quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Azul.CA.25.08

Daily New


BTG espera fechar compra da Celfin em um mêsValor 2.08.2011 - Embora tenha sido anunciada hoje como uma negociação para fusão, a conversa entre o banco de investimentos brasileiro BTG Pactual e a corretora chilena Celfin é outra. O tema é compra. O BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, espera concluir em um mês a aquisição da Celfin, apurou o Valor.
Os dois lados negociam há aproximadamente três meses e assinaram um acordo de exclusividade, para que nenhum dos lados possa flertar com concorrentes, mas o negócio não está fechado. Preço e condições de pagamento ainda são discutidos e o BTG poderá pagar uma parte da compra com suas ações. Embora não seja listado em bolsa, o banco brasileiro tem planos de ir à bolsa – nesta semana pediu registro de companhia aberta à Comissão de Valores Mobiliários – e, quando isso acontecer, os atuais sócios do Celfin terão uma porta de saída.
A ideia é que os sócios chilenos continuem à frente da operação e por essa razão a aquisição está sendo tratada dentro de um “espírito de fusão”. Os sócios do Celfin tinham grande receio de que a notícia vazasse antes que os funcionários fossem comunicados, como de fato acabou acontecendo hoje quando a notícia foi publicada pelo jornal chileno “Diario Financiero”.
A Celfin é uma boa plataforma para o BTG se expandir regionalmente. Embora seja uma corretora, funciona como um banco de investimentos (em moldes semelhantes aos ‘broker dealers’ americanos) e atua na corretagem em bolsa, em assessoria financeira, gestão de fundos e “wealth management”. Lidera esse mercado no Chile e também no Peru e está começando a operação na Colômbia. Perto dos números do BTG, entretanto, a Celfin é pequena. Deve lucrar neste ano algo como US$ 40 milhões.

BTG Pactual negocia ‘fusão’ com banco de investimentos do ChileEstadão 24.08.2011 - Mais do que tamanho, o que está por trás dessa operação é a ambição de criar tentáculos nos países vizinhos e transformar a instituição no maior banco de investimentos da América Latina.
O BTG Pactual anunciou nesta quarta-feira, 24, que negocia uma "fusão" com o Celfin Capital, um dos maiores bancos de investimentos do Chile, com presença na Colômbia e no Peru. Segundo comunicado oficial, se a operação for concluída, o BTG acredita estar criando o maior banco de investimentos da América Latina - o que é difícil definir nesse setor. Embora tenha sido apresentada como fusão, o mercado enxergou o negócio como compra, já que o Celfin é muito menor que o BTG.
Mais do que ganhar musculatura, o que está por trás dessa operação é a estratégia de internacionalização do banco brasileiro. A compra do Celfin será a porta de entrada do BTG Pactual nos demais países da América Latina. Desde que comprou o Pactual dos suíços do UBS, em setembro de 2009, Esteves tem repetido seu desejo de construir uma instituição brasileira com tentáculos fora do País.
Para o banco, é importante ser visto como líder na região, especialmente no momento em que se prepara para uma possível abertura de capital na bolsa, analisa um alto executivo de banco de investimentos concorrente.
Na sexta-feira passada, o BTG entrou com um pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para se tornar uma companhia de capital aberto. Na ocasião, o banco informou que isso não significa que um IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) esteja iminente, embora seja o primeiro passo para isso.
O Celfin é grande no Chile, mas pequeno no âmbito regional. Tem US$ 11 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) de ativos sob gestão, enquanto o BTG tem R$ 75 bilhões, segundo o ranking mais recente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Para ter uma ideia, a gestora de recursos do Banco do Brasil, a maior do País, administra quase R$ 400 bilhões.
Assim como o BTG, o Celfin assessora empresas em fusões e aquisições e em operações no mercado de capitais (emissão de ações e dívidas). Segundo o Estado apurou, essa área, ao contrário do Brasil, rende comissões bem menos generosas. O lucro líquido do Celfin é da ordem de US$ 30 milhões, segundo um executivo do mercado. "É o equivalente à comissão que o BTG ganha assessorando dois negócios no Brasil", explica a fonte.
Não existe um ranking que defina o maior banco de investimentos da América Latina. Um banco pode ser líder sob um critério e nem aparecer na lista sob outro. Segundo a Thomson Reuters, BTG e Celfin, juntos, ocupam a segunda posição em número de fusões e aquisições este ano na América Latina. O Itaú BBA é o líder nesse quesito.
Quando o critério é valor, o BTG cai para a terceira posição. No mercado de equity (ações), o banco de André Esteves foi o segundo na região. No de dívida, na lista da Bloomberg, nem sequer aparece entre os dez da América Latina.
As duas instituições acreditam ter culturas similares e sinergias significativas, o que, na visão deles, beneficiará os clientes, funcionários e acionistas. O banco brasileiro não deu detalhes sobre a operação.
Na opinião de um alto executivo de um banco estrangeiro, as atividades em que os dois operam têm potencial de promover grandes ganhos de escala. "A ‘fusão’ vai certamente aumentar muito mais as receitas que os custos. Pelo lado dos clientes, a integração é pequena e não justifica a transação. Deve ter sido uma boa oportunidade", diz. "A rigor, não seria necessário o BTG sair do Brasil para poder crescer."

BTG Pactual negocia ‘fusão’ com banco de investimentos do ChileEstadão 24.08.2011 - Mais do que tamanho, o que está por trás dessa operação é a ambição de criar tentáculos nos países vizinhos e transformar a instituição no maior banco de investimentos da América Latina
O BTG Pactual anunciou nesta quarta-feira, 24, que negocia uma "fusão" com o Celfin Capital, um dos maiores bancos de investimentos do Chile, com presença na Colômbia e no Peru. Segundo comunicado oficial, se a operação for concluída, o BTG acredita estar criando o maior banco de investimentos da América Latina - o que é difícil definir nesse setor. Embora tenha sido apresentada como fusão, o mercado enxergou o negócio como compra, já que o Celfin é muito menor que o BTG.
Mais do que ganhar musculatura, o que está por trás dessa operação é a estratégia de internacionalização do banco brasileiro. A compra do Celfin será a porta de entrada do BTG Pactual nos demais países da América Latina. Desde que comprou o Pactual dos suíços do UBS, em setembro de 2009, Esteves tem repetido seu desejo de construir uma instituição brasileira com tentáculos fora do País.
Para o banco, é importante ser visto como líder na região, especialmente no momento em que se prepara para uma possível abertura de capital na bolsa, analisa um alto executivo de banco de investimentos concorrente.
Na sexta-feira passada, o BTG entrou com um pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para se tornar uma companhia de capital aberto. Na ocasião, o banco informou que isso não significa que um IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) esteja iminente, embora seja o primeiro passo para isso.
O Celfin é grande no Chile, mas pequeno no âmbito regional. Tem US$ 11 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) de ativos sob gestão, enquanto o BTG tem R$ 75 bilhões, segundo o ranking mais recente da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Para ter uma ideia, a gestora de recursos do Banco do Brasil, a maior do País, administra quase R$ 400 bilhões.
Assim como o BTG, o Celfin assessora empresas em fusões e aquisições e em operações no mercado de capitais (emissão de ações e dívidas). Segundo o Estado apurou, essa área, ao contrário do Brasil, rende comissões bem menos generosas. O lucro líquido do Celfin é da ordem de US$ 30 milhões, segundo um executivo do mercado. "É o equivalente à comissão que o BTG ganha assessorando dois negócios no Brasil", explica a fonte.
Não existe um ranking que defina o maior banco de investimentos da América Latina. Um banco pode ser líder sob um critério e nem aparecer na lista sob outro. Segundo a Thomson Reuters, BTG e Celfin, juntos, ocupam a segunda posição em número de fusões e aquisições este ano na América Latina. O Itaú BBA é o líder nesse quesito.
Quando o critério é valor, o BTG cai para a terceira posição. No mercado de equity (ações), o banco de André Esteves foi o segundo na região. No de dívida, na lista da Bloomberg, nem sequer aparece entre os dez da América Latina.
As duas instituições acreditam ter culturas similares e sinergias significativas, o que, na visão deles, beneficiará os clientes, funcionários e acionistas. O banco brasileiro não deu detalhes sobre a operação.
Na opinião de um alto executivo de um banco estrangeiro, as atividades em que os dois operam têm potencial de promover grandes ganhos de escala. "A ‘fusão’ vai certamente aumentar muito mais as receitas que os custos. Pelo lado dos clientes, a integração é pequena e não justifica a transação. Deve ter sido uma boa oportunidade", diz. "A rigor, não seria necessário o BTG sair do Brasil para poder crescer."

