quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Azul.CA.22.09

Daily News

Biomm terá fábrica de insulina no país
Valor 22.09.2011 - A Biomm Technology deverá anunciar nas próximas semanas um investimento avaliado em pelo menos R$ 300 milhões para a construção de uma fábrica de insulina no Brasil, apurou o Valor. A nova unidade deverá ser erguida em Minas Gerais, próxima à capital do Estado, e será financiada, em boa parte, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

A companhia brasileira, especializada em biotecnologia, detém a patente para a produção de cristais de insulina. A Biomm está sendo assessorada pelo banco Itaú BBA nesse projeto. Controlada pelos empresários Guilherme Emerich e Walfrido dos Mares Guia (ex-ministro do Turismo no governo Luís Inácio Lula da Silva), a Biomm foi criada a partir da cisão da Biobrás, empresa produtora de insulina que pertencia aos dois empresários e que foi vendida em 2002 para a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk.

Com um sócio de peso, a BNDESPar (braço de participações do BNDES), que tem 15% na companhia, a Biomm quer retomar a produção de insulina no Brasil. "Quando a Biobrás foi vendida para a Novo Nordisk, os dinamarqueses também detinham a tecnologia para a produção de insulina. Eles compraram os ativos, mas não a patente, que ficou com os proprietários da Biomm", afirmou uma fonte ao Valor.

Com a venda da Biobrás para a multinacional, a insulina passou a ser importada da Europa. Atualmente, as multinacionais Novo Nordisk, a maior produtora global desse medicamento, a francesa Sanofi-Aventis e a americana Eli Lilly são os principais competidores no país.

Há dois anos, a Biomm ensaiou sua retomada no mercado nacional, com a transferência de sua tecnologia para o laboratório brasileiro União Química. A parceria entre as duas companhias, contudo, não foi levada adiante.

Além da patente para a produção de insulina, a companhia nacional detém tecnologia para outros produtos biotecnológicos, utilizados pelas farmacêuticas, e atua na área de biocombustíveis, por meio de processo de produção de enzimas para a fabricação de etanol a partir da biomassa. Procurados para falar sobre o futuro investimento, os acionistas da Biomm e o BNDES não comentaram o assunto.

Atualmente, há duas formas de se produzir o medicamento. A primeira é extrair a insulina do pâncreas do boi ou do porco, que passa por um processo de purificação. O outro método, dominado por algumas empresas, incluindo a Biomm, é a combinação do gene da insulina humana com uma bactéria, o chamado DNA recombinante. O gene é introduzido na bactéria, que reproduz a insulina.

Com um potencial de expansão grande no Brasil, o mercado de insulina tem crescido 15% nos últimos dois anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com diabetes que, em 2000, somava 150 milhões, chegou a 285 milhões em 2010 e deve avançar para 435 milhões em 2030. No Brasil, há 7,6 milhões de pessoas com diabetes. Do total de diabéticos, 90% são do tipo 2.

Nos últimos dois anos, a dinamarquesa Novo Nordisk tem sido fornecedora exclusiva de insulina para o Ministério da Saúde. Gustavo Mizraje., presidente da companhia no país, afirmou que em 2010 o grupo forneceu 13,5 milhões de frascos do produto para o governo federal. Neste ano, foram entregues 15,5 milhões de frascos. O grupo importa da Europa os cristais de insulina e finaliza a formulação do produto em sua fábrica de Montes Claros (MG), da antiga Biobrás, adquirida em 2002.
O executivo da multinacional acredita que a construção de uma nova fábrica no país não representa uma ameaça. "Cerca de 50% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença", afirmou. A farmacêutica trouxe para o Brasil este ano seu novo medicamento de combate à doença, o Victoza. Esse produto, considerado de ponta, nos últimos meses, também tem sido prescrito para emagrecimento. Mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não aprovou a prescrição para este fim - somente para o tratamento da diabete.



Aviação comercial recebe sinal verde para fusões
DCI 22.09.2011 - Duas das maiores fusões dentro da aviação nacional chegaram mais perto da finalização: ontem o Tribunal de Defesa da Livre Concorrência do Chile aprovou a operação de fusão entre a companhia aérea local LAN e a brasileira TAM, mas com ressalvas. De acordo com o tribunal, entre as restrições está que a companhia deve ceder oito slots (autorizações de pouso e decolagem) dos quais a TAM ou a LAN seja atualmente titular no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).

No caso da Gol, a aquisição da Webjet foi aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A única restrição imposta pela agência, no entanto, foi que a participação estrangeira no negócio não poderá superar 20%. Mesmo com essa ressalva, o processo já segue para o Cade, que vai avaliar se a aquisição prejudica a concorrência no setor.
A Embraer informou que estima que haja espaço para 975 jatos regionais para o mercado chinês, 13% da demanda mundial.



Ancar investe R$ 100 milhões no Center Vale
Valor 22.09.2011 - João Marcos Mesquita, superintendente do Center Vale, que receberá lojas de marcas voltadas para os públicos A e B.

O grupo Ancar Ivanhoe, uma das empresas líderes no mercado de shopping centers no Brasil, está investindo R$ 100 milhões este ano na expansão e revitalização do shopping Center Vale, principal centro de compras da região do Vale do Paraíba (SP). Com a ampliação, projetada pela empresa canadense Designer Corp, o shopping terá sua área interna estendida em mais 6 mil m2, onde poderão se instalar 80 novas lojas.

As obras de revitalização, que incluem mudanças na fachada do shopping, troca de piso, teto, nova iluminação e mobiliária, além de uma nova área de estacionamento, com capacidade para 300 vagas, já foram iniciadas. A conclusão de todo o projeto está prevista para outubro do próximo ano. Entre as novas lojas que já confirmaram sua vinda para o shopping estão a Zara, L'Occitane, Check List, Animale, Cantão, Lessô, Camicado, a espanhola Charanga, entre outras.

"O projeto de expansão reposicionará o shopping Center Vale como uma opção de compras cada vez mais diversificada e de qualidade, capaz de suportar operações de caráter mais nacional e de atender às demandas do consumidor dentro de um cenário de economia mais estável e planejada", explica o superintendente do shopping, João Marcos Mesquita. As grandes marcas de varejo do país, segundo o executivo, começaram a enxergar um grande potencial de compras no mercado local.

Prova disso são as novas marcas que recentemente reforçaram o mix do shopping. Neste ano foram inauguradas uma unidade do Outback Steakhouse, Dress To, Maria Filó, Le Lis Blanc, Cristallo, Cavalera e Enjoy. Inaugurado em 1987, o Center Vale tem hoje um fluxo de 45 mil pessoas por dia e vendas anuais de R$ 300 milhões.

"No seu primeiro mês de operação, em agosto deste ano, o Outback recebeu 21 mil pessoas, número que ficou bem acima das projeções feitas pelos donos do restaurante e uma mostra do acerto do shopping em seu projeto de reposicionamento", afirma Mesquita. Segundo o executivo, novas marcas direcionadas aos públicos A e B deverão ocupar a nova área que está sendo construída no shopping. No espaço gourmet, por exemplo, o executivo diz que negocia a vinda de um grande restaurante.

