quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Azul.CA.24.08

Daily News


Teles Pires fecha contrato de R$ 3,3 bi com Odebrecht e AlstomValor 23.08.2011 - A Companhia Hidrelétrica Teles Pires fechou contrato de R$ 3,3 bilhões com Odebrecht Energia, Alstom e Voith para construção e fornecimento de equipamentos para a usina que teve a energia mais barata já vendida na história dos leilões do governo federal. O investimento total da usina não será muito diferente do contrato assinado agora com os fornecedores. Ao total, em três anos, Teles Pires, que será construída em rio de mesmo nome no Mato Grosso, vai receber R$ 3,6 bilhões em investimentos.
Na semana passada, o Ibama concedeu a licença de instalação da usina e as obras na região já começaram. A usina terá capacidade de gerar 1.800 MW e teve sua energia vendida no leilão realizado em dezembro do ano passado. As empresas Neoenergia e Furnas são as principais sócias do investimento e venceram o leilão com uma tarifa de R$ 58,36 o MWh, sem deixar chance para o segundo colocado que ofereceu tarifa 20% maior.
O baixo preço da energia de Teles Pires, menor até que a energia vendida de usinas já existentes, levou os concorrentes e mesmo fornecedores a especular sobre a viabilidade de retorno do investimento no empreendimento. Além do preço baixo, o prazo para a construção é de menos de três anos e meio, o que pode dificultar eventuais antecipações.

Presidente da Bombril renunciaValor 23.08.2011 - O executivo Marco Aurélio Guerreiro de Souza, de 47 anos, renunciou hoje ao cargo de presidente da Bombril, o qual ocupava desde junho do ano passado. “Foi por motivos pessoais”, disse Guerreiro ao Valor.
Há três anos e três meses na companhia, ele preferiu não se pronunciar quando questionado se estava indo trabalhar em outra empresa.
Em assembleia realizada nesta manhã, os membros do conselho de administração da Bombril elegeram, por unanimidade,  Antônio Armando Barbosa Marchioni ­- que até então ocupava o cargo de diretor superintendente - para assumir a presidência da companhia.

Minoritários querem eleger um conselheiro na B2WValor 24.08.2011 - Os acionistas minoritários da B2W, de comércio eletrônico, vão tentar mais uma vez eleger um representante no conselho de administração da companhia.
A empresa convocou nova assembleia, para o dia 31, para reeleger seu conselho. Teve de tomar a medida porque o representante da GWI Investimentos, Carlos Eduardo Rugani Barcellos, não tomou posse. Ele alegou "outras prioridades", uma vez que a gestora reduziu sua fatia acionária na companhia.
Por meio de dois comunicados divulgados separadamente, a B2W primeiro informou que acionistas titulares de mais de 5% de seu capital solicitaram a adoção do voto múltiplo. Em um segundo informe, disse que Tempo Capital, Polo Capital e Vinson indicaram para a vaga Roberto Lima, que ocupou a presidência da Vivo de 2005 a maio de 2011.
Na assembleia ordinária realizada em maio, os minoritários já haviam solicitado a adoção desse procedimento. Inicialmente a empresa rejeitou o pedido, conforme a ata da reunião, por entender que a solicitação original não havia sido feito regularmente pela Polo. A companhia argumentou que a gestora deveria ter sido representado pelo administrador, como previsto no respectivo regulamento, e não pelo gestor do fundo, que segundo a empresa não tem poderes para representá-lo. Durante a assembleia, numa terceira tentativa, a companhia recebeu o mandato outorgado pela Polo representada regularmente por seu administrador. A empresa, então, aceitou o voto múltiplo. Esse sistema garante que a eleição de conselheiros ocorra de forma proporcional à divisão do capital. Para eleger um representante, os minoritários precisam unir as suas posições até atingir 10% de ações da companhia.
Na assembleia de maio, a Polo não conseguiu os votos suficientes - naquela ocasião, o indicado era o sócio da gestora, Claudio Andrade. A Polo elegeu apenas um membro do conselho fiscal, Peter Wilson.
A B2W também divulgou que fundos da Polo atingiram 5% de seu capital. A uma semana da assembleia, o grupo de minoritários conta com cerca de 6% dos 10% de votos necessários.
Eleger um representante na companhia é pleito antigo dos minoritários, que assim poderão estreitar o diálogo com a administração e tentar focar o retorno ao acionista. Desde que começou a negociar na bolsa, em agosto de 2007, após a união de Americanas.com e Submarino, a ação da B2W acumula queda de 83,7%.
A proposta da empresa é manter os seis conselheiros já eleitos e, para o lugar do executivo da GWI, colocar Paulo Antunes Veras, fundador da Pixit, produtora de vídeos especializada em internet.

Laticínios Porto AlegreFolha 24.08.2011 - A Laticínios Porto Alegre abre em setembro seu novo complexo industrial, na cidade de Ponte Nova (MG). O projeto, de 170 mil metros quadrados e que recebeu investimentos de R$ 50 milhões, permitirá que a companhia dobre a sua produção. A unidade abrigará três fábricas: de queijos, de soro de leite em pó e de rações. A produção de alimentação para gado visa atender a demanda de fornecedores de leite.
O objetivo da empresa é aumentar sua participação de mercado em Espírito Santo, Minas e Rio, principalmente com derivados do leite de maior valor agregado, como requeijão e manteiga. O projeto ainda prevê a produção diária de 150 mil litros de leite longa vida. Além da sede em Ponte Nova, a companhia também tem fábrica em Mutum (MG). A principal concorrente da Laticínios Porto Alegre é a Itambé, além de pequenas fábricas de queijo de MG.

Cade afasta ideia de "fatiar" GarotoValor 24.08.2011 - Um novo julgamento do caso Nestlé-Garoto levaria o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a preservar a fábrica dessa última empresa, em Vila Velha, no Espírito Santo. Segundo informou o presidente do órgão antitruste, Fernando Furlan, a deputados estaduais daquele Estado, a tendência é a de "não pulverizar" a fábrica da Garoto. Os parlamentares capixabas estão preocupados com a possibilidade de perda de emprego em Vila Velha, caso a fábrica da Garoto seja dividida e, depois, vendida para diversas companhias. Eles se reuniram com Furlan em 11 de agosto em Brasília. "Eu disse a eles que, se tivermos de analisar, em último caso, a tendência seria não vender de maneira pulverizada", contou o presidente do Cade.
Uma das soluções possíveis no novo julgamento seria a de impor à Nestlé a venda de fábricas e ativos com a sua marca. Isso resolveria um problema que o Cade enfrentou em 2004, quando julgou a compra da Garoto e para o qual não encontrou solução: a dificuldade de dividir a Garoto para depois vendê-la a concorrentes. A fábrica de Vila Velha é considerada indivisível.
"Se a Mars ou a Hershey's tivessem comprado a Garoto, não haveria problema do ponto de vista de concorrência", resumiu o presidente do Cade. Essas empresas têm menos de 20% do mercado e, portanto, poderiam investir na Garoto, sem prejudicar a concorrência no setor. Mas, como a compra foi feita pela Nestlé, houve a união da segunda com a terceira maior empresa do mercado de chocolates. Essa situação foi considerada inaceitável pelo órgão antitruste, pois levou à formação de um duopólio. Apenas a Kraft, dona da Lacta, poderia competir à altura da Nestlé.

CVM quer permitir que varejo desista de oferta de ações com preço baixoValor 24.08.2011 - Felipe Claret, superintendente da CVM: "Nem sempre quando o valor fica abaixo quer dizer que a ação está barata".
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quer regras para os investidores do varejo que compram ações em ofertas públicas iniciais nas situações em que o preço fixado para a operação fica abaixo do intervalo inicialmente sugerido para os papéis.
O objetivo é permitir que, nessas circunstâncias, os investidores possam desistir da compra. A ideia da CVM, segundo o superintendente de registro, Felipe Claret, é que a própria Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) crie regras para isso, com seu papel de autorregulação.
Claret explicou que já existem normas quando o preço na oferta inicial fica acima da faixa sugerida, permitindo a desistência. A previsão está na Instrução 400, da autarquia. Porém, não há nada previsto para os casos em que o valor fica abaixo. "Nem sempre quando o valor fica abaixo quer dizer que a ação está barata. Isso pode afetar a liquidez dos papéis. Também é comum que, nessas operações, o controlador tenha comprado uma fatia, prejudicando a precificação", ponderou Claret.
De acordo com o superintendente da CVM, a intenção é que a questão esteja resolvida no curto prazo. "Se o mercado voltar em setembro, queremos ter uma resposta para isso."
A CVM já tem conversas com a Anbima sobre o tema. Claret afirmou ainda que nos Estados Unidos já existe uma regra semelhante, para casos em que o preço fica 20% menor que a sugestão inicial. Lá a regulamentação é da comissão de valores mobiliários local, a SEC.
Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbima, disse que a entidade deve ter uma proposta de autorregulação para o tema, já com a aprovação da CVM, até o meio de setembro. "Estamos estudando todas as possibilidades."
Entre os planos de regulação da CVM também está a ampliação do convênio com a Anbima para registro de ofertas, visando acrescentar a emissão de Letras Financeiras e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Há também a intenção de regular a Lei 12.431, deste ano, que modificou alguns pontos da Lei das Sociedades por Ações. Os temas a serem regulados devem ser resgates e recompras de debêntures e a questão dos agentes fiduciários. Claret participou ontem do 8º Seminário Anbima de Direito do Mercado de Capitais.
Editora Abril. "Sou fascinado pelo mundo da imprensa", diz Fabio Barbosa
Valor 23.08.2011 - O novo presidente do grupo Abril, Fabio Barbosa, atual presidente do conselho de administração do banco Santander Brasil, disse há pouco ao Valor que “é fascinado pelo mundo da imprensa, pelas mudanças tecnológicas e pelo papel das redes sociais”.
O  setor de mídia não é inteiramente novo para ele, que entre 2004 e 2007 integrou o conselho de administração da Abril. Ele informou que permanece no conselho de administração do Santander até 22 de setembro e assume o novo posto no dia 26 do mesmo mês.
Barbosa irá substituir Giancarlo Civita no comando da Abril S.A., que reúne os negócios de mídia, gráfica e distribuição da Abril.  Nos seis últimos anos, Giancarlo acumulou a presidência executiva  da Abril S.A. com a vice-presidência da Abrilpar, holding da família Civita que controla a Abril S.A. e detém o controle de capital da Abril Educação e de outros negócios.
Giancarlo será responsável pelas operações da holding da família e estará ao lado de seu pai Roberto Civita, presidente da Abrilpar.
As empresas Elemídia, Casa Cor e Editora Caras continuarão ligadas a Giancarlo Civita. Os negócios de mídia, gráfica, distribuição e a AbrilSer passarão a se reportar ao novo presidente-executivo. A Abril Educação, que foi separada societariamente do grupo Abril no início de 2010 e recentemente abriu seu capital, permanece sob o comando de Manoel Amorim, presidente da companhia.
“Além de ser um executivo extraordinariamente competente, Fabio é conhecido pela sua integridade, sua habilidade no trato com pessoas e seu compromisso com o futuro de um Brasil mais justo, mais desenvolvido e melhor administrado. Sua vinda fortalecerá a Abril em todos os sentidos, marca um passo importante na profissionalização do Grupo e assegura a manutenção dos nossos valores e permanente busca da excelência. É um enorme prazer para mim e meus filhos contar com ele na presidência da Abril  S.A. e para mim tê-lo ao meu lado na direção editorial da empresa”, afirmou Roberto Civita em comunicado.

CMAFolha 24.08.2011 - A CMA, especializada no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para o mercado financeiro, lança amanhã um pacote de soluções para o setor.
Foram investidos R$ 53 milhões para criar um programa que unifica os sistemas usados pelas corretoras e facilita a administração de contas, segundo a empresa. Entre as plataformas que serão lançadas está um dispositivo de segurança para gestores de fundo. "As tecnologias nascem, mas leva tempo até que sejam popularizadas. Não espero retorno imediato", diz o presidente da empresa, José Juan Sanchez.

