terça-feira, 16 de agosto de 2011

Azul.CA.16.08

Daily News


Leilão para aeroporto no RN recebeu propostas
Valor 16.09.2011 - Mesmo com críticas de empresas ao edital de concessão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, o primeiro leilão do setor anunciado pelo governo atraiu interessados da iniciativa privada. O clima de incerteza em relação ao andamento do processo, graças aos anúncios de desistência de grandes estrangeiros no empreendimento, foi desfeito com o recebimento de pelo menos três propostas pela BM&FBovespa ontem até às 16 horas, em São Paulo - prazo máximo para a entrega.
O interesse privado foi recebido com alívio pelo governo, pois o leilão é visto como teste para as concessões previstas para o fim do ano: a dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas. As grandes construtoras e operadoras internacionais não apareceram, alegando baixa rentabilidade do projeto - pouco superior a 6% ao ano.
Entre as empresas que apresentaram propostas estão a Triunfo Participações e Investimentos e a Engevix. Um terceiro competidor não foi identificado. Apesar da entrega de propostas, o sucesso da licitação ainda não está totalmente garantido. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avaliará, até amanhã, se os grupos interessados apresentaram corretamente a documentação jurídica e a garantia de proposta financeira. Na próxima segunda-feira, serão abertos os envelopes com as propostas. O valor mínimo de outorga é de R$ 51,7 milhões.
A abertura das propostas será na próxima segunda-feira, dia 22. Se a diferença entre a primeira e a segunda melhor oferta for de até 15%, abre-se um leilão em viva-voz. O vencedor se compromete com investimentos de cerca de R$ 600 milhões ao longo dos 28 anos do contrato de concessão. Além de construir o terminal de passageiros, com salas de embarque e desembarque, erguerá toda a área destinada à exploração comercial, como lojas e cinemas. À União caberá concluir a construção das pistas de pouso e decolagem, do pátio para as aeronaves e da torre de controle.
A Triunfo Participações e Investimentos é uma empresa de capital aberto com ações negociadas em bolsa que detém concessões nas áreas de gestão de rodovias (empresas Concepa, Concer e Rodonorte), geração de energia elétrica (Rio Verde Energia e Rio Canoas Energia), além de uma autorização portuária (Portonave, em Navegantes). A empresa se prepara para atuar em mais cinco portos da costa brasileira, com foco na navegação de cabotagem, e também planeja um empreendimento portuário na Baixada Santista, em fase de obtenção do licenciamento ambiental.
Segundo fonte da área jurídica da companhia, a TPI entrará em parceria com a espanhola Fomento de Construcciones y Contratas (FCC) - atuante em energia e construção, além de fabricação de cimento. A empresa já havia anunciado, no ano passado, que iria aumentar a contribuição dos negócios internacionais no seu faturamento.
Outra proposta entregue foi da empresa de engenharia Engevix. A empresa atua em engenharia para rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e transportes de massa. Tem participação, por exemplo, de 22% na ViaBahia - concessão rodoviária em sociedade com a Encalso (23%) e com a espanhola Isolux (55%) -, operadora de 640 quilômetros de rodovias federais no estado nordestino.
A Engevix também está presente no mercado de tratamento de água e gestão de resíduos para a indústria, além de geração, transmissão e distribuição de engenharia elétrica e serviços de óleo e gás. No ano passado, adquiriu da WTorre o controle do Estaleiro Rio Grande. A empresa não quis comentar o assunto e nem esclarecer se a proposta era apresentada em parceria com outras companhias.
Houve a apresentação de pelo menos mais uma proposta, mas o grupo de representantes não quis conversar com a imprensa.
Durante a semana passada, dois grupos estrangeiros anunciaram desistência no projeto, alegando o baixo retorno financeiro que seria obtido, de acordo com os estudos que fizeram. Entre eles, a mexicana GAP - que opera 12 aeroportos na América Latina. A companhia justificou que o empreendimento apresenta pouco retorno financeiro nos moldes estabelecidos pelo edital da Anac. De acordo com representantes da GAP, as regras de redução tarifária elaboradas pelo governo impediriam um retorno "satisfatório" do investimento feito pelas empresas.
Além disso, a alemã Fraport - que opera 13 aeroportos pelo mundo (entre eles o de Frankfurt, na Alemanha, e o de Lima, no Peru) também havia afirmado que não entraria na disputa. Como no caso da GAP, a decisão ocorreu pelas regras no edital - consideradas "pouco atraentes" - e por cálculos de demanda superestimados. Na sexta-feira, a OHL Brasil também declarou ter pouco interesse no projeto devido às regras do edital.
Fontes do mercado comentavam ontem que, nos dias anteriores à apresentação das propostas, dava-se praticamente como certa a aliança entre a construtora Engevix e a operadora Aeropuertos Argentina 2000. Pertencente ao empresário de ascendência armênia Eduardo Eurnekian, a AA2000 é concessionária de 33 aeroportos da Argentina e dos aeroportos de Guayaquil, Montevidéu e Yerevan (Armênia).