Petrobras assume o papel de grande geradora a gásValor 2.08.2011 - Dona da maior parte da produção do petróleo e do gás brasileiros, de 27 distribuidoras de gás, de plantas de fertilizantes e com participação acionária relevante na petroquímica, a Petrobras assume agora o papel de maior geradora de energia termelétrica do país. A empresa venceu o último leilão de energia do governo federal com um projeto de 500 MW e seus planos são o de crescer mais 2.000 MW até 2015, superando a capacidade de 8 mil MW.
A estatal federal vai se confirmar como a maior competidora para os investidores privados de térmicas no país, e que dependem do fornecimento de gás da empresa. Os planos da Petrobras são de disponibilizar gás para 4 mil MW de geração térmica, e metade será para ela mesma. "Temos um parque de seis mil MW já instalado e isso gera uma sinergia que naturalmente já nos dá competitividade", disse a diretora de gás e energia, Maria das Graças Foster, depois de evento realizado pela prefeitura de São Bernardo que discutiu os rumos do gás para a região do ABC Paulista.
A participação da empresa no último leilão do governo federal, realizado há duas semanas, foi fortemente criticada já que a companhia teve regras diferentes no fornecimento de gás. Grandes investidores privados alegam que por ser fornecedora a Petrobras não poderia participar da disputa, pois desiguala o jogo. "Será que o papel da Petrobras é também ser gerador de energia, já não basta ser dona do petróleo e do gás?", diz alto executivo acionista de uma grande geradora de energia do país que tem interesse em desenvolver projetos termelétricos.
Em rápida entrevista, Graça Foster diz que a Petrobras não teve vantagem alguma a não ser a de já ser uma grande geradora. A empresa vendeu sua térmica por R$ 104 o MWh da energia. Foi o preço mais alto do leilão, mas ficou muito próximo do preço auferido pela usina hidrelétrica de Jirau, que ficou em R$ 102 o MWh. Segundo Graça, não é possível colocar projetos térmicos para competir com hidrelétricos e que isso gera distorção dos preços. "Poderíamos até ter baixado mais, mas acabamos saindo e forçando a rodada discriminatória", disse Graça. O leilão é composto de duas fases. A chamada rodada uniforme em que os preços vão baixando e as ofertas, em quantidade, são oferecidas. A rodada discriminatória acontece quando algum competidor sai da disputa e a oferta atende o valor da demanda, então todos os ofertantes da rodada anterior participam do que é chamado "discriminatória" oferecendo seus preços finais.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) entende, entretanto, que ao colocar todas as fontes de energia disputando entre conseguiu diversificar a matriz pelo menor preço disponível no mercado. Se para o governo federal o leilão foi um sucesso, os investidores privados que dependem do gás da Petrobras se sentiram preteridos. A única empresa que competiu com a Petrobras foi a MPX porque é dona de um poço de gás no Maranhão e portanto fornece o combustível para si mesma.
A discussão em torno do leilão se deu porque as empresas que precisaram fechar contratas de fornecimento de gás com a Petrobras tinham que assinar contratos conhecidos como "take or pay" para gerar na média até 30% do tempo. O risco que se viu, entretanto, era de perder dinheiro já que não havia garantia de que as térmicas seriam solicitadas pelo operador por todo esse período. A maior parte saiu logo no início do leilão, quando o preço da energia estava em R$ 139 o MWh. A MPX, apesar de ter fechado contrato com empresa do mesmo grupo, fez um "take or pay" de 50%. Quando venceu o leilão, o presidente da MPX, Eduardo Karrer, disse ao Valor que pelo preço que vendeu a energia essa é a estimativa média do tempo que a térmica vai operar.

Argentina ameaça fechar refinaria da Petrobras por falta de segurançaValor 2.08.2011 - A Petrobras foi intimada pelo governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, a apresentar até sexta-feira um plano de segurança para a refinaria Ricardo Eliçabe, em Bahía Blanca, sob pena de ter as suas instalações fechadas. A refinaria, com capacidade de processamento de 30,5 mil barris diários, foi palco de uma explosão em uma sala de descanso dos operadores, com a morte de um funcionário, no último dia 10. Um novo incêndio, controlado sem ferimentos ou danos importantes, aconteceu na semana seguinte.
"Estamos exigindo imediatamente a revisão do que tenha que ser feito na planta", disse hoje Scioli em visita a Bahía Blanca, segundo informação do governo.
Ontem, a autoridade ambiental do governo da Província de Buenos Aires divulgou uma nota nos seguintes termos: "Devido aos reiterados incidentes na refinaria da Petrobras na cidade de Bahía Blanca, se intima a empresa a cessar as atividades, se em um prazo de 72 horas não apresentar e colocar em prática um plano que contemple as ações necessárias para garantir as condições de segurança. O plano deve contemplar as medidas necessárias para garantir o bom funcionamento no que diz respeito à infraestrutura e às condições de trabalho do lugar, e deve-se realizar uma avaliação externa para proteger a integridade e a saúde de seus trabalhadores, da comunidade e do meio ambiente".
governador de Buenos Aires é candidato à reeleição este ano. Procurada pelo Valor, a assessoria de imprensa da Petrobras Argentina não retornou as ligações.
Outro lado: A Petrobras Argentina comunicou, por meio da assessoria de imprensa da matriz no Brasil, que não recebeu qualquer notificação oficial das autoridades ambientais da Província de Buenos Aires em relação a um possível fechamento da unidade de refino de Bahía Blanca.

Queiroz Galvão ganha musculatura com área da Shell Valor 2.08.2011 - Depois de entrar no pré-sal com uma fatia de 10% do bloco BM-S-8 da bacia de Santos, a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) voltou às compras. Vai levar 30% dos 40% detidos pela Shell no bloco BS-4, onde a anglo-holandesa descobriu os campos de Atlanta e Oliva. Com a venda, a Shell põe em prática os planos anunciados há um ano de se desfazer de áreas não estratégicas. Agora, só falta vender sua participação no BM-S-45 (Taquari).
Não há informação ainda sobre o preço da nova aquisição da Queiroz Galvão e nem definição de quem passará a ser operador da área, função que era da Shell.
Na nova configuração do BM-S-8 a Petrobras passa a ter a maior participação acionária (40%), seguida pela QGEP (30%), Chevron (20%) e Shell (10%). Como só pode operar quem tem 30% ou mais, o novo operador só pode ser a Petrobras ou a Queiroz Galvão.
O Valor apurou que os atuais sócios ainda têm um mês para exercer seu direito de preferência. Talvez essa seja a principal razão da forma discreta como a QGEP revelou o negócio ontem. Em relatório para clientes do Itaú BBA, os analistas Paulo Kovarsky e Diego Mendes destacaram como positivo o fato de a companhia estar adquirindo participações em áreas onde já foram encontradas reservas de óleo com potencial de produzir no médio prazo, cumprindo promessa feita quando lançou ações no mercado.
A empresa, também a segunda maior produtora de gás, com Manati (BA), vem ganhando musculatura desde que se lançou no mercado este ano. Em julho, entrou no pré-sal da bacia de Santos ao comprar 10% do bloco BM-S-8, onde foram descobertos os campos Bem-Te-Vi e Biguá, se tornando sócia da Petrobras (66%), Galp e Barra Energia. Também está perfurando uma área no bloco BM-S-12, de Santos, e no BM-J-2, do Jequitinhonha. Sobre a concentração de áreas na bacia de Santos, o diretor de E&P da QGEP, José Augusto Fernandes Filho, lembrou que o pré-sal é a area mais promissora hoje no Brasil

