sua fatia na companhia para aproximadamente 9,4%, de acordo com informações divulgadas pela Repsol. A operação, que envolveu a compra de 56,4 milhões de ações em bolsa, foi avaliada em 1,12 bilhão de euros, tendo como base de cálculo o preço de fechamento dos papéis da Repsol nesta sexta-feira, de 19,8 de euros por ação.

Aneel autoriza aumento de 7,6% para tarifas da Chesp

Valor 06.09.2011 - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje o reajuste anual de tarifas da distribuidora Companhia Hidrelétrica São Patrício (Chesp). Segundo nota divulgada no site da agência, o aumento será de 7,6% para os consumidores residenciais e industriais. Caso a empresa quite débitos que possui relativos a encargos do setor elétrico, a Aneel já autorizou um reajuste maior, de 14,2% para o consumidor residencial e 22,8% para o grande consumidor. O aumento passa a valer no próximo dia 12 nas nove cidades atendidas pela Chesp em Goiás.

Grupo Ambipar compra SOS Cotec

Valor 06.09.2011 - O grupo Ambipar (antigo Ambitec), que oferece serviços focados em gestão ambiental para o setor industrial, anunciou hoje a compra do controle da SOS Cotec, empresa que atua no atendimento emergencial em acidentes ambientais envolvendo produtos químicos. Conforme a Ambipar, o fundador da SOS Cotec, José Guilherme Berardo, permanecerá na direção executiva da empresa, que iniciou suas atividades há mais de 30 anos no mercado de gestão em acidentes no transporte de produtos químicos.
A Ambipar informou ainda que a aquisição está alinhada à estratégia de ampliar as sinergias entre as empresas do grupo e “oferecer ao mercado serviços com tecnologia e soluções integradas”.No ano passado, o grupo Ambipar obteve faturamento de R$ 300 milhões. O valor do negócio não foi divulgado.

Grupo Éxito pretende levantar US$ 1,4 bi com emissão de ações

Valor 06.09.2011 - O grupo Éxito, maior supermercadista da Colômbia, anunciou que irá fazer emissão de ações ordinárias, com a qual pretende levantar cerca de 2,5 trilhões de pesos colombianos (US$ 1,4 bilhão) com um preço por ação de 21,9 mil pesos colombianos (um desconto de 8% em relação ao preço da ação da companhia). O valor levantado na oferta será usado para financiar o plano de expansão da Éxito na Colômbia e na região, incluindo a aquisição das participações majoritárias do Casino nas varejistas Disco e Devoto no Uruguai, por um valor total de US$ 746 milhões. A Éxito é controlada pela rede francesa Casino, que tem 54,8% da empresa. O Casino pretende subscrever o aumento de capital proporcionalmente à sua participação atual, mantendo assim o controle acionário da empresa. A receita líquida do grupo colombiano foi de 7,5 trilhões de pesos colombianos em 2010, cerca de US$ 3,97 bilhões.

Lucro da CCR recua 5,2% em 2010

JCRJ 06.09.2011 - A CCR, empresa de concessão de rodovias, registrou lucro líquido de R$ 671,7 milhões em 2010, queda de 5,2% sobre apurado em 2009. Segundo a companhia, o resultado foi afetado principalmente pelo aumento das despesas financeiras, consequência do maior estoque da dívida e ajuste da provisão de manutenção. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia totalizou R$ 2,258 bilhões, o que corresponde a uma expansão de 17,8% na comparação anual. Já a margem Ebitda recuou, passando de 62,1% em 2009 para 59,8% em 2010. A receita líquida subiu 22,2% perante 2009, para R$ 3,775 bilhões. A expansão da arrecadação de pedágio por meio de meios eletrônicos foi de 29,8%.
Em 2011, a CCR estima investir R$ 1,49 bilhão, montante acima dos R$ 951,2 milhões de 2010. Ainda segundo a companhia, do total, R$ 391,4 milhões serão destinados à Nova Dutra. O desempenho do quarto trimestre não foi informado e, de acordo com a companhia, será divulgado até 15 de maio.