Marfrig estuda comprar parte da BR Foods
Folha 16.08.2011 - Aquisição envolve ativos da BRF postos à venda por exigência do Cade; "dinheiro não é problema", diz empresa.  Empresa é apontada pelo mercado como candidata natural à compra de 40 unidades que serão vendidas.
Trabalhadores na unidade do frigorífico Marfrig, em São Gabriel (RS); grupo analisa comprar parte da Brasil Foods.
Apontada como candidata natural à compra dos ativos da Brasil Foods colocados à venda por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a Marfrig Alimentos confirmou ontem que estuda o negócio.
"Estou pensando ainda. Não posso falar a posição da empresa, mas estudamos as unidades", disse Marcos Molina, presidente da Marfrig, dona da marca Seara.
Apesar de afirmar desconhecer o valor das unidades colocadas à venda, Molina diz que dinheiro não deve ser obstáculo à aquisição, caso os ativos realmente sejam avaliados como complementares ao seu negócio.
"Se realmente [a operação] fizer sentido e tiver sinergias [ganho de eficiência], arrumar o funding [investimento] não é problema.
Tem bastante oferta de bancos para fazer esse funding", afirmou.
Segundo Molina, a crise que atingiu as Bolsas mundiais nas últimas semanas não afetou a liquidez do mercado bancário no país.
Ele também destacou que a Marfrig possui um caixa confortável e que a empresa está reduzindo o seu endividamento de curto prazo. Em maio, a empresa captou US$ 750 milhões com a emissão de títulos de dívida.
Para aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão, o Cade obrigou a Brasil Foods a vender, a um só grupo, 10 fábricas, 4 abatedouros, 12 granjas, 4 fábricas da ração, 2 incubatórios de aves e 8 centros de distribuição.
No mês passado, a BRF, que contratou o BTG Pactual para atuar como intermediário na operação, anunciou os nomes das unidades industriais que serão vendidas no segundo semestre de 2012.
Até lá, a Marfrig terá tempo para transformar em resultado suas últimas aquisições. Segundo Molina, a empresa deve se concentrar, neste semestre, em aprimorar as operações de unidades finalizadas na primeira metade do ano.
Entre as novas unidades, Molina destaca uma fábrica na China, um centro de distribuição nos EUA, um confinamento no Uruguai e uma fábrica de hambúrgueres na Argentina, além do aumento da capacidade de produção de pratos prontos no Brasil.
Ontem, a Marfrig divulgou prejuízo de R$ 91 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 104 milhões no mesmo período de 2010. Aumento de despesas, custos e efeitos da variação cambial explicam o resultado.
Para reduzir custos diante do elevado grau de ociosidade, a empresa fechou duas unidades de abate de bovinos no segundo trimestre -uma no Rio Grande do Sul e outra em Mato Grosso do Sul.
Ações: Apesar de ver a empresa que fundou perder um terço de seu valor de mercado na semana passada, Molina afirmou que não perdeu o sono quando as ações da Marfrig recuaram 28% entre segunda e sexta-feira.
"É o que acontece quando se tem uma venda maciça de ações de uma empresa e não há comprador no mercado."
Ontem, as ações da Marfrig fecharam em alta de 6,58%, mas ainda acumulam perda de 39% neste mês.


Companhia inova em programa de recompra
Valor 16.09.2011 - A Hypermarcas inovou no seu programa de recompra de ações, anunciado ontem. O plano, avaliado em até R$ 394 milhões pela cotação de sexta-feira, prevê não apenas a aquisição dos papéis à vista na bolsa como também o uso de opções.
Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Martim Prado Mattos, a estratégia com derivativos "nada mais é do que o financiamento da compra à vista".
A operação é feita da seguinte forma. A Hypermarcas adquire uma opção de compra (call) e vende uma opção de venda (put) da ação, com o mesmo preço de exercício. O valor pago pelo direito de exercer a compra no futuro é o mesmo prêmio recebido pela venda da opção de venda.
Se no futuro a ação negociada na bolsa estiver acima do preço de exercício, a companhia vai exercer o direito de compra e ficar com os papéis. Caso a cotação esteja abaixo, a outra ponta vai exercer o direito de venda e a Hypermarcas ficará com a ação de qualquer forma.
O prazo máximo para o qual se pode fazer a operação é de 12 meses, sendo que o custo é de CDI mais 1% de spread do banco.
"Em vez de gastar o dinheiro hoje, usamos só no vencimento das opções, sendo que o prazo máximo é de 12 meses", afirmou o executivo, sem dizer quanto da recompra será feita à vista ou dessa outra forma.
A Hypermarcas encerrou o mês de junho com R$ 2,75 bilhões em caixa, para um endividamento bruto total de R$ 5,60 bilhões. A dívida líquida, portanto, era de R$ 2,85 bilhões, equivalente a 3,2 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 900 milhões projetado para este ano.
Com a mudança na política comercial da companhia, que reduziu o prazo de pagamento dos clientes de 81 dias para 61 dias, a geração operacional de caixa da companhia foi de R$ 139 milhões no segundo trimestre, em comparação com R$ 39,4 milhões registrados um ano antes.