Sem 'projeto-chave', Elekeiroz vai rever plano de expansão Valor 24.08.2011 - Reinaldo Rubbi, presidente da Elekeiroz, afirmou que o grupo vai rever seus planos para expandir os negócios no país.
Após perder a disputa para a multinacional alemã Basf na construção de uma fábrica de ácido acrílico no Brasil, a Elekeiroz, empresa controlada pela holding Itaúsa, vai rever seu plano de expansão no país para os próximos meses. A empresa química nacional, que tinha traçado metas ambiciosas para dobrar de tamanho a partir de 2014, quando sua unidade estivesse em operação, agora vai juntar projetos que já estavam em andamento para redirecionar seu crescimento.
Os planos da Elekeiroz foram frustrados na sexta-feira, quando a Basf anunciou investimento da ordem de € 500 milhões para construir a unidade de ácido acrílico no polo petroquímica de Camaçari (BA). As duas empresas disputavam esse mesmo projeto e dependiam da Braskem para o fornecimento de propeno para tocar as operações. A petroquímica nacional optou pela Basf e como o país não tem demanda suficiente para comportar duas unidades do mesmo produto, o projeto da Elekeiroz teve de ser abortado.
Procurada, a petroquímica informou que sua decisão, com base em uma avaliação técnica, levou em conta o projeto que criava melhores condições para a cadeia química e petroquímica do país.
Os planos da Elekeiroz para essa unidade previam investimentos da ordem de US$ 750 milhões, afirmou Reinaldo Rubbi, presidente da companhia. Segundo o executivo, a companhia acreditava que seu projeto era o mais competitivo. A empresa já tinha destinado recursos para contratação de engenheiros e estava fazendo estudos para aquisição de equipamentos. "Ninguém esperava um golpe deste tipo", afirmou Rubbi.
O ácido acrílico é uma importante matéria-prima usada para a produção de tintas, fraldas descartáveis e absorventes íntimos, sobretudo. Atualmente, esse produto é 100% importado. O consumo aparente desse produto foi da ordem de 120 mil toneladas em 2010 e deve superar as 200 mil toneladas em 2018.
Sem seu "projeto-chave", a Elekeiroz vai revisar seus planos, afirmou o executivo. Outros projetos que já estavam em discussão na empresa, como ampliação das unidades de especialidades químicas, como a produção de anidrido maleico, de álcool voltado para o setor químico e plastificantes, deverão ser estudados com "mais carinho", de acordo com Rubbi. Esses projetos, somados, deverão ficar entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões, segundo estimou o executivo. "Podemos investir em novos produtos", informou.
A empresa deverá encerrar este ano com faturamento da ordem de R$ 1 bilhão, o mesmo valor do ano passado, segundo ele. A expectativa era que a receita superasse os R$ 2 bilhões, caso a fábrica de ácido acrílico da Elekeiroz fosse levada adiante. "Vamos rever nosso planejamento de longo prazo. Esse projeto era o nosso eixo central", lamentou-se

Nissan do México é exemplo a ser seguidoValor 24.08.2011 - Toshiyuki Shiga, diretor operacional mundial, lembra que a Nissan é líder no México: "Esperamos que o time no Brasil alcance o mesmo sucesso do México".
O diretor operacional mundial da Nissan, Toshiyuki Shiga, apontou ontem a filial do México como exemplo no qual a equipe que comanda a operação brasileira deve se inspirar. "Esperamos que o time no Brasil alcance o mesmo sucesso do México", afirmou o executivo, que disse ter vindo ao país para se atualizar e entender os motivos da expansão do mercado brasileiro.
O executivo japonês tem razão de entusiasmar-se com o México, onde se concentra o terceiro maior volume de produção da Nissan no mundo - atrás de China e do Japão. Já faz mais de dois anos que a marca lidera o mercado mexicano, com fatia de 23%. Já o Brasil, um mercado total 40% maior que o do México, é ainda pequeno nos negócios da segunda montadora do Japão.
No balanço financeiro da companhia, a filial brasileira integra a classificação "outros", junto com Taiwan, Tailândia, Filipinas, África do Sul e Indonésia. A marca japonesa tem hoje 1,7% de participação no mercado brasileiro e planos de chegar a 3% em menos de um ano, a partir do lançamento do modelo March, um compacto que será importado de uma das duas fábricas do México.
Uma das formas de dar impulso à operação brasileira é o projeto de uma nova fábrica. Segundo Shiga, as conversas entre Nissan e o empresário brasileiro Eike Batista, da EBX, para uma possível parceria em nova fábrica no Brasil ainda não se esgotaram.
A decisão não foi, porém, tomada porque, segundo ele, há "uma série de opções". Segundo o executivo japonês, o investimento na fábrica que poderá produzir 200 mil veículos por ano será feito independentemente das condições econômicas mundiais. " A Nissan está crescendo e quer participar com mais força nos mercados em expansão como o Brasil", diz.
As vendas fora do Japão definitivamente sustentam a expansão da marca no mundo, que está em processo de construção de novas fábricas em países como Rússia e Índia. No ano passado, a marca japonesa alcançou a venda de 4,18 milhões de veículos em todo mundo e pretende chegar a 4,6 milhões de unidades este ano. No entanto, o volume de vendas no Japão será este ano exatamente igual ao de 2010, com 600 mil unidades. Nos últimos meses, o volume de produção no México, de onde vem metade dos automóveis vendidos pela Nissan no Brasil, ultrapassou a atividade da marca nas fábricas dos Estados Unidos, afetadas pela estagnação da demanda no mercado interno.
A crise nos Estados Unidos preocupa a direção da montadora, mas segundo o vice-presidente para a região das Américas, Willian Krueger, a empresa não espera "uma nova crise tão forte como a da 2008". Já o aumento dos concorrentes no Brasil é vista por Shiga como uma consequência natural de um mercado em expansão. "Enfrentamos concorrentes em todo o mundo", diz. O executivo acrescenta, no entanto, que em mercados de volumes altos como o Brasil, as empresas que dão prioridade à produção local costumam se sair melhor.
Shiga, que não vinha ao Brasil desde 2003, percebe a diferença num país que passou a atrair mais fabricantes e importadores de veículos de todo o mundo. Na segunda-feira ele passou por um shopping center exclusivo para lojas de veículos, o Aricanduva, em São Paulo. Disse ter se impressionado com esse conceito de vendas e entusiasma-se com a informação de que a participação da Nissan naquele espaço é bem maior do que a média nacional: em torno de 10%.
Shiga é o responsável por vendas globais e marketing, recursos humanos, tesouraria e qualidade e também é presidente do comitê de gestão do Japão e do comitê de gestão do mercado exterior.
Graduado pela Faculdade de Economia da Universidade de Osaka, o executivo começou a trabalhar na Nissan 23 anos antes da aliança com a Renault, uma parceria que serviu para salvar a montadora japonesa da falência. Ele também participou de toda a negociação que levou à instalação de uma fábrica em São José dos Pinhais (PR), logo depois de a parceira Renault se instalar no local, em 1999.
Satisfeito com o resultado da parceria com os franceses, que ajudou, inclusive, a empresa japonesa a expandir os negócios nas Américas, Shiga destaca que essa aliança se transformou num caso de sucesso na comunidade automotiva porque, apesar das sinergias em diversas áreas, como fábricas e compras compartilhadas, a identidade cultural de cada uma das duas empresa foi respeitada.
"Como na composição da mesa da entrevista?, questiona o Valor. Shiga olha para seu lado direito, onde está sentado um americano, o vice-presidente da Nissan para a região das Américas, Willian Krueger. Olha, em seguida, para seu lado esquerdo, onde está o francês Christian Meunier, presidente da Nissan do Brasil. Sorri e concorda: "É isso mesmo".
Mercado de capitais é alternativa a BNDES, diz diretor da Odebrecht
O diretor da Odebrecht Investimentos em Infraestrutura, Felipe Jens, disse nesta terça-feira que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), embora “extremamente relevante” para projetos de infraestrutura do país, não conseguirá sustentar todos os projetos em desenvolvimento no setor. E sugeriu como principal alternativa o mercado de capitais, por meio da emissão de debêntures.
“Hoje no Brasil o gargalo para a infraestrutura é o financiamento a longo prazo e em reais. O BNDES sozinho não vai ser capaz de levar a cabo todos os investimentos”, afirmou Jens.
Segundo o executivo, as dívidas assumidas pelas empresas nesses projetos precisam ser feitas em reais. “É muito perigoso para uma companhia fazer empréstimo em moeda estrangeira e ter captação de receita em reais”, disse ele, referindo-se a possíveis variações cambiais.

AngloGold acredita em maior valorização do ouroValor 24.08.2011 - Cutifani, principal executivo: "A demanda global por ouro se assenta em bons fundamentos e está aumentando".
O preço do ouro poderá chegar a US$ 2.200 em menos de dois anos, puxado pela pressão dos custos de produção e por uma eventual piora das condições das economias centrais. A previsão é do principal executivo da mineradora sul-africana, AngloGold Ashanti, Mark Cutifani. Ele esteve em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio para reuniões e eventos.
"A demanda global por ouro se assenta em bons fundamentos e está aumentando significativamente, principalmente como investimento. E mesmo com os preços atuais o setor não está produzindo ouro o suficiente para satisfazer o apetite do mundo", disse ele em entrevista ao Valor na semana passada quando visitou o Brasil. A produção mundial do metal tem estado praticamente estável nos últimos sete anos.
Há um ano em meio, em janeiro de 2010, a onça-troy (equivalente a 31,1 gramas) de ouro estava cotada em US$ 1.078,7 em Nova York. Em janeiro deste ano, chegou a US$ 1.336,1 e ontem foi vendido a US$ 1.843,10. A alta histórica da cotação foi atingida nos anos 80 quando a onça chegou a cerca dos US$ 2.200.
Segundo Cutifani, o preço de produção da onça do metal tem subido entre US$ 120 a US$ 150 a cada ano. A média de aumento nos últimos sete anos foi de 15% ao ano, diz o executivo. "Os custos estão subindo nesse ritmo devido ao fato de que as minas estão ficando mais profundas, o que tem reduzido o grau de minério extraído, e também devido à inflação", diz o principal executivo da mineradora. "Se simplesmente adicionarmos esses custos aos preços atuais chegamos aos US$ 2.200 dentro de dois anos."
Mas além da produção estar mais cara, há outros dois componentes no cenário traçado pela AngloGold. "O mundo está atualmente muito consciente em relação ao papel que o ouro passou a desempenhar, dando mais equilíbrio a portfólios de investimento. Some isso às ações imprevisíveis dos políticos, e temos uma receita em que tudo pode acontecer." Dependendo das respostas políticas à situação econômica nos Estados Unidos e Europa e dependendo da capacidade dos governos de restaurarem a confiança dos investidores, a cotação do ouro alcançaria a marca dos US$ 2.200 antes de 2013, avalia o australiano Cutifani.
Para as mineradoras, a atual alta dos preços tem permitido investimentos em novos projetos. No caso da AngloGold, a empresa espera um aumento de sua produção no próximo ano e em 2013 - após quatro anos de estabilidade - graças a aquisições e a descobertas recentes. Colômbia e países do Oriente Médio e África, entre eles Arábia Saudita, Egito, Eritreia e Etiópia são áreas com muito potencial para se transformarem em novas fronteiras de produção de ouro. A empresa produz e prospecta o metal em 25 países.
"No Brasil, ainda vemos Minas e Goiás como as regiões com melhores perspectivas", disse. A região Amazônia, onde tem feito estudos sobre possíveis reservas, os resultados ainda são muito iniciais, afirmou o executivo. Em Minas Gerais, a companhia opera minas em Sabará e em Santa Bárbara; em Goiás extrai ouro na cidade de Crixás.
No ano passado, a empresa anunciou um plano de investimento de US$ 1 bilhão até 2015 no país. Somente em exploração (prospecção), a empresa investe US$ 30 milhões por ano no Brasil e prevê que, em cinco anos, este valor salte para US$ 50 milhões a US$ 60 milhões. "Gostaríamos que dentro de dez anos estivéssemos produzindo 1 milhão de onças no Brasil. O que colocaria o Brasil em uma situação comparável à de dois grandes produtores, Gana e África do Sul", disse Cutifani.
Desde 2008, a produção no Brasil está na casa dos 400 mil onças - o que equivale a 9% da produção da companhia. "O Brasil continua um bom lugar para operar", disse ele, numa comparação com outros países onde a empresa possui minas. "Primeiro porque o Brasil tem uma história relacionada descobertas de ouro; segundo, tem muita gente preparada; além disso o país entende a importância da mineração e os impostos não representam os maiores custos, seriam custos médios ou pequenos", disse ele.
Quanto à discussão a respeito de novas regras que aumentariam a taxação das empresas de mineração no Brasil - incluindo o ouro -, Cutifani diz: "O que eu gostaria de ter aqui é uma taxação baseado na lucratividade e não na receita bruta". Perguntado se um aumento na taxação afetaria os planos de investimento da empresa no país, o executivo desconversa e diz apenas que considera que na relação com as mineradoras o "governo brasileiro tem mostrado uma postura bastante equilibrada e razoável".