CNA quer devolver acesso estrangeiro à áreas rurais

DCI 06.09.2011 - O fim da proibição da venda e arrendamento de terras brasileiras a estrangeiros como forma de garantir a continuidade do credo agronegócio brasileiro, principalmente em setores estratégicos, como o de energia renovável, ocupou as atenções ontem no primeiro dia do Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima, realizado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). A proibição foi decidida por parecer da Advocacia Geral da União (AGU) em agosto de 2010. A intenção foi interromper o avanço do capital estrangeiro nas áreas rurais brasileiras. Tanto a senadora Kátia Abreu, quanto José Roberto Mendonça de Barros, diretor da empresa MBAgro, disseram que a proibição atrasa o desenvolvimento da agropecuária. Barros disse ainda que o setor deve se preparar para outros gargalos sérios nos próximos anos, como a alta carga tributária, a piora da qualidade da regulamentação das terras, o preço da energia elétrica, a infraestrutura, e a falta de mão de obra.

Aportes do BNDES recuam 5% no ano e somam R$ 69,4 bi

Brasil Econômico 06.09.2011 - Do total desembolsado, R$ 28,8 bilhões foram direcionados ao setor de infraestrutura. Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) caíram 5% no acumulado entre janeiro e julho, totalizando R$ 69,4 bilhões. Olhando para frente, o banco de fomento prevê estabilidade nos aportes, com o total de 2011 ficando no mesmo patamar do ano passado, em torno de R$ 146 bilhões.Tal montante exclui a operação de capitalização da Petrobras, de R$ 24,8 bilhões, realizada em setembro de 2010.
Dos R$ 69,4 bilhões liberados nesse ano, R$ 13,6 bilhões se referem ao mês de julho, com pequeno crescimento de 1,6% em relação a igual mês no ano passado. Do montante acumulado, R$ 28,8 bilhões foram direcionados ao setor de infraestrutura, que respondeu por 42% das cifras desembolsadas.

Monsanto lança transgênico criado no Brasil

Brasil Econômico 06.09.2011 - Produção brasileira de soja já é em 76% obtida com sementes transgênicas. Semente de soja Intacta protege contra lagartas e o herbicida glifosato e deve ser comercializada para a safra 2012/2013.  A Monsanto inicia em outubro as primeiras plantações da segunda geração de soja transgênica em 500 propriedades no Brasil. Trata-se do teste final para a colocação do produto no mercado.A nova semente, a Intacta, possui dois genes modificados, sendo que um protege contra as principais lagartas que atacam a soja, e o outro garante resistência ao herbicida glifosato. A tecnologia está em fase final de aprovação e já foi apresentada nas feiras agrícolas no país. O produto será submetido a um último teste. Trata-se do plantio em diferentes regiões, visando medir a produtividade. Para isso, a empresa vai contar com 500 produtores, que devem iniciar o plantio já na próxima safra que inicia em outubro. Os colaboradores iniciarão a plantação em áreas pequenas, com menos de um hectare, e as sementes serão recolhidas para analisar a produtividade - por enquanto nada será comercializado. Os testes ajudarão a determinar qual será o preço da tecnologia quando for lançada no mercado. A pesquisa foi desenvolvida no Brasil, e aprovada por autoridades brasileiras e americanas. No entanto, todos os novos transgênicos devem ser aprovados em cada governo individualmente, antes de serem vendidos, para que o Brasil não sofra sanções comerciais.
Ainda são necessários avais da China, Japão a aprovação da União Europeia. Na Europa, parte da tecnologia já foi aprovada pelas autoridades. "O Brasil hoje é o nosso segundo maior mercado, e está crescendo mais rápido do que os Estados Unidos", afirma Jesús Madrazo, diretor de negócios internacionais da Monsanto. A empresa prevê que as vendas no país cresçam a um ritmo de 20% este ano, enquanto a média mundial será entre 14% e 17%. "Esperamos faturar mais de US$ 1 bilhão no Brasil em 2011", diz. A Monsanto não divulga quanto projeta faturar com a nova tecnologia. Hoje a única variedade de soja transgênica comercializada no Brasil é a Roundup Ready, da Monsanto, soja com resistência ao herbicida glifosato. Com ela, a aplicação de herbicida pode ser realizada com as plantas em pleno desenvolvimento. Para competir, a Basf e a Embrapa devem colocar no mercado a partir do ano que vem a Cultivance, que protege contra o herbicida glufosinato.
Próxima safra: A Intacta controla as lagartas, com um gene, extraído de uma bactéria e inserido na soja, mata o inseto que se alimenta da planta. Como o plantio da safra 2011/2012 deve ter início em outubro, a nova semente da Monsanto ainda não estará disponível comercialmente. Mas para a safra seguinte a companhia espera ter todas as aprovações necessárias. "Governos não são previsíveis, não sabemos se algo imprevisto poderá ocorrer", adiantou Ernie Sanders, diretor global para soja da empresa. A nova tecnologia conta com uma desvantagem. O produto requer o plantio de uma área de 20% de soja convencional, separadamente dos campos de soja modificada. É o chamado "refúgio", e o motivo é evitar a proliferação de insetos resistentes. Se houver o plantio do transgênico puro, as larvas mais resistentes proliferam, gerando uma seleção natural de superinsetos não afetados pela proteína transgênica. Como o refúgio atrai todos os insetos da lavoura e não recebe a proteção do inseticida, a produção dessa área é descartada pelo agricultor. O refúgio exigido para essa nova tecnologia, de 20%, é relativamente alto. Para o milho transgênico comercializado pela companhia as sementes são equipadas com dois genes de proteção diferentes, e o refúgio diminui para 5%. "Queríamos que fosse menor, mas não vamos dar nenhuma chance para surgir resistência", diz Sanders. Para a empresa, o surgimento de superinsetos é uma das principais ameaças, pois tem o potencial de tornar a tecnologia obsoleta. Ainda assim, a empresa espera que a maior produtividade e a economia com pesticidas deve compensar o refúgio. "Se essas variedades não fossem melhores do que a convencional, não lançaríamos o produto", diz Sanders.