Hypermarcas desacelera e anuncia novas mudanças
Valor 16.09.2011 - Martim Mattos, diretor da Hypermarcas: "Projetos para obtenção de sinergias somaram R$ 217 milhões até junho.
Uma série de medidas já tomadas e de futuras ações foram anunciadas ontem pela Hypermarcas em paralelo à publicação dos resultados do segundo trimestre do ano. Ao mesmo tempo em que divulgava os indicadores, alguns abaixo das estimativas de analistas, a companhia fornecia dados detalhados sobre decisões tomadas para voltar a colocar a companhia num ritmo de crescimento mais acelerado.
Foi uma forma de se posicionar num momento delicado para o grupo, com perda de participação de mercado e necessidade de rever projeções de desempenho.
Maior indústria nacional de consumo, a Hypermarcas sentiu a desaceleração da demanda interna em 2011. Em maio a empresa já comentava sinais de desaquecimento, mas agora eles se aprofundaram. Nas últimas semanas, depois que a Natura admitiu piora do ambiente econômico, a atenção se voltou para a Hypermarcas, e passou-se a colocar no valor dos papéis ON essa expectativa de crescimento menor. No acumulado do ano, o papel do grupo perdeu 49,6% do valor e as ONs fecharam ontem em R$ 11,68 - alta de 3,64% em decorrência do programa de recompra de ações anunciado.
Segundo balanço publicado pela empresa, a receita líquida alcançou 936,6 milhões de abril a junho, alta de 25,4 % (valor 7% abaixo da estimativa do Raymond James e 3% menor do que previu o Goldman Sachs). O lucro líquido de R$ 53,3 milhões no mesmo intervalo cresceu 19,4% - que representa um lucro por ação quase sem crescimento sobre igual período de 2010, segundo a Planner. No acumulado do primeiro semestre, o lucro líquido da empresa, de R$ 86,2 milhões, caiu 13,6% em relação a 2010. A Planner revisou o preço-alvo do papel para o final de 2012 de R$ 25,15 para R$ 16,50, mas manteve recomendação de compra do papel.
Ao comentar o desempenho, a companhia fez uma análise baseada em indicadores macroeconômicos. "Os sinais que a gente percebe, e embalagens é um bom indicador, é uma desaceleração importante do mercado. Clientes e companhias abertas já vem publicando resultados e comentando sobre isso. O que acontece é que as estatísticas ainda não pegaram isso, porque essa onda, esse tsunami, pega as empresas e os setores de forma diferente", disse Claudio Bergamo, presidente do grupo.
A unidade de negócios Farma obteve uma receita líquida de R$ 484,7 milhões, crescimento orgânico de 5,3% em relação ao segundo trimestre de 2010. Em termos de participação de mercado, a empresa manteve-se na faixa de 8%. Já a unidade de beleza e higiene pessoal apurou receita líquida de R$ 377,2 milhões, organicamente 3,4% menor do que de abril a junho de 2010.
Dados da consultoria Nielsen mostram perda de participação em vendas nos segmentos de adoçantes, hidratantes, desodorantes spray, esmaltes, cuidados faciais e fraldas infantis nos seis meses até junho. "São casos isolados, sem uma explicação única e a perda maior foi apenas em esmaltes."
De acordo com relatório do Raymond James, "as despesas com vendas, gerais e administrativas cresceram duas vezes mais que as vendas" de abril a junho. "Foi o ganho de margem bruta que permitiu que o Ebitda crescesse a uma velocidade maior que as vendas", relata o material do Raymond James assinado por Daniela Bretthauer e Marina Braga. O lucro antes de impostos, depreciações e amortizações subiu 38,6% e foi a R$ 220 milhões. A Hypermarcas informou a revisão do valor do Ebitda estimado para 2011 de R$ 1 bilhão para R$ 900 milhões.
Na busca de uma reversão desses indicadores, e principalmente de crescimento a longo prazo, o grupo anunciou várias ações.
Criou dois projetos (batizados de Matrix e Magnum) para consolidar a integração dos negócios de consumo e farmacêutico. O projeto Matrix, por exemplo, trata da concentração do braço de cosméticos na unidade da empresa em Senador Canedo (GO). Dessa forma, a Hypermarcas tenta ficar mais "compacta", como diz Bergamo. A companhia ainda informou ontem que decidiu implantar o projeto Orçamento Base Zero a partir de 2012, que aumenta as economias e melhora a produtividades. Também informou que tem ampliado a venda direta ao varejo, que reduz custos. E deu detalhes de ganhos de sinergia com as aquisições. "Projetos implantados para obtenção de sinergias somaram R$ 217 milhões de janeiro a junho. A maior parte do que estava para ser feito, foi feito", disse Martim Mattos, diretor financeiro.