Holcim anuncia expansão de fábrica em MinasValor 24.08.2011 - Líder na fabricação mundial de cimento e umas das maiores do Brasil, o grupo suíço Holcim é o último a entrar na onda de crescimento do mercado brasileiro do produto. Ontem, a subsidiária brasileira anunciou plano de investimento de US$ 800 milhões (R$ 1,45 bilhão) para ampliar sua capacidade de produção no país. O dinheiro será usado em suas instalações de Barroso (MG). Com o investimento, informa a Holcim Brasil, a fábrica de Barroso será ampliada em 2,4 milhões de toneladas ao ano de cimento. A instalação de uma nova linha de produção, que inclui um novo forno, vai elevar a capacidade para 3,6 milhões de toneladas/ano. Com a expansão, a capacidade da empresa no país passará de 5,3 milhões de toneladas para 7,9 milhões de toneladas anuais.
"A decisão de investir no Brasil tem o objetivo de atender o forte crescimento do mercado interno, que deve manter esse ritmo pelos próximos quatro anos", disse Otmar Huebscher, presidente da Holcim Brasil, em comunicado. "A escolha por Barroso se deve à localização estratégica do município, que abriga uma das principais operações da Holcim no país".
Segundo a empresa, a expansão vai gerar cerca de 2 mil empregos durante a obra e 100 após entrar em operação. Essa fábrica está localizada na região de Campo das Vertentes, distante 208 quilômetros de Belo Horizonte, à margem da rodovia BR-265 e próxima de São João Del Rey, Tiradentes e Barbacena (onde tem um terminal de distribuição) e de Juiz de Fora. Sua localização, observa a empresa, é estratégica, pois tem acesso dos principais mercados de consumo no país: São Paulo e Rio de Janeiro.
"Este é o tipo de investimento que o Estado tem muito interesse e que é muito bem-vindo porque vai agregar valor aos nossos recursos minerais e é gerador de emprego", afirmou Paulo Sérgio Machado Ribeiro, subsecretário de Política Mineral e Energética da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do governo de Minas Gerais. Segundo ele, a Holcim obteve do governo benefícios fiscais - entre eles diferimentos de ICMS - que costumam ser dados a cimenteiras que tenham projetos de investimentos no Estado. O investimento em Barroso, além do novo forno de clínquer (matéria-prima do cimento feita a partir de calcário e argila), inclui uma nova moagem e equipamentos para controles de emissões de materiais poluentes. A nova linha de produção ficará junto atual fábrica e uma nova jazida de calcário será aberta distante 7 km da para suprir a produção. A empresa prevê obter a licença prévia e de instalação ainda este ano e dar início às obras em janeiro de 2012. A expectativa é iniciar operação em julho de 2014.
A unidade de Barroso pertence à Holcim há 15 anos, desde que foi adquirida do grupo Grupo Paraíso. A fábrica foi inaugurada pela Companhia de Cimento Portland Paraíso em 1955. Produz três tipos de cimento, vendidos no mercado varejista e a concreteiras de Gerais, São Paulo e Rio.
A Holcim, que se intitula a quinta maior fabricante de cimento do país - atrás de Votorantim, João Santos, InterCement (Camargo Corrêa) e Lafarge - é a maior arrecadadora do município de Barroso (70% do total de impostos arrecadados), e a terceira maior empregadora: são 198 funcionários diretos e 285 indiretos.
Em 2010, a Holcim produziu 4,4 milhões de toneladas de cimento no país e obteve receita líquida de R$ 1,32 bilhão. Seu parque industrial é composto por três fábricas e duas moagens, 27 centrais de concreto e três unidades de extração de agregados, como brita.

TIM ultrapassa a Claro e assume o segundo lugar em telefones celularesEstadão 23.08.2011 - Empresa ficou com 25,8% de participação, de acordo com dados da Anatel, o que representam 609 mil clientes a mais; Vivo manteve a liderança.
A TIM ultrapassou a Claro no mês passado, para tornar-se a segunda maior operadora de telefonia celular do País. A participação da empresa chegou a 25,78%, comparada a 25,51% da concorrente. A diferença entre as duas companhias ficou em 609 mil clientes, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Vivo manteve-se em primeiro lugar, com 29,58%, e a Oi em quarto, com 18,85%.
A Claro divulgou um comunicado, comentando a perda da vice-liderança: "A Claro continuará competitiva e agressiva nas suas promoções e acha muito importante a posição no market share. No entanto, acima disso entende que a tarefa prioritária é manter a qualidade de rede e de seus serviços. São os dois fundamentos que garantem um crescimento sustentável".
Com a mudança no ranking, a TIM retoma a posição que manteve até setembro de 2008, quando perdeu o segundo lugar para a concorrente Claro. "Em receita, estamos em segundo lugar há muito tempo", disse Lorenzo Lindner, diretor comercial da TIM Brasil.
O crescimento é resultado da agressividade de planos como Liberty e Infinity, que também fizeram com que a empresa se tornasse a primeira em longa distância, com uma participação de cerca de 40%. "Mudamos o conceito de comunidade, permitindo que nossos clientes pudessem ligar para todo o Brasil", disse Lindner. Os planos da empresa igualaram os preços da longa distância nacional às chamadas locais.
Estratégia. Esse movimento fez com que a base de clientes da operadora falasse mais. O total médio de minutos por mês dos clientes da TIM passou de 73 para 125 em dois anos, segundo o diretor da companhia. "Levando-se em conta o aumento da base, nosso tráfego mais do que dobrou no período", destacou Lindner.
Para o executivo, o crescimento da empresa reflete a migração do cliente de telefonia fixa para a telefonia móvel. "As outras três grandes operadoras (Telefônica, Claro e Oi) não têm motivos para estimular a migração, já que são integradas", disse Lindner. "Nós não temos nada a perder."
O diretor da TIM também destacou a estratégia da empresa para o mercado de comunicação de dados. A operadora oferece acesso à internet por R$ 0,50 diários no pré-pago. "É menos que os clientes pagam por uma hora na lan house, podendo usar por um dia inteiro", disse Lindner.
No segundo trimestre, pela primeira vez, a empresa vendeu mais smartphones que celulares comuns. Os telefones inteligentes responderam por 54% das vendas da companhia. Para os próximos meses, a tendência é que a demanda por smartphones venha a se acentuar. Ele afirmou que, fora do País, as operadoras fixas têm se protegido da migração para a telefonia móvel com uma oferta agressiva de banda larga, o que não tem acontecido no Brasil. Por isso, Lindner identifica um grande potencial para o mercado móvel continuar crescendo, tanto em voz quanto em dados.
Qualidade. A resposta da Claro trouxe implícita uma crítica à qualidade dos serviços da TIM. Com o crescimento acelerado, viu as reclamações dispararem. No segundo trimestre, a central de atendimento da Anatel recebeu 0,429 reclamação por mil assinantes contra a TIM. A empresa foi a mais reclamada na agência. A Oi, que ficou em segundo lugar, teve 0,359 reclamação, e a Claro, a terceira, 0,314.
O diretor da TIM, no entanto, afirmou que a empresa tem investido em qualidade, dando como exemplo a compra da AES Atimus, em julho, por R$ 1,6 bilhão.
A Atimus opera 5,5 mil quilômetros de fibras ópticas nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo Lindner, essa infraestrutura será usada, em primeiro lugar, para conectar as estações radiobase (antenas) da companhia, melhorando os serviços móveis. Depois, servirá para oferecer banda larga fixa tanto para clientes residenciais quanto corporativos.

TIM negocia parceria para oferta de TV por assinatura no Brasil
Exame 23.08.2011 - A companhia está em conversas com provedores de conteúdo para potencial parceria para oferta de serviços de TV paga no País.
TIM Participações superou a Claro em mais de 600 mil acessos móveis em julho e assumiu a segunda colocação em de telefonia móvel no País pela primeira vez desde setembro de 2008. Em outra frente, a companhia está em conversas com provedores de conteúdo para potencial parceria para oferta de serviços de TV paga no País, para utilizar o potencial de sua rede após a aquisição da AES Atimus por R$ 1,6 bilhão, anunciada em julho.
A TIM, controlada pela Telecom Italia, possuía no final de julho market share de 25,78% no mercado brasileiro de acessos móveis, com 56,8 milhões de acessos móveis, enquanto a Claro, da mexicana América Móvil, aparecia com 25,51%, totalizando 56,2 milhões de linhas, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Em junho, ambas estavam tecnicamente empatadas em market share, mas a Claro possuía ligeira vantagem sobre a concorrente. "Este é o sexto trimestre que temos mostrado forte aceleração (da base de assinantes)", disse nesta terça-feira o diretor comercial da TIM, Lorenzo Lindner.
Lindner refuta que os acessos móveis da TIM estejam "sujos", ou seja, de que muitas das linhas pré-pagas na base da operadora sejam de chips inutilizados que não geram receita e implicam em custos para a companhia, mas contam como market share.
"Temos uma das regras mais rígidas do mercado (para eliminação de linhas inutilizadas)", disse Lindner, sem revelar qual o prazo sem utilização que resulta na terminação de uma linha. Segundo ele, 85% dos acessos móveis da TIM são pré-pagos.
A Vivo, do grupo Telefônica, continua na liderança e tinha no fim do mês passado participação de mercado de 29,53%, com 65,1 milhões de clientes, segundo a Anatel.
A Oi aparece em quarto lugar, com market share de 18,85%.
TV paga: Na semana passada, o Senado aprovou o projeto de lei 116 (PL-116), que permite às companhias telefônicas oferecer serviços de TV paga em suas redes de cabo e fibra ótica.
"Estamos negociando parceria com provedores de conteúdo", disse o diretor da TIM, acrescentando que um serviço de TV paga pode ser oferecido ao consumidor "provavelmente" em 2012.
Segundo o executivo, a TIM também vai priorizar a oferta de internet de alta velocidade (entre 50 e 100 megabits.

