sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Azul.CA.26.08

Daily News



BHG compra 1.010 apartamentos em 5 hotéis em Belém

Exame 26.08.2011 - Empresa pretende fortificar seu posicionamento no norte do país. Hotel da BHG: a aquisição será concluída dentro dos próximos 90 dias. O BHG fez um contrato para compra e operação de 1.010 apartamentos, entre próprios e administrados, do grupo MB Capital. Os apartamentos estão distribuídos entre cinco hotéis em Belém (Pará); A aquisição será concluída dentro dos próximos 90 dias. A BHG acredita que, com essa compra, vai fortificar seu posicionamento no norte do país. Do total de apartamentos, 385 estão atualmente em operação, 405 a serem inaugurados no primeiro semestre de 2012 e 220 (em um hotel de altíssimo padrão) a serem inaugurados no primeiro trimestre de 2013. Os 385 apartamentos em operação estão no hotel econômico limited services Soft Inn "Plus" Batista Campos e no hotel padrão superior Gran Solare Connext. A aquisição representará 21,3% do Soft Inn e 86,2% do Gran Solare. Os apartamentos previstos para 2012 estarão no Soft Inn Hangar e no  Expresso XXI Hangar, representanto 49,0% do total de unidades do primeiro e 72,4% do total do segundo. A operação também envolve a administração do futuro Royal Tulip Bolonha, que será inaugurado no primeiro trimestre de 201. O hotel terá 220 unidades. Quando o negócio for concluído, o total de apartamentos administrados pela BHG crescerá para 7.065 apartamentos. A empresa tem projetos assinados que levarão seu número de apartamentos para aproximadamente 9.000. 

 

Bancos podem emprestar a Estados com aval do Tesouro

Estadão 26.08.2011 - O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou hoje as instituições financeiras a fecharem operações de créditos com os Estados que receberem, este ano, autorização do Tesouro Nacional para aumentar o endividamento. O assessor econômico do Tesouro Nacional, Mário Gouvêa, explicou que a instituição está analisando as condições fiscais dos Estados, dentro do Programa de Ajuste Fiscal dos Estados.
Aqueles que tiverem espaço fiscal terão autorização para contratar novas operações de crédito. Em função dessas revisões anuais de contratos entre o Tesouro e os Estados, o CMN precisa autorizar os bancos a contratarem operações de crédito com entes públicos. A última permissão se referia aos limites autorizados pelo Tesouro em 2010. Gouvêa disse que não pode revelar o número de Estados que terá mais limite para contratar crédito.

 

Belcorp, do Peru, inicia operação no Brasil

Valor 26.08.2011 - Salcedo, da Belcorp: "Viemos para ser um 'jogador' importante no Brasil".
Após dois anos e meio pesquisando o mercado brasileiro, a empresa peruana de cosméticos Belcorp começa a vender seus produtos no Brasil em outubro, por meio de consultores. Terceira maior companhia do setor na América Latina pelo ranking da Euromonitor, a empresa investirá US$ 50 milhões na operação brasileira em 2011 e 2012. Fundada em 1968, por Eduardo Belmont - atual CEO -, a Belcorp iniciou sua internacionalização em 1985 na Colômbia, que é sua maior operação hoje. O Brasil será o 16º mercado da companhia, sendo os Estados Unidos o único fora da América Latina. A empresa tem, no total, mais de 850 mil consultores e 8,5 mil funcionários. A projeção de vendas para este ano é de US$ 1,6 bilhões, um aumento de 25% em relação a 2010. O Brasil é o maior mercado de cosméticos da América Latina e o terceiro no ranking mundial - só atrás de Estados Unidos e Japão -, segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). As maiores empresas que atuam com vendas diretas no mercado brasileiro são Avon e Natura. Em terceiro lugar, está a Jequiti, do grupo Silvio Santos. Em fevereiro, o Boticário entrou nesse mercado com a marca Eudora. A Belcorp começa a vender em outubro em dez Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Até fevereiro de 2012, a empresa pretende estar em todo o país. "Viemos para ser um 'jogador' importante", afirma Salcedo. Inicialmente, parte dos itens será produzida por terceiros e parte será importada. Os produtos serão distribuídos a partir de um armazém em Jundiaí (SP). O ano de 2015 é projetado como o momento em que a marca estará madura no Brasil. A expectativa é ter, então, 13 mil líderes (distribuidores responsáveis por outros revendedores), 200 mil consultores e um faturamento de R$ 400 milhões. Também nesse ano, a Belcorp espera ter fábrica no país. A companhia tem três catálogos com posicionamentos diferentes e mais de 800 produtos. A linha L'Bel é composta por itens mais caros e sofisticados, desenvolvidos na França. Um batom ou um lápis de olho da marca custa, em média, R$ 35; um perfume feminino, R$ 90. A Ésika, intermediária, "é uma marca para atender às necessidades da mulher independente e da sua família", diz Salcedo. A Cyzone é voltada ao público jovem e tem os preços mais populares. Um batom custa em média R$ 10 e um perfume, R$ 45. É a única que também vende roupas e acessórios. O plano da empresa é investir primeiro no fortalecimento da rede de revendedores. "Levaremos em torno de um ano formando nossa rede de consultoras e tornando nosso catálogo reconhecido". Só depois disso, virão os maiores investimentos em mídia de massa para divulgar a marca. Para atrair consultores num mercado disputado, a empresa aposta em três chamarizes: a diversidade de público atingido pelo portfólio, o modelo de remuneração multinível (em que cada líder recebe em cascata, pelas vendas dos consultores subordinados a ele) e as condições de pagamento (28 dias de crédito para quitar os pedidos). O processo de recrutamento começou há um mês.