Outro projeto que está sendo estudado para o Center Vale e que já foi colocado em prática na expansão feita no shopping Nova América, no Rio de Janeiro, é a incorporação de uma área multiuso, com hotel, torre para escritórios e lajes corporativas. "O objetivo é buscar a melhor ocupação do terreno", disse.
Os investimentos do grupo Ancar Ivanhoe no Brasil este ano somam R$ 650 milhões. O montante contempla ainda a construção do Shopping Parque das Bandeiras, em Campinas (R$ 280 milhões), que também ficará pronto em outubro de 2012. Com uma área total de 320 mil m2, o shopping de Campinas terá 280 lojas, sendo 14 mega lojas, além de complexo de cinemas com cinco salas e também cinco restaurantes.



Contrato entre Telebras e Sky inaugura a oferta de 4G no Brasil
Brasil Econômico 21.09.2011 - O contrato com a Telebras prevê o fornecimento progressivo de até 5 gigabites de banda de internet.

A Telebras assinou nesta quarta-feira (21/9) o primeiro contrato com uma operadora de TV por assinatura para o fornecimento de banda larga.

A parceria vai inaugurar o oferecimento da internet móvel de 4ª Geração (4G) no Brasil.

A primeira cidade atendida será Brasília, ainda este ano. A expansão para outras cidades do país deve ocorrer a partir de 2012.

De acordo com os representantes da operadora presentes na assinatura, a internet móvel 4G será até dez vezes mais rápida que a antecessora 3G.

"Seremos a primeira empresa a oferecer esta tecnologia de acesso à internet na América Latina", declarou Adir de Souza Matos, vice-presidente de Relações Institucionais da Sky.

O contrato com a Telebras prevê o fornecimento progressivo de até 5 gigabites de banda de internet e não está inserido no âmbito do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
A Telebras tem até 30 dias para entregar o sinal à Sky. A operadora tem previsão para fazer o lançamento deste serviço para a capital federal no final de outubro.



UOL fará assembleia geral em 5 de outubro
Folha 22.09.2011 - O UOL, integrante do Grupo Folha, que edita a Folha, comunicou que está marcada para 5 de outubro uma assembleia geral de acionistas para discutir uma possível reavaliação do preço oferecido pelas ações da empresa.
Ao fim de agosto, a Folhapar, controladora do UOL, propôs comprar as ações dos minoritários por R$ 17 cada uma. O objetivo é fechar o capital da empresa, retirando do mercado 40,89% do capital social.



Carlos Slim anuncia investimentos de R$ 10 bilhões no Brasil
Exame 21.09.2011 - De acordo com Slim, o investimento será feito gradativamente entre 2011 e 2012 e terá por finalidade expandir Claro, Embratel e Net no território brasileiro.

O mexicano Carlos Slim: ele enviou o genro para o Brasil para cobrar resultados na Claro.

O bilionário mexicano Carlos Slim, dono do grupo de telecomunicações América Móvil, anunciou nesta terça-feira um investimento de R$ 10 bilhões a ser destinado às empresas brasileiras Claro, Embratel e Net, controladas pelo grupo.

De acordo com Slim, o investimento será feito gradativamente entre 2011 e 2012 e terá por finalidade expandir as companhias citadas no território brasileiro.

O anúncio soma forças aos R$ 4,17 bilhões anunciados por Slim em janeiro.

O investimento vem coroar a relevante e crescente participação das filiais brasileiras nos ganhos do grupo, com participação de 27,7% (R$ 5,7 bilhões) da receita do grupo América Móvil no segundo trimestre do ano.
Até o momento, a menina dos olhos do grupo no Brasil tem sido a Claro, que sozinha apresentou faturamento de R$ 3,1 bilhões no segundo trimestre e por isso receberá uma fatia de R$ 3,5 bilhões dos investimentos até 2012.
De acordo com o grupo, R$ 1,92 bilhão devem ser aplicados ainda este ano no Brasil.



Justiça não atenderá teles sobre PLC 116, diz ministro
Exame 20.09.2011 - Ministro Paulo Bernardo acredita que é pouco provável que as operadoras consigam contestar o trecho das novas regras da TV paga. Bernardo: "Eu não acredito. Acho que a Justiça vai entender que isso (a cota de produção nacional) está dentro do que a Constituição prevê"

Santana do Paraíba - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, considera pouco provável que as operadoras consigam contestar na Justiça o trecho das novas regras da TV paga, com a sanção do PLC 116, que obriga cotas de transmissão de conteúdo nacional. "Eu não acredito. Acho que a Justiça vai entender que isso (a cota de produção nacional) está dentro do que a Constituição prevê, não só para TV por assinatura, como radiodifusão em geral, inclusive aberta", disse, em Santana do Paraíba, após participar do lançamento do tablet produzido pela Positivo.

Segundo o ministro, a expectativa é de que a presidente Dilma Rousseff assine, provavelmente por meio de medida provisória, a desoneração para construção de redes de fibras óticas assim que retornar da viagem que faz ao exterior. O governo espera que a redução de impostos para investimentos em transmissão de dados leve as empresas do setor a ampliar seus investimentos até 2014, como reforçou Bernardo. "Nossa expectativa é de que as empresas invistam próximo a R$ 50 bilhões. Mas com o incentivo (redução de impostos), podem chegar a R$ 70 bilhões (os investimentos)", disse.

As redes de fibras óticas vão chegar às 12 cidades-sede do mundial, além dos municípios vizinhos que recebam atividades. A desoneração será de PIS/Cofins para equipamentos de rede, fibra ótica e construção civil, resultando em uma renúncia fiscal de cerca de R$ 4 bilhões até 2014. Somente em PIS/Cofins a possibilidade de redução do custo é de 10%.
Para a Copa do Mundo, o governo pretende aplicar R$ 200 milhões na expansão da rede de fibra ótica, principalmente nos anos de 2012 e 2013. Bernardo disse que o orçamento de 2012 já prevê investimentos de R$ 82 milhões. O ministro destacou ainda que todas as empresas que demandarem a rede da Telebrás poderão utilizá-la, mas não gratuitamente. "Tem gente dizendo que vai usar sem pagar. Como vamos fazer os investimentos e não cobrar?", questionou, acrescentando que a oferta do serviço será a um "preço módico".



Varejistas regionais 'invadem' novas áreas
Valor 22.09.2011 - Ribeiro, da varejista Novo Mundo, do Centro-Oeste, vai abrir lojas no Maranhão.

A recente expansão das cadeias de varejo regionais tem reforçado o caixa das companhias e levado as lojas a buscar novos mercados pelo país. Algumas dessas varejistas, que resistem às propostas de compra ou fusão de grandes grupos, priorizam planos de entrada em estados que, até há pouco tempo, não faziam parte do planejamento estratégico das cadeias.

É um movimento que, a curto prazo, deve acirrar a disputa entre as redes de médio porte já instaladas e as novatas, que começam a abrir os primeiros pontos nos novos estados. Algumas dessas cadeias têm "invadido" o mercado de varejistas tradicionais no Norte e Nordeste - regiões com crescimento na demanda acima da média do país - e tem projetos arrojados já aprovados.

Com R$ 1 bilhão de receita prevista para 2011, a rede Novo Mundo, uma das maiores cadeias de eletrônicos do Centro-Oeste, inaugurou neste mês a sua primeira unidade no Maranhão, localizada na capital São Luis. Só em setembro, foram quatro inaugurações de lojas na cidade. A companhia planeja abrir 30 unidades no estado até o final do ano. "Foi tudo pensado para que nada saísse errado. Criamos estrutura, com novo centro de distribuição na região, para que nossa entrada desse certo", disse ontem Carlos Luciano Martins Ribeiro, presidente da rede Novo Mundo, cadeia com 150 lojas e que espera ampliar em 20% a receita em 2011.