Faturamento dos shoppings deve crescer 22%, com 419 unidadesValor 24.08.2011 - Até dezembro deverão ser abertos mais 38 shoppings e em 2012, outros 47.  Os shoppings em operação no Brasil devem faturar R$ 109,1 bilhões neste ano, um incremento de 21,9% ante 2010, de acordo com dados do Cadastro de Shopping Center 2011, divulgado ontem pelo Ibope Inteligência. Entre 2009 e 2010, o crescimento foi de 13,6%. O Ibope considerou faturamento de R$ 89,5 bilhões do setor de shopping centers em 2010. O montante estimado para este ano representa 15,4% de todo o faturamento previsto para o varejo brasileiro em 2011. No ano passado e em 2009, essa fatia era de 14%. A tendência é que as vendas em shoppings centers continuem a ganhar espaço nas vendas do varejo, de acordo com Antônio Carlos Ruótolo, diretor de geonegócios do Ibope Inteligência.
"Pelo número de shoppings que vão entrar em operação, esse passa a ser um mercado de varejo expressivo", diz Ruótolo. Em 2010, 381 shoppings operavam no Brasil. Com a inauguração de 38 até o fim do ano, serão 419 empreendimentos. Para 2012, a previsão é de mais 47 novas unidades. Se a projeção for mantida, haverá um aumento de 23% no número de shoppings centers em dois anos.
Com os lançamentos, 27 cidades com população abaixo dos 600 mil habitantes terão seu primeiro shopping. "Os shopping chegarão em todas as cidades com alguma densidade econômica nos próximos anos", diz Ruótolo. Atualmente, 143 municípios brasileiros (2,6% do total) contam com shoppings centers. Essas cidades reúnem 42% da população brasileira.
Nos próximos três anos, a região Norte é a que terá maior crescimento do setor, com ampliação de 72% da base instalada. O Sudeste terá crescimento de 29%, e o Nordeste, de 20%. O Centro-Oeste e o Sul terão aumento de 16% e 15%, respectivamente. O consumo das famílias de média e alta renda compõem mais de 80% das vendas feitas nos shoppings. "As classes A, B e C1 são as que consomem. A C2 não costuma ir ao shopping e, quando vai, gasta pouco", diz Ruótolo. Pelo critério do Ibope Inteligência, shopping é aquele empreendimento com mais de 4 mil metros quadrados de área de vendas, predominantemente locados, e com gestão centralizada.

Eike diz que vai disputar concessões de aeroportos
Folha 24.08.2011 - Empresário mais rico do país ainda está estudando de quais leilões vai participar.
O empresário Eike Batista pretende entrar na administração de aeroportos. Ele disse ontem que vai disputar os leilões que serão feitos pelo governo para conceder terminais à iniciativa privada.
Eike, que controla o grupo EBX, holding que reúne empresas com foco em negócios voltados para os ramos de mineração, energia e logística, pretende se associar a uma empresa estrangeira na disputa das licitações.
Estão previstas as concessões dos aeroportos de Guarulhos e de Viracopos (São Paulo) e de Brasília (Distrito Federal). Eike disse que ainda está estudando em quais leilões pretende entrar.
"No mínimo, vou provocar os outros a pagar mais", afirmou, após participar de evento do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), no Rio. Administrar aeroportos é uma grande oportunidade, avaliou o homem mais rico do Brasil. Para ele, o negócio é mal explorado no país, onde os aeroportos são pequenos e não atendem à demanda de passageiros.
"O Brasil tem tráfego [aéreo] grande, é interessante. Temos de transformar aeroportos, como o de Londres, que tem shopping center gigante. Aproveitar o negócio em si", observou.
Eike confirmou que vem mantendo entendimentos com a Vale para conectar seu principal empreendimento, o complexo do porto do Açu, no norte fluminense, com as ferrovias administradas pela mineradora.
Seria necessário construir uma ligação entre São João da Barra, onde o complexo está sendo erguido, e Campos, onde chega a linha férrea. Segundo o empresário, novidades serão anunciadas nos próximos dias.
"Se é bom para o Brasil e ainda dá para ganhar dinheiro, que bom", comentou.

Eike estuda parceria para ligar Porto de Açu a ferrovias da ValeExame 23.08.2011 - Segundo ele, apesar de a Vale e empresas do grupo EBX concorrerem em alguns segmentos, a interligação é uma boa oportunidade para melhorar a logística das empresas. O empresário Eike Batista, do grupo EBX, afirmou que estuda uma parceria com a Vale para interconectar o porto do Açu com ferrovias administradas pela mineradora.
Segundo ele, apesar de a Vale e empresas do grupo EBX concorrerem em alguns segmentos, a interligação é uma boa oportunidade para melhorar a logística das empresas e do país.
Esse projeto envolveria as ferrovias FCA (Ferrovia Centro Atlântica) e MRS Logística, administradas pela Vale.
"Em breve, vocês terão novidades. Quem sabe amanhã, no final do dia", disse ele sem revelar valores nem o prazo para implantação do projeto.
"Seria uma oportunidade de conectar o Açu à Minas Gerais, São Paulo e muito mais. Temos que aproveitar a força dessas empresas, pararmos de discutir porque somos eventuais concorrentes e pensar: se o resultado é bom para o Brasil e dá para ganhar dinheiro, é bom", afirmou Eike.
Ele antecipou que a sua empresa está realizando estudos sobre potenciais volumes de cargas que seriam transportadas a partir da interligação, para apresentar à mineradora.
"Eventualmente poderíamos participar com alguma parte do investimento, para fazê-la (a interconexão), que achamos adequado. O problema do empresário brasileiro é sempre: vai fazer um puxadinho? Não, não vou não. Se puder, uma estrada de ferro de bitola larga para conectar com o Brasil inteiro é muito melhor", disse Eike.
Segundo ele, o projeto conceitual prevê a construção de um ramal de aproximadamente 40 km ligando a cidade de Campos até o porto do Açu, e o corredor litorâneo já existente teria que ser reativado.
O porto do Açu, localizado na cidade de São João da Barra, no Norte Fluminense, deve começar a operar no ano que vem.
O projeto prevê a criação no local de um pólo industrial voltado para a produção de navios de grande porte, equipamentos para indústria de óleo e gás e do setor automotivo.
Segundo Eike, com a expansão do mercado de petróleo e gás no Brasil, a indústria de produção de automóveis está perdendo espaço para a indústria de máquinas e equipamentos voltados ao mercado petrolífero.
"O mercado de óleo e gás está crescendo, e bombas, compressores e motores à diesel, todos os equipamentos necessários para uma unidade de produção de petróleo, ainda não são fabricados no Brasil", disse.

Cabotagem espera oportunidade de crescimento maiorValor 24.08.2011 - Fernando Real, da Maestra: "Se nós queremos desenvolver esse país, temos de falar em multimodalidade".
A crise nos mercados internacionais, com a redução dos volumes do comércio, abre espaço para as empresas repensarem sua matriz de transporte doméstico e racionalizar sua logística até o porto. Essa é a aposta do setor de cabotagem (navegação entre os portos do mesmo país), que responde por menos de 15% da matriz de transporte nacional, apesar de ser mais competitiva do que o caminhão.
Segundo o gerente de cabotagem da Aliança Navegação, Gustavo Costa, existe um vasto potencial de crescimento do setor, que vem sendo mais notado nos últimos anos. "A maior parte de nossos clientes afirma que não participamos com mais de 5% do potencial de cargas da cadeia logística", afirma. O universo de mercadorias na cabotagem vai desde produtos de higiene e limpeza, passando por alimentos e bebidas e eletroeletrônicos. E basicamente tudo o que se produz na Zona Franca de Manaus, o grande polo irradiador de cargas para o Sul e Sudeste.
No primeiro semestre, a Aliança respondeu por aproximadamente 53% dos cerca de 270 mil TEUs (contêineres de 20 pés) que estima terem sido operados no transporte marítimo interno de contêineres. A empresa deve encerrar o ano com 50%, pequena queda devido, em grande parte, à entrada de uma nova empresa no setor de transporte de contêiner.
De acordo com levantamento realizado pela Secretaria Especial de Portos (SEP), afirma Costa, o potencial da cabotagem é de atrair pelo menos 1 milhão de TEUs por ano. A se confirmar a projeção de que este exercício fechará com cerca de 590 mil TEUs (crescimento de quase 10% ante 2010), há quase o dobro de cargas aptas a deixar as estradas e embarcar em um navio.
"O mercado está limitado pela falta de oferta de navios para induzir a migração da carga da rodovia para o marítimo. Então a Maestra é bem-vinda", afirma Costa, referindo-se à companhia que iniciou operação em maio com um navio e prevê encerrar 2011 com quatro embarcações operando na costa.
Antevendo a demanda reprimida, a Aliança estuda ampliar a frota, hoje composta por dez embarcações. "Estamos consultando estaleiros no Brasil para ver a possibilidade de construir navios no médio e curto prazos", revela o executivo. Ainda não está definido se seriam duas ou quatro novas embarcações. A exemplo das existentes, todas serão exclusivamente porta-contêineres.
A Maestra iniciou as operações neste ano e tem dois navios na rotação. Com o Mediterrâneo e o Atlântico, realiza escalas semanais em Navegantes (SC), Santos, Rio de Janeiro, Salvador (BA) e Suape (PE). Quando o terceiro navio, o Pacífico, for empregado, a rota incluirá Manaus. Egresso do setor rodoviário, o diretor-presidente da Maestra, Fernando Real, discorda de uma certa "demonização" do transporte rodoviário -- o principal argumento para justificar o deslocamento do contêiner para a água. "Se nós queremos desenvolver esse país, temos de falar em multimodalidade", afirma. Afinal, nenhum navio chega até a porta das Casas Bahia ou das lojas Panasonic. "Precisamos trabalhar com parceiros rodoviários nas pontas. Estamos fazendo isso."
Na ponta do lápis, um dos clientes conseguiu reduzir em 15% o custo num percurso entre Navegantes e Suape, de 3,2 mil quilômetros. A empresa, que tem carretas próprias, retirou os caminhões do trecho longo e os manteve apenas nas pontas (a entrega da carga até o porto de origem e a retirada no de destino). No cômputo geral, o custo com frete, com Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pedágio para um contêiner de 40 pés ficou em R$ 6.559,14 no modal que combinou cabotagem e rodoviário, ante R$ 7.662,97 quando utilizado apenas o rodoviário. Vale destacar que na comparação de fretes, o modelo híbrido ficou 10% mais barato.
Para o diretor da Mercosul Line, Roberto Rodrigues, a cabotagem oferece ainda outro atrativo. Além de em tempos de crise as empresas tenderem a redesenhar sua malha logística, o índice de avarias da carga no transporte marítimo é bem menor que no rodoviário. "Outro ponto importante no custo é o seguro, que no rodoviário é elevado porque existe um alto índice de roubos e sinistros nas rodovias."
A empresa opera com três navios próprios e um em parceria com a Log-In. Com uma carteira de aproximadamente 500 clientes, prevê movimentar 95 mil TEUs neste ano, 30% a mais que em 2010. "Estamos otimistas", afirma Rodrigues. "Entre 60% e 70% desse volume vêm de clientes que até então não utilizavam e estão migrando", diz.
Apesar dos benefícios da cabotagem, as empresas sofrem com problemas que vão muito além da questão cultural. São os altos valores do bunker (o combustível marítimo) e a falta de mão de obra para tripular as embarcações, quase toda comprometida com as encomendas offshore.
Enquanto o transporte rodoviário tem sua base de custo constante ao longo dos anos, a variação do bunker responde às oscilações do barril de petróleo. "O valor do diesel no transporte não teve variação ou teve muito baixa no seu preço, enquanto no transporte de cabotagem eu pago impostos que não incidem nem no longo curso", afirma Costa, gerente da Aliança.
"Não existe incentivo para a cabotagem, que poderia ser uma alternativa de sustentabilidade", afirma Rodrigues, da Mercosul Line. "Só queremos isonomia de tratamento", completa Real.
Em relação à mão de obra, os armadores avaliam que faltam profissionais para tripular os navios. Do lado dos profissionais de marinha mercante, estudos tentam provar o contrário. O fato, afirma Real, é que as empresas têm lançado mão de condições de trabalho mais atraentes para atrair mão de obra. Historicamente, o regime de trabalho é de 2 para 1, no qual o marítimo trabalha duas viagens e folga um período. Hoje, quase todas as companhias adotam o um para um.
Consumo industrial de energia cresce apenas 2%
Folha 24.08.2011 - O consumo industrial de energia no Brasil apresentou crescimento abaixo do estimado no primeiro semestre. Foi de apenas 2% a alta no consumo das unidades industriais, ante os primeiros seis meses do ano passado, segundo índice da gestora independente de energia elétrica Comerc Gestão.
"No início do ano, a previsão para o setor era de cerca de 5%", diz Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc. Neste mês, o crescimento foi revisado para baixo pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), de 5% para 3,9%. Também foi revisto pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que havia previsto alta de 5,4% na demanda de eletricidade no país em 2011, mas reduziu para 3,6%. Para o segundo semestre há esperança de que o nível se eleve. Costuma haver elevação pelos setores ligados a refrigeração e pelo aquecimento do comércio.
"Boa parte do crescimento insatisfatório foi causado pela crise internacional. Houve queda nas Bolsas, redução da atividade nos EUA, na Europa e no Japão e câmbio valorizado", diz Marcelo Ávila, vice-presidente da Comerc. Entre os setores de maior impacto estão têxtil, eletroeletrônicos e químico, nos quais o câmbio exerce influência. Eles são mais vulneráveis à concorrência de importados, que atrapalham o ritmo de produção local. Entre os destaques positivos estão vidros e material de construção civil, estimulados pelo crescimento brasileiro.