 

BR Pharma avalia redes de porte médio

Valor 26.08.2011 - Ampliar imagemSá, da BR Pharma, quer "negócios que registrem, hoje, crescimento orgânico".
A Brazil Pharma, braço do BTG Pactual, está em busca de redes de farmácias de médio porte em cidades com potencial de consumo no Centro-Oeste e no Norte. Cidades como Belém, Brasília e Campo Grande fazem parte desse grupo, conforme apurou o Valor. O foco da empresa está em fechar a compra de uma parcela do negócio, inclusive participações minoritárias, se for o caso, com a manutenção dos donos no comando na operação.
Algumas diretrizes da companhia ficaram mais claras ontem, durante encontro entre o comando da Brazil Pharma e um grupo de cerca de 120 empresários e advogados, em evento promovido em São Paulo pela B2L, companhia que prospecta negócios.
"Antes de qualquer coisa, quem vende tem que realmente querer um sócio. Se for só pelo dinheiro, esse não é o caminho", disse Andre Sá, diretor-presidente da BR Pharma, a um grupo de executivos. "Além disso, estamos olhando redes com posição de liderança ou com potencial para chegar lá, e aí as médias [redes] podem se encaixar. E é importante que sejam negócios que registrem hoje crescimento orgânico, com um plano nesse sentido".
Em relação às negociações possíveis, Sá tem feito uma série de visitas a varejistas consideradas importantes dentro do modelo de expansão do grupo e também conversado com redes interessadas em apresentar o negócio. Segundo fontes ligadas ao varejo farmacêutico, já houve uma aproximação entre a Brazil Pharma e a Panvel, cadeia do sul do país que aceitaria negociar uma parceria, e não a venda do negócio, apurou o Valor. As redes negam. Há outra operação comentada pelo mercado envolvendo a ExtraFarma, uma das maiores do Norte e a maior varejista do Pará. A companhia não confirma a informação. Ainda na área geográfica de interesse da Brazil Pharma, a Drogaria São Bento, varejista com 80 lojas no Centro-Oeste, está aberta a negociações. "Podemos avaliar o que vier, não é um assunto proibido. Mas não precisamos fazer nada agora", afirma Luiz Fernando Buainain, um dos irmãos controladores da rede. Ele não confirma uma negociação com a Brazil Pharma.
Desde quando foi criada, há dois anos, a Brazil Pharma adquiriu 100% da Farmais e comprou parte das redes Rosário Distrital, Guararapes e Mais Econômica e adquiriu 16 pontos da Farmácia dos Pobres. A rede controlada pelo BTG Pactual soma 681 pontos.
Na avaliação de alguns assessores financeiros de varejista, houve uma maior valorização dos ativos das redes nos últimos meses, principalmente após a união de Drogasil e Drogaraia. "Algumas lojas acham que, depois que as duas integrarem a operação, elas vão à caça de negócios e terão caixa para isso. Tem gente esperando isso para subir mais o preço."