"O Maranhão será nossa porta de entrada para o Nordeste", diz Ribeiro. "Temos mapeado espaço para abertura de 50 lojas no estado", diz. O investimento total deve atingir R$ 70 milhões - os recursos saem do caixa do grupo.

Com a mesma velocidade de crescimento da Novo Mundo, na faixa de 20% neste ano, a Cybelar tem analisado a entrada nos mercados de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso a partir de 2012. Com sede na cidade de Tietê (SP), a companhia soma 92 pontos de venda em municípios do interior paulista com até 120 mil habitantes. "Como estamos bem espalhados por São Paulo, a entrada no Paraná, por exemplo, é como andar alguns quilômetros e atravessar a fronteira", brinca Ubirajara José Pasquotto, diretor da Cybelar, rede que espera fatura R$ 500 milhões em 2011. "É algo natural para nós".

Na avaliação de consultores, a busca de novos espaços das varejistas regionais tem relação com a necessidade de buscar mercados com pontos disponíveis para venda e locação. "Houve um aumento de mais de 500% no preço dos terrenos em grandes capitais desde 2007" explica André Cywinski, sócio da consultoria Tecnovarejo.Também foi percebida movimentação no setor alimentar, com a entrada da rede Fort Atacadista, do grupo Pereira, no Mato Grosso. A companhia atua em estados como Santa Catarina, São Paulo, Goiás e Distrito Federal com bandeiras como a Comper (supermercado) e a Bate Forte (atacado). "Chegamos no Mato Grosso para ficar. Colocamos nosso preços em média 12% abaixo dos valores dos nossos concorrentes e 18% inferior dos preços de supermercados", disse o vice-presidente João Pereira, na abertura da loja em Cuiabá.



Após fechar 5 plantas, LBR diz que reestruturação de operações está terminada
Valor 22.09.2011 - Zanatta, da LBR, diz que ociosidade é alta porque produção de leite não acompanhou ritmo de implantação de indústrias.

Apesar do nível de ociosidade ainda elevado do parque industrial, a LBR - Lácteos Brasil não pretende desativar mais nenhuma fábrica além das cinco paralisadas desde o início do ano. O presidente do conselho de administração, Wilson Zanatta, garantiu ontem que a reestruturação operacional "está concluída" e que a expectativa da empresa é, em dois anos, alcançar uma captação diária de 6 milhões de litros de leite no país, o bastante para justificar a reabertura de parte das unidades fechadas.

Fruto da fusão entre a Bom Gosto e a LeitBom no fim de 2010, a LBR diminuiu a capacidade de processamento de 8 milhões para 7,3 milhões de litros por dia após a redução de 30 para 25 no número de unidades em operação em 12 Estados. Como a empresa está captando 4,3 milhões de litros por dia, o nível de ociosidade caiu de 46,3% para 41,1%, ainda bem acima dos 30% considerados ideais por Zanatta, que fundou a Bom Gosto em 1993.

Mesmo assim, o empresário prevê crescimento de 20% na receita bruta deste ano ante a base de comparação pró-forma de 2010, para perto de R$ 3 bilhões, e garantiu que a LBR não venderá as fábricas fechadas em Uruaçu e Fazenda Nova, em Goiás, e Minduri e Aiuruoca, em Minas Gerais. Já a de Erechim foi desativada na semana passada e devolvida à Cooperativa Riograndense de Laticínios e Correlatos (Coorlac), de quem havia sido arrendada em 2008.

"Foi um processo de otimização de custos. No processo de fusão houve sobreposição entre algumas unidades e canalizamos (a produção) para as economicamente mais viáveis", disse. No caso de Erechim, a produção de queijo prato, mussarela, nata, doce de leite, leite pasteurizado e bebidas lácteas foi transferida para as plantas de Gaurama e de Tapejara, a 18 e a 70 quilômetros de distância, respectivamente.

Conforme Zanatta, o volume normal de captação nesta época do ano seria de 5 milhões de litros por dia, mas o inverno rigoroso na região Sul, onde a empresa obtém 65% da matéria-prima que utiliza, comprometeu a curva de oferta. Mas o nível de ociosidade do setor também está elevado porque a produção de leite não acompanhou o ritmo de implantação de novas indústrias no país nos últimos anos, admitiu.

"Talvez as empresas tenham exagerado nas expectativas ou talvez os produtores não tenham avançado o suficiente. Não posso avaliar quem errou mais", comentou. Segundo ele, a LBR está "trabalhando forte" para elevar a captação para 6 milhões de litros por dia em dois anos com estímulos ao aumento da produtividade e da qualidade dos seus 56 mil fornecedores de leite no país.

Um dos projetos é o chamado "plano 300", criado em 2010 pela Bom Gosto e adotado há quatro meses pela LBR. O trabalho inclui assistência técnica e apoio na busca de financiamentos para aumentar a produção nas propriedades para pelo menos 300 litros por dia, mais que o triplo da média atual. "Atualmente 80% dos nossos fornecedores produzem menos de 300 litros diários e queremos atingir pelo menos 4 mil produtores em quatro anos", disse.

De acordo com o empresário, a LBR também pretende reforçar a distribuição das suas 16 marcas e em três anos planeja dobrar o número de clientes ativos no Brasil, para 50 mil, com expansão focada principalmente no pequeno e no médio comércio. Segundo ele, este é o maior desafio do novo diretor-presidente da empresa, Marcos Póvoas, que passou por empresas como PepsiCo, Coca-Cola /Panamco, Bauducco e J. Macedo.

Póvoas assumiu em julho no lugar de Fernando Falco, que comandou a LBR desde o início. Conforme Zanatta, Falco era da LeitBom e permaneceu no cargo para evitar "mudanças bruscas" durante a fusão, mas a substituição já estava programada pela companhia.

O empresário também confirmou a manutenção do projeto de implantação de uma fábrica em San Jose de Mayo, no Uruguai, com capacidade instalada inicial de processamento de 600 mil litros por dia para produzir leite em pó, creme de leite e manteiga com a marca Bom Gosto.
O empreendimento já foi enquadrado como projeto de interesse econômico pelo governo uruguaio, o que lhe garante vantagens fiscais, e falta apenas o licenciamento ambiental para começar as obras. O investimento será de US$ 30 milhões e a expectativa é que a produção inicie em dois anos.



JBS aceita reabrir planta de Presidente Epitácio, mas faz exigências
Estadão 21.09.2011 - Frigorífico quer que o Estado de São Paulo devolva créditos de ICMS equivalentes a 7% do valor do produto vindo de outros Estados. Atualmente, a devolução é de 3%. Para voltar atrás na decisão de fechar a unidade de Presidente Epitácio, o frigorífico JBS quer que o Estado de São Paulo passe a devolver créditos de ICMS equivalentes a 7% do valor do produto vindo de outros Estados. Atualmente, a devolução é de 3% e o governo paulista já propôs ampliar esse porcentual para 6% das transações passadas e ampliar para 4% a partir de agora. O valor cobrado do ICMS para o setor de carnes é de 12%.