Lucro líquido da Eletrobras tem queda de quase 77% Folha 23.08.2011 - O lucro líquido consolidado da Eletrobras teve queda de 76,9% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período em 2010.  A empresa encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 327 milhões, ante R$ 1,412 bilhão registrados em igual período do ano passado, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira.  Entre os motivos está a variação negativa de R$ 676 milhões relativos aos índices de preço que corrige o saldo da energia de Itaipu. Outra razão foi o recálculo das liquidações dos contratos do mercado de curto prazo na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.  A estimativa média de analistas consultados pela Reuters previa que a estatal registrasse um lucro líquido consolidado de R$ 594,1 milhões.  O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 957 milhões no trimestre encerrado em junho, em comparação ao R$ 1,4 bilhão registrado em igual período do ano passado.  A receita operacional líquida da Eletrobras encerrou o segundo trimestre com R$ 5,703 bilhões, contra R$ 6,452 bilhões verificados em igual período de 2010, queda de 11,6%.Voltar

Aneel aprova reajuste de tarifas de cinco concessionáriasBrasil Econômico 23.08.2011 - A Aneel aprovou nesta terça-feira (23/8) o reajuste das tarifas das concessionárias Energisa Paraíba, Força e Luz Coronel Vivida (Forcel), Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e Companhia Energética do Piauí (Cepisa).  As novas tarifas entrarão em vigor no próximo domingo (28/8). Para os consumidores da Energisa Paraíba, o aumento será 8,06% para baixa tensão (residências, comércio, etc) e 6,43% para alta tensão (indústrias). A empresa atende a 1,1 milhão de unidades consumidoras em 216 municípios da Paraíba. As 6,3 mil unidades consumidoras do município de Coronel Vivida (PR) atendidas pela Forcel terão reajuste de 7,43% para as residências e de 6,84% para as indústrias. O reajuste tarifário anual da concessionária Ceal vai resultar em aumento de 1,93% para os consumidores de baixa tensão e um reajuste negativo de -0,43% para as indústrias. A empresa atende a 898.014 unidades consumidoras, localizadas em 102 municípios de Alagoas.
Para a concessionária Cemar, que atende a 1,7 milhão de unidades consumidoras em 217 municípios do Maranhão, o aumento será 7,53% para as residências e 6,05% para as indústrias. Já os 974.284 consumidores do estado do Piauí atendidos pela Cepisa terão aumento de 12,82% para baixa tensão e de 10,08% para alta tensão. De acordo com a Aneel, os índices de reajuste são calculados levando com conta a variação de custos que a empresa teve no período. A fórmula inclui custos de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e o Fator X, que é calculado com base na produtividade das concessionárias e determina a redução que deve ser aplicada no cálculo do reajuste da tarifa. A Aneel também decidiu hoje manter as tarifas atuais da Elektro Eletricidade e Serviços até a publicação da metodologia definitiva do terceiro ciclo de revisões tarifárias. A Elektro atende a 1,95 milhão de unidades consumidoras em 223 municípios do estado de São Paulo e cinco de Mato Grosso do Sul.

Aneel reajusta tarifas de luz de distribuidoras do Nordeste e do Paraná
Folha 23.08.2011 - A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira o reajuste tarifário de quatro distribuidoras de energia elétrica que atendem estados da região Nordeste e uma do Paraná. Com exceção da distribuidora paranaense, as novas tarifas entrarão em vigor a partir do próximo domingo (28). A maior das distribuidoras com tarifas reajustadas é a Cemar (Companhia Energética do Maranhão), que atende 1,7 milhão de unidades consumidoras em 217 municípios no Maranhão. As tarifas terão reajuste médio de 7,25%. A classe de baixa tensão teve aprovado o índice de 7,53%, e alta tensão, de 6,05%. A concessionária Energisa Paraíba contou com um efeito médio do reajuste de 7,59%. A companhia atende a 1,1 milhão de unidades consumidoras em 216 municípios da Paraíba. Os índices que serão aplicados às contas de luz são de 8,06% (baixa tensão) e de 6,43% (alta tensão).  A reunião da diretoria da Aneel também aprovou o reajuste tarifário da Cepisa (Companhia Energética do Piauí), com efeito médio de 12,23%. Ao todo, são 974,2 mil unidades consumidoras atendidas pela distribuidora no Piauí. As classes de baixa e alta tensão tiveram aprovados os índice de 12,82% e 10,08%, respectivamente.  A Ceal (Companhia Energética de Alagoas), que a tende a 898 mil unidades consumidoras em 102 municípios de Alagoas, terá novas tarifas com efeito médio de 1,15%. Os consumidores de baixa tensão terão as tarifas reajustadas em 1,93%, enquanto os de baixa tensão terão uma redução de tarifa de 0,43%. A distribuidora Forcel (Força e Luz Coronel Vivida), que atende apenas 6.300 unidades consumidoras, no município de Coronel Vivida (PR), terá as tarifas reajustadas com efeito médio de 7,14% a partir da próxima sexta-feira (26). Os índices foram definidos em 7,43% para a classe de baixa tensão e 6,84% para alta tensão.  Durante a reunião da diretoria, ficou decido que será mantida atuais tarifas da Elektro Eletricidade e Serviços até a publicação da metodologia definitiva do terceiro ciclo de revisões tarifárias. A companhia atende 1,95 milhão de unidades consumidoras em 223 municípios do Estado de São Paulo e cinco do Mato Grosso do Sul. O procedimento foi adotado também com outras distribuidoras que têm a revisão tarifária programada para 2011, como Eletropaulo, Coelce e Celpa.

Cemig estuda possível participação na usina de Belo MonteValor 24.08.2011 - A estatal mineira de energia elétrica Cemig ainda está avaliando se entra no projeto da usina de Belo Monte. Segundo o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Luiz Fernando Rolla, a empresa ainda não tem “uma decisão de participar ou não desse empreendimento”. Mas acrescentou que como a Cemig busca ampliar sua capacidade de geração, todas as alternativas estão sendo avaliadas.
“De modo geral, não estou falando especificamente de Belo Monte, mas de qualquer ativo, nós temos interesse de analisar”, disse ele. “Nós não podemos excluir ninguém, mas se você me perguntar se tem alguma coisa concreta ou andamento eu não posso confirmar.”
Segundo Rolla, a Cemig não tem mais um kW para vender até 2013. “Precisamos de mais capacidade de geração”, disse o executivo  na tarde desta terça-feira durante entrevista coletiva em Belo Horizonte na qual fez comentários sobre os resultados da empresa no segundo trimestre, que já tinham sido divulgados dias atrás.
Conforme apurou o Valor em reportagem publicada no dia 15, a estatal deve comprar os 5% que estão hoje nas mãos das construtoras OAS e Queiroz Galvão. A Light, empresa na qual a Cemig é principal acionista, fica com os 5% das pequenas construtoras ainda sócias da usina hidrelétrica de Belo Monte. Se fechar a sociedade, a estatal se comprometerá com um investimento da ordem de R$ 3 bilhões.
O negócio, segundo a apuração, está sendo avaliado pela diretoria de Desenvolvimento de Negócios, hoje sob o comando da Andrade Gutierrez, detentora de 33% da Cemig. A Andrade é a líder do consórcio construtor da usina hidrelétrica de Belo Monte.
A estatal mineira é hoje a maior empresa integrada do setor elétrico do país, com atuação em 22 Estados brasileiros e no Chile e o maior grupo gerador, com um total de 66 usinas.

Campo de Camarão compensará menor produção de Manati, diz Queiroz GalvãoValor 24.08.2011 - A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) espera que o campo de Camarão, na bacia de Camamu, no sul da Bahia, entre em operação em 2016, com produção de cerca de 1 milhão de metros cúbicos de gás por dia. O diretor-geral da companhia, José Augusto Fernandes Filho, afirmou que a operação em Camarão deverá começar quando o campo de Manati, situado no mesmo bloco exploratório, iniciar o processo de decréscimo da produção.
A QGEP tem 45% de participação no bloco que contém Manati e Camarão, em sociedade com a Petrobras (35%), Brasoil (10%) e Panoro (10%). Fernandes Filho explicou ainda que a companhia já está em avançado processo de negociação com a El Paso, que possui a concessão de Camarão Norte, área que deve passar por um processo de unitização - o que acontece sempre que um reservatório ultrapassa as divisas dos blocos exploratórios - com Camarão.
"O início da produção em Camarão vai depender do decréscimo de Manati. Sozinho, Camarão teria uma produção pequena demais, mas a produção do campo será feita através das instalações já existentes em Manati", afirmou Fernandes Filho, que participou de seminário organizado ontem pela Apimec-Rio.
O executivo também se mostrou animado com a possibilidade de a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) acontecer ainda este ano. No entanto, caso a rodada não ocorra em 2011, Fernandes Filho afirmou que será apenas "uma pequena frustração", já que a licitação deverá acontecer logo no início de 2012.
Em relação a Manati, o presidente da QGEP afirmou que a produção hoje varia entre 4,2 milhões e 5,3 milhões de metros cúbicos diários de gás, uma vez que três dos seis poços ainda estão em manutenção programada. Segundo ele, todos os poços deverão estar em operação no fim de setembro ou início de outubro, garantindo uma produção diária entre 6 milhões e 8 milhões de metros cúbicos de gás pro dia.
O petróleo fechou em alta ontem em Nova York e Londres em mais um dia de violência na Líbia e após divulgação de dados industriais na China. Os investidores acompanharam ainda o movimento nas bolsas de valores e a paridade do dólar em relação a outras moedas.
O preço do petróleo também sofreu pressão pela expectativa da reunião de sexta-feira do Fed (Federal Reserve, o BC americano), que pode anunciar ou sinalizar um novo estímulo para a economia americana com a compra de bônus do Tesouro.
Em Nova York, o barril do WTI para outubro subiu US$ 1,02, para US$ 85,44. O vencimento de novembro ficou em US$ 85,74, expansão de US$ 1,05. Em Londres, o Brent para outubro subiu 95 centavos de dólar, cotado a US$ 109,31. O contrato de novembro teve alta de 89 centavos de dólar, saindo a US$ 108,87.
Na China, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), uma medida da atividade industrial do país, subiu de 49,3 em julho para 49,8 em agosto, de acordo com dados preliminares divulgados pelo HSBC. O dado final deve ser anunciado em 1º de setembro. Havia rumores de que o índice havia recuado para 45.