Planalto quer licitar jazidas na mineraçãoFolha 25.08.2011 - Ideia é leiloar áreas que guardem minérios considerados estratégicos; técnicos de Minas e Energia têm restrição a projeto.
Atualmente, qualquer empresa interessada na exploração faz pedido de pesquisa para depois conseguir permissão.
O novo marco regulatório da mineração, em fase de conclusão no governo para ser enviado ao Congresso, vai instituir um novo modelo de outorga de jazidas: a licitação. O objetivo é ter maior controle sobre a exploração de minérios estratégicos à economia.
Veio da própria presidente Dilma Rousseff a determinação para que a exploração de novas áreas se dê por meio de licitação.
Inicialmente, ela queria aplicar a regra para todos os empreendimentos, mas técnicos do Ministério de Minas e Energia ponderaram que se trata de um sistema complexo de implantação.
Para atender à presidente e, ao mesmo tempo, não desestimular investimentos privados, a equipe que negocia a nova legislação quer convencê-la a leiloar somente grandes minas ou jazidas de minérios considerados estratégicos à indústria nacional. O governo ainda decide qual enquadramento dará à área a ser licitada.
O governo vê pouca regulação no setor, que teve um faturamento de US$ 40 bilhões no ano passado. Com o marco, pretende conduzir com rédeas curtas políticas específicas para exploração de alguns minérios.
Atualmente, qualquer empresa interessada na exploração de uma área faz o pedido de pesquisa no DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). É o primeiro passo para conseguir a permissão da lavra. Ou seja, quem identifica primeiro o potencial da jazida, e chega na frente no guichê do órgão, consegue o direito de explorar uma mina, estratégica ou não ao governo.
Sem picareta: "O mercado mudou. Não é mais aquela figura do garimpeiro puxando um burro de carga com uma picareta na mão", disse a presidente Dilma Rousseff em uma reunião recente para fechar o novo código, de acordo com o relato de duas pessoas presentes.
O Planalto cita casos de mineradoras que simplesmente "sentam" na área sem nunca explorá-la.
Por meio de licitação, exerceria maior controle de suas riquezas minerais e de como são exploradas, fixando patamares mínimos de investimento, exigindo uso de conteúdo local e agregação de valor ao mineral.
Nessa fórmula, empresas que não cumprirem as exigências dos editais poderiam, no limite, perder o direito de exploração. Hoje, praticamente não há restrições de tempo para que uma mineradora permaneça em uma jazida, o que também incomoda o governo.
Conforme dados do Ministério de Minas e Energia, são cerca de 15 mil ingressos a novas áreas de exploração por ano, via DNPM. Uma verdadeira "corrida do ouro", costuma dizer Dilma, em referência ao clássico protagonizado por Charles Chaplin.
Tudo indica que a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) terá o papel de detectar áreas potencialmente ricas e abrir a licitação. Responsável por estudos de reconhecimento geológico básicos, o órgão ganhará importância com o novo marco.
As regras de licitação deverão incidir sobre minerais metálicos, que têm forte impacto na economia do país.
Materiais usados na construção civil, como brita, cascalho e areia, teriam mecanismos mais fáceis.
Para esses casos, o governo estuda convênio com os Estados, para fazer o controle da exploração.

Decisão sobre caso Schincariol pode demorar mais um mêsValor 2.08.2011 - Em um novo capítulo da saga da Schincariol, a multinacional japonesa Kirin, que comprou o controle da cervejaria, perdeu outro round para os minoritários. O desembargador Ênio Zuliani, relator do caso na Câmara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou no início de ontem o pedido de agravo do escritório TozziniFreire, que representa a Kirin, para anular a decisão da juíza Juliana Bicudo, da 1ª Vara Cível de Itu.
Em 3 de agosto, dois dias após o anúncio da venda da Aleadri, dona de 50,45% das ações da Schincariol, para a Kirin, a magistrada decidiu suspender os efeitos da venda. Apesar de terem pago R$ 3,95 bilhões para se tornarem majoritários na empresa, os japoneses ficaram impedidos de tomar posse. O desembargador entendeu que o caso merece ser julgado por ele e mais dois colegas da Câmara. A expectativa é que o julgamento aconteça dentro de um mês.
A partir da publicação da decisão de ontem no Diário Oficial, a Jadangil, dona de 49,55% da Schincariol, terá 10 dias para responder ao pedido de agravo feito pela Kirin. A Jadangil é representada pelo Teixeira Martins Advogados e, a Aleadri, pelo Mattos Filho.
Depois disso, será marcada uma data para que o relator Zuliani e outros dois desembargadores julguem o caso. O perdedor pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Se a decisão da Câmara for positiva à Kirin, a liminar de Itu é suspensa e os japoneses podem assumir. Ainda assim, a Jadangil tem até o dia 5 para entrar com a ação principal na 1ª Vara Cível de Itu, onde a disputa continua.

Justiça nega pedido da Kirin para reverter decisão sobre SchincariolValor 2.08.2011 - Em mais um capítulo da saga sobre a Schincariol, a japonesa Kirin, que comprou o controle da cervejaria brasileira no início deste mês, perdeu um novo round para os minoritários.
O desembargador Ênio Zuliani, relator do caso na Câmara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou o pedido de agravo do escritório Tozzini Freire, que representa a Kirin, para anular a decisão da juíza Juliana Bicudo, da 1ª Vara Cível da Comarca de Itu. A magistrada tomou a decisão de suspender os efeitos da venda da Aleadri, controladora da Schincariol, com 50,45% das ações da fabricante, para a Kirin. Dessa forma, apesar de os japoneses terem pago R$ 3,95 bilhões para se tornarem majoritários na empresa, estão impedidos de tomar posse da companhia.
A partir da publicação da decisão do relator Ênio Zuliani no Diário Oficial, a Jadangil – que reúne os minoritários, donos de 49,55% da fabricante – terá 10 dias para responder ao pedido de agravo feito pela Kirin. A Jadangil é representada pelo escritório Teixeira Martins Advogados. Depois disso, será marcada uma data para que o relator Zuliani e mais dois desembargadores julguem definitivamente o caso na Câmara Empresarial.

DeMillus reestrutura sua linha de cosméticos
Valor 2.08.2011 - A fabricante de lingerie DeMillus está reestruturando sua linha de cosméticos, que encerrou o ano passado com faturamento de cerca de R$ 16 milhões.
A empresa, que conta com cerca de 35 produtos como cremes, sabonetes, perfumes e batons com marca própria, está investindo em itens para casa como odorizador para ambientes. "Começamos a vender produtos para casa no ano passado e o retorno foi muito bom. Também estamos diminuindo nossa linha de produtos [menos variedade de aromas, por exemplo]. Agora, teremos menos itens e queremos vender um volume maior desses produtos", diz Ester Zisman, gerente da área de cosméticos da DeMillus.  Essa área representa cerca de de 4% do faturamento, que em 2010 foi de R$ 407,2 milhões. A DeMillus comercializa 80% de sua produção via catálogos. Isso equivale a uma venda mensal de 2,8 milhões de peças de lingerie por meio de revendedoras. O preço dos cosméticos da DeMillus varia de R$ 11 a R$ 16. Os produtos não são embalados em caixinhas de papelão. Com isso, ficaram mais baratos, diz a gerente da empresa, que terceiriza a fabricação dos cosméticos.