A informação foi passada pelo deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, que também é presidente da Força Sindical, e confirmada por fontes do frigorífico. Como dificilmente o governo cederá a esse ponto, até porque não poderia abrir uma concessão específica para uma só empresa, a condição imposta pelo frigorífico deve ser vista apenas como pró-forma. Até porque o JBS já demitiu 1.275 trabalhadores da unidade. Além disso, já foram retirados os equipamentos da planta, o que dificultaria uma retroação.

Paulinho esteve hoje com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para apresentar o imbróglio do setor. O deputado teme que o JBS ou até outras empresas do setor demitam mais trabalhadores. "A confusão toda é que se trata de uma questão tributária", disse à Agência Estado, após reunir-se com Lupi. Ele ainda aguarda um retorno do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para ver se aceitaria a proposta.

O que mais incomoda o parlamentar é o fato de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ser sócio do JBS. "Não dá para aceitar dinheiro público em uma empresa que demite tanto", afirmou o deputado. De acordo com ele, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, com quem esteve reunido há uma semana para tratar do tema, não levou o assunto "muito a sério".

"Desse jeito, vamos ter que brigar com todo mundo e vamos colocar o pessoal nas ruas para protestar", avisou o líder sindical. O intuito da reunião com Lupi foi tentar que o governo faça alguma pressão para evitar demissões de uma empresa que, ainda que indiretamente, recebe dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador."
Os frigoríficos sentem diretamente o aumento dos preços das terras no Estado de São Paulo, pois as áreas de pastagem cederam espaço para plantio de laranja e, principalmente, de cana-de-açúcar. Além disso, há a avaliação de que governos passados foram mais favoráveis ao setor, o que não está sendo visto agora.



Fundo da Stratus investe em produtora de peixes da Amazônia
Valor 22.09.2011 - De olho em um mercado que movimenta mais de US$ 100 bilhões mundo afora, a gestora de private equity Stratus fechou a compra de uma participação acionária na Mar & Terra, empresa que atua na produção de peixes do Pantanal e da Amazônia.

Com o aporte de até R$ 25 milhões, o fundo passa a ter o controle compartilhado com os fundadores da companhia. O objetivo é transformar espécies nacionais como pintado, pirarucu e tambaqui numa espécie de "novo salmão", cuja comercialização gira cerca de US$ 5 bilhões por ano.

O aporte na Mar & Terra completa a carteira do fundo de tecnologia limpa da Stratus após cinco investimentos, no total de R$ 250 milhões, dos quais R$ 60 milhões vieram do próprio fundo e o restante de coinvestidores. Embora nenhuma decisão tenha sido tomada, a gestora estuda partir para a captação de um segundo fundo, que pode chegar a US$ 200 milhões, segundo Álvaro Gonçalves, sócio da Stratus.

Para o executivo, a rica biodiversidade coloca o Brasil com uma clara vantagem competitiva nesse segmento ainda mal explorado no país. "Trata-se de muito mais do que romantismo acadêmico", ressalta, em referência à visão negativa geralmente associada à sustentabilidade. No final de 2010, havia um total de 482 fundos com esse foco, de acordo com estudo da consultoria Preqin.

O aporte da Stratus confirma ainda a tendência de os fundos de private equity buscarem oportunidades fora do eixo Rio-São Paulo. Com sede em Itaporã (MS) e uma unidade em Rondônia, a Mar & Terra - que antes já havia recebido um investimento da Axial - pretende quintuplicar a capacidade de produção, atualmente entre 7 e 8 toneladas de peixe por dia, segundo o presidente da companhia, Jorge Souza. A empresa deve dobrar o faturamento neste ano, para R$ 30 milhões, e espera atingir o patamar de R$ 100 milhões em um prazo de dois a três anos.

Souza afirma que a expansão da companhia deve ser impulsionada pelo aumento no consumo de peixe no país, atualmente de 12 quilos por ano por habitante, abaixo dos níveis internacionais, que variam de 16 a 22 quilos, de acordo com dados do Ministério da Pesca. O executivo aposta ainda na exportação. "Com sabor suave, carne clara e sem espinhos, os peixes nacionais atendem bem à demanda externa", diz o presidente da empresa, que já destina parte da produção de peixes como o pirarucu, conhecido como o "bacalhau brasileiro", para Alemanha, Estados Unidos e Suíça.

O plano da Stratus é abrir o capital da Mar & Terra no segmento de acesso Bovespa Mais em um prazo de dois a três anos. "Queremos levar para a bolsa várias 'mini-Naturas'", diz Gonçalves, em referência à fabricante de cosméticos que se tornou símbolo da retomada do mercado de capitais brasileiro.
Das cinco companhias no portfólio do fundo, a fabricante de produtos químicos renováveis a partir da cana de açúcar Amyris já possui capital aberto. As outras candidatas a repetir o sucesso da Natura são a Ecosorb, de socorro a acidentes ambientais, a Brazil Timber, que atua com reflorestamento, e a Unnafibras, empresa que transforma garrafas PET em fibras de poliéster para uso em tecidos.



Governo prevê investimentos de R$ 6,7 bilhões em rodovias federais
Valor 22.09.2011 - O governo prevê investimentos de R$ 6,7 bilhões em obras nas concessões de 2,2 mil quilômetros de rodovias federais, sem levar em conta a aplicação de recursos na conservação das estradas. Esse montante é estimado para os 25 anos de contrato de três rodovias: o trecho da BR-101 no Espírito Santo, a BR-116 em Minas Gerais e a parte da BR-040 de Brasília a Juiz de Fora. O leilão da BR-101 foi marcado para 17 de novembro, na BM&F Bovespa.

Os outros dois trechos estão em discussão com o Tribunal de Contas da União. "Acreditamos que o TCU libera (os editais) em novembro", afirmou ontem o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. "Se liberar, o leilão acontece em janeiro ou fevereiro do ano que vem", completou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo.

O diretor da ANTT disse que esses trechos e outras rodovias avaliadas para concessão pelo governo federal totalizam cerca de 5 mil quilômetros. Devem ser, segundo ele, a extensão de corredores de estradas já parcialmente concedidas à iniciativa privada, como as próprias BR-116 e BR-101, em Estados onde elas ainda são administradas pelo governo federal.

Mais adiante, em outros trechos, uma das possibilidades é usar um novo modelo, a chamada "concessão administrativa", sem cobrança de pedágio dos usuários. Por esse sistema, o governo assina um contrato de longa duração - cogita-se 15 anos - para uma empresa ou consórcio assumir a operação da rodovia, mediante pagamentos anuais da União. Essa alternativa é estudada, porque, "pelo volume de tráfego que essas rodovias têm, o valor de pedágio seria muito alto", explicou o diretor da agência.

Hoje o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tem cerca de dois mil contratos de manutenção e conservação, com duração de até cinco anos, para 50 mil quilômetros de malha rodoviária. Isso pode ser drasticamente reduzido com as concessões administrativas. "A vantagem é ter um contrato só (por rodovia) regulando essa relação por 15 ou 20 anos."
Conforme informou Figueiredo, há expectativa que, no leilão da BR-101, 50% do trecho licitado esteja duplicado até o sexto ano de concessão, o que corresponde a cerca de 240 quilômetros. A duplicação desse trecho da rodovia estará concluída até o décimo ano de concessão. No leilão, vence a empresa ou consórcio que apresentar a menor tarifa. O preço-teto da tarifa de pedágio é de 0,06237 por quilômetro.