STJ julga falência da PetroforteValor 24.08.2011 - Ministra Nancy Andrighi: será necessário analisar detalhadamente a situação concreta de cada empresa e pessoa física envolvida no caso Petroforte.A polêmica falência da Petroforte - decretada em 2001 e estendida a 278 empresas e 71 pessoas físicas - ganhou um novo capítulo. Ao analisar os primeiros recursos sobre a quebra de uma das maiores distribuidoras de gasolina e álcool do país, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a extensão da falência a três empresas: a securitizadora Securinvest Holdings, a Agroindustrial Espírito Santo do Turvo e sua subsidiária, a Agrícola Rio Turvo, produtora de cana-de-açúcar. Elas são acusadas no processo de participar de um intrincado esquema de fraude para desviar patrimônio da sociedade falida.
O STJ também manteve a extensão da falência ao então presidente e ao vice-presidente da Securinvest, cujos bens pessoais estão penhorados até uma decisão final. Diversas outras empresas e pessoas físicas discutem o envolvimento na quebra em processos que ainda tramitam em instâncias inferiores.
A falência da Petroforte gerou repercussão nacional tanto pela relevância da companhia, como pela descoberta de fraudes que consistiam na transferência de ativos para laranjas ou para fora do país, segundo o processo judicial. Foi com base nessas operações para desviar patrimônio que o juiz Beethoven Giffoni Ferreira, da 18ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, decidiu estender a falência para mais de três centenas de empresas e pessoas físicas.
A decisão causou controvérsias, pois muitas empresas afetadas pela extensão da falência não pertenciam ao mesmo grupo societário, pelo menos numa primeira análise. Também surgiu outra discussão jurídica: seria possível ampliar a quebra a terceiros sem que tivessem, antes disso, a possibilidade de se manifestarem no processo? Ao analisar essas questões, a 3ª Turma do STJ alargou as possibilidades até então aceitas pela jurisprudência sobre a extensão da quebra e a desconsideração da personalidade jurídica - pela qual, em casos de fraude, terceiros são levados a responder, com seus próprios bens, pelas dívidas da empresa falida.
A ministra Nancy Andrighi, relatora dos casos no STJ, entendeu que as autoras dos recursos - a Securinvest, a Agrícola Rio Turvo e a Agroindustrial Espírito Santo do Turvo - participaram de um esquema de fraude para desviar ativos da Petroforte. As operações envolviam transferências sucessivas de bens, em operações aparentemente legítimas - mas que, se tomadas em conjunto, revelariam o objetivo final de transferir patrimônio. O voto da ministra foi seguido pela turma.
O principal desvio apontado envolveu a usina de açúcar e álcool Sobar. Segundo dados do processo, o grupo Petroforte transferiu a usina à empresa Rural Leasing, em uma ação de reintegração de posse por uma dívida não paga, na qual a usina havia sido dada como garantia. Logo depois, a Sobar foi transferida à Securinvest. E daí seguiu para o comando de uma terceira empresa, a Turvo Participações, controlada por offshores com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. A Agroindustrial Espírito Santo do Turvo é mencionada nas operações - que, ao final, resultaram na devolução da usina ao Grupo Petroforte, por um contrato de arrendamento. Em última instância, a usina nunca teria trocado de mãos.
Segundo Nancy Andrighi, "a cadeia societária descrita nesse processo, não só em relação ao complexo agroindustrial Sobar, mas em relação a diversos outros bens, demonstra a existência de um modus operandi que evidencia a influência recíproca dos grupos societários Rural, Petroforte e Securinvest, uns sobre os outros." Diante disso, a ministra considerou legítima a extensão da quebra nos casos analisados, pela desconsideração da personalidade jurídica.
A 3ª Turma entendeu, no entanto, que será necessário analisar detalhadamente a situação concreta de cada empresa e pessoa física atingida pela extensão da quebra da Petroforte, para decidir se ela deve ou não ser mantida. Quando a falência foi estendida, enquanto alguns entenderam que a operação foi eficiente para combater a fraude apontada, outros reclamaram de "exageros" no envolvimento de terceiros. Em um dos recursos analisados, o STJ decidiu que a extensão não deveria afetar duas pessoas físicas cuja única atuação foi a criação de uma empresa, da qual se afastaram antes das operações questionadas. Um advogado também foi liberado da quebra.
Quanto à possibilidade de estender a quebra sem ouvir, previamente, as empresas ou pessoas afetadas, o STJ também decidiu admitir essa possibilidade. Os ministros consideraram que, como a quebra não produziu efeitos imediatos, os terceiros envolvidos tiveram a oportunidade de se defender adequadamente.
O advogado do então presidente e do vice-presidente da Securinvest, Ruy Pereira Camilo Júnior, afirmou que analisa a possibilidade de recorrer. "Não só estenderam a falência para pessoas físicas, mas também para quem não era sócio", afirma. O advogado da Securinvest, Marcelo Fadel, também afirma que aguarda a publicação do acórdão para avaliar a possibilidade de recurso.

Conselho julgará caso bilionário do Banco SantanderValor 23.08.2011 - Fábio Ejchel, da Receita: empresas vêm diminuindo lucro em razão do ágio.
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) - responsável por avaliar recursos de contribuintes contra autuações da Receita Federal - vai julgar em setembro um caso bilionário envolvendo o Banco Santander. A questão, acompanhada de perto por advogados e companhias dos mais diversos setores, trata da legalidade do ágio de R$ 7 bilhões pago, em 2006, pelo Santander na aquisição do banco Banespa. Apesar de a legislação permitir o abatimento desse valor no cálculo do Imposto de Renda e da CSLL, o banco foi autuado, em 2008, em R$ 4 bilhões pela Receita Federal. O órgão entendeu que o valor não seria correto e que, por se tratar de investimento estrangeiro, não poderia ser utilizado no Brasil. Além do montante envolvido, o tema desperta interesse por ser um precedente para companhias que realizaram operação semelhantes a partir de capital estrangeiro e que também foram multadas pelo Fisco. No dia 3 de agosto, procuradores da Fazenda e representantes das maiores companhias do país apertaram-se na sala da 2ª Turma da 4ª Câmara da 1ª Seção do conselho. Naquele dia, os conselheiros julgaram a procedência do recurso do Santander. "Assisti da porta, que ficou aberta diante da quantidade de público. Estava lotado", diz o advogado Fábio Calcini, do Brasil Salomão & Mathes Advogados.
No Estado de São Paulo, segundo a Receita Federal no Estado, 43 fiscalizações relacionadas ao tema foram realizadas entre 2001 e março deste ano. Os procedimentos geraram R$ 11 bilhões em multas. Segundo o superintendente-adjunto da Receita na região, Fábio Ejchel, o aumento do número de casos no período ocorreu porque também elevaram-se as reestruturações. "O assunto é importante para o Fisco porque verificamos que cada vez mais empresas vêm diminuindo seu lucro em razão do ágio", diz. O ágio é o valor pago a mais na aquisição de uma empresa pela renda futura que poderá gerar. No caso do Santander, seriam os juros que o banco tem a receber em razão de empréstimos realizados por clientes do Banespa, por exemplo, ou ainda o lucro gerado pelo uso dos bens intangíveis - como a marca Banespa. A Lei nº 9.532, de 1997, permite a amortização do valor pago como ágio. Ou seja, o montante é registrado na contabilidade da empresa como uma despesa, reduzindo, portanto, o lucro, que é a base de cálculo do Imposto de Renda e da CSLL. Essa operação possibilitou à instituição financeira reduzir em R$ 1,3 bilhão os valores devidos de IR e CSLL. O Santander, realizou sete operações, envolvendo cinco empresas, além do Banespa. O banco espanhol queria aumentar o capital do Santander Brasil e viu na venda do Banespa uma oportunidade. Como o Banespa era um banco estatal suas ações seriam vendidas por meio de um leilão - do qual poderiam participar empresas nacionais e estrangeiras. No fim de 2000, dias após a abertura do leilão, o Santander criou uma holding no Brasil para ficar com as ações do Banespa. Os papéis foram adquiridos com recursos do Santander Espanha, mas alocadas na holding. No mês seguinte, o Banespa incorporou a holding para formar o Santander atual. Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a holding criada pela instituição é apenas uma empresa veículo cuja finalidade foi permitir a internalização de um ágio que, na verdade, pertenceria a uma empresa espanhola e, portanto, não poderia ser usado no país. O objetivo seria apenas fazer com que o banco pagasse menos impostos com a operação. O Fisco argumenta também que não seria possível um ágio desse valor ser fundamentado apenas em rentabilidade futura. "A questão é a forma como o Santander fez o aproveitamento do ágio", diz o chefe da procuradoria da Fazenda no Carf, Paulo Riscado. Na sustentação oral no Carf, o advogado Roberto Quiroga, que representa o Santander no processo, argumentou que a criação da holding ocorreu para não se chamar a atenção dos concorrentes no leilão do Banespa e facilitar a estruturação do Santander no Brasil. Alega ainda que a rentabilidade futura do ágio foi comprovada por laudo da KPMG. O banco e seu advogado foram procurados, mas disseram que só se manifestarão após o julgamento. Apesar das especificidades do caso, empresas que fizeram ou pretendem fazer o uso de ágio de capital estrangeiro estão atentas ao julgamento. Isso porque a legislação não é expressa sobre a participação de capital de fora do país. Em outros casos que chegaram ao Carf, como o julgamento do ágio da Dasa e da Vivo, as operações foram realizadas de forma diferente. Assim, a decisão do Carf sobre esse caso dará mais segurança jurídica para esse tipo de operação no país. O uso do ágio passou a ser permitido nos anos 90. O objetivo era estimular a privatização das estatais. "Naquela época, praticamente todas as empresas do sistema Telebras passaram por reestruturações", lembra o advogado Paulo Vaz, do Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados. "O que não se esperava é que a partir de 2000, o Fisco passasse a exigir, com tanto rigor, a fundamentação econômica do ágio gerado nesses negócios", diz.

CDC desacelera e consórcio cresceValor 24.08.2011 - Consórcio e leasing não compensam queda do CDC. O crédito para veículos desacelerou no primeiro semestre. Somando-se os novos negócios das três principais modalidades de venda parcelada - o CDC, o leasing e o consórcio - houve um aumento de 10,56% no primeiro semestre, para R$ 75,2 bilhões. Nos seis primeiros meses de 2010, o aumento desse bolo foi de 29,79%.
A composição desse aumento mostra que o CDC teve forte desaceleração, embora ainda exiba crescimento considerável. As medidas macroprudenciais de restrição ao crédito adotadas pelo Banco Central pesaram sobre o produto. A modalidade cresceu 9,8% no semestre, frente a 81,26% no mesmo período do passado. Esse astronômico crescimento em 2010, porém, havia sido, em parte, fomentado pela queda do leasing, que, imerso em problemas jurídicos, espantou financeiras.
O consórcio ganhou espaço no primeiro semestre, crescendo 48,3% nos segmentos voltados para pessoa física. O leasing encolheu 64%.
A restrição ao crédito também trouxe consequências indesejadas sobre a inadimplência. Com acesso ao financiamento mais restrito e o cartão de crédito mais caro, ficou mais difícil pagar a parcela do veículo e a inadimplência cresceu no semestre. A taxa foi de 2,6% em janeiro para 3,8% em junho, com expectativas de que possa subir em julho.

Varejo calçadista amplia a abertura de lojas no PaísDCI 24.08.2011 - Para abocanhar uma fatia dos R$ 700 que cada brasileiro deverá gastar, em média, em vestuário este ano, redes como Crocs, Bibi Calçados, Grupo Oscar e Di Gaspi All Sport's planejam expandir seus domínios no interior e no litoral paulista, além de em outras capitais. O segmento tende a entrar no comércio eletrônico e adotar ações em redes sociais (Twitter e Facebook) para estabelecer diálogo mais direto com os consumidores.
Exportação de máquina pesada sobe, mas deficit permanece
Folha 24.08.2011 - Diferentemente do que vinha ocorrendo há alguns anos, a exportação de bens de capital sob encomenda cresceu com mais força que a importação no país nos primeiros sete meses deste ano. Apesar da alta nas vendas de maquinário pesado ao exterior, o deficit comercial, ainda que um pouco menor, permanece no setor, segundo a Abdib (associação de infraestrutura e indústria de base).
O saldo da balança está negativo em US$ 524,8 milhões de janeiro a julho deste ano, ante US$ 577,8 milhões em igual período de 2010. O resultado, porém, ainda não deve ser tomado como tendência de que a balança possa ser revertida no curto prazo, segundo a Abdib. De janeiro a julho, as exportações foram de US$ 2,9 bilhões, alta de 26% em relação aos sete primeiros meses do ano passado. As importações somaram US$ 3,4 bilhões, 19% superior em relação a igual período de 2010.