CEO do Deutsche Bank soa o alarme e diz que crise lembra 2008

Exame 06.09.2011 - “A ‘nova normalidade’ é caracterizada por volatilidade e incerteza”, diz Josef Ackermann. “É óbvio que muitos bancos europeus não irão sobreviver", prevê Ackermann. O sombrio discurso realizado ontem em Frankfurt pelo chefe do banco alemão Deutsche Bank, Josef Ackermann, continua a aterrorizar os investidores em todo o mundo. Segundo ele, as condições atuais do mercado o fazem lembrar a crise de 2008 e que a “nova normalidade é caracterizada por volatilidade e incerteza”. “Os investidores não estão apenas se perguntando sobre como os responsáveis em superar a crise podem somar as forças necessárias, mas cada vez mais sobre quanto tempo ainda resta e se eles possuem os recursos necessários”, disse Ackermann durante uma conferência anual sobre o setor bancário. O executivo ressalta que os investidores precisarão a partir de agora se acostumar com os bancos em um cenário de menor rentabilidade. “A perspectiva para o crescimento futuro das receitas está limitada estruturalmente e pela situação atual”, destacou. Ele explica ainda que seria desastrosa uma revisão dos ativos de dívida dos países detidos pelo setor. “É óbvio que muitos bancos europeus não irão sobreviver se tiveram que reavaliar os títulos de dívidas soberanas que possuem aos níveis atuais do mercado”, destacou. O índice do setor bancário na região, o “STOXX Europe 600 Financials”, já perdeu 29,8% apenas neste ano. É o pior desempenho dos índices setoriais. O índice que mede o desempenho dos mais importantes papéis do continente europeu terminou o pregão de hoje ao menor nível desde julho de 2009. O FTSEurofirst 300 atingiu os 904 pontos.