Tarifa de energia cairá 25% com renovação de concessões das usinas
Valor 22.09.2011 - Edvaldo Alves de Santana, da Aneel: custo contábil de usinas amortizadas é muito baixo e tarifa pode ser reduzida.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já prevê redução em torno de 25% para as tarifas de hidrelétricas, cujas concessões estão terminando em 2015. Com isso, o preço do megawatt-hora (MWh) da energia produzida por essas usinas deverá cair para R$ 70 a R$ 75, uma média atualizada pelo IPCA das tarifas obtidas nos leilões dos três últimos grandes empreendimentos hidrelétricos - Santo Antônio, Jirau e Belo Monte.

Além disso, os reajustes anuais pelo IPCA podem ser substituídos por revisões tarifárias a cada quatro ou cinco anos, em um esforço para desindexar a economia brasileira.

Quem defende essa tese é Edvaldo Alves de Santana, decano na diretoria colegiada da Aneel, ressalvando que não fala em nome da agência. Para o mercado, no entanto, trata-se de uma importante sinalização, dada a afinidade de Santana com a presidente Dilma Rousseff, responsável por sua indicação, quando ainda era ministra da Casa Civil.

Tudo indica que as concessões serão renovadas, mas com redução de tarifas, segundo Santana. Ele afirma que "poucas usinas" ainda não foram totalmente amortizadas. Uma é a hidrelétrica de Xingó, no rio São Francisco, cuja concessão pertence à Chesf. O recado do diretor é claro: empresas como a estatal paulista Cesp, que diz ter R$ 4 bilhões em investimentos não amortizados nas usinas com concessões expirando em 2015, têm pouca chance de sucesso se insistirem nisso. "A Aneel tem informações sobre os ativos de todas as concessões", avisa Santana.

De acordo com ele, o custo contábil das usinas amortizadas é muito pequeno e poderia baixar drasticamente as tarifas. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) calcula em R$ 91 por MWh o preço médio das 112 hidrelétricas com concessões vencendo em 2015. Elas somam mais de 18 mil MW em capacidade instalada, quase 20% do parque gerador brasileiro.

Para a entidade, caso a amortização dos investimentos seja descontada, a tarifa pode cair para a faixa de R$ 20 por MWh. A Fiesp defende a relicitação das hidrelétricas no final das concessões.

Santana diz que o custo contábil de reservatórios como o de Furnas pode chegar perto de R$ 30 por MWh, ainda acima do valor estimado pela Fiesp, mas acha um erro baixar as tarifas para esse patamar. "Isso pode estimular demais o consumo", afirma. "E não se pode incentivar o consumo de algo que, quando é novo, vai ficar muito mais caro".

Para o diretor, é preciso encontrar a "calibragem" adequada entre o custo muito baixo de operação das usinas já amortizadas e o preço mais alto da geração nova, sem "cair na tentação" de reduzir tanto as tarifas. Por isso, recomenda que se tome como referência o "custo marginal de expansão", jargão técnico para designar o preço da energia nova que precisa ser acrescentada ao sistema para atender à demanda crescente.

No entanto, em vez de levar em consideração o custo de empreendimentos mais caros, Santana sugere ao governo basear-se na média das tarifas obtidas nos leilões de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, que tiveram forte deságio em relação à tarifa máxima na licitação. Com a provável renovação das concessões, o governo pode forçar a queda de tarifas, mas sem provocar desequilíbrios, diz.
Santana destaca ainda a possibilidade de tirar o reajuste anual dos contratos. Desde o primeiro leilão de energia pelo novo modelo do setor elétrico, em 2005, o governo trocou o IGP-M pelo IPCA. A tentativa era minimizar os efeitos de variações fortes da taxa de câmbio nas tarifas das geradoras. "Agora, já estamos maduros o suficiente para aceitar uma atualização das tarifas a cada quatro anos e compartilhar um pouco o risco."



Banco Rural reorganiza-se para apagar efeito 'mensalão'
DCI 22.09.2011 - Depois do escândalo do mensalão, em 2005, o Banco Rural enfrentou uma crise em suas finanças sob denúncias de irregularidades em práticas bancárias.

Resultado: o banco sofreu redução do número de agências de 100 para 24, do de funcionários, de 2,5 mil para 700, e do estoque da carteira de crédito comercial, à metade. Segundo o presidente João Heraldo Lima, as ações penais não envolvem o banco, mas seu reflexo está ligado ainda à imagem. "O banco sofre, mas vai passando o tempo e esse desgaste vai diminuindo", afirma.



Companhia pode ceder 35% em Guiné
Valor 22.09.2011 - A Vale deverá seguir o exemplo da Rio Tinto e ceder até 35% de um projeto de minério de ferro de primeira linha ao governo da Guiné, depois que o país africano empobrecido, mas rico em ferro, aprovou um novo código de mineração, este mês. A Vale, a maior mineradora mundial de minério de ferro em termos de volume extraído, aderiu à competição pelo minério de ferro da África ocidental no ano passado, quando formalizou a compra, por US$ 2,5 bilhões, de uma participação no projeto de Simandou, uma jazida que poderá catapultar a Guiné para o segmento dos maiores países produtores de ferro do mundo.

O governo anterior da Guiné cedeu direitos à Vale e à sua parceira minoritária. Mas a posse do projeto pela brasileira está longe de estar esclarecido, uma vez que a Vale e outras mineradoras multinacionais aguardaram o resultado da revisão, pelo governo da Guiné, do código de mineração e sua reavaliação dos contratos já firmados.

Numa indicação sobre as perspectivas da Vale, o Parlamento da Guiné aprovou um código de mineração que cede ao governo participação sem custo de 15% em todos os projetos de mineração. A Guiné tem ainda direito a comprar mais 20% pelo valor de mercado.

A jazida de Simandou, a Rio Tinto e a Vale são decisivas para a emergência da Guiné como grande país produtor de ferro. A Guiné poderá se tornar a terceira maior fornecedora mundial de minério de ferro transportado por via marítima em 2016, com produção de 100 milhões de toneladas anuais, num período em que o "minério de ferro é tão importante para a China quanto o petróleo para os EUA e a Europa", segundo Christopher LaFemina, do banco de investimento Jefferies. O país já é o maior exportador de bauxita.

No entanto, segundo executivos do setor minerador da Guiné, a Vale tem evitado investir em Simandou e concluir o pagamento de seu contrato, enquanto seus direitos de posse não são claramente definidos. Contatada sobre a questão, a Vale preferiu não comentar.

A Vale detém 51% da SBGR Guinea, que controla a metade norte da concessão de Simandou. Sua sócia minoritária é a mineradora de capital fechado Beny Steinmetz Group Resources. Em abril, a Rio Tinto, que controla a metade sul de Simandou, conquistou direitos de posse bem-definidos. O contrato da Rio Tinto, ao que tudo indica, fixou um modelo para a legislação deste mês.

A Rio Tinto, com sede em Londres, permitirá que a Guiné compre até 35% de seu projeto em várias parcelas, ao longo de 20 anos. Parte dessa participação será transferida gratuitamente, enquanto outra será adquirida a preço de mercado. A Rio Tinto, além disso, pagou cerca de US$ 700 milhões à Guiné em dinheiro para encerrar com acordo conflitos de longa data em torno de questões de licenciamento.
Em julho, quatro meses depois do oneroso acordo da Rio Tinto, um executivo da Vale sugeriu que a empresa poderia obter direitos de posse claros na Guiné por meio de investimentos em programas sociais no país.