 

Empresas abertas acumulam caixa de R$ 252 bilhões

Valor 26.08.2011 - As recentes turbulências nos mercados encontrou as companhias brasileiras com um volume inédito de recursos em caixa. No fim do primeiro semestre, 253 empresas com capital aberto tinham R$ 252 bilhões na conta ou em aplicações de curto prazo. O volume é 43% maior que os R$ 176 bilhões (valor corrigido pelo IPCA) que elas tinham em setembro de 2008, quando estourou a crise financeira internacional. Os recursos em caixa devem garantir maior tranquilidade às empresas para a travessia das turbulências nos mercados financeiros, principalmente se houver piora das condições econômicas e aperto do crédito. A CPFL, por exemplo, que tinha R$ 4,4 bilhões no caixa em junho - 404% a mais do que em setembro de 2008 -, garante ter recursos suficientes para honrar todos os seus vencimentos de dívidas até setembro de 2012, mesmo que não pudesse tomar um único centavo emprestado. A fabricante de calçados Alpargatas elevou seu caixa em 217% desde setembro de 2008. Tem R$ 667 milhões, quase 30% do ativo total, valor que supera com folga a dívida bruta e deixa a companhia com caixa líquido de R$ 382 milhões.
A OHL credita o aumento de 187% do seu caixa desde setembro de 2008, para R$ 1,17 bilhão, ao bom desempenho da economia no período e ao início da operação de 23 novas praças de pedágios em rodovias federais em 2009. Além disso, a empresa captou R$ 1,8 bilhão no ano passado com a emissão de debêntures e também tomou crédito no BNDES.
No ramo de consumo, a Iguatemi se destaca com quase R$ 1 bilhão em caixa, volume equivalente a um terço dos ativos da companhia. Parte do dinheiro, incluindo os R$ 330 milhões captados por meio de emissão de debêntures no início do ano, será usada na aquisição de participações adicionais em shoppings nos quais a companhia já é sócia. A duas maiores empresas do país, Petrobras e Vale, despontam com folga na lista das que têm mais dinheiro disponível. A petroleira, com plano de investimento de US$ 224 bilhões em cinco anos, tinha R$ 59,7 bilhões em caixa no fim do semestre. A mineradora, que tem aumentado o pagamento de dividendos e alocou US$ 3 bilhões para recompra de ações, encerrou junho com R$ 21,3 bilhões. Em terceiro lugar, com R$ 11,7 bilhões, aparece a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

 

Gradiente tem novo comando

Valor 26.08.2011 - O executivo Fabio Vianna, ex-vice-presidente da Paramount na América Latina e ex-diretor da Parmalat, é o novo presidente da Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), dona da marca Gradiente. Vianna assumiu esta semana a presidência, antes a cargo de Eugênio Staub Filho, que agora ocupa um lugar no conselho de administração da companhia.  Conforme publicou o Valor em 27 de abril, o ex-presidente da antiga Gradiente, Eugênio Staub, procurava no mercado um executivo para o comando do grupo. Ainda estão sendo selecionados nomes para ocupar as diretorias de finanças, operações, marketing e vendas. A marca de eletroeletrônicos, que estava há três anos fora do mercado, mudou de mãos no início do ano. A CBTD tem 60% do capital nas mãos do FIP Enseada, fundo de investimento formado majoritariamente por fundos de pensão de estatais e uma agência do governo. Os novos sócios vão injetar R$ 68 milhões na CBTD, com a emissão de debêntures "participativas", conversíveis em ações. O valor será usado como capital de giro para trazer a Gradiente de volta às lojas ainda este ano. Os demais 40% da CBTD pertencem à HAG (Holding dos Acionistas da Gradiente), da qual a família Staub têm 55% e os demais 45% pertencem a minoritários. O passivo da fabricante, de R$ 515,6 milhões, ficará com a IGB Eletrônica, nova razão social da Gradiente. A mudança de nome foi necessária para que a marca fosse arrendada à CBTD.

 