Mesmo com crise, Brasil recebe mais dólaresDCI 24.08.2011 - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, estimou ontem que o déficit em conta corrente deve fechar agosto em US$ 3,2 bilhões, indicando uma melhora nas contas externas. Em julho, o déficit foi de US$ 3,497 bilhões, o segundo pior resultado, da história, de um mês de julho. Neste ano, este saldo negativo já está acumulado em US$ 28,945 bilhões. Para compensar a entrada de Investimentos Estrangeiros Diretos também sobe, e deve fechar agosto em US$ 4,2 bilhões. No ano, esse indicador já acumula US$ 38,448 bilhões. O fluxo cambial do mês de agosto está positivo em USS 7,7 bilhões, segundo o Banco Central.

Quase metade dos médicos duvida da eficácia dos genéricosEstadão 24.08.2011 - Mas 83% dos consumidores confiam nesses medicamentos, diz pesquisa com 690 adultos e 119 médicos.
Pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) revela que 46% dos médicos ainda têm dúvidas sobre a eficácia e a segurança dos genéricos. Entre os consumidores, porém, o cenário é bem mais favorável: 83% disseram confiar nesse tipo de droga.
Entre abril e junho, foram entrevistados 690 adultos e 119 médicos. Para quase metade dos profissionais, o processo de avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos exigente que o do medicamento de marca. Para 44%, esses remédios sofrem mais falsificações.
Especialistas atribuem o receio à desinformação. "O medo da falsificação mostra o desconhecimento", afirma Cadri Awad, do Conselho Federal de Farmácia. "Os produtos mais sujeitos à falsificação são os de maior valor agregado e maior apelo, como emagrecedores, anabolizantes e produtos de estética", diz.
Para Regina Parizi, da Faculdade de Saúde Pública da USP, é fundamental que entidades médica e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizem campanhas para melhorar a imagem dos genéricos. "A indústria de medicamentos de marca tem um marketing agressivo e normalmente tem sucesso ao tentar criar uma relação de desconfiança com o genérico."
Já Maria Inês Dolci, da Proteste, defende a realização de testes independentes para comparar a eficácia do medicamento de marca com o genérico e dar mais segurança aos prescritores. "Hoje todos os testes são feitos pelo próprio fabricante", diz.
Ainda maior. Médicos ouvidos pela reportagem avaliam que, na realidade, a desconfiança da classe vai além do apontado na pesquisa. "Dez entre dez colegas meus dizem não ter segurança ao prescrever genéricos", conta o cirurgião vascular Francisco Osse. Para muitos, o problema seria a matéria-prima inferior.
Norberto Rech, da Anvisa, diz que o receio é infundado. "A qualidade é avaliada no momento do registro e, a cada dois anos, a Anvisa faz inspeções nas fábricas para renovar o certificado de boas práticas de fabricação".
Rech diz também haver um programa para monitorar a qualidade do medicamento que já está nas farmácias. "Esse programa está sendo remodelado e será ampliado."

Total de lucros das cias abertas cresce 18,48% em 2010Exame 23.08.2011 - O total de lucros líquidos acumulados pelas 369 companhias listadas na BM&FBovespa analisadas atingiu no final do ano passado R$ 228,3 bilhões.
As companhias abertas brasileiras conseguiram se recuperar da crise financeira internacional de 2008, retornando seu desempenho a níveis superiores ao período pré-crise. É o que mostra o Anuário Estatístico das Companhias Abertas - 2011, que será lançado amanhã pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).
Conforme o levantamento, o total de lucros líquidos acumulados pelas 369 companhias listadas na BM&FBovespa analisadas atingiu no final do ano passado R$ 228,3 bilhões, valor 18,48% superior ao de 2009, quando foram avaliadas 366 empresas. As receitas líquidas somaram R$ 1,449 trilhão em 2010, com alta de 16,39% em relação ao ano anterior. O ativo total subiu 17,33% na mesma base de comparação, para R$ 5,863 trilhões, e o patrimônio líquido consolidado ficou em R$ 1,544 trilhão, aumento de 21,42%.
Os dados estatísticos do Anuário, elaborado pela GRC Visão, revelam ainda que o valor de mercado dessas companhias atingiu, na média, R$ 2,5 trilhões em 2010, alta de cerca de 10% na comparação com os R$ 2,3 trilhões de 2009.
Impostos: As companhias abertas brasileiras recolheram, no ano passado, R$ 70,7 bilhões em impostos, um aumento de 16,21% em relação aos R$ 60,9 bilhões pagos no ano anterior, segundo dados do Anuário Estatístico das Companhias Abertas - 2011.
O levantamento mostra ainda que a participação das companhias abertas na arrecadação total do governo ficou em 12,3%. As empresas contribuíram também com 17,53% na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado. Além disso, as companhias abertas contribuíram, em 2010, com a geração de mais de 7 milhões de empregos diretos e indiretos no País, crescimento de 14,4% ante 2009.

FGTS liberou R$2 bilhões para o Minha Casa, Minha Vida no primeiro semestreAgência Brasil 23.08.2011 - O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) liberou cerca de R$ 2 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida no primeiro semestre de 2011. Os números foram apresentados nesta terça-feira (23/8) durante a reunião do Conselho Curador do fundo.
De acordo com o Ministério do Trabalho, o valor de R$ 1,998 bilhão será utilizado para contratar 122 mil unidades habitacionais. A maior parte das liberações do FGTS para o programa habitacional foi para a Região Sudeste, no total de R$ 732 milhões. Em seguida estão o Sul, com R$ 521 milhões, o Nordeste, com R$ 422 milhões, e o Centro-Oeste, com R$ 277 milhões. Para a Região Norte, foram liberado R$ 92 milhões.
Somando os repasses do FGTS para as áreas de Habitação Popular, Habitação – Operações Especiais, Infraestrutura Urbana, Saneamento Básico e Fundo de Arrendamento Residencial, o total liberado pelo fundo nos primeiros seis meses do ano chega a R$ 13,5 bilhões.

Disputa entre sócios revela, em SP, sobrepreço em conta de luzFolha 23.08.2011 - Processo indica que Aneel superestimou valor-teto de concessão, encarecendo tarifa elétrica. Diferença foi de R$ 27 milhões a mais em um contrato; empresário diz que 'sobrepreço' pode ter sido propina.  Uma disputa societária está revelando que os impostos e a própria complexidade do setor elétrico não são os únicos fatores que tornam a conta de luz no país uma das mais caras do mundo. Gorduras de custos chanceladas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também pressionam a tarifa. É o que mostra o caso da linha de transmissão Tijuco Preto-Cachoeira Paulista, pertencente aos espanhóis da Elecnor, da Isolux e da Cobra, que passa por 12 cidades no interior de São Paulo. Segundo o engenheiro Armando Kilson Filho -ex-sócio da Cobra que pede na Justiça indenizações por ter sido retirado da sociedade à revelia em 2002-, a Aneel deu a concessão da linha para o consórcio aceitando custos acima dos de mercado. O contrato de fornecimento dos cabos de alumínio, por exemplo, custaram R$ 27 milhões. Mas, na planilha de custos do projeto, aprovada pela Aneel, consta a cifra de R$ 44 milhões. Em entrevista à Folha, Kilson Filho levanta a suspeita de que o "sobrepreço" seja "propina". Agora, ele espera que a Justiça acione o consórcio. "Se isso ocorreu nos outros contratos, o 'sobrepreço' pode passar de bilhão", diz. Para o empresário, existe espaço para irregularidades porque há uma distorção na base de custos adotada pela Aneel na hora de definir o valor-teto de uma concessão a ser leiloada. A Aneel batizou de RAP (Receita Anual Permitida) o valor que o concessionário recebe por ano para construir e operar uma linha. É a RAP que paga o investimento, a manutenção da linha e a remuneração do capital empregado no projeto.
Na RAP estão embutidos os preços de referência usados para calcular o custo do investimento, que representa até 80% do valor-teto. Para Tijuco Preto-Cachoeira Paulista, a RAP é de R$ 27,8 milhões pelo prazo de 15 anos, corrigida pela inflação.
Os contratos arrolados no processo societário indicam que a Aneel superestimou custos e ofereceu uma RAP acima do necessário.
Demora: Desde 2007, o TCU (Tribunal de Contas da União) determina mudanças na base de custos usada no cálculo do valor-teto e da RAP. Segundo o TCU, os custos admitidos pela agência estão muito elevados, o que joga o valor-teto do leilão para cima e, consequentemente, as tarifas. A Aneel fez atualizações nessa base, mas para o TCU elas ainda são insuficientes.
A Folha pediu entrevista à Aneel e às empresas envolvidas. A Isolux respondeu por e-mail, mas as perguntas feitas pela reportagem não foram respondidas objetivamente. Um segundo pedido de resposta foi enviado, com igual insucesso.

Para indústria têxtil, nova norma pode coibir triangulaçãoValor 23.08.2011 - Representantes do setor de confecções acreditam que a inspeção física de importações de vestuário aplicada pela Receita Federal desde sexta-feira deve coibir a triangulação de mercadorias e o subfaturamento nos desembarques. A inspeção física para verificar se os produtos importados são regulares e se correspondem ao que foi declarado é a medida principal da chamada Operação Panos Quentes 3 e pode retardar a liberação da mercadoria em até 180 dias. Para Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o prazo de 180 dias só será aplicado para operações com fortes indícios de irregularidades. "É preciso lembrar que o governo lançou junto uma medida para acelerar as importações regulares", diz Pimentel, referindo-se a outra norma também divulgada na semana passada e que acelera a importação para empresas que cumpram requisitos como a entrega de informações sobre o produto, sua origem e seu fornecedor. "A medida para o vestuário é simplesmente de defesa e não fere as normas comerciais." Segundo Pimentel, etapas anteriores da operação Panos Quentes permitiram a elevação de preços na importação de vestuário. Em 2005, os desembarques de roupas valiam, em média, US$ 6 a US$ 7 o quilo. Hoje o preço subiu para US$ 16 a US$ 17 o quilo.
O setor calçadista espera medida semelhante. Heitor Klein, diretor da Abicalçados, que reúne os calçadistas, diz que a inspeção física impediria principalmente a entrada de calçados que burlam a medida antidumping aplicada contra a China. Outra prática que a inspeção física poderia coibir, diz Klein, é a importação de partes de calçados. Segundo ele, essa importação tem aumentado e, na prática, são calçados desmontados que passam no Brasil por uma simples colagem antes de serem vendidos. Isso acontece, diz ele, porque a tributação para importação de calçados acabados é maior: de 35%, ante os 18% a 20% aplicados para partes de calçados.

Positivo atinge market share de 13,5% no segundo trimestreJCRJ 23.08.2011 - A Positivo Informática, maior fabricante de computadores do Brasil e líder no segmento de tecnologia educacional, informou nesta terça-feira (23) que registrou no segundo trimestre deste ano market share de 13,5% no mercado total, representando 28,6% e 74,2% a mais (em unidades) do que a segunda e a terceira colocadas, respectivamente. A participação em notebooks atingiu 12,4%, crescimentos de 1,1 ponto percentual e 2,2 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre do ano passado e primeiro trimestre deste ano, respectivamente. Em desktops, a companhia registrou market share de 14,6%, com ampla vantagem frente aos principais concorrentes, segundo informa em nota.
"O bom desempenho do período reflete os esforços da companhia na aproximação do consumidor final por meio do varejo, mesmo com o acirrado ambiente competitivo que caracteriza o segmento. Adicionalmente, cabe destacar que a companhia tem sido efetiva em capturar o crescimento no mercado brasileiro, que alcançou, no segundo trimestre de 2011, o posto de terceiro maior mercado de PCs do mundo, ultrapassando o Japão, segundo a IDC", afirma a companhia. No mercado oficial, que expurga o volume proveniente do mercado cinza, o market share da Positivo Informática atingiu 17,4%, aumento de 3,0 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2011. A participação em desktops registrou 25,3% e a de notebooks, 12,9%.