PIB na América Latina
Folha 22.09.2011 - A América Latina deve crescer menos que 4% neste ano, segundo a EIU (Economist Intelligence Unit).

A previsão da consultoria foi alterada de 4,2% para 3,8%. O rebaixamento da estimativa de alta do PIB (Produto Interno Bruto) do México, de 4,2% para 3,4%, foi uma das principais razões para a mudança de previsão. O crescimento estimado para a região nos dois próximos anos é 3,7%, em 2012, e 4,2%, em 2013.



CVM veta recompra de ações emprestadas a executivo
Valor 22.09.2011 - A Brazilian Finance & Real Estate, empresa de crédito imobiliário, tentou encontrar uma brecha para dar liquidez às ações detidas por seus executivos sem precisar entrar na bolsa, mas esbarrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A companhia - que desistiu de fazer oferta pública inicial em dois episódios (em 2007 e 2009) - pediu autorização à autarquia para recomprar todos os papéis detidos por seus administradores. O objetivo da empresa era não precisar fazer um leilão na BMF&Bovespa e, com isso, evitar a dispersão da sua base acionária, hoje concentrada na Ourinvest e nos fundos de participações TPG- Axon e Coyote Trail.

O órgão regulador deu aval para a operação de recompra dos papéis obtidos por administradores por meio do plano de opções mantido pela companhia, considerando que esse era um caso especial. No entanto, a autarquia vetou a recompra de 2,4 milhões ações preferenciais emprestadas à Moise Politi, presidente da empresa e do conselho de administração, operação que a companhia queria executar com o consentimento dos acionistas.

Com valor de referência de R$ 15 milhões, o empréstimo foi realizado pela controladora Ourinvest, em junho. Politi deveria devolver as ações ou o montante em dinheiro em até três anos, corrigido pelo IGP-M.

"Se o argumento principal da empresa é evitar a dispersão da base acionária, como pode a Ourinvest emprestar ações emitidas pela companhia para o seu acionista, senão para que ele as revendesse?", aponta o órgão regulador no relatório usado como base para julgamento do caso pelo colegiado.
Para uma fonte ligada à empresa, a operação privada indica que a oferta pública inicial da Brazilian Finance ainda não está clara no horizonte de curto ou médio prazo. Se a estreia na bolsa já estivesse no radar, a companhia não estaria tentando encontrar outros caminhos para dar liquidez aos papéis.



Moody's rebaixa Bank of America, Citi e Wells Fargo
Brasil Economico 21.09.2011 - Pouco antes do resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano), a agência classificadora de risco anunciou o rebaixamento das notas de Bank of America, Citigroup e Wells Fargo.

Nos três casos, a razão apontada pela agência foi a expectativa de redução do apoio do governo dos Estados Unidos para as instituições caso se faça necessário.

"É mais provável agora, a essa altura da crise financeira, o governo deixe um banco falir."

No caso do Bank of America, a Moody's ressalta que não é o caso de um enfraquecimento do crédito do banco, uma vez que ele tem feito "progressos significativos com seu capital, liquidez, medição e monitoramento e riscos".

A ressalva não foi feita no documento relacionado ao Wells Fargo - que perde a nota de crédito de "Aa3" para "Aa2".

A nota do Bank of America Merril Lynch passa de uma "A2" para "Baa1".

No caso do Citigroup, o rebaixamento se limitou à nota de curto prazo da organização, concluindo uma observação iniciada no começo de junho.

A melhora no perfil de crédito da instituição sustenta a manutenção da nota de longo prazo em um "A3".

No entanto, no curto prazo, as notas passaram de "Prime-1" para "Prime-2".

A agência explica que a classificação nessa categoria vinha acima da média para o Citigroup, que era uma "exceção da prática geral".
"Não se trata de um reflexo do perfil de liquidez do banco, que se fortaleceu significativamente nos últimos dois anos e está robusto."






Principais fundos de pensão vão investir em aeroportos

IstoéDinheiro 21.09.2011 - Os três maiores fundos de pensão do País se preparam para investir em aeroportos. Petros (dos funcionários da Petrobras), Previ (do Banco do Brasil) e Funcef (da Caixa Econômica Federal) montaram um grupo de trabalho para mapear o setor e ver as oportunidades de investimento, segundo o diretor financeiro e de investimentos da Petros, Carlos Costa. "É uma grande oportunidade e temos interesse", disse o executivo.

Os fundos vão participar como investidores estratégicos e o investimento será feito por meio da Invepar, empresa de participações criada pelas três maiores fundações do País. A companhia tem patrimônio de R$ 4 bilhões. Segundo o executivo, os fundos estão avaliando vários fatores dos terminais brasileiros, incluindo volume de passageiro, transporte de cargas e necessidade de modernização. "Estamos fazendo isso para que, quando o edital sair, já estarmos preparados", disse ele. Segundo o diretor da Petros, apesar das discussões dos investimentos estarem sendo feitas na Invepar, nada impede que cada um dos fundos faça também investimentos separados em cada terminal.

Em dezembro, o governo deve publicar o edital para licitação de três aeroportos (Cumbica, Viracopos e Brasília). Pelo modelo definido, os investidores privados terão participação de até 51% nas Sociedades de Propósito Específico (SPEs). A Infraero, estatal que administra os aeroportos, terá fatia de até 49%.
No portfólio de investimentos da Invepar está a concessão do Metrô do Rio de Janeiro, da Linha Amarela, também no Rio, a rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, e o Arco Rodoviário no polo de Camaçari, na Bahia. Ontem, Eustáquio Lott, presidente da Valia, fundo de pensão dos funcionários da Vale, disse que a fundação também avalia o setor de aeroportos. Mas que até agora nenhum fundo de participações procurou a fundação para discutir esse tipo de investimento.
Os executivos dos fundos de pensão participam do 32º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, promovido pela Abrapp (Associação Brasileiras das Entidades Fechados de Previdência Complementar). O evento termina hoje. 


IstoéDinheiro 21.09.2011 - A BM&FBOVESPA acaba de aprimorar seu canal de comunicação no Facebook para atrair futuros investidores. Uma Fanpage customizada foi desenvolvida especialmente para responder dúvidas sobre finanças pessoais e investimentos em ações. Esse tipo de perfil é específico para empresas e marcas, e o da Bolsa conta com mais de 7.600 seguidores, número não muito distante do alcançado pelo CME Group, a Bolsa de Valores de Chicago. Os canais da Bolsa nas diversas plataformas - Facebook, Twitter, Orkut, Flickr e Youtube - possuem caráter essencialmente educativo. Eles informam os visitantes sobre cursos e eventos promovidos, disponibilizam fotos e vídeos, respondem perguntas e fazem comentários sobre o mercado de capitais.