Abilio Diniz diz que união com Carrefour era boa para consumidorValor 24.08.2011 - O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do país, disse hoje à tarde, aos seus seguidores no Twitter, que o Brasil não está em crise. “Houve um pouco de desaceleração em 2011 em relação a 2010, mas o Brasil não está em crise, muito menos numa crise financeira”, disse ele, por meio da Twitcam.
Diniz ressaltou, no entanto, que a população deve ter cautela para não se endividar demais. Ele lembrou que o país tem reservas depositadas no exterior e que há crescimento de renda e distribuição desse rendimento – o que levou a entrada de “milhões de brasileiros” no mercado de consumo.
Ele voltou a destacar um tema que já tem ressaltado há algum tempo: a necessidade de geração de postos de trabalho no Brasil . “Tem que gerar empregos, fazer investimentos, e ter gente criando postos novos”, disse.
Além disso, ele defendeu novamente o projeto de fusão com a rede francesa Carrefour - projeto que acabou não evoluindo depois que o sócio Casino se posicionou de forma contrária à ideia. “Eu não tenho dúvida que isso é um grande negócio para a companhia, para o Carrefour, para o Brasil e para o consumidor”, afirmou. Para o empresário, a fusão traria ganhos de eficiência. “Esses ganhos sempre são repassados para preços”, disse Diniz. “Nossas margens não se alteram com as nossas fusões”.

Iguatemi anuncia recompra de até 600 mil ações ordináriasValor 25.08.2011 - A Iguatemi Empresa de Shopping Centers anunciou há pouco que abriu programa de recompra de ações ordinárias. Segundo comunicado divulgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa pretende comprar até 600 mil ações, o que representa 0,76% do total emitido.
O programa será operacionalizado por Itaú Corretora de Valores S.A. e Credit Suisse (Brasil) CTVM e o prazo máximo é de 365 dias.
A decisão da Iguatemi é mais uma em um momento quem que mais de 50 empresas têm programas semelhantes em operação. Apenas nesta semana, Rossi, Localiza e Romi declararam intenção de reaver parte de seus papéis.

Ex-presidente da Embratel é inabilitado pelo período de três anos Valor 2.08.2011 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) inabilitou o ex-presidente da Embratel Jorge Luiz Rodriguez e o ex-presidente do conselho de administração da companhia Daniel Eldon Crawford. Durante três anos, eles não poderão atuar como administradores de companhia aberta no Brasil. No entanto, atualmente os dois executivos atuam nos Estados Unidos, sendo o primeiro na Telmex e o segundo na Mtel.
Os dois executivos já tinham, inclusive, proposto um acordo à CVM, que não aceitou a proposta de pagamento de R$ 650 mil e de R$ 100 mil, respectivamente. A autarquia preferiu levar o caso a julgamento e definiu, ontem, que os executivos deveriam receber a penalidade mais grave da autarquia, que é a inabilitação.
Os executivos foram julgados por terem tomado decisões que "excediam sua competência" e que "resultaram na contratação e pagamento de valores acima do estabelecido" por assembleia geral da própria empresa. Dessa forma, teriam descumprido os artigos 152, 153, 154, 155 da Lei das SA, de número 6.404.
O processo contra os diretores foi originado a partir do balanço publicado pela Embrapar - companhia de capital aberto que controlava a Embratel, que tinha o capital fechado - no segundo trimestre de 2004. Foi implementada uma modificação no Plano de Retenção de Executivos. Antes da mudança, de 2000 a 2003, foram desembolsados R$ 4,8 milhões no plano, volume que saltou para R$ 92 milhões entre o início de 2004 e julho do mesmo ano, com a possibilidade de pagamento de mais R$ 4,5 milhões.
Segundo a acusação da CVM, "caso fossem aplicados os termos do Plano de Retenção tal como inicialmente estipulados, os desembolsos que seriam feitos em razão do plano somariam R$ 7,3 milhões, ao invés dos mais de R$ 92 milhões pagos em razão dos novos termos acordados".
Além disso, a acusação da CVM levou em consideração o fato de a modificação no plano não ter passado por assembleia de acionistas e ter sido aprovada apenas no âmbito da diretoria. Os ex-executivos da Embratel poderão ainda entrar com recurso contra a decisão da autarquia.
O ex-diretor de relações com investidores da Embratel na mesma época, Norbert Glatt, havia sido acusado no mesmo processo, mas sob a alegação de ter deixado de divulgar um fato relevante considerado necessário. No entanto, ele não chegou a ser julgado. Fechou um acordo de pagamento de R$ 220 mil em 2009. Mas essa foi a segunda proposta de um termo de compromisso ofertada à autarquia. Na primeira, que foi recusada pela CVM, Glatt havia se disponibilizado a pagar R$ 60 mil.
Durante o processo, a competência da CVM para julgar o caso chegou a ser questionada, já que a Embratel é uma companhia fechada. No entanto, ela é controlada por uma companhia aberta, a Embrapar, cuja participação na Embratel à época era de 98,77% de seu capital total.
Além disso, o relator do processo, diretor da CVM Otavio Yazbek, lembrou que os cargos de diretor-presidente da Embratel e Embrapar eram ambos ocupados por Rodriguez e, por isso, "parece evidente" que deveria ter sido julgado na qualidade de diretor de companhia aberta, em sua opinião. O acúmulo de cargos leva também à existência de um conflito de interesses, pela possibilidade de o executivo advogar em causa própria.
Outro questionamento em relação ao processo trata da necessidade de submissão ou não do Plano de Retenção à aprovação em assembleia geral. Na visão do relator, o pacote deve ser tratado como remuneração dos executivos, item que precisa ser levado para discussão dos investidores.