Positivo lidera venda de computador e lança tablet em setembro Folha 23.08.2011 - A Positivo Informática voltou à liderança na venda de computadores pessoais no país no segundo trimestre, com 520 mil unidades vendidas no período. A empresa havia perdido a posição de líder para HP no primeiro trimestre.  Entre abril e junho, a participação de mercado da companhia atingiu 13,5%, número inferior aos 14% registrados no primeiro trimestre de 2010.  Segundo Hélio Rotenberg, presidente da Positivo, os principais motivos dessa retomada foram as compras do governo e a continuidade da digitalização da classe C. "Contamos que a classe C ainda leve cinco anos para ser completamente atendida", afirmou.  A participação da Positivo nas vendas do varejo atingiu 21,7%, com cerca de 430 mil computadores comercializados.  Rotenberg disse que a Positivo não prevê queda de vendas por conta da crise financeira. "Não notamos desaceleração nas vendas e, neste momento, não vamos pisar no freio", disse.  De acordo com a consultoria IDC, a venda total de computadores no mercado doméstico atingiu 3,8 milhões de unidades no segundo trimestre de 2011.
Tablet: O presidente da Positivo anunciou que a empresa lançará em setembro sua versão de tablet. O sistema operacional do dispositivo será o Android.

Positivo espera vendas maiores com plano banda largaGPdeLondrina 23.08.2011 - De abril a junho, a participação da Positivo no mercado doméstico de computadores foi de 13,5 por cento, abaixo dos 14 por cento registrados no segundo trimestre de 2010. A Positivo Informática, maior fabricante de computadores do Brasil, espera que o Plano Nacional de Banda Larga, do governo federal, impulsione as vendas de computadores pessoais no país, afirmou nesta terça-feira (23) o presidente-executivo da empresa, Helio Rotenberg.
A companhia apresentou mais cedo uma queda ligeira na participação de mercado no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. De abril a junho, a participação da Positivo no mercado doméstico de computadores foi de 13,5 por cento, abaixo dos 14 por cento registrados no segundo trimestre de 2010.
Mas na comparação com o primeiro trimestre, quando a fatia da companhia foi de 10,9 por cento, a participação aumentou 2,6 pontos percentuais.
Rotenberg disse que não há sinais de "recessão" nas vendas de computadores pessoais no mercado doméstico e que as encomendas do varejo continuam firmes. Segundo ele, a retomada das compras por parte do governo no segundo semestre também deve impulsionar a receita da empresa.
Às 11h09, as ações da Positivo exibiam alta ligeira de 0,2 por cento, para 5,13 reais, enquanto o Ibovespa mostrava queda de 0,23 por cento.
Tablet: A Positivo lançará, em setembro, um computador tablet, disse Rotenberg. "As lojas estarão repletas no Natal", afirmou o executivo a jornalistas em evento em São Paulo.
Questionado sobre a concorrência de equipamentos como o Galaxy, da Samsung, e o iPad, da, o executivo afirmou estar confiante neste mercado.
"Acreditamos que há espaço para outros produtos", disse. O tablet da Positivo utilizará o sistema Android, do Google.
Ainda segundo Rotenberg, a companhia está olhando "para todo o espectro da convergência digital", se referindo a uma possível entrada da companhia no segmento de telefonia.

AES gastaria R$ 100 bilhões para enterrar rede em São PauloValor 23.08.2011 - O presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, disse hoje, em palestra na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (em São Paulo), que enterrar a rede elétrica em toda a capital paulista demandaria R$ 100 bilhões de investimentos. Segundo ele, o custo acarretaria impactos tarifários. “Como tomaríamos esses custos, precisaríamos de remuneração. Daí a necessidade de uma regulação para a medida”, defendeu Soares. Segundo ele, outras empresas e concessionárias, como as de telefonia e de TV a cabo, também devem ser responsáveis pela ação. “Com todo respeito aos colegas, mas eles fazem uma bagunça na parte inferior do poste. A de energia, como oferece risco de vida, é mais organizada”, disse. Segundo Soares, a medida tornaria a cidade mais bonita, mas precisa ser bem discutida para não haver aumento tarifário excessivo. Além da questão estética, há especialistas que defendem o enterramento de fios justificando que a alta tensão emite radioatividade prejudicial à saúde da população habitante de seu entorno – embora haja poucos estudos sobre o assunto.

Gasto de turista no exterior supera US$ 2 bi pela primeira vez Folha 23.08.2011 - Os gastos dos turistas brasileiros no exterior superaram pela primeira vez a marca de US$ 2 bilhões desde 1947, ano em que o Banco Central iniciou a série histórica. Segundo dados do BC, essas despesas somaram US$ 2,2 bilhões em julho. IOF maior já afetou gasto de turista e captações no exterior, diz BC. Banco Central pede cautela ao consumidor; ouça análise. Gasto de turista no exterior bate novo recorde para maio e atinge US$ 1,66 bi. No ano, já foram gastos US$ 12,4 bilhões, valor recorde para o período. Em todo o ano passado, os brasileiros gastaram US$ 16,4 bilhões fora do país. Os turistas estrangeiros, por outro lado, trouxeram US$ 3,9 bilhões para o país. A diferença entre os dois números representa um deficit de US$ 8,5 bilhões, valor que corresponde a quase 30% do resultado negativo de todas as transações do Brasil com o exterior. Preocupado com os gastos do brasileiro no exterior, e a valorização do real que limita a competitividade do Brasil, o governo vem tomando medidas para coibir o consumo de turistas fora do país. No início do ano, a Fazenda aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre gastos no cartão de crédito fora do país de 2,38% para 6,38% e também elevou o mesmo tributo sobre captações de recursos no exterior de 2% para 6%.
Contrariando as medidas, os gastos do estrangeiros vêm crescendo apoiado no bom momento econômico brasileiro.
Investimento estrangeiro: Os investimentos estrangeiros diretos em empresas brasileiras registraram o maior resultado para meses de julho da série iniciada em 1947 pelo Banco Central. Foram US$ 5,97 bilhões, de acordo com a instituição. O valor foi mais que suficiente para financiar o resultado negativo do Brasil nas suas transações com o exterior, que ficou em US$ 3,49 bilhões no mês passado. No ano, o deficit soma US$ 28,9 bilhões, menos da metade da previsão do BC para 2011. Já os investimentos diretos de US$ 38,5 bilhões já representam 70% do esperado para o ano. Entre os motivos do deficit está o aumento de 26%, no acumulado do ano, no resultado negativo da conta de serviços, na qual são computados os gastos com viagens internacionais, transportes e aluguel de equipamentos. As transferências de renda se mantêm praticamente estáveis no ano, apesar do aumento nas remessas de lucros e dividendos. Os investimentos em ações em julho correspondem a praticamente metade do verificado no mesmo período de 2010, US$ 1,8 bilhão. As aplicações de estrangeiros em renda fixa registraram saída de US$ 335 milhões.

Nissan negocia possível parceria com Eike BatistaBrasil Econômico 23.08.2011 - A Nissan tem planos para construir uma planta com capacidade de produção de 200.000 carros por ano no Brasil.  A Nissan, segunda maior montadora japonesa, mantém negociações com o bilionário Eike Batista para uma possível parceria, como parte dos esforços de quadruplicar sua capacidade de produção no Brasil.  A companhia, com sede em Yokohama, estuda opções para a construção de uma nova fábrica no Brasil, o que inclui um acordo com Eike, disse o diretor operacional da montadora, Toshiyuki Shiga. A Nissan está avaliando alternativas para sua nova unidade no País, disse ele, sem dar mais detalhes sobre potenciais parcerias. Tivemos algumas discussões com Batista, mas ainda temos muitas opções para esse projeto", disse Shiga. A Nissan tem planos para construir uma planta com capacidade de produção de 200.000 carros por ano no Brasil, com o objetivo de elevar sua participação de mercado de 1,2% para 5%, disse o presidente da empresa, Carlos Ghosn em 27 de junho. A capacidade atual da montadora no País atualmente é de 60.000 unidades na planta que opera em conjunto com a Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, segundo o site da Nissan. Um assessor de imprensa baseado no Rio de Janeiro do Grupo EBX, holding da maioria das empresas de Eike Batista, não comentou imediatamente o assunto quando contatado pela Bloomberg.

Banco M-Benz liberou, em julho, R$ 372,34 mi em financiamento de veículosMonitorMercantil 23.08.2011 -  O Banco Mercedes-Benz liberou, em julho, R$ 372,34 milhões para financiamento de veículos. O resultado entrou para o ranking de desempenhos como o terceiro melhor mês da história da instituição no País. “Nossa expectativa para o segundo semestre é muito positiva, principalmente pela demanda em veículos comerciais, que deve continuar aquecida. Queremos conquistar mais com produtos ainda melhores, ampliando o Finame TJLP e o CDC. Também oferecemos seguros em opções integradas ao financiamento do veículo, um ótimo custo-benefício para o cliente que já sai do Concessionário com uma cobertura específica de acordo com suas necessidades”, comentou, acrescentando que, para o Banco, “é uma vantagem estratégica, pois em um mercado competitivo percebemos uma demanda crescente por seguros integrados a qual atendemos com produtos inovadores e agilidade nos processos de aprovação”, comentou Angel Martínez, diretor comercial da instituição financeira. As operações de julho de 2011 cresceram 3% em comparação com o mesmo mês de 2010, quando foram negociados R$ 360,06 milhões. O total de veículos Mercedes-Benz zero-quilômetro financiados em julho foi de 1.988, dos quais os caminhões representaram 33% das negociações; os ônibus, 30%; as vans, 23%; e automóveis Mercedes-Benz e smart, 14%. O financiamento de vans obteve destaque, com R$ 11,65 milhões liberados em julho de 2011 contra R$ 6,19 milhões no mesmo mês de 2010, elevação de 88%. O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) foi o produto com maior crescimento em julho, com R$ 96,84 milhões. A alta registrada é de 257% em relação a idêntico mês de 2010, quando foram negociados R$ 27,13 milhões. Do total financiado pelo Banco no período, a modalidade representou 26%.  O Bndes Finame foi o produto com maior procura com R$ 275,50 milhões, o que corresponde a 74% dos novos negócios do Banco em julho de 2011. Em comparação a 2010, quando foram financiados R$ 330,13 milhões, ocorreu uma queda de 17%. “A baixa foi registrada em razão do investimento cada vez maior em CDC pela instituição, que cria produtos formatados especialmente para as necessidades dos clientes, aumentado assim sua demanda. O objetivo é equilibrar o desempenho dos produtos, ampliando os financiamentos do Banco”, afirma o diretor Comercial. A carteira do Banco Mercedes-Benz fechou julho com R$ 7,71 bilhões, alta de 18% quando comparada ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados R$ 6,51 bilhões. Do total registrado em julho desse ano, o Bndes Finame representa 79%; o Leasing, 6%; o CDC, 12%; o Floorplan, 2%; e o CDC Serviços, Capital de Giro e Empréstimo Pessoal, 1%. O Banco ainda registrou resultados expressivos por meio de sua corretora, a Seguros Mercedes-Benz. A instituição encerrou o período com o volume de R$ 2,03 milhões em Seguros, crescimento de 115% se comparado ao mesmo mês de 2010, quando obteve R$ 942 mil em negócios na área. Acumulado do ano, a instituição financeira alcançou R$ 2,23 bilhões em novos negócios, alta de 13% em relação a igual período de 2010, com R$ 1,98 bilhão liberado. De janeiro a julho deste ano, foram financiados 12.040 veículos Mercedes-Benz zero-quilômetro.  Já a área de Seguros, nos sete primeiros meses deste ano, registrou desempenho de R$ 12,53 milhões, alta de 64% se comparado a idêntico período do ano anterior com R$ 7,64 milhões. O Banco Mercedes-Benz, desde 1996 no Brasil, atua no segmento de veículos comerciais (caminhões, ônibus e Sprinter) e de automóveis de passeio Mercedes-Benz e smart. Oferece Seguro Integrado ao financiamento para seus clientes. Além disso, financia os estoques de seus concessionários. O Banco está presente no Brasil por meio de suas regionais em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE) e Porto Alegre (RS). A sede fica na cidade de São Paulo, no Centro Empresarial do Aço. No total, emprega 267 funcionários e atende 196 concessionários da marca. Em 15 anos de atuação no país, o banco alcançou uma carteira de R$ 7,7 bilhões, com mais de 47 mil contratos ativos e 93 mil unidades financiadas até julho de 2011.


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