Para Renata Martins, Gerente de Internet da BM&FBOVESPA, a principal função da ação nas redes sociais é desmistificar as atividades desenvolvidas na Bolsa. "Disponibilizamos um conteúdo que mostra que o mercado de ações é um investimento possível para uma pessoa física e que todos podem aprender e se manter informados sobre ele", diz.
Um dos destaques da página da BM&FBOVESPA no Facebook é o SimulAção em Rede, programa lançado em julho de 2010 que permite simular a compra e venda de ações na Bolsa e que conta com mais de 38 mil participantes. Assim que se cadastra no site, o internauta recebe dinheiro virtual para realizar investimentos fictícios. Com a inclusão do programa na Fanpage, o internauta pode agora compartilhar em sua página pessoal os resultados obtidos e compará-los com os de amigos participantes. Os investidores virtuais têm seus desempenhos classificados em um ranking de investimentos e aqueles que conquistam metas são premiados com medalhas. Além disso, na Fanpage estão disponíveis visualização de carteiras, gráfico interativo com comparativo de desempenho, histórico de cotações, ranking global e busca de ativos.



 


 


Rent a Box prevê alta de 233% no faturamento mensal

Brasil Economico 21.09.2011 - José Pastori: "A meta é de R$ 400 mil em dois anos" . Empresa de guarda-volumes metálicos fatura R$ 120 mil por mês e pretende atingir R$ 400 mil com novas unidades em Interlagos e no Belenzinho, em São Paulo. A ideia de investir em guarda-volumes de pequenas dimensões surgiu do mercado americano. Embora o Brasil conte com esse tipo de locação desde 1996, o negócio esbarrava na falta de conhecimento da população sobre a disponibilidade desses boxes. "O self storage, como é conhecido, é um complemento da transportadora. Antes elas guardavam, mas o cliente não tinha acesso aos seus objetos. Com os boxes, quem assina o contrato é quem tem a chave", explica José Alberto Pastori, diretor da Rent a Box. Em meados de 2005, Pastori procurava uma utilidade para um prédio que possuía e recebeu um flyer com uma propaganda de outra empresa que atua no setor. "Fomos ver e todos os boxes estavam alugados", conta Pastori.

A primeira unidade foi inaugurada em São Caetano do Sul, em São Paulo, onde começaram a montar os boxes metálicos. Há quatro anos foi aberta a unidade no bairro do Limão. Ambas geram mensalmente um faturamento de R$ 120 mil. "A meta é de R$ 400 mil em dois anos", projeta. A empresa é especializada em pessoas físicas, que alugam os boxes por períodos que costumam variar entre três e seis meses em 90% dos casos. Alguns clientes do tipo pessoa jurídica também procuram os boxes, mas geralmente utilizam por períodos mais curtos, para alocação de móveis e materiais durante expansão ou reforma ou até mesmo para arquivo morto. O pagamento mínimo é de um mês de utilização, após esse período - em que é pago no momento da assinatura do contrato - os boletos são enviados para o endereço comunicado pelo cliente. O contrato é automaticamente estendido com o pagamento ou rescindido na falta dele.

Regulamentação: Pastori aponta problemas enfrentados pelas empresas do setor pela falta de regulamentação do negócio.

De acordo com ele, os boxes precisam ser metálicos, totalmente fechado, dedetizado e a chave deve ficar com o locatário. "A empresa não tem cópia e não tem acesso ao interior do box depois de alugado", explica.
Segurança: Nas unidades consideradas "mais tranquilas" por Pastori, a segurança é feita eletronicamente com câmeras que o gerente acompanha de sua casa. Em outras há uma espécie de segurança/caseiro no local.
Para as mercadorias dos clientes, há um seguro padrão que já consta no contrato com valor de até R$ 100 mil. Se o cliente considerar que os objetos que ficarão no box têm um valor elevado - fora do coberto pelo seguro básico - deve informar esse montante à companhia para que um novo seguro seja feito.
Embora o cliente tenha total sigilo sobre os itens guardados, não podem ser alocados objetos que geram gases, seres vivos, perecíveis, produtos químicos, ilícitos ou contrabandeados.

 


Foster’s aceita proposta de compra pela SABMiller por US$ 10,2 bilhões

Valor 21.09.2011 - A cervejaria britânica SABMiller chegou a um acordo com a australiana Foster’s sobre uma proposta de aquisição no valor de 5,10 dólares australianos por ação, que avalia os ativos da companhia em 9,9 bilhões de dólares australianos, ou US$ 10,2 bilhões. nO valor total da aquisição, incluída a dívida da Foster’s, equivale a US$ 11,83. O valor é 2,8% superior à proposta inicial feita pela SABMiller, em junho, e recusada pela fabricante australiana. A empresa britânica também chegou a fazer uma proposta diretamente aos acionistas. Como parte da transação, a Foster’s vai pagar aos acionistas um retorno de capital de 0,30 dólar australiano por ação. Com a compra, a SABMiller pretende chegar a uma posição de liderança na “estável e lucrativa indústria de cerveja australiana”, conforme nota da fabricante britânica. As cervejarias vão preparar juntas um documento para enviar aos acionistas da Foster's em seis semanas. Se a proposta for aprovada, a expectativa é de que o processo de aquisição seja finalizado antes do fim de 2011 . 



Valor 21.09.2011 - O grupo Randon, fabricante de implementos rodoviários, vagões ferroviários, autopeças e veículos especiais, apurou receita líquida consolidada de R$ 382,7 milhões em agosto, alta de 14,5% em relação ao mesmo mês de 2010. Nos oito primeiros meses do ano, o valor somou R$ 2,8 bilhões, 18,2% a mais do que em igual período de 2010 e o equivalente a 71,5% da projeção para todo o ano. O grupo, com sede em Caxias do Sul (RS), também informou hoje que registrou receita bruta total (incluindo impostos e sem eliminação de vendas entre controladas) de R$ 587,5 milhões em agosto e de R$ 4,3 bilhões nos oito meses do ano, com altas de 16,1% e 18,7%, respectivamente, em comparação com idênticos períodos de 2010. Para o acumulado de 2011, a projeção de receita bruta total soma R$ 5,9 bilhões.



Juíza dará destino ao litígio na Odebrecht

Valor 21.09.2011 - Ontem, os advogados que defendem as famílias Odebrecht e Gradin na disputa por um quinto das ações de um dos maiores grupos empresariais do país saíram, ambos, satisfeitos da sessão de julgamentos da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). "Conseguimos uma modificação do acórdão extremamente interessante para a gente", diz Francisco José Bastos, que defende a Kieppe, holding dos Odebrecht. "Finalmente o processo vai começar", afirma Caio Druso, que atua para a Graal, holding dos Gradin. Quase dez meses depois de iniciado o litígio, que envolve 20,6% das ações da Odebrecht Investimentos (Odbinv), hoje em poder da Graal, o TJ decidiu que cabe à juíza da primeira instância marcar uma audiência entre as partes para definir o método de solução do conflito.

Para a defesa dos Gradin, a decisão do tribunal significa que a disputa será definida ou por mediação ou por arbitragem, ambos métodos extrajudiciais de solução de conflitos, cabendo à juíza Maria de Lourdes Oliveira Araújo, da 10ª Vara Cível de Salvador a escolha. Para a defesa dos Odebrecht, a decisão significa que, além dessas duas opções, a juíza pode escolher a própria via judicial para resolver o caso.