Eurofarma e Cristália formam novo negócio
Valor 16.09.2011 - Os laboratórios nacionais Eurofarma e Cristália anunciam nos próximos dias a criação de uma nova empresa para atuar no setor farmacêutico para o desenvolvimento de novos medicamentos. A nova companhia, que será batizada de Supera, começa a operar no mercado em setembro, apurou o Valor.
As duas companhias formalizaram na semana passada a joint venture, na qual cada empresa terá 50% de participação, no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Os últimos acertos sobre a nova operação serão definidos esta semana.
A nova empresa conta já conta com um "pipeline" (produtos em desenvolvimento) robusto e deverá colocar seus medicamentos inovadores no mercado nacional a partir de 2013, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Medicamentos na área de oncologia fazem parte desse novo portfólio.
Executivos da Eurofarma e da Cristália deverão fazer parte da administração da nova companhia farmacêutica nacional. A gestão da Eurofarma e Cristália permanecerá independente, mesmo com a joint venture.
A nova companhia contará com cerca de 300 funcionários, sobretudo na área de força de vendas, e projeta um faturamento superior a R$ 150 milhões quando entrar efetivamente em operação. A união das duas farmacêuticas para formalização da joint venture já vinha sendo costurada há alguns meses.
Com expertise em inovação, a Cristália, com faturamento de cerca de R$ 660 milhões em 2010, é uma das poucas farmacêuticas nacionais que investem no desenvolvimento de novos medicamentos, sempre em parceria com universidades federais e estaduais, com orçamentos apertados. A empresa tem atuação na área hospitalar.
A Eurofarma, com sede em São Paulo e receita em torno de R$ 1,3 bilhão, tem crescido nos últimos meses por meio de aquisições dentre e fora do Brasil. No ano passado, a companhia comprou o laboratório Segmenta, com sede em Ribeirão Preto (SP). Essa transação foi a porta da entrada da farmacêutica no mercado de soro hospitalar, área onde o laboratório paulista ainda não tinha participação. A empresa já atua nesse segmento, com fornecimento de medicamentos injetáveis. Também no ano passado o laboratório nacional fechou importante parceria com a americana Pfizer para produzir a versão genérica do medicamento Lipitor (usado no combate ao colesterol elevado).
Outros laboratórios brasileiros também estavam negociando parcerias e joint venture, mas foram malsucedidos. O caso mais recente foi do Aché, que estava em conversas avançadas com a inglesa GlaxoSmithKline (GSK). A multinacional não desistiu de avançar no mercado brasileiro. No ano passado, a própria GSK estava no páreo para negociar a compra da Mantecorp, que foi arrebatada pela Hypermarcas.
Como os ativos farmacêuticos estão com preços elevados, devido ao forte interesse de grandes multinacionais em investir no país, os laboratórios nacionais estão mais cautelosos antes de fechar negócios.


Pátria fecha captação de fundo de US$ 1,25 bi
Valor 16.09.2011 - Na trilha dos fundos bilionários destinados a aquisições no mercado brasileiro, o Pátria Investimentos acaba de concluir a captação do maior fundo de sua história, no valor US$ 1,250 bilhão. O quarto fundo da gestora foi levantado em um prazo de apenas oito meses e reuniu demanda três vezes superior à oferta, segundo Marco d'Ippolito, sócio do Pátria.
Como a maior parte dos cotistas é formada por atuais clientes, os esforços de captação foram em sua maioria feitos pela própria companhia. Os estrangeiros compõem a maioria dos investidores do novo fundo. Entre os brasileiros, os recursos foram obtidos principalmente de "family offices",
Segundo o executivo, a filosofia do fundo - que tem prazo de dez anos, prorrogáveis por mais dois - segue a dos anteriores, baseada no investimento em consolidação de setores e apoio aos empresários. A gestora - que já teve no portfólio companhias como Dasa, Anhanguera Educacional e e Tivit - pretende assumir preferencialmente posições de controle, mas poderá deter também participações minoritárias. D'Ippolito afirma que já possui negócios em andamento e espera anunciar a primeira aquisição do fundo ainda este ano.
Para o executivo, a atual turbulência nos mercados não prejudica os negócios da gestora, que segundo ele possui uma abordagem de longo prazo. "Os fundamentos da economia seguem sólidos, o que nos dá razões para acreditar que o país manterá uma posição de liderança em vários segmentos", destaca.
Questionado se a queda no valor dos ativos provocada pelas preocupações sobre a economia americana e europeia favorece os negócios para os gestores de private equity, D'Ippolito afirmou que o choque traz um maior grau de "realidade" para os negócios.
A captação do Pátria reforça o bom momento do setor de private equity no país. No espaço de cerca de dois meses, BTG Pactual e Vinci anunciaram fundos que também ultrapassaram a casa do bilhão de dólares.


Locadora de veículos Let´s
Folha 16.08.2011 - A locadora de veículos Let´s investirá R$ 190 milhões nos próximos dois anos para renovação e expansão de sua frota.
A companhia terminará este ano com 6.000 automóveis e planeja chegar a 10 mil em 2013. Os carros são trocados após dois anos ou ao completarem 90 mil km.
"A frota das locadoras representa 15% do mercado nacional e a tendência é que esse número cresça, pois as empresas têm optado pela terceirização de veículos", diz o presidente da companhia, Sergio Magnani.
Até 2009, a Let´s também alugava para pessoas físicas, mas desistiu do negócio para se especializar na terceirização de frotas de empresas.
"Tivemos que optar, pois os segmentos exigem estratégias distintas. O aluguel para pessoas requer maior número de lojas, com ênfase em aeroportos." A sede da locadora fica em Araraquara (SP), mas a companhia diz ter clientes em todos os Estados do país.