Galeão se renova para Copa, mas obras podem demorar mais que o previsto

Valor 26.08.2011 - Abibe Ferreira Júnior, superintendente do aeroporto do Galeão, que está há cinco meses no cargo: "Acredito que fica pronto para a Copa, porque a iniciativa privada vai fazer e explorar". Quarta-feira, 27 de julho, 6 horas da manhã. Poucos carros na entrada do estacionamento do terminal 1 do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, que apresenta certo ar de abandono. Só uma ou duas cabines de acesso estão em funcionamento. Dentro, a surpresa: as 1.266 vagas estão ocupadas e, além disso, muitos carros parados estão parados em cima das calçadas. A dificuldade é grande para conseguir uma vaga, embora dentro do terminal não haja sinais de grande movimentação de passageiros. O preço da diária - R$ 29, nas primeiras 24 horas - estimula o uso como garagem pelos viajantes. O estacionamento é somente um dos muitos problemas que tornaram lugar comum, no Rio de Janeiro, falar mal do Galeão, aeroporto inaugurado em 1977 (o terminal 1), durante o regime militar, com o objetivo de tornar-se o "hub"  (concentrador) de voos internacionais para o Brasil, condição que manteve até a inauguração do aeroporto de Guarulhos (SP), em 1985. Em 2010, o Galeão teve o pior índice de eficiência entre os principais aeroportos do país (categoria 1), com piora de 6% em relação a 2009, segundo relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O indicador é baseado em uma fórmula internacional que leva em conta o total de embarque e desembarque, volume de cargas, receitas, custos, número de funcionários e outros dados. Agora, ante o ceticismo de especialistas e do governo do Estado, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) promete entregar em 2014 um aeroporto renovado, com capacidade anual de movimentação de passageiros ampliada de 17 milhões para 44 milhões e com modernos edifícios garagens, totalizando 6,5 mil vagas. "Posso garantir que o Galeão estará pronto para receber o público (da Copa do Mundo)", diz o presidente da Infraero, Gustavo do Vale. Segundo ele, a Infraero não tem programação específica de obras visando a Olimpíada de 2016. "Com essas reformas (que estão em andamento), nosso foco é investir no Galeão para que venha a ser um grande "hub" nacional." A transformação do aeroporto carioca em um grande "hub" nacional é um dos sonhos do governo do Estado, que, contudo, duvida da sua concretização sob os auspícios da Infraero e torce para que a prometida inclusão do terminal no programa de concessões do setor, deixado pelo governo para uma segunda etapa da programação, não caia no esquecimento.
O subsecretário de Transportes do Estado, Delmo Pinho, 16 anos de Infraero, considerado um dos maiores especialistas brasileiros em assuntos aeroportuários, duvida, por exemplo, da capacidade prevista - 44 milhões de passageiros - e também não acredita que os novos estacionamentos ficarão prontos para a Copa de 2014. Segundo Pinho, a capacidade operacional do aeroporto deverá estar em 20 milhões de passageiros quando as obras em andamento estiverem concluídas. Em relação aos estacionamentos, que terão dois edifícios-garagem, de cinco andares cada, o subsecretário diz que não estão sequer licitados, o que, na avaliação dele, praticamente inviabiliza a execução das obras até 2014.
A Infraero informa que "ainda este ano" será lançada a licitação para a escolha da empresa que fará o estudo de viabilidade econômica para a construção do novo estacionamento. A partir desse estudo, uma nova licitação será lançada para escolher a empresa que fará as obras e que será também responsável pela "exploração comercial dos estacionamentos dos dois terminais do aeroporto".
Segundo o superintendente do Galeão, Abibe Ferreira Júnior, no cargo há cinco meses, será construído um prédio novo de cinco andares para ser o estacionamento do terminal 1. No terminal 2, que já tem um prédio-garagem de três andares, serão construídos dois andares adicionais. A Infraero estima que quando estiverem prontos os dois edifícios-garagem, a capacidade o número de vagas no terminal 1 passará de 1.266 para 1.896, e no terminal 2, de 1.476 para 2.486. Esses números, somados às 1.568 vagas já existentes em um estacionamento alternativo na área entre os dois terminais - o uso da área exige esquema especial de transporte das pessoas até os terminais -, e a outras 600 vagas, que deverão ser criadas, elevarão a capacidade total de estacionamento do Galeão para 6.550 vagas. "Acredito que fica pronto para a Copa, porque a iniciativa privada vai fazer e explorar", disse Ferreira, destacando o interesse que o vencedor da licitação terá em antecipar o retorno do investimento.
Com a construção do novo edifício-garagem, deverá ser desativado o atual estacionamento do terminal 1, que fica no andar inferior do terminal de embarque e desembarque, uma configuração hoje condenada pelas normas internacionais de segurança. Ferreira disse que, embora não tenha até hoje sido comunicado formalmente pelos órgãos de segurança, a tendência é que a desativação venha a ocorrer, ainda não havendo uma nova destinação definida para a área. O estacionamento alternativo, que é desconhecido de grande parte dos usuários, "foi o que aliviou (a pressão)" nas férias de julho, avalia o superintendente do Galeão. Ele admite que houve falha na comunicação do aeroporto com o público. "Vamos cuidar para que não aconteça o mesmo nas férias de verão."