Conselheiro da BrT rejeita relação de trocaValor 2.08.2011 - A aprovação da relação de troca de ações para reorganização societária do grupo Oi, no âmbito dos conselhos de administração das empresas envolvidas, não foi tão tranquila quanto pareceu. O conselheiro de administração eleito pelos minoritários preferencialistas da Brasil Telecom, João Carlos de Almeida Gaspar, foi contra a proposta e apresentou manifestação de voto.
Como Gaspar é indicado por investidores de mercado, é possível que também surjam questionamentos no conselho fiscal, onde também há um representante de minoritários, o sócio da Polo Capital Marcos Duarte. Quando questionado pelo Valor sobre sua posição a respeito da questão, Duarte preferiu não antecipar o que fará, mas afirmou estar surpreso por não ter sido chamado a participar nem das reuniões do conselho de administração nem dos encontros da diretoria sobre o tema.
A questão, inclusive, levou o conselheiro fiscal a enviar um alerta à Oi sobre essa conduta e um questionamento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O artigo 163 da Lei das S.A. determina que incorporação é um assunto sobre o qual o conselho fiscal deve opinar. Por conta disso, a lei diz que os membros desse colegiado assistirão às reuniões do conselho de administração e da diretoria que deliberarem sobre esse tema. As atas das reuniões de conselho de administração tanto da Brasil Telecom quanto da Telemar Participações não relatam a presença dos conselheiros fiscais.
Consultada, a Oi respondeu apenas que o conselho fiscal não foi chamado para os encontros "porque não era necessário por lei a sua participação".
A palavra final sobre a reestruturação será dada pelos acionistas em assembleia que ainda será convocada, mas como o grupo controlador deve votar há pouco risco de a operação ser rejeitada.
O teor do voto de Gaspar, que é sócio da gestora de recursos Unity, só foi incluído na ata da reunião do conselho de administração na terça-feira, dia 23, após ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A primeira versão da ata saiu no dia 18.
O conselheiro centra suas críticas na atuação do comitê independente que negociou as relações de troca pelo lado da BrT. O grupo foi formado por Álvaro Bandeira, Iran Siqueira Lima e José Claudio Rego Aranha e teve o Itaú BBA como assessor financeiro.
Segundo o voto de Gaspar, o comitê "acabou simplesmente acatando as bases 'sugeridas' pelos controladores e pela administração" do grupo. Para ele, a relação proposta vai gerar perdas para os acionistas da BrT, "especialmente" para os não controladores.
Em 24 de maio, a diretoria da Oi apresentou uma proposta de reorganização societária por meio da qual a Brasil Telecom deveria incorporar suas duas controladoras indiretas Tele Norte Leste Participações e Telemar Norte Leste, que também são listadas em bolsa. Em vez das três empresas e dos sete papéis negociados, restaria apenas uma companhia aberta, com ações ordinárias e preferenciais.
A administração propôs que a relação de troca fosse baseada no preço de mercado das ações. Mas afirmou que, seguindo as recomendações do Parecer nº 35 da CVM, que trata de incorporação de controladas, cada empresa do grupo constituiria um comitê independente para negociar a relação.
Os comitês foram nomeados em 29 de junho e se manifestaram no dia 1º de agosto, recomendando que a relação de troca fosse feita mesmo com base nas cotações de mercado, conforme havia sido sugerido em maio. A documentação que embasou a negociação dos comitês não foi tornada pública ainda, mas o conselheiro da BrT que votou contra a proposta citou uma "importante divergência" entre os números que constam da análise financeira preparada pelo Itaú BBA para dar suporte ao comitê em comparação com o laudo elaborado pela consultoria Apsis, usado no início deste ano como base para a aprovação em assembleia da compra do controle da Brasil Telecom pela Oi.
Nos dois casos, as projeções de resultados futuros foram apresentadas pela diretoria da Oi. Gaspar cita que no laudo da Apsis a projeção de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Brasil Telecom para 2012 é de R$ 4,55 bilhões. No documento apresentado pelo Itaú BBA, ainda segundo o conselheiro, a previsão é que o Ebitda seja de R$ 2,73 bilhões.
Na operação aprovada no início do ano, se a Brasil Telecom fosse mais "cara", não haveria direito de retirada aos acionistas minoritários da Telemar Norte Leste, evitando desembolso de recursos.
Apesar da discrepância dos valores projetados, é importante mencionar que as avaliações da Apsis e do Itaú BBA foram feitas com datas-base diferentes e que, no fim das contas, os comitês independentes não usaram o fluxo de caixa descontado para definir a relação de troca.
A primeira avaliação, da Apsis, foi elaborada tendo em conta informações disponíveis em 31 de março de 2008 e traçou um cenário de resultados mais otimista que o verificado em 2009 e 2010, mesmo tirando da contas as perdas extraordinárias por conta de provisões para perdas na Justiça.
O segundo documento foi feito com base nos dados do primeiro trimestre deste ano, em outra realidade de mercado.
Conforme os dados da Bloomberg, a projeção média de mercado para o Ebitda da Brasil Telecom em 2012 é de R$ 3,6 bilhões, 32% acima da expectativa fornecida pela Oi aos comitês independentes.
Procurada, a Oi disse, em nota, que essa questão é pertinente ao conselho de administração e será discutida no foro adequado.

Steve Jobs renuncia à presidência-executiva da AppleGPdeLondrina 24.08.2011 - Tim Cook, atual vice-presidente operacional, assumirá cargo de CEO. Job já havia tirado licença médica em 2009 e no início de 2011
O ícone do Vale do Silício Steve Jobs renunciou nesta quarta-feira como presidente-executivo da Apple, encerrando o período de 14 anos durante o qual comandou a empresa que ajudou a fundar em uma garagem.
A negociação das ações da Apple foi suspensa antes do anúncio. O papel avançara 0,7 por cento no fechamento do pregão regular em Nova York. Após a renúncia, a ação chegou a cair 7 por cento no after-market.
Jobs - sobrevivente de um câncer no pâncreas que estava de licença médica desde 17 de janeiro por condições de saúde não reveladas - será substituído pelo vice-presidente operacional Tim Cook.
Jobs assumirá o posto de presidente do Conselho de Administração da Apple.
"Eu sempre disse que, se houvesse um dia em que eu não pudesse mais cumprir meus deveres e atender às expectativas como presidente-executivo da Apple, eu seria o primeiro a informá-lo. Infelizmente, esse dia chegou", escreveu Jobs em uma breve carta anunciando sua renúncia.
O ex-presidente-executivo de 55 anos havia aparecido publicamente por um breve momento em março para apresentar a última versão do iPad, e, mais tarde, em um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, junto com líderes do setor de tecnologia do Vale do Silício.
A aparência de Jobs, frequentemente magra, levantou questões sobre sua saúde e capacidade de permanecer à frente da Apple.
"Eu direi aos investidores que não entrem em pânico e permaneçam calmos. É a coisa certa a fazer. Steve será o chairman e Cook será o presidente-executivo. Isso não é uma surpresa ou algo inesperado", disse o analista Colin Gillis, da BGC Financial.

Fabricação do iPad fica para 2012Valor 24.08.2011 - Produção de iPad no Brasil pode ter início apenas em 2012
Prometida para este ano, a produção local do iPad só será inciada pela Foxconn em 2012. O diretor do sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Evandro Santos, disse que a empresa deve começar com produtos mais simples, como iPods e iPhones. Ontem, a Foxconn confirmou a produção local - o que ainda não tinha feito oficialmente -, mas não citou produtos ou prazos. A montagem do iPad no Brasil foi inicialmente prometida para novembro, durante visita do ministro Aloizio Mercadante à China, em abril. Depois, foi antecipada para julho e, em seguida, adiada para setembro.
TV paga cresce 16% até julho, diz Anatel
Folha 25.08.2011 - O número de domicílios que possuem TV por assinatura chegou a 11,3 milhões no mês passado. Em julho, houve acréscimo de 187,5 mil assinantes. Os números foram divulgados pela Anatel.
Nos sete primeiros meses de 2011, foi registrado mais de 1,5 milhão de novos assinantes, o que resultou em crescimento de 15,6% quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Em julho, os serviços via satélite cresceram 2,6%, ante uma evolução de 3,7% registrada no mês anterior.
O número dos que recebem os serviços via cabo aumentou quase 0,9% em julho.
As prestadoras de MMDS, serviço por meio microondas, perderam 2,2% dos seus assinantes no mesmo período de análise.
Nos últimos 12 meses, as regiões Norte, com crescimento de 42,4%, Nordeste, com aumento de 52,3%, e Centro-Oeste, com 32,8% de evolução, ficaram acima da média nacional (31,3%).
Sul, com 23,6%, e Sudeste, com 29,6%, tiveram crescimento abaixo da média.