Agências estudam entrada de sócios
Valor 16.09.2011 - Eloi de Oliveira, da Flytour, que faturou R$ 2,8 bilhões no ano passado: investimento de R$ 44 milhões para abrir até 400 lojas em oito anos. O mercado brasileiro de agências de turismo passa por uma mudança de perfil que deverá resultar num processo de consolidação do setor, de olho no aumento da demanda por viagens a lazer protagonizado principalmente pela classe C. Duas empresas familiares e tradicionais, a Flytour e a Tia Augusta, estão profissionalizando sua gestão, elaborando agressivos planos de expansão e consideram vender parte do negócio para alcançar esse objetivo.
A Flytour, a maior agência de contas corporativas do país, planeja investir cerca de R$ 44 milhões para abrir até 400 lojas em oito anos. Para abreviar esse plano, considera comprar uma agência de turismo com bom número de lojas. E o poder de fogo dessa aquisição poderá ser ampliado com a entrada de um fundo de private equity no seu capital, revela o fundador e presidente do conselho de administração, Eloi de Oliveira.
Criada há 35 anos por uma das melhores funcionárias da falecida vovó Stella, fundadora da Stella Barros Turismo, a Tia Augusta, especialista em Disney, contratou a consultoria Fram Capital para melhorar sua receita e rentabilidade. O resultado foi um plano de expansão com lojas próprias em shoppings que chamou a atenção de cinco grupos nacionais de turismo, de olho numa participação.
A Tia Augusta está aplicando este ano R$ 2 milhões para abrir quatro lojas, sendo que duas já foram inauguradas. Até 2015, mais R$ 12 milhões serão investidos para a inauguração de até seis lojas a cada ano, estima o filho da Tia Augusta e CEO da empresa, Filipe Fortunato.
"Se o investimento vier [de um private equity] vamos antecipar nosso plano de expansão, porque teremos capacidade para abrir 50 lojas por ano e não 15, por exemplo", diz Oliveira, da Flytour. "Temos uma certa resistência em perder o controle. Vai depender da proposta. Até o fim do ano devemos ter alguma novidade", diz Fortunato, da Tia Augusta.
A Flytour criou há dois meses um conselho de administração e contratou 30 profissionais de mercado para cargos de direção. Oliveira deixou a presidência-executiva, cargo que ocupava há 35 anos, para se dedicar ao conselho. Hellen Khouri Barrionuevo foi escolhida como CEO. Abaixo dela foram criadas cinco presidências e sete novas diretorias.
O mercado corporativo responde por 94% do faturamento da Flytour, de R$ 2,8 bilhões em 2010, com projeção de R$ 3,2 bilhões em 2011. Hoje são 86 lojas com a bandeira Flytour American Express Business Travel, mas os dois últimos nomes serão mudados para Serviços de Viagem. A meta é mostrar ao público a ampliação do foco, porque as novas lojas terão vendas mistas, para o mercado corporativo e para o consumidor final em busca de pacotes de lazer.
As lojas têm a bandeira American Express porque no fim de 2007 a Flytour comprou do Bradesco o negócio de turismo corporativo da American Express, por R$ 28 milhões. Atualmente, as contas corporativas já lhe garantem 30% de clientes da classe C, mas a meta é aumentar essa parcela para cerca de 40%, conta Oliveira.
O plano de expansão da Tia Augusta teve início com a abertura de lojas nos shoppings Ibirapuera e Jardim Sul. Até o fim do ano, serão mais duas unidades, nos shoppings Interlagos e São Caetano. Os novos estabelecimentos deverão render um faturamento de R$ 50 milhões em 2011. Até então, a Tia Augusta só tinha um escritório e trabalhava com representações em 1,5 mil agências de viagem.
Fortunato conta que antes de abrir as lojas em shoppings as vendas eram sazonais, mais fortes nas épocas de alta temporada. O movimento dos shoppings, conta ele, "trouxe vendas mais uniformes ". O executivo diz que atualmente 65% das vendas são de pacotes de lazer e os 35% restantes são de pacotes do mercado corporativo.
Os executivos da Flytour e da Tia Augusta mencionaram como uma espécie de fonte de inspiração a recente transformação da maior operadora do país, a CVC. Seu fundador, Guilherme Paulus, vendeu 63,6% das ações para o fundo Carlyle por cerca de R$ 750 milhões. Na semana passada, a CVC entrou com pedido para realizar um IPO na Bovespa.


Barrados no baile: Bolsa não irá convidar Mundial para índices
Exame 15.08.2011 - Movimentação atípica registrada no volume e nos preços dos papéis da companhia foi a justificativa dada pela bolsa brasileira.
A BM&FBovespa anunciou nesta segunda-feira (15) que as ações preferenciais (MNDL4) da Mundial, que atua no segmento de produtos de beleza, cozinha e de bombas para movimentação de água, não serão incluídas na composição das carteiras teóricas dos índices IBRX-50 (Índice Brasil 50), IBRX-100 (Índice Brasil), IVBX (Índice Valor BM&FBovespa) e Ibovespa, previstas para serem publicadas em 5 de setembro.
A bolsa brasileira informou ainda que as ações ordinárias (MNDL3) da companhia não serão incluídas na composição das carteiras teóricas dos índices IBRA (Índice Brasil Amplo), ICON (Índice de Consumo), INDX (Índice do Setor Industrial) e SMLL (Índice de Small Caps), que serão divulgadas na mesma data.
Segundo a BM&FBovespa, o não ingresso da Mundial nos índices citados acima ocorre por conta da movimentação atípica registrada no volume e nos preços dos negócios realizados com as ações da companhia.