 

Rede da Telebrás chegará ao Sudeste no fim de setembro

Valor 25.08.2011 - Caio Bonilha, presidente da Telebrás: previsão de ampliar capacidade por meio de acordos com grandes operadoras.
A região de Campinas marcará a estreia do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) no Sudeste. O anúncio foi feito ontem por Caio Bonilha, presidente da Telebrás, durante evento realizado pela Amcham Brasil, em São Paulo. Segundo o executivo, a infraestrutura de conexão no entorno do município paulista deve estar pronta até o fim de setembro. Para o mesmo período, ele prevê a conclusão da interligação da rede nacional de telecomunicações (backbone) com a cidade de Imperatriz, no Maranhão.
Com 377 quilômetros de rede, o primeiro trecho do backbone do PNBL interligou municípios de Goiás e regiões do Distrito Federal. O projeto envolve a instalação de pontos de presença da Telebrás, que abrigam os equipamentos ópticos, de infraestrutura, de rede e rádio para a transmissão do sinal digital por meio de fibras ópticas. De acordo com o plano, as redes de fibras ópticas gerenciadas pela Telebrás devem atingir 30,8 mil quilômetros e 4.283 municípios até 2014. "Teremos mais capacidade, pois estamos negociando com grandes operadoras para usar suas redes", disse Bonilha ao Valor, sem entrar, no entanto, em detalhes sobre esses possíveis acordos. Para 2011, o executivo confirmou a revisão da meta de fechar o ano com uma cobertura de 150 cidades. A projeção anterior era alcançar 250 municípios. Além dos acordos em andamento para o uso das redes de concessionárias elétricas, como a Eletronorte, ele explicou que iniciativas pontuais de provedores de menor porte devem contribuir para alcançar a nova estimativa. Essas empresas estão começando a levar suas estruturas até os pontos de presença da Telebrás para atender a alguns municípios de sua área de atuação.
Bonilha também reforçou a proposta de concentrar a oferta da Telebrás no atacado, em detrimento da atuação no varejo. "Não vamos nos aventurar na última milha [trecho que liga a central da operadora ao domicílio do cliente]. Nosso papel é estimular a competição nessa ponta. A ideia é que cada cidade tenha ao menos dois provedores". Segundo o presidente da estatal, mesmo em regiões como São Paulo existem cidades com apenas um provedor, especialmente no Oeste do Estado. Quanto à previsão da estatal receber um aporte de R$ 200 milhões para complementação das redes de transmissão de dados para a Copa do Mundo de 2014, Bonilha observou que o projeto ainda está em fase de estudos, mas que deve ser iniciado pelo Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre. Em outra frente, a Telebrás está investindo em centros de pesquisa regionais para realizar testes e homologar produtos nacionais. "A proposta é dar visibilidade para as empresas que apostarem em tecnologias do futuro", disse Bonilha. Entre essas possíveis evoluções está a tecnologia LTE (Long Term Evolution, na sigla em inglês), padrão adotado internacionalmente em redes de quarta geração de telefonia celular (4G).
O primeiro laboratório entrará em operação ainda neste ano, no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) da PUC-RS, por meio de uma parceria com a universidade. Segundo Bonilha, em curto prazo o plano é investir em outros dois centros. O primeiro deles deverá ser implantado em Fortaleza. "O outro local ainda está sendo estudado, mas temos propostas do Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo", afirmou.

 

Guarani inaugura hoje destilaria para produção de etanol

Folha 26.08.2011 - Empreendimento em SP terá aporte de R$ 195,4 mi da Petrobras Biocombustível.
Com aporte de R$ 195,4 milhões da Petrobras Biocombustível, a Guarani inaugura hoje uma nova destilaria para a produção de etanol em Colina (406 km de São Paulo). Com isso, a Petrobras amplia de 26,5% para 31,4% sua participação na Guarani. A inauguração da destilaria faz parte do plano de elevar a participação de mercado da Petrobras na produção de etanol que inclui investimentos de R$ 1,94 bilhão. Atualmente, a Petrobras responde por 5,3% da produção nacional de etanol. A meta é chegar a 12% em 2015, inclusive com usinas próprias. A nova destilaria terá capacidade para produzir 110 milhões de litros de etanol. Além da unidade inaugurada hoje, os investimentos da Guarani incluem aumento da produção de cana e de energia elétrica. A Guarani, que tem outras sete áreas industriais em São Paulo, produz 692 milhões de litros de etanol e 1,5 milhão de toneladas de açúcar, segundo
dados da empresa. Há uma semana, a Petrobras anunciou a ampliação da joint venture com o grupo São Martinho, com investimentos de R$ 520 milhões para ampliar a moagem de cana na usina Boa Vista, em Quirinópolis (GO). A ampliação da produção de etanol vem ao encontro das necessidades do setor, que enfrenta crise com falta de investimentos em usinas e na renovação do canavial, que está envelhecido.