Demanda por dívida aumenta na criseValor 24.08.2011 - A queda na cotação das ações na bolsa por conta da crise internacional estimula a emissão de títulos de dívida por parte das empresas nacionais. A afirmação é do advogado Francisco Müssnich, sócio do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão (BM&A). Uma emissão de instrumentos de dívida neste momento acaba evitando uma maior diluição acionária que ocorreria com uma oferta de ações a preços mais baixos. "Percebemos um aumento recente na demanda por debêntures", disse.
A melhora na percepção do país nos últimos anos tem feito com que as companhias consigam vislumbrar emissões com prazo mais longo, destacou o advogado, que participou ontem de seminário promovido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O estímulo ao mercado doméstico de renda fixa foi um dos temas mais debatidos durante o evento. Apesar dos esforços recentes do governo e dos agentes financeiros, a avaliação geral dos especialistas é de que as elevadas taxas de juros da economia brasileira acabam inibindo as operações.
Enquanto o volume de emissões de ações se multiplicou por nove no entre 2004 e 2010, período de grande atividade no mercado de capitais, a expansão das ofertas de debêntures foi de apenas quatro vezes no mesmo período, segundo o sócio-diretor da gestora Cultinvest, Walter Mendes. Isso em um país onde cerca de 90% dos recursos estão alocados em instrumentos de renda fixa.
"As grandes empresas que necessitam de recursos de longo prazo acabam recorrendo ao BNDES ou a captações externas", disse. Para Mendes, as iniciativas recentes do governo e da Anbima para desenvolver o mercado são importantes, mas têm alcance limitado.
Um dos líderes na emissão de ofertas de renda fixa no país, o Itaú BBA ainda não viu efeitos concretos do pacote de incentivos fiscais lançado pelo governo no final do ano passado para fomentar as emissões, segundo Jean-Marc Etlin, vice presidente executivo da instituição. Ele também considera os juros altos como uma barreira para esse mercado. "É com base na curva de juros federais que as operações privadas são precificadas", lembra.
O advogado Sergio Spinelli, sócio do Mattos Filho, avalia que o estímulo ao mercado passa por uma melhor regulação tributária e defendeu o fim da cobrança do IOF no investimento de estrangeiros em títulos de dívida locais. Dificuldades à parte, Müssnich, do BM&A, elogiou as mudanças recentes promovidas na legislação que permitem uma maior flexibilidade para as empresas realizarem emissões de debêntures. Uma delas foi a permissão para que as companhias realizem ofertas além do limite do capital social sem a necessidade de uma emissão subordinada. "Na prática, o limite agora será dado pelas agências de rating que avaliarão as empresas", afirmou.
Questionado sobre uma possível regulação das agências de classificação de risco no país, como deseja a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o advogado disse que discorda da proposta. "No Brasil, todo mundo quer regular tudo", criticou, ao avaliar que a obrigação regulatória pode se tornar uma forma de as agências justificarem as próprias ineficiências.

Bancos querem índice de Basileia III conjunto com o resto do mundoDCI 25.08.2011 - Apesar da vontade do Banco Central de começar a implementação das regras do Acordo de Basileia III no Brasil a partir de 2012, os bancos brasileiros questionam o prazo, e dizem que o Brasil deve respeitar um calendário global para que não saiam prejudicados diante de uma competição internacional desigual.
Durante evento sobre o tema na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio), o conselheiro da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Milto Bardini, que também é vice-presidente do BicBanco, destaca a necessidade de discussão sobre o assunto, no que diz respeito aos impactos dos movimentos de mercado e regulação sobre equilíbrio da indústria bancária e competição. "Trata-se de uma grande reflexão acerca dos rumos a serem trilhados pela indústria bancária em um ambiente cada vez mais competitivo, no qual os custos de observância e de financiamento de funding assumem maior relevância."
Para o conselheiro da ABBC, é importante relembrar que não pode haver diferenças na implementação de regras. "Competição justa requer um mínimo de regras compartilhadas por todos os participantes do grupo, que procura os métodos de coexistência e regularidade."
Segundo o diretor-executivo da ABBC, Carlos Lofrano, é relevante a existência de uma estrutura, dentro das empresas, voltada para uma boa governança, com comitês de risco, de auditoria e de crédito.

Paraná revisa safras de trigo para baixo e de milho safrinha para cimaValor 24.08.2011 - O Paraná, maior produtor nacional de milho e trigo, revisou hoje sua safra de inverno 2010/11 para as duas culturas. De acordo com o Departamento de Economia Rural do Estado (Deral) a produção de trigo será de 2,4 milhões de toneladas, 28% menor do que o realizado no ciclo passado e abaixo do estimado em 25 de julho, quando se previa uma colheita de 2,53 milhões de toneladas. As geadas foram as principais responsáveis pelo desempenho ruim das lavouras, segundo a engenheira agrônoma do Deral, Margoreth Demarchi. Até o momento, 4% da área de trigo do Paraná foi colhida, quando na média das últimas três safras, o percentual nesta mesma época era de 8%.
Para a segunda safra de milho, o Deral prevê uma produção de 5,5 milhões de toneladas, 19% menor do que as 6,8 milhões de toneladas registradas no ciclo anterior. Houve uma melhora do desempenho das lavouras de milho na comparação com o levantamento anterior, feito em 25 de julho, diz Margoreth. Naquele momento, o Deral previa uma produção de milho de 5,19 milhões de toneladas.  “Vemos ainda uma chance de a produtividade do milho nos surpreender para cima”, diz Margoreth. Até agora, foram colhidos 68% da área de milho safrinha do Paraná, percentual que na média das últimas três safras foi de 74%.

Basf inaugura fábrica alimentícia em São PauloValor 24.08.2011 - A Basf inaugura hoje mais uma fábrica no Brasil. Instalada em Jacareí, São Paulo, é a primeira unidade da empresa voltada à produção de ingredientes alimentares no país. Segundo a Basf, o projeto teve investimento de aproximadamente 5 milhões de euros e tem como objetivo atender à demanda da indústria alimentícia na América Latina. “A abertura da nova fábrica também fortalece a nossa presença na região e representa um importante marco para as operações de desenvolvimento, tecnologia e produção no Brasil”, afirma Massimo Armada, vice-presidente sênior global da Basf para nutrição e saúde. A capacidade de produção anual ampliada da Basf será de aproximadamente 3,5 mil toneladas. Futuramente, a companhia também implantará um novo centro de aplicações para atender clientes com suporte local. De acordo com a Basf, as linhas de produtos da nova fábrica incluem Spongolit (um emulsificador universal para bolos e tortas), o agente aerante Lamequick (para uso em sobremesas, recheios para bolos e tortas e sorvetes) e o Cegemett Fresh (um expansor da vida útil em prateleira, baseado em extratos naturais, para aplicações em carnes).
 
Fusão entre Nestlé-Garoto deve ser vetada também pela Justiça, diz CadeExame 24.08.2011 - Órgão antitruste reitera que decisão de proibir a união das companhias foi correta. Chocolate amargo: fusão é um dos mais antigos casos pendentes no Cade. Já se passaram mais de sete anos desde que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetou a fusão entre Nestlé e Garoto. O caso foi parar na Justiça e espera agora a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) para saber se o  será aprovado, vetado, ou ainda reavaliado pelo Cade.
De acordo com nota divulgada nesta quarta-feira pelo órgão antitruste, a Justiça deverá sustentar a posição do Cade e reprovar a operação. "A decisão deste Conselho foi correta e respaldada pelas exigências antitrustes da época do julgamento", disse o comunicado.
Existe a chance, no entanto, que a operação novamente seja revista pelo Cade. Ainda de acordo com a nota, caso o reavaliação seja mesmo necessária, na ocasião, o Conselho adotará providências cabíveis.
Há quase dez anos, a Nestlé anunciou a compra da Garoto pela cifra milionária de 566 milhões de dólares. Em 2004, o Cade vetou a operação e determinou que a Nestlé fosse vendida a um concorrente. Com o posicionamento, o processo foi parar na Justiça e, desde 2005, aguarda uma definição.
A fusão entre as duas companhias é um dos casos mais antigos e complicados já julgados pelo órgão antitruste, isso porque, em alguns mercados, as duas empresas juntas somam mais 65% de participação de mercado.