Briga judicial entre as famílias Gradin e Odebrecht por 20,6% das ações do grupo chega à segunda fase O advogado Luís André de Moura Azevedo, sócio da banca Carvalhosa & Eizirik, que representa a Graal, entende que a decisão do tribunal remete à arbitragem. "Com essa decisão, a questão foi resolvida em definitivo pelo TJ, que privilegiou a arbitragem como meio de solução da controvérsia", diz. O advogado Francisco José Bastos, que defende a Kieppe, discorda. "O TJ disse hoje (ontem) que a juíza deve apreciar todos os métodos: a mediação, a arbitragem ou a Justiça", afirma Os termos exatos da decisão dos desembargadores da quarta câmara, que seguiram o voto da relatora Gardênia Pereira Duarte, serão conhecidos nos próximos dias, quando o acórdão será publicado no Diário de Justiça da Bahia. Crenças particulares à parte, a decisão tomada ontem pelos desembargadores do tribunal baiano encerra uma primeira fase da disputa entre os Odebrecht e os Gradin, tomada por recursos que discutiram questões processuais. Ainda resta uma última pendência a ser julgada pelo TJ - um pedido da Kieppe que alega suspeição da juíza e pede seu afastamento da causa, previsto para entrar na pauta da sessão da quarta câmara no dia 29 de setembro. Feito isso, o processo pode ser retomado na primeira instância, para que finalmente seja definido o método a ser utilizado para dar fim à controvérsia. Ou seja, para que se comece a debater, de fato, o que pode ser chamado de "primeiro mérito" da disputa: a interpretação da cláusula do acordo de acionistas assinado em 2001 que prevê que as dúvidas e divergências entre seus signatários "serão resolvidas por mediação ou arbitragem, nos termos da lei; exceto quanto ao previsto na cláusula oitava". Enquanto a Graal pede a instauração de um procedimento arbitral para definir a legitimidade do exercício de opção de compra das ações dos Gradin, a Kieppe discorda do uso do método e diz que a arbitragem é apenas uma das possibilidades prevista no acordo de acionistas. Nessa próxima fase, qualquer decisão da juíza com a escolha de um dos métodos poderá ser contestada no TJ. Considerando os diversos recursos a que as partes lançaram mão até agora, pode-se esperar pelo menos um ano até a decisão definitiva. Após a interpretação da Justiça sobre os termos do acordo de acionistas em relação ao método a ser utilizado em caso de divergências, o litígio entre a Kieppe e a Graal entrará numa terceira fase. Nela, um grupo de árbitros, um mediador ou um juiz definirá se o exercício de opção de compra das ações da Graal feito pela Kieppe tem ou não validade. Enquanto isso não acontece, ele continua suspenso. Ontem, pouco antes da decisão que determinou que o caso seja resolvido na primeira instância, os desembargadores da quarta câmara do Tribunal de Justiça decidiram manter suspenso o exercício de opção de compra até que o caso seja encerrado. A disputa entre os Odebrecht e os Gradin começou no ano passado, quando surgiu o primeiro conflito nos 30 anos de sociedade e convivência pacífica entre das duas famílias. Os Odebrecht apresentaram um novo acordo de acionistas que substituiria o atual e reduziria significativamente a participação dos minoritários. Pela proposta, eles passariam a ter apenas ações preferenciais e não poderiam acumular, em conjunto, mais de 15% do capital. Os Gradin recusaram a oferta e sugeriram que sua participação migrasse da holding para as controladas, como Braskem e Odebrecht Óleo e Gás. Após algumas conversas, as famílias não chegaram a um acordo. 


Tribunal chileno aprova fusão de TAM e LAN com 11 condições

Valor 21.09.2011 - O Tribunal de Defesa da Livre Concorrência do Chile  - órgão equivalente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) brasileiro - aprovou a operação de fusão entre as empresas aéreas TAM e LAN, que cria a Latam. Mas foram impostas 11 condições para garantir real concorrência no mercado aéreo chileno. São as seguintes:

1 . Transferir quatro pares de slots diários (horários de pouso e decolagem) no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, atualmente ocupados pela TAM e LAN, para companhias aéreas que estejam interessadas em iniciar ou ampliar serviços aéreos regulares na rota Santiago - São Paulo.

2. Estender os benefícios do Programa de Fidelidade da Latam a passageiros de uma companhia área interessada pelo prazo de cinco anos.

3. Assinar acordos de compartilhamento nas rotas Santiago-São Paulo, Santiago-Rio de Janeiro e/ou Santiago-Assunção com as companhias aéreas que operam essas rotas e estiverem interessadas.

4. Não aumentar a oferta mensal de assentos disponíveis nos voos na rota Santiago-São Paulo, no intervalo de 15 minutos antes e 15 minutos depois do voo correspondente aos slots transferidos.

5. Alteração pela LAN de seu Plano de Autorregulação nos termos estabelecidos pelo tribunal.

6. Renunciar a pelo menos uma das duas alianças globais das quais LAN e TAM participam.

7. Eliminar e revisar os acordos de compartilhamento de voo com companhias aéreas que não pertençam à aliança em que decidirem permanecer.

8. A LAN deverá abrir mão de quatro frequências para Lima, para que sejam entregues a outras companhias aéreas chilenas, e restringir sua participação em licitações de novas frequências.

9. Manifestar opinião favorável à abertura unilateral do céu do Chile a empresas aéreas de outros países, sem exigências de reciprocidade.

10. Comprometer-se a promover o crescimento e a operação normal dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Arturo Merino Benítez, em Santiago, a fim de facilitar o acesso de outras companhias aéreas.

11. Estabelecer condições de comercialização não excludentes com agências de viagens e distribuidores e não dar incentivos nem comissões com relação a metas de venda ou outras medidas equivalentes.
A criação da Latam foi anunciada em agosto de 2010, mas o projeto estava em análise pelo tribunal chileno desde meados de março deste ano. O negócio ainda não foi julgado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).


Folha 21.09.2011 - PepsiCo forma grupo para unir unidades de bebida e alimentos

A PepsiCo anunciou a formação de um conselho para unir as unidades de alimentos e bebidas e obter ganhos com a escala combinada dos negócios.

Além do "Power of One - Americas Council", a PepsiCo também criará o "Global Snacks Group" para melhorar a carteira mundial de marcas de alimentos.
Ambas iniciativas serão lideradas pelo presidente-executivo da PepsiCo Americas Foods, John Compton, que manterá a responsabilidade de dirigir o negócio de alimentos nas Américas, de US$ 22 bilhões.  A companhia manteve as previsões de lucro para 2011. Analistas, em média, esperam um lucro para o ano de US$ 4,44 dólares, segundo pesquisa da Thomson Reuters I/B/E/S.


Folha 21.09.2011 - A Camex (Câmara de Comércio Exterior) reduziu para 2% o imposto de importação de diversos bens de capital, informática e telecomunicações que não são fabricados no Brasil para 2% até dezembro do ano que vem.  O imposto sobre esses produtos, como máquinas para embalagens, guindastes de torre, empilhadeiras, telas sensíveis ao toque e aparelhos para testes de circuitos integrados, entre outros, variava entre 12% e 16%.  Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a previsão das empresas que pediram a redução do imposto é de compras de US$ 67 milhões relativas a produtos de telecomunicações, US$ 55,8 milhões para siderurgia e US$ 43,5 milhões para a indústria química. As compras serão feitas principalmente por empresas de autopeças (que devem gastar US$ 383,6 milhões em projetos que necessitarão da importação desses itens), mineração (que gastarão US$ 284,8 milhões) e geração de energia (que investirão US$ 127,6 milhões).
A resolução que determina a redução do imposto foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.

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