 

Cosan fará programa de recompra de até 12 milhões de ações

Valor 26.08.2011 - O conselho de administração da Cosan definiu que seu primeiro programa de recompra de ações contemplará até 12 milhões de papéis ordinários (ON, com direito a voto). O preço base foi fixado em R$ 22,80 por ação, conforme ata da assembleia realizada no dia 18 de agosto. O valor será atualizado com base no IPCA até a efetiva data de subscrição ou compra.
O programa de outorga de opção de compra ou subscrição de ações já havia sido aprovado em assembleia geral de acionistas ocorrida em 29 de julho.
Na reunião da semana passada, o conselho da Cosan também definiu a formação de um comitê de remuneração, que será formado pelo presidente Rubens Ometto Silveira Mello, Burkhard Otto Cordes e Maílson da Nóbrega. Com mandato de dois anos, o grupo determinará os executivos elegíveis ao programa e determinará o número de ações a ser outorgado a cada um deles.

 

Ritmo de aquisições deve continuar acelerado no ano

Valor 26.08.2011 - As nuvens escuras do cenário internacional não devem ser suficientes para intimidar os planos de aquisição das companhias brasileiras. Com dinheiro guardado no porquinho, elas devem ir às compras no segundo semestre com o mesmo apetite que foram no primeiro, segundo expectativa do sócio de assessoria de fusões e aquisições da KPMG Luis Motta. "São altas as chances de o ano de 2011 apresentar um novo recorde em aquisições", acredita. Para isso, basta que se mantenha na segunda metade do ano o ritmo de operações da primeira, quando foram concretizadas 379 aquisições. "A maior parte foi de brasileiras comprando brasileiras", diz. Em todo o ano passado, foram realizadas 726 operações.
Segundo Motta, a motivação das companhias não virá do fato de suas concorrentes terem ficado mais baratas, fenômeno que fica visível diante da desvalorização das ações na bolsa. "Isso (a queda do valor de mercado das empresas listadas) é reflexo da expectativa de risco e mais atrapalha do que ajuda no ritmo de aquisições", diz. Para Motta, as transações vão continuar em alta porque, pelo menos por enquanto, nada indica que as companhias devem recuar de seus projetos de expansão.
Segundo a vice-presidente de finanças da Iguatemi, Cristina Betts, é "prematuro" dizer que a turbulência atual vai baratear as aquisições que a empresa pretende fazer. "Uma coisa é a expectativa que se reflete na bolsa, outra é o ativo real", afirma Cristina.
Para ela, como o setor de shoppings tem um horizonte de médio prazo, com contratos de aluguéis de cinco anos, as coisas são mais estáveis. "Mesmo em 2008, com tudo que o mercado derreteu naquela época, o nosso resultado foi absolutamente dentro do que tínhamos orçado."
Nesse sentido, a executiva diz que a turbulência atual não afeta os planos de expansão da Iguatemi. "O que importa é a localização e o mix de lojas", diz ela, destacando que o Brasil vive hoje uma situação de quase pleno emprego e que a renda cresce.
A empresa de corretagem imobiliária Brasil Brokers, que está com R$ 261 milhões disponíveis, também se diz pronta para aquisições. "Queremos comprar 15 companhias em três anos", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Álvaro Soares. O foco dessa fase de consolidação serão as imobiliárias que trabalham no mercado de imóveis usados.
Além dos recursos disponíveis na conta, a empresa deve contar com geração própria de caixa para financiar a expansão. O endividamento não interessa, diz ele, porque a estrutura da companhia não permite que a despesa com juros gere benefício fiscal.

 

Usiminas destina R$ 4,1 bi para a autossuficiência em minérios

DCI 26.08.2011 - A Usiminas quer se tornar autossuficiente em minério de ferro. Para isso, a empresa investirá R$ 4,1 bilhões até 2015. A companhia segue o mesmo caminho da Gerdau, que recentemente também anunciou aporte para este fim. "Nossa intenção não é comprar minas porque o custo é muito alto e não agregaria valor", afirmou ontem, em São Paulo, Wilson Nélio Brumer, presidente da companhia. Além disso, a Usiminas espera aumentar sua produção de energia elétrica para os próximos anos. O potencial almejado é de 400MWh.
O volume de investimentos da Usiminas para aumento da competitividade, tirando o minério de ferro, chegará a R$ 2,6 bilhões neste ano. O crescimento da margem Ebitda no primeiro semestre foi de 12%, metade do obtido em igual período de 2010.