Plano de Eike de construir fábrica de carros com Nissan volta à tonaExame 24.08.2011 - Diretor da Nissan confirma que bilionário e empresa continuam negociando. Eike Batista: empresário teria US$ 1 bilhão para investir no projeto. A montadora japonesa Nissan e o bilionário Eike Batista continuam negociando uma parceria. A notícia já havia circulado pela imprensa no início deste ano, e foi confirmada nesta terça-feira (23/8) pelo diretor operacional da montadora, Toshiyuki Shiga, à agência de notícias Bloomberg. O executivo não detalhou o teor das conversas, mas desde que o assunto veio à tona, os rumores apontam para a possível construção de uma fábrica da Nissan no Porto de Açu, que pertence a Eike. A avaliação é que a fábrica da Renault no Paraná já está no limite de sua capacidade produtiva. Instalada em São José dos Pinhais, a planta pode produzir 43.000 automóveis por ano. A Renault pertence ao mesmo grupo da Nissan, e ambas são comandadas pelo brasileiro Carlos Ghosn.
Eike estaria disposto a investir cerca de 1 bilhão de dólares na construção da nova fábrica. Em janeiro, as informações eram de que a unidade poderia fabricar o carro elétrico na Nissan, o Leaf. Mas o próprio Ghosn veio a público, depois, afirmar que o Leaf só seria viável no Brasil com subsídios públicos – e o governo fez que não ouviu.
 
LLX e FCA estudam construção de ferrovia no Rio de JaneiroValor 24.08.2011 - A LLX, braço de logística do grupo EBX, comandado pelo empresário Eike Batista, e a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) vão estudar a viabilidade da construção de uma ferrovia que poderá ligar o Superporto do Açu à região de Ambaí, no município de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Conforme comunicado da LLX, um memorando de entendimentos não vinculante, que prevê a realização de estudos técnicos sobre o assunto, foi assinado ontem à noite. A companhia, que é responsável pelo projeto do porto do Açu, informa ainda que a ferrovia em estudo possibilitará a integração do Superporto à malha ferroviária nacional, “permitindo o transporte de diversos produtos como, por exemplo, minério de ferro, produtos siderúrgicos, carvão, carga geral além de granéis sólidos e líquidos."
Em nota, Eike Batista afirma que a parceria demonstra “visão estratégica para construir um Brasil mais eficiente, criando alternativas competitivas para a infraestrutura logística brasileira.”

A Açotubo inaugurou uma filial em Caxias do Sul (RS)MonitorMercantil 24.08.2011 - A iniciativa visa atender a um importante mercado de produtos siderúrgicos, em função da presença dos setores automobilístico, de construção civil e de máquinas agrícolas na região. A empresa, que já contava com um escritório na cidade, agora expande suas operações com a filial e estrutura um grande depósito com volume de estoque compatível com o padrão de atendimento da companhia.
- Esta nova base têm máquinas de corte, equipe de vendas especializada, sendo que 90% dos profissionais contratados são da região - disse José A. Ribamar Bassi, diretor comercial do Grupo Açotubo. A empresa também apresenta toda gama de produtos e serviços, como eixos para moenda de cana usinados e tratados, barras de aços laminados, trefilados e forjados, perfis estruturais, tubos de aços carbono, de termogeração e ligados, calandrados e mecânicos, na linha de aço inoxidável tubos, chapas, blank, bobinas e fitas. - Com a nova filial Caxias do Sul e com a filial de Porto Alegre, vamos atuar fortemente em todo o estado do Rio Grande do Sul, um dos maiores polos metal-mecânico do país", disse, acrescentando que "vamos praticar a personalização no atendimento, fidelizar e conquistar novos clientes e projetos nesta nova fase da Açotubo. A companhia também anunciou recentemente a fusão com as empresas Incotep e Artex Aços Inoxidáveis, já pertencentes ao Grupo. A partir de agora, para fins de marca comercial, as operações serão organizadas da seguinte forma: Divisão Tubos e Aços; Divisão Trefilados e Peças; Divisão Aços Inoxidáveis, e Incotep Sistemas de Ancoragem.
Para atender as necessidades da nova estrutura, a empresa coloca no ar seu novo portal (
www.acotubo.com.br), no qual os clientes podem ter acesso a todas as linhas de produtos e serviços, fazer um orçamento on line e conversar diretamente com um técnico para sanar suas dúvidas. Todas essas movimentações devem contribuir para o alcance da projeção de faturamento de R$ 900 milhões em 2011, e na perspectiva de ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em 2012.

Fiocruz gasta R$ 365 milhões em compra sem licitação no Rio Folha 24.08.2011 - A Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde, comprou por quase R$ 365 milhões, sem licitação, um sistema de gestão de dados da empresa portuguesa Alert. O contrato, que prevê transferência de tecnologia, visa integrar dados da rede pública de saúde e criar prontuários eletrônicos para os pacientes do SUS, que poderão ser acessados pela internet.
Ao menos duas empresas, MV Sistemas e Totvs, oferecem sistemas parecidos no Brasil. O Datasus, empresa do SUS, também fornece serviços de gestão de dados.  O contrato foi publicado no "Diário Oficial" do dia 8. Sua vigência é de cinco anos.  A contratação foi criticada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, Claudio Giulliano. Giulliano afirmou que o valor da licitação espanta, por ser inédito no setor de softwares para a saúde.  O diretor da MV Sistemas de Saúde, Luciano Reguz, diz que o sistema da empresa cobre todos os processos, e o da Alert, apenas dois --prontuário eletrônico e classificação de riscos dos pacientes.  Menos de um mês antes, Augusto Cesar Gadelha Vieira, diretor do departamento de Informática do Datasus, e Paulo Ernani Gadelha Vieira, presidente da Fiocruz, viajaram a Portugal para conhecer os serviços da empresa.
Mas ela já fornece serviços para hospitais brasileiros e tem filial em Belo Horizonte.
Outro lado: O vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Pedro Barbosa, disse que a Alert foi escolhida por requisitos técnicos e ter a certificação internacional IHE (Integrating the Healthcare Enterprise).  "É a única empresa no Brasil com esta certificação."
Barbosa alegou que a dispensa de licitação é prevista na Lei das Licitações e na Lei da Inovação Científica. O Datasus não poderia criar o sistema porque o processo seria longo e mais caro, disse.
Ele afirmou que foi preciso ir a Portugal para "ver a estrutura" da matriz da Alert.

Criação da CPFL Renováveis é aprovada por acionistasValor 24.08.2011 - A CPFL Energia e a Ersa Energias Renováveis anunciaram hoje a aprovação, em assembleia de acionistas, da criação da CPFL Energias Renováveis – que se dedicará exclusivamente à geração de energia a partir de fontes renováveis. A nova empresa reúne os ativos e projetos das duas empresas em Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), parques eólicos e usinas termelétricas a biomassa. Anunciada em abril, a nova companhia nasce com 1.417 MW de potência em operação e construção, além de 3.037 MW em preparação para construção e desenvolvimento (incluindo os empreendimentos da Jantus SL – SIIF Énergies Brasil, cuja aquisição ainda está sujeita às aprovações prévias regulamentares). “Nossa meta é manter o mesmo ritmo de crescimento que as companhias já vinham realizando individualmente”, afirma o presidente da companhia, Miguel Saad. A CPFL Energia, por meio da CPFL Comercialização Brasil e da CPFL Geração, será a acionista majoritária da nova empresa – a princípio, com participação societária de 54,5%. Segundo a empresa, após a integração ao portfólio da CPFL Renováveis dos empreendimentos da Jantus SL, a CPFL Energia terá uma participação de até 63,6% no capital da nova empresa, enquanto os sócios da Ersa deterão 36,4%.
De acordo com texto divulgado pela empresa, a CPFL Renováveis tem atualmente como sócios a CPFL Geração, CPFL Brasil, Pátria Investimentos, Eton Park (empresa norte-americana de gestão de recursos), FIP Brasil Energia (fundo gerido pelo BTG Pactual), Banco Bradesco de Investimento (através do BBI FIP Multisetorial Plus), DEG (banco de desenvolvimento integrante do grupo financeiro alemão KfW) e GMR Empreendimentos Energéticos.