OrbiSat vai entregar nove radares para o Exército
Valor 16.09.2011 - Maurício Aveiro, presidente da OrbiSat, diz que apenas cinco países no mundo dominam esse tipo de tecnologia, considerada estratégica em termos de defesa.
A OrbiSat, empresa controlada pela Embraer Defesa e Segurança, está se preparando para entregar ao Exército Brasileiro, até o fim do ano, nove radares do tipo M60 Saber, para vigilância aérea e terrestre de aviões a baixa altura. Os radares, que custaram R$ 26 milhões, foram desenvolvidos em parceria com o Centro Tecnológico do Exército para atender ao projeto Amazônia Protegida, que prevê o reaparelhamento das brigadas antiaéreas e postos de fronteira existentes na região.
O M60, de acordo com o presidente da OrbiSat, Maurício Aveiro, é considerado o mais moderno e preciso radar de busca e vigilância de baixa altura do mundo, desenvolvido com tecnologia 100% nacional. Apenas cinco países no mundo dominam esse tipo de tecnologia, considerada estratégica.
O Comando da Aeronáutica também assinou uma carta de intenção de compra de quatro unidades do equipamento para ser utilizado nas bases aéreas de Canoas (RS) e de Manaus (AM), onde deverá compor os sistemas de artilharia antiaérea do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra). O valor dos quatro radares está estimado em cerca de R$ 18 milhões a R$ 20 milhões.
O radar da OrbiSat identifica o alvo em um raio de até 60 quilômetros e as informações podem ser transmitidas em tempo real a um Centro de Operações de Artilharia Antiaérea do Sisdabra. O Brasil, segundo a OrbiSat, não possui radares que operem a baixa altura (até 5 mil metros). Em termos de aplicação, o M-60 é ideal para ser utilizado na proteção de áreas sensíveis, como indústrias, usinas, instalações governamentais e em eventos de grande porte.
A área de radares para sensoriamento remoto representa atualmente cerca de 35% do faturamento da OrbiSat.
Por ser portátil e de baixo peso, o radar pode ser transportado para qualquer lugar no território nacional ou empregado em missões de paz no exterior. A instalação dura menos de 15 minutos. O M60 pode ainda ser integrado a sistemas de mísseis ou canhões antiaéreos.
A OrbiSat, segundo o diretor técnico João Moreira Neto, já está em fase final de desenvolvimento de dois outros radares, de médio alcance, o Saber M200, para defesa área num raio de até 200 km e o Sentir M20, para defesa terrestre com um alcance de até 20 km. Os novos produtos também foram contratados pelo Exército Brasileiro, que mobilizou uma equipe de onze oficiais engenheiros para trabalhar junto com a OrbiSat. "O custo de desenvolvimento do M-200 é da ordem de R$ 24 milhões e o Sentir, R$ 4 milhões", explicou o diretor.
No fim do próximo ano, a OrbiSat pretende concluir o projeto de um radar meteorológico de curto alcance, que está sendo desenvolvido em parte com recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), através do seu programa de subvenção econômica. O valor total do projeto, de acordo com Moreira Neto, é de R$ 2,5 milhões e a Finep arcará com 50% dos custos.
"O Brasil opera radares de longo alcance, na faixa de 300 a 400 quilômetros, mas também precisa de um radar de menor alcance, com maior sensibilidade para detectar a evolução das nuvens causadoras de tempestades com algumas horas de antecedência", explicou o direto. Segundo Moreira Neto, existe um grande mercado para esse tipo de radar no mundo, com aplicação em áreas industriais, na agricultura e em cidades, como São Paulo."
A área de radares para sensoriamento remoto, segundo o executivo, representa hoje cerca de 35% do faturamento da OrbiSat. Os demais 65% estão vinculados à área de radares de defesa. Para este ano, segundo Moreira Neto, a OrbiSat prevê faturar R$ 57 milhões.
Desde março a OrbiSat integra a Embraer Defesa e Segurança, que adquiriu 64,7% do capital social da divisão de radares da companhia, pagando R$ 28,5 milhões. Na época as duas empresas informaram que o acordo estratégico foi firmado para garantir a continuidade das atividades da OrbiSat, que ganharia mais fôlego financeiro com a entrada da Embraer.
"A Embraer sempre importou radares para seus aviões. Com a OrbiSat a ideia é começar a desenvolver estes sistemas no Brasil para uso próprio", disse. O objetivo das duas empresas é buscar uma sinergia entre o que a OrbiSat faz e o que a Embraer precisa, completou o diretor. A OrbiSat, segundo ele, já tinha uma participação no mercado de defesa nacional, mas precisava expandir seu leque de atuação e se capacitar para atender às necessidades das três Forças Armadas.
Um dos projetos em estudo, segundo o diretor, é o desenvolvimento de um radar secundário com módulo de comunicação militar e cobertura global. "No sistema atual, quando uma aeronave militar se identifica, todo mundo fica sabendo, pois o transponder de localização e identificação dos aviões só possuem código civil". O novo radar terá um sistema de identificação que só poderá ser acessado pelos militares. O mesmo sistema também está sendo pensado para o Exército Brasileiro.
A OrbiSat possui 150 funcionários distribuídos em duas unidades: uma Campinas e a outra em São José dos Campos, ambas em São Paulo.