Lançamentos de até 45 m² lideram alta

Folha 06.09.2011 - Expansão do número de imóveis 'compactos' postos à venda foi de 72% ante média geral de 4,8% em 5 anos. Disparada dos preços em SP leva consumidor a optar por unidades menores para morar em áreas bem localizadas. Os imóveis compactos vêm ganhando importância no mercado imobiliário e lideram a expansão no número de lançamentos na capital paulista em cinco anos, impulsionados pela valorização dos terrenos. Morar em áreas centrais significa, cada vez mais, abrir mão de espaço. As unidades novas de até 45 m² postas à venda de janeiro a julho deste ano (1.598) tiveram alta de 72,0% na comparação com igual período em 2007, antes do agravamento da crise. Na média geral, o acréscimo no total de lançamentos foi de apenas 4,8%, de acordo com levantamento realizado pela consultoria Geoimovel a pedido da Folha. Segundo Celso Amaral, diretor da Geoimovel, a região que tem concentrado esses apartamentos é o Centro, em bairros como Bela Vista, Santa Cecília, Consolação e Liberdade. "Há ainda lançamentos dessas unidades, mas com 'arquitetura sofisticada' em locais como Jardins, Brooklin e Moema", afirma. Entre as construtoras que têm vendido imóveis menores estão Even, Cyrela e Brookfield Incorporações.
Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo da Poli/USP, o mercado "vive um momento de readequação", em que as empresas oferecem produtos mais compactos a um público que antes podia comprar apartamentos maiores.
Essa mudança, diz, é resultado do aumento nos preços dos imóveis -o que ocorreu em todos os tamanhos- em uma velocidade muito superior aos reajustes salariais. "As pessoas continuam querendo comprar, mas já não têm mais capacidade de adquirir o que podiam. É um 'downgrade', em que os compradores têm menos do que desejam." Os investidores também estão de olho nesse nicho por causa da facilidade em alugar e vender essas unidades. "Há uma forte procura por esse tipo de unidade e a locação ocorre rapidamente e com um bom retorno", afirma Amaral.
Na avaliação de Marcelo Dadian, diretor da regional paulista da incorporadora e construtora Rossi, a opção por imóveis menores, bem localizados, que "estavam faltando", "é uma tendência", destacando a importância de diminuir o tempo de locomoção. "Já imaginou ganhar três horas do seu dia?"
Segundo Ricardo Laham, diretor de incorporação da Brookfield Incorporações, há cerca de dois anos teve início uma onda de lançamento de produtos voltados para um público que necessita de menos espaço, como solteiros e recém-casados. "Existe uma demanda por esse segmento com o aumento de renda e as pessoas se tornando independentes financeiramente mais cedo", diz Laham.
Áreas comuns: Para evitar o sentimento de claustrofobia, as construtoras investem na diversificação das áreas comuns, oferecendo mais do que atrativos básicos como garagem, piscina, churrasqueira, playground e sala de ginástica. Já é possível desfrutar de "home theater", biblioteca, "home office", salão gourmet e sala "lounge" nesses espaços comuns, além de um serviço de lavanderia. "Passa a ser um prolongamento da casa", afirma Rosane Ferreira, diretora da Cyrela.
O analista de sistemas Marcelo Antunha Guedes, 34, vai desembolsar R$ 310 mil e trocar um apartamento próprio de 84 m² por um de 32,85 m² atraído pelas áreas comuns. "É como ir para um cruzeiro, não é tão importante o espaço em que se dorme, mas sim a diversão que ele oferece. Além disso, passo pouco tempo em casa", afirma o futuro morador de um empreendimento da construtora Even no Brooklin, bairro na zona sul de São Paulo.

Prato feito ficou mais caro em agosto, segundo IBGE

Estadão 06.09.2011 - Os principais itens que compõem o prato dos brasileiros ficaram mais caros na passagem de julho para agosto, o que ajuda a explicar a alta de 0,72% no grupo alimentação e bebidas, que por sua vez puxou a inflação de 0,37% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Em agosto, os alimentos foram responsáveis praticamente pela metade da taxa do IPCA", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. Ficaram mais caros o arroz (1,82%), o feijão carioca (0,58%), o feijão preto (0,37%), as carnes (1,84%), o frango (2,74%), os pescados (1,76%) e a linguiça (1,48%)."Houve alta no arroz, no feijão, na carne, no pescado. A típica refeição do brasileiro. São produtos importantes que aumentaram em agosto", afirmou Eulina. "As carnes, que têm peso muito forte, estão em período de entressafra. Em geral, elas aumentam no segundo semestre do ano. Mas os produtores também estão vinculando o preço mais alto aos aumentos dos custos de produção, por causa dos preços do milho e da soja. Os gastos estão mais altos com ração", disse. Também subiram os preços do açúcar cristal (3,90%), do açúcar refinado (3,22%), do leite pasteurizado (1,83%), do café moído (1,42%), dos ovos (0,60%) e do pão francês (0,63%). "O açúcar cristal e o refinado sofrem influência da cana-de-açúcar. A safra vai ser menor do que a do ano anterior, e os problemas climáticos têm afetado a qualidade da cana. Então, o açúcar vem pressionando a taxa", explicou a coordenadora do IBGE.

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