Magnesita estuda usar energia eólica nas operações na BahiaValor 24.08.2011 - A Magnesita, fabricante brasileira de materiais refratários para indústrias de aço, cimento, cerâmica, vidreira e outras, vai iniciar estudos para aproveitar o potencial de geração de energia eólica no país. O objetivo é usar a energia só para atender suas necessidades do insumo nas operações em Brumado, na Bahia. “Por enquanto, é apenas uma ideia”, disse Flávio Rezende Barbosa, diretor financeiro e de relações com investidores nesta manhã durante reunião com analistas de mercado. O encontro é realizado trimestralmente, dias depois de a empresa divulgar seus resultados financeiros. Rezende informou que nas próximas semanas será contratada uma empresa especializada, já com atuação no negócio de energia eólica na região de Brumado, para fazer um estudo de viabilidade econômica. Esse estudo deverá durar um ano, já com realização de medições dos ventos em duas estações na área da Serra das Éguas, onde está a grande mina da Magnesita.
“Nosso plano, que é ainda muito preliminar, é vir a substituir energia cara que compramos hoje por energia limpa a custo bem mais competitivo. No último leilão do governo, energia eólica foi vendida a R$ 99 o MWhora”, comentou o executivo. Segundo ele, um projeto com esse tipo de energia, depois de pago o investimento, tem custo de produção final de US$ 25 o MWhora. A energia brasileira está custando na faixa de US$ 100 o MWhora. Atualmente, a demanda da empresa em Brumado chega a 6 MW de potência. Mas deve crescer com instalação de novos fornos. Um projeto, para ter escala e atender aumentos de consumo da empresa no futuro seria em torno de 50 MW firmes (90 MW de potência instalada, com rendimento de 55%). A empresa não tem ainda nenhum orçamento de valor de investimento no projeto, pois vai depender do estudo. Atualmente, o custo de instalação, entre a infraestrutura e a compra de turbinas aerogeradoras, está em torno de R$ 3,5 milhões a R$ 4 milhões  por MW no país. “O preços dos equipamentos, todavia, estão caindo drasticamente com a crise na Europa e EUA”, observou o diretor. Caso se concretize a geração própria de energia a partir dos ventos, a Magnesita avalia fazer a expansão de sua unidade de eletrofusão de sínter (cristal de magnesita), um produto de alto valor agregado. Hoje, tem de importar cerca de 50 mil toneladas por ano, a maioria da China, pois só produz 24 mil toneladas em Brumado. “Assim, ficaremos autossuficiente nessa matéria-prima”, destacou Rezende. Segundo o executivo, há financiamentos de bancos de fomento, como o Banco do Nordeste (BNB), com custos atrativos e até 20 anos de amortização para projetos de geração de energias renováveis, como eólica. A Magnesita, que tem como principal controlador a GP Investiments, é a terceira maior empresa no mundo no setor de materiais refratários. No primeiro semestre, a empresa teve receita líquida de R$ 1,15 bilhão, com lucro líquido de R$ 52 milhões e Ebtida de R$ 197 milhões.

CCJ aprova regras para acesso de partidos a programas de rádio e TVValor 24.08.2011 - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje projeto de lei que estabelece critérios ao acesso dos partidos políticos aos programas gratuitos de rádio e televisão. Pela proposta, que segue para a análise da Câmara dos Deputados, só terão direitos ao funcionamento parlamentar na Câmara, os partidos que, em cada eleição, obtivessem o mínimo de três representantes de diferentes Estados. Quanto às regras estabelecidas para o acesso aos programas partidários gratuitos, o projeto estabelece que o partido que eleger três deputados federais de diferentes Estados terá direito a um programa anual, em rede nacional, de 10 minutos.
Já a legenda que eleger representante em, no mínimo, cinco Estados e obtiver 1% dos votos válidos terá direito a um programa político de 10 minutos a cada seis meses. Para tanto, o partido terá que ter representantes na Câmara dos Deputados na legislatura anterior.
A esses partidos está assegurada também a veiculação em rede nacional de rádio e televisão de um espaço de 20 minutos semestrais para as inserções de 30 segundos ou um minuto. O projeto estabelece ainda a veiculação nos Estados de inserções no mesmo tempo que em rede nacional que somem 20
minutos por semestre. Já os partidos que não atendam a nenhum dos critérios previstos na proposta aprovada pelo Senado é assegurada a realização de um programa em cadeia nacional, em cada semestre, com duração de cinco minutos.

Venezuelana PDVSA questiona valor de refinaria em PE Folha 24.08.2011 - A estatal venezuelana PDVSA (Petróleos de Venezuela) e a Petrobras não assinaram no fim de semana passado acordo fixando novo cronograma de aportes financeiros no projeto na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, conforme previsto.
Pessoas ligadas à PDVSA argumentaram que a Petrobras impôs de forma unilateral o prazo de assinatura até o dia 20 (sábado passado).  A PDVSA, que não participa do planejamento orçamentário da obra, discorda do valor do projeto.  Inicialmente orçada em US$ 4 bilhões em 2005, quando a parceria foi celebrada, a refinaria deverá custar o quádruplo: US$ 16 bilhões (R$ 26 bilhões).
Na prática, investir em Abreu e Lima tem, atualmente, pouco sentido econômico para a PDVSA.
Cada vez mais demandada pelo caixa estatal de Hugo Chávez e com as dívidas com prestadores de serviço em alta --acréscimo de 55% em 2010 em comparação ao ano anterior--, a empresa anunciou que o foco será investir para aumentar a produção interna, estancada.
Há outras arestas. A Petrobras desistiu de explorar concessão na Faixa do Orinoco, na Venezuela, onde ficam as maiores reservas de petróleo pesado do mundo, de acordo com a Opep.
Além disso, a PDVSA tem orçamento global de investimentos muito mais enxuto, de US$ 12 bilhões para 2011 --enquanto a previsão de investimentos da Petrobras é de US$ 84 bilhões no período.
Mas o custo político de uma renúncia pura e simples ao projeto de Pernambuco seria alto para a PDVSA. Por isso, a estatal "estaria" enrolando para desistir formalmente, segundo uma pessoa próxima às negociações.  Dos R$ 26 bilhões de custo total da refinaria, R$ 16 bilhões serão por caixa próprio dos sócios, além dos R$ 10 bilhões provenientes do empréstimo do BNDES.  Do total, a Petrobras já investiu R$ 7 bilhões sozinha. E afirma que construirá de qualquer jeito a Abreu e Lima, mesmo com a desistência da parceira venezuelana.  A PDVSA tem até o último dia útil de setembro para entregar garantias junto ao BNDES e assumir 40% do empréstimo de R$ 10 bilhões tomado pela Petrobras, ou R$ 4 bilhões.  Caso o BNDES aceite as garantias, novembro será a data final para que a empresa faça o aporte do dinheiro.

Miriam Belchior fará parte do conselho de administração da PetrobrásEstadão 24.08.2011 - Miriam ocupou a vaga do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.
Em assembleia geral extraordinária (AGE), os acionistas da Petrobrás aprovaram ontem a eleição da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, como membro do conselho de administração da companhia, para cumprir o mandato remanescente até a próxima assembleia geral ordinária (AGO). Miriam ocupou a vaga do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que deixou o cargo após a revelação de que seu patrimônio foi multiplicado por 20 nos últimos quatro anos.  Também foi aprovada a reforma do Estatuto Social da companhia, para adequá-lo à Lei 12.353/10, que dispõe sobre a participação de empregados nos conselhos de administração de empresas públicas e sociedades de economia mista. Com isso, o número máximo de integrantes do conselho de administração da estatal passa de nove para dez membros, entre outras alterações no estatuto.


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