Indústria eólica tem agora o desafio de se consolidar
Exame 15.08.2011 - Segundo associação e empresários do setor, fonte alternativa precisa de leilões exclusivos para ganhar escala e competitividade nos próximos dez anos.
Usina de geração eólica: para Abeeólica, a tecnologia ainda não está consolidada no Brasil.
Um leilão exclusivo de 2GW por ano. Essa é a condição ideal para a indústria eólica se consolidar no Brasil no prazo de oito a dez anos, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Com isso, o setor ganharia escala e competitividade frente a outras fontes energéticas mais maduras.
Atualmente, a energia que vem dos ventos responde por 0,8% da matriz energética nacional, mas segundo projeções feitas pela EPE, no Plano Decenal de Expansão de Energia, a participação da eólica pode chegar a 7% em 2020. Para Ricardo Maya Simões, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeelica) o setor possui o dobro do potencial previsto pela EPE – mas só se tiver leilões exclusivos.
Durante participação no 12º Encontro Internacional de Energia, nesta segunda em São Paulo, ele manifestou preocupação quanto ao próximo leilão de energia, o A-3, que acontece na quarta (17), com início de suprimento de energia elétrica em 1º de março de 2014. “Estou muito receoso com o resultado de um leilão onde competem uma fonte juvenil, como a eólica, e outra mais madura, como gás natural ou termelétrica”, afirmou.
Os fabricantes e fornecedores do setor também manifestam preocupação quanto ao ganho de escala para consolidação da indústria e atração de investimento. “Tenho muito medo de um uma guerra de preços de tarifa em que o governo fixe um teto muito baixo. Seria um tiro no pé em algo que começou bem", destaca Pedro Ângelo Vial, diretor-presidente da Wobben Windpower, empresa alemã de equipamentos eólicos e a primeira fabricante de aerogeradores de grande porte no Brasil, onde chegou há 16 anos.
“Em um determinado momento os fabricantes podem ser forçados a não vender para não quebrar", disse. Segundo Ângelo, é uma ilusão pensar que o Brasil vai manter uma série de fabricantes de equipamentos por aqui se não houver um número de projetos suficientes que garantam escala de produção.
Além disso, há outros entraves para a consolidação da indústria eólica brasileira, como problemas dos altos custos de logística de transporte local e falta de mão de obra capacitada. “Hoje, é muito mais barato trazer máquinas da China ou da Alemanha para o Rio Grande do Sul do que transportar equipamento do Nordeste para o sul do país”, critica Luis E. Pescarmona, diretor geral da Impsa no Brasil, maior investidora em eólica da América Latina.


Governo de PE pede R$ 1 bi ao BNDES para o porto de Suape
Valor 16.09.2011 - Diante do interesse crescente das empresas pelo porto de Suape, em Pernambuco, o governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), bateu à porta do conterrâneo Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a quem pediu, na sexta-feira passada, R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura no ancoradouro.
Os recursos fazem parte do pacote de R$ 4 bilhões que o governo pernambucano precisa investir em Suape até 2014, a fim de abrigar com eficiência todos os empreendimentos prometidos para o complexo industrial que integra o porto.
"Pernambuco vem contratando, em média, R$ 400 milhões por ano ao BNDES. O momento econômico que estamos vivendo, com crescimento em todas as áreas, nos obriga a investir cada vez mais em infraestrutura", afirmou o governador, em nota. Além do banco de fomento, Campos espera financiar as obras com parcerias com o setor privado e com recursos do Tesouro Estadual. Entre 2007 e 2010, o porto recebeu R$ 1,1 bilhão em investimentos públicos.
Instalado em área de 13 mil hectares, a 50 quilômetros do Recife, o Complexo Industrial e Portuário de Suape concentra investimentos privados que somam US$ 21 bilhões. O maior é a refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, que representa um aporte total de US$ 13,5 bilhões. A Petroquímica Suape, também controlada pela estatal, vai custar US$ 2,5 bilhões. Entre dezenas de outros investimentos, há ainda a Companhia Siderúrgica de Suape (US$ 1 bilhão) e o Estaleiro Atlântico Sul (US$ 1,5 bilhão).
A preparação do complexo para a chegada de outros estaleiros está entre as prioridades da carta-consulta entregue por Campos ao presidente do BNDES. De acordo com o vice-presidente do porto, Frederico Amâncio, boa parte dos recursos solicitados será direcionada a obras de dragagem nas áreas onde deverão ser instalados pelo menos dois novos estaleiros: o Promar, controlado pelo grupo PJMR, e o Construcap, do grupo paulista de mesmo nome. Cada um vai investir algo em torno de R$ 200 milhões.
Também será preciso realizar a dragagem das áreas onde se pretende construir quatro novos cais, que se somarão aos cinco já existentes. O empréstimo solicitado ao BNDES contempla ainda a instalação de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para transporte dos trabalhadores, obras de terraplenagem e de reforço dos molhes, como são conhecidos os paredões de pedra instalados para proteger o porto da força das águas. O projeto de ampliação também prevê a construção de novas estradas de acesso e de um centro de tecnologia ambiental.
"O complexo está em um ritmo acelerado de crescimento, especialmente da área industrial, o que demanda esse investimento para dar todo o suporte de infraestrutura", afirmou Amâncio. Segundo ele, menos da metade da área total destinada a empreendimentos industriais ainda está disponível para novos projetos. A Fiat, por exemplo, não encontrou um terreno que comportasse a sua fábrica e a pista de provas, o que levou a montadora a mudar para o município de Goiana, 110 quilômetros ao norte de Suape.