 

MPX fecha contratos com espanholas para EPC de complexo termelétrico

Valor 25.08.2011 - A MPX, empresa de energia do Grupo EBX, contratou duas companhias estrangeiras para realizar os projetos de engenharia, construção e montagem – conhecido no mercado como EPC – do complexo termelétrico que será construído pela MPX Parnaíba no Maranhão. A espanhola Duro Felguera assinou com a MPX um contrato de R$ 518 milhões para realizar o EPC dos projetos adquiridos da Bertin, que totalizam 675,2 MW de potência instalada. A também espanhola Initec Energia S.A. fechou contrato de R$ 606 milhões para o EPE das unidades vitoriosas do leilão de A-3, realizado há duas semanas, que somam 499,2 MW de potência instalada. O complexo termelétrico que a MPX ergue no Maranhão – as obras já foram iniciadas – terão capacidade total de gerar 1.175 MW e receberá investimentos de R$ 2,1 bilhões. O gás natural que abastecerá o empreendimento será proveniente dos blocos terrestres que a empresa detém,com a OGX e a Petra Energia, na bacia do Parnaíba. A Petra é sócia também na geração de energia, com 30%. O início da operação, em setembro de 2013, se dará em ciclo aberto, passando a operar em ciclo combinado, sua configuração final, a partir de março de 2014. Os dois contratos de EPC foram firmados na modalidade “empreitada global”, com preço e prazo fixos e garantias de execução e de desempenho das unidades geradoras. As turbinas que serão utilizadas no complexo termelétrico serão fabricadas pela GE Energy e a primeira tem a entrega prevista para dezembro de 2011, e as demais no início de 2012. A MPX já possui Licença de Instalação para iniciar a construção de até 1.863 MW e Licença Prévia para a capacidade adicional de 1.859 MW no complexo. Os trabalhos de supressão vegetal já foram iniciados e o início da terraplanagem está previsto para setembro.

 

Jovens puxam crédito imobiliário

Valor 26.08.2011 - Já são os jovens os maiores tomadores de crédito imobiliário no Brasil. Na Caixa Econômica Federal, responsável por mais de 75% dos empréstimos para a compra da casa própria, os clientes com até 35 anos representaram 52% do público tomador dos financiamentos concedidos de janeiro a julho - dez pontos percentuais acima do registrado em igual período de 2010.
Apesar da crise e do desaquecimento da economia, a Caixa reviu para cima a projeção para o financiamento habitacional em 2011. No início do ano, previa crescer 6,6%, totalizando R$ 81 bilhões em desembolsos. Agora, a expectativa é chegar a R$ 90 bilhões, com alta de 18,75% em relação a 2010. As razões para o crescimento continuado do setor, que os dirigentes da Caixa rejeitam ser uma bolha imobiliária, são a ampliação dos prazos de financiamento, redução dos juros, a ascensão social ocorrida no país nos últimos anos e o programa Minha Casa, Minha Vida, que subsidia a compra da casa própria para a população de baixa renda.

 

InfraestruturaLegislação e Tributos

Valor 26.08.2011 - Bancos internacionais preveem crescimento menor no Brasil e emergentes.
Bancos internacionais continuam reduzindo as projeções de crescimento econômico do Brasil e de outros emergentes para 2011 e 2012, em meio à deterioração da atividade nos países mais avançados. Menores perspectivas de crescimento nos Estados Unidos e na zona do euro, redução nos preços
de commodities e condições mais difíceis nos mercados financeiros levaram o Royal Bank of Canadá (RBC) a rebaixar as projeções de crescimento de quase todos os emergentes. As principais revisões para baixo das projeções de expansão econômica foram para Argentina, Brasil, México, Hungria, Turquia, Israel e China. "Com os emergentes contribuindo em aproximadamente 70% a 80% do crescimento global, esse rebaixamento das perspectivas de crescimento dos emergentes pode minar ainda mais a dinâmica do mercado financeiro’, avalia o banco. Para o Brasil, a expectativa agora é de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha expansão de 0,7% no segundo trimestre e de 0,5% no terceiro, antes de acelerar para 1% no quarto trimestre. Isso deixa 2011 com um crescimento anual do PIB de 3,6%, comparado com os 4,1% da projeção anterior. Para 2012, a estimativa recuou para 3,8%, comparado aos 5% anteriores, como resultado tanto de um ponto de partida mais fraco como de desaceleração da economia mundial.
Mas o banco canadense nota que a frágil situação global será em parte compensada pela sólida demanda doméstica no Brasil, incluindo ganhos salariais, aumento do emprego, expansão do crédito, investimentos robustos e gastos públicos em infraestrutura.
Também o banco Barclays, de Londres, aposta em um avanço de 0,7% no PIB no segundo trimestre. Avalia que o consumo continuará a alimentar a atividade econômica no Brasil e projeta crescimento econômico de 3,8% este ano. Para o Barclays, bancos centrais na América Latina visivelmente já abandonaram o clima de aperto monetário e estão agora em estado de alerta, esperando sinais para deflagrar um novo ciclo de flexibilização. Acha que a onda "dovish" é maior no Chile e no Brasil, onde estima que pelo menos 110 pontos base de corte de juros já estariam precificados para os próximos 18 meses. A referência à onda "dovish" vem do neologismo inglês que deriva de "pombo" ("dove") e designa os defensores de taxas de juros mais baixas e de uma postura mais tolerante com a inflação.Voltar