BNDESPar engorda lucro no 1º semestre com venda de ações
Folha 16.08.2011 - A BNDESPar, braço de participações societárias do BNDES, registrou lucro de R$ 3 bilhões no primeiro semestre -contra R$ 1,5 bilhão do mesmo período de 2010.
Só no segundo trimestre, o lucro chegou a R$ 2 bilhões, resultado 142% superior ao do mesmo período do ano passado (R$ 847 milhões).
O bom desempenho foi impulsionado pela venda de participações societárias.
A BNDESPar vendeu participações na Cesp, na Inepar e na Klabin, dentre outras companhias.
De dezembro até junho, a participação do BNDESPar em companhias abertas e fechadas caiu de R$ 89,2 bilhões para R$ 77,9 bilhões.


Receita com venda de ações eleva ganho da BNDESPar
Valor 16.09.2011 - A BNDESPar, empresa de participações do BNDES, aumentou seu faturamento com venda de ações em 633%, para R$ 814,3 milhões, no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse foi o principal motivo para o avanço de 173%, para R$ 2,19 bilhões, na receita líquida da holding. O lucro líquido, na comparação trimestral, alcançou R$ 2,05 bilhões, em alta de 142%.
Procurada pelo Valor, a BNDESPar não detalhou quais participações foram vendidas. Informou apenas que as operações foram pulverizadas. Ressaltou ainda que "seu foco é em investimentos de longo prazo" e que "está sempre avaliando boas oportunidades de alienações".
O desempenho das empresas controladas e coligadas da holding no segundo trimestre adicionou R$ 451,1 milhões ao resultado total, valor 181% acima do obtido em período equivalente no ano passado.
A receita proveniente de dividendos totalizou R$ 509 milhões - montante 93% maior do que o auferido no segundo trimestre de 2010 -, enquanto o faturamento a partir de derivativos caiu 75%, para R$ 160 milhões.
O resultado financeiro melhorou, saindo de um prejuízo de R$ 380 milhões para um lucro de R$ 75,8 milhões na comparação trimestral.
Em 30 de junho, o valor de participação da BNDESPar em companhias abertas era de R$ 67,8 bilhões, montante R$ 10 bilhões inferior ao exibido no fim de dezembro de 2010. Quando consideradas também as participações em empresas fechadas, o valor cai de R$ 89,2 bilhões para R$ 77,9 bilhões, no mesmo intervalo.
No segundo trimestre, a holding pagou o equivalente a R$ 4 bilhões em dividendos para os acionistas. O montante é referente aos dividendos obrigatórios de 2010 no valor de R$ 1 bilhão e dividendos complementares de 2010 no valor de R$ 3 bilhões, atualizados pela taxa básica de juros (Selic).

 Itaquerão tem oferta de R$ 300 mi
Estadão 15.08.2011 - Banco privado oferece quantia para dar nome ao futuro estádio do Corinthians.
A proximidade da Copa do Mundo de 2014 e o consequente 'boom' de reformas e construção de estádios pelo País fizeram com que algumas expressões começassem a figurar nas conversas entre torcedores. Uma dessas é o tal 'naming rights', algo como 'direito de nomear'. A receita com esta ferramenta de marketing é tão relevante que o Corinthians pretende utilizá-la para pagar a linha de crédito de R$ 400 milhões do BNDES que será usada na obra do Itaquerão.
A informação que circula no Parque São Jorge é a de que o presidente do clube, Andrés Sanchez, já tem sobre a mesa uma proposta de R$ 300 milhões. A negociação é feita com um banco privado. A princípio, os números agradaram à diretoria. Porém, dois detalhes impedem que o contrato seja assinado no curto prazo: o primeiro é o tempo do acordo. Enquanto o clube tenta fechar por 15 anos, a empresa interessada acena com, no mínimo, 20.
De acordo com um diretor corintiano que pediu para não ser identificado, a linha de raciocínio dos representantes do clube na negociação é simples. Para eles, é um tipo especial de contrato, que só se fecha uma vez. "A empresa que acertar com o Corinthians agora terá sua marca como nome do estádio pelos próximos 15, 20 anos. Quem consegue mudar esse nome depois de tanto tempo?", ponderou. "Por isso a negociação tem de ser feita com muito cuidado. O nome que ficar acertado agora fatalmente acompanhará o estádio por um período muito maior do que aquele que estiver no acordo. Aparentemente é algo que se negocia uma vez só."
O segundo aspecto apontado pelos corintianos para protelar a batida do martelo é o estágio da obra em Itaquera. Segundo o diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg, a tendência é de que o mercado passe a valorizar mais a nova arena a partir do próximo ano. "Por enquanto as pessoas constatam que a obra está em ritmo acelerado, mas ainda não identificam o estádio propriamente dito", afirmou. "Quando tudo estiver subindo, com cara mesmo de estádio, as pessoas entenderão que aquilo é uma realidade e que não tem mais volta. Creio que nesse momento a tendência e de valorização."

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