 

Cotas para importação de lácteos em pauta

Valor 26.08.2011 - O Uruguai aceitou iniciar negociações para definir cotas de exportação de lácteos para o Brasil. Os laticínios brasileiros queixam-se da quantidade elevada de produtos, principalmente leite em pó, vindos do Uruguai e da Argentina. Os argentinos se negavam a discutir o impasse sem que Montevidéu fizesse o mesmo. Na terça-feira que vem o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel e representantes da subcomissão do leite na Câmara dos Deputados se reunirão com o setor privado para discutir quantidades.
Após esse encontro, o setor privado brasileiro irá se reunir com os parceiros uruguaios. O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, foi o responsável pela interlocução entre os países. Os uruguaios aceitaram a negociação, desde que seja feita entre a iniciativa privada dos dois países com supervisão dos governos.  O representante de subcomissão do leite da Câmara, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), disse que a notícia é de grande importância para preservar o produtor do país. Segundo ele, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, apoiou os produtores nacionais e disse que o Ministério vai acompanhar toda a negociação. De acordo com o analista de mercado da Organização das Cooperativas Brasileiras  (OCB), Gustavo Beduschi, nos primeiros sete meses deste ano, o volume de leite em pó importado já chegou a 50 mil toneladas. Em relação a igual período do ano passado, o crescimento é de 68,87%.

 

Alemães têm 837 mi de euros para o Brasil

DCI 26.8.2011 - O Brasil verá um crescimento de 20% da presença de capital germânico em seu território, com os cerca de 837 milhões de euros que deverão ser aplicados em vários projetos de companhias alemãs no Brasil, em especial os ligados a obras para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. A projeção, inédita, obtida junto ao Demarest & Almeida Advogados, escritório especializado em assessoria e advocacia econômica, aponta ainda que o KfW Bankengruppe (instituição de fomento alemã equivalente ao BNDES) planeja ainda dar apoio de outros 57,6 milhões de euros em energias renováveis no País, área na qual a Alemanha é líder mundial. Hoje, o Brasil abriga a segunda maior concentração de empresas alemãs do planeta: só perde para a própria Alemanha. "As empresas alemãs querem investir também na expansão da hotelaria local. Outro foco será o fornecimento de soluções tecnológicas para a construção civil", afirma Andre Alarcon, advogado da Demarest. Entre as companhias alemãs de infraestrutura que preparam seu desembarque no Brasil, ou o aumento de suas operações, está a Ceno Tec, de construção de cobertura de grandes estádios, de olho nas arenas em construção nas cidades-sede da Copa. Há a E-On, companhia de energia que pode ingressar no mercado brasileiro de geração e distribuição elétrica. E a Vossloh AG, de equipamentos ferroviários, que estuda abrir uma filial por aqui. Sem contar a BMW, que deve erguer sua primeira fábrica local, além da Melitta, que está expandindo suas operações no País. Tanta movimentação tem tornado agitada a vida de Brunela Vieira De Vincenzi, advogada brasileira que trabalha na Alemanha, para o escritório Noerr. "Praticamente todos os dias tenho uma nova empresa de lá me procurando atrás de informações sobre o Brasil", revela. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, hoje presidente da Autoridade Pública Olímpica, reforça: "O Brasil tem US$ 350 bilhões de reservas e uma inflação anual que permanece contida dentro da meta já há oito anos. Temos também um sistema judiciário independente e uma imprensa livre e atuante. Somos parceiros confiáveis".

 

 

 

 

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